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Entrevista JOÃO MARCELO FURLAN, PRESIDENTE DA ENORA LEADERS, APONTA LIÇÕES DA NEUROCIÊNCIA PARA AS VENDAS DOSSIÊ Conheça a história do feijão e dados sobre sua produção e seu consumo SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS TRAZEM BONS RESULTADOS ÀS EMPRESAS & 133 Maio Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul BENS SERVIÇOS AUTOMAÇÃO MERCADO Bicicletas inspiram novos estabelecimentos e serviços no Estado TRIBUTOS E-financeira foca movimentações financeiras de pessoas físicas e empresas

Revista Bens & Serviços

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Edição 133

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Page 1: Revista Bens & Serviços

Entrevista João Marcelo Furlan, presidente da enora leaders, aponta lições da neurociência para as vendas

dossiê conheça a história do feijão e dados sobre sua produção e seu consumo

SoluçõeS tecnológicaS trazem bonS reSultadoS àS empreSaS

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oRevista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul

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serviços no estado

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pessoas físicas e empresas

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Presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac

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luiz carlos bohn

Para a retomada do crescimento

EM uM MoMEnto tão crítico como o país vive hoje, de uma recessão econômica histó-rica, com inflação crescente e desemprego em alta, precisamos atuar em duas frentes distintas: além de cumprirmos com o nosso dever de cidadãos e empresários, contribuin-do e participando das questões nacionais a fim de melhorar o ambiente econômico, pre-cisamos voltar nossas energias e focar nossas empresas para a retomada do crescimento. É hora de encontrar alternativas, buscar soluções e recuperar nossa rentabilidade, gerando emprego e renda.

Nossas empresas precisam ser eficientes e competitivas, ter uma boa gestão e um bom planejamento, sempre com real conheci-mento do cenário econômico. Conhecer como se comporta o mercado consumidor e olhar para os nossos processos internos são condições fundamentais para estabelecer estratégias e para a tomada de decisões. A re-portagem de capa desta edição é um exemplo de como podemos aprimorar a nossa gestão através da automação, que pode ser utilizada

nos mais diferentes setores. Farmácias, lojas de roupas, calçados, livrarias e todo tipo de negócio que trabalha com a venda de produ-tos podem aproveitar os padrões para cada produto já oriundo das indústrias. Nunca foi tão necessário ‘fazer mais com menos’ como neste momento – e aqui temos uma oportu-nidade para isto. É essencial olharmos para dentro de nossas empresas e identificarmos nossas ineficiências, para então analisarmos se as soluções que se apresentam realmente serão viáveis – e se não serão apenas mais uma fonte de oneração.

Apesar do cenário desafiador, tenho certeza de que o Brasil irá superar este momento difícil. Nós já passamos por muitas crises, atuamos com uma inflação de mais de 45% ao mês, com congelamento de preços e instabilidades ex-ternas. E sobrevivemos, pois em nossas veias corre o espírito empreendedor. Aquele que não se assusta com as dificuldades e que mes-mo dando um passo atrás já está planejando dar dois passos à frente é quem sairá vitorioso. Sei que as dificuldades são grandes, mas tenho certeza de que sairemos mais fortes. Temos condições plenas para isto.

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especial / automação

revista bens & serviços / 133 / maio 2016

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RastReabilidade dos pRodutos,

geRenciamento de estoques

e menoR custo são algumas

das vantagens da automação.

empResas que investiRam

nestas soluções têm ganhos

de pRodutividade e maioR

satisfação dos clientes, mas

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estudo aponta como tendências

mundiais de Relacionamento com

clientes e consumidoRes são

adotadas poR empResas bRasileiRas

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com uma tRajetóRia maRcada

poR desafios e conquistas,

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65 anos de atuação

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eXpansão, RefoRçado com

estabelecimentos que agRegam

novos seRviços aos clientes

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Esta revista é impressa com papéis com a certificação FSC® (Forest Stewardship Council), que garante o manejo social, ambiental e economicamente

responsável da matéria-prima florestal.

Selo FSC

PubliCação mEnSal do SiStEma FEComérCio-rS FEdEração do ComérCio dE bEnS E dE SErviçoS do EStado do rio GrandE do Sulavenida alberto bins, 665 – 11º andar – Centro – Porto alegre/rS – brasil

CEP 90030-142 / Fone: (51) 3284.2184 – Fax: (51) 3286.5677 www.fecomercio-rs.org.br – [email protected]

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Presidente:luiz Carlos bohn

Vice-Presidentes: luiz antônio baptistella, andré luiz roncatto, levino luiz Crestani,ademir José da Costa, alécio lângaro ughini, arno Gleisner, diogo Ferri Chamun, Edson luis da Cunha, Flávio José Gomes, Francisco José Franceschi,

ibrahim mahmud, itamar tadeu barboza da Silva, ivanir antônio Gasparin, João Francisco micelli vieira, Joel vieira dadda, leonardo Ely Schreiner, marcio

Henrique vicenti aguilar, moacyr Schukster, nelson lídio nunes, ronaldo Sielichow, Sadi João donazzolo,Júlio ricardo andriguetto mottin, Zildo de marchi, leonides Freddi, Paulo roberto diehl Kruse, adair umberto mussoi, élvio renato

ranzi, manuel Suarez, Gilberto José Cremonese, ivo José Zaffari

diretores: Walter Seewald, Jorge ludwig Wagner, antonio trevisan, Carlos Cezar Schneider, Celso Canísio müller, Cladir olimpio bono, daniel amadio,

davi treichel, denério rosales neumann, denis Pizzato, dinah Knack, Eduardo luiz Stangherlin, Eduardo luís Slomp, Eider vieira Silveira, Elenir luiz bonetto, Ernesto alberto Kochhann, élio João Quatrin, Gerson nunes lopes, Gilberto

aiolfi, Gilmar tadeu bazanella, Giraldo João Sandri, Guido José thiele, isabel Cristina vidal ineu, Jaucílio lopes domingues, João antonio Harb Gobbo,

Josemar vendramin, José nivaldo da rosa, liones oliveira bittencourt, luciano Stasiak barbosa, luiz Caldas milano, luiz Carlos dallepiane, luiz Henrique Hartmann, marcelo Francisco Chiodo, marice Fronchetti, mauro Spode,

nerildo Garcia lacerda, olmar João Pletsch, Paulo roberto Kopschina, remi Carlos Scheffler, rogério Fonseca, Silério Käfer, Sueli morandini marini, alberto amaral alfaro, aldérico Zanettin, antônio manoel borges dutra, antônio odil Gomes de Castro, ary Costa de Souza, Carina becker Köche, Carlos alberto Graff, Celso Fontana, Cezar augusto Gehm, Clori bettin dos Santos, daniel miguelito de lima, daniel Schneider da Silva, Eliane Hermes rhoden, Elvio

morceli Palma, Erselino achylles Zottis, Flávia Pérez Chaves, Francisco amaral, Gilda lúcia Zandoná, Henrique José Gerhardt, Jamel Younes, Jarbas luff Knorr, Jolar Paulo Spanenberg, José lúcio Faraco, Jovino antônio demari,

leomar rehbein, luciano Francisco Herzog, luiz Carlos brum, marcelo Soares reinaldo, marco aurélio Ferreira, miguel Francisco Cieslik, nasser mahmud

Samhan, ramão duarte de Souza Pereira, reinaldo antonio Girardi, régis luiz Feldmann, ricardo Pedro Klein, Sérgio José abreu neves, valdir appelt, valdo

dutra alves nunes, vianei Cezar Pasa

conselho Fiscal: luiz roque Schwertner, milton Gomes ribeiro, rudolfo José müssnich, Hildo luiz Cossio, nelson Keiber Faleiro, Susana Gladys

Coward Fogliatto

delegados rePresentantes cnc: luiz Carlos bohn, Zildo de marchi, andré luiz roncatto, ivo José Zaffari

conselho editorial: Júlio ricardo andriguetto mottin, luiz Carlos bohn e Zildo de marchi

assessoria de comunicação: aline Guterres, Camila barth, Caroline Santos, Catiúcia ruas, Fernanda romagnoli, liziane de Castro, luana trevisol e

Simone barañano

coordenação editorial: Simone barañano

Produção e eXecução: temática Publicações

edição: Fernanda reche (mtb 9474)

rePortagem: Cláudia boff, diego Castro e laura Schenkel

colaboração: amanda Kaster, Edgar vasques, Frederico behrends,nathália Cardoso e nathália lemes

edição de arte: Silvio ribeiro

reVisão: Flávio dotti Cesa

imagem de caPa: ©iStock.com/andrey nikolajew

tiragem: 21,1 mil exemplares

é permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião do veículo.

seção página

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Sobre / Conhecimento

Palavra do Presidente

Notícias & Negócios

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10 Passos / Feedbacks

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Dossiê / Feijão

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Pelo Mundo

Visão Tributária

Monitor de Juros

Dicas do Mês

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Conhecimento

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O maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, mas sim a ilusão de conhecimento.“

Stephen hawking Físico inglês

ConheCimento não é algo que se pode

adquirir apenas por meio de livros

ou experiênCias. é nada mais do que o

Comprometimento de uma vida Com o

saber, a partir do que perCebemos, das

lições que reCebemos, e do que fazemos

Com tudo o que aprendemos

”“Quero captar este ser e não encontro senão eu mesmo. O conhecimento, intermediário entre o ser e o não-ser, remete-me ao ser absoluto se pretendo fazê-lo subjetivo e a mim mesmo quando suponho captar o absoluto. O

sentido mesmo do conhecimento é ser o que não é e não ser o que é, porque, para conhecer o ser tal como é, seria necessário ser este ser; mas não há esse ‘tal como é’ salvo porque não sou o ser que conheço, e, se me convertesse nele, o ‘tal como é’ desvanecer-se-ia e já nem sequer poderia ser pensado.”

Jean-paul Sartre, em O Ser e o Nada

“As capacidades de conhecer, pensar e to-

mar consciência distinguem os humanos dos

demais mamíferos. Toda inovação começa a

existir no pensamento muito antes de tornar-se

fato. Nós não nascemos com essas capacida-

des, as construímos. Essa construção é demo-

rada e trabalhosa. Levamos pelo menos 15 anos para nos

tornar capazes de dar conta da vida adulta. Para ajudar os

indivíduos nessa tarefa, e garantir sua execução, a huma-

nidade criou a educação. Essa criação revela a capacida-

de de planejar própria do pensamento e da consciência

humanos. Para evitar que a educação subestime sua tarefa,

Jean Piaget nos alerta: ‘A principal meta da educação é

criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não

simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram’.”

Fernando Becker, professor de Filosofia e Educação na Ufrgs,

especialista em conhecimento e aprendizagem

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Pausa no crescimento do varejo causa ociosidade em shoppings

Segundo estudo realizado pela As-sociação dos Lojistas de Shoppings (Alshop), quase metade dos empre-endimentos novos, inaugurados a partir de 2012, está fechada, e se forem considerados todos os 498 shoppings em operação atualmen-te, há mais de 12,2 mil lojas vagas no momento. Entre os shoppings

consolidados, a taxa de vacância é de 9,1%, o que configura o dobro da média histórica. Já nos shoppings novos, a ociosidade pode chegar a 45%. Segundo os pesquisadores, esta queda é atribuída a um misto de dois fatores: o encerramento da década de ouro do varejo e a cons-trução continuada de novos empreendimentos, fomentada pelo cresci-mento da construção civil. Durante os 15 primeiros anos desta década, foram inaugurados 259 shoppings no país, muitos deles desenvolvidos por empreendedores que não possuíam conhecimento do setor e fo-ram apenas atraídos pelo ótimo desempenho do varejo.

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Levantamento aponta queda do

varejo em 2015 A Confederação

Nacional do Comércio (CNC) divulgou

uma pesquisa realizada a respeito do

fechamento de lojas do varejo no ano

passado. Seguindo as perspectivas, a

retração em 2015 fechou em 13,4%

nos estabelecimentos que empregam

ao menos um funcionário, o que

caracteriza o fechamento de 95,4 mil

lojas com vínculo empregatício em todo

o país. Entre os estados brasileiros, o Rio

Grande do Sul demonstrou a terceira

maior retração no número de lojas do

setor varejista, registrando 16,4% de

diminuição. As expectativas

dos especialistas apontam para

um 2016 mais sóbrio, com o

encolhimento ainda em curso.

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a partir deste mês, o Estatuto do Microempreendedor mudou e a categoria já pode utilizar sua residência como sede da em-presa. A lei foi protocolada pelo deputado Mauro Mariani, e com isso, o proprietário de uma microempresa pode utilizar a sua casa como sede do estabelecimento comercial sempre que não

for indispensável a existência de local próprio para o exercí-cio da atividade. A medida visa à maior adesão das empresas ao Simples Nacional, que aca-bava ficando restrito por leis estaduais que não permitem o uso do endereço residencial para cadastro de empresas.

esPaço sindical

SindiLojaS Santa roSa focado na interiori-

zação O Sindilojas Santa Rosa realizou reuniões

nos municípios de Tucunduva, Porto Lucena e

Alecrim, para a programação da interiorização

da sua atuação. Os eventos visavam ao estrei-

tamento de relações e ao estudo de palestras

direcionadas aos trabalhadores do varejo.

SindiLojaS vaLe do rio pardo recebe depu-

tado para diScutir cpmf O Sindilojas Vale do

Rio Pardo recebeu o deputado federal Heitor

Schuch para debater a volta da CPMF. O depu-

tado recebeu um e-mail da entidade repudian-

do o imposto e garantiu que votará contra a

volta do tributo, acompanhando a bancada do

seu partido, o PSB.

SeScon-rS é o Sindicato patronaL maiS

Lembrado no rS O Sescon-RS foi vencedor na

categoria Sindicato Patronal mais lembrado

em preferência dos gaúchos no Marcas de

Quem Decide 2016, pesquisa promovida pelo

Jornal do Comércio. O presidente do Sescon,

Diogo Chamun, recebeu o prêmio.

SindihoteL reaLiza evento para diScutir

hoteLaria Em busca de analisar temas ligados

à hospedagem, o Sindihotel promoveu um

encontro com representantes do ramo de hote-

laria da Grande Porto Alegre. O evento aconte-

ceu em março, na cidade de Canoas. Os parti-

cipantes debateram demandas e dificuldades,

ouviram orientações legais e receberam dicas.

entidadeS participam de proteSto em

erechim As entidades patronais e sindicais de

Erechim integraram o ato público na cidade,

protestando por um Brasil melhor. Os empresá-

rios e sindicalistas resolveram aderir ao movi-

mento nacional para mostrar a sua indignação

com o momento de crise pelo qual o país

passa atualmente.

PiB gaúcho demonstra queda Segundo a Fundação de Economia e Estatística, o Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul diminuiu em 3,5% no ano passa-do, com Valor Adicionado Bruto (VAB) fechando em -2,7%. Este é o pior resultado em 20 anos, e a taxa de crescimento acumulado do ano só não foi ainda mais baixa devido ao desempenho da agrope-cuária, que demonstrou crescimento de 13,6% em relação a 2014. Este setor contribuiu com 1,2% no PIB gaúcho, senão ele poderia ser ainda mais baixo. Já a indústria teve uma queda de -11,1%, e proveu -2,3% no PIB, ou 68% da taxa negativa. No segmento de ser-viços, que por sua vez teve enfraquecimento de 2,1%, o comércio teve o pior desempenho no Estado, fechando em -10,3.

atuaLização do código ceSt na nf-e e na nfc-e é adiada

Durante reunião extraordinária do Confaz, foi anunciada mais uma

prorrogação na adoção do Código Especificador da Substituição

Tributária (CEST) para cobrança do ICMS no layout da NF-e e da NFC-e.

