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A Atua Revista é uma publicação da Associação Comercial de São João da Boa Vista. Sua distribuição é gratuita. Contato pelo telefone (19) 3634-4310 ou ainda pelo email [email protected]
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Neste ano de 2013 a Revista Atua comemorará seu sétimo ano de existência. De lá pra cá, muita coisa mudou. O que não mudou – e não irá mudar – é nosso compromisso de informar sempre com o máximo de isenção, credibilidade e qualidade. Por isso reunimos uma grande gama de colaboradores e especialis-tas, das mais diversas áreas, para trazer sempre até você temas atuais.
E nessa edição do mês da mulher, como não poderia ser diferente, entrevista-mos uma das mulheres de maior destaque no município, Patrícia Magalhães, 46, mãe, esposa, advogada, gerente de um plano de saúde e, agora, vice-prefeita de nossa cidade. “O grande desafio, que espero conseguir, que é o desafio do prefeito, é melhorar a questão da educação”, afirma Patrícia. No meu ponto de vista, a educação é o segmento que demanda mais investimentos dos governos. Mas não apenas investimentos tecnológicos, em material didático ou escolas; mas também na humanização, sociabilidade e respeito com os professores.
Outro tema especial é sobre a evolução do cinema nacional que nos últimos anos, está em franco crescimento, tanto em número de produções como em público. Em 2011, de acordo com a Ancine, o número total de ingressos ven-didos chegou a 143,9 milhões. Você conhecerá mais sobre o renascimento do cinema nacional na matéria de Franco Junior.
Além dessas matérias, dicas, tendências, beleza, saúde e muitos outros temas você confere nesta edição de Março da sua Revista Atua.
O que não podemos deixar de citar é que estamos sempre abertos para suges-tões, críticas e elogios, através do nosso Facebook, Twitter e website.
Uma ótima leitura!
Ângela Loup PessanhaEditora-chefe
’editorial
Ops... erramos!
Na matéria O conflito árabe-israelense, publicado na última edição na página 108, a legenda do infográfico que apontava o crescimento do estado israelense estava invertida. Na verdade, o bege mais escuro representava as terras do israelenses en-quanto o mais claro, as terras árabes.
Também no anúncio da Free Importados, o telefone da empresa foi grafado erronea-mente. O correto seria (19) 3633-5622.
A Revista Atua (ano 6, número 22, Março de 2012) é uma publicação sem fins lucrativos da ACE - Associação Comercial e Empresarial - Rua São João, 237, Centro - São João da Boa Vista-SP. Tel. 19 3634-4300. Sua distribuição é gratuita e dirigida, não podendo ser comercializada. Colaborações e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião dessa publicação. Tiragem: 4 mil exemplares
Editora-chefeÂngela Loup Pessanha | [email protected]
Gerente ExecutivoAnselmo Moreira | [email protected]
Jornalista responsávelLuiz Gustavo Gasparino - MTb. 47.333 | [email protected]
MatériasMisael MainettiAna Paula Fortes
RevisãoJoão Sérgio Januzelli de Souza | [email protected]
Projeto gráficoMateus Ferrari Ananias | [email protected]
Venda de espaços publicitáriosGabriela Tomé | [email protected]
PublicidadesAlexandre Pelegrino | [email protected]
Fotos publicitáriasJuan Landiva - (19) 9371-4781
Produção de modaMichelli Delcaro - (19) 9212-2425
Fotos sociaisDavis Carvalho - (19) 8210-9499
CapaModelo: Patrícia MagalhãesFoto: Juan Landiva
ImpressãoGRASS (São Sebastião da Grama/SP) - (19) 3646-7070
Siga a Revista Atua nas principais redes sociais:
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@atuarevista
Dicas100
Cinema98
49 anos do Golpe Militar94
Cartão fidelidade e o engano logístico88
Um Sol que não vemos84
História através das caricaturas80
Agito78
A rádio fantasma russa102
Logística reversa106
Ascenção do cinema brasileiro108
Receitas64
Brigas na relação32
Tendências de decoração30
A moda musical28
Sujeira dos cães24
Tendências18
Tendências outono-inverno14
Câncer de mama36
TPM tem solução40
192 ou 193? Para quem ligar?42
Incenssos macaúbicos46
Alergias de outono56
Mulheres empreendedoras60
As apostas da estação12
Ensaios sobre cultura110
Agito112
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EU USOÓCULOS
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’caixa de entrada
“O editorial de moda que foi feito na Serra da Paulista está simplesmente lindo!”Luiza Ferraz
Cartas para esta seção...
Podem ser enviadas para o [email protected] ou por carta à rua São João, 237, Centro, São João da Boa Vista/SP. Por motivo de espaço, as cartas selecionadas para publicação poderão sofrer cortes.
Eleições
“Gostei muito do formato que foi aplicado na entrevista com o prefei-to eleito, na última edição da Revista Atua. Em especial, gostei dos dados que a revista disponibilizou sobre os votos brancos, nulos e o primeiro colocado em cada região da cidade. A possibilidade de que o leitor pos-sa realizar perguntas ao entrevistado também é muito legal e eu acho que ofere interatividade com a revis-ta. Vocês estão de parabéns!”Adilson Roberto
Fim do mundo
“Agora que sobrevivemos ao dito fim do mundo, tenho de parabe-nizar pelo trabalho de pesquisa que originou a matéria sobre ele, especialmente sobre o ‘Incidente do Equinócio de Setembro’. Mesmo tendo vivido essa época da guerra fria nunca tinha ouvido falar sobre esse caso que quase gerou uma guerra nuclear. Outra matéria que valeu a pena ler foi sobre a fuga de Hitler para a Argentina. Ela estava repleta de referências e citações, que a tornam muito mais incrível”Manoel B. da Silva
Crianças terceirizadas
“Eu achei muito interessante essa matéria e acredito que é um retrato fiel do que anda acontecendo atualmente. Em meio a essa sociedade cada vez mais veloz, acabamos mesmo terceirizando a criação dos filhos, passando muito pouco tempo com eles. Eu acredito que esse tipo de comportamento deve repercutir de forma muito negativa no desenvolvimento delas. Talvez seja hora de refletimos sobre desacelar um pouco nossa vida”Marco Antonio Lourenço
Matérias
“Eu acho que as matérias da Revista Atua estão melhorando a cada dia. Tenho gostado muito dos temas, das abordagens e das entrevistas de vocês. Continuem assim. Um forte abraço!”Felipe Sampaio
Moda e estilo de vida
Criado pela designer de jóias, Maria Fernanda Murad, o blog traz looks, dicas, e todas as tendências para as estações . Nele, as apaixonadas por moda se interam sobre eventos , lojas, novidades, e sempre de forma clara e descontraída.
Olhe lá depois:www.mafemurad.blogspot.com.br
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’radar
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por Gabriela Carvalho Domingues
O inverno é a estação do ano em que
nossa pele exige cuidados redobrados.
Isso porque o vento, as baixas tempera-
turas e os banhos excessivamente quen-
tes podem ocasionar um ressecamento
intenso e é aí que surgem as rachaduras,
o prurido, a sensibilidade e vermelhidão.
Assim, torna-se indispensável preparar
a nossa pele para receber a época mais
fria do ano! Confira as dicas a seguir.
Banho quente, nunca! - Evite tomar
banhos muitos quentes. Isso porque
a água quente, embora reconfortante,
resseca muito a nossa pele, retirando a
proteção natural. Opte por sabonetes
suaves, de preferência os glicerinados
ou com ativos hidratantes e com pH
próximo ao da pele.
Esfoliação, já - A esfoliação é uma
etapa importante no cuidado com a
pele. Deve ser feita em casa, no má-
ximo três vezes por semana. Esse pro-
cedimento retira as células mortas da
pele, deixando-a mais fina e prepara-
da para receber o hidratante. Prefira
os esfoliantes com grânulos mais finos
e delicados para pele do rosto e com
grânulos maiores para o corpo. Dê
atenção especial aos joelhos, cotove-
los e calcanhares.
Super hidratação - Depois da esfolia-
ção, é hora de hidratar. Cremes e lo-
Como preparar apele para o invernoPor causa do vento e baixas temperaturas torna-se indispensável esse cuidado
’beleza
ções à base de uréia, ceramidas e óle-
os vegetais (amêndoas, uva, girassol
etc.) ajudam a manter a pele do corpo
hidratada e com aspecto saudável. Es-
ses hidratantes funcionam como uma
barreira para pele, protegendo-a do
ressecamento excessivo e até mesmo
do envelhecimento precoce.
Para o rosto, prefira hidratantes
com textura mais leve, à base de vi-
taminas, ácido hialurônico e extratos
vegetais que auxiliam na recuperação
da pele e possuem ação antirrugas.
Use filtro solar - Mesmo nos dias
mais frios, nunca esqueça o filtro
solar. Além de prevenir o apareci-
mento de rugas e manchas, ele é de
extrema importância no combate
ao câncer de pele.
Fique ligado!
O inverno é a época ideal para realização de procedimentos como
peelings (foto abaixo) e lasers. Esses tratamentos são capazes de
corrigir cicatrizes de acne, manchas, rugas e outras alterações de-
correntes do envelhecimento. Com a ausência do sol forte durante
a estação fria do ano, fica mais fácil clarear as manchas e reduzir
pequenas imperfeições que, muitas vezes, são adquiridas no verão,
pelo excesso de exposição à luz solar. Alguns procedimentos
requerem um preparo da pele com cremes especiais para garantir
melhores resultados, portanto, deixe agendada sua consulta com o
dermatologista e descubra qual o tratamento mais adequado para
manter sua pele saudável e bonita por muito mais tempo!
Foto: Reprodução internet
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’moda
Trend: as maioresapostas da nova estação Os maxi brincos chegaram com tudo e prometem sucesso entre as mulheres
por Mafê Murad
A tendência dos maxi brincos vem com tudo nesta nova
estação. Eles bombaram nos últimos desfiles e agora
estão chegando às ruas e fazendo a cabeça das brasilei-
ras. Os cabelos presos deixam os brincos com mais des-
taque afinal, um brincão desses é para ser mostrado!
Ao contrário do que parecem, os brincos são bem
leves e fáceis de combinar tanto com looks abusados
quanto com os mais básicos. Como se trata de um
maxi acessório, muitas vezes não há necessidade de
se usar outros complementos como colares e pulsei-
ras. Prefira equilibrar o look final com peças mais deli-
cadas e que não chamem tanta a atenção.
Outra tendência que já está dando o que falar
são os crucifixos. E não é por acaso, eles são lindos
e possui um significado de proteção e fé, uma óti-
ma pedida para finalizar um look bacana! Outras
opções são as versões mais rústicas como a feita
em crochê ou então em uma versão maxi! O mais
legal é que essa tendência veio para os homens
também, com versões estilizadas da cruz.
O bacana é se jogar nos acessórios trans-
formando seus looks básicos em looks super
na moda. Vale usar e obusar dos terço, e das
pedras naturais. A paleta de cores dos aces-
sórios segue colorida, porém em tons mais
fechados e escuros.
A blogueira do Maria Finna, Laryssa Murayama, com brinco cruiser .
Fotos: Divulgação
Acima, maxi brincos. Ao lado, copie o look das famosas, entre elas a nossa blogueira de
São João da Boa Vista, Larissa Batista.
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por Mafê Murad
O verão ainda está com tudo e algu-
mas tendências deste outono-inver-
no 2013 já desfilam pelas passarelas
do Brasil e começam a circular pelas
ruas. As referências são: o gótico, o
militarismo e o barroco, com peças
que prometem aquecer os termôme-
tros do estilo na próxima temporada!
As cores seguem os tons mais
escuros. Preto, cinza, verde, roxo, ver-
melho e vinho. Vale apostar nas listras
que se sobressaem, no mix de textu-
ras como renda, lã e veludo.
O preto, o couro sintético, as es-
tampas de crucifixo e os detalhes
em tachas e spikes são os principais
representantes da tendência gótica,
que já podem ser vistas nas ruas du-
rante o verão. Para os sapatos, a es-
tação pede conforto. As botas curtas
estão em alta mais uma vez, assim
como calçados abotinados, como as
moto boots e as lita boots (bota-de-
sejo das fashionistas).
O militarismo vai além da estam-
pa camuflada e os tons de verde e co-
meça a influenciar a modelagem das
peças. As parkas são descontraídas
e as camisetas possuem estampas e
aplicações localizadas.
Arabescos, brocados e rendas fa-
zem do barroco uma tendência gla-
morosa que foram apresentados pe-
las principais marcas internacionais
e nacionais. O Outono Inverno 2013
vem com muito dourado, estampas
florais inspiradas em tapeçaria, velu-
Tendências do outono-invernoSe prepare para a nova estação com muito militarismo, peças em gótico e barroco
’moda
dos e transparências elegantes. Chic
é a palavra de ordem, junto à riqueza
dos materiais, o sonho, a imaginação.
Sem falar que esta tendência trans-
porta-nos para épocas históricas de
grande beleza.
E para arrematar os looks, a ma-
quiagem com cores em preto, mar-
rom e cinza são uma boa pedida.
As roupas inspiradas no armário
masculino, como os casacos com cor-
te semelhante ao terno, ganharam no-
vas cores e detalhes femininos, os con-
juntinhos com saias ou calças podem
ser usados para ir ao trabalho, pois são
peças confortáveis e discretas.
Se jogue nas tendências, levan-
do sempre em conta seu estilo, o
que se sente bem ao vestir e o que
cai bem em seu corpo!
Fotos: Reprodução Briefings e Batons
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’tendências
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’tendências
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Fazer ou não fazer a barba?A preguiça ao se barbear, pode aniquilar a barba e até mesmo a pele do homem
’beleza
Levantar cedo, lavar o rosto, escovar os dentes, tomar ba-
nho e ir trabalhar. Qual homem nunca ficou com preguiça
de fazer a barba? Pois é, para alguns, o jeito é gostar de
permanecer com barba. Para outros, o jeito é dar aquela
“fugidinha”. Mas será que fazer a barba todo dia é saudável?
De acordo com o dermatologista americano Jeffrey
Benabio, responsável por um famoso site americano, o
“The derm blog”, que já atraiu quase quatro milhões de
visitantes, fazer a barba todos os dias é um risco à saúde da
pele. “Os homens não se barbeiam, eles aniquilam a barba e
ainda aniquilam a pele”.
Muitos homens têm barba grossa e encaracolada, mais
vulnerável ao encravamento. Além disso, quando os ho-
mens se barbeiam, formam-se feridas e cortes e o ideal
é dar tempo à recuperação da pele para que ela cicatrize
e possa receber novo corte, mas na prática não é o que
acontece! Muitos homens têm que fazer a barba todos os
dias, por conta do emprego ou de preferência, e acabam
repletos de ferimentos e inflamações.
Barbas grossas - No caso de homens com barba mais
grossa ou com mais tendência de encravamento, a dica é
realizar sessões a cada três dias ou ainda recorrer às depi-
lações a laser para enfraquecer os pelos. De acordo com a
Sociedade Brasileira de Dermatologia, homens com pelo
reto e fino podem fazer a barba diariamente sem proble-
mas. De forma geral, a lâmina causa apenas problemas aos
homens com pelos grossos e encaracolados.
Dicas - Utilizar creme, condicionador ou não utilizar nada
ao fazer a barba? O que é melhor? De acordo com espe-
cialistas, existe maneira correta de utilizar a lâmina. Ao to-
mar banho, passe uma camada de condicionador na re-
gião da barba. Isso ajuda a amolecer os pelos e, além disso,
o vapor do chuveiro também hidrata a pele.
É difícil ter tempo para tantos cuidados, mas o ideal
é aplicar uma toalha quente no rosto por três minutos
– isso ajuda na vasodilatação e incha um pouco os pe-
los. No supermercado, existem vários cremes e espu-
mas de barbear. Produtos com textura de gel e mousse
são recomendados para peles oleosas e cremes são
indicados somente para peles secas.
O reparo ideal - Use a água
quente da pia para lavar corretamente
e secar o barbeador. Isso confere vida
mais longa às lâminas e deixa você
em dia com seus cuidados, pois em
primeiro lugar higiene, depois, beleza.
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Foto: Reprodução internet
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A mania de passar a lâmina várias
vezes no rosto é totalmente prejudi-
cial à pele. O problema não é o nú-
mero de lâminas na gilete, mas é a
quantidade de vezes de aplicação
de lâmina na pele. O homem deve
se barbear, de preferência, com bar-
beador limpo e de três lâminas.
A mania de usar a lâmina no
sentido oposto do crescimento dos
fios pode fazer com que o pelo pe-
netre na pele antes de ser cortado,
prejudicando o rosto e encravando
os fios. Não é nada saudável barbe-
ar várias vezes o rosto e, logo após
o corte, é indicada a utilização de
água corrente fria, o que causa o fecha-
mento dos poros e evita sangramentos.
De maneira geral, é necessário
privilegiar o uso de creme de bar-
bear ou algum produto hidratante
para “acalmar” a pele. A pele seca
envelhece precocemente, por isso,
o homem deve privilegiar cremes
hidratantes, com moléculas de ação
antirradical livre. A prevenção sem-
pre é válida, por isso utilizar filtro so-
lar é indicado. Essa proteção evita o
envelhecimento da pele.
Sessões a laser - O tratamento a la-
ser é ideal para os homens com ir-
ritações constantes e pelos grossos
e encaracolados. As sessões a lazer
diminuem a espessura dos fios e a
grossura dos pelos. Em alguns ca-
sos, muitos pelos nascem a partir de
um mesmo folículo, o que causa gran-
de irritabilidade à pele e, nessa situação,
o laser também é uma boa pedida.
Quando o problema é o bolso, o
consumidor, é claro, pensa em eco-
nomizar e daí opta por poucas ses-
sões. Segundo a Academia America-
na de Dermatologia, o laser destrói
primeiro os fios mais fracos e, devi-
do a isso, fazer poucas sessões só é
recomendável para quem não tem
planos de deixar a barca crescer.
O projetista em telecomunica-
ção Bruno Melo, morador de São
João da Boa Vista, gosta de deixar a
barba, mas, ao se barbear, faz ques-
tão de tomar cuidado: “Eu faço a
barba duas vezes por semana. Quan-
do quero deixar a barba, eu aparo
com a máquina para não ficar muito
grande; pelo menos uma vez por se-
mana. Dessa maneira, eu nunca tive
complicações”. A
Dicas para um barbear perfeito:
1 - Lave o rosto com água quente, um pouco mais do que morna. Isso abre os poros, facilita a limpeza da pele e o
deslizar da lâmina, que deve estar limpa. Se for usada, deve ter corte o suficiente para mais um barbear, sem irritar
ou ferir sua pele.
2 - Use um “pre-shave” que pode ser substituído por um sabonete facial líquido. Esta ação prepara a pele para o
corte. Se não tiver paciência e nem tempo, deixe o sabonete líquido facial, no box, junto com xampu. Depois do
cabelo, lave seu rosto com o produto adequado. Faça a barba, após a chuveirada. Simplifique. Existem produtos do
tipo “3 em 1”: para cabelo, rosto e corpo.
3 - Não exagere na espuma de barbear. Quanto melhor a qualidade menor a quantidade. Se a sua pele for sensível,
use protutos próprios. Espalhe de um lado e depois do outro lado do rosto.
4 - Aplique “golpes”curtos o suficiente para ir barbeando pequenas áreas, isso evita o escanhoamento, que se mal
feito, pode maltratar a pele.
5 - Após a barba, lave o rosto com a água o mais fria possivel. Isso facilita fechar os poros e evita a vermelhidão.
6 - O toque final fica por conta do seu “after shave”, gel, creme ou loção. Existe no mercado muitas possibilidades
com preços para todos os bolsos, gostos e tipos de barbas. Os mais indicados são para pele sensível, pois têm
propriedades chamadas de “calmantes”.
