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Revista Divercidades Julho/2015

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A matéria desta edição é sobre alimentação saudável e como o comportamento das pessoas está mudando em prol da qualidade de vida. Também tem reportagem sobre personal chef, os barbudos, alta performance no esporte, Fernando Macaé e muito mais.

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Colaboradores desta edição• Gianini Coelho, Leila Pinho, Alle Tavares, Fernanda Pinheiro, Luciene Rangel, Raphael Bózeo, Fernanda Candal, Alice Cordeiro, Cris Rosa e Júnior Costa.

• Fotografia editorial e Capa: Alle TavaresPublicidade• Gianini Coelho - Tel.: (22) 99985-5645 - www.divercidades.comE-mail: [email protected] • facebook.com/grupodivercidades

Palavra do Editor ................. 06De Tudo um Pouco .............. 08

Arquitetura & Design ......... 10Pessoas & Negócios Anderson Siqueira ..................... 14

Map Viagens .............................. 16Salão Bela Donna ........................ 18Sandra Rodrigues Fotografia ....... 20Maxclin ........................................ 22Marmoraria Macaense ............... 24Shop Mega Micro ........................ 26

Top Dental ................................. 28Koni Store .................................... 30Learning Fun ................................ 32Arco Íris Petrotintas .................... 34

Especial Dia dos PaisPersonal chef ............................... 36A barba da moda ........................ 44Os filhos vão estudar fora ............ 48Alta perfomance no esporte ....... 54

A CidadeAlimentação saudável ................. 58Starship, a discotecado Tênis Clube ............................. 66

PerfilFernando Macaé .......................... 72

Delícias de FamíliaBolo de laranja deDª Ancyra Pimentel...................... 78

PessoasCasa do Caminho ........................ 80

Leitor em Foco Irnak Barbosa ............................. 82

ÍNDICE

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ExpedienteA Revista DIVERCIDADES é uma pu-blicação da Formato Publicidade com tiragem de 7.000 exemplares, com distribuição gratuita e dirigida.

End.: Rua Dolores Carvalho Vascon-celos, 270 - Sala 1 - Glória - Macaé/RJ CEP: 27.937-600 - Tel.: (22) 3717-1000• Direção geral: Gianini Coelho• Jornalista responsável: Leila PinhoReg. profissional: MTB/MG 14.017 JP

PERSONALCHEF

44 A BARBADA MODA

58ALIMENTAÇÃO

SAUDÁVEL

66STARSHIP, ADISCOTECA DO TÊNIS CLUBE

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do de vida que é, aprender a dar valor às coisas e, principalmente, à família.

Para os esportistas amadores, mas que gostam de participar de competi-ções nos fins de semana, uma novidade. A medicina do esporte chegou para aju-dar a melhorar sua performance e rendi-mento através de treinamentos específi-cos e acompanhamento profissional.

Por falar em esporte... No momento em que o time do Macaé Esporte ganha destaque na Série B do Campeonato Brasileiro, levando o nome da cidade para todo o país, saibam que alguém já fez isso antes e deu muito o que falar. Na seção Perfil, apresentamos a história de Fernando Macaé. Confira!

Valorizar a história de Macaé. Este é um dos objetivos da DiverCidades. Para isso, criamos uma nova seção chamada “Delícias de Família”, que conta a his-tória das famílias macaenses através das suas receitas tradicionais. Iniciamos com a receita do bolo de laranja e a história de Dª Ancyra Pimentel, contada por seus filhos Arysa, Aryan e Amanda.

Na seção Pessoas, contamos a his-tória da Casa do Caminho, criada por Pierre Maciel há 25 anos e que hoje é dirigida pela sua esposa Regina. A insti-tuição oferece assistência sem tornar as pessoas dependentes.

Para fechar esta edição do Dia dos Pais e do Aniversário da Cidade, o nosso “Lei-tor em Foco” é Irnak Barbosa, médico, pai e amante das belezas de Macaé.

Boa leitura. Parabéns Macaé e Feliz Dia dos Pais!

Gianini CoelhoEditor-chefe

Em quase todas as conversas entre amigos ou pessoas da família, tem sempre um assunto sobre a últi-ma novidade na área da alimen-

tação, exaltando os seus benefícios para a nossa saúde: perda de peso, melhora no funcionamento do organismo, rejuve-nescimento, etc. Isso mostra o aumento do interesse da população na hora de se alimentar e comprova o resultado de uma pesquisa, feita pelo Instituto Euro-monitor em 2014, onde o Brasil aparece como o quarto maior mercado em ven-da de produtos saudáveis.

Para nossa matéria de capa, entre-vistamos pessoas, famílias e comercian-tes que estão vivendo este cenário em lados diferentes, mas com uma coisa em comum: a preocupação na hora de escolher os alimentos e produtos para serem consumidos ou vendidos, que sejam mais saudáveis, como: orgânicos, sem glúten, integrais, lights ou, simples-mente, naturais. Descobrimos histórias interessantes de pessoas que tiveram que fazer escolhas, forçadas ou não, na hora de se alimentar, para ter uma vida com mais saúde.

Falando em alimentação, uma ten-

dência vem crescendo entre os amantes da gastronomia. O serviço do personal chef conquista espaço entre os macaen-

ses que querem oferecer um jantar es-pecial, romântico ou para os amigos, no conforto da sua própria casa, mas com um toque especial.

Abrilhantando esta edição, aproveita-mos a data do aniversário de Macaé para contar a história da Discoteca do Tênis Clube, que marcou a adolescência de gerações no final da década de 1970, de 1980 e no início de 1990. Hoje, a festa anual da Starship, promove o encontro destas gerações e traz de volta as me-mórias inesquecíveis daquelas noites de domingo. Da pegadinha no braço da me-nina e do convite para conversar no “mu-rinho da quadra”, onde muitos deram seus “primeiros beijos”. Bons tempos!

Para o Dia dos Pais, abordamos as-suntos do interesse deles. A barba gran-de ganha mais destaque e vem conquis-tando cada vez mais adeptos. Existem tratamentos e produtos específicos para cuidar da higiene e da estética que po-dem ajudar a manter o estilo.

As crianças cresceram e foram estu-dar fora da cidade. Como os pais, mães e os próprios filhos lidam com a distân-cia neste momento tão importante da vida. Quem já passou por isso, sabe de todas as dificuldades a serem superadas, mas também sabe do grande aprendiza-

“A revista está um luxo! Reportagens maravilhosas! Arrasaram” - Silvia Maia

ESPAÇO DO LEITOR

Envie seu comentário para:[email protected] facebook.com/grupodivercidades

Erramos:1. Na matéria da Portobello Shop (Edição Dia das Mães/2015, pag. 21), na le-genda da foto onde lê-se (...) com a arquiteta Lorena, o certo é com a designer de interiores Lorena. 2. Na matéria da Associação Pestalozzi (Edição Dia das Mães/2015, pag. 78) o correto é “Entidade filantrópica completa 42 anos de história com atendimento muito especial” e não 52 anos, como foi publicado.

“Revista DiverCidades, eu indico para quem gosta de uma boa leitura”

Rubem Gonzaga Almeida Pereira

“Gostei muito da matéria (A volta ao trabalhoapós a maternidade)!”

Pamela Garcia Lima Oliveira

A HORA E AVEZ DA ALIMENTAÇÃOSAUDÁVELG

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DE TUDO UM POUCO

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Com o intuito de mostrar que a arte pode ocupar vários luga-res, Giovanne Fin — proprietá-rio da Verbena – Fisioterapia,

Estética e SPA — e o arquiteto e designer de interiores Marcelo Machado abrem as portas da clínica com espaço cuidado-samente reservado à arte regional. Um

DE TUDO UM POUCO

CASA DO LIVRO CAFÉ E BISTRÔ

O Café da Casa do Livro, no Centro de Macaé, acaba de ganhar um atrativo: agora também é Bistrô. A casa que

já comercializava lanches, bolos, tortas,

Giovanne Fin, Martinho Santafé e Marcelo Machado no lançamento da exposição, que ficará aberta até agosto na Verbena. Acima, uma das obras de técnica mista sobre MDF

dos corredores da clínica foi projetado para funcionar como galeria de arte e levar cultura a quem passa pelo local.

Por meio da iniciativa dos dois, o

ambiente democratiza o acesso às ar-tes plásticas, sendo gratuita a visitação pelo público. Quem tem trabalhos nessa área e interesse em apresentar, deve entrar em contato com Giovanne pelo telefone (22) 98117-0022 ou com Marcelo, (22) 99985-8726. Portanto, os artistas da região podem preparar seus acervos e caprichar na escolha das obras que vão enviar para pré-seleção.

A primeira exposição do ano ficou por conta do artista plástico Martinho Santafé. Martinho pinta desde a década de 1970 e possui trabalho bem concei-tual, ligado ao abstracionismo. A expo-sição fica aberta ao público até agosto. Depois, será a vez do artista Marcelo Vi-tielo, que expõe a partir de agosto.

Além de incentivar o público da ci-

dade a conhecer e prestigiar os artistas locais, os idealizadores também preten-dem levar as pessoas a consumirem esta produção. Nobre e elegante, a atitude de levar pra casa uma obra de artista da região, valoriza e fomenta a arte local.

cafés e outras delícias, está servindo almoço a la carte com cardápio espe-cialmente elaborado pela chef Danúbia Gerscovich. O clima do local é agra-dável, aconchegante e mais silencioso, propício para quem gosta de almoçar num ambiente tranquilo.

Segundo a proprietária da Casa do Li-vro, Café e Bistrô, Carla Corga, todo dia

há opções de pratos com sabores inigua-láveis! No menu tem massa, salada, fran-go, carne, opções sem glúten e até prato infantil. O almoço é servido de segunda a sexta-feira, entre 11h30 e 14h30 e a cada semana, há novos pratos e sabores.

A Casa do Livro também está aberta para eventos e festas infantis com temas culturais e possibilita aos convidados desfrutar do excelente clima do espaço. O estabelecimento atende ainda enco-mendas de bolos e tortas e faz reservas de mesas para grupos. Os interessados nos serviços da Casa do Livro podem entrar em contato com Carla, pelo tele-fone (22) 2762-9598.

PRESTÍGIOAOS ARTISTASLOCAIS

O cardápio do Bistrô é preparado pela chef Danúbia Gerscovich (esquerda) e a casa administrada por Carla Corga. A massa é uma das opções a la carte

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A aposta na arquitetura inteligente é o que motiva e impulsiona esta profissional

DANIELLEATALIBA

Fã de desenhos desde pequena, Danielle fazia caricaturas, perspectivas, paisagens, mas nem sempre soube que a arquitetura era sua paixão. “Comecei meio perdida. Fiz engenharia sanitária, depois civil e só então conheci a arqui-tetura e me identifiquei com o que eu realmente queria, que era projetar es-paços”, comenta.

Há dois anos e meio em Ma-caé, Danielle Ataliba já é reconhecida no mercado de arquitetura e urbanis-mo. Mas não pense que

tudo foram flores nessa caminhada. A adaptação ao público foi o que mais exigiu flexibilidade da profissional, que superou os obstáculos e agora colhe os louros de uma carreira bem-sucedida.

Natural de Angra dos Reis, Danielle iniciou a faculdade de arquitetura em Vol-ta Redonda e terminou no Rio de Janeiro,

onde permaneceu após o fim do curso. Na capital, trabalhou em diversas áreas, como paisagismo, aprovação de projetos, legislação, entre outras, o que lhe confe-riu experiência para novos desafios.

O desejo de mudança a trouxe à Macaé. “Queria sair um pouco da parte administrativa, na qual trabalhei durante muito tempo e migrar para a constru-ção civil. Foi quando conheci a Vilarejo e consegui o meu primeiro emprego na cidade, como arquiteta para atender os clientes da loja”, conta.

Nesta área de lazer de um projeto em Alphaville, Danielle mesclou as linhas retas e modernas da casa com a sinuosidade das curvas da piscina

Por: Cris Rosa • Fotos: Alle Tavares

Danielle, apesar do pouco tempo de atuação no mercado, já conquistou uma grande cartela de clientes

ARQUITETURA & DESIGN

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de orientar na compra. Isso sem contar o fato de apresentar todo o projeto em 3D, incluindo a iluminação da área exter-na. O resultado não poderia ser diferen-te, fico maravilhoso”, elogia Célia.

Danielle foi a vencedora do concurso realizado no I Fórum de Design de In-teriores promovido pela empresa, entre os dias 23 e 25 de janeiro deste ano, no Centro de Convenções do Hotel Vilare-jo, em Rio das Ostras. Entre 60 profissio-nais, a arquiteta bateu todas as metas e recebeu uma premiação pelo feito.

Totalmente satisfeita com a profis-são, Danielle gosta de trabalhar o con-ceito de arquitetura inteligente, unindo sustentabilidade e otimização de custos. E foi justamente por ter esse perfil que, no início da carreira, encontrou dificul-dades para entrar no mercado.

“Macaé tem um perfil diferenciado dos outros lugares. Então, gosto de pro-por reaproveitamentos, materiais alter-nativos. O que eu quero é que os meus clientes se sintam satisfeitos. Eles não precisam ter o mesmo material da casa do vizinho, mas consigo chegar a uma proposta semelhante e com resultado até melhor e mais barato. É um desafio para mim e para os clientes”, afirma.

Boa parte deste jogo de cintura, Da-nielle credita ao trabalho na Vilarejo. Na

A comerciante Célia Peçanha teve sua cobertura toda reformada por Danielle. Materiais rústicos com sofisticação marcam o projeto que teve o acompanhamento da arquiteta

No apartamento do construtor André Assis, espaços interligados dão a sensação de amplitude nos ambientes

loja, criava projetos com os mais dife-rentes orçamentos. “Analisei o perfil das pessoas através do trabalho na loja, senti o termômetro e me inseri no mercado. Com o tempo, acostumaram comigo. E eu gosto dessa diversidade, se tenho um cliente para atender com menos recurso, ele vai ficar satisfeito do mesmo jeito”, acredita.

A comerciante Célia Peçanha é um desse clientes satisfeitos e teve sua co-bertura totalmente modificada pela arquiteta. “Fiz aquisição de um aparta-mento e a área externa me preocupava, pois estava muito sem vida. Queria algo que proporcionasse cores, junto com rusticidade e beleza. Encontrei na Da-nielle uma profissional que soube ouvir, entendeu o que eu buscava e apresen-tou todo o material especificado, além

Neste projeto de Danielle, no Vale dos Cristais, o pé-direito alto dá destaque à sala de estar

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Em busca dosorriso perfeito

ANDERSONSIQUEIRA CRO/RJ: 30183

PESSOAS & NEGÓCIOS

Existem algumas questões a serem avaliadas, como pacientes com bruxis-mo, com hábito de roer as unhas ou morder objetos como tampas de ca-neta, mas para estes, podem ser ana-lisadas facetas mais grossas também. Vale lembrar que a porcelana tem propriedades muito parecidas com as do esmalte do dente, por isso, não é necessário evitar o consumo de deter-minados alimentos ou bebidas.

A manutenção da lente de conta-to é feita nas consultas de rotina, que devem acontecer a cada seis meses ou, no mínimo, uma vez por ano. Se o paciente ficar interessado mas ainda restarem dúvidas, pode solicitar um molde de estudo ao seu cirurgião--dentista para sua análise e posterior aprovação.

pois vários famosos fizeram esse trata-mento”, como o jogador Ronaldinho Gaúcho, o cantor Belo, a atriz Flávia Alessandra, a apresentadora Ana Maria Braga e a blogueira Thássia Naves.

As lentes de contato são laminados que têm entre 0,2 e 0,4mm de espes-sura em porcelana (material nobre e muito resistente), são fabricadas de forma personalizada e posicionadas na parte frontal dos dentes, como uma espécie de capa. “Este tratamen-to é indicado para casos estéticos, proporcionando a alteração de cor, a correção do sorriso e diminuindo em alguns casos o espaço entre os dentes, tornando o sorriso mais bonito sem a necessidade do uso de um aparelho ortodôntico”, afirma Anderson.

A dúvida de alguns pacientes é se a lente pode ser utilizada em apenas um dente, mas Anderson explica que nem sempre é possível, “normalmente é re-alizada aos pares para obter um bom resultado de cor e aparência, sem dife-renças entre os dentes vizinhos”.

Na busca por sorrisos ainda mais bonitos, os pacientes estão procurando recur-sos que possam deixá-los mais satisfeitos. Para tan-

to, o dentista Anderson Siqueira sugere dois tratamentos rápidos e com resulta-dos estéticos maravilhosos!

Para começar, o clareamento dentá-rio é uma forma de tornar o seu riso ainda mais solto. Segundo o dentista, o tratamento pode ser realizado a laser ou através da utilização de moldeiras. “Nas duas formas, o paciente deve bus-car a orientação de um bom profissio-nal para indicar o melhor tratamento para seu caso.”

Para quem sofre com problemas estéticos nos dentes, encontrar a solu-ção significa recuperar a autoestima e também o bem-estar. De acordo com o cirurgião-dentista Anderson Siqueira, casos de dentes com manchas, trincas e descoloração podem ser tratados com lentes de contato, “a técnica existe há alguns anos, mas agora virou moda

Por: Marianna Faria • Fotos: Alle Tavares

MacaéAv. Atlântica, 1980 - CavaleirosTel.: (22) 2757-1313

CamposRua 21 de Abril, 81 - CentroTel.: (22) 2723-4879www.smilex.com.br

SegundoAndersonSiqueira, aslentes de contato podem tratar casos de dentes com manchas, trincase descoloração

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MacaéAv. Atlântica, 1980 - CavaleirosTel.: (22) 2757-1313

CamposRua 21 de Abril, 81 - CentroTel.: (22) 2723-4879www.smilex.com.br

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Todas essas qualidades se refletem na vasta cartela de clientes da empresa, re-pleta de nomes importantes da sociedade macaense, como empresários, políticos e médicos. Entre eles, o casal de cardiologistas Patrícia e Márcio Bittencourt. “Conhecemos a Simone há 18 anos, pois foi com ela que compramos nossa lua de mel. De lá pra cá, nos tornamos clientes fiéis. Hoje, não só eu e meu marido, como nossos filhos Letícia (16), Gabriela (15), Diogo (11) e Thiago (8), viajamos pela MAP”, revela.

“Nas viagens, temos acesso direto à Si-mone. Ela está sempre conectada e dispos-ta a nos ajudar em caso de algum problema ou dúvida durante os passeios. Ao chegar com uma proposta de viagem, ela nos dire-ciona para os locais que melhor atenderão ao nosso perfil, procurando sempre adap-tar nossos gostos aos locais que escolhe-mos visitar”, finaliza Patrícia.

“Quando um cliente fecha um passeio, ele está querendo realizar um sonho, quer que tudo seja perfeito. Assim, nos preocu-pamos em atender suas vontades para que a viagem seja um sucesso. Após a viagem, ligamos para saber como foi e ficamos ex-tremamente realizados ao saber que eles ficaram satisfeitos”, confessa Simone.

Entre os serviços oferecidos pela MAP Viagens estão: viagens nacionais e interna-cionais, translado, reservas de hotéis, cru-zeiros, transatlânticos, congressos e todo o suporte necessário.

MAP VIAGENS

como um forte concorrente virou um aliado. “Hoje é muito fácil pesquisar lu-gares e ter acesso a pacotes de viagens que, inicialmente, parecem ser vantajo-sos. Contudo, o que oferecemos, a in-ternet não pode proporcionar. Aqui, o cliente tem segurança na sua compra, sabe a quem procurar em caso de dú-vidas. Além disso, oferecemos todo tipo de informação necessária para que a viagem seja um sucesso: detalhes sobre vistos; vacinas; passaporte; os melhores hotéis e bairros para se hospedar, entre outros benefícios que só o contato físico de uma agência possibilita”, assegura.

Além de ter um atendimento perso-nalizado, no qual cada destino é pensa-do de acordo com os gostos dos passa-geiros, desde os hotéis até os passeios, os clientes contam com as experiências pessoais dos profissionais que atuam na MAP. “Como agente de viagens, tenho a oportunidade de conhecer diversos países e gosto de aproveitar isso para dar dicas pessoais para os clientes. Já estive em quase toda América Latina, em muitas cidades dos Estados Unidos, como Nova York, Orlando, no estado da Califórnia, entre outros. Na Europa, destaco Portugal, Londres, Paris e Espa-nha”, comenta.

Agência comemora 10 anos de atendimento personalizado

Natural de Cabo Frio, Simo-ne Oliveira chegou há 23 anos em Macaé para fazer história no setor de turis-mo da cidade. Reconheci-

da pela qualidade do seu atendimento, ela veio para trabalhar em uma agência de turismo de Macaé, onde ficou por 12 anos. Em 2005, decidiu investir em sua própria agência e hoje comemora o décimo aniversário da MAP Viagens.

