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Nº 65 / ANO XVIII NOVEMBRO 2014

Revista Conviva Novembro 2014

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Page 1: Revista Conviva Novembro 2014

Nº 65 / ANO XVIIINOVEMBRO 2014

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ESPAÇO DO LEITORSe você quiser fazer comentários, sugestões, críticas ou tirar dúvidas, entre em contato conosco pelo telefone (48) 3251-1500 ou pelo e-mail [email protected]

EXPEDIENTE

DIRETOR-GERALAfonso Luiz Silva

DIRETORA ACADÊMICAJane Lúcia Pedro

DIRETOR ADMINISTRATIVOFábio Luiz Marian Pedro

CONSELHO EDITORIALCarlos Eduardo Martins

Louisa Carla Farina SchröterMárcio Alexandre Pereira

Patrícia Grumiche SilvaPe. João Quirino Weber

Rozangela Kons MartendalRodrigo dos Passos

Magali Schmitz Knoll

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOMarcca Comunicação

FOTOGRAFIASMárcio Alexandre Pereira

Tiago Cristhian CostaJosé Renato Duarte

Acervo Colégio Catarinense

REVISÃO E CORREÇÃO DE TEXTOSDanieli Galvani

João Júlio Freitas de OliveiraAline Natureza de Andrade Silveira

CONTATOSetor de Comunicação

(48) 3251-1593R. Esteves Júnior, 711 - Centro

Florianópolis/SC - CEP 88015-130(48) 3251-1500

www.colegiocatarinense.g12.br

04 EDITORIAL

07 EDUCAÇÃO

09 NOTÍCIAS

13 CLICK UNIDADE I

14 ESPIRITUALIDADE

17 ENTREVISTA

18 MÚSICA

20 CIDADANIA

22 CLICK UNIDADE II

24 SÃO JOSÉ DE ANCHIETA

30 FAMÍLIA

32 ENQUETE

35 HORA DO CONTO

36 MEMÓRIA

37 LITERATURA

38 SUSTENTABILIDADE

Page 4: Revista Conviva Novembro 2014

O ano de 2014 foi muito especial para

a nossa comunidade educativa, pois,

dentro da dinâmica e do hall de currí-

culos, programações, atividades e pro-

jetos de cada ano/série, conseguimos

realizar nossa intensa programação

com a qualidade característica dos co-

légios da Companhia de Jesus. Assim,

desenvolvemos as atividades previstas

de modo que foram cumpridos os ob-

jetivos com a colaboração de todos os

atores da comunidade escolar (alunos,

pais, professores, funcionários, gesto-

res, jesuítas e colaboradores).

Dessa forma, verificamos a coerência

entre os valores promovidos no Co-

légio e os que são vividos em família

à medida que observamos a relação

entre a instituição e as pessoas que a

compõem, cujas práticas são autên-

ticas e transparentes. No Colégio Ca-

tarinense, são respeitadas tanto as es-

pecificidades institucionais quanto as

necessidades da comunidade educati-

va, de modo a abraçar o ideal do hu-

manismo cristão, formando inaciana-

mente nossos alunos, para que sejam

cidadãos conscientes, competentes,

compassivos e comprometidos com a

cultura da paz, da sustentabilidade, da

solidariedade e da promoção da justiça.

Por isso, o Colégio Catarinense trans-

cende a mera transmissão dos conhe-

cimentos, para que os alunos, através

de uma educação ampla e integral,

alarguem seus horizontes, encontran-

do sempre formas criativas e conscien-

tes de enfrentar as benesses, as adver-

sidades e os desafios da vida, com a

serenidade inaciana de que “não é o

muito saber que sacia e satisfaz a alma,

mas o sentir e saborear internamente as

coisas”. (Santo Inácio – EE).

Dar cor, sabor, sentido e esperança à

vida é missão e ação de quem educa.

Escola é lugar de crescimento cog-

nitivo, pessoal e coletivo, que exige,

por parte dos professores, iniciativas

constantes, inovadoras e criativas, des-

pertando a sede pelo conhecimento,

por cultura e valores em nossos jovens

alunos. Ensinar é despertar para a arte

do bem, do bom e do belo, é saciar e

potencializar o desejo de aprender a

conhecer, aprender a fazer, aprender a

ser e aprender a viver juntos (Os quatro

pilares da educação – UNESCO 2008).

Nesse dinamismo, a sala de aula é o

espaço interativo para a construção do

conhecimento. Por isso, a utilização

das novas tecnologias da informação

e da comunicação como fato conso-

lidado e crescente nas escolas vem

servindo de aporte didático enrique-

cedor da construção do processo de

ensino e aprendizagem. Assim, ciente

da necessidade dessa transformação,

o Colégio Catarinense vem alinhando,

nos últimos anos, à sua forte tradição

de ensino, a inovação e a moderniza-

ção dos recursos tecnológicos em prol

da excelência do conhecimento e da

educação.

Esta edição da revista Conviva apresen-

ta reflexões bem interessantes sobre o

trabalho de formação humana e cristã

desenvolvido no Colégio, além de uma

contextualização sobre o Plano Na-

cional de Educação, sancionado pelo

Governo Federal no mês de julho, que

após quatro anos de espera estabelece

vinte metas para melhorar e qualificar

o ensino básico público e privado no

Brasil.

Entre os assuntos da revista, há um

belo artigo do Pe. João Quirino We-

ber, SJ, sobre a cultura da paz, escri-

to a partir da experiência do projeto

Neve Schalom, fundado pelo Pe. Bru-

no Hussar, em uma pequena colina no

Vale Latrun, a meio caminho entre Je-

rusalém e Tel Aviv. A cultura da paz é

viável e possível quando lançamos as

pontes para unir as diversidades de lín-

guas, tradições e religiões e buscamos

imprimir, através do diálogo, a cultura

do respeito e da tolerância às nossas

diferenças e a promoção profunda e

irrestrita dos direitos à integridade e

à dignidade de cada pessoa e nação.

Nesse viés, acreditamos que o diálogo

iniciado e incentivado na família cons-

titui-se como o melhor caminho para

educar nossos alunos para a cultura da

paz. Pelo diálogo, verbalizamos nossos

CELEBRANDO AFORMAÇÃO INTEGRAL

EDITORIAL

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Page 5: Revista Conviva Novembro 2014

sentimentos e aprendemos a expor

nossas ideias e razões, como também

exercitamos o saber ouvir e respeitar

as ideias e as razões dos nossos seme-

lhantes.

No texto: “diálogo, instrumento de

paz na família”, nosso ex-aluno Fer-

nando Boing ressalta muito bem que

o diálogo promove o entendimento,

a harmonia, a concórdia e o respeito

entre os seres humanos, as institui-

ções e os povos. Segundo Paulo

Freire, “o diálogo é o encontro

no qual a ação e a reflexão,

inseparáveis daqueles que

dialogam, orientam-se

para o mundo, que é

preciso humanizar e

transformar”.

A proposta da Compa-

nhia de Jesus não é de

educar para o sucesso,

na compreensão neoli-

beral e egoísta, mas edu-

car para valores, através

dos quais seja possível aliar

o conhecimento e a ciência

à promoção da dignidade da

vida em nosso planeta por meio de

ações, relações e interações sociopolí-

ticas e econômicas mais humanizadas

e menos mercadológicas. Nosso obje-

tivo é formar a consciência de nossos

alunos para que sejam “homens e mu-

lheres para e com os demais”, na di-

mensão de uma vida pautada na ética

e no compromisso cidadão.

Agradecemos pela parceria entre to-

dos os membros da comunidade edu-

cativa, por tudo o que realizamos e

vivenciamos de bom neste ano letivo.

Foram inúmeros os eventos e as ce-

lebrações internas e externas às quais

estivemos ligados ou, de alguma for-

ma, que nos impactaram, tais como a

Copa do Mundo, as eleições, a canoni-

zação do Pe. José de Anchieta – jesuíta

e apóstolo da educação no Brasil –, a

comemoração do Bicentenário de

Restauração da Companhia de Jesus,

a solidificação da província única da

Companhia no Brasil e a nomeação

do Pe. João Renato Edit como primei-

ro Provincial da BRA, além de diversas

outras atividades realizadas em nosso

espaço escolar.

Esperamos, em 2015, podermos dar

continuidade a tudo o que coletiva e

positivamente construímos no decor-Afonso Luiz Silva

Diretor-geral do Colégio Catarinense

05

Por isso, ensinar éum ato de amor, coragem e

construção coletiva, em que o debate e a reflexão contextualizada do

conhecimento na vida são muito mais que mera transmissão de conteúdos; ensinar é abrir e alargar horizontes, para sempre mais amar, valorizar e contribuir com a construção de um mundo plenamente

humano, digno, sustentável, justo e fraterno para todos.

rer deste ano e, além disso, realizar-

mos as melhorias estruturais, didáti-

co-pedagógicas e relacionais, para

efetivarmos sempre mais e melhor

a educação integral, pautada na ex-

celência humana e acadêmica que

tanto almejamos e perseguimos em

nossas ações diárias, contando com a

valorização da parceria efetiva e afeti-

va da família e da comunidade.

Aproveitamos para desejar a todos

os nossos leitores, pais, alunos,

colaboradores, patrocinado-

res e professores um San-

to e Feliz Natal em Cristo

e um 2015 repleto de

prosperidade, saúde e

paz!

Em clima de festa,

celebrações e férias,

desejo uma excelente

leitura a todos.

Paz e Bem!

Page 6: Revista Conviva Novembro 2014
Page 7: Revista Conviva Novembro 2014

O Brasil aprovou, em junho passado,

o Plano Nacional de Educação. Ele

representa um esforço conjunto

de setores e associações de classe

ligadas à educação que buscam criar

um Sistema Nacional, congregando

iniciativas que fortaleçam o pacto

federativo. O PNE tem como

finalidade superar as falhas do sistema

educacional atual, fazendo com

que os governos, em regime de

colaboração, estabeleçam metas e

estratégias de atuação.