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Sujeira dos cães não é maismotivo de preocupaçãoSaiba quais são as dicas para se ter um cão e uma casa limpa ao mesmo tempo
’seu pet
Ter um cãozinho em casa é o sonho de toda criança. Aliás,
não só das crianças, mas de muitos adultos também. Afinal,
quem é que não quer um ser todo peludo para dar e rece-
ber carinho? Quem não quer ter em casa, a todo momento,
o mais fiel amigo do homem? Mas é bom lembrar que nem
tudo é um mar de rosas. Na hora de limpar a sujeira que esse
lindinho deixa bate aquele arrependimento. Porém isso não
é motivo para não se ter um bichano que irá compartilhar
de sua rotina diária. Existem algumas técnicas que facilitam
e muito a vida dos donos da casa.
Atenção as dicas - Conforme a veterinária, Juliana Massa-
ro, entre as principais dicas estão: Escolher o local onde
o pet irá fazer as necessidades, “se o animal ficar dentro
de casa, o ideal é um local fixo e calmo, lembrando que este
deve ser muito bem escolhido por causa do odor”; Insti-
tuir horários, “isso começa pelo controle da alimentação,
ou seja, não deixar ração disponível o dia todo”; vigiar os
horários das necessidades do seu pet, “assim que vê-lo
fazer cocô ou xixi em local indevido, interrompa-o e leve-o
ao lugar certo, se ele conseguir, faça-lhe agrados”; Limpar
bem o local inadequado onde o cão fizer xixi ou cocô,
“os cães têm o olfato muito apurado e se sentirem o cheiro,
retornarão ao erro, existem alguns produtos próprios para
essa limpeza, e o famoso Pipi Pode Não Pode, que auxilia
no adestramento sanitário de cães”.
A veterinária explica ainda, que se o animal fizer as
necessidades fora do lugar escolhido, ele não deve ser
punido, pois não irá compreender o motivo da briga ou
tão pouco a punição.
Animal no quintal – Quando o cão vive no quintal tudo fica
mais fácil, principalmente se for filhote. Basta escolher o
local onde quer que o pet faça as necessidades, observar
quando ele estiver fazendo e colocá-lo imediatamente
no local escolhido. “Deixe os dejetos por lá um tempinho,
isso ajuda muito, pois ele saberá que este é o lugar em que
pode ser feito”, conta Juliana. Outra opção, conforme a es-
pecialista, é usar o produto Pipi Pode, colocando-o em
cima de um jornal. Isso tudo se torna fácil se o dono tiver
dedicação, carinho e paciência.
Se sujeira era a justificativa para não se ter um cão em casa,
a partir de agora não existem mais motivos. Afinal, em pouco
tempo ele estará treinado a fazer as necessidades no lugar cer-
to e será todo só carinho. Então adote o seu animalzinho de
estimação e receba amor recheado de várias lambidas. A
Foto: Reprodução internet
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’agito
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’esporte
A moda musical do verãoEstilo criado em 2001, a Zumba ganhou muitos adeptos, agora também no interior
por Luiz Gustavo Gasparino
Uma aula de dança é capaz de trazer
dezenas de benefícios ao corpo e à
mente. Além de movimentar o esque-
leto inteiro, queimar calorias e melho-
rar o condicionamento físico, bailar
fortalece ossos e músculos, melhora o
equilíbrio e o humor.
E, no verão, a procura pela dança
cresceu. Unindo os ritmos do mo-
mento com a perca de calorias sur-
giu a Zumba, um estilo que mistura
treinamento de resistência com vá-
rios ritmos latinos (salsa, merengue,
kuduro etc.), além de funk, axé e –
para ganhar mais adeptos – até mes-
mo o sertanejo universitário.
A Zumba foi registrada por colom-
bianos em 2001 (veja box ao lado), po-
rém chegou ao Brasil em 2011, em São
Paulo e Rio de Janeiro. Da metade de
2012 para cá, começou a rodar tam-
bém o interior do país.
O dançarino da banda Gênese e pro-
fessor no Palmeiras Futebol Clube, Carlos
Eduardo Tavares da Silva Nunes, dança
desde os 17 anos (hoje tem 28), mas há
dois anos iniciou o trabalho com a Zum-
ba nessa região. “Sou o precursor da Zum-
ba em cidades como São Sebastião da
Grama, Vargem Grande do Sul e São João
da Boa Vista, onde dou aulas”, relata.
Independentemente se sabem
dançar ou não, todos se adaptam fa-
cilmente a uma aula de Zumba. “É
uma aula completa e não possui técni-
cas. Trabalha toda a musculatura e en-
volve performances. Serve para homens
e mulheres e para todos os biotipos de
corpo”, afirma Carlos.
Mas qual a diferença entre uma
aula de dança e de Zumba? Professor
Carlos responde: “A aula de dança en-
volve técnicas, diferente da Zumba, que
é focada na perda de calorias e na parte
aeróbica. Nada mais é que a mistura dos
ritmos com exercícios físicos”, explica.
Todas as idades, desde crianças
até senhoras, estão a praticando. En-
tre outros benefícios, a Zumba reduz
dores, potencializa o aprendizado, a
memória e a atenção, retarda o pro-
cesso de envelhecimento e altera as
frequências cardíaca e respiratória
(o coração pode chegar a 200 bati-
das por minuto, e os pulmões fun-
cionam em até 20 respirações por
minuto – quase o dobro do trabalho
normal). Isso sem falar no convívio
coletivo, que pode garantir novas
amizades e boas risadas.
“A pessoa perde de 500 a 600 calorias
em uma hora de aula, se ela não parar
para descansar ou beber água. Trabalha
a parte cardiovascular e é uma terapia
fantástica, pois a dança mexe com o
psicológico. É a melhor coisa para quem
Aula completa - A Zumba nada
mais é do que uma dança que mistura
treinamento de resistência com vários
ritmos latinos (salsa, merengue, kuduro)
e também os ritmos brasileiros (funk,
axé e sertanejo universitário).
Foto: Reprodução internet
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está com depressão”, cita o professor.
Inovação – Carlos dá uma aula dife-
renciada para os mais de 130 associa-
dos do clube alvinegro que praticam a
Zumba. “Além da origem da Zumba, dou
uma mesclada com alguns estilos que
uso, por ser dançarino. Sempre com um
pouco daquilo que o povo está curtindo
no momento, como sertanejo, pagode,
entre outras músicas atuais”, comenta.
Apesar de no verão o número de
participantes ter crescido, Carlos ga-
rante que a procura acontece o ano
inteiro, tanto no clube como em suas
aulas particulares. “O que mais chama
a atenção das pessoas é o resultado
e os benefícios que a Zumba traz em
pouco tempo, como a perca de calo-
rias e a eliminação de gordura. Dan-
çando você nem percebe o cansaço e
o resultado é rápido”, ressalta.
História da zumbaDesde que foi registrado como empresa, nos Estados Unidos,
em 2001, a Zumba Fitness virou um grande negócio para seus
sócios, os colombianos e xarás Alberto “Beto” Perez, Alberto
Perlman e Alberto Aghionmania. Não bastasse, é hoje conside-
rado uma filosofia de vida entre seus praticantes, que, além do
sorriso estampado no rosto, ostentam a logomarca da Zumba
em roupas coloridíssimas, tênis, acessórios e até no corpo.
Peace, love and Zumba (“Paz, amor e Zumba”), Zumba... have
fun! (“Zumba... Divirta-se!”) e Zumba saved my soul (“Zumba
salvou minha alma”) eram algumas das tatuagens mais vistas
entre os participantes do Zumba Convention 2012, em Orlando
(EUA), evento que reuniu aproximadamente 8 mil instrutores e
entusiastas em torno das novidades da Zumba, que já lançou
no mercado DVDs com aulas domésticas e até videogames nas
três principais plataformas: Wii, Xbox e PS3.
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’decoração
Tendência de decoraçãopara ambientes em 2013Verde esmeralda, técnicas de envelhecimento e papéis de parede são algumas das opções
Certamente, a decoração de am-
biente é uma das atividades prefe-
ridas das mulheres. E estar por den-
tro de todas as novidades e apostas
de especialistas é essencial. Para o
ano de 2013, invista no verde esme-
ralda, mesmo que seja apenas um
objeto decorativo ou um móvel,
dando mais alegria à casa.
Técnicas de envelhecimento em
móveis, tapetes e objetos garantem
ao ambiente uma decoração total-
mente descolada. Isso sem falar no
uso de ferro, aço e metal cromado
que vão continuar em alta.
Os papéis de parede que marca-
ram presença nos anos 1970, e depois
viraram sinônimo de velharia e coisa
brega, estão de volta com tudo. Os
novos materiais garantem mais dura-
bilidade e efeitos tão diferentes que é
quase impossível resistir a eles.
Apostar em formas geométricas
e orgânicas é uma proposta apon-
tada por especialistas da área. Outra
possibilidade é investir em texturas
na parede e também em uma pintu-
ra degradê com tonalidades que se
complementem.
A designer sanjoanense Ana Caro-
lina Martini Fogo e sua mãe, a arquite-
ta e artista plástica Maria de Lourdes,
a Marilú, não economizaram nas dicas
para que uma casa fique bem deco-
rada, confortável e moderna, sem se
esquecer do mais importante, que ela
tenha personalidade.
“Um bom designer de interio-
res deve levar em consideração os
gostos e os hábitos do cliente, não
esquecendo que objetos de valores
sentimentais podem ser inseridos na
decoração do ambiente como algu-
mas coleções, lembranças de viagem,
antigos móveis de herança de família.
Entendo que esses objetos não podem
simplesmente serem descartados por
fazerem parte da história da família
que ali vive, e descartá-los é correr o
risco de produzir uma decoração im-
pessoal e fria, que se assemelharia a
um ambiente decorado para mostru-
ário”, contou Ana Carolina.
Porém unir a moda ao perfil da
pessoa que quer decorar a casa não
é algo fácil de se fazer e esse é com
certeza um dos principais desafios
do designer. “É preciso unir e inserir
esses objetos com classe e bom gosto
no ambiente, de uma forma que eles
contem a história de quem ali vive,
Papel de parede - Eles que marca-
ram presença nos anos 70 e, depois foram
considerados bregas, voltaram com tudo
como tendência de decoração. Agora com
materiais mais duráveis e efeitos diferentes.
Foto: Reprodução internet
31
podendo ser reconhecidos por qual-
quer pessoa que visitar o local”.
Cores quentes e fortes deixam o
ambiente mais aconchegante. “Mes-
mo que o cliente não goste de cores for-
tes, podemos utilizar os tons pastéis, in-
cluindo aqui e ali objetos de decoração
em tons mais quentes, que ajudarão na
composição do resultado final”.
Fotografias - É preciso ter cuidado na
utilização de fotografias de familiares
na decoração. “Personalizar o ambien-
te não implica, necessariamente, em
expor todas as fotografias de familia-
res ao redor da sala. Elas devem ser
expostas nas partes intimas da casa.
Então reserve apenas alguns porta-
-retratos que darão um toque especial
de personalização ao ambiente e use
as fotos de família para compor uma
galeria no corredor íntimo da casa,
usando apenas fotos em preto e bran-
co, por exemplo, e desfrute do prazer
de manter às suas vistas as imagens
de pessoas queridas, que fazem ou fi-
zeram parte importante da sua vida”,
explicou Marilú.
Uma casa bem decorada deve
conter muito mais que cores e ob-
jetos da tendência, mas, principal-
mente, refletir a personalidade de
seus moradores, de uma forma que
o resultado final seja um local que
dê prazer aos amigos e familiares.
“O designer de interiores antes de
tudo deve buscar a essência da forma e
função, deve saber revelar as peculiari-
dades da personalidade do cliente para
que haja uma simbiose do seu estilo e
da alma do proprietário. Uma parceria
de sucesso”, finalizou Ana Carolina. A
Fotos: Reprodução internet
32
Brigas: o restauro ou adestruição dos relacionamentos?Desentendimentos acontecem, por isso não tente encontrar a perfeição, é pura ilusão.
’relação
Certamente, o sonho de todo casal é
conseguir seguir em frente pela vida,
por toda vida, sem que sejam necessá-
rias inúmeras brigas para, enfim, che-
gar ao relacionamento perfeito. Mas o
ser humano, com toda sua evolução,
ainda não descobriu um antídoto que
possa destruir o vírus da contenda.
Sendo assim, se não é possível vi-
ver sem se relacionar com outros se-
res, se não é fácil manter um relaciona-
mento sem que haja brigas, a grande
questão é: como passar por elas sem
que isso destrua ou amorteça o senti-
mento de ambos? Muito já foi escrito
sobre o amor e as dificuldades enfren-
tadas pelos casais. E elas, as famosas
“brigas”, são temas de diversos poe-
mas, músicas, filmes e livros, que ensi-
nam, de uma forma ou de outra, como
fortalecer o relacionamento.
Até mesmo na Bíblia, em carta de
S. Paulo aos Coríntios, é possível en-
contrar passos para um relacionamen-
to feliz: “O amor é paciente, é bondoso;
o amor não é invejoso, não é arrogante,
não se ensoberbece, não é ambicioso,
não busca os seus próprios interesses,
não se irrita, não guarda ressentimento
pelo mal sofrido, não se alegra com a
injustiça, mas regozija-se com a verda-
de; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta.”
Canções - Evaldo Gouveia e Jair Amo-
rim compuseram a famosa canção “Bri-
gas” – interpretada por inúmeros can-
tores, onde se ouve: “veja só que tolice
nós dois brigarmos tanto assim, se depois
vamos nós a sorrir ficar de bem no fim”.
Até mesmo o cineasta e jornalista Ar-
naldo Jabor usou esse tema em uma
Foto: Reprodução internet
33
de suas crônicas, onde não poupou
palavras para discorrer sobre “Rela-
cionamentos” e conclui da seguinte
maneira: “Enfim...quem disse que ser
adulto é fácil ?”
Só o amor - Mas será que só o amor
basta para que o relacionamento se for-
taleça e seja duradouro? Celso Batista
Arcuri Domingues, de 32 anos, e Monira
Emori, de 24, acreditam que sim. “Afinal,
quando existe amor verdadeiro, é possível
passar por cima de qualquer defeito que
o outro tenha, relevar crises de ciúmes
e brigas sem razão ou se redimir e pedir
perdão nas que possuem fundamento e
assim, seguir adiante”, afirmam.
O relacionamento de Celso e Mo-
nira não é muito diferente dos demais.
Juntos há 3 anos, tiveram um início ilus-
trado por muitas brigas.
“O grande motivo das brigas certa-
mente foi por conta da minha dificuldade
de separar a vida de solteira da de um re-
lacionamento sério. Eu sempre tive muitos
amigos, muita liberdade, o mundo girava
ao meu redor...”, afirma Monira.
Celso concorda. “Ela não tinha atitu-
de de companheira. Por várias vezes me
deixou sozinho numa festa para cumpri-
mentar algum amigo e não voltava mais
até que eu fosse lá. Isso era muito ruim,
porque eu não conhecia seus amigos e ela
nem ao menos me apresentava a eles”.
Motivos - Ciúmes e insegurança foram
os principais motivos das brigas. “Iniciar
uma relação é o mesmo que viajar para
um lugar desconhecido. Você não sabe o
que vai encontrar nas esquinas, pode ser
algo surpreendente ou assustador. Isso é o
que dificulta, porque para nos sentirmos
seguros ao lado da outra pessoa é preciso
conhecê-la e confiar nela. E ninguém con-
segue ter isso no início. Você não sabe o
que a pessoa pensa, do que ela gosta, ou
o que realmente vai irritá-la. Então você
age com naturalidade e aos poucos vai
descobrindo o terreno onde está pisando”,
explica Monira. Para que o relaciona-
mento se fortalecesse, algumas mu-
danças foram necessárias. Afinal, ”amar
é estar preso por vontade”, segundo o
poeta Luis de Camões, no poema “O
amor é fogo que arde sem se ver”.
Seria de grande valia encontrar no
final deste texto a poção mágica de
nome “relacionamento perfeito”, mas
isso não será possível. Não existe uma
receita, um remédio, que comprovada-
mente seja a solução das brigas para
um casal. Mas inúmeros deles encon-
tram sozinhos no mapa do tesouro do
amor o caminho para a felicidade. Se
existisse algum conselho a ser dado, se-
ria “encontre seu mapa e siga em frente”.
34
’galera
35
36
’saúde
A cura do câncer de mamaestá no diagnóstico precoceO câncer de mama é o segundo tipo mais frequente, representa 22% dos casos
Mais que números, estatísticas, mé-
dicos, exames, tratamentos, medica-
mentos, existe algo que não pode ser
ignorado na jornada de quem é vítima
de câncer: o sentimento.
Não dá para desprezar que no co-
mando de um corpo, doente ou não,
há uma alma que adquire toda a ex-
periência das situações que, muitas
vezes, são impostas pela vida.
O câncer de mama é o segundo
tipo mais frequente no mundo e o
mais comum entre as mulheres, se-
guido pelo de colo uterino, cólon e
reto, pulmão e estômago, responden-
do por 22% dos casos novos a cada
ano. A estudante de Direito Silvia Cris-
tina Ferreira, 35, foi surpreendida com
um caroço estranho no seio, no ano
de 2007, que a levou, como papel sol-
to ao vento, em direção ao que seria a
fase mais difícil de sua vida.
Idade - Antes do 35 anos, o câncer de
mama é considerado relativamente
raro, mas acima desta faixa etária sua
incidência cresce rápida e progres-
sivamente. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), nas décadas
de 60 e 70, registrou-se um aumento
de 10 vezes nas taxas de incidência
ajustadas por idade nos Registros de
Câncer de Base Populacional de diver-
sos continentes.
“Eu tinha 29 anos quando encontrei
algo diferente na mama direita, após a
ultrassonografia, a mamografia e a bi-
ópsia, enfim chegou o resultado: Car-
cinoma Ductal Invasivo Grau II, pa-
lavras que soaram aos meus ouvidos
com voz de filme de terror”.
Chocada - A morte certamente é a
primeira na fila dos milhares de pen-
samentos que fluem nesse momento,
e na sequência, os filhos sem mãe e a
mãe sem filhos. O desespero encontra
caminho livre, acompanhado dos so-
37
nhos que começam a desmoronar.
No Brasil, as taxas de mortalidade por
câncer de mama continuam elevadas,
muito provavelmente porque a doença
ainda é diagnosticada em estágios avan-
çados. Na população mundial, a sobrevi-
da média após cinco anos é de 61%.
“Mas eu sabia que era preciso ter cal-
ma e não pensar, apenas agir. O médico
me encaminhou para o oncologista que
infelizmente estava viajando. Era preciso
aguardar. Fui para casa, avisei meus fi-
lhos gêmeos, que então estavam com 7
anos, contei para minha família, para os
amigos mais próximos. Eu me sentia for-
te. Até ficar sozinha”.
A fé e o pensamento positivo cer-
tamente são os remédios mais eficazes
para qualquer doença e Silvia os tinha
de sobra. Foi então que pela primeira
vez ela teria uma conversa muito séria e
difícil com Deus.
Sintomas e diagnósticoEm geral, o primeiro sinal da doença costuma ser a presença de
um nódulo único, não doloroso e endurecido na mama. Outros
sintomas, porém, devem ser considerados, como a deformidade e/
ou aumento da mama, a retração da pele ou do mamilo, os gân-
glios axilares aumentados, vermelhidão, edema, dor e a presença
de líquido nos mamilos.
A mamografia (raios-X das mamas) é o exame mais indicado para
detectar precocemente a presença de nódulos nas mamas. O
exame clínico e outros exames de imagem e laboratoriais também
auxiliam a estabelecer o diagnóstico de certeza.
Apesar de a maioria dos nódulos de mama ter características
benignas, para afastar qualquer erro de diagnóstico, deve ser soli-
citada uma biópsia para definir se a lesão é maligna ou não e seu
estadiamento (análise das características e da extensão do tumor).
>
38
“Eu sei que todo mundo morre um
dia, mas queria que Deus soubesse o
quanto ainda tinha por realizar, eu quis,
naquele momento, lembrá-lo de que
meus filhos ainda eram pequenos, e eu
ainda não tinha me formado na facul-
dade. Mas era preciso que Ele soubesse
da minha certeza de que Ele faria ape-
nas o que fosse melhor para todos e foi
então que prometi que enquanto hou-
vesse forças em mim, eu estaria em pé e
sorrindo, sem desanimar”.
