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,•>• Photographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturas. REVISTA ¦ê DA SEMANA Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL Redactor-gerente, Dr. CÂNDIDO MENDES Redactor-chefe, Dr. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA Director-technico, GASPAR DE SOUZA Anuo III —K. 104 DOMINGO, 11 DE MAIO Ktimcro : 3oo róis CHRONICA TPntbamos no tempo do frio, esse frio tepido e J-H balsamico do Rio de Janeiro que traz com- smo no mez de maio, as flores e as idéas, a fio- rescencia dos roseiraes e dos cérebros. Na minha banca de trabalho, no gabinete onde veiu visitar-me, todo alegre do grande amor que lhe tenho, não me canso de afagal-o, sorvendo-o, abrindo-lhe de par em par os pulmões,*, sorrindo-lhe, dizendo-lhe «ousas lindas, infantil!- dades carinhosas, que elle comprehende e re- tribue d ando-me a força de trabalhar e produzir. Porque te d em oras te tanto este anno, estação mil vezes abençoada pe- los grilhetas da idéa e do vocábulo ? Não vês que, sem ti, todas as fa- -culdades creadoras des- fallecem e param, suffo- cadas, arquejantes, re- duzidas a torresmos ? Não sabes que a tua volta é festejada com a mesma alacre supersti- •ção com que os euro- peus aguardam a revoa- da das andorinhas? Não sentes que tu és a única felicidade a que o prole- tariado mental pode as- pirar: a felicidade do ?espirito na plena e ra- diante expansão das suas faculdades ? Homens das zonas temperadas, das zonas de onde irradia para o mundo o talento civili- sador, quanto vos in- vejo a benignidade pri- vilegiada que comvosco teve a natureza! Não vos queima a mão, não vos adormece a canicula, não se vos retrabem as idéas ao abrigo da so- lida espessura das pa- redes cellulares. Cada um de vós, ao erguer-se, ouve a imaginação a cantar-lhe, como um rouxinol, árias inspira- das, sempre novas. Os músculos distendem-se, retezam-se, ductili- sam-se numa flexibili- dade de molas de aço reluzentes e finamente temperadas. A pelle tem a suavidade, a macieza, a avelludada frescura de uma pétala de camelia. As articulações jogam, promptas e obedientes, como engrenagens de relojoaria. E feitas as abhições matinaes, rece E, sempre adiante da nossa fila, por entre a ver- dura, íluctuava no ar a bandeira branca, que o Jacintho não largava, de dentro de seu cesto, com a baste bem segura na mão. Era a bandeira do Castello, affirmara elle. E na verdade me parecia que, por aquelles caminhos, atravez da natureza campestree mansa, —o meu Príncipe, atrigueirado nas soalheiras e nos ventos da serra, a minha prima Joanninha, tão doce erisonha mãe, os dous primeiros representantes da sua abençoada tribu, e eu tão longe de amarguradas iliusões e de falsas delicias, trilhando um solo eterno, e de '¦¦¦¦¦¦, ¦¦:¦:¦•¦:¦-¦'::.••:•••¦- ' ; <JWfiom^M. "¦¦ .£:í*^ A FKSTA DO TRABALHO EM CAS 1 DOS MUHLING O Paf -Para solemnisar a grande data do trabalho trago-te aqui um collar de brilhantes que me custou 50.000 marcos, a centésima parte dos ^^^^ISalssello? ¦ uRIPN. __ p nue o meu pae, aos operários que trabalnaiam para esse ucio. 0 PAE-Ora^ssaro que cfou?! Pago-lhes o salário em dia e não é pouco!... bida no corpo a ducha espertinba e travessa, todo um systema de forças ignotas e confusas, mas invencíveis, nos arremessa para a banca de tra- balho. lá, lá, podem viver esses Príncipes da Gran-Ventura de que falia Eça de Queiroz, esses que servem de protogonistas ao formoso e final quadro á'A Cidade e as Serras : « A tarde adoçava o seu esplendor de estio. Umaaragem trazia, como offertados, perfumes das flores sylvestres. As ra- magens moviam, com um aceno de doce acolhi- mento, as suas folhas vivas e reluzentes. Toda a passarinhada cantava, num alvoroço de alegria e de louvor. As águas correntes, saltantes, luzidias, despediam um brilho mais vivo, numa pressa mais animada. Vidraças distantes de casas amáveis, flammejavam com um fulgor d^ouro. A serra toda se ofíertava, na sua belleza eterna e verdadeira. eterna solidez, com a alma contente, e Deus con- tente de nós, serenamente e seguramente subíamos para o Castello da Gran-Ventura Mas, em todo o caso, e que o frio nos é tão esquivo, tratemos de gosar o mais possível das suas caricias fugitivas. E' preciso aproveitar em seis mezes o que outros levam um anno inteiro a degustar, aos goles, voluptuosamente. Que remédio! Nem sempre se faz o que se quer ; faz-se o que se Jacques Boiihommet 0 alegre poeta francez Dèsangieres, um dos mestres mais populares da.canção, vae ter em Frè- jus, no Var, sua terra natal, um monumento, que será inaugurada no dia da festa de S: Francisco, padroeiro da cidade. FRAGMENTOS (Conclusão do n. 103) Hm autor, feminista, psychologo de corações de mulher, levando, a psychologia até á indis- cripçào è á bisbilhotice, formulou ha tempos, num romance e numa peça de theatro (Demi-Vierges— Mareei Prevost), o pensamento de que a livre educa- çào da mulher, por exemplo,a conduz systematica- mente á perversão e ao vicio, e mostra-nos como um homem de bem recusa desposar uma mulher educada no regimen da liberdade, depois de re- conhecer que ella, muito embora donzella, não se encontra pura das ma- cuias da vida amorosa e da paixão. Seduzida, ludibriada, mãe, mas moralmente, espiritual- mente pura, elle nlo he- sitaria em . desposal-a. Immaculada e, ao mes- mo tempo, pervertida—- não. Não a quer para mulher e—o queé peior para o seu destino—nin- guem a quer, porque, em summa, o que é que nós buscamos naquella que a vida nos dará por com- panheira? Buscamos á virtude, e a virtude não é cousa phisica, mas mo-* ral. A educação livre nas, mulheres destroe a vir-, tude. 0 assumpto esco- lhido pelo escriptor fran- cez para thema da sua no-j vella e da sua peça preoc-, cupou ó publico de todo. o mundo que se intel-' lectualisa precisamente^ por corresponder a uma apprehensão do espirite» dos homens, a ciuál,.sal-; vo erro, não tinha ainda sido littérariamente for-r mulada.. : :' > Gomo obra de thea? tro, as Derni- Vierges fesfe r mi-Virgens na traducç% portugueza), tendo sido*, ultimamente representa- das theatro D. Ame^ lia, provocaram entre» nós o mesmo interesse e as mesmas discussões que tôm provocado em toda a parte,-porque~em Portugal, como em toda a parte, o regimen da educação domestica sofr freü profundas transforr mações, em Portugal; como em toda a parte, as mulheres, digamos—as meninas são educadas num regimen de liberda- de que hoje não é pe-- queno embaraço para que se efjectuem grânto mero de casamentos. A obra de Mareei Prevost veio - não o duvido - limitar ainda mais esse nu- mero, porque é uma terrível advertência aos no- menGom cffeito, como eram outrora educadas as meninas?. , „i„fomíini« A educação litteraria era quasi absolutaimnte vedada ás raparigas das classes médias e inferiores. Pouco mais Se duas dúzias de pequerruchas tini das se avonturavam a correr os azares dt ium exame de inslrucção primaria. E' «r hoje em agosto, ao lyceo de Lisboa. É! um enxame de saia^cptu^ centenares de candidatas ao exame primai 10 se apresentam todos os annos no lyceo.A 1 Adquiridos os .indispensáveis co ^en^ de leitura e escripta-nesse tempo ainda as

REVISTA DASEMANA - :::[ BIBLIOTECA NACIONAL - …memoria.bn.br/pdf/025909/per025909_1902_00104.pdf · • smo no mez de maio, as flores e as idéas, a fio- ... Em todo o gênero de

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Photographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturas.

