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Ano 3, Número 112, 24 de junho de 2016 EQUAÇÃO VANTAJOSA HONDA ACCORD REÚNE DESIGN MODERNO, MOTOR POTENTE E ESPAÇO DE SOBRA ENTRE OS SEDÃS MÉDIO-GRANDES CITROËN C3 1.2 PURETECH E AINDA: MERCEDES-BENZ CLASSE C CABRIOLET VOLKSWAGEN AMAROK SCOOTERS NO BRASIL VOLVO VM 6X4R 32 TON

Revista Auto Press nº 112

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Ano 3, Número 112, 24 de junho de 2016

Equação vantajosa

Honda accord rEúnE dEsign modErno, motor potEntE E Espaço dE sobra EntrE os sEdãs médio-grandEs

Citroën C3 1.2 PureteCh e ainda: MerCedes-Benz Classe C CaBriolet Volkswagen aMarok sCooters no Brasil VolVo VM 6X4r 32 ton

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Sumárioedição de 24 de junho 2016

EDITORIAL

03 - honda aCCord 2016

12- Citroën C3 1.2 PureteCh

20- MerCedes-Benz Classe C CaBriolet

26 - Volkswagen aMarok

36- o MerCado de sCooters no Brasil

Forças renovadasA Honda antecipou no Accord sua nova identidade vi-sual para os próximos anos. Para fazer frente aos con-correntes, o sedã médio-grande traz como principal trunfo o motor V6 de 280 cv, além de boa tecnologia embarcada e amplo espaço interno. O câmbio é au-tomático de seis marchas e, depois da última reestiliza-ção, promovida no ano passado, ganhou trocas manu-ais em aletas shifts atrás do volante. Nesta semana, a “Revista Auto Press” mostra que o modelo é capaz de se destacar em seu segmento, com preço que pode ser considerado competitivo. Outro teste é o do Citroën C3 equipado com motor 1.2 Pure Tech de três cilindros flex. O propulsor estreou por aqui no Peugeot 208 e, agora, é a estratégia para alavan-car as vendas do modelo de entrada da Citroën. Coinci-dentemente, outra avaliação tem relação com a França, mas pelo trajeto do test drive. Depois do escândalo global envolvendo a fraude nos testes de emissão, a Volkswagen reestilizou a Amarok e adotou novo trem de força, com um 3.0 litros que pode entregar até 224 cv. Ainda na Europa, esta edição reserva uma boa dose de charme em um passeio no inédito Mercedes-Benz Classe C Cabrio, diretamente da Itália.No mundo das duas rodas, uma análise do porquê o mercado brasileiro de scooters é menos atingido pela retração econômica e pode ser uma alternativa eficaz de meio de transporte. A “Revista Auto Press” também mostra que a Volvo aposta alto no caminhão VM de 32 toneladas, próprio para off-road em construção civil pesada ou mineração, para bater os rivais.

Boa leitura!

31 - VolVo VM 6X4r 32 ton

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por márcio maioauto prEss

Honda mistura visual Esportivo, bom dEsEmpEnHo E Espaço dE sobra no sEdã médio-grandE accord

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O cenário automotivo global reserva suas particu-laridades em cada mercado. Enquanto nos Estados Unidos os sedãs médio-grandes são os preferidos da

classe média, no Brasil esses carros são considerados modelos de entrada no segmento de luxo. Embalados pelo amplo espaço e conforto, esses “sedãs executivos” normalmente desembarcam no Brasil apenas na versão de topo, para atuarem mais como uma vitrine de tecnologia da marca do que propriamente como fonte de lucro. E, assim, atraem um público mais elitizado. O Honda Accord é um bom exemplo. Em sua categoria, tem custo/benefí-cio favorável e entrega desempenho vigoroso e conforto extremo. Como não se trata de um modelo de volume do portfólio da mar-ca por aqui, suas 15 unidades mensais emplacadas em 2016 estão longe de ser um demérito.

A reestilização deu ao sedã um visual mais contemporâneo e que, de quebra, antecipa o design da nova geração do médio Civ-ic, que chegará ao Brasil até o final do ano. Capô e para-choques têm vincos acentuados que se integram à nova grade cromada. O conjunto ótico é todo novo, com faróis, luzes de neblina e lan-ternas exclusivamente em leds. A lateral é marcada pelas novas rodas de 18 polegadas e dois vincos pronunciados que, inclina-dos, dão uma sensação de movimento ao perfil. Um aerofólio na tampa do porta-malas completa o apelo estético esportivo.

Um dos principais trunfos do Accord para se destacar entre os sedãs médio-grandes é o motor i-VTEC 3.5 V6 de 280 cv de potência a 6.200 rpm e 34,6 kgfm de torque a 4.900 rpm. Ele tra-balha combinado a um câmbio automático de seis marchas que, depois do recente face-lift, ganhou paddle shifts atrás do volante. O seis cilindros é capaz de adotar comportamentos diferentes, de acordo com a força que se exige pelo pedal do acelerador. Graças à tecnologia de Administração de Cilindro Variável (VCM), ele ativa ou desativa três cilindros do motor, para atender às deman-

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das de potência e economia de combustível. Em velocidades mais baixas, ficam em funcionamento apenas a metade do número de cilindros. Quando é necessário mais vigor, todos entram em ação.

O Accord 2016 também incorporou algumas novidades tec-nológicas. A começar pela central multimídia, que traz navega-dor integrado com informações de trânsito em tempo real. E não é preciso conexão com internet. A recepção é por radiofrequên-cia e funciona em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Hori-zonte e Curitiba, com previsão de chegar a outras capitais em breve. O sistema multimídia possibilita ainda conexão Wi-Fi com o uso de browser para acesso à internet, além da conexão Bluetooth para realização de chamadas e reprodução de áudio, compatível com Apple CarPlay e Android Auto. Uma entrada HDMI permite a reprodução de áudio, vídeo e imagens em alta definição a partir de notebooks, câmaras digitais e outros dispos-itivos. Existem ainda duas entradas USB para MP3 player, pen drive e iPod/iPhone/iPad, além de DVD player e entrada auxiliar.

