68
Equipamentos para a indústria Embalagens para produtos cárneos Higienização A recompensa por um trabalho bem feito

Revista +Carne Ed.3

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Revista +Carne Ed.3

Equipamentos para a indústria

Embalagens para produtos cárneos

Higienização

A recompensapor um

trabalhobem feito

Page 2: Revista +Carne Ed.3
Page 3: Revista +Carne Ed.3
Page 4: Revista +Carne Ed.3

4

Expediente

Tiragem: 9.000

DiretoraJussara F. S. Rocha(11) 9 [email protected]

EditorCauê [email protected]

Gerente de ContasClécio Laurentino(11) 9 [email protected]

Administrativo / [email protected]@editorarocha.com

Assinatura/SubscriptionBrasil: R$ 130,00USA, Latin America, Europe and Africa: US$ 150,00

Produção GráficaRaphael Inácio(11) 9 [email protected]

Foto

: Dep

ositp

hoto

s / C

apa:

Rap

hael

Inác

io

Page 5: Revista +Carne Ed.3
Page 6: Revista +Carne Ed.3

04 Expediente

06 Sumário

08 Editorial

10 Produtos

18 Escrevendo a história

24 Saúde

26 Artigo Técnico

28 Empresas: Ishida

32 Especial

36 Eventos

38 Capa

Sumário

46 Empresas: Cold Air

48 Especial

52 Empresas: Montemil

54 Economia

56 Empresas: Bumerangue

58 Economia

60 Empresas: Bertolini

62 Especial

64 Empresas: Icavi

66 Índice de anunciantes

6

Page 7: Revista +Carne Ed.3
Page 8: Revista +Carne Ed.3

Editorial

Jussara F. S. RochaDiretora

Apesar de todos os bons jogos, feriados e parafernálias para a realização da Copa do Mundo, o Brasil não vive somente de

futebol. Além do choque dos últimos dois jogos, que fez todos questionarem se somos realmente o país do futebol, também somos campeões em outros esportes e setores, para onde devemos direcionar nosso olhar. Desse modo, apresenta-remos, nesta e nas próximas edições, setores e personagens brilhantes, que com muito esforço, dedicação e compromisso fizeram o seu traba-lho da melhor maneira possível.

Em Rio Claro (SP), polo industrial de equi-pamentos para carnes, ocorreu o Campeonato Mundial de Balonismo – a disputa foi realizada pela primeira vez na América Latina. Mesmo que o campeão não tenha sido um brasileiro, que ficou em terceiro, é animador que eventos dessa magnitude aconteçam em locais ligados à cadeia produtiva da carne.

Orientando o olhar para outro ponto no qual podemos dizer que somos bons, e muito, é para o setor de carne. Líderes em produção e exportação, a indústria da carne brasileira é sinônima de alta qualidade e inovação. Desse modo, resolvemos apresentar ícones do setor, empresas e também quem esteve e ainda está atrás de uma mesa de escritório, sujo de gra-xa na área fabril ou viajando por todo o Brasil. O primeiro nome escolhido foi o do Sr. João Stelmockas, da Stelka. A história de vida do Sr. João está entrelaçada com o do setor de car-nes. Vale a pena conferir.

No artigo técnico desta edição, temos a pauta sobre embalagens convenientes para produtos cárneos, escrita por Assunta Napoli-tano Camilo. Temos também um especial sobre higienização no processamento industrial e a manutenção de condições higiênico-sanitárias, entre outras reportagens muito interessantes.

Por fim, parabéns à Alemanha pelo título mundial, principalmente, pela forma como foi obtido, com um projeto bem desenvolvido e im-plantado, seriedade, dedicação e muito trabalho. Talvez o ponto mais importante dessa vitória seja a mensagem de que apenas o talento não é sufi-ciente para conquistar os objetivos. Fica de lição.

Boa leitura!

Os nossos campeões

Page 9: Revista +Carne Ed.3
Page 10: Revista +Carne Ed.3

Produtos

Viscofillgarante envase seguro

Div

ulga

ção

Equipamento da Krones funciona segundo o princípio clássico da enchedora de pistão, com flexibilidade de aplicações

Para o envase de produtos alimentícios vis-cosos, a Krones apresenta a família da tecno-logia Viscofill. A dosagem funciona segundo o princípio clássico da enchedora de pistão. Atra-vés de uma carreira de pistão e com um pro-cedimento rotativo, o conteúdo a ser envasado é aspirado do recipiente central em forma de funil disposto no centro do carrossel – com diâ-metro de pistão definido dentro de um cilindro de dosagem – e, posteriormente, descarregado no interior do envase.

Esse procedimento de enchimento preciso e altamente resistente é indicado para produtos de viscosidade elevada, produtos com pedaços

Page 11: Revista +Carne Ed.3
Page 12: Revista +Carne Ed.3

Produtos

sólidos grandes ou com altas concentrações de partículas. Existem disponíveis três modelos da enchedora Viscofill (V, S, H) para diferentes aplicações. Não importa se a embalagem é de vidro, lata ou plástico. Essa enchedora da Kro-nes processa uma grande quantidade de enva-ses rígidos convencionais empregados no setor de alimentos.

ViSCoFill V (VálVulA VErtiCAl)Esse sistema de enchimento rotativo com-

bina o princípio contrastado do enchimento de pistão clássico com uma tecnologia inovadora de dosagem: o volume de dosagem é ajustado automaticamente por meio da carreira do pis-tão. Da fase de sucção à fase de esvaziamento, não há mudança na tecnologia convencional de paleta giratória. A novidade é o uso de vál-vulas giratórias verticais (V) de 180°. O modelo com unidade de dosagem, esvaziamento de produto e dispositivo de corte garante uma dosagem muito precisa, com pouco goteja-mento de componentes sensíveis e sólidos do produto.

Isso permite envasar delicadamente produ-tos de baixa até alta viscosidade, inclusive com partículas sólidas de 40 mm. Com a tecnolo-gia de válvula giratória vertical e o emprego do “Integrated Dismantling System” (IDS), a limpeza desta dosificadora de pistão é com-pletamente automática, sem nenhum tipo de intervenção manual. Campos de aplicação tí-picos da enchedora Viscofill V são: envase de geleias com frutas inteiras, de alimentos para bebê com pedaços de fruta, verdura, carne ou massa, e de alimentos para animais de estima-ção com pedaços de carne.

ViSCoFill S (VálVulA DE ASSEnto)Esse sistema avançado de dosagem rotati-

va combina o princípio de enchedora clássica de pistão com a mais moderna tecnologia de

válvula de assento (S): o volume a ser dosifi-cado é ajustado automaticamente através da carreira de pistão. A sucção e o esvaziamento do produto a ser envasado são controlados por duas válvulas pneumáticas comutáveis indivi-dualmente. Esse modelo prescinde completa-mente da tecnologia convencional de válvula giratória.

O sistema de dosagem é apto para o envase de produtos com a mais variada viscosidade, inclusive com componentes de até 10 mm e fáceis de cortar. Graças à flexibilidade dessa tecnologia de válvulas e à função antigoteja-mento é possível envasar produtos muito den-sos e também produtos que formam fios. As unidades de dosagem executadas com funções pneumáticas permitem uma limpeza completa-mente automática, sem intervenções manuais. Produtos a envasar típicos para a enchedora Viscofill S são: produtos de confeitaria líquidos e pastosos, alimentos para bebê, produtos lác-teos, temperos e molhos condimentados.

ViSCoFill H (VálVulA HorizontAl)Nesse sistema de enchimento de pistão

com tecnologia altamente desenvolvida, o vo-lume de dosagem é ajustado automaticamente por meio da carreira do pistão. A sucção e o esvaziamento do produto a ser dosificado são controlados por válvulas giratórias horizontais (H). A enchedora Viscofill H pode ser integrada em uma limpeza CIP automática, embora se re-comende desmontar as válvulas giratórias para um melhor resultado de limpeza.

A tecnologia de dosagem resistente permi-te um envase de máxima precisão e com go-tejamento mínimo dos mais variados produtos, como molhos e temperos, produtos pré-cozidos ou azeites. Os produtos podem conter partícu-las de até 15 mm de tamanho. A enchedora Vis-cofill H possui um sistema de dosagem flexível e rentável para diferentes campos de aplicação.

Page 13: Revista +Carne Ed.3
Page 14: Revista +Carne Ed.3

Viapollança fibras para reforço de concreto

Produtos

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

Empresa entra em novo nicho de mercado, com produtos especialmente desenvolvidos para ampliar a resistência do concreto em aplicações industriais e de altas cargas

A Viapol, especializada no desenvolvimen-to de soluções químicas para construção ci-vil, apresenta ao mercado uma nova linha de produtos, voltados ao mercado de concreto reforçado com fibra. Destaque da linha, a TUF--STRAND SF é uma macrofibra sintética estru-tural composta de polipropileno e polietileno, indicada para a substituição de fibras de aço e telas soldadas em aplicações como reforços estruturais de pisos industriais, pavimentos de concreto, concreto pré-moldado, steel deck e concreto projetado.

O produto oferece ao concreto maior tenaci-dade e capacidade estrutural, além de resistên-cia à fissura causada pela retração. Proporciona,

Page 15: Revista +Carne Ed.3
Page 16: Revista +Carne Ed.3

16

Produtos

ainda, maior resistência pós-fissuração, a impacto e à fadiga, além de menor exsudação no concreto. É resistente à corrosão, à alcalinidade e a reforço não magnético e não condutivo.

Segundo a empresa, a TUF-STRAND SF é patenteada e cumpre com as principais normas técnicas de especificação e desempenho e suas dosagens podem variar, de acordo com os requisitos de cada projeto. Podem ser adicionadas manual-mente ao caminhão de concreto depois da completa mistura dos demais componentes. As fibras também podem ser adicio-nadas na esteira de agregados nas usinas.

Compõe também a nova linha apresentada pela Viapol, TUF-STRAND Max Ten, uma macrofibra de copolímeros 100% virgens, que substitui fibras de aço e telas soldadas em diversas finalidades. São utilizadas para a redução de fissuras de retração plástica, aumento da resistência ao impacto, à abrasão e à fadiga.

Entre suas principais aplicações estão estruturas pré-moldadas de concreto/argamassa; pisos; estacionamento; subsolos de ga-ragens; capeamentos de compressão; steel decks; e aplicações em overlays (aderidos), além de reforço para concreto projetado.

DiFErEnCiAiSDesenvolvidos para proporcionar maior ancoragem na ma-

triz, garantindo reforço tridimensional ao concreto, os itens que compõem a linha têm como diferencial o módulo de elasticidade de 9,5 GPa (Gigapascal), que beneficia, especial-mente, pisos que recebem alta movimentação de carga. “Essa resistência é alcançada pelo fato do produto ser composto de polipropileno e polietileno, um diferencial importante do nos-so produto”, destaca Marcelo Melo, coordenador de Negócios da Unidade de Pisos Industriais da Viapol.

“Os produtos são de fácil adição e alta dispersão e possuem menor custo se comparado a telas eletrosoldadas (de aço). As dosagens variam conforme a aplicação, podendo ser adicio-nadas diretamente no caminhão ou na esteira de agregados

Page 17: Revista +Carne Ed.3

das usinas. A linha é certificada e patenteada pela UL, atende à ASTM C1116 e é testada de acordo com as normas ASTM C1399, C1555 e C1609”, afirma Melo. A Viapol dispõe de técnicos especializados, que podem contribuir para a especificação do produto mais indicados para os projetos definidos pelo cliente. A linha de concreto reforçado com fibra é fabricada pela TUF-STRAND, do Grupo RPM Internatio-nal, do qual a Viapol também faz parte.

Fundada em 1990, a Viapol é hoje uma re-ferência nacional e internacional nos seguintes canais de atuação: edificação, infraestrutura, saneamento básico, obra industrial, aditivos para concreto, industrial, varejo e exportação. Para atender os mercados profissional, vare-jista e industrial, a empresa conta com am-pla linha de soluções divididas nos seguintes grupos de produtos: aditivos para concreto e argamassa, construção geral, impermeabili-

zação, insumo industrial, madeira e piso in-dustrial. Segundo o coordenador, há mais de 900 itens voltados à proteção, conservação e valorização das obras e também às indústrias de transformação. O comprometimento com o meio ambiente, a saúde e a qualidade de vida das pessoas está presente em todos os desenvolvimentos. A Viapol possui unidades fabris em Caçapava (SP) e Lauro de Freitas (BA), conta com mais de 400 colaboradores e aproximadamente 120 representantes comer-ciais atuantes em todas as regiões do Brasil e também atende o mercado externo.

Desde junho de 2012, a empresa passou a ser controlada pela Euclid Chemical, perten-cente ao grupo RPM International – holding estadunidense que adquiriu a empresa e que possui subsidiárias que são líderes mundiais em revestimentos especiais, vedantes, materiais de construção e serviços relacionados.

