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c < -< RESOLUÇÃO CONJUNTA 01/98 A JUSTIÇA MILITAR, representada pelo PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS JUIZ CORONEL PM JAIR CANÇADO COUTINHO e a POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, representada pelo COMANDANTE-GERAL, CORONEL PM MÁRCIO LOPES PORTO, visando implementar medidas e a desenvolver ações para que os objetivos estabelecidos no Protocolo de Intenções firmado entre ambas instituições, em 12 de dezembro de 1995, sejam alcançadas e tenham, doravante conseqüência prática e eficaz, RESOLVEM: 1 - Todos os assuntos de natureza institucional que abranjam interesses da Justiça Militare da Policia Militar ou que se refiram a normatizado de comportamentos e atitudes serão encaminhados e tratados diretamente entre o Presidente do Tribunal de Justiça Militar e o Comandante-Geral da PMMG. 1. 1 - As questões relativas ao funcionamento das Auditorias e da Policia Judiciária Militar serão tratadas e conduzidas diretamente entre o Chefe do Estado-Maior da PM e o Juiz Corregedor da Justiça Militar. 1.2 - As medidas de natureza administrativa, do âmbito legal da função jurisdicional, serão resolvidas, diretamente entre os Juizes Auditores e autoridades da Policia Militar, na forma seguinte: -a Policia Militar, com vistas a agilizar os procedimentos administrativos junto à Justiça Militar, atenderá, através das autoridades enunciadas a seguir, ás requisições feitas pelos Juizes sobre, entre outras, as seguintes questões: a) Pelo Coronel PM Diretor de Pessoal da PMMG: - pasta funcional do militar; - rendimentos/diferenças do autor; - solicitação de registros e dados pessoais do militar. b) Pelo Coronel PM Médico Presidente da Junta Central de Saúde: - informações registradas na pasta sanitária do militar; - perícias.

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RESOLUÇÃO CONJUNTA N° 01/98

A JUSTIÇA MILITAR, representada pelo PRESIDENTE DOTRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS JUIZCORONEL PM JAIR CANÇADO COUTINHO e a POLICIA MILITAR DOESTADO DE MINAS GERAIS, representada pelo COMANDANTE-GERAL,CORONEL PM MÁRCIO LOPES PORTO, visando implementar medidas e adesenvolver ações para que os objetivos estabelecidos no Protocolo deIntenções firmado entre ambas instituições, em 12 de dezembro de 1995,sejam alcançadas e tenham, doravante conseqüência prática e eficaz,RESOLVEM:

1 - Todos os assuntos de natureza institucional que abranjaminteresses da Justiça Militar e da Policia Militar ou que se refiram a normatizadode comportamentos e atitudes serão encaminhados e tratados diretamenteentre o Presidente do Tribunal de Justiça Militar e o Comandante-Geral daPMMG.

1. 1 - As questões relativas ao funcionamento das Auditorias eda Policia Judiciária Militar serão tratadas e conduzidas diretamente entre o

Chefe do Estado-Maior da PM e o Juiz Corregedor da Justiça Militar.

1.2 - As medidas de natureza administrativa, do âmbito legal dafunção jurisdicional, serão resolvidas, diretamente entre os Juizes Auditores eautoridades da Policia Militar, na forma seguinte:

- a Policia Militar, com vistas a agilizar os procedimentosadministrativos junto à Justiça Militar, atenderá, através das autoridadesenunciadas a seguir, ás requisições feitas pelos Juizes sobre, entre outras, asseguintes questões:

a) Pelo Coronel PM Diretor de Pessoal da PMMG:

- pasta funcional do militar;

- rendimentos/diferenças do autor;

- solicitação de registros e dados pessoais do militar.

b) Pelo Coronel PM Médico Presidente da Junta Central deSaúde:

- informações registradas na pasta sanitária do militar;

- perícias.

c) Pelos Comandantes, Diretores e Chefes de Unidades daPolicia Militar, nas diversas regiões do Estado:

- requisição de militares para comparecimento a juízo:

- fornecimento de documentos que existirem em arquivosnas Unidades;

- comparecimento de militar a juízo, a fim de ser ouvidocomo testemunha, acusado ou vitima;

- fornecimento de certidões ou cópias autenticadas, ououtros documentos necessários à prova em processo que envolva militar.