REVISTA¦ê

DA SEMANAEdição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

Redactor-gerente, Dr. CÂNDIDO MENDES — Redactor-chefe, Dr. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA — Director-technico, GASPAR DE SOUZA

Anuo III —K. 104 DOMINGO, 11 DE MAIO Ktimcro : 3oo róis

CHRONICATPntbamos no tempo do frio, esse frio tepido eJ-H balsamico do Rio de Janeiro que traz com-

• smo no mez de maio, as flores e as idéas, a fio-rescencia dos roseiraes e dos cérebros. Na minhabanca de trabalho, no gabinete onde veiu visitar-me,todo alegre do grande amor que lhe tenho, nãome canso de afagal-o, sorvendo-o, abrindo-lhe depar em par os pulmões,*, sorrindo-lhe, dizendo-lhe«ousas lindas, infantil!-dades carinhosas, queelle comprehende e re-tribue d ando-me a forçade trabalhar e produzir.Porque te d em oras tetanto este anno, estaçãomil vezes abençoada pe-los grilhetas da idéa edo vocábulo ? Não vêsque, sem ti, todas as fa--culdades creadoras des-fallecem e param, suffo-cadas, arquejantes, re-duzidas a torresmos ?Não sabes que a tuavolta é festejada com amesma alacre supersti-•ção com que os euro-peus aguardam a revoa-da das andorinhas? Nãosentes que tu és a únicafelicidade a que o prole-tariado mental pode as-pirar: a felicidade do?espirito na plena e ra-diante expansão dassuas faculdades ?

Homens das zonastemperadas, das zonasde onde irradia para omundo o talento civili-sador, quanto vos in-vejo a benignidade pri-vilegiada que comvoscoteve a natureza! Não vosqueima a mão, não vosadormece a canicula,não se vos retrabem asidéas ao abrigo da so-lida espessura das pa-redes cellulares. Cadaum de vós, ao erguer-se,ouve a imaginação acantar-lhe, como umrouxinol, árias inspira-das, sempre novas. Osmúsculos distendem-se,retezam-se, ductili-sam-se numa flexibili-dade de molas de açoreluzentes e finamentetemperadas. A pelle tema suavidade, a macieza,a avelludada frescura deuma pétala de camelia.As articulações jogam,promptas e obedientes,como engrenagens derelojoaria. E feitas asabhições matinaes, rece

E, sempre adiante da nossa fila, por entre a ver-dura, íluctuava no ar a bandeira branca, que oJacintho não largava, de dentro de seu cesto,com a baste bem segura na mão. Era a bandeira doCastello, affirmara elle. E na verdade me pareciaque, por aquelles caminhos, atravez da naturezacampestree mansa, —o meu Príncipe, atrigueiradonas soalheiras e nos ventos da serra, a minhaprima Joanninha, tão doce erisonha mãe, os dousprimeiros representantes da sua abençoada tribu,e eu — tão longe de amarguradas iliusões e defalsas delicias, trilhando um solo eterno, e de

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A FKSTA DO TRABALHO EM CAS 1 DOS MUHLING

O Paf -Para solemnisar a grande data do trabalho trago-te aqui um collar de brilhantes queme custou 50.000 marcos, a centésima parte dos

^^^^ISalssello? ¦uRIPN. __ p nue dá o meu pae, aos operários que trabalnaiam para esse ucio.0 PAE-Ora^ssaro que cfou?! Pago-lhes o salário em dia e já não é pouco!...

bida no corpo a ducha espertinba e travessa, todoum systema de forças ignotas e confusas, masinvencíveis, nos arremessa para a banca de tra-balho. Só lá, só lá, podem viver esses Príncipes daGran-Ventura de que falia Eça de Queiroz, essesque servem de protogonistas ao formoso e finalquadro á'A Cidade e as Serras : « A tarde adoçavao seu esplendor de estio. Umaaragem trazia, comooffertados, perfumes das flores sylvestres. As ra-magens moviam, com um aceno de doce acolhi-mento, as suas folhas vivas e reluzentes. Toda apassarinhada cantava, num alvoroço de alegria ede louvor. As águas correntes, saltantes, luzidias,despediam um brilho mais vivo, numa pressa maisanimada. Vidraças distantes de casas amáveis,flammejavam com um fulgor d^ouro. A serra todase ofíertava, na sua belleza eterna e verdadeira.

eterna solidez, com a alma contente, e Deus con-tente de nós, serenamente e seguramente subíamos— para o Castello da Gran-Ventura !»

Mas, em todo o caso, e já que o frio nos é tãoesquivo, tratemos de gosar o mais possível dassuas caricias fugitivas. E' preciso aproveitar emseis mezes o que outros levam um anno inteiro adegustar, aos goles, voluptuosamente. Que remédio!Nem sempre se faz o que se quer ; faz-se o que se

Jacques Boiihommet

0 alegre poeta francez Dèsangieres, um dosmestres mais populares da.canção, vae ter em Frè-jus, no Var, sua terra natal, um monumento, queserá inaugurada no dia da festa de S: Francisco,padroeiro da cidade.

FRAGMENTOS(Conclusão do n. 103)

Hm autor, feminista, psychologo de corações demulher, levando, a psychologia até á indis-

cripçào è á bisbilhotice, formulou ha tempos, numromance e numa peça de theatro (Demi-Vierges—Mareei Prevost), o pensamento de que a livre educa-çào da mulher, por exemplo,a conduz systematica-mente á perversão e ao vicio, e mostra-nos comoum homem de bem recusa desposar uma mulher

educada no regimen daliberdade, depois de re-conhecer que ella, muitoembora donzella, não seencontra pura das ma-cuias da vida amorosae da paixão. Seduzida,ludibriada, mãe, masmoralmente, espiritual-mente pura, elle nlo he-sitaria em . desposal-a.Immaculada e, ao mes-mo tempo, pervertida—-não. Não a quer paramulher e—o queé peiorpara o seu destino—nin-guem a quer, porque, emsumma, o que é que nósbuscamos naquella quea vida nos dará por com-panheira? Buscamos ávirtude, e a virtude nãoé cousa phisica, mas mo-*ral.

A educação livre nas,mulheres destroe a vir-,tude.

0 assumpto esco-lhido pelo escriptor fran-cez para thema da sua no-jvella e da sua peça preoc-,cupou ó publico de todo.o mundo que se intel-'lectualisa precisamente^por corresponder a umaapprehensão do espirite»dos homens, a ciuál,.sal-;vo erro, não tinha aindasido littérariamente for-rmulada. . : :' >

Gomo obra de thea?tro, as Derni- Vierges fesfe rmi-Virgens na traducç%portugueza), tendo sido*,ultimamente representa-das nó theatro D. Ame^lia, provocaram entre»nós o mesmo interesse eas mesmas discussõesque tôm provocado emtoda a parte,-porque~emPortugal, como em todaa parte, o regimen daeducação domestica sofrfreü profundas transforrmações, em Portugal;como em toda a parte, asmulheres, digamos—asmeninas são educadasnum regimen de liberda-de que já hoje não é pe--

queno embaraço para que se efjectuem grântomero de casamentos. A obra de Mareei Prevostveio - não o duvido - limitar ainda mais esse nu-mero, porque é uma terrível advertência aos no-menGom

cffeito, como eram outrora educadas asmeninas? . , „i„fomíini«

A educação litteraria era quasi absolutaimntevedada ás raparigas das classes médias e inferiores.Pouco mais Se duas dúzias de pequerruchas tinidas se avonturavam a correr os azares dt iumexame de inslrucção primaria. E' «r hoje em agosto,ao lyceo de Lisboa. É! um enxame de saia^cptu^centenares de candidatas ao exame primai 10 seapresentam todos os annos no lyceo. A1

Adquiridos os .indispensáveis co ^en^

de leitura e escripta-nesse tempo ainda as mü

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146 — N. 104 REVISTA DA SEMANA 11 de Maio de 1902

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S FESTAS DE I DE MAIO —

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lheres tinham lettra demulher — e algumas va-gas noções de historiapátria, a família chama-va-as ao lar. para conti-nuarem o piano e o bor-dado, e nunca mais,nunca mais ellas se afãs-tavam das vistas patêr-nas e maternas senãoquando, conveniente-mente pedidas; por umnoivo que só viam dajãnélla, e castamente pa-ramentadas de branco, .sabiam pela porta da rua,como um caixão para umenterro, entre gritos elagrimas, caminho daegreja e do casamento.