Cirurgia - Promessa feita e cumpri-
da. Silvia passou por uma cirurgia
para a retirada de parte da mama,
quando se descobriu outros dois
nódulos menores, que não aparece-
ram nos exames anteriores, necessi-
tando a retirada dela toda.
Passou pela quimioterapia, que
levou todo seu cabelo, cílios, so-
brancelhas, em seguida pela radio-
terapia e enfim hormonoterapia,
que é o seu tratamento atual.
“Perder uma mama é difícil para a
autoestima, mas perder uma perna é
muito pior para quem gosta tanto de
dançar como eu. As dores articulares
eram horríveis, a fadiga e a indisposi-
ção também, mas eu tinha um com-
binado com Deus e não iria quebrá-
-lo nem mesmo sabendo que estava
careca,inchada e com muito enjoo.
Nessa época, eu fui a todas as festas
que tive vontade, dancei todas as noi-
tes que tive vontade, bebi todas as cer-
vejas que tive vontade e dei todas as
gargalhadas que tive vontade”.
Hoje, com a reconstrução da
mama que decidiu fazer apenas 3
anos após a cirurgia, Silvia segue a
vida normalmente, porém, muito
mais feliz, mais madura e certamen-
te mais fiel a Deus.
Apesar do muito que é divulga-
do sobre o câncer, poucas pessoas
acreditam na sua cura, como se a do-
ença só fosse sinônimo de morte. Po-
rém mais da metade dos casos já são
solucionados, desde que tratados
em estágios iniciais, demonstrando a
importância do diagnóstico precoce.
“Se eu pudesse dar dicas a quem
descobre que vai passar por isso, seriam:
Primeiro, conheça o seu corpo. Apalpe-
-se, repare sempre se há algo diferente
e procure ajuda, caso haja. Segundo,
respeite o seu corpo. A Quimio não faz
vomitar, ela torna o nosso organismo
intolerante a determinados alimentos.
Coma e beba aquilo que o seu corpo
pedir. Terceiro, concentre a sua atenção
às coisas boas da vida. O medo vem. O
choro vem. A dor vem. Mas cabe a nós
mandá-los embora. Devemos reconhe-
cer e assumir, sim, todos esses sentimen-
tos negativos, que fazem parte de qual-
quer ser humano. Mas o nosso foco deve
ser em saúde, cura, alegrias, paz; enfim,
só otimismo!”, finalizou.
Exemplos de superação como o
de Silvia servem como um energéti-
co para os mais desanimados. Ai está
à importância de se olhar ao redor e
reconhecer que cada um carrega a
carga necessária para o seu aprimo-
ramento pessoal. A
39
40
TPM tem solução sim!’saúde
Calmantes, diuréticos e até mesmo o bloqueio da menstruação são sugestões
A TPM – Tensão Pré Menstrual - real-
mente não é um tema que interessa
apenas às mulheres, mas também
aos homens, afinal são eles que so-
frem indiretamente com os sintomas
e sinais que se manifestam um pou-
co antes da menstruação e desapa-
recem com ela.
O que acontece no organismo - A
concentração dos hormônios sexu-
ais varia no decorrer do ciclo mens-
trual. Assim que termina a mens-
truação, tem início a produção de
estrógeno, que atinge seu pico ao
redor do 14º dia do ciclo, quando
começa a cair e a aumentar a produ-
ção de progesterona. O nível desses
dois hormônios, porém, praticamen-
te chega a zero durante a menstrua-
ção. Portanto, em cada dia do mês,
a mulher tem uma concentração de
hormônios sexuais diferente da do
dia anterior e diferente da do dia se-
guinte. O impacto que isso provoca
no humor feminino também oscila
de um dia para o outro. Por isso, os
homens dizem que as mulheres são
difíceis de se entender.
Para o ginecologista, mastolo-
gista e obstetra de São João da Boa
Vista, Dr. José Fernando Souza Sa-
les Júnior, essa alteração hormonal
causa um desequilíbrio nos neuro-
transmissores.
Os sintomas - Os sintomas são va-
riados e vão de irritabilidade até
depressão, dor nas mamas e agres-
sividade. Isso além da dor de cabe-
ça, o choro fácil e, aparentemente,
sem motivo.
“A duração da Tensão é de 5 a 7
dias, mas isso depende do organismo
da mulher, algumas chegam a ficar
mais de 10 dias com os sintomas”,
contou o médico. Há um tempo,
a TPM não era tão comentada e
muito menos se estudavam formas
para diminuir os sintomas, mas isso
tinha um motivo, afinal a mulher
ficava em casa e os únicos que so-
friam com a irritabilidade dela eram
o marido e os filhos.
Porém, hoje em dia, as coisas es-
tão bem diferentes, pois ela saiu de
casa e ingressou no mercado de tra-
balho. Agora, o problema é de todos
e o prejuízo pode ser imponderável
quando se fala de executivas, médi-
cas, enfermeiras ou mesmo secretá-
rias. Espera-se que a mulher trabalhe
e produza. Assim, razões socioeco-
41
nômicas e associadas à força da mí-
dia incentivaram o empenho da in-
dústria farmacêutica e dos donos do
dinheiro em resolver o problema.
Por coincidência, ficou provado que
alguns medicamentos criados para
tratar de outras patologias, como,
por exemplo, a depressão, melhoram
os sintomas da TPM. A dosagem é
diferente, pois a doença é diferente.
Solução - O eixo da propaganda de
algumas pílulas anticoncepcionais é
exatamente a diminuição dos sinto-
mas da TPM, e isso realmente acon-
tece, segundo o Dr. José Fernando.
“Mas é importante que a mulher fique
atenta e não tome remédio algum sem
o aconselhamento do seu médico, pois
existem pílulas que fazem aumentar
ainda mais o sintoma”, explicou.
Antidepressivos também são re-
ceitados caso a mulher se sinta mui-
to triste nessa fase ou mesmo diuré-
ticos quando o grande problema é a
retenção de líquidos.
Fala-se muito que a salvação da
mulher nesse período é o chocola-
te, dizem que com ele os sintomas
somem e a mulher volta a ficar
calminha, calminha. Mas isso não
é verdade, segundo o Dr. José Fer-
nando. “Muito pelo contrário, ela vai
comer chocolate durante todos esses
dias, vai engordar e aí sim vai entrar,
de verdade, em depressão”.
Um conselho do ginecologista
para acabar de vez com o problema
da Tensão é o uso das pílulas conti-
nuas que bloqueiam a menstruação
e consequentemente os sintomas.
“Confesso que sou fã do bloqueio
menstrual. Afinal, não é natural a
mulher menstruar. O que é normal
é ela engravidar, amamentar e as-
sim por diante. Há cerca de 200 anos
as mulheres menstruavam 20 vezes
na vida. Afinal, menstruavam tarde,
casavam cedo, engravidavam logo.
Passavam cerca de 1 ano amamen-
tando, o que inibe a menstruação,
depois engravidavam novamente.
Porém, como as mulheres hoje em
dia optam por poucos filhos ou ne-
nhum, eu aconselho a pílula contí-
nua e o bloqueio da menstruação e
assim evitar todo transtorno da TPM,
das cólicas, retenção de líquido, entre
outros”, explicou.
Com tantos estudos para que a
mulher consiga passar o mês todo
lindamente feliz e sem neuras cau-
sadas por excesso de hormônios ou
pela queda deles, não há mais por
que haver queixas nem da parte
deles e muito menos delas. A
42
192 ou 193 – em casos deemergência, para quem ligar?SAMU e Bombeiros trabalham integrados, mas cada um tem função específica
’saúde
Em momento de emergência, é difícil pensar a quem re-
correr. O impulso em ajudar ou ser ajudado nos faz logo
pegar o telefone e ligar para parentes, para vizinhos, para
o Corpo de Bombeiros ou para o Samu. Mas, afinal, para
quem ligar? Depende muito, é claro, da gravidade da
emergência. Ambos os serviços estão preparados para so-
correr em casos urgentes, mas existem diferenças entre os
atendimentos, embora eles trabalhem em parceria. Além
disso, a escolha correta no chamado de socorro também
pode fazer a diferença no sucesso do salvamento!
Resgate - O Corpo de Bombeiros é responsável pela reali-
zação do resgate, no entanto, o Serviço Ambulatorial Mó-
vel de Emergência (Samu) é um parceiro essencial para o
sucesso da operação. Os bombeiros realizam o resgate, os
primeiros socorros, além de serem preparados para ações
de combate a incêndio, salvamento e demais ocorrências
relacionadas ao resgate. O modelo de atendimento re-
alizado pelo Samu é diferente visto que o serviço possui
apoio médico, enquanto o Corpo de Bombeiros é respon-
sável pela retirada da vítima do local e ao encaminhamen-
to ao hospital mais próximo. Em casos de traumas – afoga-
mentos, incêndios, vítimas presas em ferragens –, o Corpo
de Bombeiros é preparado para a emergência. Nos casos
em que se tenha risco de vida para a vítima, no geral, os
casos de traumas, o Samu deve ser acionado.
No recebimento das ocorrências, é responsabilida-
de do médico regulador do Samu monitorar o atendi-
mento. Em alguns casos, o Samu é responsável até pela
condução do paciente, mas esse encaminhamento às
unidades de saúde é realizado de acordo com a disponi-
bilidade da rede pública.
Parceria efetiva - É como diz o ditado popular: “Duas ca-
Foto: Reprodução internet
>
43
44
beças pensam melhor que uma!”. A partir
desse pensamento, existe a parceria entre
as instituições. Em São João da Boa Vista,
por exemplo, o Samu e o Corpo de Bom-
beiros funcionam no mesmo prédio, na
região central, e apoiam várias ocorrências
em equipe. A ideia é que o “convênio”, ou
o trabalho integrado, entre as duas insti-
tuições resulte no melhor aproveitamento
dos recursos e evite a demora no atendi-
mento. Em situações de risco às equipes, o
apoio entre elas é essencial.
Samu - A unidade do Samu foi inaugura-
da em março do ano passado e está ins-
talada junto à sede do Corpo de Bombei-
ros. Além de atender São João, o serviço
atende outras oito cidades: Casa Branca,
Espírito Santo do Pinhal, Tambaú, Mo-
coca, São José do Rio Pardo, Santa Cruz
das Palmeiras, Santo Antônio do Jardim e
Vargem Grande do Sul – população esti-
O serviço de urgênciaO projeto do Samu tem origem no sistema idealizado na
França, em 1986, batizado como Service d’Aide Médicale
d’Urgence — “Samu” — considerado por especialistas como o
melhor do mundo.
O projeto piloto do Samu brasileiro foi realizado em Porto Ale-
gre e Ribeirão Preto, sendo posteriormente extendido. A idéia
principal do projeto é prestar atendimento no menor tempo
possível já no local, ainda fora do ambiente hospitalar, salvando
vidas e diminuindo as possíveis sequelas no paciente.
O médico Miguel Martinez Almoyna, em uma visita ao Brasil no
ano de 2009, afirmou que o Samu francês “tem muito que apren-
der com os sistemas de urgência e emergência montado no Brasil”.
Miguel foi um dos responsáveis pela criação do serviço em Paris
e em grandes cidades nos cinco continentes.
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bém comporta a Central de Re-
gulação que funciona 24 horas
com equipe médica composta
por mais de 50 funcionários di-
vididos em vários cargos e ho-
rários. São 12 ambulâncias espa-
lhadas pelos municípios. Cada
uma dessas cidades tem uma
ambulância de suporte básico
e três desses municípios – São
João, Santa Cruz das Palmeiras e
São José do Rio Pardo - têm am-
bulância de atendimento avan-
çado com UTI móvel.
De acordo com dados do
Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), o Samu está
em quase duas mil cidades e
atende mais de 65% de toda a
população brasileira. A
46
’opinião
Incensos macaúbicos
por Lauro Borges
Amaury Júnior é aquele colunista
televisivo que recebe polpudos jabás
para adular artistas, socialites e me-
dalhões do PIB. O cara faz publici-
dade e promoção em embalagem
de entrevista. Não seria exagero
tachá-lo de embusteiro. Cá nas
plagas mantiqueiras, este escriba,
em alguns casos, até pode ser ca-
rimbado como impostor, mas seus
logros não valem um vintém para
promover nada nem ninguém.
Nem sorvete de macaúba eu ganho.
A (boa) história a seguir relatada,
portanto, não oculta nenhum
dinheiro espúrio. Ela é contada ape-
nas e tão somente pela riqueza do
enredo e pelas raízes crepusculares.
E sem impostura, no máximo uma
ou outra licença poética.
Nascido às margens do Jagua-
ri, pupilo da Vera Gomes e outros
mestres do bom e rígido Instituto
de antanho, Martinho foi um infante-
-adolescente que gostava de recrea-
ções equestres. E antes que maldosos
façam ilações infames, informo que a
recreação era bem ortodoxa. Montaria
convencional e só.
O canudo universitário veio
em 1983. O neo- agrônomo foi
ganhar os primeiros caraminguás
pesquisando a ferrugem da folha
do café. Trabalho digno, mas mo-
nótono e pouco palpável.
Fugindo da bioquímica fer-
ruginosa maçante, o crepuscu-
lar conseguiu um estágio numa
produtora de comerciais. Via-
gens, glamour e locações exóti-
cas. Numa destas, o crepuscular
passou a noite no topo de um
arranha-céu da Paulista com duas
modelos dançando nuas ao som
de música new age . As tomadas
eram feitas de um helicóptero.
Noutras, Martinho cruzou com
um patuá de celebridades: contou
piadas para o Chico Anysio, car-
regou o sofá da Hebe, gargalhou
com a Nair Bello, bateu bola com
o Pelé e cheirou lança-perfume
com a Rita Lee…
O Tietê malcheiroso, as piadas
já sem graças do Chico Anysio e
um português repetitivo empur-
raram o macaúbico para a Londres
do Tâmisa, do Mr. Bean e do inglês
pouco explorado. Em dois anos no
reino de Beth Segundona, o rapaz
latino-americano lavou e serviu
pratos. Até a grama sagrada de
Wimbledon ele cortou.
Enjoado do chá das cinco e
outras pontualidades, o intrépido
viajante fez um tour pelo Velho
Mundo, dos bistrôs parisienses às
tulipas de Amsterdan. E o incrível
périplo do nativo de Sanja ainda
teve uma esticada até o longínquo
sudeste da Ásia. Até fondue de vul-
cão em Java ele comeu.
Voltou para o Brasil e voltou
para o glamour da publicidade.
Por pouco tempo. As modelos
cheias de curvas que dançaram
nuas agora eram anoréxicas nas
passarelas da São Paulo Fashion
Week. O mundinho do Amaury
Júnior perdera a graça.
“Chamado” a andejar pela Espa-
nha, Martinho percorreu os 800 km
do Caminho de Santiago de Com-
postella e descobriu o real sentido
da vida. Martinho jura que nunca
leu Paulo Coelho e nem foi influen-
ciado por ele. [Até o fechamento
dessa matéria não consegui apurar
a veracidade do juramento.]
E o real sentido da vida é San-
ja, macaúba, buscar água na Pra-
ta, chope no Tekinfin e outros há-
bitos do “beloca way of life” .
Rememorando os múltiplos
aromas de incenso do Caminho,
nosso herói procurou a resina per-
fumada em terras tapuias. Nada.
Da frustrada busca nasceu uma
ideia, da ideia um projeto, e do
projeto a Milagros, uma empresa
que se orgulha de ser genuina-
mente sanjoanense.
A Milagros já é um sucesso im-
portando, beneficiando e fragmen-
tando as substâncias aromáticas. O
sucesso é inconteste.
Agora só falta a cereja no bolo.
Agora só falta o selo “Authentic
Official Crepuscular”.
E o selo virá com um perfume
revolucionário. Batinas serão sacu-
didas e o alto clero vai embarcar
num frisson com o novíssimo “Ma-
caúba Gold Fragrance”.
Novo papa vai se curvar ao “Macaúba Gold Fragrance”
47
48
’entrevista
Os desafios de seruma mulher no poder Patrícia Magalhães conta como faz para conciliar família, carreira profisional e política
Quando surgiu o interesse pela po-lítica em sua vida? Na realidade, eu
nasci em uma casa de políticos, meus
avós e meu pai foram vereadores em
Andradas, meu pai foi vice-prefeito
em São João, na gestão do Dr. Gas-
tão, minha família sempre foi políti-
ca. Sempre envolvida com política,
desde pequena, na escola peguei
o final da ditadura, e tinha minhas
posições, brigava. Tive professoras
de história importantes, como a D.
Ana Aguiar, D. Rosa Helena. E naque-
la época, com 13, 14 anos, as reda-
ções que eu fazia não podiam ficar
arquivadas na escola, foi antes da
abertura política, nós vivemos um
pouco dessa repressão, dessa falta
de liberdade na ditadura.
Sou afiliada ao PSDB desde sua fun-
dação. E, de lá para cá, sempre fiz
campanhas, participei do diretório
do PSDB, aí surgiu uma aliança en-
tre PMDM e PSDB aqui, e fui convi-
dada para ser candidata à vice do
Vanderlei. Eu não tinha esse plano,
esse convite foi uma surpresa, por-
que sempre estive na política, mas
nunca como candidata, não tinha
pensado nisso, mas aí aconteceu e
hoje estou vice-prefeita.
E quem mais lhe inspirou? Meu pai
sempre foi muito pela ética, e por
isso nós tivemos uma formação po-
lítica e ética em casa. Como político,
meu tio, irmão mais novo do meu
pai, José Roberto Magalhães Teixei-
ra, é uma inspiração para mim. Ele
foi um homem com uma integrida-
de, tanto que é reconhecido, não
só pela questão ética, por ter sido
uma pessoa honesta, porque ho-
nesto todo mundo tem a obrigação
de ser, mas pelo fato de ter sido um
homem muito empreendedor. Foi
prefeito de Campinas duas vezes,
deputado federal, suplente de se-
nador e quando morreu, há 17 anos,
ele tinha apenas a casa dele, que era
financiada e foi quitada com a sua
morte, um carro velho, e só, porque
a política não enriquece ninguém,
vive-se de salário. Então, para mim,
ele foi uma ótima inspiração.
Com a expansão da mulher na so-ciedade, no poder, na carreira pro-fissional, a senhora acredita que houve um prejuízo como esposa, mãe e dona de casa? Acho que a
mulher conquistou e acabou ocu-
pando um espaço importante na
por Fernanda Goulardins
Depois de horas marcadas e desmarcadas, enfim, aqui está
um pouco da vice-prefeita Patrícia Magalhães Teixeira
Nogueira Mollo, conhecida como Patrícia Magalhães. É
claro que esse desencontro aconteceu devido à agen-
da cheia de compromissos, divididos entre profissão e
família de Patrícia. Evento aqui, entrevista ali, filho lá, as-
sim é a vida de muitas mulheres modernas que, como a
vice prefeita, não abrem mão de se imporem e, exporem
suas ideias perante a sociedade. Por isso, hoje ela é mãe,
esposa, advogava, gerente de um plano de saúde e vice
prefeita. “Sou muito otimista, agitada, dedicada, gosto de
lidar com pessoas, de ajudar e buscar a resolução de pro-
blemas. Apaixonada pelos dois filhos, pela profissão, gosto
muito do que faço”, salienta ela.
Patrícia foi escolhida nesta edição da revista para re-
prentar às mulheres poderosas e guerreiras, já que mar-
ço é considerado o mês delas. Assim, como ela em São
João da Boa Vista, existem outras batalhadoras espalha-
das pelo Brasil, em cargos de chefia, presidencias e po-
sições que muitos homens antigamente não imagiram
que elas atingiriam. Nunca a presença feminina no alto
escalão foi tão ampla. Há décadas a chegada da mulher
ao poder era uma aspiração, um ideal. Hoje, esse retrato
histórico celebra essa conquista.
>
49 49
Foto: Juan Landiva
50
sociedade, tanto que hoje a mulher
é provedora tanto quanto o homem,
e às vezes até mais que o homem.
