CAPA
Índice
E MAXIMINOS
ndarilho
EDIÇÃO N.º 38 - 2014 / 2015
ndarilho
E MAXIMINOS
EQUIPA
Margarida Vilaça
Conceição Veiga
Pedro Mendes
Rui Serras
IMPRESSÃO GRÁFICA
CONTACTOS
Agrupamento de Escolas de Maximinos
Código: 150721
Morada: Avenida Colégio Órfãos S. Caetano -
Maximinos. 4700-235 BRAGA
Telefone: 253606540/5
Fax: 253606546 (Direcção)
Tlm: 962185998
Fax: 253691064 (Secretaria)
e-Mail:
Revista Andarilho Edição 38
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Editorial ................................................................................... 4
Direção................................................................................... 5
Projeto FREI ......................................................................... 9
Ensino Profissional ......................................................... 13
Educação Especial ....................................................... 15
PES/PRESSE .................................................................... 17
Eco-Escola ........................................................................ 19
Desporto Escolar ............................................................ 22
Biblioteca ............................................................................ 25
Escolha desafiante… ................................................... 26
Atividades em Desafio ................................................ 28
As escolas em Desafio ................................................ 36
Associações de Pais ................................................... 62
Desafio ao Pessoal Não Docente ......................... 65
O Professor do século XXI .......................................... 67
Desafio(s) para o Mérito .............................................. 69
Revista Andarilho Edição 38
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Editorial
“Desafios do século XXI” foi o tema escolhido para o presente ano letivo.
De facto, “mudam-se os tempos, mudam-se as
vontades”. Os tempos mudaram, e muito, as vontades,
essas… vão-se ajustando à mudança, à procura de um
caminho onde caibam todos os sonhos.
É uma pequena parte. Muito mais se
fez, e, sobretudo, não se consegue deixar aqui
o esforço diário de todos os profissionais, que
ultrapassam todas as barreiras para
corresponder aos desafios que lhes são
colocados.
“Instruir é construir”, diria Padre António
Vieira, e, em conjunto, as diferentes escolas
que constituem o Agrupamento de Maximinos
têm vindo a construir uma escola solidária,
equitativa, onde o empreendedorismo e a
qualidade estão sempre presentes.
“Desafio” é, de acordo com o Grande Dicionário da
Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, o “ato ou
efeito de desafiar, repto; provocação”. Neste contexto, o de
organizar uma revista que espelhe “os desafios” vividos
pela comunidade escolar, optamos por “repto”, já que nos
foi proposto que, numa só revista, divulgássemos à
comunidade o que o Agrupamento de Escolas de
Maximinos é capaz.
Dinis Noversa 5º 6
Revista Andarilho Edição 38
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Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova
luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens.
Fernando Pessoa
Direção
No ano letivo que agora termina,
adotamos “os desafios do século XXI” como
orientadores das nossas práticas, daí que,
no presente número da revista Andarilho,
se pretenda relevar algumas das atividades
e /ou projetos que “desafiaram” a
comunidade, ou resultaram dos desafios
diários das nossas escolas.
Destaco, em primeiro lugar, o facto
de ter sido possível elaborar um Plano
Plurianual de Melhoria 2015-2018 com a
participação de toda a comunidade
educativa (professores, pais e
encarregados de educação, alunos e
pessoal não docente). Deste modo,
estabeleceu-se um compromisso assumido
por todos, o que permitirá maior
estabilidade nas estratégias educativas e
uma aposta mais sustentada na melhoria
dos resultados e de todos os outros
indicadores de sucesso. É este, no meu
ponto de vista, o grande desafio que nos é
colocado: sermos capazes de construir uma
ideia partilhada de “escola”, onde todos se
revejam e com a qual todos se identifiquem.
É a procura desta identidade que
desencadeará, nas nossas crianças e
jovens, o sentido de pertença, para que,
mesmo estando em espaços físicos
diferentes, se sintam “em casa” em
qualquer escola, revendo-se na imagem
que construíram de agrupamento. Se isto
acontecer, será possível fidelizar os alunos
às escolas do Agrupamento. Do mesmo
modo, os pais e encarregados de
educação, conhecedores das estratégias
educativas, confiarão na formação que os
seus educandos estão a receber.
Quero, em seguida, referir que as
atividades e projetos, destacados nesta
revista, pautaram-se por um princípio que
considero fundamental: o sucesso
educativo, visível na melhoria dos
resultados dos alunos,
tanto na avaliação
interna como na
avaliação externa. Esta
é a nossa preocupação
fundamental: propiciar
às crianças e jovens as
condições necessárias
ao desenvolvimento de aprendizagens
sólidas, garantia de sucesso. Os textos,
trabalhos, relatos e opiniões que fazem
parte do alinhamento deste número são
uma pequena parte, a face que aqui se
torna visível, da qualidade do trabalho
desenvolvido nas escolas do agrupamento,
um trabalho de todos, que tem permitido
encontrar respostas educativas adequadas
às necessidades da comunidade.
Todavia, o agir para construir não se
limita a uma intervenção ao nível dos
resultados académicos, pois procuramos
olhar o aluno como um todo e tentamos que
a nossa ação contribua para a sua
formação integral. Por isso, o Desporto
Escolar, bem enraizado nas nossas
práticas, é visto no agrupamento como o
contexto a partir do qual se deve trabalhar a
transversalidade dos hábitos que
contribuem para o bom desempenho
desportivo. Assim, adotam-se, como
modelos a seguir na sala de aula, as
regras da cooperação solidária e da
competição saudável, do respeito pelo
outro, dos valores da responsabilidade, da
disciplina, do espírito de equipa, do esforço
para atingir metas desejadas, da conquista
da autonomia, ou da importância de
cumprimento de objetivos individuais e
coletivos. Com o exemplo do desporto,
elevamos a qualidade do ensino e da
aprendizagem e, consequentemente, os
resultados escolares dos alunos. Além
disso, o desporto poderá constituir-se como
Revista Andarilho Edição 38
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instrumento de relevo e utilidade no
combate ao insucesso escolar.
Porque todos os jovens e crianças,
sem exceção, encontram, no Agrupamento
de Escolas de Maximinos, uma porta aberta
para os receber, ajustando-se às
necessidades de cada um, sublinho o facto
de sermos um agrupamento de referência
para a educação de alunos cegos e com
baixa visão. Temos procurado encontrar as
respostas adequadas para estes alunos, de
modo a que quer eles quer os pais possam
sentir que o sistema responde às suas
necessidades e que a escola cumpre a sua
missão. Mas vamos mais além e temos, na
nossa comunidade, alunos com
outras deficiências e para todos temos
procurado encontrar as respostas mais
adequadas. Por isso, o Agrupamento
candidatou-se, e viu aprovado em sede de
Orçamento Participativo, ao projeto
'Atividades de Vida Diária: desafios para a
autonomia'. Pretende-se criar um espaço,
onde seja possível executar/simular as
tarefas do dia a dia, uma ‘Área Casa’, com
o objetivo de aí implementar as Atividades
de Vida Diária (AVD) e promover a
autonomia destes alunos. Ao proporcionar
ao aluno com limitações significativas ao
nível da atividade e participação,
decorrentes de alterações funcionais e
estruturais de caráter permanente, a
oportunidade de conquistar o espaço que
lhe é de direito como cidadão, o AE
Maximinos, com a colaboração da
autarquia, alcança mais uma meta no
desenvolvimento da autonomia e
independência para a real inclusão.
“Ser plural como o universo” é a
aspiração deste Agrupamento, alargando
as áreas da sua intervenção, ao incluir o
ensino artístico na sua oferta formativa.
Porque a finalidade da arte é desenvolver o
espírito e elevar o ser humano ao seu
estado mais perfeito, considero que as
crianças e jovens devem ter ao seu dispor
um ensino vocacionado para o
desenvolvimento da vertente artística,
muitas vezes relevada para segundo plano.
Para além do ensino articulado da dança, e
correspondendo à enorme procura, por
parte de alunos e famílias, do ensino
articulado da música, o Agrupamento de
Escolas de Maximinos e o Conservatório de
Música Calouste Gulbenkian de Braga
celebraram um protocolo que permitirá, em
regime articulado, aumentar a oferta do
ensino especializado da música numa
turma por ano de escolaridade, do 5º ao 9º
ano, contribuindo, embora modestamente,
para a democratização no acesso a esta
forma de expressão artística.
A requalificação dos espaços físicos
das escolas do Agrupamento é, também,
uma prioridade, já que considero
fundamental a criação de espaços atrativos
e com qualidade, de modo a que os alunos
se sintam confortáveis e desenvolvam o
gosto pela aprendizagem.
Muito havia, ainda, para dizer, mas,
tal como não foi possível colocar nesta
revista as muitas atividades realizadas
pelos profissionais do agrupamento, com
empenho, dedicação e esforço, também
não me é possível deixar aqui tudo o que
merecia ser salientado. Fiz escolhas e,
como tudo na vida, há momentos em que
as temos mesmo de fazer. Quero agradecer
a todos os que tornaram possível este
número da revista Andarilho, contribuindo
com os seus testemunhos, de modo a que
o AEmaximinos se dê a conhecer à
comunidade.
“Pelo sonho é que vamos”
(Sebastião da Gama) e eu quero continuar
a sonhar com uma “escola ideal”. É este o
meu desafio: acreditar que é possível criar
um Agrupamento coeso, sólido, centrado na
realização dos sonhos das nossas crianças
e jovens.
António Pereira
Diretor do Agrupamento de Escolas de
Maximinos
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Entrevista ao Presidente do Conselho Geral
Professor Carlos Gonçalves, atualmente a lecionar na Escola Secundária. A sua formação é
na área da Informática – Licenciatura em Informática de Gestão.
Revista Andarilho – Na sua opinião, a
constituição do Conselho Geral enriquece
este órgão?
Carlos Gonçalves - Na minha opinião, a
representatividade dos diferentes grupos que o
constituem está desequilibrada. Os docentes
deveriam estar mais representados. Mas o
facto de toda a comunidade educativa estar
representada é uma mais-valia, pois permite
uma profícua troca de saberes, experiências e
pontos de vista de lados distintos.
RA – Qual, na sua opinião, foi o maior
desafio que se colocou ao Agrupamento?
CG - O maior desafio tem sido a criação de
uma identidade de agrupamento, devido às
dinâmicas das escolas que o constituem, que,
como é natural, demoram o seu tempo a fazer
reajustamentos. Estamos, no entanto, a seguir
o caminho certo, tendo em conta os
profissionais que somos, com qualidades e
defeitos.
RA – Debate-se, hoje, o papel das escolas
numa sociedade cada vez mais dominada
pelas tecnologias. Considera que o
Agrupamento tem sido capaz de
acompanhar as mudanças sociais?
CG - Considero que estamos a acompanhar
as mudanças. Em termos tecnológicos
estamos muito bem equipados, do melhor que
pode existir no país a nível do ensino público.
Os docentes, alunos e pais não se podem
queixar de infoexclusão. Na questão social,
somos um agrupamento inclusivo, que aceita a
diferença e heterogeneidade dos alunos, não é
redutor nem sectarista, não rejeita alunos. Isso
traz alguns custos em termos de resultados,
mas os ganhos sociais e humanos superam
em larga medida esses custos.
RA – Perspetivar o futuro do Agrupamento
é, também, uma tarefa do Conselho Geral?
CG - Sim, o Conselho Geral é o órgão de
direção estratégica responsável pela definição
das linhas orientadoras da atividade da escola,
O verdadeiro homem mede a sua força, quando se defronta com o obstáculo!”
Antoine de Saint-Exupéry
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assegurando a participação e representação
da comunidade educativa, logo tem implícita
também a tarefa de perspetivar o futuro,
devendo ser proativo e capaz de estar à frente
na definição das estratégias que melhor se
adaptem ao futuro do Agrupamento.
RA - Como idealiza o papel do Conselho
Geral na construção de uma escola
empreendedora, igualitária e de qualidade?
CG - A escola deve estar preparada para
proporcionar um ensino de qualidade,
respeitando a heterogeneidade e a
individualidade da comunidade escolar. Uma
escola deve proporcionar educação para
todos, de qualidade, visto que todo o ser
humano tem a capacidade de aprender de
acordo com as suas conveniências e o seu
ritmo. O Conselho Geral tem a obrigação de
definir as melhores estratégias para que a
escola ideal seja concretizada. A execução
das estratégias deve ser a todo o tempo
monitorizada e avaliada a jusante, pelo
Conselho Geral, para aferir do seu sucesso.
RA – Gostaríamos que referisse as medidas
que, na sua opinião, poderiam melhorar a
vida nas escolas.
CG - As medidas que eu gostaria de ver
implementadas seriam: a diminuição do
número de alunos por turma, a diminuição da
carga horária docente, nomeadamente a
letiva, a valorização da autoridade e respeito
pelo professor e um envolvimento responsável
e cooperante dos pais/encarregados de
educação na educação dos seus educandos.
Estas medidas conjugadas iriam proporcionar
uma melhor vida nas escolas, com enormes
vantagens, principalmente para os alunos, na
melhoria dos seus resultados e aprendizagens
e uma garantida diminuição da indisciplina.
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Projeto FREI e desenvolvimento organizacional
Decorrido mais um ano letivo de
implementação do Projeto FREI, Fidelizar
Recursos para Esbater o Insucesso, e do
respetivo Plano de Melhoria, ainda que nesta
fase não se conheçam com rigor os resultados
alcançados, será útil proceder a uma análise
sumária do trabalho desenvolvido, bem como
das expectativas sobre o desenvolvimento
organizacional a curto e médio prazo.
Assim, podemos sinalizar a construção
de forma muito participada, no presente ano
letivo, do Plano Plurianual de Melhoria,
documento estratégico que vai pautar a nossa
ação nos próximos anos letivos (2014/18).
Consolidamos a criação, no âmbito das
escolas prioritárias, da Microrrede de Escolas
Galécia, constituída pelos Agrupamentos de
Escolas de Maximinos, Fernando Távora
(Fermentões), Francisco Sanches, S. Torcato,
Prado e Fânzeres (Gondomar), tendo
realizado na EB 2/3 Frei Caetano Brandão o 1º
Encontro da microrrede intitulado “Refletir,
Intervir e Partilhar”, com uma participação
interessante de docentes e técnicos das seis
unidades orgânicas.
Em parceria com a Universidade
Católica e com o AE de Prado, iniciamos um
processo estruturado de supervisão
pedagógica com a realização da oficina de
formação, “Desenvolvimento profissional e
organizacional: dinâmicas de implicação,
conhecimento e melhoria”, na expectativa que
os modelos concebidos de observação
interpares, assentes no pressuposto da
adesão voluntária dos participantes, possam
contribuir, a partir do próximo ano letivo, para
uma melhoria da prática letiva.
Passando a análise para o
desenvolvimento organizacional do AE
Maximinos nos próximos tempos, podem
registar-se oportunidades e ameaças com
influência na questão central da captação e
fidelização de alunos.
Se, por um lado, a oferta de ensino
articulado da música e da dança se constitui
como um forte fator de atratividade, por outro
lado, a retenção continuada e/ou a interrupção
precoce do percurso escolar de certos grupos
de alunos, com um acréscimo acentuado da
idade média das turmas, redunda numa
imagem negativa junto da comunidade e,
consequentemente, conduz à fuga dos
denominados “clientes ideais”.
Revista Andarilho Edição 38
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Outra dimensão importante para um
desenvolvimento organizacional no sentido da
melhoria contínua prende-se com a qualidade
e fidelização dos próprios recursos humanos,
cuja preocupação está bem patente no lema
do Projeto FREI. Com efeito, uma unidade
orgânica periférica como é a nossa necessita
de fazer mais e melhor que as escolas da
vizinhança para poder sobreviver. E para tal a
qualidade e voluntarismo dos recursos
humanos é crucial.
E é aqui que perspetivamos uma nova
ameaça decorrente da fuga, através de
concurso, para as escolas do centro de um
conjunto relevante de docentes.
Compreendemos a razão dessa saída. Como
já teorizou Maslow na sua pirâmide de
necessidades, antes da necessidade de
autoestima e de autorrealização, está a
necessidade de segurança. E nos dias de hoje
a segurança no emprego adquire uma especial
acuidade.
De modo a contornar estas ameaças,
precisamos de elevar as nossas expectativas
relativamente à capacidade de captação e
fidelização de alunos e tomar medidas
concretas nessa direção. Temos de interiorizar
que o nosso público é fortemente
heterogéneo. A solução não passa certamente
pela aprovação tácita ou administrativa,
desconectada de uma natural e necessária
aquisição de competências essenciais.
De facto, ganha relevância a adoção de
modelos alternativos ao nível da oferta
educativa e formativa. Tomemos consciência
de que não se pode abdicar da coexistência
de oferta mais ou menos elitista com
esquemas menos escolarizados e mais
flexíveis na organização escolar.
Nesta perspetiva, será possível reduzir
de forma significativa a retenção repetida e o
abandono/absentismo de alguns públicos e,
por outro lado, estancar a saída de alunos
descontentes com a integração em turmas
constituídas por uma percentagem elevada de
alunos desmobilizados para a aprendizagem.