Page 18: Revista +Carne Ed.3

Por Cauê Vizzaccaro

A história do setor de carnes no Brasil:

O sucesso do setor de carnes no Brasil aconteceu por causa de alguns perso-nagens ao longo da história. O mercado

foi criando sustentação por causa de algumas empresas e, principalmente, com as pessoas que estavam por trás delas. Seja em uma mesa de escritório, na área fabril ou viajando pelo Bra-sil afora. Sem esses personagens, os feitos que o mercado atingiu hoje não teriam acontecido. Desse modo, a Mais Carne acredita que é indis-pensável apresentarmos essas pessoas para que as novas gerações conheçam e aprendam com a história de vida desses vencedores.

Nessa primeira edição do especial com os personagens da história do setor de carnes no Brasil, a Mais Carne teve o prazer de entrevistar o Sr. João Stelmockas, da Stelka, empresa que possui 50 anos de tradição em peças e equipa-mentos para frigoríficos.

ESCrEVEnDo A HiStóriAComecei em uma firma que se chama En-

genharia Industrial Limitada, que depois pas-sou a ser Sociedade Anônima, cuja fábrica era em Porto Alegre e os escritórios ficavam na Avenida Ipiranga, em São Paulo (SP). Eu entrei na empresa como um menino, sabendo usar a máquina de escrever e fazendo os orçamentos que os diretores da firma pediam. Depois que viajavam, voltavam com os orçamentos com uma caligrafia ruim, mas eu conseguia enten-der. Eu escrevia com a máquina todos os orça-mentos da firma, que tinha grande poder de construção de matadouros de suínos e bovinos nos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Ge-rais. E também no estado de São Paulo, em di-versas prefeituras. Um exemplo é a renovação do matadouro municipal de Carapicuíba ou, em Guarulhos, no matadouro do José Mano.

Stelka

Escrevendo a história

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

Page 19: Revista +Carne Ed.3

No ano de 1958, a Engenharia Industrial resolveu fechar os escritórios na Avenida Ipi-ranga e a fábrica possivelmente iria ser nego-ciada porque um dos diretores iria trabalhar na Hermann. A Hermann naquela época só fazia equipamentos para embutidos. Não fazia nada para matadouros. Esse diretor desenvolveu na Hermann a linha de matadouros, tanto para bovinos como suínos. Ainda em 1958, resolvi fazer um “bico” na Hermann. Corria, viajava para um lugar e para outros. Quando a Enge-nharia Industrial precisava de alguma peça de moedor de carne, comprava da Hermann e de-pois vendia para empresas do Sul.

Em 1958, quando a Engenharia Industrial parou, eu conversei com o diretor e pedi para ficar com umas das salas, porque havia mui-

tos orçamentos de frigoríficos de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais para comprar mercado-rias. O diretor disse que eu poderia ficar com a sala até o fim do ano pagando aluguel. Como o recebi uma indenização da firma, comprei máquina de escrever, máquina de somar, con-tratei uma secretária e comecei a entrar em contato com esses frigoríficos para ver se eles precisavam de algum equipamento, como mo-tor ou chapas. Eu fazia uma concorrência entre umas quatro ou três firmas e mandava para eles. Se por acaso ocorresse uma compra, essas firmas me passavam uma comissão. Ao final do ano, eu falei ao zelador do prédio para não en-tregarmos a sala, pois, eu estava fazendo uma frente boa. Continuei com a sala e pagava o aluguel como se fosse a Engenharia Industrial.

Depois eu descobri dois fabricantes em Rio Claro (SP): o Cristiano Artur Friedrich e o Ger-mano Max Friedrich, que era irmão dele. Como maquinário era difícil de vender, não é todo dia, me aprimorei em peças. Comprava em Rio Cla-ro e revendia. Até que um dos fabricantes, o Germano, não estava conseguindo entregar as encomendas a tempo, já que ele também era

Page 20: Revista +Carne Ed.3

Escrevendo a história

dançarino do Francisco Petrônio e toda hora viajava. Ele largava tudo para ir dançar. Outro amigo tinha um filho com uma oficina, mas que não estava indo bem. Esse amigo perguntou que se eu conhecia alguém que quisesse tocar a oficina. Falei com o Germano se ele não queria vir para São Paulo. Veio ele, a mulher e os dois filhos, e alugaram uma casa em São Caetano (SP). Começamos a trabalhar na oficina que alu-guei desse amigo. Fornecíamos peças, discos, facas e cruzetas para várias empresas.

Em certo momento não deu certo o negó-cio com o Germano e eu tirei minhas coisas da oficina em São Caetano e transferi para um local na Rua Inhaia, em São Paulo, que era de um amigo polonês, o Boris Sokolski, que traba-lhou como mecânico na Hermann. Depois que ele saiu da Hermann, o Alberto Amalfi, que era gerente da Hermann, sairia também para tra-balharem juntos. Só que quando o Hermann soube que o Amalf iria partir, deu vários po-deres para ele não sair. E o Sokolski ficou em uma linha de amargura. Fiz um acordo com o Sokolski e resolvemos produzir moedores. Ele fabricava e eu negociava as máquinas. Tivemos muito sucesso.

FunDAção DA StElkANo ano de 1964, eu acreditei que deveria fun-

dar a minha própria firma e não ficar dependente dos outros. Nesse ano, eu montei a Stelka. Des-de esse período, começamos com torninho, fu-radeirinha, disquinhos e faquinhas, já que não é sempre que se vendia um moedor de carne, uma misturadeira. Dois ou três anos depois surgiu a firma Frimaq. Foi quando eu conheci o Gino, o Luigi Rossi. Ele disse que tinha uma grande ino-vação: um cortador de toucinho. Como eu tinha um bom entendimento com bons frigoríficos, como o Cardeal e o Borelli da Lapa. Disse ao Gino se o equipamento fosse bom mesmo, eu introduzia no mercado, pois, eu só estava fabri-cando peças e manutenção de equipamentos. Depois o Gino foi trabalhar comigo e trouxe um pessoal que trabalhava com ele para montarmos algumas máquinas. Começamos com moedores de carne e quebradores de blocos. Fazíamos uma parte e a outra quem fazia era o Sokolski, que tinha a mecânica na Rua Inhaia.

QuEbrADor DE bloCoS Com PAtEntEEu me dava com o pessoal do Frigorífico Si-

mon, na Rua Catão, na Lapa, pois, eu já tinha vendido moedor de carne e misturadeira. Disse que estava fazendo um quebrador de bloco e eles falaram que se funcionasse, comprariam. Fizemos o quebrador de blocos, levamos e eles acharam maravilhosa a máquina. Haja vista que pagou a vista. Foi o primeiro quebrador de bloco que vendemos. Contava com o novo sistema de cilindro com facas da Hidrauflaker. Eu e o Gino fizemos a patente da máquina e pagamos por onze anos, até que inventaram cilindros e faquinhas menores e caiu por terra a nossa patente. Na época, a maior parte dos quebradores de blocos produzidos era feito pela Stelka. Depois as outras empresas copia-ram o nosso sistema, mesmo com a patente. Nós chegamos a ter 54 empregados. Tinha o meu armazém e outros dois alugados.

Page 21: Revista +Carne Ed.3

PrimEirA EnSACADEirA ContínuAFomos os primeiros a fazer uma ensacadei-

ra contínua, provavelmente no início da década de 70. Vendemos para o frigorífico Hermes em Guarulhos. Para alguns produtos ela funcionava bem, mas em outros nem tanto. Nesse período conhecemos uma grande empresa chamada In-dsteel, eles eram fabricantes de equipamentos para tinturaria e estavam em uma fase ruim. Fui visita-los para comprar aço, mas quando che-guei lá, era uma pilha de aço. Eu disse que só queria comprar 200 quilos de aço para fazer es-pátulas para misturadeiras. Perguntaram se mi-nha empresa estava bem. Disse que sim e levei--os para ver meus equipamentos no Frigorífico São Miguel. Ao ver os equipamentos, um dos diretores ficou muito animado. Ao Voltar para Stelka, falei com o Gino que levei um pessoal de uma fábrica colossal para ver nossas máqui-nas e eles ficaram abismados. No dia seguinte, eles me ligam dizendo que um diretor teria que viajar para Santa Catarina às 15 horas, mas antes disto queria ver os equipamentos. Mos-tramos ao outro diretor e ele ficou espantado. Conclusão: o diretor não foi viajar e nós saímos da Indsteel às 2h da madrugada. Eles fizeram uma proposta para eu e o Gino trabalharmos para eles. Em valores atuais ganharíamos R$ 10 mil de salários e o Gino seria a mola mestra da fábrica e eu o coordenador de vendas. Assim, começamos a trabalhar com eles. Eu parei de fa-zer equipamentos, só podia reformar máquinas e fazer facas e discos por causa do compromisso assumido. Como a Indsteel estava mal financei-ramente, o Gino quis sair após quatro meses e falou para voltarmos à Stelka. Eu disse que não podia, pois, tinha um contrato e não dava para sair rapidamente. O Gino não quis esperar e foi trabalhar no Cardeal, já que eles queriam comprar a Frimaq para montar máquinas. E eu ainda fiquei na Indsteel por mais dois anos e meio. Após sair da Indsteel continuei fabricando máquinas até hoje. São 50 anos de tradição em

peças e equipamentos para frigoríficos. Hoje fazemos todas as máquinas em aço inox para competir com as estrangeiras. Temos que com-petir com o preço e qualidade.

Page 22: Revista +Carne Ed.3

PrimEirAS FACAS EmAço inox 420 ProDuziDASPor umA EmPrESA brASilEirA

Já fornecíamos muitas peças (suportes, dis-cos, cruzetas, laminas) para moedores Weiller, Hermann, Velper, Velatti e outros equipamen-tos, quando, acredito que em 1971, fui cha-mado na Swift pelo engenheiro Túlio. Ele era apelidado de leão, porque era muito bravo e o pessoal tinha medo dele. O Túlio disse que tinha uma faca de aço inoxidável, da empresa alemã Seydelmann, e gostaria que eu fizesse igual. Como sabia onde tinha aço inox, falei que faria um jogo. Ele afirmou que eu preci-saria assinar um contrato de responsabilidade. Confirmei que sim. Foram as primeiras facas em aço inox 420 produzidas por uma empresa brasileira. Após 40 dias, recebi um telefone do engenheiro Túlio pedindo para fazer uma visita a ele. Fui à Swift um pouco assustado. O enge-nheiro falou que tinha enviado uma carta para a empresa alemã dizendo que minhas facas eram melhores e que eles deveriam comprar de mim. Não sei se foi brincadeira ou não, mas ele elogiou nosso trabalho e saí todo orgulhoso. A Stelka foi a percussora na fabricação de facas em aço inox. A mercadoria era um pouco mais cara, mas tinha melhor qualidade e durabilida-de, já que o aço carbono tem corrosão e o inox não. E naquela época não tinha lei exigindo a

utilização do aço inox em fábricas alimentícias. Também fabricamos em aço carbono, como também fazemos cruzetas em aço inox e discos em aço inox, e cromo níquel.

Cortamos hoje todas as nossas facas, dis-cos e lâminas no sistema de laser. Nós também estamos fazendo uma aquisição de um equi-pamento para furar os discos com 1 milímetro, 1,2 milímetro, 1,4 milímetro, e 1,7 milímetro. As furadeiras tradicionais utilizam muita mão--de-obra. A máquina deverá ser comprada dos Estados Unidos ou da Coreia do Sul.

CmSAtualmente no mercado, uma verdadeira

mortadela é fabricada em cutter. Países como a Alemanha e outros não utilizam emulsionado-ras para fabricar mortadelas e outros frios, po-rém muitas empresas utilizam emulsionadoras com discos de 1 ou 1,2 milímetro para fazerem a mesma massa da salsicha ou mortadela. Mas não é similar ao feito em cutter. Em cutter não se adiciona carne CMS (Carne Mecanicamente Separada), ao contrário das emulsionadoras.

mErCADo AtuAlHá três meses fechei um contrato com um gru-

po gigante brasileiro. Estamos fornecendo para todas as unidades deles peças para os cutters e moedores de carne com um preço competitivo. Um problema são algumas firmas que estão tra-zendo ao nosso mercado peças abaixo do custo de produção. Fica difícil competir com empresas estrangeiras que vendem a preço de banana.

Há uma crise no setor de frigoríficos. Os pequenos não conseguem competir com os grandes. Um pequeno normalmente compra a carne da região Sul. Somando custo de tripa, mão-de-obra e carne, sai mais caro do que o preço das mercadorias que são colocadas em São Paulo pelas grandes empresas do Sul. O pequeno está sendo estrangulado.

Escrevendo a história

Page 23: Revista +Carne Ed.3
Page 24: Revista +Carne Ed.3

Saúde

Excesso de sódio causa riscos na alimentação infantil

60% dos produtos industrializados contêm níveis de sódio superiores aos exigidos pela legislação brasileira

De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to (Mapa), a demanda por alimentos

industrializados no país aumentou considera-velmente nos últimos anos. Entre os destaques estão a carne de frango, com alta de 1,87% ao ano; carne bovina, 2,77%; leite de vaca, 2,29; iogurte, 2,97%; azeite, 3,06%; e quei-jo, 3,52%. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orienta que é preciso ter cui-dado com o consumo exagerado dos alimen-tos industrializados e ressalta que o padrão de qualidade dos produtos é extremamente im-portante para garantir uma alimentação rica e saudável, principalmente na infância.

