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Ricardo Correia, João Sengo, Miguel Broges
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RESPONSABILIDADES FISCAIS DE GERENTES DE SOCIEDADES
COMERCIAIS
L I S B O A , 2 0 J U N H O 2 0 1 3
INTRODUÇÃO
• O papel do TOC.
• As Sociedades Comerciais por quotas estão abrangidas pelo Sistema de Normalização Contabilística (SNC) aprovado pelo Decreto Lei 158/2009 de 13 de Julho.
• No âmbito do SNC e para Sociedades por quotas coexistem os seguintes normativos:
• Normas contabilísticas de relato financeiro – NCRF. • NCRF para pequenas entidades – NCRF-PE.
• Balanço, Demonstração de Resultados e Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados.
CONSTITUIÇÃO E INÍCIO DE ATIVIDADE
• “EMPRESA NA HORA” – www.empresanahora.pt • No prazo de 15 dias após o pedido de inscrição no
registo (n.° 1 do artigo 110.° do CIRC e n.º 1 do artigo 30.º do CIVA. Acompanha cópia da Escritura, Cópia da certidão comercial e copias do NIF e BI do representante legal.
• No ato da criação da empresa pode escolher o TOC.
IRC
• Pagamento por conta • Pagamento especial por conta • Retenções na fonte • Trabalhadores independentes • Rendimentos de imóveis • Rendimentos de capitais
• Declaração de rendimento • IES – Informação Empresarial Simplificada
IRC – PAGAMENTO POR CONTA
• Os pagamentos por conta são calculados com base no imposto no ano n-1, líquido de retenções na fonte.
• Prestações em Julho, Setembro e 15 de Dezembro do próprio ano, (7º, 9º e dia 15 do 12º mês do período de tributação, no caso de entidades com ano fiscal diferente do ano civil). Caso o montante dos pagamentos por conta efetuado exceda o IRC que seria devido, há lugar a reembolso pela diferença.
IRC – PAGAMENTO POR CONTA
• (1) Volume de negócios igual ou inferior a € 498.797,90
(Coleta 2012 - retenções na fonte 2012) x 80%
• (2) Volume de negócios superior a € 498.797,90
(Coleta 2012 - retenções na fonte 2012) x 95%
PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA
• Pagamento a efetuar em Março de cada ano (ou em 2 prestações em Março e em Outubro)
• 1% volume negócios exercício anterior – pagamentos por conta exercício anterior
• Limites: • Mínimo € 1.000 • Máximo € 1.000 + 20% do excedente com o limite de € 70.000
• Este pagamento é dedutível à coleta do próprio exercício e dos 4 exercícios seguintes. A parte que não puder ser deduzida por insuficiência de coleta só será reembolsável a pedido da empresa.
IRC - RETENÇÕES NA FONTE
• Trabalhadores independentes - A taxa aplicada a quem passa recibos verdes, como arquitetos, jornalistas, enfermeiros ou músicos, é de 25,0%. • Os independentes que cedem direitos de
propriedade intelectual ou industrial passam a reter na fonte 16,5%. Já os contribuintes com atos isolados retêm 11,5%.
• Rendimentos de capitais - Os rendimentos de capitais, como juros de depósitos à ordem ou a prazo, pagam 28% - aplica-se aos rendimentos que não precisa de declarar no IRS.
IRC - RETENÇÕES NA FONTE
Rendimentos de imóveis - Os rendimentos prediais até € 10 000 anuais estão dispensados de retenção na fonte. Acima desse montante, é obrigatório reter 25,0%. O inquilino deve ter contabilidade organizada. Tem ainda de entregar, até 20 de Janeiro de 2013, uma declaração ao senhorio com o montante da renda e valor retido.
IRC – DECLARAÇÃO DE RENDIMENTO
Continente Madeira Açores Entidades 2012 2012 2012
Entidades residentes e estabelecimentos estáveis de entidades não residentes (1) (2) 25% 25% 17,5% Entidades residentes que não exerçam, a título principal, actividade comercial, industrial ou agrícola
21,5% 21,5% 15,05%
(1) Sobre esta taxa poderá incidir derrama, a favor da Câmara Municipal, até 1,5% do lucro tributável antes da dedução de prejuízos (taxa máxima efetiva no Continente=26,5%); na Madeira não tem sido lançada derrama; (2) Sobre esta taxa pode incidir Derrama Estadual. Entidades com lucro acima de 1,5 milhões de euros.
