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Projeto gráfico e diagramação: Janaina Braga. Direção de arte: Rangel Sales. Trabalho de conclusão da disciplina Diagramação. Senai Cecoteg - BH - MG - Brasil
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A Escrita da LuzO purismo fotográfico de Ilana Caiafa
pag 11
Papel fotográfico, ilustrações melancólicas,protestos contra a guerra, vodka e muito mais...
4 663257 55465
94587
Nº 15Outubro 2009R$ 8,90
EDIÇÃO ESPECIAL - FOTOGRAFIA
nome da sessão | 3
Expediente
A fotografia atribui uma importância fun-
damental para o design. Muitas vezes
constitui o centro de atração visual. Em-
bora seja vista, em alguns casos, apenas
como um elemento ilustativo, a fotogra-
fia possui uma grande carga informativa,
uma vez que faz com que o público se
identifique ou não com determinado pro-
duto ou peça gráfica.
Pag 4Notícias Novidades fotográficas
Pag 6Pré-impressãoCMYK x RGB
Pag 10AcabamentoVerniz. Quando e como utilizar
Pag 14Criação e DesignWhat goes
around, comes
around
Pag 18IlustraçãoA morbidês fofa de Luke Chueh
Pag 22Artigos TécnicosTeoria das Cores
Pag 5Tipografia
Type the Sky
Pag 8Impressão
Como escolher papel
fotográfico
Pag 11Portifólio
Foto-grafia.
Pag 16FotografiaO Retrato
Pag 20Embalagem
Absolut Vodka “No
Label”
Projeto Gráfico, Diagramação e Revisão
Janaina Braga
Coordenação e Supervisão Técnica
Rangel Sales
Tiragem
10 mil exemplares
papel couché fosco 140g e capa em 230g
Impresso por
Futura Express
4 | Notícias Gráficas
Novidades fotográficas
Polaroid lança versão digital da máquina que foi sucesso
nos anos de 70
A PoGo é a versão digital da máquina fotográfica da
marca Polaroid que fez sucesso a partir da década de 70 ao
revelar as imagens logo após captá-las. Com 5 MP, a câmera
tem impressora embutida, permitindo imprimir suas fotos na
hora. Imprime no formato 5x7, em papel termoativo resist-
ente à água e deterioração pelo ambiente. A tecnologia da im-
pressora Zink permite imprimir fotos enviadas por celulares
e outros aparelhos portáteis.
Custa US$ 200.
Portátil, potente e rápida...
A mini impressora fotográfica da Sony, PictureStation DPP-
FP55, permite imprimir fotos em qualquer lugar e em qualquer
momento. É compatível com Memory Stick/SD, pode impri-
mir fotografias de até 7 megapixels em 56 segundos em uma
folha de tamanho B6 (125mm de largura e 176mm de altura)
com qualidade de 300dpi. Pesa um pouco mais de 1 quilo
e possui uma tela de LCD de 2 polegadas. Foi lançada em
junho na Digital World Tokyo.
Custando, então ¥18,000.
Content-Aware Scale (CAS)
Vídeos no YouTube, antes do lançamento da Suíte CS4, já
mostravam o poder da ferramenta Content-Aware Scale.
Como mágica, imagens eram redimensionadas e as dimensões
do objeto principal, permaneciam praticamente intactas.
Para muitos fotógrafos, é o fim da mais pura fotografia. Já
para designers e publicitários, é a flexibilidade que as imagens
precisavam. Não é um feito divino, é apenas o novo recurso
do Adobe Photoshop CS4. A Adobe promete: esse é o futuro
da manipulação de imagens.
Antes
Depois
Type the Sky
Passeando por Barcelona,
Lisa Rienermann, estudante
de Kommunikationsdesign
da universidade alemã Duis-
burg-Essen viu um “Q” lite-
ralmente escrito pelo céu nas
silhuetas dos prédios. “Eu
estava em um tipo do pátio
em Barcelona. Eu olhei para
cima e vi casas, o céu azul e
nuvens. Quanto mais eu olha-
va, eu via que as casas deram
forma a uma letra Q.”.
Este foi o catalizador para o
desenvolvimento de seu pro-
jeto para a disciplina de Tipo-
grafia que acabou como um
livro publicado. A estudante
confessa que houve um míni-
mo de Photoshop para reto-
ques, mas que buscou todo o
alfabeto nos edifícios.
www.l isar ienermann.com
“Quanto mais eu olhava,
eu via que as casas deram
forma a uma letra Q.”