No começo, a mulher queria se ex-
pandir para ter seus direitos, sua re-
alização profissional, hoje ela precisa
trabalhar para prover a casa, não é
só para reivindicar seus direitos de
igualdade. E temos que reivindicar
sim, temos que comemorar o dia
da mulher, é um fato histórico, nós
temos que continuar batalhando,
mas não tenha dúvida de que nós
ficamos sobrecarregadas. Não temos
tempo para nós, porque queremos
fazer tudo, cuidar da casa, dos filhos,
do trabalho, e acabamos sem tempo
para nós. A mulher se cobra porque
não pode ficar com o filho o tempo
que gostaria de ficar; com a casa,
porque sentimos falta de cuidar dela,
de arrumar um armário, ficar mais
tempo nela. Acredito que temos que
encontrar um equilíbrio, mas ainda
não o encontramos. É possível en-
contrar, pois o homem também terá
que evoluir. Hoje, ele não sente que
é obrigação dele ir buscar a criança
na escola, ajudar fazer a lição de casa,
arrumar uma pia, ajudar mais nessas
tarefas. Ele pode ser paizão, mas ain-
da acha que essa obrigação toda é
só da mulher. Acredito que talvez os
homens das novas gerações, que já
foram criados por mulheres que tra-
balham, serão diferentes. Isso ajudará
a diminuir a sobrecarga e a cobrança
da mulher. Tanto que atualmente as
mulheres estão desenvolvendo mais
doenças, que antes não aconteciam,
como a depressão, por exemplo.
Como a senhora concilia carrei-ra profissional e vida em família?
Quando eu era mais jovem, eu cor-
ria mais, me ausentava mais de casa,
hoje procuro ter um equilíbrio maior,
me disciplino para buscar meus fi-
lhos na escola, almoçar com eles e
ter qualidade de tempo. Sou muito
preocupada com a escola, participo
das reuniões, vejo as notas, estu-
do com eles, se estão com alguma
dificuldade, procuro um professor
para ajudá-los, sou muito amiga dos
dois, e sempre procurei ser uma mãe
presente. Consigo fazer tudo isso, é
muito importante, a mulher precisa
se disciplinar, se policiar e não exage-
rar nas horas de trabalho. E também
conto muito com a ajuda da minha
sogra, que leva e busca as crianças
nos compromissos. Prezo pela qua-
lidade do convívio com meus filhos,
porque tem mãe que não trabalha,
mas que também nem sabe o que
se passa na vida dos filhos. Amor e
presença com qualidade na vida dos
filhos são fundamentais, não adianta
ter o tempo e não ter a qualidade.
E como a senhora concilia todos os seus trabalhos? Como advoga-
da, tenho uma equipe e meu primo
Guilherme, como sócio, que veio de
Campinas para cá e assumiu as cau-
sas. Venho ao escritório, ajudo, mas
as causas ficam por conta da equipe.
Na prefeitura, embora o vice tenha >
As mulherestêm essa qualidade
de serem maishumanas e
tentam resolveros problemas
pela sensibilidade
“
“
Foto: Juan Landiva
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a obrigação de assumir somente
na licença do prefeito, vou todos os
dias, vou aos eventos, e o Vanderlei
me dá muito espaço para opinar, ele
me houve bastante e dá muita im-
portância ao que eu coloco, e assim
tenho procurado atuar. E na parte da
manhã, administro o plano de saúde
Mais Você e estou conseguindo con-
ciliar tudo. Tanto porque muito da
minha razão de ir para a prefeitura foi
por conta da Santa Casa, quando dei
um sim lá atrás foi pensando no que
nós poderíamos fazer pela saúde do
município, por eu trabalhar na saú-
de, e para a Santa Casa poder ajudar
mais pessoas.
Em quais momentos a senhora percebe que faz diferença ser uma mulher na prefeitura? A mulher tem
uma visão mais ampla das coisas,
mais geral e também tem mais sensi-
bilidade. Como mulher, você conse-
gue enxergar algumas atitudes que
o homem não consegue, tem tam-
bém a possibilidade de realizar mui-
tas atividades ao mesmo tempo, usa
mais o coração, coloca mais emoção
nas decisões, porque não podemos
ser só razão, as coisas podem pare-
cer muito práticas, mas elas não são.
Um projeto, por exemplo, precisa ser
analisado de várias maneiras, ver as
questões da sociedade. E como a
mulher é mais sensível, ela consegue
ter uma visão maior dessa parte so-
cial. Pode perceber que geralmente
são as mulheres que ficam à frente
das diretorias voltadas para a ques-
tão social, como educação, saúde e
assistência social. As mulheres têm
essa qualidade de serem mais hu-
manas e tentam resolver os proble-
mais pela sensibilidade.
Como a senhora vê o fato de ainda existir poucas mulheres na políti-ca? Acho isso ruim, porque a mulher
precisa se posicionar na política, tive-
mos dificuldade de compor para ve-
readora, na última eleição. A mulher
deve estar mais à frente, acho que
é uma questão cultural ter mais ho-
mens na política, mas quando a mu-
lher entra na política, ela se destaca.
Talvez por conta do descrédito da
política atual no nosso país, como eu
estava também, elas deixam de ten-
tar, mas não podem. Tem uma frase
do Martin Luther King que diz mais
ou menos assim: “quando as pessoas
boas não ocupam o espaço, as ruins
ocupam”. Então acredito que está na
hora das mulheres irem para a políti-
ca também, pois vai ser muito bom.
Vencendo o preconceitoEm Novembro do ano passado, a carioca Dalva Maria Carvalho Mendes, vivenciou sua maior realização profissio-
nal: ser a primeira mulher a atingir o posto de contra-almirante no Brasil. Em uma das instituições mais machistas
- as Forças Armadas - ela se destacou e assumiu o Hospital Naval Marcílio Dias, no bairro Méier, na capital flumi-
nense. Dalva Mendes disse que o fato de ter sido a primeira mulher a ser alçada ao posto de contra-almirante
resulta na realização de um sonho que há anos existiu apenas em seu imaginário. Segundo ela, quando houve a
extinção do Corpo Auxiliar e a redistribuição de mulheres por diversos quadros, ela pensava apenas em chegar à
patente de capitão. Hoje, vê como “uma evolução normal da sociedade”. “Essa alegria que estou tendo agora é difícil
de definir. Este momento é como um casamento, e eu me sinto renovando os votos com a Marinha e com o meu país”.
Marinha - Desde o ano passado, Dalva
Maria Carvalho Mendes é contra-almiran-
te e assumiu o comando do Hospital Naval
Marcílio Dias. Ela é primeira oficial-general
das Forças Armadas do Brasil.
Foto: Felipe Barra / Ministério da Defesa
>
53
54
A senhora sente preconceito por ser uma mulher no poder? Acredito que
a classe política no Brasil ainda é uma
classe muito conservadora, isso ten-
de a mudar, mas por isso existe ainda
essa resistência contra o fato de as
mulheres irem e se exporem ao po-
der, porque em muitas áreas, quando
você tem que atuar, a mulher atua
dentro da profissão dela, seja como
médica, advogada, na política é uma
coisa a mais, porque precisa se impor
de uma forma muito mais contun-
dente. Mas a mulher vai conseguir.
Qual o seu maior desafio como vi-ce-prefeita? O grande desafio, que
espero conseguir vencer, que é o de-
safio do prefeito também, é a ques-
tão da educação. Hoje no Brasil se
investe muito em cursos universitá-
rio e muito pouco no ensino funda-
mental. Tenho como bandeira, o Van-
derlei também, dar uma reviravolta
na educação da cidade. Porque não
adianta só investir lá na ponta, é pre-
ciso investir na base de tudo, o en-
sino fundamental é fundamental, é
o mais importante. Hoje, as crianças
que estudam nas escolas públicas
dificilmente vão chegar às universi-
dades, porque elas não têm preparo
para isso, a base não foi sólida. Os pa-
íses que estão em desenvolvimento,
como a China, o Chile, estão investin-
do bastante no ensino fundamental,
eles inverteram a maneira de investir,
e é isso que faz a diferença. E tudo
passa pela educação, por isso ela é
muito importante. Nós queremos
implantar a escola período integral
e melhorar a sua qualidade, quere-
mos uma escola diferenciada, a nos-
sa meta é conseguir uma qualidade
de excelência na educação, porque a
educação é o que vai dar sustenta-
bilidade para o Brasil poder ser real-
mente um país do futuro.
E como mulher, qual o seu maior desafio? Espero poder contribuir
com as minhas obrigações, filhos,
marido, e que eu seja feliz. Que eu
possa tornar as pessoas mais felizes.
Que em toda minha profissão, como
advogada, e também na prefeitura,
eu consiga tornar as pessoas mais fe-
lizes para que vivam melhores nessa
nossa cidade que é tão bonita.
E para descontrair, a senhora se preocupa mais com a roupa que vai usar, com a maquiagem, cabe-lo, agora que se tornou vice- pre-feita? Eu sempre fui uma pessoa
vaidosa, acho que é importante se
cuidar, se sentir bem, faz bem para
nós e para as pessoas que convivem
com a gente. Não sou de usar grife,
mas sou vaidosa, dentro dos meus
limites, me arrumo em casa mesmo,
vou ao salão fazer uma escova nos
cabelos no final de semana, e só,
nada de exageros. Acho que nós
devemos nos cuidar, o nosso corpo
é a nossa morada, devemos cuidar
bem dele, estar bem, com boa apa-
rência, isso faz bem.
A mais poderosaA presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster,
engenheira química, lidera a lista das mulheres mais
poderosas do mundo dos negócios e que atuam
fora dos Estados Unidos, segundo a revista Fortune.
No ano passado ela também ganhou o título de
terceira mulher mais poderosa do mundo dos negó-
cios, dessa vez da revista Forbes. “Eu choro de alegria,
de tristeza. Preciso me controlar para não chorar. Mas
dificilmente chorei pelo trabalho. Choro pela felicidade
[de realizar uma tarefa]“, disse em um bate-papo no
seminário Mulheres que Transformam. Foster entrou
na Petrobras como estagiária, aos 24 anos.
No comando - A presidenta da Petrobras, Graça Foster,
diz que para se chegar onde se quer é preciso esforço e estudo.
Foto: DIvulgação Petrobras
A
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56
Muitas atitudes contribuem para a
permanência daquela alergia que
você tanto odeia e, com a chegada
do frio, muitos confundem os sin-
tomas da alergia com os da gripe.
Nessa época do ano, o ar fica mais
seco, irrita a mucosa nasal e, em
consequência da imunidade baixa
por conta da época, fica difícil fugir
das alergias. As tão famosas “ites” –
rinite, sinusite e afins - complicam a
vida da maioria da população.
Rinite - É a irritação da mucosa nasal e
é, geralmente, manifestada por conta
de alergia ou por meio de reações
ao pó ou à fumaça. A rinite alérgica
é causada por elementos presentes
no ar, exemplo: o pólen e a própria
descamação da pele de animais.
Além disso, a rinite alérgica também
se manifesta devido à reação à co-
ceira, aos cigarros, aos remédios e
aos produtos químicos.
A dona de casa Maria de Lour-
des não pode utilizar alguns pro-
dutos químicos ao limpar a casa:
“Mesmo sabendo que produtos como
a cândida, por exemplo, atacam mi-
nha rinite, eu sou teimosa e, às vezes,
eu os utilizo. Mas não é certo, não.
Quando uso, fico bem ruim”.
Coriza, coceira, ardor nos olhos, no
nariz e na boca, espirros constantes e,
algumas vezes o vômito, são os sinto-
mas mais comuns dessa alergia.
Sinusite - Causada, geralmente, por
um vírus, fungo ou bactéria, a sinusite
é também caracterizada a uma alergia.
Em regiões mais frias e com variações
climáticas, a frequência dessa infecção
varia entre um e 15% nas crianças e
um e 40% nos adolescentes.
Dor de cabeça forte, espirros, fe-
bre, coriza e obstrução nasal são os
principais sintomas dessa “ite”. A gripe
e o desvio de septo nasal são também
outras grandes causas da infecção. Em
casos raros, a origem de sinusite ma-
xilar pode ser uma infecção dentária.
Bronquite - Dividida em dois tipos, a
bronquite é a inflamação dos brôn-
quios – tubos que conduzem o oxigê-
nio ao pulmão. A bronquite aguda é
causada por vírus ou bactérias e dura
diversos dias ou até mesmo semanas;
já a bronquite crônica dura anos e é
classificada como doença pulmonar
obstrutiva crônica. Essa infecção dei-
xa as vias aéreas estreitas e cheias de
muco, dificultando a passagem de ar.
Falta de ar, tosse, expectoração e
inchaço são os principais sintomas. No
’saúde
As alergias de outonoAs tão famosas “ites” que perseguem a população
Rinite alérgica - Se nariz congestionado
e espirros infernizam o seu dia a dia, você provavel-
mente integra o grupo de 22% dos brasileiros que
possuem rinite alérgica. Esses dados, do Inter-
national Study of Asthma and Allergies (ISAAC),
posicionam a rinite como a doença alérgica mais
frequente no Brasil.
>
Foto: Reprodução internet
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caso da bronquite crônica, é essencial a vacinação anual contra o vírus. E se você
fuma, ou mora com alguém que fuma, saiba que uma das principais formas de
evitar o aparecimento dessa infecção é ficar longe do cigarro.
O tratamento das “ites” - A lista de alergias é grande, mas também é grande
a relação de cuidados que podem ser facilmente tomados no cotidiano para
evitar essas complicações. Aquele agasalho ou aquele cobertor que permanece
fechado no armário há muito tempo contribui para o aparecimento das alergias.
O alérgico deve realizar algumas mudanças a fim de evitar esses “imprevistos”
que passam a ser tão previsíveis. Se
as crises de tosse, coceira e espirros
são intensas, procurar um médico es-
pecializado em alergias é importante
para realizar o teste alérgico. É a partir
do resultado que o médico orienta o
devido tratamento, muitas vezes por
meio de vacinas desenvolvidas espe-
cificamente contra alergias.
Para não ser pego de surpresa,
mantenha sempre a casa limpa. Em
locais onde há mais fluxo de pesso-
as, é necessária limpeza intensa. Se o
alérgico participar da faxina, o ideal é
utilizar uma máscara e evitar os produ-
tos que lhe fazem mal. Evite carpetes,
tapetes e lave cortinas, travesseiros e
cobertores de dois em dois meses. A
casa deve ser arejada, com janelas e
portas abertas, afinal, ninguém quer
ficar preso em casa com as “ites” irri-
tando o tempo todo. A
Foto: Reprodução internet
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60
Mulheres empreendedorasUma questão de sensibilidade e planejamento
’mercado
A luta das mulheres, no início do sécu-
lo XX por melhores condições de vida,
trabalho e pelo direito ao voto, foi o
empurrão inicial para as conquistas sa-
boreadas pelas mulheres de hoje, que
não se satisfazem apenas com o reco-
nhecimento do patrão e com um bom
salário. Elas querem mais, querem seu
negócio próprio, são empreendedoras,
porque assim conseguem conciliar fa-
mília e carreira.
Abrir o próprio negócio faz com
que a mulher realize seu sonho de cui-
dar de forma eficaz das coisas que mais
ama: marido, filhos e saúde. Por isso, as
mulheres tiveram muito que comemo-
rar no último dia 08 de Março, afinal a
última pesquisa realizada pela Global
Entrepreneurship Monitor (GEM), em
2010, apontou as brasileiras como as
mais empreendedoras do mundo, pois
ocupam 49,3% do quadro de empre-
endedores do Brasil, o que representa
10,4 milhões de mulheres comandan-
do suas empresas.
Uma delas é Elizabeth Tanigushi, 49,
proprietária do Pesqueiro Morada do Sol,
em São João da Boa Vista, há 17 anos.
“Acho que já nasci com veia comer-
cial, porque quando pequena eu adora-
va ler gibi, mas, minha mãe, que criou três
filhos sozinha, não tinha condições de
comprar. Então eu costurava roupinhas
para a boneca Susy da minha vizinha e
trocava pelos gibis dela”, relembrou.
Quando se casou, Elizabeth concre-
tizou seu sonho de ser empreendedo-
ra e se tornou sócia, de seu marido na
época, abrindo um pequeno pesqueiro
de apenas 20 m².
“No início, seriam apenas criação e co-
mercialização dos alevinos e peixes adultos
para Pesque-Pague. Porém, quando os tan-
ques ficaram prontos, muitos amigos pe-
diam para vir pescar e pagavam os peixes
por quilo. Então, decidimos trabalhar direto
com o consumidor. Recebíamos cerca de
10 pessoas por dia e tínhamos apenas um
funcionário e meu filho ajudando. Eu acu-
mulava funções de recepcionista, cozinhei-
ra, garçonete e caixa”.
O empreendimento deu certo, hoje
conta com uma estrutura de 500m² e
40 funcionários entre fixos e contrata-
dos.
“Já chegamos a receber mais de 1000
pessoas em apenas um dia e hoje, além
do pesque-pague, temos também eventos
dançantes nas noites de quarta, sexta e sá-
bado”, conta ela.
O aumento da participação femi-
nina na vida econômica do país está
intimamente ligado ao seu avanço na
formação educacional. Vale destacar
também que 35% delas são responsá-
veis pelo sustendo dos lares brasileiros.
“O mundo de hoje está cada vez mais
gritando e pedindo por mulheres que sai-
bam o que querem. O mundo atual pre-
cisa de mulheres dinâmicas, atualizadas,
e empreendedoras. Mulheres que lutam,
criam seus filhos, trabalham e não me-
dem esforços para alcançar o tão sonha-
do sucesso que até pouco tempo era co-
nhecido apenas pelos homens”, finaliza. A
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Manjar dos deusesA breve história do fruto que, enviado dos deuses, dominou o mundo
’história
Sagrado, divino e precioso. Assim era o
cacau, naquela época chamado de ca-
cahualt, quando os colonizadores es-
panhóis chegaram à América. O culti-
vo do cacau era realizado em solenes
e importantes cerimônias religiosas,
onde o profeta Quatzalcault ensina-
va o povo a cultivá-lo. Em meados
de 1750, o botânico sueco Carolus
Linneu denominou a planta de The-
obroma cacao, classificando o cacau
como “manjar dos deuses”. Também
pudera, é com o fruto que se produz
os chocolates, além de geleias, luxu-
osos destilados, vinhos, vinagres, sor-
vetes, doces e iogurtes.
Mas engana-se quem pensa que o
cacau serve apenas para produzir cho-
colate. A casca do fruto do cacaueiro
também pode ser aproveitada. Porém
o consumo não é tão doce quanto se
pensa. A casca serve para alimentar
bovinos - in natura ou na forma de fa-
rinha. A casca do cacau também é uti-
lizada na alimentação de peixes, aves
e suínos. Uma tonelada de cacau seco
produz, em média, oito toneladas de
casca fresca. O fruto tem sabor exótico
e bastante característico e daí surgiu
também o suco de cacau. O sabor
é semelhante ao de frutas tropicais
como a acerola, graviola e o cupuaçu.
É rico em glicose, frutose e sacarose e
a textura é bastante viscosa.
Valor econômico - Há cerca de 25
anos, o Brasil e principalmente a
Bahia, maior produtora de cacau na-
cional, sofrem com a praga do cacau,
chamada de “vassoura-de-bruxa”, que
devasta plantações e faz o Brasil im-
portar cacau. A vontade da economia
em aquecer o mercado do fruto está
ligado, é claro, à demanda do fruto
em decorrência do fortalecimento
contínuo da indústria do chocolate.
Em 2012, a produção nacional de ca-
cau alcançou mais de 245 toneladas, a
maior contribuição foi da Bahia.
A praga do cacau preocupa produ-
tores. De acordo com informações da
Organização Internacional do Cacau
(ICCO), aponta-se queda na produção
de cerca de 320 toneladas na última
safra, de mais de quatro milhões de
toneladas em relação à anterior. A
Costa do Marfim é a maior produtora
de cacau do mundo.
O aumento da produtividade
deve garantir a autossuficiência em
Chocolate - Sagrado na antigui-
dade. O cultivo do cacau era realizado
em solenes e importantes cerimônias
religiosas, quando o deus Quatzalcaut
ensinava o povo a cultivá-lo.
