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Revista DANTE. nº 1

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Primeira edição do Projeto Editorial da disciplina de Prática Projetual III da UDESC. Feito por Mariana Patrício Melo, Isadora da Silva Brito e Cristina Neres de Jesus. Alguns textos são de nossa autoria, outros tem suas devidas fontes citadas.

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Livro do Mês

#DanteNaEstante

Bússola de Ouro

O tempo e o Vento

A Cozinha de Dante

Trocando de Lugar

Orgulho e Preconceito

Cadeira de Prata

Matéria de Capa

Livro do Mês Ilustrado

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O Poderoso Chefão

Fortaleza Digital

TOP 5

As Aparências Enganam

Ponto de Impacto

(Des)venturas em Série

Conto um Conto

Coração de Tinta

Cinco Minutos

Filme do Mês

Faça Boa Arte

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Editorial

Desde a época das cavernas, quando se descobriu como fazer marcas nas paredes, até os dias de hoje, onde milhares de livros são publicados no mundo, o ser humano sempre quis escrever sua história, a história de outros ou apenas lendas para quem

quisesse ler. Hoje em dia, a única coisa que muda é a plataforma, mas sempre haverá alguma pessoa escrevendo e escrevendo

livros, enquanto nós estaremos os lendo.Infelizmente, mesmo sendo uma atividade maravilhosa, está

cada vez mais escassa e pouco difundida a ideia de que ler é sim muito bom e que pode ser algo tão interessante quanto ir ao

cinema. É com o a ideia de mostrar que a leitura é algo prazero-so que a DANTE. surgiu. Ela está aqui em todo o glamour de sua primeira edição trazendo tantos motivos para você aproveitar

todas as vertentes da literatura de um jeito tão interessante quanto um dia de sol na praia. Afinal, conhecemos locais incrí-

veis pelo globo (e fora dele) apenas com o virar de uma página.Convidamos você a entrar nesse mundo conosco e aproveitar

cada detalhe que os livros e seus ramos podem oferecer. Aproveite a leitura!

Equipe DANTE.

E CHEGAMOS À PRIMEIRA PÁGINA

Cristina, Mariana e Isadora

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DANTE.

#Dan

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Editora e diretora responsável: Charlotte Austen

Redação: Cristina Neres, Isadora Brito e Mariana PatrícioRevisão: Rick Green

Editora de arte: Cristina Brito PatrícioAssistente de arte: John Riordan

Espaço Revista DANTE.: Stephan Dickens ([email protected])

Diretor financeiro: Manoel Lobato Marketing e assinaturas: Cecília de Assis

Gerente administrativa: Charles Lewis ([email protected]) Atendimento ao leitor e assinaturas: (48) 3385-3385,

[email protected] Executivo de contas: Thiago King ([email protected])

Gráfica: Wonderland Distribuição exclusiva no Brasil (bancas): Fernando Martin

DANTE. é uma publicação mensal da Editora NoctuaRua Graciliano Carlos de Quadros, 70 – 10º andar – Centro – Palhoça – SC –

CEP 88131-320 Tel.: (48) 3385-3385

DANTE. ONLINE www.twitter.com/revistadante

www.facebook.com/revistadanteMatérias e sugestões de pauta [email protected]

Cartas [email protected]

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“Livros não mudam o mundo,

quem muda o mundo são as pessoas.

Os livros só mudam as pessoas.”

Mario Quintana

#Dan

teN

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ante

@danielle_pamela Luiz Felipe Boehme

Julia Brustolin

@soaressgabriela’s @ schimartins Bianca do Monte Sena

@pihapowss

Lourival Francisco

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DANTE.

Quer aparacer aqui e mostrar seu livro favorito ou o que você está lendo?

Publique a sua foto nas redes sociais com a hashtag #DanteNaEstante, que

adicionamos sua foto à página!Deixe fluir sua criatividade e

surpreenda! Venha fazer parte da Revista Dante. a

sua Divina Cultura.

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@adurgante Lucas Fiorentin

Luiz Fernando Filho

@insta.jao Larissa Brito @PageForty_Three

Mat Leiras Xavier

@ yoliinacio

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“Psicose” foi aclamado pela crítica e é considerado o validador do horror moderno. A Biblioteca do Congresso considera –o “cultu-ralmente, historicamente, ou esteticamente significante”. A famo-sa cena do chuveiro, protagonizada por Janet Leigh tornou-se icônica para o cinema, assim como o horror que a violência con-tida nela causou aos expectadores lá presentes no ano de 1960 e continua causando até hoje. Psicose começa com a secretária, Marion Crane (Janet Leigh) dando um desfalque de 40 mil dólares na imobiliária onde trabalha.

Com pouco mais de dois dias para fugir, vai parar no Motel Ba-tes, um lugar decadente, que quase fechou suas portas após o desvio da autoestrada. Lá, é recepcionada por um simpático mas estranho e tímido rapaz, Norman Bates (Anthony Perkins), total-mente dominado pela mãe. Norman convida Marion para comer um sanduíche com leite em sua casa, mas a mãe de Norman briga com ele, Marion decide tomar um banho, mas é brutalmente es-faqueada pela mãe de Norman, no chuveiro.

Por Isadora Brito

o legado de alfred hitchcock para o

mundo do mistério

PSICOSE

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Norman Bates é um rapaz tímido e estra-nho, que mora com a igualmente estranha mãe. Ambos são donos do Hotel Bates, que é palco dos acontecimentos que giram entorno de Marion Crane e sua fuga. após um roubo. Foi interpretado por Anthony Perkins, na época com apenas 28 anos. Psi-cose lhe rendeu fama internacional e uma série de prêmios. Também foi protagonista das sequências de Psicose.

Marion Crane é secretária de uma agência imobiliaria e, por impulso, roubou 40.000 dólares de seu empregador. Temendo ser pega, ela dirige sem parar até chegar ao Hotel Bates onde é brutalmente assas-sinada na clássica cena no chuveiro que tornou o thriller de Hitchcock icônico. Foi interpretada por Janet Leigh, que tinha 33 anos na época, e ganhou um oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por sua inter-pretação.

Alfred Hitchcock comprou os direitos do livro “PSYCHO” de Robert Bloch, que con-ta a história do assassino serial Ed Gain, e comprou todas as cópias disponíveis no mercado para que ninguém soubesse do final. Foram gastos 800 mil dólares e o filme arrecadou 50 milhões. Assim como em seus outros filmes, Hitchcock fez uma pequena aparição, na frente do escritório de Marion e o sangue na cena do chuveiro era, na verdade, calda de chocolate.

MARION CRAINE

ALFRED HITCHCOCK

NORMAN BATES

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O Estranho Caso docachorro

Morto

Escrito pelo inglês Mark Haddon em 2002, “O Estranho Caso do Cachorro Morto” é um drama onde Christopher Boon, um jovem de 15 anos portador da Síndrome de Asperger (um tipo de autismo, dif-erenciando-se por não apresentar retardo no desenvolvimento cog-nitivo ou da linguagem do indivíduo), resolve ir atrás do verdadeiro culpado pelo assassinato do cachorro da vizinha após ser acusado injustamente pelo crime. É a partir daí que as aventuras e super-ações do garoto têm início.

Capa Original do Livro

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Christopher, frequentador de uma escola especializada em jov-ens com autismo, é um gênio das ciências e da matemática, mas que tem seu dia facilmente afetado caso veja em seguida 2 ou mais carros vermelhos ou amarelos (uma cor representando um bom dia e a outra, o contrário) ao sair de casa. Multidões? Gritar-ia? Contato físico? Mudanças na rotina? Essas e outras situações acabariam com a sua paz e o deixariam extremamente irritado, porém, com um diário, um pai que lhe esconde um grande segre-do e muita vontade de enfrentar suas dificuldades, Christopher parte para uma aventura onde busca, além de uma solução para o caso, uma resposta para o sentido de sua vida, sem deixar de lado a superação diária de suas limitações.

POR QUE VIRAR FILME?

Agora, mesmo sem tanto discorrer, não precisa ser nenhum ciné-filo para sentir que esta história seria facilmente adaptada para quase duas horas de um envolvente drama para as telonas. Em poucas páginas, de fontes generosas e folhas grossas, Christo-pher e seu rato de estimação Toby passam a encabeçar diver-sas situações do nosso dia-a-dia. Dificuldades que nós, mes-mo sem a limitação de Christopher, temos problemas em lidar

começam a saltar diante nossos olhos. Manias, obsessões, cren-ças, paranóias,...aprendemos a enxergar tudo de maneira lúdica e muito mais leve.O ar bucólico inglês daria todo o charme à trama adaptada ao cinema. De Swindon à Londres, passando por personagens enig-máticos, rabugentos, sofridos e doces, cada um trazendo consigo uma paisagem, uma estação, um som e uma lição a ser ouvida e interpretada. Portanto, acredito que nem seja necessário tocar no quesito trilha sonora, ou seria? Então aí vai uma boa compara-ção: Donnie Darko. Quem não se lembra da trilha sonora genu-inamente inglesa que compõe este ícone cult? Tears for Fears, Echo and the Bunnymen, Duran Duran, Joy Division entre outros nomes, se encaixariam possivelmente com a mesma perfeição em “O Estranho Caso do Cachorro Morto”.Por fim, mas não menos importante, convenhamos que este títu-lo não vende. Para que a obra de Haddon pudesse realmente ser apreciada por diversas classes, que não apenas pseudo-cults de fila dos Festivais Varilux, aí entraria uma engenhosa e marketeira ação para adaptação de título. De resto, este com certeza entraria para minha coleção de filmes favoritos, assim como já encabeça uma das melhores literaturas que já tive o prazer de ler. Simples, direto e inesquecível. Assim como todos gostaríamos de ser.

Por Heloísa von Ah

CURIOSIDADES

O Curioso Caso do Cachorro Morto foi o primeiro livro do escri-tor Mark Haddon.

Ganhou o prêmio Costa Book Awards, o Guardian Children’s Fiction Prize e o Commonwealth Writers’ Prize.

Uma adaptação para teatro foi criada em 2012 e uma adaptação cinematográfica está sendo cogitada, já que os direitos foram

comprados pela Warner Bros.

FICHA TÉCNICAAutor: Mark Haddon

Gênero: MistérioPublicado em: Maio, 2003

Traduzido para: 44 línguasTítulo Original: The Curious Incident of the Dog in the Night-Time

Adaptado para o Brasil em: 2004

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Cadeira de Prata

Julia Quinn

Conheça um pouco mais sobre a autora de romances históricos que está fazendo sucesso no Brasil

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Autora da série Família Bridgerton, que está sendo lançada pela Editora Arqueiro aqui no Brasil, Julia é uma das autoras de roman-ces históricos mais querida pelos seus leitores. Como sempre, os fãs querem saber uma ou outra coisa sobre seu ídolo e não é dife-rente sobre Julia, por isso a DANTE. trouxe uma série de pergun-tas respondidas pela autora que farão você saber mais um pouco sobre essa incrível mulher.

Descreva em algumas palavras quem é Julia Quinn?Eu sou uma escritora de romances de época de 43 anos vivendo com minha família em Seattle, Washington (também conhecida como a terra da Starbucks, Amazon e Microsoft). Eu adoro viajar, bebo bastante café, e tenho um escritório muito bagunçado.

Qual dos seus livros você achou mais fácil escrever? E o mais difícil? Por quê?Honestamente, eu não lembro qual foi o mais fácil agora. Provavelmente Splendid (meu primeiro romance), porque eu não tinha ideia do que estava fazendo! O mais difícil foi The Sum of All Kisses. Eu tive uma incrível dificul-dade para escrevê-lo. Não sei inteiramente por que, mas me senti como se estivesse con-stantemente indo na direção errada.

Quem é Paul? Você dedica todos os seus livros para ele.Paul é meu marido. Ele é um médico, especializado em doenças infecciosas. Ele também é um alpinista, um antigo esgrimista olímpico júnior e um ser excelente ser humano versátil.

