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Tiragem: 65236 País: Portugal Period.: Diária Âmbito: Informação Geral Pág: 8 Cores: Cor Área: 25,50 x 30,00 cm² Corte: 1 de 3 ID: 71093026 01-09-2017 evolução t incêndios com mais de 100 hectares NÚMERO DE GRANDES INCÊNDIOS E PESO NO TOTAL DA ÁREA ARDIDA (Até 15 de agosto) 55 60 o 2006 2007 2008 2012 2013 87 2014 2015 2016 2017 86 Í 82 2009 61 31 390/, 4798 1568 S. Pedro Idanha do Sul a Nova 11 980 947 1-Álf1ndega i Amarante 1 da Fé 25 116 .29162 Aroma MAIOR FOGO DE CADA ANO (em hectares) 3000 V. N. Cenrelra 535 1628 Méda S. Brás de Alportel 900 Sert3 20 935 Tavlra d0 e 1500 1265 S. Pedro do Sul FONTE: DADOS 00 ICHF INFOGRAF1A Ni inc('n( ii( Há menos fogos, mas são cada vez maiores. Especialistas culpam o clima e a acumulação de mato nas florestas Mais de metade da área ardida resultou de três incêndios Rosa Ramos rosa.ramostain.pt ›. Os três maiores incêndios deste ano foram responsáveis, sozinhos, por mais de metade do total da área ardida em Portugal. O fogo da Ser- tã, que deflagrou a 23 de julho, ode Pedrógão Grande, que começou a 17 de julho, e o de Góis, com a mes- ma data, destruiram um total de 84 047 hectares - o que correspon- de a 51,1% dos 164 249 hectares de floresta e mato que arderam de ide janeiro a 15 de agosto. O fogo da Sertã, que consumiu 29 162 hectares, e o de Pedrógão, que destruiu 27 364, são, segundo o Instituto da Conservação da Na- tureza e das Florestas (ICNF), os dois maiores de que houve regis- to nos últimos 11 anos. E, a avaliar pelos relatórios dos incêndios da última década, há cada vez mais grandes ocorrên- cias (acima de 100 hectares) e os fogos têm vindo a ganhar maior dimensão. Se este ano, até 15 de agosto, houve 82 grandes situa- ções, há dez anos o número foi dez vezes menor, tendo-se registado apenas oito grandes fogos. Além de comprovarem que há um aumento de grandes ocorrên- cias, os relatórios do ICNF tam- bém mostram que os incêndios têm sido, nos últimos dois anos, mais destrutivos: se o maior fogo dé 2017 superou os 29 mil hecta- res, os maiores registados nos anos de 2006 a 2011 não chegaram sequer aos cinco mil hectares. Nesse período, a maior ocorrên- cia verificou-se em São Pedro do Sul - onde, em 2011, arderam 4798 hectares. Comportamento das chamas lá 2012 foi um ano atípico 'e com um número elevado de grandes incêndios. Foram registados 87, mas mais pequenos do que os deste ano e do que os de 2016: o maior incêndio foi em Tavira e destruiu 20 935 hectares. O se- gundo maior ocorreu em Vimioso e consumiu 1879 hectares. A diferença dos incêndios des- àà Seria irresponsá- vel da minha parte demitir coman- dantes. Temos um sistema que tem funcionado" Constança Urbano de Sousa Ministra da Administração Interna te ano, explica Duarte Caldeira. não está no número de ignições, mas no comportamento das cha- mas. "Os fogos estão mais gravo- sos e progridem a uma velocidade maior", confirma o presidente do Centro de Estudos e Intervenção em Proteção Civil. Há várias razões que explicam este fenómeno. O investigador Domingos Xavier Viegas aponta o dedo ao clima. "É uma tendência comum a outros países da Europa, onde os recordes de áreas ardidas também têm sido batidos, resul- tado das mudanças climáticas", diz, recordando que o clima - que tem vindo a tornar-se progressi- vamente mais severo, com perio- dos de seca e ondas de calor -, "fa- vorece a ocorrência de incêndios". Por outro lado, nos últimos anos tem havido menos ocorrên- cias. Tomando como referência as estatísticas até 15 de agosto, 2017 não é o ano com mais fogos da dé- cada - apesar de ser o que, de lon- ge, apresenta a maior área ardida. Este ano é, desde 2007, o quarto com menos fogos (10 744). Mais combustível "Antes existiam mais ocorrências, ainda que de menor gravidades. o que permitia ir limpando algumas zonas de mato que são deixadas ao abandono", recorda Duarte Caldeira. Havendo menos fogos, os combus- tíveis têm-se acumulado. "E quando o combustível é maior e mais alto, geram-se correntes convectivas de vento durante os incêndios e há mais transferências de fogo e progressões através das copas das árvores. Pe- drógão Grande não ardia há 20 anos", exemplifica. Os bombeiros, admitiu ontem a ministra da Admi- nistração Interna, estão "preocupa- dos" com a falta de limpeza das flo- restas. Constança Urbano de Sousa reuniu-se com os comandantes dis- tritais na sede da Autoridade Nacio- nal de Proteção Civil para "agrade- cer" o esforço dos operacionais. Questionada sobre se pondera afas- tar comandantes devido ao caso de Pedrógão, respondeu: "Seria irres- ponsável da minha parte". • "Visibilidade restrita" pode explicar queda de helicóptero O helicóptero que caiu em Ca- bril, Castro Daire, a 20 de agosto, durante o combate a um incêndio. e que foi fatal para o piloto, ocor- reu num dia de céu "praticamen- te limpo", mas com "visibilidade restrita por causa de fumo ligeiro leve", lê-se num relatório provisó- rio do Gabinete de Investigação e Prevenção e Investigação de Aci- dentes com Aeronaves e de Aci- dentes Ferroviários (GPIAFF). No documento é descrito que o AS 350 B3, operado pela Everjets, se- diado em Armamar, antes do aci- dente, largou cinco elementos do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS). lá depois de ter feito duas des- cargas, "quando se afastava em as- censão do local", a aeronave "terá voado lateralmente em direção aos cabos aéreos" de uma linha de transporte de energia elétrica. "to- cando com o rotor traseiro e, em se- guida. com o rotor principal". Com o impacto das asas rotativas, "os ca- bos foram cortados" e o helicópte- ro "sofreu uma perda de controlo, voando em direção ao terreno. To- cou no solo e incendiou-se", lê-se. O que restou da aeronave encon- tra-se no hangar do GPIAAF, em Vi- seu, para uma investigação de se- gurança que "visa unicamente identificar os fatores causais", e uma eventual emissão de reco- mendações para melhoria da segu- rança da aviação civil. SANDRA FERREIRA Queda de helicóptero em Castro Daire a 20 de agosto foi fatal para o piloto