O novo código passará a valer a partir de 1º de outubro de 2016,

quando deverá ser incluído no documento fiscal eletrônico, de acordo

com o Convênio ICMS nº 16/2016. Este já é o segundo adiamento

no prazo da mudança pontual no layout dos documentos fiscais

eletrônicos. Pelo prazo anterior, o CEST deveria vigorar em 1º de abril.

Anteriormente, em 2015, a prorrogação ocorreu em função dos prazos

necessários para sua regulamentação.

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microemPresário agora Pode adotar endereço residencial

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três Perguntas

Fernando Poziomczyk passou por empresas

como Dell, Ambev e Itaú e, desde 2011,

atua na Michael Page, consultoria inglesa lí-

der mundial em recrutamento. Atuou direta-

mente na abertura do escritório da Michael

Page em Porto Alegre e, desde 2013, responde pela

operação da empresa no Rio Grande do Sul.

quaiS aS principaiS habiLidadeS gerenciaiS pro-

curadaS peLaS empreSaS para cargoS de média e

aLta gerência? Além dos quesitos técnicos espe-

cíficos, as companhias buscam profissionais com

perfil de gestor e com habilidade para direcionar e

motivar suas equipes. Em momentos de instabilidade

econômica, as empresas também procuram profis-

sionais que tenham capacidade de realizar múltiplas

tarefas e acumular responsabilidades.

há cinco anoS, a maior parte da vagaS aber-

taS para executivoS de aLto eScaLão era para

contratação de novaS vagaS, e poucaS para

SubStituição de vagaS já exiStenteS. como eStá

eSte cenário hoje? Devido ao atual momento

econômico, grande parte das posições que temos

conduzido no Estado são para substituição de profis-

sionais. Normalmente em busca de eficiência e/ou

ajuste de resultados/performance dos executivos.

Segundo peSquiSa da michaeL page, aS áreaS

comerciaL e de finançaS São aS que maiS têm

deSpontado na demanda peLa procura de

profiSSionaiS. a que Se deve eSta mudança? As

movimentações nas áreas comercial e de finanças

têm sido mais frequentes pela relevância que ambas

têm na manutenção dos negócios: a área financei-

ra contribui com aspectos relacionados a controle

de custos, eficiência e relacionamento bancário,

enquanto que a área comercial é responsável pela

receita das empresas. Neste momento é fundamen-

tal a gestão de receitas e custos para a manuten-

ção e crescimento dos negócios.

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Brasileiros estão evitando oPerações de crédito a cautela em operações que possibilitem endividamento está em alta no momento, segundo levantamento da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Inves-timento (Acrefi). A pesquisa mostra que 82% das pessoas ouvi-das afirmaram não ter previsão de tomar crédito nos próximos meses, e apenas 18% pretendem contrair algum tipo de dívida ou financiamento. Destes, nas escolhas dos quatro tipos de fi-nanciamentos disponíveis – imobiliário, consignado, automo-tivo e Crédito Direto ao Consumidor (CDC) –, 43% se envolve-riam na compra de imóveis, 33% aceitariam um financiamento consignado. A intenção de crédito automotivo ficou em 33% e o CDC fechou em 24%. Dos entrevistados, 69% já possuem alguma dívida, e destes, 70% devem para o cartão de crédito, 30% estão endividados com carnês de loja e 19% estão envolvidos em financia-mento de carros.

tv é Prioridade de esPaço Para ProPaganda Segundo dados da Kantar Ibope Media, a TV foi o meio de comunicação que mais recebeu investimento publicitário em 2015. O volume de compra ficou em 70%, a TV paga cor-responde a 16% das propagandas, o merchandising dentro dos programas registrou 8%. Apenas em 2015, a compra de publicidade de display movimentou R$ 8,7 bilhões. Em âm-bito online, as homepages contaram com 28% da intenção

de compra dos anun-ciantes, enquanto plata-formas de comunicação, como e-mails, ficaram em 25%. Os segmentos que mais investiram neste tipo de meio foram co-mércio e varejo e servi-ços ao consumidor.

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em ação, SnickerS refLete “SintomaS da fome” na Sua embaLagem

A Snickers, para dar continuidade à sua campanha mundial “Você não é você quando está com fome”, lançou mais uma ação divertida, desta vez de autoria da BBDO NY, e aderiu à tendência de uso de mensagens publicitárias veiculadas em embalagens do produto. A marca tirou o logo no qual está escrito “Snickers” no pacote da barra de chocolate e subs-tituiu por adjetivos que definem as pessoas quando estão com fome. Entre as palavras escolhidas estão “Sonolento”, “Rabu-gento”, “Irritado”, “Impaciente”, “Reclamão”. Além de mexer nas embalagens, a BBDO NY também desenvolveu um comercial para internet, propondo o “Dial-a-Snickers”, um sistema de en-trega do chocolate para emergências.

Branding

tst deBate a necessidade de traBalhar durante aviso Prévio ProPorcional mesmo cinco anos após a sua edição, a lei que instituiu o aviso prévio propor-cional ainda gera controvérsias no Tribunal Superior do Trabalho. A discussão está voltada à obrigatoriedade do empregado de trabalhar após o período inicial de 30 dias. A lei obriga as empresas a pagar três dias a cada ano trabalhado aos empregados com tempo de casa superior a dois anos, limitado ao teto de 60 dias a mais – para quem tem 21 anos de atuação ou mais. A norma, porém, não espe-cifica se o empregado deve trabalhar durante esse período. Recentemente, mi-nistros da 2ª Turma do TST acordaram que não se deve trabalhar durante o aviso prévio proporcional. Já a 4ª, 5ª e 8ª turmas do TST, porém, têm sido favoráveis ao cumprimento do aviso prévio proporcional.

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fmi com baixaS expectativaS

para o braSiL em 2016 O Fundo

Monetário Internacional (FMI)

rebaixou novamente as expecta-

tivas de desempenho econômico

no Brasil. Agora, de acordo com

o relatório Perspectiva Econômica

Mundial da entidade, o PIB brasi-

leiro deve diminuir 3,8% no ano

de 2016, demonstrando assim a

maior recessão entre as principais

economias do mundo. Para 2017,

o FMI continua com a perspectiva

de crescimento zero, mas com

alguns picos de alta em certos

segmentos. A maior preocupação

global é que, caso continue a

crise, o Brasil se una aos índices

da Rússia (que também enfrenta

uma grande recessão) e acabe

afundando a economia global

como um todo, já que os dois paí-

ses correspondem por 6% do PIB

do planeta. A recomendação da

entidade é que o país continue

com os planos de consolidação

tributária, como a reforma fiscal

proposta pelo governo.

rio grande do sul é considerado Promessa Para o futuro o Rio Grande do Sul figura em 8º lugar no ranking South American States of the Future 2016/2017, levantamento realizado pelo grupo britânico Financial Times. A lista pauta os estados sul-americanos com melhores perspectivas para o futuro e analisa as categorias Potencial Econômico, Capital Humano e Estilo de Vida, Custo/Benefício, Infraestrutura e Ambiente de Negócios. Fo-ram pesquisados 133 estados e distritos na América do Sul, e cada local recebeu uma pontuação de 0 a 10 em cada critério. O estado de São Paulo conquistou o primeiro lugar no ranking, o Rio de Janeiro ficou na terceira posição, Minas Gerais na 11ª e Santa Catari-na na 12ª. O Rio Grande do Sul também aparece em 10º lugar no ranking específico de conectividade.

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tributostributos

títulos e valores mobiliários e demais insti-tuições financeiras deverão enviar para a Receita Federal a movimentação financeira (mês a mês) de todas as operações que os contribuintes realizaram no ano. Compreende a nova obrigação acessória, denominada e-Financeira, qualquer mo-vimentação mensal acima de R$ 2 mil feita por pessoas físicas ou R$ 6 mil, no caso de pessoas jurídicas, com início já para os fatos geradores ocorridos em dezembro de 2015, cuja entrega inicial está prevista para o último dia útil de maio de 2016.

O propósito é conhecer a movimentação financeira de-talhada de cada contribuinte brasileiro (seja pessoa jurídica

Bancos, seguradoras, planos de saúde, distriBuidora de

eceita Federal amplia

Fiscalização sobre

movimentações Financeiras

de pessoas Físicas e empresas

com a e-Financeira

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tributos

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tributose física) e assim confrontar os valores informados com os declarados pelo cidadão ou pelas empresas (“cruzamento fiscal”). As informações abrangem, por exemplo, saldos to-tais dos rendimentos mensais pagos ou creditados à conta, acumulados anualmente, saldos de aplicações financeiras, planos de previdência privada complementar, FAPI, segu-ros, com respectivos aportes ou resgates, pagamentos efe-tuados em moeda corrente ou em cheques, transferências, aquisições de moeda estrangeira e transações em consór-cios, entre outras elencadas na Instrução Normativa RFB nº 1571, de 2015.

Na visão do presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perí-cias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio Grande do Sul (Sescon-RS), Diogo Chamun, a medida pode ser comparada a um Big Brother eletrônico: “O processo de monitoramento e acompanhamento mais rigoroso do contribuinte vem des-de 2007, quando iniciou o projeto Sped (Sistema Público de Escrituração Digital), com a implantação da Nota Fiscal Ele-trônica. Porém, não resta dúvida de que a e-Financeira traz muito mais amplitude e requinte de detalhes, já que informa-rá praticamente tudo o que passa pelas contas bancárias”.

Crise fomenta maior Controle

O advogado tributarista e consultor da Fecomércio-RS, Rafael Pandolfo, explica que a e-Financeira está inserida em um cenário nacional de crise econômica e queda de arreca-dação, exigindo mais controles por parte dos fiscos. “Além disso, há um cenário internacional que busca maior trans-parência e compliance, impondo a participação do Brasil, tendo em vista, inclusive, a assinatura do IGA-Acordo Inter-governamental com Estados Unidos para aplicação do Fatca (Foreign Account Tax Compliance Act), com o objetivo de coibir a evasão de divisas”, diz.

A e-Financeira estabeleceu novos limites mínimos de operações a serem informadas. A Declaração de Informa-ções sobre Movimentações Financeiras (Dimof), exigida desde 2008, atingia exclusivamente as instituições financei-ras, obrigando-as à prestação de informações para opera-ções acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 10 mil para pessoas jurídicas, por semestre. A partir de agora, o limite foi reduzido e o grau de alcance da prestação de contas foi

ampliado: passam a enviar os dados de seus clientes as segu-radoras, corretoras, distribuidoras de títulos e valores mo-biliários, administradores de consórcios e as entidades de previdência complementar, além dos bancos.

“Esses limites devem ser aplicados de forma agrega-da para todas as operações financeiras de um mesmo tipo, mantidas na mesma instituição financeira”, adverte Pan-dolfo. “Uma vez ultrapassado um dos limites, as instituições deverão prestar as informações relativas a todos os saldos anuais e a todos os demais montantes globais movimenta-dos mensalmente.” Também serão informadas as contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) com depó-sitos anuais superiores a R$ 100 mil.

medida é legal

A e-Financeira pode agregar custos às empresas que de-verão prestar contas. De acordo com Chamun, como o en-vio da obrigação é das instituições financeiras, as empresas organizadas, principalmente no setor financeiro e contábil, devem apenas manter e aprimorar seus controles. “Contu-do, essa não é a realidade da maioria das pequenas empre-sas, que devem investir em gestão e controles internos, para não ficarem expostas a penalidades”, alerta. Mesmo muito contestada pela quebra de sigilo, o Supremo Tribunal Fe-deral (STF) já decidiu que é constitucional a legislação que permite à Receita Federal acessar dados bancários sem au-torização judicial.

A Lei Complementar nº 105/2001, que dispõe sobre o sigilo das operações de instituições financeiras, já teve o art. 6º (exigência de processo administrativo ou judicial para que o Fisco examine livros e registros) questionado na Justiça. Após recente decisão do STF, ao julgar em con-junto cinco processos, a mais alta corte do país considerou válida, frente à Constituição Federal, a obtenção de infor-mações financeiras pela Receita sem autorização judicial. Por maioria de votos, “prevaleceu o entendimento de que a norma não resulta em quebra de sigilo bancário, mas sim em transferência de sigilo da órbita bancária para a fiscal, ambas protegidas contra o acesso de terceiros. A transfe-rência de informações é feita dos bancos ao Fisco, que têm o dever de preservar o sigilo dos dados, portanto não há ofensa à Constituição Federal”.

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Feedbacks

Fortalecendo relações

f eedback é uma palavra inglesa que significa realimentar ou dar resposta

a um determinado pedido ou acontecimento. nas relações interpessoais,

o termo é utilizado para dar retorno sobre um comportamento ou

ação tomada por terceiros. em todas as organizações, é papel do líder

gerenciar o andamento do trabalho dos colegas e subordinados para

o bom fluxo dos negócios, incentivando e corrigindo quando preciso.

confira a seguir dicas para dar feedbacks de qualidade

Não deixe para depois

Feedbacks são a maneira mais concreta de manter os relacionamentos profissionais, pois

melhoram o grau de motivação, autoconhecimento, comunicação e ajudam a resolver os

problemas na organização. Sempre que notar uma situação positiva ou negativa, dê o retorno

para reforçar ou evitar que o comportamento se repita. Não demore muito para fazê-lo,

senão a mensagem se perde.

eNteNda que meNsagem quer passar

Há a cultura no Brasil de que fazer as coisas bem-feitas não é mais do que a obrigação. A

maioria das organizações celebram muito pouco os resultados que acontecem no dia a dia,

no máximo em mensagens no final do ano, que não têm verdadeira eficiência como retorno

aos colaboradores. O feedback tem que ter consistência e ser condizente com a realidade.

UM

DO

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Fale em primeira pessoa

Para o consultor Marco Lampoglia, é importante que o gestor assuma o papel de líder e dê

o feedback a partir das suas observações para que haja um acordo no final da conversa. “O

gerente precisa ter o poder de falar dirigido ao eu, e não ao outro – priorizando o ’eu penso

assim’ em vez de ‘você fez assim’, pois o discurso perde potência e as pessoas se afastam da

mensagem que você quer passar”, afirma.

prepare-se com aNtecedêNcia

Em um papel ou arquivo digital, antes de falar com o colaborador, descreva o

comportamento específico para o feedback e liste as consequências desta atitude que você

percebeu. Escreva então como você se sente em relação a esta conduta, que benefícios

ou malefícios ele está trazendo para a relação com os colegas ou com a empresa. Por fim,

explique por que você se sente dessa forma, faça um resumo antes de concluir e o agradeça

pelo bom trabalho ou situação.

use Fatos e dados

Principalmente quando se trata de observações negativas ou corretivas, deve-se trazer fatos

e dados concretos sobre as ações, o comportamento e consequências dos atos que você

quer evitar. O feedback, por sua natureza, é leal, objetivo e construtivo. Portanto, o interlocutor

deve descrever os comportamentos observados, sem introduzir julgamentos de valor ou

interpretativos e, menos ainda, generalizados.

escolha um momeNto apropriado

“Elogio em público, reprimenda no privado”, esta é a regra de ouro para que seus

colaboradores não sejam expostos na frente dos colegas. Porém, nem todos gostam de

receber retornos, mesmo que positivos, diante de outras pessoas. Conheça o perfil de seus

funcionários e reserve um momento para conversar diretamente com o indivíduo ou grupo

em particular, se for necessário.