“É comum que as crianças tenham um hábi-to de comer produtos mais superficiais, que não possuem a riqueza de nutrientes necessária ao organismo. Não é preciso proibir os pequenos de consumir tais produtos, mas cabe aos pais criar o hábito de ler o rótulo nutricional dos ali-mentos para garantir que o que os filhos estão comendo não é prejudicial à saúde”, explica Alex Fuganholi, diretor da Unidade de Negócio de Alimentos do Grupo Bioagri, empresa que in-tegra a Mérieux NutriSciences Company.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) re-comenda que seja consumido, no máximo, 2 g de sódio por dia, ou seja, uma colher de chá com 5 g de sal. No entanto, essa quantidade é bastante ultrapassada no consumo pelas pes-soas. Prova disso é que 60% dos produtos in-dustrializados contêm níveis de sódio superiores

aos exigidos pela Anvisa. Entre esses produtos se destacam o salame, mortadela, pratos semi-prontos, lasanha congelada, batata palha, sal-gadinhos de milho, biscoitos recheados, macar-rão instântaneo, refrigerantes à base de cola e à base de guaraná. Se consumidos em excesso, podem causar sérios danos à saúde, como a hi-pertensão, insuficiência cardíaca e renal.

O sódio é considerado um vilão na alimen-tação infantil, uma vez que 60% dos produtos industrializados consumidos pela crianças tam-bém possuem níveis de sódio superiores aos exigidos pela legislação brasileira, de acordo com pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Não existem recomendações únicas, mas sim indispensá-veis para uma dieta saudável. O consumo de uma variedade de alimentos “in natura”, por exemplo, que incluam pães, cereais, frutas e hortaliças, já contribui para que a alimentação infantil seja mais saudável. Além disso, os pais e responsáveis devem estar sempre atentos aos tipos de produtos consumidos pelas crianças, de forma a incentivar uma alimentação mais rica em nutrientes.

Diante desse cenário, um produto destina-do para o consumo seguro deve atender a três métodos principais exigidos pelos órgãos regu-lamentadores. “Análises minuciosas são feitas para verificar e atestar que tudo está de acordo com as exigências legais, para que o alimente chegue à mesa do consumidor com seguran-ça”, finaliza Fuganholi.

Page 25: Revista +Carne Ed.3
Page 26: Revista +Carne Ed.3

Artigo Técnico

Por Assunta Napolitano Camilo

Embalagens convenientes de produtos cárneos

Entre as grandes tendências de consumo, uma das mais citadas, atendidas e obser-vadas é a de conveniência. A vida urbana

e moderna nos obriga a ter um ritmo muito di-nâmico. Estamos em movimento constante en-tre reuniões, trabalho, casa, escola, academia etc. Assim, as embalagens precisam se adequar a esse ritmo para nos atender.

Outra tendência é o movimento pela saú-de e pela qualidade de vida, que tem levado muitos consumidores a academias e nutricio-nistas. Uma moda recente é a valorização das proteínas.

Embalagens de carnes desidratadas, antes direcionadas para culinária e para, em menor quantidade, situações de acampamentos ou em lugares não urbanizados, passam agora a atender consumidores convencionais.

Já havia as embalagens flexíveis tipo almo-fada com pedacinhos de carne desidratada soltos, e agora encontramos a opção de em-balagem termoformada com filme laminado e outro metalizado para a garantia de maior (vida de prateleira) para porções menores, ou seja, de 23 g. O produto pode ser segurado pa-ralelamente ao consumo, além de ser consumi-do na própria embalagem, dispensando guar-danapos, propondo uma opção mais higiênica do que as embalagens com os pedacinhos soltos. Essa nova proposta valoriza também a apresentação nos pontos de venda, já que os produtos podem ficar sempre pendurados e firmes nos espaços superiores.

A empresa Jack Link’s® comercializa ao Be-efSteak e oferece toda sorte de sabores, desa-fiando os consumidores a comprar produtos à

Page 27: Revista +Carne Ed.3

base de proteína de carne com outras opções, como batatas fritas ou salgadinhos à base de farinha.

A Old Wisconsin® oferece seus produtos em embalagens flexíveis com possibilidade de refechamento através de zíperes. As cores es-colhidas são sempre fortes, para facilitar a co-municação direta com o público-alvo.

O TurkeyBites® apresenta porções de lin-guiça desidratadas em vários sabores. Os ape-ritivos podem ser transferidos para pratos ou consumidos diretamente das embalagens e, em caso de sobra, é só resselar e guardar. A janela frontal transparente permite visualizar os produtos. O design é bastante moderno, misturando tons fortes de laranja, textos em vermelho, e a cor prata confere modernidade. O ícone do “murro” ou “soco” de punho fe-

chado estampado na frente da embalagem ao lado da janela é uma referência explícita aos músculos e à força que o produto promete.

Observar as tendências às mudanças de comportamento e as demandas geradas a par-tir delas é um excelente caminho para o de-senvolvimento de produtos e de embalagens adequadas às novas situações de consumo. Inovações baseadas em observações têm maior chance de sucesso.

Embalagem melhor. Mundo melhor

* Assunta Napolitano Camilo é diretora da FuturePack (Consultoria de Embalagens) e do Instituto de Embalagens (Ensino & Pesquisa). É coordenadora do Kit de Referências

de Embalagens e dos livros Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para

produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade.

Page 28: Revista +Carne Ed.3

Empresas

Novos

caminhos

Ao se separar da Bosch, Ishida do Brasil possui capital 100% japonês

Podemos tratar a história da Ishida em duas partes: a Ishida matriz e a do Brasil. A ma-triz foi fundada em 1893. É uma empresa

100% familiar e o atual presidente é da quinta geração de sucessão. A Ishida matriz procura ser uma empresa global, com cinco fábricas posicionadas pelo mundo e com escritórios de vendas ou com subsidiários pelo mundo todo.

A Ishida do Brasil foi fundada em 1980. A empresa foi criada inicialmente para dar supor-te ao fornecer equipamentos complementa-res para máquinas de embalagens da Robert Bosch. De acordo com Nilson Martins, gerente comercial da Ishida do Brasil, nesse período, a Bosch vislumbrou que o negócio na área de

Page 29: Revista +Carne Ed.3

Novos

caminhos

29

embalagens seria mais sólido e melhor com-plementado com as máquinas da Ishida. Des-se modo, foi criada a subsidiaria da Ishida no Brasil com 50% de capital alemão e 50% de capital japonês, e com a administração e ges-tão de vendas realizadas pela Bosch, enquanto a Ishida forneceria material e suporte técnico.

noVA EStrAtéGiA:CAPitAl 100% jAPonêS

Após esse período, a Ishida matriz resolveu comprar os 50% das ações em janeiro 2014, conforme afirma Martins: “Esse desenvolvi-mento seguiu durante anos e dava grande suporte ao negócio da Bosch. Posteriormente, como a Ishida atua em alguns segmentos e mercados no mundo que existem no Brasil, a empresa vislumbrou investir nestas estratégias também. Assim, decidiu-se entre as partes con-sensualmente pela cisão societária”.

A ação é uma estratégia da Ishida matriz para ter investimentos no Brasil e para atu-ar conforme a estratégia mundial. “Dentro da nova concepção no Brasil, ao ter o capital 100% japonês, temos mais liberdade para seguir nesta direção. A visão do Japão para o Brasil é que o país tem grande potencial de crescimento. As-sim, esse é o grande motivo de realizar o inves-timento”, disse o gerente comercial.

noVA SEDECom os novos caminhos estratégicos, a

fábrica de montagem dos equipamentos foi para outro local, pois, antes ocupava uma área dentro da sede da Bosch. A nova sede está lo-calizada na Rodovia Anhanguera, KM 15, no Centro Logístico Anhanguera (CLA).

O prédio no CLA possui área de 1.100 m². Do total, 200 m² são voltados para a adminis-tração, engenharia e área comercial, e em tor-

no de 900 m² são destinados para a área fabril. “A mudança ocorre para a incorporação no Brasil de processos e equipamentos da Ishida do exterior. Já prevendo que teremos a mon-tagem e fabricação de equipamentos. Esse é momento atual da empresa”, informa Martins.

A Ishida do Brasil monta todos os equi-pamentos para a área de produtos secos do país. Entende-se por produtos secos: biscoitos, massas, snacks, balas bombons, pirulitos etc. O segmento “molhado” é direcionado para carnes e peixes e a linha ainda é importada. Os equipamentos importados possuem duas origens: Japão e Inglaterra.

Para manter a qualidade internacional de seus produtos, são realizadas duas auditorias por ano pela matriz na filial brasileira. “Na verdade, a auditoria funciona mais como consultoria, no sentido de dar sugestões para que a qualidade da Ishida reconhecida mundialmente esteja também no Brasil. Existe uma uniformidade da qualidade para o cliente. Não importa a origem do equipa-mento, mas qualidade será sempre a mesma”, assegura o gerente comercial.

ProDutoSSegundo Martins, ao pensarmos nos equi-

pamentos e produtos da Ishida, como sistemas de pesagem, sistemas de inspeção e sistemas de embalagem, existem muitas aplicações e demandas pelos clientes brasileiros: “No Brasil, a Ishida é reconhecida como um excelente for-necedor de balanças de cabeçotes múltiplos. É um equipamento destinado para a pesagem e formação de porções com peso fixo. No mer-cado, a empresa é reconhecida como uma pro-vedora de soluções, que utiliza a balança como parte desta solução. Sendo a balança um sis-tema de pesagem, nós estamos preocupados em fornecer além da solução para pesagem,

Page 30: Revista +Carne Ed.3

Empresas

também de embalagem. Para a parte da pesa-gem a empresa possui, entre outras, a balan-ça de cabeçotes múltiplos. Depois do produto pesado, há o processo de embalagem, onde a existe a seladora de bandeja. Após isso, entram os sistemas de inspeção, seja por contaminan-tes, processos de raio X ou verificador de peso dinâmico, que confirma que o peso declarado é o mesmo que está dentro da embalagem, já que podem ocorrer falhas no processo. Nessa ótica, a Ishida está formando a porção, emba-lando a porção e inspecionando a porção. As-sim, cobrimos todo o processo de embalagem do nosso cliente como uma solução. Essa é a nova fase da Ishida”.

lAnçAmEntoSUm dos lançamentos da Ishida, que esta-

rá na International FoodTec Brasil, é a nova geração de raio X, um sistema de inspeção para contaminantes metálicos, cerâmicos, de vidro ou orgânicos, como ossos. Essa nova geração de raio X possui uma sensibilidade maior e espectro maior de detecção, como afirma o gerente comercial: “Além de de-tectar melhor, estamos falando em tamanho de contaminante, ele também detecta mais tipos de contaminantes. O equipamento será lançado na FoodTec e a Ishida negocia mundialmente há 12 meses. Ou seja, é uma tecnologia já aprovada mundialmente, já que todos os testes foram finalizados”.

O outro lançamento é uma balança clas-sificadora de peso linear, que une o processo de inspeção e classificação. O equipamento é voltado para a produção com um peso de-finido. Como em alguns casos não se aplica

a balança de cabeçotes múltiplos, é melhor a utilização de uma balança classificadora. Um exemplo de aplicação é para a perna de frango desossada, existente no mercado bra-sileiro e muito consumida no Oriente Médio.

AtEnDimEnto Ao CliEntESobre o trabalho de atendimento ao

cliente, a Ishida entende que deve ser feito já na fase do projeto e execução da obra, e deve ser dado suporte ao cliente também na definição do layout da fábrica. No mercado de aves, a Ishida conta com um apoio de um grande fabricante holandês de soluções e equipamentos para aves. “Juntando as duas empresas, nós podemos dar grandes suges-tões aos clientes e fazer propostas, como mostrar o layout de várias fábricas eficien-tes e com grande desempenho. Na visão da Ishida, já na fase de projeto e execução de obra é importante dar suporte ao cliente”, disse Martins.

Na fase de instalação e utilização dos equipamentos, a empresa conta com uma equipe muito bem treinada com oito técni-cos, que estão baseados em São Paulo. A es-trutura de fornecimento de peças também é baseada em São Paulo, seja para equipamen-tos fabricados no Brasil ou importados. “A Ishida do Brasil cobre o território nacional e há o suporte de capital de mão-de-obra para treinamentos, contínuo suporte ao cliente e suporte material, que está centralizado em são Paulo”, assegura o gerente comercial.

A estrutura comercial da empresa é divi-dida regionalmente. Para o entendimento da matriz japonesa, o Brasil é um polo estratégi-

Page 31: Revista +Carne Ed.3

co para o continuo crescimento na América do Sul. Há parceiros e representantes fora do Brasil, mas a empresa futuramente terá um contato mais próximo. Ou seja, o centro de atendimento no Brasil será como na Eu-ropa ou Japão. “Como estamos na América do Sul, poderemos atender mais rápido e de uma forma mais eficiente para cobrir deman-das e aspectos regionais, sejam elas de mer-cado, consumo ou cultural. A visão do Japão estabelece a Ishida do Brasil como o polo da América do Sul. Assim, as subsidiarias terão melhor suporte, seja da Ishida ou de repre-sentantes. Teremos uma ação indireta e se-remos um suporte para a América do Sul”, garante Martins.

o DiFErEnCiAl DA EmPrESA“Como diferencial, a Ishida é reconhecida

como o melhor provedor de equipamentos de sistema de pesagem e embalagem do setor. No sentido de que sempre apresenta a melhor so-lução em desempenho. A empresa é conhecida por ter o melhor equipamento downtime ou down break time, ou seja, com o menor núme-ro de paradas. E quando isso ocorre, acontece um menor tempo de parada. O cliente que pon-dera ter um menor custo de fabricação pensa na marca Ishida. Nossos equipamentos entre-gam um produto final com menor desvio de peso e com as menores perdas de embalagem no processo, e sempre utilizando um mínimo de mão-de-obra”, finaliza o gerente comercial.