As relações entre ohomem e a mulher nãotinham sequer regula-incntação. Eram dura eseveramente reprimidas.Os pães — sobretudo ospães — recusavam-se aadmittir que as filhas,chegadas á edade doamor, podessem amar.Existia a palavra mali-ciosa, condemnada — na-inoro. Ouando as rapari-gas chegavam á edadeaos namoros, começa-vam as desordens domes-ticas. A mãe entrava eminquietação; o pae armava-se de uma bengala decanna da índia."' Ú amor, no emtanto, acabava sempre poríríumplíar. Mas como! Os namorados nunca seapproximavam das suas futuras mulheres, comcjtíem he correspondiam de longe, por gestos esígnaes; aquellas, por seu turno, soffriam incle-méncias para lhes conceder essas rápidas, .furtivasapparições a esse eterno balcão onde, desdeJulietla, a mulher se mostra ao homem como atíiaisijella Revelação do mundo e da vida. O podertíáterno era despotico. Não poucas vezes, as don-zteilaS assim requestadas eram desterradas, ouseqüestradas. Punha-sé á prova o coração femininopela'ausência e pela desesperançar-essas duaspèdràs de toque do amor.

Em todo o gênero de relações de sociedadeentre as mulheres e os. homens solteiros havia umaprághiatica austera: Todo o contado era vedado.Apertar familiarmente ' a m'o a uma donzella,como se faz hoje, nem pensal-o! A conversação aèÔs apenas era permittida nos derradeiros e de-leitosos dias do* noivado, sob a vigilância das mães,quê ainda não haviam adquirido o habito de ador-meçef. Que;'língua sé fallava a essas pobres novi-Çás'do lar? Àh 1 então a virgindade da mulherèi-a o quer que 'fosse de perturbador e sagradoíjue'enchia o homem de timidez e de receio ! Bal-búciava-só e não se encontravam nunca palavrascastps para, exprimir os pensamentos de amor !"";! "Aésini as; níülhercs se mantinham até n horadè casar—virgens de corpo e virgens da alma.

; 'O moderno regime v deieducaçãò, concedendoÃs "níulhores,, mesmo donzellas, uma liberdade de&C(j*o e de movimentos que outr?ora era attributòexclusivo do nòsso! sexo, entregou-as por uma pre-matura emancipação á guardada sua virtude eacabou de vez com aquelles veneraveis costumes.

; Já a sua educação litteraria é outra, posto não

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A segund i parte do grande preslito dos operários, com o estandarte da fabrica de tecidosCruzeiro, au passar pela rua do Tueatro. (Phot. da Reoisla da Semana.)

seja melhor. Attingiu-se um maior numero de no-ções, eis tudo. Mas a mulher portugueza não seeduca litterariamente em còllegioggue, em geral,ensinam pessimamente. Educa-se em livros, queeram noutro tempo insipidas e inoffensivas no-

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O sr. Toripiato G ínÇalvçs Lamarão e o np "arelho transmissor. do-lelcgr.ijiho sem fios, de sua invei:i;ãu.

vellas de imaginação e-são hoje obras perturba-doras de observação e deanalyse. Vae longe o tem-po em que se lia ás 0c-cultas os Mijslerios de-Paris. Hoje lê-se ás cia-ras Bpurget e toda a suaescola. Já as mães não-perguntam alvoroçadas:.— «Que estás a ler?» —Lançam um olhar indif-ferente a esta palavra—Mensbhges, escripta nacapa amarella de um in-folio, nã o en tendem e pas-sam adiante, indifiéren-tes a esse envenenamentoda alma que é o conheci-m e n t o p r ema tur o d a s ver-dades cruéis do coração.

As raparigas do nos-so tempo circulam livre-mente na vida. Se nãosaem sós, o que com mui-tas succede.fíaem muitasvezes insufíicientemente-acompanhadas. Ausen-tam se pela manhA, re-gressam á tarde e quan-do. chegadas a casa, fa-ligadas^ tiram os pregosdo ch^péo e pedem auma criada ladina aquel-le inevitável copo d"aguaque na mulher mitigatodas as fadigas, assim

as do corpo como as da alma. ha sempre umamie benigna que lhes pergunta:—«Por onde-andaram vossès?» mas qüe não lhes perguntamais nada. As relações de sociedade despiram-se-da antiga severidade e da antiga reserva. DaInglaterra e da França vieram, com o temi-nismo, uma porção de praticas para uso da mu-lher emancipada. 0 britannico shake-hands e obeijo na mão, ancien regime, sellaram novos pactosentre os dous sexos, e os pães, um pouco espavori-dos com a sua própria obra. viram as filhas a falíarnos olhos dos rapazes e a dizerem lhes cousas im-prudentes. Fechou se ajanella eabriu-se a portadarua: e, por ella, sahiu esse enxame desenvolto de-abelhas, iriadas. que são as raparigas do nosso-tempo. Entre o homem e a mulher fez-se uma inti-midade que foi aos peiores excessos. Sem se ama-rem, violaram os segredos dos seus corações, semse pertencerem entraram na intimidade um doou-tro; trocaram beijos que n-o deveriam ser as pri-meiras harmonias do sagrado hymeneo. trocaramapertos de mão que irio seriam mais do que fugi-dias allianças dos sentidos perversos. Ella diminuiu.o seu pudor: elle diminuiu o seu respeito.

Como Francisco I ella poderá dizer: — Perca-se-tudo, menos a honra: mas. excepto a honra, tudoo mais —dignidade, castidadr. pudor, virgindadede alma e de espirito terá-irremediavelmente per-d ido, e n o haverá um único homem prudente que-a queira, á donzella modermi. porque, como o mora-lista das Òèmiryiergrs, elle preferirá á virgem per-vertida por uma educação dissoluta. a mulher infor-tunada que tiver mentido na vida u dignidade do-seu sexo.

Eis porque as Demi-Viergea são uma obra cheiade moralidade — porque estou convencido quedepois de a conhecerem muilos noivos fecharão osseus corações é muitos pães fechar o ns suas portas.

João Chasras.•' í!'; ' v,^.-;"; •¦¦¦:••.•.¦¦ :.: ..'

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rfí tho receptor do telegrapho sem fios, de invento do sr. Torquato Gonçalves Laiuarflo. Ò novo torpedo, em dous corpos, recente invenção do sr. Torquato Gonçalves Lamarão»

11 de Maio de 1902 REVISTA DA SEMANA 147 - N. 104irssfc. *&

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A acLiiz Lucilia Peres h'4 %$£ de Sudermann

XT estas horas, Dias Braga deve ter-se conven-M- ciclo de que o publico do Rio de Janeiro

ainda é capaz de acoroçoar uma tentativa de certovalor artístico. Decorrida a quadra tempestuosa,¦seis dias tremendos de chuva impertinente e humi-dade doentia, o publico deu ao Recreio Drama-.tico receitas magníficas, ouvindo e applaudindo

OS THE ATROSA Honra com um enthusiasmo além de toda a es-pectativa. Se exceptuarmos o successo excepcionaldo Quo Vadis?, nenhuma outra peça deu á emprezaos resultados práticos da obra prima de Suder-mann, não fallando no credito que á companhiaadveiu com a correcta interpretação dos artistas ea aprimorada mise-en-scène de Eduardo Victorino.

O que é bom, é bom mesmo e acaba por tri-umphar. A Honra, estudo profundamente humanoe verdadeiro, peça de grande alcance moral e social,além do resultado immediato que deu á empreza,ficará por muitos annos no repertório. E1 dessestrabalhos que perduram, desafiando a caducidade,porque os defeitos e iniquidades que, estuda everbera hão de perdurar ainda por largo tempo,dando origem a milhares de volumes e a uma co-piosa literatura dramática.

** * *

A1 empreza que montou e representou A Honraentregou Cunha e Costa uma comedia original, decostumes portuguezes, em um acto, com o titulode Natal na Aldeia. A peça é dedicada a EduardoVictorino, a scena passa-se na Maia, arredores doPorto e os personagens da peça são os seguintes :Maria do Amparo e João, seu marido, os avosinhos:Maria do Cêo, Luiza e Margarida, suas netas; Marnuet, seu neto; Maria do Carmo, irmã de Joào;Ruy, o engeitado, Maria de Jesus e Zé da Vinha,criados. __ ,

A peça, por gentileza de Dias Braga, EduardoVictorino ede todos os artistas, será desempenhadapelos melhores elementos da companhia.