Tipografia | 5
6 | Pré-Impressão
CMYK x RGBAbrir o sistema
interno de gestão de cor, uma
exigência do mercado
Este é um assunto desafiador para ser discutido de âni-
mo leve porque não existe consenso entre a comunidade
dos pré-impressores / impressores / fotógrafos entre aqueles
que defendem trabalhar exclusivamente em RGB e outros
que trabalham em CMYK. Sempre que o assunto é aborda-
do, pode-se garantir uma grande variedade de discussão
relativa aos méritos de cada um dos modos de trabalhar, ou
o saber quando a conversão deve tomar lugar, ou ainda se
será o fotógrafo responsável por isso?
Antes, e muito rapidamente para aqueles que não sabem, o
que é RGB e CMYK? Se fosse fotógrafo, deve estar familiari-
zado com o modo RGB, porque, se tira fotografias, o seu filme
ou a sua impressão em papel fotográfico são feitos de ama-
relo, magenta e ciano (uma espécie de matéria corante) que
absorvem luz do azul (Blue), verde (Green) e vermelho (Red)
do espectro visível ao olho humano. O filme fotográfico en-
tão grava em vermelho, verde e azul. O espaço RGB é muito
grande e largo e inclui muitas das cores visíveis do espectro
estando algumas fora dele. Uma boa foto de uma paisagem
bem tirada e revelada, vai parecer espectacular em papel fo-
tográfico, mas quando se trata de reproduzi-la em impressão,
terá de ser convertida para CMYK.
É aqui que começa o desapontamento porque a gama de cores
possíveis de imprimir em CMYK é muito mais limitada e só
vão aparecer algumas dessas cores originais. Particularmente
as cores da relva verde ou o céu azul vão ter dificuldade em
ficar iguais ao original.
Os fotógrafos fazem esses ajustamentos sempre em RGB,
quando estão a revelar as fotos para serem captadas digital-
mente e quando entregam esse seu trabalho à pré-impressão, o
efeito de conversão passa a ser o problema de outro alguém.
Exceto agora! Estando o fotógrafo, atualmente em mais com-
petência e número (ao menos assim se espera com o tempo
que sim), mais perto desse processo, saberá preparar melhor
Pré-Impressão | 7
as imagens já tendo em vista
o fim a que se destinam. Isto
é importante. Se, como no
caso das câmaras digitais,
estiver trabalhando com
imagens digitais, a conver-
são para CMYK deve ser um
ponto importante a ter sem-
pre presente.
Às vezes fotógrafos argu-
mentam que tudo se origi-
na em modo RGB: os slides,
as fotos reveladas, as ima-
gens ‘scannerizadas’ ou as
fotografadas digitalmente.
Por quê preocupar-se com
o CMYK? A pré-impressão
faz isso. Acho que é uma
visão redutora para um fo-
tógrafo actual e dar essa
responsabilidade só ao pré-
impressor e impressor vai
logo à partida excluir a pos-
sibilidade de ter as imagens
já preparadas conveniente-
mente para esse processo de
transformação com vista à
reprodução em impressão.
Basicamente, o que se ins-
tala e que acaba como um
processo cristalizado, é a
pré-impressão descartar-
se dessa responsabilidade
devido à falta de conheci-
mento de certos fotógrafos,
aceitando todas as ima-
gens já pré-convertidas em
CMYK e no caso de algum
retoque, fazem-no sempre
em CMYK. O problema é
que se o fotógrafo entrega
todo o material preparado
para ser impresso pode-
rá acontecer que este volte
para trás por não obedecer
aos mesmos parâmetros de
conversão definidos pelo
equipamento de alta defini-
ção do pré-impressor.
Por outro lado, entregar todo
o material para ser digitali-
zado e tratado e convertido
na pré-impressão, pode não
ser a melhor opção pelos
custos que isso vai implicar
ao cliente final. Para além do
atraso, tempo requerido, e as
verificações mais ou menos
importantes a fazer durante
esse processo.