>
Foto: Reprodução internet
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produzir cacau, mas o setor também
necessita de investimentos contínuos
quanto à proliferação da praga. Pes-
quisas recentes objetivam produzir
uma nova variedade de cacau até me-
ados de 2015 para garantir a produção
nacional. A preocupação é que a nova
variedade seja resistente à “vassoura-
-de-bruxa” e quanto ao sabor, afinal, se
o cacau perder o sabor característico,
ninguém mais vai querer consumir
chocolate. Até 2014, o governo bra-
sileiro busca obter registro de identi-
ficação geográfica do produto no sul
da Bahia. O documento garante iden-
tidade, reputação e valor ao fruto.
Nos dias de hoje, o chocolate mo-
vimenta, no mundo todo, 60 bilhões
de dólares por ano e os produtores de
cacau ficam com pouco mais de três
por cento da renda gerada.
Cristóvão Colombo - Se hoje o ca-
cau é sinônimo de gostosuras, em
600 a.C., ele era sinônimo de dinhei-
ro. Ou de moedas. É que na região
da Guatemala, na América Central,
o fruto era a moeda da época. Um
coelho, por exemplo, valia oitos se-
mentes de cacau. Um escravo valia
100 sementes do fruto. Foi naquela
época que surgiu uma bebida fria
e espumante chamada tchocolath
e, por volta de 1500, o navegador
Cristóvão Colombo provou a bebi-
da, sendo ele, possivelmente, o pri-
meiro europeu a experimentar a be-
bida que deu nome ao produto. Ao
retornar do Novo Mundo à Europa,
o navegante teria levado, ao rei Fer-
nando II, as sementes de cacau que
devem ter passado despercebidas
no meio de tantas riquezas. Mal sa-
biam eles o valor que o cacau teria
no mundo... A
O chocolate e a medicina
Os estudos científicos sobre os efeitos medicinais do chocolate remontam ao final do XVI, quando botânicos
europeus começaram a investigar o cacau e como ele poderia ser aproveitado economicamente.
No inicio da década de 1660, já era popular o consumo de chocolate em estado líquido e servido quente.
Na corte inglesa, Henry Stubbe, médico pessoal do rei da Inglaterra, foi encarregado de investigar se o seu
consumo poderia prejudicar a saúde do monarca e da nobreza. Ele viajou a Jamaica para verificar os seus
efeitos físicos. Stubbe chegou à conclusão de que o consumo de chocolate em si era benéfico, mas que adi-
cionar açúcar em demasia estragava seu sabor e
tornava a bebida prejudicial à saúde.
No inicio do século XVIII, o hábito de beber cho-
colate com fins medicinais estava tão intensifi-
cado entre a nobreza e o clero, que até mesmo
o papa cultivava o costume, na sua visão uma
forma de tentar melhorar sua saúde e prolongar
a expectativa de vida.
Cacau - Na composição do chocolate
encontra-se, em grande quantidade, uma subs-
tância denominada de teobromina que estimula
levemente o sistema nervoso central, favorecendo
as funções renais, cardíacas e aliviando a fadiga.
Foto: Reprodução internet
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’culinária
Tagliatelle de chocolatecom molho de chocolateIngredientesPara a massa:• 200g de farinha de trigo + farinha para trabalhar a massa• 2 g de sal fino• De 2 a 3 ovos• 40 g de açúcar em pó• 50 g de cacau em pó• 3 litros de água para cozer• 20 g de manteiga para saltear• 50 g de açúcar extra-fino para polvilhar
Para o molho de chocolate:• 130 g de chocolate negro com 70% de cacau partido aos pedacinhos• 250 ml de água• 70 g de açúcar extra-fino• 125 ml de nata espessa
Modo de preparoPeneirar a farinha com o sal numa taça e fazer um oco no centro. Reservar. Bater os ovos numa taça e peneirar por cima o açúcar em pó e o cacau e misturar bem. Ver-ter a mistura dos ovos no oco da farinha e misturar até que fique uma massa homogénea e que se despegue dos dedos. Formar uma bola com a massa e refrigerar por 1 h e meia, envolta em film.
Dividir a massa em 3 partes e estender finamen-te sobre uma superfície enfarinhada. Polvilhar bem cada “folha” de massa com farinha e enrolar, aper-tando bem. Cortar cada rolo em lâminas de 5 mm de grossura. Desenrolar os tagliatelles e deixá- los secar sobre um pano com farinha, durante uns 30 minutos. Ferver a água, juntar a massa, mexer ligeiramente e deixar que se coza (a massa está pronta quan-do comece a flutuar). Escorrer bem a massa.
Saltear com manteiga e polvilhar com o açúcar extra-fino. Para o molho, misturar bem todos os ingredientes e pôr num tacho até que ferva, em lume moderado, mexendo
sempre. Baixar o lume para o mínimo e deixar cozer até que o molho tenha uma textura untuosa e que cubra as costas de uma colher. Retirar do lume e usar de ime-diato. Pode deixar-se arrefecer à temperatura ambiente, mexendo de vez em quando. Pode guardar-se no frigo-rífico por 2 semanas, num recipiente hermético.
Para voltar a aquecer o molho, pô-lo em banho-ma-ria, mexendo ocasionalmente. Servir o tagliatelle imedia-tamente com o molho de chocolate quente.
Um pouco de históriaTagliatelle é um tipo tradicional de massa da região de Emilia-Romagna e Marche, na Itália, e nada mais é que uma outra variedade de talharim, que pequeno e plano. Ele é servido com uma variedade de molhos, embora o clássico seja o molho bolonhesa.
Foto: Pierre Hermé
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’culinária
Bolachas com chocolatee castanhas-do-ParáIngredientes• 75 g de manteiga amolecida• 60 g de açúcar• 01 ovo batido• 01 pitada de sal• 175 g de farinha• Fermento• ½ colher de chá de essência de baunilha• 1-2 colheres de sopa de leite• 75 g de chocolate de culinária picado• 75 g de chocolate picado grosseiramente• 50 g de castanhas-do-Pará picadas
Modo de preparoPara começar, pré-aqueça o forno a 180ºC. Enquanto
isso, forre um tabuleiro de forno com papel vegetal ou
de forno. Bata a manteiga com o açúcar até que sua
consistência fique esponjosa. Adicione o ovo e mistu-
re até ficar homogêneo.
Junte a farinha peneirada com o sal e misture
bem. Adicione a essência de baunilha e o leite até
que a massa esteja maleável.
Nesse momento, adicione o chocolate e as castanhas
do Pará. Estender a massa sobre uma superfície ligei-
ramente enfarinhada. Cortar bolachas com um cortador
de 6 cm de diâmetro. Colocar as bolachas ligeiramente
espaçadas entre si no tabuleiro. Cozer durante uns 20 mi-
nutos, evitando que cozam demasiado. Retirar do forno e
deixar arrefecer sobre uma grade de pastelaria.
Fique de olho! Fruto de uma enorme castanheira, árvore nativa da
Floresta Amazônica, essa noz é superpoderosa. Ela possui
nutrientes como ácidos graxos, vitaminas B e E, proteína,
fibras, cálcio, fósforo e magnésio. Mas a grande estrela é o
selênio, um mineral altamente antioxidante que garante
longevidade. Um estudo da Universidade de Otago, na
Nova Zelândia, afirma que a ingestão diária de duas casta-
nhas-do-pará eleva em 65% o teor de selênio no sangue.
No entanto, as castanhas produzidas no Norte e no
Nordeste do Brasil são tão ricas em selênio que basta-
ria uma unidade para tirar o mesmo proveito. A reco-
mendação é de que um adulto consuma, no mínimo,
55 microgramas por dia.
Foto: Lorna Dowell
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’agito
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Manaus, uma ótimaopção de viagemPasseio de canoa e a visita às aldeias indígenas dão ao passeio uma aventura extra
’turismo
Descortinar a floresta Amazônica,
conhecer o comércio flutuante, as
suntuosas construções do final do
século 19, são alguns dos motivos
que levam tantos brasileiros e es-
trangeiros a fazer de Manaus uma
ótima opção de viagem.
Com cerca de 2 milhões de ha-
bitantes, a capital do Amazonas é o
principal centro financeiro, corpo-
rativo e econômico da região norte
do Brasil, além de ser o décimo mu-
nicípio de maior destino de turistas,
não só pelo seu atrativo natural, mas
também por conta da Zona Franca
que faz de Manaus o maior centro
de comércio eletrônico do país.
Encontro dos rios - O famoso tour de
barco até o encontro dos rios Negro
e Solimões, que correm lado a lado
por 6 quilômetros sem que as águas
– uma barrenta e a outra escura – se
misturem, foi uma das atrações que
mais impressionou o casal Delma e
José Luis Mendes de Melo, que es-
colheu Manaus como destino da
viagem de férias do ano passado.
“A viagem foi perfeita, o lugar é lin-
do, você sente a presença de Deus na
mata. É algo impressionante”, contou
Delma. O passeio, entretanto, ganha
doses extras de aventura se combi-
nado a um trekking na mata, a uma
volta de canoa pelos igarapés ou a
uma visita às aldeias indígenas. A
observação de pássaros, répteis e
plantas está incluída no “pacote”.
“O que mais me chamou a aten-
ção é a cidade construída no rio. Ca-
sas, postos de gasolina, restaurante,
comércio, tudo flutuante. Não se entra
ou sai de Manaus sem ser pelo ar ou
pelos rios. É muito interessante”.
Saborear a culinária típica ama-
zonense é também uma maneira de
se redescobrir, mas certos de que
os peixes fazem parte da maioria
Teatro AmazonasNo fim do século 19 e no começo do século 20, o Norte do
Brasil vivia tempos de prosperidade por ser uma das principais
rotas mundiais do Ciclo da Borracha. Os barões do látex habi-
tavam as principais cidades da região, como Manaus e Belém.
Com a grande quantidade de capital que circulava, os dois
municípios eram bastante desenvolvidos e recebiam diversas
obras de infra-estrutura. Nesse contexto, foi idealizada a cons-
trução do Teatro Amazonas, no ano de 1881.
A sala de espetáculos do teatro tem capacidade para 701
pessoas, distribuídas entre a plateia e os três andares de
camarotes. O teatro, inaugurado em 1896, é a expressão mais
significativa da riqueza da região durante o Ciclo da Borracha.Foto: Reprodução internet
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Rio Negro - A Ponte Rio Negro é a maior
ponte fluvial do Brasil, com 3,5 quilômetros
de extensão, e a segunda maior no mundo,
superada apenas pela ponte sobre o Rio
Orinoco, na Venezuela. Ao lado do Teatro
Amazonas, a ponte vem sendo considerada
um dos maiores e mais importantes monu-
mentos da arquitetura da Amazônia.
dos pratos principais. São muitos
os bons restaurantes que capri-
cham nas receitas regionais e o
segredo de cada um fica por conta
dos ingredientes e temperos, como
tucupi, gengibre e açaí.
Praia de água doce - O bairro de
Ponta Negra é mais um destaque
de Manaus, cercado de prédios,
calçadão, praças de esportes, ba-
res animados e praia fluvial,que fica
lotada entre os meses de agosto e ja-
neiro, quando aparece a faixa de areia.
“O Ponta Negra é muito diferen-
te de todo o restante da cidade. É a
parte chique de Manaus. A praia de
areia é o principal ponto turístico,
pois é uma parte do Rio Negro onde
as águas são mais mansas e muito
limpas”, contou José Luis.
Atentar-se às estações é impres-
cindível para melhor aproveitar a
viagem e os passeios. De dezembro
a maio, as chuvas não dão trégua,
inundando florestas e igarapés. Já
em setembro, os termômetros che- >
Foto: Reprodução internet
anuncio_3dma_meiapagina_atua_veiculação
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013 14:42:51
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gam fácil aos 40 graus.
A cultura do povo ribeirinho é
também alvo da atenção de quem
visita a cidade. “Tem um dia da sema-
na que os restaurantes fecham uma
das avenidas da cidade, colocam as
mesas para fora e oferecem o café da
manhã só com comidas típicas: carne
de sol, peixe, churrasco”.
Conhecer Manaus e não ir ao The-
atro é o mesmo que não ir para Ma-
naus. Considerado um dos principais
pontos turísticos, o Theatro Amazonas
foi inaugurado em 1896. A orquestra
Amazonas Filarmônica regularmente
ensaia e se apresenta em seu interior.
“O Theatro é muito bem conser-
vado, enorme, com detalhes que nos
deixaram impressionados. Possui vá-
rias salas que antigamente deviam ser
utilizadas para bailes, jantares. Adorei
conhecer”, explicou Delma.
Praia sem mar - A praia da Ponta Negra, é uma praia fluvial às margens do rio
Negro, localizada a 13 km do centro de Manaus. Originalmente foi habitada pelos
índios Manaó, que deram origem ao nome da cidade. Possui uma infra-estrutura que
a transformou, em um dos principais pontos turísticos da cidade e ponto de encontro
de pessoas de todas as idades. A
Foto: Reprodução internet
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’comportamento
Um idoso na famíliaA sociedade precisa se conscientizar que a velhice faz parte do ciclo vital de cada um
por Maryá Rehder Ambroso
Cabelos brancos, rugas, declínio gradati-
vo da saúde, comprometimento nas fun-
ções cognitivas, inquietude, fragilidade,
invalidez, solidão; muitas são as caracte-
rísticas associadas à velhice. O envelheci-
mento é um processo que está rodeado
de muitas concepções falsas, estereóti-
pos negativos, temores, crenças e mitos.
E o primeiro passo para a ruptura des-
ses tabus consiste no fato de conscienti-
zar a sociedade que a velhice faz parte
do ciclo vital de cada um de nós, que ela
é uma etapa da vida em que ocorrem
modificações de ordem biopsicossocial
que afetam a relação do indivíduo com
o meio, onde ao longo dos anos são pro-
cessadas mudanças na forma de pensar,
de sentir e de agir desses indivíduos, o
que os tornam cada vez mais especiais.
E é por essa razão que os idosos de-
vem ser tratados com respeito e venera-
ção, contemplando-se o envelhecer de
maneira digna e saudável, sem abrir mão
de seu bem-estar, pois seu bom estado de
saúde física e mental se congrega com a
oportunidade de participar da sociedade
de acordo com as suas limitações.
É nesse contexto que se faz necessá-
ria a presença da família, que desempe-
nha o papel de acolher, proteger, cuidar
e apoiar esse idoso, para que assim ele
não se sinta isolado, desmotivado, inca-
pacitado e desvalorizado, já que a apo-
sentadoria, as perdas funcionais e sociais
levam muitas vezes o idoso a um quadro
depressivo, queda da autoestima e, por
conseguinte, problemas sérios de saúde.
Portanto, os familiares devem estar
sempre atentos às necessidades do ido-
so, seja de ordem física, social ou psíqui-
ca, lhes proporcionando compreensão,
aceitação, carinho e amor, pois eles no
seio da família se sentem aptos à vida,
úteis, e capacitados. Porém, é necessá-
rio salientar que o relacionamento fa-
miliar positivo vai depender da estru-
tura familiar rígida ou flexível que irá
gerar problemas de relacionamento
ou trazer alegrias e satisfações.
Afinal, sabemos que existe o outro
lado da moeda, onde prevalece o mode-
lo social da família nuclear, em que con-
vivem em um mesmo lar apenas pais e
filhos e este fenômeno leva a um grande
aumento do número de idosos em insti-
tuições asilares e casas de repouso, onde
todos esses aspectos positivos e possíveis
dentro do ambiente familiar se tornam di-
fíceis de encontrar devido muitas vezes à
falta de estrutura do local, a deficiência de
profissionais especializados e qualificados,
à dificuldade financeira, além do isola-
mento social e da sensação de abandono.
Em contra partida a isso, o Estatuto do
idoso propõe melhorias para sua socializa-
ção e suas condições de vida, porém mui-
tas das propostas nunca saíram do papel.
Temos que entender, portanto, que
a velhice é para ser vivida com qualidade,
rodeada de respeito, carinho e segurança;
incluída em um contato social saudável e
de conscientização política, que contribui-
rá significativamente para a melhoria da
saúde mental e diminuição do sofrimento
emocional do idoso. Pois o que define o
homem não são os anos que ele acumu-
lou nem os cabelos brancos que prateiam
sua cabeça, mas sim sua capacidade de
pensar, de discernir, de sentir e de agir.
Foto: Reprodução internet
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’história
A História através da caricaturaCaricatura: forma humorada de representar os traços de um personagem em desenho
por Ana Lucia Finazzi
A caricatura é um gênero de desenho basicamente satírico,
mas não obrigatoriamente cômico. Podemos dizer que a ca-
ricatura vai bem além disso, um capítulo importante da ativi-
dade artística, tendo tido entre seus cultores inúmeros nomes
significativos na história das artes visuais.
A caricatura já era conhecida dos egípcios (o museu de
Turim guarda um papiro sobre o qual Ramsés II acha-se retra-
tado ostentando orelhas de asno), gregos (pinturas em vasos)
e romanos (afrescos de Pompéia e Herculano).
A época dos caricaturistas profissionais, dos que se dedi-
caram à caricatura como atividade bastando-se a si mesma,
teve início no final do século XVII e a invenção da litografia, no
final do século XVIII, iria contribuir consideravelmente para a
divulgação da caricatura, a partir do século XIX.
Atribui-se ao famoso escultor e arquiteto mineiro do sécu-
lo XVIII, Aleijadinho, a primeira caricatura brasileira. Seu biógra-
fo, Rodrigo Bertas, afirma ter o artista reproduzido, num grupo
de São Jorge com o dragão, os traços de certo coronel, seu
desafeto. Mas o verdadeiro iniciador da caricatura, entre nós,
foi Manoel de Araújo Porto Alegre, publicando anonimamen-
te uma sátira a um jornalista, seu inimigo. A primeira mulher a
se aventurar no ramo, na década de 30, foi Nair de Teffé (Rian).
A caricatura em São João - Datam de 1941 algumas carica-
turas assinadas por “Arnold”, que retratam sanjoanenses ilus-
tres, fazendeiros e grandes homens de negócios. Acredita-se
que tais caricaturas eram encomendadas pelos mesmos. Não
há registros sobre o autor.
No final da década de 40, surgiu em São João da Boa Vista
um mulato que ficava sentado nos bares mais frequentados,
desenhando caricaturas dos frequentadores destes ou de
transeuntes que passavam pelas calçadas. Este rapaz, de pro-
cedência nordestina, assinava seus desenhos como “Miranda”.
Nesta época, que foi também dos áureos tempos do Rádio,
muitos radialistas foram caricaturados pelo desenhista, sendo
que estas caricaturas ficavam expostas no saguão de entrada
da Rádio Piratininga. Outros populares sanjoanenses foram
também retratados por ele, como o saudoso farmacêutico Le-
oncinho. Na opinião do artista plástico Ronaldo Noronha, em
entrevista concedida em 1993, “aquele rapaz tinha muito talen-
to, era um verdadeiro artista, pintando também alguns quadros
em aquarela. Se fosse nos dias de hoje, seu trabalho seria mais
reconhecido e ele poderia tê-lo explorado melhor”.
Sanjoanense - Caricaturas
assinadas por “Arnold”, que retratam
sanjoanenses ilustres, fazendeiros e
grandes homens de negócios, como
Joaquim Cândido de Oliveira Filho.
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Caricaturas no mundo moderno - Segundo o publicitário sanjoanense, Marce-
lo Liberali, diretor de arte da Editora Flop em São Paulo, a caricatura é a forma de
representar de maneira bem humorada os traços de um personagem da vida
real através de um desenho, exagerando suas características. “Ao iniciar os primei-
ros esboços do rosto ou do corpo da pessoa, a primeira coisa a fazer é notar quais
são as partes que mais se destacam, se é o formato da boca, o tamanho da orelha, o
nariz, ressaltando a personalidade daquele indivíduo”, explica Marcelo.
