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Secretaria da Cultura apresenta os projetos que transformarão a paisagem urbana de Ribeirão Preto

Revista cidade histórica

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Secretaria da Cultura apresenta os projetos que transformarão a paisagem urbana de Ribeirão Preto

Com pouco mais de 600 mil habitantes, Ribeirão Preto sempre foi, desde a sua fundação, uma cidade predestinada a ser moderna. Sua geografia, sua terra roxa e seus ilustres mora-dores visionários garantiram este adjetivo.

Mas a busca incessante pela modernidade se deu em conflito com a preservação histórica, arquitetônica e de suas tradições.

Com este diagnóstico, a Secretaria da Cultura do município implantou o Programa de Prote-ção e Preservação Patrimonial de Ribeirão Preto que prevê um conjunto de ações na área material e imaterial.

As propostas estão reunidas no projeto Ribeirão Preto Cidade Histórica que reconhece os corredores culturais do município e protege a paisagem cultural do café.

Pesquisa realizada pela Rede de Cooperação Identidades Culturais reconheceu seis corre-dores culturais no município de Ribeirão Preto. O projeto é amplo e pensa a cidade para os próximos 10 anos.

BONFIM PAULISTACENTRO VILA VIRGÍNIA

VILA TIBÉRIO IPIRANGA CAMPOS ELÍSEOS

APRESENTAÇÃO

CENTRO O projeto de revitalização do centro é amplo e prevê o término das obras antien-chente, a recuperação do calçadão com a troca do piso, o aterramento dos fios, a limpeza da comunicação visual, a construção de galerias de descanso, com sanitá-rios, fraudários e bebedouros, a restauração de casarões e ocupação cultural, a transformação da rua José Bonifácio em corredor histórico e recuperação das fachadas, a restauração do Mercadão com dinamização do uso, a ampliação do calendário cultural realizado no centro, qualificação da Feira de Artesanato e a destinação de um novo uso para o prédio do antigo Hotel Brasil.

CORREDOR CULTURAL JOSÉ BONIFÁCIOA proposta de revitalização da rua José Bonifácio revela a importância do local: uma das áreas comerciais mais antigas da cidade. Os comerciantes do lugar avaliaram positiva-mente o projeto e aderiram.A CPFL está trabalhando mudará a fiação até o final de 2011. O escritório de Arquitetura da Uniseb está fazendo os estudos das fachadas

A Coral participará da revitalização com o projeto Tudo de Cor Pra Você.O modelo de comunicação visual das facha-dasseguirá as determinações do Cidade Limpa. A Secretaria da Cultura atuará no local a fim de propor atividades dentro da Economia Criativa, incentivando algumas atividades.

MERCADÃO

PRÉDIOS HISTÓRICOS

O Mercadão é um bem arquitetônico tombado pelo Conppac e deverá ser reconhecimento também como bem imaterial.O orçamento para as obras de restauração está estimado em R$ 1.500.000,00, dos quais R$ 300 mil já foram liberados pela Prefeitura no orça-mento de 2012.A fachada busca privilegiar a obra de Bassano Vacarini. No interior serão investidos recursos na iluminação,no telhado, no piso, nos sanitários, no escoamento de lixo, e na ventilação.

A Paulicéia Arquitetura de Restauro é parceira nesta iniciativa e proponente junto ao Proac para a primeira fase e será também nas fases seguintes pelo Pronac.

O programa de Preservação do Patrimônio de Ribeirão Preto regula-menta várias inicitivas a fim de viabilizar as restaurações de prédios públicos e privados. Muitas parcerias já foram firmadas entre a Secre-taria da Cultura e entidades culturais e vários projetos estão tramitan-do junto aos governos estadual e federal, em busca de recursos.Para os privados, como o Palacete Camilo de Matos, Solar Murdocco, entre outros, a proposta são permutas. De posse do bem a Secretaria abrirá cessão de uso do espaço em contrapartida ao investimento em restauro.Para os públicos, em especial o Palácio Rio Branco e o prédio do Marp, a estratégia é pleitear recurso no PAC do Patrimônio em 2012.