Mais do que conquistar clientes na cidade, Simone fez amigos. “Sempre tive vontade de montar minha própria agência, mas faltava coragem. Apesar de não ter capital para o negócio, eu estava decidida. Fechei um acordo com a dona da loja, que permitiu que eu pagasse o aluguel no mês seguinte, e contei com a ajuda de amigos, como a Adriana Fra-goso, para mobiliar o espaço. Logo no primeiro mês, fechei um congresso de medicina para Buenos Aires e pude hon-rar com todos os meus compromissos”, lembra, destacando que a MAP está no mesmo lugar desde a sua fundação.

Nesses 10 anos, a MAP Viagens, as-sim como outras agências, acompanhou o boom das vendas de pacotes pela in-ternet. O que no início se apresentava

Por: Alice Cordeiro • Fotos: Alle Tavares

A equipe responsável pelo sucesso dos 10 anos da Map Viagens formada por: Simone, Luis Eduardo, Aline e Claudia

Rua Teixeira de Gouveia - Galeria 846 - Lj 09 - Centro - Macaé Tel.: (22) 2770-5425 - www.mapviagens.com.br

O casal Patrícia e Márcio Bittencourt com os filhos em uma das várias viagens organizadas por Simone ao longo dos18 anos de atendimento

PESSOAS & NEGÓCIOSA

rquivo pessoal

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O novo espaço é mais amplo — são 480m², enquanto no antigo eram 180m² —, tem pé-direito alto, mobi-liário moderno, ambiente sofisticado e mais apropriado para receber um maior número de pessoas. É elegante, sem perder a capacidade de acolhimen-to. Segundo um dos sócios do salão, Erivelto Leite, os clientes se sentem à vontade no local porque são bem rece-bidos e o clima é agradável. “Não faze-

Salão inaugura sua nova loja com espaço mais amplo, sofisticado e com muito conforto H

á 3 anos nos Cavaleiros, o Salão Bela Donna mu-dou de local e inaugurou uma loja cheia de charme e com muito conforto para

os clientes, no mesmo bairro. A mudan-ça no endereço foi sutil, já que o salão permanece na mesma rua, a Joaquim da Silva Murteira, porém em número diferente. Mas, na estrutura, ocorreu a verdadeira transformação.

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

Sofisticado e ao mesmo tempo acolhedor, o novo salão Bela Donna é mais amplo, moderno e confortável

BELADONNA

PESSOAS & NEGÓCIOS

Ricardo, Érica e Erivelto comandam o salão com muito profissionalismo

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sócios da empresa. “Os nossos clientes se surpreenderam com o tamanho e o conforto. Existe uma relação de carinho com o cliente, esse é o nosso diferen-cial”, fala Erivelto.

A empresária Ana Cláudia Guima-rães vai ao salão no mínimo duas vezes por semana. No Bela Donna, ela faz co-loração, hidratação, unha e drenagem linfática. “O atendimento é excelente e o novo salão ficou muito bonito, con-fortável e aconchegante. Dá pra sentir o calor humano e o carinho dos donos com a gente”, conta Ana Cláudia.

NOVIDADES

Com tanta área, no novo salão coube até uma loja de sapatos e espaço de estética, que são novidades. A loja comercializa calçados multimarcas, nacionais e inter-nacionais, e acessórios femininos como bolsas, cintos e óculos. À frente da ad-ministração da loja está Michele El Hage.

No segundo andar do salão, um am-biente foi preparado para ser a seção de estética do Bela Donna, que está sob responsabilidade de Norma Nunes. Se-guindo a mesma lógica de comodidade, o objetivo é facilitar o acesso a alguns serviços e otimizar o tempo das clientes. Entre os tratamentos de estética corpo-ral oferecidos estão: drenagem linfática pré e pós-operatório, massagem estéti-ca, hidratação corporal, banho de lua, endermologia, microcorrente, ioniza-ção, desincruste, massoterapia, alta fre-quência e tabassoterapia. Já a lista de tratamentos faciais contempla higieniza-ção profunda, hidratação, revitalização e tratamento de acne.

com mais privacidade e de forma que se sintam bem no local. Também tem lugar para as noivas, com serviços de maquiagem, penteado, etc.

Os profissionais que atuam no Bela Donna passam por treinamentos perió-dicos como cursos, workshops e espe-cializações. Essa é uma das formas de manter a equipe sempre atualizada para oferecer tratamentos modernos e com melhores resultados, já que no merca-do da beleza as novidades surgem com maior velocidade. Outro diferencial é a padronização na maneira de atender o cliente e de executar o serviço. Os ca-beleireiros são capacitados para usar os produtos profissionais da Lóreal, Wella e Schwarzkopf, algumas das melhores marcas do mercado de beleza.

De acordo com Erivelto, a clientela aumentou bastante ao longo dos anos, o que gerou uma expectativa por es-paço maior. Ricardo Sampaio e Érica Rocha Drumond Cortes, também são

mos distinção. Todas são recebidas da mesma forma. Temos clientes antigas e também pessoas com ocasiões espe-ciais como é o caso das formandas ou madrinhas que querem fazer penteado e maquiagem”, ressalta o cabeleireiro.

O salão oferece diversos serviços de cabelo como coloração, escova, penteado, corte, hidratação e, ainda, maquiagem. As manicures e pedicures fazem desde o tipo mais tradicional de pintura de unhas até técnicas como unha de acrigel e porcelana, por exem-plo. Além disso, tem os pacotes para madrinhas, debutantes e formandas que contempla toda a preparação para festa com direito a espaço mais reser-vado. Assim, elas curtem o grande dia

Rua Joaquim da Silva Murteira, 46 Cavaleiros - Macaé/RJTel.: (22) 2773-3806facebook.com/beladonnaoficial

A equipe de manicures faz, desde a pintura mais tradicional, até as unhas de acrigel

A loja de sapatos e acessórios femininos, de Michele El Hage, é novidade do Bela Donna

Ana Cláudia Guimarães é cliente de Erivelto há mais de 10 anos

A atualização profissional é constante entre os cabeleireiros do salão

Sob coordenação de Norma Nunes, o espaço de estética na parte superior do salão, oferece vários serviços

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de pegá-los, para evitar hematomas ou des-locamentos de membros. Em alguns casos, precisamos fazer montagens com imagens, porque há poses que não devem ser feitas sem que a cabecinha do bebê seja apoiada por um adulto, pois podem trazer lesões até mesmo na coluna cervical dele”, revela.

Os ensaios duram cerca de 4 horas. São feitos com acessórios próprios para recém-nascidos e na casa do cliente, para a comodidade da mamãe, que muitas vezes passou por uma cesariana; e do próprio bebê, que não precisa ser deslocado para o estúdio. Sandra trabalha com máscara cirúrgica, aquecedor de ambiente e to-dos os acessórios higienizados conforme orientação pediátrica. “Busco em minhas imagens contar histórias, expressar o sen-timento dos casais grávidos, das crianças e das famílias, naquele momento tão espe-cial de suas vidas. Nada de imagens vazias e sem sentido, quero que sintam o amor e a alegria daquele momento fotografado sempre que olharem para as imagens”. fi-naliza Sandra.

Fotógrafaespecializada emNewborn registra momentos fofos,com todos oscuidados que obebê necessita

do momento que eles estão vivendo. É incrível poder contar essas histórias através da minha fotografia!”, comenta.

Sandra teve contato com a foto-grafia Newborn em 2012 durante um curso que participou. O estilo é muito difundido nos Estados Unidos, Ingla-terra, Alemanha e Austrália e, agora, está caindo no gosto dos brasileiros. “A fotografia de recém-nascidos é um estilo que tem por objetivo retratar os pequeninos nos primeiros dias de vida. Informações sobre a fisiologia do bebê, formas de posicioná-los, temperatura do ambiente, tipos de acessórios e rou-pinhas que podem ser utilizados dentre muitos outros detalhes importantes, são fundamentais para garantir aquilo que é a nossa prioridade: a segurança e o bem-estar dos bebês”, explica.

A fotógrafa passou por um intenso treinamento antes de iniciar no estilo Newborn. Desde 2012, vem investindo pesado nessa área. Já passou por cursos com fotógrafas renomadas no Brasil, como Daniela Margotto e Simone Silve-rio, assim como a canadense Stephanie Robin e a australiana Kelly Brown, além de congressos e palestras específicas da área. Sendo, inclusive, membro da NAPCP, uma associação internacional de fotógrafos infantis.

“Entre 5 e 15 dias, temos mais chan-ces de conseguir um resultado satisfató-rio, uma vez que os bebês costumam ter um sono mais profundo e por mais tempo, não ter cólicas e serem mais maleáveis. É fundamental sabermos posicioná-los de forma segura, tendo o máximo cuidado até mesmo na forma

Em 2001, a mineira de Belo Ho-rizonte, Sandra Rodrigues, mu-dou-se de Brasília (onde morou por mais de 20 anos) para o Rio de Janeiro, transferida pela

empresa em que trabalhava. Com for-mação em Administração de Empresas e MBA em Negócios, há 13 anos, em sua lua de mel, foi presenteada pelo marido com a sua primeira câmera fotográfica profissional (ainda analógica – de filme) e não pensou duas vezes. Partiu em busca de realizar o sonho de se tornar uma fotógrafa profissional. Iniciou com cursos básicos e não parou de investir em conhecimento, especializações, equi-pamentos e muitos ‘cliques’!

“Amo o meu trabalho, me sinto to-talmente feliz e realizada quando estou com os meus clientes. Nos divertimos e colocamos nas imagens as emoções

Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Sandra Rodrigues

SANDRARODRIGUES

Sandra faz parte de uma associação americana especializada em Newborn, a NAPCP (National Association of Professional Child Photographer)

Nos ensaios, Sandra utiliza um equipamento que reproduz som similar ao do útero

Tel.: (22) 99253-6655www.sandrarodrigues.com.brfacebook/SandraRodriguesFotos

PESSOAS & NEGÓCIOS

A fotógrafa busca transmitir, pelas fotos, toda a alegria e amor que envolvem o momento vivido pela família

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Chamada de o mal do século, a ansiedade atinge milhares de pes-soas e se torna cada vez mais frequente entre as populações das grandes cidades. Comum na vida moderna, o distúrbio pode cau-sar dificuldades de a pessoa lidar com determinadas situações do

dia a dia e ainda apresentar sintomas como aumento ou perda de apetite, insônia, cansaço, irritação, falta de concentração, entre outros.

A doença pode se manifestar de diversas formas e, em muitos casos, o

tratamento precisa da atuação de vários profissionais de saúde. Na Max-Clin, a equipe capacitada dispõe de diversos especialistas para identificar as causas da ansiedade e oferecer os tratamentos mais adequados de acordo com cada caso.

Segundo a psicóloga Diessika Oleari e a neuropsicóloga Emmanuelle

Machado P. Peixoto, uma das possibilidades de tratamento é por meio da psicoterapia. “À medida que a terapia evolui, os sintomas da ansiedade são reduzidos e até excluídos. Como resultado, vemos uma melhora na quali-dade de vida do paciente”, fala Diessika. Como diferencial, a clínica oferece uma bateria de exames neuropsicológicos que fornecem informações mais detalhadas sobre o problema vivido pelo paciente. “É isso que vai nortear o tratamento. Através dos exames, vamos definir se o paciente vai fazer psico-terapia ou reabilitação neuropsicológica, por exemplo”, explica Emmanuelle.

Há ainda casos em que a participação de um psiquiatra é fundamental.

Conforme explica Adriano Machado (psiquiatra), o trabalho em conjunto com a psicoterapia pretende afastar as causas da ansiedade. “Para alguns pacientes é fundamental que o tratamento multidisciplinar esteja associado à terapia com psicofármacos”, fala Adriano.

Para os que apresentam sintomas relacionados à alimentação, as nutricio-

nistas Cinthia Lopes (especialista em nutrição funcional e fitoterapia) e Cristina Rezende (nutricionista funcional e esportiva) adequam o plano alimentar do paciente para reduzir os reflexos do distúrbio nos hábitos à mesa. “No tra-tamento de ansiedade, indicamos muitos chás relaxantes, fitoterápicos (uso de plantas medicinais) e alimentos que estimulam a produção do hormônio do prazer (serotonina – neurotransmissor ligado à sensação de prazer) como

Clínica possui equipemultiprofissional para trataro mal do século, a ansiedade

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

a banana, porque são ricos em triptofano”, esclarece Cristina. “Um dos problemas da ansiedade é que ela pode ser traduzida para nossa alimentação como fome intensa e compulsão por doces, por isso para controlar a ansiedade é preciso modificar a alimentação como um todo. O uso de fitoterápicos são para auxiliar no tratamento juntamente com o plano alimentar perso-nalizado que é feito para o paciente, lembrando sem-pre a importância de avaliar a individualidade de cada um’’, pontua Cinthia.

A endocrinologista Lutieska Fujihima explica que é

comum os pacientes obesos terem a ansiedade como um dos fatores associados à doença. Ela pontua que os atendimentos multidisciplinares são fundamentais para o sucesso do tratamento da ansiedade. “Esse é um grande diferencial da nossa equipe!”, fala Lutieska.

E quem imagina que a ansiedade pode gerar pro-

blemas nos dentes? De acordo com a explicação do dentista Maurício Araújo, acontece. O ato de ran-ger e apertar os dentes, popularmente conhecido como bruxismo, pode ter relação com a ansiedade. “Nesses casos, podemos tratar com botox, placa miorrelaxante e até medicação”, esclarece Maurício. Ele ressalta que a odontologia vai tratar os sintomas, mas que é imprescindível o paciente continuar o tra-tamento com outros profissionais com o objetivo de atingir as causas do problema.

De acordo com o dentistaMaurício, o bruxismo podeser efeito da ansiedade

O psiquiatra Adriano e as psicólogas Emmanuelle e Diessika trabalham em conjunto no tratamento da ansiedade

MAXCLIN

PESSOAS & NEGÓCIOS

Rua Bariloche, 24 - CavaleirosMacaé/RJ - Tel.: (22) 2773-4921 facebook.com/maxclinwww.clinicamaxclin.com.br

Receita que combate a ansiedade por Cinthia Lopes SHAKE DE BANANABata no liquidificador: 1 banana (se quiser deixar mais cremoso use a banana congelada), 150 ml de leite de amêndoas, 1 colher (sopa) de aveia, 1 colher rasa (sopa) de cacau em pó e 3 a 4 pedrinhas de gelo. Depois de pronto, sirva com nibs de cacau.

Segundo a endocrinologista Lutieska, a integração de vários especialistas é fundamental para o sucesso do tratamento

As nutricionistas Cristina e Cinthia mostram como tratar o distúrbio por meio dos fitoterápicos e plano alimentar adequado

Arq

uivo

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contador e cirurgião buco-maxilo res-pectivamente, mergulharam no mundo do mármore e granito para aprender um pouco mais sobre o mercado. Após o período de ambientação, identifica-ram as principais necessidades da em-presa. “Organizamos a produção, para dar agilidade à entrega dos pedidos, in-vestimos ainda mais em nossos funcioná-rios e inauguramos um novo showroom, ampliando o espaço de atendimento aos clientes e aumentando a oferta de pro-dutos expostos. Além disso, passamos a oferecer um estacionamento exclusivo”, explica Edson Gonçalves.

A nova loja, inaugurada no início de julho, passou de 24 m² para 65 m² e ga-nhou nova fachada, com arquitetura mo-derna e clean, com aplicação de materiais nobres, como o mármore Travertino Turco. O interior recebeu aplicações dife-renciadas, desde os revestimentos até o mobiliário, mostrando a versatilidade das pedras que podem, facilmente, ser com-binadas com a decoração do ambiente. As mesas de atendimento, por exemplo, ganharam iluminação que transparece no ônix utilizado na confecção.

“A prioridade do projeto foi pro-porcionar mais espaço, funcionalidade,

“Comecei a trabalhar aqui sem en-tender nada de mármore. O início foi muito difícil, pois tínhamos que fazer tudo manualmente. Não existiam as máquinas que temos hoje e nem a va-riedade de pedras. Quando cheguei, a empresa tinha dois anos de fundação e, dois anos depois, comprei minha primeira parte na sociedade. Em 2014, meus genros demonstraram interesse e hoje posso contar com eles para tocar o negócio”, lembra seu Ademar que, mesmo sem estar à frente da parte ad-ministrativa, está sempre na loja para auxiliar os sócios.

Com o novo desafio, Edson e Felipe,

Aos 68 anos, Ademar Go-mes de Azerêdo conta, com humildade, sobre os anos dedicados à Marmo-raria Macaense. Apesar

das dificuldades iniciais, o empresário transformou uma pequena empresa em referência no seu segmento. Hoje, às vésperas de completar 49 anos, a serem celebrados em setembro, a marmoraria recebe novos investimentos em sua in-fraestrutura e ganha um novo fôlego em sua administração que passa a contar com os genros de Ademar, Edson Gon-çalves Carneiro da Silva, de 32 anos, e Felipe Barreto de Sousa, 37 anos, que dividem sociedade com o sogro.

Por: Alice Cordeiro • Fotos: Alle Tavares

Acompanhado dos genros e sócios, Felipe Barreto (em pé, à esquerda) e Edson Gonçalves (em pé, à direita),

Ademar Gomes (sentado) apresenta a nova Marmoraria Macaense com suas pedras especiais, entre elas,

Quartzo, Primes, Nanoglass e Ônix

Aos 49 anos, empresa se reinventa, faz investimentos eminfraestrutura e inauguraamplo showroom

PESSOAS & NEGÓCIOS

MARMORARIAMACAENSE

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Isabel explica que no Royal Atlânti-ca Hotel foram utilizados mais de oito mil metros quadrados de pedras, entre diferentes tipos de mármores, granitos e quartzitos, em especial, os exóticos. “Acreditamos que os revestimentos são a base da beleza e luxo do hotel. A Marmoraria Macaense compreendeu plenamente nossos desejos e sempre nos apresentava materiais diferenciados para atender às nossas expectativas”, fi-naliza a diretora e filha do diretor geral dos Hotéis Royal, José Tuñas.

nais, como as nacionais, até as impor-tadas, como Quartzos, Primes, Nano-glass e Ônix, entre outras. Além disso, o seu portfólio conta com cubas para banheiros e cozinhas, cooktops e pro-jetos exclusivos, como móveis e outras possibilidades.

Cliente da Marmoraria Macaense há mais de 30 anos, a rede de Hotéis Royal by Rede Mirador não teve dúvi-das ao escolher a empresa macaense como fornecedor de todas as pedras instaladas no Royal Atlântica Hotel, inaugurado em junho de 2015.

“Meu pai é cliente do senhor Ade-mar desde os pequenos hotéis onde trabalhava, no Rio de Janeiro. Quan-do iniciamos nossa primeira constru-ção em Macaé, o Royal Macaé Hotel, retomamos nossas solicitações e não paramos mais. Nos últimos tempos, acompanhamos de perto a entrada do Edson e do Felipe na firma, e o que já era ótimo ficou ainda melhor, pois eles estão realizando um trabalho de mo-dernização e ampliação, investindo ain-da mais na empresa”, conta a diretora operacional dos Hotéis Royal by Rede Mirador, Isabel Tuñas.

conforto e beleza para os clientes e funcionários. Além disso, mostramos os diferentes materiais que a empresa bene-ficia e vende, de forma elegante e atual, apontando tendências de uso para os no-vos e também novas aplicações para os já conhecidos”, detalha o arquiteto res-ponsável pelo projeto, Frederico Guedes.

Mais do que cuidar do exterior e reestruturar a produção, os novos só-cios investiram no cuidado com o meio ambiente ao implantar estratégias para o gerenciamento de resíduos. “Somos responsáveis pelo beneficiamento das pedras, com isso, transformamos as grandes placas que recebemos em peças prontas para serem aplicadas nas obras dos clientes. Assim, identificamos a ne-cessidade de nos adequarmos às nor-mas ambientais, desde a reutilização da água até o controle da poeira gerada no processo, entre outras etapas que nos garantirão o licenciamento ambiental. Acreditamos que uma empresa de suces-so é aquela que esteja alinhada às ques-tões ambientais”, explica Felipe Barreto.

“Após conquistarmos o certificado, investiremos em novas tecnologias para a produção, que garantirão ainda mais agilidade ao processo e permitirão no-vas possibilidades de compor as peças. Para alcançamos nossas metas, sempre nos espelhamos no Ademar, pois que-remos fazer o mesmo que ele fez: pegar uma empresa que já existia e transfor-mar em algo ainda maior e de suces-so. Para isso, essas reestruturações são fundamentais”, conta Edson, acrescen-tando que a Marmoraria Macaense faz entregas para diversas regiões e possui como diferencial a quantidade de pro-dutos em estoque.