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Feedbacks10 passos

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dê quaNtos Feedbacks Forem Necessários

Segundo Lampoglia, algumas pessoas demandam mais feedbacks do que outras, e isto é

normal, depende do perfil de cada um. O gestor deve perceber essas pessoas em seu time

e dar mais atenção. “Cada pessoa é diferente, não se pode tratar todo mundo igual mesmo

dentro de um grupo. O que não pode acontecer é deixar de dar retornos a alguém quando

ele precisa, é um tipo de castigo psicológico”, diz.

estabeleça expectativas e obrigações

Certifique-se de que as expectativas do trabalho estejam claras e pense em promover

um diálogo que inclua a contribuição da outra pessoa durante o momento do feedback.

Comece de forma positiva, reconhecendo as qualidades da pessoa; ouça ativamente

cada resposta alimentando o diálogo; faça uma sugestão ou solicite algo; confirme se foi

compreendido; verifique se há consenso, descreva os próximos passos e feche o acordo.

aceite Feedbacks também

Para a consultora Bibianna Teodori, o momento da conversa é de crescimento para as duas

partes, na prática de criar empatia, no exercício do diálogo e na compreensão mútua. No

caso de retornos negativos, se a pessoa que recebeu o feedback não concordou com o que

foi dito, dê-lhe tempo para também organizar dados e fatos para sua resposta. “O importante

é manter o diálogo em aberto, gerando resultados desejados pela empresa”, conclui.

cordialidade é lei

Independentemente do tipo de retorno que quer se dar, o tratamento com as pessoas

deve ser sempre respeitoso. “O gestor deve ter contato visual e postura ativa. ficar olhando

no celular ou se mexendo demais na cadeira durante a conversa demonstra frieza e é um

problema”, explica Lampoglia. O jeito de transmitir o feedback afeta os resultados: nem pense

em aumentar a voz, falar pelos corredores ou levantar o dedo em direção à pessoa.

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Em mEio à dEtErioração dos principais indicadores econômicos em 2015 e à indicação de piora para 2016, surgem notícias de uma reação do mercado externo. No cenário mundial, percebemos um crescimento desigual entre nações emergentes. Em 2015, a China cresceu 6,4% e a Índia, 7,5%, enquanto Brasil e Rússia apresentaram índices negativos, de -3,8% e -3,7, respectivamente. No cenário nacional, temos crise política, queda de confiança do empresariado e aumento de inflação e desemprego. Em contraposição, surgem notícias de superávit da balança comercial. Em março deste ano, exportamos mais do que importamos e a queda das importações foi maior do que o crescimento das exportações.

A notícia mais alvissareira é que o Brasil está prestes a celebrar acordos comerciais com países e grupos econômicos de grande porte. Após estabelecer o Mercosul (1991), fizemos apenas acordos com países de menor relevância econômica. Na década de 90, chegamos a sonhar a Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Porém, o viés ideológico do governo brasileiro foi mais forte e o projeto não prosperou. O sonho, contudo, despertou o empresariado nacional e culminou na criação da Coalizão Empresarial Brasileira, que reúne entidades empresariais e confederações da indústria, do comércio, da agricultura e dos

transportes. Em conjunto com negociadores do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior e do Ministério de Relações Exteriores (Itamaraty), exportadores e importadores discutem com quais países ou grupos econômicos o Brasil deve negociar acordos comerciais, sem interferência de ideologias. Estão em fase final:

- Acordo de Livre Comércio com o México –

Somente entre Brasil e México. É a ampliação de um acordo, no âmbito da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), aumentando a isenção do Imposto de Exportação para cerca de 6 mil produtos. Atualmente, são beneficiados 800.

- Acordo de Livre Comércio com a União

Europeia – Um mega-acordo entre Mercosul e União Europeia que cobrirá mais de 10 mil produtos industriais, agrícolas e pecuários. A expectativa é de que até o fim deste ano ele esteja aprovado.

- Acordo de Convergência Regulatória – Entre Brasil e Estados Unidos. Não tem reduções tarifárias, mas sim equivalência de especificações e normas.

- Mercosul – As ações do novo presidente argentino, Mauricio Macri, deram impulso ao comércio exterior entre os sócios do bloco.

Frederico L. BehrendsConsultor internacional de empresas e membro do Comex/Fecomércio-rS

As boAs notíciAs dos Acordos comerciAis

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João Marcelo Furlan

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O que é O mOdelO Flaps!, que O senhOr desenvOlveu? É um método de aceleração de resultados, voltado para todos, principalmente para aqueles que querem liderar equipes para que alcancem resultados, com alta produti-vidade, que chamo de Liderança AdaptÁgil. A sigla Flaps! quer dizer Formar, Liderar, Acompanhar, Planejar, Supor-tar, e a exclamação significa: comemorar. São as 6 funções do líder. O melhor do método é que, com o livro e com os exercícios e testes da plataforma online, você pode fazer esse caminho sozinho, no tempo que tiver disponível. qual é a impOrtância da inteligência emOciOnal para

um líder? É fundamental que o líder construa relações de qualidade com os outros, com equipes e com o mercado. Ela é fundamental para que o líder consiga se adaptar às

diversas pessoas e situações, aumentando seu grau de in-fluência e assertividade. qual é O errO mais cOmum cOmetidO pelOs líderes? É não ouvir sua equipe. Muitas vezes os chefes julgam que liderar é dar ordens, falar às pessoas o que fazer, quando na verdade, a melhor maneira de liderar é envolver as pessoas, fazê-las sentirem-se importantes, e para tanto, escuta ativa é fundamental. em um artigO, O senhOr Fala da impOrtância de ter

visãO dentrO dO mundO cOrpOrativO. O que FOrma

esta visãO? A visão de líder é formada por três elementos principais – o propósito significativo, ou seja, a razão pela qual as pessoas irão segui-lo em sua Visão. O segundo ele-mento é a imagem clara do futuro, ou seja, permitir que as pessoas enxerguem aonde você as está conduzindo. Por fim,

neurociência trouxe muitos avanços científicos e pode trazer muito

mais. por isso, o tema encanta João marcelo furlan, presidente da enora

leaders, empresa de educação corporativa. ele vê nesta ciência o caminho

para se chegar a um estágio ímpar, sobretudo nos campos da medicina e

da comunicação. furlan aponta lições da neurociência para as vendas,

incluindo informações sobre a tomada de decisões na hora da compra

aestamos apenas

começando

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temos os Valores, que seria o ‘como’ as pessoas irão desempe-nhar as tarefas do dia a dia, valorizando uma forma de ação.

quais sãO Os desaFiOs da entrevista pOr cOmpetências

e da seleçãO de pessOas? Existe um desafio que vai além de selecionar profissionais excelentes, ou colocar as pesso-as certas dentro do ônibus. É necessário também colocá-las sentadas nas cadeiras certas do ônibus. É saber que aquela competência que o candidato tem, que aquele perfil de com-portamento tem a ver com a cultura da empresa e com a posição que o candidato irá ocupar. O senhOr trabalhOu nO institutO sãO paulO cOntra a

viOlência e também FOi cOOrdenadOr dO cOmitê de em-

presas dO cOmprOmissO campinas pela educaçãO. edu-

caçãO e segurança sãO temas interligadOs? tudO está

interligadO cOm educaçãO, nãO é mesmO? Sem dúvida. Na verdade, minha missão pessoal é apoiar a transforma-ção do Brasil a partir da Educação, portanto todas as ações que faço no terceiro setor têm este cerne. Os efeitos da boa educação são incontáveis. O que precisamos despertar é a consciência de valores, como o respeito, em todas as esferas. Nesse sentido, a questão da segurança é consequência. aOs 23 anOs, O senhOr já Ocupava O cargO de diretOr

de marketing e vendas da headway dynamics nO sudeste

asiáticO. qual FOi O principal aprendizadO desse períOdO

para a sua carreira? Aprendi que sair da zona de conforto e alterar a forma de ver as coisas pode acelerar o desenvol-

vimento. Experimentar novas situações estimula o cérebro. É científico. A novidade equivale a aprendizado. Procuro sempre abrir espaço para o que não conheço. de que FOrma a neurOciência aplicada às vendas pOde

auxiliar na ObtençãO de melhOres resultadOs de uma em-

presa? O campo dos estudos do cérebro (neurociências) tem ajudado muito a compreender o comportamento humano. Aprendemos, por exemplo, que o cliente tem que se sentir próximo, menos ameaçado ou pressionado, para que ele pos-sa se abrir à construção de soluções. Aprendemos também que quando geramos sentimentos positivos em nosso cliente, ele tem maior chance de lembrar algo que falamos a ele, ou até mesmo lembrar de nós mesmos. Outra aplicação da Neu-rociência em Vendas está diretamente ligada à aprendizagem dos vendedores, que precisam repetir uma rotina cerca de 40 vezes para criar um novo hábito, como ouvir o cliente an-tes de expor os múltiplos benefícios de um produto. O que inFluencia nO prOcessO de tOmada de decisões, na

hOra da cOmpra? Na primeira etapa, são os estímulos ex-ternos da marca e produto, de mercado e tendências. Depois essa informação passa por receptores sensoriais: imagens, sons, sabores e sensações. Essa interpretação é completada por filtros como distorções, omissões, generalizações, elimi-nações, crenças e valores. Recebe também influência da base genética e de experiências passadas. Como vê, são muitos os aspectos a que precisamos estar atentos na hora de auxiliar uma tomada de decisão.

João Marcelo Furlan

“Aprendemos que o cliente tem que se sentir próximo, menos

ameaçado ou pressionado, para que ele possa se abrir à

construção de soluções.”

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até que pOntO é pOssível “mOdelar” uma decisãO? Temos dois tipos de decisão que são tomadas no nosso cérebro. As decisões mais intuitivas são tomadas no sistema límbico, mesma região responsável pela nossa interpretação de emo-ções. Decisões mais racionais são tomadas no Neo-Cortex, área responsável pela nossa racionalização. Para modelar uma tomada de decisão é preciso jogar a decisão para nossa parte racional do cérebro. Isso é possível com um alto nível de autocontrole, fazendo a ponte com o lado racional. Depois, temos que definir bem o problema, o que estamos decidindo e qual é o objetivo desta decisão. O próximo passo é selecio-nar três a quatro alternativas para aquele problema e testar o resultado (simular mentalmente) de cada uma delas. Por fim, deve-se tomar a decisão, ficando claro do que se está abrindo mão. Dessa forma estruturada dificilmente você tomará uma decisão sem saber que, naquele momento, era a melhor. quais as descObertas mais recentes da neurOciência em

relaçãO aO varejO? Com relação ao varejo, a neurociência tem se concentrado muito no comportamento do consumidor no ponto de venda, a influência das informações que o am-biente gera sobre ele e o envolvimento na hora da compra. Um conceito interessante é que nosso cérebro busca por aproxima-ção ou contraste comparar situações que vivemos naquele mo-mento com experiências anteriores. As lojas, portanto – como a Renner, para mencionar um exemplo –, têm investido em deixar um fluxo diferenciado dos clientes por área do estabele-cimento, melhorando a experiência de loja de departamentos mais quadradona, fazendo que seja mais agradável, remetendo a memórias positivas dos clientes. Lojas que querem parecer mais “barateiras” investem no oposto, deixam mais desorga-nizado o mix, sem muito investimento nos displays de loja, para que consistentemente pensem que é um lugar mais barato.

“Muitas respostas ainda não compreendidas estão justamente nos 86 bilhões de neurônios e suas

infinitas conexões.”

para muitOs especialistas, há exagerO na visãO de que

tudO O que é relativO à cOgniçãO pOde ser reduzidO a

uma mera questãO de lOcalizaçãO cerebral. O intelectual

britânicO raymmOnd tallis chama de neurOmania achar

que tudO O que sOmOs se deve aO cérebrO e que a neurO-

atividade é a mesma cOisa que nOssa cOnsciência. cOmO

O senhOr vê essas críticas à neurOciência? Estamos viven-do uma fase em que as pessoas buscam respostas, os motivos para tudo, e, realmente, muitas respostas ainda não compre-endidas estão justamente nos 86 bilhões de neurônios e suas infinitas conexões. É sim uma mania, mas estamos apenas co-meçando e isso levará o ser humano a um estágio nunca antes imaginado, sobretudo nos campos da medicina e da comuni-cação. Críticas sempre são boas para que pensemos até que ponto queremos e devemos ir, mas, como todo ser humano, me encantam as descobertas e as novas fronteiras.

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sindicato

concessionárias e revendedores do Rio Grande do Sul nascia, em 1951, o Sindicato do Comércio Va-rejista de Veículos de Peças e Acessórios para Veículos do Rio Grande do Sul (Sincopeças-RS). Com sede em Porto Ale-gre, a entidade defende os interesses da categoria, por meio de iniciativas com o poder público, parceiros e lideranças que apoiam o desenvolvimento do setor. “Dentro do sistema sindi-cal, temos uma posição importante e participativa de empre-sários que lutaram e continuam em busca de melhorias para o nosso segmento”, afirma o presidente da entidade, Gerson Nunes Lopes. Atualmente, o sindicato possui 17 mil empresas filiadas no Estado, além de diversas associadas, com atuação no ramo de autopeças, peças para motos, tratores, máquinas industriais, bicicletas e acessórios, revendas de veículos e de motocicletas usadas multimarcas (não incluindo concessio-nárias). Seus representados contam com diversos serviços, entre cursos, convênios, negociações para convenções cole-

Da organização De um grupo De empresários oriunDos De

omerciantes do segmento

contam há mais de 65 anos

com a representação

do sincopeças-rs,

cujo principal foco

é a qualificação e o

desenvolvimento do setor

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Em dEfEsa dos varEjistas dE pEças

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Diretoria do

Sincopeças-RS

para a gestão

2014-2018

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tivas e acordos, além da participação ativa no debate e em tratativas de assuntos pertinentes ao setor.

Em janeiro deste ano, a instituição completou 65 anos de atuação, com uma trajetória marcada por desafios e conquis-tas. Entre eles, estão a substituição tributária junto à Secre-taria Estadual da Fazenda (Sefaz-RS) – que onerava todos os estoques das empresas do ramo –, a aprovação do projeto que proíbe a frisagem de pneus no Estado e a promulgação da lei estadual sobre os desmanches. Destaque também para as ações que possibilitaram a prorrogação do prazo de exigên-cia da certificação de autopeças pelo Inmetro – a medida aca-bou servindo de modelo para todo o país. “O sistema sindical tomou um rumo diferente, depois da constituição de 1988, e vem acordando para outras funções. Abrem-se novas possibi-lidades para o segmento, mostrando que a nossa participação é necessária”, comenta o dirigente.

Foco em qualiFicação

Incentivando a qualificação do comércio varejista do seg-mento, o Sincopeças-RS realiza cursos em parceria com o o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-RS) vol-tados aos vendedores iniciantes. A formação integra o Progra-ma Senac de Gratuidade e contou com duas edições em 2015, em Porto Alegre e Santa Maria. Quatro novas turmas estão previstas para este ano, na capital gaúcha (maio), Santa Rosa (maio), Santa Maria (agosto) e Caxias do Sul (agosto), abran-gendo 200 horas/aula. O processo seletivo é voltado a pessoas com renda declarada de até dois salários mínimos (nacional), alunos matriculados ou egressos da educação básica, trabalha-dores empregados ou desempregados. “Os cursos são gratuitos e têm foco na formação de mão de obra qualificada para o se-tor. Teremos novidades para o 2º semestre”, anuncia.

