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CAPA Índice E MAXIMINOS ndarilho EDIÇÃO N.º 38 - 2014 / 2015

Revista Andarilho

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Revista do Agrupamento de Escolas de Maximinos - Braga

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Page 1: Revista Andarilho

CAPA

Índice

E MAXIMINOS

ndarilho

EDIÇÃO N.º 38 - 2014 / 2015

Page 2: Revista Andarilho

ndarilho

E MAXIMINOS

EQUIPA

Margarida Vilaça

Conceição Veiga

Pedro Mendes

Rui Serras

IMPRESSÃO GRÁFICA

CONTACTOS

Agrupamento de Escolas de Maximinos

Código: 150721

Morada: Avenida Colégio Órfãos S. Caetano -

Maximinos. 4700-235 BRAGA

Telefone: 253606540/5

Fax: 253606546 (Direcção)

Tlm: 962185998

Fax: 253691064 (Secretaria)

e-Mail:

[email protected]

[email protected]

[email protected]

Page 3: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

3

Editorial ................................................................................... 4

Direção................................................................................... 5

Projeto FREI ......................................................................... 9

Ensino Profissional ......................................................... 13

Educação Especial ....................................................... 15

PES/PRESSE .................................................................... 17

Eco-Escola ........................................................................ 19

Desporto Escolar ............................................................ 22

Biblioteca ............................................................................ 25

Escolha desafiante… ................................................... 26

Atividades em Desafio ................................................ 28

As escolas em Desafio ................................................ 36

Associações de Pais ................................................... 62

Desafio ao Pessoal Não Docente ......................... 65

O Professor do século XXI .......................................... 67

Desafio(s) para o Mérito .............................................. 69

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Revista Andarilho Edição 38

4

Editorial

“Desafios do século XXI” foi o tema escolhido para o presente ano letivo.

De facto, “mudam-se os tempos, mudam-se as

vontades”. Os tempos mudaram, e muito, as vontades,

essas… vão-se ajustando à mudança, à procura de um

caminho onde caibam todos os sonhos.

É uma pequena parte. Muito mais se

fez, e, sobretudo, não se consegue deixar aqui

o esforço diário de todos os profissionais, que

ultrapassam todas as barreiras para

corresponder aos desafios que lhes são

colocados.

“Instruir é construir”, diria Padre António

Vieira, e, em conjunto, as diferentes escolas

que constituem o Agrupamento de Maximinos

têm vindo a construir uma escola solidária,

equitativa, onde o empreendedorismo e a

qualidade estão sempre presentes.

“Desafio” é, de acordo com o Grande Dicionário da

Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, o “ato ou

efeito de desafiar, repto; provocação”. Neste contexto, o de

organizar uma revista que espelhe “os desafios” vividos

pela comunidade escolar, optamos por “repto”, já que nos

foi proposto que, numa só revista, divulgássemos à

comunidade o que o Agrupamento de Escolas de

Maximinos é capaz.

Dinis Noversa 5º 6

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Revista Andarilho Edição 38

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Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova

luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens.

Fernando Pessoa

Direção

No ano letivo que agora termina,

adotamos “os desafios do século XXI” como

orientadores das nossas práticas, daí que,

no presente número da revista Andarilho,

se pretenda relevar algumas das atividades

e /ou projetos que “desafiaram” a

comunidade, ou resultaram dos desafios

diários das nossas escolas.

Destaco, em primeiro lugar, o facto

de ter sido possível elaborar um Plano

Plurianual de Melhoria 2015-2018 com a

participação de toda a comunidade

educativa (professores, pais e

encarregados de educação, alunos e

pessoal não docente). Deste modo,

estabeleceu-se um compromisso assumido

por todos, o que permitirá maior

estabilidade nas estratégias educativas e

uma aposta mais sustentada na melhoria

dos resultados e de todos os outros

indicadores de sucesso. É este, no meu

ponto de vista, o grande desafio que nos é

colocado: sermos capazes de construir uma

ideia partilhada de “escola”, onde todos se

revejam e com a qual todos se identifiquem.

É a procura desta identidade que

desencadeará, nas nossas crianças e

jovens, o sentido de pertença, para que,

mesmo estando em espaços físicos

diferentes, se sintam “em casa” em

qualquer escola, revendo-se na imagem

que construíram de agrupamento. Se isto

acontecer, será possível fidelizar os alunos

às escolas do Agrupamento. Do mesmo

modo, os pais e encarregados de

educação, conhecedores das estratégias

educativas, confiarão na formação que os

seus educandos estão a receber.

Quero, em seguida, referir que as

atividades e projetos, destacados nesta

revista, pautaram-se por um princípio que

considero fundamental: o sucesso

educativo, visível na melhoria dos

resultados dos alunos,

tanto na avaliação

interna como na

avaliação externa. Esta

é a nossa preocupação

fundamental: propiciar

às crianças e jovens as

condições necessárias

ao desenvolvimento de aprendizagens

sólidas, garantia de sucesso. Os textos,

trabalhos, relatos e opiniões que fazem

parte do alinhamento deste número são

uma pequena parte, a face que aqui se

torna visível, da qualidade do trabalho

desenvolvido nas escolas do agrupamento,

um trabalho de todos, que tem permitido

encontrar respostas educativas adequadas

às necessidades da comunidade.

Todavia, o agir para construir não se

limita a uma intervenção ao nível dos

resultados académicos, pois procuramos

olhar o aluno como um todo e tentamos que

a nossa ação contribua para a sua

formação integral. Por isso, o Desporto

Escolar, bem enraizado nas nossas

práticas, é visto no agrupamento como o

contexto a partir do qual se deve trabalhar a

transversalidade dos hábitos que

contribuem para o bom desempenho

desportivo. Assim, adotam-se, como

modelos a seguir na sala de aula, as

regras da cooperação solidária e da

competição saudável, do respeito pelo

outro, dos valores da responsabilidade, da

disciplina, do espírito de equipa, do esforço

para atingir metas desejadas, da conquista

da autonomia, ou da importância de

cumprimento de objetivos individuais e

coletivos. Com o exemplo do desporto,

elevamos a qualidade do ensino e da

aprendizagem e, consequentemente, os

resultados escolares dos alunos. Além

disso, o desporto poderá constituir-se como

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Revista Andarilho Edição 38

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instrumento de relevo e utilidade no

combate ao insucesso escolar.

Porque todos os jovens e crianças,

sem exceção, encontram, no Agrupamento

de Escolas de Maximinos, uma porta aberta

para os receber, ajustando-se às

necessidades de cada um, sublinho o facto

de sermos um agrupamento de referência

para a educação de alunos cegos e com

baixa visão. Temos procurado encontrar as

respostas adequadas para estes alunos, de

modo a que quer eles quer os pais possam

sentir que o sistema responde às suas

necessidades e que a escola cumpre a sua

missão. Mas vamos mais além e temos, na

nossa comunidade, alunos com

outras deficiências e para todos temos

procurado encontrar as respostas mais

adequadas. Por isso, o Agrupamento

candidatou-se, e viu aprovado em sede de

Orçamento Participativo, ao projeto

'Atividades de Vida Diária: desafios para a

autonomia'. Pretende-se criar um espaço,

onde seja possível executar/simular as

tarefas do dia a dia, uma ‘Área Casa’, com

o objetivo de aí implementar as Atividades

de Vida Diária (AVD) e promover a

autonomia destes alunos. Ao proporcionar

ao aluno com limitações significativas ao

nível da atividade e participação,

decorrentes de alterações funcionais e

estruturais de caráter permanente, a

oportunidade de conquistar o espaço que

lhe é de direito como cidadão, o AE

Maximinos, com a colaboração da

autarquia, alcança mais uma meta no

desenvolvimento da autonomia e

independência para a real inclusão.

“Ser plural como o universo” é a

aspiração deste Agrupamento, alargando

as áreas da sua intervenção, ao incluir o

ensino artístico na sua oferta formativa.

Porque a finalidade da arte é desenvolver o

espírito e elevar o ser humano ao seu

estado mais perfeito, considero que as

crianças e jovens devem ter ao seu dispor

um ensino vocacionado para o

desenvolvimento da vertente artística,

muitas vezes relevada para segundo plano.

Para além do ensino articulado da dança, e

correspondendo à enorme procura, por

parte de alunos e famílias, do ensino

articulado da música, o Agrupamento de

Escolas de Maximinos e o Conservatório de

Música Calouste Gulbenkian de Braga

celebraram um protocolo que permitirá, em

regime articulado, aumentar a oferta do

ensino especializado da música numa

turma por ano de escolaridade, do 5º ao 9º

ano, contribuindo, embora modestamente,

para a democratização no acesso a esta

forma de expressão artística.

A requalificação dos espaços físicos

das escolas do Agrupamento é, também,

uma prioridade, já que considero

fundamental a criação de espaços atrativos

e com qualidade, de modo a que os alunos

se sintam confortáveis e desenvolvam o

gosto pela aprendizagem.

Muito havia, ainda, para dizer, mas,

tal como não foi possível colocar nesta

revista as muitas atividades realizadas

pelos profissionais do agrupamento, com

empenho, dedicação e esforço, também

não me é possível deixar aqui tudo o que

merecia ser salientado. Fiz escolhas e,

como tudo na vida, há momentos em que

as temos mesmo de fazer. Quero agradecer

a todos os que tornaram possível este

número da revista Andarilho, contribuindo

com os seus testemunhos, de modo a que

o AEmaximinos se dê a conhecer à

comunidade.

“Pelo sonho é que vamos”

(Sebastião da Gama) e eu quero continuar

a sonhar com uma “escola ideal”. É este o

meu desafio: acreditar que é possível criar

um Agrupamento coeso, sólido, centrado na

realização dos sonhos das nossas crianças

e jovens.

António Pereira

Diretor do Agrupamento de Escolas de

Maximinos

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Revista Andarilho Edição 38

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Entrevista ao Presidente do Conselho Geral

Professor Carlos Gonçalves, atualmente a lecionar na Escola Secundária. A sua formação é

na área da Informática – Licenciatura em Informática de Gestão.

Revista Andarilho – Na sua opinião, a

constituição do Conselho Geral enriquece

este órgão?

Carlos Gonçalves - Na minha opinião, a

representatividade dos diferentes grupos que o

constituem está desequilibrada. Os docentes

deveriam estar mais representados. Mas o

facto de toda a comunidade educativa estar

representada é uma mais-valia, pois permite

uma profícua troca de saberes, experiências e

pontos de vista de lados distintos.

RA – Qual, na sua opinião, foi o maior

desafio que se colocou ao Agrupamento?

CG - O maior desafio tem sido a criação de

uma identidade de agrupamento, devido às

dinâmicas das escolas que o constituem, que,

como é natural, demoram o seu tempo a fazer

reajustamentos. Estamos, no entanto, a seguir

o caminho certo, tendo em conta os

profissionais que somos, com qualidades e

defeitos.

RA – Debate-se, hoje, o papel das escolas

numa sociedade cada vez mais dominada

pelas tecnologias. Considera que o

Agrupamento tem sido capaz de

acompanhar as mudanças sociais?

CG - Considero que estamos a acompanhar

as mudanças. Em termos tecnológicos

estamos muito bem equipados, do melhor que

pode existir no país a nível do ensino público.

Os docentes, alunos e pais não se podem

queixar de infoexclusão. Na questão social,

somos um agrupamento inclusivo, que aceita a

diferença e heterogeneidade dos alunos, não é

redutor nem sectarista, não rejeita alunos. Isso

traz alguns custos em termos de resultados,

mas os ganhos sociais e humanos superam

em larga medida esses custos.

RA – Perspetivar o futuro do Agrupamento

é, também, uma tarefa do Conselho Geral?

CG - Sim, o Conselho Geral é o órgão de

direção estratégica responsável pela definição

das linhas orientadoras da atividade da escola,

O verdadeiro homem mede a sua força, quando se defronta com o obstáculo!”

Antoine de Saint-Exupéry

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Revista Andarilho Edição 38

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assegurando a participação e representação

da comunidade educativa, logo tem implícita

também a tarefa de perspetivar o futuro,

devendo ser proativo e capaz de estar à frente

na definição das estratégias que melhor se

adaptem ao futuro do Agrupamento.

RA - Como idealiza o papel do Conselho

Geral na construção de uma escola

empreendedora, igualitária e de qualidade?

CG - A escola deve estar preparada para

proporcionar um ensino de qualidade,

respeitando a heterogeneidade e a

individualidade da comunidade escolar. Uma

escola deve proporcionar educação para

todos, de qualidade, visto que todo o ser

humano tem a capacidade de aprender de

acordo com as suas conveniências e o seu

ritmo. O Conselho Geral tem a obrigação de

definir as melhores estratégias para que a

escola ideal seja concretizada. A execução

das estratégias deve ser a todo o tempo

monitorizada e avaliada a jusante, pelo

Conselho Geral, para aferir do seu sucesso.

RA – Gostaríamos que referisse as medidas

que, na sua opinião, poderiam melhorar a

vida nas escolas.

CG - As medidas que eu gostaria de ver

implementadas seriam: a diminuição do

número de alunos por turma, a diminuição da

carga horária docente, nomeadamente a

letiva, a valorização da autoridade e respeito

pelo professor e um envolvimento responsável

e cooperante dos pais/encarregados de

educação na educação dos seus educandos.

Estas medidas conjugadas iriam proporcionar

uma melhor vida nas escolas, com enormes

vantagens, principalmente para os alunos, na

melhoria dos seus resultados e aprendizagens

e uma garantida diminuição da indisciplina.

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Projeto FREI e desenvolvimento organizacional

Decorrido mais um ano letivo de

implementação do Projeto FREI, Fidelizar

Recursos para Esbater o Insucesso, e do

respetivo Plano de Melhoria, ainda que nesta

fase não se conheçam com rigor os resultados

alcançados, será útil proceder a uma análise

sumária do trabalho desenvolvido, bem como

das expectativas sobre o desenvolvimento

organizacional a curto e médio prazo.

Assim, podemos sinalizar a construção

de forma muito participada, no presente ano

letivo, do Plano Plurianual de Melhoria,

documento estratégico que vai pautar a nossa

ação nos próximos anos letivos (2014/18).

Consolidamos a criação, no âmbito das

escolas prioritárias, da Microrrede de Escolas

Galécia, constituída pelos Agrupamentos de

Escolas de Maximinos, Fernando Távora

(Fermentões), Francisco Sanches, S. Torcato,

Prado e Fânzeres (Gondomar), tendo

realizado na EB 2/3 Frei Caetano Brandão o 1º

Encontro da microrrede intitulado “Refletir,

Intervir e Partilhar”, com uma participação

interessante de docentes e técnicos das seis

unidades orgânicas.

Em parceria com a Universidade

Católica e com o AE de Prado, iniciamos um

processo estruturado de supervisão

pedagógica com a realização da oficina de

formação, “Desenvolvimento profissional e

organizacional: dinâmicas de implicação,

conhecimento e melhoria”, na expectativa que

os modelos concebidos de observação

interpares, assentes no pressuposto da

adesão voluntária dos participantes, possam

contribuir, a partir do próximo ano letivo, para

uma melhoria da prática letiva.

Passando a análise para o

desenvolvimento organizacional do AE

Maximinos nos próximos tempos, podem

registar-se oportunidades e ameaças com

influência na questão central da captação e

fidelização de alunos.

Se, por um lado, a oferta de ensino

articulado da música e da dança se constitui

como um forte fator de atratividade, por outro

lado, a retenção continuada e/ou a interrupção

precoce do percurso escolar de certos grupos

de alunos, com um acréscimo acentuado da

idade média das turmas, redunda numa

imagem negativa junto da comunidade e,

consequentemente, conduz à fuga dos

denominados “clientes ideais”.

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Outra dimensão importante para um

desenvolvimento organizacional no sentido da

melhoria contínua prende-se com a qualidade

e fidelização dos próprios recursos humanos,

cuja preocupação está bem patente no lema

do Projeto FREI. Com efeito, uma unidade

orgânica periférica como é a nossa necessita

de fazer mais e melhor que as escolas da

vizinhança para poder sobreviver. E para tal a

qualidade e voluntarismo dos recursos

humanos é crucial.

E é aqui que perspetivamos uma nova

ameaça decorrente da fuga, através de

concurso, para as escolas do centro de um

conjunto relevante de docentes.

Compreendemos a razão dessa saída. Como

já teorizou Maslow na sua pirâmide de

necessidades, antes da necessidade de

autoestima e de autorrealização, está a

necessidade de segurança. E nos dias de hoje

a segurança no emprego adquire uma especial

acuidade.

De modo a contornar estas ameaças,

precisamos de elevar as nossas expectativas

relativamente à capacidade de captação e

fidelização de alunos e tomar medidas

concretas nessa direção. Temos de interiorizar

que o nosso público é fortemente

heterogéneo. A solução não passa certamente

pela aprovação tácita ou administrativa,

desconectada de uma natural e necessária

aquisição de competências essenciais.

De facto, ganha relevância a adoção de

modelos alternativos ao nível da oferta

educativa e formativa. Tomemos consciência

de que não se pode abdicar da coexistência

de oferta mais ou menos elitista com

esquemas menos escolarizados e mais

flexíveis na organização escolar.