Para atender aos diferentes proje-tos, a marmoraria investe em todos os tipos de pedras, desde as mais tradicio-

Rua Alcino Brandão, 17 - CentroMacaé/RJ - Tel.: (22) 2762-0078www.marmorariamacaense.com.br

Os granitos especiais dão um ar de sofisticação aos ambientes, como no Royal Atlântica Hotel

Isabel Tuñas, diretora operacional da rede de Hotéis Royal, que é uma antiga cliente da marmoraria.O último projeto foi o Royal Atlântica Hotel

Projetos exclusivos, como móveis de mármore, também são confeccionados pela marmoraria

O arquiteto Frederico Guedes, responsável pelo novo projeto, mostra as bancadas em ônix que foram confeccionadas com iluminação interna

Os ambientes da nova loja foram projetados especialmente mesclando pedras naturais e industrializadas

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Empresa comemora 15 anos com nova sede, novo nome e novaestratégia de crescimento

perceberam a necessidade de adotar um nome que representasse toda a gama de serviços oferecidos. “A empresa deixou de ser apenas uma loja e passou a ser um Centro de Negócios, por isso opta-mos por acrescentar a palavra Shop que mostra a segmentação de todos os nos-sos investimentos, criando novas marcas como: Shop Service, Shop Gamer, Shop Gráficos, Shop Automação, entre ou-tros”, explica o diretor, ressaltando que no primeiro semestre de 2016, a empresa já terá inaugurado sua primeira franquia e estará presente com o e-commerce atendendo todo o Brasil.

Os investimentos e o empenho dos sócios ganharam o reconhecimento dos principais fornecedores de TI e das revistas especializadas. Segundo eles, a Shop Mega Micro é a maior empresa de TI do estado e está entre uma das cinco maiores do país. “Os títulos foram concedidos por um con-junto de fabricantes do setor, entre eles, as empresas The Leadership Group, Lacerda Sistemas de Energia, Comtac, Epson, HP, Harman JBL, Bematech, Intelbrás e Eset Antivírus”, explica o diretor comercial.

TECNOLOGIA AO ALCANCE DE TODOSO primeiro andar do prédio compor-ta todos os 15 mil itens “degustáveis”, destinados ao varejo. Entre eles iMacs, Mac books, iPhones e acessórios da Ap-ple; câmeras fotográficas, como a Go Pro; smartphones, impressoras, home theaters, diversos jogos de Xbox/Ps4

SHOP MEGA MICRO

Rua Teixeira de Gouveia 1487 - Centro - Macaé/RJTel.: (22) 2759-4132

e consoles; e demais acessórios destinados à tecnologia e telefonia.

Outro destaque é a Sala Home. “Este é um espaço único em Macaé. Aqui, temos uma sala de estar privada, que simula a casa do cliente, onde ele pode escolher a melhor forma de instalação de seu equipamento de áudio e TV. Além disso, também realizamos toda a automação da casa. Com isso, o clien-te pode acionar as cortinas, a iluminação e até mesmo o portão da casa através de seu celular”, descreve, acrescentando que os demais andares estão destinados aos ser-viços de manutenção (Shop Service), tele-marketing, e-commerce, salas de treinamen-to, estoque e financeiro. “Além do varejo, estamos preparados para atender desde os pequenos empresários até as multinacionais, pois oferecemos todas as soluções em tecno-logia necessárias para uma empresa”, explica.

De acordo com Anilson, um dos dife-renciais da empresa é ter os proprietários sempre à frente do negócio, estando atentos às necessidades dos clientes. “Nossos funcio-nários passam por treinamentos duas vezes por semana e muitas vezes realizam cursos com nossos fornecedores”. Com isso, garan-timos que o cliente terá uma incrível experi-ência em nosso atendimento”, finaliza.

Quem passa pelo prédio mo-derno e imponente na Rua Teixeira de Gouveia, 1487 não imagina que a Shop

Mega Micro começou com um escri-tório na casa de um dos fundadores. Hoje, ao completar 15 anos, a loja mos-tra que está no mercado para competir com os maiores de seu segmento.

Anilson Araújo Júnior, 36 anos, e Au-gusto Frossard, 33, diretores comercial e técnico, respectivamente, chegaram a Macaé em 2000 com o objetivo de construir uma carreira sólida e rentável na Capital do Petróleo. Para isso, ofere-ciam o serviço de vendas e manutenção de computadores de porta em porta. O bom atendimento fez sucesso e a quali-dade do serviços se espalhou rapidamen-te. “Começamos com um home office e, logo depois, abrimos um escritório co-mercial de 10m². Com o aumento da de-manda, nos transferimos para uma loja de 30m² e depois para nossa última de 250m², ao lado da Igreja Nossa Senhora de Fátima”, lembra Anilson.

Hoje, a empresa está situada em um prédio próprio de 1.200m², distribuídos em três andares, com estacionamento e rampa de acessibilidade. A mudança faz parte da nova estratégia de crescimento que inclui a implantação de e-commerce e a abertura de franquias, além da am-pliação dos serviços já oferecidos. Com um novo plano de negócios, os sócios

Por: Alice CordeiroFotos: Alle Tavares

A nova loja possui 1.200m² distribuídos em 3 andares, com show room com o que há de mais moderno em celulares, computadores, games, além de serviços de manutenção e assistência técnica

Os sócios Anilson e Augusto. Empreendedores de sucesso em 15 anos da Mega Micro em Macaé

A Sala Home traz para o consumidor um modelo de “casa do futuro”, onde pode-se controlar todo o imóvel pelo celular

PESSOAS & NEGÓCIOS

www.shopmegamicro.com.br

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Tropical Plaza ShoppingAv. Rui Barbosa, 698 - Sala 610 - Centro - Macaé/RJTel.: (22) 2762-9500 / (22) 99825-4766E-mail: [email protected]/vianaclinicaodontologica.vianaConvênios: Petrobras / Amil / Bradesco / Unimed Odontológica / Odontoprev

Resp. Técnica: Dra. Ana Paula Borges Viana/CRO-RJ 33031

nio, devolvendo uma correta mastigação, estética e odontopediatria que cuida da saúde bucal das crianças com a utilização de sedação consciente com oxigênio e óxido nitroso. Complementam os ser-viços, a cirurgia que é bastante utilizada nos casos de remoção de sisos inclusos ou erupcionados, remoção de dentes ou raízes fraturadas e remoção de freios la-biais e a dentística, área de atuação res-ponsável por reconstruir os dentes atra-vés de restaurações e facetas, além do tratamento de clareamento dental.

Pessoas de todas as faixas etárias e até crianças com deficiência são aten-didas. Na sala de atendimento específi-co para crianças, o teto do consultório tem desenhos que além de distrair os pequenos, também ajudam a relaxar. Como, culturalmente, a ida ao dentista costuma deixar as pessoas um pouco tensas, esses artifícios contribuem para que a experiência se torne mais agra-dável para o paciente, principalmente para as crianças.

“Temos como diferencial a aplicação de toxina botulínica, hoje bastante utili-zada para tratamentos estéticos como o sorriso gengival e para tratamentos da DTM”, afirma Márcia.

A equipe Top Dental está compro-metida em trazer o melhor atendimento e serviço. O objetivo principal é atender às necessidades e buscar as soluções que se adequem aos seus clientes.

Com várias especialidades,clínica cuida da saúde bucal do paciente por completo

e livros, para as crianças se distraírem enquanto aguardam o atendimento. As salas da clínica são confortáveis e com o atendimento individualizado, os pacien-tes se sentem mais à vontade.

Entre as especialidades odontológicas oferecidas tem a clínica geral que atua através da prevenção como limpezas, tratamentos curativos e restauradores com orientações gerais sobre higiene bu-cal. Há ainda a ortodontia e ortopedia dos maxilares que corrigem as más oclu-sões, como os dentes tortos, e evitam possível má-formação óssea. Nessa área, a clínica oferece serviço de ortodontia diferenciado e inovador com o sistema de braquetes autoligados metálicos e es-téticos (invisíveis).

Também conta com especialistas em endodontia, muito conhecida como o tratamento de canal; implantodontia que possibilita a substituição de um elemen-to dentário perdido ou área sem dentes através da reimplatação de pinos de titâ-

Desde maio de 2014, a Top Dental oferece serviços odontológicos com qua-lidade e respeito ao pa-ciente. Com as dentistas

Ana Paula Viana e Márcia Coutinho à frente da gestão, a clínica cresceu e agora oferece tratamento global. Isso quer dizer que o paciente encontra, no local, serviços para cuidar da saúde bucal por completo.

“O tratamento global é uma gran-de vantagem para o paciente porque cada caso é discutido por vários pro-fissionais e o melhor planejamento é apresentado. Isso, sem contar que aqui na Top Dental, a pessoa não pre-cisa se deslocar porque resolve tudo num único lugar”, explica Ana Paula.

A Top Dental conta com seis pro-fissionais, além de estrutura adequada, equipamentos modernos e ambiente humanizado. O espaço é climatizado e tem espaço kids, com brinquedos

Por: Leila PinhoFotos: Alle Tavares

A Top Dental conta com uma equipe multidisciplinar na saúde dental para atender por completo toda a família. Da esquerda para a direita: Felipe, Mayra, Alana, Chafique, Márcia e Ana Paula

Laura Tinoco atualmente faz Pilates e está há 22 anos na academia

PESSOAS & NEGÓCIOS

TOP DENTAL

As dentistas Márcia Coutinho e Ana Paula Viana completaram 1 ano de sucesso à frente da Top Dental

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KONI STORE

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to e bebidas são as opções do menu. Os lanches mais pedidos das unidades de Macaé são o Koni Philadelphia que vem com salmão, cream cheese e cebo-linha e o Roll Croc Hot com makimono crocante com salmão especial, camarão, cebolinha e cream cheese.

O japa fora da caixa com muito sabor, irreverência ea praticidade da comida rápida

Com pouco mais de 5 anos em Macaé, o Koni Store conquistou os clientes que curtem um japa fora da caixa, o jeito Koni de fazer

comida japonesa rápida, prática e mui-to jovial. O restaurante tem duas unida-des na cidade, a mais antiga que fica na orla da Praia dos Cavaleiros e outra no Shopping Plaza Macaé. A proposta da rede é despojada, irreverente e ótima pra quem quer fazer uma refeição mais rápida e saborosa.

O Koni Store foi criado em 2006, no Rio de Janeiro, por jovens cariocas e rapidamente virou um sucesso gas-tronômico. Hoje, mais de 100 lojas da marca estão espalhadas por vários

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

O casal André e Carla investiu na franquia e colhe os bons resultados com duas lojas na cidade

estados brasileiros. De acordo com os proprietários das unidades de Macaé, Carla Mattos e André Borges, o Koni é o point dos jovens da cidade e a casa costuma ficar bem movimentada toda sexta-feira. O mobiliário do local e até a música que toca no interior do res-taurante são cuidadosamente pensados para combinar com o estilo de vida dos clientes. “A gente vê que a garotada se sente super à vontade aqui no Koni”, ressalta Carla.

No cardápio do Koni tem comidas divercificadas para refeições em vários momentos do dia. Tem desde um lan-chinho rápido até o almoço. Konis, rolls, yakisoba, sashimi, tirashi, kombos, kom-binados, saladas, sobremesas, prato fei-

O koni de morango com Nutella é a sobremesa predileta de Daniela

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Além dos itens do cardápio, o res-taurante realiza promoções atrativas e vantajosas para o consumidor. No mês de junho, por exemplo, a cada compra acima de R$ 13,50, o cliente ganhava um koni de Nutella com morango. Todo fim de mês tem alguma promoção de estímulo para experimentar outras de-lícias. Carla afirma que, no início do se-gundo semestre deste ano, haverá alte-rações no cardápio, com incremento de refeições. “Vem coisa boa por aí”, fala.

Fã da marca, a advogada Daniela Barroso, de 35 anos, vê na praticidade das refeições do local uma grande vanta-gem. “Adoro japonês. O bom é que no Koni é bem rápido. Eu chego, peço a co-mida e em 10 minutos já está na minha frente. Com os compromissos do dia a dia, muitas vezes não dá pra almoçar e como malho na academia ao lado (nos Cavaleiros), fica bem mais fácil passar lá e pedir um japa”, conta Daniela.

Entre os pratos preferidos dela, o koni de salmão completo e o kombinado com sashimi e roll estão no topo de lista. Já quando o assunto é sobremesa, ela

A equipe é preparada para servir a comida japonesa com agilidade

O Koni Philadelphia é um dos mais vendidos no Koni Store de Macaé

O kombinado é ótima pedida para quem gosta de variedade

comprar algo no restaurante. Ao enviar a imagem do cupom fiscal, o consumi-dor acumula pontos que viram selos. Juntando seis selos, o cliente pode tro-car por um koni ou roll no sabor que ele quiser. Além disso, o aplicativo tam-bém oferece mimos especiais. Quando o cliente recebe a informação que ga-nhou, é só ir até a Koni Store mais pró-xima para se deliciar com o presente.

O Koni dos Cavaleiros funciona todos os dias da semana, das 11h às 0h. Já a loja do Shopping Plaza Macaé fica aberta de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h e, aos domingos, das 11h às 22h.

A proposta despojada do Koni também está presente na loja do Shopping Plaza

O cardápio do Koni tem 9 tipos de rolls, como o Croc Hot com makimono crocante com salmão especial e camarão, cebolinha e cream cheese

Praia dos CavaleirosAv. Atlântica, 2946 - Loja 2Tel.: (22) 2772-1398

Shopping Plaza MacaéPraça de Alimentação - Lj. 152Tel.: (22) 98141-2924

não tem dúvida. “O koni de Nutella com morango. Nossa! Essa sobremesa é uma perdição de tão gostosa”, fala aos risos.

KONI DE NUTELLA COM MORANGO

O koni de Nutella com morango faz muito sucesso entre os clientes da ci-dade. De acordo com Carla, quando a franquia promove competições para ver quem vende mais determinado lanche, as unidades de Macaé batem recorde de vendas desta sobremesa em relação a outras lojas franquiadas. “Tem gente que vem aqui só pra comer o koni de morango com Nutella”, fala. Há outras variações do doce como banana com Nutella. Tem versões mini e grande.

PROGRAMA DE FIDELIDADE

O Koni Store encontrou um jeito prá-tico, ecológico e moderno de lançar o programa de fidelidade. O Bonuz funciona por meio do smartphone. O consumidor baixa o aplicativo, que funciona no sistema Android e iOS, e fotografa as notas fiscais sempre que

A franquia de Macaé bate recorde de vendas do koni de Nutella com morango

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didata, aprendeu a ler sozinho aos dois anos e oito meses e sempre necessita de novos estímulos. João, o caçula, é autis-ta leve e também autodidata. Demorou a falar, e quando começou era tudo eco-lalia (repetição) e em inglês.

“Como toda mãe de criança atípica sabe, muitas escolas, apesar de se dize-rem inclusivas, não estão dispostas e/ou preparadas a atender as necessidades dessas crianças, de forma a promover sua evolução pedagógica e social com qualidade, aproveitando e estimulando suas aptidões. Nós encontramos isso na Learning Fun, eles nos surpreenderam. Os resultados são visíveis: a ecolalia e as estereotipias, que são momentos in-trospectivos, onde o autista fica olhando para a mão, por exemplo, diminuíram, o círculo de amizade aumentou, o voca-bulário cresceu nos dois idiomas, pois o diálogo é estimulado nas aulas.

As ferramentas, o método da Lear-ning Fun e o afeto da equipe são uma terapia extra e, no caso dos meus fi-lhos, foi aprovada pela fonoaudióloga, pela terapeuta ocupacional e pela neu-rologista que acompanham a evolução deles”, revela Fabiana.

Ludmila Miranda de Paula Fritzen, a professora da escola, também reforça estes diferenciais de ensino. “Se me per-guntarem o que faço de diferente para ensinar algo ao João durante as nossas aulas, respondo que além do método da escola e ajudar no processo, ensino aos meus alunos com muito amor e pa-ciência, percebendo as necessidades de cada um deles”, finaliza a professora.

“Oferecemos um método diferen-ciado de ensino. Até os 6 anos, os alu-nos aprendem com estímulos sonoro, oral e visual. A partir dos 7 anos, inclu-ímos a parte escrita, onde o aluno é, então, alfabetizado em inglês”, acres-centa Susyane Barreto, também direto-ra da franquia em Macaé.

O método Learning Fun está com-pletando 3 anos na cidade e vem cres-cendo, atuando também em escolas parceiras através de assessorias ou ter-ceirização, além do programa bilíngue, que é uma imersão diária em inglês.

INCLUSÃO SOCIAL EM INGLÊS

Mãe de João, de 4 anos, e de Aldo Vi-nícius, de 6, a cearense Fabiana Márcia Alves Duarte Lima chegou em Macaé há dois anos. Como já conhecia o método Learning Fun, resolveu matricular seus fi-lhos na escola. Aldo, o mais velho, é auto-

Aimpressão que se tem quan-do entramos na escola de inglês Learning Fun, em Ma-caé, é que lá funciona um curso de inglês como vários

outros que existem no mercado. Entre-tanto, quando a diretora Juliane Cassola explica que o método foi desenvolvido para atender crianças a partir dos 8 me-ses de idade e relata como os pequenos aprendem outra língua, a diferença co-meça a aparecer.

“Como o próprio nome já diz, aqui nossos alunos aprendem inglês se di-vertindo, de forma bem lúdica. Nós respeitamos o tipo de inteligência de cada criança, potencializando seus co-nhecimentos, despertando o gosto pela aprendizagem de uma outra língua e trabalhando as habilidades necessárias em cada faixa etária”, explica.

Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Alle Tavares

Fabiana com seus filhos João e Aldo. Ela já conhecia o método da franquia de Fortaleza e fez questão de matriculá-los em Macaé

LEARNING FUN

No método diferenciado de ensino da escola, as crianças aprendem com estímulos sonoro, oral e visualHá três anos, Susyane e Juliane, constroem a história de sucesso da franquia em Macaé

PESSOAS & NEGÓCIOS

Desenvolvendo a verdadeira inclusão,franquia ensina outro idioma sem diferenciar crianças

Rua João do Patrocínio, 248Riviera Fluminense - Macaé/RJTel: (22) 2773-2963www.learningfun.com.br

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Empresacompleta30 anosde bomatendimentoe lança avenda on-line

Por: Cris Rosa• Fotos: Alle Tavares

Os primos José Luiz, Susana e Marta González administram a Arco Íris e e acompanham de perto o atendimento ao cliente

Tudo começou com uma padaria, que com o passar do tempo deu lugar a uma loja de tintas e materiais de construção. O ano era 1985 e o em-preendimento tinha a frente Manoel

González Veiga e o sobrinho José González.

Os anos passaram e a nova geração da fa-mília assumiu o comando da empresa. Hoje, as primas Susana González e Marta Gonzá-lez Cordeiro, junto com José Luiz González,

A loja localizada na Rua Tenente Coronel Amado, oferece o serviço de entrega para maior comodidade dos clientes

ARCO ÍRISPETROTINTAS

PESSOAS & NEGÓCIOS

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a gente consegue observar o que o cliente precisa e tem como corrigir as falhas. Além disso, criamos um vínculo com o cliente. É um pouco mais cansativo, mas ao mesmo tempo a gente se sente mais seguro e tem um feedback diretamente de quem compra na loja”, observa.

Valcir Antônio Ribeiro é cliente da loja há bastante tempo e afirma que a preocu-pação com a qualidade no atendimento e o bem-estar do cliente é o que o faz ser fiel à Arco Íris Petrotintas: “O atendimento é muito bom e o preço também, sem falar na qualidade do produto e as facilidades de pagamento. Todos esses fatores contribuem para que a loja se diferencie no mercado, não é à toa que sou cliente fiel há mais de 20 anos. A gente se sente valorizado”, afirma.

VENDAS ON-LINE

Para comemorar o sucesso de 30 anos da empresa, a Arco Íris Petrotintas saiu na fren-te e lançou um site de e-commerce (comér-cio na internet). Dessa maneira, os clientes não precisam sair de casa para comprar seu material. Tudo pode ser feito diretamente pelo site da loja (www.arcoiristinta.com.br) e a entrega é feita no endereço desejado.

“Hoje, o nosso cliente tem essa opção como um diferencial de mercado. Muitos não têm a disponibilidade de ir à loja em horário comercial, seja porque trabalham ou outros motivos, então o nosso objetivo é atingir essa pessoa que tem a necessi-dade de comprar, mas não tem tempo”, finaliza Marta.

truída pelos pais é o que motiva os sócios. Formados em áreas diferentes – Publicidade e Propaganda e Adminis-tração - os três primos enxergaram na empresa a oportunidade de crescer na carreira que escolheram, sem deixar de lado a tradição.

“Hoje, nós três administramos a loja, que conta com 15 funcionários. Marta atua no financeiro, José Luiz no controle de materiais e eu na parte de marketing e publicidade. A gente se divide, faz de tudo um pouco”, explica Susana.

Há 15 anos na loja, a publicitária destaca que o grande diferencial da Arco Íris Petrotintas é a presença cons-tante de, pelo menos, um dos sócios no estabelecimento. O bom atendimento e o contato direto com o cliente é o que mais prezam.