Gramatura
Muita gente confunde a
gramatura do papel com es-
pessura. Está certo que em
90% dos casos o papel que
apresenta gramatura maior
tem uma espessura maior
também, mas é incorreto di-
zer que um papel que pesa
300 g/m² é mais ‘grosso’ que
um papel de 270g/m². Gra-
matura quer dizer quantos
gramas uma folha de 1m x 1m
pesa, isso quer dizer o quanto
o papel é “encorpado”.
Um papel de 280 g/m² e um
PapelFotográfico
Quais características devem ser analizadas na
hora de escolher?
8 | Impressão
230g/m² vão ter a espessura
muito parecida, mas o papel
280g/m² vai ser mais resis-
tente, pois suas camadas de
confecção do papel serão
mais densas.
Tecnologia
São dois tipos básicos de fa-
bricação de papel fotográfi-
co: cast coated e microporos
Cast-coated: geralmente
tem gramaturas menores
(90 até 230g/m²) devido à
baixa densidade, só aceitam
tinta corante, com muita
dificuldade para absorver
tinta pigmentada, não têm
a textura de foto, a capaci-
dade de brilho é menor. O
custo desse papel é menor
e provavelmente essa é sua
única vantagem.
Microporos: pode ter em
qualquer gramatura (75g/
m² até 380g/m²) devido à
alta densidade, aceita tinta
corante e pigmentada, mais
parecido com foto analógica
e alta capacidade de brilho.
Mais liberdade em esco-
lhas de acabamentos, aceita
mais tinta no papel (maior
resolução) e a resistencia à
agua é bem maior, até com
tinta corante! Seu custo é
ligeiramente maior, mas a
qualidade é muito superior!
Repleto de vantagens, bom
para quem vende fotos digi-
tais e quer entregar serviço
de qualidade!
Para diferenciar é simples:
geralmente o papel micropo-
ros é liso atrás o cast-coated
é mais rugoso.
Acabamento
Existem muitos tipos de aca-
bamentos: glossy, high-glos-
sy, semi-glossy, soft glossy,
matte, semi-matte, luster,
fosco, ultra-brilhante, brilho,
semi-fosco, acetinado, lustro-
so, satin, brilhoso, canvas...
Muitos desses acabamen-
tos são iguais, apenas tra-
duzidos e ficam divididos
dessa maneira:
Brilhante: tem o acabamen-
to mais comum para fotos,
o que varia nesse tipo é a
quantidade de brilho, geral-
mente os papéis cast-coated
tem acabamento brilho e os
microporos, acabamento
alto-brilho
Semi: tem um acabamento
com brilho difuso, como vi-
dro jateado, bom para por-
ta retratos, pois sua ‘micro
textura’ evita que o papel
cole no vidro, é o ‘fosco de
fotografia’, ainda nessa ca-
tegoria existem os papéis
lustrosos e acetinados.
Fosco: são os papéis geral-
mente mais baratos, o aca-
bamento é como sulfite co-
mum, se tiver alta resolução
fica bom para exposição, pois
a ausência de brilho permite
ver mais detalhes da foto.
Essas nomenclaturas não
seguem um padrão pelos fa-
bricantes, você pode encon-
trar papel matte que era pra
estar na categoria fosco, mas
é da categoria semi. O corre-
to na escolha do papel é ve-
rificar se o papel é parecido
com um que já tenha usa-
do de um fabricante como
Epson, HP e Canon.
Impressão | 9
10 | Acabamento
Verniz:Quando e como utilizar
Atualmente um dos re-
cursos de acabamento mais
utilizados em impressos é
aplicação de verniz. Além de
valorizar visualmente a peça,
a aplicação de verniz garante
maior resistência e durabili-
dade principalmente aque-
las destinadas ao manuseio
intenso, como catálogos ou
que precisem ficar expostas
por um periodo prolongado,
como é o caso de displays e
móbiles. Como existem di-
ferentes tipos de vernizes,
é necessário conhecer cada
um deles e analizar qual o
melhor em função do tipo de
peça e utilização da mesma.
Verniz Off-Set
Tem como característica bá-
sica a proteção contra atri-
tos durante o acabamento
(dobra/manuseio). Oferece
pouco brilho e requer tempo
maior de secagem.
Verniz UV
Oferece alto brilho, similar
a plastificação, confere ca-
racterísticas de maior resis-
tência a peça. Não influencia
nas cores e a secagem por
luz ultra-violeta é rápida.
Podem ser: total ou locali-
zado, com brilho ou fosco,
perolizado em ouro ou pero-
lizado em prata, texturizado
e outros.