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Machado Corrêa tem quasi concluída a traduc-çlo da Vie de Bohême, de Murger e Theodore Barriére em que a intelligente Lucilia Peres interpre-tara a protagonista,, a doce e meiga Mimi.

Da peça dfjBaptista Coelho e Julião Machado—Os vencidos —Wvi ler o 2o acto que tem qualidadesdramáticas e literárias de primeira ordem. Deveser um successo theatral e uma jóia a accrcscentarao repertório da empreza Dias Braga, á qual èdestinada.

A companhia Tomba tem tido algumas casas

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magníficas. Em geral, desde que o tempo melhorou,a concorrência aos theatros da capital tem sidosatisfactoria, provando que, com temporal, a me-lhor peça nSo resistirá no cartaz. kBohemia obteveumcasão;/). Pedro de Medina a mesma- cousa;Elisir dAmore, oiitro tanto. Matinées muito con-corridas tambemv

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C6MÉD1E F^ç.usE - m - do VicSn &o„-Sc-io ao 7- quadro- ,,, »Janltíon e FiiHalía.

14S—"N. 104 REVISTA DA SEMANA 11'de Maio de 1902:

ESGOLA NORMAL DE S. PAULO

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CRUPG DK KORMALISTAS E PJROFESSQRAS

le plano, da esquerda para a direita: —Elvira Cl da Silveira, (professora), Maria Antonietla de Mello Soirza, Aritia Rosa de Siqueira e Carlina Barbosa.2o plano, da esquerda para a direita :—Áurea Paixão, Maria Julia de Abreu, Rosa Amélia de Almeida,

Maria Leopoldina Marcondes, Beatriz de Toledo Lima (professora), Marianna de Queiroz e Laura Marietta de Mello Souza.

A GAIVOTA AZUL

mí*

encanto de MissArme a bordo era

uma dessas lindasgaivo-tas do polo, de ai Iopescoço gracioso è deuma alvura radiante,tocada levemente, imsazas, de uma nuahça deazul.

Possuía-a havia mnarmo. Dera lha o pnif.í-canUída galera, uma ma-nliâ de julho, na eoétada Groenlândia. Foraajiós unifi grande lulavj)in duas baleia», que \,\-riharn «ido arpoadag pelamiún noile no mrá\-leio 70, junto á ilha deHookw, w>h e»se elartfonehuíoífo e perenfie dâénotteti poUira», An lan-dia* a* fK*rí*(t'gfiíram du*rant«- ím»ííí UoriiH, mittlüfaína corifínua. /íforlíí aqual o» íiritôm m yenee-raw, Ma.«» an^ dííoMo aefnnareagáo que d rapaztmtrwtVH tivera alí(fírrra«vtaiifiaa arfaneadaí acofundo f^'la í.í*rríveí ra-imitada de «rn doi ee*Uiéêúê, que a levara amienWiuf num teébêrg(u"^(niaf ^i» eujas fín#«

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- Om <f pequem tiàstsa m:M¥eA.- vm<i§ êâf*lhe üfft notríe áde/eiado, heiril'

t',*tH0,<m í^apae, o IhhhI eleehiecí ttím burros?

— iyim, mvit il lio:; sAo os tjup pagam a paèsagcmdOS^ MlltOS; VíS

o .-rai-i.: ,.í *<¦¦¦

agulhas de gelo pousa-vam bandosfe bandos depássaros marinhos. Em-quanto os tripulantes dabaleeira tomavam osrombos com lonas alça-troadas, o George Din-ger. com a sua espin-garda ingleza, percorriaa grande massa gelada.d e r r u b ando algumasaves, entre as quaes umabella gaivota azul, que,viva e mal ferida numaaza, debatia-se. aos gri-tos, sobre um cabeçoalto. Apanhada a laurusglaucasi ao voltar parabordo da galera, oítere-oera-a á MisS Anne. queera louca pelas aves domar.

A graciosa meninairlandeza nunca mais adeixara, tratando-a comouma boneca, fazendodelia o seu encanto. Pu-zeradbe o nome de Hope,esperança.e trazia-a con-tinuamoníe ao collo, co-brindo-a de mimos e bei-ios. repèlindo^Ihè de ins-tan|e,.a instante, na suaadorável i n g en uidade,

^como a uma eompanhei-ra .querida, {Kilavras dedoçura e meiguiee — ohmy.dcarI ak mgdarting!

h n •friif.

11 de Maio de 190> HEV1STA DA SEMANA 149 — N. .10*rBMW—B 1 ' rjwrm twyr

^I0I>,VSI>A REVISTA- 1 - Cincovestidos para meninas cie dois à doze ãnnos., . s ~ Quatro cha|)6os pára o calor, sendodois clè gaze e rendas e dois de cima'; umguarnecido com plumas e oulro com llòres.p ¦ i? T Tí'¥ ündos feilios para blusa deíustão branco.

4 —Vestido para baile. Saia de seda comfundo azul e ramagens brancas, corpo demusselina azul todo préguiadb, decole e man-gas guarnecidos com babados de gaze, damesma forma (pie a borda da saia.

.»V/iECM* >1* í- «4*, miVÍIrtlíVÀC^ÍÍAjÉJ.

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Pela manhã, quando deixnva o camarote, surgiano salão da câmara já com a gaivota nos braços, adar-lhe pedacinhos de biscout.os, miolo de nozes epassas. E mesmo ás horas de leitura, das longas lei-turas britannieas, muito fundas e scismadas, comum grosso volume de Cooper sobre o regaço, nosvastos sophás das anteparas da câmara ou no seucamarim sobre os estreitos beliches cnverhizados,junto ao vidro das vigias, afagava-a ternamente, en-volta nas suas vestes de pelles sob o frio boreal. A'tarde, nas' latitudes mais quentes, emquanto a galeraborilejavn, com os grandes corpos dos cetáceos amar-rados ás bordas, na '-extraçção desse oleó utilissimoque faz a riqueza dos armadores baleeiros de. Mu-glbnl c- do Donegal, vinha brincar para o tombadilho,èhipilcirándo a gaivota nas enxarcias de ré, ou fazen-do-a esvoaçar pela borda, presa de uma fita escar-late. -

E era essa, agora, a di.verslo predilecta da filhado capitío Thomas Reider, um valente marinheiro,de tez lisa e côr de lacre, apezar dos seus quarentaannos de lida no mar. Cruzando os oceanos polaresdurante o verão, quer nas regiões boreaes, quer nasaustraes, esse gigante das vagas, desde que casara, naprimeira metade da sua mócidâde, activo e ambi-cioso, encetara o conluiando de navios baleeiros, deonde se tiveram enlão.riquezas incalculáveis. As suasprimeiras viagens foram em navios do Canadá, e com' tal êxito se àceentüaram para elle, que, dentro de seisannos, passara a armar por sua conta, em Foyle, naIrlanda, de onde era a mulher, formosa loura do Do-negai, de forte d scendencia marítima, cujos antepas-sados haviam perecido heroicamente nas grandesexpedições areticas.- A morte desta, porém, numamvernaçno dolorosa no polo,1 onde todos estiveramquasi perdidos, logo após o nascimento de Anne, nasua esplendida galera Mermnyd, desgostara-o de talmodo que vendera os seus navios e bens, e, voltandoao Canadá, passara alguns annos em terra; com umShip-cJiandler, para educar a filha e descansar umpouco dos labores do mar. Mas o negocio, fora paratraz, durante uma grave pneumonia que quasi o ma-tara, e, perdido tudo, apenas se restabelecera, em-barcara outra vez para a pesca polar. E alli ia, agora,aos sessenta annos e pobre, sô com aquella filhaadorada, no alto casco da Farewel, para as águasaustraes.

Miss Anne era uma menina de quinze annos, altae cheia, de um busco de giganta das Sagas, robusta,septentrional. Tinha os cabellos crespos e côr daspraganas dos milhos, a pelle fina e rosada, os olhosde um verde de onda do largo. A bocea fresca' epolpuda, vagamente recortada em flecha, abria-se,sobre os dentes de neve, como um traço carminado. Edo seu talhe alto e forte de deusa britarmica, dou-rada pelo sol do mar, um resplendor sahia, nim-bando-a de tal graça e belleza, que se diria umaapparição dos: Ecldas, surgindo, loura, das vagas.