“Somos uma empresa familiar e por isso sempre tem um de nós três pre-sente. Acho muito importante porque

dão continuidade ao negócio da famí-lia. “Começamos com uma padaria. Depois, nossos pais decidiram fechá-la e abriram a loja Arco Íris Petrotintas. No início, além das tintas imobiliárias e automotivas, vendíamos material de construção, tubos, conexões, e telhas. Porém, depois de um tempo, nosso foco passou a ser apenas a venda de tintas”, lembra Susana.

Com a ebulição do mercado offsho-re, em meados do ano 2000, os sócios perceberam que era hora de focar tam-bém nas empresas do ramo de petró-leo sediadas em Macaé. Na época, Su-sana, que havia começado na empresa há pouco tempo, assumiu a função de atender a essa demanda.

“Assim que comecei a trabalhar na loja, resolvemos direcionar nosso aten-dimento às empresas de petróleo. Fize-mos visitas, resgatamos clientes antigos e aos poucos conquistamos o nosso es-paço nessa área. Hoje, temos uma sala para atender as empresas e fazer cota-ções”, conta Susana.

Como toda empresa familiar, o or-gulho de levar adiante a história cons-

A equipe de venda da loja atende desde construtores até a indústria de petróleo e gás

Rua Tenente Coronel Amado, 195 - Centro - Macaé/RJTel.: (22) 2762-7434www.arcoiristinta.com.br

No início do negócio, a loja vendia, além de tintas, material de construção, tubos e conexões

Cliente da loja há mais de 20 anos, Valcir elogia o atendimento recebido

A Arco Íris inovou no mercado com a venda pela internet para facilitar a vida dos seus clientes

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Quando você pensa em ter uma noite romântica com seu marido, ou um jantar agradável com os amigos, saborear uma comida es-

pecial, feita por um chef, degustar um bom vinho e ouvir uma boa música, aon-de você se imagina? Muitos responderão: em algum restaurante sofisticado de Ma-caé, mas uma minoria já pensa em fazer isso em casa. Como? São os personal chefs que chegaram para revolucionar a arte de receber.

Famosos nas capitais brasileiras e, prin-cipalmente, nos Estados Unidos e Europa, esses profissionais transformam a cozinha da casa dos clientes em um verdadeiro restaurante, com todo o glamour e sofis-

Amantes da gastronomia buscam profissionais que transformema cozinha de casa em umrestaurante gourmet

PERSONALCHEF

Por: Alice Cordeiro• Fotos: Alle Tavares

Em sua casa, Marcella Suisso e Alessandro Moreira saboreiam um jantar especial preparado pelo chef Mauro Dias sua esposa Cristina, do Domma Restaurante

GASTRONOMIA

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ticação necessários e a comodidade de permanecer no aconchego do lar.

Quem contrata esse serviço é apai-xonado por comer e beber bem. Mais do que quantidade, a busca é pela qua-lidade. Esse encantamento pela cozinha tem recebido cada vez mais destaque no Brasil e no mundo. Com o aumento do interesse, houve também o crescimento do número de chefs no Brasil. Muitos deixaram uma carreira consolidada em busca de satisfação profissional atrás do fogão. Este é o caso de Mauro Dias, do Domma Restaurante, Joelma Celestrini, da Gampei Gastronomia, e Bell Mell-sert, da Casa da Bell. Em comum, todos têm a paixão pela gastronomia e oferta de um serviço personalizado.

A cozinha de Marcella se transformou em restaurante por um dia nas mãos do chef Mauro Dias

“DIFERENTE DA

MAIORIA DOS

RESTAURANTES, O

CHEF NÃO TEM UM

TEMPERO PRONTO.

ELE FAZ TUDO

NA HORA PARA

O SEU EVENTO,

DESDE O MOLHO,

ATÉ A MASSA”MARCELLA SUISSO

Com o maçarico à mesa, o chef finaliza a torre de legumes com queijo derretido, servido como entrada

A massa folhada trançada ao molho de alcaparras escondia um saboroso salmão

Formado em Educação Física, Mauro Dias se encantou pela gastronomia quan-do viu um amigo preparar um peixe, em 2010. De lá pra cá, se especializou em culinária e, em 2013, montou o Domma Restaurante. “Com o Domma, começa-ram a surgir propostas para fazer janta-res exclusivos, seja no restaurante ou na casa do cliente”, explica. Para conseguir manter a qualidade que o serviço exige, Dias faz eventos para grupos pequenos, muitas vezes aniversários, recepção de familiares que voltam de uma longa via-gem, encontro de amigos e jantares ro-mânticos, por exemplo.

Apaixonada por gastronomia e por receber amigos em casa, a gerente co-mercial Marcella Suisso, de 29 anos, uti-liza frequentemente o serviço de chef em casa. Em maio, fez uma surpresa romântica para o marido, o empresá-rio Alessandro Moreira, de 44 anos. Contratou Mauro Dias para elaborar um jantar especial. Na ocasião, foi ser-vida uma torre de legumes com queijo derretido no maçarico como entrada, uma massa folhada trançada ao molho de alcaparras como prato principal e brownie com sorvete de sobremesa.

“Eu adoro cozinhar e sempre acom-panho o chef quando ele está na minha

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casa. Diferente da maioria dos res-taurantes, o chef não tem tempero pronto. Ele faz tudo na hora para o seu evento, desde o molho até a mas-sa. Isso interfere no sabor da comida, que fica mais gostosa”, destaca. Con-sumidora assídua do serviço, Mar-cella conhece quase todos os chefs que atendem em domicílio. Para cada evento, sabe quem vai contatar. Se-gundo ela, o valor do serviço pode ser comparado a um jantar em um restaurante sofisticado, com o bene-fício de ter uma comida mais perso-nalizada e com qualidade superior.

“Passei a utilizar o serviço depois que meu filho nasceu, pois os restau-rantes da cidade oferecem pouco en-tretenimento para as crianças. Com o personal chef, tenho a comodidade de estar na minha casa, sem me preocupar com meu filho, e saboreio uma comi-da maravilhosa, harmonizada com um vinho para mim e uma cerveja para o meu marido”, detalha Marcella.

Já a empresária Sylvia Ritzmann Ca-brera, de 43 anos, sempre pensou que este seria um ótimo serviço e sonhava encontrar alguém que o oferecesse em Macaé. Ano passado, o desejo foi con-cretizado ao descobrir a chef Joelma Celestrini, da Gampei Gastronomia. “Contratamos a Joelma, pela primeira vez, para o aniversário do meu marido

e gostei tanto do serviço que a chamei para a festa de 80 anos da minha mãe. Hoje, sou cliente fiel”, conta Sylvia, lembrando que no aniversário do seu marido, a Gampei transformou o salão de festas do condomínio em outro am-biente, um local mais agradável, acon-chegante e intimista. Já para a festa de sua mãe, Joelma trouxe a Espanha para Macaé através de uma paella.

Assim como Sylvia, Joelma con-quistou, pela boca, o coração de mais de 1.300 seguidores em sua página no Facebook. Além de colecionar curtidas, a chef tem uma agenda recheada de eventos. Apesar de todo o sucesso, o mergulho no mundo gastronômico co-meçou em 2013, quando decidiu largar uma carreira sólida no jornalismo em troca da culinária. “Sempre cozinhei em casa, mas apenas em 2013 passei a tratar o hobby como profissão. Cursei gastro-nomia na Candido Mendes de Nova Fri-burgo e, em 2014, consegui meu primei-ro cliente. De lá pra cá não parei mais”, conta Joelma, entusiasmada.

Preparada para atender até 70 pes-soas, Joelma diz que a procura por esse serviço tem aumentado. “As pessoas querem fugir dos restaurantes, pois não apresentam muita variedade no cardápio. Além disso, buscam o con-forto e a segurança de seus lares sem abrir mão de comer bem. Por isso, a procura por profissionais qualificados, que oferecem comida de alto nível gas-tronômico, com harmonização de be-bidas têm crescido”, acredita.

DA MONTAGEM DO CARDÁPIO À LIMPEZA DA COZINHA

Ao serem contratados, os profissionais fazem uma entrevista com seus clientes para conhecer seus gostos e dos con-vidados, saber se existe alguma restri-ção alimentar ou cultural. Depois disso,

A chef Joelma Celestrini, da Gampei Gastronomia, trouxe a Espanha para Macaé através de uma paella feita para celebrar os 80 anos da mãe de Sylvia Ritzmann

“OS CONVIDADOS SE SENTIRAMLISONJEADOS, POIS PERCEBERAM OCUIDADO QUETIVE AO TRAZER UMA PESSOAESPECIALIZADA,QUE FARIA CADA PRATO COM OCARINHO QUE ELES MERECIAM”SYLVIA RITZMANN CABRERA

A chef Bell Mellsert acompanhada de seu marido Gustavo Mendonça, leva requinte e sofisticação aos eventos

Fotos evento Sylvia: arquivo Joelm

a Celestrini

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sugerem o cardápio. A partir daí, tudo fica por conta do chef, desde a compra dos ingredientes até a limpeza da cozinha. Além de cozinhar, a maioria dos profissionais está preparada para oferecer serviços adicionais como a har-monização com bebidas, aluguel de louças e até decoração do ambiente.

Formada em gastronomia pela Estácio de Sá em parce-ria com Alain Ducasse Formation, Isabel Mellsert, ou sim-plesmente Bell Mellsert, acredita ter sido a primeira chef a inserir esse serviço em Macaé. Formada em fisioterapia, Bell largou a carreira para fazer sucesso na cozinha. Visio-nária, ela passou a atender na casa dos clientes macaenses em 2012, quando, depois de se formar no Rio e trabalhar em diversos restaurantes da capital, optou por retornar à sua cidade natal e viu no serviço de personal chef uma oportunidade.

“Muitas vezes, o primeiro contato com o cliente acon-tece no local do evento, assim, consigo ver o tamanho da cozinha, saber se é possível preparar tudo na casa dele, se ele tem os utensílios necessários ou se terei que levar tudo para o local”, explica a chef.

Isabela Pereira da Silva Catharino, de 45 anos, adora reunir familiares e amigos. Gosta tanto que destinou um andar inteiro de seu apartamento para receber. Aconche-gante, o espaço é repleto de sofás e mesas que nos convi-dam a saborear algo delicioso acompanhado de uma longa e agradável conversa, o que faz periodicamente com suas amigas. “Uma vez por mês, elegemos uma anfitriã que irá preparar um evento com um tema surpresa. Dessa vez, optei por oferecer um jantar especial com a Bell, chef que adoramos”, revela, acrescentando que, com o serviço, está livre para dar atenção aos seus convidados sem se preocu-par com o que irá ser servido.

“Faço um cardápio exclusivo para cada evento, pois acre-dito que nenhum cliente é igual ao outro. Durante o pas-seio gastronômico, sirvo um amusebuche, que são pequenas porções de algo muito impactante, ou muito doce ou muito apimentado, que traz o convidado para o momento e o pre-para para o cardápio que será servido”, explica Bell.

Sylvia realizou um sonho ao conhecer os serviços de personal chef de Joelma Celestrini

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“ISSO É MUITOGLAMOUROSO, POIS ESTOU EM CASA, COM MEUS AMIGOS, OUVINDO UMA BOA MÚSICA,SABOREANDOUMA COMIDAMARAVILHOSA E UM VINHOESPECIAL”ISABELA PEREIRA CATHARINO

De blusa vermelha à esquerda, a empresária Isabela Catharino fez uma surpresa para suas amigas ao contratar a chef Bell Mellsert. O grupo, que se reúne mensalmente, se encantou com os pratos preparados pela chef

“Ao contratar um profissional con-fiável, como a Bell, sei que não terei problemas. Posso deixar tudo nas mãos do chef. Isso é muito glamouroso, pois estou em casa, com meus amigos, ou-vindo uma boa música, saboreando uma comida maravilhosa e um vinho especial. Tudo isso com total privacida-de, sem tumulto e surpresas desagradá-veis”, revela Isabela.

O CHEF, UMA ATRAÇÃO À PARTE

Quem procura um chef de cozinha, quer fugir do esquema de bufê, no qual as comidas são preparadas em grande quantidade. Mais do que agradar aos clientes, o serviço encanta seus convi-dados. “O chef foge do tradicional, do que estamos acostumados a ver em eventos. Os convidados se sentiram li-sonjeados, pois perceberam o cuidado que tive ao trazer uma pessoa especia-lizada, que faria cada prato com o cari-nho que eles mereciam”, conta Sylvia.

O cardápio que será servido gera ansiedade e curiosidade entre os con-vidados que esperam comer algo extra-ordinário. Sabendo disso, os chefs não deixam a desejar. Durante o jantar na casa de Isabela Catharino, por exem-plo, foi servido como entrada salada encantada (folhas sortidas com pera-confit cozida em vinho tinto e pipoca selvagem), como prato principal cama-rões proibidos (camarões VG grelhados e flambados com ervas frescas de Pro-vance, arroz negro e abacaxi carameli-zado), e de sobremesa Frozen Lampião

Os detalhes fazem parte da apresentação dos pratos, que precisam chegar impecáveis à mesa

& Maria Bonita Derretida (goiabada da vovó derretida com sorvete de tapioca), tudo isso acompanhado da chef, que ex-plicou cada prato, matando a curiosida-de dos convidados.

“Estou preocupada em dar o meu melhor para os clientes e, para isso, a minha comida tem que ser perfeita, com os melhores ingredientes, utilizan-do pouca gordura e fazendo uma apre-sentação impecável dos pratos”, explica Bell Mellsert.

Joelma Celestrini acredita que a fi-gura do chef virou um atrativo à parte, já que os programas televisivos deram notoriedade à profissão. “O sucesso da gastronomia nos colocou em destaque e muitas vezes somos o centro das aten-ções do evento. Muitos pedem para que eu explique um prato, outros gostam de acompanhar a produção, saber uma dica de cozinha, descobrir o ‘pulo do gato’ em uma receita”, conta a chef, que man-tém um serviço de entregas em domicí-lio, tudo com quantidade limitada para manter o padrão de qualidade.

“Com um chef, nem um churrasco é o mesmo. O Mauro fez um churrasco aqui em casa e encantou com os de-talhes. O queijo coalho, por exemplo, era servido com mel e tinha uma apre-sentação elegante. Já os tradicionais drumets ficaram fantásticos com um molho especial. Tudo isso só é possível porque eles têm amor pela cozinha e isso passa para o alimento”, acredita Marcella Suisso.

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ce nas principais obras de arte desse pe-ríodo. Alguns sociólogos afirmam que a volta dos barbudos traz uma espécie de “renascimento” de um homem em busca de espiritualidade, mais próximo à natureza e ao mesmo tempo conecta-do com o mundo – um herói da cultura livre que chega a ser uma inspiração. Esse homem também vive um contra-ponto de extremismo, sua barba pode indicar revolta e desleixo.

Teorias à parte, hoje a figura do ho-mem barbado também contribui para uma “re-virilização” de uma sociedade na qual as fronteiras dos gêneros têm sido vencidas. Enquanto a androgenia

Desgrenhadas, ralinhas, por fazer... e aquelas tipo le-nhador então? Nos últimos tempos, os barbudos invadi-ram editoriais de moda, ca-

tálogos, propagandas, cinema. E as ruas também. Eles aparecem com os pelos espessos estilizados de diversas formas que variam das mais simples “barbas por fazer” aos estilos mais históricos.

A barba acompanha a história da humanidade, e isso não é nenhuma novidade. Ela era a marca de filósofos e ermitões dos impérios Grego e Ro-mano; virou um símbolo obrigatório da doutrina cristã da Renascença e apare-

Diferentes estilos de barba tomam conta das ruas e fazem sucesso entre os homens

Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Alle Tavares

A BARBA DA MODA

TENDÊNCIA

é cada vez mais comum, os barbudos chegam num contra movimento.

“A moda da barba chegou para con-trastar com os vaidosos “metrossexu-ais”. Eles raspam todos os pelos do cor-po e adoram um cosmético”, comenta o cabeleireiro Rodrigo Arcanjo.

Rodrigo tem razão. No início dos anos 2000, a vaidade bateu na porta do mundo masculino: nasciam os “me-trossexuais”, aqueles que não precisam pedir emprestado para a namorada um creme ou produto de cabelo porque já têm o seu, talvez, até um melhor que o dela. Eram os homens super vaidosos e que não tinham o menor receio de assumir isso.

Agora, entretanto, fala-se de um ou-tro tipo de macho – um que está no extremo oposto do “metrossexual”: o “lumbersexual”. A palavra, criada a partir de “lumberjack”, que significa lenhador, descreve os homens rústicos, tanto no look, quanto no estilo de vida.

Além dos cuidados em casa, Fernando vai aocabelereiro a cada 15 dias. Para ele, a barba émuito mais que só pelos, é um estado de espírito

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É isso mesmo, eles parecem com lenhadores. Em suas roupas de couro, jeans, lã, xadrez e flanela, barbas es-pessas e cultivadas ao natural, você até consegue imaginar ele segurando um machado ou abrindo uma garrafa de cerveja com os dentes. É aquele cara que constrói os próprios móveis, está sempre em contato com a natureza selvagem e caça e planta tudo o que come. Ou pelo menos parece ser as-sim. A barba, claro, é marca registrada desse novo homem.

A empresária Adriana Moraes, pro-prietária do Gorgeous de Macaé, tem apostado alto nos barbudos. Tanto é que ela, junto com seu marido, o tam-bém empresário Nelson de Almeida, criaram no salão um espaço reservado para o público masculino. Apesar de morarem nos Estados Unidos, geren-ciam de perto as tendências da moda

e enviam, diariamente, suas diretrizes gerenciais para o salão de Macaé. No espaço, os clientes recebem massagem nos cabelos, na barba, ouvem dicas de como tratar dos fios, descobrem qual barba se adapta melhor a sua estrutura de rosto, entre outras informações.

“Aqui, por dia, atendemos cerca de sete homens. Eles vêm aqui cortar o cabelo, cuidar de suas barbas e receber outros cuidados. Cuidar da barba é mais importante do que cuidar do cabelo. A barba pega mais impurezas, se resseca com mais facilidade, tem maior tendência à caspa. É necessário lavá-la diariamente com sabão neutro ou shampoo especí-fico. O pente especial de madeira para aqueles com barba mais comprida é es-sencial para o acabamento perfeito. Mo-deladores para barba também são uma ótima pedida”, completa Rodrigo, que é o responsável, no salão, por este público.

No mercado,já é possível encontrar produtosespecíficospara cuidados com a barba

“SEMPRE USEI

BARBA. NÃO

ACREDITO NA

MODA, QUE É UMA

COISA CÍCLICA, QUE

PASSA. PARA MIM,

TEM A VER COM O

INTERIOR DA

PESSOA, O QUE ELA

REPRESENTA PARA

OS AMIGOS E

FAMÍLIA. A BARBA

MOSTRA QUEM

EU SOU”SANDRO SANTOS PRADO

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O PODER DOS PELOS

O técnico em segurança do trabalho Sandro Santos Prado acredita que o de-senho de uma barba representa a per-sonalidade de um homem.

“Sempre usei barba. Não acredito na moda, que é uma coisa cíclica, que passa. Para mim, tem a ver com o in-terior da pessoa, o que ela representa para os amigos e família. A barba mos-tra quem eu sou. Tanto é que as pesso-as acham muito estranho quando tiro”, comenta. O filho de Sandro, Cauê, de 6 anos, concorda com o pai: “Acho a barba dele bem bonita!”.

Quando Fernando Magalhães resol-veu vir para Macaé, há quase um ano, resolveu mudar também o visual. Co-meçou a pesquisar sobre os variados estilos e, depois de convencer a na-morada a compactuar com a ideia do barbão, entrou de cabeça na aventura. “De janeiro para cá, ela virou um ho-bby. Tenho shampoo, condicionador e modelador. Como ela está grande, com quatro centímetros e meio, tenho que mantê-la aparada e cuidada, pois em meu trabalho lido pessoalmente com diretores e gerentes de grandes empre-sas do ramo de petróleo e gás”, explica o supervisor de saúde e segurança.

Fernando vai, quinzenalmente, ao

“QUEM CONSEGUE

‘CULTIVAR’ UMA

BARBA BEM

CUIDADA E

CONSIDERÁVEL,

TEM PERSONALIDADE

E PRINCIPALMENTE

AUTOCONFIANÇA,

SEM CONTAR O

RESPEITO QUE

CONQUISTA”MARCELO MENEZES

Para Sandro, o desenho da barba representa a personalidade de um homem

O estilo da barba de Marcelo é rústico e já alcança os 5 cm

salão para cuidar de sua barba. Adepto do estilo ducktail de ponta fina, afirma que barba é um estado de espírito. “Ela passa confiança, credibilidade e sabedo-ria. É assim desde os primórdios da his-tória da humanidade. Agora, ter barba não significa ficar desleixado. É preciso ter higiene e vaidade para deixá-la apre-sentável. E se engana quem acha que as mulheres não gostam dessa cara de viri-lidade!”, complementa.

Para o carioca Marcelo Menezes de Oliveira, a barba é um exercício diário de paciência e autoconhecimento.