Verniz UV-High-Gloss
Tem como caracteristica ser
de brilho intenso, podem ser
total ou localizado.
Verniz a Base D’água
Fornece um bom brilho (in-
termediário entre os dois
anteriores), e proteje contra
atritos. A aplicação é feita “
on-line” e a secagem é bas-
tante rápida, pois utiliza
luz infra-vermelha. É mui-
to importante saber que a
perfeição dos resultados da
aplicação de qualquer tipo
de verniz depende sempre
do papel utilizado. Não é re-
comendada a aplicação em
papeis chamados porosos
(off-set, alta alvura etc).Os
melhores resultados são ob-
tidos em papéis ou cartões
com “coating” como couchê,
supremo, triplex etc.
Laminação BOPP
Fornece à peça publicitária
um efeito especial de sofis-
ticação, podendo ser: fosco,
com brilho, com efeito cas-
ca de ovo (gofrado) ou com
holográfia. Este acabamento
juntamente com sua textura
suave oferece uma imagem
de alta qualidade. Aumen-
tam a resistência ao atrito, e
ainda servem de barreira à
umidade em impressos.
Foto-GrafiaA arte de captar a escrita da luz
Portifólio | 11
A jóvem fotógrafa, Ilana Caiafa,
não reflete nada de inexperiên-
cia em seus variados trabalhos.
Tem uma vocação por retratos,
mas também dedica seus cli-
ques a objetos, em composições
abstratas e a paisagens.
“Fotografia é como o rítmo do co-
ração. Cada um tem o seu. Mas
é sempre tão bonito quando en-
costamos o nosso corpo ao outro
corpo e percebemos as batidas
nos mesmos instantes! E assim
é, também, na fotografia: é belo
quando encontramos uma ima-
gem que está no nosso balanço.
Tudo o que você tem de fazer é
perceber qual é o seu.”
Ela se diz amante de uma foto-
grafia pura. Se recusa a tratar,
editar ou filtrar suas imagens.
“Bem, se fotografar é deixar com
que a luz escreva a sua imagem
livremente, seria hipocrisia mu-
dar esta escrita tão única com
ferramentas como Photoshop ou
outros editores de imagem. Para
mim quando se muda as linhas
dessa escrita a foto-grafia (como o
nome já deixa claro) deixa de sê-
la, pois passa a ser edição.”
www.i lanaca ia fa . com.br
12 | Portifólio
Portifólio | 13
Einstein já dizia que se
uma criança não consegue
entender visualmente uma
teoria, esta teoria é uma por-
caria. Creio que o pessoal da
Big Ant Internacional, quan-
do elaborou a campanha
contra a guerra no Iraque
para a Global Coalition for
Peace, pensou em algo as-
sim. A campanha, conhecida
como “What goes around,
comes around. Stop Iraq
War.” (Tudo que vai, volta.
Pare a Guerra do Iraque.)
foi distribuída pelos postes
de New York e já recebeu
alguns prêmios, inclusive o
Clio Awards deste ano.
As imagens abertas não
causam tanto impacto, mas
quando estão pregadas
num poste...Perceba que
nos cartazes dispensam-se
os depoimentos e imagens
de pessoas mutiladas pela
guerra que já conhecemos
para causar impacto.
What goes around,comes around...
14 | Criação e Design
Criação e Design | 15
A fotografia foi a primei-
ra das técnicas a representar
cientificamente um momen-
to, uma única faceta de um
ser em mutação. Até seu sur-
gimento, tudo que se conhe-
cia era a câmera escura, uma
caixa dotada de uma lente
e no lado oposto a essa um
despolido, vidro opaco no
qual se observa, de cabeça
pra baixo, a imagem enqua-
drada pela lente. Tal apara-
to era usado por cientistas,
feiras de curiosidades e, no
que mais nos interessa, dese-
nhistas e pintores. Estes, que
à época tinham como objeti-
vo uma representação fiel da
realidade, usaram a câmera
escura como um artifício
que possibilitava maior re-
alismo, copiando a imagem
do despolido. Na cópia, po-
rém, sobressai a capacidade
técnica do pintor, bem como
suas escolhas estéticas, per-
mitidas pela liberdade de
O Retrato16 | Fotografia
ignorar detalhes ou partes
inteiras da paisagem refleti-
da, escolher o que se queria
copiar. Atuava-se assim no
plano atemporal da pintura.