A lista de itens de série contempla também sensores de estac-ionamento dianteiros e traseiros e câmara de ré com três modos de visão, o que favorece as manobras de estacionamento. Abaixo do retrovisor direito, uma câmara reproduz as imagens e auxilia o monitor de ponto cego. O Accord 2016 traz também abertura da porta do motorista por aproximação, acendimento automáti-co dos faróis, sensor de chuva e teto solar elétrico. Outra como-didade oferecida pelo Accord é o sistema de partida à distância com acionamento pela chave. Desta forma, o ar-condicionado – que é automático e dual zone – pode ser acionado ainda do lado de fora, climatizando a cabine antes que os passageiros entrem. Em um país com clima tropical como o Brasil, pode ser reconfor-tante escapar do calor extremo ao sair com o carro de um estac-ionamento descoberto em um dia ensolarado.

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ponto a pontoDesempenho – O 3.5 V6 de 280 cv move o Honda Accord com boa desenvoltura, diante das dimensões e peso avantajados do carro – são 4,91 metros de comprimento e 1.632 kg em ordem de marcha. A transmissão automática de seis marchas trabalha em boa sintonia com o propulsor. O seis cilindros gosta mesmo é de rodar em giros mais altos. O torque de 34,6 kgfm aparece integralmente em 4.900 rpm, mas antes disso já se nota bom vigor nas retomadas e ultrapassagens. Nota 8.Estabilidade – A suspensão parece voltada especialmente para o conforto. Mas isso não se traduz em sensação de insegurança. Ao contrário, as rolagens de carroceria são bem controladas. Obviamente, basta olhar pelos retrovisores para se ter a noção exata do tamanho do modelo, o que já intimida o condutor a cometer determinados excessos. Mas, mesmo ao acelerar um pouco mais em trechos sinuosos, não há sinais evidentes de desequilíbrio. Nota 8.Interatividade – O câmbio automático de seis velocidades gan-hou aletas para trocas manuais no volante e todos os comandos estão bem localizados e têm leitura fácil. Um diferencial nesse ponto no Honda Accord é a central multimídia, cujo GPS capta informações de trânsito a partir de radiofrequência, ou seja, não é necessário estar conectado à internet para saber se o caminho indicado está engarrafado ou quanto tempo será necessário para chegar ao destino. É possível também ligar o motor e o ar-condicionado antes de entrar no veículo, a partir da chave – que é presencial, com partida do motor por botão. Nota 9.Consumo – Segundo o InMetro, em uso urbano, a média é de 8 km/l de gasolina. Na estrada, sobe para 12 km/l. Valores que

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resultaram apenas em nota “C” na categoria e “D” no geral. Nota 5.Conforto – São 2,77 metros de entre-eixos, o que já garante um espaço interno bem amplo. Além disso, o teto solar aumenta a sensação de espaço e a boa densidade dos bancos favorece tanto os passageiros da frente quanto os de trás. A suspensão privi-legia o conforto e absorve muito bem os desníveis do solo. Já o isolamento acústico na cabine é favorecido pela tecnologia ANC, de Active Noise Control, um dispositivo que capta os ruídos e vibrações por meio de um microfone e emite ondas contrárias, que ajudam a dar a impressão de silêncio. Nota 9.Tecnologia – A nona geração do Honda Accord foi lançada nos Estados Unidos em 2012 e seu primeiro face-lift chegou ao Bra-sil neste ano. O motor traz tecnologias modernas, como sistema que desativa metade de seus cilindros em condução urbana e velocidades baixas, garantindo a economia de combustível. O alerta de ponto cego, no lado direito, recebe uma câmara abaixo do retrovisor que transmite imagens para o motorista. Há ainda um sistema que interpreta o movimento do motorista e favorece ou enrijece o esterço da direção em situações de risco em curvas. Seis airbags e controle de estabilidade e tração também auxiliam na segurança. Nota 9.Habitabilidade – Há bons porta-objetos no interior e os acessos são bem projetados para a entrada e a saída dos passageiros. O porta-malas, para um modelo deste tamanho, decepciona um pouco: são apenas 461 litros, menos que o de alguns sedãs compactos. Nota 8.Acabamento – O interior garante certo charme e requinte mesmo em detalhes menos visíveis. As pedaleiras, por exemplo, ganham visual esportivo, em alumínio, e com direito até a ilumi-nação. Os revestimentos são em tom preto, mas há detalhes com aspecto de madeira no painel e nas portas que imprimem uma

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sobriedade clássica ao “quarentão” – o primeiro Accord é de 1976. Os bancos são de couro de boa qualidade e é difícil encon-trar uma superfície que não tenha um toque agradável. Nota 8.Design – A principal mudança estética neste face-lift da nona geração do Accord está na dianteira. Capô e para-choque têm vincos acentuados e se integram à nova grade cromada. O conjunto ótico foi todo mexido e tem faróis e luzes de neblina exclusivamente em leds. No perfil, se destacam as rodas com 18 polegadas e design diferenciado. Já atrás, para-choque e lanternas – que ganharam leds – se juntam ao novo aerofólio na tampa do porta-malas entre as principais mudanças. As linhas estão mais modernas e, apesar da sobriedade característica das

fabricantes nipônicas, o sedã tem um visual contemporâneo e bem atual. Nota 9.Custo/benefício – A Honda pede R$ 160.100 pelo Accord no Brasil. A Toyota cobra R$ 180.370 pelo Camry, quase os mesmos R$ 180.840 do Hyundai Azera. O Ford Fusion tem menos potên-cia – 234 cv – mas a versão Titanium 2.0 EcoBoost AWD traz tração integral por R$ 145.400. Já o Volkswagen Passat Highline é ainda menos potente, com seus 220 cv, e custa R$ 162.290. O Honda está bem neste quesito em comparação com os rivais da Hyundai, Toyota e Volkswagen, mas o Ford leva a melhor por ser quase 10% mais barato. Nota 6.Total – O Honda Accord somou 79 pontos em 100 possíveis.

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imprEssõEs ao dirigir

grandalHão dE rEspEitoQuem opta por um sedã executivo na hora de escolher

um automóvel está de olho, principalmente, no espaço inter-no e no requinte que o modelo oferece. Nesse ponto, o Honda Accord cumpre bem seu papel. Os 2,77 metros de entre-eixos garantem que cinco ocupantes se acomodem com tranquili-dade, sem que os passageiros da frente precisem abdicar do próprio conforto. Os bancos têm excelente densidade e os ajustes para motorista são elétricos, facilitando o condutor na hora de encontrar a melhor posição para dirigir.