“Quem consegue cultivar uma bar-ba bem cuidada e considerável, tem personalidade e principalmente auto-confiança, sem contar o respeito que conquista”, comenta Marcelo.

O técnico de operações tem cerca de 5 cm de barba, e quando pergunta-mos o estilo da sua, ele responde: rústi-co. Começou a deixar os pelos do rosto crescerem em fevereiro desse ano, e a esposa, Andreia Tisse Olive, aprovou a mudança. “Ela faz até cafuné na hora de dormir!”. Quanto aos produtos para cuidado diário, Marcelo não descuida: usa shampoo e bálsamo de barba, hidra-ta com óleo específico e controla os fios rebeldes do bigode com cera, além de pentear sempre que necessário. “Sou vaidoso na medida certa!”, explica.

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THE FULL BEARD (barba cheia)

Barba mais cheia, mas não tão comprida, bigode, região do queixo e laterais crescendo por igual, cobrindo boa parte do rosto.

THE SHORT BOXED BEARD

Uma boa pedida pra quem curte usar barba, mas preci-sa estar com ela sempre bem feita, alinhada! Muito comum de ver no mundo corporativo, pra quem trabalha em escritó-rio, em áreas mais tradicionais, mais formais! O estilo “Short Boxed” tem a característica de ser quase uma Full Beard (barba cheia), mas bem escul-pida, com as linhas demarca-das, região da bochecha (maçã do rosto) e do pescoço livres, raspadas!

THE DUCKTAIL

Consiste em ter as laterais mais baixas, mais rentes ao rosto e ir crescendo em direção à re-gião do queixo. Aí, fica a gosto de cada um o comprimento.

STUBBLE BEARD (Barba rala)

Tipo de barba por fazer! O le-gal é você definir as partes do rosto que você quer manter a barba, definir também o com-primento que vai deixar, um bom aparador com opções de pentes vai te ajudar!

THE OLD ENGLISH

A principal característica desse estilo de barba é o mix de ca-racterísticas, ele incorpora um pouco da barba cheia, da short boxed, da ducktail, enfim! Dei-xe sua barba crescer para co-brir seu rosto inteiro, mas raspe a região das bochechas (maçã do rosto), dando um destaque e deixando alinhado!

ALGUNS TIPOS DE BARBA

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Como ficam pais e filhos que precisam convivercom a distância unsdos outros porconta dos estudos

LONGE DE CASA,MAS PERTO DOCORAÇÃO

Um dia, eles estavam ali bem perto. Pequenos, correndo alegres por toda a casa. Sempre cheios de novidades.

E entre descobertas e aprendizados, foram crescendo. De repente, comple-tam 18 anos. Terminam os estudos e partem para a escolha da profissão, e, dentre as muitas mudanças que aconte-cem nesse momento, está, para alguns, a saída de casa para outras cidades. Aos pais, adaptar-se à nova realidade é uma imposição natural da vida. A famosa síndrome do ninho vazio é enfrenta-da com disposição por eles, que entre WhatsApp, redes sociais e telefone-mas, preenchem a lacuna deixada pelos rebentos.

A jornalista Luciene Rangel e o ma-rido, o engenheiro Antônio Luiz San-tos, fazem parte dessa geração de pais antenados nas mídias sociais. “Todo dia, acordo dando um bom dia para a Joanna”, diz. Ela conta que sabia desde quando a filha era pequena que o seu caminho seria trilhado fora de Macaé, já que a menina sempre pareceu ter um Por: Fernanda Candal • Fotos: arquivo pessoal

Antônio Luiz, Luíza e Luciene matam as saudades de Joanna (de blusa branca) também pelas redes sociais

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espírito alado. “Joanna pensa grande, quer contribuir para o bem da humani-dade. Sair da nossa cidade era natural no curso da sua vida”, afirma.

Joanna passou no vestibular de medicina no início desse ano para a Universidade Estadual do Rio de Ja-neiro (Uerj). A mãe imaginava que o sofrimento de estar longe da filha, que hoje mora na capital fluminense, seria

maior. “Nossa saudade é amenizada pela facilidade de comunicação. Nos falamos diversas vezes ao dia. Acordo com o seu bom dia e durmo com seu boa noite.”

Para a menina de 18 anos, a saída de casa que parecia ser óbvia e fácil, acabou sendo uma das decisões mais difíceis a serem tomadas. “Escolher sempre significa abrir mão de algumas

“JOANNA PENSA

GRANDE, QUER

CONTRIBUIR

PARA O BEM DA

HUMANIDADE.

SAIR DA NOSSA

CIDADE ERA

NATURAL NO

CURSO DA

SUA VIDA”LUCIENE RANGEL

Joanna faz medicina pela Uerj, no Rio de Janeiro, e tem rotina intensa de estudos

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A cada 15 dias, a família se encontra para matar a saudade. Da esquerda para a direita: Lucas, Marcos, Luzia e João

Lucas e Vivian Athayde, também de Macaé, fazem pré-vestibular para entrar na faculdade de medicina no Rio

provas. Entenderam o estresse que eu passava com o vestibular. Eles sempre são incansáveis quando se trata em dar apoio”, lembra.

A universitária tem uma rotina pu-xada. Acorda todos os dias às 6 horas da manhã e vai dormir bem tarde. Pas-sa o dia todo na faculdade, já que seu curso é em horário integral. À noite,

coisas e, dessa vez, eu estava abrindo mão de boa parte do mundo que eu tinha conhecido”, fala. Joanna conta que a família sempre a apoiou e faz o possível para viabilizar os seus sonhos e da irmã Luíza, de 16 anos. “A maior prova disso foi que no ano passado eles determinaram que seria o ano da Joanna, ou seja, não mediram esforços para me levar às aulas de domingo e às

dá uma parada para o jantar, feito pela mãe (o envio de comidas congeladas pelos pais é uma prática comum para estudantes que moram fora de casa) e por ela – o arroz é por sua conta. Também lê a Bíblia – “um estímulo di-ário que dá a força que nem sempre temos”, - e volta à rotina dos estudos. “Geralmente, durante o jantar paro para ver os programas de TV que sei

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“MORANDO COM OS

MEUS PAIS, NÃO TINHA

NOÇÃO DE COMO A VIDA

É CARA, COMO EXISTIR É

CUSTOSO. ISSO ME FAZ DAR

MUITO VALOR PARA O

ESFORÇO DELES”LUCAS SANTANA THOMAZ

que meus pais estão vendo”, diz ela, acrescentando que a intensidade dos estudos também a ajuda a amenizar a saudade da família. “Parece bobagem, mas descobrir for-mas de ajudar e fazer a diferença, por meio da medicina, me motiva sempre que a saudade aperta”, afirma.

CORRENDO ATRÁS DOS SONHOS

O estudante Lucas Santana Thomaz, 18 anos, acredita que a experiência de ir para outra cidade é única, prin-cipalmente para quem está na sua faixa etária. “A gente sai da nossa zona de conforto. Deixar o nosso ambiente de proteção não é fácil, por isso tornei a insegurança, a saudade e a própria solidão como necessárias para o meu crescimento”, diz. O jovem que foi para o Rio de Janeiro no início desse ano para fazer curso pré-vestibular, fala que o mais difícil é chegar em casa, depois de um dia intenso de aulas e não ter o abraço dos pais, a assistente social Luzia Santana e o funcionário público Marcos José Thomaz, e do irmão João Marcos.

Lucas que tenta uma vaga para medicina, diz que algu-mas atividades passaram a fazer parte da sua rotina como lavar roupa e fazer comida. Também percebeu que o cus-to de vida é bem alto. “Morando com os meus pais não tinha noção de como a vida é cara, como existir é cus-toso. Isso me faz dar muito valor para o esforço deles.”

A mãe do estudante, Luzia, conta que percebeu o amadurecimento do filho desde a sua ida para o Rio de Janeiro. “Deixar ele sozinho, pela primeira vez, e voltar para Macaé, foi um momento muito angustiante, de par-tir o coração. Porém era necessário, pois a decisão de estudar fora foi minha e dele”. Luzia fala que a adapta-ção do filho, num primeiro momento, foi de novidades, descobertas e autoafirmação, mas que depois veio a saudade dos familiares. “Ele demonstrou a necessidade de estarmos mais presentes no Rio. E, como não pode vir sempre aqui, por conta da intensidade dos estudos, vamos para lá a cada 15 dias. Até hoje, sentimos muito a sua falta. É uma lacuna que não se preenche. São sauda-des do bom dia, do café da manhã à mesa, do beijo, da benção antes de dormir.”

Para Lucas, a grande lição já aprendida aos 18 anos é que o seu futuro depende só de si e de suas ações, e que a família precisa ser valorizada. “Morando sozinho per-

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primeira vez, vai para fora do país e que a experiência é determinante para o seu futuro. “Será um divisor de águas”, comenta. O universitário fala que sem-pre foi um sonho morar em outro país, viajar e conhecer novos lugares, porém a vaga para o intercâmbio acadêmico na Universidade Autônoma de Lisboa, simplesmente aconteceu. “Soube da oportunidade, vi que me encaixava no perfil e critérios, e consegui a vaga”, explica.

Vinícius irá para Portugal em se-tembro. Para lá, levará as lições que aprendeu morando sozinho no Rio de Janeiro. “Foi um choque de realidade quando vim para o Rio, tanto na pratici-dade do dia a dia, quanto na responsa-bilidade com as tarefas. Tive que optar, priorizar as atividades e ser responsável pelos meus atos. Depende de mim, e é claro da formação que os meus pais me deram, eu decidir o que vai contribuir para o meu futuro ou não. Tudo posso, mas nem tudo me convém”, enfatiza.

Wilma e o marido, o advogado Car-los Fioretti, ainda têm mais dois filhos e vivem a mesma situação com um de-les, a estudante de arquitetura, Angéli-ca, de 19 anos, que mora em Campos dos Goytacazes. “É difícil ter um filho em cada cidade, pois isso dificulta os encontros. Os horários são diferentes. Todos nós sentimos muito a falta um do outro, mas acredito que estamos pre-parados para isso”, explica ela, acres-centando que, para estar presente na vida dos meninos, faz congelados para eles levarem para as suas respectivas moradias. “É uma forma de cuidar, de dizer que amo. Quem não gosta de uma comidinha da mamãe”, brinca ela, já programando a próxima viagem em família. “Iremos para Portugal passar as festas de fim de ano juntos.”

“É DIFÍCIL TER UM

FILHO EM CADA

CIDADE, POIS ISSO

DIFICULTA OS

ENCONTROS. OS

HORÁRIOS SÃO

DIFERENTES. TODOS

NÓS SENTIMOS

MUITO A FALTA

UM DO OUTRO...”WILMA SOUZA FIORETTI BENTO

cebi o valor que os meus pais têm. Eles realmente são especiais”, afirma ele, acrescentando que optou pela carreira de medicina para fazer a diferença na vida das pessoas e da sociedade.

PARTINDO PARA O VELHO CONTINENTE

A professora Wilma Souza Fioretti Ben-to sempre soube que o momento da partida dos filhos de casa se daria por conta dos estudos, já que as oportuni-dades de educação em outras cidades são maiores. Então, quando o filho mais velho, Vinícius, na época com 18 anos, passou no vestibular de comunicação social para a Pontífica Universidade Ca-tólica (PUC), no Rio de Janeiro, a no-tícia de que ele iria embora se deu de forma tranquila. “Já era programada e esperada”, conta. O que ela não conta-va era que, do Rio, o filho partiria para uma nova experiência: morar fora do país, mais especificamente em Portugal. “A preocupação sempre existe. Mas é mais uma etapa na formação profissio-nal dele. A distância e a saudade vão ser grandes, porém a satisfação em pro-porcionar essa oportunidade para ele é bem maior”, fala ela, que para matar a saudade se comunica via WhattsApp. “Eu e meu marido trabalhamos muito e ainda tem os cuidados com o Guilher-me, o meu caçula. O WhatsApp facilita muito a nossa comunicação.”

Para Vinícius, de 21 anos, o momen-to é de ansiedade. Ele conta que, pela

A distância da família agora vai ficar maior ainda. Vinícius, de vermelho ao centro, está indo para Portugal fazerintercâmbio, depois de ter conseguido a oportunidade na PUC do Rio, ondeestuda jornalismo

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Você já se perguntou qual o limite do seu corpo? Há quem diga que a máquina mais perfeita já criada pode ultrapassar barreiras extre-

mas e alcançar resultados antes inimagi-náveis. Foi isso que aconteceu com três profissionais de Macaé, um dentista, um engenheiro e um técnico em manuten-ção. Os três aliaram medicina esportiva e alimentação balanceada à prática de exercícios, para aumentar o desempe-nho nos esportes favoritos, seja com a finalidade de competir ou apenas por hobby. Dois deles tornaram-se atletas de alto rendimento e o outro garante que os benefícios na sua atividade pro-fissional superaram as expectativas.

A história que mais se destaca é do

dentista Rodrigo Junger, de 32 anos. Há dois ele pesava 92 kg, roncava, be-bia muito e perdia noites de sono. No último dia 31 de maio, atingiu o ápice da sua nova vida, participando pela pri-meira vez de uma prova de Ironman, em Florianópolis. Competição aponta-da por muitos como a mais dura no mundo do triatlo.

Foram 10 horas e 26 minutos de

prova, correndo, nadando e pedalando. No último quilômetro, as lágrimas não foram contidas. Ao ver a linha de chega-da, Rodrigo chorou ao dedicar a sua “vi-

Por: Júnior Costa • Fotos: arquivo pessoal

Rodrigo deixou para trás uma vida nada saudável e encarou o triatlo, competição que exige muito de quem a pratica

QUALIDADE DE VIDA

ALTAPERFORMANCENO ESPORTE

Esportistas amadores buscam auxílio da medicinado esporte para mudarhábitos e setransformarem atletasde altorendimento

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tória” para as gêmeas Maria e Clara, nascidas dez dias antes da prova. “Quando me inscrevi, a minha esposa Larissa ainda não estava grávida. Pensei em não participar da prova, por causa do parto, mas a Larissa me incentivou muito”, lembra.

Aliás, Larissa Lessa foi a principal responsável pela trans-

formação de Rodrigo. “Bebia todos os dias, saía para balada, não dormia direito e roncava muito. Até que ela me deu um ultimato. O irmão dela é triatleta e comecei a treinar. Não sabia nem nadar direito. Tive que fazer aula para aprender. Agora, acordo quatro da manhã para treinar e não quero parar nunca mais. Vale muito à pena”, contou.

Fôlego não falta para ele, que já faz planos para o futuro.

Depois de Florianópolis, Rodrigo vai embarcar para o Pana-má, país da América Central. Lá, participará, novamente, de uma prova de Ironman. Essa, no entanto, é uma das provas mais completas e concorridas do mundo.

Após um ano fora do circuito mundial, o Ironman do Pa-

namá retorna ao calendário da modalidade. Desta vez, no entanto, como Campeonato Pan-americano, que acontecerá em 31 de janeiro de 2016. Os atletas profissionais vão com-petir pelo prêmio de US$100 mil e por pontos importantes, enquanto os amadores estarão focados em 30 vagas para o mundial de Ironman 70.3, em 2016.

Para isso, Rodrigo treina forte sob orientação de um téc-

nico argentino. A prova será apenas em janeiro do ano que vem, mas a competição já começou para ele. “As inscrições são muito concorridas. Usei três computadores para fazer a minha de Florianópolis. Tirei 15 dias para descansar, mas já estou treinando. Nas contas que fiz depois da prova de maio, treinei 3.500 km de pedalada, 700 km de natação e 120 km de corrida. Foram três meses muito puxados. Treinamos até a antevéspera, um pouco mais leve, mas treinamos”, ressalta.

Para chegar lá, ele conta com a orientação de Alessan-

dro Mitraud, médico do esporte e especialista em alimen-tação e suplementação esportiva. “Procurei o médico para me orientar na alimentação e suplementação. Tem dia que meu prato dá um quilo. Como muito e não é suficiente. É preciso tomar um multivitamínico, porque o treino é puxa-do. No sábado, por exemplo, são 180 km de pedalada sem parar”, explica Rodrigo.

Para voltar aos tatames, Andrei buscou ajuda com o médico do esporte Alessandro Mitraud

Alle Tavares

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panhamento profissional. “Se o atleta de alto rendimento não treina sozinho, por que o amador vai treinar? A avalia-ção física, antes de começar, é impor-tantíssima para evitar a morte durante uma atividade”, alerta.

“Os dois pilares da vida saudável

são: boa alimentação e exercícios. São dois hábitos que combinados mudam a vida da pessoa para melhor. As pessoas me procuram para começar e depois descobrem que o esporte se transforma em um vício, do bem. Mas o acompa-nhamento de um profissional é essen-cial se a pessoa quer obter os resultados desejados”, conclui o médico.

Faixa preta em jiu-jítsu, Andrei volta a competir agora em julho

O médico do esporte, aliás, é o ponto em comum entre Rodrigo e An-drei Barreto. Aos 36 anos, o técnico em manutenção Andrei Barreto buscou a orientação do especialista em medici-na esportiva para voltar a disputar nos tatames. Faixa preta em jiu-jítsu, o lu-tador estava parado há dois anos, lon-ge das competições. Em julho, ele terá pela frente o Campeonato Internacio-nal Máster e Sênior, entre os dias 23 e 26, no Rio. “Procurei o Dr. Alessandro para melhorar meu desempenho nos treinamentos e rendimento na competi-ção. Estamos fazendo um levantamento completo. Pela primeira vez, me sub-meti a uma análise como essa. Retirei 40 amostras de sangue e mapearam todo o meu corpo”, revela Andrei.

Após dois anos longe dos holofotes

das competições, Andrei garante que foi a “molecada” que o incentivou a voltar a lutar. “Meu aluno agora é meu treina-dor. Eles estão se preparando para dis-putar nessa prova e me incentivaram a voltar. Tomei isso como meta e resolvi treinar”, emenda. “As pessoas que me procuram são as mais diversas e com objetivos bem diferentes, mas todas des-cobriram que o esporte vicia. Rodrigo, por exemplo, começou porque estava sedentário, cansado e queria mudar de vida. Não dispensava uma picanha. É um caso sensacional de mudança de vida. Não o vejo mais como um atleta amador e sim como um atleta de alto rendimento, com ótimos resultados”, comenta o médico Alessandro Mitraud.

Mario Figueira seguiu o mesmo ca-

minho. “Não tinha a pretensão de ser um atleta de alta performance, mas queria aperfeiçoar meu fôlego e au-mentar o rendimento dentro do espor-te e também no meu dia a dia.” Aos 34 anos, ele garante que a vida mudou e para melhor. Mesmo com a agenda cheia de tarefas e com muito trabalho, garante que consegue tempo para sur-far, fazer wakeboard e até esquiar quan-do viaja a trabalho ou de férias.

“Não sou profissional. Mas mesmo

assim busquei o acompanhamento des-ses profissionais, o médico do esporte e um personal, para acompanhar meus passos e movimentos. Com isso, me sin-to pronto para praticar as modalidades que mais me identifico. Estou sempre disposto a hora que quero e preciso praticar as atividades”, revela Mario.

Ele afirma que buscou o aumento

da performance no esporte, mas aca-bou também sentindo os benefícios da mudança de hábitos e da rotina de

treinamentos no seu trabalho. “Muda tudo. Vale muito à pena investir na qua-lidade de vida. Quando iniciei, estava pensando em melhorar meu rendimen-to no esporte, quando eu praticasse. Mas no dia a dia também mudou. Você acaba se sentindo mais disposto, com fôlego renovado todos os dias. Isso me motiva também a continuar os treinos e o acompanhamento com o médico do esporte”, destaca.

A meta atingida por Mario, Andrei

e Rodrigo é possível também para to-das as pessoas, segundo Alessandro Mi-traud. Porém, o médico faz um alerta para quem pretende iniciar sem acom-

Para melhorar o rendimento nos esportes que pratica, Mario procurou a medicina esportiva e a orientação de um personal

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Lidiane prepara o naked cake sem glúten e sem lactose. Para atender aos adeptos da alimentação saudável, ela usaingredientes especiais

MATÉRIA DE CAPA

COMER BEM PARAVIVER MAIS EMELHOR

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Integral, orgânico, zero açúcar, sem glúten, sem lactose, detox... Com benefícios comprovados, a “comida saúde” motivaa mudança de hábito dasfamílias de Macaé e incentiva a abertura de novos negócios

Carrinho de compras à mão, lista conferida, é hora de pe-gar os itens que vão abaste-cer a despensa de casa pelo próximo mês. Nas voltas pe-

los corredores do supermercado, a mãe procura por biscoitos integrais, sal rosa (com menor teor de sódio), pão sem glúten, achocolatado diet, lê os rótulos das mercadorias em busca dos menos calóricos e com menores índices de gor-dura, e dá preferência às frutas, aos le-gumes e às hortaliças orgânicas. Não se assuste se algum aspecto dessa cena lhe soar familiar. As famílias brasileiras estão mudando seus costumes e priorizando os alimentos amigos da saúde. Basta olhar as gôndolas e observar! Os produ-tos de linha saudável ocupam hoje, espa-ços antes habitados pelas guloseimas. O

comportamento está diferente porque as pessoas querem comer bem para vi-ver mais e com mais qualidade de vida.