E é nesse espaço que atua-
ram os primeiros retratistas
da fotografia. E não era ape-
nas uma questão de estar-se
acostumado a ele, mas tam-
bém das características das
técnicas fotográficas dispo-
níveis (Só se pode especular
sobre as forças ocultas que
relacionam essas duas face-
tas da evolução). As primei-
ras emulsões fotossensíveis
às quais tivemos acesso re-
queriam tempos de exposi-
ção de minutos ou horas. O
que obrigava o fotografado a
posar de maneira mais rígida
até do que a antes requerida
pela pintura, usando apara-
tos e superfícies de apoio,
transformando-se já numa
abstração de si mesmo, uma
personagem imutável. Po-
rém a evolução técnica pas-
sou a permitir tempos de ex-
posição cada vez menores,
dando a oportunidade de
um distanciamento maior
da tradição e da perspectiva
dos pintores. Com o tempo
os olhares conectados foram
descortinando um novo es-
paço, uma nova dimensão.
Descobriram a possibilida-
de de um retrato às avessas,
que não tivesse como único
objetivo mostrar a aparên-
cia ou a beleza do retrata-
do. Um retrato que, fruto
do momento mais presente
que conseguimos imaginar
figurativamente, pudesse
mostrar a essência de seu
retratado, uma persona
normalmente oculta que se
mostra por poucos e raros
instantes. Daí nasce o po-
der místico do fotógrafo, do
trânsito em um espaço que
nos assusta, o espaço desnu-
dante do agora.
Fotografia | 17
O artista americano
Luke Chueh tem um estilo
muito forte e característico.
Suas pinturar são facilmen-
te reconhecidas pelo estilo
característico que inclui sim-
plicidade, cores em tons es-
curos e animais quase sem-
pre em situações sombrias
ou melancólicas.
A escolha por usar animais
como personagens não foi a
toa. Luke acredita que, dessa
forma, pode transcender et-
nia e sexo e não passar uma
mensagem errada, como
poderia acontecer caso uti-
Luke Chueh18 | Ilustração
Toy-art baseado no quadro Possessed (2006)
lizasse humanos. Assim,
ele deixa seu trabalho mais
universal e acessível.
Todos os seus personagens
sempre tem um ar melan-
cólico, fruto de suas frusta-
ções e intolerância que ele
sofreu como uma criança
chinesa-americana.
Luke formou em design
gráfico pela Universidade
Politécnica de California
e logo começou trabalhar
como ilustrador e designer
de guitarras. Hoje é um ar-
tista extremamente ativo,
super conhecido e fazendo
exposições pelo mundo.
Além de ter ilustrado capas
de CD, shapes de skate, ca-
pas de iPod, etc.
The PRISONERAcrylic + Ink on Canvas24” x 36”2005
Guitar GeroAcrylic + Ink on Canvas18” x 24”2008
15 Minutes of ShameAcrylic + Ink on Canvas24” x 30”2007
Ring 7 (Outer - The River of Blood)da coleção Inferno
Acrylic + Ink on Canvas18 x 36 inches
2009
Francisco Goya : Saturn Devours his son(Rabbid Remix)
Acrylic + Ink on Canvas18” x 36”
2008
Ilustração | 19
20 | Embalagem
No começo de junho a
Vodka Absolut divulgou o
lançamento de uma edição
limitada, pensando na co-
munidade LGBT. A edição
“Absolut No Label” traz a
tradicional e famosa gar-
rafa da vodka Absolut sem
rótulos e com um pequeno
triângulo contendo o sím-
bolo do Orgulho LGBT – a
bandeira do arco-íris.
Com o slogan “In an abso-
lut world there are no labels
(Em um mundo perfeito/
absoluto não há rótulos)”,
a marca pretende levantar
a discussão sobre o excesso
de rótulos da comunidade
LGBT, ressaltando a impor-
tância do lado interior de
cada um.
Imidiatamente começaram
a divulgação do site inter-
nacional para a “Absolut No
Label”. A edição deve chegar
em Setembro às lojas brasi-
leiras e ainda não se sabe se
Começa a divulgação de “No Label”, uma edição
limitada davodka Absolut.
Embalagem | 21
haverá uma versão nacional
do site.