Há espaços suficientes para guardar tudo que precisa ficar à mão do motorista. As portas têm bom ângulo de abertura, mas o porta-malas destoa um pouco das dimensões do modelo: são só 461 litros. A título de comparação, um Renault Logan, sedã compacto, é capaz de levar 510 litros. O acabamento mistura elementos sóbrios a um design mais contemporâneo. E a tonalidade escura imprime certo charme ao habitáculo.

Em movimento, as saídas de sinal são vigorosas e, na estrada, retomadas e ultrapassagens são favorecidas pelo bom equilíbrio entre o V6 3.5 de 280 cv e sua transmissão automática de seis velocidades. As trocas são praticamente imperceptíveis e há o modo “S”, que entrega ainda mais disposição ao modelo. Não se trata de uma pegada especifica-mente esportiva, afinal, não dá para esconder os 4,91 metros de comprimento e seu peso de 1,6 toneladas.

Nas curvas, o Accord se comporta de maneira correta. A suspensão encontra uma medida equilibrada entre a garantia

do conforto e o controle das rolagens de carroceria – elas aparecem, mas são sutis. Os desníveis do solo não são trans-mitidos ao interior e o isolamento acústico é primoroso. Um dos grandes diferenciais do médio-grande em relação aos seus principais concorrentes.

Na hora de estacionar, o motorista conta com a ajuda da câmara de ré com três modos distintos de visão. A re-produção da imagem pode ser normal, com campo ampliado ou de cima para baixo. No tráfego urbano, uma tecnologia que chama atenção é a recepção de informações de trânsito por radiofrequência. Com essa vantagem, não é necessário conectar o equipamento à internet para descobrir se há engarrafamento na rota programada pelo GPS do sistema. Definitivamente, não é difícil achar o caminho certo e nem o melhor trajeto quando se está a bordo do novo Accord.

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FicHa técnicaHonda accord

Motor V6: Gasolina, dianteiro, transversal, 3.471 cm³, com seis cilindros em “V”, quatro válvulas por cilindro, duplo comando do cabeçote e comando variável de válvu-las na admissão. Injeção multiponto sequencial e acelera-dor eletrônico.Transmissão: Câmbio automático com seis marchas à frente e uma ré. Tração dianteira. Controle eletrônico de tração.Potência máxima: 280 cv a 6.200 rpm.Torque máximo: 34,6 kgfm a 4.900 rpm.Diâmetro e curso: 89,0 x 93,0 mm. Taxa de compressão: 10,5:1.Suspensão: Dianteira do tipo McPherson, com molas he-licoidais e barra estabilizadora. Traseira do tipo multilink, com molas helicoidais e barra estabilizadora. Controle eletrônico de estabilidade.Pneus: 235/45 R18.Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,91 m de comprimento, 1,85 m de largura, 1,47 m de altura e 2,77 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série.Peso: 1.632 kg.Capacidade do porta-malas: 461 litros.Tanque de combustível: 65 litros.

Produção: Marysville, Estados Unidos.Itens de série: câmara de ré com três ângulos, sensor de luz, chuva e estacionamento dianteiro e traseiro, faróis, lanternas e luzes de neblina em leds, ar-condicionado dual zone, cruise control, trio elétrico, airbags frontais, laterais e de cortina, computador de bordo, ABS com EBD, con-troles de estabilidade e tração, hill assist, cruise control, central multimídia com tela de sete polegadas sensível ao toque com entrada HDMI, GPS, DVD e retrovisores ex-ternos com rebatimento elétrico, monitor de ponto cego com câmara no retrovisor direito, chave presencial, teto solar e acionamento remoto do motor e do ar-condicio-nado pela chave.Preço: R$ 160.100.

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sinal vErdEBastou a Toyota lançar no Brasil a nova geração do Prius

por iniciais R$ 119.950 para a Lexus, divisão premium da marca nipônica, reduzir o preço de tabela do hatch médio CT 200h. De maneira geral, o modelo se tornou R$ 12 mil mais barato. Agora, a versão mais simples, Eco, sai por R$ 129 mil, um desconto de R$ 12.090. Já a de topo, 200t, é vendida por R$ 149.900, ou seja, R$ 12.285 mais em conta.

O CT 200h combina um motor elétrico a outro propulsor 1.8 a gasolina. A potência total é de 136 cv e, segundo a Lexus, ele 16 km/l em ciclo urbano e 14 km/l na estrada. Ultimamente, os carros híbridos ganharam vantagens no país. Em São Paulo, por exemplo, são isentos do rodízio municipal, enquanto no Rio de Janeiro recolhem IPI com alíquota 1,5% menor que a de modelos com propulsores similares apenas a combustão.

marcHa réDepois de três anos consecutivos em alta, caíram as vendas

de carros de luxo no Brasil. Nos cinco primeiros meses de 2016, as três marcas líderes do segmento – Audi, Mercedes-Benz e BMW – apresentaram recuo de 27,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. A queda nas vendas está relacionada ao aumento dos preços, mesmo dos modelos que já são produzidos por aqui.

A alta do dólar, crise econômica e produção local ainda em ritmo inicial também influenciam. A intenção das fabricantes até é de melhorar o custo/benefício de seus carros, reduzindo as etiquetas de preço deles. Mas, pelo menos enquanto seus investi-mentos não forem recuperados, isso não será possível.

na conta dos visitantEsA Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado analisa

um projeto de lei (PL 8/2013) que pode aumentar – e muito – as tarifas de pedágio praticadas nas rodovias federais. A proposta isentaria os motoristas com residência ou atividade profissional permanente nos municípios onde há praças de cobrança do pagamento dessas taxas. No entanto, para custear essa mudança, as concessionárias podem ter de aumentar significativamente as tarifas para os outros motoristas.

De acordo com a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, pistas como a Rodovia Presidente Dutra, entre o Rio de Janeiro e São Paulo, Fernão Dias, entre São Paulo e Belo Horizonte, e Régis Bittencourt, que liga São Paulo à região Sul do país, podem ter suas tarifas de pedágio aumentadas a ponto de não serem suportáveis pelos usuários. Ainda não há data para a audiência pública que discutirá a aprovação do projeto de lei.

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lado nEgroA Brabus desenvolveu para a 24 Horas de Le Mans uma

versão do Mercedes-Benz S63 AMG capaz de atingir 350 km/h e acelerar de zero a 100 km/h em meros 3,5 segundos. Trata-se de um conversível de quatro lugares com 850 cv e 117,3 kgfm de torque. De acordo com a Brabus, o carro cumpre o zero a 200k/h em 9,4 segundos com seu V8 biturbo de 5.9 litros.