Nesta perspetiva, será possível reduzir

de forma significativa a retenção repetida e o

abandono/absentismo de alguns públicos e,

por outro lado, estancar a saída de alunos

descontentes com a integração em turmas

constituídas por uma percentagem elevada de

alunos desmobilizados para a aprendizagem.

Sem a tomada destas opções de

política educativa interna não há Plano de

Melhoria que surta o efeito desejado, por muito

valiosos que sejam os recursos acrescidos

atribuídos em cada ano.

E há que acreditar na sobrevivência!

Há ações e medidas no terreno que

provam que é possível inverter uma tendência

de declínio. Implementemos pois mecanismos

mais generalizados no sentido da recuperação

organizacional!

Virgílio Rego da Silva Coordenador do Projeto Frei

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“Tenho em mim todos os sonhos do Mundo”

Fernando Pessoa

Ensino Articulado

O sonho move-nos a todos.

Na procura constante da felicidade,

do bem-estar, do conhecimento, da

liberdade. E esta procura consubstancia-

se, por vezes, em pequenos ou grandes

passos que vamos dando, a nível pessoal,

profissional ou institucional.

Esquecendo um pouco a dimensão

pessoal, mencionarei apenas a do

Agrupamento de Maximinos que serve

todos os que se preocupam com o

desenvolvimento dos nossos alunos e

jovens.

Durante algum tempo, perseguimos

o sonho de tornar realidade o ensino da

Arte nas nossas escolas, já que tem sido

tão maltratada em tempos de crise

económica, para não falar de

mentalidades. Mas, lentamente, fomos

avançando em direção a uma quase utopia

de implementar, no Agrupamento, a arte

da Dança e da Música, em regime

articulado, de uma forma séria e rigorosa.

Um caminho sinuoso que os parceiros que

escolhemos foram suavizando.

Encontramos o Ginasiano, Escola de

Dança, com professores competentes e

disponíveis que criaram uma empatia,

desde o primeiro momento, com todos os

envolvidos: alunos, professores e

comunidade. Adaptamos a escola, criando

uma sala de Dança, e vamos agora a

caminho da segunda para proporcionar

cada vez mais qualidade e conforto a

todas as turmas que frequentam o Ensino

Artístico Vocacional da Dança. Já temos

três turmas e vamos admitir, no próximo

ano letivo, uma outra de 5º ano. O primeiro

espetáculo em Braga com os nossos

alunos realizou-se no mês passado, por

isso içamos as velas e vamos de vento em

popa…

No que concerne à Música,

estabelecemos protocolo com a

Companhia da Música e, desde há cinco

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Revista Andarilho Edição 38

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anos, os nossos alunos têm possibilidade

de aprender um instrumento. No entanto,

nos últimos dois anos, não foi possível

abrir turma de ensino articulado da Música

por constrangimentos diversos e redução

orçamental por parte do Ministério da

Educação. Mas no próximo ano letivo, a

Música voltará a ser ouvida nos corredores

e salas da escola, através do protocolo

com o Conservatório de Música Calouste

Gulbenkian de Braga, que gentilmente

acedeu a colaborar connosco.

Duas escolas públicas

sintonizaram-se na mesma melodia. As

mãos dos nossos alunos vão dedilhar

novamente as cordas da música erudita e

nelas refletir o desejo de inovar nas

escolas, de fazer melhor, de voar mais

alto.

Abrimos as asas para a Arte.

E sempre que me dizem que as

utopias são miragens penso que não há

melhor elogio do que nos chamarem

utópicos. As utopias têm feito o Mundo

avançar, os sonhos que germinam dentro

de nós nascem, muitas vezes, para a

realidade. Basta não deixarmos de

acreditar…

Cristina Flores Gandra

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Revista Andarilho Edição 38

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Ensino Profissional

Chegado o final do 3º Ciclo, existem

sempre dúvidas sobre que caminho seguir,

nomeadamente no que diz respeito à opção

por uma área do Ensino Regular ou do Ensino

Profissional. Se a preferência recair sobre um

ensino e aprendizagem mais práticos, pode-se

sempre equacionar a frequência de um Curso

Profissional.

O AEMaximinos espera ter, na sua

oferta curricular, Cursos Profissionais,

nomeadamente Técnico de Informática de

Gestão, Técnico de Gestão de Equipamentos

Informáticos e Técnico de Gestão Desportiva.

Os Cursos Profissionais são uma

modalidade do nível secundário de educação,

caracterizada por uma forte ligação com o

mundo profissional, onde a aprendizagem

realizada valoriza o desenvolvimento de

competências para o exercício de uma

profissão. Destinam-se aos alunos que

concluíram o 3.º ciclo do ensino básico ou

formação equivalente, que procuram um

ensino mais prático e voltado para o mundo do

trabalho, permitindo igualmente o

prosseguimento dos estudos.

Estes cursos têm uma duração de 3200

horas repartidas por três anos de formação,

10º, 11º e 12º anos. O seu plano de estudos

inclui três componentes de formação:

Sociocultural, Específica e Técnica. A

estrutura curricular é organizada por módulos,

o que permite maior flexibilidade e respeito

pelos ritmos de aprendizagem de cada aluno.

Estes cursos contemplam uma Formação em

Contexto de Trabalho (FCT – estágio), com

um mínimo de 600 horas, permitindo, assim,

aos alunos uma integração, conhecimento e

alguma vivência do mundo laborar, que os

espera após a sua conclusão.

No final do curso, os alunos

apresentam um projeto, designado por Prova

de Aptidão Profissional (PAP), no qual o aluno

demonstrará as competências e os saberes

que desenvolveu ao longo da formação.

Após a conclusão, com

aproveitamento, de um Curso

Profissional, obtém-se o ensino secundário e

certificação profissional, conferindo o nível 4

“Aprendi pela minha recusa em aprender.”

Rubem Alves

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Revista Andarilho Edição 38

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de qualificação do Quadro Nacional de

Qualificações.

É, no entanto, possível prosseguir

estudos, quer ingressando num Curso de

Especialização Tecnológica (CET), quer no

Ensino Superior.

O Agrupamento de Maximinos já

leciona Cursos Profissionais há mais de uma

década, e dispõe de uma equipa de recursos

humanos com experiência neste tipo de

ensino.

Caso seja esta a tua opção, cá te

esperamos para te ajudar a concluir com

sucesso mais uma etapa da tua formação.

Rui Alves

Page 15: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

15

Educação Especial

Escola Inclusiva – Educar na e para a

Diversidade

O Departamento de Educação Especial

do AE Maximinos, em parceria com o Centro

de Formação Braga Sul, realizou o curso de

formação “Escola Inclusiva – educar na e para

a diversidade”, que decorreu no auditório da

escola secundária D. Maria II, de 20 de janeiro

a 24 de fevereiro, às terças-feiras, das 18:30h

às 21:30h, no qual participaram docentes de

todos os níveis de ensino (Educação Especial

– 30; Pré-escolar – 6; 1.º CEB – 28; 2.º CEB –

5; 3.º CEB – 17; Sec. – 7), os técnicos do

GMOE e uma assistente operacional.

O curso teve como principal objetivo a

sensibilização dos docentes para a

importância de utilização de apoios e

metodologias diferenciadas no percurso

escolar do aluno com necessidades

educativas especiais. Mais especificamente,

pretendia-se passar um conjunto de

conhecimento gerais que possibilitasse ao

formando conhecer e aplicar a legislação e os

procedimentos em vigor, de forma a saber

orientar e organizar o processo de um aluno

com deficiência visual e/ou cognitivo/motor,

desde a sua referenciação até à tomada de

decisão.

Procurou, ainda, demonstrar que as

pessoas com necessidades educativas

especiais, sejam crianças, jovens ou adultos,

são seres humanos como quaisquer outros,

mas, devido às suas limitações de carácter

permanente, necessitam de apoios técnicos

(materiais e humanos) diferenciados e mais

permanentes ao longo da vida. Finalizada a

ação de formação, podemos concluir que os

objetivos foram plenamente alcançados. A

ação foi estruturada de forma a permitir uma

progressiva envolvência dos formandos na

temática sobre o papel dos docentes dos

Grupos de Recrutamento 910 e 930,

construindo uma consciencialização

profissional e social enquanto pessoas ativas

de uma sociedade, que ambiciona ser, cada

vez mais inclusiva.

"Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças"

Mantoan

Page 16: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

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Foram desenvolvidas as seguintes

temáticas: Sessão I) Escola Inclusiva - um

desafio (3h): Conceitos de Escola Inclusiva e

de necessidades educativas especiais;

Cognição e aprendizagem na deficiência

mental. Sessão II) Escola Inclusiva – A relação

escola/família a educação de crianças/jovens

com NEE na perspetiva de pais e professores

(3h): Os papéis da família e da escola no

progresso escolar dos filhos/alunos; A

importância da relação escola/família. Sessão

III) NEE – igualdade de oportunidades (3h):

Desenvolvimento da consciência linguística;

Plano Individual de Transição; Despertar para

a autonomia. Sessão IV) Deficiência visual

(3h): Inclusão de alunos cegos e com baixa

visão; Orientação e mobilidade. Sessão V)

Deficiência motora (3h): Deficiência motora e

consequências sociais; O contributo do

desporto adaptado para a integração social.

Toda a formação foi essencialmente teórica

devido às temáticas envolvidas, ou seja,

tornou-se necessário desenvolver uma série

de conceitos que permitisse ao grupo de

formandos, apreender a evolução do

tratamento que tem sido dirigido à pessoa e ao

aluno com deficiência.

O perfil do grupo de docentes, oriundo

de diferentes Agrupamentos de Escolas do

distrito de Braga, foi dinâmico, criativo,

interessado, curioso e bastante participativo.

Foi muito devido à dedicação demonstrada,

que conseguimos ir além dos objetivos

planeados, visto conseguirmos criar um

diálogo plural deveras ativo com muitas formas

distintas de pensar e de olhar para a

deficiência.

A abertura demonstrada por todos os

formandos foi a principal razão do sucesso da

ação de formação, uma vez que cada um

expôs diferentes maneiras de pensar e de agir,

proporcionando momentos únicos e de grande

riqueza pessoal.

Coordenador da Educação Especial

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Revista Andarilho Edição 38

17

PES/PRESSE

A implementação da educação sexual

no Agrupamento de Escolas de Maximinos

Ao longo do ano letivo, o PES tem

dinamizado inúmeras atividades, no âmbito

dos PT’s (Plano de Turma), articuladas entre

as diferentes áreas curriculares, onde são

trabalhadas as temáticas previstas no

programa Educação para a Saúde.

Relativamente à implementação da

Educação Sexual no agrupamento, esta

centrou-se, essencialmente, nos Afetos e

Relações Interpessoais, eixo transversal ao

crescimento/desenvolvimento de crianças e

adolescentes. Assim, a Educação Sexual é

organizada em 3 áreas temáticas: O

conhecimento e valorização do corpo; A saúde

sexual e reprodutiva; As expressões da

sexualidade e diversidade. A literatura

científica considera que a abordagem do

“risco” se revela mais eficaz, quando

devidamente contextualizada.

É sabido que a Educação Sexual em

Meio Escolar se prende com o

desenvolvimento do indivíduo, no sentido em

que a sexualidade é um eixo estruturante do

processo de crescimento individual ao longo

de toda a vida.

A adesão ao PRESSE, Programa

Regional de Educação Sexual em Saúde

Escolar,

promovido pela Administração Regional de

Saúde do Norte, I.P. (ARSN) através do seu

Departamento de Saúde Pública (DSP) em

parceria com a Direção Regional de Educação

do Norte (DREN), permitiu obter um apoio na

implementação da educação sexual no

agrupamento, de uma forma estruturada e

sustentada, envolvendo o trabalho conjunto

entre a equipa do PES e da saúde escolar. O

PRESSE tem como finalidade incluir, nos

projetos educativos e nos currículos das

escolas básicas e secundárias, um programa

de educação sexual estruturado e sustentado,

para aumentar os fatores de proteção e para

diminuir os comportamentos de risco dos

alunos em relação à sexualidade, permitindo,

simultaneamente, discutir sentimentos e

atitudes, adquirindo competências e valores

individuais e de grupo para tomar decisões

responsáveis.

"O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem."

Antoine de Saint-Exupéry

Page 18: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

18

Segundo Daniel Sampaio: “A Educação

Sexual em meio escolar é uma oportunidade

para a Educação. Permite trabalhar, com os

alunos, vetores fundamentais para o seu

percurso como pessoas: o respeito pelo outro;

a igualdade de direitos entre homens e

mulheres; a recusa de todas as formas de

violência, sobretudo a rejeição da violência no

campo da sexualidade; a importância da

comunicação e envolvimento afectivos; a

promoção da saúde física e mental. Possibilita,

também, informar com credibilidade e

aumentar o conhecimento”.

Semana VIVER +

«A saúde dá mais cor à vida», foi, na

semana de 7 a 13 de abril, o lema para encher

as escolas do Agrupamento de muitas cores.

Atividades desenvolvidas nos Jardins-de-

Infância e no 1º ciclo: pintaram-se os frutos;

elaboraram-se coroas com os frutos colados;

confecionou-se uma refeição e sobremesas

saudáveis; fizeram-se receitas caseiras com a

colaboração dos encarregados de educação;

elaborou-se um livro com receitas e um

calendário com atividades saudáveis;

construiu-se um placard com os direitos e os

deveres das crianças em relação à saúde;

construiu-se uma horta suspensa

Ainda nos Jardins de Infância decorreu

uma aula de ginástica diferente, «Movimento

com cor», que teve a orientação dos

professores de Educação Física, Filipe

Marques e Rui Silva, promovendo hábitos de

vida saudável.

Atividades desenvolvidas nos 2º e 3º

ciclos e secundário: as parcerias (a equipa

UCC da Colina -Unidade de Cuidados à

comunidade, a Drª Sónia Dias -Psicóloga, a

XZ consultores, a Escola de Enfermagem da

UM, o Hospital de Braga, a CLDS mais Braga,

a equipa do +ATITUDE (JCV), o Instituto

Português do Sangue, a ANEA) contribuíram

para que houvesse um grande dinamismo,

através da realização de palestras: “Crescer

com as emoções”; Alimentação saudável;

Importância do sono; Cuidados a ter com o

Sol; (-) Risco e (+) Solução; Gravidez na

adolescência; Prevenção do consumo de

substâncias Psicoativas; rastreios de saúde;

avaliação da Tensão Arterial; avaliação de

fatores de risco; Workshop de Zumba; a V

Olimpíada da Saúde e algumas surpresas.

Para que a semana fosse mesmo muito

colorida, o almoço teve a presença de «Sopas

e fruta com Cor», onde a Cenoura e a Laranja,

o Tomate e os Morangos, a Couve Portuguesa

e o kiwi, a couve-flor, a banana e a gelatina de

vários sabores reinaram na mesa do nosso

agrupamento.

No dia 11 de abril a equipa PES

convidou, pelo quinto ano consecutivo, toda a

comunidade a participar na Caminhada

solidária, que teve, também, como objetivo

apoiar a ANEA (Associação Nacional de

Espondilite Anquilosante).

A finalizar a semana, a equipa do

Projeto de Educação para a Saúde (PES) do

Agrupamento de Escolas de Maximinos

promoveu, no dia 13 de abril, a atividade

PASSE na RUA, envolvendo 126 crianças do

1ºciclo dos Centros <escolares de Maximinos,

da Naia e da Gandra. Assim, através de 6

jogos em tamanho XL, voltamos a promover

os hábitos de vida saudável.

Acima de tudo, pretendeu-se

desenvolver nos jovens o respeito e a

responsabilidade pela vida, a de cada um e a

dos outros e fomentou-se o reconhecimento

da saúde como um bem precioso que todos

devemos promover.

Coordenação do PES/PRESSE

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Revista Andarilho Edição 38

19

Eco-Escola

A Escola EB2,3 Frei Caetano Brandão

aderiu ao Programa Eco-Escolas desde o ano

letivo 2012-2013, programa internacional que

pretende encorajar ações e reconhecer boas

práticas desenvolvidas na escola no âmbito da

educação ambiental, educação para a

sustentabilidade e para a cidadania.

A inscrição neste programa obriga à

criação do Conselho Eco-Escola a quem

compete implementar a auditoria ambiental,

discutir o plano de ação, monitorizar e avaliar

as atividades, bem como coordenar as formas

de divulgação do Programa na escola e na

comunidade. O Conselho incluiu

representantes dos alunos, dos professores,

do pessoal não docente, pais, representante

do município e outro representante do sector

agrícola. A todos, sem exceção, mas em

especial aos alunos, é-lhes dirigido o desafio

de se habituarem a participar nos processos

de decisão e a tomarem consciência da

importância do ambiente no dia a dia da sua

vida pessoal, familiar e comunitária.

Este ano letivo, tal como nos

anteriores, na definição do plano de acção do

programa procurou-se envolver algumas

disciplinas (EV/ET,2º ciclo, EM, CN, Geografia

e OC) bem como projetos de desenvolvimento

educativo (Clubes Horta Escolar, Europeu e

ReutiliizArte) e, na sua concretização, toda a

comunidade educativa.

