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Ano XIV • Nº 160 • Dezembro 2012 • R$ 15,00 EVENTO Pack Expo 2012, em Chicago, mostrou novidades e um viés de recuperação para a indústria do packaging ENTREVISTA Jaime Drummond, fundador e presidente da Mahogany, defende o romantismo no visual de produtos de beleza Para não dar zebra Saiba como evitar falhas na leitura de códigos de barras – um problema capaz de prejudicar vendas e diluir a força das marcas

EmbalagemMarca 160

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Revista EmbalagemMarca Nº 160, Dezembro de 2012. Reportagem de capa: Codificação

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evento Pack Expo 2012, em Chicago, mostrou novidades e um viés de recuperação para a indústria do packaging

entrevista Jaime Drummond, fundador e presidente da Mahogany, defende o romantismo no visual de produtos de beleza

Para não dar zebra

Saiba como evitar falhas na leitura de

códigos de barras – um problema capaz de

prejudicar vendas e diluir a força das marcas

Dezembro 2012 | 3

editorialUMa Conversa CoM o Leitor

Um bom ano, com realizações e inovação

“Em 2013 entra em

vigor uma parceria

para aprimorar o

conteúdo editorial da

revista. E já trabalhamos

para que o Prêmio

Grandes Cases

de embalaGem,

consagrado como

um sucesso, tenha

êxito ainda maior”

enCerra-se Mais um ano e, além dos sinceros votos de bem-estar pessoal e êxito nos negócios para o futuro a todos que nos lêem, quero fazer aqui um balanço de nossas pró-prias atividades. Ele se resume nas palavras realizações e inovação. Porém, dentro desses dois conceitos, cabe ressaltar, primeiramente, que Emba-lagemMarca definiu um acordo que vinha sendo costurado com a revista americana Packaging World.

Com o acerto de um intercâmbio de conteúdo, os dois veículos especializa-dos em packaging, referências em seus respectivos países de atuação, visam refinar a qualidade de seus serviços editoriais. Ao mesmo tempo, atuarão reciprocamente com agentes comer-ciais, como poder ser visto na página 64. A parceria entra em vigor em janei-ro próximo.

Entendemos ser interessante tam-bém ressaltar a realização da sexta edi-ção do Prêmio Grandes Cases de Embalagem, ocorrida com êxito total e consagrador em todas suas etapas. Estamos desde já trabalhando para que esse sucesso não só se repita, mas seja merecido porque a premiação será aperfeiçoada na edição de 2013.

Nas páginas deste exemplar da revista é feito um balanço e são apre-sentados com destaque cada um dos 31

cases vencedores do Prêmio em 2012. Convém ressaltar que a maneira como é feita essa apresentação – em amplo espaço na revista impressa, em sua ver-são eletrônica disponível em diferentes plataformas, no site da revista, na edi-ção semanal da newsletter econômi-ca de EmbalagemMarca e ainda na distribuição de centenas de pendrives ao setor, contendo a descrição anima-da dos cases – agregam a Grandes Cases de Embalagem uma amplitude de divulgação das empresas premia-das (usuárias de embalagem e seus fornecedores) que nenhuma iniciativa similar oferece no Brasil. Pode-se dizer, em síntese, que a premiação materia-liza o mote de que dela participar é importante para as empresas e para os profissionais responsáveis pela criação e pelo desempenho das embalagens em nosso País.

Para concluir esta mensagem, reco-mendo a leitura da reportagem de capa, de autoria de Flávio Palhares, sobre codificação – mais especificamente, sobre uso de códigos de barras nas embalagens. Nela há boas dicas para evitar problemas de estoque, de logísti-ca e de vendas.

Até janeiro.

WILSON PALHARES

sumárioEdição 160 • Dezembro 2012

Diretor de redação: Wilson Palhares | [email protected] • editor executivo: Guilherme Kamio | [email protected] • redação: Flávio Palhares | [email protected] • Comercial: Juliana Lenz | [email protected] • Karin Trojan | [email protected] • Wagner Ferreira | [email protected] • Diretor de arte: Carlos Gustavo Curado | [email protected] • administração: Eunice Fruet | [email protected] • Marcos Palhares | [email protected] • eventos: Marcella Freitas | [email protected] • Circulação e assinaturas (assinatura anual R$ 150): Kelly Cardoso | [email protected]