As modificações fizeram o descapotável ganhar dois turbos especialmente produzidos para corridas pela Brabus. A trans-missão é automática de sete marchas, com opções de trocas manuais por aletas de alumínio atrás do volante. A suspensão pode ser rebaixada em 15 mm e o modelo tem tração perman-ente nas quatro rodas. Produzido em parceria com a Motul, a versão ganhou também rodas exclusivas de 21 polegadas com pintura totalmente preta.

ossos do oFícioUm levantamento realizado pela ComparaOnline, empresa

de tecnologia especializada na venda online de seguros e produ-tos financeiros, aponta um aumento nas apólices de veículos utilizados em serviços de transporte urbano, como o tão falado Uber. Um dos modelos mais escolhidos pelos usuários, o Toyota Corolla, pode sofrer acréscimo de 50% no valor de sua apólice quando utilizado para tais fins. A variação média passou de R$ 4.359,45 (como veículo de passeio) para R$ 6.574,70 (veículo de trabalho).

Outro modelo que registrou uma diferença intensa foi o Nissan Sentra, com um aumento de 46% – de R$ 4.344,95 para R$ 6.371,31. Ainda segundo a empresa, é notável o aumento pela procura da alteração do seguro de pessoas que estão ingressando em serviços como o Uber, além de motoristas que estão comp-rando um veículo para trabalhar nesse serviço de transporte.

planos dE ExpansãoA Citroën vai investir cerca de 100 milhões de euros – equiv-

alentes a R$ 385 milhões – no desenvolvimento de um novo SUV compacto, que deve ser lançado na Europa dentro de dois anos. Ele faz parte de um plano da marca francesa de colocar quatro novos modelos em seu portfólio nos próximos 18 meses. Por enquanto, sabe-se que o projeto será baseado no Aircross Concept, revelado na China no começo deste ano.

A plataforma utilizada será a EMP2 e tudo indica que sua linha de produção será na fábrica de Rennes, na França, de onde sairá ao lado do futuro Peugeot 5008 e do novo Citroën E-Mehari. Além disso, o Grupo PSA, do qual a Citroën faz parte, criará uma nova divisão do grupo para tentar alavancar as ven-das de utilitários na América Latina nos próximos cinco anos.

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apElo racional

citroën aposta na Economia dE combustívEl como atrativo da nova vErsão 1.2 purEtEcH

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D esign ainda é impor-tante, mas não é mais tudo. Antigamente, uma

boa aparência era o suficiente para embalar as vendas de automóveis no mercado brasileiro. Agora, nesses tempos de vendas difíceis, outros atributos, mais ligados à racionalidade, começam a ser mais valorizados. Um deles é o chamado “custo de utiliza-ção” – uma equação complexa que inclui não apenas o preço pago pelo veículo, mas também os preços gastos com manutenção, revisões, seguro e combustível. Dentro dessa proposta mais atenta às cifras, a Peugeot trouxe para o Brasil o premiado motor de três cilindros 1.2 PureTech, que ganhou uma versão flex especificamente para o mercado brasileiro e entrou forte na briga para ser o mais econômico dis-ponível no mercado nacional. Agora, chegou a vez da “sócia” Citroën lançar o mesmo trem de força fabricado na França em seu C3.

No compacto da Citroën, o moderno PureTech de 1,2 litro, três cilindros e 12 válvulas substitui o vet-erano motor 1.4 litro, quatro cilindros e oito válvulas. A mudança vale para

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as versões de acabamento Origine, Attraction e Tendance equipadas com transmissão manual de cinco marchas. A caixa automática de quatro marchas permanece disponível apenas com o motor 1.6 litro de 16 válvulas, nas versões Tendance e Exclusive. Além do “downsizing”, o novo motor agrega soluções técnicas inteligentes, como duplo comando com variação do tempo de abertura de válvulas, partida a frio com pré-aquecimento no injetor, coletor de escapamento integrado ao cabeçote e sistema de arrefecimento com temperaturas separadas para bloco e cabeçote. O carro também abo-liu o tanque auxiliar de gasolina para partida a frio. A potência é de 84/90 cv e o torque é de 12,2/13 kgfm.

Mas, tecnologias à parte, o grande atrativo do 1.2 PureTech é a economia de combustível. Os índices oficiais pelos padrões do InMetro indicam 14,8/10,6 km/l no ciclo urbano e 16,6/11,3 km/l no rodoviário, com gasolina/etanol. Uma evolução muito expressiva quando comparado ao 1.4 litro de quatro cilindros da versão anterior, que oferecia 11,9/7,5 km/l em cidade e 14,7/9,3 km/l em rodovia.

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Com esses resultados, o novo C3 ob-teve classificação “AAA” no programa Etiqueta Nacional de Conservação de Energia ao receber nota máxima nas três categorias – Compacto, Geral e Emissões.

Tirando a novidade oculta sob o capô, nada mudou no C3. O único sinal externo da novidade é o discreto logotipo PureTech na tampa traseira. Em fevereiro, já na linha 2017, a Citroën havia introduzido no com-pacto o sistema de entretenimento com tela sensível ao toque de 7 pole-gadas, que espelha a tela dos celulares conectados pelas plataformas Car Play, para Apple, e Mirror Link, para Android. O sistema inclui o aplicativo My Citroën, que transmite ao celular informações como localização, per-curso realizado, consumo e próxima revisão.

Uma mudança não tão comemo-rada nas versões de entrada do C3 foi nos preços – que cresceram um pouco. Na nova linha de entrada 1.2 PureTech, a versão básica Origine agora parte de R$ 46.490 e a intermediária Attraction começa em R$ 49.990. Já a mais equi-pada Tendence começa em R$ 52.690.

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primEiras imprEssõEs

EconomiasEm sovinicERio de Janeiro/RJ - A avalia-ção de apresentação do motor 1.2 PureTech do C3 foi feita em um modelo com o aca-bamento Tendance, em um trajeto urbano na Zona Oeste carioca. Logo nas primei-ras acelerações, já é possível perceber que o novo trem de força confere ao compacto da marca francesa um compor-tamento bastante agradável, com retomadas vigorosas e sem dar sintomas de falta de fôlego, comuns nos antigos “populares”.

Como de hábito, dentro do seu segmento, o C3 se destaca pelo conforto. A suspensão

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honra as boas tradições da Citroën, os bancos são er-gonômicos e aconchegantes, o volante oferece boa empunha-dura e a transmissão é amis-tosa e precisa. As vibrações em marcha lenta, comuns nos motores três-cilindros, até ex-istem, mas são bastante sutis.