Assim, logo em novembro, no dia 21, a escola

participou com um grupo de alunos na

atividade educativa ambiental, promovida pela

Câmara Municipal - Florestar Braga - Monte

Picoto, como forma de celebrar o Dia da

Floresta Autóctone. Ainda neste mês, no dia 7,

e em abril, dia 27, assinalaram-se os dias

internacionais das Eco-Escolas (World Days of

Action - WDA). O programa do primeiro dia

contou com a plantação de árvores de fruto;

recolha de folhas para compostagem; limpeza

e preparação dos solos da horta; limpeza dos

espaços exteriores da escola; mercadinho de

produtos hortícolas e hastear das bandeiras

Eco-Escola. Em abril, para celebrar o Dia da

Terra, a escola participou na Rota Eco-Escolas

Falo da natureza.

E nas minhas palavras vou sentindo

A dureza das pedras,

A frescura das fontes,

O perfume das flores.

Miguel Torga

Page 20: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

20

- por uma mobilidade mais sustentável,

atividade igualmente dinamizada pela Câmara

e que envolveu 11 Eco-Escolas do concelho.

Esta iniciativa, deslocação a pé até à Escola

EB2,3 de Real, pretendeu alertar os jovens

para a importância de uma mobilidade mais

segura, eficiente e inclusiva.

Ao longo do ano foram feitas

campanhas de educação ambiental junto de

toda a comunidade: distribuição de Oleões, e

de Minipilhões, recolha de tampinhas de

plástico, de papel, de rolhas de cortiça, recolha

de equipamentos elétricos e eletrónicos,

recolha de brinquedos, roupa e calçado

usados. Para promover a política dos 3Rs, foi

organizado o concurso ‘Super-Ecológico’ que

visa premiar aqueles que mais equipamentos,

materiais ou artigos reutilizáveis ou recicláveis

trouxeram para a escola. Algumas destas

recolhas revertem para fins sociais, dos quais

são exemplo: o contributo do papel para a

Cruz Vermelha; as pilhas, para a campanha ‘O

pilhão Vai à Escola’, que reverte a favor do

Instituto Português de Oncologia; a roupa, o

calçado, os brinquedos ou mesmo material

escolar recolhidos são reaproveitados para as

famílias carenciadas ou depositados num

contentor que se encontra na escola, no

âmbito do Projeto “Roupas usadas não estão

acabadas”. Desta forma pretendeu-se o

desenvolvimento do espírito de solidariedade e

de responsabilidade ambiental de toda a

comunidade educativa.

O clube da Horta Escolar, para além

dos diferentes produtos que foi cultivando ao

longo do ano, ainda comemorou o Dia da Mãe

com a oferta de amores-perfeitos em vaso de

material reutilizável e a tradição dos Maios,

com o mesmo tipo de material. No dia 8 de

Maio, os professores de Geografia do

Agrupamento comemoraram o Dia da Europa,

aproveitando para tal a construção de

bandeiras feitas com materiais reutilizáveis,

desafio feito aos alunos do 7º ano e cumprido

com rigor. Para este trabalho contribuiu

também o Clube ReutilizArte.

Na semana de 1 a 5 de junho, Semana

Eco-Escola divulgaram-se um conjunto de

atividades fruto do trabalho desenvolvido nas

disciplinas: exposição de ninhos artificiais de

rolhas de cortiça feitos pelos alunos do 6º ano

na disciplina de ET; exposição de instrumentos

musicais construídos pelos alunos do 5º ano e

cartazes apelativos a comportamentos

ecologicamente corretos. Durante os

diferentes dias desta semana, os alunos do 8º

ano, no âmbito da disciplina de Ciências

Naturais, dinamizaram uma campanha contra

o ruído, tendo convidado a Agere para fazer

Page 21: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

21

uma medição dos níveis de ruído ambiental

em determinados locais da escola, aplicaram

um questionário aos colegas do 3º ciclo sobre

os seus hábitos ecológicos e divulgaram à

comunidade a análise estatística desta

auditoria ambiental, disponibilizaram em

computadores uma aplicação para o cálculo

da pegada ecológica, incentivando os colegas

a reflectirem sobre o impacto de cada um

sobre o meio ambiente, organizaram um

workshop com vista à renovação de vestuário,

aumentando o tempo de vida útil de algumas

peças de roupa, incentivaram a assinatura de

contratos ‘Família Ecológica’’, junto dos alunos

do 5º ano, com vista à redução dos consumos

de água e energia, e desenvolveram, durante

os intervalos, diversas atividades lúdicas

dirigidas à comunidade discente por forma a

promover a reutilização de materiais e a

reciclagem, tais como, o ‘Basket Ecológico’, a

‘Corrida do Lixo’, a ’Cortina dos sms’, o ‘Quiz

Ecológico’ e ‘Orientação e Reciclagem’. Neste

espírito de Educação Ambiental não faltou a

presença habitual do stand da Braval e de

sessões proferidas pelo Dr. Pedro Machado

(Braval) e pela Drª Ana Cristina Costa (CMB).

Ainda durante esta semana, os

trabalhos da Horta Escolar contemplaram a

construção de espantalhos e o transplante de

rebentos de carvalhos para posterior plantação

no Monte de S. Gregório. Esta última atividade

teve a colaboração da Junta de Freguesia de

Maximinos.

Estas e outras atividades fizeram desta

semana o culminar de um trabalho de

sensibilização diário que se procura fazer junto

dos alunos e das suas famílias. Como prémio

de todo este trabalho e porque o bem-estar

dos alunos é sempre uma preocupação, não

faltou uma excelente esplanada para deleite

dos alunos.

Por último, resta-nos referir que o Eco-

Código da Escola, construído com base nas

sugestões dos alunos, seja cumprido por todos

na escola e em casa. Uma educação para a

sustentabilidade compreende em si o exercício

pleno da cidadania, em que cada um tem o

direito de viver num planeta ambientalmente

saudável e, simultaneamente, o dever de

contribuir, pela sua ação responsável, para

esse planeta a que tem direito. Tal como

afirma Hans Jonas “Age de tal modo que não

comprometas a existência de vida futura na

Terra”.

Resta-nos agora ver o nosso trabalho

reconhecido com a atribuição, pelo terceiro

ano consecutivo, do galardão Bandeira

Verde, que certifica a existência, na escola, de

uma educação ambiental coerente e de

qualidade.

Obrigada a todos pela vossa ação

responsável!

A coordenadora do Programa Eco-Escola

Florinda Grilo

Page 22: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

22

Desporto Escolar

O AE Maximinos em modo de Desporto Escolar

É com muito orgulho que ouvimos dizer

que o desporto escolar é a imagem de marca

do AE Maximinos. Ainda assim, não é esta a

principal razão que nos move há tantos anos.

Apesar das muitas contrariedades no que ao

pessoal docente se refere, não só

conseguimos manter os catorze grupos-

equipas, como aumentámos para cerca de

350, o número de praticantes - 50% da nossa

população escolar pratica desporto,

pertencendo a uma equipa de andebol,

voleibol, orientação, natação, golbol ou boccia.

Este, foi mais um ano de luta contra o

insucesso e abandono escolares, de

promoção de estilos de vida saudáveis, de

criação de uma cultura desportiva na escola,

com respeito pelas normas do espírito

desportivo, que é uma das formas mais

eficazes de apelo à responsabilidade.

Mantemos a convicção de que o incentivo à

participação dos alunos em atividades como a

gestão das atividades desportivas escolares,

nomeadamente o seu papel como juízes,

cronometristas e árbitros, contribui para

desenvolver valores como o respeito pelo

outro e conhecimentos sobre a ética

desportiva. Como tal, demos especial

relevância à formação de alunos nestas áreas,

nas modalidades de andebol, voleibol e

natação. Pela primeira vez, vimos selecionda

uma dupla de arbitragem na modalidade de

andebol (Hugo Vaz e Fábio Oliveira), que

arbitrou seis jogos, incluindo a final masculina

de juvenis, e foi ainda considerada a melhor

dupla do campeonato.

Desenvolver o espírito competitivo e

hábitos de trabalho de grupo são também

objetivos que perseguimos, procurando

envolver cada vez mais alunos e alargando a

prática desportiva a ambos os géneros, todos

os escalões etários, com ofertas diversificadas

de modalidades coletivas e individuais e de

desporto adaptado.

“O desporto tem o poder de superar velhas divisões e criar o laço de aspirações

comuns.”

Nelson Mandela

Page 23: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

23

Não sendo o mais importante, é

também motivo de orgulho ver o trabalho

realizado ser reconhecido e premiado com

títulos de campeão e/ou participações em

campeonatos regionais e nacionais. Este ano,

foram os juniores de andebol os primeiros a

ganhar brilhantemente, o campeonato Inter

CLDE. Apesar de competirem, normalmente,

com equipas com muitos atletas federados, os

nossos alunos possuem já uma cultura de jogo

equivalente ao campeonato federado pois

treinam regularmente, desde os escalões mais

jovens.

Ainda no que se refere ao andebol,

vimo-nos forçados a atualizar o projeto

elaborado para o quadriénio 2013-2017, com a

abertura/constituição do grupo-equipa de

Infantis A, possibilitando a participação, em

grupo formal, aos alunos do 1ºciclo. A

recetividade foi enorme, transformando os

treinos dos escalões de base (Infantis A e

Infantis B) em autênticas “manifestações

desportivas” e uma escola de formação para

todos. Os Infantis A realizaram 14 jogos ao

longo da época e conseguiram o 3º lugar no

campeonato CLDE. Os Infantis B, num total de

12 jogos, classificaram-se em 4º lugar.

As equipas de andebol dos vários

escalões têm vindo a dinamizar o Convívio de

Natal, atividade que revela o excelente espírito

de equipa e a amizade que as une e é

transversal a diversas gerações de alunos.

Mais uma vez, contou com elevada

participação dos atuais e ex-alunos do

desporto escolar/andebol.

No Voleibol, a equipa infantil B revelou

ter potencialidades para desenvolver em anos

futuros. As equipas júnior e juvenil femininas,

classificaram-se em 3º lugar no campeonato

CLDE Braga, fruto de um trabalho de

formação bem conseguido enquanto que a

equipa iniciada feminina obteve um brilhante

2º lugar no Campeonato CLDE Braga,

competindo com equipas federadas até ao fim,

o que revela o bom trabalho desenvolvido a

partir dos escalões de formação.

No Regional de Natação, realizado em

S. João da Madeira no dia 18 de abril,

participámos com a equipa feminina de

iniciadas na estafeta de 4x25m estilos e três

atletas individualmente. Obtivemos o 1º lugar

nos 100 e 200m livres (Erika Marques); o 2º

lugar nos 100m estilos (Erika Marques); o 5º

lugar nos 100m bruços (Ana Pacheco); o 8º

lugar nos 50m livres e nos 100m estilos (Ana

Pacheco); o 3º lugar nos 200m costas (Beatriz

Ferreira); o 4º lugar nos 100m costas (Beatriz

Ferreira) e o 7ºlugar nos 100m estilos (Beatriz

Ferreira).

Na Orientação, apuramos a equipa

juvenil masculina e duas atletas iniciadas para

o Campeonato Nacional, realizado em Lisboa

entre 14 e 17 de maio. No Campeonato

Nacional de Orientação, a equipa masculina

de juvenis obteve o 3º lugar e sagrou-se

também vice-campeã regional norte, equipa

Page 24: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

24

esta constituída pelos alunos Daniel

Magalhães, Eduardo Leite, Francisco Abreu do

11º1, Luís Ferreira e Rui Silva do 10º1. As

alunas Erika Marques (8º6) e Ana Pacheco

(6º8), obtiveram respetivamente, o 3º e 4º

lugares no campeonato Regional Norte e 6º e

7º lugares nos campeonatos nacionais.

Uma palavra de apreço para os

professores que há muitos anos se dedicam a

esta causa (António Lopes, Conceição Pinto,

Filipe Marques, Rui Silva, José Ferros e Paula

Lucas) e aos dois professores que assumiram

este ano o desporto adaptado, Dulce

Albuquerque (Boccia) e Luís Soares (Golbol),

em substituição da professora Sílvia Virgolino,

ainda pertencente ao AE Maximinos mas a

exercer funções em outro agrupamento de

escolas. Sem eles, o desporto adaptado teria

terminado.

Gostaríamos ainda de referir o apoio

impar, dedicado e humano, desempenhado

pelos assistentes operacionais José Moreira,

José Feio, Carla Loureiro e Teresa Brito. São

profissionais de excelência e com um “coração

enorme”.

No dia 12 de Junho, realiza-se a Gala

Anual do Desporto Escolar que pretende reunir

os professores, atletas e colaboradores num

convívio salutar, recordar os melhores

momentos competitivos 2014-2015 e divulgar

o trabalho realizado à comunidade.

Os Projetos de férias, até ao final de

julho, terão continuidade este ano. No caso do

andebol, será estruturado em dois núcleos: um

a funcionar no ginásio, dirigido aos alunos

mais novos (iniciação e outro a funcionar no

pavilhão de Maximinos dirigido aos alunos

mais velhos e que já frequentaram o desporto

escolar. Na modalidade de voleibol, os treinos

de 2ª- e 4ª- feiras, serão dirigidos ao escalão

infantil enquanto que os de 2ª a 5ª-feiras, aos

restantes escalões (iniciadas, juvenis e

juniores). O habitual acampamento de verão

de Orientação, terá lugar dos dias 31 de junho

e 1 de julho, em Vila Real, no Parque Natural

do Alvão, aberto a novos praticantes.

Os nossos atletas são o nosso maior orgulho!

Fazemos votos que o trabalho desenvolvido

no âmbito desportivo se reflita nas suas vidas

académicas e pessoais.

A Coordenação do Desporto Escolar

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Revista Andarilho Edição 38

25

Sempre imaginei o paraíso como uma grande

Biblioteca.

Jorge Luís Borges

Biblioteca

A Biblioteca Escolar chamou a si a nobre

tarefa de participar ativamente na construção

do saber e do saber-fazer. Daí que tenha

pautado a sua ação por objetivos que se

centram na promoção da leitura e no

desenvolvimento de conhecimentos e

capacidades no uso das novas tecnologias.

A BE procura ser um espaço de partilha:

da informação, do saber, da experiência, da

descoberta e do prazer. Para isso, transforma-

se, muitas vezes, num espaço “ambulante”,

capaz de interagir com toda a comunidade

educativa. Vai à sala de aula, disponibilizando

recursos e propondo atividades e vai a casa

do utente, através da disponibilização da

informação “on-line” e da leitura em família.

Deste modo, contribui para a equidade no

acesso à informação, ajudando a construir

uma escola para todos.

Levar os alunos a ler mais e a serem

frequentadores assíduos do seu espaço é,

cada vez mais, uma prioridade da BE, daí que

sejam feitos, diariamente, esforços para

incentivar o aluno a usar e “abusar” dos

recursos disponibilizados, proporcionando um

ambiente acolhedor, atualizando o acervo e

diversificando as atividades. A BE tem

consciência de que, se for um espaço vivo e

dinâmico, atualizado, poderá cativar mais e

mais leitores. Sabe-se que “uma biblioteca

com vida reconciliará os jovens com o prazer

de ler, verdadeiro impulsionador da procura do

conhecimento”.

Assumindo o seu papel com esforço e

dedicação, a Biblioteca contribui,

indubitavelmente, para a formação integral dos

alunos, chamando-os a participar em

atividades de âmbito cultural, de modo a que,

futuramente, sejam cidadãos ativos e

participativos. Elsa Lima – Coordenadora das Bibliotecas

Escolares

Page 26: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

26

Escolha desafiante…

Sabendo que todos somos chamados a

ser mais e melhores, no nosso dia a dia, nas

diversas e mais variadas situações, bem como

a atingir metas e ultrapassar sucessos

anteriores, nossos ou de outros, escolho dar-

vos a conhecer os alunos e as alunas que,

numa altura de tantos e tamanhos desafios,

conseguem ainda tempo, vontade,

determinação e a capacidade de serem mais e

darem mais de si mesmos, quer na escola,

como fora dela. À primeira vista, alguns dirão

que tal não é possível, outros que estarei a

falar de alunos de colégios privados ou de elite,

no entanto, asseguro estar a falar de alunos do

nosso Agrupamento, do Agrupamento de

Escolas de Maximinos. Sem dúvida alguma

que temos alunos muito bons e outros que não

têm tanto sucesso, do ponto de vista dos

resultados escolares e daquilo que se espera

da escola, hodiernamente, que é fazer com que

os alunos sejam bem sucedidos nas notas. No

entanto, outras áreas há em que a escola

chama a si a tarefa de formar e educar os

alunos, bem para lá das notas e dos resultados

e, felizmente, no nosso agrupamento, essa

formação é variada, alargada, transversal e

complementar. Essa formação existe,

disciplinarmente e curricularmente. Falarei,

brevemente, de uma vertente real e concreta

dessa formação, a da disciplina de Educação

Moral e Religiosa Católica, geralmente referida

como Religião e Moral.