Sem a tomada destas opções de
política educativa interna não há Plano de
Melhoria que surta o efeito desejado, por muito
valiosos que sejam os recursos acrescidos
atribuídos em cada ano.
E há que acreditar na sobrevivência!
Há ações e medidas no terreno que
provam que é possível inverter uma tendência
de declínio. Implementemos pois mecanismos
mais generalizados no sentido da recuperação
organizacional!
Virgílio Rego da Silva Coordenador do Projeto Frei
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“Tenho em mim todos os sonhos do Mundo”
Fernando Pessoa
Ensino Articulado
O sonho move-nos a todos.
Na procura constante da felicidade,
do bem-estar, do conhecimento, da
liberdade. E esta procura consubstancia-
se, por vezes, em pequenos ou grandes
passos que vamos dando, a nível pessoal,
profissional ou institucional.
Esquecendo um pouco a dimensão
pessoal, mencionarei apenas a do
Agrupamento de Maximinos que serve
todos os que se preocupam com o
desenvolvimento dos nossos alunos e
jovens.
Durante algum tempo, perseguimos
o sonho de tornar realidade o ensino da
Arte nas nossas escolas, já que tem sido
tão maltratada em tempos de crise
económica, para não falar de
mentalidades. Mas, lentamente, fomos
avançando em direção a uma quase utopia
de implementar, no Agrupamento, a arte
da Dança e da Música, em regime
articulado, de uma forma séria e rigorosa.
Um caminho sinuoso que os parceiros que
escolhemos foram suavizando.
Encontramos o Ginasiano, Escola de
Dança, com professores competentes e
disponíveis que criaram uma empatia,
desde o primeiro momento, com todos os
envolvidos: alunos, professores e
comunidade. Adaptamos a escola, criando
uma sala de Dança, e vamos agora a
caminho da segunda para proporcionar
cada vez mais qualidade e conforto a
todas as turmas que frequentam o Ensino
Artístico Vocacional da Dança. Já temos
três turmas e vamos admitir, no próximo
ano letivo, uma outra de 5º ano. O primeiro
espetáculo em Braga com os nossos
alunos realizou-se no mês passado, por
isso içamos as velas e vamos de vento em
popa…
No que concerne à Música,
estabelecemos protocolo com a
Companhia da Música e, desde há cinco
Revista Andarilho Edição 38
12
anos, os nossos alunos têm possibilidade
de aprender um instrumento. No entanto,
nos últimos dois anos, não foi possível
abrir turma de ensino articulado da Música
por constrangimentos diversos e redução
orçamental por parte do Ministério da
Educação. Mas no próximo ano letivo, a
Música voltará a ser ouvida nos corredores
e salas da escola, através do protocolo
com o Conservatório de Música Calouste
Gulbenkian de Braga, que gentilmente
acedeu a colaborar connosco.
Duas escolas públicas
sintonizaram-se na mesma melodia. As
mãos dos nossos alunos vão dedilhar
novamente as cordas da música erudita e
nelas refletir o desejo de inovar nas
escolas, de fazer melhor, de voar mais
alto.
Abrimos as asas para a Arte.
E sempre que me dizem que as
utopias são miragens penso que não há
melhor elogio do que nos chamarem
utópicos. As utopias têm feito o Mundo
avançar, os sonhos que germinam dentro
de nós nascem, muitas vezes, para a
realidade. Basta não deixarmos de
acreditar…
Cristina Flores Gandra
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Ensino Profissional
Chegado o final do 3º Ciclo, existem
sempre dúvidas sobre que caminho seguir,
nomeadamente no que diz respeito à opção
por uma área do Ensino Regular ou do Ensino
Profissional. Se a preferência recair sobre um
ensino e aprendizagem mais práticos, pode-se
sempre equacionar a frequência de um Curso
Profissional.
O AEMaximinos espera ter, na sua
oferta curricular, Cursos Profissionais,
nomeadamente Técnico de Informática de
Gestão, Técnico de Gestão de Equipamentos
Informáticos e Técnico de Gestão Desportiva.
Os Cursos Profissionais são uma
modalidade do nível secundário de educação,
caracterizada por uma forte ligação com o
mundo profissional, onde a aprendizagem
realizada valoriza o desenvolvimento de
competências para o exercício de uma
profissão. Destinam-se aos alunos que
concluíram o 3.º ciclo do ensino básico ou
formação equivalente, que procuram um
ensino mais prático e voltado para o mundo do
trabalho, permitindo igualmente o
prosseguimento dos estudos.
Estes cursos têm uma duração de 3200
horas repartidas por três anos de formação,
10º, 11º e 12º anos. O seu plano de estudos
inclui três componentes de formação:
Sociocultural, Específica e Técnica. A
estrutura curricular é organizada por módulos,
o que permite maior flexibilidade e respeito
pelos ritmos de aprendizagem de cada aluno.
Estes cursos contemplam uma Formação em
Contexto de Trabalho (FCT – estágio), com
um mínimo de 600 horas, permitindo, assim,
aos alunos uma integração, conhecimento e
alguma vivência do mundo laborar, que os
espera após a sua conclusão.
No final do curso, os alunos
apresentam um projeto, designado por Prova
de Aptidão Profissional (PAP), no qual o aluno
demonstrará as competências e os saberes
que desenvolveu ao longo da formação.
Após a conclusão, com
aproveitamento, de um Curso
Profissional, obtém-se o ensino secundário e
certificação profissional, conferindo o nível 4
“Aprendi pela minha recusa em aprender.”
Rubem Alves
Revista Andarilho Edição 38
14
de qualificação do Quadro Nacional de
Qualificações.
É, no entanto, possível prosseguir
estudos, quer ingressando num Curso de
Especialização Tecnológica (CET), quer no
Ensino Superior.
O Agrupamento de Maximinos já
leciona Cursos Profissionais há mais de uma
década, e dispõe de uma equipa de recursos
humanos com experiência neste tipo de
ensino.
Caso seja esta a tua opção, cá te
esperamos para te ajudar a concluir com
sucesso mais uma etapa da tua formação.
Rui Alves
Revista Andarilho Edição 38
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Educação Especial
Escola Inclusiva – Educar na e para a
Diversidade
O Departamento de Educação Especial
do AE Maximinos, em parceria com o Centro
de Formação Braga Sul, realizou o curso de
formação “Escola Inclusiva – educar na e para
a diversidade”, que decorreu no auditório da
escola secundária D. Maria II, de 20 de janeiro
a 24 de fevereiro, às terças-feiras, das 18:30h
às 21:30h, no qual participaram docentes de
todos os níveis de ensino (Educação Especial
– 30; Pré-escolar – 6; 1.º CEB – 28; 2.º CEB –
5; 3.º CEB – 17; Sec. – 7), os técnicos do
GMOE e uma assistente operacional.
O curso teve como principal objetivo a
sensibilização dos docentes para a
importância de utilização de apoios e
metodologias diferenciadas no percurso
escolar do aluno com necessidades
educativas especiais. Mais especificamente,
pretendia-se passar um conjunto de
conhecimento gerais que possibilitasse ao
formando conhecer e aplicar a legislação e os
procedimentos em vigor, de forma a saber
orientar e organizar o processo de um aluno
com deficiência visual e/ou cognitivo/motor,
desde a sua referenciação até à tomada de
decisão.
Procurou, ainda, demonstrar que as
pessoas com necessidades educativas
especiais, sejam crianças, jovens ou adultos,
são seres humanos como quaisquer outros,
mas, devido às suas limitações de carácter
permanente, necessitam de apoios técnicos
(materiais e humanos) diferenciados e mais
permanentes ao longo da vida. Finalizada a
ação de formação, podemos concluir que os
objetivos foram plenamente alcançados. A
ação foi estruturada de forma a permitir uma
progressiva envolvência dos formandos na
temática sobre o papel dos docentes dos
Grupos de Recrutamento 910 e 930,
construindo uma consciencialização
profissional e social enquanto pessoas ativas
de uma sociedade, que ambiciona ser, cada
vez mais inclusiva.
"Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças"
Mantoan
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Foram desenvolvidas as seguintes
temáticas: Sessão I) Escola Inclusiva - um
desafio (3h): Conceitos de Escola Inclusiva e
de necessidades educativas especiais;
Cognição e aprendizagem na deficiência
mental. Sessão II) Escola Inclusiva – A relação
escola/família a educação de crianças/jovens
com NEE na perspetiva de pais e professores
(3h): Os papéis da família e da escola no
progresso escolar dos filhos/alunos; A
importância da relação escola/família. Sessão
III) NEE – igualdade de oportunidades (3h):
Desenvolvimento da consciência linguística;
Plano Individual de Transição; Despertar para
a autonomia. Sessão IV) Deficiência visual
(3h): Inclusão de alunos cegos e com baixa
visão; Orientação e mobilidade. Sessão V)
Deficiência motora (3h): Deficiência motora e
consequências sociais; O contributo do
desporto adaptado para a integração social.
Toda a formação foi essencialmente teórica
devido às temáticas envolvidas, ou seja,
tornou-se necessário desenvolver uma série
de conceitos que permitisse ao grupo de
formandos, apreender a evolução do
tratamento que tem sido dirigido à pessoa e ao
aluno com deficiência.
O perfil do grupo de docentes, oriundo
de diferentes Agrupamentos de Escolas do
distrito de Braga, foi dinâmico, criativo,
interessado, curioso e bastante participativo.
Foi muito devido à dedicação demonstrada,
que conseguimos ir além dos objetivos
planeados, visto conseguirmos criar um
diálogo plural deveras ativo com muitas formas
distintas de pensar e de olhar para a
deficiência.
A abertura demonstrada por todos os
formandos foi a principal razão do sucesso da
ação de formação, uma vez que cada um
expôs diferentes maneiras de pensar e de agir,
proporcionando momentos únicos e de grande
riqueza pessoal.
Coordenador da Educação Especial
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PES/PRESSE
A implementação da educação sexual
no Agrupamento de Escolas de Maximinos
Ao longo do ano letivo, o PES tem
dinamizado inúmeras atividades, no âmbito
dos PT’s (Plano de Turma), articuladas entre
as diferentes áreas curriculares, onde são
trabalhadas as temáticas previstas no
programa Educação para a Saúde.
Relativamente à implementação da
Educação Sexual no agrupamento, esta
centrou-se, essencialmente, nos Afetos e
Relações Interpessoais, eixo transversal ao
crescimento/desenvolvimento de crianças e
adolescentes. Assim, a Educação Sexual é
organizada em 3 áreas temáticas: O
conhecimento e valorização do corpo; A saúde
sexual e reprodutiva; As expressões da
sexualidade e diversidade. A literatura
científica considera que a abordagem do
“risco” se revela mais eficaz, quando
devidamente contextualizada.
É sabido que a Educação Sexual em
Meio Escolar se prende com o
desenvolvimento do indivíduo, no sentido em
que a sexualidade é um eixo estruturante do
processo de crescimento individual ao longo
de toda a vida.
A adesão ao PRESSE, Programa
Regional de Educação Sexual em Saúde
Escolar,
promovido pela Administração Regional de
Saúde do Norte, I.P. (ARSN) através do seu
Departamento de Saúde Pública (DSP) em
parceria com a Direção Regional de Educação
do Norte (DREN), permitiu obter um apoio na
implementação da educação sexual no
agrupamento, de uma forma estruturada e
sustentada, envolvendo o trabalho conjunto
entre a equipa do PES e da saúde escolar. O
PRESSE tem como finalidade incluir, nos
projetos educativos e nos currículos das
escolas básicas e secundárias, um programa
de educação sexual estruturado e sustentado,
para aumentar os fatores de proteção e para
diminuir os comportamentos de risco dos
alunos em relação à sexualidade, permitindo,
simultaneamente, discutir sentimentos e
atitudes, adquirindo competências e valores
individuais e de grupo para tomar decisões
responsáveis.
"O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem."
Antoine de Saint-Exupéry
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Segundo Daniel Sampaio: “A Educação
Sexual em meio escolar é uma oportunidade
para a Educação. Permite trabalhar, com os
alunos, vetores fundamentais para o seu
percurso como pessoas: o respeito pelo outro;
a igualdade de direitos entre homens e
mulheres; a recusa de todas as formas de
violência, sobretudo a rejeição da violência no
campo da sexualidade; a importância da
comunicação e envolvimento afectivos; a
promoção da saúde física e mental. Possibilita,
também, informar com credibilidade e
aumentar o conhecimento”.
Semana VIVER +
«A saúde dá mais cor à vida», foi, na
semana de 7 a 13 de abril, o lema para encher
as escolas do Agrupamento de muitas cores.
Atividades desenvolvidas nos Jardins-de-
Infância e no 1º ciclo: pintaram-se os frutos;
elaboraram-se coroas com os frutos colados;
confecionou-se uma refeição e sobremesas
saudáveis; fizeram-se receitas caseiras com a
colaboração dos encarregados de educação;
elaborou-se um livro com receitas e um
calendário com atividades saudáveis;
construiu-se um placard com os direitos e os
deveres das crianças em relação à saúde;
construiu-se uma horta suspensa
Ainda nos Jardins de Infância decorreu
uma aula de ginástica diferente, «Movimento
com cor», que teve a orientação dos
professores de Educação Física, Filipe
Marques e Rui Silva, promovendo hábitos de
vida saudável.
Atividades desenvolvidas nos 2º e 3º
ciclos e secundário: as parcerias (a equipa
UCC da Colina -Unidade de Cuidados à
comunidade, a Drª Sónia Dias -Psicóloga, a
XZ consultores, a Escola de Enfermagem da
UM, o Hospital de Braga, a CLDS mais Braga,
a equipa do +ATITUDE (JCV), o Instituto
Português do Sangue, a ANEA) contribuíram
para que houvesse um grande dinamismo,
através da realização de palestras: “Crescer
com as emoções”; Alimentação saudável;
Importância do sono; Cuidados a ter com o
Sol; (-) Risco e (+) Solução; Gravidez na
adolescência; Prevenção do consumo de
substâncias Psicoativas; rastreios de saúde;
avaliação da Tensão Arterial; avaliação de
fatores de risco; Workshop de Zumba; a V
Olimpíada da Saúde e algumas surpresas.
Para que a semana fosse mesmo muito
colorida, o almoço teve a presença de «Sopas
e fruta com Cor», onde a Cenoura e a Laranja,
o Tomate e os Morangos, a Couve Portuguesa
e o kiwi, a couve-flor, a banana e a gelatina de
vários sabores reinaram na mesa do nosso
agrupamento.
No dia 11 de abril a equipa PES
convidou, pelo quinto ano consecutivo, toda a
comunidade a participar na Caminhada
solidária, que teve, também, como objetivo
apoiar a ANEA (Associação Nacional de
Espondilite Anquilosante).
A finalizar a semana, a equipa do
Projeto de Educação para a Saúde (PES) do
Agrupamento de Escolas de Maximinos
promoveu, no dia 13 de abril, a atividade
PASSE na RUA, envolvendo 126 crianças do
1ºciclo dos Centros <escolares de Maximinos,
da Naia e da Gandra. Assim, através de 6
jogos em tamanho XL, voltamos a promover
os hábitos de vida saudável.
Acima de tudo, pretendeu-se
desenvolver nos jovens o respeito e a
responsabilidade pela vida, a de cada um e a
dos outros e fomentou-se o reconhecimento
da saúde como um bem precioso que todos
devemos promover.
Coordenação do PES/PRESSE
Revista Andarilho Edição 38
19
Eco-Escola
A Escola EB2,3 Frei Caetano Brandão
aderiu ao Programa Eco-Escolas desde o ano
letivo 2012-2013, programa internacional que
pretende encorajar ações e reconhecer boas
práticas desenvolvidas na escola no âmbito da
educação ambiental, educação para a
sustentabilidade e para a cidadania.
A inscrição neste programa obriga à
criação do Conselho Eco-Escola a quem
compete implementar a auditoria ambiental,
discutir o plano de ação, monitorizar e avaliar
as atividades, bem como coordenar as formas
de divulgação do Programa na escola e na
comunidade. O Conselho incluiu
representantes dos alunos, dos professores,
do pessoal não docente, pais, representante
do município e outro representante do sector
agrícola. A todos, sem exceção, mas em
especial aos alunos, é-lhes dirigido o desafio
de se habituarem a participar nos processos
de decisão e a tomarem consciência da
importância do ambiente no dia a dia da sua
vida pessoal, familiar e comunitária.
Este ano letivo, tal como nos
anteriores, na definição do plano de acção do
programa procurou-se envolver algumas
disciplinas (EV/ET,2º ciclo, EM, CN, Geografia
e OC) bem como projetos de desenvolvimento
educativo (Clubes Horta Escolar, Europeu e
ReutiliizArte) e, na sua concretização, toda a
comunidade educativa.