Quantos anos você tinha quando vendeu o seu primeiro livro?24. Mas demora cerca de um ano para um livro passar pelo pro-cesso de publicação, então eu tinha 25 anos quando Splendid apareceu pela primeira vez nas livrarias. Ele recebeu uma nova capa que foi inaugurada em 2003.

Apesar de seus livros se passarem na Inglaterra Regencial, suas heroínas nunca são donzelas em perigo. Elas são jovens inteligentes que não têm medo de entrar em ação para salvar os seus entes queridos. Isso é algo que você faz consciente-mente? Você se considera uma feminista?Eu certamente me considero uma feminista. Mas eu tenho que equilibrar as sensibilidades modernas com os fatos da época da Regência. Então eu tento retratar mulheres que são fortes e inteli-gentes e gentis e que descobrem como viver a vida ao máximo dentro das limitações de sua sociedade.

Por que você não faz um filme de seus livros?Eu adoraria ver um filme adaptado de um dos meus romances, mas não é realmente para mim. Se você conhece alguém em Hol-lywood que gostaria de fazer um drama de época brilhante e es-pirituoso, coloquem-nos em meu caminho!

Quanto de si mesma você coloca em um personagem? Com que personagem você se identifica mais?Todas as minhas heroínas têm um pouco de mim nelas. Mas eu não acho que há uma em particular com quem eu me identifico.

Como é o seu processo de criação? Você tem tudo plane-jado desde o início, ou você desenvolve a trama conforme vai escrevendo?Eu faço um pouco de planejamento, mas não diria que tenho tudo traçado com antecedência. A parte mais importante do meu pro-cesso de pré-escrita é o desenvolvimento dos personagens. Passo

muito tempo para descobrir quem são os meus personagens e por que eles agem de uma de-terminada maneira. Eu frequentemente escre-vo uma grande história de fundo para eles que acaba não aparecendo no livro. Mas é uma par-te importante do processo de escrita, porque me ajuda a conhecer melhor os meus person-agens. Quanto à trama, faço um esboço inicial, mas nem sempre eu o sigo completamente.

Que conselho você daria para quem quer começar seu próprio romance?Infelizmente, a única maneira de começar é sentar numa cadeira e fazer isso! Nora Roberts uma vez disse que podia consertar uma página ruim, mas não podia consertar uma página em branco. Então apenas faça isso e coloque palavras na tela. Se estiver ruim, você pode consertar depois.

Você já esteve no Brasil? Planeja vir em breve?Não, e eu espero que sim! O mais próximo que já estive daí foi no Equador, quando visitei as Ilhas Galápagos. Eu ADORARIA visitar o Brasil algum dia.

Ao escrever uma série, como você decide qual personagem vai ser herói / heroína do próximo livro?Às vezes é óbvio. Por exemplo, com os Bridgertons, eu fiz os livros na ordem em que seria de se esperar que os personagens casas-sem. As mulheres tendem a casar mais cedo do que os homens, por isso eu escrevi o livro de Hyacinth antes do de Gregory, mes-mo ele sendo uns dois anos mais velho do que ela.

"Julia Quinn é verdadeiramente nossa Jane

Austen contemporânea" Jill Barnett

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“A parte mais importante do meu processo de pré-escrita é o

desenvolvimento dos personagens. Passo muito tempo para descobrir quem são

os meus personagens e por que eles agem de uma determinada maneira.

Eu frequentemente escrevo uma grande história de fundo para eles que acaba não aparecendo no livro. Mas é uma

parte importante do processo de escrita, porque me ajuda a conhecer melhor os

meus personagens.”

Como você se sentiu na primeira vez em que um de seus li-vros foi traduzido e publicado em outro país? Como você se sente sobre isso agora? Você já está acostumada com isso?É sempre emocionante quando meus livros são traduzidos para uma língua nova (para mim). O Brasil tem sido especialmente empolgante porque a minha editora brasileira foi maravilhosa e me deu todo apoio. Eu costumo ter muito pouco contato com meus editores estrangeiros, mas todos na Editora Arqueiro têm sido incríveis.

JULIA QUINN NO BRASIL

Julia Quinn começou a trabalhar em seu primeiro romance um mês depois de terminar a faculdade, publicou seu primeiro livro com 25 anos e nunca mais parou de escrever. Seus livros já atingi-ram a marca de 8 milhões de exemplares vendidos, sendo 3,5 mi-lhões da série Os Bridgertons. É formada pelas universidades Har-vard e Radcliffe. Seus livros já entraram na lista de mais vendidos do The New York Times e foram traduzidos para 26 idiomas. Foi a autora mais jovem a entrar para o Romance Writers of America’s Hall of Fame, a Galeria da Fama dos Escritores Românticos dos Estados Unidos, e atualmente mora com a família no Noroeste Pacífico. Com 43 anos está prestes a lançar o quarto livro da série Smythe- Smyth. Ela lançou seu primeiro livro no Brasil pela Edi-tora Harlequim, mas só em 2013, pela Editora Arqueiro, que teve seu nome reconhecido no país com o lançamento do primeiro livro da série Família Bridgerton, O Duque e Eu. No momento, o quarto livro está sendo anunciado pela editora e o número de fãs da autora só cresce.Você pode achá-la em seu site (www.juliaquinn.com) e na página oficial do Facebook (Julia Quinn) e a melhor informação de todas: você pode falar com ela e quase sempre ela te responderá.

Por Julia Quinn Brasil

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Pequeno PríncipeAntoine de Saint-ExuPERY

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“...o menino vive no asteróide B 612, e que só tem uma rosa que fala com ele, e que tem três vulcões...”

A história começa quando o personagem principal fala sobre um desenho que ele fez quando tinha 6 anos de idade e que tratava de uma jiboia que engoliu um elefante, mas todos os adultos acharam que o garoto havia desenhado um chapéu. O personagem principal renunciou ao 6 anos de idade a carreira de ser pintor, e se tornou piloto. E voan-do, teve uma pane no seu avião no “Deserto do Saara”. Tentando consertar seu avião, adormece... E é acordado por um menino que o autor define que tem “cabelos de ouro” e que lhe pede para desenhar um carneiro.Conforme a história passa o personagem descobre que o menino vive no asteróide B 612, e que só tem uma rosa que fala com ele, e que tem três vulcões (um deles está extinto), e que o principezinho assiste quarenta e três pôr-do-sol para se divertir ou quando está triste.O autor conta a um pouco da história dele, a história de como o principezinho havia chegado ao Deserto do Saara, fala de como são as crianças e de como são as pessoas grandes; E envolve o leitor em mais um mistério no capítulo XXVII: Que fala que o carnei-ro que desenhou para o principezinho poderia comer a sua flor.

CURIOSIDADES:

Destaca-se Le Petit Prince (O Pequeno Príncipe, no Brasil ou O Principezinho, em Portugal) de 1943, livro de grande

sucesso de Saint-Exupéry. Na década de 80 foi lançada uma série

de desenhos animados chamada As Aventuras do Pequeno Príncipe. A série

foi feita pelo estúdio de animação “Vóvó Chantre” e foi ao ar pela primeira vez

no Japão em 1978 sob o título Hoshi no Ōjisama Puchi Purins.

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“O essencial é invisível aos olhos.”Antoine de Saint-Exupéry

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“O Pequeno Príncipe” narra a história de um aviador que após a pane de seu avião, acaba parando no meio do deserto do Saara, na África. Perdido e tentando fazer com que seu avião volte a funcionar antes que sua reserva de água acabe, o aviador é surpreendido por um menininho com roupas estranhas, cabelo da cor de trigo e que lhe enche de perguntas. O aviador então o chama de Pequeno Príncipe. O príncipezinho começa então uma amizade com o aviador. Aos poucos ele vai contando a sua história, da onde ele veio, aonde ele mora e de cara já somos conquistados pela inocência, ingenui-dade e ao mesmo tempo sabedoria do pequeno príncipe. O aviador cada vez mais que fica na presença da criança se mostra curioso e afetuoso com a mesma, e nós leitores também.

Iremos descobrir através das histórias do príncipe, que ele veio de muito longe e até chegar no deserto e conhecer o aviador, participou de uma longa jornada. Nessa jornada o Pequeno Príncipe saiu de seu asteróide, lugar onde ele cria três vulcões - sendo um deles desativado - e uma rosa, em busca de uma aventura. Disposto a co-nhecer o que o universo poderia lhe pro-porcionar, o rapazinho viaja por outros asteróides conhecendo novas pessoas

em cada um deles e aprendendo novas lições sobre a vida. A sétima parada do jovem príncipe é exatamente no planeta Terra. Ao cair no mesmo deserto que se encontra agora, o Pequeno Príncipe descobre como solitá-rio nosso planeta pode ser. Caminhando por dias a procura de alguém para com quem conversar, nosso pequeno herói irá passar por situações que irão lhe ensinar a ter uma nova visão sobre o mundo, princi-palmente com aquele que ele deixou para trás, em seu astéroide.

Com sua história simples mas ao mesmo tempo profunda e reflexiva, “O Pequeno Príncipe” conquistou durante seus 70 anos diversores admiradores pelo mundo. Sen-do um livro rápido e fácil de ler, é aquelo tipo de livro que fica na cabiçeira da cama, onde sempre podemos alcançá-lo para ler. Apesar de não ser uma obra de auto-aju-da, o livro contêm passagens belíssimas, além de trazer questionamentos e ensi-namentos realmente válidos para nossa sociedade.Apesar da narração ficar a cargo do avia-dor, nas partes da história onde o prín-cepizinho está viajando pelos planetas, conseguimos obter uma descrição bas-tante detalhada, como se fosse o próprio príncipe responsável por narrá-las. O fato curioso é que o aviador não aparece em

“Levantei-me num salto, como se tivesse sido atingido por um raio. Esfreguei bem os olhos. Olhei ao

meu redo. E vi aquele homenzinho extraordinário que me observava

seriamente. Eis o melhor retrato que, passado algum tempo, consegui fazer

dele.” Pág. 12

“Que planeta engraçado!, pensou en-tão. “É completamente seco, pontudo e salgado. E os homens não têm imag-inação. Repetem o que a gente diz… No meu planeta eu tinha uma flor; e era sempre ela que falava primeiro.”

Pág. 64

“O livro é narrado pelo aviador, que re-conta sob sua perspectiva a história de

como ele conheceu o pequeno príncipe seis anos antes no Saara.”

Ilustração Original

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nenhuma das aquarelas do livro e ele também não possúi um nome, fazen-do com que nós leitores o relacionemos automaticamente com o próprio autor, Saint-Exupéry.Antoine de Saint-Exupéry é nada mais do que um grande gênio. Aliás, ele era um homem com uma alma de criança dentro

de sí, e assim conseguiu escrever na his-tória do tempo uma fábula que perdura os anos e ainda consegue continuar fres-ca e atual. Sua escrita é impecável e suas aquarelas levam a história do livro para uma atmosfera completamente diferen-te, imortalizando personagens icônicos.Seja você uma criança, um adolescente ou um adulto, isso realmente não importa, você deveria separar um tempo para ler “O Pequeno Príncipe” e caso você já tenha o feito, separe um tempo para relê-lo mui-tas e muitas vezes. Não nos cansamos de coisas boas, ainda mais quando elas nos fazem bem ao coração. “O Pequeno Prín-cipe” pode ser um livro curtinho mas suas palavras definitivamente possuem um grande poder sobre quem às lê.

“Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo

não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados.

Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo é dourado, fará com que eu me lembre de ti.”