Além disso, são disponibilizadas consultorias jurídica e de preparação à aposentadoria, junto ao Instituto Nacional de Se-guridade Social (INSS), e certificação digital, com o Sistema Fecomércio-RS. “Trabalhamos junto à Federação, em prol de mudanças na legislação, além de acompanhar projetos de nosso interesse e que estão em tramitação na Assembleia Le-gislativa”, expõe Lopes. A entidade também integra um gru-po de sindicatos do mesmo segmento no país, que formam a Associação Sincopeças Brasil, e trabalham em conjunto para assuntos de interesse do setor em todo o território nacional.

Ela ainda integra a Câmara Brasileira do Comércio de Peças e Acessórios para Veículos (CBCPAVE) da Confederação Na-cional do Comércio (CNC).

Desde 2015, a sede da entidade, em Porto Alegre, passa por uma revitalização, que possibilitou a criação de um cen-tro de treinamentos, voltado a capacitações. Com as melho-rias, o espaço multiúso pode receber até 150 pessoas para eventos sociais, reuniões e palestras. “A cozinha foi renova-da e adequada às exigências legais dos órgãos competentes. Nosso estacionamento foi redimensionado para atender às necessidades da entidade.” Em novembro, o Sincopeças-RS realizará a terceira edição do Centro de Interação e Relacio-namento com a Indústria de Autopeças do Brasil – Interauto 2016, que ocorrerá na capital gaúcha.

Novo fôlEgo Nas vENdas

Com relação ao mercado das revendedoras, que têm a concessão das montadoras de automóveis, Lopes diz que pesquisas e notícias apontam queda nas vendas, em meio à crise, principalmente no ramo pesado, como é o caso de caminhões. “Isso pode significar que as pes-soas estão em busca de melhoria na manutenção dos veículos usados, o que se reflete no setor”, afirma. Ele cita ainda que o segmento de bicicletas também teve uma melhora: “Esse meio de transporte vem ganhando novos adeptos devido ao seu apelo ecológico e à busca por mais qualidade de vida.”

Sindicato debateu com autoridades e outras

instituições a importância de implementar a

inspeção veicular ambiental no RS

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mercado

vem crescendo nas grandes cidades, so-bretudo, onde há construção de ciclovias. Este movimento é acompanhado pelo surgimento de negócios que se identifi-cam com o universo das chamadas “magrelas”.

Em 2013, nasceu em Porto Alegre um bici-café pioneiro no sul do Brasil. Mais do que se inspira, o estabelecimento respira a atmosfera das bicicletas. Localizado inicialmente no bairro Rio Branco, o Vulp Bici Café se tornou um ponto de encontro de ciclistas, o que pode ser atribuído ao envolvimento das suas criadoras, Isadora Lescano, Tássia Furtado e Silvia Pont, em cír-culos ligados às bikes.

O usO da bicicleta tantO para transpOrte quantO para passeiO

lguns estabelecimentos

surgem com a identificação

com as bikes, enquanto

outros percebem o potencial

do setor e inauguram

serviços aos ciclistas

a

Despertar Das bicicletas

©istock.com/dragon images

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“Sentíamos que havia uma oportunidade e um querer de mais espaços para bicicleta na cidade”, explica Isadora Les-cano. Com a necessidade de expandir, o café se mudou para a Travessa Bento Figueiredo, no Bom Fim. “A Vulp oferece um espaço de convivência para que as pessoas possam fa-zer encontros sociais, rodas de conversa ou simplesmente vir aqui, com um amigo, tomar um café. Também abrimos a casa para que pessoas tragam suas iniciativas”, define Isa-dora. São oferecidos café da manhã e almoço. O local abriga também o primeiro BiciPonto da cidade, um projeto que dis-ponibiliza uma oficina com ferramentas para facilitar a vida de quem anda de bicicleta.

Um casal que era fornecedor de pães e doces do Vulp, in-clusive, hoje dirige seu próprio bici-café, em Pelotas. Arthur Zanatta Martins e Cissa Granada Norenberg reformularam um café que já existia na cidade, transformando o cardápio e a proposta. Assim o Libre! Bici Café Pan abriu suas portas, em 2015. “Somos um café vegano e orgânico, com uma va-riedade grande de produtos. Servimos leite de amêndoas, uma proposta inédita no Brasil”, conta Arthur.

“Gostamos muito de andar de bicicleta e acreditamos que é o meio de transporte do futuro, pois não depende de nada além da tua própria força. Montamos a minioficina, que é um atrativo para quem vem de bike”, conta o padeiro, cozinheiro e administrador. Com um bicicletário interno, o café tem recebido cada vez mais clientes que vão pedalando. “Até por toda onda de bicicleta que está acontecendo, talvez até uma moda. O público em geral nos busca pela comida e pelo ambiente, mas é um atrativo para o ciclista ser bem recepcionado”, avalia.

Os números do setor são expressivos. Em 2015, a produção nacional de bicicletas simbolizou R$ 3,6 milhões no país e as vendas somaram 3,3 milhões de unidades, de acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclo-motores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Outra área em que as “magrelas” mostram poder econômico é o ci-cloturismo. A União Europeia, por exemplo, fatura aproxima-damente € 44 bilhões com o setor anualmente.

TurisTas sobre rodas

Na Serra gaúcha, a Rede de Hotéis Dall’Onder despertou para a oportunidade quando começou a receber hóspedes

que faziam um roteiro de Bento Gonçalves em mountain bike, oferecido pela agência Caminhos do Sertão, de Florianópo-lis. “Também tivemos contato com experiências de ciclotu-rismo em Mendoza, na Argentina, e na Toscana, na Itália. Fi-zemos um contrato com a Caminhos do Sertão e hoje temos roteiros de quatro, seis e oito horas, com diferentes níveis de dificuldade e a opção das bicicletas elétricas”, conta Tar-císio Michelon, presidente da rede hoteleira, sobre o Que tal de bike?, projeto lançado em 2014.

Mesmo quem sai pedalando uma bicicleta normal pode trocar pela versão elétrica durante o percurso. Os passeios incluem distribuição de lanches (água, iogurte, sucos e frutas nos trajetos mais curtos e piquenique nos mais longos) e visita a uma vinícola pequena. Cerca de 70% do público não é hóspede do Dall’Onder. “Tivemos um crescimento exponencial. Temos planos, em fase de desenvolvimento, em fazer um cicloturismo de massa”, revela Tarcísio. Independentemente do programa de ci-cloturismo, a rede oferece ainda aos hóspedes lugar para estacionar as bicicletas e oficina mecânica com aparato para prestar assistência técnica aos ciclistas.

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Projeto da Rede de Hotéis Dall’Onder

oferece roteiros de quatro a oito horas,

com diferentes graus de dificuldade

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automação desempenha um papel cada vez mais

importante na economia global e na experiência diária

dos consumidores. exemplos no varejo e na indústria

mostram que investimentos valem a penaAem automação apresentam re-

sultados animadores. Melhoram os processos de gestão, aparecem os ganhos de produtividade, o cliente fica mais satisfeito em sua experiência de compra e os recursos em-penhados acabam retornando em até três anos. De fato, as vantagens abrangem a rastreabilidade dos produtos, o ge-renciamento de estoques, o menor custo e a segurança, re-duzindo a quantidade de trabalho. Nem sempre, contudo, é possível chegar ao modelo de loja dos sonhos, porque, no Brasil, a burocracia e as leis podem ser grandes entraves.

A Associação Brasileira de Automação – GS1 Brasil auxilia as empresas nacionais que pretendem apostar em soluções tecnológicas com a finalidade de aprimorar o negócio, com técnicos, guias, assessoria e cursos. Seu papel é importante tanto para a indústria, ao automatizar os processos, quanto para o varejo, na relação de compra com o consumidor, na

O cOmérciO e A indústriA percebem, cAdA vez mAis, que Os investimentOs

auto

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SoluçõeS tecnológicaS para creScer

texto diego castro

imagem de abertura ©istock.com/Andrey nikolajew

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automação

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gestão de estoque de uma central de compras. Até mesmo o setor de serviços, com o pagamento de contas via código de barras, apresenta a automação de um processo e uma me-lhor relação com o consumidor.

O código de barras de identificação de produtos da GS1 é lido mais de 6 bilhões de vezes por dia, sendo aplicado em mais de 20 segmentos do mercado, desde produtos de con-sumo, logística e transporte até saúde e beleza. É um sistema que traz benefícios aos consumidores e à gestão de 58 mil empresas só no Brasil. O Global Trade Item Number (GTIN), que contém de oito a 14 dígitos, pode carregar uma série de informações de características, preço, origem do produ-to, data de validade, número de série e lote, que facilitam a logística das cadeias de abastecimento, agilizam operações comerciais e permitem a rastreabilidade de cada item, entre outras vantagens. Os negócios se tornam mais fáceis porque

a organização passa a falar a mesma língua que seus clien-tes, fornecedores e parceiros.

“O setor em que está mais evidente, principalmente para o consumidor, é o varejo, mas é possível identificar o uso da automação em maior ou menor grau em quase todas as atividades econômicas no Brasil”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Automação, João Carlos de Oliveira. Na visão do executivo, há uma evolução da maturidade de aplicação da automação no país. “Hoje, as empresas aplicam nos seus processos alguma forma de automação. Isso varia conforme o tamanho da empresa, o seu posicionamento no mercado e a sua maneira de gestão”, relata.

De acordo com pesquisa desenvolvida pela entidade, mesmo no momento atual de instabilidade política e eco-nômica, 63% das empresas estão predispostas a investir em tecnologia, em pelo menos até 3% de seu faturamento.

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E destas, 71% acreditam que investir em novas tecnologias am-paradas pelo padrão GS1 pode auxiliar seu negócio a crescer. Estas contribuições da Associação Brasileira de Automação vão desde códigos lineares até investimento em e-commerce B2C, seja para identificação de produtos, troca eletrônica de dados ou comercialização. “As empresas já estão começando a mudar esta visão e estão apontando a crise como oportuni-dade de reestruturação e desenvolvimento”, diz.

Mesas Móveis na hidroponia

Em Ivoti, no Vale do Sinos, Ricardo Antonio Rotta im-plementou dois importantes avanços em automação na sua produção de hortaliças em hidroponia (técnica de cultivar plantas sem solo, onde as raízes recebem uma solução nu-tritiva balanceada que contém água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta). A primeira foi a implantação dos códigos de barras nas embalagens, o que lhe valeu até prêmio da GS1. “Estávamos com problemas, pois as redes varejistas exigiam a rastreabilidade do produ-to e cada unidade tinha o seu código específico, porque as sucessivas paradas da rotativa nos davam prejuízos e ele-vavam o custo. Com o auxílio da associação, desenvolvemos um código para cada produto e isso nos facilitou o gerencia-mento do negócio”, conta.

Dono da marca H2Orta, o empresário fornece hortaliças para a Cia. Zaffari de Supermercados (70% de sua produção), destinando o restante para bistrôs, cafés e restaurantes. Em um hectare de estufas agrícolas, produz diariamente de 4 mil a 5 mil unidades por dia de 15 variedades diferentes, voltadas a um público de maior poder aquisitivo. Para melhorar sua produtividade e aumentar seus ganhos, Rotta decidiu imple-mentar no Brasil um sistema de mesas móveis de cultivo que observou em visita à Holanda. É o segundo avanço.

“Começamos a buscar tecnologias no exterior até nos de-pararmos com a ‘Disneylândia’ da produção hidropônica nos países baixos. A fazenda visitada tinha 10 hectares, teto de vi-dro e quatro robôs que transplantavam alface”, conta. Lá, não há necessidade de corredores entre as mesas de hortaliças: as mesas se deslocam por correias nas estufas. Só na expedi-ção existem operadores, no momento de retirar o produto do cano e embalá-lo. “Aqui no Brasil, perdemos 30% de espaço com os corredores”, diz. Disposto a modernizar sua indústria, ele investiu numa parceria com uma empresa de tecnologia e, no dia 25 de abril, colocou em funcionamento o primeiro processo automático de produção, numa estufa de 200m².

O objetivo é otimizar a relação custo/benefício do investi-mento e da produção. Além do ganho de espaço, a automação permite reduzir o manuseio das plantas, promovendo queda no índice de doenças e pragas só por causa disso. O ciclo de produção deverá ser encurtado em torno de 15%. Vantagens somadas, a mesma área pode produzir até 40% a mais. “É uma revolução”, vibra Rotta. No protótipo em fase de testes, a ex-pectativa é de se colher 150 pés de alface por dia o ano intei-ro, ininterruptamente. O operador coloca as mudas no início da esteira de produção e retira as hortaliças prontas para o consumo em seu final. Todo dia há colheita em uma ponta e semeadura na outra. Validado o processo, o empresário busca empréstimo no BRDE para automatizar o restante da área e permitir o mesmo aos franqueados da marca. Rotta calcula que o retorno do investimento virá em 30 meses. “Podemos crescer muito, pois demanda existe”, conclui.

exeMplo no varejo

A Cervejaria Heilige, de Santa Cruz do Sul, implementou um sistema de automação nos pedidos em seus dois Brew Pubs, na cidade-sede e em Porto Alegre. Ao ingressar no

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Sistema de hidroponia inspirado em

modelo holandês não exige corredores

e reduz manejo de hortaliças

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ambiente, o cliente recebe uma comanda eletrônica com código de barras. Todo o pedido feito é registrado por um palmtop que informa o número da mesa e lê o cartão. O pe-dido é imediatamente impresso ou na cozinha ou no bar. Ao sair, o consumidor só precisa passar no caixa, todos os pedidos estão no sistema. Ele confere os gastos e acerta a conta sem interferência de garçom. Cerca de seis mil pes-soas por mês passam pelo pub em Santa Cruz, aberto em 2012, e duas mil pessoas na casa da capital, com poucos meses de funcionamento.

“A automação nos oferece muita praticidade: o fun-cionário não precisa ficar correndo muito de um lado a outro, a chance de erro é menor e a operação é fácil e didática”, explica a coordenadora de Relações Públicas, Ludmila Fontes. “Isso possibilita à casa ter uma rotativi-dade maior de funcionários. Trabalhamos noite adentro e sofríamos com a troca de pessoas. O sistema nos oferece mais flexibilidade e podemos contratar gente com menos experiência.” Além disso, há mais controle de estoque e equipe menor (dois funcionários a menos), o que é inte-ressante para os pubs porque são microempresas, e a fo-lha de pagamento pesa muito.