O documento apresenta vinte

metas, quase todas quantificáveis

por estatísticas, que abrangem

todos os níveis de formação, desde

a Educação Infantil até o Ensino

Superior. O documento, transformado

em lei federal, após ser sancionado

pelo Congresso Nacional, passou

a determinar as prioridades e o

planejamento da educação nacional

para a próxima década.

Dentre seus objetivos, encontram-

se a maior valorização profissional

dos docentes, a universalização do

atendimento na Educação Infantil

a crianças de 4-5 anos, a melhoria

da taxa de escolaridade média dos

brasileiros, a educação inclusiva, bem

como a destinação de verbas, a gestão

e o financiamento da educação.

As metas do novo plano prometem

impactar profundamente a educação

brasileira na próxima década. Tanto

escolas públicas como privadas

experimentarão mudanças que

tenderão a transformá-las nos

aspectos do tempo, do espaço e

da qualidade. As propostas visam a

qualificar e ampliar as experiências

PLANO NACIONALDE EDUCAÇÃO 2014 - 2024

COMO ESSE DOCUMENTO MUDARÁ A ROTINA DAS ESCOLAS ?Louisa Carla Farina Schröter - Assessora Acadêmica

07

EDUCAÇÃO

Page 8: Revista Conviva Novembro 2014

educativas possibilitadas aos

estudantes. Isso significa que a escola

de tempo integral é uma tendência

que deverá estimular as escolas

a serem criativas no desenho de

seus currículos e na ampliação de

oportunidades educativas, tanto no

espaço escolar como nos espaços

educativos do entorno da escola.

A qualidade da educação também

deverá ser priorizada com a

reorientação curricular do novo

Ensino Médio – que prevê escolas

integrais que aliam formação geral

à profissionalizante, a organização

de matrizes curriculares menos

fragmentadas e a consolidação de

propostas para a Educação Infantil.

Se o Plano Nacional der certo, teremos

uma nova escola!

O Colégio Catarinense, atento às

mudanças desse cenário, busca

constantemente formas criativas de

atuar junto a seus alunos, em sintonia

com suas necessidades, sem se

descuidar das novas tendências e do

atendimento à legislação educacional.

A criação dos projetos Estendido e

Integral, que atenderá, em 2015, a

crianças de toda a Unidade I, é uma

resposta a essa tendência. A ampliação

das oportunidades educativas não

se restringe, entretanto, aos alunos

das séries iniciais do CC; os demais

estudantes terão acrescida, em suas

atividades, uma aula diária, buscando o

alinhamento gradual com as metas do

PNE, que prevê que, até o final de sua

vigência, 50% dos alunos brasileiros

estejam integrados ao regime integral.

A qualificação do tempo escolar visa a

aumentar as oportunidades artísticas,

culturais, motoras, espirituais de

nossos estudantes. Assim, o currículo

da escola de tempo integral permite

maiores experiências com idiomas,

artes, esportes e formação de hábitos

de estudo mais sólidos.

Para atender a esses novos usos, os

espaços de aprendizagem também

sofrem transformações. O Colégio tem

investido solidamente em propostas

de arranjos físicos que atendam aos

novos desafios educativos. Inaugurou-

se, no ano de 2013, uma nova estrutura

para atender aos alunos da Unidade I,

equipada com todas as comodidades

necessárias para tornar inesquecível

a experiência de aprendizagem dos

pequenos.

A climatização de todas as salas de

aula, que contam com equipamentos

tecnológicos de ponta, como

lousas digitais, sistema de som e

computadores, o uso de tablets e

portais de ensino, a concretização da

plataforma Moodle, o investimento

constante em equipamentos e

aperfeiçoamento dos laboratórios

(Química, Física, Biologia, Ciências,

Informática) são exemplos de

investimentos que incrementam de

forma significativa a relação de ensino

e aprendizagem em nossa escola.

Para finalizar, tudo isso não seria

legítimo se não estivesse impregnado

do modo jesuíta de ensinar e

conceber o processo educativo – não

nos empenharemos verdadeiramente

em conseguir a excelência se não

nos preocuparmos todos os dias, em

cada um de nossos colégios, a partir

do trabalho docente, em oferecer

aprendizagens relevantes aos nossos

alunos. Assim é tornar o aluno o centro

de nosso trabalho (NOSSOS COLÉGIOS

HOJE E AMANHÃ, 1997, p. 43).

Bem-vindos ao novo tempo da

educação!

Page 9: Revista Conviva Novembro 2014

NOTÍCIAS

ALUNO DO CC É CAMPEÃO DE XADREZ NO ESTADO.Christopher de Carvalho, aluno da

3ª série B do Colégio Catarinense,

aprendeu a jogar xadrez aos quatro

anos de idade com seu pai. Através

da Olimpíada do Colégio, na qual

é campeão desde o 6º ano, foi

convidado para fazer parte da Seleção

de Florianópolis, representando nosso

município nas competições de nível

estadual e nacional.

Christopher foi o quinto colocado no

Brasileiro Sub-12 de 2009, é o atual

campeão juvenil de Florianópolis

(sub-20) e campeão dos JESC –

categoria 15 a 17 anos –, realizados

em Blumenau. A próxima competição

será em João Pessoa/PB, aonde

Christopher levará o nome do CC

para disputar o Brasileiro/2014.

ALUNOS DO CC DEbATEM SObRE O PROCESSO ELEiTORAL.Na tarde do dia 04 de setembro, os alunos da terceira série do Ensino Médio participaram de aula magna com a Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) e com o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE/SC). Esse foi o primeiro encontro das instituições com jovens estudantes de escolas catarinenses.A aula faz parte do projeto “Tudo a Ver”, em que o público-alvo são estudantes do Ensino Médio da rede pública de ensino estadual e das escolas particulares, e tem como objetivo apresentar aos jovens as instituições democráticas de seu Município, Estado e País; desmistificar e familiarizar os jovens com os temas do universo jurídico e político; estimular a cultura do debate entre os estudantes, tendo como foco assuntos ligados ao exercício da cidadania; e contribuir para que os jovens possam

votar de forma consciente nas próximas eleições.

09

Page 10: Revista Conviva Novembro 2014

CAFÉ FiLOSÓFiCODEbATEU MANiFESTAÇÕES POPULARES.No primeiro semestre de 2013, uma série de manifestações

populares ocorreu nas ruas de centenas de cidades brasileiras. Tendo

inicialmente como foco de reivindicação a redução das tarifas do

transporte coletivo, as manifestações se ampliaram, ganhando

um número imensamente maior de pessoas e também novas

reivindicações. A violência policial também contribuiu para que mais

pessoas fossem às ruas lutar por seus direitos.

Em virtude da grande repercussão que essas manifestações alcançaram

nas ruas e nos meios de comunicação de massa e por estarmos em ano

de eleição, o Colégio Catarinense realizou o Café Filosófico, um espaço

em que os alunos, juntamente com o orientador pedagógico do CC,

Pedro Giovani Baesso, abordaram questões políticas e se posicionaram

em relação às manifestações de 2013.

Também esteve presente no debate, Samuel Schimidt dos Santos,

professor de Direito, especialista em Ciências Criminais e mestre em

Inclusão Social.

ENCONTRO DE EX-ALUNOS DO COLÉgiO CATARiNENSE.O Colégio Catarinense promoveu mais uma edição

da festa dos ex-alunos. O evento reuniu cerca de

270 pessoas em um clima descontraído e muito

especial. O dia foi inesquecível, e a animação ficou

por conta de diversas atrações: música, exposição

de fotos antigas, selfies, torneio de futebol e a

presença de convidados especiais que marcaram a

história do Colégio.

Além de reforçar os laços de amizade, o evento

também buscou incentivar a manutenção constante

do relacionamento entre o Colégio e seus ex-alunos.

A intenção é a de que os ex-alunos, através da

Associação dos Antigos Alunos dos Colégios

Jesuítas (ASIA) continuem interagindo com o

Colégio por meio de ações sociais e de reencontros

de turmas que se formaram em diferentes décadas,

compartilhando experiências e reforçando o

compromisso com a fé e a justiça, valores que

aperfeiçoaram no Colégio.

UMA COMPETiÇÃO PARA FiCAR NA hiSTÓRiA.Em abril, a equipe do Colegial foi campeã da etapa

municipal do Moleque Bom de Bola, vencendo a

ADIEE por 5x0 e garantindo o direito de disputar

a etapa microrregional. Nessa etapa, foi campeã

na disputa de pênaltis após um empate em 4x4,

conquistado com muito esforço nos últimos dez

minutos de jogo, quando o placar ainda marcava

4x1 para os adversários. Na etapa regional, foi vice-

campeã e garantiu uma vaga para a etapa estadual.

Em uma competição da qual participaram 886 escolas, o

time do Colegial ficou em terceiro lugar, resultado nunca

alcançado anteriormente pelo Colégio Catarinense.

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Page 11: Revista Conviva Novembro 2014

COLÉgiO CATARiNENSE PROMOVE FEiRACiENTÍFiCO-CULTURAL.Aconteceu, nos dias 29 e 30 de outubro,

no ginásio Padre Nunes, mais uma edição

da Feira Científico-Cultural do Colégio

Catarinense, em que a criatividade de

projetos, experimentos e inovações foram as

grandes atrações.

Mais do que a exposição de trabalhos

realizados durante o ano por nossos alunos,

a Feira representa, para grande parte dos

nossos jovens, uma oportunidade de mostrar

a toda a comunidade educativa do Colégio,

os seus dons e talentos.

Além de constituir-se como uma

oportunidade de revelação de novos talentos,

a Feira também viabiliza o desenvolvimento

de projetos comuns e transversais do CC,

a exemplo do Projeto Lixo Zero, que já faz

parte de nosso cotidiano e da preocupação

de educarmos nossos alunos para a cultura

da sustentabilidade.