Confira abaixo a mensagem
de apresentação, retirada do
site oficial da “Absolut No
Label” e conheça o site em
www.absolut.co.uk/nolabel.
“O Manifesto Sem Rótulo
Pela primeira vez, a VODKA
ABSOLUT ousa encarar o
mundo completamente nua.
Fazemos isso para manifestar a
idéia de que, não importa o que
está por fora, é o interior que
realmente importa. Queremos
apoiar as pessoas que passam
suas vidas sendo rotuladas pe-
los outros. Agora, nós gentil-
mente te convidamos a aderir
nossa idéia, apenas removendo
o rótulo dessa garrafa.
Enfrente seus preconceitos e
faça um mundo mais diversi-
ficado, feliz e de respeito. Des-
carte seus rótulos aqui no blog
No Label no Absolut.com.”
Não é a primeira vez que a
marca suéca demonstra seu
apóio à essa causa social,
anunciada em conferência
de imprensa em 29 de abril
de 2008 e lançada em 05 de
maio do mesmo ano, a Ab-
solut Colors homenageia
os 30 anos de apoio à causa
GLBT no mundo.
A forma de ilustrar sua garra-
fa com as cores do movimen-
to LGBT, orgulhou o criador
da bandeira, Gilber Baker,
salientando não ser a primei-
ra vez que a marca Absolut
apoia movimentos ligados
aos direitos humanos.
Em seu rótulo é possível ler:
“Em um mundo Absolut (ab-
soluto/perfeito) todo mundo
é encorajado a ser o que é.
Esse mundo é mais colorido,
diversificado e respeitoso. Te-
nha orgulho do que você é e
deixe suas cores brilharem. A
Absolut é consumida por pes-
soas orgulhosas desde 1879″.
Já a Diretora Internacional da
marca, a sueca Nina Gillsvick,
diz que a proposta de cobrir
a garrrafa de Absolut com a
bandeira nas cores do arco-
íris “é para que as verdadeiras
cores brilhem nas pessoas”.
As cores são muito impor-
tantes para o desenvolvi-
mento de uma interface
gráfica não só pelo seu va-
lor estético, mas pelo poder
em criar códigos estruturais
e uso estratégico em deter-
minadas situações. Se bem
utilizadas, podem facilitar
o processo de comunicação,
direcionando o olhar do lei-
tor a regiões específicas da
página. Do contrário, pode-
se misturar cores que criam
um ruído entre si ou que di-
ficultam a leitura, devido a
uma diminuição de contras-
te entre texto e fundo, por
exemplo.
Nesse processo de comu-
nicação, e assim como no
desenvolvimento de um
site, diagramação de uma
revista, composição de um
folder, decoração de um am-
biente, questões intuitivas
irão se defrontar com ques-
tões técnicas. Uma não deve
anular a outra, mas se com-
plementar, de modo a afinar
a composição e layout com
o intuito e conteúdo do que
está sendo projetado.
tada no contexto cultural em
que se insere.
Para o designer a interpreta-
ção irá combinar o que está
sendo retratado/criado em
uma composição com as co-
res utilizadas e sua relação.
Esse processo passará pelo
momento em que a cor é
vista somente como um es-
tímulo, até a fase posterior
a sua decodificação, onde
emoções, lembranças e con-
ceitos atribuídos a ela serão
relacionados ao contexto so-
cial e cultural. A cor apresen-
ta uma carga cultural muito
forte e seu significado pode
ser imposto tanto por costu-
mes locais, globais ou pela
própria memória pessoal.
Discorrer sobre cores é
sempre garantia de um de-
bate cheio de controvérsias e
muita discussão. Falar sobre
o uso de cores no design tor-
na-se ainda mais complexo,
devido às questões técnicas e
de uso inerentes a esse meio.
Após ser captada pela visão,
a cor é processada pelo cé-
rebro, formada, quantifica-
da e avaliada, tornando-se
um elemento de significado.
Nessa etapa o cérebro iden-
tifica qual cor é vista e a re-
laciona com experiências an-
teriores para atribuir valores
a cor. Desse modo, pode-se
considerar que os seres hu-
manos têm uma resposta
emocional à cor, fundamen-
Teoria das cores:Arte ou Ciência?
22 | Artigos Técnicos
Morphing - Seu aparelhose tranforma em music player,
câmera e celular
ABSOLUT ABSTRACT.