O mais novo C3 mostra capacidade de aceleração impressionante para sua baixa cilindrada. Seu rodar é mais agradável do que normalmente se espera dos compactos. Quando é possível acelerar um pouco mais, o 1.2 PureTech se mostra bastante elástico. Não dá sinais de falta de potência nem em aclives ou em ultrapassagens, um atributo que reforça o confor-to ao diminuir a necessidade de reduzir marchas.

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FicHa técnica

citroën c3 1.2 purEtEcH

Motor: Dianteiro, transversal, 1.199 cm³, três cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro com sistema de variação de abertura na admissão e exaustão. Injeção eletrônica multiponto sequencial e flex.Potência: 90/84 cv com etanol/gasolina a 5.750 rpm.Torque: 13/12,2 kgfm a 2.750 rpm.Transmissão: Manual de cinco velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle de tração.Aceleração de 0 a 100 km/h: 13,3 segundos.Suspensão: Dianteira independente McPherson com molas he-licoidais, amortecedores hidráulicos telescópicos pressurizados à gás e barra estabilizadora e traseira deformável, com molas heli-coidais, amortecedores hidráulicos telescópicos pressurizados à gás e barra estabilizadora. Não oferece controle de estabilidade.Pneus: 195/60 R15Freios: Discos sólidos na frente e tambores atrás. ABS com EBD de sérieCarroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,94 metros de comprimento, 1,70 m de largura, 1,52 m de altura e 2,46 m de distância entre-eixos. Airbag duplo frontal de série.Peso vazio: 1.100 kgCapacidade do porta-malas: 300 litros. Capacidade tanque de combustível: 55 litros. PreçosVersão Origine: R$ 46.490Versão Attraction: R$ 49.990Versão Tendence: R$ 52.690

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ExclusividadE britânicaLimitada a 100 unidades e todas destinadas ao Reino Unido,

a Mini lançou uma série do Cooper em sua versão esportiva John Cooper Works. O carro tem preparação inspirada na versão desenvolvida para o Mini Challenge, campeonato mono-marca da Mini. O novo modelo recebeu para-choque frontal com entradas de ar maiores, para otimizar a refrigeração do mo-tor, e caixas de roda mais largas, para acomodar as rodas de 17 polegadas – que são 1,5 kg mais leves que as originais. O spoiler traseiro também cresceu.

Os compradores da série limitada ganham um kit aerodinâmico com defletores mais baixos nos para-choques, entrada de ar no capô, capas dos espelhos retrovisores de fibra de carbono e escapamento esportivo que aumenta o fluxo dos gases e entrega ronco mais esportivo. O carro vem equipado com discos de freio de 330 mm com pinças Brembo com quatro pistões na frente. Já os traseiros a disco foram conservados. O modelo ganhou pastilhas Mintex exclusivas para a série. O pro-pulsor segue o quatro-cilindros 2.0 turbo de 231 cv e 32,6 kgfm. A transmissão é sempre manual de seis marchas, com diferencial limitado e suspensão com amortecedores esportivos ajustáveis.

gEstão dE crisE – A Volkswagen desenvolveu um plano de metas em direção a um futuro verde e não para de projetar estratégias que ajudem a limpar o passado negro de sua fraude nos testes de emissões de poluentes nos motores a diesel. O papo agora é lançar 30 modelos elétricos e produzir 3 milhões de unidades por ano até 2025. A fabricante estima que, em dez anos, o seguimento de carros elétricos poderá ser responsável por cerca de um quarto do mercado global.

FalHa avisada – A HPE Automotores do Brasil Ltda., responsável pelas operações da Mitsubishi, convoca os proprietários de 29.014 unidades da picape L200 Triton produzidas entre junho de 2007 e dezembro de 2010, para um recall. O motivo é um suposto defeito no insuflador do airbag do motorista. Em caso de colisão frontal, pode haver a ruptura da carcaça do insuflador, peça responsável por inflar a bolsa. Com isso, há riscos de lançamento dos fragmentos metálicos contra os ocupantes, podendo levar a danos graves ou até fatais ao motorista e passageiros.

valE tudo – A MAN Latin America, fabricante dos Caminhões e Ônibus Volkswagen e Caminhões MAN, contratou a dupla sertaneja Victor & Léo para promover sua nova promoção. Os clientes sorteados podem ganhar dois caminhões MAN TGX, uma picape Saveiro e diversos prêmios instantâneos, como televisões, tablets e smartphones. Ao realizar o cadastro, o cliente ganha um número que o habilitará a concorrer aos. A cada R$ 500 em compras de peças ou serviços, um número adicional é disponibilizado. Já a compra de um caminhão novo rende de dez a 30 numerações, de acordo com o modelo escolhido. O sorteio acontecerá em outubro e é possível participar até o final de setembro.

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vitrinE

por giovanni FiscHErdo inFomotori.com/itália

Exclusivo no brasil para auto prEss

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A o projetar o novo Classe C Cabrio, a Mercedes visa o público que busca curtir

eternamente a juventude, goste ou não de uma condução mais esportiva a céu aberto. A variante inédita do novo Mercedes Classe C chama at-enção, principalmente, por seu apelo estético. A versão conversível segue o mesmo estilo da versão cupê no design e no interior. Sua forma, no geral, parece uma versão em minia-tura do sedã topo de linha da marca, o Classe S, que também possui uma versão cupê e outra sem teto.

Com base na arquitetura modular de tração traseira (MRA) compartil-hada com o sedã e o cupê, o Classe C conversível traz a inédita capota retrátil de tecido, que pode ser aberta ou fechada em menos de 20 segundos a uma velocidade de até 50 km/h. Há quatro cores para o teto: azul escuro, marrom escuro, vermelho escuro e preto.

O interior possui quatro lugares e é derivado do C Cupê, com bancos em couro em cinco tons diferentes, além do sistema de aquecimento

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chamado de airscarf, que sopra ar quente na altura da nuca dos ocu-pantes. Há ainda o aircap, que reduz os efeitos do vento na cabine, abrindo defletores de ar no topo do parabrisa e atrás dos bancos traseiros. Dessa forma, o ruído é reduzido efetiva-mente.