Os alunos da Unidade de Ensino I, nos dias 22, 23 e 24 de

outubro, participaram das Olimpíadas. Por esse motivo, a

equipe do Colégio, juntamente com o Setor de Atividades

Complementares, preparou, com afinco, a Olimpíada

“Mundo dos Pequeninos”, envolvendo-se em atividades

esportivas, formativas e culturais.

As atividades esportivas e culturais, no Colégio Catarinense,

são formas alternativas de educar, divertir e compartilhar

valores. “Tenho plena convicção de que o período da

Olimpíada proporcionará intensas vivências e disseminará

valores, como companheirismo, respeito, solidariedade,

lealdade, alteridade, altruísmo, resiliência, honestidade

e justiça, os quais solidificam intensamente a formação

integral” – declarou Professor Afonso Luiz Silva, diretor-geral.

OLiMPÍADA MOViMENTA A UNiDADE DE ENSiNO i.

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Page 12: Revista Conviva Novembro 2014

JOVENS DO COLÉgiO CATARiNENSE RECEbEM O SACRAMENTODA CRiSMA.Foi realizada, no dia 24 de outubro, a cerimônia de Crisma na Igreja Santa Catarina de Alexandria. A celebração foi ministrada pelo Pastor Dom Wilson, que conferiu aos 40 jovens, alunos do Colégio Catarinense, o sacramento da Crisma, transmitindo-lhes os dons do Espírito Santo através da imposição das mãos e da unção com o óleo, confirmando-os na maturidade da fé e no compromisso apostólico de assumirem seu profetismo de ser “sal da terra e luz do mundo”, como disse Jesus no Evangelho.Durante um ano e meio, os crismandos puderam se preparar para esse momento através da Confissão e da Renovação das Promessas do Batismo, instruídos pelos catequistas, professora Mirta, professor Delamare, professora Maria Luiza e Irmã Geisa, que guiaram esses jovens na fé e nos ensinamentos da Igreja, preparando-os para o Sacramento da Crisma. O ministério exercido por eles edifica a missão apostólica e evangelizadora do Colégio Catarinense, como obra da Companhia de Jesus, a serviço da

fé e da promoção da justiça.

No dia 30 de outubro foi realizado o lançamento do livro “TECENDO IDEIAS... PROJETANDO O FUTURO!”, produzido pelos alunos de 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio do Colégio Catarinense. O objetivo foi incentivar o gosto pela leitura e a valorização do processo de autoria, aprimorando a produção escrita do educando. Os alunos se envolveram no projeto dentro da proposta pedagógica do Colégio Catarinense, que prima pelo ensino e pelo aprendizado voltados

LANÇAMENTO DO LiVRO TECENDO iDEiAS... PROJETANDO O FUTURO!

Na última quinta-feira (23), os alunos de Alemão do Colégio Catarinense participaram da gincana Autobhan, que é uma espécie de jogo criado na Finlândia, há quatro anos, por um alemão. O jogo tem sido praticado em várias escolas do Brasil e se baseia nas vias rápidas, comuns nos países europeus. Para jogar, os participantes recebem pistas para percorrer as cidades da Alemanha e da Áustria, em posse de um passaporte fictício. Em Santa Catarina, essa foi a primeira edição do evento, que já passou por três estados e esteve em Florianópolis em parceria com o Colégio de Aplicação e o Colégio Catarinense. A atividade é parte de uma iniciativa do

para a vida. A sexta edição do livro “TECENDO IDEIAS...PROJETANDO O FUTURO!” foi desenvolvida por professores de Produção Textual do Ensino Médio durante o ano letivo, através de leituras reflexivas, debates e construção de textos. A obra aborda temas relacionados à Campanha da Fraternidade e a fatos sócio-político-econômicos mundiais, remetendo-nos a uma discussão ética sobre a comercialização e, a manipulação da vida – Fraternidade e Tráfico Humano.

governo da Alemanha, através do seu Ministério de Relações Exteriores, e tem o intuito de aproximar os alunos da cultura alemã, bem como incentivar novos alunos a se interessarem pela língua.

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ALUNOS DO CC PARTiCiPAM DA giNCANA AUTObhAN.

Page 13: Revista Conviva Novembro 2014

CLICK

Gabriela, Larissa, Profª JanainaMelo e João Fábio

Guilherme, Bruna, Profª Isamar,Bruno e Davi

Lívia, Educadora Goreti e Eduarda

Sofia, Mª Cristina, Profº Alisson, Luiza e Rebecca

Heloisa, Sofia, Profª Gil, Henrique, Bernardo e Educador Jocel

Luana, Júlia, Profº Paulo, Otávio e Daniel

Valentina, Educadora Luciane,Lavínia e Educadora Raquel

Isabela, Julia, Profª Elisa e Augusto

Profª Janice, Fernanda, Isabela,Profª Rosana, Isabela e Luísa

Luna, Isadora, Profª Rosângela,Anna Gabriela, Amanda e Renata

Ana Clara, Profª Cláudia, Ricardo,Profª Maria Carla e Enzo

UNIDADE DE ENSINO I

Ana, Letícia, Profª Fabrícia, Lívia, Lucas, Profª Susamar e Júlia

Bianca, Educadora Lettycia, Júlia e Bruno

Page 14: Revista Conviva Novembro 2014

O nosso mundo está marcado pela

cultura da morte. De fato, não é uma

verdadeira cultura, pois o conceito de

cultura significa o conjunto de práticas,

costumes e leis que tornam possível

a convivência pacífica de um grupo

de pessoas. Nossas culturas levam

a marca da diferença excludente,

da competição implacável, do

antagonismo intransigente, das

guerras sem tréguas.

O coração humano, porém, foi

criado pelo Bom Deus para viver

e partilhar a PAZ. Consciente ou

inconscientemente, a liberdade

humana, o maior tesouro que cada

pessoa recebe, está sendo qualificada

pela síndrome da “defesa-ataque”,

da guerra. O estado e a dinâmica

de “competição” criam e mantêm

vencedores e vencidos em todos os

recantos da Terra. Deus quer que todos

sejam vencedores e possam viver uma

vida digna. As razões que levam a essa

dinâmica são, em grande parte, de

cunho econômico-financeiro, mas,

infelizmente, também as próprias

culturas – uma maravilhosa riqueza

do gênio dos povos –, bem como

motivações e práticas religiosas se

tornaram e se vão tornando motivos e

ocasiões de guerra, de corrupção, de

opressão, de “vitórias e de derrotas”.

A convivência pacífica das famílias

parece um sonho impossível de

acontecer.

Mas há uma exceção maravilhosa,

uma proposta pequenina e simbólica,

que pode ser qualificada como

“a chama de um palito de fósforo

querendo iluminar as imensas trevas

do nosso tempo; ou como a gota de

água no bico do passarinho querendo

apagar os incêndios das destruições”.

Bruno Hussar (1911-1996) nasceu no

Egito. Converteu-se à Igreja Católica

e, então, entrou na Ordem dos Padres

Dominicanos. Foi ordenado padre

VIVER EM PAz É POSSÍVEL!Pe. João Quirino Weber, SJ - Assessor Espiritual

católico e exerceu a evangelização na

Terra Santa, em Israel.

Um dia, enquanto meditava sobre as

palavras do profeta Isaias, o profeta da

esperança, da alegria e dos tempos

messiânicos, Pe. Bruno Hussar foi

tocado, em seu coração, pelas

palavras do versículo 32,18: “Meu

povo habitará em moradas de paz,

em mansões seguras e em lugares

tranquilos”. Pe. Hussar fixou seu

olhar e seu coração nessa palavra do

Profeta, as quais lhe despertaram forte

apelo, sonho e intuição: “Vou fundar

essa cidade de paz”!

Então, em 1972, Pe. Hussar acampou

em uma pequena colina no Vale Latrun,

a meio caminho entre Jerusalém e Tel

Aviv, pertencente a um convento de

monges trapistas. Com os monges, o

jovem padre fez um contrato de vinte

e cinco centavos por dia durante cem

anos e, em 1978, associou-se a ele a

primeira família.

Pe. Bruno escreve: “Tínhamos a

intenção de fundar uma pequena

aldeia (village), habitada por pessoas

das diversas comunidades do país.

ESPIRITUALIDADE

Pe. Bruno Hussar

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Page 15: Revista Conviva Novembro 2014

Judeus, cristãos e muçulmanos iriam

viver em paz nessa aldeia, cada um

ficando fiel às suas crenças e tradições,

respeitando as crenças dos outros.

Cada um iria descobrir na diversidade

uma fonte de enriquecimento

pessoal”. Com muitos outros termos,

o Pe. Bruno expressa as suas intenções

originais: criar e mostrar que é

possível uma sociedade igualitária; em

oposição às muitas escolas de guerra,

fundar uma escola da paz (Shalom);

lançar pontes para unir as diversidades

de línguas, de culturas e de religiões,

com respeito mútuo; mostrar que a

reconciliação e a paz são possíveis.

Em 1990, tive a oportunidade, com

alguns colegas padres, de passar um

dia com o Pe. Bruno em sua Aldeia

(oásis) da Paz, o Neve Shalom. Ele nos

introduziu no projeto e nos guiou pela

aldeia. Na ocasião, aproximadamente

setenta famílias participavam projeto.

Viviam lá, judeus (ortodoxos e liberais),

cristãos (de rito latino e bizantino) e

muçulmanos, todos unidos somando

as diferenças culturais, executando os

serviços profissionais e administrativos

da vila. Cada família mantinha a sua

religião e suas práticas devocionais,

mas havia momentos comuns de

religiosidade. Nos dias de tempo bom,

as famílias se encontravam na parte

oriental da colina, ao pôr do sol, em

silêncio, sentadas no chão ou nas

pedras, observavam o ocidente ao

anoitecer e, unidas, comungavam

silenciosamente.

