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novos equipamentos para embalagem • vida longa com dessecantes Ano II Nº 16 Outubro 2000 R$ 5,00 www.embalagemmarca.com.br

Revista EmbalagemMarca 016 - Outubro 2000

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Edição de outubro de 2000 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.comSiga-nos também no Twitter: http://twitter.com/EmbalagemMarcaEsta edição está incompleta, sem os anúncios e algumas matérias, pois foi recuperada de um arquivo muito antigo. Ainda assim é possível a maioria das reportagens.

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 016 - Outubro 2000

novos equipamentos para embalagem • vida longa com dessecantes

Ano II • Nº 16 • Outubro 2000 • R$ 5,00

www.embalagemmarca.com.br

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ENTREVISTA: FÁBIO FONSECAEs pe cia lis ta em rótulos conta o que viu durante a Label Expo, em Chicago, e aponta algumas tendências do mercado de decoração

CAPA: SORVETESEmpresas do setor fazem ajuste fino nas estratégias de marketing para aproveitar o pico de vendas no verão

RÓTULOSProsseguimento à cobertura do setor, destacandotampografia e in-mold

MARCASEstratégia da IRB com a linha First One é atrair público jovem das classes A e B com produtos inovadores e embalagens atraentes

SHELF LIFEDessecantes eliminam a umidade e aumentam a vida dos produtos

PRÊMIOSBracelpa, Sindusfarma e DuPont anunciam vencedores de prêmios que aproximam os elos da cadeia de embalagem

MATERIAISAlumínio e aço investem pesado para tentar conquistar o consumidor final

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Lara [email protected]

Thays [email protected]

ColaboradoresJosué Machado

Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Antonio Carlos Perreto e Wagner Ferreira

Circulação e [email protected]

Cesar Torres

Assinatura anual (11 exemplares):R$ 45,00

Público-AlvoEm ba la gEm mar ca é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos téc ni cos, de di re ção, ge rên cia e su per vi são em em pre sas for ne ce do ras, con-ver te do ras e usuá rias de em ba la gens para alimentos, be bi das, cos mé ti cos, me di ca men-tos, ma te riais de lim pe za e home ser vi ce, bem como pres ta do res de ser vi ços re la cio na dos com a ca deia de em ba la gem.

Tiragem desta edição7 500 exemplares

Filiada ao

EmbalagEmmarca

é uma publicação mensal daBloco de Comunicação Ltda.

Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

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O con teú do edi to rial de Em ba la gEm mar ca é res guar da do por di rei tos au to rais. Não é per-mi ti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões ex pres-sas em ma té rias as si na das não re fle tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

CARTA DO EDITOR ........................ 4

ESPAÇO ABERTO ........................... 6

INVESTIMENTOS .......................... 36

PANORAMA ................................... 48

DISPLAY ........................................ 50

EVENTOS ...................................... 56

COMO ENCONTRAR..................... 56

ALMANAQUE................................. 58

E MAIS

FOTO

DE

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outubro 2000

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Espaço aberto

Re ce bi Em ba la gEm mar ca de se tem bro e, além de me sen tir hon­ra do de fi gu rar na mes ma, fi quei or gu lho so de ver a qua li da de grá fi­ca, con teú do, dia gra ma ção e vi sua­li za ção de ele va do ní vel con tri buin­do para o en ri que ci men to dos pro­fis sio nais e em pre sas. Pa ra béns.

José Sin ke vis que, con sul tor de pro je tos de embalagens

São Pau lo, SP

Pa ra béns pela re vis ta Em ba la­gEm mar ca, que sem pre vem im pres sio nan do pela alta qua li da de do ma te rial uti li za do e pelo rico con teú do. Em es pe cial, as ca pas das edi ções de agos to (nº 14) e se tem­bro (nº 15) de mons tra ram ex tre mo bom gos to e cria ti vi da de. Além dis­so, a en tre vis ta da edi ção de se tem­bro com José Sin ke vis que, nome que ouço há mais de 13 anos (tem­po que es tou na Cis per), está ex ce­len te e fez com que eu res pei tas se ainda mais esse pro fis sio nal.

Plá ci da Ka za ma, ana lis tade mar ke ting da Cis per

São Pau lo, SP

Gos ta ria ini cial men te de pa ra be­ni zá­los pela ma nei ra pro fis sio nal e efi cien te com que têm con du zi do to dos os as sun tos tra ta dos nes ta já con cei tua da re vis ta. Dois as sun tos na edi ção de se tem bro 2000 me cha ma ram a aten ção. Pri mei ro, a en tre vis ta com o “mes tre” José Sin­ke vis que, real men te um mito no mun do das embalagens. De pois, a ma té ria so bre snacks, mui to boa, mas se me per mi tem, gos ta ria de su ge rir que pro cu ras sem maior apro fun da men to nestes as sun tos

jun to àque las em pre sas que, como a Em pax Em ba la gens, são as real­men te lí de res nes te se tor. A Em pax, como um dos maio res pro du to res de embalagens téc ni cas no Bra sil, não po de ria dei xar de ser ou vi da nes ta ma té ria.

An to nio Adão S. Par ra, di re torin dus trial da Em pax Em ba la gens

São Pau lo, SP

N.da R. – A Em pax foi in sis ten te­men te pro cu ra da para par ti ci par da re por ta gem, como ex pli ca do em de ta lha da res pos ta en via da ao sig­na tá rio. A re da ção per ma ne ce de por tas aber tas a to das as em pre sas que te nham in for ma ções im por tan­tes a dar ao mercado, mas al gu mas vezes en con tra di fi cul da des em ser aten di da. A pro pó si to, fica a su ges­tão de lei tu ra da Car ta do Edi tor da pre sen te edi ção.

Na re por ta gem “Des ta que du­rante e após o con su mo”, na edi ção nº 15 de Em ba la gEm mar ca, exis­tem al gu mas in for ma ções in com­ple tas ou omi ti das que pen so se rem im por tan tes ex pres sar ao pú bli co de qua li da de que essa re vis ta con quis­tou.

Jai me G. de Arau joGe ren te de Marketing &

De sen vol vi men to Téc ni co para Amé ri ca do Sul da AET Films

São Pau lo, SP

N.da R. – As observações feitas pelo sr. Araujo e a resposta estão publi­cadas na página 21 desta edição, na reportagem sobre rótulos. Pa ra be ni zo a re vis ta pela pro du­ção e qua li da de das ma té rias. Acho­a mui to cria ti va e es ti mu lan­te. Todo mês é uma “cai xi nha de sur pre sas”. Ado rei o Documento da 2ª Se ma na do Design de Em ba la­gem.

Ro sa na Sil vei ra, arte­fi na lis ta da Stra té gia Agên cia de

Comunicação & MarketingBagé, RS

Te nho re ce bi do a re vis ta Em ba­la gEm mar ca há al guns me ses e

devo di zer que esta pu bli ca ção me sur preen deu. A qua li da de edi to rial e grá fi ca é con di zen te ao tema prin­ci pal da re vis ta. Afi nal, não é a em ba la gem um dos prin ci pais mo ti­va do res de ven da do pro du to? Pa ra­béns e con ti nuem as sim.

Síl via de Cas tro An dra de,su per vi so ra de mar ke ting da

Ga le na Quí mi ca e Far ma cêu ti ca São Pau lo, SP

Le mos com cu rio si da de os ar ti­gos so bre auto­ade si vos e so bre a Dru pa na re vis ta de agos to e fi ca­mos fe li zes ao ver o en tu sias mo com que é tra ta do o ramo de auto­ade si vos. Par ti ci pa mos des se oti­mis mo ao vi ver mos o dia­a­dia des­se ma ra vi lho so mercado. Seja em ro tu la gem, cada vez mais atraen te e com re cur sos am plos, seja em mar­ca ção de pre ço, seja para pro ces sos de au to ma ção co mer cial e in dus­trial, o auto­ade si vo é in subs ti tuí­vel, lú di co e com forte ex pan são à fren te. Vo cês es tão de pa ra béns por tão bem te rem ab sor vi do o es pí ri to do nos so mercado.

Myriam Gon çal ves, mar ke ting da Fi ta tex Eti que tas e Em ba la gens

Belo Ho ri zon te, MG

Aca ba men to, apre sen ta ção e con teú do de alto pa drão. Gos ta ria de pa ra be ni zar a re vis ta Em ba la­gEm mar ca e a srta. Tany ze Mar co­na to, do mar ke ting da Vo to cel, pela ex ce len te com bi na ção uti li za da na ela bo ra ção da capa da re vis ta nº 15 (se tem bro). Acre di to que os pro fis­sio nais do segmento de embalagens es tão ba ten do pal mas ao re ce be rem seus exem pla res. São estes tra ba­lhos que de no tam a ca pa ci da de e o pre pa ro das nos sas em pre sas e pro­fis sio nais para aten der as exi gên­cias do mercado.

Erik Or te gal Ce sar Can ti nho,ge ren te de con tas da

Flex cell Poli Em ba la gem LtdaSão Ber nar do do Cam po, SP

Te nho acom pa nha do as edi ções de Em ba la gEm mar ca com en tu­sias mo. Como es tu dio so e afi cio­na do por embalagens en con tro na

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out 2000 • embalagemmarca – 7

Redação: Rua Arcílio Martins, 53CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel: (11) 5181-6533Fax: (11) 5182-9463

[email protected]

As men sa gens re ce bi das por car ta, e-mail ou fax po de rão ter tre chos não es sen ciais eli mi na dos, em fun ção do es pa ço dis po ní vel, de modo a dar o maior nú me ro pos sí vel de opor tu ni da-des aos lei to res. As men sa gens po de-rão tam bém ser in se ri das no site da revista (www.embalagemmarca.com.br)

Mensagens para eMbalageMMarca

pu bli ca ção o mun do que me cer ca. Len do o edi to rial da edi ção nú me­ro 14 (agos to), en con trei a me lhor de fi ni ção so bre as fun ções que hoje as embalagens cum prem: con ter, trans por tar, pro te ger, con ser var, in for mar e agre gar valor. Fal tou, po rém, a fun ção ven der, tão e quão im por tan te, vis to que o Bra sil de tém o re cor de mun dial (85%) de de ci são de com pra no pon to­de­ven da.Em tem po: mui to in te li gen te a idéia da capa e da con tra­capa da edi ção 14.

José Mil ton Cas tan Jr,di re tor da Pro pag Em ba la gens

Téc ni cas Fle xí veisGua ru lhos, SP

Gos ta ría mos de agra de cer a evi­dên cia do pro du to Café do Cer ra do 3 Co ra ções na re por ta gem da Re vis ta Em ba la gEm mar ca de se tem bro. Es ta re mos sem pre à dis­po si ção para aten dê­los da me lhor forma.

Ro dri go La per to sa Quin ti no,ge ren te de mar ke tingdo Café 3 Co ra ções

San ta Lu zia, MG

Sou as si nan te de Em ba la­gEmmar ca e que ro pa ra be ni zá­los pelo ex ce len te tra ba lho de nos tra­ze rem todo mês in for ma ções re le­van tes so bre nos so meio. Me cha­ma mui to a aten ção a cons tan te preo cu pa ção em di fun dir idéias de res pei to ao con su mi dor, ou seja: em ba la gem tem que ser ven de do ra, bo ni ta e ne ces sá ria.De se jo­lhes cada vez mais su ces so no es for ço de va lo ri zar a em ba la­gem bra si lei ra.Ail ton Mar ques, di re tor de arte da Nos tra da mus Arte e Comunicação

São José do Rio Pre to, SP

Gos ta ría mos de in for mar que na edi ção nú me ro 15 (Se tem bro 2000) de Em ba la gEm mar ca ocor reu um erro de in for ma ção na se ção Dis­play, pá gi na 52, no ar ti go “Mul ti­pack Ar re don da da”. Esta em ba la­gem foi de sen vol vi da para a Skol (Am Bev) pela Mead Em ba la gens e

so men te a parte grá fi ca de se nha da pela agên cia F/Naz ca. Este pro je­to, de sen vol vi do e de se nha do pela Mead, é pa ten tea do e foi fei to com ex clu si vi da de de lançamento para a Am Bev no mercado brasileiro.

Ana Cris ti na Pupo, mar ke tingda Mead Em ba la gens

São Pau lo, SP

O Documento Es pe cial da 2ª Se ma na ABRE do Design de Em ba la gem, que foi pu bli ca do na edi ção de se tem bro des te veí cu lo, fez uma ex ce len te com pi la ção das ques tões le van ta das durante o even to e pro por cio nou àque les que não pu de ram par ti ci par o aces so ao de poi men to e de ba te de gran des pro fis sio nais da atua li da de. Este do cu men to pro pa ga a im por tân cia e a cons tan te evo lu ção do de sign de em ba la gem em nos so país.Lu cia na Pel le gri no, coor de na do ra

de Meio Am bien te e Co mi tês da ABRE ­ Associação

Brasileira de Em ba la gemSão Pau lo, SP

A Usi na ­ Es cri tó rio de De se­nho vem agra de cer à Re vis ta Em ba la gEm mar ca o es pa ço de di­ca do à co ber tu ra da Se ma na do Design pro mo vi do pelo Co mi tê de Design da ABRE. Em ba la gEm­mar ca fun cio na como ins tru men­to de fun da men tal re le vân cia na divulgação da im por tân cia do tra­ba lho dos es cri tó rios de de se nho no pro ces so de de sen vol vi men to de pro je tos de embalagens.

Ma rio Pal la res, di re tor dede se nho da Usi na ­

Es cri tó rio de De se nhoSão Pau lo, SP

Gos ta ria de pa ra be ni zar o efi­cien te tra ba lho da re vis ta Em ba la­gEm mar ca na 2ª Se ma na do Design da ABRE. É mui to im por­tan te para o mercado de em ba la­gem e sobretudo para as agên cias de de sign, que bus cam uma va lo ri­za ção e cons cien ti za ção da im por­tân cia de uma boa em ba la gem para o pro du to, ter mos par cei ros como Em ba la gEm mar ca, que di vul ga e

ex pres sa com cla re za e se rie da de te mas re le van tes para o con tex to atual do mercado. O pro fis sio na­lis mo e a ex pe riên cia dos pro fis­sio nais en vol vi dos na ma té ria são fun da men tais para que o lei tor se atua li ze, de uma forma prá ti ca e di re ta, so bre as ten dên cias do mer­cado de de sign e em ba la gem no Bra sil. Os pon tos des ta ca dos e os te mas dis cu ti dos no Documento Es pe cial re su mem per fei ta men te o con teú do do even to. Pa ra béns de toda a equi pe da TW Design.

Eduar do Bo na toTW Design, São Pau lo, SP

Como novos in te gran tes do Co mi tê de Design, nós, da Pe rez & Da mia ni, gos ta ría mos de agra de­cer e pa ra be ni zar a pu bli ca ção do Documento Es pe cial da Se ma na do Design na re vis ta Em ba la gEm­mar ca de se tem bro. Ini cia ti vas como esta sem pre co la bo ram mui­to para o pro fis sio na lis mo e se rie­da de em nos so mercado.

João Da mia ni, di re tor daPe rez & Da mia ni

São Pau lo, SP

Sou pu bli ci tá rio e co nhe ci Em ba­la gEmmar ca através de um ami­go. Fi quei con ten te em sa ber que ago ra pos so in di car uma re vis ta es pe cia li za da em embalagens para meus clien tes.Vo cês es tão de pa ra­béns.

Pa blo Adler Côr tes dos San tos,di re tor de arte da

Pri ma ComunicaçãoSal va dor, BA

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á mais de quin ze anos, Fá bio Fon se ca ini ciou sua car rei ra numa gran­de empresa mul ti na cio­nal, na área de de sen vol­vi men to téc ni co de embalagens. De pois de

al gum tem po, de vi do a sua for ma­ção téc ni ca, foi con vi da do, na mes­ma empresa, para a área de pro ces­sos e au to ma ção, onde pas sou a ser res pon sá vel por toda a parte de con­cei tua ção, pla ne ja men to de equi pa­men tos e investimentos. Es sas duas ex pe riên cias ini ciais ga ran ti ram­lhe boa base de co nhe ci men to, tan to tec ni ca men te em má qui nas di re cio­na das ao se tor quan to nos in su mos exis ten tes no mercado na que la oca­sião.

Mais tar de, foi con vi da do por ou tra gran de mul ti na cio nal, atuan te no segmento de auto­ade si vos, para as su mir a área de de sen vol vi men to de produtos. Nes sa fun ção ad qui riu res pei tá vel ba ga gem na área de produtos, in su mos e re cur sos na área de ro tu la gem. Esse do mí nio de co nhe ci men tos téc ni cos tan to em equi pa men tos quan to em produtos va leu­lhe um con vi te para tra ba lhar na área de mar ke ting téc ni co da mes ma empresa e, pos te rior men te, na Mo bil Films, gi gan te no se tor de fil mes plás ti cos para os mercados de ro tu la gem e em ba la gem, hoje uni da in ter na cio nal men te à Ex xon e re ba­ti za da, mun dial men te, como Ex xon­Mo bil Che mi cal, Films Bu si ness. Atual men te, Fá bio Fon se ca é ge ren­te de de sen vol vi men to de mercado para a Amé ri ca do Sul, ex clu si va­men te de di ca do ao se tor de ro tu la­gem, o que va lo ri za seu sta tus de es pe cia lis ta nes se mercado, con di­ção em que fala nes ta en tre vis ta.

Qual a im por tân cia da de co ra ção de uma em ba la gem na con quis ta do con su mi dor?No Bra sil não che ga ainda a ter a fun ção al ta men te mer ca do ló gi ca que po de ria ter e tem em ou tros paí ses, mas as em pre sas es tão des per tan do para a ten dên cia de uti li zar o ró tu lo não só como um vi lão do cus to ou como uma exi gên cia le gal de iden ti­fi car o pro du to, mas tam bém como uma forte fer ra men ta de mar ke ting no pon to­de­ven da, um veí cu lo de divulgação do pro du to.