Pág. 69

“Só as crianças sabem o que procur-am – disse o principezinho. – perdem o tempo com uma boneca de pano, e a boneca se torna muito importante, e choram quando elas lhes é tomada… – Elas são felizes… – disse o mano-

breiro.” Pág. 75

Ilustração Original

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Edição OriginalAutor: Antoine de Saint-Exupéry

Idioma: francêsPaís: França

Género: Literatura Infanto-Juvenil, NovelaIlustrador: Antoine de Saint-Exupéry

Editora: Éditions GallimardLançamento: 1943

Páginas: 96Edição portuguesa

Tradução: Joana Morais Varelanota 1Editora: CaravelaEdição brasileira

Tradução: Dom Marcos BarbosaEditora: Editora Agir

Lançamento: 2000Páginas: 96

“Estima-se que a Animação de Le Petit Prince, terá a estreia em 7 de Outubro de 2015 ( Mundial )”

Estréia da Animação:Título: The Little Prince (Original)Ano produção: 2015Dirigido por: Mark OsborneEstreia: 7 de Outubro de 2015 ( Mundial ) Gênero: Animação FantasiaPaíses de Origem: Estados Unidos da América e França.Mark Osborne, tem no currículo a animação Kung Fu Panda. Ainda não se sabe quais serão os personagens dos atores escalados.

Fonte: www.filmow.com

FICHA TÉCNICA

Capa da Editora Éditions Gallimard. França Capa da Editora Agir. Brasil

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Somos infinitos

vantagensAs

de ser

invisível

Livro do Mês

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RESENHA:

Charlie é um adolescente solitário e com uma visão de mundo pouco complexa. Sem amigos ou grandes emoções na vida, ele divide conosco sua história a partir de cartas para um amigo anônimo. Seu dia-a-dia é monótono, mas, ao mes-mo tempo, suas cartas são recheadas de acontecimentos. Isso porque Charlie é ex-tremamente observador e analista, o que acaba rendendo ótimos comentários para seu “amigo por correspondência”. A verdade é que ele sempre foi incom-preendido. Seu único amigo cometeu suicídio, sua tia querida morreu, seus pais o tratam com extrema cautela e sua irmã mais velha tem seus próprios problemas para lidar. Não havia muito mais o que fazer a não ser ir sobreviven-do um dia de cada vez.Mas sua vida muda radicalmente quando três pessoas entram nela: Bill – seu pro-fessor -, Sam e Patrick. A partir daí ele vive experiências inesquecíveis, lê livros ex-traordinários, e passa a ser ator e não es-pectador. Charlie passa a se sentir infinito.Enquanto Bill mostra-se um professor interessado no aluno, incentivando-o a descobrir novos mundos nas páginas, mas sem deixar de viver sua vida de ver-dade, Sam e Patrick trazem intensidade para a vida de Charlie.Festas, mais amigos, novas experiências e até o amor fazem parte de sua nova rotina. E Charlie está disposto a experimentar de tudo para aproveitar a vida, como todos insistem para que ele faça.Acompanhamos o desenrolar da história intimamente, pois acabamos sendo os re-ceptores das cartas do protagonista.

Somos envolvidos por sua vida e podem-os observar com segurança e proximidade a visão de mundo de Charlie.É visível que ele tem problemas e a forma como encara a vida soa quase inocente, mas, na verdade, é bem preto no branco. Charlie não busca significados ocultos nas situações, apenas faz uma análise quase fria dos fatos. E, com isso, ele consegue enxergar coisas que uma visão passional não enxergaria.

O livro é uma leitura gostosa e fácil, apesar de, no início, ter achado o narra-dor chato e um tantinho irritante. Mas depois que você entende o personagem, Charlie é como um amigo de quem go-staria de tomar conta.Sam e Patrick, apesar de não serem po-liticamente corretos, são carismáticos e companheiros, o tipo de pessoa comple-tamente diferente do protagonista e que, justamente por isso, cria uma ótima com-binação. A entrada dos dois na vida de Charlie foi realmente um divisor de águas e o que movimentou a história.Bill é um daqueles professores que já tive a honra de conhecer. Alguém que vai além da sala de aula e investe no aluno para que ele possa descobrir seu próprio poten-cial. A irmã de Charlie também é alguém decisivo para podermos compreender a personalidade do garoto. Os dois são responsáveis por momentos de tensão e ternura ao longo do livro, o que me trouxe lágrimas aos olhos. Acompanhar um ano na vida do personagem foi intenso. A história valoriza as relações de amizade e as familiares de uma forma peculiar, nos transportando de volta para a adolescên-cia, naquela fase de questionamentos, de-scobertas e emoções fortes.

por Julia Oliveto

“Love Always, Charlie”

CURIOSIDADES:

Vendeu mais de 700 mil cópias desde sua publicação em 1 de fevereiro de 1999

O autor, Stephen Chbosky levou 5 anos para terminar esse livro

Ele tinha 29 anos quando o livro foi publicado

Stephen Chbosky escreveu o roteiro da adaptação cinematográfica

Seu mentor foi Stewart Stern, roteirista de Rebel Without a Cause

Emma Watson viveu Sam e Logan Lerman viveu Charlie na adaptação para os cinemas

O personagem principal, Charlie, parece sofrer de Estresse Pós Traumático, por

conta de abusos sexuais

FICHA TÉCNICA:

Autor: Stephen ChboskyGênero: Infanto Juvenil

Publicado em: Fevereiro, 1999Traduzido para: 13 línguas

Título Original: The Perks of being a Wallflower

Adaptado para o Brasil em: 2007Tiragem: 4 mil exemplares

“...sua vida muda radicalmente quando três pessoas entram nela:

Bill – seu professor -, Sam e Patrick.”

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Stephen Chbosky, autor

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Narnia

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Woodhill Forest: O campo da Feiticeira Branca

A uma hora a noroeste de Auckland, uma região sombria da Woo-dhill Forest foi usada para retratar o campo da Feiticeira Branca de Nárnia. Woodhill é um destino popular para ciclismo de monta-nha. Alugue uma bicicleta e passe o dia pedalando.No subúrbio de Hillsborough, em Auckland, o terreno da Mount Cecilia House foi filmado para representar o terreno da mansão na qual as crianças passam as férias.

COMO CHEGAR LÁ:Auckland é a principal entrada internacional da Nova Zelândia e recebe voos diários de todas as partes do mundo.Você pode chegar à Woodhill Forest de carro seguindo a estrada noroeste até o cruzamento com a SH 16. Siga a SH 16 até Woodhill.A Mount Cecilia House está localizada na Hillsborough Road, Hills-borough. Peça direções em um Centro de Informações ao Visitante.

Locais de filmagem

As Crônicas de Nárnia

As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticei-ra e o Guarda-roupa é um filme estadu-nidense, produzido pela Walden Media e The Walt Disney Pictures e lançado em 2005, dos gêneros aventura e fantasia, baseado no livro O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, primeiro livro da série As Crônicas de Nárnia, de C.S. Lewis. É tam-bém o primeiro filme da série de filmes The Chronicles of Narnia.O filme foi dirigido pelo neozelandês An-drew Adamson e também foi filmado na Nova Zelândia, embora também tenham ocorrido filmagens na Polônia, na Repú-blica Checa e na Inglaterra.

Woodhill Forest

Cathedral Cove, Nova Zelândia.

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Mount Cecilia House

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Dunedin

The Catlins: Cair Paravel

O grande castelo de Cair Paravel, no Eastern Sea de Nárnia, foi criado por imagens gera-das por computador sobrepostas no alto das falésias de Purakaunui Bay, na região de The Catlins, sul de Dunedin.A estrada costeira de The Catlins, de Balclu-tha a Invercargill, é uma viagem panorâmi-ca que leva ao encontro de vidas selvagens, caminhos na floresta, cachoeiras e praias iso-ladas. Embora seja possível fazer a rota facil-mente em um dia, recomendamos que você divida a viagem em dois ou três dias, pois há muito a ser visto.

COMO CHEGAR LÁ:Pegue a SH 1 na direção sul de Dunedin. Vire à esquerda em Balcutha. Siga em direção ao sul, passe por Owaka até a saída de Ratanui. Siga a Purakaunui Falls Road até a Long Point Road, em seguida, siga a Purakaunui Bay Road até o final.Você pode chegar a Dunedin de avião partin-do de Auckland ou de qualquer outra cidade grande da Nova Zelândia.

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Canterbury: A Grande Batalha

Flock Hill Station, em North Canterbury, foi o cenário da batalha final dramática entre as forças de Aslam e o exército da Feiticei-ra Branca. A espetacular batalha foi travada tendo como pano de fundo os Southern Alps. A localização encontra-se em terras particulares, mas há passeios disponíveis junto com a Flock Hill Station.Enquanto estiver na região, visite também a Reserva Natural de Cave Stream, às mar-gens do Broken River. A topografia cárstica de rochas calcárias vista daqui e do outro lado de Cave Stream é típica da paisagem que retrata Nárnia.

COMO CHEGAR LÁ:Flock Hill está situada a 90 minutos de Chris-tchurch. Siga a SH 73 e procure pela placa de Flock Hill Station próximo ao Lago Pearson.Christchurch, o aeroporto mais próximo, rece-be alguns voos internacionais.Você também pode pegar um voo regional em qualquer cidade grande da Nova Zelân-dia. Há serviços diários de ônibus interurba-nos na SH 73.

Flock Hill Station, em North Canterbury

Elephant Rocks

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Elephant Rocks

North Otago: Campo de Aslam

As antigas formações calcárias de Elephant Rocks, em North Otago, defini-ram o cenário do campo de Aslam. O cal-cário começou a ser formado no fundo do mar há cerca de 24 milhões de anos. Em eras geológicas recentes, o calcário subiu para a superfície. A água e o ven-to deterioraram a pedra em formas que lembram elefantes.Essa região é famosa pelos fósseis, que são exibidos no Vanished World Fossil Centre, em Duntroon.

COMO CHEGAR LÁ:As Elephant Rocks ficam a uma curta dis-tância de carro da cidade de Duntroon, a oeste de Oamaru na SH 83.Oamaru fica na SH 1, entre Christchurch e Dunedin, na costa leste de South Island.

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BOLO DE CHOCOLATEMATILDA

A diretora Trunchbull chama Bruce Bo-gtrotter para puni-lo de ter comido seu bolo. A punição é ele comer um bolo intei-ro de chocolate na frente de todo o corpo estudantil. Quando Bruce já não aguenta mais comer, eis que Matilda o incentiva, fazendo com que os estudantes fizessem o mesmo, assim o garoto consegue termi-nar o bolo ao som de vozes gritando – Bru-ce! Bruce! Bruce!

PIZZA MARGHERITACOMER, REZAR E AMAR

Liz Gilbert (Julia Roberts), larga tudo para passar um ano fora e a sua primeira pa-rada, como não poderia deixar de ser, é Roma! Uma de suas esperiências culi-nárias Elizabeth Gilbert tem um caso de amor com sua Pizza Margherita.Na cena quando ela come a pizza ela diz - Eu estou apaixonada. Estou tendo um caso com minha pizza.

TRUFA DE CHOCOLATECHOCOLATE

Vianne Rocher (Juliette Binoche), uma jo-vem mãe solteira, e sua filha (Victorie Thi-visol) resolvem se mudar para uma cida-de rural da França. Lá decidem abrir uma loja de chocolates que funciona todos os dias da semana, o que atrai a certeza da população de que o negócio não vá durar muito tempo. Porém, aos poucos Vianne consegue persuadir os moradores da ci-dade em que agora vive a desfrutar seus deliciosos produtos.

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MODO DE PREPARO:

Em fogo baixo, levar o açúcar com a água à uma panela. Assim que começar a formar bolhas nos cantos, deixar cozinhar por cinco minutos. Após os cinco minutos, desligar o fogo e adicionar a manteiga, mexer até derretê-la completamente, logo adicione o suco de limão e o sal, em seguida a baunilha e a nata. Deixar esfriar por alguns minutos, se preferir quente ou levar a geladeira depois para tomar gelado. A proporção para a água com gás é de duas colheres de sopa da calda para cada 150ml. Para uma caneca de 500 ml, adicionar primeiramente sete colheres de sopa da calda e depois a água com gás, bastando apenas misturá-los., e pronto, é só beber!