Page 32: Revista +Carne Ed.3

Especial

Aproximadamente 30 mil pessoas visita-ram o município de Rio Claro (SP) du-rante o 21º Campeonato Mundial de

Balonismo, que foi realizado entre os dias 17 e 27 de julho, reunindo 22 países e mais de 60 pilotos. Com população atual beirando os 200 mil habitantes, Rio Claro possui tradição no balonismo em disputas de campeonatos bra-sileiros e ibero-americanos. No entanto, esta é a primeira vez que o Campeonato Mundial de Balonismo será realizado na América Latina. A próxima edição do mundial acontecerá no Ja-pão, em 2016, na cidade de Saga.

O céu éo limite

O Mundial em Rio Claro reuniu as equipes do Brasil, Rússia, China, Japão, Lituânia, Repu-blica Tcheca, Alemanha, Argentina, Espanha, Áustria, Canadá, EUA, França, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, México, Holanda, Polônia, África do Sul, Suíça e Ucrânia.

“Rio Claro viveu muito bem o clima do mundial e conviveu muito bem com as equipes de outras nacionalidades que visitaram a cida-de”, disse o secretário municipal de Esportes, Reginaldo Breda. Uma equipe com 60 volun-tários cooperou com o Mundial, sendo 15 na organização da competição e 45 como intér-

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

Page 33: Revista +Carne Ed.3

Rio Claro (SP), polo industrial de equipamentos para carnes, sedia o Campeonato Mundial de Balonismo realizado pela primeira vez no Brasil

pretes. A oportunidade de participar do Mundial despertou o inte-resse principalmente de jovens que concluíram ou cursam o ensino superior, muitos deles, inclusive, que já residiram no exterior.

Hotéis da cidade registraram grande aumento nas reservas e vá-rios restaurantes providenciaram cardápios bilíngues para recepcio-nar os estrangeiros, reflexo ocorrido na copa. “O envolvimento da comunidade aumentou a expectativa positiva de termos realizado um grande evento”, afirmou o prefeito Du Altimari.

Durante o Mundial mais de dez balões fizeram voos que não fazem parte da competição. Em terra firme, diversos produtores rurais do município e da região ficaram atentos ao pouso, pois, suas propriedades foram utilizadas como áreas de pouso dessas imensas e coloridas engenhocas, movidas a ar quente produzido pela queima de gás propano.

Há semanas, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Silvi-cultura, que relata a existência de aproximadamente 1.400 proprie-dades rurais no município, orientou os produtores sobre como agir para receber bem os competidores que eventualmente pousarem em suas propriedades. “Em grande parte, os pilotos são estrangeiros

33

Page 34: Revista +Carne Ed.3

Especial

e se comunicam no idioma oficial do evento, que é o inglês”, explica o secretário Carlos Al-berto Teixeira De Lucca. Segundo ele, o fun-damental ao produtor foi se mostrar cordial, acolhedor e receptivo, orientando com gestos e sinais os pilotos e suas equipes de resgate so-bre como deixar o local do pouso, preferencial-mente pela entrada principal da propriedade.

O Mundial de Balonismo começou no dia 17 de julho, com a chegada das equipes e os primeiros voos para treinos, que aconteceram também nos dois dias posteriores. No dia 18 de julho foi realizada a abertura oficial com a participação dos competidores, organizadores, apoiadores e autoridades.

Entre 20 e 26 de julho foram realizados os voos competitivos com provas técnicas. Os briefings, onde são analisadas as condições cli-máticas e definidas as provas do dia, aconte-ceram sempre entre às 6h e às 15h. Os voos competitivos ocorreram pela manhã por volta das 8h e no período da tarde a partir das 16h.

No dia 26, o último dia de provas da compe-tição, que ocorreu somente pela manhã, termi-

nou com a consagração do piloto japonês Yudai Fujita, que conquistou o Campeonato Mundial de Balonismo. O piloto japonês foi melhor do que seus concorrentes ao título nas provas Valsa e Fly on e terminou a competição com um total de 17.443 pontos, 1.227 a mais do que o ale-mão Uwe Scheider. O brasileiro Lupercio Lima, que havia descido para a quarta colocação no penúltimo dia, conseguiu reconquistar uma posição e terminou na terceira colocação, com 16.064 pontos. O campeonato, sediado pela primeira vez no Brasil, seguirá para o Japão em 2016, terra do atual campeão do mundo.

No dia 27 de julho, as equipes fizeram um “voo Fiesta”, que marcou o encerramento ofi-cial do evento. Paralelamente às competições, ocorreram apresentações culturais abertas ao público. As atividades incluíram desfile e sho-ws, que aconteceram no espaço anexo ao ae-roclube. A programação teve atrações musicais de diferentes gêneros, como as bandas Hainika (pop-rock), Rafael Nalin e banda (sertanejo uni-versitário), grupo Tá n’Área (samba e pagode) e grupo Sinhá Flor (forró pé-de-serra).

Tayn

a H

ian

o piloto japonês Yudai Fujita, conquistou o Campeonato Mundial de Balonismo

Page 35: Revista +Carne Ed.3
Page 36: Revista +Carne Ed.3

Eventos

10º Workshopda Bremil, Handtmann e Poly-clip

Pelo décimo ano consecutivo as empresas Bremil, Handtmann e Poly-clip realizaram, no mês de maio, mais uma edição do

Workshop para a produção de embutidos desti-nados as empresas de médio e pequeno porte.

Esta décima edição do evento, antecipado para maio devido a Copa do Mundo, contou com empresas do Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do país.

As empresas participantes foram recepciona-das nas instalações da Bremil que apresentou as novidades e as orientações técnicas na aplicação adequada e utilização racional de ingredientes e condimentos nas mais diversas formulações.

A Handtmann apresentou as novas tecno-logias, vantagens e o uso correto das embuti-

deiras a vácuo com porcionamento automático em tripas naturais e artificiais, além dos bene-fícios técnicos e econômicos que estes equipa-mentos trazem para a linha de produção de embutidos.

A Poly-clip complementou as informações de processamento com apresentação de sua linha de grampeadeiras, bem como detalhes de suas representações com destaque para os emulsificadores; além de toda a linha de gram-pos e tripas especiais.

O workshop propiciou aos participantes a oportunidade de produzir alguns tipos de em-butidos, constatando na prática a melhor ade-quação e utilização destes ingredientes e equi-pamentos para os seus produtos.

Div

ulga

ção

Page 37: Revista +Carne Ed.3
Page 38: Revista +Carne Ed.3

Equipamentos para

indústrias

Page 39: Revista +Carne Ed.3
Page 40: Revista +Carne Ed.3

Capa

Por Cauê Vizzaccaro

A força da indústriaAs tecnologias utilizadas em equipamentos para frigoríficos e abatedouros

Atualmente, a linha de equipamentos vol-tados à indústria frigorífica tem acom-panhado a evolução da eletrônica ao in-

corporar eficientemente em suas montagens as inovações. Equipamentos com maior capacida-de produtiva, automação, precisão, mais confiá-veis e seguros, com menor consumo de energia e que minimizam os esforços dos trabalhadores na operação e manutenção estão presentes em todas as etapas do processamento de carnes, desde o abate até a embalagem final.

Outro aspecto importantíssimo no projeto dos novos equipamentos se dá na acessibilida-de a higienização plena de todos os pontos de contato com o alimento, como afirma Fernan-do Baldini, Gerente de Tecnologia e Engenhei-ro de Alimentos da Poly-clip. Com base nessas informações, Baldini exemplifica a afirmativa, mas com o foco nas grampeadoras: “Especi-ficamente no caso das grampeadoras, vemos um perfeito sincronismo na comunicação entre as embutideiras e as grampeadoras, garantin-do o porcionamento dos embutidos de forma consistente e padronizada, com melhor con-trole de tamanho e peso das peças. Sistemas dos ajustes de pressão do grampo, abertura do separador e velocidades de grampeamento, entre outros parâmetros, podem ser feitos com o simples toque na tela do painel de controle ou até mesmo de forma totalmente automáti-ca, ao simplesmente selecionar o programa do produto que se deseja processar. Sistemas dos separadores mais eficientes garantem as pon-tas dos embutidos mais limpas e curtas, eco-nomizando tripas e materiais de embalagem”.

Seguindo para outras linhas, tecnologias de inspeção e de embalagem a vácuo podem ser consideras importantes e em alguns casos vitais para o andamento dos negócios para frigorífi-cos. A inspeção, por exemplo, traz a segurança na comercialização do produto ao evitar que passe qualquer tipo de contaminante. Por isto é importante ter as soluções, tanto de detector de metais como o raio X, para aumentar a seguran-ça. No caso do frigorífico ambicionar exportar, há países que só aceitam o produto com deter-minadas regras de inspeção, então é vital ter uma política de processos de inspeção. Já a em-balagem a vácuo é ótima maneira para garantir que o produto terá uma vida útil maior. Ao em-balar a vácuo é possível manter por mais tempo todas as propriedades da carne, por exemplo.

Para Bernardo Ronchetti, diretor da Ter-morpol, as tecnologias de baixa condensação são importantes por trabalharem com maior economia de energia, possuírem compressores menores e aumentarem a vida do compressor: “Creio que todo e qualquer sistema de redu-ção do consumo é a alternativa correta no ciclo produtivo da carne, pois se trata da redução do custo fixo da operação incorporado em cada quilograma de carne produzido”. No caso das esteiras, Ricardo Barakat, representante comer-cial da Ashworth, informa que a medição de tensão em esteiras transportadoras agrega valor ao processo de produção, pois aumenta a vida útil das esteiras e evita quebras prematuras.

Para melhor informar o leitor, empresas do setor de carnes apresentaram alguns equipa-mentos e lançamentos à revista Mais Carne.

Page 41: Revista +Carne Ed.3

ASHwortHA Ashworth fornece esteiras transportadoras há mais de 60 anos para frigoríficos e demais indústrias alimen-

tícias. Segundo a empresa, ela inventou o túnel espiral, que se tornou o padrão mundial para processos de con-

gelamento, resfriamento e cozimento, e também idealizou as primeiras esteiras metálicas para aplicações curvas.

As principais esteiras da empresa são a Omni Pro, Advantage e Exacta-Stack. A esteira Omni Pro é uma es-

teira metálica e possui diversas patentes que permitem uma garantia de 100.000 ciclos de trabalho. O modelo

Advantage possui construção híbrida (metal e plástico) que permite alta resistência em túneis helicoidais e fácil

montagem. A esteira Exacta-Stack (autoempilhável) permite trocas imediatas para sistemas espirais existentes

com ótimo custo, qualidade e prazos de fabricação reduzidos.

bEttCHEr Do brASilA Bettcher é uma empresa que, há mais de 50 anos, atende frigoríficos de todos os continentes com solu-

ções de ganho de rendimento e melhor operacionalidade de processos de abate e desossa. Está no Brasil há mais

de 10 anos e atende todo o mercado de carnes na América Latina. A empresa possui uma linha de trimmers

direcionada para frigoríficos e abatedouros.

A empresa lançou a 4ª geração de trimmers, que conta com uma enorme diferença tecnológica para as

tarefas de abate e desossa de bovinos, suínos, pescados e aves.

Page 42: Revista +Carne Ed.3

Capa

DAl PinoA empresa possui serras elétricas para corte de bovinos, suínos, bubalinos e caprinos; tesouras hidráulicas

para corte de chifres, mocotós, pata de suínos e tirador de casco de suínos; balancins para serras e plataformas

para serras de carcaça, lâminas em geral, carretilhas para esfola e pealos; afiadora de facas e pistolas de ator-

doamento de bovinos pneumáticas e portátil acionada com festim; e insensibilizadores elétricos para suínos e

estimulador de sangria para bovinos.

O principal equipamento é a serra de carcaça de fita, para corte de carcaça de bovinos e suínos, com acio-

namento duplo, pneumático, para atender a NR 12.

O lançamento, para 2014, é a afiadora de facas e a linha de pistolas de atordoamento de bovinos portátil,

com acionamento por festim, da marca inglesa Accless & Shelvoke.

nEwmAQAs três principais linhas da empresa que são soluções para embalagem, inspeção e codificação. A embala-

dora a vácuo Dublino 1396 tem barra de selagem de 1,30 metros. A embaladora se diferencia por não precisar

trabalhar com bomba roots e apenas com as bombas a vácuo.