resultou de três incêndios - CMU Portugal...dos de seca e ondas de calor -, "fa-vorece a ocorrência de incêndios". Por outro lado, nos últimos anos tem havido menos ocorrên-cias

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Page 1: resultou de três incêndios - CMU Portugal...dos de seca e ondas de calor -, "fa-vorece a ocorrência de incêndios". Por outro lado, nos últimos anos tem havido menos ocorrên-cias

Tiragem: 65236

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 8

Cores: Cor

Área: 25,50 x 30,00 cm²

Corte: 1 de 3ID: 71093026 01-09-2017

evolução t incêndios com mais de 100 hectares

NÚMERO DE GRANDES INCÊNDIOS E PESO NO TOTAL DA ÁREA ARDIDA (Até 15 de agosto)

55

60

o

2006 2007 2008 2012 2013

87

2014 2015 2016 2017

86 Í 82

2009

61

31

390/,

• 4798 1568

S. Pedro Idanha do Sul a Nova

11 980 947 1-Álf1ndega i Amarante 1 da Fé

25 116 .29162 Aroma

MAIOR FOGO DE CADA ANO (em hectares)

3000 V. N.

Cenrelra

535 1628 Méda S. Brás de

Alportel

900

Sert3 20 935

Tavlra

d0 e

1500 1265 S. Pedro do Sul

FONTE: DADOS 00 ICHF INFOGRAF1A Ni

inc('n( ii( Há menos fogos, mas são cada vez maiores. Especialistas culpam o clima e a acumulação de mato nas florestas

Mais de metade da área ardida resultou de três incêndios Rosa Ramos rosa.ramostain.pt

›. Os três maiores incêndios deste ano foram responsáveis, sozinhos, por mais de metade do total da área ardida em Portugal. O fogo da Ser-tã, que deflagrou a 23 de julho, ode Pedrógão Grande, que começou a 17 de julho, e o de Góis, com a mes-ma data, destruiram um total de 84 047 hectares - o que correspon-de a 51,1% dos 164 249 hectares de floresta e mato que arderam de ide janeiro a 15 de agosto.

O fogo da Sertã, que consumiu 29 162 hectares, e o de Pedrógão, que destruiu 27 364, são, segundo o Instituto da Conservação da Na-tureza e das Florestas (ICNF), os dois maiores de que houve regis-to nos últimos 11 anos.