- Em todos os níveis, as comunicações se farão entre asautoridades mencionadas, não se admitindo delegação, substituição outransferência à autoridade subalterna, sob pena de responsabilidadedisciplinar.

2 - Ao longo do prazo de 30(trinta) dias, a contar da assinatura destedocumento, o Presidente do Tribunal de Justiça Militar e o Comandante-Gera]da Policia Militar assinarão atos de designação de comissões conjuntas paraestudos e oferecimento de propostas de ações relativas:

a) ao levantamento da criminalidade e adoção de medidas deprevenção criminal, no meio policial-militar;

b) ao aprimoramento dos oficiais para o exercício da função dejuiz militar nos Conselhos de Justiça;

c) à edição semestral, conjunta, da Revista de Estudos eInformações (REI) com o objetivo de divulgar matérias de interesses das duasInstituições, sob a direção e responsabilidade do Tribunal de Justiça Militar.

d) à edição de periódico, trimestral, em que se divulgueminformações e instruções didáticas com base em casos concretos extraídosdos julgados, para que sirvam de orientação à correta conduta do policial-militar.

e) ao plano trimestral de visitas às Unidades e de palestraspelos Juizes do Tribunal e das Auditorias e das programações e dascondições como serão realizadas;

f) a elaboração de normas visando a simplificação do IPM e daSindicância Regular, assim como alterações no Manual do Inquérito PolicialMilitar, especialmente no que tange as inovações introduzidas pela Lei 9.099,de 26set95;

g) à informatização de procedimentos e informaçõesadministrativo/cartório com interligação "on line" de Sistemas JME/PMMG,permitindo a facilidade de acesso, controle e utilização conjugadas pelas duasInstituições;

h) ao estabelecimento de normas internas referentes aocumprimento de penas, fixando, na forma permitida em lei, asresponsabilidades e as atribuições da autoridade à qual couber a custódia dopreso;

i) à elaboração de anteprojeto de Lei que modifique a leique trata do Conselho de Justificação; (Lei n06712 de 03/12/1975)

j) à elaboração de anteprojeto de lei ou da medida cabívelem que se estabeleça forma de amparo, nos casos devidos, à família do policial-militar (oficial ou praça) demitido ou excluído da Policia Militar por decisão daJustiça Militar.

3 - Fica, desde já, estabelecido, sujeito à modificaçãodecorrente de decisão posterior:

a) as visitas e palestras de Juizes da Justiça Militar serãosempre feitas por solicitação do Comandante-Geral ao Presidente e escolha e adesignação pelo Tribunal de Justiça Militar;

b) as autoridades delegantes da instauração de IPM ou desindicância regular concederão aos encarregados o prazo estritamente essencial àapuração sumária dos fatos, produzidas as provas suficientes a ministrar oselementos necessários à denúncia para propositura de ação penal, consideradosos prazos do art. 20 do CPPM, como o tempo máximo só aplicável em casosexcepcionais, admitida a prorrogação somente quando devidamente justificada emexposição fundamentada. O encarregado deverá dedicar-se à apuração dos fatosde forma a procedê-la com celeridade, sem prejuízo dos resultados.

c) A prisão em flagrante delito será comunicadaincontinente ao Juiz Auditor competente, entregando-lhe pessoalmente o Auto dePrisão ou, remetendo-lhe, via fax, ou por outro meio de comunicação ágil, oselementos que lhe possibilitem confirmar ou relaxar a prisão.

- Os autos da prisão em flagrante serão remetidos aoJuízo, imediatamente, entendido que o prazo de 5 (cinco) dias é o máximopermitido pela lei. (Arts. 246/251 - CPPM)

- Instruções complementares poderão ser baixadas peloComandante-Geral para orientação quanto à prática das medidas estipuladas nasalíneas b e c.