O sistema de raio X da Anritsu permite realizar inspeções simultâneas com alta precisão, devido à existência

de mais de 20 algoritmos no software do equipamento. Com isso, é possível obter um alto nível de detecção de

contaminantes, tais como: metais, arames, vidros, pedras, ossos, plásticos, borrachas, etc.; além de permitir a

verificação do peso do produto, do formato e da falta de produtos na embalagem.

A empresa apresentou ao mercado a codificadora A420i, que traz como conceito a redução de impactos am-

bientais em impressoras ink jet. A A420i conta com tecnologia i-Tech na linha de codificadoras Ink Jet Séria A. O

sistema de tinta com a tecnologia i-Tech do modelo A420i ganhou o prêmio na categoria Inovação Sustentável,

pela significativa redução do impacto ambiental, desde que foi aplicada nas codificadoras em 2010.

montEmilEntre os equipamentos direcionados para frigoríficos e abatedouros, a Montemil fabrica para diferentes

aplicações e os mais variados volumes de produção. Para abate e desossa de suínos e aves e indústria, a empresa

trabalha com restreiners, mesas para sangria, polidores lavadores, polidores secadores, mesas automáticas para

evisceração e inspeção, plataformas estáticas, lavadores de carcaças, centrifugas para miúdos, desarticulador de

mandíbulas (NR 12), serras fita (NR 12), mesas transportadoras para desossa, lavadoras automáticas para caixas,

lavador automática de contentores e carros, lavadores de botas, lavadores de mãos, túneis para escaldagem,

depenadoras automáticas, transportadores aéreos, chillers para miúdos e resfriamento, embaladoras.

Já para a industrialização, a empresa possui quebradores de blocos, moedores, misturadeiras, elevadores,

tombadores, transportadores helicoidais, seladora continua a vácuo, empacotadoras para salsichas, seladoras

para pacotes, sistemas para bombeamento de massas, carros para estufas, carros para massas, contentores,

seladoras plastificadoras contínuas e túnel de encolhimento.

HAArSlEVOs equipamentos da empresa são direcionados para a transformação do subproduto animal.

Após a fusão com a Atlas Stord, em 2004, a empresa acrescentou à linha de produtos os sistemas a “via de

baixa temperatura”. O sistema gasta 50% menos de vapor, como também produz um material final com alta

“digestibilidade”. O sistema consiste em um “cozinhador” para coagular a proteína; uma prensa duplo eixo,

para separar o sólido do líquido; um secador, para a secagem desse material; e um evaporador, para recuperar

os solúveis da água de cola. Este ano, a empresa lançou um Helicoide para prensas muito mais resistentes com

uma durabilidade 50% maior que os anteriores.

Page 43: Revista +Carne Ed.3

43

Poly-CliPA Poly-clip System oferece uma ampla linha de modelos de

grampeadoras e equipamentos voltados ao processamento de

carnes. Existem inúmeras aplicações na indústria frigorífica, cujo

fechamento da embalagem ou envoltório primário é realizado

adotando a tecnologia de grampeamento. Entre elas, o acondi-

cionamento de aves e seus cortes, cortes bovinos e suínos, carnes

moídas, e embutidos diversos, tais como: mortadelas, patês, sa-

lames, linguiças, copas, fiambres, presuntos e similares, produtos

de pescados, caldos, sopas, molhos, alimentos infantis, rações

animais, entre outros. A Poly-clip System produz também gram-

pos e laços para uso em seus equipamentos, fabricados com rigo-

rosos padrões internacionais de higiene e qualidade das matérias-

-primas.

A nova geração de grampeadoras duplas automáticas Poly-

-clip, modelos FCAs (50, 120 e 160) constituem um sistema

completo, novo e integrado para o fechamento de embalagens

flexíveis.

A Poly-clip desenvolveu um sistema patenteado denominado

Safe Coat ®, o qual consiste em se fazer um revestimento ex-

terno aos grampos, removendo previamente quaisquer graxas,

óleos e poluentes encontrados nos fios trefilados de alumínio que

são utilizados como matéria-prima na fabricação dos grampos.

A Poly-clip está apresentando um novo modelo de máquina

grampeadora dupla automática (FCA 80), destinada principal-

mente aos clientes de pequeno e médio porte. Um equipamen-

to de simples operação e manutenção, projeto econômico, mas

muito versátil, pois, opera em uma grande faixa de calibres, rápi-

da e com design moderno.

Page 44: Revista +Carne Ed.3

Capa

SunnyVAlE E ni SolutionSO principal destaque na International FoodTec será a embaladora a vácuo Saccardo AS38. É uma embaladora

de grande porte fabricada pela italiana Saccardo e comercializada no país pela Sunnyvale. É a primeira vez que

a embaladora será exposta em feira de negócios e deve chamar atenção pela sua produtividade.

O que faz com que a Saccardo AS38 garanta maior produtividade são suas dimensões e velocidade no pro-

cesso. Ela tem barra de selagem de 1,5 metros e esteira com largura de 0,8 metros. Isso garante maior espaço

para embalar mais peças por ciclo, sendo que a AS38 realiza três ciclos por minuto.

Pode-se dizer que a AS38 é uma novidade, pois como ela nunca foi exposta em feira de negócios. A

Sunnyvale, em parceria com a distribuidora NI Solutions, levará sua novidade no segmento de embaladoras a

vácuo para a FoodTec. A empresa reservou o momento para expor aos visitantes a Saccardo AS38, embaladora

a vácuo de grande porte, que garante maior produtividade no embalo de cortes de carne vermelha.

StElkAOs equipamentos direcionados para frigoríficos que a empresa opera são os moedores, misturadores, embu-

tideiras, quebradores de blocos de carnes congeladas e cutter.

O principal equipamento que a empresa comercializa para frigoríficos é o Moedor de carnes S-220mm com

estrutura em aço inoxidável. Além dele, há o Cortador de carnes congeladas, que é inteiramente produzido com

aço inox.

ProtErVACOs equipamentos direcionados para frigoríficos no qual a empresa trabalha são máquinas a vácuo, simples

ou dupla câmara e tanque de encolhimento. Além da venda, a empresa também conserta e realiza assistência

técnica nos equipamentos.

Page 45: Revista +Carne Ed.3

tErmorPolA empresa possui a linha de racks CC e CV de centrais multicompressoras, com compressores alternativos e a

CV com compressores parafusos para grandes cargas térmicas e túneis de congelamento. Para áreas climatizadas

possui uma ampla gama de produtos, desde monoblocos de 30 hp até monoblocos de 1h, fora as unidades con-

densadoras e splits prontos para instalação. Os monoblocos são amplamente utilizados nas câmaras de congelados

em conservação ou recuperação de temperatura. Inclusive com a opção de compressores de duplo estágio.

As casas de máquinas completas ou centrais multicompressoras parafuso são equipamentos de alta potência

para freon com capacidades de até 800 hp, com possibilidade de uso em túneis e câmaras. São unidades com

compressores independentes no mesmo sistema, possibilitando ao operador a manutenção parcial da casa de

máquinas sem parada de toda instalação, assim como controle individual dos compressores. A economia de

energia como foco desses projetos está embutida em um sistema de controle de capacidade que pode levar o

compressor a até 25% de sua capacidade, permitindo o operador ir de 25% até 100%.

O lançamento da empresa é a linha de produtos de transporte refrigerado da Zanotti. São máquinas com

manutenção reduzida, com sistema de acoplamento com motor compressor e certificadas em sua capacidade e

potência com a credibilidade da União Europeia.

tECmAESA Tecmaes produz uma diversidade de equipamentos para frigoríficos e abatedouros, tais como: seladora

com fitas adesivas, seladoras térmicas, termodatadores, fechadoras de caixas, aplicadores de etiquetas, rotula-

dores de embutidos, dispensadores de etiquetas e dispensadores de fitas adesivas.

O Aplicador Automático Superior e Inferior estabelece novos padrões em precisão, qualidade e economia.

Está equipado com dois aplicadores de etiqueta que posicionam e aplicam simultaneamente as etiquetas na

parte superior e inferior dos produtos, tais como, bandejas, embalagens termoformadas, caixas, entre outros.

Também possui duas configurações standards de codificação, podendo ser constituídas com impressoras de

termotransferência ou com sistema hot stamping.

A Rotuladora de Embutidos foi desenvolvida para realizar aplicações de rótulos em torno do produto, com

maior precisão e rapidez, diminuindo o erro humano e o desperdício de etiquetas. É possível aplicar rótulos

em diversos tamanhos de embutidos. Já as seladoras Jetfix são utilizadas para fechar com fitas adesivas as

embalagens plásticas de diferentes tamanhos e espessuras, substituindo os grampos metálicos, aumentando a

produtividade e diminuindo os custos com consumíveis e manutenção. Segundo a empresa é perfeita para os

abatedouros de aves, devido ao alto volume de fechamentos por hora (1.200 embalagens) e a flexibilidade de

trabalhar em diverso ambientes: secos, úmidos e congelados (-40°C).

A Tecmaes, em parceria, lançou no mercado o Aplicador de etiquetas com balança dinâmica.

Page 46: Revista +Carne Ed.3

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

Empresas

O frio essencial

Fundada em 2000, a Cold Air é referência no ramo de instalações frigoríficas (câmaras, portas e refrigeração em geral). Atenden-

do desde o projeto e passando pela produção e execução, a empresa entrega uma solução completa em refrigeração para os seus clientes.

Além da fabricação de painéis isotérmicos, a Cold Air conta ainda com uma completa gama de modelos de portas para ambientes indus-triais, secos ou refrigerados. Portas frigoríficas, portas seccionais, portas automáticas, portais de selamento e mais. Tudo pensado e dimen-sionado para atender a necessidade de cada

cliente. Destaque para a nova linha de portas com moldura em alumínio, oferecendo um aca-bamento visualmente mais limpo e elegante.

A Cold Air fabrica racks para refrigeração para diversas aplicações, desde climatização até túneis de congelamento, câmaras frigorífi-cas de estocagem, centros de distribuição refri-gerados, entre outros.

Desde a sua fundação, a Cold Air usa sua experiência para desenvolver produtos e proje-tos personalizados, garantindo total segurança e qualidade, atendendo clientes em todo o Bra-sil, América Latina e África. A empresa fornece

Page 47: Revista +Carne Ed.3

soluções completas aos seus clientes, inclusive com sistemas de refrigeração dimensionados para as reais necessidades de aplicação.

Respeitar e preservar o meio ambiente faz parte da política da Cold Air, pois, a empre-sa somente trabalha com produtos, processos e fornecedores que visem à sustentabilidade, além dos produtos não agredirem a camada de ozônio.

As áreas de atuação da empresa são: super-mercados; centros de distribuição e logística; frigoríficos bovinos, suínos e de aves; indústrias alimentícias e bebidas; indústria pesqueira; far-macêutica; laticínios e sorvetes; frutas, verdu-ras e flores; incubatórios; e panificação.

Projetar, fabricar, orientar e instalar desde pequenas câmaras até grandes instalações fri-goríficas e salas de produção climatizadas é o lema da empresa.

ProjEtArPara desenvolver projetos de acordo com as

características e necessidades dos empreendi-mentos do cliente, a empresa conta com uma equipe própria de engenharia.

FAbriCArFormatos e medidas de acordo com as es-

pecificações do projeto do cliente.

oriEntArAs equipes técnicas e comerciais da Cold

Air estão sempre à disposição dos clientes para orientá-los quanto às melhores práticas e apri-moramento de soluções.

inStAlArA Cold Air garante a excelência em todas

as etapas do processo, finalizando o ciclo de serviço com instalação e assistência técnica permanente.

Page 48: Revista +Carne Ed.3

EspecialPor Nástia Rosa Almeida Coelho

Noções de

higienização na indústriaEm qualquer tipo de processamento in-

dustrial de alimentos a manutenção de condições higiênico-sanitárias se consti-

tui em requisito essencial. Sabe-se que a carga microbiana contaminante do produto final é a somatória dos micro-organismos presentes na matéria-prima e daqueles que se agregam ao produto ao longo das várias etapas do proces-so, principalmente em função do contato com superfícies e equipamentos, intensidade e con-dições de manuseio, qualidade da água e do ar, bem como fatores ambientais diversos.

A sanitização pode ser entendida como sendo um conjunto de procedimentos higiê-nico-sanitários visando garantir a obtenção de superfícies, equipamentos e ambientes com características adequadas de limpeza e baixa carga microbiana residual.

A higiene na indústria de alimentos visa basicamente à preservação da pureza, da pa-latabilidade e da qualidade microbiológica dos alimentos. Assim, a higiene industrial auxilia na obtenção de um produto que, além das quali-dades nutricionais e sensoriais, tenha uma boa condição higiênico-sanitária, e que não ofereça riscos à saúde do consumidor.

A adoção de práticas higiênicas nas indústrias de alimentos e o uso adequado dos agentes de limpeza e sanitização têm como finalidade obter produtos alimentícios de qualidade satisfatória.

Especialmente, no caso de alimentos pere-cíveis, a aplicação de técnicas apropriadas de higiene e sanitização permitirá obter produtos

de boa qualidade, do ponto de vista de saúde pública, atendendo exigências de padrões mi-crobiológicos e permitindo obter produtos com uma vida de prateleira mais longa.