VOCÊ VAI PRECISAR DE:

1 panela de espessura grossa3/4 de xícara de açúcar mascavo

2 colheres de sopa de água5 colheres de sopa de manteiga

1 colher de sopa de suco de limão1 pitada de sal

1 colher de chá de extrato de baunilha¼ de xícara de nata ou creme de leite fresco

Água com gás gelada

A Cerveja amanteigada é um tipo de bebida que faz parte da ficção das histórias da série Harry Potter que começam a aparecer no terceiro livro e filme. A bebida é vendida nos co-mércios de Hogsmeade ou no Beco Diagonal e é a preferida de Harry Potter, Rony Weasley e demais personagens da ficção. Servida também no bar Três Vassouras, administrado por Madame Rosmerta, um dos lugares preferidos do carismático Alvo Dumbledore.

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Hannibal Lecter

HISTÓRIA

Nascido na Lituânia, o seu pai era um conde lituano e a sua mãe pertencia à alta burguesia italiana. Presumivelmente é descen-dente dos Sforza e dos Visconti: os Sforza eram uma família de go-vernantes temida pelos seus actos cruéis e os Visconti eram uma importante família,da região de Milão, que possuía a alcunha de “Dragão Antropófago”, o que indica que as tendências canibales-cas de Hannibal Lecter são uma herança de família.Aos seis anos de idade, Lecter passou por vários acontecimen-tos traumáticos de grande intensidade. Por essa época, a Lituânia sofria a devastação da Segunda Guerra Mundial, devido aos ata-ques alemães sobre a Rússia.A família Lecter foi vítima das incursões alemãs pela Lituânia, ten-do apenas sobrevivido Hannibal e Mischa (sua irmã) do confronto entre as tropas nazistas e o Exército Vermelho. Segundo a novela de Thomas Harris, os irmãos tornaram-se cativos dos hiwis (litu-anos traidores que ajudavam os nazistas) após este episódio. Os hiwis, que se faziam passar por equipes da Cruz Vermelha, insta-laram-se na casa de campo da família Lecter para se abrigar de um rigoroso inverno e acabaram matando Mischa e a devoraram, traumatizando Hannibal. Entre 1970 e 1975, Hannibal Lecter

adquire o título de Doutor em Psiquiatria no estado de Maryland, EUA.Em 1975, o Dr. Lecter trabalha como especialista em psiquiatria nos tribunais de Maryland e Virgínia. A primeira vítima de Lecter é Mason Verger, personagem de tendências homossexuais, membro da sua lis-ta de pacientes influentes, que adquire certa amizade com Dr. Lecter. Hannibal, a determinada altura, entorpece Verger e após pancada na nuca que o deixa tetraplégico, dá apenas a cabeça a cães mantidos em clausura e privados de alimento. Assim fica com a face totalmente deformada após ser devorada. No entanto, Mason Verger sobrevive, tetraplégico e deformado facialmente. Esta personagem é uma das duas vítimas que sobrevivem aos ataques de Lecter.No papel de ajudante do FBI na elaboração de perfis psicológicos cri-minais, Lecter trava uma relação de amizade com o agente especial Will Graham, o qual posteriormente se converterá numa das suas víti-mas e a segunda (e última) a sobreviver aos seus ataques. Este fato põe a verdade ao descoberto e, em seguida, Lecter é capturado para ser sentenciado em julgamento, no qual é apresentada uma lista de nove vítimas comprovadas até esse momento. Hannibal é condenado a nove prisões perpétuas no Hospital Forense da Cidade Indepen-dente de Baltimore.

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O retrato que Harris pintou de Hannibal Lecter é vívido e aterrorizante. Seus olhos são claro como o céu celestial, seus dentes pequenos e brancos parecem refletir sua voz cal-ma e pausada. É um homem maduro, de meia-idade, pequeno e compacto, que se move com a graça e num incomum silêncio. Ele tem seis dedos em uma mão, o dedo do meio é perfeitamente replicado, a forma mais rara da polidactilia. Seu olfato é altamente apura-do, característica que podemos notar quando ele detecta o perfume de Clarice Starling, L’Air du Temps, no primeiro encontro de ambos em O Silêncio do Inocentes. Nota: ela não estava usando o perfume naquele dia.A diferença do Dr. Lecter do livro para o filme, fica mais na personalidade e aparência dele. Onde no livro, não temos a dimensão do quando o olhar dele pode ser impac-tante,e de alguns gestos que podem passar um certo medo ou susto ao decorrer dos filmes, tudo muito visual. No livro quando Clarice Starling olha para os olhos de Lecter, ela pode enxergar uma luz vermelha, Starling ainda nota que Hannibal tem um corte de cabelo em formato de bico de viúva, ambas características não aparecem no filme, também como o dedo a mais que Lecter tem na mão esquerda, os produtores acharam desnecessária essa ca-racterística. No caso do Hannibal Lecter de Mads Mikkelsen, Bryan Fuller disse que ele é claramente feito para ser atraente. Complementou dizendo que a única razão pela qual ele não deu um sexto dedo ao ator é para manter o sex appeal do personagem.

“Ele tem seis dedos em uma mão, o dedo do meio é perfeita-mente replicado, a forma mais rara da polidactilia.”

CURIOSIDADES:

Para compor Hannibal Lecter, Anthony Hopkins estudou arquivos de serial killers

e de criminosos violentos, visitou prisões e assistiu a audiências e julgamentos. O ator

buscou inspiração no computador HAL 9000 de 2001: Uma Odisséia no Espaço

para criar a voz do personagem.Além disso, usando a experiência adquirida ao longo da carreira, Anthony Hopkins im-

primiu várias características em Hannibal Lecter a partir de improvisações. Exemplos

disso é a maneira como ele pronuncia a palavra “chianti”, o som impactante que faz

em seguida e o fato de o psiquiatra nunca piscar quando fala.

Anthony, teve indicações para grandes prêmios, chegando a ganhar alguns deles,

como exemplo o dois Oscar de melhor ator, com o personagem Dr. Hannibal Lecter.

O Silêncio dos Inocentes

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MalEvola46

Capa

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Malévola foi concebida como a “senhora de todo o mal” e, desde 1959, reinava como a mais cruel e poderosa das vilãs da Disney. Em 2010, porém, o estúdio decidiu destituir a personagem do seu posto. Seu nome podia evocar a crueldade daquela que, por despeito, condenara uma bela princesa ao sono eterno, mas sua verdadeira história não era assim tão maniqueísta.Para transformar a antagonista em heroína, contrataram Linda Woolverton, responsável pelos roteiros de A Bela e a Fera, O Rei Leão e do Alice no País das Maravilhas. Robert Stromberg, mais conhecido por seu trabalho como designer de produção em Ava-tar, Alice no País das Maravilhas e em Oz: Mágico e Poderoso, faria sua estreia na direção, assumindo o posto recusado por Tim Bur-ton, David Yates e David O. Russell.O nome essencial para a criação da nova Malévola, entretanto, foi

Angelina Jolie. A atriz, citada já nos primeiros estágios do projeto, assumiu sobre seus ombros o peso da produção, cuidando pes-soalmente de cada detalhe da sua personagem. Sua encarnação é precisa. Honra o filme original, acertando o tom malicioso da dublagem de Eleanor Audley, e é tão elegante quanto os traços definidos pelo animador Marc Davis. Ainda assim, sua Malévola não é um cosplay requintado. Jolie domina cada fala, se diverte, criando um trabalho único. É uma pena, então, que o seu esforço não encontre um filme à altura.Logo nos minutos iniciais, Stromberg apresenta o espalhafatoso reino dos Moors. Um mundo que, apesar da natureza exuberan-te, é habitado por criaturas em computação gráfica sem carisma. Malévola, então uma garotinha (Isobelle Molloy), protege a flo-resta encantada da inveja dos homens. Aqui, a personagem troca

Elle Fanning como Aurora

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o maligno preto por tons terrosos e seus já conhecidos chifres são acompanhados por asas. A história da fada-an-jo se transforma quando ela conhece Stefan (Michael Hig-gins na infância e Sharlto Copley na vida adulta). O jovem humano ganhará sua confiança, jurará “amor verdadei-ro” e a enganará para passar de reles plebeu a rei.Malévola, portanto, não é mais uma fada-madrinha res-sentida por não ser convidada para uma festa, é uma mulher traída. Quando lança a famosa maldição contra a filha de Stefan, a princesa Aurora (Elle Fanning), ela busca vingança contra aquele que roubara a sua inocência. Essa transição de boa para má é brusca. Um punhado de cenas que muda didaticamente o seu figurino, mas não desen-volve o seu estado emocional. Com 97 minutos, o filme se afoba para percorrer o arco de mocinha-vilã-heroína e esquece de dar a prometida tridimensionalidade à sua história e aos seus personagens.As fadas Fauna, Flora e Primavera, rebatizadas Thistletwit (Juno Temple), Knotgrass (Imelda Staunton) e Flittle (Les-ley Manville), perderam completamente o encanto, por exemplo. Seja nas suas versões bizarramente reduzidas em computação gráfica, ou nos seus disfarces “civis”, que usam para criar a princesa longe do castelo e protegê-la da maldição, as três personagens são exageradas e ser-vem apenas como ponte para criar a ligação maternal en-tre Aurora e Malévola.A princesa, apesar do talento de Fanning, também não consegue o espaço necessário para se desenvolver.

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Quando chega à adolescência é apenas uma menina excessivamente ingênua, que não esboça qualquer reação ao descobrir que seu pai é o grande vilão da história. Dieval (Sam Riley), o metamorfo ajudante de Malévola, também merecia mais tempo em cena. Não fossem tão rápidas, suas interações com Jolie, além de criar um alívio cômico pontual, dariam corpo à revela-ção da verdadeira índole da protagonista.Malévola é fruto de uma nova safra da Disney que re-pensa seus clássicos para educação de uma nova gera-ção, descartando arquétipos de princesas frágeis e heróis galopantes que salvam o dia com um beijo. Depois de Alice no País das Maravilhas e Frozen, foi vez da rainha das vilãs revelar ao público que existem outras formas de “amor verdadeiro” além daquelas que oferecem os príncipes encantados. Ainda que a intenção seja lou-vável, na pressa para criar uma nova moral, Malévola esqueceu de contar uma boa história.Com uma menos de uma semana em cartaz, Malévola faturou mais de US$ 170 milhões mundialmente e já pode render uma sequência.Durante o lançamento do filme na China (via Hollywood Reporter), Angelina Jolie sugeriu que esta poderia não ser a sua única encarnação como a personagem: “É meio difí-cil superá-la, ela foi muito divertida. Quem sabe eu tenha a chance de interpretá-la mais uma vez”. Depois da divul-gação de Malévola, Jolie dará continuidade à pós-produ-ção de Unbroken, seu segundo trabalho como diretora.

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MAS E O CONTO ORIGINAL?