Os alunos e alunas que escolhem, no

ato de matrícula, a disciplina de EMRC, não

escolhem a disciplina para fazer valer um

direito seu, nem atendem ao facto de que “o

Ensino Religioso Escolar ocupa um lugar

fundamental no sistema educativo. As grandes

declarações de direitos, bem como a Lei de

Bases do Sistema Educativo (LBSE),

reconhecem a sua importância e enunciam

princípios onde é possível enquadrar a sua

inserção nos sistemas educativos”. Atendendo

à importância de que se reveste a educação

integral da pessoa humana, a Educação Moral

e Religiosa Católica, em linha com as

convicções dos encarregados de educação ou

dos alunos, é parte integrante do sistema

educativo, uma vez que o enquadramento

moral e religioso da vida é estruturante para o

crescimento das crianças e dos jovens,

constituindo um universo de referência a partir

do qual se estrutura a personalidade e se

adquire uma visão do mundo equilibrada e

aberta ao diálogo com mundividências

alternativas. (in site http://www.educris.com).

Os pais, encarregados de educação, os

alunos e alunas que escolhem, fazem a sua

adesão de modo livre e por identificação com o

conteúdo desta disciplina, que os coloca em

contacto e em relação, em desafio e sem

comodidades.

Com efeito, em jeito de balanço, mas

também em modo demonstrativo, do trabalho

realizado pelos alunos, deixo aqui alguns dos

Necessitamos um do outro para sermos nós mesmos, pois na essência somos iguais, nas

diferenças nos respeitamos.

Santo Agostinho

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Revista Andarilho Edição 38

27

momentos em que a marca da EMRC esteve e

está presente na vida destas crianças e jovens,

bem como na vida escolar, do Agrupamento de

Escolas de Maximinos. Para lá das visitas de

estudo (a Leiria, para o Secundário; ao Porto

para os alunos do 9º ano; a Fátima para os

meninos e meninas dos 3º e 4º anos e à Aldeia

de S. Sebastião, Vilar Formoso, para jovens de

7º e 8º ano) e das atividades letivas, aulas

propriamente ditas, os alunos foram desafiados

a participar em dois projetos de

desenvolvimento educativo, PDE, promovidos

pela disciplina de EMRC, o Clube de

Solidariedade e o Espaço Musical.

Num tempo de tanta tensão social, de

tantas injustiças, de tantos atropelos à

dignidade humana, os nossos alunos são

convidados a participar, dando de si, mesmo

aquele que tem menos contribuiu com o que

podia para a Campanha de Cabazes Solidários

do Agrupamento, bem como na venda de velas

da Cáritas Portuguesa, em que cada vela

correspondia a um euro. Os nossos alunos

venderam 1100 velas, realizaram 1100€ que

foram entregues à Cáritas Diocesana de Braga

e através desta à Cáritas Portuguesa, para

apoiar as famílias e pessoas que recorrem a

elas quando todas as portas lhe são fechadas.

Foram desafiados a cantar na Festa de Natal,

quer nas escolas do 1º Ciclo, quer no palco do

auditório principal do Parque de Exposições de

Braga e disseram sim com a sua presença e

alegria contagiante. Ao longo do ano,

trabalharam e empenharam-se na vivência

desacomodada e comprometida que a

dinâmica do Clube de Solidariedade e do

Espaço Musical sugere. Ensaiaram,

prepararam-se para animar musicalmente os

momentos e celebrações festivas ou

comemorativas do Agrupamento. Desafio maior

surgiu e logo teve como resposta um sim

efusivo: cantar e animar de modo voluntário,

pôr-se ao serviço das crianças e jovens

internados no serviço de pediatria do Hospital

de Braga, bem como às respetivas famílias.

Estabelecemos um protocolo com o Hospital de

Braga, mas mais importante, firmamos um

compromisso: quinzenalmente visitar o

internamento da Pediatria e dar um pouco de

nós a quem está numa situação menos

agradável, menos boa, a quem sofre.

Os nossos alunos e alunas são

diferentes, não têm medo dos obstáculos, não

viram as costas aos desafios, surpreendem-nos

com a sua vontade e determinação. Portanto,

aquilo que vos proponho é que deixem desafiar

cada vez mais. Os pde’s Clube de

Solidariedade e Espaço Musical são

promovidos pela disciplina de EMRC e estão

abertos a toda a comunidade: alunos de EMRC

e outros que não frequentam a disciplina,

pessoal docente e não docente, pais e

encarregados de educação. Deste modo,

conseguiremos ser mais e melhores, não só

em resultados, mas em relações humanas

verdadeiramente sólidas.

Pelo Grupo EMRC Pedro Mendes

Page 28: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

28

Atividades em Desafio

A Festa de Natal do Agrupamento,

evento com grandes tradições na Escola,

realizou-se no dia 15 de dezembro, pelas 21

horas, no auditório grande do Parque de

Exposições de Braga.

Dança clássica, música, teatro,

canções, entre outras atividades, fizeram parte

do programa interessante e divertido. O

espetáculo da festa, protagonizado pelos

alunos de todas as escolas do Agrupamento,

contou também com a participação ativa de

professores e de encarregados de educação,

apelando à vivência do espírito da quadra

festiva, em ambiente de convívio entre a

comunidade escolar e educativa, tendo-se

verificado uma grande adesão dos alunos e

respetivas famílias, do pessoal docente e não

docente da Escola.

Coordenação dos PDE

“A cada um dando a Mão

Passaremos um Natal

Com mais Paz no Coração.”

Maria da Luz Pedrosa

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Revista Andarilho Edição 38

29

Semana Cultural 2015

A Semana Cultural do Agrupamento

decorreu nos dias 18, 19 e 20 de março. Do

programa constaram exposições, danças,

jogos educativos, atividades experimentais,

ateliers, apresentação de livros, torneios,

oficinas de escrita, visionamento de filmes,

canções, atividades de leitura, palestras, uma

feira de profissões, atividades desportivas,

concursos e um peddy paper.

Verificou-se o envolvimento muito

positivo dos professores dos diversos grupos

disciplinares, através da dinamização de

iniciativas para os alunos e para a

comunidade educativa, a participação da

associação de pais da EB e a colaboração de

elementos da sociedade civil em palestras,

apresentação de livros, sessões de

sensibilização para questões do ambiente, do

património e da vida ativa, atividades práticas

de âmbito curricular, entre outras iniciativas.

Muito para além do reforço das

aprendizagens curriculares, a Semana

Cultural contribuiu para o desenvolvimento da

cidadania dos alunos e a interação entre a

Escola e a comunidade. O envolvimento do 1º

ciclo e a dinâmica criada pela deslocação dos

alunos entre escolas, enquanto destinatários

e ou intervenientes nas atividades,

proporcionou o intercâmbio e a partilha de

vivências entre eles, os professores, o

pessoal não docente, contribuindo para a

criação do espírito de pertença ao

Agrupamento.

Coordenação dos PDE

Desafios do Século XXI

18 a 20 de março de 2015

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Revista Andarilho Edição 38

30

Braga Romana

O Agrupamento de Escolas de Maximinos envolveu-

se na Braga Romana, contribuindo significativamente para

a recriação da Bracara Augusta e de todo o ambiente vivido

nessa época.

A beleza dos trajes, do canto e da dança ajudou a

recriar a magnificência da opulenta e eterna cidade do

império romano. Acima de tudo, a grande adesão da

comunidade a este evento foi visível no modo como se deu

a conhecer à cidade: nos cortejos, na alegria, na cor e na

encarnação rigorosa dos costumes aí recriados.

Foi excelente o empenho de todos!

O AE Maximinos foi Romano na Braga Romana 2015

Page 31: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

31

OS JOGOS MATEMÁTICOS NO AGRUPAMENTO A Associação Ludus tem por objetivo

promover e divulgar a Matemática Recreativa,

em particular os Jogos Matemáticos, nas suas

diversas vertentes, nomeadamente

pedagógica, cultural, histórica e competitiva.

Para alcançar este objetivo, esta Associação

desenvolve várias atividades, entre as quais o

Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos,

que este ano vai na 11ª edição, tendo

percorrido, ao longo dos anos, diferentes

localidades do país.

Este ano, o Campeonato Nacional

ocorreu na UTAD – Vila Real, 6 de março - e o

Agrupamento de Maximinos fez-se representar

por 27 alunos das escolas: Centro Escolar de

Maximinos; Centro Escolar da Naia; EB1 da

Gandra/Ferreiros; EB1/JI de

Carvalho/Gondizalves; EB1/JI de

Estrada/Ferreiros; EB23 Frei Caetano Brandão

e Escola Secundária, garantindo-se, assim, a

participação de todos os níveis de ensino.

Estes jogos de tabuleiro assumem

particular importância na formação dos alunos

ao desenvolver, nestes, as capacidades de

usar a matemática de uma forma lúdica, de

atenção/ concentração, entre outras, bem

como, o gosto por aprender.

O trabalho realizado nas escolas pelos

professores, na divulgação, prática e

implementação dos torneios com os jogos

visados no campeonato nacional, promoveu a

qualidade das prestações dos alunos ao longo

das eliminatórias que foram defrontando. Os

alunos do 1º ciclo da EB1/JI de Estrada, Ana

Soares e Diogo Aguiar, foram medalhados, por

terem chegado às meias-finais, nos jogos

Gatos e Cães e Rastros, respetivamente.

Felizes aqueles que se divertem com problemas que educam a alma e elevam o

espírito. (Fenelon)

Page 32: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

32

O Diogo apurou-se para a Final, tendo ficado

com o brilhante 2º lugar Nacional.

O desempenho dos nossos alunos na prática

dos Jogos Matemáticos, em todos os níveis de

ensino, justificou todo o trabalho e dedicação

dos seus professores. Ao Diogo e ao

Agrupamento de Escolas de Maximinos faltou

uma vitória para serem Campeões.

PARABÉNS AOS NOSSOS ALUNOS

CAMPEÕES!

Dia 27 de maio, realizou-se o 2º Torneio de

Jogos Matemáticos do Agrupamento,

dedicando-se a manhã deste dia à realização

de torneios com os diferentes jogos de

tabuleiros, e promovendo-se a disputa sadia

entre alunos de diferentes ciclos e escolas.

José Pedrosa

À semelhança dos anos anteriores, foi

com grande entusiasmo que se

realizaram os torneios do

SUPERTMATIK – Cálculo Mental.

Numa primeira fase, foram

realizados os torneios intraturmas,

sendo selecionados o campeão e o

vice-campeão de cada turma, na EB 2,3 Frei

Caetano Brandão e na Escola Secundária de

Maximinos.

Nos dias 20 e 21 de março, durante a

semana cultural, realizou-se o torneio

interturmas. Participaram 30 alunos do 1º ciclo,

24 alunos do 2º ciclo e 30 do 3º ciclo. Neste

torneio, apuraram-se os dois representantes

por ano (escalão) para representar as escolas

a nível internacional da Escola Secundária de

Maximinos e da EB 2,3 Frei Caetano Brandão

para o concurso online da Eudactica.

Foi uma grande animação e um grande momento para testar “as calculadoras humanas” do nosso Agrupamento.

Em 29 de Abril realizou-se o torneio

internacional online, na Biblioteca da EB 2,3

Frei Caetano Brandão. Esperemos que os

nossos campeões obtenham uma boa

classificação internacional.

Até ao próximo ano letivo e … Bons Cálculos !

A coordenadora da atividade

Ana Paula Silva

Page 33: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

33

Projeto do aluno vencedor,

André Fernandes

O olho humano, na sua elegância de

variadíssimos vestidos castanhos, verdes,

azuis… carrega com ele pura matemática.

Para além das suas curvas, circunferências

cheias de cor e padrões, está um mecanismo

de visão, onde a imagem captada pelo olho se

apresenta invertida e só depois o nosso

cérebro a analisa. Apercebemo-nos, assim, de

um eixo de simetria (olho) entre o exterior e o

nosso cérebro.

A IMAGEM DA MATEMÁTICA Uma ideia

matemática suportada por uma imagem e um

texto, igual a um projeto ao concurso A

Imagem da Matemática, teve, nesta 8ª edição,

uma boa adesão por parte dos alunos e

comunidade escolar. Este ano contou com 38

projetos de 22 alunos, dos quais foram

selecionados 10, que ficaram expostos eforam

a votação na semana cultural do

Agrupamento. A votação sobre os dez projetos

selecionados ocorreu no dia 20 de março,

saindo vencedores os alunos André

Fernandes, do 12º1, Ângela Sousa, do 10º2 e

Daniel Magalhães do 11º1, respetivamente 1º,

2º e 3º classificados.

José Pedrosa

Page 34: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

34

Através dos tempos o homem viveu em

comunhão com a terra que o alimentava.

Semeava, plantava, esperava o sol, o vento e a

chuva e colhia o que a natureza lhe dava,

alegrando-se na abundância ou chorando na

míngua que lhe trazia a fome e as doenças. Os

campos eram a vida ou a morte e as forças da

natureza e os ciclos do ano eram vividos com

grande respeito. Os dias sucediam-se e no frio

áspero do inverno, os dias eram curtos e as

noites eram longas. Na primavera as árvores

enchiam-se de flores, a terra coloria-se numa

promessa de frutos e o homem festejava a

nova estação.

O sol e a lua pareciam reger estes

ciclos da natureza. Fizeram-se calendários

assentes numa rotatividade infinita, com

celebrações sazonais. Celebrava-se a vida e a

morte. Datas de meditação, reflexão, alegria e

agradecimento marcam os calendários de

diversos povos e culturas. Diferentes ritos

honram a velhice, a aproximação do inverno e

a morte ou celebram a vida, o nascimento, o

despertar da terra e o crescente poder do Sol.

Acreditava-se que a luz e o fogo, em fogueiras,

archotes ou velas, purificavam o ar e os

campos afastando os espíritos negativos e

preparando a terra para a fertilidade. Depois

festejavam-se as colheitas, agradecendo às

forças sobrenaturais, os frutos e a

generosidade da terra.

A noite de 30 de abril para o dia 1 de

maio foi, ao longo dos tempos, uma noite cheia

de espiritualidade, misticismo, magia e culto às

forças da natureza, evocando os poderes da

luz e da nova vida. No dia 1 de maio celebrava-

se o retorno do sol que triunfa sobre os dias

cinzentos, tristes e frios de inverno. É um hino

à natureza, à fertilidade e ao amor. Por todo o

país restam algumas práticas diversas que nos

levam a essas celebrações.

No Norte colhem-se ramos de maias

(giestas floridas) pelos campos e montes e

penduram-se às portas, janelas e meios de

transporte, para dar as boas vindas ao

luminoso sol, atrair fartura, sorte, alegria e

proteger das energias negativas. Fazem-se

coroas de flores e glorifica-se a natureza e o

renascer da vida.

Na Península Ibérica, perde-se no

tempo a origem desta tradição. Celtas, gregos

e romanos comemoravam o “regresso” do sol

e de um novo ciclo agrícola. Eram os festivais

Beltane e as festas à deusa Maia e Flora.

Danças e cantares à volta de fogueiras

alegravam e celebravam a fertilidade, onde a

sexualidade tinha um lugar de destaque. A

igreja católica durante décadas proibiu estes

festejos associando-os a ritos demoníacos,

Revivendo a Tradição dos Maios

Page 35: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

35

mas, com o tempo, assimilou-os e adaptou-os

dando lugar a cerimónias como as bênçãos

dos campos, as procissões de flores, as

batalhas de flores e o mês de Maria. Fizeram-

se recriações e interpretações que J. Leite de

Vasconcelos divulgou em OPUSCULOS,

volume V, Etnologia - parte I,1938. Perdura a

crença em muitas casas das aldeias do Minho,

que os maios impedem a entrada do mal

(diabo).

O agrupamento de escolas de

Maximinos, com o objetivo de sensibilizar os

alunos a melhor conhecerem o seu património

e a sua identidade cultural tem, como oferta

complementar do 8º ano de escolaridade, uma

disciplina designada Arte e Cidadania. Na

EB2,3 Frei Caetano Brandão o Clube da Horta

Escolar, trabalha no sentido de recuperar a

cultura agrícola tradicional aliando-a à

atualidade, tendo como ponto de partida o

acompanhamento do ciclo de vida das plantas

usadas para fins alimentares, bem como os

rituais que lhe estão associados. Na oferta

“Arte e Cidadania” e no Clube da Horta

Escolar os alunos foram encaminhados no

sentido da descoberta dos Maios. Recuperar

esta tradição, assumindo-a como expressão

viva da cultura popular e como forma de

celebrar a natureza que se renova em cada

primavera, contou com o entusiasmo dos

alunos que colheram giestas, fizeram flores

reaproveitando materiais que deixaram de ter

uso, por forma a preservar o ambiente (Eco-

Escola), e construíram coroas - Maios - que

colocaram pela escola.

Recuperemos, pois, a tradição e

coloquemos giestas floridas ou coroas de

flores nas portas ou janelas das nossas casas

na noite de 30 de abril para o dia 1 de maio.