4 - Serão adotadas, pelo Juiz Corregedor e, quandoconvocados, os Juizes Auditores, da parte da Justiça Militar, e pelo Diretor dePessoal e o PM1, pela Polícia Militar, em reuniões já autorizadas, as iniciativas eas medidas que acertarem como necessárias:

a) à pesquisa, nos processos, de informações de interesseda Polícia Militar mediante o fornecimento de dados com o objetivo de identificar aetiologia do crime e possibilitar ações corretivas;

b) à orientação de oficiais dos Conselhos de Justiça pelosJuizes Auditores no cumprimento de suas atribuições judicantes, propiciando-lhes,inclusive, o pleno conhecimento dos processos para que possam julgar comconvicção;

c) todas as questões relativas à requisição ecomparecimento de militares em Juízo, sorteio e atuação de oficiais nosConselhos de Justiça;

d) ao conhecimento recíproco das normas internas e aelaboração das que se fizerem necessárias do interesse da Polícia Militar e daJustiça Militar.

5 - Serão acenadas pelo Presidente do Tribunal de JustiçaMilitar e Comandante-Geral da PMMG, as ocasiões e formas de participação dosJuizes Auditores da Justiça Militar em Cursos de Formação, Atualização eAperfeiçoamento ou em reuniões de Chefes de Seção de Pessoal ou emseminários ou encontros de oficiais e praças.

6 - As questões relativas à colocação de policial-militar àdisposição da Justiça Militar, e sua dispensa, serão sempre tratadas direta epessoalmente entre o Presidente do Tribunal de Justiça Militar e o Comandante-Geral, vedado outro procedimento administrativo.

7 - A colocação de materiais e equipamentos à disposiçãoda Justiça Militar será sempre tratada sim entre o Presidente do Tribunal deJustiça Militar e o Comandante- Geral da PMMG, vedado outro comportamentoadministrativo.

8 - Os órgãos da Justiça Militar e as Unidades da PoliciaMilitar poderão estabelecer, de maneira informal, comunicação interna (via faz outelefone), de forma a agilizar os procedimentos administrativos das duasInstituições.

9 - A informatização de procedimentos e informaçõesadministrativo/cartório com interligação "on line" de Sistemas PMMG/JM.E,permitindo a facilidade de acesso, controle e utilização conjugada pelas duasinstituições. Para esse fim, serão designadas pelo Presidente do Tribunal deJustiça Militar e pelo Comandante-Geral um funcionário e um oficial,

PROTOCOLO DE INTENÇÕESENTRE A JUSTIÇA MILITAR DOESTADO DE MINAS GERAIS E A

POLÍCIA MILITAR DO ESTADODE MINAS GERAIS.

A JUSTIÇA MILITAR DO ESTADO DE MINASGERAIS, representada pelo Presidente do seu TRIBUNAL, JuizCoronel PM LAURENTINO DE ANDRADE FILOCRE, e aPOLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS,representada pelo seu Comandante-Geral, Coronel PM NELSONFERNANDO CORDEIRO,

CONSEDERANDO,- que a Justiça Militar é uma justiça especial, no sentido da

aplicação de uni ordenamento jurídico específico, mas sobretudo pelasua destinação de contribuir, na esferajudicial, para a preservação dosvalores e eficácia da instituição militar, da ética profissional e docontrole da força e da autoridade, com vistas à melhor prestação deserviço ao povo mineiro;

- que há conveniência no estabelecimento de diretrizesnorteadoras de conduta dos integrantes das duas Instituições, ensejandoo reforço de uma consciência anti-crimeno policial militar;

- que é oportuna a permanente troca de informações, avivência e o estabelecimento de ações conjuntas entre a Polícia Militar ea Justiça Militar, visando ao aperfeiçoamento das atividades e dorelacionamento entreas duas Instituições;

- que a defesa social é dever do Estado mas é também direito eresponsabilidade de todos, objetivando a garantia da segurança pública,com a finalidade de proteger o cidadão, a sociedade, os bens públicos eprivados, coibindo os ilícitos penais e as infrações administrativas, bem

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como promover a integração social com a finalidade de prevenir aviolência e a criminalidade;

- que é importante assegurar ao policial militar condiçõesemocionais para que a ação, no exercício das suas funções, se realizecom firmeza, tranqüilidade e equilíbrio, certo do palio da Justiçaenquanto atuar nos limites e na forma da lei,

RESOLVEM celebrar este Protocolo de Intenções com oobjetivo de orientar os procedimentos dos integrantes da Justiça MilitarEstadual e da Polícia Militar, nos respectivos ângulos de competência,mediante o compromisso de adoção dos seguintes procedimentos:

1. Como ação destinada a prevenir o cometimento decrimes, a Polícia Militar reforçará a adoção de medidas deconscientização de seu público interno, em relação aos princípioséticos, aos valores profissionais e ao respeito à integridade e à liberdadedos cidadãos, de forma a evitar lesão ao direito individual ou coletivodas pessoas;

2. A Polícia Militar publicará em BGPM as decisões e ajurisprudência castrenses encaminhadas pelo Tribuna] de JustiçaMilitar; "^

3. Será editada, pelo menos semestralmente, a "Revista deEstudos e Informações", elaborada pelo Tribunal de Justiça Militar epela Polícia Militar com o objetivo de divulgar matérias de interesse dasduas Instituições;

4. Trimestralmente, no mínimo, será editado, em conjunto,umjornal em quese divulguem informações e instruções didáticas combase em casos concretos extraídos dos julgados, para que sirvam deorientação à correta conduta do policial militar;

5. A Justiça Militar propiciará à Polícia Militar a pesquisa,nos processos,de informações, mediante o fornecimento de dados deinteresse para o aprimoramento de ambas as instituições;

6. A Polícia Militar caberá preparar seus Oficiais para oisento desempenho nos Conselhos de Justiça, orientando-os quanto à

conduta ética c avaliação técnica dos casos nos quais são convocados aatuar;

7. Os Juízes-Auditores orientarão os Oficiais dos

Conselhos de Justiça no cumprimento de suas atribuições judicantes.enquanto seus Comandantes lhes propiciarão as condições necessáriasa um melhor desempenho;

8. A Polícia Militar, através da Diretoria de PromoçãoSocial, manterá constante acompanhamento do desempenho de seusDefensores Públicos e Assistentes Judiciários designados para atuaremna Justiça Militar;

9. A Polícia Milit.-.r designará Defensores Públicos paraatuação perante a Justiça Militar, de acordo com suas normas internasou mediante requisição judicial;

10. A Polícia Militar manterá acompanhamentoestatístico da criminalidade no meio militar, computando os crimes demaior incidência c os locais (Unidades) de maior freqüência, e adotarámedidas administrativas para preveni-los;

11. Nos currículos das disciplinas relacionadas com aPolícia Judiciária Militar, para Oficiais, será inserida matéria referenteao Inquérito Policial Militar e à Sindicância, a sua diferenciação,oportunidade, destinação, realização das provas, sendo ainda objeto damatéria o estudo da celeridade e da objetividade da instrução criminal;

12. Os Comandantes, nos diversos níveis, deverãoinstaurar, de imediato, os inquéritos, tornando-os mais ágeis eobjetivos, contendo um arcabouço de provas completo, através defotografias, testemunhas, documentos e perícias, observada aimparcialidade dos encarregados;

13. A Polícia Militar, sempre que realizar encontros dosChefes de Seções de Pessoal, colocará à disposição da Justiça Militar,desde que julgado de interesse da Corporação, tempo disponível paraque sejam expostos aos Oficiais os problemas verificados no dia-a-diadaquela Instituição quanto aos processos em tramitação, ou mesmoorientações doutrinárias;

14. A Justiça Militar e a Polícia Militar estabelecerão, emconjunto, normas internas referentes ao cumprimento de penas,fixando, na forma permitida em lei, as responsabilidades e asatribuições da autoridade à qual couber a custódia do preso;

15. As matérias legislativas, ou quaisquer outras relativasà Polícia Militar e à Justiça Militar, de interesse comum, serão sempreobjeto de estudo prévio, realizado em conjunto;

16. A Polícia Militar, mediante solicitação do Presidentedo Tribunal de Justiça Militar, adotará medidas administrativas visandoao controle dos Conselhos de Justificação, de forma que prevaleçam aobjetividade, a celeridade e a imparcialidade;

17. A Polícia Militar, com vistas à agilizar osprocedimentos administrativos junto à Justiça Militar, atenderá, atravésdas autoridades enunciadas a seguir, às requisições dos Juizes sobre,entre outras, as seguintes questões:

a) Do Coronel PM Diretor de Pessoal da PMMG:

1) pasta funcional do militar;