Mesmo com qualquer diferença entre o filme de 2014 e o de 1959, eles lembram apenas levemente o conto original. Então se você já está acostumado com os belos filmes da Disney, cuidado com o que vai ler a seguir, isso pode destruir sua infância.Sol, Lua e Talia (Sole, Luna, e Talia) é um conto de fadas escrito por Giambattista Basile e foi escrito em 1634.Após o nascimento da filha (Talia) de um grande senhor, sábios e astrólogos preveram que ela seria mais tarde posta em perigo por uma lasca de linho. Para proteger sua filha, o pai ordena que nenhum linho jamais seria trazido para a casa dele. Anos mais tarde, Talia vê uma velha fiar o linho em uma roca. Ela pergunta à mulher se ela pode fiar também, mas assim que ela começa a girar, uma farpa de linho entra sob a unha e ela cai no chão, apa-rentemente morta. Incapaz de suportar a ideia de enterrar sua filha, o senhor coloca Talia em uma de suas propriedades rurais.Algum tempo depois, um rei caçando na floresta próxima, se-gue o seu falcão para a casa onde Talia está. Ele a encontra e tenta, sem sucesso, acordá-la. Em seguida, faz sexo com ela enquanto ela está inconsciente. Depois, ele deixa a menina na cama e retorna à sua própria cidade . Ainda dormindo, ela dá à luz gêmeos (um menino e uma menina) . A menina não conse-

gue encontrar o seio de sua mãe e em vez disso ela começa a chupar o dedo de Talia, conseguindo assim tirar a lasca de linho. Talia acorda imediatamente e nomeia seus filhos de Sol e Lua e vive com eles na casa.Depois de um tempo, o rei retorna e encontra Talia acordada e mãe de gêmeos. No entanto, ele já é casado. Em uma noite ele fala os nomes de Talia, Sol e Lua em seu sono e sua esposa, o ouve . Ela consegue descobrir tudo e então, através de uma mensagem forjada, pede que Talia e seus filhos vão ao castelo. Ela ordena ao cozinheiro para matar as crianças e servir ao rei. Mas o cozinheiro as esconde e serve dois cordeiros em seu lu-gar. A rainha provoca o rei enquanto ele come.Em seguida, a rainha leva Talia à corte. Ela ordena que Talia seja jogada em uma fogueira, então a garota pede para tirar suas vestes antes e grita enquanto está se despindo. O rei ouve os gritos de Talia e vai ao local. Sua esposa lhe diz que Talia seria queimado e que ele tinha, sem saber, comido seus próprios fi-lhos. O rei ordena que sua esposa e o cozinheiro sejam jogados no fogo em seu lugar. O cozinheiro explica como ele tinha sal-vado Sol e Lua . Assim, o rei e Talia se casam e o cozinheiro é recompensado com o título de camareiro real.

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10 CURIOSIDADES SOBRE MALÉVOLA

1. O nome “Maleficent” (Malévola, em inglês) deriva da palavra maleficentia em Latin, que significa “fazer o mal”.

2. A gola da roupa da personagem foi desenhada para ficar com um aspecto de morcego.

3. Os chifres de Malévola foram baseados na imagem do diabo, “para que ela assustasse todos até a morte”.

4. Por falar em chifres, Jolie usou várias versões do acessório para gravar. Algumas eram tão pesadas que ela poderia quebrar o pescoço se acontecesse algum acidente. Um dos chifres era magnético, e poderia arrancar a cabeça da atriz.

5. Os chifres usados por Angelina foram criados por artistas especializados em criar roupas fetichistas.

6. O visual de Lady Gaga no clipe de Born This Way inspirou as maçãs do rosto afinadas da vilã no filme.

7. As lentes de contato usadas por Jolie foram inspiradas em olhos de cabra, por terem pupilas horizontais.

8. Vivienne não foi a única Jolie-Pitt a participar do filme. Enquanto ela interpretou a versão pequena da prince-sa Aurora, Pax e Zahara participaram da cena do batizado.

“Pax e a professora dele, que é vietnamita, interpretaram a Rainha e o Príncipe do Vietnã e Zahara e a pro-fessora dela interpretaram a Rainha e a Princesa da Núbia. Eu amo tanto a cena do batizado, que assistimos em casa todos juntos. Na gravação, eu andava entre eles sendo muito má, mas é claro que eu queria parar e dar uma piscadinha.”

8. Segundo relatos, a atriz teria sido a responsável por selecionar Lana Del Rey para gravar Once Upon a Dream para a trilha sonora do filme.

9. Originalmente, a Disney planejava contratar Tim Burton para dirigir o filme, mas Robert Stromberg foi o escolhido.

10. Segundo a atriz, ela desenvolveu a voz de Malévola enquanto dava banho nos filhos.

“Eu estava dando banho neles e inventando outras histórias sobre Malévola. E eles não estavam prestando atenção, como crianças geralmente fazem, até que comecei a brincar com essa voz calma e cantada.”

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Angelina em cena com sua filha

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Maurice Sendakviaje na vida e obra do autor de

“Onde Vivem os Monstros”

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Nasceu no Brooklyn, Estados Unidos, em 10 de Junho de 1928, era filho de pais poloneses e judeus imigrantes. Sendak descre-veu sua infância como uma “situação terrível”, pois parte de sua família morreu no Holocausto. Mas mesmo infelicidade pode tra-zer algo bom, pois seus livros foram moldados pela sua infância. Seu amor pelos livros começou quando ainda era criança, ao de-senvolver problemas de saúde e ser confinado em sua cama, as-sim tudo o que podia fazer para passar o tempo, era ler. Quando tinha apenas 12 anos, Sendak assistiu ao filme Fantasia de Walt Disney e depois disso decidiu se tornar ilustrador. Quan-do trabalhava na Schwarz, acabou conhecendo Ursula Nords-trom, uma famosa editora de livros infantis, que o ajudou a con-seguir seu primeiro emprego como ilustrador.

BIBLIOGRAFIA

Suas ilustrações foram publicadas pela primeira vez em 1947, em um livro intitulado Atomics for the Millions pelo Dr. Maxwell Lei-gh Eidinoff. Ele passou grande parte da década de 1950 ilustran-do livros infantis escritos por outras pessoas antes de começar a escrever suas próprias histórias.Quando Sendak finalmente começou a ilustrar e escrever para crianças, ele prometeu que não iria escrever histórias de sol e ar-co-íris, porque isso não seria a vida real.Em 1956 publicou seu primeiro livro em que também foi ilustra-dor, Kenny’s Window. Mas só em 1963, quando publicou Onde Vivem os Monstros, que teve seu trabalho reconhecido. Sendak morreu no dia 8 de maio de 2012, em Danbury, no Danbu--ry Hospital, por complicações de um acidente vascular cerebral.

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Sendak produziu diversas obras, mas a mais famosa de todas foi Onde Vivem os Monstros, um livro de 1963 que foi escrito e ilustrado pelo mesmo. Considerado um clássico para a literatura norte-americana e com tradução para mais de 20 línguas, é um dos livros favoritos do presidente Barack Obama, ele até o leu para as crianças, olha só!O livro conta a história de um garoto fantasiado de lobo, Max, que após uma discussão com sua mãe é mandado de castigo para o seu quarto. Se sentindo incompreendido ele cria um novo mun-do e lá ele descobre criaturas que consegue domar apenas com o olhar e elas o nomeiam “o Rei dos Monstros”. Max então pode mandar e desmandar, fazendo o que quiser naquela terra. Até ele sentir saudades do mundo real, assim ele volta e quando chega, encontra o seu jantar quentinho o esperando.Onde Vivem os Monstros já foi adaptado para o cinema em 2010 pela Warner Bros e os fãs dizem que o filme consegue manter o encanto do livro, ufa hen. Uma adaptação para o teatro também foi feita e o próprio Maurice participou na elaboração. Poucos sabem, mas o desenho animado Os Sete Monstrinhos também é baseado no livro de Sendak.O mais interessante de tudo é que o livro, por ser um clássico,

PRINCIPAL OBRA

VIAJE COM O AUTORAos amantes de Maurice Sendak, de suas obras e suas ilustrações, o Museu e Livraria Rosenbach que fica na Filadélfia, Estados Uni-dos, tem um espaço apenas para a coleção do autor. A relação do Rosenbach com Sendak remonta a 1966 e o museu traz mais de 10 mil objetos do autor, incluindo manuscritos originais, fotos, liv-ros autografados e sketchs preliminares de suas ilustrações finais. Mesmo assim, apenas algumas seleções estão à vista na galeria de Maurice Sendak, mas a coleção é rotatória, sempre mudan-do o que está à mostra. Para os que querem ver mais a fundo, a coleção integral está disponível para pesquisa com hora marca-da, assim como grande parte de outras coleções do museu.O motivo para que os trabalhos e objetos de Sendak estarem no Rosenbach é sua longa história com a instituição.Em 1966, Maurice Sendak visitou pela primeira vez o Museu e Biblioteca Rosenbach na Filadélfia , seguindo uma dica que o Rosenbach (praticamente desconhecido na época) era o lar de importantes coleções de Herman Melville, que de longe, era seu

contém apenas 338 palavras. Mesmo sendo tão curto, não deixa de ser um dos livros mais queridos na literatura infantil e um clás-sico para pessoas de todas as idades.

Ilustração original do livro Onde Vivem os Monstros

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autor favorito . Ele descobriu não só Mel-ville nas coleções , mas Nathaniel Haw-thorne, Emily Dickinson, William Blake e muitos outros gigantes do século XIX que definiram gostos literários, artísticos e mu-sicais de Sendak. Em 1968, ele começou a colocar seus desenhos originais de livros que tinha ilustrado no Museu Rosenbach. Em 2003 Sendak foi nomeado presidente honorário do conselho de curadores da Rosenbach, em reconhecimento de suas enormes contribuições para a vida da in-stituição. Uma galeria dedicada à sua obra tem sido um dos destaques do Rosenbach e continua a apresentar desenhos origi-nais para o dia de hoje em uma série de exposições rotativas.Sendak fez sua última visita ao Rosenbach em abril de 2012 , quando ele foi ver a nova instalação do seu único sobrevivente em grande escala, o chamado mural Cher-toff, que o Rosenbach tinha readquirido e restaurado em 2008. O Museu é aberto para todos, abrindo sempre ao meio-dia, fechando as cinco da tarde nas terças e sextas, oito horas da noi-te nas quartas e quintas e as seis da tarde nos sábados e domingos. Os horários para pesquisa com hora marcada são diferen-ciados, tendo que marcar com o museu. O Rosenbach conta também com uma sala de leitura que fecha para almoço entre meio-dia e trinta e uma hora e trinta.O único requisito para a entrada no mu-seu é um grupo de pelo menos 10 pes-soas, então se está interessado em ir, leve a quantidade mínima de visitantes.Os valores de entrada são variados: para adultos 10 dólares, crianças e estudantes 5 dólares, idosos 8 dólares e menores de cinco anos a entrada é grátis. A entrada também pode ser de graça caso seja um membro do Museu.Visitar o museu onde está praticamente tudo o que restou de Maurice Sendak é como visitá-lo em pessoa, vendo tantos objetos pessoais, é um ótimo destino aos amantes de suas obras e da leitura em si.

Museu Rosenbach

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7 COISAS QUE VOCÊ NÃO SABIA SOBRE MAURICE SENDAK

Onde Vivem os Monstros foi originalmente intitulado Onde Vivem os Cavalos Selvagens e destinava-se, é claro, para caracterizar cavalos. Sua editora Ursula Nordstrom adorou o título, mas havia um problema: Sendak não conseguia desenhar cavalos. Quando ele disse a sua editora que toda a coisa de cavalo não ia dar certo, ele relembra seu “tom ácido” em resposta: “Maurice, o que você pode desenhar?” “Coisas”, disse ele, e “coisas” que ele desenhou.

Sendak nunca disse a seus pais que ele era gay. “Tudo o que eu queria era ser hétero para que meus pais fossem feli-zes”, ele disse ao jornal The New York Times em 2008. “Eles nunca, nunca souberam.” Seu parceiro de 50 anos, Eugene Glynn, faleceu em 2007.

As "coisas" que Sendak criou foram inspiradas por seus parentes imigrantes e pelo jeito que ele os via quando criança. "Eles estavam sempre despenteados; os dentes eram horripilantes, pelo saía de seus narizes.” Ainda que os monstros tenham sido modelados a partir de sua fa-mília, eles não ganharam nomes; na verdade, as coisas não tinham nomes no livro. Eles receberam apelidos quando Onde Vivem os Monstros foi transformado em uma ópera. Mas os nomes foram retiradas após a ópera. Eles nunca mais tiveram nomes até que se tornaram “es-trelas de cinema.”