O design externo segue a linha do Classe S conversível, passando a sensação de requinte para o carro sedã de entrada da marca. A ampla gama de versões e motores a gasolina do C Cabrio varia desde a C180 (avaliada nesta matéria), com motor 1.6 turbo, de 156 cv, passando pelos 2.0 litros do C 200, do C200 4Matic, ambos com 184 cv, e do C250, de 211 cv, e do C300, de 245 cv. O C400 4Matic, de 333 cv, e o C43 AMG são equipados com motor 3.0 V6 turbo. Há ainda três versões movidas a diesel: C220d e C220d 4Matic, de 170 cv, e C250d, de 204 cv – todos 2.2 litros. Todas as versões podem ser combinadas com câmbio automático de nove velocidades, mas utilizam de fábrica o câmbio manual de seis velocidades como padrão.

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primEiras imprEssõEs

Entrada principalTrieste/Itália – A tarefa de achar a melhor posição para dirigir a Classe C cabrio não é difícil. Os comandos elétricos são altamente eficientes e em poucos segundos chega-se à posição adequada. O layout do painel de in-strumentos é igual ao da variante cupê, com todos os comandos à vista e ao alcance das mãos. A qualidade dos materiais e acabamen-tos é típica da fabricante alemã. O C cabrio segue a linha da versão cupê no design, deco-ração e funcionalidade do interior. A posição de dirigir é baixa e ajuda na experiência de uma condução mais esportiva.

O motor 1.6 turbo a gasolina desperta e o tímido ronco é instigante. A direção responde bem nas curvas da estrada sinuosa em Trieste. São 4 programas de condução (Conforto, Eco, Sport e Individual) e todos dão conta do serviço. A poucos quilômetros da fron-teira com a Eslovênia, as ruas ficam cada vez mais estreitas, mas o Classe C Cabrio entra nas curvas sem qualquer tipo de problema. A suspensão mais rígida, típica de conversíveis, não incomoda. Os modelos estão equipa-dos com diversos dispositivos de segurança e assistência ao motorista. Em caso de risco iminente de colisão, o Classe C Cabrio pode realizar uma frenagem autônoma para di-minuir a gravidade de acidentes com veículos em movimento ou com obstáculo imóveis. Na melhor das hipóteses, é ainda capaz de evitar a colisão.

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pElo mundo

A Volkswagen iniciou a exportação dos remodelados Gol, Voyage e Saveiro. Os modelos vão estrear em breve nos

principais mercados da América Latina. Para isso, mais de 13 mil nidades foram enviadas para Argentina, México, Bolívia, Colômbia, Chile, Peru, Uruguai e Paraguai. A Saveiro abriu um novo mercado para a marca alemã e passa a ser chegar também à Jamaica. Além disso, o Gol e a picape seguirão para Honduras, o hatch ganhará as ruas de Curaçao e a Saveiro, do Panamá.

Os modelos são historicamente sucessos nos mercados para onde são exportados. O Gol é o carro mais exportado da indús-tria automobilística nacional, totalizando mais de 1,3 milhão de unidades exportadas para 66 países. Em 2015, foi também o mod-elo mais comercializado no mercado argentino. Já o sedã Voyage acumula em toda a sua trajetória 400 mil unidades mandadas para o exterior, enquanto a Saveiro soma 209 mil exemplares.

tEcnologia Espiã – A Ford está desenvolvendo um aplicativo que atribui pontos ao motorista de acordo com o seu comporta-mento ao volante. E que, segundo a marca, poderá ser usado para premiar os melhores com descontos em serviços como compartil-hamento, aluguel e seguro de carros. A novidade foi apresentada pela empresa na Semana de Tecnologia de Londres, realizada esta semana. O aplicativo permite aos motoristas ver como diferentes comportamentos afetam a sua pontuação e podem melhorar a sua direção. Como, por exemplo, dirigir na marcha correta, manter aceleração constante e fazer curvas suaves.

Foco na américa do nortE – Fiat Chrysler e General Mo-tors anunciam planos de investimentos e expansão dos negócios e de seus centros de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia au-tomotiva sediados em Ontário, principal província canadense. A Fiat Chrysler Automobiles Canada Inc. vai investir cerca de US$ 1 bilhão, mais ou menos R$ 3,4 bilhões, nas instalações de montagem da cidade de Windsor – que é vizinha à região de Detroit, nos Esta-dos Unidos, onde fica a sede da Chrysler –, para a produção de uma minivan elétrica híbrida plug-in. Já a GM expandirá significativa-mente o desenvolvimento de softwares e engenharia da empresa, com a construção de um importante centro de desenvolvimento de software na cidade de Markham e a ampliação de sua instalação de testes em clima frio no município de Kapuskasing.

downsiZing possívEl – Uma das novidades da Volkswagen esperadas para o Salão de São Paulo é a apresentação de uma nova motorização para o Golf nacional. São grandes as chances do hatch médio ganhar opção de propulsor 1.0 TSI, que já é utilizado no compacto Up por aqui. Na Europa, o Golf 1.0 TSI atinge 115 cv e 20,4 kgfm com câmbio manual de seis marchas. São 10 cv e 3,6 kgfm a mais que o Up com mesmo motor aqui, mas com trans-missão manual de cinco marchas.

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A Nissan já iniciou a pré-venda do Kicks. As primeiras mil unidades foram da série especial Rio 2016, mas também estão disponíveis para reserva unidades da configuração SL. O propul-sor é 1.6 de 114 cv e câmbio automático CVT em todas as con-figurações e a venda do modelo nas concessionárias começa em agosto, mas há lojas garantindo a entrega dos exemplares apenas em outubro. Para ser dono de um dos primeiros Kicks trazidos para o Brasil, é preciso pagar uma entrada de R$ 5 mil. O valor do modelo está estimado entre R$ 89 mil e R$ 93.500.

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A Volkswagen sabia que não tinha como sair ilesa do escândalo global envol-

vendo a fraude nos testes de emissão do motor 2.0 turbodiesel, oferecido no Brasil na picape Amarok. Depois da divulgação de que a fabricante utilizava um software que detectava situações de testes e alterava o funcionamento do trem de força, a marca tratou de agili-zar o facelift da picape e deixar para trás o passado infrator com a adoção de um novo propulsor. Contrariando a tendência mundial de downsizing do segmento automotivo, o novo bloco é um 3.0 litros que, com calibrações diferentes, consegue entregar 163 cv, 204 cv e 224 cv e, em sua versão mais potente, ostenta poderosos 56,1 kgfm de torque máximo. A título de comparação, o 2.0 turbodiesel de 180 cv atinge 42,8 kgfm.