Nos dias de chuva e de inverno

intenso, as famílias se encontravam

em uma espécie de “templo redondo”,

sem enfeites, sem símbolos, sem

direcionamentos de cunho religioso.

Sentados em silêncio, completavam-

se mutuamente como seres humanos.

Naturalmente, cada qual fazia a sua

oração sem excluir o vizinho. São

as experiências contemplativas que

realizam o coração e, no coração

de cada participante, cresciam

os sentimentos de acolhida,

corresponsabilidade, compromisso

pela vida e pela ajuda mútua.

A escola ensinava, às crianças, os

conhecimentos normais, bem como

os valores do ser humano, a ética,

a busca e a construção da paz, sem

entrar em polêmicas de religião. Assim,

a Neve Shalom criava e mantinha a

unidade na diversidade. O Pe. Bruno

dedicou os últimos trinta anos de

sua vida a essa maravilhosa iniciativa

de paz para todos. Hoje, são mais de

trezentas famílias que aguardam uma

vaga para poder integrar-se ao projeto

da Neve Shalom.

Em Neve Shalom, concretiza-se a

oração de Jesus: “(Pai), eu neles e tu

em mim, para que sejam perfeitos

na unidade e para que o mundo

reconheça que me enviaste e os

amaste como amaste a mim”.

(Jo 17,23).

Page 16: Revista Conviva Novembro 2014
Page 17: Revista Conviva Novembro 2014

Natural de Itapiranga (SC), o padre João Renato Eidt tem 51 anos e ingressou na Companhia de Jesus em 18 de fevereiro de 1986. Foi ordenado presbítero em 11 de julho de 1998, e fez seus últimos votos em 26 de maio de 2007. Além da formação própria da Companhia, fez mestrado em Counseling, na Loyola University, em Chicago/EUA. O jesuíta também foi orientador espiritual do Juniorado Interprovincial Pe. Gabriel Malagrida, em João Pessoa (PB), diretor do CECREI (Centro de Espiritualidade Cristo Rei), em São Leopoldo (RS), reitor do Filosofado São Francisco Xavier, em Belo Horizonte (MG), e, desde 2012, é o reitor do Teologado (CIF) Santo Inácio de Loyola, em Belo Horizonte (MG).

Como recebe o chamado da Companhia de Jesus para ser o primeiro provincial da Província do Brasil? Recebo esse chamado com muita surpresa. Não me passava no pensamento que eu poderia ser eleito para essa missão na Província do Brasil. Eu pensava em outros nomes que, no meu entender, eram os candidatos naturais para serem nomeados como o primeiro provincial da Província do Brasil. Agora recebo e acolho essa missão com esperança e disponibilidade para colaborar, da melhor forma possível, com a missão da Companhia de Jesus no Brasil.

Qual será o espírito da Companhia de Jesus neste novo tempo e a forma de organização da missão dos jesuítas no Brasil? Acredito ser muito importante para a Companhia de Jesus no Brasil poder

ENTREVISTA

contar com que todos os jesuítas, colaboradores e colaboradoras leigos tenham coração e mente abertos para o novo, o diferente, e para a ousadia. A Igreja, com o Papa Francisco, está vivendo um momento muito bonito de abertura, de simplicidade e de centrar-se naquilo que é essencial: a dignidade da vida e a vivência do Evangelho; isto é, o amor fraterno, a partilha, a solidariedade, o perdão, a justiça e a esperança. Esse mesmo espírito deve estar presente na Companhia de Jesus.

Quais os principais desafios do apostolado da Companhia no Brasil e como os jesuítas contribuem para a construção de um mundo melhor? A Companhia de Jesus sempre procurou fazer-se presente nas fronteiras da sociedade e da realidade. Em breve, seremos uma só província no Brasil. Entre outros desafios possíveis para o apostolado da Companhia de Jesus no Brasil, destaco a revitalização e a qualidade de vida do nosso “Corpo Apostólico” e a qualidade da missão; a convivência e a integração entre as múltiplas culturas deste nosso imenso Brasil; a adaptação e a integração dos jesuítas à reestruturação interna da Companhia de Jesus no Brasil e a manutenção da unidade apostólica;ainda afirmo que estaremos presentes em muitas frentes apostólicas vida.

De que forma os colégios jesuítas se integram no apostolado universal da Companhia? Todas as obras apostólicas da Companhia de Jesus fazem parte de seu apostolado universal. Onde há um apostolado assumido pela Companhia de Jesus, aí está presente a universalidade da sua missão. Os

colégios fazem parte dessa missão. De uma forma mais concreta, no Brasil, o apostolado educacional, através dos colégios, está trabalhando muito para organizar-se em rede. Essa articulação dará uma unidade maior e revelará com mais clareza o modo de educar da Companhia de Jesus no Brasil e no mundo.

Mensagem final aos leitores da revista Conviva e à comunidade educativa do Colégio Catarinense:Minha gratidão a toda a comunidade educativa do Colégio Catarinense pela importante e fundamental colaboração que dá ao apostolado educacional da Companhia de Jesus nesta bela Ilha de Santa Catarina. Convido essa mesma comunidade educativa a abrir-se e abraçar possíveis mudanças e melhorias desejadas na reorganização da Companhia de Jesus no Brasil; quero também animá-la para que continue oferecendo excelente educação e formação, com valores, a todos os estudantes do Colégio Catarinense. Rogo a Deus para que abençoe e inspire a cada um e a cada uma nessa missão que Ele vos confia.

MISSÃO DOS JESUÍTAS NO BRASILPe. João Renato Eidt, SJ - Reitor do Teologado (CIF) Santo Inácio de Loyola

17

Pe. João Renato Lidt, SJ

Page 18: Revista Conviva Novembro 2014

FESTIVAL DA CANÇÃO MARCASUA VOLTA COM SUCESSO

MÚSICA

No dia 23 de outubro, o Colégio

Catarinense celebrou a nova fase do

Festival da Canção. O resgate desse

Festival tem a finalidade de despertar e

possibilitar aos alunos que exponham

sua criatividade, seus talentos e seus

dons artísticos.

O evento teve o objetivo de valorizar

repertórios calcados na canção

popular brasileira. Dessa maneira,

nossos alunos se apresentaram como

artistas da noite, surpreendendo-nos

com suas poesias e seus arranjos

musicais, extravasando todo o

sentimento e a arte das belas e inéditas

composições.

Entre as marcas da nova edição,

destacou-se a presença dos

ganhadores do Festival de 1975:

Rodolfo Cerny e Geraldo Barbosa.

As bandas se prepararam para dar

um show de qualidade, criatividade e

musicalidade em suas apresentações.

“Eu estava bem nervosa na hora da

apresentação, mas foi bem legal

ganhar as premiações. É muito bom

participar, independentemente do

resultado, pelo fato de estar adquirindo

uma nova experiência”, comentou

Manoela Vogt Michaelsen.

Sempre presente no cotidiano

escolar, a música se mantém em

um espaço privilegiado. Estimulados

pelo compromisso com a formação

integral do ser humano, os educadores

do Colégio Catarinense acreditam que

a música enriquece a vida cultural,

estimula a criatividade, a paciência,

a sensibilidade, a capacidade de

Page 19: Revista Conviva Novembro 2014

memorização e de concentração dos

nossos alunos. A Companhia de Jesus

sempre valorizou a arte e a música no

seu processo educativo.

Por isso, resgatar o Festival da Canção

do CC é fortalecer nossa proposta de

formação integral, com excelência no

desenvolvimento humano, artístico,

cultural e cognitivo de nossas

crianças, adolescentes e jovens. “Esta

é uma noite muito especial, pois

estamos retomando o nosso Festival

da Canção, como nos idos tempos

da década de 70 e 80. Como nos

disse Hugo Hofmansthal, a pintura

transforma o espaço em tempo, e a

música, o tempo em espaço”, declarou

Afonso Luiz Silva, diretor-geral do

Colégio Catarinense.

PRêMIOs – ARRANJO E CANÇÃO

Davi Diuzon da Costa – 6ºF

Henrique Valente de Amorim – 6ºF

Iris Toledo Lara Bota – 6ºC

Lucas Kuerten Scheidt – 6ºF

Victor Kneipp Piva – 6ºF

Vinicius Gonçalves Simoncello – 6ºF

Manoela Vogt Michaelsen – 2ªF

Millena Martins Pereira

Nunes – Convidada

João Vitor Peters – Ex-aluno

PRêMIOs – COMPOsIÇÃO E INTÉRPRETE PRêMIO – INsTRUMENTIsTA

Page 20: Revista Conviva Novembro 2014

FORMAÇÃO HUMANA CRISTÃPe. Nereu Fank, SJ

CIDADANIA

Formar e educar são formas de arte.

Uma arte para a vida. Ter no currículo

a disciplina FHC (Formação Humana

e Cristã) sugere o cuidado que o CC

tem pela formação de seus alunos no

cultivo de valores humanos e cristãos.

É bom ressaltar que a Formação

Humana e Cristã não é somente uma

disciplina anexa ao currículo, mas está

integrada em todo o processo educa-

tivo.

Uma pergunta que nos deve nortear é

sobre o tipo/perfil de aluno que que-

remos formar.

O CC quer oferecer, aos seus alunos,

uma proposta de educação e forma-

ção a partir da Pedagogia Inaciana. A

educação, em uma obra da Compa-

nhia de Jesus, pauta-se na fé cristã e

quer promover os valores do Evange-

lho.

Ao contemplar o contexto em que

vivemos e nos movemos, podemos

perceber que, em nosso continente,

existem diversas facetas: há sinais de

Páscoa, sinais da presença do Cristo

Ressuscitado, há ges-

tos e compromissos

fraternos, mas há, tam-

bém, grandes desafios

sociais, econômicos,

políticos e religiosos.

Podemos, também,

perceber uma crise de

valores em nossos tem-

pos, uma crise ética,

crise de credibilidade

nas instituições. Há pro-

messas não cumpridas.