Essa per cep ção da im por tân cia da em ba la gem está se ge ne ra li zan do?Um pon to mui to po si ti vo é que hoje se bus ca di fe ren ciar a em ba la gem no pon to­de­ven da. Já foi o tem po em que numa ca te go ria de pro du to to das as mar cas ti nham a mes ma cara. Hoje

“ O mercado está despertando”

Hfábio fonseca, um especialista em rot-ulagem, diz que as empresas vêem cada vez mais o rótulocomo uma ferramenta de marketing noponto-de-venda, e não mais como um vilão do custo. e faz um alerta para a necessidade de evitar a banalização das embalagens

ENTREVISTA

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fazer da mar ca. Mes mo a en ge nha ria de cus tos que vem atrás de uma em ba la gem é hoje mui to mais com­ple ta do que no pas sa do, quan do se apre sen ta vam duas op ções ao clien te e ele di zia: “Que ro a mais ba ra ta”.

Apesar dis so, ago ra mesmo vêem-se gran des mar cas sen do pre ju di ca das pela uti li za ção de embalagens pa dro ni za das, como no caso dos re fri ge ran tes, que ao fazer isso per-de ram es pa ço para pe que nos pro du-to res. En trar na guer ra de pre ços não é meio ine vi tá vel num mercado pres sio na do como o brasileiro?O fundamental é evi tar a ba na li za ção des de o co me ço. A in tro du ção da gar­ra fa de PET para refrigerantes veio muito rápido, não hou ve tem po es tra­té gi co para pla ne jar. A in dús tria de embalagens de PET em ge ral, mas prin ci pal men te para re fri ge ran te, cresceu tre men da men te nos úl ti mos anos e con ti nua cres cen do. De fato, com a bus ca de redução de cus to pa dro ni zou­se o mo de lo de gar ra fa. To das as gran des mar cas en tra ram na que le mo de lo de tubo de en saio, con ven cio nal, com os mes mos pa drões. Isso criou no ima gi ná rio do con su mi dor a idéia de que a qua li da­de era si mi lar, que os produtos eram iguais, porque as gar ra fas eram iguais. Ele en ten dia que se com pras se tan to uma uma quan to ou tra te ria o mesmo pa drão de qua li da de. Ao ana li sar um pro du to do pon to de vis ta do mar ke­ting, ainda que seja na im ple men ta­ção de uma nova em ba la gem, é pre­ci so ava liar mui to bem seu de sen vol­vi men to, seu lançamento, a vida útil, o pro lon ga men to da vida útil e o de clí nio. Acho que no caso das gran­des mar cas de re fri ge ran te essa ação foi um pou co tar dia.

De cer ta forma, a ba na li za ção de pa drão ocor re tam bém no mercado de cer ve jas, não? Com o au men to da ofer ta e, ao mesmo tem po, com a re tra ção da de man da, as cer ve ja rias en tra ram em guer ra de pre ços, em

ne ces si da de, e o ter cei ro a mar ca. A pa la vra é forte, mas pri mei ro o con­su mi dor se “apai xo na” pelo pro du to, ana li san do di fe ren ciais como bri lho, be le za, apa rên cia, en fim, atra ção visual. Tudo isso se dá in cons cien te­men te e numa fra ção de se gun dos. Se fi car in de ci so en tre dois produtos de pre ços si mi la res, ele vai le var aque le pelo qual se apai xo nou. Muitos poderão di zer que es tão preocupados pri mei ro com pre ço e de pois com qua li da de, mas hoje o que real men te

in fluen cia numa de ci são de com pra é a ima gem do pro du to e tam bém a mar ca. As em pre sas hoje es tão se cons cien ti zan do e in ves tin do mais na ques tão da ima gem, da atra ção visual que o pro du to cau sa no con su mi dor, e ne nhu ma fer ra men ta é mais forte que o ró tu lo para isso.

Não sig ni fi ca tam bém que, as sim, a costumeira opção pelo pre ço vai dar lu gar à exigência de qua li da de a qual quer pre ço? Para atender a uma expectativa de maior qua li da de visual, os produtos não fi carão mais ca ros e me nos com pe ti ti vos?Uma mu dan ça drás ti ca é que o “caro” está sen do ava lia do no con­jun to ge ral. En tão, o ró tu lo pas sa a ser ba ra to, quan do se mede o retorno que vai dar, a pro mo ção que vai

out 2000 • embalagemmarca – 9

A padronização

das garrafas de PET

para refrigerantes

levou o consumidor a

imaginar que todas

as marcas eram

iguais: se

comprasse uma

ou outra teria

o mesmo padrão

de qualidade

o gran de di fe ren cial é cha mar a aten­ção do clien te, pois mui tas pes qui sas de mercado mos tram que, em mé dia, 65% das de ci sões de com pra são to ma das no pon to­de­ven da. Ain da as sim, quan do se ini cia uma con ver sa nesse sen ti do, co me ça­se a fa lar de ou tros ti pos de pu bli ci da de, jor nais, re vis tas, TV, de divulgação da mar ca, etc. Se to mar mos es ses nú me ros como base e de ma nei ra gros sei ra, po de mos di zer que o in ves ti men to em pu bli ci da de, que não no pon to­de­ven da, onde se in clui for te men te a eti que ta, é res pon sá vel por ape nas 35% das de ci sões de com pra. Hoje, no cus to de um pro du to, ge ne ri ca­men te, 3% é cus to da eti que ta. Com­pa ran do­se isso com as gi gan tes cas ver bas de pu bli ci da de tra di cio nal nas em pre sas de produtos de alto con su­mo, ve mos o quão pou co ainda se in ves te nes ta efi caz fer ra men ta de ven das, ainda com toda a in fluên cia que tem nas de ci sões de com pra no pon to­de­ven da. A con clu são que se tira é que o volume imen so de di nhei­ro que está sen do in ves ti do em pu bli­ci da de tra di cio nal não está sen do res pon sá vel pela maio ria das ven das do pro du to. É in ver sa men te pro por­cio nal.

Pelo me nos no Bra sil, onde os sa lá-rios vêm sen do com pri mi dos, mais do que o po der do ró tu lo, mais do que a for ça da em ba la gem no pon-to-de-ven da, o que in fluen cia a de ci-são de com pra do con su mi dor não será o pre ço do pro du to?To me mos como exem plo um con su­mi dor co mum, que vai ao su per mer­ca do e pen sa: “Pre ci so com prar cer­ve ja”. Ra ros são os ca sos em que se vai com uma de ter mi na da mar ca na ca be ça. Em fra ções de segundo e in cons cien te men te ele com pa ra produtos, dis po ni bi li da de, va rie da de, aqui lo que real men te quer e, fi nal­men te, pre ço. Pes qui sas mos tram que pre ço, ao con trá rio do que mui tos pen sam, é o quar to item que o con su­mi dor ava lia. O segundo pon to é a

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ou Ap plied Ce ra mic La bel. Isso acon te ce por que a pro du ção de cer­ve ja lá é mui to ver ti ca li za da. O dono da cer ve ja ria é dono tam bém da vi dra ria, que por sua vez tem equi pa men tos de im pres são para ACL. E é as sim há se ten ta anos. No mercado me xi ca no há cer ve jas de mar cas for tes e embalagens de boa qua li da de, como a Sol, mas há ou tras em que a gar ra fa tem qua li­da de de im pres são ruim. A Coors com pe tia com aque las cer ve jas com

um visual não mui to sa lien te, com um ró tu lo que não se des ta ca va. Era um ró tu lo de pa pel pré­cor ta do, apli ca do com cola em gar ra fas one­way, que é um mercado mui to gran­de lá. Pas sou en tão a usar um ade si­vo al ta men te trans pa ren te, que si mu la va im pres são di re ta na gar ra­fa, uma ten dên cia mun dial co nhe ci­da como no­la bel look. O re sul ta do grá fi co fi cou su pe rior, com bi nou fle xo gra fia com se ri gra fia, que dá até uma no ção de re le vo na ro tu la­gem. Olhan do a gar ra fa de per to per ce be­se que é um ró tu lo, pois no tam­se as bor das. Mas a meio me tro de dis tân cia, que é a dis tân cia de uma pra te lei ra de su per mer ca do, a sen sa ção é de im pres são di re ta no

pre juí zo de um bem pre cio so, que é mar ca. Mar cas cen te ná rias pas sa-ram a con cor rer em pre ço en tre si e com produtos novos, de mar cas ini-cian tes. Sem fa lar de er ros es tra té-gi cos, o se nhor não acha que uma me lho ra da qua li da de dos ró tu los da que las mar cas for tes po de ria ter aju da do a im pe dir o que ocor reu?Ao re fe rir­me à ba na li za ção da em ba la gem não es tou me re fe rin do es pe ci fi ca men te ao for ma to pa dro­ni za do que ela pos sa ter, no caso uma gar ra fa de vi dro de 600ml, uma long neck ou uma lata. Aí pas sa mos a de sa fiar a cria ti vi da de da empresa que está lan çan do de ter mi na do pro­du to. Esse de sa fio é mui to sau dá vel, pois in cen ti va pes qui sas para des co­brir quais os re cur sos dis po ní veis para aju dar a ti rar aque le pro du to da ba na li za ção. Mes mo com formato e apa rên cia si mi la res é pos sí vel di fe­ren ciar os produtos. É cla ro que pro mo ção, anún cios, o mar ke ting tra di cio nal sem pre aju da rão a ven­der. Mas o que fun cio na mesmo é di fe ren ciar no pon to­de­ven da. Vol­ta mos en tão ao ró tu lo, a ou tras tec­no lo gias que po dem ser uti li za das, como fa zem mui tas mar cas mun­diais. Exem plo: em 1998, a Coors, uma mar ca de cer ve ja mui to forte nos Es ta dos Uni dos, con se guiu au men tar suas ven das sim ples men te tro can do o ró tu lo de pa pel com cola por um auto­ade si vo trans pa ren te e de forte ape lo grá fi co. Num merca­do que cres ce de 2% a 4% ao ano, como o mercado nor te­ame ri ca no de cer ve ja, em um ano a Coors au men tou em 9% as suas ven das. É uma con di ção es pe ta cu lar para uma mar ca de cer ve ja es pe cí fi ca.

Dá para des cre ver como o ró tu lo era e como fi cou?Na épo ca, a Coors con cor ria com mui tas cer ve jas im por ta das do Mé xi co. As cer ve jas me xi ca nas têm uma par ti cu la ri da de: usam mui to em gar ra fas um sis te ma de de co ra­ção an ti go, pio nei ro, que é o ACL,

vi dro. Aqui lo cha mou a aten ção, pois os de sig ners brin ca ram com co res, com ti pos de le tra di fe ren tes, com ima gens. Foi um su ces so.

No caso, a ro tu la gem é fei ta na linha de en chi men to ou as gar ra fas são for ne ci das pré-ro tu la das?Nes se caso es pe cí fi co não é fei ta pela vi dra ria. As gar ra fas são ro tu la­das no en va se. De pois des se pri mei­ro lançamento, a Coors tem hoje qua tro mar cas com auto­ade si vos. A ten dên cia mun dial é não haver mais embalagens pré­de co ra das. Esse sis­te ma exi ge manutenção de es to ques da em ba la gem do pro du to nú me ro um, do nú me ro dois, do nú me ro três, do nú me ro qua tro etc.

Pode ser per fei to para gar ra fas one-way. Mas no Bra sil 70% da cer-ve ja pro du zi da são acon di cio na dos em gar ra fas de vi dro re tor ná veis, que pas sam por la va gens com produtos agres si vos. To das uti li zam ró tu los de pa pel, de cus to in sig ni fi-can te no total. Usar auto-ade si vos cada vez que o re ci pien te fos se usa-do não en ca re ce ria de mais o pro du-to final? Há for ne ce do res que pos suem ma te­riais auto­ade si vos com ade si vos re sis ten tes à la va gem e à pas teu ri za­ção por vá rias vezes, sem per da de qua li da de. São fei tos jus ta men te para gar ra fas re tor ná veis. A ro tu la­gem auto­ade si va é mais cara, mas é pre ci so considerar ou tros re cur sos e va lo res que ofe re ce. Ro tu lan do a em ba la gem re tor ná vel com auto­ade si vo, o cus to fica in fi ni ta men te me nor do que no sis te ma atual, em que é pre ci so ro tu lar sem pre.

Du ran te a La bel Expo, em Chi ca go, que o se nhor vi si tou re cen te men te, deu para ob ser var isso como ten-dên cia? Quais fo ram as prin ci pais ten dên cias, no vi da des, opor tu ni da-des e amea ças que o se nhor no tou?Essa fei ra é hoje a mais im por tan te do mercado de ro tu la gem mun dial, mui to

Mesmo com

formato e aparência

similares, é possível

diferenciar os

produtos. Promoção

e anúncios sempre

ajudarão a vender.

Mas o que funciona

mesmo é diferenciar

os produtos no

ponto-de-venda

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12 – embalagemmarca • set 2000

no fu tu ro. Não acre di to. É cla ro que es sas tec no lo gias, que são di fe ren­tes e têm apli ca ções di fe ren tes, vão se cho car em mui tos pon tos. Mas elas es tão cres cen do em mercados que são cres cen tes e di ver gen tes. Acre di to mui to no alto crescimento, nos pró xi mos cin co anos, dos ró tu­los ter mo­en co lhí veis e ainda al gu­ma coi sa em in­mold, mas isto sem afe tar de forma di re ta o crescimento de auto­ade si vos, por exem plo.

O in-mold não vai um pou co con tra a ten dên cia de não man ter es to ques de embalagens pré-ro tu la das?É ver da de, mas ele tem crescimento em al guns ni chos es pe cí fi cos, em mercados que não têm va ria ções mui to gran des de em ba la gem, como o de óleos lu bri fi can tes, de con su­mos al tís si mos e pou ca ne ces si da de de mu dan ça na em ba la gem. Os ma nu seios um pou co vio len tos des­ses ma te riais con tri buem para re for­çar o po ten cial de crescimento lo ca­li za do do in­mold la bel. Pro du tos de lim pe za pe sa da tam bém cons ti tuem um mercado sem va ria ção mui to gran de, com embalagens in dus triais. Quan do se fala em qua li da de grá fi ca e em ape lo visual se está fa lan do mais de in­mold la bel. Se o que se

O consumidor

passará com o

carrinho de compras

sob um arco, com seu

cartão de crédito no

bolso. Um chip na eti-

queta dos produtos

permitirá registrar

tudo o que está no

carrinho e o número

do cartão

ww

w.e

mb

ala

gem

marc

a.c

om

.br

fo ca da no ramo de auto­ade si vo, mas ha via no vi da des tam bém em eti que­tas em rolo e eti que tas pré­cor ta das. A La bel Expo é mui to in te res san te para o con ver te dor de eti que tas, pois as gran des em pre sas sem pre apre sen tam no vi da des. To dos os in su mos e equi­pa men tos que um con ver te dor uti li za es tão lá, o que per mi te ver o que está acon te cen do em tec no lo gia de pon ta. Dá para fazer com pa ra ções. No Bra­sil, o que o mercado de auto­ade si vos uti li za hoje em ter mos de equi pa men­tos são má qui nas fle xo grá fi cas de ban da es trei ta, ge ral men te de 10 po le­ga das de lar gu ra ou pró xi mas a isso, es pe cia li za das em im pres são de auto­ade si vos, por exem plo. Es ses fa bri­can tes, que tra di cio nal men te for ne­cem para o mercado de auto­ade si vos, es tão lan çan do má qui nas di fe ren cia­das, de lar gu ra um pou co maior. Como um chis te es tão sen do cha ma­das de má qui nas de ban da mé dia, in ter me diá ria en tre o que exis te hoje, que são a ban da es trei ta e a ban da lar­ga, de apro xi ma da men te 1 me tro. Uma ten dên cia que já ti nha sido vis ta an tes, a com bi na ção de fle xo gra fia na mes ma má qui na com se ri gra fia e off­set ro ta ti vo, se evi den ciou mui to nes­sa fei ra. São má qui nas que po dem im pri mir des de car tões ou auto­ade si­vos já su por ta dos até fil mes fi nos sem su por te para o mercado de wrap­around. A seg men ta ção, em que produtos de uma mes ma ca te go ria ou mar ca mul ti pli cam sa bo res, co res, está exi gin do uma im pres são com mais jogo de cin tu ra, que pos sa ter ti ra gens me no res com a mes ma qua li­da de, mas com cus to mais com pe ti ti­vo. Creio que en tra rá essa ten dên cia e mo di fi ca rá al guns ve lhos con cei tos do mercado.

Que tec no lo gias se fir ma rão mais?Vejo um crescimento gran de em ró tu los ter moen co lhí veis, quer seja de PVC slee ve ou BOPP wrap­around, ou o que seja. Já me per­gun ta ram se acho que o ter moen co­lhí vel vai subs ti tuir o auto­ade si vo

bus ca é bri lho, apa rên cia, visual, alta qua li da de grá fi ca, per de­se um pou­co no sis te ma in­mold. O sis te ma não é com pe ti ti vo com al guns ou tros sis te mas de ro tu la gem, mas para as embalagens ci ta das é mui to ade qua­do.