Assim, logo em novembro, no dia 21, a escola
participou com um grupo de alunos na
atividade educativa ambiental, promovida pela
Câmara Municipal - Florestar Braga - Monte
Picoto, como forma de celebrar o Dia da
Floresta Autóctone. Ainda neste mês, no dia 7,
e em abril, dia 27, assinalaram-se os dias
internacionais das Eco-Escolas (World Days of
Action - WDA). O programa do primeiro dia
contou com a plantação de árvores de fruto;
recolha de folhas para compostagem; limpeza
e preparação dos solos da horta; limpeza dos
espaços exteriores da escola; mercadinho de
produtos hortícolas e hastear das bandeiras
Eco-Escola. Em abril, para celebrar o Dia da
Terra, a escola participou na Rota Eco-Escolas
Falo da natureza.
E nas minhas palavras vou sentindo
A dureza das pedras,
A frescura das fontes,
O perfume das flores.
Miguel Torga
Revista Andarilho Edição 38
20
- por uma mobilidade mais sustentável,
atividade igualmente dinamizada pela Câmara
e que envolveu 11 Eco-Escolas do concelho.
Esta iniciativa, deslocação a pé até à Escola
EB2,3 de Real, pretendeu alertar os jovens
para a importância de uma mobilidade mais
segura, eficiente e inclusiva.
Ao longo do ano foram feitas
campanhas de educação ambiental junto de
toda a comunidade: distribuição de Oleões, e
de Minipilhões, recolha de tampinhas de
plástico, de papel, de rolhas de cortiça, recolha
de equipamentos elétricos e eletrónicos,
recolha de brinquedos, roupa e calçado
usados. Para promover a política dos 3Rs, foi
organizado o concurso ‘Super-Ecológico’ que
visa premiar aqueles que mais equipamentos,
materiais ou artigos reutilizáveis ou recicláveis
trouxeram para a escola. Algumas destas
recolhas revertem para fins sociais, dos quais
são exemplo: o contributo do papel para a
Cruz Vermelha; as pilhas, para a campanha ‘O
pilhão Vai à Escola’, que reverte a favor do
Instituto Português de Oncologia; a roupa, o
calçado, os brinquedos ou mesmo material
escolar recolhidos são reaproveitados para as
famílias carenciadas ou depositados num
contentor que se encontra na escola, no
âmbito do Projeto “Roupas usadas não estão
acabadas”. Desta forma pretendeu-se o
desenvolvimento do espírito de solidariedade e
de responsabilidade ambiental de toda a
comunidade educativa.
O clube da Horta Escolar, para além
dos diferentes produtos que foi cultivando ao
longo do ano, ainda comemorou o Dia da Mãe
com a oferta de amores-perfeitos em vaso de
material reutilizável e a tradição dos Maios,
com o mesmo tipo de material. No dia 8 de
Maio, os professores de Geografia do
Agrupamento comemoraram o Dia da Europa,
aproveitando para tal a construção de
bandeiras feitas com materiais reutilizáveis,
desafio feito aos alunos do 7º ano e cumprido
com rigor. Para este trabalho contribuiu
também o Clube ReutilizArte.
Na semana de 1 a 5 de junho, Semana
Eco-Escola divulgaram-se um conjunto de
atividades fruto do trabalho desenvolvido nas
disciplinas: exposição de ninhos artificiais de
rolhas de cortiça feitos pelos alunos do 6º ano
na disciplina de ET; exposição de instrumentos
musicais construídos pelos alunos do 5º ano e
cartazes apelativos a comportamentos
ecologicamente corretos. Durante os
diferentes dias desta semana, os alunos do 8º
ano, no âmbito da disciplina de Ciências
Naturais, dinamizaram uma campanha contra
o ruído, tendo convidado a Agere para fazer
Revista Andarilho Edição 38
21
uma medição dos níveis de ruído ambiental
em determinados locais da escola, aplicaram
um questionário aos colegas do 3º ciclo sobre
os seus hábitos ecológicos e divulgaram à
comunidade a análise estatística desta
auditoria ambiental, disponibilizaram em
computadores uma aplicação para o cálculo
da pegada ecológica, incentivando os colegas
a reflectirem sobre o impacto de cada um
sobre o meio ambiente, organizaram um
workshop com vista à renovação de vestuário,
aumentando o tempo de vida útil de algumas
peças de roupa, incentivaram a assinatura de
contratos ‘Família Ecológica’’, junto dos alunos
do 5º ano, com vista à redução dos consumos
de água e energia, e desenvolveram, durante
os intervalos, diversas atividades lúdicas
dirigidas à comunidade discente por forma a
promover a reutilização de materiais e a
reciclagem, tais como, o ‘Basket Ecológico’, a
‘Corrida do Lixo’, a ’Cortina dos sms’, o ‘Quiz
Ecológico’ e ‘Orientação e Reciclagem’. Neste
espírito de Educação Ambiental não faltou a
presença habitual do stand da Braval e de
sessões proferidas pelo Dr. Pedro Machado
(Braval) e pela Drª Ana Cristina Costa (CMB).
Ainda durante esta semana, os
trabalhos da Horta Escolar contemplaram a
construção de espantalhos e o transplante de
rebentos de carvalhos para posterior plantação
no Monte de S. Gregório. Esta última atividade
teve a colaboração da Junta de Freguesia de
Maximinos.
Estas e outras atividades fizeram desta
semana o culminar de um trabalho de
sensibilização diário que se procura fazer junto
dos alunos e das suas famílias. Como prémio
de todo este trabalho e porque o bem-estar
dos alunos é sempre uma preocupação, não
faltou uma excelente esplanada para deleite
dos alunos.
Por último, resta-nos referir que o Eco-
Código da Escola, construído com base nas
sugestões dos alunos, seja cumprido por todos
na escola e em casa. Uma educação para a
sustentabilidade compreende em si o exercício
pleno da cidadania, em que cada um tem o
direito de viver num planeta ambientalmente
saudável e, simultaneamente, o dever de
contribuir, pela sua ação responsável, para
esse planeta a que tem direito. Tal como
afirma Hans Jonas “Age de tal modo que não
comprometas a existência de vida futura na
Terra”.
Resta-nos agora ver o nosso trabalho
reconhecido com a atribuição, pelo terceiro
ano consecutivo, do galardão Bandeira
Verde, que certifica a existência, na escola, de
uma educação ambiental coerente e de
qualidade.
Obrigada a todos pela vossa ação
responsável!
A coordenadora do Programa Eco-Escola
Florinda Grilo
Revista Andarilho Edição 38
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Desporto Escolar
O AE Maximinos em modo de Desporto Escolar
É com muito orgulho que ouvimos dizer
que o desporto escolar é a imagem de marca
do AE Maximinos. Ainda assim, não é esta a
principal razão que nos move há tantos anos.
Apesar das muitas contrariedades no que ao
pessoal docente se refere, não só
conseguimos manter os catorze grupos-
equipas, como aumentámos para cerca de
350, o número de praticantes - 50% da nossa
população escolar pratica desporto,
pertencendo a uma equipa de andebol,
voleibol, orientação, natação, golbol ou boccia.
Este, foi mais um ano de luta contra o
insucesso e abandono escolares, de
promoção de estilos de vida saudáveis, de
criação de uma cultura desportiva na escola,
com respeito pelas normas do espírito
desportivo, que é uma das formas mais
eficazes de apelo à responsabilidade.
Mantemos a convicção de que o incentivo à
participação dos alunos em atividades como a
gestão das atividades desportivas escolares,
nomeadamente o seu papel como juízes,
cronometristas e árbitros, contribui para
desenvolver valores como o respeito pelo
outro e conhecimentos sobre a ética
desportiva. Como tal, demos especial
relevância à formação de alunos nestas áreas,
nas modalidades de andebol, voleibol e
natação. Pela primeira vez, vimos selecionda
uma dupla de arbitragem na modalidade de
andebol (Hugo Vaz e Fábio Oliveira), que
arbitrou seis jogos, incluindo a final masculina
de juvenis, e foi ainda considerada a melhor
dupla do campeonato.
Desenvolver o espírito competitivo e
hábitos de trabalho de grupo são também
objetivos que perseguimos, procurando
envolver cada vez mais alunos e alargando a
prática desportiva a ambos os géneros, todos
os escalões etários, com ofertas diversificadas
de modalidades coletivas e individuais e de
desporto adaptado.
“O desporto tem o poder de superar velhas divisões e criar o laço de aspirações
comuns.”
Nelson Mandela
Revista Andarilho Edição 38
23
Não sendo o mais importante, é
também motivo de orgulho ver o trabalho
realizado ser reconhecido e premiado com
títulos de campeão e/ou participações em
campeonatos regionais e nacionais. Este ano,
foram os juniores de andebol os primeiros a
ganhar brilhantemente, o campeonato Inter
CLDE. Apesar de competirem, normalmente,
com equipas com muitos atletas federados, os
nossos alunos possuem já uma cultura de jogo
equivalente ao campeonato federado pois
treinam regularmente, desde os escalões mais
jovens.
Ainda no que se refere ao andebol,
vimo-nos forçados a atualizar o projeto
elaborado para o quadriénio 2013-2017, com a
abertura/constituição do grupo-equipa de
Infantis A, possibilitando a participação, em
grupo formal, aos alunos do 1ºciclo. A
recetividade foi enorme, transformando os
treinos dos escalões de base (Infantis A e
Infantis B) em autênticas “manifestações
desportivas” e uma escola de formação para
todos. Os Infantis A realizaram 14 jogos ao
longo da época e conseguiram o 3º lugar no
campeonato CLDE. Os Infantis B, num total de
12 jogos, classificaram-se em 4º lugar.
As equipas de andebol dos vários
escalões têm vindo a dinamizar o Convívio de
Natal, atividade que revela o excelente espírito
de equipa e a amizade que as une e é
transversal a diversas gerações de alunos.
Mais uma vez, contou com elevada
participação dos atuais e ex-alunos do
desporto escolar/andebol.
No Voleibol, a equipa infantil B revelou
ter potencialidades para desenvolver em anos
futuros. As equipas júnior e juvenil femininas,
classificaram-se em 3º lugar no campeonato
CLDE Braga, fruto de um trabalho de
formação bem conseguido enquanto que a
equipa iniciada feminina obteve um brilhante
2º lugar no Campeonato CLDE Braga,
competindo com equipas federadas até ao fim,
o que revela o bom trabalho desenvolvido a
partir dos escalões de formação.
No Regional de Natação, realizado em
S. João da Madeira no dia 18 de abril,
participámos com a equipa feminina de
iniciadas na estafeta de 4x25m estilos e três
atletas individualmente. Obtivemos o 1º lugar
nos 100 e 200m livres (Erika Marques); o 2º
lugar nos 100m estilos (Erika Marques); o 5º
lugar nos 100m bruços (Ana Pacheco); o 8º
lugar nos 50m livres e nos 100m estilos (Ana
Pacheco); o 3º lugar nos 200m costas (Beatriz
Ferreira); o 4º lugar nos 100m costas (Beatriz
Ferreira) e o 7ºlugar nos 100m estilos (Beatriz
Ferreira).
Na Orientação, apuramos a equipa
juvenil masculina e duas atletas iniciadas para
o Campeonato Nacional, realizado em Lisboa
entre 14 e 17 de maio. No Campeonato
Nacional de Orientação, a equipa masculina
de juvenis obteve o 3º lugar e sagrou-se
também vice-campeã regional norte, equipa
Revista Andarilho Edição 38
24
esta constituída pelos alunos Daniel
Magalhães, Eduardo Leite, Francisco Abreu do
11º1, Luís Ferreira e Rui Silva do 10º1. As
alunas Erika Marques (8º6) e Ana Pacheco
(6º8), obtiveram respetivamente, o 3º e 4º
lugares no campeonato Regional Norte e 6º e
7º lugares nos campeonatos nacionais.
Uma palavra de apreço para os
professores que há muitos anos se dedicam a
esta causa (António Lopes, Conceição Pinto,
Filipe Marques, Rui Silva, José Ferros e Paula
Lucas) e aos dois professores que assumiram
este ano o desporto adaptado, Dulce
Albuquerque (Boccia) e Luís Soares (Golbol),
em substituição da professora Sílvia Virgolino,
ainda pertencente ao AE Maximinos mas a
exercer funções em outro agrupamento de
escolas. Sem eles, o desporto adaptado teria
terminado.
Gostaríamos ainda de referir o apoio
impar, dedicado e humano, desempenhado
pelos assistentes operacionais José Moreira,
José Feio, Carla Loureiro e Teresa Brito. São
profissionais de excelência e com um “coração
enorme”.
No dia 12 de Junho, realiza-se a Gala
Anual do Desporto Escolar que pretende reunir
os professores, atletas e colaboradores num
convívio salutar, recordar os melhores
momentos competitivos 2014-2015 e divulgar
o trabalho realizado à comunidade.
Os Projetos de férias, até ao final de
julho, terão continuidade este ano. No caso do
andebol, será estruturado em dois núcleos: um
a funcionar no ginásio, dirigido aos alunos
mais novos (iniciação e outro a funcionar no
pavilhão de Maximinos dirigido aos alunos
mais velhos e que já frequentaram o desporto
escolar. Na modalidade de voleibol, os treinos
de 2ª- e 4ª- feiras, serão dirigidos ao escalão
infantil enquanto que os de 2ª a 5ª-feiras, aos
restantes escalões (iniciadas, juvenis e
juniores). O habitual acampamento de verão
de Orientação, terá lugar dos dias 31 de junho
e 1 de julho, em Vila Real, no Parque Natural
do Alvão, aberto a novos praticantes.
Os nossos atletas são o nosso maior orgulho!
Fazemos votos que o trabalho desenvolvido
no âmbito desportivo se reflita nas suas vidas
académicas e pessoais.
A Coordenação do Desporto Escolar
Revista Andarilho Edição 38
25
Sempre imaginei o paraíso como uma grande
Biblioteca.
Jorge Luís Borges
Biblioteca
A Biblioteca Escolar chamou a si a nobre
tarefa de participar ativamente na construção
do saber e do saber-fazer. Daí que tenha
pautado a sua ação por objetivos que se
centram na promoção da leitura e no
desenvolvimento de conhecimentos e
capacidades no uso das novas tecnologias.
A BE procura ser um espaço de partilha:
da informação, do saber, da experiência, da
descoberta e do prazer. Para isso, transforma-
se, muitas vezes, num espaço “ambulante”,
capaz de interagir com toda a comunidade
educativa. Vai à sala de aula, disponibilizando
recursos e propondo atividades e vai a casa
do utente, através da disponibilização da
informação “on-line” e da leitura em família.
Deste modo, contribui para a equidade no
acesso à informação, ajudando a construir
uma escola para todos.
Levar os alunos a ler mais e a serem
frequentadores assíduos do seu espaço é,
cada vez mais, uma prioridade da BE, daí que
sejam feitos, diariamente, esforços para
incentivar o aluno a usar e “abusar” dos
recursos disponibilizados, proporcionando um
ambiente acolhedor, atualizando o acervo e
diversificando as atividades. A BE tem
consciência de que, se for um espaço vivo e
dinâmico, atualizado, poderá cativar mais e
mais leitores. Sabe-se que “uma biblioteca
com vida reconciliará os jovens com o prazer
de ler, verdadeiro impulsionador da procura do
conhecimento”.
Assumindo o seu papel com esforço e
dedicação, a Biblioteca contribui,
indubitavelmente, para a formação integral dos
alunos, chamando-os a participar em
atividades de âmbito cultural, de modo a que,
futuramente, sejam cidadãos ativos e
participativos. Elsa Lima – Coordenadora das Bibliotecas
Escolares
Revista Andarilho Edição 38
26
Escolha desafiante…
Sabendo que todos somos chamados a
ser mais e melhores, no nosso dia a dia, nas
diversas e mais variadas situações, bem como
a atingir metas e ultrapassar sucessos
anteriores, nossos ou de outros, escolho dar-
vos a conhecer os alunos e as alunas que,
numa altura de tantos e tamanhos desafios,
conseguem ainda tempo, vontade,
determinação e a capacidade de serem mais e
darem mais de si mesmos, quer na escola,
como fora dela. À primeira vista, alguns dirão
que tal não é possível, outros que estarei a
falar de alunos de colégios privados ou de elite,
no entanto, asseguro estar a falar de alunos do
nosso Agrupamento, do Agrupamento de
Escolas de Maximinos. Sem dúvida alguma
que temos alunos muito bons e outros que não
têm tanto sucesso, do ponto de vista dos
resultados escolares e daquilo que se espera
da escola, hodiernamente, que é fazer com que
os alunos sejam bem sucedidos nas notas. No
entanto, outras áreas há em que a escola
chama a si a tarefa de formar e educar os
alunos, bem para lá das notas e dos resultados
e, felizmente, no nosso agrupamento, essa
formação é variada, alargada, transversal e
complementar. Essa formação existe,
disciplinarmente e curricularmente. Falarei,
brevemente, de uma vertente real e concreta
dessa formação, a da disciplina de Educação
Moral e Religiosa Católica, geralmente referida
como Religião e Moral.