Há a cultura da esper-

teza, de tirar proveito

em tudo. Costumamos descrever o

período pós-moderno como marcado

pelo subjetivismo; vemos crescer o re-

lativismo em termos de valores, enfim,

da própria moral. Com isso, corre-se o

risco de perder a sensibilidade e com-

promisso cristão ante a situação de

pessoas em condições de vida menos

favoráveis.

Não há realidade em que Deus não

possa ser contemplado. A confiança

na presença de Deus, sua presença

transformadora, motiva a trabalhar por

uma sociedade mais justa e fraterna. O

Espírito do Senhor Ressuscita-

do nos fortalece na missão, na

qual somos companheiros de

Cristo.

A Companhia de Jesus, usan-

do da grande tradição no

campo da educação, cons-

ciente das desigualdades so-

ciais e das necessidades mais

urgentes do ser humano, quer

se dedicar à missão evange-

lizadora da Igreja e contribuir para a

formação integral da pessoa. Ela quer

educar para o respeito ao diferente, à

alteridade, ao bem comum e à defesa

da vida digna para todos.

Inspirado na Pedagogia Inaciana, o

CC quer contribuir para uma transfor-

mação social saudável e de inclusão;

quer formar homens e mulheres para

os demais e com os demais. Homens

e mulheres que produzam conheci-

mento, um conhecimento em vista da

defesa da vida. Isso está no horizonte

da missão.

O PEC (Projeto Educativo Comum da

Companhia de Jesus na América Lati-

na) assinala uma série de valores que

as próprias instituições educativas pro-

curam promover. Entre eles estão o

amor, em um mundo egoísta e indife-

rente; a justiça, frente a tantas formas

de injustiça e exclusão; a paz, em opo-

sição à violência; a honestidade, frente

à corrupção; a solidariedade, em opo-

sição ao individualismo e à competi-

ção; a sobriedade, em oposição a uma

sociedade baseada no consumismo;

a contemplação e a gratuidade, em

oposição ao pragmatismo e ao utilita-

20

Page 21: Revista Conviva Novembro 2014

rismo.

Vale sublinhar temas em pauta na For-

mação Humana e Cristã, respeitando

o ano ou série em que se encontra o

aluno. Destacamos: a motivação para

um método de estudo com técnicas

de aprendizado; estudo da Campanha

da Fraternidade; celebração da recon-

ciliação e do perdão; relacionamento

interpessoal, que envolve o cuidado

com o corpo, a afetividade e a sexu-

alidade; escolhas profissionais e voca-

cionais; projeto de valorização da vida,

com visitas a instituições de caridade

e a comunidades terapêuticas; e cele-

bração de Ação de Graças.

No CC, um dos projetos interdiscipli-

nares, intitulado “Valorização da Vida”,

visa a proporcionar um debate sobre

a problemática das drogas lícitas e ilí-

citas, com o intuito de formar para

prevenir e levar os alunos a tomarem

atitudes positivas diante da vida. Esse

projeto leva os alunos a conhecerem

histórias de pessoas que se encontram

em tratamento em casas terapêuticas.

Além do projeto Valori-

zação da Vida, há outros

que contemplam visitas a

instituições. Essas visitas

têm o propósito formativo

e são realizadas em ca-

sas como a Orionópolis,

o Educandário Santa Ca-

tarina, o Lar do Carinho,

o Asilo Irmão Joaquim.

Nessas visitas, os alunos

encontram realidades diferentes das

vividas no seu dia a dia, sendo pro-

vocados a perceberem que o mundo

apresenta continuamente pessoas que

clamam pela inserção social. Os alu-

nos também participam do projeto La-

goa do Peri, que proporciona um dia

de reflexão, estudo, celebração euca-

rística, esporte e convivência.

Também são promovidas, no CC,

diversas campanhas solidárias, tais

como o Dia de Integração e Ação So-

cial, quando se arrecadaram alimen-

tos, roupas, brinquedos, material de

higiene pessoal e fraldas geriátricas a

partir da colaboração dos alunos do

Ensino Fundamental e Médio. Toda a

arrecadação é doada às instituições

de caridade que mais necessitam. Em

algumas instituições, os próprios alu-

nos acompanharam os educadores

na entrega das doações, o que vem

encontro da proposta de formar para

a sensibilidade e para o compromisso

com um mundo mais humano. ww w . L riv br .ar mi oaZe .cn

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Vale dizer, também, que todas essas

atividades despertam, nos alunos, o

desejo pela participação em proje-

tos voluntários. Hoje, há um número

expressivo de alunos que participam

de projetos de voluntariado no con-

traturno da rotina de estudos. Sema-

nalmente, por exemplo, os alunos do

CC levam mensagens de esperança e

alegria a pessoas idosas no Asilo Irmão

Joaquim.

Desde a tenra idade, são apresentados,

aos alunos, os valores cristãos e huma-

nos. Concretamente, com os alunos

da Educação Infantil e do Ensino Fun-

damental I, celebramos os momentos

fortes do tempo litúrgico: Quaresma,

Páscoa e Corpus Christi. Na Páscoa,

o CC realizou a Páscoa Solidária: os

chocolates arrecadados foram doados

a cerca de dez instituições que aten-

dem a crianças necessitadas.

Por fim, cabe destacar que preten-

demos formar alunos competentes,

conscientes, compassivos e compro-

metidos. Que pela postura solidária e

fraterna, nossos alunos sejam sinal de

esperança e transformação social em

nossos tempos.

Page 22: Revista Conviva Novembro 2014

CLICKUNIDADE DE ENSINO II

Vitor, Henrique, Profª Magda e Isadora

Fábio, Luisa, Profª Stèphanie,Mª Fernanda e Isis

Ana Paula, Profº Alexandre, Matheus e Bruno

Laís, Profº José, Juliana e Ana Sofia

Marina, Profª Mirta e Isabela Ana Clara, Profº Afonso e Tito

Page 23: Revista Conviva Novembro 2014

Juliana, Maitê, Educador Sinésio, Victória e Sara

Bernardo, Educador Valdir, Betina e Rodrigo

Patrícia, Tiago, Educador Renato, João Antônio e Hanna

Thiago, Nathalie, Profª Fátima, Marina e Renato

Daniela, Victor, Profº Leandro e Isabella Letícia, Profº José Francisco, Rafael e Beatriz

Luiza, Mª Augusta, Profº Diego e FranciscoGuilherme, Izadora, Educadora Cristina e Alexandre

Page 24: Revista Conviva Novembro 2014

UM EXEMPLO INSPIRADORPARA OS DIAS DE HOJE

Arquivo Bicentenário da Companhia de Jesus

SÃO JOSÉ DE ANCHIETA

O padre jesuíta Carlos Alberto Con-

tieri, ou simplesmente padre Contie-

ri, como é conhecido, não consegue

esconder o seu contentamento pela

canonização de Anchieta, agora São

José de Anchieta.

Pe. Contieri é o diretor do Pateo do

Collegio, principal referência quando

o assunto é o padre José de Anchie-

ta, pois foi nesse local onde ele, ainda

noviço, junto aos demais irmãos jesu-

ítas, ergueu uma modesta cabana de

catorze por dez passos, sem nada em

volta, e no dia 25 de janeiro de 1554

celebraram uma missa, data consi-

derada a fundação da cidade de São

Paulo.

Foram 417 anos de espera desde a

morte de Anchieta, no Espírito Santo.

Padre Contieri admite que já não tinha

mais esperanças de que houvesse a tão

esperada canonização, pois até então

era necessária a comprovação de um

milagre novo. Anchieta foi beatificado

pelo papa João Paulo II em 1980, sem

a comprovação de um milagre, mas

era preciso um milagre após sua be-

atificação. “Converso com os fiéis to-

dos os dias após a missa, e muitos me

contam sobre as graças recebidas. No

ano passado, um padre do Norte veio

até nós, juntamente com alguns fiéis,

com documentos que mostravam que

ele havia se curado de um câncer após

orar e pedir a intercessão de Anchie-

ta”, contou Contieri. “A comprovação

de milagres exige muitos recursos de

tempo e dinheiro, que nos faltam, com

documentos assinados por especialis-

tas, viagens ao Vaticano, etc.”, obser-

vou.

Para o padre Contieri, ao canonizar

Pe. Anchieta sem a comprovação do

milagre, o papa Francisco deixou um

recado: o que torna uma pessoa santa

“é a sua capacidade de entregar tudo

a Deus, todos os seus dons, toda a sua

vida. É nessa capacidade de efetivamen-

te entregar tudo a Deus que se constitui

o modelo de vida cristã. Nisso, o padre

Anchieta é realmente santo”, o milagre é

secundário.

Nesta entrevista, concedida no início

de 2014, padre Contieri contou sobre

a surpresa que teve ao receber a notí-

cia da canonização, as comemorações

que estão previstas, o destaque que os

jesuítas ganharam recentemente com o

papa Francisco e a canonização de dois

membros da ordem (São Pedro Fabro e

São José de Anchieta), além da impor-

tância do padre Anchieta e também do

padre Manuel da Nóbrega, que foi quem

deu asas para que Anchieta pudesse al-

çar voos maiores.

Digesto Econômico – No dia 6 de

abril, no primeiro domingo após a ca-

nonização do padre Anchieta, houve

uma missa na Catedral da Sé, com

uma procissão com as relíquias do

santo. Quais outras comemorações

estão previstas?

Padre Contieri:

Dando prosseguimento às comemo-

rações da canonização do padre José

de Anchieta, como o dia 9 de junho,

24

Page 25: Revista Conviva Novembro 2014

que é o Dia de Anchieta, cairá em

uma segunda-feira, no dia 8, domingo,

nós, do Pateo do Collegio, celebrare-

mos a memória do agora São José de

Anchieta. Na ocasião, serão lançados

dois livros, um do padre Cardoso, so-

bre a vida de José de Anchieta, e outro

sobre um devocionário de Anchieta.