George Dinger, que era um rapaz brasileiro, decabellos castanhos e olhos negros inflammados, posto(jue filho de yankee, mal pisara o convéz da galeraimpressionara se por Miss Anne. E no espaço de quasitrês annos em que alli andava, cruzando as zonaspolares, o seu coração enamorado não cessara um sóinstante de palpitar e gemer por aquella .rapariga

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mn&^que lhe arrebatara a alma. Mas a vis* o louraas Sagas, na sua ingenuiilatie saxonia, duranteK.tü.^.mnn tüiíi lhe Hera a menor attençio. E

ddas Sagas,muito tempo não lhe dera a menor attençioera embaldr, e Jimidamente, que elle, ás vezes, ámesa, lhe dirigia^a palavra amoroso e tartamu-deante; ou quf,r< pelas; tardes veladas do pólo,ou sob os luares idi alisadores dos eéos tropicaes,

a envolvia cm seus cantares, fitando-a mei-gamente cia borda, sob as velas enfunadas.

.Miss Anne hão passava de uma vertia-;deira criança Com um porte colossal. Um"dos seus entretenimentos, mais queridoseram os jogos que, nos 'dias de calma e boamonç/ío, lhe arranjava o piloto na.tolda. Esse.bom velho hércules, rosado e de barbasgrisalhas, que, apezar de solteirão amava ascrianças com um enternecimehto paterual,fazia consistir, de algumas vezes, asjsuasbrincadeiras em correrias loucas atra» damenina, como se brincassem ambos o Temposerá; de outras, cm agarral-a peíos braços ebalouçal-a da borda sobre. as.ondas^éspu-mantos — tudo isso,por entre um alegre tm;multar de exclamações e risadas..... \(

E o pobre George Dinger, debruçado daborda, ou de pé junto ao leme quando estavade quarto, vendo-a tão indifíerente ao seuamor, suspirava baixo, num despeito e comuni vago ar magoado*

Mas na occasi.io em que estivera quasi amorrer contra a ilha de Ilooker, na perigosaarpoagem daquella manh > de julho —o peiordia de" pesca que experimentara depois queandaya na Farewel— uma esperança de que arapariga vièss^ a perceber o seu grande af-lecto por elle, nasceu-lhe subitamente n'almaao apanhara linda gaivota azul. Desde então,com effeito, Miss Anne se lhe tornara maisamiga, e, com a ave sempre ao collo, no tom-badilho ou na câmara, quando se encontra-vam, fallava-lhe com certa meiguice, envol-vendo-o na doce luz dos seus olhos.

Com o pretexto de afagar a gaivota, ellejamais se descuidava de se approximardelia, dirigindo-lhe. de continuo elogios egraças. Assim, dentro em pouco, começou anascer entre ambos uma certa intimidade.Horas è horas, então, pelas manhãs transpa-rentes e pelas, tardes suaves, sentados ale-gremente na tolda ou junto das amuradas,apreciavam a aurora ou o crèpusçulp íulgin-do em chammas de nacar sobre a vastidão dooceano, ao mesmo tempo que caricias lari-gues de amor voavam de lábio a lábio, nomurmúrio vago das ondas qu,ebrando contrao costado. E a gaivota azul entre amboscomo um talisman sagrado!

Um dia, porém, ao deixarem o hemis-pherio do norte, a blinda ave fugira. MissAnne, inconsolavel e num pranto, fechadano camarim, nãoquizera fallarao namorado,nem subira ao tombadilho. Elle também,por seu lado, tristp.è suspiroso, corria "todoo navio, á procura ,da gaivota, que era a siíafelicidade na vida.

Mas a gaivota' do .pólo lá ia por essesmares, em busca das terras areticas...

E o capitão, indiíTerente, ria alegre como piloto, emquanto a galera veleira singrava,airosa. á bohna.

Rio-1897.Virgílio Várzea*

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150 — N. 104 REVISTA DA SEMANA 11 de Maio de 1902*¦?''

UM PLANO GIGANTESGO-j-i-h-T""" _-r 7—r——~: "r "—"—~ VI

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FUTURAS COMMÜÍVÍCAÇÕES TELEGRAPHICAS ENTRE A EUROPA E A ÁFRICA

Todas as communicações telegraphicas daFrança com as suas colônias estão nas mãos daInglaterra; por outra, todas as relações políticas,econômicas e militares da metrópole com os seusdoiiiinios ultramarinos estão á mercê do estran-

geiro. E' este inconveniente gravissimo—verdadeirodesastre em tempo de guerra —que o coronelMonteil, associado com o conhecido engenheiroelectricista Victor Popp, se propõe evitar. Umavez realizado o seu plano, a França, além de eman-cipar-se das linhas britannicas, ficaria com o mo-nopolio indiscutivel das communicações telegra-

phicas no continente negro, destinado talvez a sero grande mercado ou, quem sabe se o supremocampo de batalha de amanhã.

Aos cabos submarinos, sempre á mercê de uma

dragagem audaciosa e que custam os olhos dacara, o coronel Monteil propõe-se substituir umalinha telegraphica terrestre ligando, atravez doSanara, Gabes (Tunísia) a N'Guigmi (sobre o lagoTchad) para dalli irradiar, em quinze direcçõesdifferentes, para as possessões européas na África,comprehendendo as inglezas, Marrocos, Congo,Transvaal, Abyssinia, Egypto e, indirectamente,Madagascar, as Comoras, Mauricia e a Reunião,Seria a África inteira presa em uma rede francezae em condições de impossível concorrência porparte das linhas britannicas.

Se o coronel Monteil escolheu o traçado Gabes—lago Tchad—foi porque, em primeiro logar, essetraçado segue um caminho que elle sabe de cór pelohaver pessoalmente percorrido em travessia que

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MÚSICOS CELEBRES

lhe deu fama immorredoura; era segundo logar

porque teve occasião de verificar-lhe a superiori-dade sobre os outros itenerarios do Oeste e Centroá primeira vista mais curtos emais directos. .

Este caminho de leste é, além de mais contie-cido, mais fácil. Em parte alguma falta água, osoásis são numerosos, não ha massiços inaccessiveie os Tuareg Adjer e Tebbus, cujos territórios atra-vessa, são, de todas as tribus saharenses, as menorebarbativas e mais seguras. Finalmente, é o itine-rario que com maior facilidade pode ser ligadoásdiversas redes telegraphicas já creadas ou em via

de creação nas diversas regiões africanas.Só o tronco central desta linha gigantesca terá

2.400 kilometros de comprimento, sendo o mesmosubterrâneo na maior parte do seu percurso.

snwVICTOR KERBÉRT

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11 de Maio de 1902 REVISTA DA SEMANA

MARAVILHAS DA SGIENGIA

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De Paris a New-York em estrada de ferro — Projecto do engenheiro francez, Loicq de Lebel com umtunnel submarino como traço de união entre o Velho e o Novo Mundo.

jnpvuvRECREAÇÕES

As soluções dos problemas publicadas no nossonumero passado são as seguintes :

Da charada néo-bisada,. Gata — Gaela; da charadatelegraphica, Estro; e da charada casal, Andrio — An-dria.

Aymoré, Carmelita e Horlencia solveram todos ostrês problemas. Nhazinha. Zica e Glorinha os primeiro« ultimo; Dagmar, Dr. Zinho, Bôer, Pascacio, Clio,Gondoleiro, Zut e Heitor Lima os dous últimos.

Para hoje apresentamos:CHARADA ANTIGA ( C. Leal)

(A' sympathica e meiga Nhazinha)Foi nesta voz que tu já não conheces,Voz que suffoca, tremula e dorida, - 1Que eu fiz as minhas derradeiras preces

No teu altar, querida !E como o moribundo o olhar magoado —2Estende para os céos em agonia,Volvi o olhar pera o teu vulto amado,Que ao longe, ao longe desapparecia...

pergunta enigmática (Nhazinha)(A' gentilissima collega Hortencia)

Helena, dama de companhia de certa condessa,sae um dia de casa, sem dizer cousa alguma, e vaeaboletar-se em um logarejo visinho, onde dá muitoque fallar com os ofíiciaes das tropas alli aquarteladas.Ah! exclama a condessa, ao ter conhecimentodo facto: a rapariga subiu de posto! Passou de damade companhia a dama de batalhão!