2) rendimentos/diferençasdo autor;

3) solicitação de registros e dados pessoais domilitar,

Central de Saúde:

sanitária do militar;

b) Do Coronel PM Médico Presidente da Junta

1) informações registradas na pasta

2) perícias.

c) Dos Comandantes, Diretores e Chefes deUnidades da Polícia Militar, nas diversas regiões do Estado:

1) requisição de militares paracomparecimento a juízo;

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2) fornecimento de documentos queexistirem em arquivos nas Unidades;

3) comparecimento de militar a juízo, a fimde ser ouvido como testemunha, acusado ou vítima;

4) fornecimento de certidões ou cópiasautenticadas, ou outros documentos necessários à prova em processoque envolva militar;

18. As questões administrativas que afetem o interesse deambas as Instituições, em especial as que disserem respeito ao sorteio eatuação dos Oficiais em Conselhos de Justiça, serão objetivo de estudocomum para a adoção das medidas convenientes;

19. As questões relativas à colocação de policial militar àdisposição da Justiça Militar, e sua dispensa, serão sempre tratadasdireta e pessoalmente entre o Comandante-Geral e o Presidente doTribunal de Justiça Militar, vedado outro procedimento administrativo;

20. Acolocação de materiais e equipamentos à disposiçãoda Justiça Militar será sempre tratada unicamente entre o Presidente doTribunal de Justiça Militar e o Comandante-Geral da PMMG, vedadooutro comportamento administrativo;

21. Os órgãos da Justiça Militar e as Unidades da PolíciaMilitar poderão estabelecer, de maneira informal, comunicação interna(via fax ou telefone), de forma a agilizar os procedimentosadministrativos das duas Instituições;

22. A Polícia Militar manterá a segurança do prédio doTribunal de Justiça Militar e das Auditorias Militares, e de suassessões, quando requisitada;

23. Na forma que for estabelecida pelo Comandante-Geral e pelo Presidente do Tribunal de Justiça Militar, poderão serrealizadas reuniões entre Diretores, Comandantes ou órgãos do Estado-Maior da Polícia Militar ou das Unidades e a Justiça Militar, paracolaboração, troca de informações eacerto de ações conjuntas.

24. Será priorizada a informatização de procedimentos einformações administrativo/cartorário com interligação "on line" de

Sistemas PMMG/JME, permitindo a facilidade de acesso, controle eutilização conjugada pelas duas Instituições.

E, por se acharem assim acordes, asssinam opresente Protocolo de Intenções, para fins de publicação institucionalinterna, registro e ampla divulgação, para que surta os efeitosdesejados.

Belo Horizonte, 12 de dezembro de 1995.

LAURENTÍNO DE ANDRADE FILOCRE, JUIZ CELPMPresidente do Tribunal de Justiça Militar

NELSON FERNANDO CORDEIRO, CORONELPMConmndante-Geral da PMMG

TESTEMUNHA: 1 -CPF/CI:

2- __CPF/CI:

TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITARESTADO DE MINAS GERAIS

Pronunciamento do Juiz Laurentino de Andrade

Filocre no ato da assinatura do Protocolo.

Este protocolo tem a transcedência das coisas simples que, porserem simples, jamais têm o seu alcance percebido pelos obtusos deespírito.

A Polícia Militar e a Justiça Militar de Minas Gerais tomam ainiciativa, sem precedejUeSjda_adv.vaojle_.uma política criminal ajustadaaos mais modernos princípios da Criininologia.

A singularidade está em que ambas as instituições ultrapassam, poresse ato, os limites de suas preocupações habituais e, numa atitudeinovadora e corajosa, efetivam o compromisso de realizarem esforçocomum no. aprimoramento, cliçoriuoral do policial para que, reforçada aconsciência dos seus deveres e sua sensibilidade, se aperfeiçoe cornoprestante agente da ordem c da segurança, respeitoso da lei e dos direitosfundamentais da pessoa humana c da sociedade.

O ato ilícito praticado pelo policiai militar, especialmente contra ocivil, é uma lesão grave contra a natureza da sua destinação de amparo eproteção, com efeitos desastrosos em todas as suas dimensões: contra opróprio agente e sua família; conda a vítima e sua família; contra asociedade que se vê atingida; contra a Polícia Militar, alcançada em suarespeitabilidade, confiabilidade e estima. ...

