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Cefet RJ – UnED Petrópolis Engenharia de Computação Disciplina: Leitura e Produção de Textos Professor: Fábio Sampaio de Almeida Aluna: 1510583GCOM – Camilla Alves Mariano da Silva Resenha: LÉVY, Pierre. A nova relação com o saber. In: Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. p.157-167. O uso de comunicação virtual atualmente vem crescendo significativamente, e tornou-se um assunto relevante a ser tratado. A cibercultura pode ser definida como uma indústria de lazer e mercado eletrônico, além de uma forma de estudo sobre os acontecimentos associados à Internet. Com o intuito de estabelecer as novas conexões com o saber aplicado à tecnologia, o livro Cibercultura, organizado por Pierre Levý, mais precisamente no capítulo A nova relação com o saber, traz conceitos interessantes e fundamentos a respeito do assunto, sendo dividido em seis tópicos. No primeiro tópico, “Educação e Cibercultura”, são apresentadas três constatações. Estas, ligadas entre si, relatam as novas características do trabalho, relacionando- o com o ciberespaço e sua capacidade de substituir as funcionalidades humanas. Ainda neste item, o autor discorre sobre duas reformas: o novo estilo de pedagogia, chamado de EAD (ensino aberto e a distância) e a adaptação que deveria acontecer nas instituições de ensino. Em “A articulação de numerosos pontos de vista”, no segundo tópico, através de uma maneira interativa e não fictícia, o autor expõe a questão do plágio no conteúdo de páginas Web, dando a definição da mesma. Além disso, ele menciona Deus ao comparar que os pontos de vista na Internet são tão diferenciados, que não chegam a um consentimento. No terceiro tópico, “O segundo dilúvio a inacessibilidade do todo”, o termo dilúvio é definido por Roy Ascott sendo, em vez de uma enchente água, uma enchente de informações. Levý diz que o conhecimento hoje em dia é incontrolável, se comparado com séculos passados. Ele

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Page 1: Resenha

Cefet RJ – UnED Petrópolis Engenharia de Computação Disciplina: Leitura e Produção de Textos Professor: Fábio Sampaio de Almeida Aluna: 1510583GCOM – Camilla Alves Mariano da Silva

Resenha: LÉVY, Pierre. A nova relação com o saber. In: Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. p.157-167.

O uso de comunicação virtual atualmente vem crescendo significativamente, e tornou-se um assunto relevante a ser tratado. A cibercultura pode ser definida como uma indústria de lazer e mercado eletrônico, além de uma forma de estudo sobre os acontecimentos associados à Internet.

Com o intuito de estabelecer as novas conexões com o saber aplicado à tecnologia, o livro Cibercultura, organizado por Pierre Levý, mais precisamente no capítulo A nova relação com o saber, traz conceitos interessantes e fundamentos a respeito do assunto, sendo dividido em seis tópicos.

No primeiro tópico, “Educação e Cibercultura”, são apresentadas três constatações. Estas, ligadas entre si, relatam as novas características do trabalho, relacionando-o com o ciberespaço e sua capacidade de substituir as funcionalidades humanas. Ainda neste item, o autor discorre sobre duas reformas: o novo estilo de pedagogia, chamado de EAD (ensino aberto e a distância) e a adaptação que deveria acontecer nas instituições de ensino.

Em “A articulação de numerosos pontos de vista”, no segundo tópico, através de uma maneira interativa e não fictícia, o autor expõe a questão do plágio no conteúdo de páginas Web, dando a definição da mesma. Além disso, ele menciona Deus ao comparar que os pontos de vista na Internet são tão diferenciados, que não chegam a um consentimento.

No terceiro tópico, “O segundo dilúvio a inacessibilidade do todo”, o termo dilúvio é definido por Roy Ascott sendo, em vez de uma enchente água, uma enchente de informações. Levý diz que o conhecimento hoje em dia é incontrolável, se comparado com séculos passados. Ele inclusive faz a pergunta “O que salvar do dilúvio?”, usando vários argumentos a fim de respondê-la. Vale ressaltar também, que as informações estão e sempre estiveram presentes nos meios de comunicação existentes, porém, com a cibercultura, estas se tornaram mais fácies de serem encontradas.

Em “Quem sabe? A reencarnação do saber”, no quarto tópico, o autor utiliza a razão e a explicação de como as formas de comunicabilidades (que já estão obsoletas) colocaram-se perante a sociedade, para defender que a Internet é uma forma de comunicação não dependente. O autor, inclusive, aponta para a questão de que os valores das sociedades serão substituídos parcialmente, de um modo geral, devido à amplificação da cibercultura. Com esses argumentos, ele consegue rebater as teses de muitas pessoas que afirmam que a Internet dominará o meio de comunicação.

No quinto tópico, “A simulação, um modo de conhecimento próprio da cibercultura”, o escritor exalta a simulação realizada através dos mecanismos da cibercultura, deixando clara a importância e a melhora se comparado aos sistemas humanos. Ele também descreve de forma objetiva, onde os saberes estão localizados, e a forma de obtê-los.

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No último tópico, “Da interconexão caótica à inteligência cognitiva”, o autor deixa claro que a motivação da informática agora é a inteligência coletiva. O mesmo também esclarece que a interconexão dos computadores, formando assim uma rede, estará contida em todos os aspectos ligados a sociedade. Além disso, ressalta a importância da educação caminhar junto com os passos da cibercultura.

Uma das colaborações deste capítulo do livro está nas explicações de como cada processo relativo à cibercultura foi se transformando, e como o saber e a educação estão fortemente ligados a Internet. Outro ponto interessante é que o que foi ressaltado pelo autor, durante toda a sua obra, está realmente acontecendo nos dias de hoje. Para a leitura do livro, faz-se necessário a compressão do vocabulário, já que este foi escrito para um público-alvo específico. O livro é recomendado a todos que tem interesse em contextualizar a área pedagógica com a cibercultura.