Na La bel Expo hou ve al gu ma ên fa-se em eti que tas de se gu ran ça, seja para in vio la bi li da de da em ba la-gem, seja con tra fur to?Ba si ca men te, viu­se o de sen vol vi­men to de ade si vos es pe ciais que se de sin te gram ao ser sub me ti dos a de ter mi na dos am bien tes, ou en tão de fron tais es pe ciais, de pa pel ou fil me, que mu dam de cor se ex pos­tos à luz ex ter na. Exis te uma mo bi­li za ção mui to gran de, mas cer ta in de ci são nes se mercado. Es tão ati ran do para mui tos la dos, sem ter ainda uma so lu ção es pe cí fi ca. Mui­tas em pre sas es tão tra ba lhan do na tec no lo gia da ho lo gra fia, que deverá ter pa pel im por tan te. Uma ten dên cia que está se con cre ti zan­do é a das eti que tas de rá dio­fre­qüên cia, em bo ra ainda seja um mercado a ser de sen vol vi do. As eti que tas de rá dio­fre quên cia são im por tan tes para mui tas ou tras coi­sas, não só para se gu ran ça. Hoje há a preo cu pa ção de ro tu lar o pro du to com o que vai “subs ti tuir” o có di go de bar ras ou adi cio nar ao có di go de bar ras in for ma ções so bre o pro du­to. No fu tu ro o con su mi dor vai pas sar com o car ri nho de su per­mer ca do em bai xo de um arco, com seu car tão de cré di to no bol so. Um chip na eti que ta dos produtos vai per mi tir que se re gis tre tudo o que está no car ri nho, o nú me ro do car­tão de cré di to, o dé bi to já es ta rá fei to. O crescimento mun dial da eti que ta, qual quer que seja a tec no­lo gia, se deve e se deverá ao fato de, além de ser um veí cu lo de mar­ke ting, es tar se trans for man do, em fu tu ro pró xi mo, num veí cu lo de se gu ran ça e de in for ma ções con so­li da das numa só fer ra men ta.

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14 – embalagemmarca • out 2000

CAPA

o sorveteiro

sumiuem che gan do o ve rão. A pri ma ve ra, pre­nún cio de que o ca lor está por vir, ele va a adre na li na das em pre sas que apos tam tudo na es ta ção mais quente do ano para

fa tu rar alto. É hora de dar os re to ques fi nais nas estratégias tra ça das para al can çar me tas num ar di lo­so jogo de tiro cur to, que se evidencia sobretudo no mais em ble má ti co dos mer­cados en vol vi dos por esse boom sa zo nal, o de sor ve tes e pi co lés.

Para as em pre sas que atuam nessa categoria de produtos, o mo men to é mais que crí ti co, já que o faturamento obti­do no verão tem pra ti ca­men te a obri ga ção de sus ten tar o em preen di­men to ao lon go do ano. Passado o período de calor forte, as ven das des pen cam as sus ta do ra­men te, pois, ao con trá­rio de eu ro peus e nor te­ame ri ca nos, os bra si lei­ros não en ca ram o pro­du to como alimento nu tri ti vo, adequado a qual quer si tua ção, e sim como gu lo sei ma para re fres car os qua ren ta graus à som bra. A in dús tria do sor ve te fica como o fo lião de car na val: sabe que in fe liz men te a fes ta tem data para aca bar.

ventre suas múltiplas funções, embalagens de sorvete são vendedoras

“O se tor está se mo vi men tan do mais do que nun­ca para aca bar com esse es tig ma”, con ta Rei nal do Ma lan drin, di re tor de co mu ni ca ções do Sicongel, Sin di ca to da In dús tria Ali men tar de Con ge la dos, Su per con ge la dos, Sor ve tes, Con cen tra dos e Lio fi li­za dos no Es ta do de São Pau lo. Mais ainda depois de

a es pe ran ça de pelo me nos che gar per to do con su mo per ca pi ta de paí ses como a Di na mar­ca, que ape sar do cli ma frio fica na casa dos 17 li tros anuais, con tra in sos sos 2 li tros consu­midos no Brasil, ter sido aba la da por que das no volume ven di do nos úl ti­mos dois anos. A cul pa é de po si ta da em fe nô me­nos como El Niño e La Niña, que nos pre sen tea­ram com chu vas cons­tan tes em janeiro e fe ve­rei ro de 1999 e de 2000, afu gen tan do os consum­idores do pro du to.

Mas como la men tar não adian ta, o im por tan­te é apro vei tar o mo men­

to enquanto as trans for ma ções não ocor rem. E den tro des se segmento, de pen den te da com pra por im pul so, a em ba la gem cum pre pa pel de ci si vo na ala van ca gem de ven das, atrain do o con su mi dor. Além de des per tar a aten ção e o appetite appeal, o pote, a flow­pack, o

Guilherme Kamio

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car tu cho ou o copo de sor ve tes de mas sa e pi co lés tam bém têm de pro te ger na dis tri bui ção e no ca mi nho até o lar.

Aci ma de tudo, a em ba la gem atraen te e pro te to ra é uma das fer ra men tas mais im por tan tes para dei xar cla ra a ex ce lên cia do pro du to, num segmento em que mar cas re gio nais – “e di ver sas in for mais, para não di zer clan des ti nas”, aler ta Ma lan drin – abo ca nham fa tias pre cio sas de mercado. É o fe nô me no da “tu bai­ni za ção” presente mais uma vez. “Mon tar uma linha de pro du ção de sor ve tes está cada vez mais fá cil, até mesmo no que se re fe re a li nhas de em ba la gem”, afir­ma o di re tor de co mu ni ca ções do sin di ca to. “Por isso, embalagens mo der nas e di fe ren cia das são alia das im por tan tes para o re co nhe ci men to da mar ca.”

Van ta gem visual e pro du ti va – Além dos as pec tos de mar ke ting, as preo cu pa ções com o pa pel da em ba la gem de sor ve te na pro te ção e na dis tri bui­ção vêm sen do cres cen tes nos úl ti mos anos. “Hou ve trans for ma ções sen sí veis, como a pas sa gem dos po tes

o segmento de sor ve tes a gra nel, ou bulk, também pre ci­sa de embalagens ade qua das ao trans por te e à ex po si ção nos pon tos­de­ven da. A so lu ção para o se tor vem sen do usar embalagens des car tá veis de pa pe lão on du la do, que eli mi nam cus tos com fre te de retorno e são ex tre ma men te prá ti cas. A Kpack, por exem plo, for ne ce caixas com pos tas de duas ca pas de pa pel kraft com mio lo de onda bai xa. o re fil é com pos to de uma capa de pa pe lão mi croon du la do e uma capa bran ca de pa pel, mais uma ca ma da ex tru da da de fil me de po lie ti le no de bai xa den si da de. tais cai xas es tão dis po ní veis para os vo lu mes de 5 e 10 li tros. se gun do Pau lo sér gio de Chec chi, ven de dor téc ni co da Kpack, uma gran de van ta gem na uti li za ção da em ba la­gem de pa pe lão é que é for ne ci da des mon ta da, de modo a otimizar o trans por te. Na uni da de do clien te, ela é ar ma da “com um leve to que”, nas pa la vras de Chec chi, e a tem pe ra tu ra do pro du to é man ti da pela ação do mio lo mi croon du la do. Mar cas de sor ve tes como tia Cida, ve rão, es ki mil­es ki mo ni, Buon Ge la to e sP ice, já as uti­li zam. “essas caixas são efi cien tes no em pi lha men to e nos tra zem poucas per das”, con ta re gi nal do Mar tins, só cio­ge ren te da tia Cida.em ba la gens si mi la res são co mer cia li za das com su ces so pela Li po quí mi ca, ba sea da em Nova odes sa (sP). Além dos ta ma nhos pa drão, para 5 e 10 li tros, a empresa for­ne ce cai xas para 7 e 2 li tros, ar ma das ma nual men te. Au to ri za das pelos ór gãos com pe ten tes, as cai xas são re ves ti das in ter na men te com po lie ti le no ou pa pel­car tão plas ti fi ca do, para acon di cio na men to direto do pro du to. são con su mi das pela La Bas que e por ou tros pro du to­res de sor ve tes. “elas aju dam mui to na con ser va ção da tem pe ra tu ra do pro du to”, con ta An dréia Mar qui zet ti, ge ren te co mer cial da Li po quí mi ca.Já a ri ge sa Wes tva co, um jo ga dor de grande por te no mercado de embalagens de pa pe lão on du la do e pa pel­car tão, pre ten de am pliar sua pe ne tra ção nes se mercado. Da niel le Pon ter sa rai va, da área de de sen vol vi men to de produtos fri go ri fi ca dos da empresa, fri sa que o ob je ti vo é “aten der esse mercado por meio de pro je tos cus to mi zá veis, de acor do com a ne ces si da de do clien te”. Há tam bém pla nos da ri ge sa para au men tar o for ne ci­men to de seu pa pe lão, que leva mas sa di fe ren cia da e tra ta men tos es pe ciais para atuar em am bien­tes fri go ri fi ca dos, jun to a trans for­ma do res es pe cia li za dos em cai­xas para sor ve tes. “Que re mos ge rar in te gra ção para de sen vol ver so lu ções pro gres si va men te me lho res em embalagens para con ge la dos e fri go ri fi ca dos”, con­ta Fá bio Pe rei ra, do de par ta men to de mar ke ting da ri ge sa Westvaco.

A mas sa é do pa pe lão

fonte: sicongel

Quem toma mais sorvete(consumo per capita em litros por ano)estADos UNiDos

DiNAMArCA

sUÉCiA

FiNLÂNDiA

itÁLiA

NorUeGA

esPANHA

iNGLAterrA

CHiLe

ArGeNtiNA

UrUGUAi

BrAsiL

22,0

17,0

13,7

13,0

13,6

12,8

6,0

6,0

4,6

4,1

3,3

2,6

em picolés, predomínio das embalagens flexíveis

do tipo flow­pack

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16 – embalagemmarca • out 2000

re don dos para os re tan gu la res e a in tro du ção de tam­pas au to la cran tes no segmento doméstico, a ado ção das cai xas de pa pe lão on du la do para as ven das a gra­nel e a subs ti tui ção do pa pel re ves ti do por fil mes de po li pro pi le no nos pi co lés”, enu me ra Ma lan drin.

No caso dos pi co lés, a mu dan ça de fi ni ti va men te pe gou. “O po li pro pi le no per mi tiu in cre men to de ape­lo visual da em ba la gem através da uti li za ção de fil­mes pe ro li za dos com alto bri lho, fil mes me ta li za dos e até mesmo fil mes trans pa ren tes”, co men ta Adria na Pe rei ra Col la res, con sul to ra de mar ke ting da Vo to cel, uma das prin ci pais for ne ce do ras de fil mes para embalagens de pi co lés. “Vale res sal tar a in te gri da de da em ba la gem de BOPP (po li pro pi le no bi­orien ta do) mesmo quando sub me ti da por mais de doze me ses a tem pe ra tu ras bai xís si mas, re sul ta do de de sen vol vi­men tos de tin tas e ver ni zes”, lem bra Adria na.

“A em ba la gem de pa pel era sem vida, e a de po li­pro pi le no, além de ofe re cer uma es tru tu ra me lhor, trans for mou­se num veí cu lo de co mu ni ca ção mui to forte, pe las van ta gens vi suais”, acre di ta José An tô nio Ru fa to, do mar ke ting da Vi to pel­Kop pol, ou tra for­ne ce do ra de peso dos fil mes de BOPP para pi co lés. “Já é uma ten dên cia fir me men te con so li da da”, ates ta An tô nio Adão Par ra, di re tor in dus trial da con ver te do­ra Em pax, que aten de a Ki bon, lí der no segmento, com 54% de sha re, segundo da dos AC Niel sen. “A in tro du ção do po li pro pi le no para acondicionar pi co­

A Nes tlé aca ba de pro mo ver uma sen sí vel trans for ma ção na sua di vi são de sor ve tes, mu dan do a iden ti da de da Yopa para Uni da de de sor ve tes Nes tlé. o lo go ti po e as embalagens de to dos os produtos es tão de cara nova, com o ob je ti vo de “de sen vol ver uma per cep ção cla ra da mar ca como um todo, trans fe rin do os va lo res agre ga dos da mar ca­mãe Nes tlé per ce bi dos pelos consumidores – qua li da de, con fian ça e tra di ção – àqueles de que a Yopa já des fru ta va: ale gria, jo via li da de e des con tra ção”, diz o in for me ofi cial da empresa. ou tra meta da mu dan ça é aten der às de man das ge ra das pela glo ba li za ção. “Com a pa dro ni za ção da mar ca, os produtos po de rão ser ex por­

ta dos e im por ta dos fa cil men­te”, diz o ge ren te da Uni da de de sor ve tes Nes tlé, Fer nan do Fo ron da. “o lo go ti po man terá o for ma to ori gi nal e as co res sím bo los da mar ca, que são o ver me lho e o azul”, ex pli ca o ge ren te. As embalagens dos 23 novos produtos da empre­sa para o ve rão de 2001 já tra­zem a nova mar ca.

Mu dan ça es tra té gi ca

lés trou xe van ta gens ine gá veis em cus to ao lon go do pro ces so, as pec to es sen cial para a pro du ção de uma com mo dity”, ar gu men ta.

Se gun do ele, uma ten dên cia in ci pien te para os pi co lés é a se la gem a frio, que a Em pax dis po ni bi li za sob a mar ca Seal pax. Parra con ta que o pro ces so pode ge rar ga nhos de pro du ti vi da de de até 30% nas li nhas de pro du ção de pi co lés. Como a se la gem da flow­pack é pon to crí ti co para o su ces so do pro du to no mercado, os for ne ce do res de fil mes es tão de olho nes se as pec to. A Ex xon Mo bil Films, que afirma li de­rar o for ne ci men to de es tru tu ras fle xí veis para pi co lés no mercado nor te­ame ri ca no, de sen vol veu o WOS­2, fil me de po li pro pi le no com am pla fai xa de se la gem, que com preen de tem pe ra tu ras a partir de 93º C, bai xa para os pa drões do mercado.

Esse fil me oferece dois outros apelos. Um é a adap ta ção a li nhas ve lo zes de pro du ção, em má qui nas

Produto Kibon direcionado a jovens (à esq.) e linha de baix­as calorias da Nestlé

Potes rígidosda Poly­vac

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de em ba la gem do tipo mul ti­lane, que pro ces sam vá rias uni da des ao mesmo tem po, Outro é o di fe ren­cial em ren di men to, pois é ca vi ta do, ou seja, ob ti do a partir de um pro ces so com so pro de ar na for ma ção do fil me bran co. “Isso per mi te uma es tru tu ra mais leve, ape sar de a es pes su ra ser a mes ma uti li za da como pa drão no mercado”, ex pli ca Ro sia ne Ba si le Die gues, es pe cia lis ta da Ex xon Mo bil.

Rí gi dos tam bém in ves tem – Ou tro mercado ape ti to so para a linha de di ca da ao va re jo de im pul so é

Co ber tos por con den sa ção de água durante o pro ces­so de co di fi ca ção, produtos con ge la dos, como sor ve­tes, cos tu mam pro por cio nar pro ble mas de ade rên cia de tin ta. Para aca bar com esse tipo de trans tor no, a bri tâ ni ca Linx Prin ting tech no lo gies, re pre sen ta da no Bra sil pela Nytek so lu ções, está apre sen tan do a nova tin ta Pre ta para Pro ces sos Úmi dos.De sen vol vi da es pe cial men te para co di fi car produtos que ume de cem an tes ou após o pro ces so de co di fi ca­ção, a tin ta per mi te a im pres são por meio de uma fina ca ma da de umi da de para pro por cio nar men sa gens le gí veis de até qua tro li nhas. Quan do seca, re sis te a re mo ções por fric ção ou con ta to com água, mas pode ser eli mi na da por la va gem com ál ca li di luí do. o produ­to fun cio na tan to em pro ces sos de en va se a frio quan­to a quen te, para as in dús trias de alimentos e be bi das. Caso haja ex ces so de umi da de no mo men to da co di fi­ca ção, um jato de ar se en car re ga de ga ran tir apli ca ção efi cien te. tal tin ta é for mu la da para uso com o pa drão de im pres so ras CiJ (jato con tí nuo de tin ta) da Linx, com ca be ço te de im pres são MiDi.

Es pe cial para co di fi ca ção a frio

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o dos sor ve tes ven di dos em co pos e po tes. A Ki bon, tra di cio nal fa bri can te de sor ve tes con tro la da pelo gru­po an glo­ho lan dês Uni le ver (Gessy Le ver no Bra sil), quer ge rar im pac to com a em ba la gem do novo Big Cup – um copo di fe ren cia do e ex clu si vo, for ne ci do pela HVL Bras ho lan da. “Ele é di ri gi do ao pú bli co jo vem, que gos ta de ‘co mer mais por me nos’, por isso a em ba­la gem é maior, com de sign ade qua do aos olhos des sa ge ra ção”, afir ma Car los Eduar do Zi ra vel lo, ge ren te de de sen vol vi men to de embalagens da Ki bon.

Os sor ve tes em mas sa ven di dos em por ções in di­vi duais com preen dem um se tor es tra té gi co para a Nes tlé, que ob te ve mui to su ces so com sua linha Sem Pa rar. A empresa, que é lí der no segmento de sor ve­tes tipo copo, está lan çan do o Sem Pa rar Cro can te e o Copo Light, este úl ti mo para com ple men tar a linha de bai xas calorias da empresa, que tam bém con ta com po tes de 450ml.