O publicitário ainda diz que a importância da caricatura na sociedade
transcende o aspecto cultural e artístico, pois é uma forma de manifestação
social que pode em muitos casos transmitir ideias de forma muito mais in-
terativa do que um texto. “Um exemplo são as caricaturas de personagens, si-
tuações da política e também do cotidiano, que fazem com que o leitor veja de
forma bem humorada assuntos de extrema seriedade e que possa questionar
através da sutileza da sátira da caricatura a importância do assunto destacado
na reportagem”, complementa.
Radialista - Em 1948, tempos áureos do
Rádio, muitos radialistas foram caricaturados
pelo desenhista, sendo que estas caricaturas
ficavam expostas no saguão de entrada da
Rádio Piratininga. Este é Vicente de Paula
Bueno – série Radialistas de “Miranda”.
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Um sol que os nossosolhos não podem ver”Incríveis detalhes do Sol revelados pelo SDO/NASA”
’ciência
por Dulcidio Braz Jr
A imagem acima, divulgada no começo deste ano pela
NASA – Agência Espacial Americana, mais parece uma
colcha de retalhos. Mas é o nosso Sol! É claro que se trata
de uma montagem ou, se preferir, de um mosaico feito a
partir de diversas outras imagens da nossa estrela. Os dife-
rentes registros fotográficos foram feitos pelos instrumen-
tos que compõem o SDO – Solar Dynamics Observatory.
O SDO é um satélite artificial da Terra, em órbita geo-
estacionária e que, lá do espaço, a cerca de 36.000 km de
altitude, monitora o Sol constantemente, usando instru-
mentos capazes de registrar a nossa estrela a cada 0,75 s
em imagens dentro e fora da faixa visível. A faixa visível,
que vai do vermelho ao violeta, é tudo o que podemos ver
com os nossos olhos, mas representa uma minúscula fres-
ta dentro do enorme espectro eletromagnético. Apenas
com os nossos limitados olhos não somos capazes de ver
em detalhes todos os fenômenos do Universo, incluin-
do a complexidade da radiação emitida pelo Sol que se
apresenta também nas regiões do infravermelho e do
ultravioleta. Mas os cientistas, usando todo o conheci-
mento e tecnologia acumulados até hoje, conseguem
driblar as limitações humanas.
Desde 2010 o SDO vem registrando a atividade solar
com impressionante definição e nos revelando detalhes
que ratificam que a nossa estrela está muito longe da cal-
maria que observamos a olho nu daqui da Terra. Esqueça
aquela sensação de paz ao observar o Sol num final de tar-
de... Nossa estrela é, na verdade, uma enorme bomba de
fusão nuclear que une átomos de hidrogênio para fazer
átomos “mais pesados” de hélio num verdadeiro inferno de
plasma moldado pela gravidade e por um complexo cam-
po magnético. Sendo menos técnico, o Sol é uma enorme
Foto: Divulgação NASA
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bola de gás em altíssima temperatura que se mantém coesa graças à gravidade
e funciona como um imã gigante de comportamento bastante complexo.
A cor amarelada típica do Sol é apenas o que podemos perceber a olho
nu e corresponde à emissão de radiação na faixa visível pelos átomos super-
ficiais que estão na temperatura próxima dos 5.700º C (aproximadamente
6.000 K). Mas a atmosfera solar (ou coroa que envolve a esfera estelar) en-
contra-se numa temperatura média próxima de 2.000.000 K, muitíssimo mais
alta do que a temperatura superficial, algo que os cientistas medem, mas ainda
não entendem completamente. Átomos aquecidos em temperaturas nesta ordem
de grandeza são responsáveis pela emissão de radiação muito mais energética, na
faixa do ultravioleta extremo, incluindo os Raios X. No interior solar, onde a fu-
são nuclear acontece de fato, a temperatura é ainda maior e atinge 15.000.000
K. Três instrumentos distintos são os “olhos” do SDO, desenhados para serem
muito melhores em perceber detalhes do Sol que os nossos limitados olhos
humanos: AIA - Atmospheric Imaging Assembly, HMI - Helioseismic and Mag-
netic Imager e EVE - Extreme Ultraviolet Variablity Experiment.
Estes instrumentos operam com diversas
técnicas e em várias faixas do espectro
eletromagnético, caracterizadas por um
número que corresponde ao compri-
mento de onda da radiação expresso em
angstrom, unidade minúscula de com-
primento que equivale ao metro dividido
por dez bilhões.
Cada comprimento de onda nos re-
vela detalhes específicos dos diferentes
processos que ocorrem no Sol, o que po-
demos comprovar nas imagens abaixo
que mostram a nossa estrela fotografada
ao mesmo tempo, mas em técnicas dife-
rentes e em faixas distintas do espectro.
São exatamente estas as imagens que
foram recortadas e usadas para compor
o mosaico que abre o nosso artigo. Repa-
re nas legendas o que cada instrumento,
com cada técnica ou comprimento de
onda, é capaz de evidenciar.
O SDO permite aos cientistas verem
o Sol ampliado, como se estivessem mais
perto dele, e ainda selecionar o que que-
rem ver em detalhes com filtros de com-
primentos de onda diferentes. Truques
tecnológicos geniais para ver o que os
nossos olhos não poderiam enxergar!
A missão do SDO está prevista
para durar entre cinco e dez anos.
Com cerca de 1,5 terabytes de in-
formações coletadas por dia (algo
como 320 DVDs de dados gravados a
cada 24 h), os cientistas estão enten-
dendo melhor toda a dinâmica solar,
em especial o mecanismo interno de
movimento do plasma que dá ori-
gem ao campo magnético conheci-
do como Dínamo Solar. Acompanhe
novidades e imagens incríveis publi-
cadas em tempo real no site oficial
do SDO (http://sdo.gsfc.nasa.gov).
Lá, você também encontra detalhes
do satélite e de cada um dos seus
“olhos eletrônicos”.
As diferentes faixas do espectro eletromagnético
Arte: Divulgação NASA
Foto: Divulgação NASA
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Cartão de fidelidadee engano logísticoQuer fidelidade, tem que dar vantagens adicionais, e não tirar as vantagens existentes
’economia
por Gilberto Brandão Marcon
Estabelecida como objetivo a ser
atingido pelo método de Marketing,
a fidelidade é vista como espécie de
iguaria mercadológica nestes tempos
de escassez de consumidor e exces-
sos de oferta. É um diferencial que,
quando obtido, traz profunda alegria
ao gestor de marketing. Ao homem
de mercado, a conquista do consumi-
dor fiel é uma espécie de “eldorado”.
Ferramentas mais efetivas e que
atuam de modo simbólico, mas que
devem agregar efetivas vantagens utili-
tárias são os chamados ‘cartões de fide-
lidade’. Neste caso, me permitam avaliar
a vivência particular, entretanto, dentro
dos preceitos de um estudo de caso.
Deste modo, o consumidor em
questão serei eu mesmo, de modo que
este terá o perfil seletivo, com gosto por
oportunidades e opções de escolha,
adepto do custo/benefício, porém fiel
ao encontrar estas condições ofertadas.
Isto posto, acabou por produzir um re-
lacionamento comercial de mais de 15
anos com certo magazine com atuação
em Shoppings e recentemente no se-
tor de compra virtual.
Reconheço a fidelidade, dado
que ao chegar a um Shopping, aca-
bo sempre procurando pela “marca”
que, de modo geral, sempre atendia
às minhas necessidades como consu-
midor. Pois bem, na última Páscoa, se-
guindo um de meus rituais de compra,
me desloquei da cidade onde moro
uns 45 km e fui à vizinha e bela Poços
de Caldas. Ovos de chocolate para fa-
mília, menos para mim, em abstinência
calórica, mas mantendo o calor afetivo.
Compras feitas, ovos de Páscoa
escolhidos, marca A para o pai, marca
B para mãe, marca C para sogra, en-
fim, a cada um o seu devido chocola-
te, frente ao caixa, e com o cartão de
crédito na mão, ao passar o plástico,
para minha surpresa (e até mesmo do
caixa) a autoridade do programa de
computador recusou o parcelamen-
to de sempre. Será que é o Visa? Ten-
temos o Mastercard. Nada. E, então, a
notícia esclarecedora: a Loja agora só
faz a venda da forma que fazia se for
usado o recém-criado cartão da Loja.
A primeira reação foi olhar o cartaz
que com letras garrafais anunciava a
venda em 10 parcelas. Então descobri
que em letras bem mais miúdas estava
escrito que as parcelas seriam só em
quatro. E, na explicação das opções,
percebi que esta foi a gentil abordagem
que fizeram para me ofertar o cartão da
minha, até então, Loja preferida.
Realmente irritado, nem tanto
pelo valor, mas pelo que considerei
uma falta de respeito, coisa comple-
tamente fora de moda mesmo, tomei
a medida que achei mais correta e
dispensei a compra. Fiz meu papel de
consumidor-cidadão, mas estraguei
meu raro dia com a família.
Problema: os ovos continuavam
para ser comprados. Já bem mais cal-
mo, como é comum do temperamen-
to dos descendentes da velha bota
do mediterrâneo, (irritado sim, mas
acessível e franco também, afinal, um
relacionamento de tantos anos não
se desfaz assim), nova viagem, agora
Campinas, uns 120km. Costume é cos-
tume. E lá estou eu novamente numa
unidade da tal Loja, já de cabeça fres-
ca, agora sabendo o negócio que iria
fazer e conformado em ter sido vítima
de segregação comercial.
Novas compras, e lá estou eu no
caixa novamente para pagar segun-
do a nova regra. E então veio a oferta:
“O senhor tem o cartão da Loja?” Bem,
agora já sentia um bafejar de civiliza-
ção, afinal se perguntava se eu que-
ria, ao invés de me informar que eu
tinha passado a ser cliente de segun-
da, em que pesasse minha fidelidade.
“O senhor quer um?”
Realmente estou ficando velho,
hoje se oferecem as coisas, antes a
gente conquistava. Mas, enfim, sou
adepto da tentativa de se atualizar. Já
tinha esperado na fila em que um al-
to-falante informava que eu não teria
que enfrentar se tivesse o tal cartão...
“Fica!”, “Não quero”, “Fica!”, “Já es-
perei na fila!”, “Não vai demorar”... tan-
ta insistência, que enfim resolvi me
adaptar aos tempos modernos. A
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‘não demora’ demorou um pouco. Fui
para um setor de cadastro. Incrível,
mas depois de tantas compras, in-
clusive com cartão via internet, e por
tanto tempo, ao invés de haver uma
pesquisa com meus dados, lá estava
eu fazendo um cadastro. Mas tudo
bem, eu estava de bom humor.
Antes, porém, de fazer questionei:
“Você está dizendo que não tem cus-
to?” e veio a confirmação: “Sem custo.
O senhor não quer o seguro? É tanto...”.
Previdente, acabei aceitando este
custo. Assinei papeis, e então veio a
fila que não tinha, pequena é certo,
mas eu estava de bom humor.
Quase feliz, resolvi esquecer o as-
sunto, consulta e remédios andam
caros, melhor reduzir o stress. Ocorre
que minha fiel fornecedora acabou
por lembrar de mim, semanas de-
pois, e recebo um telefonema em
casa: “O senhor é difícil de encontrar!”.
Eu, irritado: “Por que lhe devo satisfa-
ções de meus horários?”, e então: “É do
cadastro da Loja, o senhor esqueceu
de assinar...”, e antes que terminasse:
“Não esqueci de assinar coisa algu-
ma, fiz tudo o que me pediu, inclusive
aguardei uma boa porção de minutos >
90
para ter meu crédito aprovado.”. “Bem,
é que me esqueci de uma assinatura...
o senhor poderia vir a Campinas para
assinar?”. Indignado: “Como? Você
quer que eu me desloque 120km para
assinar algo que esqueceu de me dar
para assinar? Mande por sedex, por fa-
vor, que assino e lhe devolvo”, e veio a
pérola: “É contra as regras da Loja”, e
mais indignado: “E eu ser importunado
ou não, consta nas regras da Loja? Irei
a Campinas quando achar que devo
ir; e sei que devo, portanto, mande as
faturas conforme estabelecido que vou
pagar”, e novamente, “Mas as regras
da Loja...” E então: “Também tenho as
minhas regras. Assim, arrume-se com
as regras da Loja e depois me informe”.
Não veio informação, mas chegou
a fatura do tal cartão. Confesso-me
novamente satisfeito, imaginei ter
chegado à solução, mas foi só abrir o
envelope para observar o item ‘anui-
dade’. Irritado novamente, liguei ao
0800, e informei que o cartão me foi
ofertado, não só a mim como a quem
estava na Loja naquele dia, “sem custo
adicional” (vai saber o que significa
isto...), e até tinha feito o seguro. E a
mocinha do outro lado: “Tem custo,
sim”, e eu: “Não aceito”. Então: “Tere-
mos que cancelar...”, e eu: “E como farei
para pagar?”, “Isto não tem problema,
vão as faturas”, e decepcionado, me
sentindo enganado: “Então cancele”.
E finalmente chegamos ao fim.
Ainda em Poços, como consumi-
dor, procurei o gerente e argumen-
tei minha insatisfação, o chamado
feedback. O cidadão parecia ter
noção de marketing, até concordou
comigo. Aliás, diga-se de passagem,
em que pese a desagradável passa-
gem, todos os funcionários, embora
incapazes para resolver o essen-
cial, eram sempre muito solícitos e
sorridentes. Aonde vou chegar? É
simples: para se atingir um objetivo
não basta uma prancheta, é preciso
verificar a concretização dos resul-
tados. Antes de buscar fidelidade
talvez fosse mais barato pesquisar
os seus próprios consumidores, ao
invés de produzir um tosco esforço
de vendas, empurrando um cartão
ao consumidor.
No mais, se quer fidelidade, tem
que dar vantagens adicionais, e
não tirar as vantagens já existentes,
como que punindo o consumidor
por não ter o tal cartão de fidelida-
de. Eis aí uma logística desastrada,
que empurra consumidores fiéis
para o concorrente, de modo que:
“Adeus, ingrata. Tchau, Loja infiel!”.
Doeu, mas vai passar.
91
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’política
Depois de 49 anos do golpe,ainda resta algo no arPolítica elitizada e educação privatizada: o Brasil ainda não se livrou de suas heranças
No final de Março comemoram-se 49
anos do golpe militar. Na madrugada
do dia 31 de março de 1964, o golpe
foi deflagrado contra o governo legal-
mente constituído de João Goulart. A
falta de reação do governo e dos gru-
pos que lhe davam apoio foi notável:
não se conseguiu articular os militares
legalistas. João Goulart, em busca de
segurança, viajou no dia 1ª. de abril do
Rio, para Brasília, e em seguida para
Porto Alegre, onde Leonel Brizola ten-
tava organizar a resistência com apoio
de oficiais legalistas, a exemplo do
que ocorrera em 1961.
Apesar da insistência de Brizola,
Jango desistiu de um confronto militar
com os golpistas e seguiu para o exílio
no Uruguai, de onde só retornaria ao
Brasil para ser sepultado, em 1976.
Resquícios - Apesar de a imprensa de-
dicar várias matérias especiais sobre
este tema - tentando apagar os ves-
tígios do apoio incondicional ao mo-
vimento golpista, o que pouco se fala
é sobre os resquícios e heranças que,
mesmo passados 29 anos da redemo-
cratização, ainda perduram e afligem
o Brasil. Essa matéria visa discutir um
pouco sobre essas heranças, abordan-
do o resultado político e educacional
do golpe de 1964.
O campo político - A derrubada de
João Goulart - democraticamente
eleito vice-presidente pelo Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB) – na mes-
ma eleição que conduziu Jânio Qua-
dros - do Partido Trabalhista Nacional
(PTN) - à presidência, representou o
fim das reformas sociais que eram de-
fendidas por setores progressistas da
sociedade brasileira e, de quebra, um
golpe contra a incipiente democracia
política nascida em 1945.
Significou também a ascensão e
manutenção da elite e de seus inte-
resses no poder. Os militares golpistas
mal suspeitam que foram, na verdade,
usados por forças muito maiores que
eles, como escreveu o cientista social
René Dreifuss, em seu livro 1964: A
conquista do Estado, ação política, po-
der e golpe de classe. Em 814 páginas,
das quais 326 de documentos origi-
nais, fica claramente demonstrado
que o que houve no Brasil não foi um
golpe militar, mas um golpe de classe,
com uso da força militar.
O que se seguiu foi a eliminação
de todos aqueles que buscavam me-
lhores condições de vida para os que
foram historicamente condenados -
como os operários e as classes mais
Reação - Quando João Goulart anunciou as reformas de base,
incluindo um plebiscito pela convocação de nova constituinte, a
reforma agrária e a nacionalização das refinarias particulares de
petróleo, a aliança UDN /Militares / Estados Unidos iniciou sua
mobilização definitiva em direção ao golpe.
Fotos: Reprodução internet
>
95
96
baixas da população. “Na histeria da
guerra fria, eram logo acusados de co-
munista e marxistas, mesmo que fos-
sem bispos, como Dom Helder Câmara”,
escreveu o teólogo Leonardo Boff re-
centemente em seu blog.
O cenário da elite no poder só
sofreu um revez em 2003, com a elei-
ção de Lula. A eleição de um governo
trabalhista e o recente afastamento
da elite do poder, acabou sendo um
dos fatores predominantes para o pa-
norama político que vemos hoje, uma
espécie de aglutinação oposicionista
ínfima, composta de forças conserva-
doras, famílias que controlam grandes
meios de comunicação, altos funcio-
nários de carreiras de estado e, por úl-
timo e com menos importância, dois
ou três partidos políticos.
Desigualdade na educação - Também
são resquício do governo militar as ma-
zelas do sistema educacional, com uma
infinidade de universidades privadas,
cursos de curta duração, grade de dis-
ciplinas engessada, além do fechamen-
to do ensino superior às classes baixas.
Para a filósofa Marilena Chauí, profes-
sora da Faculdade de Filosofia, Letras
e Ciências Humanas da USP, isso foi
causado pela necessidade do governo
militar de conseguir o apoio da classe
média. Para tanto, ele garantiu o rápido
diploma universitário para essa classe -
que ansiava pelo status que a formação
assegurava, e, em contrapartida, ga-
nhou uma mão de obra “dócil” para o
mercado de trabalho.
Além disso, começava a ser implan-
tado também o modelo privado de
educação, com o sucateamento do en-
sino público e a ascensão do ensino pri-
vado, seguindo as diretrizes de um pro-
grama conhecido como MEC - Usaid. “A
privatização do ensino começou no ensi-
no fundamental e médio. As verbas não
vinham mais para a escola pública, ela
foi definhando e no seu lugar surgiram
ou se desenvolveram as escolas privadas.
Eu pertenço a uma geração que olhava
com superioridade e desprezo para a es-
cola particular, porque ela era para quem
ia pagar e não aguentava o tranco da
verdadeira escola. Hoje é justamente o in-
verso”, explica Chauí, em recente entre-
vista ao site Rede Brasil Atual. Como re-
sultado, ocorreu a concorrência desleal
no acesso às universidades, através do
vestibular, barreira de acesso ao ensino
superior público de qualidade para as
camadas mais populares da sociedade,
que não puderam pagar para cursar o
ensino médio em escolas particulares.
O resultado - Em síntese, os 21 anos de
regime ditatorial suprimiram a liberda-
de, causaram muitas mortes, desapa-
recimentos e um atraso político, que
deixou uma onerosa herança para o
Brasil. Livrar-se desse período ainda
demorará muitos anos e, provavel-
mente, consumirá muito mais tempo
do que quando passamos na mão dos
governos militares. A
O golpe social Há poucos estudos sobre golpes de estado, mas de acordo com o his-
toriador Luciano Cerqueira, o livro 1964: A conquista do Estado, de René
Dreyfuss, é o que mais se aproxima da situação política estabelecida no
Brasil no ano de 1964. No livro, o autor diz que o golpe de 1964 no Brasil
foi um golpe “cívico-militar amplo”, o que significa que não apenas os
militares tomaram o poder, estes contaram com o apoio de vários setores
da sociedade civil. O autor recorda ainda que os mesmos setores envolvi-
dos no golpe de 64 já haviam tentado derrubar Getúlio em 1954, quando
o então presidente se suicidou, minando a ação dos golpistas.