Sendak odiava ebooks, em uma entrevista em que foi per-guntado sobre os ebooks, ele respondeu: “Eu odeio eles. É como fazer acreditar que há um outro tipo de sexo. Não há outro tipo de sexo. Não há outro tipo de livro! Um livro é um livro é um livro.”

Sendak dizia por si mesmo que era “totalmente louco” e as pessoas ficavam assustadas pelas coisas que ele dizia, como: “Uma mulher veio até mim no outro dia e disse: ‘Você é o homem dos livros pra criancinha!’ Eu quis matá-la. “Aos pais que pensam que o filme Onde Vivem os Mons-tros é muito assustador para as crianças: “Gostaria de di-zer-lhes para ir para o inferno. Essa é uma pergunta que eu não vou tolerar. “

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Apesar de muitos pais e bibliotecas inicialmente protes-tarem que Onde Vivem os Monstros era muito assustador para as crianças, foi o seu livro mais tarde, In the Night Kit-chen (sem tradução para o português), que ficou na lista de livros frequentemente contestados e banidos da American Library Association. O livro conta a história de um menino chamado Mickey, que está nu durante a maior parte da história, provavelmente porque ele está sonhando. “Você nunca teve um sonho, você mesmo, onde você estava totalmente nu?”, disse ele, quando Stephen Colbert per-guntou a ele sobre a nudez. Devido a algumas das suas travessuras nuas no livro, os críticos o consideraram ina-propriado para crianças.

O termo “ilustrador infantil” o irrita, uma vez que parece menosprezar seu talento. “Eu tenho que aceitar o meu pa-pel. Nunca vou me matar como Vincent Van Gogh. Nem vou pintar belos lírios aquáticos como Monet. Eu não pos-so fazer isso. Estou no papel idiota de ser uma pessoa de livros infantis.”

Ilustração Original de Onde Vivem Os Monstros

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O Guia do Mochileiro

das Galáxias O Guia do Mochileiro

das Galáxias

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“...trata em última instância da busca do sentido da vida, não só diverte como também faz pensar.”

SINOPSE:

O Guia do Mochileiro das Galáxias - Não entre em pânico - Vol. 1 - Douglas Adams.Arthur Dent tem sua casa e seu planeta (sim, a Terra) destruídos em um mesmo dia, e parte pela galáxia com seu amigo Ford, que acaba de revelar que na verdade nasceu em um pequeno planeta perto de Betelgeuse. Considerado um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, este livro vem encantando gerações de leitores ao redor do mundo com seu humor afiado. Este é o primeiro título da famosa série escrita por Dou-glas Adams, que conta as aventuras espaciais do inglês Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect. A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Prefect, um E.T. que vivia disfarçado de ator desempre-gado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do Mochileiro das Galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário. Mestre da sátira, Douglas Adams cria personagens inesquecíveis e situações mirabolantes para debochar da burocracia, dos políticos, da “alta cultura” e de diversas instituições atuais. Seu livro, que trata em última instância da busca do sentido da vida, não só diverte como também faz pensar.

CURIOSIDADES:

O Guia do Mochileiro das Galáxias original-mente foi escrito como uma série de rádio da BBC e depois lançado em fita cassete.O autor, Douglas Adams, costuma dizer que escrevia “de forma lenta e dolorosa”, apesar de ser admirado por sua “escrita como a arte da performance”.Douglas Adams participou de várias cam-panhas ecológicas (chegando a viajar pelo mundo com o zoólogo Mark Cawardibe). Adams também era fã de tecnologia e usou a maioria dos computadores da Apple.O dia 25 de maio de 2001 foi o dia em que foi feita a primeira homenagem pelos membros do H2G2. A data é lembrada pe-los fãs que carregam uma toalha durante o dia inteiro com eles. Alguns usam como uma capa, outros como um turbante, en-fim cada um usa a toalha como deseja, desde que esteja consigo a toalha.Todos os países (Alemanhã, Brasil, Espa-nha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grecia, Hungria, I tália, Polônia e Suiécia) em que tiveram publicações, teêm um ou mais tipos de capa.

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Capa Brasileira

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ENXERTO:

“Segundo ele, a toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar. Em parte devido a seu valor prático: você pode usar a toalha como agasalho quando atravessar as frias luas de Beta de Jagla; pode deitar-se sobre ela nas reluzentes praias de areia marmórea de Santragino V, respirando os inebriantes vapores marítimos; você pode dormir de-baixo dela sob as estrelas que brilham avermelhadas no mundo desértico de Kakrafoon; pode usá-la como vela para descer numa minijangada as águas lentas e pesadas do rio Moth; pode umedecê-la e utilizá-la para lutar em um combate corpo a corpo; enrolá-la em torno da cabeça para proteger-se de emanações tóxicas ou para evitar o olhar da Terrível Besta Voraz de Traal (um animal estonteantemente burro, que acha que, se você não pode vê-lo, ele também não pode ver você -estúpido feito uma anta, mas muito, muito voraz); você pode agitar a toalha em situações de emergência para pedir socorro; e naturalmente pode usá-la para enxugar-se com ela se ainda estiver razoavelmente limpa.” Capítulo 3

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Histórias de Tia Nastácia Monteiro Lobato

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“Tudo que o povo sabe e vai contando, de um para outro, ela deve saber. Estou com o plano de espremer tia

Nastácia para tirar o leite do folclore que há nela.”

Pedrinho, na varanda, lia um jornal. De repente parou, e disse a Emília, que andava rondando por ali: — Vá perguntar a vovó o que quer dizer folclore.— Vá? Dobre a língua. Eu só faço coisas quando me pedem por favor. Pedrinho, que es-tava com preguiça de levantar-se, cedeu à exigência da ex-boneca.— Emilinha do coração — disse ele — faça-me o maravilhoso favor de ir perguntar à vovó que coisa significa a palavra folclore, sim, tetéia?Emília foi e voltoWu com a resposta.— Dona Benta disse que folk quer dizer gente, povo; e lore quer dizer sabedoria, ciência. Folclore são as coisas que o povo sabe por boca, de um contar para o outro, depais a filhos — os contos, as histórias, as anedotas, as superstições, as bobagens, a sabedoria popular, etc. e tal. Por que pergunta isso, Pedrinho?O menino calou-se. Estava pensativo, com os olhos lá longe. Depois disse:— Uma idéia que eu tive. Tia Nastácia é o povo. Tudo que o povo sabe e vai contando,de um para outro, ela deve saber. Estou com o plano de espremer tia Nastácia para tirar o leite do folclore que há nela.Emília arregalou os olhos.— Não está má a idéia, não, Pedrinho! Às vezes a gente tem uma coisa muito interessan-te em casa e nem percebe.— As negras velhas — disse Pedrinho — são sempre muito sabidas. Mamãe conta de uma que era um verdadeiro dicionário de histórias folclóricas, uma de nome Esméria, que foi escrava de meu avô. Todas as noites ela sentava-se na varanda e desfiava história-se mais histórias. Quem sabe se tia Nastácia não é uma segunda tia Esméria? Foi assim que nasceram as Histórias de Tia Nastácia.

CURIOSIDADES:

José Bento Renato Monteiro Lobato (Taubaté, 18 de abril de

1882 – São Paulo, 4 de julho de 1948)1 foi um dos mais influentes escritores

brasileiros do século XX. Foi um i mpor-tante editor de livros inéditos e autor de

importantes traduções.Resolveu mudar de

nome, pois queria usar uma bengala, que era de seu pai, que havia falecido no dia 13 de junho de 1898. A bengala tinha as iniciais J.B.M.L gravadas no topo do cas-tão, então mudou de nome, passou a se

chamar José Bento, assim as suas iniciais ficavam iguais às do pai.

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Monteiro Lobato

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RESUMO:

A história de Dorian Gray, clássico de Os-car Wilde, já recebeu mais de uma adap-tação para o cinema. A mais respeitada (“O Retrato de Dorian Gray”, de 1945) contava com atuação elogiada de George Sanders e, já naquela época, trazia efeitos visuais interessantes na pintura de Dorian. A versão atual (de 2009, mas que chegou aos cinemas brasileiros apenas em 2011) começa com a história tradicional: Dorian Gray vem do interior e não conhece nada de Londres onde chega após a morte do avô, recebe de presente uma pintura fiel à

sua beleza feita por um novo amigo e se torna marionete de outro, Henry Wotton, um bon vivant endinheirado, que lhe apresenta vícios atraentes que mudam a vida do belo rapaz.Oliver Parker é o diretor desta versão e faz um filme com ritmo claudicante — às vez-es parece corrido e econômico demais, em especial no início, às vezes tudo fica meio modorrento — e que quase escorrega na linha de “o que é que esse quadro tem”, tentando criar um suspense psicológico mas escapando por muito pouco do terror rasteiro de gritos e sussurros.O “príncipe Caspian” Ben Barnes vive o protagonista, melhor na fase mundana de Dorian do que no início do personagem: nem carismático, nem lascivo, quase canastrônico. Pena que atores como Johnny Depp e até Brad Pitt não sejam mais jovens para o papel, que fariam com muito mais desenvoltura. O mefistofelicamente talentoso Colin Firth (antes dos excelentes “Direito de Amar” e “O Discurso do Rei”) e Ben Chaplin não com-prometem, mas a condução do filme não chega a dar a eles grandes oportunidades.

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Ben Barnes

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Sibyl Vane (Rachel Hurd-Wood) era uma atriz de um teatro decadente, até conhecer Dorian Gray, seu único amor. Representava heroínas shakespearianas à perfeição e seu talento e beleza conquistaram a atenção de Dorian. O noivado foi rápido e surpreendente, mas após conhecer o amor de Dorian, Sibyl perdeu seu talento, vivendo na vida os romances que representava no palco. Com a perda de seu talento, houve também a perda do amor volúvel e violento de Dorian. Ela foi a primeira vítima do frisson de-struitivo de Dorian.

Basil Hallward (Ben Chaplin) é um artista e foi o primeiro a conhecer Dorian, após sua chegada a Londres. A beleza pura e inocente de Dorian o cativou, e ele começou a dedicar todas as suas pinturas a ele, até criar a sua obra prima, o amaldiçoado re-trato que foi a causa da benção - ou maldição - de Dorian e a morte de seu criador. Depois que o retrato foi finalizado, Basil e Dorian perderam a amizade que tinham antes, por conta da influência de Lord Henry, o que causou uma forte depressão em Basil. Ele tinha planos de se mudar para Paris e visitou Dorian uma última vez com a esperança de ver seu quadro. Ele nunca chegou a sair de Londres.

Lord Henry Wotton (Colin Firth) foi a principal influência na vida de Dorian, era considerado um especialista em hedonismo e as reuniões sociais à que ia se tornavam famosas aulas sobre como consumir os prazeres da vida. Sua descrença no amor, falta de confiança em seus pares e sua filosofia sobre a juventude influenciaram forte-mente as decisões de Dorian. Sua filha, Emily Wotton (Re-becca Hall), foi a pessoa que chegou mais perto de salvar Dorian de si mesmo.

SIBYL VANE

BASIL HALLWARD

HENRY WOTTON

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No famoso romance de Oscar Wilde, Dorian Gray tem lindos ol-hos azuis, cabelos louros como campos de trigo recém cortados e lábios que mais parecem uma pétala da rosa mais fina e delica-da. As carácteristicas femininas de Dorian fizeram dele o frisson da temporada inglesa, e altamente requisitado por mulheres, das matronas até as debutantes. Ele chegou em Londres com a inocêcia de uma criança, mas a importância das atenções de Ba-sil Hallward lhe subiram a cabeça e ele se tornou mimado e de-scontente com a vida que levava. Até o dia que conheceu Henry Wotton no estúdio de Basil. Após um discurso inflamado sobre como a juventude era desperdiçada e uma longa conversa sobre os sabores da vida, Dorian contempla seu quadro pronto e dese-jou que ele envelhecesse em seu lugar.