Os alunos e alunas que escolhem, no
ato de matrícula, a disciplina de EMRC, não
escolhem a disciplina para fazer valer um
direito seu, nem atendem ao facto de que “o
Ensino Religioso Escolar ocupa um lugar
fundamental no sistema educativo. As grandes
declarações de direitos, bem como a Lei de
Bases do Sistema Educativo (LBSE),
reconhecem a sua importância e enunciam
princípios onde é possível enquadrar a sua
inserção nos sistemas educativos”. Atendendo
à importância de que se reveste a educação
integral da pessoa humana, a Educação Moral
e Religiosa Católica, em linha com as
convicções dos encarregados de educação ou
dos alunos, é parte integrante do sistema
educativo, uma vez que o enquadramento
moral e religioso da vida é estruturante para o
crescimento das crianças e dos jovens,
constituindo um universo de referência a partir
do qual se estrutura a personalidade e se
adquire uma visão do mundo equilibrada e
aberta ao diálogo com mundividências
alternativas. (in site http://www.educris.com).
Os pais, encarregados de educação, os
alunos e alunas que escolhem, fazem a sua
adesão de modo livre e por identificação com o
conteúdo desta disciplina, que os coloca em
contacto e em relação, em desafio e sem
comodidades.
Com efeito, em jeito de balanço, mas
também em modo demonstrativo, do trabalho
realizado pelos alunos, deixo aqui alguns dos
Necessitamos um do outro para sermos nós mesmos, pois na essência somos iguais, nas
diferenças nos respeitamos.
Santo Agostinho
Revista Andarilho Edição 38
27
momentos em que a marca da EMRC esteve e
está presente na vida destas crianças e jovens,
bem como na vida escolar, do Agrupamento de
Escolas de Maximinos. Para lá das visitas de
estudo (a Leiria, para o Secundário; ao Porto
para os alunos do 9º ano; a Fátima para os
meninos e meninas dos 3º e 4º anos e à Aldeia
de S. Sebastião, Vilar Formoso, para jovens de
7º e 8º ano) e das atividades letivas, aulas
propriamente ditas, os alunos foram desafiados
a participar em dois projetos de
desenvolvimento educativo, PDE, promovidos
pela disciplina de EMRC, o Clube de
Solidariedade e o Espaço Musical.
Num tempo de tanta tensão social, de
tantas injustiças, de tantos atropelos à
dignidade humana, os nossos alunos são
convidados a participar, dando de si, mesmo
aquele que tem menos contribuiu com o que
podia para a Campanha de Cabazes Solidários
do Agrupamento, bem como na venda de velas
da Cáritas Portuguesa, em que cada vela
correspondia a um euro. Os nossos alunos
venderam 1100 velas, realizaram 1100€ que
foram entregues à Cáritas Diocesana de Braga
e através desta à Cáritas Portuguesa, para
apoiar as famílias e pessoas que recorrem a
elas quando todas as portas lhe são fechadas.
Foram desafiados a cantar na Festa de Natal,
quer nas escolas do 1º Ciclo, quer no palco do
auditório principal do Parque de Exposições de
Braga e disseram sim com a sua presença e
alegria contagiante. Ao longo do ano,
trabalharam e empenharam-se na vivência
desacomodada e comprometida que a
dinâmica do Clube de Solidariedade e do
Espaço Musical sugere. Ensaiaram,
prepararam-se para animar musicalmente os
momentos e celebrações festivas ou
comemorativas do Agrupamento. Desafio maior
surgiu e logo teve como resposta um sim
efusivo: cantar e animar de modo voluntário,
pôr-se ao serviço das crianças e jovens
internados no serviço de pediatria do Hospital
de Braga, bem como às respetivas famílias.
Estabelecemos um protocolo com o Hospital de
Braga, mas mais importante, firmamos um
compromisso: quinzenalmente visitar o
internamento da Pediatria e dar um pouco de
nós a quem está numa situação menos
agradável, menos boa, a quem sofre.
Os nossos alunos e alunas são
diferentes, não têm medo dos obstáculos, não
viram as costas aos desafios, surpreendem-nos
com a sua vontade e determinação. Portanto,
aquilo que vos proponho é que deixem desafiar
cada vez mais. Os pde’s Clube de
Solidariedade e Espaço Musical são
promovidos pela disciplina de EMRC e estão
abertos a toda a comunidade: alunos de EMRC
e outros que não frequentam a disciplina,
pessoal docente e não docente, pais e
encarregados de educação. Deste modo,
conseguiremos ser mais e melhores, não só
em resultados, mas em relações humanas
verdadeiramente sólidas.
Pelo Grupo EMRC Pedro Mendes
Revista Andarilho Edição 38
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Atividades em Desafio
A Festa de Natal do Agrupamento,
evento com grandes tradições na Escola,
realizou-se no dia 15 de dezembro, pelas 21
horas, no auditório grande do Parque de
Exposições de Braga.
Dança clássica, música, teatro,
canções, entre outras atividades, fizeram parte
do programa interessante e divertido. O
espetáculo da festa, protagonizado pelos
alunos de todas as escolas do Agrupamento,
contou também com a participação ativa de
professores e de encarregados de educação,
apelando à vivência do espírito da quadra
festiva, em ambiente de convívio entre a
comunidade escolar e educativa, tendo-se
verificado uma grande adesão dos alunos e
respetivas famílias, do pessoal docente e não
docente da Escola.
Coordenação dos PDE
“A cada um dando a Mão
Passaremos um Natal
Com mais Paz no Coração.”
Maria da Luz Pedrosa
Revista Andarilho Edição 38
29
Semana Cultural 2015
A Semana Cultural do Agrupamento
decorreu nos dias 18, 19 e 20 de março. Do
programa constaram exposições, danças,
jogos educativos, atividades experimentais,
ateliers, apresentação de livros, torneios,
oficinas de escrita, visionamento de filmes,
canções, atividades de leitura, palestras, uma
feira de profissões, atividades desportivas,
concursos e um peddy paper.
Verificou-se o envolvimento muito
positivo dos professores dos diversos grupos
disciplinares, através da dinamização de
iniciativas para os alunos e para a
comunidade educativa, a participação da
associação de pais da EB e a colaboração de
elementos da sociedade civil em palestras,
apresentação de livros, sessões de
sensibilização para questões do ambiente, do
património e da vida ativa, atividades práticas
de âmbito curricular, entre outras iniciativas.
Muito para além do reforço das
aprendizagens curriculares, a Semana
Cultural contribuiu para o desenvolvimento da
cidadania dos alunos e a interação entre a
Escola e a comunidade. O envolvimento do 1º
ciclo e a dinâmica criada pela deslocação dos
alunos entre escolas, enquanto destinatários
e ou intervenientes nas atividades,
proporcionou o intercâmbio e a partilha de
vivências entre eles, os professores, o
pessoal não docente, contribuindo para a
criação do espírito de pertença ao
Agrupamento.
Coordenação dos PDE
Desafios do Século XXI
18 a 20 de março de 2015
Revista Andarilho Edição 38
30
Braga Romana
O Agrupamento de Escolas de Maximinos envolveu-
se na Braga Romana, contribuindo significativamente para
a recriação da Bracara Augusta e de todo o ambiente vivido
nessa época.
A beleza dos trajes, do canto e da dança ajudou a
recriar a magnificência da opulenta e eterna cidade do
império romano. Acima de tudo, a grande adesão da
comunidade a este evento foi visível no modo como se deu
a conhecer à cidade: nos cortejos, na alegria, na cor e na
encarnação rigorosa dos costumes aí recriados.
Foi excelente o empenho de todos!
O AE Maximinos foi Romano na Braga Romana 2015
Revista Andarilho Edição 38
31
OS JOGOS MATEMÁTICOS NO AGRUPAMENTO A Associação Ludus tem por objetivo
promover e divulgar a Matemática Recreativa,
em particular os Jogos Matemáticos, nas suas
diversas vertentes, nomeadamente
pedagógica, cultural, histórica e competitiva.
Para alcançar este objetivo, esta Associação
desenvolve várias atividades, entre as quais o
Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos,
que este ano vai na 11ª edição, tendo
percorrido, ao longo dos anos, diferentes
localidades do país.
Este ano, o Campeonato Nacional
ocorreu na UTAD – Vila Real, 6 de março - e o
Agrupamento de Maximinos fez-se representar
por 27 alunos das escolas: Centro Escolar de
Maximinos; Centro Escolar da Naia; EB1 da
Gandra/Ferreiros; EB1/JI de
Carvalho/Gondizalves; EB1/JI de
Estrada/Ferreiros; EB23 Frei Caetano Brandão
e Escola Secundária, garantindo-se, assim, a
participação de todos os níveis de ensino.
Estes jogos de tabuleiro assumem
particular importância na formação dos alunos
ao desenvolver, nestes, as capacidades de
usar a matemática de uma forma lúdica, de
atenção/ concentração, entre outras, bem
como, o gosto por aprender.
O trabalho realizado nas escolas pelos
professores, na divulgação, prática e
implementação dos torneios com os jogos
visados no campeonato nacional, promoveu a
qualidade das prestações dos alunos ao longo
das eliminatórias que foram defrontando. Os
alunos do 1º ciclo da EB1/JI de Estrada, Ana
Soares e Diogo Aguiar, foram medalhados, por
terem chegado às meias-finais, nos jogos
Gatos e Cães e Rastros, respetivamente.
Felizes aqueles que se divertem com problemas que educam a alma e elevam o
espírito. (Fenelon)
Revista Andarilho Edição 38
32
O Diogo apurou-se para a Final, tendo ficado
com o brilhante 2º lugar Nacional.
O desempenho dos nossos alunos na prática
dos Jogos Matemáticos, em todos os níveis de
ensino, justificou todo o trabalho e dedicação
dos seus professores. Ao Diogo e ao
Agrupamento de Escolas de Maximinos faltou
uma vitória para serem Campeões.
PARABÉNS AOS NOSSOS ALUNOS
CAMPEÕES!
Dia 27 de maio, realizou-se o 2º Torneio de
Jogos Matemáticos do Agrupamento,
dedicando-se a manhã deste dia à realização
de torneios com os diferentes jogos de
tabuleiros, e promovendo-se a disputa sadia
entre alunos de diferentes ciclos e escolas.
José Pedrosa
À semelhança dos anos anteriores, foi
com grande entusiasmo que se
realizaram os torneios do
SUPERTMATIK – Cálculo Mental.
Numa primeira fase, foram
realizados os torneios intraturmas,
sendo selecionados o campeão e o
vice-campeão de cada turma, na EB 2,3 Frei
Caetano Brandão e na Escola Secundária de
Maximinos.
Nos dias 20 e 21 de março, durante a
semana cultural, realizou-se o torneio
interturmas. Participaram 30 alunos do 1º ciclo,
24 alunos do 2º ciclo e 30 do 3º ciclo. Neste
torneio, apuraram-se os dois representantes
por ano (escalão) para representar as escolas
a nível internacional da Escola Secundária de
Maximinos e da EB 2,3 Frei Caetano Brandão
para o concurso online da Eudactica.
Foi uma grande animação e um grande momento para testar “as calculadoras humanas” do nosso Agrupamento.
Em 29 de Abril realizou-se o torneio
internacional online, na Biblioteca da EB 2,3
Frei Caetano Brandão. Esperemos que os
nossos campeões obtenham uma boa
classificação internacional.
Até ao próximo ano letivo e … Bons Cálculos !
A coordenadora da atividade
Ana Paula Silva
Revista Andarilho Edição 38
33
Projeto do aluno vencedor,
André Fernandes
O olho humano, na sua elegância de
variadíssimos vestidos castanhos, verdes,
azuis… carrega com ele pura matemática.
Para além das suas curvas, circunferências
cheias de cor e padrões, está um mecanismo
de visão, onde a imagem captada pelo olho se
apresenta invertida e só depois o nosso
cérebro a analisa. Apercebemo-nos, assim, de
um eixo de simetria (olho) entre o exterior e o
nosso cérebro.
A IMAGEM DA MATEMÁTICA Uma ideia
matemática suportada por uma imagem e um
texto, igual a um projeto ao concurso A
Imagem da Matemática, teve, nesta 8ª edição,
uma boa adesão por parte dos alunos e
comunidade escolar. Este ano contou com 38
projetos de 22 alunos, dos quais foram
selecionados 10, que ficaram expostos eforam
a votação na semana cultural do
Agrupamento. A votação sobre os dez projetos
selecionados ocorreu no dia 20 de março,
saindo vencedores os alunos André
Fernandes, do 12º1, Ângela Sousa, do 10º2 e
Daniel Magalhães do 11º1, respetivamente 1º,
2º e 3º classificados.
José Pedrosa
Revista Andarilho Edição 38
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Através dos tempos o homem viveu em
comunhão com a terra que o alimentava.
Semeava, plantava, esperava o sol, o vento e a
chuva e colhia o que a natureza lhe dava,
alegrando-se na abundância ou chorando na
míngua que lhe trazia a fome e as doenças. Os
campos eram a vida ou a morte e as forças da
natureza e os ciclos do ano eram vividos com
grande respeito. Os dias sucediam-se e no frio
áspero do inverno, os dias eram curtos e as
noites eram longas. Na primavera as árvores
enchiam-se de flores, a terra coloria-se numa
promessa de frutos e o homem festejava a
nova estação.
O sol e a lua pareciam reger estes
ciclos da natureza. Fizeram-se calendários
assentes numa rotatividade infinita, com
celebrações sazonais. Celebrava-se a vida e a
morte. Datas de meditação, reflexão, alegria e
agradecimento marcam os calendários de
diversos povos e culturas. Diferentes ritos
honram a velhice, a aproximação do inverno e
a morte ou celebram a vida, o nascimento, o
despertar da terra e o crescente poder do Sol.
Acreditava-se que a luz e o fogo, em fogueiras,
archotes ou velas, purificavam o ar e os
campos afastando os espíritos negativos e
preparando a terra para a fertilidade. Depois
festejavam-se as colheitas, agradecendo às
forças sobrenaturais, os frutos e a
generosidade da terra.
A noite de 30 de abril para o dia 1 de
maio foi, ao longo dos tempos, uma noite cheia
de espiritualidade, misticismo, magia e culto às
forças da natureza, evocando os poderes da
luz e da nova vida. No dia 1 de maio celebrava-
se o retorno do sol que triunfa sobre os dias
cinzentos, tristes e frios de inverno. É um hino
à natureza, à fertilidade e ao amor. Por todo o
país restam algumas práticas diversas que nos
levam a essas celebrações.
No Norte colhem-se ramos de maias
(giestas floridas) pelos campos e montes e
penduram-se às portas, janelas e meios de
transporte, para dar as boas vindas ao
luminoso sol, atrair fartura, sorte, alegria e
proteger das energias negativas. Fazem-se
coroas de flores e glorifica-se a natureza e o
renascer da vida.
Na Península Ibérica, perde-se no
tempo a origem desta tradição. Celtas, gregos
e romanos comemoravam o “regresso” do sol
e de um novo ciclo agrícola. Eram os festivais
Beltane e as festas à deusa Maia e Flora.
Danças e cantares à volta de fogueiras
alegravam e celebravam a fertilidade, onde a
sexualidade tinha um lugar de destaque. A
igreja católica durante décadas proibiu estes
festejos associando-os a ritos demoníacos,
Revivendo a Tradição dos Maios
Revista Andarilho Edição 38
35
mas, com o tempo, assimilou-os e adaptou-os
dando lugar a cerimónias como as bênçãos
dos campos, as procissões de flores, as
batalhas de flores e o mês de Maria. Fizeram-
se recriações e interpretações que J. Leite de
Vasconcelos divulgou em OPUSCULOS,
volume V, Etnologia - parte I,1938. Perdura a
crença em muitas casas das aldeias do Minho,
que os maios impedem a entrada do mal
(diabo).
O agrupamento de escolas de
Maximinos, com o objetivo de sensibilizar os
alunos a melhor conhecerem o seu património
e a sua identidade cultural tem, como oferta
complementar do 8º ano de escolaridade, uma
disciplina designada Arte e Cidadania. Na
EB2,3 Frei Caetano Brandão o Clube da Horta
Escolar, trabalha no sentido de recuperar a
cultura agrícola tradicional aliando-a à
atualidade, tendo como ponto de partida o
acompanhamento do ciclo de vida das plantas
usadas para fins alimentares, bem como os
rituais que lhe estão associados. Na oferta
“Arte e Cidadania” e no Clube da Horta
Escolar os alunos foram encaminhados no
sentido da descoberta dos Maios. Recuperar
esta tradição, assumindo-a como expressão
viva da cultura popular e como forma de
celebrar a natureza que se renova em cada
primavera, contou com o entusiasmo dos
alunos que colheram giestas, fizeram flores
reaproveitando materiais que deixaram de ter
uso, por forma a preservar o ambiente (Eco-
Escola), e construíram coroas - Maios - que
colocaram pela escola.
Recuperemos, pois, a tradição e
coloquemos giestas floridas ou coroas de
flores nas portas ou janelas das nossas casas
na noite de 30 de abril para o dia 1 de maio.
Festejemos o renascer da vida animal e
vegetal, depois do longo período de inverno.
A sombra e o escuro do inverno ficam para
trás; reine a alegria, a luz, o sol e a fertilidade.