Onde estará essa mulher?jogo de palitos (Aymoré)

(A1 gentil collega Zica)

PROBLEMA N. 89

Qual o^homem que é parücipio presente de umverbo?

CORRESPONDÊNCIAAymoré e Tuta. — Recebemos.

A reli i medes Júnior.

XADREZPROBLEMA N, 132— Valentim Morin ( Madrid)

Pretas (.3)

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rJÊrJm Wâtom11 §1 t Bi B

üü PU lHH mi „ H§„tkw m m

Severo.

Retira nove somente,Com presteza,Que franceza

Montanha tens de repente.

TORNIQÜETESOLUÇÃO DO problema n. 88

Brancas (10) —Mate em 3 lances

solução do problema n. 128 (Arlhur Nupoleüo)1-D2C. T X D-2-T X P C etc.X_ .,' P 4 B — 2 — P x P en pass. etc.1_ .-: T5BR-2-DXTÜC.1_ Outra —2 —D 2 D. x. etc

solução do problema n. 129 {Eug. Pinto)1—T 1 B. (Lance inicial — 9 variantes)Para evitar dupla solução com a jogada C 3 C, o au-

tor deste problema propõe a collocação de um Peão branconessa casa.

solução do pboblema n. 130 ( Mackenzie)1 — D 8 R. ( Lance inicial — 3 variantes).

*

Resolvidos pelos srs: Theo, Silvano, K. R, MlleB E, Alipio de Oliveira, Jofemo, Salvio, Dr. C. L, Ro-berts, Dr. B. C. R (Palmyra) H. Leep, Caissano e Zo-zoe.

O problema publicado pela segunda vez sob o n.127,apresenta ainda dupla solução, com a jogada, B X ü

151 — N. 104

etc. Afim de ser o mesmo convenientemente reparado,o autor pede-nos que o excluamos por emquanto dasecção.

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Malch de xadrez—Palmyra —Juiz de Fora.A curiosa partida que damos abaixo sob o n. 43,

foi jogada em Palmyra a 27 do passado, em um inter-essante match realizado entre aquella cidade e a deJuiz de Fora, pela exma. sehhorita Helena Ewbank daCâmara e os srs. drs. Benedicto da Costa Ribeiro eDuque Estrada ÍPalmyra) contra os srs. drs. LafayetteB. Rodrigues Pereira, Leocadio Chaves e Júlio Penna(Juiz de Fora).

Designados pela sorte, coube o primeiro lance aoscampeões de Juiz de Fora, que ao cabo de cinco horasde luta, abandonaram o campo, considerando-se ven-cidos.

Em todo o curso dessa renhida contenda, entrevários lances bonitos, de parte a parte, notam-se tam-bem algumas jogadas relativamentes fracas, que decerto não seriam adoptadas pelos mestres, isso, porém,não diminue a gloria dos vencedores, tanto mais queo equilíbrio de forças achava-se perfeitamente estabe-lecido.

Não fallando no lance 31, que sacrificou a partida,as Brancas lograriam, a nosso ver, um optimo begui-mento, se em Togar de 20—P 4 B D, jogassem P TXPetc, pois o seu desenvolvimento fora até esse pontomuito auspicioso, comquanto houvesse a temer oataque das Pretas pela columna aberta do C R.

Congratulando-nos com os illustres amadores dexadrez dessas duas cidades mineiras, pela realizaçãodesse match, felicitamos com especialidade á exma. se-nhorita Ewbank da Câmara, pelo fulgurante talento• enxadrista de que sobejamente deu provas. Desejare-mos que se realize um novo encontro, visto que osvencidos tém, direito á réuanche.

*

Partida n. 43Brancasf(Juiz de Fora) Pretas (Palmyra)

1 P 4 P 4 R2C3BR C3BD

B 4 C 3 TP 3 P 3 DB x P x BRoque . T 1 C R

7P3BD B5CR8 R 1 D 3 B9CD2D P4T

10 D 3 B D l B11 P 4 P 3 T D12 B 5 B 3 T13 D 4 B 2 D14P4CD D2C15 P 3 P 5 T16 C 3 D 3 B17 C x P P4C18 D 3 Roque19 P 4 C 2 R20P4BD P3B21 E13 B P R x P22 C x P 4 B23 P B x D x C24 D x P x D25 P x C x B26 P x R 2 B ,27 P 4 R 3 C28 P 5 R 4 B29 P 7 U x P'D30 P 6 B 3B31 C 5 R3H x. desc.32 R 1 R x C33 Abandonam.

Eis a posição final.

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Pretas — Palmyra

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Brancas — Juiz de Fora%fVN/\<fVW

CORRESPONDÊNCIA

Caissano — Ha varias opiniões ; Morphy, comquantonão tivesse jogado vinte partidas simultâneas, nãopode ser considerado inferior a Pillsbury : O seu ge-nio enxadrista caracterisou-se muito mais nas extra-ordinárias derrotas infligidas aos maiores mestres doseu tempo, que nesses lours de force de que o outro écapaz.

//. Leep — Folgamos com o seu aproveitamento:

Toda a correspondência deve ser dirigida paia a«•edacçãc do Jornal do Brasil, á rua Gonçalves Diasd. 54, «Secção de Xadrez*.

Heibas.

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152 - N. 104 REVISTA DA SEMANA

— ManuclzinhoChuva, colhido pelas ro-das de uma andorinha,na rua Estreita de SãoJoaquim, íallecendo emcaminho quando eraconduzido para a 2ft de-legacia urbana.

—Manuel Antôniode SanfAnna, assassi-nado com uma punha-lada por seu irmão Go-dofredo de SantAnna,ás, 6 1/2 horas da tarde,de 4 do corrente, nailha do Governador.

__ Gaspar Araújo colhido no diacorrente, ás 7 1/2 horas da noite, pelas rodasde um caminhão na rua Jardim Botânico.

4—0 local do crime da praça do Cas-tello, onde foi assassinado Antônio Adelinode Araújo, vulgo Vacca Brava.

5 —Antônio Adelino de Araújo, vulgoVacca Brava, assassinado por José Maria

: Gonçalves, vulgo Panella, â porta da casan. 12, da praça do Castello, na noite de 6 do

, corrente.

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%ã NOiTECiA, quando, p^la,varanda.dp ladoT*- dando para o jardim, nos encaminhamospara o grande terraço^ balaustrado da frente,deixando a vastas çontortavel sala de jantar,onde agora duas robustas criadas allenrisV;muito- louras, a pelle fresca é Vòsadá, os bra-ços sahindo nús e roliços das mangas dosseus corpetes alvos, se agitavam 'apressada:

mente, arranjando e pondo em ordem a bellamesa cheia de flores onde, havia momentos;festejáramos com jubilosa cordialidade, to-cando as taças de Joannisberg, o anniversa:rio de uma dessas pessoas queridas que são agraça e a benção de um lar.

Longe, no horizonte, sobre a negra mu-;ralha recortada da serra da Boa-Vista, a luasubia, abrindo deliciosamente no espaço oseu immenso sendal luminoso. Através docrivo escuro das trepadeiras, cujas folhastremiam á aragem ciciando-lhos mysteriosas.caricias, pequenos discos de claridade láctea

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que ferviam raios de prata em fusão, bar-cas a vapor, pequenos lanchões e niateserguiam no ar vagamente a trama üna dasmastigações debruadas de luar. Nos planosda outra margem, terminando em colunaslongiquas, que se esbatiam na sombra dit-fusa, as culturas adormeciam no silencio docéonevoso. Pela barranca cortada a prumo,aqui e além, na sobe raza dos arbustos, ar-vores moças e pujantes, um ou outrotronco decrépito, torcido já pelos annos esóWoado no alto por um pennacho defolhas, inclinavam as suas franças rendadas,como para ouvir as ondinas que lhes pas-savam juntos ás raízes, cantando.