Aliás, os po tes para gran des vo lu mes, de di ca dos ao con su mo no lar, que con fi gu ram o mercado do Leve Para Casa, tam bém me re cem aten ção es pe cial dos prin ci pais fornecedores, de cujas fábricas pu lu­lam no vi da des nes ta épo ca. Não fal tam op ções em embalagens para essa linha, que pre co ni za pra ti ci da­de e pro te ção no trans por te do pro du to do pon to­de­ven da até o free zer do con su mi dor. A Nes tlé, através

ou tro ra pre sen ça cons tan te no segmento Leve Para Casa, as embalagens de aço per de ram es pa ço para os po tes plás ti cos, e hoje ra ra men te são vis tas acon di cio­nan do sor ve tes. en tre tan to, o se tor que tra ba lha com o ma te rial es pe ra por uma re to ma da, con tan do com uma alia da de ci si va: a opi nião do con su mi dor. “exis te uma iden ti fi ca ção mui to gran de do ma te rial com os sor ve tes, segundo per ce be mos em pes qui sas”, con ta Adria na stec ca, ge ren te de mar ke ting de embalagens da CsN – Com pa nhia si de rúr gi ca Na cio nal. se gun do Adria na, o segmento de sor ve tes é mais um ca rac te ri za do pela “ge ne ra li za ção de embalagens”, que ge rou per da sig ni fi ca ti va de valor de mar ca. “Ao ras trear esse mercado, num tra ba lho ini cia do no ano pas sa do, sen ti mos que o con su mi dor real men te acha va que a em ba la gem me tá li ca pas sa va a idéia de no bre za”, ela co men ta. A ver da de é que os potes de de aço tra ziam o forte ape lo da reu ti li za ção, fato evidente pela va rie da de de te mas que tra ziam li to gra fa dos. Adriana stecca obser­va que, além da ques tão de cus to, pro ble mas de oxi da­ção de vem ter sido fun da men tais para o de su so do aço. entretanto, lembra, hou ve uma sé rie de evo lu ções incor­poradas à cha pa de aço que transformam a em ba la gem feita desse material numa op ção viá vel e atraen te. “Háre ves ti men tos e en ver ni za men tos que tornam as embala­gens to tal men te ade qua das a sor ve tes”, diz Adriana.

Aço quer re to ma da

de sua nova mar ca Sor ve tes Nes tlé (ver qua dro), uti­li za ex clu si vos po tes plás ti cos re tan gu la res fa bri ca dos pela Plás ti cos Re gi na, en vol tos com lu vas de pa pel­ car tão, que di fe ren ciam sa bo res e cum prem o pa pel de atrair pelo visual. Zi ra vel lo, da Ki bon, con ta que a empresa con so me embalagens rí gi das da Di xie­Toga, da HVL Bras ho lan da e da Door mann. En tre os des ta­ques, há po tes de sor ve tes Ki bon que po dem ir ao for no mi croon das, na fun ção des con ge lar. “Os consu­midores gos tam de rea pro vei tar as embalagens”, observa Zi ra vel lo.

Potes “telescopáveis” – Já a La Bas que, que atua no segmento de sor ve tes pre mium, opta pelos po tes ter mo for ma dos da Poly­Vac, empresa que aten de o mercado des de o final da década de 1970. Com base em po li pro pi le no, os po tes da Poly­Vac po dem ter di ver sos for ma tos e se en cai xar em di ver sos vo lu mes. “A par ti ci pa ção do mercado de sor ve tes em nos sa pro­du ção vem au men tan do a cada ano, com a entrada de novos clien tes e produtos”, con ta Pau lo Eduar do Ber­nar des Sil va, ge ren te de mar ke ting da empresa. En tre di ver sas van ta gens, como im pres são em até seis co res, tam pas co lo ri das e a reciclabilidade do po li pro pi le no, Sil va destaca o fato de os potes serem “telescopáveis”. Isso, segundo ele, fa vo re ce o trans por te e resulta em significativa redução no es pa ço de es to ca gem.

Para re for çar a per cep ção pre mium de seu pro du­to, a La Bas que en vol ve os po tes em car tu chos de papel­car tão. “Eles sal tam aos olhos do con su mi dor”, diz o ge ren te da área de de sen vol vi men to de produtos da La Bas que, Car los Al ber to Gua dag no li. Ele adian­ta que o gran de de se jo de seu de par ta men to é usar a ro tu la gem in­mold para os po tes rí gi dos, tec no lo gia que lhe cau sou óti ma impressão. “Mas por enquanto é uma tec no lo gia cara e de di fí cil aces so”, la men ta.

La Basque: embalagem para comunicar o posicionamento premium

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Potes em cartão frigorificado da Kentinha

An tô nio Par ra, da Em pax, tam bém crê que o sis te ma, que fun de o ró tu lo ao pote no mo men to da for ma ção, é uma ten dên cia for tís si ma e “pode se di fun dir num fu tu ro bre ve” (ver reportagem na página 20).

Linha descartável – Ou tra op ção in te res san te em po tes para o lar é mos tra da pela Slim, que uti li za em seus sor ve tes so lu ção for ne ci da pela Ken ti nha, co nhe­ci da fa bri can te de embalagens para alimentos. Tra ta­se de uma linha de des car tá veis, fa bri ca da com car tão fri­go ri fi ca do da Ri pa sa, que re sis te a bai xas tem pe ra tu ras. “O car tão é re ves ti do in ter na e ex ter na men te com po lie­ti le no, per mi tin do óti ma qua li da de de im pres são para pro ces sos em off­set, ro to gra vu ra e fle xo gra fia”, co men­ta Hen ri que Pe rei ra Ma cha do, do de par ta men to de mar­ke ting da Ken ti nha. Os po tes po dem ser la cra dos com um selo de alu mí nio es pe cial, além de terem so bre tam­pa plás ti ca ou de car tão, ga ran tin do a qua li da de e pre­ser van do as ca rac te rís ti cas do pro du to. Tais po tes po dem ser en con tra dos nos ta ma nhos 500ml e 150ml. “Mas há a pos si bi li da de de tra ba lho com ou tros for ma­tos e vo lu mes”, fri sa Hen ri que.

Essa fre né ti ca mo vi men ta ção de for ne ce do res e con ver te do res para ga ran tir va rie da de e ape los van ta­jo sos à in dús tria de sor ve tes só con fir ma a im por tân­cia que o segmento vem atin gin do para a ca deia de embalagens. “O bi nô mio pro du to/em ba la gem está cada vez mais in ter li ga do”, in ter pre ta Zi ra vel lo, da Ki bon, que en fa ti za a im por tân cia do cen tro de in for­ma ções in ter no, encarregado de fazer ex pe riên cias e pes qui sas cons tan tes em embalagens. “Em to das as li nhas, a em ba la gem deve pre ser var o pro du to, ser prá ti ca, hi giê ni ca e re ci clá vel”, pon ti fi ca Zi ra vel lo. Ou seja, a em ba la gem deve ser tudo, até mesmo as su­mir o pa pel de sor ve tei ro. Aliás, por onde eles an dam?

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RÓTULOS

além da etiquetaxis tem mui to mais pos­si bi li da des de de co ra­ção do que faz su por o uni ver so da ro tu la gem.

Quem uti li za embalagens tem hoje à dis po si ção um nú me ro bem maior de al ter na ti vas para tor ná­las mais atraen tes do que ape nas a apli ca ção de eti que tas, seja com cola, por auto­ade si va ção ou por en vol vi­men to (slee ves, ou man gas).

O es sen cial, ao ele ger­se qual­quer das op ções dis po ní veis, é con si de rar se ela con tri bui rá para que a em ba la gem cum pra suas prin ci pais fun ções mer ca do ló gi­cas, que são ven der o pro du to e va lo ri zar a mar ca. Na ten ta ti va de

ofe re cer al gum ser vi ço nes se sen­ti do, Em ba la gEm mar ca dá pros­se gui men to à co ber tu ra do seg­mento de ró tu los, que nas duas edi ções an te rio res di ri giu o foco para auto­ade si vos, pa péis com e sem me ta li za ção e ter moen co lhí­veis de di fe ren tes ma te riais. Nes ta edi ção são abor da dos a tam po gra­fia e o in mold.

Rótulo que não saiA de co ra ção in mold, que con sis te em in se rir um ró tu lo no mol de no mo men to da in je ção ou do so pro da em ba la gem, é uma boa op ção de de co ra ção para gran des vo­lumes ou for ma tos ir re gu lares. Nos paí­

eIn mold e tampografia são boas alternativas para se diferenciar

Só não ex pe ri men ta usar ró tu lo auto-ade si vo quem não quer. O ve lho pro ble ma das pe que nas pro-du ções para tes tes, com os al tos cus tos que re pre sen ta vam, está su pe ra do. a Set Print, di vi são grá fi-ca da Pos tNet, in ves tiu 2 milhões de dó la res na im por ta ção de má qui nas de aca ba men to de úl ti-ma ge ra ção que, com bi na das com equi pa men tos di gi tais, per mi tem ob ter pe que nas e mé dias ti ra gens de ró tu los pré cor ta dos ou em rolo.Uma das van ta gens des sa tec no lo-gia, segundo Fa bio Set ton, di re tor da Set Print, é que as em pre sas po dem tra ba lhar com da dos va riá-veis de tex tos e ima gens em qual-quer ti ra gem, de 1 me tro a 300 me tros qua dra dos.“Isso abre a pos si bi li da de de tes-tar e lan çar novos produtos já com

Auto-adesivos para tiragens médias e pequenasseus ró tu los de fi ni ti vos, além de via bli zar a ex por ta ção com ró tu-los em idio mas di fe ren tes e pro-mo ções re gio nais”, con si de ra. Set ton ga ran te que um pro je to de ró tu lo em qua dri cro mia, en tre gue

em mí dia re mo ví vel como um dis-co Cd-R, pode ser pro du zi do em até 24 ho ras em vá rios sis te mas de aca ba men to, como hot stam-ping, ver niz UV, su per bri lho e re le vo.

Rótulos in mold da multilabel

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Recebemos do sr. Jaime G. de Araujo, gerente de marketing & desenvolvimento técnico para América do Sul da AET Films, uma carta cuja essência é tran-scrita abaixo:

Na re por ta gem “des ta que durante e após o con su mo” (edi ção nº 15), há al gu mas in for ma ções in com ple tas ou omi ti das que pen so se rem im por tan-tes ex pres sar ao pú bli co de qua li da de que essa re vis ta con quis tou.1. Fil mes de BOPP Ter moen co lhí veis – a aET Films tem 82% do mercado total de fil mes ter moen co lhí veis em BOPP, trans pa ren tes, me ta li za dos ou pe ro li za dos. Na re por ta gem são ci ta-dos dois fa bri can tes de fil mes de PVC, po rém ape nas um para fil mes de BOPP ter moen co lhí vel, quan do na ver da de o en tre vis ta do tem a me nor

Redação de portas abertas à cadeia de embalagem

ses vi zi nhos ga nhou mercado ex pres si vo, mas no Bra sil teve sua tra je tó ria pre ju di ca da ao ter tido um lançamento, cer ca de ca tor ze anos atrás, em que os pre ços dos ro bôs de co lo ca ção dos ró tu los nos mol des era in viá vel. Com a aber­tu ra, esse as pec to pa re ce es tar se ame ni zan do. Tan to é as sim que a ar gen ti na Mul ti la bel, que co me ça­rá a pro du zir ró tu los auto­ade si vos em no vem bro pró xi mo no Bra sil, terá o in mold como car ro­che fe, segundo José Car los Dra ger, ge ren te co mer cial da empresa.

Os ro bôs para ex tra ção das pe ças nas in je to ras se rão pro du zi­dos no Bra sil pela DM Ro bó ti ca, sub si diá ria da ita lia na Dal Mas­chio Au to ma zio ni In dus tria li em joint-ven tu re com a San dret to Me tal me câ ni ca do Bra sil. En tre as van ta gens do sis te ma, José Luiz Gal vão Go mes, che fe do de par ta men to in dus trial da DM Ro bó ti ca, cita as se guin tes: as embalagens saem pron tas das má qui nas in je to ras, sem ma ni pu­la ção ex te rior e, por tan to, es te ri li­

za das; a qua li da de da ro tu la ção, que pode ser fei ta em vá rias co res, é su pe rior; o ró tu lo, de pa pel sin­té ti co, fun de­se à em ba la gem e não sai; como a pro du ção da em ba la gem e a apli ca ção do ró tu­lo são fei tos numa úni ca ope ra­ção, os cus tos di mi nuem, pois a mão­de­obra é menor. Po rém, o in mold exi ge es to ques de embala­gens, lem bram os fa bri can tes de ou tros sis te mas.

Impressão indiretaA im pres são tam po grá fi ca, sis te­ma cria do na Ale ma nha e tra zi do para o Bra sil pela Os car Flues em 1911, tem como um de seus gran­

par ce la do mercado mun dial para esse tipo de apli ca ção. Isso trans mi te ao lei tor a idéia de que essa empresa não pos sui con cor rên cia.2. Fil mes de BOPP para Ró tu los Pré-Cor ta dos (“Cut & Stack la bels”) – Na re por ta gem há uma afir ma ção, no mí ni-mo, des me di da: “além dis so, ofe re ce alta im pri mi bi li da de, sen do o úni co no mercado que im pri me em qual quer sis-te ma, in cluin do…”. Em nos sa linha de fil mes para ró tu los pré-cor ta dos exis-tem dois fil mes aET com a mes ma ver-sa ti li da de. Ou tra in for ma ção omi ti da na re por ta gem re fe re-se ao fato de que estes fil mes são co la dos com cola quen te (hot melt), vis to que BOPP não é um subs tra to po ro so. Po rém, para o ró tu lo me ta li za do da cer ve ja mil ler, a aET Films de sen vol veu um re ves ti men-to para que o fil me pos sa tra ba lhar com cola de base aquo sa.

Sin ce ra men te, es pe ro ter con tri buí do de ma nei ra in for ma ti va, em bo ra tal fei to te nha ocor ri do após a edi ção/dis tri bui-ção des ta óti ma re vis ta de em ba la gem.

N. da R.: Em ba la gem mar ca tem o com pro mis so de ja mais omi tir in for-ma ções que che guem a seu co nhe ci-men to e, prin ci pal men te, de fa vo re cer se to res, ma te riais, em pre sas, mar cas ou pes soas re la cio na das com seu uni ver so de co ber tu ra. In fe liz men te, não há con di ções de co nhe cer to das as pos sí veis fon tes de in for ma ção exis ten tes. No caso da aET Films, como observa o signatário, as infor-mações chegaram quando a edição já circulara, aliás motivadas por isso. Reiteramos que as notícias enviadas à redação serão cuidadosamente analisadas e, se relevantes parao mercado, divulgadas na revista.

Esquema mostra a ação do tampão (carimbo) no sistema tampográfico

des ar gu men tos a fle xi bi li da de de apli ca ção, per mi tin do im pres sões pre ci sas até em su per fí cies ir re gu­la res. Uti li zan do um pro ces so in di re to de im pres são, a imagem é trans fe rida de um cli chê gra va do em baixo re le vo para um tam pão (ca rim bo) de si li co ne que, por sua vez, a trans fe re ao pro du to.

É hoje usa da nos mais va ria­dos cam pos, indo des de ele tro­do més ti cos e com po nen tes ele­trô ni cos a cos mé ti cos, me di ca­men tos e embalagens em ge ral. Pelas in fi ni tas al ter na ti vas de uso, o sis te ma me re ce atenção na hora de de sen vol ver um pro je to de em ba la gem.

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MARCAS

estratégia: ousarara am pliar a atua ção no mer­cado e aten der novos pú bli cos, a Indústrias Reu ni das de Be bi­das Ta tu zi nho – 3 Fa zen das (IRB) op tou pela es tra té gia de

aden trar seg men tos inex plo ra dos. A fa bri can te da aguar den te Ve lho Bar rei ro

tem, há no ven ta anos, sua pro du ção vol ta­da para os pú bli cos C, D e E e viu nos jo vens das clas ses A e B uma oportunidade de negócios. Es ta vam lan ça dos dois de sa­

fios: co lo car no vi da des nas pra te lei ras e con quis tar ou tro pú bli co. Com essa mis­são sur giu a chan ce la First One.

Em maio de 1999 foi lan ça da a pri­mei ra no vi da de, a soda al coó li ca First One, que hoje apre sen ta qua tro sa bo res sob o nome Ecs tasy, acon di cio na dos em gar ra fas de vi dro de 330ml, da Cisper (as versões em gar ra fas de PET, fei tas pela Po li pet, são vendidas em ca sas no tur nas). De pois, foi lan ça do o ener gé ti co First One Ato mic Energy Drink, que não foi pio nei­ro no mercado, mas que possui ou tras ca rac te rís ti cas iné di tas. Foi o pri mei ro no segmento a ser pro du zi do na Amé ri ca La ti­na, a ga nhar a ver são Light e a vir em gar­ra fas PET, de 200ml, da Po li pet. Além dis so, tem ró tu lo com de ta lhes fluo res cen­tes, for ne ci do pela Her vás.

Ou tras li nhas lan ça das fo ram as de águas aro ma ti za das e de chás ga sei fi ca­dos. Am bas vêm em gar ra fa PET de 330ml, tam bém da Po li pet, e têm um de sign “que lem bra as for mas do cor po fe mi ni no”, como de fi ne Cé sar Rosa, pre­si den te da empresa e res pon sá vel pelo de sign das embalagens.

En can tar o con su mi dor – A ino va­ção nas embalagens é res pon sá vel por parte do su ces so da chan ce la First One.

Para Rosa, “a em ba­la gem tem que des­per tar a von ta de de com prar e o con teú­do deve fazer o con su mi dor na mo­rar o pro du to”.

No entanto, em ca ses como o do First One, quan do o mar ke ting é iné di to e há ino va ção na em ba la gem, são ine vi tá veis as dú vi­das no mercado. Esse es tra nha men to foi en fren ta do pelo Ato mic Energy Drink, lan ça do com o de sa fio de po si cio nar um pro du to na cio nal em um segmento do mi na do pelos im por ta dos e in tro du zir uma em ba la gem com de sign e ma te rial di fe ren tes (PET). Hoje o pro du to re pre­sen ta 18% do volu­me de ne gó cios da empresa. “A em ba la gem, que po de ria ser um fa tor com pli ca dor, agre gou valor”, ex pli ca o di re tor da IRB.