A picape começará a ser vendida na Europa a partir de setembro, na configuração de topo. Mas a gama contará com opções de câmbio manual de seis marchas ou automático de oito velocidades. Nesse último caso, a tração será integral 4Motion, enquanto a transmissão manual pode enviar a

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força às quatro rodas ou apenas às de trás. A direção deixa de ser hidráulica e passa a ser elétrica Servotronic e a capacidade de reboque se estende, de 3,2 toneladas para 3,5 toneladas.

No exterior, as mudanças foram bem sutis. Os faróis mantém o formato, mas com uma nova disposição das luzes. Para-choques têm linhas mais retilíneas e a grade dianteira passa a receber aletas horizontais. A versão de lançamento, chamada de Aventura, traz ainda rodas de liga leve de 20 polegadas, luzes diurnas de leds, faróis bixenônio e central multimídia com câmara de ré, além de um santantônio exclusivo da edição.

No interior, o painel foi redesen-hado e a picape traz novos bancos que, segundo a marca alemã, são mais ergonômicos. A reestilização afeta inicialmente os modelos produzidos na Alemanha. Ainda não há uma data definida para que as mudanças sejam adotadas na versão produzida na Ar-gentina, de onde a Amarok é exportada para o Brasil. A expectativa é de que o modelo remodelado seja apresentado no Salão de São Paulo e chegue às lojas brasileiras em meados de 2017.

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dE todos os jEitospor bruno tonidandEl

do inFomotori.com/itáliaExclusivo no brasil para auto prEss

Nice/França – A Amarok com tração integral se mostra um modelo extremamente versátil. Apesar dos seus avantajados 5,25 metros de comprimento e 2,23 metros de largura, trata-se de um veículo com capacidade de superar diversos obstáculos do fora de estrada, mas tam-bém apto a se sair bem para as compras de supermercado ou viagens a uma casa de campo. Com o novo motor 3.0 turbodiesel, ganhou uma considerável injeção de energia e, ao mesmo tempo, conseguiu diminuir as emissões de poluentes e aumentar o conforto de condução.

A caçamba tem 1,55 metro de comprimento e 1,62 m de largura, ou seja, são 2,51 m² de compartimento de carga. Com capacidade para transportar até 1.040 kg, não se trata apenas de um espaço para levar bastante peso, mas também objetos mais volumosos. A Volkswagen garante ter submetido a Amarok a testes rigorosos que creditam ao trem de força uma vida útil superior a 300 mil km. O motor está em conformidade com a regula-mentação da emissão Euro 6 e, em movimento, entrega boa disposição ao comercial leve. Durante a avaliação, conferiu-se velocidade máxima de 193 km/h e zero a 100 km/h em apenas 7,9 segundos. Nada mau para um veículo de carga.

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A Harley-Davidson teve ajuda da Jeep para comemorar os 25 anos do H.O.G. Rally Europeu, competição do Harley-Davidson Owner’s Group, ou Grupo de Proprietários de Harley-Davidson. As duas fabricantes apresentaram o Renegade Hell’s Revenge, um Renegade customizado. O modelo foi elaborado por uma em-presa especializada em preparação e personalização de veículos, a Garage Italia Customs, e inspirado na personalização de mo-tos custom, famosas pela pintura de chamas no tanque de com-

bustível. O logo da Harley-Davidson aparece na parte inferior das portas e há uma plaqueta indicativa da parceria entre as duas marcas abaixo do para-choque. Há ainda chamas no painel do veículo e nos apoios de braço nas portas. Volante, manopla de câmbio e bancos trazem costuras em laranja. Suspensão elevada e faróis auxiliares em leds são algumas alterações mecânicas do carro. O carro conta também com rodas de liga leve com desenho exclusivo e pneus de uso misto.

mistura Excêntrica

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volvo aposta na tEcnologia do vm dE 32 tonEladas para batEr os rivais

trilHa racionalpor Eduardo rocHa

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A correlação de forças entre os dois lados do balcão muda completamente em tempos de

crise. Com o atual desempenho do mer-cado de caminhões, quem fabrica tem de criar produtos o mais próximos possível das necessidades e desejos de quem compra. Isso explica bem por que a engenharia da Volvo quebrou cabeça por cerca de um ano no desenvolvimento do VM 6X4R 32 ton, próprio para off-road em construção civil pesada ou minera-ção. O foco explícito foi na rival sueca Scania e seu P310 CB 6X4 e também no Mercedes-Benz Axor 3131 6X4. No en-frentamento, a Volvo decidiu apresentar algumas vantagens. A principal delas foi na capacidade de carga. O novo modelo da Volvo suporta 32 toneladas, contra 31,5 do Mercedes e 30 do Scania. Só que o VM pesa 8.300 kg, contra 8.575 do P310 e 9.195 do Axor. Na ponta do lápis, isso significa que o modelo da Volvo car-rega cerca de 5% a mais de carga que o Mercedes e 9% a mais que o Scania.

No reforço do VM, a Volvo recorreu a algumas estruturas da linha FMX, o maior off-road da marca. Caso do eixo dianteiro, que agora suporta 8 toneladas. A suspensão é composta por molas para-bólicas e amortecedores de dupla ação, com barra estabilizadora. Já os dois eixos

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traseiros recebem uma suspensão com feixe de molas semielípticas e aguenta 24 toneladas. A capacidade máxima de tração do VM ficou em 52 toneladas. Também do FMX, foi herdado o sistema de freios a tambor Z came, assim como o freio motor eletrônico de série, com 250 cv de capacidade. Na traseira, os cilindros foram montados sobre o eixo, o que ampliou a distância livre para o solo e ajuda a proteger os componentes de danos eventuais, uma vez que o camin-hão provavelmente será usado onde há muitas pedras soltas e obstáculos.

Outros recursos inseridos no VM buscaram uma melhor capacidade off-road. Caso do desenho reto do eixo dianteiro, para ampliar a distância livre – passou a 37 cm, contra 27 cm do VM 6X4R 27 ton. Ainda na frente, o radiador foi instalado mais no alto e há um grande protetor de cárter. O câmbio é sempre o automatizado i-shift com 12 marchas à frente e duas a ré. O sistema de tração tem redução nos cubos das rodas – mais eficiente – e há dois bloqueios de dife-rencial: entre os eixos e entre as rodas. O motor é o maior aplicado na linha VM. Trata-se de um 7.2 litros turbo Euro 5/Proconve 7 com seis cilindros em linha, fornecido pela MWM. Ele rende 330 cv de potência a 2.200 rpm e 133 kgfm

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entre 1.200 e 1600 giros. O VM 32 ton chega ao mercado custando a partir de R$ 285 mil.