Publicação mensal daBloco Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 5304718-040 • São Paulo, SP(11) 5181-6533www.embalagemmarca.com.br

Não é permitida a reprodução, no todo ou em parte, do conteúdo desta revista sem autorização. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

Aoki .............................................................67Ampacet..................................................... 13Aptar B&H Embalagens ..........................79Baumgarten ..............................................25Bericap .........................................................5BMP Plásticos ...........................................19Catuaí Print ................................................ 17

Congraf ......................................................37Coppola .................................................... 80Designful ....................................................77Gráfica Ipê .................................................75Grandes Cases .........................................73Grif .............................................................. 65Indexflex .......................................................2

Logoplaste .................................................47Maxcor ........................................................11Mirvi ............................................................. 31Moltec ........................................................77Optima .........................................................9PE Latina ................................................... 29Prakolar ......................................................61

Prodesign .................................................. 39Sarapuí .......................................................... 7Silgan White Cap .................................... 63Simbios-Pack ............................................77Suzano........................................ SobrecapaVidro Porto ............................................... 69Wheaton ....................................................35

Empresas que anunciam nesta edição

6 Ferramentas Linha com apelo profissional sobressai ao adotar cartelas-blister com formato exclusivo

8 Painel Nadir Figueiredo faz 100 anos e lança livro comemorativo • Klöckner Pentaplast ampliará produção de filmes no País • A entrada da International Paper no mercado de embalagens • DuPont terá produtos com plástico “verde” da Braskem • Optima anuncia novas máquinas feitas no Brasil

62 evento Leve melhora da economia faz a Pack Expo International, nos Estados Unidos, pulsar em ritmo mais acelerado – e abrir mais espaço para novidades

66 rótulos Castrol usa rótulo com “efeitos especiais” para mostrar qualidade de lubrificante

68 entrevista O presidente da Mahogany, Jaime Drummond, fala da predileção da empresa por flores e recursos românticos na apresentação de cosméticos e perfumes

72 Display Kits de banho inspirados em bólidos • Sopas prontas chegam ao mercado em pouches • Latas colecionáveis são adotadas para conservas • Uísque ganha nova garrafa artística • PET de 1 litro é a nova opção de energético • Cervejas em edições de fim de ano

78 almanaque A origem do panetone • Papai Noel é invenção da Coca-Cola? • A criação de um clássico pela Bauducco • Receita de vela natalina com caixinha

6 62

18

14

66 68

72 78

reportagem de capa: CodificaçãoAplicação inadequada de códigos de barras dificulta leitura nos pontos de venda e causam transtornos para a indústria e para o varejo. Reportagem mostra os erros mais comuns e o que fazer para minimizar os problemas – Por Flávio Palhares

esPeCiaL – GranDes Cases De eMBaLaGeM

Conheça os 31 projetos vencedores da sexta edição do prêmio. Saiba, também, como foram o troféu e a festa de anúncio dos vencedores

6 | Dezembro 2012

FErrAMEntAS

Potência na embalagemCartelas blister valorizam linha de ferramentas com apelo profissional

UMa Das principais marcas de fer-ramentas de alto padrão no Brasil, a Famastil Taurus Ferramentas, de Gra-mado (RS), passa a oferecer uma linha que se destaca não apenas pela qualida-de, mas também pelas embalagens com design exclusivo. A nova linha Taurus Ferramentas Premium busca se inserir no mercado atraindo um público que procura não só por uma boa ferramenta, mas um equipamento robusto e efi-ciente. Para fazer os produtos trans-mitir percepção de nobreza, a empresa adotou cartelas blister requintadas, que sobressaem nos pontos de venda.

O formato das embalagens é ins-pirado no touro, símbolo da Taurus e sinônimo de robustez. A cartela recebeu um desenho que alude ao contorno de uma cabeça de touro, feito a partir de ilustrações estilizadas da face do animal. Esse elemento ganhou a cor prata, rela-cionada ao aço utilizado no produto e impressa em tinta especial, que remete à aparência do material. Nos demais elementos da embalagem predomina 0 preto, utilizado por sua frequente asso-ciação a sofisticação e qualidade.