Ainda haverá eventos culturais nessa

ocasião, como concertos e palestras

com especialistas. Queremos tornar

ainda mais conhecida a figura de An-

chieta.

O papa Francisco vem seguindo uma

linha de simplicidade, sem ostenta-

ção, que se refletiu na canonização

de Anchieta. Houve uma solenidade

simples, e o papa apenas assinou um

decreto. Na canonização de Frei Gal-

vão, em 2007, o papa Bento XVI es-

tava no Brasil e oficializou uma missa

com um milhão de pessoas. Qual a

sua opinião sobre isso?

Para a canonização não é necessária

uma concentração de pessoas. O que

faz uma pessoa ser considerada santa,

canonicamente falando, é a assinatu-

ra do decreto, que em geral se dá no

despacho entre o prefeito da Congre-

gação para a Causa dos Santos e o

papa. Na medida em que o papa assi-

na o decreto, a pessoa é considerada

santa. A missa é sempre uma Missa de

Ação de Graças pelo decreto assinado

e pela canonização de determinada

pessoa, como no caso do beato An-

chieta, que passou a ser São José de

Anchieta. É possível, também, realizar

uma missa na Praça de São Pedro (Va-

ticano), como será feito para os papas

João Paulo II e João XXIII (27 de abril),

pois se espera uma grande concentra-

ção de fiéis. No caso de Anchieta, ele

será canonizado juntamente com ou-

tras duas pessoas (o bispo François de

Laval e a freira Marie de l’Incarnation),

missionários no Canadá, mas de ori-

gem francesa. O papa Francisco deve

celebrar uma Missa de Ação de Graças

pela canonização de Anchieta no dia

24 de abril, em uma igreja ainda não

confirmada. Ele fez algo semelhan-

te quando canonizou recentemente

um jesuíta chamado Pedro Fabro, que

foi companheiro de Santo Inácio de

Loyola. A Missa de Ação de Graças a

São Pedro Fabro que o papa Francis-

co celebrou foi na igreja dos jesuítas

em Roma, no dia 3 de janeiro, mas ele

assinou o decreto no fim de 2013. O

importante é a assinatura do decreto,

a celebração eucarística apenas dá pu-

blicidade à canonização realizada.

Como o senhor recebeu a notícia da

canonização do padre Anchieta?

Todos nós, jesuítas, desejávamos que

Anchieta fosse reconhecido como

santo. Em determinado momento,

pela demora, tínhamos até perdido

as esperanças em razão da exigência

então vigente da comprovação de

um milagre. Havia o desejo, mas as

esperanças estavam quase esmore-

cendo. Porém, houve movimentos

dos bispos brasileiros, liderados por

D. Raymundo Damasceno, presidente

da CNBB, e do cardeal-arcebispo de

São Paulo, D. Odilo Scherer, além de

outros setores da igreja e da socieda-

de, pois muita gente vinha manifes-

tando o desejo pela canonização de

Anchieta. O pedido de D. Raymundo

Damasceno, por ocasião da visita do

papa ao Brasil, na Jornada Mundial da

Juventude, associado ao empenho de

toda a CNBB e também de D. Odilo,

que em minha opinião teve um pa-

pel muito importante nesse processo,

acabou resultando em uma grande

surpresa para nós. Esperávamos por

isso há muito tempo, mas havia pou-

cas esperanças, e tudo aconteceu de

forma muito rápida. Realmente foi

uma surpresa muito agradável e uma

imensa alegria.

Anchieta foi canonizado sem a com-

provação do milagre. Como o senhor

vê isso?

25

Page 26: Revista Conviva Novembro 2014

Na origem da Igreja, a pessoa se tor-

nava santa por aclamação, não por

um decreto canônico. Mas o que é

importante nessa atitude que o papa

Francisco retoma? Ele diz: o milagre

aqui é secundário. O que faz uma pes-

soa santa não são os milagres feitos e

comprovados, mas a capacidade de

entregar tudo a Deus, todos os seus

dons, toda a sua vida. É nessa capa-

cidade de efetivamente entregar tudo

a Deus que se constitui o modelo de

vida cristão. Nisso, o padre Anchieta é

realmente santo.

Se, por um lado, faltou a comprova-

ção do milagre, Anchieta tem a fama

de operar milagres e a fé de muitos

devotos, não é verdade?

Sim, tem muitos, e não somente no

Brasil. Nas Ilhas Canárias, a população

tem uma devoção muito grande por

Anchieta. Também há milagres his-

tóricos, como aqueles dos pássaros

guarás, diante do sol escaldante que

castigava aqueles que caminhavam.

Diziam que Anchieta tinha a capacida-

de de falar com os animais, e ele fez

com que esses pássaros de asas gran-

des fizessem uma grande sombra para

aqueles que caminhavam, ficando

protegidos do sol. Há milagres que fo-

ram comprovados, mas são anteriores

à beatificação, em 1980, e por isso não

valeram para a canonização.

Por que não valeram?

São necessários novos milagres entre

a beatificação e a canonização, os an-

teriores não podem ser utilizados no

processo. Mas, de que o padre An-

chieta é um intercessor junto a Deus

em favor do nosso povo, não há dúvi-

das, como também não há dúvidas de

que ele intercede a favor de pessoas

com necessidades. Eu mesmo recebi

aqui, de um padre do Norte, no ano

passado, um envelope grande, tendo

ele mesmo comparecido ao Pateo

com seus fiéis, pois ele havia recebido

a graça de ser curado de um câncer.

Ele trouxe essa série de documentos

que provava a gravidade de sua enfer-

midade e também a sua cura, sem que

os médicos pudessem, de maneira ra-

zoável e científica, explicá-la. E como

acontece sempre, encaminhamos es-

ses documentos ao responsável por

postular, junto à Santa Sé, a canoniza-

ção.

O Pateo do Collegio é o local que as

pessoas procuram para pedir a inter-

cessão de Anchieta. Vocês recebem

muitos pedidos?

Recebemos. E só não recebemos mais

por falta de divulgação, mas com a ca-

nonização de Anchieta, a procura de-

verá aumentar. Temos, no Brasil, dois

26

Page 27: Revista Conviva Novembro 2014

centros em que isso ocorre: o Pateo

do Collegio, onde Anchieta viveu ain-

da jovem, e uma outra casa dos je-

suítas no Espírito Santo, na cidade de

Anchieta, que antes se chamava Reri-

tiba, local onde ele morreu. Esses dois

lugares são referências quando se fala

em José de Anchieta. Nunca fizemos

propaganda para que as pessoas ne-

cessitadas viessem aqui, elas vêm es-

pontaneamente. Todos os dias, depois

da missa do meio-dia, quando desço

para cumprimentar os fiéis, ouço ca-

sos de pessoas que vieram orar e pedir

a intercessão de Anchieta por causa de

alguma enfermidade, alguma dificul-

dade da vida. Não saberia dizer quan-

tas pessoas procuram a nossa igreja

em busca de intercessão de Anchieta,

até porque muitos chegam aqui e fa-

zem suas orações sem nada nos dizer.

Com a canonização, mais pessoas

deverão procurar o Pateo do Colle-

gio. Vocês estão se preparando para

isso?

O Pateo do Collegio já tem uma estru-

tura para acolher as pessoas, tanto no

museu, como na sala do oratório. De

imediato, o que vamos promover para

acolher melhor as pessoas é uma re-

forma no oratório, prevista para maio.

Não queremos fazer agora, pois esta-

mos no período da Quaresma, perío-

do em que a Igreja recomenda certa

moderação, inclusive nas manifesta-

ções religiosas. A reforma do oratório

estará pronta para as comemorações

da festa de Anchieta, que continuará

sendo no dia 9 de junho.

O senhor diz que muitos não

conhecem a vida de Anchieta,

mas as pessoas conhecem menos

ainda o padre Manuel da Nóbrega,

que também foi um personagem

importante, não é mesmo?

Sim, a figura do padre Nóbrega foi

fundamental. Anchieta não seria o

que é e como é reconhecido hoje se

não fosse o padre Nóbrega, que era

o provincial da época, e como tal era

quem destinava as missões para os je-

suítas do grupo. Destinando Anchieta

para esta ou aquela missão, fez com

que ele pudesse usar e desenvolver as

suas aptidões naturais e sobrenaturais.

Quando reconhecemos a santidade

de padre Anchieta, em minha opinião,

abençoamos o padre Nóbrega e reco-

nhecemos o seu grande valor, pois se

ele tivesse “segurado” Anchieta, cer-

tamente não estaríamos falando dele

hoje.

Os jesuítas parecem estar ganhando

evidência. O papa Francisco é dessa

ordem, assim como padre Anchieta.

Como o senhor, também um jesuíta,

vê isso?

Primeiramente, eu responderia como

o padre-geral disse quando da elei-

ção do papa Francisco: internamente,

nada muda na Companhia de Jesus,

ela continuará como sempre foi, fiel

à Igreja, e estará sempre a serviço do

Romano Pontífice. Em segundo lu-

gar, evidentemente, a eleição do papa

Francisco, a canonização de São Pedro

Fabro e agora de São José de Anchieta

reacendem um vigor na Companhia,

e essa é uma grande oportunidade

para que ela possa desenvolver ain-

da mais o seu dinamismo apostólico

a serviço da Igreja. A Companhia não

vê nenhum privilégio, ela continuará

humilde e reconhecendo que tudo é

dom de Deus. Não queremos cair em

vaidade, mas ver isso como uma opor-

tunidade de servir melhor à Igreja e ao

povo de Deus.

Em sua opinião, qual a importância da

canonização de Anchieta nos dias de

hoje?

Acho que há duas questões sobre An-

chieta que, para o nosso tempo, são

fundamentais. A primeira é que, em

um tempo em que achamos que de-

pendemos sempre de altas tecnolo-

gias para viver, em um tempo em que

estamos fechados em nós mesmos e

cada um defende os próprios interes-

ses, quando há a absoluta primazia do

indivíduo em detrimento da coletivi-

Page 28: Revista Conviva Novembro 2014

dade, acredito que a canonização de

Anchieta seja inspiradora, pois se trata

de fazer da vida um dom para o outro.