A orientação que se fixou no documento segue Platão, um dosprecursores da Cnminologia moderna, que deitou feixes de luz diversosséculos adiante de sua época, ao recomendar dar à prevenção, como oprincipal papel, desviar o homem da prática do ato criminoso.

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR

ESTADO DE MINAS GERAJS

Becaria, no conhecido opúsculo - "Dos Delitos e das Penas"- ditaa Famosa fórmula segundo a qual "é melhor prevenir os crimes que puni-los", posição igualmente sustentada por Montesquieu no "Espirito dasLcis"ao proclamar que "um bom legislador se dedicará menos em punircrimes que a preveni-los."

É a mesma orientação de Adolphe Prins ao formular, no começodo século , as grandes linhas da Defesa Social para a proteção eficaz dacomunidade social.

Esses princípios estão contidos no núcleo da doutrina da NovaDefesa Social em que, entre tantas fulgurantes eminências, pontifica MarcAncel.

Dele se colhe a compreemào docrime como uma manifestação ou,mais exatamente, como uma expressão da personalidade do seu autor,como aliás, já o demonstrou figuradamente Jean Pinolel na representaçãode seu cone.

E, lastimando com Otto Kinbcrg, a ignorância e o descaso dosJuizes nas questões da Criminologia, insiste em que o crime não é umproblema metafísico do bem e do mal a ser resolvido por tecnicismosjurídicos eabstrações doutrinárias mas um fato humano esocial.

A política criminal que procura fixar consiste em estabalècer asbases e escolher as direções de uma luta esclarecida contra o fenômenocriminal.

"O sentimento individual e coletivo da responsabilidade constitue -ensina - uma realidade psicológica e social a qual se deve ter na mais altaconta e, sobretudo, que épossível utilizá-lo nos fins da política criminal."

E conclue: "Notemos somente que a política criminal que propõe aNova Defesa Social não pode se compreender, nem se justificar sem umapelo constante à noção da responsabilidade humana."

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITARESTADO DE MINAS GERAIS

Com a manifestação de maior contentamento, quero deixar bemassinalado a minha imensa admiração e até mesmo a surpresa, pelasensibilidade com que aPolicia Militar aceitou e ultrapassou a proposta daJustiça Militar em meditar c agir numa ação conjunta, inédita, deprevenção criminal.

. Compreendeu-se que a criminalidade na Polícia Militar, emboradiminuta em padrões comparativos, merece atenta e constantepreocupação.

Recebi do então Comandante Geral, eminente Coronel MárioLúcio Calçado e do seu Chefe de Estado Maior, Coronel Paulo MansurReis, resposta pronta e positiva e freqüentes estímulos para elaboraçãodesse Protocolo.

O ínclito Comandante Geral, Coronel Nelson Fernando Cordeiro,prosseguiu com entusiasmado interesse, cobrando-me, muitas vezes, a suacomplementação, seguido, com os mesmos propósitos, pelo ilustre Chefede Estado Maior, Coronel Hebert Magalhães, com a propíciaintermediação do Tenente Coronel Hamilton Brunclli.

O documento experimentou a maturação recebendo a contribuiçãodos Senhores Coronéis e Comandantes e dos Senhores Juizes, participaçãoque se faz necessária em todos os quadros da Polícia Militar como dos queintegram a Justiça Militar - Juizes, Promotores, Advogados e Funcionários- para que alcance a plenitude dos seus fins.

O Protocolo identifica e propõe ainda ações conjuntas no melhorpreparo dos oficiais para o exercício da função de Juiz de fato, aregulamentação de questões relativas à execução criminal e diversosaspectos de natureza administrativa.

Constata-se, pois, que a Justiça Militar ultrapassa os limites defazer a justiça criminal no bisonho sentido de absolver ou condenar paraagir com um sentimento humanista que amplia as fronteiras da suaatuação.

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITARESTADO DE MINAS GERAIS

A Policia Militar, no mesmo esforço, alça em grau mais alto oreforço da estrutura humana do seu soldado.

Ambas instituições inauguram, assim, uma conduta nova que há deencontrar repercussão e acolhida nos espíritos mais nobres e nas mentesmais lúcidas.