Para as li nhas de águas e chás, a gar ra fa PET po de ria, a prin cí pio, trans­mi tir ao con su mi dor a idéia de um pro du­to de me nor valor. Rosa pen sa di fe ren te. “In de pen den te do ma te rial usa do, é a as so cia ção en tre o de sign, o ró tu lo e a de gus ta ção de um pro du to di fe ren cia do que o clas si fi ca como pre mium e con quis­ta o con su mi dor”, ga ran te.

Mes mo re pre sen tan do seg men tos novos, os produtos su pe ra ram as expecta­tivas de ven das da empresa. A fór mu la é a “ou sa dia na ino va ção e na em ba la gem bo ni ta, que fa rão o con su mi dor que rer de gus tar o pro du to de qua li da de”, pon ti fi­ca Rosa, adi cio nan do que “o ne ces sá rio é en can tar os olhos”.

soda alcoólica First One: primeiro de uma série de produtos para conquistar público novo

inovação é arma da irB para conquistar jovem das classes a e B

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shelf life

vida seca. e longa

a ár dua guer ra para man ter mar cas com pe ti ti­vas no mercado, é im pos sí vel ig no rar os be ne fí cios pro por cio na dos por sis te mas que ga ran tam maior vida de pra te lei ra e trans por­

te ade qua do aos produtos. Prin ci pal men te quan do há, nos uni ver sos da em ba la gem e da mo vi men ta ção e es to que de produtos, ini mi gos po ten ciais da lu cra ti vi da de.

Um de les é a umi da de. Quan do o va por d’água em sus pen são no in te rior de embalagens, con têi ne res ou de pó si tos ex ce de o ní vel de sa tu ra ção e se con den sa, os pre juí zos po dem ser enor mes, pelo com pro me ti men to da con ser va ção, da apa rên cia e, por fim, da ima gem do pro du to. Em ba la gens ina de qua das, va ria ções bruscas de tem pe ra tu ra e di fe ren ças en tre os am bien tes de pro du­ção, ar ma ze na gem e trans por te são fa to res que in va ria­vel men te tor nam a umi da de uma amea ça cons tan te aos mais di ver sos produtos.

Novas tecnologias – Me di ca men tos, cos mé ti cos, com po nen tes ele trô ni cos, pe ças me tá li cas, ar ti gos de cou­ro e alimentos po dem so frer sé rios da nos. Aí, a mer ca do­ria pode to mar o in de se já vel ca mi nho de vol ta ao pro du­tor, fa zen do cres cer as es ta tís ti cas de per das – e de in sa tis­fa ção do con su mi dor com sua mar ca. Para com ba ter os efei tos no ci vos da umi da de, novas tec no lo gias vêm sen do aper fei çoa das na ca deia de embalagens. Ma te riais es pe ciais, pro ces sos com at mos fe ra mo di fi ca­da ou a vá cuo e des pa cho com am bien te con tro la do são al gu mas de las.

Uma saí da, pou co ex plo ra da no Bra sil, é o acon di cio na men to e o trans por te com o uso dos cha ma dos des se can tes, ma te riais que com ba­tem a umi da de com seu alto po der de ad sor ção, con cei to téc ni co­cien tí fi co di fe ren te de absorção. “O pri mei ro é a re ten ção de uma subs tân cia no in te rior de ou tra por for ça de afi ni da des fí si cas, enquan­to a ab sor ção sig ni fi ca a in te ra ção quí mi ca de uma subs tân cia em ou tra”, ex pli ca Ro ber to José Sa pia, di re tor co mer cial da SPL Des se can tes, for ne cedora de so lu ções prin ci pal men te à in dús tria far ma cêu ti ca e que

nao eli mi nar umi da de, des se can tes au men tam vida de produtos

ba ta lha para au men tar o cam po de pe ne tra ção dos des se can tes nos uni­versos da em ba la gem e da lo gís ti ca, nos mais di ver sos se to res in dus triais.

A in dús tria far ma cêu ti ca é, por enquanto, a mais fa mi lia ri za da com

ma te riais como o gel de sí li ca (sí li ca gel), a ar gi la ati va da, a pe nei ra mo le cu lar,

a alu mi na e o óxi do de cál cio, prin ci pais ti pos de des se can tes exis ten tes. Di ver sos la bo ra­

tó rios va lem­se das ca rac te rís ti cas des ses agen tes ad sor­ven tes nas embalagens de seus produtos, e essa ne ces­si da de fez a SPL es pe cia li zar­se.

Tampa pilfer-proof com adaptador. no

detalhe, o dessecante

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Adeus, bactérias e outros bichosa nor te-ame ri ca na de sic ca re, re pre sen ta da no país pela SPl, tem ou tra so lu ção in te res san te para pro lon gar a shelf-life dos mais va ria dos produtos. É o o-Bus ters, sa chê que, in tro du zi do em embalagens, ab sor ve até três vezes seu peso em oxi gê nio, pre ve nin do efei tos no ci vos como a apa ri ção de bac té rias e fun gos, ação de in se tos e al te ra ções de cor e sabor dos produtos. além dis so, pode eli mi nar a ne ces si da de de adi ti vos e con ser van tes na pro du ção e o uso de ga ses iner tes e pro ces sos a vá cuo na fase de em ba la gem.For ma do por um blend es pe cial de ma te riais ab sor ven-tes, o o-Bus ters pode ser usa do com uma gama enor me de produtos, desde pães, grãos, mas sas, se men tes, pet food, tem pe ros e er vas, até café, car nes, vi ta mi nas, re mé dios e apa re lhos me di ci nais. Mais in for ma ções so bre o pro du to po dem ser con se gui das no site da de sic ca re (www.de sic ca re.com) ou com a SPl des se-can tes.

Os prin ci pais produtos for ne ci dos para embalagens de far ma cêu ti cos são as cáp su las e adap ta do res com des se can tes es pe cí fi cos ou mis tu ras ex clu si vas des ses ma te riais. As cáp su las, sob a mar ca Des se cap, são in se­ri das sol tas em embalagens e fras cos ou aco pla das na parte in te rior de tam pas plás ti cas com com par ti men to pró prio, como acon te ce com os tu bos de vi ta mi na C efer ves cen te. Já os adap ta do res De sa dap são cáp su las pre sas a uma base, para en cai xe em tam pas tipo pil fer­proof, com diâ me tro de 28 mm.

Os des se can tes tam bém po dem ser en con tra dos na forma de sa chês, em ba la dos pela SPL em pa pel kraft, não­te ci do ou Tyvek, ma te rial sin té ti co da DuPont. Equi pa men tos para a in tro du ção dos sa chês nas embal­agens po dem ser nor mal men te agre ga dos à linha de en va se de vá rios produtos, com o su por te da SPL.

Ten do como trun fo o know­how ad qui ri do ao lon go de vá rios anos, Sa pia quer ago ra es ten der o co nhe ci­men to des sas so lu ções em des se can tes a ou tros se to res in dus triais além dos la bo ra tó rios. “Em mercados ex ter­nos, a uti li za ção de sa chês de des se can tes no in te rior de embalagens de alimentos é bas tan te di fun di da”, co men­ta. Para re for çar seu ar gu men to foi bus car na nor te­ame ri ca na De sic ca re, es pe cia lis ta em pro ver so lu ções em des se can tes em seu país, uma alia da de peso.

Apli ca ção per so na li za da – A re cen te par ce ria ga ran te o for ne ci men to de produtos como o Pil low Pak, o Unit Pak, o Car go DryPak e o O­Bus ters (ver qua dro). O pri mei ro, na forma de pe que nos sa chês, de até 14 gra mas, é uti li za do no in te rior de embalagens pe que nas. Já o Unit­Pak pres ta­se mais à co lo ca ção em mul ti packs, cai xas de des pa cho, embalagens de ele tro­ele trô ni cos, má qui nas e fer ra men tas, con ser va ção de ma té ria­pri ma, pe ças e par tes me tá li cas, se men tes e grãos. Para pro ces sos lo gís ti cos, o Car go DryPak tem for mu la ção es pe cial de des se can tes e con ti nua ati vo por até cinqüenta dias den tro de um con têi­ner pa drão, o que pode aju dar em ex por ta ções e es to ques.

O em pre go des sas so lu ções de pen de da ava lia ção de uma sé rie de fa to res, en tre eles o volume do pro du to, a quan ti da de de umi da de nele pre sen te quando em ba la­do, o tipo de ve da ção da em ba la gem, a taxa de trans­mis são de va por d’água do ma te rial da em ba la gem, a umi da de re la ti va ini cial e o ní vel má xi mo per mi ti do

den tro da em ba la gem, o tem po de se ja do para ar ma ze­na gem, a ca pa ci da de e a taxa de ad sor ção do ma te rial. Por isso, a es co lha do des se can te mais apro pria do e o cál cu lo da quan ti da de ne ces sá ria são fei tos de acor do com a es pe ci fi ci da de de cada apli ca ção, após es tu dos.

Po rém, as sim como acon te ce com a maio ria das no vi da des no ter ri tó rio da em ba la gem, é pre ci so real­men te tor nar no tó rias as van ta gens da apli ca ção às em pre sas, guia das pela di re triz da con ten ção de cus tos a qual quer pre ço. “Ten ta mos cons cien ti zar os pro du to res que o pro ces so é van ta jo so, con si de ran do os cus tos ocul­tos de per das e de vo lu ções pela umi da de”, afir ma Lu cia­no Vil la no Al mei da, da área de pes qui sa e de sen vol vi­men to de ne gó cios da SPL.

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PRÊMIOS

três estímulos à integraçãom pre sas e entidades con­cei tua das do se tor de embalagem vêm crian do prê mios para in te grar e

in cen ti var o de sen vol vi men to do se tor. As pre mia ções, que se fir mam pela se rie da de e pela isen ção na ava­lia ção, visam pres ti giar pro fis sio nais e in dús trias do meio.

O Prê mio Tech no Plus­Sin dus­far ma de Ex ce lên cia no For ne ci men­to e De sen vol vi men to de Má qui nas para a In dús tria Far ma cêu ti ca rea li­zou sua quar ta edi ção em se tem bro. Fo ram pre mia das em pre sas mon ta­do ras de má qui nas, re pre sen tan tes co mer ciais e equi pes pres ta do ras de ser vi ço a partir de uma ava lia ção de nove ca te go rias rea li za da pela Fipfarma – Fun da ção Ins ti tu to de Pes qui sas Far ma cêu ti cas da USP.

No mesmo mês, tra ba lhos pro du­zi dos com a cha pa fle xo grá fi ca Cyrel fo ram pre mia dos pela DuPont, na se gun da edi ção do Grand Prix Cyrel, que premia a excelência em qua li da de flexográfica e man tém as em pre sas atua li za das com as no vi da des do mer­cado. Nesta etapa, concorreram tra­balhos do Brasil e do Paraguai. Os ganhadores em cada categoria (ver próxima página) disputaram com os de ou tras re giões da Amé ri ca La ti na.

Ain da em se tem bro, o 1º Prê mio Bra si lei ro de Em ba la gem Pa pel car­tão, pro mo vi do pela Bra cel pa – Associação Brasileira de Ce lu lo se e Pa pel e pela Uni ver si da de Anhem bi Mo rum bi, de São Paulo, premiou pro pos tas de estudantes para embala­gens que já usam pa pel car tão e para as que ainda não o utilizam.

eresultados dos prêmios Grand Prix Cyrel 2000 (DuPont), Bracelpa de Papel cartão e technoPlus-sindusfarma de Excelência

1º PrêMIO BrAsILEIrODE PAPELCArtÃO

sINDUsFArMA

EMBALAGENs QUE NÃO UtILIZAM PAPELCArtÃO

EMBALAGENs QUE JÁ UtILIZAM PAPELCArtÃO

Blis ta dei raMo de lo: Uhl mann UPs 1040 (Uhl-mann Pac syste me GmbH & Co. – re pr.: E. H. Pac king tech no logy)En cai xo ta dei raMo de lo: Pewo-Form UVP-2 (Emil Pes ter GmbH – re pr.: E. H. Pac king tech no logy)En cap su la dei raMo de lo: MG Fu tu ra (MG2 s.r.I. – re pr.: E. H. Pac king tech no logy)En car tu cha dei raMo de lo: Fa bri ma VP 120 (Fa bri ma)

1º lugarAdriana Fernandes CuryEmbalagem Cachepô

1º lugarricardo A. Bohórquez

Lightbox

2º lugarsidnei Conradt e

Eduardo rodriguesEmbalagem fast

food para viagem

2º lugarrenata Costa MendesEmbalagem para bolo

Mis tu ra dor de Cre mes e Po ma dasMo de lo: Ma ces 1000 (Olsa spA – re pr.: Due tor ri)En che do ra de Cre mes e Po ma dasMo de lo: C-155 (CO.MA/DIs – re pr.: E. H. Pac ka ging tech no logy)ro tu la dei ra - Eti que tas Auto-ade si vasMo de lo: sL 400 tE (Néri s.r.I. – re pr.: Bo nam pack)En che do ra de Lí qui dosMo de lo: F 573 (Far mo mac - IMA – re pr.: Ko ri na)Má qui na de Com pres sãoMo de lo: B3B ro ta press (Ma nesty – re pr.: tho mas Eder li)

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três estímulos à integraçãoresultados dos prêmios Grand Prix Cyrel 2000 (DuPont), Bracelpa de Papel cartão e technoPlus-sindusfarma de Excelência

PAPELÃO ONDULADO (trAÇO)1º lugar: Igaras Papéis

e EmbalagensChivas regal

2º lugar: Cartonagem Jauense – Black & Decker Furadeira3º lugar: Cartones Yaguareté s.A. – Caja para jugueteDestaque especial: rigesa Westvaco – Cesta de Natal

GrAND PrIXCYrEL 2000

PAPELÃO ONDULADO(POLICrOMIA)1º lugar: Orsa Celulose, Papel e Embalagens

Fundação Orsa2º lugar: Igaras Papéis e Embalagens

Master três taças (Cereser)3º lugar: Igaras Papéis e Embalagens

Quinta das Videiras

BOLsA DE PAPEL(POLICrOMIA)1º lugar: sacotem Embalagens

Julie & Burk2º lugar: sacotem Embalagens

Feira de Londrina3º lugar: sacotem Embalagens

silliax

PAPEL(trAÇO)1º lugar: Papéis Amália

toalha scooby Doo

2º lugar: Moschetti s.A.Canarias

3º lugar: Papéis AmáliaBaby Looney tunes

EtIQUEtAs (trAÇO)1º lugar: Iberograf (Hervás)

Atomic Light2º lugar: Etiquetas Duloro

Lenços Clin Off3º lugar: Prodesmaq

Lux showergelDestaque Especial: Moore

Ordem de produção Hospital Pharma

FILMEs FLEXÍVEIs(POLICrOMIA)1º lugar: Papéis Amália

Bavaria2º lugar: Uniflexo

santál Manga3º lugar: Enduplar

Bolo Juliana Laranja

EtIQUEtAs (POLICrOMIA)1º lugar: Uniflexo

sucaryl2º lugar: rr Ind. e

Com. de Etiq.Carnes Nobres

3º lugar: Iberograf (Hervás)Limpeza Pesada Floral

CArtÃO(POLICrOMIA)1º lugar: rigesa Westvaco

Caixa Bombom Garoto2º lugar: Papéis Amália

Black Jeans (Capa caderno)3º lugar: rigesa Westvaco

Leve e Diet

FILMEs FLEXÍVEIs (trAÇO)1º lugar: Poligel Embalagens Plásticas

rótulo Guaraná Coroa2º lugar: Copérnico Ind. de Embalagens

salgadinho Mônica3º lugar: skinpack Emb. tec.

Natal Alegre Nissin

PAPEL (POLICrOMIA)1º lugar: Vetorpel

Bioleite2º lugar: Vetorpel

Codornil

1º na América Latina

2º na América Latina

LEGENDA

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MATERIAIS

sobram tiros para todos

guer ra das embalagens li mi ta-se cada vez me nos ao con fron to di re to no cam po de

ba ta lha re pre sen ta do pe las in dús-trias usuá rias. A pa la vra de or dem ago ra é con quis tar os co ra ções e as men tes dos consumidores, fa zen do-os ren der-se aos be ne fí-cios e aos en can tos das ma té rias-pri mas que in te gram os re ci pien-tes. Para isso, acham os fa bri can-tes, nada me lhor do que fa lar di re tamente com eles, por meio de veí cu los de co mu ni ca ção de mas sa, sobretudo a te le vi são.

Depois tem maisEm bo ra a tese seja dis cu tí vel, os pro du to res de cha pas de aço e de alu mí nio para embalagens, que a ado ta ram, es tão in ves tin do gor-das ver bas em cam pa nhas pu bli-ci tá rias des ti na das a esse fim (ver o qua dro). Num es for ço para re con quis tar fa tias de mercado per di das em anos re cen tes para o PET, o aço ten ta con ven cer os bra si lei ros de que óleo de co zi-nha é me lhor quan do vem em embalagens de fo lha-de-flan dres. É ape nas a pri mei ra eta pa. Na se gun da, adian ta Adria na Stec ca, ge ren te de mar ke ting de embala-

gens da CSN – Com pa nhia Si de-rúr gi ca Na cio nal, a bri ga será pelo mercado de cer ve jas, no qual o alu mí nio de tém 20%, e o aço, 5%, ca ben do 73% ao vi dro e 2% ao for ne ci men to ins ti tu cio-nal, segundo o Da ta mark.