Festejemos o renascer da vida animal e

vegetal, depois do longo período de inverno.

A sombra e o escuro do inverno ficam para

trás; reine a alegria, a luz, o sol e a fertilidade.

Manuela Guerreiro - Clube da Horta Escolar, EB2,3

Frei Caetano Brandão

Page 36: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

36

As escolas em Desafio

Brincar com a matemática na Educação Pré-

Escolar

As crianças vão espontaneamente

construindo noções matemáticas a partir das

vivências do dia a dia. O papel da matemática

na estruturação do pensamento, as suas

funções na vida corrente e a sua importância

para aprendizagens futuras, determina a

atenção que lhe deve ser dada no Jardim-de-

Infância, cujo quotidiano oferece múltiplas

possibilidades de aprendizagens matemáticas.

É necessário ter-se presente que a

principal finalidade da Educação Pré-Escolar

não é a aquisição imediata dos

conhecimentos, mas a formação de atitudes

corretas e habilidades necessárias para essa

aprendizagem.

As crianças do Jardim-de-Infância de

Estrada/ Ferreiros realizaram atividades nas

quais utilizaram materiais diversificados, como

a plasticina, fruta e outros existentes nas

salas. Através da manipulação de objetos e

materiais as crianças aprenderam a seriar,

classificar e agrupar. Esta experimentação

permitiu a apreensão de noção de quantidade

e número.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ministério da Educação. (1997). Orientações Curriculares para a

Educação Pré-Escolar. Lisboa: Ministério da Educação.

Moreira, D. e Oliveira, I. (2003). Iniciação à Matemática no

Jardim-de-Infância. Lisboa: Universidade Aberta

Atividade promovida pelas Educadoras de

Infância Alexandra Paz e Teresa Azevedo

Educar é semear com sabedoria

e colher com paciência. Augusto Cury

Page 37: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

37

O Projeto Curricular do Jardim-de-Infância de

Gondizalves, debruça-se sobre a

problemática da linguagem Oral, impondo-se

a existência de um tema intimamente

relacionado com o Plano Anual de Atividades-

“Desafios do Séc. XXI”. Assim, escolheu-se

para subtema deste projeto, “Os Direitos das

Crianças- as Raças Humanas – o Combate

ao Racismo”

“ Todos os seres humanos nascem

livres e iguais em igualdade e em direitos.

Dotados de razão e de consciência, devem

agir uns para com os outros com espírito de

fraternidade”- Declaração Universal dos

Direitos Humanos.

Os Direitos Humanos são inerentes a

todos os seres humanos, independentemente

de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma,

religião ou qualquer outra condição. Estes

incluem o direito à vida, à liberdade de

opinião e de expressão, o direito ao trabalho

e à educação, o direito social ou nacional ou

condição de nascimento ou riqueza.

As crianças do J.I. de Gondizalves

foram sensibilizadas para a educação

intercultural- o respeito pelo outro e pela

pluralidade de culturas, independentemente

da sua cor ou condição social-“ Somos Todos

Filhos da Terra”.

Este tema permitiu alertar as crianças

para a igualdade e ao mesmo tempo

desenvolver conhecimentos, no âmbito da

Formação Pessoal e social e do

Conhecimento do Mundo.

Jardim-de-Infância de Gondizalves

Page 38: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

38

As educadoras de infância do JI da Naia

conscientes da importância da relação com as

famílias das suas crianças e com o objetivo de

“incentivar a participação das famílias no

processo educativo e estabelecer relações de

afetiva colaboração com a comunidade”.

(Orientações Curriculares para a Educação

Pré-escolar, Ministério da Educação 1997: 22

abriu o Jardim de Infância no Dia do Pai e no

Dia da Mãe.

No dia 19 de março foi comemorado o

Dia do Pai, o jardim de infância da Naia

convidou os pais a realizarem uma atividade

com os seus filhos. Os pais vieram ao jardim e

tiveram a oportunidade de decorarem um

placard com os seus filhos. Foi oferecido bolo

e café. A confeção do bolo gigante em forma

de gravata, foi uma atividade das crianças em

articulação com a AAAF deste Centro Escolar.

No dia 30 de abril foi comemorado o dia

da mãe em articulação com o primeiro ciclo.

Estas tiveram oportunidade de ouvir a

Professora Patrícia Silva a cantar o fado,

várias turmas declamaram e recitaram alguns

poemas. Foi um momento muito emocionante

para todas as mães

presentes. No final houve

um lanche convívio com

um bolo oferecido pela

Associação de Pais e as

restantes iguarias pelo

pessoal docente que desta

forma presenteou e agradeceu a participação

de todos.

Para além deste momento conjunto, o

jardim de infância realizou, durante todo o dia,

uma atividade em articulação com a AAAF,

onde as mães decoraram pedaços de

cartolina, com os seus filhos, que depois de

montado deu origem a um coração gigante,

simbolizando a união entre a família. A

participação das mães foi muito importante

pelas relações estabelecidas com a família em

contexto escolar e adesão quase total.

Para finalizar foi oferecido café e bolo,

que tal como no dia do pai, confecionado pelas

crianças na AAAF.

Educadoras de Infância: Nídia Sofia Matos e

Lucília Rocha

Comemoração do

dia do Pai e do dia

da Mãe no Jardim

de Infância da

Naia

Comemoração do Dia

do Pai e do Dia da

Mãe, no Jardim de

Infância da Naia.

Page 39: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

39

O Desafio do SEC..XXI na Educação Pré-Escolar é fazer

com que as crianças aprendam e sejam felizes!

O trabalho realizado nos diferentes Jardins-de-

Infância foi desenvolvido de acordo com os

interesses das crianças. As Educadoras de

Infância promoveram a curiosidade,

desenvolveram novos saberes, proporcionaram

interesses distintos e possibilitaram interações

entre pares e adultos. Houve, também, a

preocupação de estabelecer um paralelismo

entre os Planos de Jardim-de-Infância e o Plano

Anual de Atividades. Em reunião de Conselho

de Docentes, entendeu-se dar prioridade à

aquisição de um maior Domínio da Linguagem

Oral, sendo este um objetivo fundamental da

Educação Pré-Escolar. Compete às Educadoras

de Infância criar as condições para que as

crianças aprendam de uma forma organizada e

estruturada. A linguagem é um meio de

excelência da comunicação sociocultural que se

desenvolve através da interação social e de

aprendizagens relevantes. O maior desafio, este

ano letivo, foi desenvolver os planos de Jardim-

de-Infância com as diferentes temáticas

adotadas, mas tendo como base o Domínio da

Linguagem Oral e Escrita, sem esquecer outras

áreas de conteúdo importantes, como a

Formação Pessoal e Social e o Conhecimento

do Mundo. O trabalho realizado na Educação

Pré-Escolar é sempre um desafio, pois pretende

estimular o desenvolvimento global da criança,

incutindo comportamentos que favoreçam

aprendizagens significativas e diferenciadas.

Page 40: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

40

No Jardim de Infância de Gondizalves o trabalho debruçou-se sobre;

“Os Direitos Humanos - As Raças Humanas – O Combate ao Racismo”:

No Jardim de Infância de Estrada/Ferreiros a temática incidiu;

Com as Palavras Viajamos pelo Mundo….Melhor Escutar Para Melhor Comunicar; Melhor

Falar Para Melhor Aprender!

No Jardim de Infância de Maximinos a abordou-se a temática;

“Uma Alimentação Saudável no Jardim de Infância”

No Jardim de Infância da Naia o tema adotado recaiu;

“Ao Escutar e Falar do Ambiente Vamos Cuidar”

Maria Teresa Azevedo

Page 41: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

41

Neste ano letivo, a EB1 da Gandra –

Ferreiros realizou algumas atividades que

merecem destaque, o magusto visou manter e

revitalizar tradições culturais ligadas à

sazonalidade, o Dia Nacional do Pijama,

através deste acontecimento foi promovida a

solidariedade e a partilha com crianças

carenciadas de uma forma alegre e

motivadora para os alunos, tendo-se verificado

grande adesão por parte destes e dos

respetivos Encarregados de Educação.

Pela primeira vez participou-se na Festa de

Natal do agrupamento com uma dança criativa

“Dança pela Diferença” que pretendia abordar

a inclusão de alunos cegos, realçando-se o

valor e sentido da amizade e interajuda.

No dia dezanove de março, para

celebrar o Dia do Pai, as crianças declamaram

alguns poemas da sua autoria e entoaram

uma canção dedicada ao pai, e, no final foi

realizado um lanche- convívio. Esta atividade

foi realizada com a colaboração das mães, do

ATL e Associação de Pais, cumprindo o

objetivo de promover o convívio, incutir valores

afetivos nas crianças e de demonstrar a

As crianças têm mais necessidade de modelos do que de críticas. Joseph Joubert

Page 42: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

42

importância do pai na família, fortalecendo os

laços familiares.

Exposição dos trabalhos realizados

pelos alunos, da atividade/concurso

subordinada ao tema "A Água-Como elemento

necessário à vida animal e vegetal" promovida

pela Associação dos Amigos “Satélite 79”, cujo

objetivo foi a reflexão sobre a importância da

água e envolver os pais e Encarregados de

Educação, trabalhando em conjunto neste

projeto.

No terceiro período realizou-se um

convívio salutar e lúdico à noite “Venha tomar

um café na Escola”, que pretendeu promover a

escola, com a presença de ex-alunos, de pais

e de ex-professoras e ainda pais de futuros

alunos da escola.

A comemoração do Dia da Mãe que

proporcionou e promoveu a integração e

convívio salutar entre os alunos e as suas

mães, com lanche e a cantora e professora

Patrícia Silva que emocionou quem esteve

presente.

Apelou-se para a necessidade dos

pais/família serem uma presença constante e

ativa na educação e acompanhamento das

crianças e para a importância de participaram

energicamente na vida académica,

conjugando esforços para em articulação com

a comunidade escolar se construir uma escola

melhor para todos. Com esta postura

pretendeu-se promover, enriquecer e

fortalecer a relação com a comunidade

escolar.

Page 43: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

43

No dia 21 de maio, participamos pela

primeira vez, no cortejo da Braga Romana.

Todos os alunos, com exceção da

nossa amiga Laura, foram de autocarro até ao

centro da cidade, com os professores e

auxiliares.

Os meninos da nossa escola

desfilaram com outras crianças pelas ruas da

cidade até à Câmara Municipal, onde

lanchamos.

No final regressamos à escola cansados, mas

contentes porque gostamos muito desta

atividade.

Alunos do 1º ano T12 EB1 Gandra

O nosso amigo Sérgio

O Sérgio é o nosso amigo especial,

Especial porque é o nosso super-herói

Herói, pois ultrapassa os obstáculos

Obstáculos difíceis, mas consegue lá chegar

Chegar ao fim das suas tarefas

Tarefas que, por vezes, são uma aventura

Aventura, na qual todos nós participamos

Participamos com especial ajuda do colega

Alexandre

Alexandre é quem mais ajuda o Sérgio,

Sérgio que merece os mesmos direitos que

nós

Nós teremos sempre o Sérgio como amigo

especial do nosso coração!

“Palavra puxa palavra” no âmbito do Dia

Internacional das Pessoas com Deficiência

Os Melhores Beijinhos

Há beijinhos em toda a parte,

Como no ar, terra ou mar.

No mar, os peixinhos fazem chuac!

Na terra, os elefantes dão grandes beijinhos e

as formigas beijinhos pequeninos.

No ar, podemos atirar beijinhos e caem onde

calhar.

Também há beijinhos ao acordar e à hora de

dormir.

Existem outros que fazem rir,

Dançar ou cantar.

Mas os melhores beijinhos do Mundo… são os

que trazem amor!

Semana dos Afetos, Dia do Beijo

Baseado no livro “Os Melhores Beijinho

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Revista Andarilho Edição 38

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Que está?

-Que está na mesa? - Uma formiga obesa. - Que está na cadeira? - Uma ratoeira. - Que está na casa de banho? - Um grande rebanho. - Que está lá fora? - A minha querida nora. - Que está no fogão? - A assar um cão. - Que está no mar? - Uns peixes a nadar. - Que está no ar? - Uma gaivota a voar. - Que está no caixão? - Um palavrão. Trabalho realizado a partir da exploração da Lengalenga “Que está?” de Luísa Ducla Soares

O nosso limpa-palavras

A palavra bosque espalha oxigénio.

A palavra cão ladra sem parar.

A palavra pessoa sempre a marchar.

A palavra carro a correr na estrada.

A palavra aluno sempre a estudar.

A palavra Sol não para de brilhar.

A palavra árvore a dar frutos.

A palavra rato a fugir do gato.

A palavra loja sempre a vender.

Baseado no poema “O Limpa-palavras” de

Álvaro Magalhães

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Revista Andarilho Edição 38

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A Primavera chegou!

A primavera chegou colorida

Com ela chegaram também as andorinhas.

Elas e os restantes pássaros fazem os seus

ninhos.

As borboletas poisam de flor em flor

E as abelhas admiram a sua cor.

Nesta época é agradável

Cheirar, sentir, ouvir e ver

Tudo aquilo que a primavera tem para

oferecer.

Texto realizado a partir de uma brainstorming

“primavera”

Os livros

Os livros são uns amigos muito especiais

Especiais porque nos ensinam um pouco de

tudo

Tudo o que nos transmitem tem muita

sabedoria e magia

Magia, que nos leva aonde nós quisermos ir

Ir a sítios magníficos e viver aventuras

fascinantes

Fascinantes são as histórias, aventuras,

sonhos, terror, policial, comédia ou até mesmo

só informação;

Informação que nos faz crescer e aprender

Aprender que o livro é um grande tesouro!

“Palavra puxa palavra” no âmbito da Semana da

Leitura

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Revista Andarilho Edição 38

46

O que eu quero! Quero passear pelo silêncio da minha aldeia, Parar, pensar e ter uma ideia. Quero ouvir o vento soprar, Quero parar, olhar e ver-te passar. Quero chegar a casa e sentir o calor da lareira, Quero olhar para ti e ver-te à minha maneira. Quero sentar-me no sofá e ligar a TV, Chamar-te para o pé de mim, E vermos os filmes que ninguém vê. Quero abraçar-te e sentir o teu calor, Olhar-te nos olhos e sentir o teu amor. No final olho para ti, Pergunto o que o teu sorriso diz, Tu respondes-me sussurrando que apenas és feliz.

Ângela Eduarda – Turma 20 Centro Escolar de Maximinos

As palavras…

Sinto as palavras no meu coração. Aparecem em livros, Eu admiro-as! Elas levam-me a imaginar, E pelos livros voar. Tenho a certeza que um dia, A vida poética Me poderá alegrar. Nos momentos mais tristes, um livro eu vou buscar. Sei que numa altura Vou precisar, De uma alma companhia Que me há de guardar… Até acabar a minha história. Amigo, amigo… Que me levas aos confins da Terra. Promete-me que me ajudas Até eu Te acabar. Um livro É para imaginar… E o que todas as pessoas Devem guardar. Inês Cerdeiras, EB1 da Gandra

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Revista Andarilho Edição 38

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O valor dos animais

Bonito ele é

Selvagem e poderoso

Ah, isso é que é!

Corvo preto

Linda plumagem tem

Abre as asas belas e fortes

Que vejo surgir no além…

Cão preto, branco ou castanho

Tantas raças pode ter

Divertido e meigo

Grande ou pequeno

Cada um com o seu modo de ser.

O carneiro branco

Pelos prados saltos dá

Pelo fofo e macio

Quero tocar-lhe já!

Os animais são divertidos

De tantas espécies podem ser

Tigre, corvo, cão, carneiro

Cada um com a sua forma de viver!

Eu gosto muito de todos

De uns mais do que outros

Protejam-nos, não os magoem

Ajudem a proteger

Eles têm o direito de viver!

João Álvaro da Rocha Pimentel

EB1 Estrada

Se eu fosse um cão Se eu fosse um cão Não teria nada para me preocupar Com coisas de gente Como rimar e estudar. Se eu fosse um cão Detestaria gatos E adoraria brincar Nos pequenos regatos. Se eu fosse um cão Os meus donos adoraria? Se eu fosse um cão Os meus donos detestaria? Quem saberia? Se eu fosse um cão Falar, eu não sabia Se eu fosse um cão Ler, eu não sabia Se eu fosse um cão Escrever, eu não sabia Se eu fosse um cão Este poema não existia. Se eu fosse um cão Ler, eu não sabia Escrever, eu não sabia Então, Se eu fosse um cão Nada disto existia Porque Nada eu fazia. Ema Silva EB1 Estrada

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Revista Andarilho Edição 38

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VISITA AO MUSEU D.DIOGO DE SOUSA

Os alunos da turma 5º3 da Frei

Caetano Brandão foram fazer uma visita ao

museu D. Diogo de Sousa onde aprenderam

como os Romanos viviam, quais eram as suas

táticas/armas de ataque e como se vestiam

No Museu, os alunos

viram um powerpoint sobre o dia-a-

dia dos Romanos, por ex: como

usavam as armas e as suas técnicas em

guerra e o que era preciso para entrar no

grupo romano.