DiederichsenSolar Murdocco

Marp

Palacete Camilo de Matos

Palácio Rio Branco

VILA VIRGÍNIA No antigo bairro da República, atual Vila Virgínia, as ações de proteção do patri-mônio começam pela restauração da casa caramuru e a ocupação cultural do imóvel e terminam na avenida Bandeirantes. A proposta é transformar as ruínas do barracao do café em um Centro de Formação Cultural em parceria com a Asso-ciação Dança Vida

CASA CARAMURUA mais antiga casa edificada de Ribeirão Preto merece lugar de destaque no Programa de Preser-vação do Patrimônio da Secretaria da Cultura. Um projeto para autorização de captação de R$ 600 mil em ICMS está tramitando no Governo do Estado.

Com este recurso espera-se elaborar o projeto arquitetônico e obras emergencias de proteção e segurança.Depois, novas ações de captação deverão ser conduzidas até o final do restauro.

BARRACÕES DO CEAGESPUm dos barracões do café localizados na Avenida Bandeirantes, deverá ser trans-formado em Centro de Formação Cultural em uma parceria entre a Secretaria da Cultura e a Associação Dança Vida. A enti-dade atuará como captadora de recursos para o restauro.

14 mil metros quadradosum teatro de 200 lugaressalas de aulaespaços expositivos

VILA TIBÉRIOA proteção da Vila Tibério acontece nos limites do bairro. O Museu Histórico, loca-lizado no campus da USP, será revitalizado. O projeto prevê a construção de uma reserva técnica e de um café gourmet e a criação de uma nova cenografia, mais moderna e interativa, assim como já realizada no Museu do Café. A Avenida Jerônimo Gonçalves, quase toda revitalizada, receberá atenção espe-cial. O projeto Cidade Histórica prevê a recuperação da praça Francisco Schmidt com a restauração da antiga Maria Fumaça.

PRAÇA FRANSCISCO SCHMIDTA ferrovia faz parte da história de Ribei-rão Preto. Na tentativa de preservar esta relação estão sendo conduzidas várias atividades. No bairro Vila Tibério, a proposta é restaurar a Maria Fumaça que está estacionada na Praça Francisco Schmidt e fazer uso cultural da máqui-na, permitindo visitação com contação de histórias .Este projeto está tramitando no Gover-no do Estado a fim de ser beneficiado com captação de ICMS no valor de R$ 250 mil.Outras ações de recuperação da praça estão sendo pensadas pelo Escritório de Arquitetura da Uniseb.A revitalização deste espaço está vincu-lada à recuperação da Avenida Jerônimo Gonçalves, do antigo prédio da Cerveja-ria Antárctica, que também implicará em novo uso so espaço.

Museu do Café

Museu Histórico

O Museu do Café recebeu R$ 200 mil de investimentos em 2010, de recursos privados. Foram realizados reparos na obra, nova cenografia, material educativo - vídeo inte-rativo, livro, jogo e o documentário “Filhos do Café”.Mas ainda são necessários investimentos para troca do telhado.

Uma Curadoria especialmente criada para pensar os Museus de Ribeirão Preto trabalha na elaboração de um Plano Museuológico para adequar a missão do Museu Histórico, que ao longo do tempo se tornou um museu de varie-dades. Para qualifica-lo a fim de que possa estyar entre os melhores são necessárias vearias iniciativas:

Construção de uma reserva técnica;Restauração do prédio;Nova cenografia;Projeto educativo;Criação de um bar café;Formação de equipe.

IPIRANGAO destaque do bairro Ipiranga, antigo Barracão é para a velha estação de trem onde chegavam os imigrantes. O projeto de um Museu Ferroviário se justifica pela importância da Cia Mogiana na história econômica de Ribei-rão Preto. O museu deverá ser interativo, com muitos recursos virtuais, respeitando o espaço e as condições do lugar. A propriedade do Barracão está sendo negociada com o Governo Federal desde 2009.