E, a avaliar pelos relatórios dos incêndios da última década, há cada vez mais grandes ocorrên-cias (acima de 100 hectares) e os fogos têm vindo a ganhar maior dimensão. Se este ano, até 15 de agosto, houve 82 grandes situa-ções, há dez anos o número foi dez vezes menor, tendo-se registado apenas oito grandes fogos.

Além de comprovarem que há um aumento de grandes ocorrên-cias, os relatórios do ICNF tam-bém mostram que os incêndios têm sido, nos últimos dois anos, mais destrutivos: se o maior fogo dé 2017 superou os 29 mil hecta-res, os maiores registados nos anos de 2006 a 2011 não chegaram sequer aos cinco mil hectares. Nesse período, a maior ocorrên-cia verificou-se em São Pedro do

Sul - onde, em 2011, arderam 4798 hectares.

Comportamento das chamas lá 2012 foi um ano atípico 'e com um número elevado de grandes incêndios. Foram registados 87, mas mais pequenos do que os deste ano e do que os de 2016: o maior incêndio foi em Tavira e destruiu 20 935 hectares. O se-gundo maior ocorreu em Vimioso e consumiu 1879 hectares.

A diferença dos incêndios des-

àà Seria irresponsá-vel da minha parte demitir coman-dantes. Temos um sistema que tem funcionado" Constança Urbano de Sousa Ministra da Administração Interna

te ano, explica Duarte Caldeira. não está no número de ignições, mas no comportamento das cha-mas. "Os fogos estão mais gravo-sos e progridem a uma velocidade maior", confirma o presidente do Centro de Estudos e Intervenção em Proteção Civil.

Há várias razões que explicam este fenómeno. O investigador Domingos Xavier Viegas aponta o dedo ao clima. "É uma tendência comum a outros países da Europa, onde os recordes de áreas ardidas

também têm sido batidos, resul-tado das mudanças climáticas", diz, recordando que o clima - que tem vindo a tornar-se progressi-vamente mais severo, com perio-dos de seca e ondas de calor -, "fa-vorece a ocorrência de incêndios".

Por outro lado, nos últimos anos tem havido menos ocorrên-cias. Tomando como referência as estatísticas até 15 de agosto, 2017 não é o ano com mais fogos da dé-cada - apesar de ser o que, de lon-ge, apresenta a maior área ardida. Este ano é, desde 2007, o quarto com menos fogos (10 744).

Mais combustível "Antes existiam mais ocorrências, ainda que de menor gravidades. o que permitia ir limpando algumas zonas de mato que são deixadas ao abandono", recorda Duarte Caldeira. Havendo menos fogos, os combus-tíveis têm-se acumulado. "E quando o combustível é maior e mais alto, geram-se correntes convectivas de vento durante os incêndios e há mais transferências de fogo e progressões através das copas das árvores. Pe-drógão Grande não ardia há 20 anos", exemplifica. Os bombeiros, admitiu ontem a ministra da Admi-nistração Interna, estão "preocupa-dos" com a falta de limpeza das flo-restas. Constança Urbano de Sousa reuniu-se com os comandantes dis-tritais na sede da Autoridade Nacio-nal de Proteção Civil para "agrade-cer" o esforço dos operacionais. Questionada sobre se pondera afas-tar comandantes devido ao caso de Pedrógão, respondeu: "Seria irres-ponsável da minha parte". •

"Visibilidade restrita" pode explicar queda de helicóptero ► O helicóptero que caiu em Ca-bril, Castro Daire, a 20 de agosto, durante o combate a um incêndio. e que foi fatal para o piloto, ocor-reu num dia de céu "praticamen-te limpo", mas com "visibilidade restrita por causa de fumo ligeiro leve", lê-se num relatório provisó-rio do Gabinete de Investigação e Prevenção e Investigação de Aci-dentes com Aeronaves e de Aci-dentes Ferroviários (GPIAFF). No documento é descrito que o AS

350 B3, operado pela Everjets, se-diado em Armamar, antes do aci-dente, largou cinco elementos do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS).

lá depois de ter feito duas des-cargas, "quando se afastava em as-censão do local", a aeronave "terá voado lateralmente em direção aos cabos aéreos" de uma linha de transporte de energia elétrica. "to-cando com o rotor traseiro e, em se-guida. com o rotor principal". Com

o impacto das asas rotativas, "os ca-bos foram cortados" e o helicópte-ro "sofreu uma perda de controlo, voando em direção ao terreno. To-cou no solo e incendiou-se", lê-se.