O museu recebeu muito bem a turma 5º3

deixou tirar fotos e até nos mostrou em vida

real como os romanos se vestiam.

Conseguimos ver várias peças que os

romanos faziam e utilizavam.

Matilde Fernandes nº12 5º3

A biblioteca dos segredos

A biblioteca daquela casa era sombria,

bem arrumada e espaçosa. Percebia-se que já

era antiga, cheirando a madeira encerada.

As paredes eram lisas, tinham uma cor muito

escura e estavam cheias de pó e com alguma

humidade. Alguns retratos assustadores

mostravam pessoas muito antigas, nas

molduras pintadas a ouro.

Encostada à parede, havia uma estante

envidraçada, de madeira forte que tinha muitos

livros de histórias. Os livros, cheios de

fantasias, contavam aventuras, histórias de

amor. Outros porém só cheiravam a mofo e

tinham a capa cheia de cores muito bonitas.

Em cima, UMA estátua, brilhante e

muito valiosa, tinha o rosto de mulher e era

pálida. Dois jarros, brilhantes mas não eram

solitários, acompanhavam-na, pintados por

pintores antigos. Do teto, pendia um

candelabro de cristal, transparente e brilhante

que estava apagado.

Do lado direito da sala, escondida,

estava uma escrivaninha com um candeeiro

de pé alto, de globo de vidro branco. Ao seu

lado, está uma jarra de rosas de tom suave.

O cadeirão ao lado da escrivaninha é de

madeira envelhecida, estofada a veludo

vermelho-escuro.

Todo o chão estava todo coberto por uma

carpete estampada mas, no centro da sala,

estava um estranho canapé, de madeira

escura, forrado com veludo vermelho e

dourado. Em cima, repousa um almofadão de

volumoso. Sentado, um menino continuava

atento à sua leitura. Nos seus braços,

repousava um livro antigo, cheirando a mofo.

O que contaria aquele livro?!

Pedro Rijo 5º3

A fada bruxa

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Numa bela manhã de sol radioso, a fada

acordou numa nuvem. Foi até lá abaixo, à

terra das fadas, e ouviu todos os animais a

resmungar:

- Blá… Blá… Blá - diziam os animais.

- Porque estais a resmungar?- Perguntou-

lhes a fada.

- Blá… Blá… Blá- continuaram eles.

- Um de cada vez! - Pediu a fada

impaciente.

- Leontina, estamos com sede. Podes

ajudar-nos?

- Claro que sim! - Respondeu – lhes.

- Obrigado, fada! Agradecemos-te muito!

- Mas afinal, por que razão tendes tanta

sede? - Perguntou Leontina.

- Sabes, um elefante anda a tomar banho

com a nossa água, está-se mesmo a ver

como fica. Vais ajudar-nos ou não? -

Insistiram os animais irritados.

- Já disse que sim. - Magia! Magia!

Magiaaaa… Aparece águaaa… para estes

animais sedentos beberem e se refrescarem.

- Uau! Tanta água limpa e fresca! Obrigado,

fada Leontina. És a maior!

- Eu vou falar com Sr. Elefante e vou pedir-

lhe para não

sujar a vossa

água…

Mas já

ninguém a

ouvia, porque

todos estavam

a fazer uma

festa:

-Iupi! Iupi!

Iupi! Que

maravilhosa! –

Gritavam.

E assim

acaba esta

história sobre a

fada Leontina

que, durante muito tempo, andou perdida

sem saber se era uma fada má ou uma bruxa

boa.

Sofia Veloso, 5º1

A ilha da maldição da morte

Naquela noite de tempestade, o vento

empurrava violentamente o barco para perto

da praia de uma ilha arrepiante.

As árvores da ilha pareciam monstros

despidos. Com o nevoeiro muito denso não se

via nada. As ondas eram enormes e tentavam

afundar o barco e, no mar escuro, existiam

peixes gigantes com dentes afiados e verdes.

No céu, havia nuvens com trovões muito

aterradores.

A areia da praia estava suja pelos

restos de barcos naufragados. A areia era

movediça, com esqueletos enterrados e

queimava por causa dos produtos químicos do

barco; algas puxavam as pessoas mortas do

barco naufragado. Ao pegar num búzio e ao

encostá-lo ao ouvido, ouvia-se gritos de

pessoas a morrer. Os frutos eram venenosos e

matavam todos os seres que os comessem.

A cabana, perto da praia, estava

destruída pelas tempestades, construída com

restos de madeira de um barco

naufragado. Lá dentro,

estavam esqueletos e,

dentro deles, saiam

peludas tarântulas

venenosas.

Na vegetação, no

interior da ilha, apareciam

plantas carnívoras; algumas

eram pisadas por gigantes e minotauros.

O riacho, aí perto, estava tingido de

sangue, com ossos dos mortos comidos pelas

piranhas esfomeadas.

João Pedro Henriques, 5º5

Page 50: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

50

A Ilha do Paraíso Colorido

Quando fui para a cama, sonhei que

estava a ir de barco para uma ilha. Dei-lhe o

nome de Ilha do Paraíso Colorido.

Ao tocar na água, senti que era quente.

A água estava iluminada pela luz do sol, com

estrelas-do-mar e peixes muito coloridos. O

céu estava limpo como as águas, com nuvens

puras, era infinito com as cores do arco-íris. Lá

ao longe, já se começava a ver as palmeiras

tropicais, baloiçando pelo vento suave e com

cocos maduros que já se podiam comer.

Via-se, no areal, seixos macios como

berlindes, búzios e conchas que pareciam

caracóis. Ouvia-se neles o som do mar e as

conchas pareciam pérolas coloridas. As algas

estavam húmidas… até escorreguei e pensei

que as algas eram tentáculos de polvo.

Ouvia-se um sussurrar das árvores;

elas baloiçavam e brincavam! Insetos

rastejavam e os ramos das árvores pareciam

mãos carinhosas. No centro da ilha, via-se

ainda arbustos e fetos altos e verdes e musgo

húmido. Os macacos queriam brincar; os

tucanos eram muito ruidosos e as rãs

saltavam para um lado e para o outro. A

salamandra ia com os seus filhos; os

camaleões camuflavam-

se.

Escondida, havia

uma cabana com restos

do barco naufragado e

com ramos de

palmeiras. Perto, a água

de um riacho refletia o

meu reflexo, mas eu

estava diferente.

Nas árvores, escondiam-se tesouros e

joias há muito tempo postos ali por piratas e

alguns Pégasos levantavam voo como o vento

a fluir. Ouvia-se os macacos e os tucanos a

conversarem sobre as sereias belas que

encantavam os marinheiros. Os unicórnios

eram carinhosos com todos os animais e via-

se algas, plantas e animais a festejarem.

Alguns duendes e elfos faziam um espetáculo

de magia e os pirilampos fingiam ser bolas

iluminadas.

De repente, acordei!!

João Pedro Henriques, 5º5

A Ilha da Caveira

A Ilha da Caveira situa-se num

arquipélago desconhecido para o mundo

científico.

Nesta ilha, sobressaem as rochas com

formas de caveiras, enormes e sombrias.

Gigantescos dragões voam no céu

sombrio, enevoado e assustador, enquanto

protegem uma cabana abandonada com o

cadáver da única criança, que lá vivera,

pendurado junto das suas bonecas. Sente-se

um terrível cheiro a carne podre.

Nas praias, estende-se areia negra e

cheia de sangue, de cadáveres que, de noite,

ganham vida.

O mar é verde-escuro, profundo e

cheio de peixes mortos. Há búzios pequenos,

todos partidos, e podem ouvir-se fantasmas

murmurar. Dão à costa algas gigantes,

ásperas e compridas, como cabelos de bruxas

despenteados.

Na floresta, a vegetação é rasteira e

venenosa e esconde um terrível e profundo

riacho, «o riacho de sangue», habitat de

peixes mutantes, com água sempre tingida de

sangue.

As árvores nunca tiveram folhas e os

seus ramos estão completamente destruídos e

servem de cabide aos intestinos de pessoas

mortas. Os troncos parecem caras terríveis,

comem os habitantes e criam uma espécie de

lacaios, os esquilos mutantes e os seres

mitológicos, que comem pessoas e são

extremamente feios.

Esta é a ilha da Caveira. Nunca

apareçam lá, é morte certa!

Bruna Faria 5º5 nº3

Page 51: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

51

O seu paraíso

Lentamente, o barco aproximava-se

daquela ilha que parecia ser um paraíso. A

água era limpa, transparente e ao toque era

tão quente, com peixes e sereias a nadar

livremente. Olhando para cima, via-se o céu

infinito, sem nuvens, mas com um arco-íris

colorido.

Ao longe, viam-se árvores altas que se

embalavam com a brisa quente que passava.

A praia tinha areia fina, macia e

delicada que só era calcada pelo mar. As

algas estavam a descansar, parecendo

tentáculos de polvo; estavam quentes e

cheiravam a sal. Os seixos, tão macios,

pareciam berlindes. As conchas coloridas

pareciam caracóis. Nos búzios ouvia-se o som

do mar.

A vegetação da ilha era verde, com

flores coloridas. Nos riachos, pouco profundos,

viam-se peixes coloridos a nadar, contentes.

Junto à praia, havia uma cabana feita

de restos de madeira e ramos, com o telhado

feito de palha.

Os macacos baloiçavam nas árvores.

As salamandras rastejavam e os pássaros

cantavam.

Vera Vilaça, 5º5

Papagaio encontra fortuna

Há cinquenta anos, na aldeia de Rodmell, no

condado de Sussex, em Inglaterra, um

papagaio desenterrou três mil libras esterlinas.

O papagaio sabia onde o seu falecido dono

tinha escondido a fortuna e queria ajudar a Srª

Gage Brand, sua irmã, a encontrar a herança.

O papagaio bicava e guinchava para apontar

o local do tesouro.

A senhora seguiu-o

e escavou um

buraco no chão da

cozinha, onde

encontrou as três mil

libras esterlinas, da

sua herança.

Diana Yadlos – 5º2

Retrato de uma mãe

A minha mãe chama-se Serena e tem

trinta e cinco anos.

Ela é alta e esbelta (elegante).

Tem um rosto bonito! O seu cabelo é

curto, encaracolado e castanho-escuro como

um tronco de uma árvore. As sobrancelhas

castanhas são delicadas, finas e suaves. Os

seus grandes olhos são verdes como

esmeraldas, protegidos por pestanas

pequenas e finas. O nariz curto alarga na

ponta. A boca pequena, de lábios vermelhos e

dentes grandes, alinhados e brancos como a

neve, oferece um lindo sorriso doce!

A sua voz é delicada como o cristal. É

uma pessoa inteligente, simpática e divertida.

Lara Serra 5º1

Diana Yadlos – 5º2

Page 52: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

52

Chovia intensamente naquela tarde,

era 30 de Abril de 2014. Talvez aquela

chuva fosse a mais nítida e prolongada

de todos os tempos. Dentro de uma

bela e confortável sala de estar, dois

amigos assistiam, pela janela, à forte

tempestade que se presenciava com

tanta ânsia de permanecer para

sempre. Jaco e Trips, os dois amigos,

falavam e debatiam entre argumentos,

o contexto daquela chuva. Certa altura,

Trips interrogou o amigo:

- Jaco, quantas gotas de chuva achas

que já terão caído? E quantas haverá

ainda por cair?

Tal pergunta fez Jaco refletir. Quando,

finalmente, chegou a uma conclusão:

- Bem, esse assunto será eternamente

questionável. Nunca se vai saber

quantas gotas de chuva o céu contém,

mas também não importa! Trips, a

chuva é como a matemática, não

importa quantos números existem ou

deixam de existir. O que importa é

reconhecer a importância deles para a

humanidade. O mesmo princípio se

aplica às gotas.

Dinis Braga, 9º8

Braga,22 de maio de 2015

Querido diário,

Os meus planos para o futuro

são sonhos de infância, que até hoje eu

tento realizar, trabalho todos os dias,

suo todos os dias, esforço-me e sofro

todos os dias para conseguir vencer no

mundo do desporto. Nunca pensei em

desistir deles, aliás, não vou deitar tudo

a perder, depois de 15 anos de esforço

e dedicação.

Hoje penso que estou cada vez mais

próximo, tenho melhorado a cada dia

que passa, e os comentários, as

criticas dos que me desejam o mal, só

me dão mais força, levo-as a bem,

como construtivas. Além dos treinos

que faço com a equipa, de tudo o que o

treinador me ensina, mesmo que esteja

cansado, vou treinando sozinho,

melhorando a minha capacidade

técnica, vou ganhando força para

continuar, vou crescendo fisicamente,

mentalmente, mas nunca estarei

satisfeito.

Contigo desabafo as minhas

frustrações e as minhas alegrias, podes

não passar de um simples caderno,

mas és um amigo, alguém que está

sempre pronto para me ouvir.

Obrigado pelo teu apoio! Tu és único e

só meu!

O sonho de ser futebolista não é fácil

de se concretizar, mas com o teu apoio

e o apoio dos meus melhores amigos,

a minha humildade e o meu esforço,

sinto que se tornará mais fácil chegar

lá.

Micael Cardoso, 9º6

Gotas Matemáticas

Page 53: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

53

Carta para Camões

Braga, 10 de março de 2015

Ex.mo Senhor Camões,

Com certeza que deve estranhar esta

correspondência. Acredite, não

estranha mais do que eu. Nasceu

numa época culta, quando Portugal

tinha uns “braços” em “volta” do

mundo. Nasceu numa época onde a

literatura e as artes eram bem

recebidas e adoradas. Não teve culpa

disso.

Eu também não tive a culpa de

nascer numa época em que se está a

abandonar os livros (sim acredite) e a

dar valor a novas tecnologias, tablets,

telemóveis, Internet, computadores. É

triste! Seria um bom tema de conversa,

explicar-lhe a enumeração feita acima,

mas levaria uma eternidade. Para ser

sincera consigo, nunca pensei em lhe

enviar uma carta. Estou numa prova.

Um teste de Português. Acredite ou

não, o tema foi o senhor. Tive de

interpretar um poema seu.

Alguma vez imaginou que os

seus poemas iriam “torturar” jovens e

adolescentes? Por um lado, até é bom,

ganhamos cultura! Se continuarmos

como estamos, já nem vou saber a

estrutura de uma carta (que é

provavelmente o que me aconteceu

aqui). Esta deve ser a 3ª carta que

escrevo em quinze anos de vida. Mas,

vamos ao meu real objetivo.

Adorava saber onde foi buscar a

sua inspiração, onde ia “pescar” todas

aquelas metáforas, hipérbatos e

hipérboles… como conseguiu escrever

Os Lusíadas e, por fim, adorava saber

como perdeu um olho. Não é uma

questão importante, mas tenho muita

curiosidade em saber. Alguma vez

pensou que cerca de 500 anos depois

de o senhor ter nascido uma menina,

de apenas 15 anos, lhe escreveria uma

carta a perguntar pela sua obra?

Espero que não. Gosto de surpreender

pessoas, tanto quanto gosto dos seus

poemas, de todos os que li até agora.

Só tenho de lhe agradecer: obrigada

pela sua vasta obra, obrigada por ainda

estar presente nas escolas, obrigada

pela sua mistura de palavras que para

nós é um quebra-cabeças e, por fim,

obrigada por salvar a visão da literatura

portuguesa no mundo e por fazer os

jovens tirarem os olhos, por um

bocado, da sua televisão, computador

e telemóvel.

Obrigada por tudo!

Atenciosamente,

Ângela Sousa (10º2)

Page 54: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

54

A palavra “A***”

Há milénios que ela existe

Há milénios que a tentam descrever

Todos caíram no fracasso

Sem nunca verdadeiramente a

conhecer.

Faz parte do mais íntimo do ser

humano

Está no mais fundo canto do nosso ser

Vivo com ela dia a dia

E expresso-a, na minha forma de viver.

Je t’aime, te amo, I love you

Tudo com o mesmo sentido

Mas este tudo tem mil e um

significados.

Vasco Peixoto – 10º1

O Medo de Crescer

E a história começa...

Com um novo ser.

Do conforto da mãe,

Ele vai nascer.

Tão inocente!...

Com o que não soubera,

Mas logo vai descobrir

Que a guerra o espera.

Ao longo

do tempo,

Vai

crescer...

E

pequeno

Vai deixar

de o ser.

Aos vinte

e cinco

Foi a despedida

E a promessa da guerra

Foi cumprida.

A notícia...

Depressa correu.

E o nosso soldado,

Sozinho, morreu.

Eva Fontes, 7º an0

Ser amigo e estudar

Para ser um bom colega,

É preciso respeitar;

Se o amigo quer apoio,

Vamos ter de o ajudar.

Estudar é pegar nos livros,

Ir para a escola e trabalhar;

Quem isto assim não fizer,

Muitas negas vai tirar.

Ser amigo, estar atento,

Pensar bem e estudar,

É uma forma segura

De ter sucesso escolar.