A higiene e a sanitização dos equipamentos são, sem dúvida, operações fundamentais no controle sanitário em indústrias alimentícias, entretanto, frequentemente são negligencia-das ou efetuadas em condições inadequadas.

O resultado de uma sanitização vai depen-der principalmente da qualidade do produto utilizado, ou seja, um produto que apresenta como característica um determinado grau de pureza no rótulo, pode na realidade não estar nas condições descritas e o responsável técni-co pela higienização e sanitização da indústria deve ter conhecimento prévio da condição de pureza, ou seja, da concentração do princípio ativo da substância a ser utilizada, inclusive para poder recusá-la, devolvendo o produto à firma responsável por sua fabricação, pois o mesmo não satisfaz as condições descritas no rótulo.

Para isso, existem metodologias de análises físico-químicas para verificar a “idoneidade” do produto a ser utilizado para a sanitização.

O uso de água sanitária comercial (hipo-clorito de sódio) para a higienização de equi-pamentos e matérias-primas não é o mais recomendado, pois, além do agente clorado propriamente dito, contém outras substâncias como alvejantes e outros.

Antes de prosseguir, é necessário diferen-ciar higienização (limpeza) de sanitização.

Page 49: Revista +Carne Ed.3

A limPEzA DAS SuPErFíCiESOs detergentes, utilizados na remoção dos

resíduos aderidos às superfícies, exercem sua função atuando de várias maneiras, a saber:- poder dissolvente, principalmente sobre

resíduos minerais;- ação peptizante sobre resíduos proteicos;- ação saponificante e emulsificante sobre

resíduos gordurosos;- ação sequestraste ou quelante,

principalmente sobre minerais (Ca, Mg) responsáveis pela dureza das águas;

- poder molhante, penetrante, de suspensão, lavagem e dispersante, propriedades conferidas aos detergentes pelo uso de substâncias tensoativas.

Além dessas propriedades, um bom de-tergente deve apresentar um baixo custo, ser atóxico e pouco poluente. Com base nessas considerações, é evidente que nenhum com-posto, isoladamente, poderá preencher em grau ótimo todas as características desejáveis enumeradas. É por isso que a formulação de detergentes industriais é assunto complexo, desenvolvido apenas em indústrias especializa-das do setor de limpeza industrial. Em linhas gerais, os principais detergentes poderiam ser divididos nos seguintes grupos:1. Detergentes alcalinos fortes: com elevado

poder dissolvente sobre resíduos orgânicos (de carne, leite, pescado), sendo alta ou moderadamente irritantes, tóxicos e corro-sivos (ex.: hidróxido de sódio, orto e sesqui-silicatos de sódio);

2. Detergentes alcalinos suaves ou de uso geral (general purpose cleaners): têm mo-derada ação dissolvente sobre resíduos or-gânicos, pouco irritantes e corrosivos (ex.: formulações complexas envolvendo o uso de sesquilicatos, fosfato trissódico, carbo-nato de sódio, tensoativos e sequestrastes);

3. Detergentes neutros: não corrosivos, não irritantes, indicados para limpeza de super-fícies delicadas e com resíduos fracamente aderidos (ex.: tensoativos, geralmente aniô-nicos, adicionados ou não de polifosfatos);

4. Detergentes ácidos suaves: moderados ou

pouco corrosivos, pouco irritantes; indica-dos para remoção de resíduos inorgânicos (pedras) e alguns orgânicos (amido, oxalato de cálcio) (ex.: ácidos orgânicos como hi-droxiacético e inibidores de corrosão);

5. Detergentes ácidos fortes: tóxicos, corrosi-vos, indicados para limpeza mecânica (CIP – Cleaning In Place) de equipamentos de aço inoxidável. Revelam elevado poder dis-solvente sobre resíduos minerais (pedras) e alguns orgânicos (ex.: ácido nítrico, fosfóri-co, acrescido de inibidores de corrosão).

Independente do tipo de detergente, a ação de limpeza se desenvolve em uma série de etapas:a) contato direto e intenso da solução de

detergente com o resíduo a ser removido (ação molhante ou penetrante);

b) deslocamento dos resíduos sólidos ou líquidos da superfície a ser limpa (ação saponificante, peptizante, dissolvente, emulsificante etc.);

c) dispersão completa do resíduo na solução de limpeza (ação de suspensão e dispersante);

d) prevenção de nova deposição do resíduo disperso na superfície do equipamento (ação lavagem).

Inúmeros fatores afetam o desempenho da solução de detergente aplicada a uma superfí-cie, os principais são enumerados a seguir:

Concentração do princípio ativo: a eficiência aumenta com o incremento na concentração, até um limite, acima do qual a eficiência estacio-na, com o aumento de custo e efeito corrosivo.

Período de contato do detergente com o resíduo: em linhas gerais, a remoção dos resí-duos é incrementada com o aumento do tem-po de contato, até um limite a partir do qual o benefício será mínimo.

Temperatura da solução: a eficiência é au-mentada pelo aumento da temperatura, devi-do à menor ligação dos resíduos às superfícies, menor viscosidade das soluções, maior turbu-lência, maior solubilidade dos resíduos e maior velocidade das reações.

Agitação ou turbulência da solução: as-segura um melhor desempenho, garantindo maior remoção dos resíduos.

Page 50: Revista +Carne Ed.3

Especial

Com o objetivo maior de garantir uma su-perfície adequadamente limpa, a formulação ou seleção de um detergente deve levar em consideração os seguintes aspectos:- natureza do resíduo a ser removido;- tipo de material utilizado na construção dos

equipamentos, utensílios e superfícies;- método a ser empregado na limpeza (ma-

nual ou mecânico);- características químicas, principalmente du-

reza, da água utilizada no preparo das solu-ções e na limpeza.

Levando em consideração aspectos como a natu-reza do resíduo a ser removido e suas caracterís-ticas de solubilidade, os seguintes tipos de deter-gentes poderiam ser recomendados (Quadro 1).

A SAniFiCAção nAinDúStriA DE AlimEntoS

Conforme enfatizado anteriormente, o ob-jetivo maior em um programa de sanificação industrial não é a esterilização de superfícies ou equipamentos, mas sim a redução da car-ga microbiana residual a valores muito baixos e compatíveis com a obtenção de produtos em boas condições higiênico-sanitárias.

O êxito num programa de sanificação de-pende, fundamentalmente, da execução ade-quada da operação preliminar de limpeza, pe-los seguintes motivos:- os micro-organismos remanescentes são

protegidos pela matéria orgânica do efeito letal do sanificante;

- a eficiência do sanificante é bastante redu-zida pelo contato com a matéria orgânica;

- o uso eventual do calor torna o resíduo remanescente mais fortemente aderido às superfícies;

- os micro-organismos sobreviventes multi-plicam-se utilizando os resíduos aderentes como substrato.

A seleção do sanificante a utilizar deve ser pre-cedida de uma análise detalhada, levando em conta as seguintes questões:- Há legislação permitindo o uso do sanificante?- Qual a toxicidade?- Qual o poder corrosivo?- Qual o efeito residual no alimento?- O eventual efeito residual é desejável?- Manchas na superfície de equipamentos e

utensílios?- Qual o efeito ambiental e nos efluentes?- Qual o custo?

Um sanificante ideal deveria preencher, em grau ótimo, os seguintes requisitos:- provocar rápida destruição dos microrganis-

mos contaminantes;- ser seguro, atóxico e não irritante aos mani-

puladores;- ser aprovado por órgãos oficiais de registro

e fiscalização;- ser lavável e econômico;- sem efeitos prejudiciais aos alimentos;- ser facilmente regulado e analisável;- ser estável na forma concentrada e em solução;- não ser corrosivo;- compatível com outros produtos e equipa-

mentos;- ser hidrossolúvel.

Com base nestas exigências, existem inúmeras alternativas para uso de sanificantes na indús-tria de alimentos. Basicamente, as opções de produtos ou procedimentos poderiam ser sub-divididas nos seguintes grupos:

Quadro 1 – Detergentes recomendados na remoção de diferentes tipos de resíduosnatureza do alimento ou resíduo Características de solubilidade tipo de detergente

Alimentos proteicos(carnes, aves, pescado)

Hidrossolúvel Detergente alcalino clorado

Alimentos proteicos(carnes, aves, pescado)

Álcali-solúvel Detergente alcalino clorado

Alimentos proteicos(carnes, aves, pescado)

Ligeiramente ácido – solúvel Detergente alcalino clorado

Alimentos gordurosos (manteiga, margarina, óleos, carnes gordas)

Álcali-solúvel Detergente alcalino suave ou forte

Alimentos gordurosos (manteiga, margarina, óleos, carnes gordas)

Não hidrossolúvel Detergente alcalino suave ou forte

Page 51: Revista +Carne Ed.3

- Agentes físicos: compreendendo o uso do calor, na forma de vapor ou água aquecida e, mais raramente, o emprego da radiação UV, em comprimento de onda germicida (240-280 nm);

- Agentes químicos: pelo emprego de com-postos de cloro (gás cloro, hipoclorito de sódio ou cálcio, compostos orgânicos de cloro e dióxido de cloro), compostos de iodo orgânico (iodóforos), compostos de amônia quaternária, compostos ácido aniônicos, áci-do peracético e biguanidas poliméricas.

AGEntES QuímiCoSA eficiência do desempenho dos agentes

químicos está sujeita a uma série de fatores,

entre eles os seguintes:- concentração de uso;- tempo de contato;- pH da solução;- dureza da água;- temperatura da solução;- presença de detergente residual;- limpeza da superfície;- número e tipos de micro-organismos conta-

minantes e presença de esporos.

No Quadro 2 estão resumidas as caracte-rísticas dos principais sanificantes de uso mais difundido e no Quadro 3 são mencionadas al-gumas recomendações para concentrações de uso de alguns deles.

Quadro 2 – Características dos sanificantes mais usuais*

ProPriEDADE VAPor Cloro ioDóForoAmÔniA

QuAtErnáriASAniFiCAntES

áCiDo AniÔniCoSEficiência contra bactérias Gram + +++ ++ ++ ++ ++

Eficiência contra bactérias Gram - +++ ++ ++ - ++

Eficiência contra esporos bacterianos

++ ++ - + +

Eficiência contra bacteriófagos +++ ++ ++ - ++

Ação corrosiva - ++ + - +

Afetado pela dureza da água - - + Variável +

Irritante à pele +++ ++ + - ++

Efeito da matéria orgânica +++ ++ - + -

IncompatibilidadeMateriais

termossensíveisFenóis, aminas, metais moles

Amido, prata

Tensoativos aniônicos, sabões, celulose, madeira, tecidos,

nylon

Tensoativos catiônicos e detergentes alcalinos

Estabilidade a quente (60º C) - Muito instável Instável Estável Estável

Deixa resíduo Não Não Sim Sim Sim

Dosagem Desnecessário Simples Simples Difícil Difícil

Máxima concentração de uso sem enxágue (FDA/USA)

Sem limite 200 mg/L 25 mg/L 200 mg/L -

Custo Caro Mais barato Barato Caro Caro

Eficiência em pH neutro +++ ++ - ++ -

Quadro 3 – Concentrações de alguns sanificantesuSo PrEtEnDiDo SAniFiCAntE rEComEnDADo ConCEntrAção (mg/l)

Formação de película bacteriostática Amônia quaternária 200

Formação de película bacteriostática Ácido aniônico 200

Pisos de concreto Cloro ativo Até 1000

Pisos de concreto Amônia quaternária 500-800

Esteiras de transporte Cloro ativo 300

Esteiras de transporte Iodóforo 25

Paredes e tetos de câmaras de refrigeração Amônia quaternária 500-800

Sanitização das mãos Iodóforo 25

Caixas plásticas (monoblocos) Iodóforo 25

Superfícies porosas Cloro ativo 200

Superfícies porosas Amônia quaternária 200

Equipamentos de alumínio Iodóforo 25

Equipamentos de alumínio Amônia quaternária 200

Equipamentos de aço inoxidável Cloro ativo 200

Equipamentos de aço inoxidável Amônia quaternária 200

Equipamentos de aço inoxidável Iodóforo 25

Paredes Cloro ativo 200

Paredes Amônia quaternária 200

(*) +

++

= M

áxim

a efi

ciên

cia

ou a

ção;

++

= B

oa e

ficiê

ncia

ou

ação

;+

= F

raca

efic

iênc

ia o

u aç

ão; -

= In

efici

ênci

a ou

sem

efe

ito.

Page 52: Revista +Carne Ed.3

Empresas

Soluções efetivasà agroindústriaA Montemil Industrial, sediada em Cha-

pecó (SC), é uma empresa totalmente nacional. Com nome consolidado no

mercado nacional, tem procurado a cada dia o aprimoramento e melhorias no que produz, buscando incessantemente novas tecnologias para atender ao mercado, com produtos e so-luções de acordo com cada necessidade. Além da fabricação de máquinas, prestação de servi-ços de montagem e manutenção industrial de frigoríficos, possui uma equipe especializada na prestação de assessoria no desenvolvimento de projetos, assegurando a garantia e a qualidade.