Ele viveu em um tempo com poucos

recursos, a cidade de São Paulo co-

meçou de uma cabana de 14 por 10

passos. Anchieta foi capaz de utilizar

o que ele tinha de melhor para poder

servir, e provavelmente ele fez mais

do que nós fazemos hoje, com tan-

tos meios disponíveis. A escassez de

recursos não é um empecilho para

podermos desenvolver a nossa ação

missionária, pelo contrário, ela pode

mover a criatividade.

Qual a segunda questão?

A segunda questão, que me parece

fundamental para o tempo de hoje, é

essa dimensão cultural da vida de An-

chieta. Ele vai se utilizar de suas habi-

lidades de escritor para, em seis meses,

fazer uma gramática em tupi; ele vai se

utilizar de suas habilidades literárias para

escrever o Poema à Virgem Maria, e

se utilizar das modinhas que os índios

cantavam para transmitir conteúdos

da doutrina cristã. Assim, parece-me

que a canonização de Anchieta nos

desperta para algo que é indispensável

aos dias atuais, que é o diálogo com

a cultura. Falamos muito de Anchieta

como catequista, mas fazer a relação

de Anchieta com a cultura abre uma

dimensão muito maior e urgente. An-

chieta se utilizou da cultura para evan-

gelizar, usou a linguagem própria dos

povos para transmitir a doutrina cristã.

Em resumo, eu diria que o ser humano

só encontra a felicidade na sua doação

ao próximo; e em segundo lugar, An-

chieta é inspirador na medida em que

nos põe diante da urgência de dialogar

com a cultura.

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GERAR ENERGIA É O QUE NOS FAZACORDAR TODOS OS DIAS. FAZER ISSO COM

SUSTENTABILIDADE É O QUE NOS FAZ DORMIR BEM TODAS AS NOITES.

Produzir energia de forma sustentável é um compromisso da Tractebel com o futuro. Por isso, além de utilizar fontes renováveis em mais de 80% de tudo o que produz, a empresa investe em melhorias ambientais, apoia as comunidades em que está inserida e contribui para o desenvolvimento social e cultural de diversas regiões. É a Tractebel gerando desenvolvimento, oportunidades e a energia de que o futuro precisa.

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Page 29: Revista Conviva Novembro 2014

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GERAR ENERGIA É O QUE NOS FAZACORDAR TODOS OS DIAS. FAZER ISSO COM

SUSTENTABILIDADE É O QUE NOS FAZ DORMIR BEM TODAS AS NOITES.

Produzir energia de forma sustentável é um compromisso da Tractebel com o futuro. Por isso, além de utilizar fontes renováveis em mais de 80% de tudo o que produz, a empresa investe em melhorias ambientais, apoia as comunidades em que está inserida e contribui para o desenvolvimento social e cultural de diversas regiões. É a Tractebel gerando desenvolvimento, oportunidades e a energia de que o futuro precisa.

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Page 30: Revista Conviva Novembro 2014

DIÁLOGO, INSTRUMENTO DE PAz NA FAMÍLIA“PROCURAI A PAz COM TODOS [...].” HB, 12, 14

Fernando Boing – ex-aluno do Colégio Catarinense, pai de ex-aluno e médico pediatra.

FAMÍLIA

Convidado a escrever um texto que

falasse sobre o diálogo como instru-

mento de paz nas famílias, procurei

identificar, no Dicionário Aurélio, as

definições para as palavras PAZ e DI-

ÁLOGO. A PAZ significa a “ausência de

conflitos entre as pessoas, o bom en-

tendimento, a harmonia, a concórdia”;

o DIÁLOGO se refere à “fala entre pes-

soas, à conversação, à troca de ideias,

de opiniões e de conceitos, visando a

solucionar problemas, [a promover] o

bom entendimento e a harmonia.”

Refletindo sobre essas definições, lem-

brei-me de que li, certa vez, um artigo

cujo autor fala, em tom jocoso, que

Deus, por ocasião da criação do mun-

do, deu duas orelhas e apenas uma

boca ao homem, para que ele soubes-

se escutar mais do que falar.

Desse modo, podemos ratificar como

verdadeira a afirmação: DIÁLOGO –

INSTRUMENTO DE PAZ NA FAMÍLIA. A

partir dele, tudo termina bem, uma vez

que, na família, o diálogo promove o

entendimento, a harmonia, a concór-

dia, semelhantemente a uma empre-

sa, cujos sócios se reúnem com certa

periodicidade, a fim de discutirem me-

tas de produção, aquisição de novos

equipamentos ou aumento salarial de

funcionários.

Nesse contexto, aqueles que acom-

panharam atentamente as mudanças

sociais nos últimos 50 anos tiveram a

oportunidade de presenciar uma revo-

lução tecnológica sem precedentes

no campo da informação. Do telefone

a cabo e do rádio, passou-se à TV, à te-

lefonia sem fio, ao computador, e não

se conteve mais essa explosão, que

fala a linguagem dos gigabites. Laptop,

tablet e IPod são nomes que estão na

boca das crianças desde seus primei-

ros anos de vida.

Paradoxalmente, o efeito que esse

fato poderia causar no âmbito de nos-

sas famílias não se verificou. O núcleo

familiar da minha infância, cujas refei-

ções reuniam toda a família em volta

da mesa, desapareceu. As conversas

diárias, as novidades sobre a escola, a

realização conjunta de pequenas tare-

fas domésticas, a missa dominical, as

festas da Igreja, o passeio ocasional

com a família à casa de algum parente,

a oração noturna, realizada diante do

altarzinho com os santos de devoção

da mãe, e o tradicional pedido de bên-

ção aos pais são práticas que já não se

realizam nos dias de hoje.

Assim, no século da comunicação,

tornou-se quase impossível o diálogo

entre pais e filhos. As trocas de ideias,

a discussão sobre algo importante na

vida da família, os planos importantes

na vida dos casais, as tomadas de de-

cisões que envolvem a aplicação do

dinheiro, as férias, poucas vezes são

discutidas no âmbito da família.

Essa situação é reversível, mas é preci-

so coragem para tomar uma decisão

sobre o assunto. Nossas famílias já

sofreram muito por essa falta de co-

municação. É preciso dar um basta a

esse mutismo, uma tomada de deci-

são radical. Como realizar, contudo,

tamanho desafio?

Talvez, à revelia da vontade daqueles

que não têm tempo, convocar a famí-

lia para um jantar fora de casa, sem ne-

nhum motivo aparente, e então lançar

a isca para atrair a atenção de todos,

começando por tratar de amenidades,

pode ser uma medida efetiva no res-

gate das relações familiares. É possí-

vel, em um primeiro encontro, refletir

sobre temáticas importantes para os

filhos: a viagem de férias, o passeio à

Flórida com o grupo de amigas, a de-

sejada bateria para a banda de rock.

Existem certas exigências para que os

participantes do grupo aceitem o de-

safio: é necessário abrir o coração, ser

humilde, estar disponível para falar e

ouvir. É essencial que haja autoconhe-

cimento e aceitação das próprias fra-

gilidades e limitações; no diálogo, não

há conquistadores nem conquistados,

mas um compromisso assumido por

todos em vista da causa comum.

Todo esse processo exige amor,

humildade, fé, confiança, esperança e

pensamento crítico; é imprescindível

30

Page 31: Revista Conviva Novembro 2014

aceitar o outro com suas virtudes

e seus defeitos. No diálogo, os

filhos aprendem a verbalizar seus

sentimentos, portanto, o objetivo não

deverá findar-se em convencer, como

nos debates, tampouco confundir-se

com um monólogo ou com o ensino.

Em situações assim, a atenção de todos

e o silêncio são elementos essenciais

para a realização do diálogo, pois é

necessário dar tempo aos outros para

que entendam o que foi dito.

Por fim, lembremo-nos de que Jesus

prometeu estar junto onde dois ou

mais se reunissem em seu nome;

vamos pedir, portanto, Sua assistência

em nossos encontros. O padre Henri

Caffarel, francês, foi o fundador do

Movimento das Equipes de Nossa

Senhora, presente no Brasil desde

1950.

Para os casais que pertencem ao

Movimento, entre as exigências que

o casal vive em sua espiritualidade,

está o que se chama de “O DEVER DE

SENTAR-SE”, do qual tomamos alguns

tópicos para escrever este texto.

31

Page 32: Revista Conviva Novembro 2014

NO SEU DIA A DIA, O QUE VOCÊ FAz PARA

PROMOVER A PAz?

ENQUETE

“TENTO NÃO ENTRAR EM CONFLITO COM OS MEUS AMIGOS.”

CAROLINA BOPPRÉ – 1ª SÉRIE A

“FAÇO COISAS SIMPLES ELEGAIS àS PESSOAS.”

MONIQUE LAMBERT – 9º ANO B

“TENTO TRATAR TODO MUNDO DA MELHORFORMA POSSÍVEL, LEVANDO O BEM A TODOS,

E NÃO SOMENTE A QUEM ME INTERESSA.”MARIA CECILIA – 9º ANO B

“APRENDER A DIVIDIR ASCOISAS COM OS OUTROS.”

YASMIN – 4º ANO E

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Page 33: Revista Conviva Novembro 2014

“QUANDO OBSERVO PESSOAS DISCUTINDO, EU PERGUNTO O

QUE ESTÁ ACONTECENDO E TENTOAJUDAR A RESOLVER O PROBLEMA.”

PARIS BECKER – 3º ANO D

“SOU BOA COM AS PESSOAS, FAzENDO O BEM A ELAS.”

RAFAELA LANGE 9ª ANO A

“PROCURO AJUDAR OSAMIGOS NAS DIFICULDADES.”