Contudo, este grupo saiu vitorioso em 64, o que faz crer que este golpe
tenha sido resultado de uma ampla mobilização iniciada uma década antes.
Não foi uma reação militar imediatista, e sim, uma ação desenvolvida a
longo prazo. “Muito antes de 64, os grupos envolvidos no golpe já conspiravam
e tentavam inviabilizar o governo de Jango”, assegura Cerqueira. “O golpe de
64 envolveu grupos de empresários, banqueiros, intelectuais da elite, imprensa,
políticos e militares com apoio financeiro e técnico dos Estados Unidos”, garante
Foto: Reprodução internet
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Todo mundo em pânicoFranquia chega ao quinto filme e promete mais risadas aos espectadores
’cinema
por Franco Júnior
Se sorrir é sinônimo de sucesso, Todo mundo em pânico tem
conseguido fazer isso por alguns anos da melhor maneira
possível. Isso porque a série chega ao seu quinto filme, com
a característica de fazer sátira a produções de sucesso do ci-
nema norte-americano. Com isso, a gargalhada soa sempre
mais alta cada vez que um novo longa é anunciado.
Início - Todo mundo em pânico começou em 2000,
quando o primeiro filme foi lançado e, na ocasião, a
sátira foi em torno de produções que eram sucesso,
como Eu sei o que vocês fizeram no verão passado, Ma-
trix, O sexto sentido e o próprio Pânico, que foi o longa
que deu origem à ideia de paródias.
Com a aceitação da ideia pelo público, o estúdio
Dimension Films passou a trabalhar em cima de uma se-
quência para o filme; fato que resultou em mais três comédias
de sucesso. A sátira nas sequências foram com filmes de terror
e grandes produções do cinema hollywoodiano. O exorcista,
Premonição, O chamado, Jogos Mortais e Guerra dos Mundos
foram alguns deles, que fizeram com que o público compare-
cesse em peso às salas de cinema e consolidasse a saga como
sucesso no gênero comédia.
Parte 5 - No quinto filme, o roteiro girará em torno do sucesso
Cisne Negro, mas também contará com produções como Ati-
vidade Paranormal, 127 horas e A origem; para tentar manter a
qualidade e o alto número de risadas dos anteriores. A comé-
dia se passa no mundo da dança e tem um arrogante, distante
e mandão diretor francês chamado Pierre comandando uma
grande produção. Jody, de 20 e poucos anos - mãe de dois
filhos - e sua amiga afro-americana Kendra estão competindo
pela liderança na produção. A mãe controladora e ex-bailarina
de Jody está determinada a conseguir o papel principal para
a filha, garantindo a carreira brilhante que sua gravidez a im-
pediu de ter. Já Heather Daltry, prestigiada e veterana bailarina
de 30 e poucos anos, é demitida da produção e enlouquece.
Elenco - O elenco de Todo mundo em pânico 5 conta com o
engraçado e polêmico Charlie Sheen; além da musa Lindsay
Lohan – que por problemas com drogas esteve fora de gra-
vações nos últimos anos. Junto a eles está a também musa
Ashley Tisdale (High School Musical) e os renomados Simon
Rex (Superhero Movie), Molly Shannon (Glee), J.P. Manoux
(Transformers), entre outros.
Fotos: Divulgação
99
100
por Hélinho Fonseca’dicas
Filme / Música - DVDs
Física de forma divertida
O blog do professor sanjoanense Dulcídio Braz Junior, mostra a física por outro ângulo, expli-cando fenômenos de forma elucidativa, rica em detalhes e com várias imagens que auxiliam a compreensão.
Para os publicitários de plantão:www.fisicamoderna.com.br
Sherlock Holmes: A Game of Shadows
Gilberto Gil Concerto de Cordas &
Máquinas de Ritmo
007 - Operação Skyfall
As primeiras indicações deste ano foram bus-
cadas nos lançamentos do final do ano passa-
do. Estamos procurando mais uma vez trazer
sugestões bem variadas que aliam o prazer
de ouvir, ou assistir, o que há de melhor no
momento. Espero que gostem.
PAULO MOREIRA LEITEGeração Editorial - 352 Págs.
A outra história do mensalão
No livro de Paulo Moreira Leite, os leitores encontram um ponto de vista que permite a reflexão sobre um julgamento que foi transformado em show midiá-tico. O jornalista afirma que o julgamento do chamado “mensalão” foi contra-ditório, político e injusto, por ter feito condenações sem provas consistentes e sem obedecer às regras elementares do Direito. A obra tem ainda o prefácio do respeitado jornalista e colunista da Folha de São Paulo, Janio de Freitas.
Música - CDs
Barão Vermelho - 30 Anos Caetano Veloso - Abraçaço
Mick HucknallAmerican Soul
Estação Sambô
101
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A rádio fantasma russaTransmitindo desde 1982, ela facina milhares de ouvintes com sua estranheza
’curioso
Foto: Sergey Kozmin
Povarovo é um pequeno distrito russo,
distante 40 minutos do centro de Mos-
cou. De lá originam-se os sinais de uma
das mais intrigantes rádios do mundo, a
UVB-76, ou, como é conhecida pelos ou-
vintes, The Buzzer (“a cigarra”).
Operando em ondas curtas - ou AM,
como você preferir, essa rádio intriga os
ouvintes desde a década de 1980, por-
que transmite um pequeno e monóto-
no “bip” a uma taxa aproximada de 25
tons por minuto, durante 24 horas por
dia. Algumas vezes essa transmissão é
interrompida e dá lugar a mensagens
de voz, códigos morse ou mesmo tre-
chos de músicas clássicas.
Como o sinal é transmitido em uma
faixa aberta para civis, se você tiver um
bom rádio e quiser realizar um experi-
mento, basta ligá-lo durante a noite e ten-
tar captar a estação na frequência 4.625
kHz. Durante a noite é mais fácil, pois o
fenômeno da ionização da atmosfera
diminui e as ondas AM ganham alcance
e potência maior. Mas se você não con-
seguir, não se decepcione: a maioria dos
rádios comercializados no mercado hoje
mal consegue captar rádios AM próximas.
Origem - Conta-se que há cerca de 30
anos os soviéticos construíram uma
estação de rádio perto de Povarovo.
Na época, Leonid Brezhnev ainda esta-
va vivo, o Kremlin possuía um império
intercontinental e as tropas soviéticas
estavam combatendo no Afeganistão.
Após o colapso da União Soviética, em
1991, foi revelado que a cidadezinha era
uma localidade controlada pelos milita-
res e que tudo o que aconteceu lá foi
secreto. De concreto, só se sabia que a
estranha rádio transmitia 24h por dia o
“bip” intermitente, fizesse sol ou chuva.
Códigos - Mas tudo seguiu estranha-
mente igual até o segundo semestre de
2010. Após um dia todo em silêncio, em
1º de Setembro, a rádio transmitiu um
trecho de 38 segundos de Dança dos
Pequenos Cisnes, do ballet O Lago dos
Cisnes, de Tchaikovsky. Dois dias depois,
o monótono “bip” foi interrompido para
a transmissão de uma voz masculina re-
citando breves sequências de números >
Do subúrbio de Moscou - Uma antena
no meio do nada transmitiu por muitos anos
o estranho sinal da UVB-76. Hoje, a nova fonte
emissora do sinal situa-se em algum local pró-
ximo a Pskov, próxima à fronteira da Estónia.
103
104
e palavras, quase todos nomes russos:
“Boris, Roman, Olga, Mikhail, Anna, La-
risa”. Na noite de 07 de Setembro, às
20h48, horário de Moscou, uma voz
masculina voltou: “04 979 Drendout”, se-
guido por uma série mais longa de nú-
meros, em seguida, “Trenerskiy” e ainda
mais números. De lá pra cá, a atividade
da rádio não cessou mais.
Tudo isso teria passado desperce-
bido, ou apenas seria notado por um
pequeno e interessado grupo de rádio
amadores, se não fossem a internet e os
sites de redes sociais. Através deles, mi-
lhares conheceram a UVB-76 e ficaram
fascinados com a estranheza intermi-
nável deste persistente e irracional “bip”.
Aficcionados - Como era de se esperar,
o Facebook concentra a maior parte dos
entusiastas da rádio. Somente a página
do grupo de discussão sobre ela possui
quase 3.500 inscritos, dos mais diversos
países, que se dedicam a informar e ten-
tar decodificar cada nova transmissão.
“A estação está estranha agora. Sem
o som, somente vozes fracas no fundo”, in-
forma um certo Joe Dorsey, de Murfre-
esboro, Tennessee (EUA). Outro, Emmett
Brown - referência ao cientista maluco
de De Volta para o Futuro, informa que a
primeira transmissão de 2013 aconteceu
no dia 04, às 12h05, horário de Brasília.
Teorias - Graças a essa grande variedade
de interessados dos mais diversos países,
a Internet foi povoada das mais diversas
lendas e teorias sobre a UVB-76 e sua fi-
nalidade: desde uma emissora de ondas
para estudos da ionosfera, até uma for-
ma de comunicação com alienígenas.
Também se afirma com certa frequência
que ela pode se tratar de um gatilho de
homem morto, ou seja, quando ela parar
de transmitir os “bips” é sinal de que algo
aconteceu e que o processo de retaliação
- talvez nuclear - deve ser iniciado.
A grande maioria, porém, concorda
com uma teoria menos fantasiosa: a
UVB-76 é usada para transmitir mensa-
gens criptografadas a espiões e outros
agentes no exterior, no que é conheci-
da como estação de números.
As estações de números - Estações
de números existem desde a Primeira
Guerra Mundial, como documentado
pelo Conet Project. Normalmente, estas
rádios transmitem letras e números em
grupos de cinco, o que torna impossível
detectar partições entre palavras e fra-
ses; a mensagem, por sua vez, só pode
ser decodificada utilizando uma chave
de posse do ouvinte pretendido.
Mas a UVB-76 não se enquadra nos
O pica-pau russoO pica-pau russo foi um notório sinal de rádio russo, que poderia ser
ouvido esporadicamente sobre as bandas de rádio de ondas curtas em
todo o mundo, entre julho de 1976 e dezembro de 1989. Por causa de
sua potência extremamente alta (acima de 10 MW), o sinal se tornou um
incômodo, pois interrompia transmissões de rádios amadores, comer-
ciais, comunicação aeronáutica e de serviços públicos, o que resultou em
milhares de queixas de vários países do mundo.
O sinal misterioso era fonte de muita especulação, o que deu origem
a teorias como de controle da mente e do clima. No entanto, após um
estudo cuidadoso, muitos especialistas e entusiastas acreditavam que ele
não passava de um sistema de radar além-do-horizonte (OTH) muito po-
deroso. Esta teoria só foi confirmada publicamente após a queda do co-
munismo na Rússia, em 1990. Mas muitos ainda defendem que o sistema
fazia parte de um projeto semelhante ao Programa HAARP americano.
padrões de uma estação de números
típica porque, simplesmente, suas men-
sagens vão ao ar em horários irregulares.
Quem sabe - A verdade é que os reais
objetivos dá rádio continuam obscuros
- e devem continuar assim por muito
tempo. O que se sabe é que Povarovo,
que outrora foi um movimentado distri-
to militar, hoje está quase abandonado.
Mas isso não é o fim da UVB-76. O si-
nal da rádio, que era emitido de lá, hoje
acredita-se que esteja sendo emitido
das redondezas de Pskov, próxima à
fronteira da Estónia. O motivo da mu-
dança continua ignorado e somente
é mais um capítulo na história dessa
misteriosa rádio russa. A
Fotos: Necator / D.M.Hanter
105
106
Usada cada vez mais nas empresas, ainda é desconhecida do público em geral
Pouco conhecida, a logísticareversa ganha espaço
’curioso
por Marden Willian
A logística reversa é um tema que
começou a ser estudado a partir da
década de 1990, com o avanço da tec-
nologia. Vem sendo citado em muitos
artigos acadêmicos dentro da área de
logística empresarial, pouco conheci-
do pela população, mas usado cada
vez mais nas organizações como es-
tratégia empresarial, ajudando a gerir
e operar no retorno de bens e mate-
riais após a venda e o uso ao local de
origem agregando valor aos mesmos.
Esses valores são de várias naturezas:
ecológica, econômica, logística, legal,
de imagem corporativa e outras.
O uso da logística reversa pelas
empresas cabe muito na necessidade
de atender o público do século XXI,
que, cada vez mais consciente, pre-
ocupa-se com os aspectos ambien-
tas relacionados ao bem ou serviço
adquirido por ele. Também devido à
grande competitividade de mercado
onde estratégias como a logística re-
versa podem deixar as empresas em
destaque no mercado.
A logística reversa é dividida em
dois canais de distribuição reversos,
que são o pós-consumo e o pós-
-venda. Os bens industriais detém
um tempo de vida útil e, após esse
período, é quande entra o canal de pós-
-consumo. Sua ação é proporcionar o
retorno desses bens para locais onde
possam ser reutilizados como matéria-
-prima, seja para a produção do pro-
duto que foi originalmente concebido
107
ou para outro processo de reciclagem.
Como exemplos desses bens temos
veículos em geral, eletrodomésticos e
produtos de informática.
O canal de pós-venda tem função
de coletar os produtos que não aten-
deram às expectativas dos clientes, por
erros comerciais, expiração do prazo de
validade e devolução por falhas na qua-
lidade, fazendo a reutilização, a revenda
como subproduto ou produto de se-
gunda linha e até a reciclagem. Os pro-
dutos podem ser devolvidos ao varejis-
ta, atacadista ou diretamente à indústria.
Aplicação – Em janeiro de 2012, a em-
presa Adidas lançou o programa Pega-
da Sustentável, que consiste no des-
carte adequado de calçados, seja da
marca ou de outras. O cliente leva o
calçado até as lojas da empresa, assina
um termo de doação do calçado e re-
cebe um brinde da Adidas.
Todo o material recolhido para re-
ciclagem serão encaminhados para
a empresa de logística reversa e ges-
tão ambiental parceira no projeto, a
RCRambiental. Em entrevista à revista
Exame.com, Fernando Basualdo, Dire-
tor Geral da Adidas Brasil, disse: “Com
o programa Pegada Sustentável, a Adi-
das do Brasil engloba mais uma par-
te da sua cadeia de valor com ações
sustentáveis, ou seja, a destinação
dos nossos produtos ao fim do seu ci-
clo de vida. E não vamos parar por aí.
Estamos desenvolvendo um progra-
ma mais abrangente, visando a Copa
2014. Mais do que um compromisso
de desenvolvimento sustentável, te-
mos aqui uma iniciativa de cidadania
corporativa”. Exemplo de uso do canal
de pós-consumo, calçados que iriam
fazer volumes nos lixos agora vão ser
encaminhados para reciclagem.
Futuro – A logística reversa é a ten-
dência para toda atividade logística
empresarial. Muitas vezes suas carac-
terísticas já eram até utilizadas, mas
não com essa nomenclatura.
O estudo da logística reversa no
Brasil ainda tem poucas obras, porém
temos o escritor brasileiro Paulo Rober-
to Leite com o primeiro livro lançado
nessa área na América Latina e um
dos primeiros na biblioteca mundial.
“Logística Reversa: meio ambiente e
competitividade” está na 2ª edição.
Ele é tido como maior especialista
nesse campo e é também o presidente
do CLRB (Conselho de Logística Reversa
do Brasil). Em seu livro, Leite deixa claro
que o Brasil precisa evoluir muito nas
políticas ambientais, algo que facilitaria
a maior abrangência da logística reversa.
108
’cinema
Ascensão do cinema brasileiroProduções nacionais passaram a serem vistas com mais atenção nos últimos anos
por Franco Junior
“Filme brasileiro? Ah, não vou ver! Não
gosto de produções nacionais”. Essa é
uma das frases mais ouvidas quando
um filme brasileiro é lançado no País.
No entanto, o cenário e o ‘preconceito’
para essas produções têm mudado
desde a década de 1990; com isso, a
aceitação do “brasileiro pelo brasileiro”
tem aumentado.
Para entender - O cinema brasileiro
sempre foi visto com desconfiança
e até com certo desdém, tanto pela
crítica internacional quanto pela na-
cional. Enquanto o Brasil se consagrou
como o país das telenovelas - princi-
palmente as da Rede Globo -, expor-
tando suas tramas para o mundo intei-
ro, sua produção cinematográfica foi,
durante muito tempo, rebaixada a um
terceiro escalão em patamar mundial.
Entre as salas de cinema brasileiras,
os filmes nacionais sempre foram pre-
teridos pelo público, que dá maior va-
lor aos estrangeiros. Haja vista quando
ao mesmo tempo são lançadas pro-
duções nacionais e internacionais; de
praxe, o brasileiro prefere assistir ao
“diferente” e opta pela de outro país.
A virada - Durante os seus 110 anos de
história, ou mais, o cinema brasileiro
nunca chegou ao ápice do momento
atual em nível de sucesso. As qualida-
des juntamente com os interesses da
população brasileira mostram de for-
ma clara que os filmes produzidos no
Brasil já estão ganhando o seu lugar ao
sol. Não há quem conteste esta ascen-
são do momento, já que tal informação
é de questão puramente observável.
Essa mudança começou a partir
da década de 1990. Em 1995, veio a
primeira indicação de um filme bra-
sileiro ao Oscar, com o longa O Qua-
trilho. Em 1997, uma nova indicação
ocorreu; dessa vez com O Que É Isso,
Companheiro?. Em ambas, a estatue-
ta não veio para o Brasil.
Mas a grande virada veio com
Central do Brasil, de 1998. Estrelado
por Fernanda Montenegro, o longa
Foto: Divulgação
109
não só foi indicado ao Oscar de Me-
lhor Filme Estrangeiro, como venceu
o Globo de Ouro - repetindo feito
que só havia sido alcançado 40 anos
antes, com Orfeu Negro.
Evolução - O cinema brasileiro, então,
passou a um patamar superior. O Brasil
teve vários filmes aptos a concorrer a
uma indicação ao Oscar, tendo aumen-
tado a qualidade de suas produções.
Seus atores passaram a ter reconheci-
mento internacional e a qualidade técni-
ca dos filmes passou a outro nível, me-
recendo atenção da crítica internacional.
Grande exemplo do aumento de
nível das produções nacionais é o fil-
me Cidade de Deus, de 2002. Este é o
filme brasileiro com mais indicações
para a Academia; embora não tenha
levado nenhuma estatueta. Dirigido
por Fernando Meireles, deu grandes
expectativas quanto ao futuro do ci-
nema brasileiro, tendo posteriormen-
te o diretor feito filmes fora do Brasil.
Produções como Tropa de Elite (1
e 2), O Ano que Meus Pais Saíram de
Férias, 2 Coelhos, O Palhaço e o do-
cumentário Lixo Extraordinário vêm
firmando o Brasil como um país de
produções mais maduras e quali-
ficadas, ambicionando, em breve
conquistar para o cinema brasileiro o
maior prêmio da Sétima Arte.
Destas produções, a que chegou
mais perto de trazer ao Brasil a estatue-
ta mais cobiçada foi Tropa de Elite, em
2007; filme este que não venceu o Os-
car, no entanto, trouxe ao País o Urso
de Ouro no Festival de Cinema de Ber-
lim, na Alemanha, no mesmo ano.
Qualidade superior - Com as recentes
produções, os filmes nacionais passa-
ram a serem vistos com outros olhos.
Fato que a cada lançamento o número
de espectadores aumenta. Segundo o
Informe Anual sobre Filmes e Bilhete-
rias, divulgado em janeiro pela Agência
Nacional de Cinema (Ancine), em 2012
15,6 milhões de pessoas assistiram aos
83 lançamentos nacionais no ano. O
recordista foi Até que a sorte nos separe,
com 3,3 milhões de ingressos vendidos.
Vale-cultura - Um dos fatores que deve
ajudar na ascensão do cinema nacional
e de toda arte em geral é o Vale-Cultura,
que começa a valer a partir de segun-
do semestre deste ano. Na prática, o
vale-cultura será parecido com o vale-
-transporte ou refeição. O trabalhador
receberá um cartão magnético, com-
plementar ao salário, que poderá utilizar
para entrar em cinemas, comprar livros
e consumir outros produtos culturais.