Manuela Guerreiro - Clube da Horta Escolar, EB2,3
Frei Caetano Brandão
Revista Andarilho Edição 38
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As escolas em Desafio
Brincar com a matemática na Educação Pré-
Escolar
As crianças vão espontaneamente
construindo noções matemáticas a partir das
vivências do dia a dia. O papel da matemática
na estruturação do pensamento, as suas
funções na vida corrente e a sua importância
para aprendizagens futuras, determina a
atenção que lhe deve ser dada no Jardim-de-
Infância, cujo quotidiano oferece múltiplas
possibilidades de aprendizagens matemáticas.
É necessário ter-se presente que a
principal finalidade da Educação Pré-Escolar
não é a aquisição imediata dos
conhecimentos, mas a formação de atitudes
corretas e habilidades necessárias para essa
aprendizagem.
As crianças do Jardim-de-Infância de
Estrada/ Ferreiros realizaram atividades nas
quais utilizaram materiais diversificados, como
a plasticina, fruta e outros existentes nas
salas. Através da manipulação de objetos e
materiais as crianças aprenderam a seriar,
classificar e agrupar. Esta experimentação
permitiu a apreensão de noção de quantidade
e número.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ministério da Educação. (1997). Orientações Curriculares para a
Educação Pré-Escolar. Lisboa: Ministério da Educação.
Moreira, D. e Oliveira, I. (2003). Iniciação à Matemática no
Jardim-de-Infância. Lisboa: Universidade Aberta
Atividade promovida pelas Educadoras de
Infância Alexandra Paz e Teresa Azevedo
Educar é semear com sabedoria
e colher com paciência. Augusto Cury
Revista Andarilho Edição 38
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O Projeto Curricular do Jardim-de-Infância de
Gondizalves, debruça-se sobre a
problemática da linguagem Oral, impondo-se
a existência de um tema intimamente
relacionado com o Plano Anual de Atividades-
“Desafios do Séc. XXI”. Assim, escolheu-se
para subtema deste projeto, “Os Direitos das
Crianças- as Raças Humanas – o Combate
ao Racismo”
“ Todos os seres humanos nascem
livres e iguais em igualdade e em direitos.
Dotados de razão e de consciência, devem
agir uns para com os outros com espírito de
fraternidade”- Declaração Universal dos
Direitos Humanos.
Os Direitos Humanos são inerentes a
todos os seres humanos, independentemente
de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma,
religião ou qualquer outra condição. Estes
incluem o direito à vida, à liberdade de
opinião e de expressão, o direito ao trabalho
e à educação, o direito social ou nacional ou
condição de nascimento ou riqueza.
As crianças do J.I. de Gondizalves
foram sensibilizadas para a educação
intercultural- o respeito pelo outro e pela
pluralidade de culturas, independentemente
da sua cor ou condição social-“ Somos Todos
Filhos da Terra”.
Este tema permitiu alertar as crianças
para a igualdade e ao mesmo tempo
desenvolver conhecimentos, no âmbito da
Formação Pessoal e social e do
Conhecimento do Mundo.
Jardim-de-Infância de Gondizalves
Revista Andarilho Edição 38
38
As educadoras de infância do JI da Naia
conscientes da importância da relação com as
famílias das suas crianças e com o objetivo de
“incentivar a participação das famílias no
processo educativo e estabelecer relações de
afetiva colaboração com a comunidade”.
(Orientações Curriculares para a Educação
Pré-escolar, Ministério da Educação 1997: 22
abriu o Jardim de Infância no Dia do Pai e no
Dia da Mãe.
No dia 19 de março foi comemorado o
Dia do Pai, o jardim de infância da Naia
convidou os pais a realizarem uma atividade
com os seus filhos. Os pais vieram ao jardim e
tiveram a oportunidade de decorarem um
placard com os seus filhos. Foi oferecido bolo
e café. A confeção do bolo gigante em forma
de gravata, foi uma atividade das crianças em
articulação com a AAAF deste Centro Escolar.
No dia 30 de abril foi comemorado o dia
da mãe em articulação com o primeiro ciclo.
Estas tiveram oportunidade de ouvir a
Professora Patrícia Silva a cantar o fado,
várias turmas declamaram e recitaram alguns
poemas. Foi um momento muito emocionante
para todas as mães
presentes. No final houve
um lanche convívio com
um bolo oferecido pela
Associação de Pais e as
restantes iguarias pelo
pessoal docente que desta
forma presenteou e agradeceu a participação
de todos.
Para além deste momento conjunto, o
jardim de infância realizou, durante todo o dia,
uma atividade em articulação com a AAAF,
onde as mães decoraram pedaços de
cartolina, com os seus filhos, que depois de
montado deu origem a um coração gigante,
simbolizando a união entre a família. A
participação das mães foi muito importante
pelas relações estabelecidas com a família em
contexto escolar e adesão quase total.
Para finalizar foi oferecido café e bolo,
que tal como no dia do pai, confecionado pelas
crianças na AAAF.
Educadoras de Infância: Nídia Sofia Matos e
Lucília Rocha
Comemoração do
dia do Pai e do dia
da Mãe no Jardim
de Infância da
Naia
Comemoração do Dia
do Pai e do Dia da
Mãe, no Jardim de
Infância da Naia.
Revista Andarilho Edição 38
39
O Desafio do SEC..XXI na Educação Pré-Escolar é fazer
com que as crianças aprendam e sejam felizes!
O trabalho realizado nos diferentes Jardins-de-
Infância foi desenvolvido de acordo com os
interesses das crianças. As Educadoras de
Infância promoveram a curiosidade,
desenvolveram novos saberes, proporcionaram
interesses distintos e possibilitaram interações
entre pares e adultos. Houve, também, a
preocupação de estabelecer um paralelismo
entre os Planos de Jardim-de-Infância e o Plano
Anual de Atividades. Em reunião de Conselho
de Docentes, entendeu-se dar prioridade à
aquisição de um maior Domínio da Linguagem
Oral, sendo este um objetivo fundamental da
Educação Pré-Escolar. Compete às Educadoras
de Infância criar as condições para que as
crianças aprendam de uma forma organizada e
estruturada. A linguagem é um meio de
excelência da comunicação sociocultural que se
desenvolve através da interação social e de
aprendizagens relevantes. O maior desafio, este
ano letivo, foi desenvolver os planos de Jardim-
de-Infância com as diferentes temáticas
adotadas, mas tendo como base o Domínio da
Linguagem Oral e Escrita, sem esquecer outras
áreas de conteúdo importantes, como a
Formação Pessoal e Social e o Conhecimento
do Mundo. O trabalho realizado na Educação
Pré-Escolar é sempre um desafio, pois pretende
estimular o desenvolvimento global da criança,
incutindo comportamentos que favoreçam
aprendizagens significativas e diferenciadas.
Revista Andarilho Edição 38
40
No Jardim de Infância de Gondizalves o trabalho debruçou-se sobre;
“Os Direitos Humanos - As Raças Humanas – O Combate ao Racismo”:
No Jardim de Infância de Estrada/Ferreiros a temática incidiu;
Com as Palavras Viajamos pelo Mundo….Melhor Escutar Para Melhor Comunicar; Melhor
Falar Para Melhor Aprender!
No Jardim de Infância de Maximinos a abordou-se a temática;
“Uma Alimentação Saudável no Jardim de Infância”
No Jardim de Infância da Naia o tema adotado recaiu;
“Ao Escutar e Falar do Ambiente Vamos Cuidar”
Maria Teresa Azevedo
Revista Andarilho Edição 38
41
Neste ano letivo, a EB1 da Gandra –
Ferreiros realizou algumas atividades que
merecem destaque, o magusto visou manter e
revitalizar tradições culturais ligadas à
sazonalidade, o Dia Nacional do Pijama,
através deste acontecimento foi promovida a
solidariedade e a partilha com crianças
carenciadas de uma forma alegre e
motivadora para os alunos, tendo-se verificado
grande adesão por parte destes e dos
respetivos Encarregados de Educação.
Pela primeira vez participou-se na Festa de
Natal do agrupamento com uma dança criativa
“Dança pela Diferença” que pretendia abordar
a inclusão de alunos cegos, realçando-se o
valor e sentido da amizade e interajuda.
No dia dezanove de março, para
celebrar o Dia do Pai, as crianças declamaram
alguns poemas da sua autoria e entoaram
uma canção dedicada ao pai, e, no final foi
realizado um lanche- convívio. Esta atividade
foi realizada com a colaboração das mães, do
ATL e Associação de Pais, cumprindo o
objetivo de promover o convívio, incutir valores
afetivos nas crianças e de demonstrar a
As crianças têm mais necessidade de modelos do que de críticas. Joseph Joubert
Revista Andarilho Edição 38
42
importância do pai na família, fortalecendo os
laços familiares.
Exposição dos trabalhos realizados
pelos alunos, da atividade/concurso
subordinada ao tema "A Água-Como elemento
necessário à vida animal e vegetal" promovida
pela Associação dos Amigos “Satélite 79”, cujo
objetivo foi a reflexão sobre a importância da
água e envolver os pais e Encarregados de
Educação, trabalhando em conjunto neste
projeto.
No terceiro período realizou-se um
convívio salutar e lúdico à noite “Venha tomar
um café na Escola”, que pretendeu promover a
escola, com a presença de ex-alunos, de pais
e de ex-professoras e ainda pais de futuros
alunos da escola.
A comemoração do Dia da Mãe que
proporcionou e promoveu a integração e
convívio salutar entre os alunos e as suas
mães, com lanche e a cantora e professora
Patrícia Silva que emocionou quem esteve
presente.
Apelou-se para a necessidade dos
pais/família serem uma presença constante e
ativa na educação e acompanhamento das
crianças e para a importância de participaram
energicamente na vida académica,
conjugando esforços para em articulação com
a comunidade escolar se construir uma escola
melhor para todos. Com esta postura
pretendeu-se promover, enriquecer e
fortalecer a relação com a comunidade
escolar.
Revista Andarilho Edição 38
43
No dia 21 de maio, participamos pela
primeira vez, no cortejo da Braga Romana.
Todos os alunos, com exceção da
nossa amiga Laura, foram de autocarro até ao
centro da cidade, com os professores e
auxiliares.
Os meninos da nossa escola
desfilaram com outras crianças pelas ruas da
cidade até à Câmara Municipal, onde
lanchamos.
No final regressamos à escola cansados, mas
contentes porque gostamos muito desta
atividade.
Alunos do 1º ano T12 EB1 Gandra
O nosso amigo Sérgio
O Sérgio é o nosso amigo especial,
Especial porque é o nosso super-herói
Herói, pois ultrapassa os obstáculos
Obstáculos difíceis, mas consegue lá chegar
Chegar ao fim das suas tarefas
Tarefas que, por vezes, são uma aventura
Aventura, na qual todos nós participamos
Participamos com especial ajuda do colega
Alexandre
Alexandre é quem mais ajuda o Sérgio,
Sérgio que merece os mesmos direitos que
nós
Nós teremos sempre o Sérgio como amigo
especial do nosso coração!
“Palavra puxa palavra” no âmbito do Dia
Internacional das Pessoas com Deficiência
Os Melhores Beijinhos
Há beijinhos em toda a parte,
Como no ar, terra ou mar.
No mar, os peixinhos fazem chuac!
Na terra, os elefantes dão grandes beijinhos e
as formigas beijinhos pequeninos.
No ar, podemos atirar beijinhos e caem onde
calhar.
Também há beijinhos ao acordar e à hora de
dormir.
Existem outros que fazem rir,
Dançar ou cantar.
Mas os melhores beijinhos do Mundo… são os
que trazem amor!
Semana dos Afetos, Dia do Beijo
Baseado no livro “Os Melhores Beijinho
Revista Andarilho Edição 38
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Que está?
-Que está na mesa? - Uma formiga obesa. - Que está na cadeira? - Uma ratoeira. - Que está na casa de banho? - Um grande rebanho. - Que está lá fora? - A minha querida nora. - Que está no fogão? - A assar um cão. - Que está no mar? - Uns peixes a nadar. - Que está no ar? - Uma gaivota a voar. - Que está no caixão? - Um palavrão. Trabalho realizado a partir da exploração da Lengalenga “Que está?” de Luísa Ducla Soares
O nosso limpa-palavras
A palavra bosque espalha oxigénio.
A palavra cão ladra sem parar.
A palavra pessoa sempre a marchar.
A palavra carro a correr na estrada.
A palavra aluno sempre a estudar.
A palavra Sol não para de brilhar.
A palavra árvore a dar frutos.
A palavra rato a fugir do gato.
A palavra loja sempre a vender.
Baseado no poema “O Limpa-palavras” de
Álvaro Magalhães
Revista Andarilho Edição 38
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A Primavera chegou!
A primavera chegou colorida
Com ela chegaram também as andorinhas.
Elas e os restantes pássaros fazem os seus
ninhos.
As borboletas poisam de flor em flor
E as abelhas admiram a sua cor.
Nesta época é agradável
Cheirar, sentir, ouvir e ver
Tudo aquilo que a primavera tem para
oferecer.
Texto realizado a partir de uma brainstorming
“primavera”
Os livros
Os livros são uns amigos muito especiais
Especiais porque nos ensinam um pouco de
tudo
Tudo o que nos transmitem tem muita
sabedoria e magia
Magia, que nos leva aonde nós quisermos ir
Ir a sítios magníficos e viver aventuras
fascinantes
Fascinantes são as histórias, aventuras,
sonhos, terror, policial, comédia ou até mesmo
só informação;
Informação que nos faz crescer e aprender
Aprender que o livro é um grande tesouro!
“Palavra puxa palavra” no âmbito da Semana da
Leitura
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O que eu quero! Quero passear pelo silêncio da minha aldeia, Parar, pensar e ter uma ideia. Quero ouvir o vento soprar, Quero parar, olhar e ver-te passar. Quero chegar a casa e sentir o calor da lareira, Quero olhar para ti e ver-te à minha maneira. Quero sentar-me no sofá e ligar a TV, Chamar-te para o pé de mim, E vermos os filmes que ninguém vê. Quero abraçar-te e sentir o teu calor, Olhar-te nos olhos e sentir o teu amor. No final olho para ti, Pergunto o que o teu sorriso diz, Tu respondes-me sussurrando que apenas és feliz.
Ângela Eduarda – Turma 20 Centro Escolar de Maximinos
As palavras…
Sinto as palavras no meu coração. Aparecem em livros, Eu admiro-as! Elas levam-me a imaginar, E pelos livros voar. Tenho a certeza que um dia, A vida poética Me poderá alegrar. Nos momentos mais tristes, um livro eu vou buscar. Sei que numa altura Vou precisar, De uma alma companhia Que me há de guardar… Até acabar a minha história. Amigo, amigo… Que me levas aos confins da Terra. Promete-me que me ajudas Até eu Te acabar. Um livro É para imaginar… E o que todas as pessoas Devem guardar. Inês Cerdeiras, EB1 da Gandra
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O valor dos animais
Bonito ele é
Selvagem e poderoso
Ah, isso é que é!
Corvo preto
Linda plumagem tem
Abre as asas belas e fortes
Que vejo surgir no além…
Cão preto, branco ou castanho
Tantas raças pode ter
Divertido e meigo
Grande ou pequeno
Cada um com o seu modo de ser.
O carneiro branco
Pelos prados saltos dá
Pelo fofo e macio
Quero tocar-lhe já!
Os animais são divertidos
De tantas espécies podem ser
Tigre, corvo, cão, carneiro
Cada um com a sua forma de viver!
Eu gosto muito de todos
De uns mais do que outros
Protejam-nos, não os magoem
Ajudem a proteger
Eles têm o direito de viver!
João Álvaro da Rocha Pimentel
EB1 Estrada
Se eu fosse um cão Se eu fosse um cão Não teria nada para me preocupar Com coisas de gente Como rimar e estudar. Se eu fosse um cão Detestaria gatos E adoraria brincar Nos pequenos regatos. Se eu fosse um cão Os meus donos adoraria? Se eu fosse um cão Os meus donos detestaria? Quem saberia? Se eu fosse um cão Falar, eu não sabia Se eu fosse um cão Ler, eu não sabia Se eu fosse um cão Escrever, eu não sabia Se eu fosse um cão Este poema não existia. Se eu fosse um cão Ler, eu não sabia Escrever, eu não sabia Então, Se eu fosse um cão Nada disto existia Porque Nada eu fazia. Ema Silva EB1 Estrada
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VISITA AO MUSEU D.DIOGO DE SOUSA
Os alunos da turma 5º3 da Frei
Caetano Brandão foram fazer uma visita ao
museu D. Diogo de Sousa onde aprenderam
como os Romanos viviam, quais eram as suas
táticas/armas de ataque e como se vestiam
No Museu, os alunos
viram um powerpoint sobre o dia-a-
dia dos Romanos, por ex: como
usavam as armas e as suas técnicas em
guerra e o que era preciso para entrar no
grupo romano.
O museu recebeu muito bem a turma 5º3
deixou tirar fotos e até nos mostrou em vida
real como os romanos se vestiam.