As soluções tecnológicas, apesar das vantagens, não são à prova de falhas e certos problemas. Recentemente, a Heilige decidiu mudar o servidor do software de apoio e ges-tão, por dificuldades de suporte técnico. A marca pretende

abrir 30 unidades na Região Sul, com franqueadas. “A tro-ca foi complicada e ainda estamos nos adaptando, porque o novo setor operacional parece estar aquém das expectativas geradas pela venda”, admite.

entraves brasileiros

A automação é uma ferramenta estratégica de gestão para o Grupo Herval, sediado em Dois Irmãos e represen-tado no varejo pelas lojas taQi, iPlace e MisterTech, entre outras. “Se a proposta for bem executada, há melhora de processos, redução de folha de pagamento, e o lojista con-segue focar mais no cliente, com retorno do investimento num prazo de três anos”, relata o vice-presidente, Ger-mano Grings. Em 2003, por exemplo, a empresa adotou o WMS (Warehouse Management System), que cria soluções logísticas mais eficientes, aprimorando o controle na saída e entrada de mercadorias nos depósitos. O que entra pri-meiro sai antes, eliminando problemas de vencimentos.

A rede também está implantando o SAP Retail em suas operações. Do ponto de vista de automação de processos,

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Sinto inveja da automação nos Estados Unidos.

Aqui, a burocracia e as leis tornam as soluções mais difíceis

e mais caras.”“

GerMano GrinGs

vice-presidente do Grupo Herval

No Heilige brew Pub, pedidos registrados

em palmtop são imediatamente

impressos no bar e enviados ao caixa

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o software providencia uma série de sistemas que suporta a inteligência do negócio. O suprimento das unidades fica mais de acordo com a demanda, o lojista pode definir pro-dutos sazonais e analisar indicadores estratificados, como as vendas por metro quadrado e por vendedor. “Esses da-dos já estão disponíveis, mas eles são complexos, chatos, provenientes de sistemas mais antigos. O SAP Retail tem

isso nativo, é o que há de mais moderno”, conta Grings. Até janeiro de 2018 o novo software de gerenciamento de mer-cadorias deverá estar funcionando a pleno no varejo.

O executivo, entusiasta da tecnologia, critica os entra-ves interpostos pela legislação brasileira nesta área. “Na taQi criamos o autosserviço, mas não funciona como gosta-ríamos de fato, pois ainda não dá para implantar por aqui o modelo da Home Depot (rede de produtos para lar dos Estados Unidos). Lá você compra qualquer coisa, passa no caixa automático, faz a leitura, passa o cartão, paga e deixa a loja sem ninguém falar contigo, em questão de segun-dos, de maneira simples, inteligente e lógica”, comenta. No Brasil, é mais difícil e mais caro. “Há muita burocracia, as leis fiscais brasileiras são complicadas, cada estado tem uma regra e é preciso até mesmo perguntar ao cliente se ele quer CPF na nota”, lamenta.

Em setembro de 2015, um novo sistema foi adotado para auxiliar o varejo a fazer a adesão à NFC-e (Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica) e SAT Fiscal no seu ponto de venda. Na iPlace, o grupo quer implementar o sistema Ap-ple Pay, ainda não homologado no Brasil. “A lei brasileira nas questões de hardware e software é complexa, mas temos boas perspectivas de oferecer em breve essa possibilidade. Nos EUA, você vai na Starbucks ou na Macy’s sem a cartei-

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entenda aS ferramentaS

Os sistemas automáticos de controle, que não de-pendem da interferência humana, são ferramentas tecnológicas cada vez mais importantes para as orga-nizações. Conheça abaixo as versões mais largamente adotadas na indústria e no comércio:

Códigos de barras – são utilizados

para representar uma numeração

(identificação) atribuída a produtos,

unidades logísticas, localizações,

ativos fixos e retornáveis, documen-

tos, contêineres, cargas e serviços,

facilitando a captura de dados por meio de leitores (escâne-

res) e coletores de código de barras, propiciando a automa-

ção de processos e trazendo maior eficiência e controle.

Qr-Code – código de barras bidi-

mensional facilmente escaneado

usando a maioria dos telefones

celulares equipados com câmera.

esse código é convertido em tex-

to (interativo), um endereço urL,

número de telefone, uma localização georreferenciada,

e-mail, contato ou sms. Ajuda no gerenciamento de inven-

tário e controle de estoque em indústrias e comércio. são

comuns também em revistas e propagandas, para registrar

endereços e urLs.

rFid – uma etiqueta radio Fre-

quency identification (identificação

por radiofreqüência) é um trans-ponder, pequeno objeto que pode

ser colocado em um animal, equi-

pamento, embalagem ou produto.

contém chips de silício e antenas que lhe permitem responder

aos sinais de rádio enviados por uma base transmissora. per-

mitem a identificação de produtos de alguma distância do

scanner ou independentemente, fora de posicionamento.

redução de 30% do valor estocado em

produtos e medicamentos é um dos ganhos

verificados pelos sistemas implementados

no Hospital moinhos de Vento

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automação

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ra e pode comprar o que quiser pelo celular. Sinto inveja dessa automação”, aponta o vice-presidente.

redução de erros

A adoção de projetos de rastreabilidade em hos-pitais e laboratórios farmacêuticos pode reduzir sig-nificativamente a chance de erro humano na hora de ministrar uma medicação, por exemplo. O Hospital Moinhos de Vento, referência em atendimento de alto padrão em Porto Alegre, adotou vários sistemas para otimizar seus processos. O código de barras mostra in-formações detalhadas dos produtos. O sistema de ra-diofrequência agiliza a rastreabilidade dos itens no estoque e facilita a realização de inventários. Outro software da instituição é uma ferramenta de uso contínuo para planejamentos certeiros de demanda.

Integradas ao cotidiano assistencial, as soluções tecnoló-gicas de gerenciamento auxiliam desde o planejamento do pedido aos fornecedores até a liberação dos insumos a quem está sob tratamento. O controle sobre a validade das medi-cações também melhorou e reduziu-se em 30% do valor es-tocado com maior previsibilidade da demanda. “Houve ini-cialmente uma resistência da equipe assistencial, mas que foi resolvida em virtude dos resultados obtidos”, destaca a gestora de Tecnologia da Informação, Joana Heydrich. “O próximo passo é colocar a automação para outros insumos, como, por exemplo, vacinas e ativos imobilizados.”

FiM da papelada

Top of Mind e líder de setor no RS, a Safe Park adminis-tra 130 estacionamentos e 30 mil vagas em diversas cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Para administrar o enorme volume de informação dos borderôs diários de cada unidade, a empresa começou um processo de automatização há cerca de dez anos. No início, os borderôs de papel foram substituídos por modelo informatizado, com interface web, que permitia a digitação dos dados no próprio estaciona-mento e a integração dos dados com o Enterprise Resource Planning (ERP). Foi o primeiro passo.

Segundo o responsável pela área de TI, Alexandre Trois Cunha, desde então houve outros avanços. “Os dados dos

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rta

Podemos crescer muito, pois demanda existe. Esperamos

ganhos de produtividade na ordem de 40%.”

ricardo rotta

proprietário da H2Orta

borderôs, que antes eram digitados pelos operadores dos es-tacionamentos ao final do dia, agora são lidos pelo sistema diretamente das máquinas dos estacionamentos, reduzindo erros e tornando a informação mais confiável e segura”, fri-sa. Além disso, o controle de pagamentos dos mensalistas dos estacionamentos, feito no ERP, automaticamente blo-queia os mensalistas inadimplentes nos estacionamentos. Há integração entre o sistema geral e o software da cancela. “Este tipo de controle era inviável no passado, quando era necessário lançar manualmente os dados de bloqueio em cada um dos estacionamentos. Era ainda mais difícil desblo-quear os clientes quando eles pagavam suas mensalidades em atraso, uma vez que o desbloqueio tinha de ser feito ime-diatamente após. Este controle reduziu em 30% a inadim-plência”, comemora.

O retorno dos investimentos ocorreu em apenas três me-ses. Hoje em dia, o cliente da Safe Park consegue resolver algumas situações diretamente no site da empresa, como a emissão da segunda via do boleto. “Nossa intenção é evo-luir ainda mais nesta questão do autoatendimento”, aponta Cunha. Dos papéis, a companhia somente mantém em cir-culação alguns documentos utilizados pela auditoria para validar processos.

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saiba

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mais

Segurança / Whatsapp muda codificação em seu serviço de mensagens

O serviço de mensagens WhatsApp, com-prado recentemente pelo Facebook, anun-ciou no último mês que começaria a utilizar criptografia de ponta a ponta nas conversas de todos os usuários. Na prática, a experiên-cia de quem usa o aplicativo não muda, mas a codificação — automaticamente habilita-da nos aparelhos celulares dos usuários —

dificulta o acesso de terceiros às mensagens privadas, até mesmo da pró-pria empresa, que não armazena nenhum conteúdo depois de entregue ao destinatário. No novo sistema, cada mensagem enviada no aplicativo – seja de texto, vídeo, foto ou áudio – é criptografada usando uma única chave. Ainda que uma pessoa ou empresa quebre essa chave e leia uma mensagem, não conseguiria ler a outra, mesmo que esteja na mesma conversa. Outros serviços de mensagens, como Telegram e iMessage (da Apple), já traziam opções similares em suas mensagens e, por isso, vinham ganhando popu-laridade entre aqueles mais preocupados com privacidade. Apesar da crip-tografia, ainda é possível ter acesso às mensagens trocadas no WhatsApp conferindo diretamente o celular de quem as enviou ou recebeu. Segundo a empresa, a camada de segurança é obrigatória junto ao serviço.

mais & menos

FInançaSSegundo pesquisa da Associação

Nacional de Executivos de Finanças,

Administração e Contabilidade (Anefac),

os juros médios do cartão de crédito

alcançaram o patamar de 432,24%

ao ano em março. Com o cenário

econômico adverso, a tendência é de

que os juros em modalidades de crédito

continuem a se elevar nos próximos meses.

eMPreenDeDOrISMOO Rio Grande do Sul ficou na 21ª posição no ranking nacional de abertura

de empresas no ano passado, é o que

mostra o estudo da GS&MD com dados

da Neoway apresentado em janeiro na

NRF Big Show em Nova Iorque.

TeCnOLOgIaEstudo realizado pelo instituto de pesquisa

Gatner mostrou que mais de 1/3 das

empresas dos setores de hotelaria e

viagens, serviços profissionais e bens de

consumo com receita acima de US$

10 bilhões utilizam serviço de e-mails e

armazenamento de conteúdo na nuvem

de Microsoft e Google.

InTerneTO relatório Digital, Social e Mobile de 2015

da agência We Are Social mostrou que

apenas 41% da população

mundial é ativa na internet. Apesar de

o estudo mostrar que apenas 56% dos

brasileiros usam a rede, o país está em

3º lugar no ranking de horas que os

usuários ficam conectados diariamente.

TeLeFOnIaLevantamento realizado pela Comtech

e Kantar WorldPanel indica que os

brasileiros estão usando cada vez menos

celulares pré-pagos. Entre 2014 e 2015,

os planos pós-pagos e controle tiveram

alta, respectivamente, de 18% e 11%. As

classes D e E responderam por 57% das

linhas perdidas que migraram para planos

controle, enquanto 43% dos clientes da

classe C mudaram para pós-pago.

e-COMMerCe / comércio eletrônico se consolida no BrasilO comércio eletrônico no país já está totalmente consolidado. É isso que re-vela a 18ª Pesquisa de Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro, realizado desde 1998 pela Fundação Getulio Vargas. O estudo contou com a participação de 532 empresas de vários setores econômicos, ramos de atividades e portes que atuam em diversos níveis no ambiente digital. Conheça alguns dos resul-tados obtidos sobre o mercado que mais cresce no Brasil.

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Investimentos – A média de gastos e investimentos de comércio eletrônico

cresceu 103% nos últimos 10 anos, com aumento de 2,26% do faturamento

líquido das empresas, de 0,67% no setor indústria, 2,12% no de comércio e

3,31% no de serviços.

Crescimento – O estudo aponta que as transações entre empresas, conhecidas

como B2B, e entre empresas e consumidores (B2C) também aumentaram em

uma década – 128% e 279%, respectivamente.

atendimento – O principal foco do comércio eletrônico continua sendo os clien-

tes: 97% das empresas usam a web para algum tipo de relacionamento com

cliente. Em relação aos processos de cadeia de suprimentos, a maior utilização é

para solicitação de suprimentos e envio de pagamento.

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rH / VIagenS De negóCIOS TrazeM MeLHOreS

reSuLTaDOS Apesar das tensões associadas às lo-

gísticas de viagens de negócios, estudo realizado

pelo site de acomodações Booking.com mostrou

que muitos colaboradores acreditam que a opor-

tunidade de viajar é uma das melhores vantagens

do trabalho. Enquanto viajantes de negócios

confirmam que as viagens internacionais podem

ser estressantes (93%), eles concordam que nada

pode igualar o valor de reuniões presenciais com

clientes ou associados. A pesquisa revela que

2/3 dos viajantes de negócios acreditam que reu-

niões cara a cara contribuem para relacionamen-

tos mais sólidos (66%) e conversas mais honestas

e diretas (66%), assim como facilitam uma melhor

troca de informações (62%). Mais da metade

acha que reuniões presenciais são mais produtivas

(56%) e permitem que soluções mais imediatas

sejam implementadas (52%). O levantamento

teve mais de quatro mil participantes entre 18 e

65 anos de oito países, que viajaram internacio-

nalmente a negócios quatro vezes ou mais

no ano passado.

eMPregO / cnc aponta profissões que mais cresceram na crisea Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mapeou mais de 600 profissões e identificou aquelas que cresceram mesmo em meio à atual crise eco-nômica. O estudo, realizado entre julho de 2014 e dezem-bro de 2015, mostra que 140 setores (23,2%) registraram aumento líquido de vagas desde o início da recessão, mas um grupo de 15 profissões se destacou com crescimento acima da média. O levantamento evidenciou a presença fe-minina nas profissões que mais cresceram e apontou um aumento nas oportunidades para a faixa etária de 30 a 39 anos. As atividades dos setores terciário e agropecuário fo-ram os que mais abriram vagas. É possível conferir a pes-quisa completa no site da entidade.

negóCIOS / interação pessoal é fator decisivo para empresas

Pesquisa da Accenture, em presa de servi-ços profissionais, mostra que a interação humana continua a ser um componente vital da satisfação do cliente mesmo na era digital. O estudo revelou que 68% dos con-sumidores brasileiros preferem lidar com pessoas nos canais digitais para resolver questões de atendimento ao cliente. Mais

da metade dos consumidores (53%) diz que está até mesmo dis-posta a pagar um preço maior por bens e serviços, desde que isso garanta um melhor nível de atendimento. O relatório também descobriu que 86% dos consumidores optaram por mudar de fornecedor no ano passado devido ao mau atendimento, sendo que varejistas, companhias de telefonia celular e wireless, e pro-vedores de serviços de internet concentram as percepções de serviços mal prestados. No Brasil, o custo estimado de clientes que mudam devido ao serviço precário é de US$ 217 bilhões. Os resultados são baseados na 11ª edição da pesquisa anual Global Consumer Pulse Research, que avaliou a experiência e atitude de 24.489 consumidores em todo o mundo em marketing, vendas e serviços ao cliente – destes, 1.301 são brasileiros.