O maior encanto do quadro era, entre-tanto, uma pequena ilha fronteira, de cujaprofusa vegetaç^uma_ caBinho surgia,

< * Retratos de Carolina Faciolino e Pietro Minicelh,

?-«òs protogonistas da horrível scena de sangue de sextafeira ultima, em um quarto da casa de commodos

n. 75 da rua Senhor dos Passos.t:7 7.'. ¦'¦•.«

desciam até aos recantos mais escuros, batendo omármore do terraço. Mas os balaustres do centroSavam como uma larga janella para o campo,nara a amplíssima paisagem ennoitada.P Ahi sentamo-nos tocfos, embevecidos no pano-rama do rio, estadeando-se nas voltas flexuosascomo uma estranha via-lactea, ao longo da grandeavmdda do cães. No fio da corrente, onde parecia

tendo a um dos extremos uma gigantescapalmeira, que, semelhante a um inastrolhe dava o aspecto de uma velha barca depastoral de outras épocas, apodrecida amargem de algum canal esquecido e inva-dida por uma inundação de verdura. Asagúas, descendo com violência, abriam asua píôa de hervagens longos floroes pra-teados,%ue ondulavam e fugiam...

Alas, de repente, frunlein Elsa, a^ittha^do dono d" casa, L m^?£_fgffig_£á frente de um bando alegre de a gas» «PPa^ceu, atravessando o grande salão illuminado, emdÍreCAÇsa0gra0cioes"s^valkirias chegaram numa gra.i-nada fcftiva,e,tomando o ogarem que esta,a^debruçaram-se aos balaustres a contemplai o es

plendor do luar que nevava todo o ceo, a casai ia

li de Maio de1Ô02

de Blumenau, os cimosaltos das collinas, das ar-vores, e a longa faixa fie-xuosa do rio. E de suasboccas mimosas, excla-mações vivas fluíam pelanoite admirável... Nistoapproximou-se do grupoo velho Carlos Schneyder,padrinho da festejada,que dirigindo-se a ella,pediu-lhe que fosse tocaruma das suas musicasamadas. . ..

Então, um rapaz im-berbe e louro, a esta-

tura eiçantesca, athletico e virilmente bello,aue estava de pé a meu lado, meio curvo nasua linha de gentleman, voltou-se todo para amoça e disse-lhe em allemão, em uma accen-tuação muito intima,: .

— Beethoven, Elsa, Beethoven! A Sonatado Luar... ,.,

Elsa muito alta e airosa no seu vestidoclarode crépe, ergueu vivamente o lindo rostooval, de uma louçania celeste de corolla quese abre, e, com os grande olhos azues, deuma transparência e candidez ineffaveis, umsorriso nos breves lábios rosados, murmurouuma recusa. Mas logo todos repetiram o pe-elido, num coro solicitante e alacre:

A Sonata do Luar ! A Sonata do Luar!Não houve então mais escusa possível. O

bando chalrante enveredou para o salãocomo uma revoada de andorinhas voltandoao beirai de um castello do Bheno por umatarde primaveral - e Elsa foi sentar-se ao

Pmn0 rapaz louro e athletico. seguiu o bandoadorável, indo accommodar-se em um divan,o rosto muito rosado agora á luz profusa doslustres e uma radiação amorosa nos seusolhos de faiança. „ .

O velho Schneyder e os demais cavalhei-ros foram collocar-se ás portas, em uma atti-tude de profunda attenção. Leopoldo Schwarze a esposa, os bons pães de Els^a ficaramcommigo no terraço, sob o crivo das trepa-deiras, onde o luar peneirava a sua luz tosca

VE loe-o as primeiras notas da sonata salta-

ram do teclado, voando a todos os ângulos dosalão. Os accordes suaves, de uma symphoniaarrebatadora, ondulavam e fugiam .deixando

no ar como um frêmito de emoções: m^^énevoenta espiritualidade de um sentimento recendi o,

passado em almas que vivem perpetuamente na ado-raçio do indefinido e do vago, anemndo pe Iaj^ata-çãí) de um amor que se livra nos paramos |

mguiojde um coração transcendente, na esphera subjectivadas illusões e dos sonhos. ., '

, Mas nessa animosidade nebulosa de affectos idea-Usados e.aspirações levadas para além da terra até ásraias da. abstraccao, havia toda a nalpitaç o e emtevecimehto de uma paixão desvairada. E aj^ave^aessas volutas subtilissimas de sons, ^f^v^mlum fio de melodia dois corações que, Pensadospelo mesmo impulso, se attrahem e se undemera umsó anceio de ideal, sem conseguirem^entretanto a desejada ascensão ao seu Éden sonhado,- se

^enhavavagamente a inilludivel realidade fa

estância maisnotável, talvez, da vida do grande artista, Pg^fpbera, em um arroubo divino, aquella sonata genial.

Sob a grande execução, eu sentia debuxar-se,emeu espirito, o esquisso desse lied germânico Er,num velho solar palatino, por uma noite: dará anorte. Um cavalleiro enamorado estaca subi amenteicorcel sob as ramas das carvalheiras, juntok de utorreão rendilhado. A lua, com a sua ^z ^stenosavaga, banha docemente os vitraes coloridos da janeigoünca. Vibrando o seu alaúde, o paladino; aman^lolta as primas estrophes sonoras de um meigo.e vclhõ rimance. Então a ogiva rutila estremece^e u

perfil louro de visão se debruça, pelo canto, uepoijo trovador emmudece. E as horas voam no silencMda noite nevea... Por fim, um cició de phrases e be Jfflde amor passa de uma á outra bocea, de um a ouu.coração. K o momento da partida. Adeus, meu someu thesouro! Adeus, adorado amor! E o cavaiieirgalopa, fugindo na estrada branca...

Quando a ultima nota da sonata findou, Elsa er

gueu-se, risonha e cheia de graça, .com oseuauporte de walkiria e a sua bella cabelleira loura.^ I oaa

. correram a saudal-a, a as moças como os rapazesnum alvoroço festivo. .

0 ultimo, porém, que a saudou foi o jou,Apollo germânico, que se sentara ao dtoan.^sua galanteria merecera tal acolhimento da mog

que lü, vendo-os assim tão unidos, as mao ^enia

çadas como num enlevo feliz fiquei a pensar,]P«instantes, nos personagens ideaes daquella sonammágica.

Rio-1899. mr. -. ,.„^„Virsrilio \arzea.

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Pholographias, vislas instantâneas, desenhos e caricaturas.

Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASILRedactor-gerente, Dr. CÂNDIDO MENDES - Redaclor-chefe, Dr. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA — DirectoMechnico, GASPAR DE SOUZA

Anno III —K. 104 DOMINGO, 11 DE MAIO Numero : 3oo reis

TYPOS DA RUA

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O baleiro

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2 REVISTA DA SEMANA — Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

RAOUL DE NAYERY (87)

OS ÍDOLOS" , XV V ;

AS BARRICADAS DA MORTEOs camaradas tornaram a encontral-o. Condu-

ziram-no ás bodegas, e durante alguns dias per-correu todos os logares escusos de Paris.

No fim de uma semana, as suas velleidades detrabalhar estavam substituídas pela resolução deviver no meio da rua, sem exercer outra profissãosenão a de não ter nenhuma.

Não lhe repugnava ser abridor de portinholasde carros, apanhar pontas de cigarros pelas ruas,dar recados, vender maços de papel para cartas-

. ou phosphoros de cora para fumistás. Approxima,va-se, porém, em demasia, das amostras das lojas,e se penetrassem no sotão, que elle partilhava comum camarada, podiam admirar-se, com razão, dosingular conjuncto de objectos que appareciam ávista. Presuntos, sapatos novos, peças de fazendas,novellos de lã, roupa feita, caixas de graxa, tudoestava confundido em pittoresca desordem, atéque Mathusalem, um belchior da rua Git-le-cceur,veio desbastar esse chãos, carregando com elle,mediante algumas peças de cem soldos.

Uma noite Joào Machú e seu camarada desalão fizeram uma orgia; na volta, o tempo estavachuvoso, e faltando-lhes forças para pagodear,encostados ás paredes, chamaram um cocheiro ederam-lhe um endereço que fez abanar a cabeça aoautomedonte. Chegado defronte de uma casa demá feição, gritaram-lhe que parasse, desceram docarro, e deram volta ás algibeiras para encontrardinheiro com que pagar a viagem do carro.