A Volvo avalia que o mercado de modelos vocacionais, como dos modelos off-road, chega a 17% do mercado –

somando aí 12% dos pesados e 5% dos extrapesados. Mas a aposta é que fatia possa crescer nos próximos anos pela necessidade de obras de infraestrutura no país. No caso específico do VM 32 ton, a marca sueca acredita que sua par-

ticipação no segmento de vocacionais, atualmente entre 10 e 12%, possa saltar para entre 20 e 25%. Em um mercado total com a expectativa de vendas de 30 mil unidades, esse total significaria algo em torno de 1.200 unidades/ano.

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A Rolls-Royce apresentou o 103 EX, um protótipo totalmente autônomo. A ideia é unir tecnologia de ponta a um chassi feito à mão, que valoriza o trabalho artesanal desenvolvido pela marca. Sem volante, o carro possui uma assistente virtual que conduz o veículo e dá informações úteis aos passageiros. Caso, por exemplo, de itinerários e compromissos pessoais do dia. O carro se move a partir de um trem de força totalmente elétrico, sem as especificações detalhadas.

concEito Futurista

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altErnativa circunstancialmErcado brasilEiro dE scootErs é mEnos atingido

pEla rEtração Econômica quE o dE automóvEis

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por Fabio pErrotta jr.auto prEss

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A busca por um meio de transporte próprio para se livrar do complicado transporte pú-blico é o sonho de muita gente. E os carros

sempre se encontram como primeira opção. Mas, em um país afetado por uma séria retração econômica e onde um carro básico custa mais de R$ 30 mil, a op-ção pelos veículos de quatro rodas fica cada vez menos viável. É nesse ponto que entram as scooters. Versáteis para quem busca se locomover no circuito urbano com um pouco de conforto, elas enfrentam melhor a crise nacional nas vendas de veículos.

Ao contrário do que muitos pensam, as scooters não são iguais às motos. Em sua estrutura, motos têm quadro tubular, enquanto as scooters utilizam chassi monocoque estrutural. A pilotagem de moto mescla a utilização de pedais e manetes. Nas scooters, em sua maioria, todo controle fica nas mãos. As motos têm o tanque de gasolina à frente do piloto e nas scooters, o tanque fica embaixo do banco ou no assoalho, diferen-ciando bastante o seu modo de condução.

De acordo com a associação que reúne as fabricantes de motocicletas, ciclomotores e motonetas, a Abraci-clo, em comparação com o ano anterior, a queda do mercado em geral foi de 26%. Em 2015, o segmento de scooters emplacou 2.974 unidades por mês, em média. Em 2016, essa média caiu para 2.608 emplacamentos mensais, uma queda de 13% de vendas. Ou seja, metade

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da redução ocorrida no setor de duas rodas. Atentas à demanda, algumas marcas anunciam novidades na linha de scooters.

Atrás de aumentar sua representatividade no seg-mento e ampliando sua gama de modelos, a Dafra an-unciou o lançamento da nova Fiddle III 125. Disponível nas lojas brasileiras a partir da segunda quinzena de jul-ho, com preço de R$ 11.390, a scooter desembarca no país após um atraso de 4 meses. A Fiddle III 125 chega ao Brasil disponível em combinações de cores preto e dourado ou branco e vermelho, além de contar com freios combinados, entrada USB, rodas aro 12 e painel equipado com LCD. O motor é de um cilindro com 124,6 cilindradas, que alcança uma potência máxima de 10,3 cv. Acoplado ao motor, um câmbio CVT. Com seu visual retrô, a scooter chega para fazer companhia para a Cityclass 200i no portfólio da marca brasileira. Por R$ 9.990, o modelo é equipado com motor de 200 cc de 13,6 cv e 1,43 kgfm de torque. A velocidade máxima é de 107 km/h. De acordo com a Dafra, a Cityclass 200i consegue rodar 180 km com seu tanque de seis litros cheio – o que dá uma média de 30 km/litro.

Líder de vendas de motocicletas no geral e também no segmento, a Honda detém 86% de participação entre as scooters, sendo que 69% deles vem só da venda da PCX – os 17% que sobram ficam com a Lead 110. A primeira recebeu mudanças na linha 2016, recebendo

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sofisticação do visual, com todas as luzes em leds, e também uma leve e estratégica redução da cilindrada, que passa das 153 cc para 149 cc., com 13,1 cv nas mes-mas 8.500 rotações e 1,36 kgfm a 5 mil giros. O motor monocilíndrico OHC, 4 tempos, com injeção eletrôni-ca e arrefecido a líquido, trabalha em conjunto com a transmissão continuamente variável CVT e tem par-tida elétrica. Sua proposta, apesar de urbana, também abre a possibilidade de ser utilizada em vias expressas e seu preço varia de R$ 10.814 a R$ 11.234. Já a Lead 110, scooter de entrada da marca japonesa, possui pro-posta restritamente urbana. Com preço tabelado em R$ 7.209, o modelo tem velocidade máxima limitada a 88 km/h, o que torna perigosa sua condução em vias com limite acima de 80 km/h.

No segmento há ainda Suzuki Burgman 125 i, que já foi líder de vendas e custa R$ 8.490. Por último, a Yamaha NMax é a primeira scooter 160 cc do mercado brasileiro. De olho na liderança da PCX, NMax é supe-rior em termos de rendimento. São 15,1 cv de potên-cia (contra 13,1 cv da Honda) e 1,47 kgfm de torque (ante 1,36 kgfm), além de o motor da Yamaha trazer comando variável que prioriza o consumo em baixos giros e a performance acima das 4 mil rpm. Em tempos de crise, além de oferecer economia no valor do bem adquirido, a “poupança” promovida pelas scooters na hora de abastecer pode ser bastante sedutora.

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Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 3, Número 112, 24 de junho de 2016Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.228 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: [email protected] Diretores Editores: Eduardo Rocha [email protected] Luiz Humberto Monteiro Pereira [email protected] Reportagem: Márcio MaioFabio Perrotta Jr. [email protected] Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino [email protected]

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Fotografia: Jorge Rodrigues Jorge [email protected] Publicidade: Arlete Aguiar [email protected] Produção: Harley Guimarães [email protected]

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