A lista de benefícios da alimentação saudável é extensa: aumenta a imunida-de, melhora o aspecto do cabelo e da pele, a função cognitiva, a linha de ra-ciocínio, contribui para o bom funciona-mento gastrointestinal, ajuda a dar mais disposição para realizar as atividades do dia a dia, além de auxiliar na prevenção de várias doenças, ressalta a nutróloga Mirele Macêdo Tavares Caldas, médica que atua em Macaé. “A pessoa que se nutre bem ganha outra vida”, fala Mirele.

Para a empresária Laíse Porto Ave-na, 54 anos, a vida realmente se trans-formou. Com 55 quilos a menos, ela descobriu prazeres que o corpo ante-

rior (com 138 quilos) não a permitia experimentar. “Hoje, eu uso colar, cru-zo as pernas, entro em qualquer loja e encontro roupas pra mim”, conta, às gargalhadas. Desde muito nova, Laíse fez todo tipo de dieta e sempre aca-bava com o efeito sanfona, emagrecia e engordava. Em 2013, ela passou mal por causa da vesícula e teve orienta-ção médica para operar. Na época, a empresária optou por tirar a gordura e derivados do leite da alimentação e o resultado a fez refletir sobre sua saú-de. “Quando perdi 22 quilos em oito meses, sem fazer dieta, eu despertei. Eu comia errado, escolhia os mais calóri-cos. Se eu focasse poderia perder muito mais peso”, recorda.

Justamente após a cirurgia, em mo-mento muito delicado, a vida dela deu outra virada. “Tive um abscesso e pre-cisei drenar. Senti muita dor, me fala-ram que eu tinha 14 cm de camada de gordura dentro da barriga e que esse local não tem irrigação. Por causa disso poderia ter uma infecção generalizada. Foram 15 dias de muito sofrimento.”

Depois disso, Laíse procurou a nu-tróloga Mirele. Atualmente, ela segue um programa de reeducação alimentar com acompanhamento médico, que está contribuindo muito para o seu emagrecimento, com saúde. Ela come de tudo, proteína, carboidrato, açúcar, etc. Mas apenas a quantidade necessá-ria por dia. Como possui quatro hérnias de disco, os exercícios que a empresá-ria pode fazer são limitados e os novos hábitos à mesa são os grandes respon-

O Brasil é o quarto país, do mundo, que mais vende produtos saudáveis, conforme dados do instituto Euromonitor

Segundo a nutróloga Mirele, quanto mais colorido for o prato com legumes, verduras e hortaliças, melhor

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

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sáveis pelo bem-estar dela. “Eu não estou de dieta, porque é temporário. Faço escolhas. Isso já é um olhar dife-renciado. Eu não perdi peso, eu ganhei saúde”, fala.

Com sorriso largo, astral contagian-te e muita determinação, ela é prova viva de que qualquer um pode mudar a forma de se nutrir e encontrar prazer em comer bem. “Quando eu cortei as coisas gordurosas da minha vida, meu paladar se adaptou e mudou muito.

Com adoção de hábitos saudáveis à mesa, Laíse perdeu 55 quilos e ganhou mais qualidade de vida

Meu almoço hoje tem abobrinha, cou-ve-flor, brócolis, couve, rúcula que eu amo (risos) e alguns legumes — escolho sempre os com menos açúcar —, uma proteína e peixe”, conta Laíse. Sem grandes pretensões estéticas e muita expectativa com a melhoria na qualida-de de vida, ela ainda espera pesar 76 quilos. E, com essa história, ninguém há de duvidar que ela vai conseguir.

COMIDA SAÚDE E O PRAZER EM VIVER BEM

Para a comerciante Daniele Biglia Magalhães, de 34 anos, toda a riqueza dos nutrientes entrou de vez no dia a dia da família. Em 2014, Dani — como é chamada pelos amigos — procurou uma nutricionista porque seus exames esta-vam muito ruins. A partir de então, ela, o marido Carlos e os dois filhos Bruna e Bernardo conheceram várias formas de nutrição com muito sabor.

Na geladeira e despensa da família tem sempre alguma receitinha caseira deliciosa e super saudável. Dani apren-deu, pesquisando na internet, a prepa-rar refeições mais leves, fazendo subs-tituições. “Tem muita receita que é fit, mas nem tanto. Eu vejo os ingredientes e vou fazendo adaptações, uso óleo de coco que é melhor, troco a farinha integral por um mix de farinhas, uso alfarroba em vez de chocolate 70% e vou fazendo experiências. Tipo uma alquimia”, explica, rindo. No cader-no de receitas dela, a paçoca diet faz muito sucesso. Super simples de fazer, leva amendoim torrado e processado, pitadas de sal rosa do Himalaia — com menor teor de sódio que o sal de co-

zinha — e adoçante xilytol — com baixo índice glicêmico e quase a metade das calorias do açúcar comum. Esse novo estilo de vida estimulou Dani a abrir uma loja de produtos naturais nos Ca-valeiros, a Body Clean.

Segundo esclarece a nutróloga Mire-le, a alimentação saudável está associada ao prato colorido. Como exemplo para uma pessoa sadia, a médica exemplifica o almoço ideal (veja foto do modelo de prato acima): “divida o prato em quatro, sendo 1/4 de proteína (de preferência alternando entre carne branca, verme-lha e ovo ao longo da semana) e 1/4 de carboidrato. Sugiro ousar um pouco, escolha o arroz integral ou outros cere-ais e leguminosas como a batata baroa, inhame, quinoa, grão de bico, etc. Isso vai conferir mais variedade de nutrientes ao prato. E para 1/2 restante coloque legumes e verduras e, lembre-se, quanto mais cor nessa parte do prato, melhor”.

Com substituições de ingredientes, Dani cria receitas deliciosas e super saudáveis como a paçoca diet

“EU NÃOESTOU DE DIETA,PORQUE DIETAÉ TEMPORÁRIA. FAÇO ESCOLHAS. ISSO É UM OLHAR DIFERENCIADO.EU NÃO PERDI PESO, EU GANHEI

SAÚDE”

LAÍSE PORTO AVENA

O prato ideal é composto de ¼ de proteína, ¼ de carboidrato e ½ de legumes e verduras

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Conforme a médica, todos os grupos da pirâmide alimen-tar são fundamentais para a nutrição humana e devem ser consumidos na quantidade ideal, sem excessos. Recentemen-te, a pirâmide foi redesenhada e teve a inclusão, por exemplo, de arroz integral, folhas verde escuras, etc. Cada pessoa tem particularidades e saber identificar quais comidas vão suprir melhor o organismo dos nutrientes necessários é uma das chaves do segredo.

Em regra geral, os baixos níveis de gordura, açúcar e só-dio auxiliam no equilíbrio alimentar, além de prevenir várias patologias. Com esse intuito, o Ministério da Saúde firmou compromisso com a Associação das Indústrias da Alimenta-ção (Abia) para diminuir a quantidade de sódio nos alimentos processados e conseguiu, em três anos (2011-2014), retirar 7.652 toneladas de sódio de diversos produtos.

As refeições moderadas fazem parte da vida de Helena Martins Maltez, 26 anos, desde muito nova. “Com 15 anos, parei de tomar refrigerante e nunca mais bebi. Quando come-cei foi um sacrifício, mas hoje não tenho a menor vontade.” A suspensão de outros alimentos muito calóricos entrou para a rotina de vida da jovem. Como consequência, o corpo de Helena mudou pra melhor e o organismo todo passou a fun-cionar muito bem, benefícios que são mantidos atualmente. Além disso, ela se movimenta bastante através da malhação, da corrida, do cross fit, entre outras atividades.

Manter tudo em harmonia é a parte mais desafiadora, na opinião de Helena. “Minha dificuldade é não ter horários cer-tos. Antes, eu levava todas as refeições do dia para o traba-lho”, diz. Quando não consegue levar a comida de casa, ela vai aos locais em sintonia com seu estilo de vida. Lanchinhos rápidos de omelete ou tapioca, acompanhados de sucos de-tox, costumam ser os preferidos.

Na família da empresária Daniela Guimarães, 40 anos, a dieta equilibrada acompanha as refeições dela e dos três ho-mens da casa: os filhos Davi, de 10 anos, Pedro, de 16, e o marido Vandré, de 43 anos. Mas, há 5 anos, quando Davi foi diagnosticado com diabetes tipo 1, todos precisaram se adap-tar à vida com pouquíssimo açúcar e à insulina. A restrição fica com o doce, mas para os alimentos nutritivos é tudo liberado.

Quando lancha na rua, Helena dá preferência à omelete, à tapioca e aos sucos detox, os preferidos dela

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PROCURA-SE ORGÂNICO

Os orgânicos estão sendo cada vez mais procurados pelos consumidores. Cientificamente comprovada, a utiliza-ção de agrotóxicos no cultivo de ali-mentos está associada a vários tipos de cânceres e outras doenças, conforme esclarece a nutróloga. Já os orgânicos têm melhor valor nutricional, com mais vitaminas e minerais.

Em Macaé, ainda não existe nenhu-ma produção orgânica certificada. Pela legislação brasileira (Lei 10.831/03), para ser considerado orgânico, o ali-mento necessita de certificação. No entanto, a feira livre da Associação dos Feirantes de Macaé (AFEM) que acontece todo sábado ao lado da Casa e Vídeo, no Centro, já virou referên-cia de venda de alimentos produzidos sem ou com pouco uso de agrotóxico. De acordo com o engenheiro agrôno-mo da Secretaria de Agroeconomia de Macaé, João Flores, grande parte dos agricultores familiares da cidade está em processo de transição, deixando de utilizar os aditivos químicos, mas, ainda estão longe de ter acesso ao selo orgâ-

A feirante Vera Grijó cultiva banana, mandioca, entre outros alimentos, sem uso de agrotóxico

Família Guimarães reunida: Daniela, Davi, Vandré e Pedro. A atividade física também contribiu muito para o bem-estar de Davi (com a bola), que é diabético. Ele faz futebol, natação e surfe

Conforme relata Vandré, os quatro se adequaram tão bem aos novos cos-tumes que não sentem falta das gulosei-mas açucaradas. “Na época da revelação da diabetes, nós todos nos privamos de comer doce, até para o Davi não sentir tanta vontade. Mas, hoje, tudo é muito natural. Não sofremos por isso, já faz parte da nossa rotina”, fala.

Os filhos, ao contrário de muitas crianças, aprenderam desde cedo a co-mer de forma balanceada, gostam de frutas, verduras e legumes. A mesa do almoço da família Guimarães é cheia de cor, alimentos in natura e muito sabor.

“A nossa maior dificuldade foi adap-tar a rotina dele (Davi) à insulina — a criança precisa de doses diárias de in-sulina. Porque uma dose errada pode baixar muito a glicose, causar convulsão e outros problemas se não for socorri-do a tempo”, comenta Daniela. Seguir à risca os horários das refeições, na fa-mília dela, não é uma chatice de mãe e sim necessidade fisiológica. “Davi não pode passar de três horas sem comer, se não a glicose dele abaixa e o deixa fraco e sonolento. Ele pode até perder a consciência”, esclarece Daniela. Ho-rários controlados e alimentos balan-ceados trazem benefícios aos quatro, como mais disposição, peso controlado e possibilidade de uma vida longa. O bem-estar de Davi se revela não só na nutrição, mas em outros costumes. Mui-to ativo, ele adora praticar esportes. Faz natação, surfe e futebol.

Simone compra alimentos na feira livre de sábado porque é mais saudável

“NA ÉPOCA DA REVELAÇÃO DA DIABETES, NÓSTODOS NOSPRIVAMOS DECOMER DOCE, ATÉ PARA O DAVI NÃO SENTIR TANTAVONTADE. MAS, HOJE, TUDO ÉMUITO NATURAL. NÃO SOFREMOS POR ISSO, JÁ FAZ PARTE DA NOSSA ROTINA”

VANDRÉ GUIMARÃES

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nico porque custa caro e o volume de produção não compensa esse custo.

Quase todo sábado, a contabilista Simone King, de 42 anos, vai à feira li-vre. “A gente percebe a diferença quan-do não tem agrotóxico, principalmente no tomate e na banana, que fica muito mais docinha. Compro na feira porque sei que é muito mais saudável”, fala Simone. A feirante Vera e seu marido Milton Grijó são agricultores de Cór-rego do Ouro, do sítio do Oratório, e comercializam frutas e legumes na feira. “A gente não usa nada químico. Rara-mente a plantação dá praga e quando pega a gente corta o pé. Meu marido aprendeu a fazer assim com o pai dele e a gente vai mantendo”, explica Vera.

De olho no interesse do consumi-dor pelos orgânicos, a dona do res-taurante La Fazendinha — na Praia Campista —, Márcia Guesse, abriu uma seção na casa onde oferece produtos com o selo. “Macaé tem carência des-ses alimentos porque não tem produto certificado aqui. E, além disso, também vendo alimentos de Macaé que são agroecológicos, de fazendas sustentá-veis, mas sem certificação”, comenta.

A ASCENSÃO DOS NATURAIS

Andando pelas localidades mais comer-ciais de Macaé, como Centro, Imbetiba e Cavaleiros, fica nítido que novos esta-belecimentos com propostas de comida saudável estão surgindo. A realidade local, resguardadas as devidas propor-ções, reflete uma tendência nacional.

Lila percebeu o bom momento do mercado e abriu o Empório Nutrição e Saúde

O Brasil é o quarto país do mundo que mais vende produtos saudáveis (dado de 2014), segundo o instituto de pes-quisa do mercado internacional Euro-monitor. Esse mercado movimentou cerca de 35 bilhões de dólares no ano passado, somente no país.

Ligada na ascensão do segmento e nos comentários dos pacientes, a mé-dica Elizângela Araújo Terra Valente — mais conhecida como Lila — abriu em março deste ano o Empório Nutrição e Saúde, no Centro de Macaé. A loja ven-de produtos industrializados integrais, orgânicos, sem glúten, sem lactose, etc. “A gama de público é bem ampla. Tem gente da academia, pacientes de nutri-cionistas, diabéticos, hipertensos e até gente curiosa”, fala.

Um pouco antes de os bons hábi-tos à mesa serem tão difundidos como hoje, Márcia do La Fazendinha apostou forte, há 8 anos, nesse estilo de alimen-tação. “O uso de óleos no preparo é bem reduzido e priorizamos o óleo de coco e o óleo de palma, sem reutili-zação. Temos o forno combinado que cozinha por convecção, preservando a hidratação e suculência dos alimentos. Funciona como se fosse aquela airfryer, só que de uma forma muito mais pro-fissional. Os temperos são os verdes, naturais. Aqui, não entra glutamato monossódico (realçador de sabor)”, afirma Márcia.

A proprietária da Sanduicheria Bem Natural, Viviane Macedo, abriu a lan-chonete em 2012 com o objetivo de

No restaurante La Fazendinha, Márcia incluiu uma seção para venda de alimentos orgânicos

oferecer lanches mais nutritivos, nos Cavaleiros. Ela percebe adesão crescen-te pela nutrição mais leve. “Conforme as pessoas vão entendendo que podem comer melhor e com sabor, o interes-se aumenta”, pontua. Viviane observa ainda comportamento comum entre os clientes, o de dar preferência por ingerir na rua aquilo que, geralmente, é habitual dentro de casa. Entre os itens do cardápio do Bem Natural mais ven-didos, a tapioca tem lugar cativo.

Já a profissional autônoma Lidiane Manhães Silva Ribeiro, descobriu por estímulo de sua professora de dança que o prazer de fazer bolos fitness po-deria se tornar um bom negócio. No início, há três anos, ela fornecia bolos para um estabelecimento. Mas a iniciati-va foi dando certo, crescendo e no ano passado ela criou a própria marca, a Empório Natural Bolos Caseiros. Hoje, Lidiane fornece para cinco estabeleci-mentos de Macaé e atende por enco-menda. Ela produz bolos, empadões, kibes, tortas salgadas com versões inte-grais, sem glúten, sem lactose e diet. “A maioria das pessoas que compra meus produtos, muda os hábitos alimentares para emagrecer. Mas também tem mãe preocupada em tirar o industrializado do dia a dia do filho e as pessoas com restrição alimentar”, fala.

Como todo mercado promissor, as inovações surgem aos montes. Não raro, os empresários e profissionais atu-antes na área são surpreendidos por consumidores pedindo mercadorias que ainda não chegaram em Macaé ou

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contando sobre tecnologias recentes. No Empório Nutrição e Saúde, refis e bases (similares aos filtros para galões) para armazenamento de água potável mostram a novidade da água funcional, a água alcalina ionizada. Os equipamen-tos funcionam de forma a retirar qua-se totalmente o cloro presente, dimi-nuindo a presença de metais tóxicos e purificando a água. A água alcalina leva ao equilíbrio do pH sanguíneo, previ-nindo doenças crônico degenerativas e favorecendo o aumento dos níveis de produção de energia celular. Também promove a remoção de resíduos ácidos do metabolismo, facilitando a hidrata-ção celular seis vezes mais rápido do que a água normal.

UM ALERTA AOS SAUDÁVEIS EM EXCESSO E AOS MODISMOS

Pode soar estranho, mas o exagero nos hábitos alimentares saudáveis também provoca mal ao organismo. Fenômeno relativamente recente, típico da vida mo-derna, ocorre entre as pessoas obceca-das em comer bem, é o que a medicina chama de ortorexia. O distúrbio alimen-tar está se tornando mais comum hoje.

Segundo explica a nutróloga, pes-soas que sofrem desse mal têm preo-cupação exacerbada com a comida e adotam medidas radicais, como deixar de ingerir alguns alimentos. “Tem gente que tem aversão a carboidrato e deixa de comer, por conta própria. O mes-mo ocorre com a proteína, a gordura, etc. Mas isso não é bom porque aca-ba retirando vários grupos alimentares que são importantes. Os excessos são perigosos”, alerta Mirele.

Muito em voga na mídia, entre os gru-pos de academias e os adeptos da vida mais leve, o sem glúten e o sem lactose parecem ter virado uma febre. Para quem segue os modismos, vale outro toque. “Equilíbrio é tudo na alimentação”, fala a nutróloga. Ela aconselha a não suspender a ingestão de alimentos, sem orientação médica ou de profissional de saúde.

No caso de Helena Martins, a de-cisão de retirar o glúten das refeições veio após a realização de alguns exames que atestaram intolerância à proteína. “Quando como glúten tenho a sensação de inchaço e de mal-estar, sinto que não me faz bem”, conta Helena.

Muita gente confunde, mas, alergia e intolerância são coisas diferentes. A aler-gia é uma reação adversa que está relacio-nada ao sistema de defesa do organismo (imunológico). Ao ingerir determinado alimento, o corpo entende aquela subs-tância como estranha e produz reação alérgica que pode ser manifestada como irritação na pele, coceira, etc. Devido à alergia, a ingestão de alguns alimentos é proibida. Já a intolerância é uma reação adversa sem ligação com o sistema imu-nológico. Nesses casos, a deficiência de enzimas impossibilita a digestão de cer-tos nutrientes. Mas, comer o alimento não é proibido, o paciente tolera comer determinada quantidade.

Por tudo isso, pensar na alimenta-ção como forma de ter saúde, deixa de ser uma tendência e passa a ser uma necessidade para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Boas escolhas!

“TEM GENTE QUE

TEM AVERSÃO A

CARBOIDRATO E

DEIXA DE COMER,

POR CONTA

PRÓPRIA (...)

(...) MAS ISSO NÃO

É BOM PORQUE

ACABA RETIRANDO

VÁRIOS GRUPOS

ALIMENTARES QUE

SÃO IMPORTANTES.

OS EXCESSOS SÃO

PERIGOSOS”

MIRELE MACÊDO T. CALDAS

Os 3 filtros transformam a água filtrada em água alcalina ionizada, que leva ao equilíbrio do pH sanguíneo e previne doenças

De acordo com Viviane, do Bem Natural, as pessoas estão se interessando pela alimentação saudável e descobrindo que ela pode ser muito gostosa

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Recordar é viver e, sem sombra de dúvida, o Tênis Clube foipalco de boas lembrançasda juventude dos anos 80

STARSHIP,A DISCO QUEMARCOU GERAÇÕES

Quem hoje está na casa dos 40 e 50 anos sabe o que significou o fim da década de 1970 e boa parte dos anos

1980. Numa palavra: vida!

Os jovens precisavam de quase nada para ser feliz. Bastava estarem reunidos e uma boa música tocando. E aí, esta-mos falando de MPB, dance music, funk (black music) e rock roll, ritmos que marcaram gerações.