Por sua vez, o alu mí nio pro-cu ra mos trar que a em ba la gem des se ma te rial é in su pe rá vel para su cos, chás pron tos para be ber e, prin ci pal men te, be bi das ga sei fi-

aaço ata ca o pET, alu mí nio ata ca o vi dro, que ata ca o alu mí nio etc.

ca das. É um mercado total de 8,7 bilhões de uni da des em 1999. Des sa forma, o alu mí nio en fren-ta a um só tem po o PET (que hoje pre do mi na em re fri ge ran-tes, com 78% do mercado, enquanto ten ta avan çar so bre as cer ve jas), o vi dro (he ge mô ni co nes te úl ti mo segmento) e, de que bra, a lata de aço de duas pe ças, que pre ten de ga nhar mais 15% do mercado de be bi das.

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Duas cam pa nhas mi lio ná rias

Como se vê, os ti ros es tão sen do dis pa ra dos para to dos os la dos, mas João Bos co Sil va, pre si den te da ABAL – Associação Brasileira do Alu mí nio, pre vê que nes sa guer ra “o gran de pre-ju di ca do será o vi dro”, com base no fato de que mais de 70% de toda a cer ve ja con su mi da no país são hoje acon di cio na dos na que le ma te rial (79%, segundo o re la tó-rio Niel sen de ju nho/ju lho úl ti-mo).

Nem uma palhaTal vez por isso, além de al gum es for ço em as ses so ria de im pren-sa e rea li za ção de pa les tras e even tos, o PET não mo ve rá uma pa lha em ter mos de co mu ni ca-ção para apa rar a in ves ti da da CSN, segundo Her mes Con te si-ni, as ses sor da Abe pet – Associação Brasileira de Embalagens de PET. “Nos so úni-co te mor era de que a cam pa nha fos se pre da tó ria, mas não che ga a ser agres si va a pon to de criar uma rea ção”, ele diz. Na opi nião de Con te si ni, “o pú bli co que com pra óleo co mes tí vel em PET o faz de ma nei ra cons cien te”. A as so cia ção en ten de que a cam pa-

nha do aço nada to ma rá da fa tia do PET em óleo co mes tí vel, cujo percentual varia segundo o inter-esse de cada fonte.

Quan to ao vi dro, “a preo cu-pa ção do se tor está em for ta le cer a par ce ria com os clien tes, não com as cam pa nhas pu bli ci tá rias dos ma te riais con cor ren tes”, afir ma Lu cien Bel mon te, su pe-rin ten te da Abi vi dro – Associação Brasileira da In dús tria do Vi dro. A cres cen te seg men ta ção do mercado e a con se qüen te ne ces-si da de de embalagens com de sign di fe ren cia do nos pon tos-de-ven-da fa vo re ce a opção dos usuários pelo ma te rial, segundo ele. “Em ter mos de pos si bi li da des de for-ma to, ainda não sur giu ma te rial mais ver sá til do que o vi dro”, ele con si de ra.

O re pre sen tan te do vi dro diz que, além de de ter qua se 80% do mercado de cer ve jas, dos quais 65% em gar ra fas re tor ná veis de 600ml, o uso do material vem cres cen do no segmento de gar-rafas long neck one-way, onde te ria ou tros 15%. Esse cresci-mento, diz Lu cien Bel mon te, “vem sen do con se gui do jus ta-men te so bre o alu mí nio”.

a CsN – Com pa nhia si de rúr gi ca Na cio nal, úni ca fa bri can te de cha­pas de aço para re ci pien tes de am pla gama de produtos, in ves tiu pelo menos 4 milhões de reais em anún cios para re vis tas, out­doors e co mer ciais de televisão, a fim de pro cla mar as qua li da des da lata de fo lha­de­flan dres para óleo co mes tí vel, num pri mei ro mo men to de uma inédita partici­pação na mídia de massa. por sua vez, pra ti ca men te na mes ma se ma na de se tem bro em que a cam pa nha foi ao ar, a abaL – associação brasileira do alu mí­nio ini ciou a vei cu la ção de dois fil mes (de 30 e 60 se gun dos) nas ci da des do rio de Ja nei ro, são pau lo e bra sí lia. a cam pa nha fi cou em 1 mi lhão de reais.o aço uti li za em sua cam pa nha de poi men tos de per so na li da des de di fe ren tes áreas, como a atle ta magic pau la e as atri zes an dréa bel trão, Cláu dia abreu e Fer nan­da mon te ne gro.a campanha do aço tem por eixo testemunhos racionais daqueles astros, na linha da defesa da própria saúde e da de seus famil­iares. para apoiar os comerciais de televisão, a CsN de sen vol veu com sua agên cia, a Light, um pro­gra ma de re la cio na men to com su per mer ca dis tas e lan çou o li vro steel Cui si ne, com re cei tas à base de in gre dien tes acon di cio­na dos em embalagens de aço. Já os co mer ciais do alu mí nio, de res pon sa bi li da de da agên cia QG Comunicação, do Gru po Ta lent, ape lam para o emocional. Neles, os integrantes da ban da É o Tchan interpretam uma música exaltando os atributos da embala­gem feita daquele material. as in te gran tes fe mi ni nas do grupo, obviamente, reforçam o mote da cam pa nha (“La ti nha de alu mí nio. É re ci clá vel. É só ale gria”).

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equipamentos

novos rumosna es tei ra da glo ba li za ção. So men­te em se tem bro úl ti mo, durante a rea li za ção da fei ra Tech no Plus em São Pau lo, pelo me nos três em pre­sas mul ti na cio nais de gran de por te apre sen ta ram equi pa men tos, sis te­mas de en va se e embalagens de

o vas al ter na ti vas de embalagens, ca pa zes de criar im pac to e até mu dar ru mos tra di cio­

nais em sis te mas de en va sa men to, sur gem com cres cen te ra pi dez no mercado brasileiro, vin das de fora

nInovações em sistemas de envasamento para o mercado nacional

di fe ren tes ti pos que agre gam im por tan tes di fe ren ciais ao que já está dis po ní vel no mercado. To das afir mam ter ser vi ço de as sis tên cia téc ni ca per ma nen te e ágil, com re po si ções de pe ças, quan do ne ces­sá rias, pra ti ca men te ime dia tas.

sextavados e quadradosale mã Ro ve ma Ver pac­kungs mas chi nen, que tem fá bri ca tam bém na Es pa­

nha e afir ma ser lí der mun dial em má qui nas de en va se, está fin can do pé no país por meio de par ce ria com a Fer ros taal do Bra sil. Se gun do Ro ber to Pé rez San Ro mán, ge ren te co mer cial da Ro ve ma Má qui nas En va sa do ras, de Bar ce lo na, Es pa­nha, a empresa ofe re ce so lu ções in te gra das com pac tas em li nhas de en chi men to nos se tores alimentício, quí mi co e far ma cêu ti co.

En tre ou tras ino va ções em em ba­la gem, a Ro ve ma pode dis po ni bi li­

zar a Flex Can (foto acima), re sul ta­do de par ce ria com a di na mar que sa Da nis co, que for ne ce o filme. Tra ta­se de um stand­up pouch qe agre ga al guns di fe ren ciais a es se tipo de re ci pien te fle xí vel. Além de fi car em pé de vi do à base da bol sa, esta tem o mesmo for ma to na parte su pe rior, lembrando um pa co te sex­ta va do de pa pel­car tão, ou uma lata. Ou tro destaque é um sis te ma de re fe cha men to com cin ta ade si va.

De vi do às pos si bi li da des que ofe re ce em for ma tos di fe ren cia dos, tam bém deverá con se guir es pa ço

no mercado brasileiro a Má qui na de Pa co te Qua dra do SBS, para ope ra­ção com fil me mo no ca ma da, des ti­na dos a produtos em pó ou gra nu la­dos, como ce reais, es pe cia rias e mas sas. Além do cus to re du zi do e da maior vi si bi li da de do produto, que fica em pé, a má qui na pode fazer embalagens Sta bi lo Seal, com for ma tos e fe cha men tos variados.

A Ro ve ma, de acor do com Pé rez San Ro mán, “dis po ni bi li za lan ça­men tos mun diais de final de li nhas com ple tas de wrap around, dis play packs e cai xas de pa pe lão on du la do e mi croon du la do. Ele destaca que “as má qui nas, de tec no lo gia ale mã, se des ta cam por sua qua li da de, ro bus tez, con fia bi li da de e pre ço”. Quan to a este úl ti mo as pec to, a Fer­ros taal apre sen ta um ar gu men to de fi ni ti vo: tem li nhas pró prias de fi nan cia men to.

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o sistema de formatação dos pacotes quadrados (ao lado) e as embalagens stabilo seal (acima)

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do-It-yourself IndustrIalre sen te em mais de qua ren ta paí ses, nos quais já ope ram mais de 3 000 má qui nas de sua

fa bri ca ção (oi ten ta só no Bra sil), a fran co­es pa nho la El ton S. A. apre­sen ta­se no mercado de produtos ali men tí cios com uma in te res san te al ter na ti va: a de que cada in dús tria fa bri que sua pró pria em ba la gem plás ti ca na linha de en chi men to, subs ti tuin do a com pra de po tes e gar ra fas pré­for ma das. Para isso, ofe re ce aos in te res sa dos as má qui­nas El ton pack de sis te ma form­fill­seal. Ho rá cio Ába los, re pre sen tan te da empresa no Bra sil, ex pli ca que os equi pa men tos pneu má ti cos, de tec no lo gia fran ce sa, for ma tam, en chem e selam, na linha de envase, po tes de produtos se mi lí qüi dos e pas to sos, como io gur te, man tei ga e mar ga ri na, entre outros.

Se gun do ele, o sis te ma abre a pe que nos la ti cí nios a opor tu ni da de de in gres sar no atraen te fi lão dos io gur tes se mi lí qüi dos, sain do dos to tal men te lí qüi dos, acon di cio na dos em gar ra fi nhas de po lie ti le no de alta den si da de (PEAD). Isso,de acor do como Ába los, ocor re ria po r di fe ren­tes ra zões. A pri mei ra, es pe cial men te atraen te para em pre sas da que le por­te, são os cus tos. “Má qui nas pneu­má ti cas cus tam me nos do que as me câ ni cas e são de baixo cus to de manutenção”, ele afir ma. Além dis­so, “a lo gís ti ca do form­fill­seal tam­bém é de baixo cus to, pois os gas tos com trans por te e es to ca gem são mí ni mos: na entrada, bo bi nas de po lie ties ti re no ou ou tros plás ti cos e uma bo bi na de tam pa fle xí vel; na saí da o pro du to está pron to para o uso, just­in­time”. O mo de lo mais usual é o 6420, com ca pa ci da de para até 12 400 po tes de io gur te de 120g por hora.

Tais be ne fí cios, na opi nião do re pre sen tan te da El ton S. A., dão

gran de ga nho com pa ra ti vo em re la ção ao sis te ma de embalagens pré for ma das, ha bi tual men te uti li­za do por em pre sas de mé dio e pe que no por te. “Com form/fill/seal”, diz Horácio Ába los, “não há des pe sas de trans por te nem de es to ca gem”. De acor do com seus cál cu los, o cus to de uma má qui na des se tipo é apro xi ma da men te sete vezes me nor do que o de um equi­pa men to me câ ni co de ter mo for­ma gem, enquanto o de manu­ten­ção se ria dez vezes in fe rior.

Custo comparativo menorNo Bra sil, en tre ou tros a El ton for­ne ce para o io gur te da mar ca Leco, da Vi gor, ban de jas com seis po tes in te gra dos, sen do que os do sa do res po dem ser sub di vi di dos em di fe ren­

tes sa bo res. O cus to com pa ra ti vo com po tes pré ­for ma dos é me nor em parte por que os do sis te ma form/fill/seal não são de co ra dos, a não ser na tam pa la mi na da de alu­mí nio e po liés ter. No entanto, a empresa já de sen vol veu um sis te ma de ró tu lo “dé cor”, de au to fu são em pa pel sin té ti co, para apli ca ção em cada pote. Ho rá cio Ába los lem bra que o sis te ma não se li mi ta ao seg­mento de la ti cí nios, sen do apli cá­vel, com iguais van ta gens, no acon­di cio na men to de ou tras ca te go rias de produtos, como ge léias, cár neos, fa ri ná ceos e até ob je tos (ca ne tas, pen tes, is quei ros e ou tros). Na Aus­trá lia e em Is rael, a El ton de sen vol­veu esse con cei to para de ri va dos de to ma te, em po tes mul ti ca ma da de po li pro pi le no e EVOH.

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embalagens form-fill-sealproduzidas em equipamentos elton

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novo player em “ caIxInha” sue ca Te tra Pak, tra di cio­nal men te he ge mô ni ca no segmento de embalagens

as sép ti cas no Bra sil, é fus ti ga da ago ra não só pela suí ça SIG Com bi­bloc, que em ju lho úl ti mo re for çou sua po si ção de gran de for ne ce do ra mun dial ao ad qui rir o con tro le da fá bri ca ale mã de má qui nas de en chi­men to Ham ba Mas chi nen fa brik Hans A. Mül ler. A Dairy Pak, dona de 38% do mercado nor te­ame ri ca­no de cai xas la mi na das para produ­tos ali men tí cios, está en tran do para va ler no mercado brasileiro.

Vi san do con quis tar ini cial men te

clien tes pe que nos e mé dios no país, a Dairy Pak fir mou acor do com a Fer ros taal do Bra sil, que tra rá dos Es ta dos Uni dos os car tões para ela­bo ra ção das “cai xi nhas” e for ne ce rá os equi pa men tos de en va se. Se gun­do Chris toph D. Rie ker, ge ren te da Fer ros taal, a empresa tem con di­ções de for ne cer para o mercado as cai xas car to na das com ca pa ci da de de 100ml a 5 li tros, com fe cha men­to tipo ga ble top (com ca lor) ou com bi cos e tam pa de ros ca. “As me di das e os fe cha men tos, po rém, não são os úni cos di fe ren ciais im por tan tes”, ele res sal ta. Ou tro é o

sis te ma de en chi men to, que é ver ti­cal e per mi te acon di cio nar não ape­nas lí qui dos, mas tam bém alimentos gra nu la dos, pas to sos e até só li dos, além de produtos com pe da ços de fru tas ou to ma te, por exem plo.

A Dairy Pak, diz Rie ker, pro duz des de a ce lu lo se, ob ti da a partir de flo res tas pró prias, até o pro du to final, isto é, o car tão cor ta do e im pres so, em fle xo gra fia e co res à von ta de do clien te. Den tro des sa fi lo so fia, no Bra sil, caso o clien te não te nha es tru tu ra para isso, a Fer­ros taal faz o pro je to visual das embalagens, sem ônus.

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embalagens assépticas dairy pak: variedade de capacidades de conteúdo e possibilidade de acondicionar produtos sólidos

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investimentos

ALVO: MERCOSUL gru po fran cês Si del, com pos to por tre ze em pre sas que de sen­vol vem equi pa men tos

de acon di cio na men to, es pe cial men­te para so pro, en chi men to, trans por­te e pro du ção de so bre­embalagens, aca ba de inau gu rar uma fá bri ca em São Pau lo. A nova plan ta, ter cei ra no mun do além da França e da Malásia, con su miu 8 milhões de dó la res em investimentos, com vis­tas a oti mi zar e fa ci li tar o tra ba lho da Si del no Mer co sul.

Lo ca li za da na capital paulista, a fá bri ca pro du zi rá má qui nas de so pro SOB, que per mi tem a fa bri ca ção de até 30 000 gar ra fas de PET por hora, e equi pa men tos de au to ma ção, trans­por te, en chi men to, se la do ras e sis te­mas de su per vi são. A ca pa ci da de de pro du ção é de sessenta má qui nas/ano. A uni da de con ta rá tam bém com sis te mas de trans por te para gar ra fas de vi dro, plás ti co, lata e pa le tes pro­du zi dos pela Gebo, empresa ad qui ri­da pela Si del em 1997.

Além da pro du ção de má qui nas, a uni da de bra si lei ra ofe re ce rá con­sul to ria, desde o la yout téc ni co até o in ves ti men to, para a mon tagem de in dús trias de produtos ali men tí cios, de saúde ou de be le za.

Fran cis Oli vier, pre si den te do gru po des de 1986, ex pli ca que o in ves ti men to da empresa é jus ti fi ca­do pelo po ten cial de de sen vol vi­men to da em ba la gem de PET. Se gun do ele, a fa tia de mercado para o ma te rial ainda é mui to pe que­na (cer ca de 30%), mas no vas apli­ca ções co me çam a sur gir, como po tes e gar ra fas para cer ve jas e su cos de fru tas. “Esse crescimento abran ge to das as zo nas geo grá fi cas, Bra sil e Amé ri ca La ti na in clu si ve”, informa Oli vier. “Ne nhu ma de las pode fi car in sen sí vel às van ta gens de mar ke ting e à fa ci li da de de uti li­za ção do PET.”

O gru po é di vi di do nos seguintes seg men tos: so pro e en chi men to, en ge nha ria e trans por ta do res, so bre­embalagens e pa le ti za ção e saúde e be leza. Lí der mun dial em má qui nas para pro du ção de gar ra fas de PET, a Si del, pre sen te em 22 paí ses, che­gou ao Bra sil em 1989, quan do de sen vol via pes qui sas de mercado, con ta tos com clien tes e adap ta ções dos pro je tos fran ce ses ao mercado brasileiro. Hoje, tem es cri tó rios na Argentina e na Ve ne zue la. A Amé ri­ca La ti na já re pre sen ta 7% de seu faturamento glo bal, que to ta li zou 878 milhões de dó la res em 1999.

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uan do o as sun to é em ba la­gem, os mercados brasileiro e do Mer co sul tor nam­se

mui to atraen tes aos olhos de em pre sas mul ti na cio nais. Nes se segmento, onde o con su mo per ca pi ta do Bra sil che ga a ser dez vezes me nor que o de países eu ro­peus, o po ten cial de crescimento é gran de, ani man do as in dús trias.