Conseguimos ver várias peças que os
romanos faziam e utilizavam.
Matilde Fernandes nº12 5º3
A biblioteca dos segredos
A biblioteca daquela casa era sombria,
bem arrumada e espaçosa. Percebia-se que já
era antiga, cheirando a madeira encerada.
As paredes eram lisas, tinham uma cor muito
escura e estavam cheias de pó e com alguma
humidade. Alguns retratos assustadores
mostravam pessoas muito antigas, nas
molduras pintadas a ouro.
Encostada à parede, havia uma estante
envidraçada, de madeira forte que tinha muitos
livros de histórias. Os livros, cheios de
fantasias, contavam aventuras, histórias de
amor. Outros porém só cheiravam a mofo e
tinham a capa cheia de cores muito bonitas.
Em cima, UMA estátua, brilhante e
muito valiosa, tinha o rosto de mulher e era
pálida. Dois jarros, brilhantes mas não eram
solitários, acompanhavam-na, pintados por
pintores antigos. Do teto, pendia um
candelabro de cristal, transparente e brilhante
que estava apagado.
Do lado direito da sala, escondida,
estava uma escrivaninha com um candeeiro
de pé alto, de globo de vidro branco. Ao seu
lado, está uma jarra de rosas de tom suave.
O cadeirão ao lado da escrivaninha é de
madeira envelhecida, estofada a veludo
vermelho-escuro.
Todo o chão estava todo coberto por uma
carpete estampada mas, no centro da sala,
estava um estranho canapé, de madeira
escura, forrado com veludo vermelho e
dourado. Em cima, repousa um almofadão de
volumoso. Sentado, um menino continuava
atento à sua leitura. Nos seus braços,
repousava um livro antigo, cheirando a mofo.
O que contaria aquele livro?!
Pedro Rijo 5º3
A fada bruxa
Revista Andarilho Edição 38
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Numa bela manhã de sol radioso, a fada
acordou numa nuvem. Foi até lá abaixo, à
terra das fadas, e ouviu todos os animais a
resmungar:
- Blá… Blá… Blá - diziam os animais.
- Porque estais a resmungar?- Perguntou-
lhes a fada.
- Blá… Blá… Blá- continuaram eles.
- Um de cada vez! - Pediu a fada
impaciente.
- Leontina, estamos com sede. Podes
ajudar-nos?
- Claro que sim! - Respondeu – lhes.
- Obrigado, fada! Agradecemos-te muito!
- Mas afinal, por que razão tendes tanta
sede? - Perguntou Leontina.
- Sabes, um elefante anda a tomar banho
com a nossa água, está-se mesmo a ver
como fica. Vais ajudar-nos ou não? -
Insistiram os animais irritados.
- Já disse que sim. - Magia! Magia!
Magiaaaa… Aparece águaaa… para estes
animais sedentos beberem e se refrescarem.
- Uau! Tanta água limpa e fresca! Obrigado,
fada Leontina. És a maior!
- Eu vou falar com Sr. Elefante e vou pedir-
lhe para não
sujar a vossa
água…
Mas já
ninguém a
ouvia, porque
todos estavam
a fazer uma
festa:
-Iupi! Iupi!
Iupi! Que
maravilhosa! –
Gritavam.
E assim
acaba esta
história sobre a
fada Leontina
que, durante muito tempo, andou perdida
sem saber se era uma fada má ou uma bruxa
boa.
Sofia Veloso, 5º1
A ilha da maldição da morte
Naquela noite de tempestade, o vento
empurrava violentamente o barco para perto
da praia de uma ilha arrepiante.
As árvores da ilha pareciam monstros
despidos. Com o nevoeiro muito denso não se
via nada. As ondas eram enormes e tentavam
afundar o barco e, no mar escuro, existiam
peixes gigantes com dentes afiados e verdes.
No céu, havia nuvens com trovões muito
aterradores.
A areia da praia estava suja pelos
restos de barcos naufragados. A areia era
movediça, com esqueletos enterrados e
queimava por causa dos produtos químicos do
barco; algas puxavam as pessoas mortas do
barco naufragado. Ao pegar num búzio e ao
encostá-lo ao ouvido, ouvia-se gritos de
pessoas a morrer. Os frutos eram venenosos e
matavam todos os seres que os comessem.
A cabana, perto da praia, estava
destruída pelas tempestades, construída com
restos de madeira de um barco
naufragado. Lá dentro,
estavam esqueletos e,
dentro deles, saiam
peludas tarântulas
venenosas.
Na vegetação, no
interior da ilha, apareciam
plantas carnívoras; algumas
eram pisadas por gigantes e minotauros.
O riacho, aí perto, estava tingido de
sangue, com ossos dos mortos comidos pelas
piranhas esfomeadas.
João Pedro Henriques, 5º5
Revista Andarilho Edição 38
50
A Ilha do Paraíso Colorido
Quando fui para a cama, sonhei que
estava a ir de barco para uma ilha. Dei-lhe o
nome de Ilha do Paraíso Colorido.
Ao tocar na água, senti que era quente.
A água estava iluminada pela luz do sol, com
estrelas-do-mar e peixes muito coloridos. O
céu estava limpo como as águas, com nuvens
puras, era infinito com as cores do arco-íris. Lá
ao longe, já se começava a ver as palmeiras
tropicais, baloiçando pelo vento suave e com
cocos maduros que já se podiam comer.
Via-se, no areal, seixos macios como
berlindes, búzios e conchas que pareciam
caracóis. Ouvia-se neles o som do mar e as
conchas pareciam pérolas coloridas. As algas
estavam húmidas… até escorreguei e pensei
que as algas eram tentáculos de polvo.
Ouvia-se um sussurrar das árvores;
elas baloiçavam e brincavam! Insetos
rastejavam e os ramos das árvores pareciam
mãos carinhosas. No centro da ilha, via-se
ainda arbustos e fetos altos e verdes e musgo
húmido. Os macacos queriam brincar; os
tucanos eram muito ruidosos e as rãs
saltavam para um lado e para o outro. A
salamandra ia com os seus filhos; os
camaleões camuflavam-
se.
Escondida, havia
uma cabana com restos
do barco naufragado e
com ramos de
palmeiras. Perto, a água
de um riacho refletia o
meu reflexo, mas eu
estava diferente.
Nas árvores, escondiam-se tesouros e
joias há muito tempo postos ali por piratas e
alguns Pégasos levantavam voo como o vento
a fluir. Ouvia-se os macacos e os tucanos a
conversarem sobre as sereias belas que
encantavam os marinheiros. Os unicórnios
eram carinhosos com todos os animais e via-
se algas, plantas e animais a festejarem.
Alguns duendes e elfos faziam um espetáculo
de magia e os pirilampos fingiam ser bolas
iluminadas.
De repente, acordei!!
João Pedro Henriques, 5º5
A Ilha da Caveira
A Ilha da Caveira situa-se num
arquipélago desconhecido para o mundo
científico.
Nesta ilha, sobressaem as rochas com
formas de caveiras, enormes e sombrias.
Gigantescos dragões voam no céu
sombrio, enevoado e assustador, enquanto
protegem uma cabana abandonada com o
cadáver da única criança, que lá vivera,
pendurado junto das suas bonecas. Sente-se
um terrível cheiro a carne podre.
Nas praias, estende-se areia negra e
cheia de sangue, de cadáveres que, de noite,
ganham vida.
O mar é verde-escuro, profundo e
cheio de peixes mortos. Há búzios pequenos,
todos partidos, e podem ouvir-se fantasmas
murmurar. Dão à costa algas gigantes,
ásperas e compridas, como cabelos de bruxas
despenteados.
Na floresta, a vegetação é rasteira e
venenosa e esconde um terrível e profundo
riacho, «o riacho de sangue», habitat de
peixes mutantes, com água sempre tingida de
sangue.
As árvores nunca tiveram folhas e os
seus ramos estão completamente destruídos e
servem de cabide aos intestinos de pessoas
mortas. Os troncos parecem caras terríveis,
comem os habitantes e criam uma espécie de
lacaios, os esquilos mutantes e os seres
mitológicos, que comem pessoas e são
extremamente feios.
Esta é a ilha da Caveira. Nunca
apareçam lá, é morte certa!
Bruna Faria 5º5 nº3
Revista Andarilho Edição 38
51
O seu paraíso
Lentamente, o barco aproximava-se
daquela ilha que parecia ser um paraíso. A
água era limpa, transparente e ao toque era
tão quente, com peixes e sereias a nadar
livremente. Olhando para cima, via-se o céu
infinito, sem nuvens, mas com um arco-íris
colorido.
Ao longe, viam-se árvores altas que se
embalavam com a brisa quente que passava.
A praia tinha areia fina, macia e
delicada que só era calcada pelo mar. As
algas estavam a descansar, parecendo
tentáculos de polvo; estavam quentes e
cheiravam a sal. Os seixos, tão macios,
pareciam berlindes. As conchas coloridas
pareciam caracóis. Nos búzios ouvia-se o som
do mar.
A vegetação da ilha era verde, com
flores coloridas. Nos riachos, pouco profundos,
viam-se peixes coloridos a nadar, contentes.
Junto à praia, havia uma cabana feita
de restos de madeira e ramos, com o telhado
feito de palha.
Os macacos baloiçavam nas árvores.
As salamandras rastejavam e os pássaros
cantavam.
Vera Vilaça, 5º5
Papagaio encontra fortuna
Há cinquenta anos, na aldeia de Rodmell, no
condado de Sussex, em Inglaterra, um
papagaio desenterrou três mil libras esterlinas.
O papagaio sabia onde o seu falecido dono
tinha escondido a fortuna e queria ajudar a Srª
Gage Brand, sua irmã, a encontrar a herança.
O papagaio bicava e guinchava para apontar
o local do tesouro.
A senhora seguiu-o
e escavou um
buraco no chão da
cozinha, onde
encontrou as três mil
libras esterlinas, da
sua herança.
Diana Yadlos – 5º2
Retrato de uma mãe
A minha mãe chama-se Serena e tem
trinta e cinco anos.
Ela é alta e esbelta (elegante).
Tem um rosto bonito! O seu cabelo é
curto, encaracolado e castanho-escuro como
um tronco de uma árvore. As sobrancelhas
castanhas são delicadas, finas e suaves. Os
seus grandes olhos são verdes como
esmeraldas, protegidos por pestanas
pequenas e finas. O nariz curto alarga na
ponta. A boca pequena, de lábios vermelhos e
dentes grandes, alinhados e brancos como a
neve, oferece um lindo sorriso doce!
A sua voz é delicada como o cristal. É
uma pessoa inteligente, simpática e divertida.
Lara Serra 5º1
Diana Yadlos – 5º2
Revista Andarilho Edição 38
52
Chovia intensamente naquela tarde,
era 30 de Abril de 2014. Talvez aquela
chuva fosse a mais nítida e prolongada
de todos os tempos. Dentro de uma
bela e confortável sala de estar, dois
amigos assistiam, pela janela, à forte
tempestade que se presenciava com
tanta ânsia de permanecer para
sempre. Jaco e Trips, os dois amigos,
falavam e debatiam entre argumentos,
o contexto daquela chuva. Certa altura,
Trips interrogou o amigo:
- Jaco, quantas gotas de chuva achas
que já terão caído? E quantas haverá
ainda por cair?
Tal pergunta fez Jaco refletir. Quando,
finalmente, chegou a uma conclusão:
- Bem, esse assunto será eternamente
questionável. Nunca se vai saber
quantas gotas de chuva o céu contém,
mas também não importa! Trips, a
chuva é como a matemática, não
importa quantos números existem ou
deixam de existir. O que importa é
reconhecer a importância deles para a
humanidade. O mesmo princípio se
aplica às gotas.
Dinis Braga, 9º8
Braga,22 de maio de 2015
Querido diário,
Os meus planos para o futuro
são sonhos de infância, que até hoje eu
tento realizar, trabalho todos os dias,
suo todos os dias, esforço-me e sofro
todos os dias para conseguir vencer no
mundo do desporto. Nunca pensei em
desistir deles, aliás, não vou deitar tudo
a perder, depois de 15 anos de esforço
e dedicação.
Hoje penso que estou cada vez mais
próximo, tenho melhorado a cada dia
que passa, e os comentários, as
criticas dos que me desejam o mal, só
me dão mais força, levo-as a bem,
como construtivas. Além dos treinos
que faço com a equipa, de tudo o que o
treinador me ensina, mesmo que esteja
cansado, vou treinando sozinho,
melhorando a minha capacidade
técnica, vou ganhando força para
continuar, vou crescendo fisicamente,
mentalmente, mas nunca estarei
satisfeito.
Contigo desabafo as minhas
frustrações e as minhas alegrias, podes
não passar de um simples caderno,
mas és um amigo, alguém que está
sempre pronto para me ouvir.
Obrigado pelo teu apoio! Tu és único e
só meu!
O sonho de ser futebolista não é fácil
de se concretizar, mas com o teu apoio
e o apoio dos meus melhores amigos,
a minha humildade e o meu esforço,
sinto que se tornará mais fácil chegar
lá.
Micael Cardoso, 9º6
Gotas Matemáticas
Revista Andarilho Edição 38
53
Carta para Camões
Braga, 10 de março de 2015
Ex.mo Senhor Camões,
Com certeza que deve estranhar esta
correspondência. Acredite, não
estranha mais do que eu. Nasceu
numa época culta, quando Portugal
tinha uns “braços” em “volta” do
mundo. Nasceu numa época onde a
literatura e as artes eram bem
recebidas e adoradas. Não teve culpa
disso.
Eu também não tive a culpa de
nascer numa época em que se está a
abandonar os livros (sim acredite) e a
dar valor a novas tecnologias, tablets,
telemóveis, Internet, computadores. É
triste! Seria um bom tema de conversa,
explicar-lhe a enumeração feita acima,
mas levaria uma eternidade. Para ser
sincera consigo, nunca pensei em lhe
enviar uma carta. Estou numa prova.
Um teste de Português. Acredite ou
não, o tema foi o senhor. Tive de
interpretar um poema seu.
Alguma vez imaginou que os
seus poemas iriam “torturar” jovens e
adolescentes? Por um lado, até é bom,
ganhamos cultura! Se continuarmos
como estamos, já nem vou saber a
estrutura de uma carta (que é
provavelmente o que me aconteceu
aqui). Esta deve ser a 3ª carta que
escrevo em quinze anos de vida. Mas,
vamos ao meu real objetivo.
Adorava saber onde foi buscar a
sua inspiração, onde ia “pescar” todas
aquelas metáforas, hipérbatos e
hipérboles… como conseguiu escrever
Os Lusíadas e, por fim, adorava saber
como perdeu um olho. Não é uma
questão importante, mas tenho muita
curiosidade em saber. Alguma vez
pensou que cerca de 500 anos depois
de o senhor ter nascido uma menina,
de apenas 15 anos, lhe escreveria uma
carta a perguntar pela sua obra?
Espero que não. Gosto de surpreender
pessoas, tanto quanto gosto dos seus
poemas, de todos os que li até agora.
Só tenho de lhe agradecer: obrigada
pela sua vasta obra, obrigada por ainda
estar presente nas escolas, obrigada
pela sua mistura de palavras que para
nós é um quebra-cabeças e, por fim,
obrigada por salvar a visão da literatura
portuguesa no mundo e por fazer os
jovens tirarem os olhos, por um
bocado, da sua televisão, computador
e telemóvel.
Obrigada por tudo!
Atenciosamente,
Ângela Sousa (10º2)
Revista Andarilho Edição 38
54
A palavra “A***”
Há milénios que ela existe
Há milénios que a tentam descrever
Todos caíram no fracasso
Sem nunca verdadeiramente a
conhecer.
Faz parte do mais íntimo do ser
humano
Está no mais fundo canto do nosso ser
Vivo com ela dia a dia
E expresso-a, na minha forma de viver.
Je t’aime, te amo, I love you
Tudo com o mesmo sentido
Mas este tudo tem mil e um
significados.
Vasco Peixoto – 10º1
O Medo de Crescer
E a história começa...
Com um novo ser.
Do conforto da mãe,
Ele vai nascer.
Tão inocente!...
Com o que não soubera,
Mas logo vai descobrir
Que a guerra o espera.
Ao longo
do tempo,
Vai
crescer...
E
pequeno
Vai deixar
de o ser.
Aos vinte
e cinco
Foi a despedida
E a promessa da guerra
Foi cumprida.
A notícia...
Depressa correu.
E o nosso soldado,
Sozinho, morreu.
Eva Fontes, 7º an0
Ser amigo e estudar
Para ser um bom colega,
É preciso respeitar;
Se o amigo quer apoio,
Vamos ter de o ajudar.
Estudar é pegar nos livros,
Ir para a escola e trabalhar;
Quem isto assim não fizer,
Muitas negas vai tirar.
Ser amigo, estar atento,
Pensar bem e estudar,
É uma forma segura
De ter sucesso escolar.