Por: Luciene Rangel • Fotos: Arquivo Paulo Moraes

A telenovela global Dancin’ Days dava o tom musical, fazendo as pick ups fervi-lharem com Rita Lee, Djavan, Jorge Ben, Guilherme Arantes, Gilberto Gil, The Commodores, Santa Esmeralda, Har-mony Cats e tantos outros que, só de lembrar, dá vontade de levantar e dançar.

Em Macaé, o ponto de encontro para dançar era o Tênis Clube que, desde julho de 1979, abriu seus salões para receber a sociedade. O movimen-to foi iniciado no ano anterior, pelo

A festa Starship é promovida por Paulo Moraes no Tênis Clube e favorece o encontro de gerações, reunindo, uma vez no ano, os amantes dos anos 80

Paulo Moraes e Darlene Carneiro, na Praia do Pecado, que era o point da geração dos anos 80

Éric

a M

arin

hoMEMÓRIA VIVA

então presidente José Vieira Almeida Junior, “Zé da Ilha”, a partir da vivên-cia de um filho no Costa Brava, clube carioca que bombava com boates. Ta-cada de mestre! Até 1984, a Discoteca do Tênis Clube, a Starship, era parada certa entre a maioria dos jovens.

À frente, estavam os irmãos Paulo e Luiz Moraes que, apesar da pouca idade na época, traziam uma bagagem musi-cal de “gente grande”. O Tênis Clube iniciou a estruturação dos espaços, que

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A Starship trouxe para Macaé os movimentos de vanguarda da época, como o I Festival de Música Popular Brasileira

“A DISCOTECA

DO TÊNIS TINHA

UMA PEGADA

FUTURISTA.

ESTÁVAMOS

ANTENADOS

COM O QUE DE

MAIS MODERNO,

MUSICALMENTE,

ROLAVA NO

MUNDO E

TRAZÍAMOS

PARA MACAÉ”

PAULO MORAES

O surf já era o esporte muto praticado na época e reunia a “galera” na Praia do Pecado

receberam equipamentos de som e luz de última geração, acompanhando o que rolava de mais top nos grandes centros.

No início, o movimento começou tímido, com pouca frequência, sendo necessária estratégia circense pelas ruas da cidade para arrebanhar a juventude. Deu certo! Os dois espaços do clube encheram, com MPB tocando no sa-lão térreo e ritmos internacionais no segundo andar. Foi tão frenético que a programação começava na quinta-feira, seguindo até domingo, atendendo, as-sim, todas as idades.

“A discoteca do Tênis tinha uma pegada futurista. Estávamos antenados com o que de mais moderno, musical-

mente, rolava no mundo e trazíamos para Macaé”, afirma Paulo Moraes que, nos últimos anos, tem promovido even-tos no Tênis Clube, “Starship’s”, para reunir a sociedade.

“AUMENTA QUE ISSO AÍ É ROCK‘N’ROLL”

O salão superior do Tênis tremia com rock‘n’roll e funk. Os simpatizantes de cada estilo musical se alternavam na pis-ta a cada rodada do ritmo de sua prefe-rência, tendo, é claro, um ou outro que permanecia curtindo tudo.

“Nesta época nossa pequena turma já estava contaminada com o vírus do rock‘n’roll. Paulinho Moraes era muito

Equipe Staship na cabine do DJ: Paulinho Moraes, Ricardo Aeróleo, José Carlos, Waguinho Breves e José Cláudio

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Susana Gonzalez

Aderson Júnior chegava caracterizado como Angus Young, vocalista do AC/DC, na hora do rock pesado no fim da noite

simpático ao ritmo e foi aumentando o tempo para esse estilo. Lembro-me quando ele lançou “You Shook Me All Night Long”, do AC/DC, que era mui-to pesado para os padrões da época. Foi pauleira!”, recorda Aderson Fer-reira Júnior, até hoje, um apreciador do estilo e que foi à primeira e à última discoteca do Tênis.

O casal Fabíola e Miguel ontem e hoje.Namoro e boas lembranças

Dividindo espaço com os roquei-ros estavam os funkeiros, com o mo-lejo Black Music. E é Alfredo Manhães quem recorda:

“Desde os 15 anos, frequentei a Star-ship. Já tinha uma vivência musical pois, desde os 9 anos, fazia hi-fi’s (festa com DJ), nas casas dos amigos por puro pra-zer. A Black Music era forte na época, mas não no Tênis e sim no Fluminense e no Ypiranga. Com a Starship, passou a ser tocada e aos poucos apreciada”, revela Alfredo, mencionando alguns des-taques como O’Jays, The Jackson 5, The Whispers, Earth Wind & Fire, Michael Jackson e Barry White, Tim Maia, Lady Zu e Totó e as Frenéticas. A turma, no mais alto estilo, usava paletós e camisas, levando para a pista todo swing e charme do contrabaixo.

Nos anos 80, o formato da disco-teca foi sendo alterado para receber uma turma mais nova. Eram os caçulas que passaram a frequentar a discoteca acompanhando os irmãos mais velhos. Foi nessa época que o clube concentrou o movimento no salão térreo, passando a tocar de tudo um pouco.

Os 30 minutos finais eram reserva-dos para rock‘n’roll: Iron Maiden, Ju-das Priest, Deep Purple e Led Zeppelin viraram hinos. No salão, havia muitos roqueiros com suas calças de couro, spikes nos acessórios, respeitando esti-los e tendências das bandas da época.

“A importância da Starship para Macaé ultrapassa o status de equipe de som ou de empresa de entretenimen-to, para se transformar num fenômeno cultural e sociológico”, exalta Aderson.

DA PISTA ÀS PICK UP’S

O swinge do funk ainda corre nas veias de Alfredo Manhães que permi-tiu que muitos outros ritmos passas-sem a fazer parte de sua vida musical. A discoteca dele é bárbara e cultuada com certa rotina por ele, familiares e amigos que dividem o prazer de apre-ciar boas canções.

A música o levou das pistas aos bas-tidores da discoteca. Alfredo conta que, certa vez, uma pick up da Starship deu defeito e ele ofereceu uma sua para su-prir. Nessa época, ele já era dono de al-guns equipamentos de som, comprados juntamente a LP’s, a partir de sua econo-mia com transporte e alimentação.

“Quando a discoteca desceu, acon-teceu de um dia precisarem de um equi-pamento. Ofereci o meu. A partir daí, fui convidado a operar o som, coisa que sempre me deu muito prazer”, diz ele, mencionando que essa foi a primeira vez que trabalhou como discotecário.

“A IMPORTÂNCIA DA STARSHIP PARA MACAÉ ULTRAPASSA O STATUS DEEQUIPE DE SOMOU MESMO DEEMPRESA DEENTRETENIMENTO, PARA SETRANSFORMAR NUM FENÔMENO CULTURAL ESOCIOLÓGICO”

ADERSON FERREIRA JÚNIOR

Fabíola e Miguel: namoro e boas lembranças da época

Gia

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Coe

lho

Arquivo pessoal

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Márcia dividia Alfredo com as pick up’s da Starship, onde deram o primeiro beijo

“A STARSHIPINFLUENCIOUCOMPORTAMENTOSE AMIZADES. ERA PONTO DEREFERÊNCIA PARAA NOITE MACAENSE. FALAR DADISCOTECA DOTÊNIS CLUBE ÉFALAR DESAUDADE”

ALFREDO MANHÃES

“A Starship influenciou comporta-mentos e amizades. Era ponto de refe-rência para a noite macaense. Falar da discoteca do Tênis é falar de saudade”, arrematou Alfredo.

AH, SE O MURINHO FALASSE!

Falar da discoteca do Tênis é também recordar do murinho branco que cer-

cava a quadra. Era onde os casais se encontrar. Foi lá, que muitas boas his-tórias começaram, como a de Miguel e Fabíola Silva Santos, casados há 24 anos e com uma caminhada juntos que já passa dos 30.

“A gente se conheceu no Baile do Havaí, no Tênis Clube. Foi a primeira troca de olhares. Mas foi na discoteca

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“A STARSHIPMARCOU TODA UMA GERAÇÃO.HAVIA UMCONVÍVIOSAUDÁVEL DOSJOVENS. ERALÁ QUE NOSENCONTRÁVAMOS”

MIGUEL SILVA SANTOS

que começamos a ficar e, claro, no mu-rinho branco. Eu tinha que ir embora às 22h30 e Miguel chegava as 22 h. Quan-do ele entrava, era como fosse um deus grego e sinto isso até hoje”, emociona-se Fabíola, mãe de Igor, 23 anos, Mateus, 19, e das gêmeas Marina e Vitória, 13.

Muitas recordações povoam a rela-ção do casal, que venceu, por aclama-ção do público, um concurso de dança durante uma discoteca. Como prêmio, eles ganharam um cinto da Leni Modas, loja de moda feminina da época, na Ga-leria Carapebus.

Casé nas escadas do Tênis Clube.

Frequentador assíduo na discoteca aos domingos

Miguel, entusiasmado pelas boas lembranças, conta que os irmãos Paulo e Luis praticamente moravam no Tênis, onde os jovens se reuniam, fora do ho-rário da discoteca, para ouvir música e jogar conversa fora.

“Paulinho e Luis participaram de al-guns almoços na casa de minha avó Dega. Eles foram abraçados pelos macaenses”, disse Miguel, completando: “A Starship marcou toda uma geração. Havia um con-vívio saudável entre os jovens. Era lá que nos encontrávamos” recorda.

FAMÍLIA STARSHIP

“Fui ao primeiro e ao último dia da Starship”, compartilha Carlos José Mat-tos de Andrade (Casé) que, com sua animada turma, ocupava quase que em tempo integral, a pista da Starship.

A discoteca do Tênis Clube era ale-gria, congraçamento, energia deliciosa, segundo Casé. Ele recorda que esse mo-vimento tinha acabado de explodir no mundo e que já frequentava festas no Rio com essa energia.

“Dançava o tempo todo. Donna Sum-mer, Michael Jackson... lotavam a pista, que vibrava com o som de excelente qualidade da Starship. Tinha uma turma que não perdia uma discoteca: Valtinho, Ripinho, Glaucia e Gisele Mussi, Lenine, Adriana Fragoso, Cesar, Aderson, Flávio

Paulo Moraes entre amigos: Frances e Gérson Martins, Keila e Pierre Gentil. Paulinho é mentor e guerreiro para que a Starship esteja sempre viva

Lousada, Valzinho, Vânia Bandeira, Tani-nha e tantos outros. Na época, dois fran-ceses passaram por Macaé, Jean-Marc e Allan Devret. Foi também aí que chega-ram Patrick e Philipe Bogue”, lembra.

Para Casé, que não perdeu nenhuma edição da Starship dos últimos anos, a festa resgata, reúne. É alegria e oportu-nidade de reviver uma época marcada por música e boas experiências.

Paulo Moraes recorda algumas pes-soas que fazem parte da história da Star-ship e que foram cruciais, em muitos mo-mentos, para que fosse o sucesso que foi.

“Luciene Aguiar, Bizuca e Laise Por-to foram incansáveis. Falar de Starship é falar de Léo Machado, Mauricio Pa-raguassu, Everest, Casé, Cacá Rangel, Isis Maria e Luiz Fernando, gente que me marcou e marcou essa festa linda”, disse Paulo, afirmando que “a Starship ampliou horizontes, oportunizou ami-zades, encontros, relacionamentos, reunindo gente antenada e sempre com bons conceitos”.

A Starship está na memória afetiva dos que a frequentaram, mas também na bagagem de vida de gerações que não estavam na época, mas que, de tan-to ouvir seus pais e pessoas próximas, parecem ter vivido. Trinta e um anos se passaram do seu término e o movimento continua vivo. Serão as músicas, as pes-soas, o espaço, a energia, as relações?

Éric

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ho

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• Paralamas do Sucesso, Engenheiros do Hawaii, João Penca e seus Miquinhos Amestrados foram alguns dos shows trazidos pela equipe Starship.

• Antes da Starship,os bailes dos clubes eram ani-mados por conjuntos como o The Rells, no Ypiranga; o L-Bossa, no Fluminense; e o Placa Luminosa, no extinto Atlético.

• A parede de fundo da discoteca, onde ficava a cabi-ne do DJ, era decorada por um painel do artista plásti-co macaense Marco Aurélio.

• Grupos de rock que bombaram na época - Barão Vermelho, Biquini Cavadão, Blitz, Camisa de Vênus, Capital Inicial, Engenheiros do Hawaii, Herva Doce, Ira!, Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, Legião Ur-bana, Nenhum de Nós, Paralamas do Sucesso, Plebe Rude, RPM, Titãs e Ultraje a Rigor.

• Cantores e cantoras destaques – Celso Blues Boy, Eduardo Dussek, Guilherme Arantes, Kiko Zambianchi, Léo Jaime, Lobão, Lulu Santos, Marina, Pepeu Gomes e Baby Consuelo, Rita Lee, Ritchie e Vinícius Cantuária.

• Alguns sucessos internacionais – Madonna, Micha-el Jackson, A-Ha, The Bolshoi, Bruce Springsteen, Cindy Lauper, Culture Club, The Cult, The Cure, David Bowie, Dire Straits, Eric Clapton, George Michael, James Taylor, Kiss, Lionel Richie, Nina Ha-gen, Paul Mc Cartney, Phil Collins, The Police, Prin-ce, Queen, U2, Rod Stewart, Simple Minds, Simply Red, Tears for Fears, Supertramp, Sting, The B-52’s, Duran Duran, The Go Go’s, Genesis, UF40, Men at Work e Tina Turner.

Será a sensação de que nada substituiu, à altura, a programação? Muitas perguntas, muitas saudades. E enquanto se busca equivalên-cias, a solução é curtir o encontro anual na Starship que, felizmente, Paulo Moraes proporciona, não deixando apagar as boas lembran-ças, muito menos permitindo que haja uma última dança.

CURIOSIDADES

• Starship – Nave estelar.

• Em 1979, o centro da cidade tinha apenas um transformador, o que acabou por definir o início da discoteca para as 20 h. Assim, o som podia ser ligado sem afetar a alimentação de energia das residências.

• A fumaça da Starship, que dava a sensação de nevoeiro, era de gelo seco, que vinha semanalmente do Rio de Janeiro, aquecido em resistência de 5.000 Watts.

Um detalhe do painel do artista plástico macaense Marco Aurélio, que decorava a parede da discoteca

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Europa, seleção e grandes clubes do cenário nacional: o maiorjogador de futebol da cidadelevou o nome de Macaé para várias partes do mundo

Otalento com os pés fez Fernando Macaé levar o nome da cidade para o Brasil inteiro e o exterior. Com uma grande carreira

no futebol, passou por clubes tradicio-nais como o Botafogo, o forte Bangu da década de 1980 e o Cruzeiro, além da Seleção Brasileira Sub-20 e o futebol europeu. Fernando colecionou sucessos e realizou o sonho de criança: jogar no Maracanã. Fez muitos gols e ganhou tí-tulos. No fim da carreira, não aguentou de saudade e voltou para a Princesinha do Atlântico. Antes de parar, ainda aju-dou o Macaé Esporte, na época Botafo-go de Macaé, a conquistar o primeiro título da sua história: a Série C do Cam-peonato Carioca, em 1998.

Curiosamente, Fernando não nas-ceu em Macaé. Natural de Campos dos Goytacazes, chegou com apenas três meses de vida na cidade. Os primeiros

chutes foram no Colégio Castelo, onde ganhou o apelido de Ferrugem, por ser ruivo. Aos 14 anos, dividiu as peladas de futsal com os gramados, jogando no antigo time da “SONY”, que fez histó-ria entre os jovens macaenses no final da década de 1970. Depois, atuou pelo Ypiranga Futebol Clube e rapidamente despertou o interesse dos olheiros.

Fazia uma barbaridade com a bola. O craque macaense logo recebeu con-vites. Fez testes para as categorias de base do Vasco e do Flamengo, mas aca-bou não ficando. E o brilho não demo-rou para ser reconhecido, tanto que foi convidado, aos 16 anos, para jogar no Cruzeiro. E foi lá, em Belo Horizonte, que o menino Fernando ganhou o so-brenome Macaé.

“Eu estava no juvenil e um diretor do Cruzeiro me chamou e disse que Fernando tinham muitos, Macaé al-

Por: Raphael Bózeo• Fotos: Arquivo

Apesar das circunstâncias, Lili Alencar prova que a beleza da vida está em se sentir bem consigo mesma

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PERFIL

No Ypiranga Futebol Clube de Macaé, chamou a atenção dos olheiros por sua habilidade com a bola

FERNANDO MACAÉ

Hoje a relação de Fernando com a bola se dá na prática do Futevôlei e também do Tênis

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guns, e Fernando Macaé só existiria um. Aí pegou. E por onde eu passei, até fora do Brasil, fui conhecido assim”, lembra.

No time celeste, ele se profissionalizou logo aos 17 anos. Não demorou para ser convocado para a Seleção Brasileira Sub-20 e disputou a Copa João Havelange, em 1982, no Méxi-co. Defendeu o país ao lado de jogadores que se consagraram anos depois como, por exemplo o ex-volante e técnico da Se-leção Brasileira Dunga, campeão mundial em 1994, e o ex-meia Geovani (ex-Vasco e Seleção).

MELHOR FASE NO BANGU

Ainda muito novo, não teve uma sequência de jogos muito grande no time celeste. Como o contrato estava chegando ao fim, surgiu a oportunidade de deixar o clube. Acabou trocan-do o Cruzeiro pelo Bangu, em1983. E foi no alvirrubro cario-ca que viveu a grande fase da carreira. Participou de um dos melhores anos da história do clube, em 1985. Uma campanha arrasadora fez a equipe chegar na final do Campeonato Bra-sileiro em uma decisão diante do Coritiba no Maracanã. Era o último dia do mês de julho daquele ano, e o maior palco de fu-tebol do mundo estava completamente lotado. Curiosamente, muitos torcedores de equipes grandes do Rio foram ao estádio apoiar o Bangu:

“Tínhamos um grande time e era normal vencer os gran-des. A gente nunca perdeu em Bangu, sempre ganhamos em casa nesses três anos. O futebol carioca era muito forte, não só com os grandes. Lembro que ganhamos o carinho de todos da cidade. Naquela final, tinha torcedores de Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. Ganhamos um apoio de ser considera-do o segundo time de todos. Estava lindo o estádio”, recorda.

Após um empate dramático por 1 a 1 no tempo normal (gols de Índio para o Coritiba, e Lulinha para o Bangu), o jogo foi decidido nos pênaltis. Os curitibanos foram superiores e venceram por 6 a 5.

No mesmo ano, a equipe de Fernando Macaé desbancou o Flamengo, o Vasco e o Botafogo, e chegou à decisão do Es-tadual do Rio diante do Fluminense. Precisava de um empate para levantar a taça e abriu o placar com Marinho, em falta sofrida por Fernando no início do jogo. O Fluminense virou para 2 a 1, mas um pênalti não marcado para o Bangu, no último lance do jogo, evitou que a história fosse escrita de forma diferente.

Fernando no time juvenil da “Sony”, que marcou a juventude macaense no final da década de 1970 em Macaé (primeiro à esquerda abaixado)

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Pela Seleção Brasileira Sub-20, disputou a Copa João Havelange, em 1982, no México

Foram dois vice-campeonatos no mesmo ano. Certamente, um gosto amargo, mas mesmo sem ter conquis-tado título no Bangu, Fernando Macaé garante que não lamenta. Pelo con-trário, tem orgulho de ter marcado o nome naquele modesto clube, que jogou como grande naquele período: “Aquele time foi campeão, posso falar tranquilamente.”

Jogou no Maracanã e marcou muitos gols, vários contra grandes equipes. Ven-ceu o Flamengo cheio de craques por 6 a 2 no Maracanã, em 1983, ano em que o rubro-negro foi campeão brasileiro, e ainda deixou o dele na rede.

FLAMENGO X BOTAFOGO

Após uma campanha fantástica em 1985, Fernando Macaé viveu uma his-tória curiosa. Foi cobiçado por diver-sos clubes e o Flamengo, seu time de coração, entrou forte para contratá--lo. Foi até a Gávea e, mesmo saben-do que faltavam alguns detalhes para serem resolvidos, foi anunciado como novo reforço do time com a maior tor-cida do país. Tudo certo para vestir o famoso “Manto Sagrado”.

Mas uma reunião nos bastidores mudou tudo. O então presidente do Botafogo Emil Pinheiro soube da ne-gociação e entrou na jogada. Fez uma

manobra rápida com o mandatário do Bangu, seu amigo Castor de Andrade, e mudou o destino de Fernando. En-controu com o meia minutos depois em que deixou a sede rubro-negra e fez uma proposta irrecusável. O acerto foi feito durante a madrugada.

No dia seguinte, todos os jornais anunciavam: Fernando Macaé é do Fla-mengo. Como restavam alguns detalhes e houve uma precipitação por parte da diretoria rubro-negra, além de o contra-to não estar assinado, o meia fez uma outra escolha. Na manhã seguinte, a im-prensa estava esperando-o em um clube, e ele estava indo para General Severiano treinar pela primeira vez no Botafogo.