Atraí da pela área, a mul ti na­cio nal de es pe cia li da des quí mi cas Rohm and Haas anunciou, em se tem bro, a cons tru ção de sua se gun da plan ta no Bra sil. A com­pa nhia está in ves tin do 15 milhões de dó la res na nova fá bri ca, em Ja ca reí (SP), que deverá vol tar sua pro du ção para ade si vos à base de po liés te res e po liu re ta nos.

Essa am plia ção faz parte da es tra té gia glo bal tra ça da pela empresa para os pró xi mos cin co anos, que pre vê a ex pan são geo­grá fi ca, a aqui si ção de em pre sas me no res e o de sen vol vi men to de tec no lo gias de pon ta. Com a nova fá bri ca, a Rohm and Haas pre ten­de au men tar seu faturamento anual no segmento de ade si vos, dos atuais 800 milhões de dó la res para 1,5 bilhão de dó la res no prazo de cin co anos.

O po ten cial do mercado na cio­nal de embalagens tor nou o país um pon to es tra té gi co para a com­pa nhia. Prin ci pal men te para a di vi são de ade si vos e se lan tes, que tem 70% de sua pro du ção des ti na­da ao mercado de embalagens. Além do Bra sil, a fá bri ca de Jacareí vai aten der os mercados chi le no e ar gen ti no.

UMA ÁREAMUITOATRAENTEq

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Panorama

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Des pa cho efi cien teA en cai xo ta do ra Drop Pac ker foi o des ta que no es tan de da 3m na Pack expo. Fa bri ca da nos eUA pela Com bi, o equi pa men­to está sen do tra zi do ao Bra sil numa par ce ria en tre a 3m e a Pac kin tec. Ca paz de aco mo dar di fe­ren tes embalagens como gar ra fas PeT, vi dros, la tas ou mul ti packs em di ver sos

ar ran jos den tro das cai xas de des pa cho, a Drop Pac­ker pode ser aco pla da a ar ma do res de cai xas e a fe cha do res da 3m, ga ran­tin do uma so lu ção com­ple ta para linha de em pa­co ta men to.(19) 3838-7396mfsi [email protected]

A Ha ver & Boec ker es te ve na Pack Expo 2000 apre sen tan do um novo con cei to de en sa ca gem, por meio das má qui nas Roto-Seal e Mini-Seal, que aten-dem aos má xi mos re qui-si tos de lim pe za e cui da-dos am bien tais. Após o en chi men to, elas per mi-tem a se la gem da vál vu-la, através de um ex clu-si vo sis te ma de ul tra-som, ofe re cen do uma em ba la gem to tal men te fe cha da. O Mini-Seal inau gu ra uma nova pers-pec ti va de des pa cho em sa cos val vu la dos pe que-nos a partir de 3 Kg. Atra vés de um cui da do so pro ces so de en chi men to e se la gem ex ter na da vál vu la, é pos sí vel ob ter embala-gens lim pas e in vio lá veis, pró prias para ex po si ção e ven da em lo cais como su per mer ca-dos e si mi la res.(19) 3879-9147ha verhbl@ha ver bra sil.com.br

Con cei to lim po de en sa ca gem

Nova iden ti da de visual

e re de sign dos equi pa­

men tos fo ram os prin ci­

pais des ta ques apre­

sen ta dos pela Fa bri ma

durante a fei ra. A rees ti­

li za ção do lo go ti po e do

ma te rial de co mu ni ca­

ção da empresa foi fei ta

pela a10 Design, o que

“ago ra equi pa ra a apre­

Iden ti da de re no va da, má qui nas tam bémsen ta ção da mar ca à

qua li da de dos produtos

Fa bri ma, passando tudo

o que ela é”, nas pa la vras

de Nil son Cruz Jr., coor­

de na dor de ven das e

mar ke ting da empresa.

Além do de sign ar ro ja do,

as má qui nas ver ti cais de

em ba la gem das li nhas

Fle xi flow e Fle xi bag fo ram

im ple men ta das com

pai nel Touch Screen e

soft wa re de úl ti ma ge ra­

ção, com mo dem in te­

gra do que per mi te

co mu ni ca ção e mo ni to­

ra men to total das

má qui nas pelo su por te

Fa bri ma.

(11) 6465-2500fma sa les@fa bri ma.com.br

Como fei ra de ne gó cios

vol ta da a um mercado

di ri gi do, a Tech no Plus-

Pack Expo Bra sil 2000,

ocor ri da de 12 a 15 de

se tem bro no ITM –

International Trade Mart,

em São Paulo, teve

como ob je ti vo atrair pro-

fis sio nais e em pre sá rios

li ga dos às in dús trias de

bens de ca pi tal e embal-

agens.

Este Pa no ra ma traz

al gu mas no vi da des

apre sen ta das durante os

qua tro dias da fei ra, que

re for çou a ten dên cia

dos sistemas integrados

de embalagem para a

eficiência da linha de

produção, e tam bém

ou tros lan ça men tos

re cen tes da ca deia de

embalagens.

Page 29: Revista EmbalagemMarca 016 - Outubro 2000

out 2000 • embalagemmarca – 39

Panorama

De di ca da a pe que nas e mé dias pro-du ções das in dús trias far ma cêu ti ca, quí mi ca, cos mé ti ca e ali men tí cia, a en va sa do ra li near vo lu mé tri ca VL-12 da Pro má qui na aca ba de ser lan ça da. O cur so dos pis tões (volume de se ja-do) é ajus tá vel através de co man do ele trô ni co na in ter fa ce, dis pen san do ajus tes me câ ni cos. A tro ca de pro du to na linha de en va se é fa ci li ta da pelo sis te ma de tro ca rá pi da de pis tões, man guei ras e bi cos, po den do ser fei ta em cin co mi nu tos por duas pes soas. A en che do ra ope ra com ca pa ci da de de produção que varia de 30 embala-gens por mi nu to a 300 embalagens por mi nu to, podendo ser mon ta da em linha sem complicações. “De di camos

En va se com tro ca rá pi da

Para di mi nuir cus tos com mão-

de-obra na hora de fe char cai-

xas de pa pe lão em gran de es ca-

la, a Je mak es te ve mos tran do

na Pack Expo suas má qui nas

fe cha do ras da linha Gama, de

fá cil re gu la gem e ope ra ção. A

no vi da de na linha é o equipa-

mento Mini KSI HM 20, de cons-

tru ção sim ples e ta ma nho com-

pac to, dedicado a linhas de

despacho de médio porte.

(11) 274-6011je [email protected]

Fe cha men to au to má ti co

As má qui nas para for ma ção de embalagens car to na das tipo flip­top, da nor te­ame ri ca na Tis ma, fo ram a atra ção da Car los A. Wan­der ley e Fi lhos, re pre sen tan te da mar ca no Bra sil. Se gun do Way ne P. Ol kows ki, ge ren te de ven das da ma triz nor te­ame ri ca na da Tis ma, as má qui nas da empresa es tão sen do ven di das em di ver sos paí­ses, prin ci pal men te para clien tes na área de can dies, como o la bo­ra tó rio War ner­Lam bert. O des ta­que fica por con ta da ver sa ti li da de dos equi pa men tos, que são en con tra dos em di ver sas con fi gu­ra ções, para li nhas de pro du ção de qual quer por te e para car tu­chos dos mais va ria dos for ma tos.(11) 3812-2577ca we [email protected]

Foco em flip-top

um ano e meio de pes qui sas para o de sen vol vi men to do equi pa men to, que deverá representar, em 2001, 20% do nosso faturamento”, con ta Al ber to Leme, do de par ta men to co mer cial da Pro má qui na.(11) 3686-6722co mer cial@pro ma qui na.com.br

Apli ca ções de ró tu los slee ve em PVC fo ram o cen tro das aten­ções no es tan de da Pro pack. A empresa, que dis po ni bi li za seus ró tu los para os mais di ver sos se to res in dus triais – en tre os clien tes, em pre sas como a La ti cí­nios Ca tu piry, 3m e An tarc ti ca –, mos trou seus sis te mas com ple­tos para os pre sen tes ao even to, in clu si ve slee ves com la cres, en co lhí veis em até 50% através de tú neis tér mi cos.(11) 7961-1700ven das@pro pack.com.br

Slee ves com la cres

A TSI es te ve apre sen tan do na Pack

Expo sua má qui na Cap-Sea ler para

se la gem por in du ção em re ci pien-

tes de plás ti co e vi dro. As embala-

gens re ce bem uma mem bra na

la mi na da, com pos ta por uma

ca ma da de car tão re co ber ta com

cera, uma fo lha de alu mí nio e uma

ca ma da de po lí me ro, e pos te rior-

men te atra ves sam um cam po de

alta fre qüên cia que fun de a ca ma-

Se la gem para pláS ti co e vi dro

da do po lí me ro com a boca do re ci-

pien te, for man do um selo her mé ti-

co. Ao abrir o pro du to, a lâ mi na de

car tão com cera con ti nua na tam pa,

pro te gen do-a. Se gun do Mi chael J.

Hand, da TSI, a Cap-Sea ler per mi te

ve lo ci da de de 67 me tros por mi nu to

na linha de en va se e já foi ex por ta-

da para mais de quin ze paí ses.

(11) 3686-1311sa les@tsi-ne wel co.com.br

A Tek ni za está mos tran do ao mer-cado sua má qui na se la do ra Tek-pack. O equi pa men to rea li za a se la gem de po tes e fras cos através de in du ção tér mi ca, que ga ran te fe cha men to à pro va de vio la ções. Tra ba lha com uma gran de va rie da-de de fil mes e não forma abas na tam pa, que fa ci li tam vio la ções, segundo o só cio-di re tor Ivan Ca rot-ta. “As abas po dem ser aber tas e de pois se la das no va men te com qual quer ins tru men to de ca lor, como fer ros de pas sar”, ilus tra.(11) 7677-3808me dia nei [email protected]

Se la gem con fiá vel

Page 30: Revista EmbalagemMarca 016 - Outubro 2000

40 – embalagemmarca • out 2000

Panorama

De tec ção de par tí cu las me tá li cas mag­né ti cas e não­mag né ti cas em produtos gra nu la dos em ge ral é a vo ca ção dos de tec to res da linha Bulk, da Bra pen ta. Po dem ser uti li za dos em si los, in je to­ras, ex tru so ras e so pra do ras nos mais di ver sos se to res in dus triais, com com­pa ti bi li da de total. Cons truí do em aço ino xi dá vel, tem como op cio nais pai nel re mo to, fu nil de ali men ta ção, con ta dor e ou tros dis po si ti vos.(11) 5641-3410info@bra pen ta.com.br

To le rân cia zero

Pa le tes me tá li cos para as mais di ver-

sas apli ca ções são os prin ci pais produ-

tos da Es tru tez za, empresa se dia da em

Por to Fer rei ra (SP). Com ca pa ci da de

para até 4 000 Kg de car ga, pode ser

cons truí do a partir de três ti pos de

ma te riais (aço inox, aço car bo no e

alu mí nio com liga es tru tu ral) e re ce ber

Va rie da de em pa le tes

A co di fi ca do ra jato de tin ta para cai xas Sé rie 5000 da Mar kem é o lançamen-to da Union Wrap para o mercado na cio nal. Os trun fos do equi pa men to são os có di gos 100% di gi ta li zá veis, 256 ja tos pro gra má veis para im pres-são e uso da ex clu si va tin ta só li da Touch Dry®, que per mi te im pres sões de fi ni das e cujo re fil é sim ples men te co lo ca do no re ser va tó rio, eli mi nan do as sim res pin gos, der ra ma men tos e ne ces si da de de adi ção de sol ven tes.(11) 3735-2155spe rei ra@union wrap.com.br

co di fi ca ção Sem Sol ven teS

vá rias for mas de aca ba men to. De

acor do com Sir lei Fle ming, do mar ke-

ting da Es tru tez za, seu de par ta men to

téc ni co é ca paz de rea li zar pro je tos de

pa le tes em to dos os ti pos de ma te-

riais, para qual quer in dús tria.

(19) 581-4222es tru tez za@link way.com.br

Ap[os au di to rias rea li za das pela suíça SGS ICS em agos to na uni-da de in dus trial de Mogi Das Cru-zes (SP) e no es cri tório de São Pau lo, a Me tal pack aca ba de re ce ber cer ti fi ca ção ISO 9002 na pro du ção de bis na gas e tu bos rígi dos de alu mínio.

Um novo pro gra ma na cio nal de investimentos para ex pan dir a ca pa ci da de de pro du ção da in dßs tria bra si lei ra de ce lu lo se e pa pel foi anun cia do pela Bra cel-pa - Associação Brasileira de Ce lu lo se e Pa pel. O novo pro gra-ma deverá ser exe cu ta do até 2005 e pos si bi li ta rá au men tar a

pro du ção de ce lu lo se em 45% e a de pa pel em 17% nes se pe råo do.

O atual pre si den te da Abi plast Ð Associa­«o Brasileira da In dßs-tria do Plìs ti co, Me rheg Ca chum, as su me a pre si dên cia da Ali plast (Associação La ti no-Ame ri ca na da In dßs tria do Plìs ti co) durante os próxi mos doze me ses.

A Al can Bra sil estì en tran do no mercado de cha pas para a fa bri ca ção de tam pas de la tas para re fri ge ran tes e cer ve jas. Esse ma te rial é todo im por ta do, com cus to anual de US$ 80 milhëes para o pa²s. A Al can

ar ren dou por 10 anos uma linha de pin tu ra da Tek no, que fica em Gua ra tin gue tì (SP). Com isso, com ple men ta sua linha de produtos para fa bri ca ção de la tas de alu må nio.

Mau rå cio Spe ran zi ni as su miu como novo ge ren te de mar ke-ting da Pl§s ti cos For mar, in dßs-tria de embalagens ter mo for-ma das. Ele che ga na empresa com a mis são de am pliar o mar-ke ting cor po ra ti vo, novos seg-men tos e au men tar a dis tri bui-ção de produtos e ma te riais sob en co men da como la mi na dos e embalagens in dus triais.

Page 31: Revista EmbalagemMarca 016 - Outubro 2000

Displayfo

tos

: d

ivu

lga

çã

o

A Bau duc co quer atingir o segmento

de embalagens fa mi lia res com o lan­

çamento dos bis coi tos Cho cot ti no

Cho co la te e Gu lo sos na ver são mul ti­

pack. A linha, de sen vol vi da pela De

Góes, car re ga a mes ma iden ti da de das

embalagens in di vi duais já exis ten tes

no mercado. Os mul ti packs, fa bri ca dos

pela Ina pel e pela Shell mar, são de

480g para o Cho cot ti no Cho co la te

(três pacotes de 160g) e de 450g para

o Gu lo sos (três embalagens de 150g).

Em ba la gens fa mí lia e re cheios es pe ciais

Ou tra no vi da de da Bau duc co são os

bis coi tos Wa fer Plus. A nova linha,

além de tra zer os re cheios es pe ciais

Cro can te, Flo cos e Ras pas de Coco,

é en con tra da nas gôn do las em um

dis play­ex po si tor, que ga ran te maior

fa ci li da de de aco mo da ção e re po si­

ção nas pra te lei ras. O de sign das

embalagens da Wa fer Plus e do dis­

play foi desenvolvido pela agência

Na ri ta Design. As embalagens são

for ne ci das pela Shell mar e o dis play,

pela grá fi ca Lin graf.

A em ba la gem dos Tof fees, da Nes tlé, está mais so fis ti ca da e atraen te. A M Design criou um con cei to para toda a linha. A lo go mar ca “Tof fees” está re pre sen ta da por uma gota, trans mi­tin do cre mo si da de, e a mar ca Nes tlé apa re ce des ta ca da para ga ran tir a qua li da de do pro du to. Para di fe ren­ciar as embalagens dos sete sa bo res da linha fo ram usa das co res vi bran­tes, uma ino va ção no segmento. A em ba la gem, com im pres são me ta li­za da, é pro du zi da pela Ina pel.

Co res vi bran tes para di fe ren Ciar

As embalagens do lei te UHT, da

Par ma lat, es tão sen do aco mo da­

das em cai xas de doze uni da­

des, subs ti tuin do as an ti gas,

com ca pa ci da de para dezesseis.

As no vas cai xas fi ca ram mais

le ves, ofe re cen do maior co mo di­

da de no trans por te. Além dis so,

para facilitar a identificação no

ponto­de­venda, tra zem a es pe­

cia li da de de cada lei te es tam pa­

da e o lo go ti po Par ma lat nas

qua tro la te rais, de sign que fi cou

a car go do es tú dio grá fi co da

pró pria in dús tria de la ti cí nios.

pra ti Ci da de ao lei te par ma lat

Packs pro mo cio nais para balas 7 Belo

as ba las 7 Belo, produzidas pela Nestlé, es tão sen do co mer cia li za­das em um pack pro mo cio nal com­pos to por dois sa cos do pro du to, de 200 gramas, e uma bola pula­pula. Jun to com o pacote pro mo­cio nal, a bala ga nha lo go mar ca mais mo der na. a M design criou a mar ca 7 Belo Ball para o pack e de sen vol veu uma iden ti da de para a em ba la gem, que tem como ilus tra­ção elos co lo ri dos que trans mi tem luz e mo vi men to, lem bran do a bola que bri lha. a empresa fornecedora da embalagem é a lanzaragráfica e Editora, de são Paulo.

vol ta do para o pú bli co B e C, os bom bons de ce re ja da vil la ge es tão em embalagens mais so fis ti­ca das. a a10 design criou para o produto um visual clás si co, mas que aten de às exi gên cias e con di­ções do pú bli co­alvo. as cai xas dos bom bons es tão ver me lhas, na cor do re cheio, e criam appetite appeal com a ima gem das ce re jas. a mar ca vil la ge está mais des ta­ca da na parte su pe rior da em ba la­gem, fa bri ca da pela Nova Pá gi na.

