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REVESTIMENTO DE PAREDE REVESTIMENTO CERÂMICO
Pensar que as incontáveis cerâmicas expostas
em lojas e show rooms diferenciam-se apenas
pela aparência é um erro. Variações na
matéria-prima geram resultados distintos na
massa e no esmalte. Diferenças como a maior
ou menor resistência à absorção de água, à
abrasão, a substâncias químicas ou a manchas
determinam a qualidade do revestimento e
seu uso no projeto.
CLASSIFICAÇÃO DAS CERÂMICAS
A denominação dos tipos de cerâmica está ligada à
capacidade de absorção de água pelo material. Devido
aos diferentes procedimentos de fabricação e aos
diversos tipos de materiais aplicados nestes processos,
o revestimento passa a reagir de maneira diferente à
absorção de água pela impermeabilização das
superfícies das peças.
PEÇAS DE ACABAMENTO
1. Peças base
Peças utilizadas na extensão ou área do ambiente.
2. tozetos
Pequenas peças quadradas que compõem diversos
efeitos decorativos em pisos e paredes. São utilizadas
juntas para compor desenhos com peças maiores e
arremates.
2
1
3. Faixas Peças retangulares longilíneas, também conhecidas por listelo, filete ou
festone, podem ser bem finas, contínuas, lisas ou estampadas. Estas podem
separar ambientes, emoldurar pisos ou enfeitar as paredes da cozinha ou
do banheiro. Há também as estruturadas com relevo, mais indicadas para
arrematar revestimentos de meias- paredes (os rodameios). As
arredondadas são ideais para proteger degraus, bancadas e bordas de
piscina. Para o arremate de beiradas, as faixas chamadas universais têm a
forma de seta ou ondulações que permitem o encaixe perfeito das
extremidades.
pedras Fazer uso das rochas na construção é uma arte chamada
cantaria. Milenar, a técnica estendeu seu alcance ao Brasil
através da influência portuguesa, especialmente na região
rural. Mesmo comum na indústria da construção na nossa
região, já que a mão de obra está familiarizada com o material,
é preciso saber orientar a execução.
As pedras podem compor alvenarias ou serem utilizadas
apenas como revestimento. No primeiro caso, elas passam a
ter uma função estrutural e demandam muito mais material.
Embora sejam unânimes ao preferir as rochas como elemento
estrutural e não como revestimento, os arquitetos concordam
que a segunda opção é a mais prática na obra, ainda que
também dê trabalho na execução.
ALGUMAS PEDRAS BRASILEIRAS
Entre as pedras usadas como revestimento, os
quartzitos – grupo de variedades tipicamente
brasileiras, como madeira, goiás e são tomé –
oferecem bom conforto térmico, admitem
vários cortes, têm fácil manutenção (podem
ficar ao natural ou receber resina hidrofugante) e,
se precisarem de restauro, um simples polimento os
deixa novos.
FORMAS DE APLICAÇÃO
1. Geométrico
Pedras cortadas em quadrados ou retângulos e agrupadas em
desenhos geométricos ou tipo amarração, aplicados em pisos
ou paredes. Com a possibilidade da junta seca ou rejunte
aparente.
3. Mosaico português Pedras cortadas de forma cúbica justapostas formando
desenhos orgânicos, flexíveis. Técnica milenar empregada em
calçadas pelo mundo inteiro, utiliza vários tipos de pedra.
Comumente o arranjo também é chamado de pedra
portuguesa, mas o mosaico pode ser feito com vários tipos de
pedra. Também neste caso, o rejunte pode ser aparente ou
inexistir.
Mosaico de pedra calcária
4. Filetada ou Canjiquinha
São filetes de pedra instalados em camadas, umas sobre as
outras, e podem ser aplicados de duas formas: deixando à
mostra o lado bruto ou o lado semipolido. A fixação das peças
é feita com argamassa específica direto na parede, utilizando-se
juntas secas.
pastilhas São peças de pequenas dimensões agrupadas em placas,
utilizadas como detalhes, faixas ou mesmo revestimentos
inteiros, em pisos e paredes. A maioria dos modelos é
resistente e impermeável, fatores de peso na escolha de um
revestimento.
granito e mármore
As rochas ornamentais e de revestimento, também
designadas pedras naturais, rochas lapídeas, rochas
dimensionais e materiais de cantaria, abrangem os tipos
litológicos que podem ser extraídos em blocos ou
placas, cortados em formas variadas e beneficiados
através de esquadrejamento, polimento, lustro, etc. Seus
principais campos de aplicação incluem tanto peças
isoladas, como esculturas, tampos e pés de mesa,
balcões, lápides e arte funerária em geral, quanto
edificações, destacando-se, nesse caso, os revestimentos
internos e externos de paredes, pisos, pilares, colunas,
soleiras, etc.
DIFERENÇAS
Antes de escolher entre o mármore ou granito, é preciso
saber as características, aplicações e usos indicados para
cada um. É possível diferenciar um tipo de mármore ou
granito de outro pela sua cor e desenhos das nuances. No
entanto, cada tipo possui características específicas: um
mármore pode ser mais poroso que outro, por exemplo.
O mármore é composto por um mineral e por calcita. Já o
granito é formado por três minerais (a mica, feldspato e
quartzo). Na prática, isso significa que o granito é bem mais
duro, resistente e menos poroso do que o mármore, que
risca com mais facilidade. No mercado, existem disponíveis
mármores e granitos nacionais ou importados. Um dos
fatores que influi na oferta e preço desses diversos tipos é
sua raridade: quanto mais raro, mais caro.
O mármore deve ser utilizado preferencialmente em
ambientes internos. Isto, porque o material sofre
com a ação do tempo (possui sensibilidade à chuva
ácida) e da poluição. O mármore é mais indicado que
o granito para revestimento de paredes internas
Também deve ser evitada a utilização de mármore
em áreas de tráfego intenso, pois se desgasta mais
facilmente. Outro ambiente a ser evitado é a cozinha:
por ser poroso, absorve gordura. Além do mais, não
tendo resistência contra ácido, pode adquirir
manchas e perda de brilho com produtos como
vinagre, limão ou materiais de limpeza pesados.