Daniel Eirinha,
5º ano
Revista Andarilho Edição 38
55
LABORATÓRIO ABERTO DE BIOLOGIA E GEOLOGIA
Para nós, alunos do ensino secundário,
do curso de ciências e tecnologias, o
laboratório aberto é dos
acontecimentos mais esperados do ano
(desde cedo que nos questionamos
sobre qual será o tema do laboratório
desse ano e começamos a idealizar
projetos). E a explicação é muito
simples, é nos dias do laboratório
aberto que podemos partilhar com a
comunidade escolar o que
sabemos/estudamos, e integrar
professores e alunos, nem que seja
apenas por breves minutos, naquilo
que é ‘’o nosso mundo’’. De um ponto
de vista mais pessoal, gosto imenso de
colaborar, quer na organização, quer
efetivamente na ‘’concretização’’ dos
três dias, nos quais o laboratório é
aberto ao público, acho que é algo que
nos realiza “profissionalmente” porque
o fazemos com o maior prazer para
receber a comunidade no “nosso lar”.
Falando um pouco da
organização: como já referi, o
laboratório está todos os anos
submetido a uma ‘’temática’’, e é dentro
dessa temática, que nós, alunos,
somos convidados a ‘’trabalhar’’ ,isto é,
a criar projetos. Essa escolha temática
acaba por ser decisiva, por um lado
restringe-nos, mas ao mesmo tempo
dá-nos um suporte que será comum a
todos os projetos e que contribui para a
harmonia das várias exposições que se
encontrarão no laboratório.
Confesso que deu trabalho realizar
todos os projetos que já tive em mãos,
em especial o deste ano que exigiu
recolha de materiais, para além do
processo criativo, mas fi-los, e acredito
que fizemo-lo (refiro-me a todas as
pessoas associadas a esta iniciativa)
com gosto. E depois, é sempre muito
gratificante expor o nosso projeto à
comunidade, explicar às pessoas em
que consiste, principalmente quando
vemos que as pessoas ‘’aprovam’’ o
nosso trabalho.
De facto, participar no laboratório
aberto é sempre uma experiência muito
enriquecedora, quer a nível curricular,
quer a nível das relações humanas,
que se desenvolvem neste tipo de
atividade. Na minha opinião, é sem
dúvida uma atividade que deverá
continuar a existir nos próximos anos
letivos, devendo permanecer também o
empenho dos alunos e o apoio dos
professores, para que se realize
sempre da melhor forma.
Ana Rita Gomes, nº3, 11
Revista Andarilho Edição 38
56
Nos dias 26 e 27 de março
(durante as férias da Páscoa), ocorreu,
na Esmax, uma maratona de estudo
(Study Party) que tinha como objetivo
preparar os alunos do 11º ano para os
exames nacionais de Física e Química
e de Biologia e Geologia.
Na minha opinião, foi uma ótima
experiência, bastante enriquecedora,
não só ao nível escolar (de preparação
para os exames), como também a nível
social e de convívio.
Penso que foi uma muito boa
oportunidade para relembrar os
conteúdos do 10º ano e praticar
exercícios de exame, tal como para
tirar dúvidas, uma vez que tínhamos a
ajuda e o apoio dos nossos professores
das disciplinas supracitadas, sempre
prontos para nos esclarecer, o
professor Manuel Gomes e a
professora Cristina Fertusinhos, que
foram incansáveis e que nos
incentivaram ao estudo, sendo que, se
não tivéssemos participado nesta
atividade nem tido o apoios deles, seria
menos motivador sermos nós, sozinhos
em casa, a pegar nos livros e tomar a
iniciativa para estudar.
Por outro lado, considero que,
como já referi, foi uma boa forma de
conviver, de estarmos todos juntos
(alunos e professores), fora do
chamado “ambiente de sala de aula”,
num contexto mais informal, mais
descontraído, o que foi, no meu ponto
de vista, bastante enriquecedor para os
dois lados. E, para além disso, foi uma
maneira de fortalecer as relações entre
alunos, tendo em conta que tivemos a
oportunidade de passar um serão
divertido, com algumas brincadeiras, às
quais os professores também aderiram.
Gostaria de salientar, ainda, que
foram vários os elementos da
comunidade escolar que nos deram
apoio moral e nos “mimaram”,
nomeadamente o diretor do
agrupamento, o professor António
Pereira; os restantes elementos da
direção; a nossa diretora de turma, a
professora Carmo Santos; e as
funcionárias da escola.
Concluindo, gostava de reforçar
a ideia de que adorei a experiência e
que gostaria imenso de repetir.
Carolina Soares, nº22, 11º1
Revista Andarilho Edição 38
57
Semana cultural
No decorrer da semana cultural
– Desafios do século XXI, nós os
alunos do 12º1, demos a conhecer o
laboratório de biologia e geologia a
toda a comunidade escolar.
Tendo como tema “Os Desafios
na saúde”, expusemos uma
diversidade de subtemas, desde os
distúrbios alimentares até ao comum
vírus da gripe, passando também pelos
vírus mais problemáticos como a SIDA
e o ébola, mostrando, assim aos
nossos visitantes uma diversidade de
problemas que afetam a nossa saúde.
Acho que conseguimos
demonstrar e passar a nossa
dedicação e gosto pelas ciências, por
quem tenha passado por nós.
Na minha opinião, a semana
cultural é uma atividade extremamente
interessante e que deve ser realizada
com a mesma dedicação todos os
anos, pois para além de promover a
interação entre alunos de vários anos e
do resto do agrupamento escolar,
também cativa os mais novos a
frequentarem a nossa escola e a
adquirirem gosto pelas ciências.
Elisa Oliveira – 12º 1
Revista Andarilho Edição 38
58
Uma visita de estudo é um marco na nossa vida
No âmbito do plano curricular da disciplina de Ciências Naturais, nos passados dias 23 e 29 de abril, todas as turmas do 8º ano do AEMaximinos participaram numa visita de estudo a Vila Nova de Cerveira, nomeadamente ao Aquamuseu, ao Arquivo Municipal e à zona muralhada da vila. Esta atividade foi uma das catorze atividades comuns levadas a cabo durante este ano letivo pelas turmas do 8º ano, apesar de ter tido de se realizar em dois dias separados, por necessidades de logística de alguns dos espaços então visitados. Cumpre registar que as duas escolas que têm turmas de 8º ano, a Escola Secundária de Maximinos e a E.B. 2/3 Frei Caetano Brandão, desenvolvem atividades de forma comum e nos dois dias participaram turmas das duas escolas, simultaneamente.
Estivemos envolvidos cerca de cento e trinta alunos e doze professores, de áreas curriculares muito diversificadas, apesar de a iniciativa e a organização terem estado a cabo das docentes de Ciências Naturais.
Nesta atividade, todos tivemos oportunidade de conhecer a biodiversidade existente ao longo do Rio Minho; de aprofundar conhecimentos sobre a respetiva bacia hidrográfica; de efetuar um trabalho de campo orientado por um biólogo, no qual foram utilizados indicadores biológicos para avaliação da qualidade da água de um ribeiro; de observar in loco o trabalho de um arquivista, visitando o acervo do Arquivo Municipal e de tomar contacto com as marcas históricas do castelo e muralha circundante.
Alunos e professores aproveitaram para conviver e desfrutar do espaço verde da margem portuguesa do Rio Minho. “E nem o São Pedro se esqueceu de nós” foram algumas das palavras mais repetidas ao longo destes dois dias, pois as nuvens e os pingos de chuva pareciam
não querer largar a zona norte do país nos finais do mês de abril.
Nunca esqueceremos a simpatia de dois anfitriões, a Eureka e o Einstein, duas lontras que nos acolheram, de forma amistosa no seu habitat, até porque tivemos direito a um pequeno espetáculo que fizeram para nós. Pareceu-nos que até elas gostaram de nos ter lá.
É importante referir o quanto nos agradam estas visitas, até porque, para muitos de nós, elas são, muitas vezes, a única oportunidade que temos de sair de Braga. Conseguimos ver o que não existe no local onde moramos e convivemos com os colegas e com os professores num ambiente mais descontraído e informal do que aquele que temos de respeitar quando estamos na escola.
Para além disso, é uma forma agradável de darmos largas à nossa imaginação numa atividade que tanto nos agrada: tirar fotografias, como as que aqui vos deixamos e que ilustram as palavras que escrevemos.
Se tudo correr bem, no próximo ano há mais. Alunos do 8º ano do AEMaximinos
Revista Andarilho Edição 38
59
O Espaço Vazio
O tempo passou
Dias, semanas, meses
Que pareceram anos.
Já não o vejo
Já não o ouço
Já não lhe toco
Já não o beijo
Já não o abraço...
Sinto-o,
No espaço
E em mim.
O espaço está vazio
Nada lá está
Nada marca presença
O espaço afinal está cheio
Apesar de nada lá estar presente
Aquilo que partilhei,
Aquilo que contei,
Aquilo que me fez rir,
Aquilo pelo que chorei,
Lá permanece...
No espaço algo se vê,
Algo se sente,
Algo se cheira,
Mas ele está vazio,
Só que não tão vazio assim.
Cheio está ele
Faz-me viver
Observar
Sentir
Sonhar
Profundamente
Tal como é o espaço
Vazio
Profundo...
Ângela Sousa, 10ºano
O mar e o rum
Velas brancas,
Bandeira preta,
Eles navegam destemidos
E não desistem frente à tormenta.
Os 7 mares conquistaram,
E o pânico espalharam.
São os piratas,
Nas suas fragatas.
Yo-ho! eles gritam!
Esfregam, lavam, içam,
E rum, muito rum,
Bebem como se fosse água
E caiem como autêntica tábua.
Mar e rum,
Ai! É a vida de pirata,
Vivem em autêntico jejum,
Mas continuam, na sua vida, na sua
fragata.
Vasco
Peixoto
– 10º1
Revista Andarilho Edição 38
60
Poema de Amor
A vida dá-nos sempre uma lição,
Hoje sorrimos, amanhã choramos,
Quando damos conta estamos
apaixonados,
E perdidos num mundo de ilusão.
Acreditamos que nunca estamos
sozinhos,
Vivemos num mundo de fantasia.
Onde o amor é meu feitiço,
E tu és o meu Paraíso.
Sonho acordada quando estou a teu
lado.
Vivo alucinada, enganada e apaixonada,
Por esse vicio: TU .
Célia Oliveira 9º6
Estou
Perdido na dissonância
Encosto-me às luzes e reluzes,
Sinto-a com tanta ânsia,
Suspeito-me em chamas de lumes.
Abismal é o caminho que percorro
Pelas névoas sem fim eu caminho
Limites, encontro-me sozinho,
Salvai-me dos ventos deste globo.
Sensações do meu ser,
não está, é
Vejo e revejo o meu ver
Sem a amplitude de o aquecer.
Oh, vontade!!! Deixaste-me ileso,
Sem sentido nem ritmo
Ao meu perdedor resta-lhe o peso.
Bem-vindo, e chama-me de “Ilícito”.
Dinis Braga, 9º8
Sincronizadas
Belas escuridões obscuras
Condenais pensamentos pela paz
Aos ouvidos de Zeus sussurrais:
“Revela-te por mim e faz”.
Falas com sabedoria e pensais
Com contrastes de renascença
Graves, amenos e Agudos falais,
Passa-me essa tua essência!
Observo-te, reparo-te e sinto-te
Passas-me aspirações regressadas
Nossas almas são aliadas,
Nossas Línguas faladas.
Dinis Braga, 9º8
A noite!
A noite desvendava a lua cheia,
Pousada sobre águas profundas e
cristalinas…
O rio, silencioso, passava…
As árvores abanadas pelas brisas finas.
O vento que soprava das montanhas,
Desvendava os caminhos para as
aldeias.
O seu doce assobio,
Era mais hipnótico que o canto das mais
belas sereias.
As estrelas brilhavam suspensas no céu,
Como anjos que sorriam gratos para o
mundo.
A noite é calma, serena e silenciosa,
Fantasiosa, idílica e maravilhosa.
É da mais profunda escuridão.
Ana Carolina Pereira, nº2, 9º8
Revista Andarilho Edição 38
61
A 7ª
É numa grande tela branca,
Que ela é demonstrada.
É uma arte magnífica,
É uma arte extremamente valorizada.
Aventura, terror
Medo, esplendor,
Fantasia, Mistério
Livra-nos logo do tédio.
Pois é! A passadeira vermelha
Os paparazzi, a luz da ribalta
Hollywood e suas estrelas
São estas as vidas, que não brilham por
si só
Mas sim graças à luz das câmaras.
É esta a sétima,
A sua maneira de ser,
É uma fábrica de estrelas,
Brilha como um diamante
Mas suja é como a terra.
Vasco Peixoto – 10º1
San Valentín
En la semana de 9 a 14 de febrero celebramos una actividad de San Valentín con abanicos reciclados y "mensajes de teléfono móvil. " Los trabajos fueron expuestos en Frei Caetano Brandão y Escola Secundária de Maximinos. La actividad fue desarrollada por los estudiantes y profesores de Español.
(8º5)
En el día 15 de diciembre de 2014 hubo
una fiesta de navidad con la participación
de los alumnos de la Escola Secundária
de Maximinos, EB1 de Ferreiros y
Gondizalves, también participaron sus
padres que cantaron la música
Campanas de Belén. Esta actividad fue
desarrollada por las profesoras de
Español y el profesor de Religión.
Alumnos 8º 5
El amor doble
Como siempre te quedas en tu rincón,
Preguntándote, una y otra vez,
¿Qué es al final el amor?
Ya lo sabes,
El amor empieza com un doble
sentimiento egoísta:
La necesidad de tener a alguien solo
para ti;
La necesidad de alcanzar la plenitud.
La cuestión podría haber nacido sencilla
Pero ya lo sabes:
¡No puedes servir a dos amos!
António Campos Soares, 2014
(antigo estagiário do Mestrado do Ensino
de Espanhol)
Revista Andarilho Edição 38
62
Associações de Pais
Associação de Pais Do Centro
Escolar de Maximinos
A nova Associação de Pais e
Encarregados de Educação do Centro
Escolar de Maximinos assumiu,
entusiasticamente, desde o início do
ano letivo, um papel preponderante nas
dinâmicas da escola, cooperando nas
atividades do PAA e promovendo outras
iniciativas que complementaram o
sucesso desta escola em particular.
Do vasto trabalho realizado com
muito empenho e carinho, destaca-se o
envolvimento no Magusto, na Festa de
Natal, no desfile de Carnaval, na
Semana Cultural, no Dia da Partilha, no
desfile da Braga Romana, na
comemoração do Dia Mundial da
Criança e na Visita de Estudo.
Das inúmeras reuniões que a
Associção de Pais realizou ao longo do
ano, resultaram algumas agradáveis
surpresas que deliciaram as crianças e
os pais, nomeadamente: concurso para
a criação do logótipo da Associação,
Feirinha da Primavera, Feira do Livro,
espetáculo com palhaço e ilusionista no
Dia da Criança.
É de realçar a incansável
dedicação que manifestaram na
preparação e concretização destes
eventos, mobilizando toda a comunidade
educativa, incluindo o pessoal docente e
não docente.
Sensibilizados para a leitura, por
iniciativa própria, ofereceram um elevado
número de livros à Biblioteca do Nosso
Centro Escolar, muitos dos quais
exigidos pelas novas metas curriculares
e que não existiam nas bibliotecas do
nosso Agrupamento.
Reforçando a segurança dos
alunos nas saídas e a identidade da
comunidade, ofereceram camisolas e
bonés a todos os elementos da escola.
O corpo docente, reconhecendo o
precioso trabalho desta Associação de
Pais e o extraordinário impacto que teve
na vida escolar dos alunos, agradece e
enaltece tudo quanto fizeram em prol
desta escola.
O Coordenador de Estabelecimento
Revista Andarilho Edição 38
63
Associação de Pais de Gondizalves
A educação das nossas crianças deve
ser um processo contínuo, abrangente
e que não termina dentro das paredes
da Escola. Para além do dever que
cada pai ou encarregado de educação
tem de transmitir os conceitos gerais
de responsabilidade, cidadania e
respeito pelos outros, aos seus filhos,
todas as pessoas que lidam
diariamente com as nossas crianças
acabam por influenciar a sua formação
pessoal e escolar. No Centro Escolar
de Gondizalves, existe uma equipa de
profissionais dedicadas, que merecem
um louvor da Associação de Pais pelo
empenho e dedicação com que
diariamente nos ajudam a valorizar o
tempo que os nossos filhos passam na
Escola.
Com o ritmo acelerado em que todos
vivemos hoje, nem sempre
conseguimos dedicar a atenção devida
aos nossos filhos e muitas vezes não
lhes oferecemos o tempo que
precisam para ser crianças. Nesse
sentido, um dos objetivos da
Associação de Pais e Encarregados
de Educação de Gondizalves (APEG)
é o de proporcionar atividades lúdicas
aos alunos deste centro escolar nas
interrupções letivas. Para isso, a
APEG promove e participa num
conjunto de iniciativas que permite
angariar os fundos necessários para
suportar as despesas com as variadas
atividades que promove. A título de
exemplo, salienta-se a seguir algumas
das referidas atividades:
Visita ao Museu Ferroviário, Lousado
Visita ao Mosteiro de Tibães
Ida ao Cinema com almoço no
McDonald`s
Ida ao Sabichão Saltitão
Atividade no Indoor (futebol em
campo de relva sintética), Nogueira
Ida ao Kartódromo para os alunos
finalistas (4º ano)
Atividades do Dia da Criança
Ida à piscina/praia fluvial no verão
Ida à praia (incluindo almoço na
Colónia de férias João Paulo II)
Demonstração de danças
contemporâneas
Ida à G. N. R.