Entre os equipamentos direcionados para frigoríficos e abatedouros, a Montemil fabrica para diferentes aplicações e dimensões, con-forme a necessidade de produção do cliente. Entre os produtos estão:

AbAtE E DESoSSA DESuínoS E AVES E inDúStriA

Restreiners, mesas automáticas para san-gria, polidores lavadores, polidores secadores, mesas automáticas para evisceração e inspe-ção, plataformas estáticas, lavadores de car-caças, centrifugas para miúdos, desarticulador de mandíbulas – NR 12, serras fita – NR 12, mesas transportadoras para desossa, lavadoras automáticas para caixas, lavador automática de contentores e carros, barreiras sanitárias, lavadores de botas, lavadores de mãos, túneis para escaldagem, depenadoras automáticas, transportadores aéreos, chillers para miúdos e resfriamento, embaladoras.

inDuStriAlizAçãoQuebradores de blocos, moedores, mistu-

radeiras, elevadores, tombadores, transporta-dores helicoidais, seladoras contínuas a vácuo, empacotadoras para salsichas, seladoras para

pacotes, sistemas para bombeamento de mas-sas, carros para estufas, carros para massas, contentores, seladoras plastificadoras continu-as e túnel de encolhimento.

Em 2014, devido a exigências do mercado e, principalmente, para atender as normas re-gulamentadoras, a empresa lançou novos mo-delos de serras fita em conformidades com NR 10/12 e 36. Como novidade também há a se-ladora a vácuo continua, e até final deste ano a Montemil estará desenvolvendo e lançando mais alguns equipamentos.

Quanto às tecnologias empregadas em equipamentos para frigoríficos e abatedouros, a empresa sempre busca os que agregam va-lor ao processo de produção. Volmir da Silva, gerente comercial da Montemil, acredita que primeiramente a indústria deve buscar equi-pamentos modernos, confiáveis, com alta tec-nologia empregada, que atendam às necessi-dades de cada aplicação, possibilitando altos rendimentos, padronização de produtos e prin-cipalmente, a automação de processos com a redução de mão-de-obra humana, que hoje é um dos maiores problemas em uma fábrica e tende a aumentar a cada dia.

Sobre o setor cárneo brasileiro, Silva apre-senta uma visão com um viés positivo: “Estamos em uma crescente há vários anos. Parte disso está nos incentivos do governo, considerados relevantes na liberação de recursos para finan-ciamentos, e também na visão de empresários empreendedores com planejamentos para pro-jetos futuros. Embora haja comentários de uma crise para os próximos meses ou em 2015, as expectativas para nós são as melhores, pois o Brasil por ser e é considerado um celeiro mun-dial na produção de alimentos, com confiabili-dade e qualidade que oferece, acreditamos que continue neste ritmo sem desacelerar”.

Page 53: Revista +Carne Ed.3
Page 54: Revista +Carne Ed.3

Economia

Por Yara Marques

Brasil buscará novos mercados ainda este ano

entre o Brasil e o governo francês. O encontro contou também com a participação do secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Mar-celo Junqueira, e do diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA), Guilherme Marques.

Geller ressaltou a importância da liderança da França no bloco europeu e na defesa dos interes-ses mútuos do país. O ministro brasileiro solicitou o apoio do governo francês na candidatura do atu-al adido agrícola do Brasil em Genebra, Guilher-me Costa, ao posto de vice-presidente do Codex Alimentarius. Fez ainda um convite à autoridade francesa para vir ao Brasil com o intuito de conhe-cer os trabalhos desenvolvidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Leandro Feijó, que esteve presente na reunião, as relações entre o Brasil e a França vão possibilitar a transfe-rência de conhecimento técnico-científico e tecno-lógico nas diversas áreas do agronegócio.

irãO ministro brasileiro participou também de

uma reunião com o colega de pasta iraniano, Mahmoud Hojjati, para discutir a liberação das vendas de carne bovina produzidas no estado de Mato Grosso. Geller solicitou que o em-bargo fosse suspenso porque não há riscos à saúde pública e disse que está confiante que a situação seja normalizada. Hojjati afirmou que vai tentar resolver a questão o quanto antes.

Brasil demonstra ao mundo o compromisso e a qualidade dos serviços de defesa agropecuária

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, fez uma avaliação positiva da viagem à França

durante a 82ª Seção Geral da Assembleia Mun-dial da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Segundo ele, após as reuniões bilaterais e os reconhecimentos obtidos pelo Brasil, o país se prepara para um novo patamar nas ne-gociações internacionais.

“Já estamos entre os maiores exportadores de proteína animal do mundo e queremos ir adiante. Com o reconhecimento de mais oito estados brasileiros como livres de aftosa, além da manutenção do risco insignificante para Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), po-demos planejar junto com o setor privado a ampliação do acesso dos produtos brasileiros no exterior”, afirmou Geller.

O ministro ressaltou o rígido controle sani-tário brasileiro como um dos principais motivos para que a carne brasileira – bovina, suína ou de aves – seja vendida em novos mercados. Ainda segundo ele, o Brasil tem potencial para ampliar a produção de proteína animal no país, além de diversificar a pauta de exportações com produtos com maior valor agregado.

FrAnçAUma das reuniões bilaterais que o titular da

Agricultura no Brasil participou foi com o ministro da Agricultura da França, Stephane Le Foll, para discutir temas que visam às relações comerciais

Page 55: Revista +Carne Ed.3

Segundo Feijó, as informações técnicas pres-tadas pelo Brasil ao serviço veterinário iraniano demonstraram alinhamento das ações adotadas pelo Mapa com as orientações da OIE.

união ADuAnEirANa mesma semana foi realizada uma reu-

nião em Paris com o chefe do serviço veteriná-rio russo, Serguey Dankvert, para tratar sobre temas em negociação. “É importante ressaltar o bom andamento das relações do Brasil com a União Aduaneira porque elas podem ser mais planificadas e intensas”, afirmou Dankvert.

No encontro, Dankvert propôs a habilitação de mais estabelecimentos brasileiros para expor-tação de carne bovina, suína, equina e de aves, e também de produtos lácteos, tais como leite em pó, queijos e manteiga; além de dar conti-nuidade às negociações de abertura do merca-do brasileiro para importação de trigo e grãos.

Para o secretário Marcelo Junqueira, o peso da presença do ministro nas reuniões determi-na resultados positivos, auxiliando nos negócios

internacionais. “Isso proporciona estabilidade no comércio e a possibilidade de ampliação da habilitação do agronegócio do país com a União Aduaneira”, acrescenta o secretário.

árEA liVrE DE AFtoSA EriSCo inSiGniFiCAntE PArA EEb

Também em Paris foram entregues os cer-tificados aos oito estados brasileiros reconhe-cidos internacionalmente como livres de febre aftosa. São eles: Alagoas, Maranhão, Paraíba, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambu-co e a região norte do Pará.

Além disso, o comitê científico da OIE man-teve o status do Brasil de risco insignificante para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) – doença neurodegenerativa que afeta o gado bovino, conhecida como Vaca Louca. O Brasil também obteve o certificado de país livre da peste dos pequenos ruminantes (como ovinos e caprinos), doença que causa febre e diarreia.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Crescendo com você

NOVA SEDE

Lactato de sodio

Carragena

Eritorbato de sodio

Gluna delta Lactona

Glutamato Monossodico

Gluconato de Sodio

Proteina micronizada de SojaProteina micronizada de Soja

Redes Elasticas para Embutidos 14F

Extensa linha de BLENDS específica para sua solicitação.

Av. Lico Maia, 57 Didadema - SPEmail: [email protected]

Tel: 11 4057-4053

Crescendo com você

NOVA SEDE

Lactato de sodio

Carragena

Eritorbato de sodio

Gluna delta Lactona

Glutamato Monossodico

Gluconato de Sodio

Proteina micronizada de SojaProteina micronizada de Soja

Redes Elasticas para Embutidos 14F

Extensa linha de BLENDS específica para sua solicitação.

Av. Lico Maia, 57 Didadema - SPEmail: [email protected]

Tel: 11 4057-4053

Page 56: Revista +Carne Ed.3

Empresas

Criada em 1998, a Bumerangue Brasil Industrial operava na área de injeção de peças em plástico e nylon. Com o

crescimento no decorrer dos anos, a empresa reestruturou seu trabalho internamente e ex-ternamente para aumentar a gama de produ-tos e de segmentos de mercado.

Em 1998, a Bumerangue possuía apenas um único produto e atendia praticamente uma empresa do setor de alimentos. Atualmente, são mais de 150 produtos desenvolvidos, e mais de 400 clientes cativos espalhados pelo território nacional e internacional. Entre eles estão grandes produtores do setor de alimen-tos, metal mecânico, cutelaria, produtores de equipamentos, entre outros.

Em 2009, em parceria com a Microban, a Bumerangue lançou uma linha de produtos com Proteção Antimicrobiana Microban® na fabri-cação de esteiras modulares para transporte de alimentos. O produto evidenciou a preocupação da empresa em oferecer produtos com esse dife-rencial, uma vez que, a proteção antimicrobiana diminui os riscos de contaminações e a formação de biofilmes em superfícies que entram em con-tato direto com alimentos. Desse modo, os equi-pamentos destinados aos processos produtivos proporcionam à indústria alimentícia um melhor padrão de higiene e segurança alimentar.

Neste ano, a empresa lançou a Esteira EMRPN 50, que segundo o diretor da Bume-rangue, Gonçalo G. Coelho, é a esteira modu-lar plástica mais higiênica do mercado.

Para o desenvolvimento de seus produtos, a Bumerangue direciona seus projetos em três tó-picos principais: tecnologia de transporte, pro-jetos de layout para abatedouros e consultoria para melhoria da produtividade e competitivida-de. De acordo com o diretor, toda a linha (es-teiras lineares e modulares, perfis de desgaste, transportadores aéreos, correntes arrastadoras e acessórios) é direcionada para frigoríficos e aba-tedouros. Coelho também afirma que o “traba-lho da empresa é voltado para aumentar a pro-dutividade e garantir a sanidade dos produtos processados. Assim, além de disponibilizarmos produtos com garantia de funcionalidade, tam-bém temos um foco muito grande na garantia da segurança alimentar, com um trabalho vol-tado a higiene e a redução de contaminantes”.

Atualmente, no mercado há muitas em-presas aventureiras, que tem como objetivo lucrar em curto prazo, ao contrário da Bume-rangue, como relata Coelho: “Nós já estamos no mercado há mais de 15 anos e queremos permanecer por muito mais tempo. Além dos nossos produtos terem garantia de qualidade e de funcionalidade, também temos um quadro técnico capaz de atuar rapidamente sobre as principais necessidades de nossos clientes, que são a garantia do funcionamento de nossos produtos, aumento da produtividade e garan-tia da segurança alimentar”.

A Bumerangue também disponibiliza para seus clientes o apoio em projetos e em consul-toria para melhoria da produtividade.

Tecnologia em movimento

Page 57: Revista +Carne Ed.3
Page 58: Revista +Carne Ed.3

Economia

Exportações do agronegócio atingiramUS$ 9,61 bilhões

Por Rayane Fernandes

O setor de carnes foi o segundo em vendas no mês de junho, com US$ 1,42 bilhão e 489 mil toneladas embarcadas

Em junho de 2014, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram a cifra de US$ 9,61 bilhões e as importações

alcançaram US$ 1,21 bilhão. O principal setor exportador foi o complexo de soja, com vendas externas de US$ 4,62 bilhões e 8,73 milhões de toneladas embarcadas. As informações são da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Já o segundo setor em vendas no mês de junho foi o de carnes, com US$ 1,42 bilhão e 489 mil toneladas embarcadas. A carne de frango foi destaque nas exportações, com US$ 617 milhões em receita no período. Já a carne bovina gerou US$ 582 milhões em receita e a carne suína e de peru atingiram US$ 167 mi-lhões e US$ 22 milhões, respectivamente.

Com relação às exportações para os blocos econômicos, em junho deste ano, o principal destino foi a Ásia, com participação de 42,6% sobre o total das vendas no período e um mon-tante de US$ 4,09 bilhões. A União Europeia permaneceu na segunda colocação, com US$ 2,24 milhões.

últimoS DozE mESESNos últimos doze meses, as exportações do

agronegócio atingiram a cifra de US$ 99,51 bi-lhões, com o complexo de soja na liderança, atingindo a marca de US$ 33,85 bilhões no pe-ríodo e o setor de carnes alcançou US$ 16,82 bilhões.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Page 59: Revista +Carne Ed.3
Page 60: Revista +Carne Ed.3

Empresas

Bertolini faz 45 anos

A Bertolini, especializada em sistemas de armazenagem, completa 45 anos em 2014. Ao todo, o grupo tem aproxi-

madamente 1.200 funcionários, com unida-des em Bento Gonçalves (RS), Cabo de Santo Agostinho (PE), Aparecida de Goiânia (GO), Guatemala, e a nova unidade fabril, que será finalizada em 2014, em Colatina (ES).

A história da Bertolini começou a ser es-crita em 25 de agosto de 1969, quando os irmãos Walter, Rui, Raul, Henrique e Antônio assumiram o desafio de dar continuidade ao trabalho do pai – exímio ferreiro – e funda-ram o próprio negócio no ramo metalúrgico. O projeto iniciou pequeno, num porão de 80 m², como uma serralheria. Já no ano se-guinte, a empresa mudou-se para um local mais amplo e, em 1972, consolidando sua trajetória, a Bertolini ergueu 1.400 m² de área coberta no local da atual matriz, Bento Gonçalves (RS). Um ano mais tarde, com a ampliação do pavilhão para 3.600 m², a em-presa iniciou a produção e a comercialização de estruturas metálicas.