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Profissões com maior geração de vagas na recessão

1 Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações

2 Operadores de telemarketing

3 Recepcionistas

4 Técnicos auxiliares de enfermagem

5 Trabalhadores auxiliares nos serviços de alimentação

6 Garçons, bartenders, copeiros e sommeliers

7 Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias

8 Professores de nível médio na educação infantil

9 Enfermeiros de nível superior e afins

10 Trabalhadores agrícolas na fruticultura

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Claiton Dornelles/BBC Fotografias

romovido pelo SiStema

Fecomércio-rS/SeSc, em

parceria com aS preFeituraS, o

dia do deSaFio, em 25 de maio,

propõe a prática de atividadeS

FíSicaS em centenaS de

municípioS gaúchoS em prol de

maiS Saúde e qualidade de vida

Pde 5 a 21 de agosto, prometem mobilizar

milhares de pessoas nos quatro cantos do país. Realizado pela primeira vez no Brasil, o evento multiesportivo é o grande mote da corrente do bem, que incentiva anual-mente a prática de exercícios na última quarta-feira do mês de maio. O Dia do Desafio é promovido pelo Siste-ma Fecomércio-RS/Sesc, em parceria com as prefeituras, buscando mobilizar centenas de municípios gaúchos em prol de mais saúde e qualidade de vida. “A ação é uma ferramenta para esclarecermos as pessoas sobre as van-tagens e os benefícios da prática de atividades físicas”, afirma a coordenadora da iniciativa no Rio Grande do Sul, Melissa Stoffel.

Por meio de uma competição amigável, envolvendo ci-dades do continente americano, milhares de voluntários estimulam o maior número possível de pessoas para que interrompam seus afazeres e pratiquem, por pelo menos 15 minutos, qualquer tipo de esporte ou atividade relacio-nada. A adesão pode ser individual ou coletiva, mas é pre-

os jogos olímPiCos 2016, que oCorrerão no rio De janeiro,

Corrente do bem no dia do desafio

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Porto Alegre recebe o 11º FestivAl PAlco girA-

tório Diversas manifestações culturais tomarão conta

da capital gaúcha de 4 a 25 de maio. o 11º Festi-

val Palco giratório sesc/Poa terá espetáculos de 16

estados diferentes, em mais de 100 sessões artísticas,

como peças teatrais para todos os públicos, expo-

sições de artes visuais e musicais, nos mais variados

espaços. na programação, há ainda atividades for-

mativas como o seminário Práticas Políticas da Cena

Contemporânea. o festival é uma realização do siste-

ma Fecomércio-rs/sesc, dentro do arte sesc – Cultura

por toda parte. a relação completa de atrações pode

ser conferida em www.sesc-rs.com.br/palcogiratorio.

seleção PArA A escolA sesc de ensino Médio

a segunda etapa do processo seletivo da escola sesc

de ensino médio, no rio de janeiro, ocorre de 9 a 19 de

maio. Para participar, o candidato deve comparecer em

alguma unidade do sesc com o responsável, repassar

seus dados e receber o cartão de confirmação. em 3

de julho, será aplicada a prova objetiva e de redação,

das 9h às 13h. entre 12 de setembro e 14 de outubro,

serão feitas entrevistas. os aprovados serão divulgados

em 9 de novembro no site www.escolasesc.com.br. Para

o rs, são destinadas 10 vagas aos alunos que conclu-

írem o ensino fundamental até dezembro de 2016 e

tenham nascido entre 1º de janeiro de 2001 e 31 de

dezembro de 2003.

agenda de eventos

15/Maioinscrições para o circuito sesc de corridas

a etapa rio grande do Circuito sesc de Corridas

2016 ocorrerá em 15 de maio, às 9h, com saída do

rincão da Cebola (r. francisco Campelo, s/n). inscri-

ções em www.sesc-rs.com.br/circuitodecorridas.

18/Maiolançamento do Maturidade Ativa em chuí

moradores do Chuí contam com o Programa sesc

maturidade ativa, que será lançado em 18 de maio,

às 15h, no ginásio Poliesportivo (av. Uruguai, 2355).

ciso registrar sua participação no centro coordenador de cada cidade ou no Sesc mais próximo até as 20 horas de 25 de maio. Saiba mais em www.sesc-rs.com.br/diadodesafio.

Segundo Melissa, as programações pelo Estado ainda estão sendo definidas. “Todas as cidades estão sendo con-vidadas a colocar uma ação voltada a alguma modalidade olímpica, podendo ser oficinas, festivais, encontros e de-monstrações, entre outras”, descreve.

Parceiros e números

O Sesc-RS realiza o projeto nas cidades gaúchas desde 1997. Em 16 de maio de 2006, o Dia do Desafio foi incluí-do no calendário oficial do Estado, a partir da lei 12.492. De lá para cá, os resultados têm sido positivos. “No Dia do Desafio, em uma mesma data, consegue-se ter uma abrangência grande, atingindo milhões de pessoas”, co-memora Melissa. Em 2015, porém, o RS registrou queda no número de participantes em relação à ação do ano an-terior – passando de mais de 4,5 milhões de adesões para 3,3 milhões de pessoas. A redução também foi visualizada no país, que passou de 2.001 cidades em 2014 para 1.951 no ano passado. “Uma das grandes dificuldades é que a maioria das ações ocorrem em locais abertos, e, tradicio-nalmente, como foi no ano passado, tivemos muitos pro-blemas climáticos”, diz a coordenadora, ressaltando que o mais relevante é o envolvimento e a clareza das pessoas quanto à proposta e aos objetivos do evento.

Integrando a campanha Move Brasil, desde 2013, o projeto pretende ampliar o número de praticantes de esportes e outras modalidades. “O objetivo é incentivar a atividade física como algo prazeroso e aliada à saúde, assim como facilitar o acesso das pessoas a estes espa-ços e programações”, descreve Melissa. Ela ressalta que a prática de exercícios, no entanto, não pode terminar ao final do dia do evento. “Nosso principal foco é plantar uma semente do bem, possibilitando que as pessoas expe-rimentem se exercitar e depois disto deem continuidade, adquirindo o hábito”, sugere a profissional. Os vencedo-res desta “competição”, segundo ela, são todas as pessoas envolvidas no Dia do Desafio: “O que entregamos é um agradecimento e o reconhecimento aos municípios que aderem à participação”.

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tendências

Sabe se alguma se aplica ao seu ne-gócio? Para apostar em alguma delas, a primeira coisa a se fazer é entender bem essas diretrizes, para, em um se-gundo momento, levando em consideração o seu cliente, o seu desafio e a sua estratégia, ver quais fazem sentido na sua empresa. “Depois de avaliar o que faz sentido, ain-da tenho que ver o que é viável”, ensina Daniel Domene-ghetti, CEO da DOM Strategy Partners.

A consultoria elaborou um estudo sobre as principais tendências mundiais de relacionamento com clientes e con-sumidores e sua aplicação no Brasil, e constatou que poucas tendências são aproveitadas no varejo brasileiro, atualmen-

Você acompanha as tendências mundiais que influenciam o Varejo?

studo aponta adoção

das principais tendências

de relacionamento com

clientes e consumidores

por empresas brasileiras

e

Práticas mundiais no varejo nacional

©istock.com/peter Booth

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te, por conta de fatores culturais, de infraestrutura e devido ao perfil conservador do consumidor brasileiro.

A pesquisa envolveu 247 grandes varejistas de produtos e serviços e considerou 15 práticas que foram avaliadas pelo público entrevistado, composto por presidentes, vice-presi-dentes, CEOs, diretores de Marketing, gerentes de relacio-namento e de clientes. De cada tendência, a consultoria ma-peou quais empresas no Brasil mais representam o modelo e qual é o atual grau de adoção do setor. Duas categorias são as mais aplicadas: Mobilidade, Convergência e Colaboração (MCC) e Combinações, Combos e Composições.

MCC aponta para os três pilares da evolução tecnoló-gica do varejo. As empresas tenderão a se tornar mais tec-nológicas com seus processos, produtos, serviços e canais fortalecidos pela evolução e barateamento das tecnologias da informação e comunicação. “Toda a relação com o con-sumidor vai ser sempre que possível móvel, convergente e colaborativa. Convergente tem a ver com qualquer conteú-do, independentemente da plataforma. E colaborativa traz muito o conceito de redes, incluindo redes sociais. A relação com o consumidor vai ser cada vez mais MCC”, projeta o especialista em estratégia corporativa.

A Apple é exemplo da transformação da relação em MCC porque todo modelo Apple tem o móvel como suporte, com o smartphone sendo base de tudo, e é amplamente conver-gente, pois pode ser acessado de qualquer plataforma. No Brasil, o Grupo Pão de Açúcar é o maior exemplo, por ter feito várias tentativas de integração de mobile e de conver-gência em suas experiências de compra. “Isso inclui os to-tens do programa de fidelidade e os aplicativos móveis. Mas o fato é que o Pão de Açúcar não consegue implantar isso em larga escala, apesar de ser quem mais tentou isso no varejo brasileiro”, considera Domeneghetti.

Para ser dono do cliente

Já Combinações, Combos e Composições são modelos de composição do portfólio de ofertas comerciais a partir da combinação de ofertas próprias ou de terceiros em prol de maior aderência comercial. O modelo é bem aderente no Brasil e, assim como o MCC, atinge 47% do setor. De acor-do com o especialista, cada vez mais as empresas vão ter que se posicionar ao lado do cliente, e isto inclui oferecer

produtos e serviços que não são dela – são de parceiros e até de concorrentes –, porque mais importante que ser dono do produto é não perder o cliente. “Você pode ter o produto e o serviço, mas não ter o canal. Ou ter o produto, mas não ter o serviço. Ou ainda não ter um pedaço do pro-duto”, expõe. O McDonalds é um exemplo, pois cada vez mais elabora suas ofertas com outras marcas. “Ele compõe a oferta padrão com produtos que não são só dele, e mui-tas vezes construindo produtos customizados, como foi o McTabasco, sanduíche feito junto com a marca de pimenta americana Tabasco”, lembra Domeneghetti.

Outra tendência destacada é Sustentabilidade, Posi-cionamento e Reputação, que é o varejo entendendo e as-sumindo na prática seu papel na cadeia de transformação sustentável da sociedade e dos mercados. São empresas que desenvolvem produtos específicos ou colocam a len-te da sustentabilidade no desenvolvimento do produto junto com o consumidor. O grau de adoção atual desta prática chega a 39%.

conversão sem volta

Essas três variáveis devem fazer parte de qualquer sis-tema de gestão da relação com o consumidor, seja porque a lei obriga, seja porque o consumidor impõe, mas o fato é que isso será cada vez mais assim, assegura Domeneghet-ti. “É uma conversão lenta, mas sem volta. A Natura é um grande exemplo. Até linha de produtos específica com essa finalidade eles fizeram, não é só trazer isso como atributo dos produtos.” O cliente, inclusive, pode ajudar a construir produto ou serviço que ele mesmo vai usar, ressalta o CEO.

A pesquisa apontou o Fast Trending como a tendência internacional menos adotada por aqui. Ela propõe aliar a alta escala com algum grau de especialização ou customiza-ção. Seu grau de adoção atinge apenas 8% do varejo. “O Fast Trending inclui mudança de modelo de negócio. É desenhar o modelo de negócio para que ele seja simultaneamente va-rejo em larga escala, mas tenha representatividade de mar-ca, por exemplo, como a Zara. Todas essas tendências têm que ser bem focadas na gestão das empresas, e essa é a mais estruturante delas, é a mais complexa, porque vai no dese-nho do modelo de negócio”, resume o CEO.

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estão com inscrições aber-tas para o Vestibular de Inverno 2016. Ao todo, são 1.100 vagas para 15 cursos na capital e 100 para os dois cursos em Pelotas, com 20% de desconto nas mensalidades para os comerciários.

De acordo com Roberto Berté, gerente do Núcleo de Educação Profissional do Senac-RS, a instituição se di-ferencia com propostas de cursos unificadas e voltadas para o mercado de trabalho e unidades curriculares com Ensino a Distância, dentre outros. “Temos infraestrutu-ra atualizada em laboratórios para os cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Redes de Computadores, Produção Multimídia e Design de Moda e um histórico positivo das avaliações do MEC. Além disso, os alunos

As FAculdAdes senAc Porto Alegre e PelotAs

Vem aí o Vestibular de inVerno

ursos oferecidos na capital

e em pelotas têm inscrições

gratuitas, que podem ser

feitas pelo site do senac-rs

até 4 de junho. a prova será

realizada em 5 de junho,

nas duas cidades

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Senac-RS no FeStival FaRtuRa GaStRonomia

o senac-rs marcou presença no Festival Fartura

gastronomia, que ocorreu nos dias 16 e 17 de abril

no Barrashoppingsul. com o apoio de alunos de

gastronomia, o diretor regional do senac-rs, José

Paulo da rosa, e os docentes da Faculdade senac

Porto Alegre, Mamadou sene, ricardo dornelles,

rodrigo câmara e Juliana noal, ministraram uma série

de aulas e oficinas com o toque do tempero gaúcho.

Pães, açaí jussara, butiás, tainha e laranja foram

temas das atividades.

eSpecializaçõeS intenSivaS em poRto aleGRe

A Faculdade senac Porto Alegre lança um novo

formato de pós-graduação, a especialização

Intensiva. o diferencial desta modalidade é que

o estudante tem a oportunidade de concluir

os estudos em apenas oito meses. em maio,

começam as aulas de dois cursos neste formato,

especialização em comunicação e Marketing

estratégico e especialização gestão de negócios.

Inscrições na Faculdade (rua coronel genuíno, 130).

Mais informações pelo telefone (51) 3022-9411 ou

pelo site www.senacrs.com.br/fspoa.

agenda de eVentos

contam com um Programa de Mobilidade Acadêmica com a Universidade Nacional da Costa Rica”, enumera.

A grande maioria dos estudantes tem entre 19 a 27 anos, é egressa de escola pública, e 85% já atuam no mercado de trabalho, segundo Berté. Em Porto Alegre, os cursos mais procurados são Redes, Produção Multimídia e Design de Moda. “Ao todo, entre alunos de graduação e tecnológos, as Faculdades do Senac já formaram aproximadamente quatro mil alunos no Estado”, calcula o gerente.

A prova será realizada em 5 de junho, às 10h, no Cam-pus I da Faculdade Senac Porto Alegre (rua Coronel Genu-íno, 130) e na Faculdade de Tecnologia Senac Pelotas (rua Gonçalves Chagas, 602). As inscrições, gratuitas, podem ser feitas até 4 de junho (veja mais no quadro abaixo). No exame, que consiste em uma redação em língua portu-guesa, o candidato deverá elaborar um texto dissertativo acerca de um dos temas indicados. A divulgação dos clas-sificados ocorrerá em 6 de junho, a partir das 14h, no site do Senac-RS.

10/maitalk show na Semana do empreendedor

o talk show Criatividade e empreendedorismo:

desafio dos jovens no mundo dos negócios, pro-

movido pelo senac santa Cruz do sul, integra a

semana do empreendedor. local: Charrua Hotel

(rua marechal Floriano Peixoto, 230). informações

pelo telefone (51) 3715-9335.

24/maiFree talking Day

o senac são leopoldo promove um evento para

que alunos e convidados possam conversar em

inglês. o Free talking day tem inscrições gratui-

tas e será às 19h30min. local: rua lindolfo Collor,

835. informações pelo telefone (51) 3590-3060

Cursos em Porto alegreAnálise e desenvolvimento de sistemas

Administração (bacharelado)

ciências contábeis (bacharelado)

comércio exterior

design de Moda

gestão de recursos Humanos

gestão Financeira

gestão comercial

Hotelaria

logística

Marketing

Processos gerenciais

Produção Multimídia

redes de computadores

sistemas para Internet

Cursos em PelotasMarketing

Processos gerenciais

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dossiê / Feijão

tualmente, o Brasil é o

terceiro maior produtor

mundial de feijão, um

alimento que remonta aos

primeiros registros da

história da humanidade

Autilizados pelo homem, tornando-se parte

importante da dieta de várias civilizações. Tipos selvagens foram encontrados no México e datados de cerca de 7.000 a.C., o que gerou a hipótese de que o feijão teria se dissemi-nado dali para toda a América do Sul. Por outro lado, acha-dos arqueológicos ainda mais antigos, de cerca de 10.000 a.C., revelaram feijões cultivados na América do Sul, no sítio arqueológico de Guitarrero, no Peru. São indícios de que o feijoeiro teria sido adaptado às necessidades humanas na América do Sul e depois levado para a América do Norte.