IRC – DECLARAÇÃO DE RENDIMENTO
TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
Descrição 2012 Encargos com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas 10% / 20% Despesas de representação 10% Despesas não documentadas 50% / 70% Pagamentos a entidades residentes em regime fiscal claramente mais favorável 35% / 55%
Ajudas de custo e deslocações em viatura própria não faturadas a clientes 5%
Gastos ou encargos relativos a indemnizações decorrentes da cessação de funções de gestor, administrador e gerente 35%
Gastos ou encargos relativos a bónus e outras remunerações variáveis pagas a gestores, administradores e gerentes 35%
Lucros distribuídos a sujeitos passivos que beneficiam de isenção total ou parcial de IRC 25%
IRC – DECLARAÇÃO DE RENDIMENTO
Obrigações de comunicação de rendimentos e retenções: a) Possuir registo atualizado das pessoas credoras dos
rendimentos, ainda que não tenha havido lugar a retenção do imposto.
b) Entregar ao sujeito passivo, até 20 de Janeiro de cada ano, documento comprovativo das importâncias devidas no ano anterior.
c) Entregar à Direcção-Geral dos Impostos, até ao final do mês de Fevereiro de cada ano, uma declaração referente àqueles rendimentos e respetivas retenções.
IRC - IES
• Entrega da declaração anual de informação contabilística e fiscal; • Registo da prestação de contas junto das
conservatórias do registo comercial; • Prestação de informação de natureza estatística
ao Instituto Nacional de Estatística; • Prestação de informação relativa a dados
contabilísticos anuais para fins estatísticos ao Banco de Portugal;
IVA
Declaração Periódica de IVA nos seguintes prazos: • Até ao 10º dia do 2º mês seguinte àquele a que respeitam as
operações, no caso dos sujeitos passivos enquadrados no regime mensal;
• Até ao 15º dia do 2º mês seguinte ao trimestre civil a que respeitam as operações, no caso de regime trimestral.
Declaração relativa às transmissões intracomunitárias: • Até ao dia 20 do mês seguinte ao das operações, no caso de sujeitos passivos enquadrados no regime mensal do IVA; • Até ao dia 20 do mês seguinte ao trimestre a que respeitem as operações, no caso de regime trimestral e valor das transmissões intracomunitárias seja inferior a €50.000; • Até ao dia 20 do mês seguinte ao das operações no caso de regime trimestral e valor das transmissões superior a €50.000.
CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL
As pessoas coletivas têm de:
• se inscrever na Segurança Social; • pagar contribuições (até dia 20); • apresentar mensalmente a declaração de remunerações dos
trabalhadores ao seu serviço(ate dia 10); • comunicar a admissão de novos trabalhadores; • inscrever na Segurança Social os trabalhadores ao seu serviço
que ainda não estejam inscritos; • comunicar à Segurança Social quando os trabalhadores deixam
de estar ao seu serviço; • comunicar qualquer alteração relevante (morada, MOEs,
alteração do pacto social); • comunicar a sua cessação de atividade.
CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL
A inscrição das pessoas coletivas é feita diretamente à segurança social sempre que as pessoas coletivas sejam criadas através da “EMPRESA NA HORA”. A comunicação também pode ser feita através das finanças quando as pessoas dão conhecimento do início do exercício da atividade.
Trabalhadores Entidade empregadora Trabalhador Total 23,75% 11% 34,75%
Membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas Entidade empregadora Trabalhador Total 23,75% 11% 34,75%
CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL
• Membros dos órgãos estatutários - As taxas são aplicadas ao valor das remunerações reais, no mínimo o valor do IAS (€ 419,22) e no máximo 12 vezes o IAS (€ 5.030,64).
• O limite mínimo (€ 419,22) não se aplica aos MOE’s que recebam remuneração e se encontrem abrangidos por regime obrigatório de proteção social pelo exercício em acumulação com outra atividade:
• Aos MOE’s de pessoas coletivas que não exerçam outra atividade em função da qual estejam enquadrados em regime de proteção social obrigatório, nem sejam pensionistas, os limites mínimo e máximo são sempre aplicáveis.
OUTRAS OBRIGAÇÕES RELATÓRIO ÚNICO
Obrigação única, a cargo dos empregadores, de prestação anual de informação sobre a atividade social da empresa: • Quadro de pessoal; • Comunicação trimestral de celebração e cessação de
contratos de trabalho a termo; • Relação semestral dos trabalhadores que prestaram trabalho
suplementar; • Relatório da formação profissional contínua; • Relatório da atividade anual dos serviços de segurança e
saúde no trabalho; • Greves; • Informação sobre os prestadores de serviços.
OUTRAS OBRIGAÇÕES SHST
• Cabe à entidade patronal implementar estas condições, nomeadamente através da organização de serviços de segurança e saúde no trabalho.
• Todas as empresas e organizações com trabalhadores a seu cargo estão obrigadas a dispor deste tipo de serviços, que poderão ser internos, externos, comuns ou prestados pelo próprio empregador ou trabalhador designado.
OUTRAS OBRIGAÇÕES FORMAÇÃO PROFISSIONAL
• O trabalhador tem direito, em cada ano, a um número mínimo de 35 horas de formação certificada ou, sendo contratado a termo, por período igual ou superior a 3 meses, um número mínimo de horas proporcional à duração do contrato nesse ano.
• O trabalhador tem direito a receber um valor monetário se não obteve da entidade patronal a respetiva formação:
Valor Hora x horas de formação em falta, sujeito a descontos em sede de IRS e isento de TSU.