Av. Oscar Pirajá Martins, 951 - (19) 3633 1122 - [email protected]
Vacinas para todas as idades
Proteja o quevocê tem de
mais importante.
110
’cultura
Ensaios sobre culturaO desenvolvimento cultural implica na percepção da identidade de um povo
Gênio - Celso Furtado foi um dos maiores
economistas brasileiros e um dos mais desta-
cados intelectuais do país ao longo do século
XX. Suas ideias sobre o desenvolvimento e o
subdesenvolvimento divergiram das doutrinas
econômicas dominantes em sua época e
estimularam a adoção de políticas intervencio-
nistas sobre o funcionamento da economia.
por Francisco de Assis Martins Bezerra
Celso Furtado, paraibano de Pombal,
foi um líder intelectual do desenvol-
vimentismo, criador da Sudene – Su-
perintendência do Desenvolvimento
do Nordeste e economista de prestí-
gio internacional.
Neste quinto volume dos Arquivos
Celso Furtado, publicado pelo Centro
Internacional Celso Furtado de Políti-
cas para o Desenvolvimento, revela-se
o homem de cultura profundamente
brasileira e foi este duplo perfil que o
levou a imprimir, quando Ministro da
Cultura, uma visão ampla de desenvol-
vimento para a cultura, promovendo
sua conexão com a economia e sem
perder de vista a preservação da nos-
sa identidade cultural. Estes princípios
sempre nortearam as atividades da
Procultura Incubadora Cultural, sedia-
da aqui, em São João da Boa Vista.
Celso Furtado foi o criador do pro-
jeto que deu origem à Lei Sarney, hoje
rebatizada Rouanet, de incentivo cul-
tural, via renúncia fiscal, a qual acabou
sofrendo distorções ao longo do tem-
po, fugindo à sua orientação inicial,
mas que nem por isso perdeu impor-
tância no cenário do financiamento
à cultura. Sonegação do imposto de
renda e falcatruas na Previdência não
exigem necessariamente a extinção
da Receita Federal e do INSS.
Em seus ensaios, observa Furtado,
em geral, o crescimento econômico
pode ser feito pela importação de
modelos estrangeiros, mas, ao mesmo
tempo, alerta que o desenvolvimento
cultural implica sempre, em contra-
partida, na percepção da identidade
de um povo, sem o que ele não terá a
autonomia necessária e indispensável
para a criação. Daí a divisão existente
entre sociedades consumidoras de
cultura e outras produtoras de cultura.
A indústria cultural, de massa, baseia-
-se na economia de escala de produção
e um país sem política cultural, como o
Brasil, se torna refém de uma produ-
ção cultural estrangeira e profunda-
mente ideológica que nos impõe seus
valores (se é que assim poderemos
chamá-los) éticos e morais.
Cabe-nos avaliar, esta é a questão
Foto: Fernando Rabelo
111
central, se teremos ou não condições de
preservar nossa identidade cultural.
É nesta questão crucial que Celso
Furtado enfatiza a necessidade de ser
instituída uma política pública voltada
para a cultura em todos os níveis da ad-
ministração, federal, estadual e munici-
pal e sua estreita relação com as demais
áreas. Um exemplo desta deficiência
acima apontada é que apesar de o Bra-
sil passar atualmente por um ciclo de
recuperação econômica e de grandes
avanços sociais, isto reflete na cultura
que continua indigente. Numa socieda-
de democrática, em que é mais intensa
a acumulação, é igualmente importante
garantir a participação de todos.
O texto preparado para o relatório da
CMCD - Comissão Mundial de Cultura e
Desenvolvimento, em San José da Costa
Rica, em 1994, dizia “a experiência de-
monstrou amplamente que a elevação
do nível material está longe de ser segui-
da automaticamente de melhoras nos
padrões de vida cultural. Na realidade, a
tendência predominante é para a repro-
dução da estratificação social herdada
do passado. É corrente que a acumula-
ção de recursos induza ao aumento de
desperdício e não a uma diversificação
dos hábitos de consumo, vale dizer, a um
enriquecimento da vida.”
A cultura precisa ser vista “a um só
tempo como um processo cumulativo e
como um sistema”. Sem uma política cul-
tural, o país corre o risco da ruptura com
o passado, que nem sempre é criativa e
inovadora, mas que apenas reflete a lógi-
ca da acumulação e da competitividade,
comandada em função dos interesses
dos grupos que dirigem as transações
internacionais. Mas, ao final das contas,
por que passados tantos anos e o ad-
vento de governos teoricamente mais
esclarecidos ainda não foi implantada
uma política cultural no país?
O sistema patriarcal e escravocrata,
descrito por Gilberto Freyre, pernambu-
cano, em Casa Grande e Senzala, é ainda
percebido nas relações cotidianas em
todos os seus níveis e nuances. Esta per-
sistência se reflete na produção cultural
atual, um dos efeitos negativos das leis
de incentivo, que colocou o empresaria-
do patrocinador como o senhor, onde
a casa-grande se metamorfoseou nas
grandes instituições culturais bancadas
com dinheiro público, e os produtores e
consumidores de cultura, no outro lado,
como escravos na senzala. Investimento
apenas no consumo, como o vale-cul-
tura, não é suficiente, é necessária uma
política pública que invista também
na produção, sem intermediários e
sem paternalismo, com foco no tripé:
formação, fomento e difusão.
112
’agito
113
114Foto: Reprodução internet
’tecnologia
por Alexandre Pelegrino
Chegou a hora de viajar. Mas e agora: por qual cami-
nho eu vou? Qual é o mais fácil? Qual é o caminho
mais perto? Muitas vezes, na hora de irmos a algum
lugar pela primeira vez, ficamos naquela indecisão so-
bre qual percurso tomar.
Normalmente, as pessoas procuram por mapas e guias
que estão lá no fundo da gaveta juntando poeira e nem
sempre acabam por resolver, pois estão desatualizados e
não fornecem as distâncias e o tempo de seu trajeto.
Mas não se deve preocupar mais. Existem vários ti-
pos de programas e sites disponíveis na internet e o mais
famoso deles é o Google Maps, que surgiu em 2005 e é
atualizado frequentemente.
Buscas e rotas – É muito simples fazer pesquisas e traçar
rotas pelo Google Maps por diferentes tipos neste serviço:
países, estados, cidades, bairros, ruas e até mesmo locais
como praças, estádios de futebol e diversas outras cons-
truções, além de mostrar aonde existem pedágios em sua
rota. Quanto mais dados você colocar, mais completo e
preciso será o resultado da sua pesquisa. Portanto, se es-
tiver buscando por algum endereço é conveniente infor-
mar o nome da rua, o número do imóvel, a cidade e o país,
sempre separando cada ítem por vírgula. É possível tam-
bém encontrar ruas informando apenas o número do CEP.
O santo Google MapsEste entre outros sites salvam a pátria dos perdidos pelo mundo
Em março de 2007, o Google lançou uma nova fun-
cionalidade do Google Maps: o Google Street View. A nova
ferramenta permite visualizar as ruas com imagens em
360º, facilitando ainda mais encontrar os lugares que
ainda não conhece e para onde pretende viajar, marcan-
do pontos de referências.
E, em 2010, o Google lançou a versão do Street View
no Brasil, cobrindo 51 cidades dos estados de São Pau-
lo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em agosto de 2012, o
Google adicionou mais 77 cidades brasileiras, para facili-
tar ainda mais a viagem.
Planejamento - Outro serviço muito interessante e útil
presente na rede mundial é o site www.mapeia.com.br.
Com ele, você pode calcular quanto em “dim dim” vai
gastar na viagem com pedágios e combustível. Isto é
muito bom, pois planejamento é tudo. Então, antes de
pegar a estrada, dê uma passadinha pelo
Google Maps, que com certeza você
não passará aperto em suas rotas,
podendo ainda economizar em
alguma rota alternativa.
Google Maps- É um serviço gratuito
do Google para visualizar mapas e
imagens de satélite da Terra. Graças ao
Google Maps, é possível traçar rotas, vir
com zoom os centros urbanos e, marcar
empresas, tudo isso em um mapa.
Foto: Reprodução internet
115
116
’opinião
por Clineida Junqueira Jacomini
Recebi uma carta, ainda que eletrô-
nica, de um leitor me entendendo,
aceitando e até elogiando. Fiquei con-
tente. Quem não gosta de elogios? A
mais humilde e simples das criaturas
se sente orgulhosa, feliz e realizada
com palavras sinceras vindas para
fazer do meu dia um mais ameno.
Comentava numa crônica sobre
a mudança em nossa já doida e
doída ortografia. Nos vestibulares
de uns dois anos passados, fiquei
mais que estarrecida com o regu-
lamento. Pois não é que já começa
a ser aceita a nova e ainda a velha...
sem se misturarem!
Quer dizer, se o coitado do mo-
cinho, aos 17 anos, sem saber ao
certo qual profissão escolher, en-
frentando uma barra pesada e mil
outros concorrentes, com medo
dos pais se fracassar, ainda tem que
pensar assim: “Se escrevo ideia sem
o velho acento, também não posso
por o trema em linguiça... e o por que
escrevi, tem ou não acento? E as pa-
lavras separadas com o hífen? Quais
tinham obrigatoriedade dele mesmo?
Sei que era qualquer coisa parecida
com a segunda começar com algu-
mas das vogais... mas quais?”
O melhor é fazer como aquele
chefe ao ditar a data da reunião
para sua secretária um tanto chula
como ele: “Se não sabe escrever di-
reito sexta...feira, com ou sem hífen,
que marque para a quinta....sem fei-
Acertos e errosComo escapar da nova confusão ortográfica?
ra nem mercado!”
Minha filha Marília é assim. Não
erra nunca, pois sempre tem uma
saída honrosa. Muda na hora para
outro sinônimo, muda até a frase e
o assunto... mas não perde a pose!
Ela aplica aquele velho conceito de
que inteligência serve para resolver
problemas, sejam eles quais forem!
Recentemente soube que (pare-
ce!) as mudanças para contentarem
os lusitanos não mais serão aplica-
das aqui. Espero! É muita inutilida-
de para os brasileiros que já têm
problemas demais! E esse tem, tem
chapeuzinho? Ponho ou não?
Não sei se os leitores mais ve-
lhos sabem como funciona essa
máquina doida que tenho à minha
frente enquanto escrevo. Há um
programa que corrige a ortografia.
Pois não é que ele agora coloca
acentos e tremas que não existem!
E para conseguir entrar na nova
onda é preciso ter um outro pro-
grama que acho até que está dis-
ponível. Para tirar os acentos e tre-
mas acima tive que fazer a maior
manobra, driblar o danado, pular
para a frente e voltar, um horror!
Quando a gente erra uma pa-
lavra, ela fica em vermelho para
lembrar que alguma coisa está
errada. E o referido programa não
entende o contexto e me manda
colocar plural e concordância que
não existem! Uma loucura! E ainda
por cima muito mandão!
Falando em coisa errada, quan-
do abro a Internet nesses últimos
dias, lá está a propaganda de um
binóculo por R$ 109,90. Mas, pas-
mem. Vejam como está a ofer-
ta: “Longo alcance lentes aprova
d’Aguá”. Mas nem que fosse dado
eu iria comprá-lo! Afinal, como
professora, ainda que antiga e um
tanto esquecida e cheia de dúvi-
das, ainda sei ao menos escrever o
básico de nossa flor do Lácio, um
pouco murcha e despetalada.
Acabo de ler um livro delicioso e
perfeito quanto à cultura, lembran-
ça e escrita. Impecável! Chama-se
“O mundo acabou”, de Alberto Villas,
um escritor mineiro. Ele descreve
sua infância e juventude num tem-
po que não volta mais. Os produ-
tos, com fotos, nos reportam (pelo
menos quem tem mais de 50 anos)
ao passado, num saudosismo sadio
e inesquecível.
Quem não teve para uma al-
pargatas Roda? Não se ensaboou
com Lifeboy e Lux, o sabonete das
estrelas mesmo sem ser uma? E o
Bamba, Queds, Kichute, anti-cárie
Xavier e também o Regulador Xa-
vier de dois tipos, para resolver
os problemas das moçoilas? E do
Aero Willis, Simca e Vemaguet?
Quem não se lembra?
Bem, saudades à parte e erros
também, uma sugestão: divirtam-se
lendo o citado livro, mas só se na
certidão de nascimento dos leitores
estiver marcado: nascimento – de-
pois de 1940 e antes de 1980.
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’empresas
3DMARua Floriano Peixoto, 30 – Sala 02 – Centro.Fone 19 3631 8282
Alamino´sRua Gabriel Ferreira, 47/A – Centro.Fone 19 3056 2371
ArezzoAv. Dona Gertrudes, 38 – Centro.Fone 19 3623 3503Site www.arezzo.com.br
Artesanatos DonniPraça Cel. José Pires, 28 – Centro.Fone 19 3623 3109
Auto BetiRod. SP-342 – São João / A. da Prata, km 229.Fone 19 3622 3811Site www.autobeti.com.br
Bar do RussoRua 14 de Julho, 741 - Vila Conrado.Fone 19 3623 2107
Bebidas e CiaRua N. Sra. Aparecida, 08 – São Lázaro.Fone 3623 1470
Bel Salão de BelezaRua Campos Sales, 461 – Centro.Fone 19 3633 7026
Cada PassinhoRua Benedito Araújo, 155 – Centro.Fone 19 3631 2755
CatléiaRua Gabriel Ferreira, 107 - Centro.Fone 19 3622 2745
Casa da CosturaRua Cel. Ernesto de Oliveira, 122 - Centro.Fone 19 3623 4976
CasalecchiAv. Brasília, 1280 – Vila Loiola.Fone 19 3631 6452
ChocopanRua Ademar de Barros, 696 – Centro.Fone 19 3631 4429
Cintia ShoesRua Nemêncio Gonçalves, 167 – Vila Brasil.Fone 19 3623 4562 / 9761 0819
Clínica RenoveAv. Dr. Oscar P. Martins, 545 – Santo André.Fone 19 3056 1212 / 3631 6245Site www.renoveestetica.com.br
Corpo e FaceAv. Brasília, 1419 – Vila Conrado.Fone 19 3631 0031Site www.dalmicorpoeface.com.br
Coca Colawww.cocacola.com.br
Companhia Teatral Artes InsanesFone 19 8422 7755 / 9228 6240
Colégio IntegralFone 19 3623 6200Site www.integralsaojoao.com.br
Doces Desejo e SaborRua Eugênio Ciaco, 138 – Jd. Santa Rita.Fone 19 3623 1370
Dr. CeschinRua Dr. Teófilo R. de Andrade, 140 – Centro.Fone 19 3623 5266
Dr. Flávio MorattiAv. Dr. Oscar P. Martins, 121 – Santo André.Fone 19 3623 2273Site: www.drflaviomoratti.com.br
Dr. Luis RamosRua Dr. Teófilo R. de Andrade, 308 – Centro.Fone: 19 3623 5021
Dr. RovilsonAv. Dr. Durval Nicolau, 3458 – R. do Lago.Fone 19 3622 2892 / 19 3631 8211
Dr. Tomas de AquinoAv. Tereziano Valim, 300 – Centro.Fone 19 3623 3482
Duo MultimarcasAv. Dr. Oscar P. Martins, 776 – Santo André.Fone 19 3633 3055Site www.duomultimarcas.com.br
Empório da SerraAv. Dr. Durval Nicolau, 956.Fone 19 3631 5515
Etel ModasRua David de Carvalho, 1044 – Vila Valentin.Fone 19 3633 6193
Espaço GirlsRua Getúlio Vargas, 54 – Centro.Fone 19 3635 2160
Fatall’y ModasRua João Pio Vaz, 30 – DER.Fone 19 3631 7612
Fazenda Solar CapituvaFone 19 3633 4664 / 8188 1460Site www.fazendacapituva.com.br
Fernando ArquitetoRua Benedito Araújo, 411 – Centro.Fone 19 9652 5848 / 9309 2689
ForguaçuAv. Sen. Marcos Freire, 730 – Vila Brasil.Fone 19 3633 1848
Fórmulas & FórmulasRua Oscar Janson, 201- Centro.Fone 19 3623 6251
GerminariRua Pereira Machado, 337 – Centro.Fone 19 3623 5432
GringsFone 19 3624 1009Site www.grings.com.br
Imagem CosméticosAv. Dona Gertrudes, 267 – Centro.Fone 19 3056 1616
Jet GessoAv. Dr. João Batista de Almeida Barbosa, 600.Fone 19 3633 3591 / 3631 6042
Limcom EngRua Pernambuco, 215 – Vila FlemingFone 19 3056 4700 / 9193 8790
Love BrandsRua Getúlio Vargas, 199 – Centro.Fone 19 3635 1559
MoranaRua Av. Dona Gertrudes, 30 – Centro.Fone 19 3622 3837
Madri CalçadosRua Prof. Hugo Sarmento, 183 – Centro.Fone 19 3635 1717
MariazinhaRua Saldanha Marinho, 541 – Centro.Fone 19 3631 6163
Nova Som e VidroRua Conselheiro A. Prado, 382 – Vila Conrado.Fone 19 3631 8908
NucaiSite www.nucai.com.br
Óticas CarolRua Ademar de Barros, 87 – Centro.Fone 19 3631 8441
Ótica Nova EspecializadaRua Henrique C. de Vasconcelos, 1726 – DER.Fone 19 3633 4896 Ótica EspecializadaPraça Gov. Armando Salles, 57 – Centro.Fone 19 3622 3177
Ótica Boa VistaRua 14 de Julho, 759 – Vila Conrado.Fone 19 3631 7025
PadovanAv. Dona Gertrudes, 166 – Centro.Fone 19 3622 2699Rua Ademar de Barros, 48 – Centro.Fone 19 3633 7934Site www.redepadovan.com.br
PakaloloRua Maria E. C. de Alvarenga, 1320 – B. Alegre.Fone 19 3631 3618
Peres MotosAv. João Osório, 431 – Centro.Fone 19 3634 1400Site www.peresmoto.com.br
Perfect HouseRua Getúlio Vargas, 321 – Centro. Fone 19 3633 2385
PeopleRua Gabriel Ferreira, 10 – Centro.
Fone 19 3633 4947Site www.people.com.br
Planeta CriançaAv. Tereziano Valim, 138 – Centro.Fone 19 3631 4100
Posto BrasilRua Tiradentes, 224 – Rosário.Rua Henrique Cabral de Vasconcelos, 205 - DERFone 19 3622 2049
Regina PresentesPraça Governador Armando S. Oliveira, 65 – Centro.Fone 19 3623 3631
Santa Casa Mais SaúdeFone 19 3634 4444Site www.maissaudesantacasa.com.br
Sempre ValeSite: www.semprevale.com.br
SequóiaAv. João Batista Bernardes, 1150 – Jd. Boa VistaFone 19 3633 3197Site www.sequoia.imb.br
SH2Fone 19 3631 3620 / 3623 4464Site www.ecplus.com.br
Sleep CenterAv. Rodrigues Alves, 416 – Rosário.Fone 19 3631 0552
SliceRua Gabriel Ferreira, 35 – Centro.Fone 19 3631 5987
Taú Sports e CiaRua Prudente de Morais, 35 – Centro.Fone 19 3635 2466 Terezico MetaisRua Maria José Gallo Lopes, 119 – Vila Brasil.Fone 19 3622 3803 / 7821 1248
Tro lo lóAv. Dona Gertrudes, 51 – Centro.Fone 19 3633 6343
UnifeobRua Gal. Osório, 433 – São Lázaro.Av. Dr. Octávio Bastos, s/nº - Jd. Nova São João.Fone 19 3634 3300 / 19 3634 3200Site www.unifeob.edu.br
Univaci Av. Dr. Oscar P. Martins, 951Santo André.Fone 19 3633 1122
VanzelaRua Henrique Martarello, 761Jd. São Paulo.Fone 19 3633 2600
Zero%Rua Carlos Gomes, 212 – Centro.Fone 19 3631 5698Site www.zeroporcento.com.br
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