“Foi uma situação complicada, por-que o Flamengo não havia definido tudo. E, por outro lado, foi difícil dizer não a uma proposta muito boa do Bo-tafogo. Conversei com a diretoria do Flamengo, mas não gostaram muito. Foi uma escolha que tive que fazer e não me arrependo”, lembra Fernando.

ÍDOLO EM PORTUGAL

Após uma boa passagem pelo Botafo-go, Fernando foi negociado com o fu-tebol suíço, onde atuou por um ano. Logo depois, foi para Portugal, país onde virou ídolo. Jogou nove anos no país e em diversos clubes, mas no

Com uma média de 30 mil acessos mensais, o blog da Lili já virou queridinho das aficcionadas por dicas de beleza

“FOI UMASITUAÇÃOCOMPLICADA,PORQUE OFLAMENGO NÃO HAVIA DEFINIDO TUDO. E POROUTRO LADO, FOI DIFÍCIL DIZER NÃOA UMA PROPOSTA MUITO BOA DOBOTAFOGO”

FERNANDO MACAÉ

No time juvenil do Cruzeiro, em 1981, teve o início da sua vitoriosa carreira

No Bangu de 1985, Fernando foi um dos destaques. Como na goleada histórica de 6 x 2 contra o Flamengo em pleno Maracanã

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Belenenses, tradicional clube lusitano onde jogou por três anos, participou da conquista do título da Taça de Portugal na temporada 1988/89, ao vencer o Benfica na final por 2 a 1. Como foi o último título da equipe até hoje, Fernando e aquela geração vitoriosa ficaram imortalizados. Dezenas de fotos lembram aquela festa no estádio.

“Foi o último título de expressão e, até hoje, não ga-nhou mais nada. Essa conquista foi muito grande, muito importante. Vencemos o Benfica na decisão, estádio lota-do. Ainda não voltei lá depois, mas é algo que eu vou fazer. Tenho que voltar.”

Uma história curiosa aconteceu na França. O ex-prefeito de Macaé, Silvio Lopes e o seu filho Glauco, ex-deputado es-tadual, estavam em um restaurante. Em uma conversa com um garçom português, disseram que eram de Macaé. O aten-dente prontamente disse que conhecia só um Macaé, o Fer-nando, do Belenenses.

“Essa história é bacana. Quando eles voltaram da Euro-pa, me falaram desse papo com o garçom. Engraçado que o rapaz não sabia que Macaé era exatamente uma cidade, mas já tinha escutado por causa do meu nome. Foi curioso eles encontrarem na França”, comenta Fernando.

VOLTA A MACAÉ

Após brilhar fora do país, o meia ainda passou por Coritiba, Botafogo-SP e Americano de Campos. Resolveu parar de jogar e voltou para a sua cidade de coração. Começou a empreender, abriu uma loja e já trabalhava com construção civil, mas a paixão pelo futebol jamais foi deixada de lado.

A polêmica passagem do Bangu para o Botafogo foi destaque em toda a imprensabrasileira na época

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Em 1998, o então Botafogo de Ma-caé estava na Terceira Divisão do Fute-bol Carioca. Já aposentado, Fernando foi convidado para participar do grupo. O ex-jogador Ferreira, que atuou na Se-leção Brasileira de base, era o técnico. E, em uma conversa com Mirinho, ele resolveu começar a treinar. Seria uma figura importante naquele processo. Alguém escolhido para ajudar no início de uma história vitoriosa. Ele topou e deu certo. Foi campeão, levantou a taça e levou o time para a Segundona.

“Ali não foi nada forçado. Foi acon-tecendo de forma natural. Era um lazer com responsabilidade. As coisas foram acontecendo e viramos uma família. Foi muito legal ajudar e contribuir para a minha cidade”, conta.

O gostinho foi tão bom que Fer-nando ficou mais um ano no clube. Em 1999, disputou a Segunda Divisão e participou da campanha do vice-campe-onato. Por pouco não levou o time para a Série A do Rio. Ainda passou por um outro clube na cidade, o Independen-te, e disputou alguns campeonatos. Em uma oportunidade, até foi técnico do Macaé Esporte.

Fernando parou de jogar. Tem um restaurante na Praia dos Cavaleiros, adora ouvir música, mas não joga mais as famosas peladas. Trocou a prática do futebol por outros dois esportes: o inseparável futevôlei na praia dos Cavaleiros, praticamente todo fim de semana, e o tênis. Mas se não pratica mais a modalidade que tanto ama, um

sonho ainda o move, e ele acredita que um dia vai realizar. “Sempre que falo sobre isso, vem algo no meu coração. Sonho em ser treinador de futebol, em trabalhar diretamente. Acho que posso contribuir um pouco com o aprendiza-do que tive ao longo desses anos. Tudo tem seu tempo. Sempre fui um cara equilibrado e me organizei para viver uma vida boa”, conclui.

Um jogador vitorioso, um macaen-se que, mesmo sem nascer aqui, rodou o mundo e voltou para casa. Um cra-que, que assim como todo bom filho, à casa retorna.

“SONHO EM SER TREINADOR DEFUTEBOL, EMTRABALHARDIRETAMENTE.ACHO QUE POSSOCONTRIBUIR UM POUCO COM O APRENDIZADO QUE TIVE AO LONGO

DESSES ANOS”

Em Portugal, jogou em vários clubes, mas foi no Belenenses que virou ídolo, ao conquistar a Taça de Portugal, em 1988/89

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a década de 1950, quando começou a ser feito pela sua mãe Ancyra Gonçal-ves Pimentel, reconhecida professora de matemática da cidade.

Nascida em 1906, Ancyra casou-se com Ary Luiz de Schueler Pimentel em 1932. Moraram por 14 anos na

dicional bolo de família, presenteou a todos com um pouco da trajetória de uma ilustre personagem macaense.

Além dela, seus irmãos Arian e Amanda contaram os segredos por trás do famoso bolo de laranja que faz sucesso na família Pimentel desde

Filhas revelam os segredos do bolo preferido de AncyraGonçalves Pimentel

Da calçada já era possível sentir o cheiro da história que estava por vir. Arysa Pimentel recebeu a equi-pe da DiverCidades de

portas abertas e uma mesa farta de lembranças. Apesar dela achar que ia passar “apenas” a receita de um tra-

Por: Alice Cordeiro • Fotos: Alle Tavares

Amanda, Arian e Arysa Pimentel (da esquerda para a direita) revivem as histórias que fizeram o bolo de laranja o preferido de sua mãe e de toda família

O pulo do gato está na calda, deve estar quente ao receber as claras em neve

FAMÍLIA PIMENTELBolo de Laranja

DELÍCIAS DE FAMÍLIA

Dona Ancyra Pimentel começou a fazer o bolo na década de 1950

Com duas cores, o bolo delaranja está presente nos principais eventos da família

Arquivo pessoal

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Barra do Sana, onde tiveram seus cin-co filhos: Naíra, Arian, Amanda, Ary-sa e Ary Luiz (já falecido). Em 1945, foram para São Paulo onde ficaram por 5 anos, até retornarem a Macaé. Por aqui, Ancyra deu aula em colégios como Mathias Neto e Luiz Reid até a década de 1960.

Segundo suas filhas, Ancyra não costumava passar muito tempo na cozinha, mas em ocasiões especiais preparava o bolo preferido da famí-lia. “Mamãe gostava de dar aulas, de política e dos bailes da cidade. Ela não passava muito tempo na cozinha, mas esse bolo ela gostava de fazer”, conta Amanda. “Lembro-me dela ba-tendo as claras e misturando o bolo para o casamento de um sobrinho do meu pai, Adir Schueler. Na época, os casamentos não eram tão requinta-dos como os de hoje e era costume fazer um bolo simples, mas especial. Muitas vezes, esse era o escolhido”, lembra Arysa.

Se fosse viva, Ancyra teria 109 anos e uma família composta por 17 netos, 31 bisnetos e três trinetos. Unidos, eles procuram se encontrar periodicamente, principalmente no sítio do seu Ary, na Barra do Sana, hoje mantido pelo filho Arian. Nessas

ocasiões, o bolo de laranja é a atra-ção principal. “Toda vez que como esse bolo fico emocionado, pois me lembro da trajetória da nossa família até os dias de hoje”, conta Arian.

Diferente da maioria dos bolos de la-ranja, que levam apenas raspas e o suco da fruta, este leva os gomos em sua cal-da. Além disso, é bicolor, com uma par-te de laranja e outra de chocolate.

“Por ser diferente, este bolo sem-pre chamou a atenção de todos que comiam e, apesar de passarmos a receita, muitos não a acertavam. O pulo do gato está na calda, que deve estar quente para receber as claras em neve”, revela Arysa, dispensando a batedeira e transformando as claras em neve com um batedor manual.

Da receita original, as filhas da professora Ancyra acrescentaram mais ovo e manteiga. “Sentimos que isso o deixaria mais fofinho”, explica Amanda. Apesar de ser o queridi-nho da família, o quitute continua a ser feito apenas pelas irmãs Pimen-tel. “Nossas filhas sabem que gosta-mos de fazer a receita e deixam por nossa conta. Mas se precisar, elas também colocam a mão na massa”, finaliza Arysa.

O Bolo de Laranja é uma tradição da família Pimentel. Aryza se sente realizada por passar a receita para as futuras gerações

BOLO DE LARANJAMASSAIngredientes:

•300 gramas de manteiga;•3 xícaras de açúcar; •6 gemas;•3 claras em neve;•5 xícaras de farinha de trigo;•2 xícaras de leite;•Raspas de 5 laranjas (atenção

para não ralar a parte branca);•2 colheres de sopa de choco-

late em pó; •2 colheres de sopa de fer-

mento.Preparo:

Bata em creme, o açúcar, a manteiga, as raspas das laranjas e as gemas.

A esse creme, junte as claras ba-tidas em neve, a farinha de trigo e o fermento, acrescentando o leite aos poucos.

Com a massa pronta, separe metade em outra tigela. Em uma delas, coloque 2 colheres de cho-colate em pó, misture bem.

Em uma forma untada e polvi-lhada com trigo, coloque partes da massa alternadas. Uma concha da parte clara e outra da parte escu-ra. Faça isso com rapidez, para que uma cor não entre na outra, o que pode ocorrer.

GLACÊ PARA RECHEIO E COBERTURA

Ingredientes:

•12 laranjas cortadas em peda-ços, apenas os gomos, sem as par-tes brancas que cobrem os gomos (corte como se fosse para uma feijoada);

•3 xícaras de açúcar cristal;•3 colheres de chocolate em pó;•2 claras em neve.Preparo:

Cozinhe as laranjas com o açú-car e o chocolate em fogo baixo. Esse processo dura entre 2 a 3 ho-ras, dependendo do fogão. Quan-do engrossar e soltar da panela, junte as claras em neve, com a cal-da ainda quente, mas com o fogo desligado.

Corte a massa ao meio e re-cheie com a metade do glacê. A outra metade será a cobertura do bolo.

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senvolvimento social a partir de proje-tos de iniciação à profissionalização. E mais do que isso, queremos que a casa seja um refrigério para estas pessoas”, destaca Pierre.

Situada em um espaço físico privi-legiado, em uma enorme área verde, a instituição oferece cursos de violão, flauta, percussão, violino, educação ambiental, informática, costura, artesa-nato e pintura em tecido. Atualmente, são atendidas cerca de 90 famílias e 150 crianças e adolescentes. Há também atividades de orientação para gestantes com apoio através de palestras com vo-luntários e atendimento odontológico para crianças e adultos.

Entre os projetos em andamento, o “Levando a Vida na Flauta” atende 50 crianças e adolescentes na faixa etária de 8 a 16 anos, com atividades de orquestra de flauta doce, oficinas de conscientiza-ção ambiental e acompanhamento social das famílias dos inscritos no projeto. A Casa do Caminho conta ainda com ati-

e do Adolescente de Macaé e no Con-selho Municipal de Assistência Social. Naquela época, o trabalho era voltado para a conscientização ambiental, já que o público assistido era composto, em sua maioria, por famílias oriundas de comunidades agrícolas que habitavam o local, hoje denominado Ajuda.

Acompanhando o crescimento do bairro, a Casa do Caminho sofreu trans-formações ao longo dos anos. O públi-co mudou de perfil e cresceu o núme-ro de pessoas assistidas - atualmente, a maioria das famílias é composta por mães solteiras migradas da região nor-deste do país. O que não mudou foram as prioridades: oferecer oportunida-des e fortalecer a família com foco na criança e no adolescente, tornando-os responsáveis e colaborando para sua in-tegração na sociedade.

“A gente sabe que só o assistencia-lismo não leva ninguém para frente. A pessoa precisa ser independente. Por isso, promovemos a inclusão e o de-

Há 25 anos em Macaé, instituição oferece assistencialismo sem tornar as pessoasdependentes

Já diz o ditado popular que “não basta dar o peixe, é preciso ensi-nar a pescar”. E é sob essa ótica que a Casa do Caminho atua em Macaé, oferecendo assistência so-

cial a crianças, jovens e adultos através de incentivos como o trabalho, as artes e a educação.

Tudo começou com um grupo de amigos, denominado Grupo Verdade, que promovia visitas às favelas da ci-dade, ainda no ano de 1989. Segundo conta Pierre Maciel, um dos fundado-res do espaço e que, atualmente, tra-balha como secretário da casa ao lado da esposa Regina Célia Ribeiro, que é a presidente, o objetivo era ajudar nas questões sociais mais críticas.

Unindo forças, o grupo de volun-tários resolveu então fundar, em outu-bro do mesmo ano, a Casa do Cami-nho, Organização Não Governamental (ONG) de utilidade pública municipal, estadual e federal, registrada no Con-selho Municipal dos Direitos da Criança

Por: Cris Rosa • Fotos: Alle Tavares

O trabalho realizado por Pierre e Regina tem como base o fortalecimento da família e a oferta de oportunidades

PESSOAS

CASA DOCAMINHO

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Por: Cris Rosa • Fotos: Alle Tavares

vidades doutrinárias como reunião de tratamento emocional, tratamento à dependência química e educação medi-única. No local, funcionam também duas escolas, em espaços alugados pela Prefei-tura Municipal de Macaé.

CONSCIENTIZAÇÃO

As atividades de conscientização am-biental têm espaço garantido na Casa do Caminho. Isso porque toda a diretoria acredita que é fundamental que as crian-ças aprendam, desde pequenas, o valor da terra. “No Dia do Meio Ambiente, promovemos um plantio de mudas para a revitalização da horta. Além das crian-ças aprenderem a importância do cuida-do com a terra, o que é produzido serve para o nosso consumo”, conta Pierre.

A questão ambiental é levada tão a sério que a instituição mantém amos-tras de todo tipo de árvore de reflores-tamento rentáveis, baseada no conceito de Poupança Verde. “A nossa ideia é que seja criada uma frente de trabalho junto aos produtores rurais do muni-cípio para valorizar também o plantio. Os benefícios são inúmeros, como o se-questro de carbono, a preservação da fauna, dos mananciais, sem contar que

é algo rentável”, avalia Pierre.

A entidade também reivindica a criação do PREA (Parque Recreati-vo Ecológico da Ajuda), já instituído por lei através do decreto legislativo 163/2009. “O parque seria o resgate de um ambiente que não existe mais, onde as crianças poderiam ter um es-paço para entretenimento, liberdade. Os benefícios seriam não só para os moradores da Ajuda, mas para toda Macaé, que não possui um parque ur-bano”, acredita Pierre.

Mesmo sem a criação do parque, pequenos reflexos do cuidado e cari-nho com o Meio Ambiente já podem ser percebidos. Animais como jacu, coelho, preás, gaviões e passarinhos que não eram comuns no local estão aparecendo. “É como se fosse um oá-sis. O parque serviria também para o turismo, ia fazer diferença na cidade”, argumenta o secretário.

VOLUNTÁRIOS

O trabalho na instituição é feito por 50 voluntários, exercendo as mais variadas atividades, com ajuda de 12 funcionários. Uma dessas voluntárias é Delma Ramos,

O que é vendido no bazar da Casa do Caminho vira recurso para as ações sociais

que trabalha desde 2008 no bazar que a instituição mantém como fonte de renda. “Todas as peças à venda estão em boas condições e o que arrecadamos é usado nas necessidades primárias da casa ou na ajuda emergencial a alguma família”, contou. O bazar funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 10h.

Quem não pode ajudar disponibili-zando parte do tempo, pode contribuir com auxílio financeiro para manter a instituição de pé. De acordo com Pier-re, doações como as de cestas básicas e leite em pó só são possíveis graças à co-laboração das pessoas. “Não temos sub-venção pública desde 2011, mas temos o apoio da Campanha da Solidariedade dos funcionários da Petrobras, da Asso-ciação de Motociclistas de Macaé e, ain-da, um convênio com o Fórum, onde as pessoas que cumprem penas alternativas doam cestas básicas para a instituição”, comenta o secretário.

Os recursos ainda estão abaixo das necessidades e por isso toda ajuda é bem-vinda. As doações são feitas em parceria com o Banco do Brasil e San-tander, através de desconto direto na conta corrente. Quem quiser conhecer mais o trabalho da Casa do Caminho pode entrar em contato pelo telefo-ne (22) 2796-4545 ou pelo e-mail: [email protected]

Divulgação

Cerca de 90 famílias e 150 crianças e adolescentes são atendidos pela ONG

A instituição mantém amostras de vários tipos de árvores, como a cerejeira

Evento de evangelização reuniu crianças de diversas famílias

Divulgação

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comenta com orgulho que a primeira turma de medicina formará em julho deste ano. No trabalho, Irnak divide o seu tempo entre o consultório e a universidade.

Nos momentos de lazer, os en-

contros na casa dos casais amigos são certos. “Eles, assim como a gente, não têm família em Macaé. Então, gostamos muito de reunir e viajar jun-tos. Eles se tornaram a nossa segunda família”, conta.

Também são agradáveis os pas-

seios em contato direto com a natu-reza. O médico gosta ir à Praia do Pe-cado e à Praia das Pedrinhas. “Adoro andar de bike na orla da Praia Cam-pista até a Lagoa de Imboassica”, fala. Na orla dos Cavaleiros, a família de Irnak se delicia com as delícias da co-mida mexicana e japonesa. As idas ao Sansai e ao Sueste são habituais.

A região serrana de Macaé é um

capítulo à parte nos programas da família dele. Todos curtem as belezas naturais da localidade, com cachoei-ras e estilo de vida bucólico. Irnak acredita que a Serra de Macaé tem muito potencial para crescer. Os be-nefícios do litoral de Macaé são apre-ciados pela família toda. Ele conta que a esposa e as filhas gostam de morar perto da praia, de fazer ca-minhada e gozar dessa sensação de vida saudável.

IRNAK BARBOSA,médico e amante das belezas de Macaé

PINGUE-PONGUE Em Macaé, adoro ir... ao Sansai.Um sonho... um mundo melhor.Uma frase... respeitar o próximo.Filme... “A Vida é Bela”, de Rober-to Benigni.Livro... “Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire.Minha inspiração... é me conhe-cer cada vez mais.Comida predileta... a japonesa.Meu hobby... cultivar bonsai.

A história de Irnak Marce-lo Barbosa com Macaé passa pelos corredo-res do HPM (Hospital Público Municipal Dr.

Fernando Pereira da Silva). Foi jus-tamente por causa da construção do hospital, em 2004, que Irnak veio para Macaé. Como é médico cirurgião pediátrico, ele foi convida-do a integrar a equipe de cirurgiões pediátricos do hospital. Mas só em 2005, ele fez morada em Macaé tra-zendo as f ilhas Luisa e Marina e a esposa Cristiane, fonoaudióloga.

Natural do Rio de Janeiro, Irnak

já morou junto com a esposa em Nova Friburgo, onde teve as duas filhas. “Cristiane é muito compa-nheira. Ela topou vir para Macaé e aprendeu a conviver com os familia-res distantes. Ela é muito realizada no que faz e construiu seu espaço”, diz Irnak, com orgulho. Com sereni-dade, ele conta sobre as filhas. “São muito saudáveis. Praticam dança e são muito tranquilas. A mais velha (Luisa) está naquele período de defi-nir que profissão seguir.”

As oportunidades de trabalho

levaram Irnak a construir outro laço na cidade, no meio acadêmico. Atu-almente, ele é coordenador da Facul-dade de Medicina da UFRJ, campus Macaé. Essa atividade traz grande alegria à vida dele. O coordenador

Por: Leila Pinho • Fotos: arquivo pessoal

Com profissionais do HPM e alunos de medicina, Irnak participou so VI Mutirão de Cirurgia Pediátrica

Na UFRJ (campus Macaé), Irnak coordena o curso de medicina

LEITOR EM FOCO

Passear com a família e amigos faz parte dos programas de lazer de Irnak

Ele se sente muito bem em contato direto com a natureza

Alle

Tav

ares

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