Atualmente a empresa está concluindo sua nova unidade produtiva em Colatina (ES), com previsão de dobrar as vendas em um período de quatro anos após o início das operações no local. Com isso, atingirá capacidade produtiva de 60 mil toneladas/ano. O complexo que está sendo construído, desde agosto de 2012, na cidade capixaba, fica em um terreno de qua-se 260 mil m² e contará com dois pavilhões, prédios administrativos e de apoio, totalizando mais de 50 mil m². A nova unidade compreen-de os negócios de sistemas de armazenagem e cozinhas de aço. A principal vantagem da ex-pansão da empresa para o centro do país con-

templa os aspectos logísticos – com destaque para a proximidade das usinas siderúrgicas e, também, dos mercados do sudeste e nordeste.

De acordo com a Bertolini, o diferencial da empresa no setor é caracterizado pelas solu-ções reconhecidas na eficiência em atender às necessidades de cada projeto. Assim, a Berto-lini tem consolidada a posição de referência junto ao mercado no segmento de sistemas de armazenagem em âmbito nacional e, também, somado episódios de sucesso no exterior.

A empresa possui um setor de P&D próprio, que além de estudar melhorias no produto, acompanha o mercado através de feiras nacio-nais e no exterior. Além disso, a Bertolini possui um laboratório de testes estruturais próprio, onde já foram feitos mais de três mil ensaios.

O portfólio traz alternativas em logísti-ca, estocagem e movimentação de produtos, aperfeiçoadas permanentemente no decorrer de mais de quatro décadas de experiência acu-muladas pela marca. Assim, a linha de produ-tos está nos sistemas de armazenagem estáti-ca, dinâmica e automatizada.

Além da diversidade de opções, os clientes encontram à sua disposição um departamento especializado em engenharia e projetos que re-aliza estudos, planejamento e desenvolvimen-to de métodos e sistemas de armazenagem adequados às demandas de cada caso. Desse modo, a empresa atende de forma personali-zada cada projeto, de acordo com as necessi-dades de cada cliente e presta assistência téc-nica e todo o suporte no acompanhamento do projeto, montagem e entrega do produto.

A Bertolini trabalha em todas as regiões do Brasil, e também no exterior, como Bolívia, Peru, Colômbia, Uruguai e Paraguai.

Page 61: Revista +Carne Ed.3
Page 62: Revista +Carne Ed.3

Especial

Ao pensar na área de tratamento de efluentes da indústria de carnes, os principais elementos que devem ser re-

tirado das águas são os DBO (Demanda Bioquí-mica de Oxigênio), DQO (Demanda química de Oxigênio), sangues e as gorduras. A retirada é necessária, pois, quando um efluente de aves, suínos ou bovinos entra em contato com um corpo de água (rio, lago etc.), o DBO retira o oxigênio desta água, fazendo com que ocorra a mortalidade de peixes e demais consequên-cias nefastas para a fauna.

A DBO corresponde à quantidade de oxi-gênio consumida na degradação da matéria orgânica, ou seja, a matéria orgânica retira o oxigênio no momento de sua degradação, e quando a DBO é despejado em alta concentra-ção in natura nas águas de um rio, este oxigê-nio é sequestrado da água, e por consequên-cia, falta oxigênio para os peixes.

Já a DQO é a matéria orgânica suscetível a ser oxidada por meios químicos.

As gorduras, como também o sangue, possuem concentrações elevadas de carga orgânica (DBO) que também atuam no sequestro de oxigênio.

Para as indústrias de carne, o tratamento consiste em etapas chamadas de primária e se-cundária, que são tecnologias diferentes: fisio-químicas e biológicas.

As tecnologias utilizadas na redução da geração de efluente são medidas de controle interno e são aquelas que têm como objetivo a redução do volume de resíduos e da carga poluidora. De modo geral abrangem:• Reusoereciclagemeutilizaçãocontrolada

da água;• Medidasdereaproveitamentodeseuspro-

dutos potencialmente poluidores;• Modificações em operações e processos

para redução dos consumos.

A importância do

tratamento de efluentes na

indústria da carne

Page 63: Revista +Carne Ed.3

O Brasil está alinhado com as mais modernas tecnologias de tratamento de efluentes utiliza-das pelos países desenvolvidos. Quanto às tec-nologias da Multidraw, todas foram absorvidas do Canadá, Japão, Alemanha e Estados unidos. Isso porque no Brasil, há 20 anos, só existia na área universitária o curso de engenharia sanitá-ria. Esse não era suficiente, pois 90% das tec-nologias estudadas nesse curso focavam apenas os esgotos sanitários, e não enfatizavam as de distintos segmentos, como química, metalúrgi-ca e outras. Portanto, o Brasil caminha para mo-dernas tecnologias, devido à vinda de empresas multinacionais, que vem trazendo novas meto-dologias de tratamento, isso também alinhado a evolução de novos cursos implantados por entidades particulares e federais em nosso país.

Entre as tecnologias utilizadas pela Multi-draw nas estações projetadas e executadas para indústrias de carne, a mais utilizada para

o segmento é o sistema de lodo ativado por ae-ração prolongada. As lagoas, filtros biológicos e valo de oxidação também são utilizados, po-rém o sistema de lodo ativado, combinado com outras tecnologias, ainda é o mais utilizado por ser mais eficiente na remoção de carga orgânica (até 98% de remoção), por ocupar pouco espa-ço físico e ter fácil operacionalidade.

É importante salientar que no momento de implantação da estação de tratamento de efluentes, a escolha é do proprietário, porém a empresa contratada tem o papel de orientar o cliente, mostrando qual a melhor tecnologia e quais suas vantagens e desvantagens, visando sempre à relação entre custo e benefício.

A MultiDraw é uma empresa de mais de 20 anos de mercado, possuí várias tecnologias para tratamento de efluentes líquidos, para qualquer segmento industrial e atua em mais de 12 estados do Brasil.

Dep

ositp

hoto

s

Page 64: Revista +Carne Ed.3

Empresas

Aposta em

pessoas e

qualidadeOs valores, inovações e políticas adota-

das fazem toda a diferença na con-solidação de uma empresa. Por trás

de grandes vendas e bons clientes existe uma equipe que faz com que todos os resultados aconteçam. A Icavi (Indústria de Caldeiras Vale do Itajaí) tem plena consciência disso e por esse motivo, em apenas oito anos, seu desen-volvimento foi surpreendente. Atualmente ela compete com empresas internacionais consoli-dadas há anos no mercado.

Tudo começou com uma empresa presta-dora de serviços de usinagem chamada Usina-gem Mayer. Algumas parcerias surgiram e, a partir delas, no ano de 2005, nasceu a Icavi. Por dois anos, a sede da nova empresa foi em um prédio, com 1.000 m², localizado na cidade de Ibirama (SC). Como o espaço foi ficando pe-queno e a demanda de serviço e a quantidade de produtos fabricados estavam além da capa-cidade inicial do negócio, a única solução foi buscar um novo local para montar um parque fabril que suportasse as peças já em produ-ção e que possibilitasse um crescimento ainda maior. O terreno com essas especificações foi encontrado em Pouso Redondo (SC), e possui aproximadamente 33 mil m².

árEA DE AtuAçãoPara a empresa, o primeiro semestre de

2013 teve um saldo bastante positivo e um

mercado novo foi conquistado pela Icavi: o Mercosul. Uma caldeira, com capacidade de 30 toneladas por hora, foi inaugurada no Chile. Outras duas, com capacidade de 33 t/h para cada uma, foram vendidas para o Uruguai.

Espanha, Costa Rica e França também fa-zem parte do mercado de atuação. Inclusive, a maior caldeira de biomassa da França foi pro-duzida pela empresa catarinense. Ela come-çou a funcionar, no final de 2011, na cidade de Beinheim, e é considerada uma das maiores caldeiras de toda a Europa. Hoje existem ao todo 14 na França.

Os produtos oferecidos pela Icavi são cal-deiras aquatubulares e flamotubulares, gera-dores de calor a seco e refrigerados, aquecedo-res de fluído térmico, sistemas de alimentação e acessórios.

CrESCimEntoClaudio Mayer, sócio-gerente da Icavi, des-

tacou o crescimento substancial da empresa, que aconteceu devido à dedicação e envolvi-mento de toda a equipe: “Valorizar clientes, funcionários e parceiros. Esse é o segredo do crescimento da Icavi”. O trabalho em conjunto aperfeiçoou os equipamentos da empresa, fato que foi fundamental.

Para Mayer, a concorrência no mercado pode ser acirrada, mas a qualidade e a exclusi-vidade fazem a diferença. E o desafio é queimar

Page 65: Revista +Carne Ed.3

outras fontes de calor: casca de árvore, recorte de plantas de cidades, resíduos industriais, en-tre outros materiais que variam de acordo com a necessidade do cliente.

A preocupação com o meio ambiente é ou-tro diferencial que contribui para o crescimento da empresa. O Brasil ainda não possui regras para a produção de caldeiras. Contudo, ao per-ceber as vantagens para a própria Icavi e para a natureza, a empresa decidiu seguir o rigoroso padrão aplicado pela norma ASME (American Society of Mechanical Engineers), seguido nos Estados Unidos e na Europa. “Estamos no ca-minho para conseguir essa certificação”, afir-mou o sócio-gerente.

A imPortÂnCiA Do ColAborADorDe acordo com Mayer, os números de

vendas, lucros, fábrica e funcionários impres-sionam, mas o objetivo é não parar por aí. In-vestimos continuamente no colaborador, com treinamento, curso, inclusive com diploma. Porque isso é importante, faz a diferença.

Esse investimento e preocupação com os 300 colaboradores indiretos e diretos são visíveis principalmente na fábrica. “Qualquer pessoa que entra nessa área precisa usar os EPIs (equi-pamentos de segurança individual). Para fisca-lizar e garantir que tudo seja feito da maneira correta, a empresa conta com dois técnicos em segurança do trabalho”, relata o sócio-gerente.

“O grande segredo é que a Icavi não exige somente a produtividade do funcionário: ela busca crescer junto com ele. Cursos de capa-citação são oferecidos aos auxiliares de pro-dução e demais contratados. Os soldadores geralmente já são contratados com alguma ex-periência, mas se necessário são capacitados. Isso faz com que o funcionário se sinta valori-zado e goste do trabalho”, garante Mayer.

tECnoloGiAClassificado como um dos grandes diferen-

ciais da Icavi, a automação é um item funda-mental em todos os projetos da empresa. Um software instalado na caldeira grava todas as

suas informações. Esse sistema proporciona economia de combustível, pois o equipamento trabalha sincronizado com mais ou menos vapor e só envia combustível quando for necessário.

O histórico da operação da caldeira pode ser extraído em forma de planilhas, o que per-mite uma análise exata da produção. Proble-mas, custos operacionais e demandas de pro-dução são facilmente detectáveis.

A maior facilidade que esse software forne-ce é a manutenção. Tudo é feito de forma digi-tal e se a máquina está com algum problema, um relatório é gerado informando exatamente onde está o defeito.

Caso algum problema aconteça e um con-serto seja necessário, a empresa que possui a caldeira pode entrar em contato com a Icavi por telefone e fornecer dados do equipamento. Des-sa forma, todo o histórico da caldeira será visível no computador do técnico e ele poderá fazer o reparo no mesmo momento. Com isso, não é preciso deslocar uma equipe até a fábrica para identificar e resolver o problema. Uma caldeira na Costa Rica foi ligada diretamente com Pouso Redondo. Um marco na vida da empresa.

Page 66: Revista +Carne Ed.3

Índice de Anunciantes

Bumerangue ........................................................................... 23

Cobra Correntes ..................................................................... 25

Cold Air ...........................................................................4ª capa

Dois Irmãos ............................................................................. 21

Embala Nordeste ..................................................................... 59

Fibrasil .................................................................................... 15

Food Ingredients ..................................................................... 57

Haarslev .................................................................................. 41

Handtmann .............................................................................. 9

Instituto de Embalagens .......................................................... 61

International FoodTec Brasil ..................................................... 53

Isoeste ...................................................................................... 7

Isterm ..................................................................................... 16

Klainox ................................................................................... 37

Metalúrgica Z .......................................................................... 33

Middleby ................................................................................ 31

Montemil ................................................................................ 11

Nutri.com ............................................................................... 55

Nyroplast ................................................................................ 35

Perfor ..................................................................................... 13

Poly-clip .................................................................................... 5

Reepack .................................................................................. 43

Rool ........................................................................................ 27

SEW .................................................................................3ª capa

Stelka ...........................................................................2ª capa/3

Unirons ................................................................................... 17

ErrAtA

Na edição anterior (nº 2), na página 56, foi publicada a data errada da fundação da empresa Shiguen. A data correta é 14 de março de 1995.

Page 67: Revista +Carne Ed.3
Page 68: Revista +Carne Ed.3