Seu desejo é atendido. Algumas semanas depois, após o termino do seu noivado relâmpago com Sybil Vane, uma atriz, ele nota uma mudança significativa em seu quadro, como uma troca em sua expressão, um escurecimento que o tornava estranho, não tão doce como era na realidade. Havia um toque de crueldade na torção de sua boca que o deixou apavorado. Conforme os dias passam e Dorian vai cometendo mais e mais crueldades, o quadro vai se modificando, se escurecendo, se tornando cruel e desumano, enquanto Dorian mantinha a mesma feição. Depois que a podridão de sua alma começou a aparecer com clareza, o quadro foi escondido no sotão, por décadas, até que com 50 anos, a curiosidade de Dorian ganhou dele e visão de como ele era na realidade o enlouqueceu. Ele acabou morrendo tragicamente.

MAS E O LIVRO?

Cena do Filme

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Essa é a 16ª adaptação de “O Retrato de Dorian Gray”.

As anteriores foram: Dorian Gray Portrait (1910),The Picture of Dorian Gray (1913), Portret Doryana Greya (1915), The Picture of

Dorian Gray (1916), Das Bildnis des Dorian Gray (1917), Az Élet Kirá-lya (1918), O Retrato de Dorian Gray (1945), Dorian Gray (1970),The Picture of Dorian Gray (1973), The Portrait of Dorian Gray (1974), A Nudez de Hollywood (1978), The Sins of Dorian Gray (1983), Dorian

Gray - Pacto com o Diabo (2001), The Seven Deadly Sins: Glut-tony(2001), The Picture of Dorian Gray (2004) e Dorian (2005).

Essa adaptação foi gravada em apenas nove semanas.

Exibido na mostra Panorama do Cinema Mundial, no Festival do Rio 2010.

CURIOSIDADES

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será que um dia chegará ao fim esse dilema e discussão eternos

dos amantes da leitura?

Livro vs. Ebook

Livro ou Ebook? Qual o melhor? Onde vivem? O que comem?Sem brincadeiras agora, a discussão que nunca terá um fim no grande e diversificado mundo literário é essa: O que é melhor? Livro Impresso ou Livro Digital?A discussão que dura desde a chegada dos e-readers parece não ter fim, cada um dá os seus motivos para ler um livro do seu jeito, cheio de prós e dando contras para a outra maneira de ler.Claro que todos nós sabemos das vantagens e desvantagens de cada um; como o livro não precisar de bateria para lê-lo ou um ereader carregar tantos livros em sua memória e continuar pesando 500 gramas.Mas essa matéria, mesmo tendo como título Livro vs. Ebook, não quer de maneira nenhuma vangloriar uma maneira de ler e con-denar a outra, mas sim de mostrar que você pode combiná-las harmoniosamente. Parece algo tolo de se falar, algo óbvio, “é cla-ro que você pode usar os dois métodos, mas que dúvida!”, então por que mesmo assim essa briga louca continua?

Tudo bem, é fácil de entender que o livro é algo bem mais sim-bólico, algo que você leva pra todos os cantos com um orgulho imenso quando as pessoas tentam ler o título da sua capa, algo pra se colocar lindamente na estante. Mas ué, me diz qual o pro-pósito principal de se ter um livro? Não é absorver cada palavra que você lê? Viajar pelas histórias e estórias dos personagens? Desejar as aventuras ocorridas nas páginas? Então, deixa eu con-tar algo pra você, tudo isso você pode ter com um ebook, exata-mente assim, apenas com o passar de olhos nas palavras. Assim podemos ter os dois e aproveitar que mais uma maneira de ler foi adicionada à nossa vida.Mas apesar dos que preferem um ou outro método, a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil – conhecida como o maior e mais completo estudo sobre o comportamento leitor do brasileiro, promovida pelo Instituto Pró-Livro e realizada pelo IBOPE Inteli-gência – acabou de ganhar sua 3ª edição, trazendo dados inte-ressantes para os leitores brasileiros.

Por Mariana Patrício

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3ª PesquisaRetratos da Leitura no Brasil

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A arte de ler é um dom que nem todos nascem com ele, mas fiquem felizes, é um hábito que pode e deve ser adquirido.Existe hoje uma revolta e indignação por parte de alguns leitores assíduos com o fato de que ler virou “modinha”. A grande verdade é que tudo hoje vira modinha, e entre todas as modinhas do momento a arte de ler é a minha preferida.Em todas as fases da literatura podemos identificar grandes transformações no nú-mero de leitores causados por um ou ou-tro livro que vira sucesso mundial e acaba atraindo pessoas que nunca leram para esse universo fantástico, rico, divertido, surreal e fascinante.A transformação do momento foi causada pelo livro A Culpa é das Estrelas do escritor estadunidense Johnn Green. A estória foi adaptada para o cinema e estreia no Brasil em junho de 2014. Imagino um alvoro-ço ainda maior com a estreia do filme e aguardo ansiosa por este dia, por um mo-tivo bem simples: fico extremamente feliz ao ver adolescentes que nunca haviam segurado um livro nas mãos por livre e espontânea vontade, declarar à todos que leu e ama esse livro.Independente de modinha ou não é im-portante lembrar que o livro em ques-tão é juvenil e não se pode esperar um conteúdo adulto e totalmente filosófico dele. Quando você lê um livro precisa se entregar aquele universo e senti-lo como se fosse o seu, então se permita ler um li-vro infantil com os olhos de uma criança e um juvenil com os de um adolescente, se você já passou dessa fase à algum tempo como eu pode se lembrar que tudo parece muito maior do que é e muito mais eterno. Deixemos então os adolescentes serem essa explosão de sentimentos que duram “para sempre” e, ao invés de criticar, vamos apoiar e incentivar.Sempre tive vontade de ler A Culpa é das Estrelas e descobrir do que esses adoles-centes tanto falam, mas ficava enrolando para comprar, até que ganhei o livro de

presente de uma grande amiga, o que o tornou ainda mais especial. Gostei muito do livro, tem uma leitura sim-ples, cheio de frases consideradas clichês para quem já leu muitos livros, mas de forte efeito para aqueles que nunca leram nada ou que leram pouco.O livro conta a estória de Hazel e Gus, dois adolescentes que se conhecem em uma reunião de Grupo de Apoio Para Crianças com Câncer. Ela não conhece outra vida que não seja a de estar prestes a morrer. Ele é um ex-jogador de basquete que perdeu uma perna para a osteosarcoma. Brincando com os clichês da vida e a todo tempo mostrando os efeitos colaterais de estar no fim da vida, eis que dois adoles-centes nada comuns se apaixonam en-quanto a doença vai drenando suas vidas e mostrando que o “Para Sempre” de al-guns é muito mais curto que o de outros.John Green se tornou o queridinho dos adolescentes. Hoje temos seis livros dele lançados aqui no Brasil e vejo aí uma gran-de esperança para que surjam mais leito-res, pois essa é uma estatística que gosta-ria de ver mudar.A última pesquisa de que tive notícias so-bre o leitor brasileiro indicava que o bra-sileiro lê uma média de 2 livros por ano, claro que existe uma grande maioria que não lê nenhum e aqueles que leem vários.Acredito nos benefícios da leitura para to-das as idades. Que os adolescentes come-cem a mudar essa realidade e busquem cada vez mais esse mundo fantástico da li-teratura onde tudo é possível se você ima-ginar. Comecemos então uma campanha, não critique aquele que vê este ou aquele livro como o melhor do mundo, indique um livro e incentive a leitura. Deixo aqui a minha indicação de alguns li-vros para adolescentes: Descanse em paz, meu amor, Pedro Bandeira; Depois daque-la viagem, Valéria Piassa Polizzi; Marina, Carlos Ruiz Zafón; e O céu está em todo lugar, Jandy Nelson.

A Culpa é das Estrelas foi escrito por John Green, um escritor estadunidense, nasci-do em Indianópolis, Indiana. Ele é autor de livros jovens-adultos e mantém um vlog no Youtube com seu irmão desde 2010, intitulado “vlogbrothers” .

Possui uma conta no twitter: @realjohn-green, com mais de um milhão de segui-dores, é autor best-seller do The New York Times, premiado com a Printz Medal e o Printz Honor da American Library Associa-tion e com o Edgar Award, e foi duas vezes finalista do prêmio literário do LA Times.

A Culpa É das Estrelas (em inglês: The Fault in Our Stars) é o quarto romance de John Green, publicado em janeiro de 2012. O livro atingiu o número 1 na lista de best-sellers da Amazon.com e Barnes & Noble em Junho de 2011, pouco tempo após ter sido anunciada sua pré-venda. Uma adap-tação cinematográfica é prevista para 6 de Junho de 2014.

Sinopse: A história é narrada por uma pa-ciente com câncer terminal de 16 anos de idade, chamada Hazel Grace, que é força-da por seus pais a participar de um grupo de apoio, onde posteriormente se encon-tra e se apaixona por Augustus Waters, de 17 anos, um ex jogador de basquete que tem a perna amputada por um osteossar-coma em remissão.

No Brasil, foi publicado em 2012 Intrínseca e junto com “O Teorema Katherine” e “Ci-dades de Papel” (ambos de 2013) vende-ram, juntos, 610 mil exemplares.

Os índices de venda dos livros de John Green indica um crescimento na compra de livros para jovens adultos e conce-quentemente um maior número de leito-res, o que é algo ótimo!

VOCÊ SABIA?

Por Lidy Rose

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Real GabinetePortugues de Leitura^

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Foi inaugurado em 14 de maio de 1837, 14 anos após a Proclamação da Independência da República, por um grupo de 43 emigrantes portugueses que moravam no Rio de Janeiro. Organizaram-se na casa de um muito nobre doutor, chamado Antônio José Coelho Lousada, na velha Rua Direita (atual Primeiro de Março), e decidi-ram montar uma biblioteca que incrementasse os conhecimentos de seus compatriotas lusitanos que morassem na cidade. Entre esses homens, cuja maioria era composta de comerciantes da praça, estavam alguns que haviam sido perseguidos em Por-tugal pelo absolutismo e que tinham emigrado para o Brasil. Era o caso de José Marcelino Rocha Cabral, advogado e jornalista, que iria ser eleito primeiro presidente da instituição. A ideia da criação do Real Gabinete, provavelmente, veio da muito ines-timável França, de onde surgiu as bibliotecas, no ano de 1789, logo ali, depois da Revolução e que eram chamadas “boutiques à lire”, muito finas e elegantes, onde se emprestavam livros por determinado tempo e quantia. A ideia se espalho e contagiou São Paulo que abriu seus próprios Gabinetes de Leitura, que logo se tornariam Bibliotecas Municipais, e por essa rápida aceitação teve-se a decisão de ampliar o ambiente do Gabinete. O tricen-tenário da morte de Camões em 1880 criou um pretexto perfeito, de presenter a colônia portuguesa com um acervo inacreditável.É no ano de 1906 que o rei D. Carlos atribui o título de “Real” ao Gabinete.

Entre as obras mais raras da biblioteca podemos citar a edição “prínceps” de “ Os Lusíadas”, de 1572, que pertenceu à “Compan-hia de Jesus”. As “Ordenações de Dom Manuel” por Jacob Crom-berger, editadas em 1521. Os “Capitolos de Cortes e Leys que sobre alguns delles fizeram”, editados em 1539. “A verdadeira in-formaçam das terras do Preste Joam, segundo vio e escreveo ho padre Francisco Alvarez”, de 1540.Possui ainda manuscritos autógrafos do “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco e o “Dicionário da Língua Tupy, de Gonçalves Dias, além de centenas de cartas de escritores.