O que restou da aeronave encon-tra-se no hangar do GPIAAF, em Vi-seu, para uma investigação de se-gurança que "visa unicamente identificar os fatores causais", e uma eventual emissão de reco-mendações para melhoria da segu-rança da aviação civil. SANDRA FERREIRA Queda de helicóptero em Castro Daire a 20 de agosto foi fatal para o piloto

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Tiragem: 65236

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

Cores: Cor

Área: 25,50 x 30,00 cm²

Corte: 2 de 3ID: 71093026 01-09-2017

Wiáríli41101-": à 1)eça "Anjo sem asas"

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Telemóvel envia dados para servidor

Sensores vão ajudar bombeiros a saber quando estão em risco

Leiloada obra para auxiliar Pedrógão ESCULTURA O artista Óscar Rodri-gues esculpiu um bombeiro num tronco de árvore usando uma mo-tosserra, uma peça que designou de "Anjo sem asas", que está a lei-loar para ajudar as vítimas dos in-cêndios que deflagraram em Pe-

drógão Grande, em junho. "Vi aquele cenário devastador e deso-lador no noticiário e isso tocou--me especialmente. Achei que a melhor forma de contribuir era usar o meu talento para uma ini-ciativa solidária", disse à Lusa. E foi assim que nasceu a peça "Anjo sem asas" que está a ser alvo de um leilão virtual, através do Face-book, na página de Óscar Rodri-gues, de 36 anos e que é natural de Soutelinho do Mezio, no concelho de Vila Pouca de Aguiar. O leilão termina a 15 de setembro. •

► Investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Compu-tadores - Tecnologia e Ciência (INESC TEC) desenvolveram um sistema que mede e disponibiliza, em tempo real, sinais vitais e da-dos do meio ambiente, permitin-do evitar situações de risco para bombeiros, policias, paramédicos ou outros profissionais.

Um sensor colocado no corpo regista eletrocardiograma, tempe-ratura corporal e respiração, per-mitindo inferir, por exemplo, o ni-vel de stresse e fadiga de um bom-beiro que combate um incêndio. • Outro sensor, colocado na roupa, avalia os níveis de monóxido de carbono, temperatura, humidade, pressão atmosférica e luminosi-dade do meio. Os dados são regis-tados num telemóvel, que os en-via (junto com a localização geo-gráfica), para um servidor numa central ou posto de comando.

Assim, explica o investigador Duarte Dias, o comando pode "ge-rir a equipa para ser o mais efi-ciente possível no combate e ante-ver riscos". O bombeiro também recebe um aviso no telemóvel quando atinge os limiares de se-gurança dos Indicadores medidos.

A tecnologia, desenvolvida no âmbito do projeto VR2Market, foi ontem apresentada no quartel dos bombeiros de Albergaria-a-Velha. O comandante José Valente diz que será uma mais-valia para a "segurança" e "eficiência".

Os investigadores vão partir para os EUA em busca de financia-mento, para fazer a transferência da tecnologia deste WESENSS (Wearable Sensors for Safety) "para o mercado", avançou Rui Rosas, do INESC TEC. ZULAY COSTA

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País: Portugal

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Âmbito: Informação Geral

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Corte: 3 de 3ID: 71093026 01-09-2017

Página 16

• Terrorismo

Informações de Espanha e concentração de eventos levam a reforço de segurança

• Pilotos fizeram tour pela Invicta P.4a6

Aviões a postos para voar na pista do Douro

Emprego Número de estrangeiros a trabalhar em Portugal caiu 31%

Sexta-feira I de setembro 2017 • wwwjn.pt • 0,50 • 11°92 • Ano130 • Diretor Afonso Camões • Oketwozativo Domingos de Andrade Slibiretects0abld Pontes, Inês (ardoso e Pedro Ivo lambo • Diretor te Atte Pedro Pimentel

Jornal de Notícias

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Rei Rona coro CR 7 marca três golos e ultrapassa Pelé

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Gabigol na Luze Ilitroglou em Li Inellta

itnnocdro no Boa% ista e BUCHO Inscrito

• Destruídos 84 mil hectares em Pedrógão Grande, Góis e Sertã

• Bombeiros usarão sensores para saber quando correm risco P. 8 e 9

Três fogos causaram mais de metade da área ardida

HOJE REVISTA EVASÕES LISBOA ACORDA CHEIO DE

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NATO Tribunal valida concurso que deu queixa contra Portas Página 17

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Transportes Universitários vão ter desconto de 25% no passe Página 10

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