MUSEU DO TREM

A Sociedade Danta Alighieri com a anuência do Instituto História do Trem é proponente, junto ao Proac, de projeto que permite captação em ICMS no valor de R$ 600 mil. Se aprovado pelo Governo do Estado, o recurso será suficiente para a obra de restauro.O artista Cordeiro de Sá é proponente de projeto, também ao Estado, que prevê recurso para a

realização de material digital sobre a história do trem em Ribeirão Preto.A proposta da Secretaria da Cultura é criar o museu em parceria com o Instituto História do Trem e unir as duas iniciativas, da Dante Alighieri e do artista Cordeiro de Sá, ou seja, restaurar o prédio e instalar um Museu virtual do trem, em diálogo com o acervo da Mogiana recuperado.

CAMPOS ELÍSEOSO bairro Campos Elíseos tem em sua Avenida da Saudade um corredor cultu-ral. Entre seus atrativos históricos está a arquitetura dos túmulos do Cemité-rio e a imponência da Igreja Santo Antonio. De um outro lado, o bairro exibe a história do trabalhador da antiga fábrica de tecidos Matarazzo-Cianê.

COMPLEXO CULTURAL MATARAZZOSão 39 mil metros quadrados que restaurados darão lugar a vários equipamentos. 10 mil metros quadrados para uma unidade da Fatec, Faculdade Técnica do Estado de São Paulo, em parceria com o governo estadual. Serão três cursos iniciais 2 mil metros quadrados para o MIS – Museu da Imagem e do Som José da Silva Bueno, importante equipamento cultural da cidade, criado em 1978. 4 mil e 500 metros quadrados para a Biblioteca Pública Municipal Guilherme de Almeida que hoje está modestamente instalada na Casa da Cultura. Com a ampliação, além da modernização da Biblio-

teca projeta-se um acervo de 100 mil volumes.

4 mil metros quadrados para a instalação de uma sede da Pinacoteca do Estado, em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura. A cidade será pólo de difusão das artes visuais, podendo receber público de toda a região.

Mil metros quadrados para o Memorial da Fábrica. É neste espaço, moderno e interativo, que se pretende guardar a história da indústria Matarazzo, dos homens e mulheres que trabalharam na fábrica e do bairro.

desenho da portaria 1

6 mil metros quadrados ao Arquivo Público e Histó-rico. Um dos mais significativos arquivos do Estado pela importância do acervo que guarda.

projeto da Pinacoteca do arquiteto Aurélio Martinez Flores

Memorial da fábrica

O Memorial da Fábrica deverá guardar a importante história da antiga Matarazzo. Mais de 20 horas de depoimentos já foram gravados. Um projeto para captação de recur-sos via ICMS tramita no Governo do Estado, no valor de R$ 250 mil para pesquisa e criação da cenografia do Memorial.

O Instituto Ação Silêncio é o parceiro da Secretaria da Cultura e proponente de Lei Rouanet aprovada no valor de R$ 9 milhões.

MORRO DO SÃO BENTOAinda nos Campos Elíseos, o Morro do São Bento deve ser administrado como um Parque Cultural. A revitalização do lugar já começou. As esculturas de Bassano Vacarini e Thirso Cruz foram restauradas, o Parque ganhou novo paisagismo e iluminação. Na segunda está projetada uma homenagem a artista Odila Mestriner, a reforma da Casa da Cultura e ampliação da Escola de Arte. O Teatro de Arena, importante patrimônio histórico, será totalmente reformado. O Teatro Municipal receberá obras de modernização.

R$ 330 mil de recursos privados já foram inves-tidos no projeto de revitalização do Morro São Bento. Recursos que possibilitaram o restauro dos conjuntos de esculturas de Bassano Vaca-rini e Thirso Cruz, iluminação, paisagismo,

calçamento. Outro projeto de R$ 500 mil tramita no Governo do Estado para captação em ICMS. Este valor deverá ser investido na reforma da Casa da Cultura e na fase dois do Jardim das Esculturas.