Nada! não tinham mais nada!João Machú deu uma cotovellada no seu com-

panheiro, e como o cocheiro descera para abrir aportinhola e receber o dinheiro, João amordaçou-oem uma vira-volta, emquanto o camarada dava-lheum socco no meio do peito, tirava-lhe a bolsa daalgifreira, empurrava Machú para dentro da sege,saltava no assento da frente e chicoteava os cavai-los.

No dia seguinte, com o dinheiro do carro,todos dous faziam um pagode.

Três dias depois, a policia, invadindo umabodega infame, fez uma colheita de todos os quenella estavam, e João Machú, chamado Rato-de-Adega, entrou no numero.

Desta vez, coube-lhe em sorte o ribunal cor-reccional, ú marca, o comboyo dos algemados, e otrabalho forçado.

Então germinou na cabeça do galé, esta idéaque nunca os deixa quando uma vez eila alíi entra;a evasão.

A de Jofio Machú foi uma façanha. Realizou-aem circumstancias singulares, e a historia da suafuga occupou por muito tempo as narrativas dodormitório.

Viu escalando uma parede, com ajuda de umafaca ; depois, suspenso em cima cio abysmo, poruma delgada corda, perseguido pelos caçadoresde galés, nadando para a costa com uma terrívelborrasca ; depois, cahindo, exhausto, em umaçlaoupana, cuja porta lhe foi aberta por um ho-mem de physionomia angélica.

— Sulpicio ! o padre Sulpicio! murmurou oferido.

Ah! como os pormenores dessa vigília estavampresentes em sua memória.

Com que cuidado reaqueceu o corpo entorpe-cido ; com que mãos fraternaes não lhe olíereceuos soccorros necessários para sua viagem!

Não foi só isto ; nessa choupana, á porta daqual podia a cada momento batera policia, íalláraoa esperança, de arrependimento e de honra a essegalé fugido da corrente.

Ainda mais. . . uma carta de generosa recom-mendação permittia a Joào Machú mudar de vida.0 futuro ainda podia ser feliz. Um nome novo, umacondição honrada, encobririam o evadido das galésde Brest, de sorte, que para todos se tornaria des-conhecido.

Subjugado pela autoridade do padre, vencidopor sua bondade, João Machú promettera ; ensaioumesmo cumprir sua palavra, e foi ter á fabrica,cujo proprietário o recebeu mediante a recom-inendaçào do padre Ppmercul. Um gatuno de es-trada, porém, reconheceu-o, pediu-lhe emprestadasas economias, ameaçou denuncial-o se lhe nãodesse o neccessario para seus gastos, e JoãoMachú fugiu da manufactura, onde podiam vir asabei' o seu verdadeiro nome.

Ao passo que, entorpecido pelas feridas, aindaestava immovel, parecia-lhe no passado lugitivodesse dia, estar sentado na beira de um fosso, in-terrogando-se, com a cabeça nas mãos, sobre oque elle se tornaria.

O melhor era lançar-se de uma vez no fogo evoltar pára Paris. Guando ahi chegou, a primeiravisita foi para Mathusalem.

Este acolheu-o com as honras devidas a umgalé tão dextro que conseguira escapar-se, e o pôzem relações com hábeis larápios.

(Conlinúa.)

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ESPECÍFICOS-DO-

DR. HUMPHREYSQue toda a família deve terem casa uma botica de reme-dios e uma verdade cpie não precisa de demonstração. Ha

poucas tamilias cujos meios permittem-lhes mandar vir ummedico ou mesmo comprar um remédio na pharmacia, paratodo e qua quer incommodo de saúde. Sempre haverá doençase em grande numero de famílias as' ha muitas vezes, e todosdevem traba har para que sejam reduzidas ás mais ligeiras.Lom uma botica dos específicos do dr. Humphreys e o livro deínstrucçoes está se preparado para as emergências e não sópode-se alhviar, senão curar nove décimos dos casos que seencontram. Se uma criança estiver criando os dentes, poder-se-á dar-lhe alhvio; se tiver dor de dentes, de cabeça, esqui-nencia ou sarampo, poder-se-á cural-a; se acordar á noitecom inilammação de garganta, poder-se-á dar-lhe o especificopróprio e hcará curada ; se estiver constipada e ameaçada depneumonia, dá-se-lhe o especifico apropriado, e afasta-se operigo, iratando-se assim toda a doença logo que nascer,vence-se antes de tornar-se perigosa. :A;:'iO Resultado é que a saúde des membros da família ficacada vez mais estável e robusta. Soffrerão menos de doenças,lornar-se-ão mais fortes, estarão menos, sujeitos á tisica, pa-ralysia, chagas produzidas por febres, males das cadeiras edas costas, as escrofulas, ao cancro, e ás demais doenças quematam ou tornam a vida pesada. Dando-se estes remédiosespecíficos nos primeiros annos da vida, elles destruirão osgermens dessas doenças e por isso estas raras vezes appare-cerao depois. Assim conserva-se a saúde e prolonga-se a vida.Cada botica dos remédios vae acompanhada de um manualueínstrucçoes contendo descripções das doenças e ínstrucçoessobre a comida, o regimen e o modo de tomar os remédios.O dr. Humphreys é também o autor de um livro maior, OMentor, cheio de informações sobre a vida, a saúde, as do-enças, e os modos de conservar e restabelecer a saúde.Quem ler ou estudar estes livros tornar-se-á qualificado paraconservar sua própria saúde e a da sua família.

Direcções com cada vidro em cinco línguas : por-tuguez, inglez, allemâò, hespanhol e francez.NS.

1 CURA Febres, congestõese inílammações.

» Febres e moléstiascausadas por lom-

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brigas.1 Colica, choro e in-

somnia das crian-ças, dentição.

» DiARRHi'A,em crian-ças e adultos.

Dysenteria, colicasevere e colica bi-liosa.

. Cholera, choleramorbus e vômitos.

Tosse, resfriados ebronchites.

Dor de dente, doresnevrálgicas e ne-vralgia.

Dôr de cabeça, dôrnervosa de cabeçae vertigem.

DYSPEPSiA,indigestãoe estômago Iraco.

» , Menstruação escas-sa ou suppressa.

» ' L E U C 0 R R II E A, OU

menstruação pro-funda.

» Croup, tosse rouca,respiração difíicul-tosa e laryngite,

» Herpes, erupções eerysipelas.

'> Riieumatismo, ou dô-res rheumaticas.

» Febre paludosa, in-termilten te, sezõesou maleitas.

d Hemoiuuioidas, sim-pies ou sangren-tas, internas ouexternas.

» Ophthalmia, olhosfracos on inflam-mados.

Consistindo de glóbulos agradáveis emo bolso do collete

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Catarrho, iníluenzae defluxo.

Coqueluche ou tos-se convulsiva etosse espasmo-dica.

Asthma, respirar dif-íicil e opprimido.

Suppuração dos ou-vidos e dôr de ou-vidos.

Escrofula, incha-ções e ulceras.

Debilidade geral,fraqueza physicae cansaço.

H Y D R O P E'S 1 a, ac-cumulações flui-das.

Enjôo de mar, nau-. sea e vômitos.

Moléstias dos rins,pedras e cálculosrenaes.

Debilidade nervosae fraqueza vital.

Doenças da bocca eaphta.

Incontinencia daourina, ourinar nacama.

Menstruação dolo-rosa e prurido.

Moléstias do cora-ção e palpitações.

Epilkpsia, baile deS. Vilo.

Mal da garganta eulceração da gar-gania.

Congestões chroni-cas, dôr de cabe-ça.

La giuppe e consti-pações durante overão.

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20:000*000Só jogam 5.000 bilhetes a 10S000, divididos

em décimos de lgOOO• Acceitam-se pedidos de números certos para todas

as loterias. Os pedidos do interior devem vir acompa-nhados do respectivo sello. As encommendas são res-peitadas até á véspera do dia da extracção.

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Agencia geral: 8 8 AUA DOS OURIVES 88O agente geral, JOSÉ JOAQUIM DO ROSÁRIO

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It&VtSlA HA SEMADIA - Edi<4o semanal Olnttrada do JORNAL Bú BRASfL

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A HUMANIDADEJaôeiL dos -.Miseraôeis; de Victor Hago. por Caran d Ache

KI^G&XTEK&XTE 5 slo * «ssswss * i:OBRECTÂM£XTE: sâo satyros. SIMPLESMENTE sâo' ladras.

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