Participação na Festa de Natal e
Festa de final de Ano
Com a dedicação dos membros da
APEG, em coordenação com as
Professoras e as Auxiliares
Educativas, e com a ajuda de todos os
pais tem sido possível tornar a vida
dos nossos filhos mais alegre e
divertida durante o tempo
extracurricular que passam na escola.
Desta forma, ficamos com a sensação
de dever cumprido e é com muita
satisfação que vemos os sorrisos na
cara dos nossos filhos, sempre que
participam nas atividades por nós
promovidas.
Associações de Pais do 1º Ciclo
Relativamente ao trabalho
desenvolvido pelas associações de
pais do 1º ciclo deste agrupamento, é
digno de registo o esforço que estas
fazem para ajudar a dinamizar as
atividades promovidas em prol dos
alunos. O seu papel é muito mais do
que engenharia financeira. Elas são
também o reflexo da dinâmica da
escola.
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É importante que elas existam e
recomendam-se. São elas que estarão
na linha da frente para reivindicar e
defender os interesses dos alunos e
da escola.
Como exemplo, tivemos este ano o
caso concreto da escola EB1 da
Gandra. Era a única escola do 1º ciclo
do parque escolar do Agrupamento de
Escolas de Maximinos que ainda não
tinha sofrido qualquer tipo de
intervenção de restauros e
conservação. Apesar da intervenção
não ter sido a desejada, a operação
de restauro teve como prioridade a
substituição do telhado, janelas e
instalação do aquecimento. Este
processo foi desencadeado pela
Associação de Pais, em estreita
colaboração com a Direção do
Agrupamento, que, em conjunto,
encetaram todos os esforços para que
as obras fossem realizadas.
Hoje em dia as escolas são
bombardeadas com propostas de
atividades de diversa ordem. É
importante que as escolas saibam
selecionar aquilo que melhor serve os
interesses dos alunos, da escola e do
Agrupamento. Para isso, a planificação
anual das atividades deve ser
articulada verticalmente com todo o
Agrupamento e, sempre que possível,
em sinergia com as associações de
pais para uma melhor eficiência dos
recursos humanos e financeiros.
Este ano, pela primeira vez, reuniram-
se todas as Associações de Pais do 1º
Ciclo com o objetivo de iniciarmos uma
construção de identidade de 1º Ciclo
do AEmaximinos. Neste encontro,
procuramos perceber as realidades de
cada escola e de partilhar ideias e
boas práticas. Como ano zero, todas
as associações reiteraram a
necessidade de se criar um projeto
comum a todas as escolas,
promovendo um intercâmbio de
vivências entre alunos. Este caminho
já vem sido desbravado pouco a
pouco. Como bom exemplo disso, este
ano, na atividade dos jogos
tradicionais do 1º ciclo, participaram 33
equipas de todas as escolas. Outra
atividade de forte participação foi os
dois desfiles da Braga Romana.
Este ano foi analisada a possibilidade
de se realizar uma viagem de finalistas
para todos os alunos do 4º ano. Não
nos foi possível por sobreposição de
atividades de final de ano nas
diferentes escolas.
Todas as associações acreditam que
uma atividade desse género poderia
funcionar como uma imagem de marca
das escolas do 1º ciclo do
AEmaximinos, para além disso, seria
um momento oportuno de criar laços
para no ano seguinte, no 2° ciclo,
haver já familiaridade e, até, amizades.
Ficou a ideia, esperemos que no
próximo ano se venha a concretizar.
Com isto, apelamos a uma
participação mais ativa dos
Encarregados de Educação, na vida
dos seus educandos, de modo a que
todas as turmas tenham o seu
representante nas associações de
pais, pois só assim todos terão uma
palavra a dizer. Façam-se sócios e
sejam ativos.
Filipe Marques
Representante dos Encarregados de
Educação do 1º Ciclo no Conselho
Geral do AEmaximinos
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Desafio ao Pessoal Não
Docente
Canção de Natal 2014 – AEMaximinos
É a canção de Natal!!! HO!HO!HO! (Toda a gente) HO!HO!HO! (Vamos lá) HO!HO!HO! (Todos juntos) HO!HO!HO! Nossas Escolas são Do tipo familiar No AEmaximinos É fixe laborar Só queremos( OHOHOH) Educar (OHOHOH) Funcionários e professores Estamos com os alunos Que merecem tudo São boa companhia E dizem “Nunca Mudo” Fizemos esta canção HO!HO!HO! Foi feita à pressão! HO!HO!HO! E queremos que tenham um Bom Nataaaaal!!! Sempre alerta
Os funcionários P’ra nada falhar Somos solidários O dedo vamos meter Quatro vezes ao dia Há sempre o que fazer! Trabalhar dá energia!!! Sei que tu és Um bom estudante Vais-te aplicar P’ra ires adiante Tens de ir às j’aulas Não podes faltar Se te portas mal Ossas vais levar!!! Na nossa escola Preparas o futuro Trazes na sacola Sonhos que valem tudo (forte) Tu podes aber Com os profs aprender E boas notas ter… (Rap) Ao diretor que é astuto Com a sua filosofia Junta-se o professor Beleza Com a sua Psicologia
A Criatividade das AO
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A professora Teresa Paula E o seu estilo extravagante Com a professora Maria João Levam a coisa avante!!! O Stor Ferros E a ginástica laboral Compõem o presépio E já temos Natal Esta é a mensagem de Natal Que vos queremos dar E há uns Ferrinhos Que estão a desafinar!!! Bora lá!!! Vamos ao shopping As prendas comprar És porreiro comigo vais partilhar!!! Posso contar contigo No ano inteiro Sempre estás comigo És um “migo” verdadeiro Traz o Bolo-rei Aletria e Mexidos Pão-de-ló e rabanadas Sabes que somos amigos!!! Venha de lá uma pinga Não nos vai fazer mal Toda a gente brinda A um feliz Natal Gala do Desporto Escolar Nossa Escola tem desporto escolar E bons alunos para o praticar Nossa escola tem desporto escolar E bons alunos para o praticar Os professores com dedicação Fazem do aluno um campeão E os funcionários a acompanhar Estão sempre cá para os ajudar Refrão É Voleibol, é Andebol, Orientação
O que mais será, eu sei lá, eu sei lá É Golbol, é Boccia, é Natação O que mais será, eu sei lá, eu sei lá Com muito treino e dedicação Mesmo que às vezes haja uma lesão Com muito treino e dedicação Mesmo que às vezes haja uma lesão Rumo à vitória Bora lá ganhar E uma taça conquistar Rumo à vitória Bora lá ganhar Mais uma taça conquistar Refrão É Voleibol, é Andebol, Orientação O que mais será, eu sei lá, eu sei lá É Golbol, é Boccia, é Natação O que mais será, eu sei lá, eu sei lá Pr’a estar em forma os funcionários Também se esforçam, o que é normal Pr’a estar em forma os funcionários Também se esforçam, o que é normal E pr’a deixar tudo limpinho Fazem ginástica laboral E pr’a deixar tudo limpinho Fazem ginástica laboral
Refrão É Voleibol, é Andebol, Orientação O que mais será, eu sei lá, eu sei lá É Golbol, é Boccia, é Natação O que mais será, eu sei lá, eu sei lá Grupo CANTA AGORA e as CALATEJÁ
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O Professor do
século XXI: desafios…
O maior desafio dos professores,
atualmente, dizia há uns meses António
Sampaio da Nóvoa numa intervenção
pública (no âmbito das comemorações
dos cinquenta anos da
EscolaSecundária D. Maria II), é ensinar
os alunos que não querem aprender…
Se a esta variável contextual, que
caracteriza frequentemente as nossas
salas de aula, acrescentarmos a
quantidade e a diversidade de papéis
que hoje são desempenhados pelos
professores, facilmente concluímos que
as funções têm vindo a alterar-se
profundamente na profissão docente.
Este tópico dacomplexificação
das funções dos professores, bem como
o da problematização da natureza desta
profissão , tem sido objeto de
variadíssimos estudos e reflexões, no
sentido de se analisar e contribuir para
uma maior clarificação e definição
daquilo que carateriza e distingue hoje
estes profissionais de outros,
igualmente bem qualificados, do ponto
de vista académico.
As diferenças colocam-se ao
nível da especificidade da sua atividade,
no que se refere a um saber e agir
distintivos (Roldão, 2010), que pode ser
definido como um conhecimento
profissional (docente) constituído por um
conjunto de saberes teóricos (científicos,
científico-didáticos e pedagógicos) e
práticos que, de forma integrada, não só
fundamentam o agir sobre e na prática,
como também legitimam o saber-fazer (o
como e o porquê) em contextos
concretos.
Ora, estes sofreram profundas
alterações nos últimos anos, quer em
relação à população escolar com quem
se trabalha, quer em relação ao tipo de
tarefas que hoje o professor tem que
fazer, para além daquela que é por
excelência (ou deveria ser) a de ensinar.
Por outro lado, à escola do século
XXI são também colocados desafios que
decorrem das transformações da
sociedade que se refletem na(s) forma(s)
como se acede à informação e ao
conhecimento e, logicamente, nos
modos como se aprende e como se
comunica. Dito de outro modo, a
revolução tecnológica e digital a que se
tem assistido nos últimos anos reflete-se
na escola à qual se exige o
desenvolvimento nos alunos de um
conjunto de literacias essenciais à
aprendizagem e ao sucesso educativo e
que devem incluir, segundo orientações
oficiais (Aprender com a biblioteca
escolar; RBE, 2012), não só as
competências básicas de leitura,
matemática ou ciências, como outras, de
que são exemplo as competências da
informação, digitais e dos media, cujo
impacto nas aprendizagens vai para
além dos muros da escola…
Neste sentido, todas as
mudanças que vão ocorrendo e que se
vão perspetivando no futuro colocam
novos desafios aos professores e, para
serem levadas a cabo, é necessária
(in)formação para que se possam ser
perspetivadas novas formas de exercer a
profissão, novas formas de construir uma
“profissionalidade docente”, nas palavras
de Nóvoa ….
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Por conseguinte, um dos grandes
desafios que hoje se coloca aos
professores é o seu desenvolvimento
profissional, no sentido de que, sendo
profissionais altamente qualificados,
sejam reconhecidos académica,
profissional e socialmente, porque um
professor “competente” é, segundo uma
especialista na área (Roldão, 2007), nos
dias de hoje, aquele que é capaz de
pensar/refletir criticamente sobre o
trabalho realizado e/ou a realizar, isto é,
é aquele que é capaz de explicar as
escolhas que faz, de fundamentar e de
explicitar científica, didática e
pedagogicamente o seu trabalho,
analisando e avaliando as suas ações,
no sentido de as reorientar.
Ora, este perfil de professor
pressupõe não só um olhar (auto)crítico
sobre as práticas profissionais, como
também implica uma predisposição
para a adesão a formas alternativas de
trabalho, menos individualizado e mais
colaborativo e reflexivo, onde a
aprendizagem pode ser recíproca e,
nesta perspetiva, será que esta partilha
não poderá constituir-se como uma
modalidade de formação e um dos
caminhos para a melhoria da qualidade
dos professores?
E se estas práticas de
formação/supervisão (interpares) forem
profícuas poderão certamente ser uma
mais-valia para a formação contínua de
professores, as quais, por sua vez,
poderão também constituir-se como
práticas de referência para as novas
gerações de professores, no que se
refere à aprendizagem e à partilha em
que também os mais novos poderão ter
uma palavra a dizer…
Em jeito de conclusão, e a avaliar
pelas alterações sociais e tecnológicas
mais recentes, muitas e diversificadas
mudanças surgirão na escola do século
XXI e muitos outros desafios serão
colocados aos professores, como, por
exemplo, a alteração do espaço sala de
aula que, entretanto, já mereceu a
atenção da Finlândia onde “a 'velha sala
de aula' tem os dias contados (In
Expresso, 29 de maio de 2015). Aquele
que tem sido o espaço e o tempo, por
excelência, das práticas de ensino e de
aprendizagem (e cuja configuração se
tem mantido igual ao longo de décadas)
surge agora também como objeto de
atenção das reformas na educação e
mais um desafio para os professores…
Mas não serão estas e outras
questões que todos os dias desafiam os
professores a encontrarem soluções? O
que é necessário para que, nos dias que
correm, lhes seja devolvida a dignidade
e conferida a autoridade de que tanto
precisam (e merecem)?
Professora Angelina Rodrigues
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Desafio(s) para o Mérito
Sabe-se que o que nos move são os sonhos e, desde cedo, precisamos de encontrar
incentivos que, de algum modo, nos ajudem a estabelecer metas para os atingirmos.
Por isso, o AEmaximinos desafia os seus alunos a integrar, nas suas metas, os Prémios de
Mérito, de Excelência, de Melhoria Significativa e de Valor, tendo em conta critérios pré-definidos e
divulgados a toda a comunidade escolar, logo no início do ano letivo. Deste modo, as crianças e
jovens sabem que, se o seu desempenho estiver dentro dos parâmetros estabelecidos, podem ver o
seu trabalho ser reconhecido publicamente, numa Cerimónia aberta à comunidade.
Estes prémios têm ajudado a incentivar o gosto pela aprendizagem e têm contribuído para a
aquisição de valores de civilidade, que passam pelo espírito altruísta e pela participação na
construção de uma escola eficiente e eficaz. No presente ano letivo, cerca de duzentos e trinta
alunos irão ser premiados pelo seu esforço, pelo seu trabalho e pelo gosto que demonstraram em
aprender.
O nosso propósito é dar a todos a possibilidade de figurar no quadro de honra. Nem todos
conseguem, mas muitos chegam lá e, vendo o seu trabalho reconhecido, aprendem a valorizar o
esforço e a constatar que “tudo vale a pena / Se a alma não é pequena” (Fernando Pessoa).
“De nenhum fruto queiras só metade”, diria Miguel Torga. É esse o grande objetivo da
confirmação pública do desempenho dos alunos: que as nossas crianças e jovens aspirem a ser
cada vez melhores, quer no que diz respeito aos resultados académicos, quer no que diz respeito
aos desafios da sua vida pessoal e social.
A Direção
Nenhuma mente que se abre para uma nova ideia
voltará a ter o tamanho original.
Albert Einstein
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Humor em Desafio
ANEDOTAS:
Um aluno que não tinha feito os trabalhos de
casa tentou impressionar o professor.
Explicou que, na noite anterior, havia caído
sobre a sua terra uma tempestade tão grande
que em vez de raios... viam-se diâmetros.
O professor:
- Os exercícios do teste serão parecidos com
os das aulas. Apenas os números serão
diferentes, não todos... por exemplo, o pi
continuará a ser 3,141592...
O Manelinho está muito mal na Matemática.
Os pais já tentaram tudo: explicações,
brinquedos educativos, centros
especializados, terapia, nada adiantou. Então,
ouvem dizer que há uma escola de freiras no
bairro que é muito boa, e resolvem fazer mais
uma tentativa.
No primeiro dia, o Manelinho volta para casa
com a cara séria e vai direito para o quarto,
sem sequer cumprimentar a mãe. Senta-se na
escrivaninha e estuda. Estuda sem parar. A
mãe chama-o para jantar. Ele janta muito
depressa e volta imediatamente aos estudos.
A mãe nem acredita. Isto passa-se durante
algumas semanas. Um dia, o Manelinho volta
para casa com a caderneta, que entrega à
mãe. Nota 5 a Matemática! A mãe não se
contém e pergunta:
- Filho, diz lá o que te fez mudar assim? Foram
as freiras?
O Manelinho balança a cabeça negativamente.
- O que foi, então? - insiste a mãe - Foram os
livros, a disciplina, a estrutura de ensino, o
uniforme, os colegas, O QUE FOI?
O Manelinho olha para a mãe e diz:
- No primeiro dia, quando eu
vi aquele senhor pregado no
sinal de mais, percebi logo
que elas não estavam a
brincar...
CARTOON:
É estranho, disseram-me
que tinhas morrido!
Olha, como vês estou
vivo e bem vivo…
Desculpa lá, mas a
pessoa que me contou
que estavas morto é de
muito mais confiança
que tu!
Mo
nta
nh
as
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72
REGIME ARTICULADO
ENSINO ESPECIALIZADO
MÚSICA
PROTOCOLO
REGIME ARTICULADO
ENSINO ESPECIALIZADO
DANÇA
PROTOCOLO
AGRUPAMENTO DE REFERÊNCIA
EDUCAÇÃO DE ALUNOS
CEGOS e
BAIXA VISÃO