Teatro de ArenaA Prefeitura já comprou o projeto arquitetônico e executivo para a reforma do Arena. O investimento necessário é de R$ 1.500.000,00. Várias ações estão sendo empenha-das em busca de recursos. Uma delas é a proponência da Pau Brasil, junto ao Governo do Estado a fim de poder captar R$ 500 mil em ICMS.

Parque Cultural A proposta da revitalização propõem a gestão no espaço enquanto Parque e sugeri o fecha-mento do local para garantias de segurança. Os mirantes abixos foram pensados para permitir que a área verde protegida possa ser apreciada.

Estudos iniciais foram feitos em parceria com a AEAARP Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

BONFIM PAULISTAO distrito de Bonfim Paulista deve ser reconhecido como uma Área de Proteção Cultural. Sua arquitetura revitalizada e espaços hoje vazios devem receber novos projetos de economia criativa. Turismo rural, gastronomia caipira, a memória do cancioneiro, a ocupação da praça pela arte, o museu, a vida do interior. Um lugar do passado em pleno vigor econômico.

Parceria com a Fundação Alphavil-le e arquitetos de Ribeirão Preto viabilizará elaboração de projeto que pretende, a partir do inventá-rio cultural realizado pela Rede de

Cooperação Identidades Culturais, estudar o conjunto arquitetônico do Distrito e propor ações de restauro e ocupação diversi�cada com foco na Economia Criativa.

Com os estudos concluídos, a Secretaria da Cultura pretende fomentar no Distrito, ativi-dades culturais compreendidas dentro da Economia Criativa, como a realização de feiras de arte, festas religiosas, projetos de grastronomia rural, turismo ecológico, passeios de charretes, incentivo aos botecos, apresentações de músicas e artes na praça central, apoio aos atelies de artes visuais, entre outras ações que estimulam os proprietários de imóveis de interesse históri-co a transformarem seus patrimônios em estabelecimentos comerciais no ramo na cultura.

Outra iniciativa para o local é a criação do Centro da Memória do Cancioneiro, um projeto que tem como objetivo de preservar a história do homem do campo como também difundi-la.

O prédio antigo da CPFL continua exatamente como neste foto da década de 1930. De proprie-dade privada, o Museu instalado no local deverá fazer parte do roteiro de Museus de Ribeirão Preto. O trabalho é a criação de novas parcerias que viabilize o funcionamento do equipamento cultural e o coloque no circuito dos museus do inteiro do Estado de São Paulo.

Protegido o passado, é preciso investir no potencial cultural do município com ações pensadas para o futuro. Ribeirão Preto deve entrar no circuito dos Museus. Uma das propostas é a criação do Museu do Tempo, um espaço cultural que nasce para fazer parte do roteiro internacional de Museus e que conta com a participação do arquiteto Décio Tozzi.Moderno, ousado, contemporâneo, guardador de uma temática que iguala a todos, pois o tempo está na base da vida.A segunda proposta é a confirmação do nosso espaço na litera-

tura. Uma homenagem à Feira do Livro com a criação do Museu da Literatura. Espaço permanente do livro.Uma homenagem ao Palhaço Piolim está programada com a criação de uma praça, projeto do artista Roberto Bérga-mo. contemplação.Esforços coletivos deverão confirmar o Studio Kaiser de Cinema como referência da nona arte, com a concretização do centro de formação de artistas e técnicos e pólo da produção cinematográfica.

O projeto Ribeirão Preto Cidade Histórica reconhece as fazendas de café do município e todo o acervo ferroviário da antiga Cia Mogiana e projeta novas relações de pertencimento com estes lugares.Mais do que rever e proteger a paisagem urbana do município, o projeto propõe um reencontro entre a cidade e seu morador.

E mais...

Roteiro cultural do café

Você não gostaria de viver para ver esta cidade?

Praça do Palhaço PiolimEstação ferroviária

Prefeitura Municipal de Ribeirão PretoPraça Barão do Rio Branco, s/n

Secretaria da CulturaAlto do São Bento, s/n

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(16) 36322343 (16) 36361206Ribeirão Preto - SP

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paisagem urbana da cidade.