Daniel Eirinha,

5º ano

Page 55: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

55

LABORATÓRIO ABERTO DE BIOLOGIA E GEOLOGIA

Para nós, alunos do ensino secundário,

do curso de ciências e tecnologias, o

laboratório aberto é dos

acontecimentos mais esperados do ano

(desde cedo que nos questionamos

sobre qual será o tema do laboratório

desse ano e começamos a idealizar

projetos). E a explicação é muito

simples, é nos dias do laboratório

aberto que podemos partilhar com a

comunidade escolar o que

sabemos/estudamos, e integrar

professores e alunos, nem que seja

apenas por breves minutos, naquilo

que é ‘’o nosso mundo’’. De um ponto

de vista mais pessoal, gosto imenso de

colaborar, quer na organização, quer

efetivamente na ‘’concretização’’ dos

três dias, nos quais o laboratório é

aberto ao público, acho que é algo que

nos realiza “profissionalmente” porque

o fazemos com o maior prazer para

receber a comunidade no “nosso lar”.

Falando um pouco da

organização: como já referi, o

laboratório está todos os anos

submetido a uma ‘’temática’’, e é dentro

dessa temática, que nós, alunos,

somos convidados a ‘’trabalhar’’ ,isto é,

a criar projetos. Essa escolha temática

acaba por ser decisiva, por um lado

restringe-nos, mas ao mesmo tempo

dá-nos um suporte que será comum a

todos os projetos e que contribui para a

harmonia das várias exposições que se

encontrarão no laboratório.

Confesso que deu trabalho realizar

todos os projetos que já tive em mãos,

em especial o deste ano que exigiu

recolha de materiais, para além do

processo criativo, mas fi-los, e acredito

que fizemo-lo (refiro-me a todas as

pessoas associadas a esta iniciativa)

com gosto. E depois, é sempre muito

gratificante expor o nosso projeto à

comunidade, explicar às pessoas em

que consiste, principalmente quando

vemos que as pessoas ‘’aprovam’’ o

nosso trabalho.

De facto, participar no laboratório

aberto é sempre uma experiência muito

enriquecedora, quer a nível curricular,

quer a nível das relações humanas,

que se desenvolvem neste tipo de

atividade. Na minha opinião, é sem

dúvida uma atividade que deverá

continuar a existir nos próximos anos

letivos, devendo permanecer também o

empenho dos alunos e o apoio dos

professores, para que se realize

sempre da melhor forma.

Ana Rita Gomes, nº3, 11

Page 56: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

56

Nos dias 26 e 27 de março

(durante as férias da Páscoa), ocorreu,

na Esmax, uma maratona de estudo

(Study Party) que tinha como objetivo

preparar os alunos do 11º ano para os

exames nacionais de Física e Química

e de Biologia e Geologia.

Na minha opinião, foi uma ótima

experiência, bastante enriquecedora,

não só ao nível escolar (de preparação

para os exames), como também a nível

social e de convívio.

Penso que foi uma muito boa

oportunidade para relembrar os

conteúdos do 10º ano e praticar

exercícios de exame, tal como para

tirar dúvidas, uma vez que tínhamos a

ajuda e o apoio dos nossos professores

das disciplinas supracitadas, sempre

prontos para nos esclarecer, o

professor Manuel Gomes e a

professora Cristina Fertusinhos, que

foram incansáveis e que nos

incentivaram ao estudo, sendo que, se

não tivéssemos participado nesta

atividade nem tido o apoios deles, seria

menos motivador sermos nós, sozinhos

em casa, a pegar nos livros e tomar a

iniciativa para estudar.

Por outro lado, considero que,

como já referi, foi uma boa forma de

conviver, de estarmos todos juntos

(alunos e professores), fora do

chamado “ambiente de sala de aula”,

num contexto mais informal, mais

descontraído, o que foi, no meu ponto

de vista, bastante enriquecedor para os

dois lados. E, para além disso, foi uma

maneira de fortalecer as relações entre

alunos, tendo em conta que tivemos a

oportunidade de passar um serão

divertido, com algumas brincadeiras, às

quais os professores também aderiram.

Gostaria de salientar, ainda, que

foram vários os elementos da

comunidade escolar que nos deram

apoio moral e nos “mimaram”,

nomeadamente o diretor do

agrupamento, o professor António

Pereira; os restantes elementos da

direção; a nossa diretora de turma, a

professora Carmo Santos; e as

funcionárias da escola.

Concluindo, gostava de reforçar

a ideia de que adorei a experiência e

que gostaria imenso de repetir.

Carolina Soares, nº22, 11º1

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Revista Andarilho Edição 38

57

Semana cultural

No decorrer da semana cultural

– Desafios do século XXI, nós os

alunos do 12º1, demos a conhecer o

laboratório de biologia e geologia a

toda a comunidade escolar.

Tendo como tema “Os Desafios

na saúde”, expusemos uma

diversidade de subtemas, desde os

distúrbios alimentares até ao comum

vírus da gripe, passando também pelos

vírus mais problemáticos como a SIDA

e o ébola, mostrando, assim aos

nossos visitantes uma diversidade de

problemas que afetam a nossa saúde.

Acho que conseguimos

demonstrar e passar a nossa

dedicação e gosto pelas ciências, por

quem tenha passado por nós.

Na minha opinião, a semana

cultural é uma atividade extremamente

interessante e que deve ser realizada

com a mesma dedicação todos os

anos, pois para além de promover a

interação entre alunos de vários anos e

do resto do agrupamento escolar,

também cativa os mais novos a

frequentarem a nossa escola e a

adquirirem gosto pelas ciências.

Elisa Oliveira – 12º 1

Page 58: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

58

Uma visita de estudo é um marco na nossa vida

No âmbito do plano curricular da disciplina de Ciências Naturais, nos passados dias 23 e 29 de abril, todas as turmas do 8º ano do AEMaximinos participaram numa visita de estudo a Vila Nova de Cerveira, nomeadamente ao Aquamuseu, ao Arquivo Municipal e à zona muralhada da vila. Esta atividade foi uma das catorze atividades comuns levadas a cabo durante este ano letivo pelas turmas do 8º ano, apesar de ter tido de se realizar em dois dias separados, por necessidades de logística de alguns dos espaços então visitados. Cumpre registar que as duas escolas que têm turmas de 8º ano, a Escola Secundária de Maximinos e a E.B. 2/3 Frei Caetano Brandão, desenvolvem atividades de forma comum e nos dois dias participaram turmas das duas escolas, simultaneamente.

Estivemos envolvidos cerca de cento e trinta alunos e doze professores, de áreas curriculares muito diversificadas, apesar de a iniciativa e a organização terem estado a cabo das docentes de Ciências Naturais.

Nesta atividade, todos tivemos oportunidade de conhecer a biodiversidade existente ao longo do Rio Minho; de aprofundar conhecimentos sobre a respetiva bacia hidrográfica; de efetuar um trabalho de campo orientado por um biólogo, no qual foram utilizados indicadores biológicos para avaliação da qualidade da água de um ribeiro; de observar in loco o trabalho de um arquivista, visitando o acervo do Arquivo Municipal e de tomar contacto com as marcas históricas do castelo e muralha circundante.

Alunos e professores aproveitaram para conviver e desfrutar do espaço verde da margem portuguesa do Rio Minho. “E nem o São Pedro se esqueceu de nós” foram algumas das palavras mais repetidas ao longo destes dois dias, pois as nuvens e os pingos de chuva pareciam

não querer largar a zona norte do país nos finais do mês de abril.

Nunca esqueceremos a simpatia de dois anfitriões, a Eureka e o Einstein, duas lontras que nos acolheram, de forma amistosa no seu habitat, até porque tivemos direito a um pequeno espetáculo que fizeram para nós. Pareceu-nos que até elas gostaram de nos ter lá.

É importante referir o quanto nos agradam estas visitas, até porque, para muitos de nós, elas são, muitas vezes, a única oportunidade que temos de sair de Braga. Conseguimos ver o que não existe no local onde moramos e convivemos com os colegas e com os professores num ambiente mais descontraído e informal do que aquele que temos de respeitar quando estamos na escola.

Para além disso, é uma forma agradável de darmos largas à nossa imaginação numa atividade que tanto nos agrada: tirar fotografias, como as que aqui vos deixamos e que ilustram as palavras que escrevemos.

Se tudo correr bem, no próximo ano há mais. Alunos do 8º ano do AEMaximinos

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Revista Andarilho Edição 38

59

O Espaço Vazio

O tempo passou

Dias, semanas, meses

Que pareceram anos.

Já não o vejo

Já não o ouço

Já não lhe toco

Já não o beijo

Já não o abraço...

Sinto-o,

No espaço

E em mim.

O espaço está vazio

Nada lá está

Nada marca presença

O espaço afinal está cheio

Apesar de nada lá estar presente

Aquilo que partilhei,

Aquilo que contei,

Aquilo que me fez rir,

Aquilo pelo que chorei,

Lá permanece...

No espaço algo se vê,

Algo se sente,

Algo se cheira,

Mas ele está vazio,

Só que não tão vazio assim.

Cheio está ele

Faz-me viver

Observar

Sentir

Sonhar

Profundamente

Tal como é o espaço

Vazio

Profundo...

Ângela Sousa, 10ºano

O mar e o rum

Velas brancas,

Bandeira preta,

Eles navegam destemidos

E não desistem frente à tormenta.

Os 7 mares conquistaram,

E o pânico espalharam.

São os piratas,

Nas suas fragatas.

Yo-ho! eles gritam!

Esfregam, lavam, içam,

E rum, muito rum,

Bebem como se fosse água

E caiem como autêntica tábua.

Mar e rum,

Ai! É a vida de pirata,

Vivem em autêntico jejum,

Mas continuam, na sua vida, na sua

fragata.

Vasco

Peixoto

– 10º1

Page 60: Revista Andarilho

Revista Andarilho Edição 38

60

Poema de Amor

A vida dá-nos sempre uma lição,

Hoje sorrimos, amanhã choramos,

Quando damos conta estamos

apaixonados,

E perdidos num mundo de ilusão.

Acreditamos que nunca estamos

sozinhos,

Vivemos num mundo de fantasia.

Onde o amor é meu feitiço,

E tu és o meu Paraíso.

Sonho acordada quando estou a teu

lado.

Vivo alucinada, enganada e apaixonada,

Por esse vicio: TU .

Célia Oliveira 9º6

Estou

Perdido na dissonância

Encosto-me às luzes e reluzes,

Sinto-a com tanta ânsia,

Suspeito-me em chamas de lumes.

Abismal é o caminho que percorro

Pelas névoas sem fim eu caminho

Limites, encontro-me sozinho,

Salvai-me dos ventos deste globo.

Sensações do meu ser,

não está, é

Vejo e revejo o meu ver

Sem a amplitude de o aquecer.

Oh, vontade!!! Deixaste-me ileso,

Sem sentido nem ritmo

Ao meu perdedor resta-lhe o peso.

Bem-vindo, e chama-me de “Ilícito”.

Dinis Braga, 9º8

Sincronizadas

Belas escuridões obscuras

Condenais pensamentos pela paz

Aos ouvidos de Zeus sussurrais:

“Revela-te por mim e faz”.

Falas com sabedoria e pensais

Com contrastes de renascença

Graves, amenos e Agudos falais,

Passa-me essa tua essência!

Observo-te, reparo-te e sinto-te

Passas-me aspirações regressadas

Nossas almas são aliadas,

Nossas Línguas faladas.

Dinis Braga, 9º8

A noite!

A noite desvendava a lua cheia,

Pousada sobre águas profundas e

cristalinas…

O rio, silencioso, passava…

As árvores abanadas pelas brisas finas.

O vento que soprava das montanhas,

Desvendava os caminhos para as

aldeias.

O seu doce assobio,

Era mais hipnótico que o canto das mais

belas sereias.

As estrelas brilhavam suspensas no céu,

Como anjos que sorriam gratos para o

mundo.

A noite é calma, serena e silenciosa,

Fantasiosa, idílica e maravilhosa.

É da mais profunda escuridão.

Ana Carolina Pereira, nº2, 9º8

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Revista Andarilho Edição 38

61

A 7ª

É numa grande tela branca,

Que ela é demonstrada.

É uma arte magnífica,

É uma arte extremamente valorizada.

Aventura, terror

Medo, esplendor,

Fantasia, Mistério

Livra-nos logo do tédio.

Pois é! A passadeira vermelha

Os paparazzi, a luz da ribalta

Hollywood e suas estrelas

São estas as vidas, que não brilham por

si só

Mas sim graças à luz das câmaras.

É esta a sétima,

A sua maneira de ser,

É uma fábrica de estrelas,

Brilha como um diamante

Mas suja é como a terra.

Vasco Peixoto – 10º1

San Valentín

En la semana de 9 a 14 de febrero celebramos una actividad de San Valentín con abanicos reciclados y "mensajes de teléfono móvil. " Los trabajos fueron expuestos en Frei Caetano Brandão y Escola Secundária de Maximinos. La actividad fue desarrollada por los estudiantes y profesores de Español.

(8º5)

En el día 15 de diciembre de 2014 hubo

una fiesta de navidad con la participación

de los alumnos de la Escola Secundária

de Maximinos, EB1 de Ferreiros y

Gondizalves, también participaron sus

padres que cantaron la música

Campanas de Belén. Esta actividad fue

desarrollada por las profesoras de

Español y el profesor de Religión.

Alumnos 8º 5

El amor doble

Como siempre te quedas en tu rincón,

Preguntándote, una y otra vez,

¿Qué es al final el amor?

Ya lo sabes,

El amor empieza com un doble

sentimiento egoísta:

La necesidad de tener a alguien solo

para ti;

La necesidad de alcanzar la plenitud.

La cuestión podría haber nacido sencilla

Pero ya lo sabes:

¡No puedes servir a dos amos!

António Campos Soares, 2014

(antigo estagiário do Mestrado do Ensino

de Espanhol)

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Revista Andarilho Edição 38

62

Associações de Pais

Associação de Pais Do Centro

Escolar de Maximinos

A nova Associação de Pais e

Encarregados de Educação do Centro

Escolar de Maximinos assumiu,

entusiasticamente, desde o início do

ano letivo, um papel preponderante nas

dinâmicas da escola, cooperando nas

atividades do PAA e promovendo outras

iniciativas que complementaram o

sucesso desta escola em particular.

Do vasto trabalho realizado com

muito empenho e carinho, destaca-se o

envolvimento no Magusto, na Festa de

Natal, no desfile de Carnaval, na

Semana Cultural, no Dia da Partilha, no

desfile da Braga Romana, na

comemoração do Dia Mundial da

Criança e na Visita de Estudo.

Das inúmeras reuniões que a

Associção de Pais realizou ao longo do

ano, resultaram algumas agradáveis

surpresas que deliciaram as crianças e

os pais, nomeadamente: concurso para

a criação do logótipo da Associação,

Feirinha da Primavera, Feira do Livro,

espetáculo com palhaço e ilusionista no

Dia da Criança.

É de realçar a incansável

dedicação que manifestaram na

preparação e concretização destes

eventos, mobilizando toda a comunidade

educativa, incluindo o pessoal docente e

não docente.

Sensibilizados para a leitura, por

iniciativa própria, ofereceram um elevado

número de livros à Biblioteca do Nosso

Centro Escolar, muitos dos quais

exigidos pelas novas metas curriculares

e que não existiam nas bibliotecas do

nosso Agrupamento.

Reforçando a segurança dos

alunos nas saídas e a identidade da

comunidade, ofereceram camisolas e

bonés a todos os elementos da escola.

O corpo docente, reconhecendo o

precioso trabalho desta Associação de

Pais e o extraordinário impacto que teve

na vida escolar dos alunos, agradece e

enaltece tudo quanto fizeram em prol

desta escola.

O Coordenador de Estabelecimento

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Revista Andarilho Edição 38

63

Associação de Pais de Gondizalves

A educação das nossas crianças deve

ser um processo contínuo, abrangente

e que não termina dentro das paredes

da Escola. Para além do dever que

cada pai ou encarregado de educação

tem de transmitir os conceitos gerais

de responsabilidade, cidadania e

respeito pelos outros, aos seus filhos,

todas as pessoas que lidam

diariamente com as nossas crianças

acabam por influenciar a sua formação

pessoal e escolar. No Centro Escolar

de Gondizalves, existe uma equipa de

profissionais dedicadas, que merecem

um louvor da Associação de Pais pelo

empenho e dedicação com que

diariamente nos ajudam a valorizar o

tempo que os nossos filhos passam na

Escola.

Com o ritmo acelerado em que todos

vivemos hoje, nem sempre

conseguimos dedicar a atenção devida

aos nossos filhos e muitas vezes não

lhes oferecemos o tempo que

precisam para ser crianças. Nesse

sentido, um dos objetivos da

Associação de Pais e Encarregados

de Educação de Gondizalves (APEG)

é o de proporcionar atividades lúdicas

aos alunos deste centro escolar nas

interrupções letivas. Para isso, a

APEG promove e participa num

conjunto de iniciativas que permite

angariar os fundos necessários para

suportar as despesas com as variadas

atividades que promove. A título de

exemplo, salienta-se a seguir algumas

das referidas atividades:

Visita ao Museu Ferroviário, Lousado

Visita ao Mosteiro de Tibães

Ida ao Cinema com almoço no

McDonald`s

Ida ao Sabichão Saltitão

Atividade no Indoor (futebol em

campo de relva sintética), Nogueira

Ida ao Kartódromo para os alunos

finalistas (4º ano)

Atividades do Dia da Criança

Ida à piscina/praia fluvial no verão

Ida à praia (incluindo almoço na

Colónia de férias João Paulo II)

Demonstração de danças

contemporâneas

Ida à G. N. R.