Teorias à parte, uma coisa é certa: os feijões estão en-tre os alimentos mais antigos, remontando aos primeiros

O feijãO é cOnsiderAdO um dOs mAis AntigOs AlimentOs

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De grão em grão

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registros da história da humanidade. Eram cultivados no antigo Egito e na Grécia, sendo, também, cultuados como símbolo da vida. Os antigos romanos usavam extensiva-mente feijões nas suas festas gastronômicas, utilizando-os até mesmo como pagamento de apostas. Foram encontra-das referências ao grão na Idade do Bronze, na Suíça, e en-tre os hebraicos, cerca de 1.000 a.C.

As ruínas da antiga Tróia revelam evidências de que a leguminosa era o prato favorito dos guerreiros troianos. Muitos historiadores atribuem a disseminação dos feijões no mundo às guerras, uma vez que esse alimento fazia par-te essencial da dieta dos guerreiros em marcha. Os grandes exploradores ajudaram a difundir o uso e o cultivo deste grão para as mais remotas regiões do planeta.

E como ele entrou na culinária brasileira? O feijão não era comida típica de portugueses, de índios ou de afri-canos. Em Portugal era mais comum o consumo de favas cozidas com arroz e carnes, principalmente ao norte do país. O feijão era consumido apenas ocasionalmente por camponeses, sempre em cozidos e ensopados. Os indígenas chamavam os feijões e as favas pelo nome genérico de ca-nundá. Os escravos também tinham sua roça de feijões. “O feijão apareceu aos olhos da cunhã, cozinheira e amásia o reforço mais imediato para completar a refeição. Os filhos foram logo depois da desmama habituados ao caldo de fei-jão e a mastigá-lo com qualquer carne, na forma de cozido que o português amava repetir no Brasil. Os primeiros bra-sileiros não dispensaram o prato nacional por excelência”, descreve o historiador, antropólogo e jornalista potiguar Luís da Câmara Cascudo (1898-1986) numa boa síntese da popularização do que viria a ser a feijoada.

Importante fonte proteica

No campo da nutrição, o feijão se destaca como um dos mais importantes componentes da dieta alimentar do brasileiro. Excelente fonte de proteínas vegetais, é um ali-mento rico em fibras dietéticas solúveis e insolúveis que estão diretamente associadas à redução dos níveis de co-lesterol e triglicerídeos na corrente sanguínea. Além dis-so, promovem saciedade, regulam as funções intestinais e ainda possuem vitaminas e minerais importantes como o ferro, magnésio, zinco e potássio.

A maioria dos tipos de feijão apresenta em torno de 25% de proteína, que é rica no aminoácido essencial lisina, mas pobre nos aminoácidos sulfurados. Essa deficiência, contu-do, é suprida pelo consumo dessa leguminosa com alguns cereais, especialmente o arroz, o que torna a tradicional dieta brasileira, o arroz com feijão, complementar, no que se refere aos aminoácidos essenciais.

Esta combinação, no entanto, não é exclusividade bra-sileira. O folclorista cubano Ramón Martínez descreveu que, uma vez, “um negro de nação serviu arroz e feijões juntos, e quase cozidos ao mesmo tempo, pois os feijões eram frescos. Mais tarde cozinhou os feijões com mais cui-dado, e adicionou o arroz, na mesma panela, deixando co-zinhar em fogo baixo, e assim surgiu o prato favorito dos cubanos”. Chama-se moros y cristianos (mouros e cristãos), em que os mouros seriam os feijões pretos e os cristãos, os brancos grãos de arroz. O nome é uma alusão à con-vivência pacífica entre essas religiões por muitos séculos na Espanha. O mesmo prato é consumido na República Do-minicana e em El Salvador, onde se chama casamiento, e é preparado com feijões vermelhos.

Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), com uma produção de 3.294.586 toneladas do grão. Fica atrás apenas de Índia (4.110.100 toneladas) e Mianmar (3.737.320 toneladas).

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dossiê / Feijão

curiOsidAdes

nos mantém em alertaO alimento contém carboidratos de

baixo índice glicêmico, importante

para manter o nível de açúcar do

sangue estável ao longo do dia, o

que nos deixa bem dispostos, alertas

e concentrados. Além disso, contém

magnésio, que melhora o fluxo de

sangue e de oxigênio pelo corpo.

Para dIgerIr melhorleguminosas como feijão, ervilhas,

lentilhas e soja, entre outras, são cau-

sadoras de gases. uma dica prática

é deixar o feijão de molho durante a

noite. no dia seguinte, a água deve

ser trocada antes de cozinhá-lo bem,

pois amido mal cozido aumenta a

produção de gases.

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Paixões regionais

No cenário nacional, há preferências por região. O fei-jão preto, plantado em 18% da área produtora do grão, tem maior consumo no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, leste e sul do Paraná, Rio de Janeiro, sudeste de Minas Gerais e sul do Espírito Santo, mas tem pouca saída no restante do país. O carioca, também denominado feijão--cores, é aceito em praticamente todo o Brasil. Por isso, 63% da área cultivada é semeada com este tipo grão. O feijão caupi (conhecido como feijão de corda, fradinho ou vigna) é o tipo mais consumido e produzido na Região Norte e Nordeste, e mais recentemente vem sendo expor-tado, com 19% da área cultivada.

A ampla adaptação da leguminosa permite seu cultivo durante todo o ano, em quase todos os estados brasileiros. Quanto à semeadura, as épocas recomendadas concen-

estudo sobre a santa ceIade acordo com uma pesquisa sobre

a culinária na época de jesus, o feijão

provavelmente estava presente na

Última ceia. O estudo foi feito por dois

arqueólogos italianos que utilizaram os

versículos da Bíblia sobre esse mo-

mento, escritos judaicos, antigas obras

romanas e dados arqueológicos.

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tram-se, basicamente, em três períodos, o chamado das “águas”, nos meses de setembro a novembro, o da “seca” ou safrinha, de janeiro a março, e o de outono-inverno ou terceira época, nos meses de maio a julho. Considerada sobretudo uma cultura de subsistência em pequenas pro-priedades, é adotada também em sistemas de produção que requerem o uso de tecnologias intensivas.

No Brasil, no entanto, percebeu-se uma redução do con-sumo da semente. Enquanto em 1975 a média per capita de consumo girava em 18,5 kg por habitante ao ano, em 2012, esse número caiu para 14,94, conforme estimativa do IBGE.

Essa diminuição tem preocupado os especialistas da ca-deia produtiva do grão. São possíveis causas dessa queda do consumo a substituição por fontes de proteína de origem animal, o êxodo rural e a mudança de hábitos alimentares com o crescimento do fast-food, além da falta de tempo para o preparo do produto e da alta variação dos preços.

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O TST, na Sua aTual cOmpOSiçãO, levando ao extremo a intervenção nas negociações coletivas de trabalho e o ativismo judicial, tem limitado a vontade das categorias empresa-riais e de trabalhadores livremente expressa em assembleias categoriais, anulando cláusu-las de convenções coletivas de trabalho e de-sequilibrando ajustes construídos pelas partes. Na luta ensandecida pelo enfraquecimento dos sindicatos laborais e de empregadores, o TST também ataca as fontes de custeio das entidades sindicais.

Neste cenário nos causou surpresa a entrevista concedida pelo ministro Ives Gandra Filho, novo presidente do TST, ao jornal O Globo, logo após a sua posse. O novo comandante, em posição diametralmente oposta à da Corte que preside, defendeu em várias passagens a prevalência do negociado. É tudo o que os que acreditam na força e na legitimidade do movi-mento sindical – empresarial e laboral – para solucionar conflitos trabalhistas gostariam de ouvir, mas as vozes que ecoam do TST não são as do seu novo comandante. São as reacioná-rias de sempre: império da lei, justiça indeni-zatória, luta contra a flexibilização e o alegado retrocesso social.

As críticas ao nosso atual modelo de solução dos conflitos individuais do trabalho são repe-tidas e conhecidas: paternalismo, incentivo à solução pela justiça especializada (via única) e

número inacreditável de demandas judiciais. O que diz o ministro presidente a respeito? Reconhece o paternalismo e diz que no mundo inteiro não é assim. Para elucidar este pater-nalismo, refere ao que chama de loteria dos danos morais, em que a Justiça do Trabalho dá de mão beijada R$ 1 milhão de dano a um trabalhador que na vida toda, acumulando o seu salário, não ganharia aquilo. As posições e afirmações são corajosas e refle-tem o que pensa a maioria da sociedade sobre a legislação do trabalho e a justiça especializa-da. Quem conhece a magistratura trabalhista sabe, contudo, que estão longe de espelhar o que pensa e defende a maioria dos juízes. Estes magistrados foram talhados e formados em um período em que se justificava a legislação estatal protetiva e a intervenção do Estado em razão da hipossuficiência do trabalhador. O mundo mudou, a relação de trabalho também, mas o ranço ideológico sobrevive. No dia se-guinte ao da entrevista, a Associação Nacional dos Magistrados da JT, em nota, disse que as convicções esboçadas na entrevista concedida pelo presidente do TST não se identificam com o pensamento majoritário da magistratu-ra do trabalho e nem com aquele dominante no TST. Esperamos que o ministro presidente não se intimide com a reação orquestrada e desempenhe importante papel na discussão da inadiável reforma do nosso modelo de “proteção” do trabalhador e do trabalho.

Flávio obino Filhoadvogado trabalhista-sindical da Fecomércio-RS

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Ives Gandra FIlho e a JustIça do

trabalho

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deixou de ser uma simples rotina para o pú-blico masculino. Para os que buscam beleza, estilo e até mesmo diversão, há um leque de estabelecimentos espe-cializados neste nicho que está em plena expansão. Em meio às diversas novidades no mercado, algumas barbe-arias mantêm a tradição de oferecer basicamente serviços de manutenção para barba, cabelo e bigode, onde a convi-vência entre diferentes gerações torna-se um diferencial. Antigos hábitos, como o uso da navalha e da máquina de cortar cabelo – que não saem de moda –, aliados à vaidade do homem moderno, estão mudando o conceito desses co-

Fazer a barba, assim como aparar o cabelo,

ntigas barbearias

convivem com novos

empreendimentos, que

agregam novos serviços

para atender aos diversos

estilos do público masculino

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Estilo E tradição rEunidos

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mércios, que agregam novos serviços para agradar a clien-tes de todos os gostos e estilos.

Muita coisa mudou desde que Nilo Mota Farias abriu a Barbearia Joni, em sociedade com um ex-colega de profis-são, na avenida Venâncio Aires, bairro Farroupilha, em Por-to Alegre. Ele aprendeu o ofício em Alegrete, na década de 1960, quando tinha entre 22 e 23 anos. Mudando-se para a capital gaúcha, o profissional trabalhou como autônomo, no bairro Bom Fim. No Salão Floriano, conheceu João, que aca-bou se tornando seu sócio na abertura do negócio próprio, em 1966, trazendo como nome a junção das primeiras síla-bas (Jo + Ni). Na época, trabalhava-se de domingo a domingo, das 5 horas até as 22 horas. “Eles tinham que madrugar para fazer a barba dos bancários”, relata Silvio Melo Farias, que assumiu a barbearia da família há quatro anos, após a morte de Nilo. Atuando no mesmo ponto há 25 anos, ele conta ter aprendido tudo com o pai. “A sociedade deles durou em tor-no de seis meses, aí veio outro profissional trabalhar junto. Vendo o pai atuar, comecei a gostar do trabalho. Hoje, estão comigo mais três colegas”, afirma o empresário.

A maioria dos frequentadores do local é provenien-te de famílias atendidas há décadas por Nilo e Silvio. “Já estamos na quarta geração de clientes. Eles vinham aqui com o pai e o avô. Acabamos criando um vínculo de ami-zade.” Figuras ilustres, autoridades e empresários, como o ministro do Supremo Tribunal Federal Ary Pagentler, o comunicador Maurício Sirotsky e o político Dilamar Ma-chado, já frequentaram a Barbearia Joni. “Todos se co-nheciam no bairro. Havia também muitos médicos e co-merciantes que vinham aqui.”

Nos 50 anos de funcionamento da barbearia, comple-tados em 28 de abril, permanece a essência dos serviços. “Seguimos fazendo cabelo e barba. Em vez de navalha, hoje usamos o navalhete, que muda a lâmina, evitando proble-mas de contaminação ou doenças, dentro das normas sani-tárias”, explica Silvio. Há muitos homens, segundo ele, que ainda preferem modelos tradicionais de cabelo e barba, além de opções mais desenhadas e estilosas. “O que antes era meio bruto agora já faz as unhas, assim como coloca gel no cabelo para ficar mais bonito.” A pedido de alguns clientes, ele pretende oferecer em breve novos serviços, como manicure, pedicure e depilação. A novidade será fei-ta em parceria com a esposa, Janete Paz dos Santos, que

está cursando esmaltaria. “É preciso se adaptar, buscando novas ideias e produtos”, ensina.

Novo coNceito

Na experiência adquirida em salões de beleza de Passo Fundo, a cabeleireira Aline Biazus e a vendedora de cosmé-ticos Flávia Escobar decidiram apostar suas fichas em um negócio 100% voltado ao público masculino. Flávia traba-lhava desde pequena no Eloá Espace Coiffure – um espaço de beleza para mulheres. Após assumir o negócio da mãe Eloá Escobar, o salão passou a se chamar Flávia Escobar Cabeleireiros. Tendo a oportunidade de ampliar sua área de atuação, ela resolveu abrir a Barbearia Independência, em abril de 2014, com sua companheira de vida. “Só havia ambientes compartilhados com o público feminino, o que incomoda os homens, pois os hábitos e gostos são diferen-tes”, diz o gerente, Tiago Laimer.

Localizado na rua Independência, no centro do município, o estabelecimento é voltado para homens de todas as idades para corte de cabelo, barba com navalha e toalha quente, mas-sagem terapêutica, manicure, pedicure, depilação e hidratação, entre outros. O local conta com uma área recreativa, onde os clientes podem tomar cerveja artesanal, por exemplo, e rela-

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Barbearia Joni, em Porto Alegre, já atende

a quarta geração de clientes

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xar com sinuca e videogame. Ainda é possível reser-var o espaço para os dias do noivo, aniversariante e formando, restrito a convidados.

A proposta, segundo Tiago, deu tão certo que no ano passado a barbearia ganhou uma filial na rua Teixeira Soares, centro de Passo Fundo. “Agregamos aos serviços da rede um estúdio de tatuagens. Tudo é pensado para eles, inclusive a iluminação, deco-

ração e atendimento”, garante. De cliente assíduo, o advoga-do ganhou o desafio de gerenciar as duas lojas do município para futuramente ser sócio em outra unidade. “Em conjunto com Matheus Grazziotin, levamos a mesma ideia para a rua da República, na Cidade Baixa, em Porto Alegre. A inauguração ocorreu em 14 de abril”, afirma o profissional, projetando a abertura de duas novas unidades a cada ano.