Clas se para o público B e C

Page 32: Revista EmbalagemMarca 016 - Outubro 2000

Display

44 – EmbalagemMarca • out 2000

Para acom pa nhar o pú bli­co jo vem, o re fri ge ran te su ki ta ga nhou um visual mais mo der no e alaranja­do. a pre do mi nân cia da cor é no ta da no fun do da ilus tra ção e na ima gem de uma la ran ja es ti li­za da. segundo Cyro giopato Jr., gerente

de marketing da marca sukita, o novo de sign das la ti nhas de 350ml e dos ró tu los das gar ra fas PEt res sal ta as qua li da des na tu rais da be bi da. a con­

cepção visual ficou a cargo da dil Consultores em design.

Cada vez mais la ran ja

MôNiCa zaNoN

as gar ra fas de 600ml e

long neck da cer ve ja

Kai ser es tão apre sen tan­

do um ró tu lo di fe ren cia­

do. a no vi da de está no

for ma to dis for me, úni co

no mun do, de sen vol vi do

pela New design.

se guin do o la yout da

lata pra tea da, lan ça da

no iní cio do ano, o novo

ró tu lo dá des ta que para

Depois da lata, as garrafasas co res pra ta e ver me­

lho, su ge rin do ino va ção

e mo der ni da de.

o neck la bel tam bém

mu dou, fi can do mais

ar re don da do e com o

“Kai ser 10” des ta ca do

pe las le tras maio res e

pelo fun do ver me lho. os

ró tu los são for ne ci dos

pela Em pax e pela di xie­

toga.

A linha de so bre me sas pron tas da Pau lis ta, com­pos ta pelo Flan Pau lis ta e pelo Lei te Ge li fi ca do,ga­nhou no vas embalagens. Se guin do a ten dên cia do mercado, os produtos são acon di cio na dos em ban­de jas ter mo for ma das na própria linha da empre­sa, subs ti tuin do o fil me

So bre me sas Pau lis ta ago ra em ban de jas termoformadas

ter moen co lhí vel. Pe que nas al te ra ções no la yout tam­bém po dem ser no ta das. Nos Flans, o peso lí qui do é des ta ca do para se di fe­ren ciar das de mais mar­cas, ge ral men te com o peso lí qui do 10% me nor. As le tras do Lei te Ge li fi ca­do es tão maio res e com as co res mais for tes.

as li nhas de su cos con­cen tra dos san tál e de chás pron tos, da Par­ma lat, es tão sen do acon di cio na das emgar ra fas de PEt, pro du­zi das pela pró pria empresa, na linha de en va se, o que ga ran te a

Su cos e chás Par ma lat em PETas sep sia do pro du to. uma no vi da de da embal­agem é o la cre com selo de alu mí nio so bre a tam­pa, para evi tar vio la ção. os chás são en con tra­dos em gar ra fas de 1,5 li tro e os su cos, emgar ra fas de 500ml.

foto

s:

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ulg

ão

Page 33: Revista EmbalagemMarca 016 - Outubro 2000

Display

46 – EmbalagemMarca • out 2000

A Ita ma raty quer cha mar a aten ção

do con su mi dor para o bis coi to Tri­

Wa fer. Assim, re po si cio nou o pro­

du to nas pra te lei ras através de uma

em ba la gem dis play. Cada uma aco­

mo da vinte bis coi tos de 23g. A mar­

ca ofe re ce três ver sões do bis coi to

que com bi nam dois sa bo res cada:

Con cor di no (mo ran go e chan tilly);

Jum bo li no (ave lã e cho co la te); Cap­

puc ci no (café e chan tilly).

As embalagens dos bis coi­

tos in di vi duais são for ne ci­

das pela Shell mar e o

dis play, pela Car to na­

gem Jauen se.

Wa fers em em ba la gem display

uma no vi da de para as crian ças: Cre­mo ge ma sabor vi ta mi na de fru tas. o min gau da RMB com sabor, pre fe ri do en tre as crian ças, segundo pes qui sa do instituto sense, está lan çan do essa ver são que une ma mão, ba na na e maçã. os car tu chos em car tão, for­ne ci dos pela igB, apre sen tam novo de sign, as si na do pela de góes, e brin ca dei ras no ver so.

a obra aba po ru, de tar si la do ama ral, está re pro du zi da nas cai xas dos len­ços Kiss de 50, 75 e 100 unidades. o pro je to foi de sen vol vi do pela san ther, fa bri can te de len ços e produtos de pa pel para hi gie ne pes soal, e pela MBa – Mar cas Bra si lei ras ad mi nis tra­das, que de tém a li cen ça das obras da ar tis ta. o ob je ti vo é co lo car arte no dia­a­dia da con su mi do ra através da obra de uma ar tis ta que tra duz o con­cei to de mu lher ideal, preo cu pa da com a vai da de. os consumidores têm se mos tra do re cep ti vos a produtos que le vam arte. segundo dora Kauf­man, só cia­di re to ra da MBa, “exis te

um forte de se jo do pú bli co em ter produtos di fe ren cia dos, bo ni tos, com valor agre ga do em seu

co ti dia no”. as embala­gens são produzi­das pela própria

santher.

doCe trans pa rên Cia

A linha de ado çan tes FiNN está ofe­re cen do uma nova op ção, à base de sa ca ri na. É o FiNN Cris tal ver são lí qui da que, para per mi tir a vi sua li za­ção do pro du to e di fe ren ciar da ou tra ver são, é dis po ní vel em em ba la gem

trans pa ren te. O fras co, fabri­cado pela Format Industrial de Embalagens, ga nhou for­ma to de uma gota es ti li za da e o ró tu lo está com tons mais sua ves (bran co e cre­me). A onda bor dô e o tra di cio nal ma mão per­ma ne cem como ele men­tos ca rac te rís ti cos da mar­ca. Os rótulos são forneci­dos pela Prodesmaq.

O Toddyn ho, lí der no mer­

cado de lei te com sabor

em cai xi nha, da Qua ker,

pre ten de man ter o pio­

nei ris mo da mar ca lan­

çan do o Toddyn ho Cho­

co la te Bran co – Edi ção

Li mi ta da. Para o novo

sabor, o de sign da em ba­

la gem teve a cor pre do­

mi nan te al te ra da para o

bran co. O lançamento

será fei to, a prin cí pio, no

Rio de Ja nei ro, e con ta­

rá com co mer ciais de TV

e uma linha de ma te rial

pro mo cio nal para pon to­

de­ven da.

Edi ção li mi ta da em Tetra Pak

os ró tu los e mul ti packs do tra di­cio nal taff Man­E, da Ya kult, pas­sa ram por uma re for mu la ção. a agên cia a10 design preo cu pou­se em ti rar a so brie da de e a es tá ti ca do visual an te rior (acima). Para isso, o logo foi quebrado em três par tes, e passou a ocu par todo o ró tu lo. a ti po lo gia tam bém foi al te­ra da, sen do usa das le tras mais for­tes para trans mi tir o con cei to de vi ta li da de e atingir o pú bli co mas­cu li no. os ró tu los são fa bri ca dos pela Em pax e os mul ti packs, pela iga ras.

Vi ta li da de em logo que bra do

Cartuchoscom brin ca dei ra

Trazendo a arte para o dia-a-dia

Page 34: Revista EmbalagemMarca 016 - Outubro 2000

48 – embalagemmarca • out 2000

EVENTOS

NOVEMBRO

A re vis ta em ba la gem mar ca vai tra zer a seus lei to res to das as no vi da des e ten dên cias da em bal la ge 2000, o sa lão mun­dial de embalagens que se rea li­za a cada dois anos no par que de ex po si ções de Pa ris­Nord Vil le pin te, na Fran ça. A fei ra acon te ce en tre os dias 20 e 24 de no vem bro, e pro me te ser uma das maio res, mais mo vi­men ta das e mais ino va do ras en tre as 33 já rea li za das. Pa ra le­la men te à em bal la ge, este ano

Em ba la gEm mar ca es ta rá na Em bal la ge 2000

será rea li za da a con sa gra da fei ra IPA (World Food Pro cess). Os dois eventos de ve rão re ce ber, jun tos,

150 000 vi si tan tes do mun do in tei ro. Ou tra atra ção in te res san­te realizada ao mesmo tempo será a PackVi sion 2000, mos tra re sul tan te do con cur so de de sign de em ba la gem rea li za do en tre es tu dan tes de es co las es pe cia li­za das do mun do in tei ro. Os vi si­tan tes re ce be rão um CD­rom apre sen tan do os 30 pro je tos se le cio na dos, que es ta rão em exposição no even to. In for ma ções na Pro mo sa lons: (11) 881 1255.

In ter Bev 2000 – fei ra que reu ni rá a in dús tria de be bi­das do mun do in tei ro com no vi da des e ino va ções do se tor. Par ti ci pa ção de pro du­to res, en va sa do res, dis tri bui­do res, im por ta do res, fa bri­can tes de má qui nas e equi­pa men tos, embalagens para re fri ge ran tes, águas mi ne rais, su cos, chás pron tos para be ber, lei te, iso tô ni cos, vi nhos, cer ve jas e be bi das

DEZEMBRO

Alu mi num South Ame ri ca 2000 – Fei ra In ter na cio nal da In dús tria do Alu mí nio. O Bra­sil, sex to maior pro du tor mun­dial de alu mí nio pri má rio, foi es co lhi do como sede da ver­são la ti no­ame ri ca na de uma das mais tra di cio nais fei ras do se tor rea li za das na eu ro pa. O even to reu ni rá di ver sos seg­men tos, com ex po si to res do Bra sil, es ta dos Uni dos e eu ro­pa. Pa ra le la men te ao even to

será rea li za do o I Con gres so In ter na cio nal da In dús tria do Alu mí nio, or ga ni za do pela Abal – Associação Brasileira do Alu mí nio, que reu ni rá pro fis­sio nais bra si lei ros e es tran gei­ros para apre sen tar no vi da des tec no ló gi cas na área pro du ti­va e de re ci cla gem. De 21 a 23 de no vem bro no In ter na tio nal Tra de mart, em São Pau lo. In for ma ções na dmg world me dia: (11) 815 9900.

II Con gres so ECR Bra sil – “Tec no lo gia e efi ciên cia em Be ne fí cio do Con su mi­dor” é o tema do even to da Associação eCR Bra sil. Se rão apre sen ta dos 18 pro je tos­pi lo to que es tão sen do tes ta dos nos sub­co mi tês da en ti da de e que en vol vem fer ra men tas de ge ren cia men to de ca te go­rias, co mér cio ele trô ni co, pro ces sos fi nan cei ros, re po si ção efi cien te de mer ca do rias e pa dro ni za­ção. O con gres so, voltado para a área de logística, reu ni rá pa les tran tes bra si­lei ros e es tran gei ros e con­ta rá com uma fei ra de produtos, equi pa men tos e ser vi ços, além de um su per mer ca do­mo de lo, onde será pos sí vel co nhe­cer, na prá ti ca, as fer ra­men tas de res pos ta efi­cien te ao con su mi dor. Dias 22 e 23 de no vem bro, no me mo rial da Amé ri ca La ti­na, em São Pau lo. In for­ma ções: (11) 3838 4520.

des ti la das, en tre ou tros. De 4 a 6 de de zem bro em Nova Or leans, Lou sia na, eUA. In for ma ções na Reed ex hi bi­tion: (11) 5505 7272.

Page 35: Revista EmbalagemMarca 016 - Outubro 2000

esta se ção en con tram-se, em or dem al fa bé ti ca, os nú me ros de te le fo ne das em pre sas ci ta das nas re por ta-gens da pre sen te edi ção. Em ba la gEm mar ca fica à dis po si ção para in for ma ções adicionais.

Como Encontrar

NABAL – Associação Brasileira do Alumínio

(11) 5084­1544

ABePeT – AssociaçãoBrasileira da Indústria do PeT

(11) 3849­1688

ABIVIDRO – Associação Brasileira da Indústria do Vidro

(11) 255­3033

AeT Films(11) 293­9587

BRACeLPA – AssociaçãoBrasileira das Indústriasde Celulose e Papel

(11) 5095­2359

CSN embalagens(11) 3049­7188

Cisper(11) 6542­8000

Dixie­Toga(11) 5515­1177

Doormann embalagens Plásticas(51) 470­3777

Du Pont (11) 7266­8351

empax embalagens(11) 5693­5400

exxonmobil – Films Business(11) 538­3549

Ferrostaal(11) 541­9877

Grupo Brasil­Rio(11) 3758­0996

Hervás Rótulos(11) 6941­9266

Horácio Ábalos(11) 7922­0128

Huhtamaki Van Leer ­ Brasholanda

(41) 661­1000

Inapel(11) 6480­3055

IRB – Indústrias Reunidas deBebidas Tatuzinho ­ 3 Fazendas

(11) 263­1411

Kentinha embalagens(11) 4057­6000

Kibon(11) 536­2000

Kpack(11) 7967­7373

La Basque(11) 5572­8855

Lipoquímica(19) 466­2373

multilabel(11) 5641­4573

Nytek Soluções(11) 3648­8000

Oscar Flues(11) 5514­6907

Polipet(11) 4656­1066

Poly­Vac(11) 5541­9988

Rigesa Westvaco(19) 3869­9344

Rohm And Haas(11) 5097­9000

SetPrint(11) 3047­2540

SICONGeL – Sind. da Ind.Alimentar de Congelados,Supercongelados, Sorvetes,Concentrados e Liofilizados

(11) 251­3455

Sidel(11) 3783­8800

SINDUSFARmA – Sind daInd. de Produtos Farmacêuticos no estado de São Paulo

(11) 829­5944

Sorvetes Nestlé(11) 5508­9300

SPL Dessecantes(11) 6942­8600

Tia Cida Sorvetes(11) 6241­0172

Vitopel­Koppol(11) 4977­7281

Votocel(11) 269­4261

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Almanaque

50 – embalagemmarca • out 2000

Praticidade na década de 40Hoje, to mar chá é ex tre ma­

men te cô mo do. Basta aque­

cer água e co lo car no bule

um sa chê com o sabor de se­

ja do, aguar dar um pou co e

to mar. Esse tipo de con ve­

niên cia, sur gi do na pri mei ra

década des te sé cu lo nos

Es ta dos Uni dos, só re cen te­

men te se con so li dou en tre

os bra si lei ros. Aqui, até

mea dos dos anos 40, pre do­

mi na va o há bi to de to mar­se

uma in fu são de erva mate.

An tes de ser le va das à água

fer ven te as fo lhas se cas pre­

ci sa vam ser tos ta das (ou

“quei ma das”, como se di zia

en tão) com uma bra sa numa

lata ou no pró prio bule. Foi

na que la década que o Mat te

Leão co me çou a tor nar­se

lí der do segmento. Para isso,

ado tou uma ele gan te em ba­

la gem de aço im pres sa em

ver me lho, branco e pre to

(de pois subs ti tuí da por uma

cai xa de ma dei ra). Seu slo­

gan mos trou­se uma efi ca z

arma de co mu ni ca ção,

re su mi da às ex pres sões

“Use e abu se” e “Já vem

quei ma do”, ro dean do a

mar ca. A ilustração, tão

famosa quanto a marca,

mostrava um leão bra­

man te so bre um es qui fe.

Gina, essa des co nhe ci daUm dos ros tos mais co nhe ci dos dos bra si lei­ros, o da moça que apa­re ce na em ba la gem dos pa li tos ro li ços de ma dei­ra Gina, é de uma pes soa des co nhe ci da. A idéia de ilus trar a cai xi nha de pa pel­car tão com uma fi gu ra hu ma na sur giu em 1976, quan do o fun da dor da empresa, Os val do Rela, de ci diu tro car a ima gem an te rior. Era uma al mo fa da com um pa li tei ro de pra ta em cima, que os consumi­dores ima gi na vam es tar con ti do na em ba la gem. Para evi tar con fu são, foi co lo ca da a foto de uma mo de lo con tra ta da por agên cia, de cujo nome nin guém lem bra. Em

1992, já com 26 anos, as rou pas, o es ti lo da mo de­lo e o ca be lo eram de ou tra épo ca. Fo ram subs­ti tuí dos pelo atual de se­nho, ba sea do na mes ma foto da moça mis te rio sa.

O vaivém dos valores fundamentaisQuan do che gou ao Bra sil, em 1965, o ce real ma ti nal Corn Fla kes, da Kel logg’s, já trazia na em ba la gem al guns dos seus va lo res fun da men tais, hoje cha ma­dos equi ties: o lo go ti po da empresa, no alto, o nome do pro du to, grafado com gran des le tras pre tas e, em pri mei ro pla no, uma ti ge la com os flo cos de mi lho.De lá para cá, al gu mas mu dan ças ocor re ram. O açu ca rei ro e a jar ra da pri mei ra em ba la gem de ram lu gar a um galo es ti li za do já no pri mei ro re de se nho. O galo evo luiu até as su mir a forma atual do per so­

na gem Cor ne lius. Nas embalagens de 1965 e 1966, um cor te dia go nal di vi dia a cai xa em duas me ta des, uma bran ca e a ou tra ver me lha. Na década de 1980, a dia go nal su miu, mas re tor na ram o açu ca rei ro e a jar ra — que não fi gu ram na ver são atual. Na em ba­la gem mais re cen te, aliás, fo ram adi cio na dos mo ran gos ao con teú do da ti ge la, e di ze res “mar ke­tei ros” (“O úni co com Nu tri fer ro” e “O ori gi nal e o me lhor”) fo ram in cor po ra dos para au men tar o ape­lo pro mo cio nal do car tu cho de pa pel­car tão.

1965 1966 Década de 80

ATUAL