VINICIUS CARVALHO – 9º ANO A

“NÃO FALAR MAL DOS AMIGOS.”RAFAEL LEMOS – 9º ANO A

“PROCURO ME PRESERVAR,NÃO FAzENDO INIMIzADES OU

REVIDANDO COM ATITUDES ERRADAS. “THEO SEARA – 1º SÉRIE F

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Page 34: Revista Conviva Novembro 2014
Page 35: Revista Conviva Novembro 2014

HORA DO CONTOJeanice Schmidt Bulik - Orientadora Pedagógica

O silêncio invadiu a sala de aula. A luz

foi se apagando... Era a professora con-

vidando os alunos a mergulharem no

mundo das fantasias e da imaginação.

Começava a Hora do Conto. A curio-

sidade foi tomando conta dos alunos,

que de olhos atentos esperavam an-

siosamente o que iria acontecer.

Esse momento faz parte do dia a dia

escolar, pois contribui de maneira sig-

nificativa na aprendizagem infantil. Na

Hora do Conto, príncipes, princesas,

animais encantados que falam e agem

como humanos, velhos sábios e bru-

xas criam vida no imaginário e desper-

tam a curiosidade e a criatividade de

nossas crianças.

O aluno, cada vez mais, ouve histórias

que mexem com suas emoções, seus

sentimentos e seus problemas. São

histórias imaginárias, contos de fadas,

narrativas, diálogos que ensinam reali-

dades do mundo e de novos saberes.

As personagens das histórias podem

ensinar que a criança é capaz de trans-

formar tudo e todos; podem ensinar,

por exemplo, o caminho do bem e do

mal, do certo e do errado. Como bem

ressalta Gislayne Avelar Matos, em seu

livro A palavra do contador de história,

“os contadores de histórias são guardi-

ões de tesouros feitos de palavras, que

ensinam a compreender o mundo e

a si mesmos. Eles semeiam sonhos e

esperança. São carinhosamente cha-

mados de ‘gente das maravilhas’ pelos

árabes.” (MATOS, 2014 p. 1).

A Hora do Conto permite, ainda, que

a criança vá além da sua imaginação,

criando novas personagens e recrian-

do outras histórias. Ao assistir à Hora

do Conto sobre as bruxas de Franklin

Cascaes, na semana do Folclore, pro-

movida pela equipe da biblioteca do

Colégio, por exemplo, o aluno Davi

Wolff de Abreu, de sete anos, aluno do

2º ano D, disse que na sua imaginação

o pescador iria morrer, “... mas ele não

morreu, ainda bem. Na minha imagi-

nação eu posso transformar as perso-

nagens”.

Já para a aluna Bárbara M. Bublitz,

sete anos, também aluna do 2º ano D,

esse momento é de grande expecta-

tiva e emoção, pois permite entrar no

mundo de imaginação e da criação.

“Quando vai ter uma Hora do Con-

to na escola eu fico doida e imagino

um monte de coisas, pode ser que

eu conheça e pode ser que e eu não

conheça. Presto bastante atenção na

história para ver o que vai acontecer.

Depois da Hora do Conto, eu posso

imaginar as personagens e criar outras

histórias”.

PEDAGOGIA

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Page 36: Revista Conviva Novembro 2014

CONVIVA COM MEMÓRIA Patrícia Grumiche Silva - Assistente de Biblioteca do Colégio Catarinense

MEMÓRIA

Foi em uma tarde do fim de agosto

de 1907 que padre Maute, ao desem-

barcar no trapiche da Alfândega, fez

seu primeiro contato com a cidade na

qual exerceria o magistério até 1931.

Trazidos pelo navio alemão “Guaíba”,

chegaram à Ilha de Santa Catarina

nove missionários para a Missão da

Companhia de Jesus no Sul do Bra-

sil, dentre os quais apenas Pe. Maute

permaneceu. O telegrama do Supe-

rior da Missão, entregue no mesmo

dia ao então diretor do Colégio Ca-

tarinense, Pe. Norberto Ploes, assim

dizia: “Fique aí por enquanto só o

Fráter Maute”.

Seu campo de trabalho no Ginásio

logo foi determinado: a música. Em

pouco menos de duas semanas, Pa-

dre Maute já realizava sua primeira

apresentação com os alunos tocando

a Marcha Guerreira dos sacerdotes da

Ópera Atalia, com piano, harmônio e

um coro de violinos. Muitos outros

espetáculos se sucederam a esse,

todos vivamente comentados pelos

seus companheiros de missão em

seus relatórios anuais.

Não se limitando às dependencias do

Ginágio, em 1922 , Maute organizou

um grande coro, constituído de vozes

de vários colégios para uma grande

polifonia no centenário da Indepen-

dência do Brasil em frente à Praça XV.

Tal foi seu sucesso que o mesmo coro

foi convidado a cantar na bênção dos

novos sinos da Catedral e na sua inau-

guração após a reforma, no mesmo

ano. Eram as raízes do canto popular

em Santa Catarina que aos poucos se

fixavam.

Na década de 40, Padre Armando

Marocco foi quem assumiu os traba-

lhos com o coral e a orquestra. Em

uma entrevista concedida à Revista

do Instituto Humanitas Unisisinos no

ano de 2005, o jesuíta revelou sua

relação com a música, contando sua

experiência: “Toda a minha vida se es-

truturou em um clima de arte musical.

Quando trabalhei como estudante

jesuíta, em Florianópolis, a primeira

coisa que fiz foi montar um coral de

alunos. Era um coral a quatro vozes.

Também criei uma pequena orquestra.

Eu tocava piano e tinha violino, vio-

loncelo, contrabaixo, acordeom, flau-

ta, bateria, clarinete... Tocávamos nas

festas do Colégio. Depois disso, deve-

ria fazer meus estudos de Teologia, e

nosso padre provincial me disse que

eu faria Teologia na Bélgica. Perguntei

o motivo, e ele disse que era para eu

estudar música”.

Nos anos que seguiram após esse pe-

ríodo, a música reapareceu com for-

ça na vida escolar, em 1972, com o 1º

FESTICOCA – Festival da Canção do

Colégio Catarinense – que permane-

ceu no calendário da cidade por mais

de uma década, revelando talentos

locais, como o grupo Expresso Rural,

premiado no festival de 1982 com a

música Sol de Sonrisal.

Sempre presente no cotidiano escolar,

a música mantém espaço privilegiado

ainda hoje. Estimulados pelo compro-

misso com a formação integral do ser

humano, nós, educadores, seguimos

acreditando que a música enriquece a

vida cultural, estimula a criatividade, a

paciência, a sensibilidade, a capacida-

de de memorização e de concentra-

ção dos nossos alunos.

Page 37: Revista Conviva Novembro 2014

LITERATURA

De fácil leitura e recheado de exemplos

reais, o livro aborda o tema do Transtorno

de Défcit de Atenção, amplamente

diagnosticado em pessoas de variadas

idades.

A autora Ana Beatriz, que tem Déficit

de Atenção, descreve em cada

capítulo os principais sintomas do

transtorno e as possibilidades de ajuda

e tratamento, além da importância do

diagnóstico precoce. A médica ainda

traz alguns exemplos de pessoas que

descobriram o transtorno já na fase

adulta e conseguiram recuperar a

autoestima, tornando-se profissionais

realizados.

Obra: “Mentes Inquietas”

Autora: Ana Beatriz Barbosa da Silva

Editora: Fontanar

Os capítulos são escritos de forma

simples, mas não perdem em

qualidade informativa nem em

profundidade de exploração do tema,

brindando-nos, ainda, com trechos

de músicas populares que retratam

de forma poética a maneira como se

sente quem apresenta o transtorno.

A leitura desse livro ajuda pais e

educadores a perceberem e a

diferenciarem os sintomas próprios

do transtorno com comportamentos

comuns das crianças em fase escolar.

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Page 38: Revista Conviva Novembro 2014

SUSTENTABILIDADE

Localizada dentro do Colégio Catarinenseginásio 1 - Horário de funcionamento9h às 11h30mim | 12h30mim às 18h

Fone: 48 - 3225.6939

O Colégio Catarinense, desde o final

de 2013, investe na geração de ener-

gia fotovoltaica. Esse fato não pode-

ria passar em branco para os alunos.

Por isso, o Comitê Lixo Zero está ela-

borando uma cartilha que contém os

principais conceitos acerca dessa mo-

dalidade de energia. A Cartilha Solar

será a base de referência para as au-

las de Educação Ambiental do Projeto

Lixo Zero no ano de 2015. O protótipo

das placas coletoras já está circulando

pelo Colégio e será complementado

pela Cartilha.

MASCOTES LIXO zEROGuilherme Lamin - aluno 1ª série F do Colégio Catarinense

Produziremos dois modelos diferencia-

dos: um para atingir o público infantil,

e o outro, com conceitos de Física e

Geografia, mais aprofundado, aten-

derá aos jovens estudantes. A Cartilha

será ilustrada pelo aluno Guilherme

Lamin (ver box), que criou os dois per-

sonagens principais Photoman e Su-

perAraxá*. Confira, abaixo, em esbo-

ços, os dois personagens.

Guilherme Lamin é aluno da primeira

série F do Ensino Médio do Colégio

Catarinense. O fascínio pelo desenho,

de acordo com ele, surgiu em sua vida

há pouco tempo, quando cursava o

oitavo ano do Ensino Fundamental,

período em que começou a interes-

sar-se pelos Animes japoneses.

O que destaca o talento e o empe-

nho de Guilherme com as artes é que,

para cada personagem criado, o aluno

executa previamente um estudo de-

talhado, passando por um processo

de realização de vários desenhos até

chegar ao resultado final. Guilherme

relata que o reconhecimento do seu

trabalho o motiva a continuar dese-

nhando e que sua mãe é a sua maior

incentivadora.

Page 39: Revista Conviva Novembro 2014

/colegiocatarinense @ccatarinense

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