Mesmo com as dificuldades econômicas, ele diz que a rede de barbearias teve um aumento médio de 5% no faturamento de 2015. “Esperamos crescer 8% neste ano”, prevê. Conforme ele, o Brasil já se tornou o segundo maior mercado de beleza masculina, perdendo apenas para os EUA – que é considerado o pioneiro. “Buscamos ser uma referência para os homens, oferecendo o que há de melhor, inclusive de fora do país.”

estilo viNtage

O bom momento do mercado de beleza também in-centivou o casal Lizandro Martins e Fernanda Ferrari a

tentarem o próprio negócio. Depois de atuar três anos na área administrativa do Polo Naval de Rio Grande, ele se viu desempregado. “Busquei qualificação na Embelezze, em Porto Alegre, no final de 2015. Aí decidimos abrir a Barbearia Pelotense”, conta o agora empresário. Com la-jotas em preto e branco, utensílios e móveis que remon-tam à década de 1950, o empreendimento, localizado na rua Santa Clara, em Pelotas, é inspirado no estilo vinta-ge. As modernas técnicas, empregadas exclusivamente a cabelo e bigode masculino, convivem harmoniosamente com a decoração retrô, que conta com televisor, baleiro e até cadeiras de barbeiro antigas. “Com essa proposta, conquistamos integrantes de clubes dos fuscas e moto-ciclistas. Os próprios clientes pegam na geladeira o que precisam. Hoje, costumamos dizer que não temos clien-tes, mas amigos”, considera Lizandro.

Após dez meses com as portas abertas, o casal já se pre-para para ampliar o espaço, que mudará para uma casa, em local não divulgado, com pátio e estacionamento próprios, totalizando 250m². Haverá também uma área separada para o oferecimento de novos serviços, como os dias do noivo e do formando, massagens, manicure, pedicure e limpeza de pele. “Começamos com um barbeiro, e a expectativa é che-garmos a quatro. Nossa divulgação é feita principalmente pelo Facebook, além do boca a boca dos clientes. Atendemos pessoas de outros municípios da região. A expectativa é pas-sarmos de 350 para 500 cortes mensais.”

Rede de barbearias Independência

projeta abertura de novas unidades

Divulgação/barbearia independência

Barbearia Pelotense, inaugurada em 2015,

prepara ampliação em novo espaço

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pelo mundo

EmbalagEns comEstívEis agora disponívEis para consumo Visando a diminuir a produção e reduzir o volume de lixo no Brasil, a OKA Bioembalagens, empresa em

São Paulo, criou bandejas, potes e copos comestíveis, feitos com fécula de batata. Também estão inclusos no portfólio

da empresa outros tipos de produtos, como embalagens feitas de mandioca e outras fibras naturais (cana, bambu e

arroz), e que, posteriormente, podem ser transformadas em compostagem ou ração para animais.

notas Em falência Você consegue imaginar

um mundo sem dinheiro de papel? Segundo especialistas do Banco Central da Suécia, as cédulas e moedas devem

desaparecer do país até 2030, seguindo a tendência global de

“sociedade sem dinheiro”. A previsão é de que, no futuro, a moeda eletrônica dominará a economia global moderna, e o uso do cartão será dominante em escala mundial. No caso da Suécia, este comportamento é ainda mais perceptível. Cada

vez menos pessoas usam o dinheiro de papel por lá, e

na capital do país, aumenta cada vez mais o número de

estabelecimentos comerciais que já dão o aviso na entrada: “Não aceitamos dinheiro”. De

acordo com pesquisas do Banco Central Sueco, as transações

em cédulas e moedas representam apenas 2% do

valor de todos os pagamentos realizados atualmente na

Suécia – no resto da Europa, a média é de 7%. A partir

destes dados, a rádio pública sueca, Sveriges Radio, fez uma estimativa apontando que, se o ritmo atual for mantido, em 2021 o percentual de uso de

dinheiro em nota deverá cair para menos de 0,5%.

solidariEdadE EntrE colEgas A luta de uma família francesa contra a doença da filha se transformou em exemplo de companheirismo, graças a uma nova lei. Em 2013, o casal Jonathan e Marine Dupré descobriu que a pequena Naëlle, de quatro anos, estava com câncer no

rim. O tratamento da menina foi intenso. Dentro de cinco meses, ela se submeteu a uma cirurgia e enfrentou ainda sessões de quimioterapia. Para acompanhar o tratamento, Jonathan ultrapassou os seus dias de folga na fábrica de vidro onde trabalha. Em 2014, enquanto Naëlle lutava contra o câncer, o governo francês aprovou uma legislação permitindo a doação dos dias de férias ou folgas quando o filho de um funcionário está doente. Os colegas de fábrica aproveitaram a nova lei para facilitar a presença do pai ao lado da menina e conseguiram doar 350 dias de folga para Jonathan.

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AtrAvés dA Lei 13.254/16 foi instituído o Regime Especial de Regularização Cambial e Tributário (RERCT), que permite a regularização de recursos e bens, de origem lícita, remetidos ou mantidos no exterior e não declarados no Brasil. O RERCT aplica--se aos residentes ou domiciliados no país em 31 de dezembro de 2014 que tenham sido ou que ainda sejam proprietários ou titulares de ativos, bens ou direitos em períodos anteriores a essa data.

O montante dos ativos regularizados será considerado acréscimo patrimonial adquirido em 31/12/14, sobre o qual incidirá imposto de renda à alíquota de 15%. Além disso, sobre esse valor será aplicada multa de 100%. Assim, a carga total será de 30%, calculada sobre a avaliação do patrimônio (dólar) em 31/12/2014. Considerando o “desconto” correspondente à apreciação da moeda americana após essa data, estima-se uma alíquota efetiva, atual, em torno de 22%.

A adesão ao RERCT extinguirá a punibilidade de diversos crimes relacionados à manutenção irregular de ativos no exterior (como crimes contra a ordem tributária e contra o sistema

financeiro). Não poderão optar pelo regime os detentores de cargos, empregos e funções públicas nem as pessoas já condenadas pelos crimes acima referidos.

É importante esclarecer que o Brasil subscreveu a Convenção sobre Assistência Mútua Administrativa em Assuntos Tributários – acordo multilateral que aguarda ratificação pelo Congresso Nacional – e promulgou um acordo com os Estados Unidos para Melhoria da Observância Tributária Internacional e Implementação do FATCA (Foreign Account Tax Compliance Act), em vigor desde meados de 2015. Esses instrumentos, que permitirão a troca de informações entre os órgãos fazendários de diversos países, estão inseridos no novo contexto mundial de transparência fiscal e bancária. Não há mais espaço para o anonimato fiscal. Assim, o RERCT configura uma importante janela aberta pelo legislador. Apesar das incertezas presentes na Lei 13254/16, os contribuintes que se enquadram nos seus pressupostos devem analisar cuidadosamente a possibilidade de ingresso nesse Regime. Eventual omissão poderá custar caro.

Rafael PandolfoConsultor tributário da Fecomércio-rs

Lúc

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RegulaRização de bens no exteRioR: última chamada

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Mai

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16

133

monitor de juros mensal

O Monitor de Juros Mensal é uma publicação que objetiva auxiliar as empresas no processo de tomada de

crédito, disseminando informações coletadas pelo Banco Central junto às instituições financeiras.

O Monitor compila as taxas de juros médias (prefixadas e ponderadas pelos volumes de concessões na primeira

semana do mês) praticadas pelos bancos com maior abrangência territorial no Rio Grande do Sul, para seis

modalidades de crédito à pessoa jurídica.

Capital de Giro Com prazo até 365 dias

Cheque espeCial

anteCipação de Faturas de Cartão de Crédito

no

tas

Capital de Giro Com prazo aCima de 365 dias

Conta Garantida

desConto de Cheques

Na modalidade de capital de

giro com prazo até 365 dias, o

Citibank apresentou as taxas de juros

médias mais baixas na semana de

referência. Entre os bancos de maior

abrangência no estado, a Caixa

registrou elevação significativa em

abril, classificando-se como a taxa

de juros média mais alta para

a modalidade.

Na modalidade de cheque especial, as

taxas médias de concessão, em geral,

mantiveram a estabilidade tradicional

em abril. Entre os bancos de maior

abrangência no estado, a exceção foi

o Banco Safra, que apresentou

redução de quase 1 ponto percentual.

O Banrisul mantém a menor taxa média

da modalidade.

Na modalidade de antecipação de

faturas de cartão, o Banco Safra

permaneceu no primeiro lugar

em abril. Entre os bancos de

maior abrangência, o Itaú ficou na

última posição no ranking no mês

para a modalidade de antecipação

de faturas de cartão de crédito.

Na modalidade de capital de giro com

prazo acima de 365 dias, o Citibank

apareceu como a menor taxa de juros

média para a modalidade. O Banco

do Brasil, ao registrar forte aumento no

mês, ficou em último lugar no ranking.

Apesar de figurar em posição interme-

diária, o Banco Safra também apresen-

tou forte aumento das taxas médias de

juros no mês para a modalidade.

Na modalidade conta garantida,

o Citibank, apesar da oscilação

semanal, manteve a primeira

colocação em abril mais uma vez.

HSBC e Banco do Brasil, com

diferença pequena entre si,

ocupam segundo e terceiro lugares,

respectivamente.

O Banco Safra destaca-se pela

maior taxa da modalidade.

Na modalidade de desconto de

cheques, o Banco Safra seguiu na

primeira colocação em abril, seguido

por Banrisul e Santander, assim como

havia ocorrido em março. Com a

mesma taxa média, Banco do Brasil

e Bradesco figuraram em último lugar

no ranking para a modalidade.

1) A fonte das informações utilizadas no Monitor de Juros Mensal é o Banco Central do Brasil, que as coleta das instituições financeiras. Como cooperativas de crédito e financeiras não prestam essa classe de informações ao Banco Central, elas não são contempladas no Monitor de Juros Mensal.2) As taxas apresentadas referem-se ao custo efetivo médio das operações, incluindo encargos fiscais e operacionais incidentes sobre elas.3) Período de coleta das taxas de juros: 1º/04/2016 a 7/04/2016.

Instituição

Instituição

Instituição

Instituição

Instituição

Instituição

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

MAR

1,66

2,55

1,58

2,11

3,05

2,60

2,89

2,80

MAR

9,52

12,07

12,12

12,67

12,03

13,02

12,92

13,46

MAR

1,92

3,01

2,84

3,21

3,48

3,67

MAR

2,46

2,39

2,31

2,68

1,96

2,49

2,73

2,29

MAR

2,49

2,73

2,80

2,90

3,08

3,57

5,02

12,98

Citibank

Santander

HSBC

Itaú

Banco Safra

Bradesco

Banrisul

Caixa

Banrisul

Banco Safra

Itaú

Caixa

Banco do Brasil

Bradesco

HSBC

Santander

Banco Safra

Santander

Banco do Brasil

Bradesco

HSBC

Itaú

Citibank

Santander

HSBC

Caixa

Itaú

Banco Safra

Bradesco

Banrisul

Banco do Brasil

Citibank

HSBC

Banco do Brasil

Banrisu

Santander

Itaú

Bradesco

Banco Safra

Banco Safra

Banrisul

Santander

HSBC

Caixa

Itaú

Banco do Brasil

Bradesco

AbR

1,52

1,96

2,17

2,41

2,77

2,78

2,95

3,15

AbR

9,52

12,07

12,12

12,67

12,03

13,02

12,92

13,46

AbR

1,90

2,30

3,07

3,22

3,59

3,6

AbR

1,63

2,36

2,48

2,51

2,53

2,60

2,61

2,70

3,11

AbR

2,12

2,75

2,77

2,93

3,22

3,59

5,08

9,56

AbR

2,18

2,58

2,86

3,12

3,22

3,28

3,35

3,35

MAR

2,41

2,61

2,87

3,25

3,14

3,24

3,30

3,27

É permitida a reprodução total ou parcial deste conteúdo, elaborado pela Fecomércio-RS, desde que citada a fonte. A Fecomércio-RS não se responsabiliza por atos/interpretações/decisões tomados com base nas informações disponibilizadas por suas publicações.

/ abril 2016

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Coragem para inovarPara Peter Thiel, cofundador do PayPal – sistema de transferência

de valores entre indivíduos ou negociantes usando um endereço de e-mail – e investidor de startups como o

Facebook, qualquer negócio só é bem-sucedido sendo inovador. Segundo o livro De zero a um – O que aprender sobre empreendedorismo com o

Vale do Silício, se você faz o que nunca foi feito e consegue fazer melhor do que qualquer um, tem um monopólio, mas quanto mais

você compete, mais se torna parecido com tudo o que já existe. Baseada em cursos de empreendedorismo dados pelo

autor, a obra não oferece fórmulas para o sucesso, e sim uma visão

otimista do futuro do progresso e uma maneira original de pensar

sobre inovação: fazendo perguntas que o levem a encontrar valor em

lugares inesperados.

DICAS DO MÊS

DeCifranDo o enigma Baseado em uma história real, O Jogo da Imitação

conta a história do matemático Alan Turing (interpretado por Benedict

Cumberbatch) e de sua mais famosa invenção, um dos primeiros protótipos

da computação. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele é chamado para fazer parte de uma equipe secreta do

governo britânico que deveria quebrar o Enigma – o famoso código que os

alemães usam para enviar mensagens aos seus submarinos, que mudava

todos os dias sua configuração e era considerada a tecnologia mais avança-da na época. Em vez de tentar decifrar

manualmente como seus colegas, Turing desenvolveu a ideia de uma

máquina que analisaria todas as pos-sibilidades de codificação, acharia a

resposta e se reconfiguraria conforme demanda. Desta forma, permitiria aos ingleses conhecer as ordens enviadas

antes que elas fossem executadas, ganhando, assim, a guerra. Entretanto,

para que o projeto dê certo, ele terá que aprender a trabalhar em equipe. Indicado a 8 Oscars e vencedor por

melhor roteiro adaptado.

film

e

APP

gestão na palma Da mão Em 2014, a empresa Sfhera, de Santa Maria, teve a ideia de criar uma tecnologia para conectar clientes e trabalhadores em um só lugar. Assim nasceu o Acelera MEI, um aplicativo que permite ao consumidor a busca e a contratação de profissionais enquadrados no MEI via celular em todo

o Brasil. Já para a empresa, o app possibilita emissão de recibos e notas fiscais, cobranças, envio de orçamentos, controle dos negócios e a gestão financeira. Para ser encontrado e contactado por meio do aplicativo, o usuário não paga nada. Já para acessar alguns recursos diferenciados há um custo mensal a partir de R$ 14,90. Para o consumidor, não há taxas. A ferramenta está disponível para download em tablets e smartphones nos sistemas Android e iOS.

Ficha técnicaTíTulo: O Jogo da Imitação

Gênero: Drama

Direção: Morten Tyldum

Duração: 114 min

ano De lançamenTo: 2014

Div

ulg

ão

/Ed

itora

Ob

jetiv

a

livro

Ficha técnicaTíTulo: De zero a um – O que aprender sobre empreendedorismo com o Vale do Silício

auTor: Peter Thiel

eDiTora: Objetiva

ano: 2014

Divulgação/Studio Canal

Rep

rod

uçã

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