Enquanto certas personalidades e órgãos de defesa dos direitoshumanos e até organismos internacionais - ressalvados exponenciaisfiguras c entidades que merecem a homenagem do mais alto respeito eacatamento - se mantêm no primarismo irresponsável de fazer acusaçõespreconceituosas e generalizadas, a Polícia Militar e a Justiça Militar deMinas Gerais oferecem o exemplo da profunda preocupação com acriatura humana e se abrem ao entendimento com aqueles que desejem,sem prevenções e radicalismos, a proteção do indivíduo e da sociedade.

Tenho consciência de que vivemos c celebramos, por esteProtocolo, um momento singular que os tempos vindouros consagrarãocomo uni marco na história da política criminal deste país.

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POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAISGABINETE DO COMANDANTE-GERAL

Belo Horizonle,<J3de junho de 1994.

Oficio Nré#%4-CG.

Senhor Presidente,

Registro, com salisfação.o recebimento do oficio Nr 20,de25Mai94,através do qual V. Ex" propõe o exame de relevantes questões de interessecomum à POLÍCIA MILITAR o à JUSTIÇA MILITAR objetivando o aperfeiçoamentodas atividades c o relacionamento de ambas Instituições.

O assunto recebeu tratamento especial,sendo realizado umestudo preliminar pelas Seções e Assessoria Jurídica do Estado-Maior, que pugnou peloacerto e oportunidade de todos os lemas propostos.

Inobstante.gostariamos de sugerir o acréscimo dos seguintespontos a serem estudados,dentro do item que trata da Ordem Judiciãria,a saber:

- Inserir na execução da pena a postulação do se verificar apossibilidadeda aplicação dos dispositivos da I-eide Execução Penal aos condenados pelajustiça Militar que cumprem pena nos quartéis,considerando-os como sujeitos ã jurisdiçãoordinãria,nos precisos termos do art.2°,parágrafo único.da Lei Nr 7.210,de 11 Jul84;

- No item relativo á ressonância dos julgados da Jusliça Militarna Corporação seria oportuno postular a rcmessa.para publicação em BoletimOstensivo,lambem de julgados da l' Instância quc.por sinal,são a maioria absoluta docasos relevantes;

Exm° Sr.

LÀUUENTINO DE ANDRADE FILOCREMM. Juiz Cel PM Presidente do T.JM/MGCAPITAL

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- Sugerir que o E. Tribunal de Justiça Militar se empenhe naaprovação de duas emendas à legislação pertinente à execução de penas.Na órbitafederal.seria retirada.do art.2°,parágrafo único.IN FINE.da Lei Nr 7.210,dc HJuI84,aexceção: "... quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária". Na sedeestaduaLa Lei de Execução Penal deveria prever.como penitenciária miUtar, "para osefeitos do art. 61 do Código Penal Militar", os xadrezes dos aquartelamentos daCorporação.sendo o Comandante da UEOp o Diretor do Presidio.Tais •inovaçõespossibilitarão isonomia de tratamento entre os condenados das justiças comuns c militar(remissão depenas,progrcssão de regime, trabalho,saidas temporárias.ctc);

A mais importante de todas as propostas estáconsubstanciada,inegavelmente,no empenho destacado do estabelecimento de doutrinapara atuação dos Juizes Militares, consentânca com o ordenamento jurídico vigente noforo castrense,o que.por si sójuslifica,plcnainenle,o contato aproximado e permanente dosórgãos envolvidos.

A discussão dos assuntos constantes da pauta propostaenvolveria,além dos dirigentes de ambas as Instiiuições.integrantes das Seções do EMPM edaquele Tribunal quc.cin data a ser estabelecida, já estariam com completo estudo dostemas propostos.As decisões seriam efetivadas por intermédio de um Protocolo deIntenções ou uma Resolução Conjunta.

Sugiro,então,uma reunião inicial para o estabelecimento dametodologia a ser utilizadana discussão e implementação das decisões a seremtomadas.

Na expectativa de uma resposta positiva, aproveito aoportunidadepara reafirmar a V. Ex3 meus protestosde estima c consideração.

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O LÚCIO CALÇADO -Comandante-Gej

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