ORIGENS OBRAS RARAS

CURIOSIDADES

O Gabinete possui um vasto acervo artístico e pergaminhos assi-nados por antigos reis e Papas.A Placa Oval é um monumento ao escritor português Luis de Camões. O escritor aparece usando uma coroa de louros, a alta distinção dos grandes poetas e pensadores.Possui uma revista online chamada “Convergência Lusíada” e ministram alguns cursos e seminários. Você pode encontrar mais informações no site www.realgabinete.com.br

Por Isadora Brito

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Interior da Biblioteca

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BOOKENDSPirâmide de Tecido

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2 pedaços de tecido 33x22 cm

Travesseiro recheio Linha e agulha

VOCÊ VAI PRECISAR DE:

SIGA OS PASSOS:

Arroz ou feijão

Dobre o tecido ao meio longitudinalmen-te alinhando as bordas, o tecido terá que

ficar do lado do avesso para costurá-lo (apenas o lado oposto ao que foi dobra-

do de 22 cm).

Dobrar a borda restante em 2,5 cm, costurando-a, de tal modo que a costura

fique perpendicular à anterior.

Vire o tecido (“tubo”) para o lado certo.

Dobrar as bordas de uma das aberturas de cerca de 1,5 cm, e costurá-la.

Encha a bolsa de tecido cerca de 1/3 do caminho completo com arroz ou

feijão, preenchendo o resto com travesseiro recheio.

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Beijos AdaptadosOs melhores beijos literários que sairam das páginas direto

para as telas.

5º - RONY WEASLY E HERMIONE GRANGER

Filme: Harry Potter: As Reliquias da Morte - Parte 2Esperamos por 10 anos para ver esse beijo e ele correspondeu a todas as expectativas. O casal passou por numerosas situações dramáticas e o momento na câmara subterrânea de Salazar Sly-therin, marcou o início do casal mais fofo da série.

Filme: Cold MountainInman, momentos antes de partir para as trincheiras, dá o pri-meiro beijo em Ada, com quem enamorava há meses. Durante o esperado reencontro final, ele comenta: “Aquele beijo que beijei todos os dias da minha caminhada.”

4º - INMAN BALIS E ADA MONROE

Os romances tem feito pessoas suspirarem, chorarem e rirem por séculos. Um romance trágico como Anna Karienina, que começou com apenas um olhar, e terminou em morte. Um romance mágico e temerário como o de Angélica e seu conde coxo, que cresceu com raízes no medo e floresceu. Todo e cada um deles teve seu próprio beijo marcante, que ao ser trazidos para a tela trouxe vida a esses personagens e esses sentimentos.

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Filme: Orgulho e PreconceitoO primeiro lugar não poderia estar mais certo! O Beijo de Elizabeth e Darcy apareceu apenas na versão amer-icana do filme de 2005, mas isso não faz dele um beijo menos maravilhoso. Mr. Darcy parece completamente apaixonado por sua nova esposa, Mrs. Elizabeth Darcy e é uma cena que vale a pena ser vista e revista.

Filme: Fantasma da ÓperaO fantasma e Christine Daae não acabam juntos no final, mas o beijo de despedida deles foi apaixonante , triste e salvou Erik da escuridão que o aprisionava. Certamente deixou Raul ciumento.

2º - ERIK, O FANTASMA E CHRISTINE

3º - NATHANIEL E CORA

Filme: O Último dos MoicanosNathaniel é tão indomável quanto a floresta, tendo sido criado por um índio. A recatada Cora, inglesa nascida e criada, foi au-tomaticamente atraída por ele. A trilha sonora fez desse um dos beijos mais inesquecíveis do cinema.

1º - ELIZABETH E DARCY

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Once Upon a Time ou OUaT como é cha-mada pelos fãs, acaba de finalizar sua terceira temporada com uma grande ex-pectativa pela quarta. O que começou tí-mido apenas com os contos de fada con-vencionais conhecidos por quase todo o mundo, é agora uma grande mistura de histórias, não que isso deixe os fãs decep-cionados, na verdade, é toda a mistura de personagens que faz a série se tornar mais e mais apreciada. Afinal, quem diria que a mesma pessoa que é a Fera do con-to A Bela e a Fera, é também o crocodilo da história do Peter Pan?

SE VOCÊ AINDA NÃO VIU

Caso você estava dormindo, hibernando ou por alguma, causa, maneira ou razão estava longe das novidades do mundo do en-tretenimento, tentaremos te colocar um pouquinho dentro do universo de OUaT, sim, você leu bem, tentaremos, porque essa história é mais enrolada do que você possa pensar e como já rola-ram três temporadas, vamos dar só o gostinho do início, até por-que não queremos te deixar triste com um spoiler (somos legais).Bem, pra começar, Emma (Jennifer Morrison) é uma mulher du-rona que vive sozinha em seu apartamento, até completar seu aniversário de 28 anos, que é quando seu filho, Henry (Jared Gilmore) que ela havia doado há 9 anos aparece na sua porta como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. Ele a quer em Storybrooke, a cidade que ele acredita estar amaldiçoada pela bruxa malvada da Branca de Neve (isso mesmo), então a história se desenrola, intercalando a história em Storybrooke e flashba-cks da terra do conto de fadas, enquanto Emma deve quebrar a

Outro ponto que alegram os amantes de contos de fada e da série em si, é a “incrível coincidência” da beleza que ronda os persona-gens, porque, convenhamos, quem diria que um Capitão Gancho poderia ser extremamente atraente? Ou uma Rainha Malvada ser tão, digamos, sexy?É por trazer a “outra versão” dos contos de fada que fizeram par-te da infância de grande parte do mundo que pode-se dizer que essa série é um sucesso.A série vai ao ar na emissora americana ABC aos domingos e qua-se sempre lidera o ibope entre todas as séries exibidas no mesmo horário por outras emissoras. No Brasil, é exibida pela TV paga Sony e está finalizando a terceira temporada nesse mês de Junho. Já na TV aberta, a Record trouxe a primeira temporada dublada nesse ano, com o título Era Uma Vez. A série que já tinha um gran-de número de fãs brasileiros antes mesmo de chegar no Brasil, ganhou mais telespectadores e amantes da série ao ter seus epi-sódios exibidos em TV aberta.

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POR QUE ASSISTIR?

Claro que se você está em dia, sabe que as coisas não se resumem apenas àquela primeira maldição. Muita água vai rolar e muito parentesco vai surgir sem que você nunca tivesse pensado na existência de algumas relações familiares. De qualquer maneira, alguns motivos para assistir a série sempre são bem-vindos:São contos de fada! Você cresceu com os filmes da Disney te fa-lando como tudo era lindo e perfeito, mas nessa série não é bem assim, as coisas são mais tensas do que parecem ser.A série tem praticamente só atores pouco conhecidos, tirando a Emma (Jennifer Morrison) que fazia a série House e vejam só, mesmo a série tendo essas “caras novas”, interpretam muito bem e não fazem parecer feita por amadores;O Capitão Gancho/Killian (Colin O’Donoghue), que está aí na ima-gem ao lado é um motivo mais do que aceitável (e louvável) para assistir essa série (mas ele aparece só a partir da segunda tempo-rada, nem tudo é perfeito né gente?)Todo o envolvimento de personagens e histórias cruzadas são coisas que se você recebesse de uma vez só, ficaria com um nó na cabeça. Mas com 45 minutos por semana você vê como a história de cada poderia realmente ser interligada nos contos de fada ori-ginais e tudo o que você consegue pensar é que Ed Kitsis e Adam Horowitz são uns gênios.Falando neles, seus nomes não são familiares? Sim, eles são os mesmos roteiristas da série Lost, então não saber o que acontece-rá no próximo episódio e esperar as reviravoltas mais inesperadas acontecer estarão sempre em OUaT.Esses são apenas poucos motivos para começar ou continuar a ver OUAT, mas há muitas outras razões que vocês poderão comprovar ao assistirem a série (vejam, hen).

maldição que faz com que todos esqueçam de quem eles eram (detalhe: eles estão parados no tempo, não envelheceram nada). Não se preocupe, você não vai ficar perdido na história, mas nada de perder episódios, viu?

Aos que ainda não começaram, não de-sanimem por terem que ver tantos episó-dios, passa rapidinho. E aos que precisarão esperar até setembro para acompanhar a quarta temporada, fi-que calmo, faz uma maratona das outras temporadas, coloque outras séries em dia, acompanhe as novidadades no twitter do Adam e do Ed, na página da série no face-book e em tantas outras redes sociais. Agora a pergunta que não quer calar: deu pra convencer a assistir pelo menos um pouquinho de OUaT? Dê uma chance pra mágica de Storybrooke.

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Notícias do mundo Literário

OBRA DE JANE AUSTEN GANHA JOGO ONLINE

No ano em que são comemorados os 200 anos do romance “Or-gulho e Preconceito”, uma empresa decidiu criar um jogo online inspirado na Inglaterra do século XIX retratada por Jane.O projeto foi colocado em um site de financiamento virtual e con-seguiu bater a meta de US$ 100 mil. Os criadores apontam que o game vai ser completamente de estratégia. ‘Ever Jane’ ainda vai começar a ser desenvolvido, mas um protótipo já está disponível para download.

MEG CABOT LIBERA SPIN-OFF DA SÉRIE “DIÁRIO DA PRINCESA”

Após cinco anos do lançamento do último livro de O Diário da Princesa, para marcar o 15 º aniversário da série, Meg Cabot vai lançar dois novos romances com a princesa Mia, uma destinada a leitores jovens e uma para adultos . No romance adulto , Mia é mais velha e está prestes a se casar . Já o romance jovem vai centrar-se em um novo personagem, Olivia Grace, uma garota do ensino médio de Nova Jersey que descobre que ela é uma meia-irmã perdida da princesa Mia, e uma descendente real do reino de Genovia.

A Fundação Dorina Nowill para cegos acaba de lançar esse livro. “Palavras Invisíveis” traz crônicas de Luis Fernando Verissimo, Lya Luft, Eliane Brum, Ivan Martins, Fabrício Carpinejar, Martha Me-deiros, Tati Bernardi, Carlos de Britto e Mello, Antônio Prata e Es-tevão Azevedo. O livro jamais será lançado em tinta.A ideia é fazer com que o público vivencie uma experiência cor-riqueira na vida de pessoas com deficiência visual: a exclusão. E que dessa vivência surja um resultado positivo, que o público re-flita e comece a pensar - e agir - de forma mais inclusiva.

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GAROTA IT Hoje o Blog GarotaIt é uma referência em blogs sobre livros para jovens. Já fez a cobertura da Bienal do Livro do Rio 2011 como um dos blogs convidados e tam-bém da Bienal do Livro de São Paulo 2012. O nome da blogueira é Pâmela, na internet é chama-da de Pam. Tem 22 anos e mora em Tubarão/SC. Ela diz: - Falar de livros é algo que eu amo e compar-tilhar meus gostos com outras pessoas que curtem é muito bom! Você encontra o blog por este link: garo-tait.com.br

A Lionsgate, estúdio responsável pela adaptação ci-nematográfica de Jogos Vorazes, confirmou no dia 30/05 que levarão em frente os planos para construir um parque temático baseado nos filmes, anunciados previamente em novembro de 2013. De acordo com a publicação americana, os estúdios ainda procuram atrações de parques temáticos e outras oportunida-des de entretenimento para lucrar com a franquia cinematográfica. Segundo a revista, a mostra prome-tida pelo estúdio passará por grandes museus e insti-tuições dos Estados Unidos no próximo ano.

Anne Groell, a editora do autor George R. R. Martin, admitiu a possibilidade de um oitavo livro para a série As crônicas de gelo e fogo, que tinha 7 livros planejados, o que deixaria a conclusão da série ainda mais distante. Agora é só esperar. Groell afirmou que “George está trabalhando duro e nós esperamos ter uma data razoavelmente em breve.” Entretanto, o quão breve é algo bastante subjetivo.

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