Participação na Festa de Natal e

Festa de final de Ano

Com a dedicação dos membros da

APEG, em coordenação com as

Professoras e as Auxiliares

Educativas, e com a ajuda de todos os

pais tem sido possível tornar a vida

dos nossos filhos mais alegre e

divertida durante o tempo

extracurricular que passam na escola.

Desta forma, ficamos com a sensação

de dever cumprido e é com muita

satisfação que vemos os sorrisos na

cara dos nossos filhos, sempre que

participam nas atividades por nós

promovidas.

Associações de Pais do 1º Ciclo

Relativamente ao trabalho

desenvolvido pelas associações de

pais do 1º ciclo deste agrupamento, é

digno de registo o esforço que estas

fazem para ajudar a dinamizar as

atividades promovidas em prol dos

alunos. O seu papel é muito mais do

que engenharia financeira. Elas são

também o reflexo da dinâmica da

escola.

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Revista Andarilho Edição 38

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É importante que elas existam e

recomendam-se. São elas que estarão

na linha da frente para reivindicar e

defender os interesses dos alunos e

da escola.

Como exemplo, tivemos este ano o

caso concreto da escola EB1 da

Gandra. Era a única escola do 1º ciclo

do parque escolar do Agrupamento de

Escolas de Maximinos que ainda não

tinha sofrido qualquer tipo de

intervenção de restauros e

conservação. Apesar da intervenção

não ter sido a desejada, a operação

de restauro teve como prioridade a

substituição do telhado, janelas e

instalação do aquecimento. Este

processo foi desencadeado pela

Associação de Pais, em estreita

colaboração com a Direção do

Agrupamento, que, em conjunto,

encetaram todos os esforços para que

as obras fossem realizadas.

Hoje em dia as escolas são

bombardeadas com propostas de

atividades de diversa ordem. É

importante que as escolas saibam

selecionar aquilo que melhor serve os

interesses dos alunos, da escola e do

Agrupamento. Para isso, a planificação

anual das atividades deve ser

articulada verticalmente com todo o

Agrupamento e, sempre que possível,

em sinergia com as associações de

pais para uma melhor eficiência dos

recursos humanos e financeiros.

Este ano, pela primeira vez, reuniram-

se todas as Associações de Pais do 1º

Ciclo com o objetivo de iniciarmos uma

construção de identidade de 1º Ciclo

do AEmaximinos. Neste encontro,

procuramos perceber as realidades de

cada escola e de partilhar ideias e

boas práticas. Como ano zero, todas

as associações reiteraram a

necessidade de se criar um projeto

comum a todas as escolas,

promovendo um intercâmbio de

vivências entre alunos. Este caminho

já vem sido desbravado pouco a

pouco. Como bom exemplo disso, este

ano, na atividade dos jogos

tradicionais do 1º ciclo, participaram 33

equipas de todas as escolas. Outra

atividade de forte participação foi os

dois desfiles da Braga Romana.

Este ano foi analisada a possibilidade

de se realizar uma viagem de finalistas

para todos os alunos do 4º ano. Não

nos foi possível por sobreposição de

atividades de final de ano nas

diferentes escolas.

Todas as associações acreditam que

uma atividade desse género poderia

funcionar como uma imagem de marca

das escolas do 1º ciclo do

AEmaximinos, para além disso, seria

um momento oportuno de criar laços

para no ano seguinte, no 2° ciclo,

haver já familiaridade e, até, amizades.

Ficou a ideia, esperemos que no

próximo ano se venha a concretizar.

Com isto, apelamos a uma

participação mais ativa dos

Encarregados de Educação, na vida

dos seus educandos, de modo a que

todas as turmas tenham o seu

representante nas associações de

pais, pois só assim todos terão uma

palavra a dizer. Façam-se sócios e

sejam ativos.

Filipe Marques

Representante dos Encarregados de

Educação do 1º Ciclo no Conselho

Geral do AEmaximinos

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Revista Andarilho Edição 38

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Desafio ao Pessoal Não

Docente

Canção de Natal 2014 – AEMaximinos

É a canção de Natal!!! HO!HO!HO! (Toda a gente) HO!HO!HO! (Vamos lá) HO!HO!HO! (Todos juntos) HO!HO!HO! Nossas Escolas são Do tipo familiar No AEmaximinos É fixe laborar Só queremos( OHOHOH) Educar (OHOHOH) Funcionários e professores Estamos com os alunos Que merecem tudo São boa companhia E dizem “Nunca Mudo” Fizemos esta canção HO!HO!HO! Foi feita à pressão! HO!HO!HO! E queremos que tenham um Bom Nataaaaal!!! Sempre alerta

Os funcionários P’ra nada falhar Somos solidários O dedo vamos meter Quatro vezes ao dia Há sempre o que fazer! Trabalhar dá energia!!! Sei que tu és Um bom estudante Vais-te aplicar P’ra ires adiante Tens de ir às j’aulas Não podes faltar Se te portas mal Ossas vais levar!!! Na nossa escola Preparas o futuro Trazes na sacola Sonhos que valem tudo (forte) Tu podes aber Com os profs aprender E boas notas ter… (Rap) Ao diretor que é astuto Com a sua filosofia Junta-se o professor Beleza Com a sua Psicologia

A Criatividade das AO

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A professora Teresa Paula E o seu estilo extravagante Com a professora Maria João Levam a coisa avante!!! O Stor Ferros E a ginástica laboral Compõem o presépio E já temos Natal Esta é a mensagem de Natal Que vos queremos dar E há uns Ferrinhos Que estão a desafinar!!! Bora lá!!! Vamos ao shopping As prendas comprar És porreiro comigo vais partilhar!!! Posso contar contigo No ano inteiro Sempre estás comigo És um “migo” verdadeiro Traz o Bolo-rei Aletria e Mexidos Pão-de-ló e rabanadas Sabes que somos amigos!!! Venha de lá uma pinga Não nos vai fazer mal Toda a gente brinda A um feliz Natal Gala do Desporto Escolar Nossa Escola tem desporto escolar E bons alunos para o praticar Nossa escola tem desporto escolar E bons alunos para o praticar Os professores com dedicação Fazem do aluno um campeão E os funcionários a acompanhar Estão sempre cá para os ajudar Refrão É Voleibol, é Andebol, Orientação

O que mais será, eu sei lá, eu sei lá É Golbol, é Boccia, é Natação O que mais será, eu sei lá, eu sei lá Com muito treino e dedicação Mesmo que às vezes haja uma lesão Com muito treino e dedicação Mesmo que às vezes haja uma lesão Rumo à vitória Bora lá ganhar E uma taça conquistar Rumo à vitória Bora lá ganhar Mais uma taça conquistar Refrão É Voleibol, é Andebol, Orientação O que mais será, eu sei lá, eu sei lá É Golbol, é Boccia, é Natação O que mais será, eu sei lá, eu sei lá Pr’a estar em forma os funcionários Também se esforçam, o que é normal Pr’a estar em forma os funcionários Também se esforçam, o que é normal E pr’a deixar tudo limpinho Fazem ginástica laboral E pr’a deixar tudo limpinho Fazem ginástica laboral

Refrão É Voleibol, é Andebol, Orientação O que mais será, eu sei lá, eu sei lá É Golbol, é Boccia, é Natação O que mais será, eu sei lá, eu sei lá Grupo CANTA AGORA e as CALATEJÁ

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Revista Andarilho Edição 38

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O Professor do

século XXI: desafios…

O maior desafio dos professores,

atualmente, dizia há uns meses António

Sampaio da Nóvoa numa intervenção

pública (no âmbito das comemorações

dos cinquenta anos da

EscolaSecundária D. Maria II), é ensinar

os alunos que não querem aprender…

Se a esta variável contextual, que

caracteriza frequentemente as nossas

salas de aula, acrescentarmos a

quantidade e a diversidade de papéis

que hoje são desempenhados pelos

professores, facilmente concluímos que

as funções têm vindo a alterar-se

profundamente na profissão docente.

Este tópico dacomplexificação

das funções dos professores, bem como

o da problematização da natureza desta

profissão , tem sido objeto de

variadíssimos estudos e reflexões, no

sentido de se analisar e contribuir para

uma maior clarificação e definição

daquilo que carateriza e distingue hoje

estes profissionais de outros,

igualmente bem qualificados, do ponto

de vista académico.

As diferenças colocam-se ao

nível da especificidade da sua atividade,

no que se refere a um saber e agir

distintivos (Roldão, 2010), que pode ser

definido como um conhecimento

profissional (docente) constituído por um

conjunto de saberes teóricos (científicos,

científico-didáticos e pedagógicos) e

práticos que, de forma integrada, não só

fundamentam o agir sobre e na prática,

como também legitimam o saber-fazer (o

como e o porquê) em contextos

concretos.

Ora, estes sofreram profundas

alterações nos últimos anos, quer em

relação à população escolar com quem

se trabalha, quer em relação ao tipo de

tarefas que hoje o professor tem que

fazer, para além daquela que é por

excelência (ou deveria ser) a de ensinar.

Por outro lado, à escola do século

XXI são também colocados desafios que

decorrem das transformações da

sociedade que se refletem na(s) forma(s)

como se acede à informação e ao

conhecimento e, logicamente, nos

modos como se aprende e como se

comunica. Dito de outro modo, a

revolução tecnológica e digital a que se

tem assistido nos últimos anos reflete-se

na escola à qual se exige o

desenvolvimento nos alunos de um

conjunto de literacias essenciais à

aprendizagem e ao sucesso educativo e

que devem incluir, segundo orientações

oficiais (Aprender com a biblioteca

escolar; RBE, 2012), não só as

competências básicas de leitura,

matemática ou ciências, como outras, de

que são exemplo as competências da

informação, digitais e dos media, cujo

impacto nas aprendizagens vai para

além dos muros da escola…

Neste sentido, todas as

mudanças que vão ocorrendo e que se

vão perspetivando no futuro colocam

novos desafios aos professores e, para

serem levadas a cabo, é necessária

(in)formação para que se possam ser

perspetivadas novas formas de exercer a

profissão, novas formas de construir uma

“profissionalidade docente”, nas palavras

de Nóvoa ….

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Revista Andarilho Edição 38

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Por conseguinte, um dos grandes

desafios que hoje se coloca aos

professores é o seu desenvolvimento

profissional, no sentido de que, sendo

profissionais altamente qualificados,

sejam reconhecidos académica,

profissional e socialmente, porque um

professor “competente” é, segundo uma

especialista na área (Roldão, 2007), nos

dias de hoje, aquele que é capaz de

pensar/refletir criticamente sobre o

trabalho realizado e/ou a realizar, isto é,

é aquele que é capaz de explicar as

escolhas que faz, de fundamentar e de

explicitar científica, didática e

pedagogicamente o seu trabalho,

analisando e avaliando as suas ações,

no sentido de as reorientar.

Ora, este perfil de professor

pressupõe não só um olhar (auto)crítico

sobre as práticas profissionais, como

também implica uma predisposição

para a adesão a formas alternativas de

trabalho, menos individualizado e mais

colaborativo e reflexivo, onde a

aprendizagem pode ser recíproca e,

nesta perspetiva, será que esta partilha

não poderá constituir-se como uma

modalidade de formação e um dos

caminhos para a melhoria da qualidade

dos professores?

E se estas práticas de

formação/supervisão (interpares) forem

profícuas poderão certamente ser uma

mais-valia para a formação contínua de

professores, as quais, por sua vez,

poderão também constituir-se como

práticas de referência para as novas

gerações de professores, no que se

refere à aprendizagem e à partilha em

que também os mais novos poderão ter

uma palavra a dizer…

Em jeito de conclusão, e a avaliar

pelas alterações sociais e tecnológicas

mais recentes, muitas e diversificadas

mudanças surgirão na escola do século

XXI e muitos outros desafios serão

colocados aos professores, como, por

exemplo, a alteração do espaço sala de

aula que, entretanto, já mereceu a

atenção da Finlândia onde “a 'velha sala

de aula' tem os dias contados (In

Expresso, 29 de maio de 2015). Aquele

que tem sido o espaço e o tempo, por

excelência, das práticas de ensino e de

aprendizagem (e cuja configuração se

tem mantido igual ao longo de décadas)

surge agora também como objeto de

atenção das reformas na educação e

mais um desafio para os professores…

Mas não serão estas e outras

questões que todos os dias desafiam os

professores a encontrarem soluções? O

que é necessário para que, nos dias que

correm, lhes seja devolvida a dignidade

e conferida a autoridade de que tanto

precisam (e merecem)?

Professora Angelina Rodrigues

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Desafio(s) para o Mérito

Sabe-se que o que nos move são os sonhos e, desde cedo, precisamos de encontrar

incentivos que, de algum modo, nos ajudem a estabelecer metas para os atingirmos.

Por isso, o AEmaximinos desafia os seus alunos a integrar, nas suas metas, os Prémios de

Mérito, de Excelência, de Melhoria Significativa e de Valor, tendo em conta critérios pré-definidos e

divulgados a toda a comunidade escolar, logo no início do ano letivo. Deste modo, as crianças e

jovens sabem que, se o seu desempenho estiver dentro dos parâmetros estabelecidos, podem ver o

seu trabalho ser reconhecido publicamente, numa Cerimónia aberta à comunidade.

Estes prémios têm ajudado a incentivar o gosto pela aprendizagem e têm contribuído para a

aquisição de valores de civilidade, que passam pelo espírito altruísta e pela participação na

construção de uma escola eficiente e eficaz. No presente ano letivo, cerca de duzentos e trinta

alunos irão ser premiados pelo seu esforço, pelo seu trabalho e pelo gosto que demonstraram em

aprender.

O nosso propósito é dar a todos a possibilidade de figurar no quadro de honra. Nem todos

conseguem, mas muitos chegam lá e, vendo o seu trabalho reconhecido, aprendem a valorizar o

esforço e a constatar que “tudo vale a pena / Se a alma não é pequena” (Fernando Pessoa).

“De nenhum fruto queiras só metade”, diria Miguel Torga. É esse o grande objetivo da

confirmação pública do desempenho dos alunos: que as nossas crianças e jovens aspirem a ser

cada vez melhores, quer no que diz respeito aos resultados académicos, quer no que diz respeito

aos desafios da sua vida pessoal e social.

A Direção

Nenhuma mente que se abre para uma nova ideia

voltará a ter o tamanho original.

Albert Einstein

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70

Humor em Desafio

ANEDOTAS:

Um aluno que não tinha feito os trabalhos de

casa tentou impressionar o professor.

Explicou que, na noite anterior, havia caído

sobre a sua terra uma tempestade tão grande

que em vez de raios... viam-se diâmetros.

O professor:

- Os exercícios do teste serão parecidos com

os das aulas. Apenas os números serão

diferentes, não todos... por exemplo, o pi

continuará a ser 3,141592...

O Manelinho está muito mal na Matemática.

Os pais já tentaram tudo: explicações,

brinquedos educativos, centros

especializados, terapia, nada adiantou. Então,

ouvem dizer que há uma escola de freiras no

bairro que é muito boa, e resolvem fazer mais

uma tentativa.

No primeiro dia, o Manelinho volta para casa

com a cara séria e vai direito para o quarto,

sem sequer cumprimentar a mãe. Senta-se na

escrivaninha e estuda. Estuda sem parar. A

mãe chama-o para jantar. Ele janta muito

depressa e volta imediatamente aos estudos.

A mãe nem acredita. Isto passa-se durante

algumas semanas. Um dia, o Manelinho volta

para casa com a caderneta, que entrega à

mãe. Nota 5 a Matemática! A mãe não se

contém e pergunta:

- Filho, diz lá o que te fez mudar assim? Foram

as freiras?

O Manelinho balança a cabeça negativamente.

- O que foi, então? - insiste a mãe - Foram os

livros, a disciplina, a estrutura de ensino, o

uniforme, os colegas, O QUE FOI?

O Manelinho olha para a mãe e diz:

- No primeiro dia, quando eu

vi aquele senhor pregado no

sinal de mais, percebi logo

que elas não estavam a

brincar...

CARTOON:

É estranho, disseram-me

que tinhas morrido!

Olha, como vês estou

vivo e bem vivo…

Desculpa lá, mas a

pessoa que me contou

que estavas morto é de

muito mais confiança

que tu!

Mo

nta

nh

as

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Revista Andarilho Edição 38

72

REGIME ARTICULADO

ENSINO ESPECIALIZADO

MÚSICA

PROTOCOLO

REGIME ARTICULADO

ENSINO ESPECIALIZADO

DANÇA

PROTOCOLO

AGRUPAMENTO DE REFERÊNCIA

EDUCAÇÃO DE ALUNOS

CEGOS e

BAIXA VISÃO