De acordo com a agência Design 21, responsável pelo projeto, apenas

as informações estritamente necessá-rias são aplicadas na parte frontal da cartela, resultando num design limpo e sofisticado. Além disso, atributos de cada produto são identificados por selos que simbolizam a tecnologia utilizada na produção de peças. “Precisávamos de equilíbrio: comunicar aos consumidores que se trata de uma linha de ferramentas poderosas, robustas, e também muito bonitas”, afirma Marcos Guimarães, diretor de criação e gestor da Design21.

As embalagens foram adotadas pela Famastil Taurus nos mais de 200 itens que a linha oferece. O mesmo estilo de design, derivado de um estudo minu-cioso de identidade de marca, será aplicado em material de lançamento e displays de pontos de venda. Para a Taurus, o visual cumpriu seu objetivo: traduzir os atributos da companhia e de suas ferramentas de forma inovadora e estratégica.

DEsign

Design 21(51) 3092-7400www.design21.com.br

impressão com tintas especiais

tem objetivo de dar aspecto de aço ao

papel cartão

Formato das cartelas blister é inspirado em touro, símbolo da marca Taurus

8 | Dezembro 2012

Dois DestaqUes marcam o centená-rio de fundação da Nadir Figueiredo, este ano. O primeiro é a proeza de a vidraria que tem sede no bairro da Vila Maria, em São Paulo, ser uma das escassas empresas de capital 100% brasilei-ro que completam um século de existência – e, mais que isso, de crescimento contínuo. O se-gundo é que seus diretores decidiram investir um valor não revelado, mas certamente elevado, num primoroso livro comemorativo. Trata-se de outra excepcionalidade num País, como o Bra-sil, onde a memória, sobretudo a industrial, é geralmente ignorada. No livro Nadir Figueiredo 100 anos a história da corporação, nascida das mãos de um criativo empreendedor, é contada, em português e em inglês, em 170 páginas ilus-tradas com profusão de fotos.

Pelo que se deduz do saboroso texto do au-tor, o escritor Ignácio de Loyola Brandão, a qua-lificação de “criativo” para o fundador da cente-nária vidraria é sem dúvida mais adequada do que o corriqueiro “nato” usualmente acoplado

ao substantivo “empreendedor”. Na verdade, em 1903, o menino Nadir Dias de Figueiredo, então com 12 anos de idade, teve de começar a lutar ao lado da mãe e do irmão um ano mais velho, Morvan, para garantir o sustento de outros qua-tro irmãos, ao ficar órfão do pai, em Belo Ho-rizonte, onde nascera. Da capital mineira ele mudaria para São Paulo, onde em pouco menos de dez anos trocaria um emprego de ajudante na Casa Guinle, especializada em serviços de engenharia mecânica, hidráulica e eletricidade, por um negócio próprio, montado em sociedade com Morvan, no centro da capital paulista: uma loja especializada em vendas e manutenção de registradoras, máquinas de escrever e de somar.

Dali em diante, norteou-se sempre por um

lema aprendido com os proprietários da Casa Guinle: “Não existem maus negócios. Existem, isto sim, maus negociantes”. Fiel a esse lema, a Nadir Figueiredo foi uma empresa que se de-dicou a variadíssimos ramos de atividade, até adquirir, em 1935, a primeira fábrica de vidros, ainda manual. Desde então, sua marca é presen-ça constante na produção de embalagens para bebidas e alimentos e, sobretudo, de artigos de mesa, segmento no qual sobressai o famoso “copo americano” do qual já foram produzidas mais de 6 bilhões de unidades. Às vésperas de seu centenário, a empresa comunicou a aqui-sição da divisão de utilidades domésticas da Saint-Gobain Vidros S/A, tornando-se detento-ra das marcas Marinex, Duralex e Santa Marina. E anunciou que, “até 2013, serão investidos na empresa 245 milhões de reais, o que, além de consolidar a Nadir Figueiredo como companhia de classe mundial, a destaca e a consagra como referência de excelência no ramo vidreiro de uti-lidades domésticas”.

Livro celebra os 100 anos da Nadir Figueiredo,

companhia vidreira de classe mundial

Centenário com primorDatas

PainelMoviMentaÇÃo no MUnDo Das eMBaLaGens e Das MarCas edição: GUiLherMe KaMio

[email protected]

Livro resgata a trajetória da vidraria com texto saboroso e profusão de fotos históricas

10 | Dezembro 2012

PainelMoviMentaÇÃo no MUnDo Das eMBaLaGens e Das MarCas

Gente

novo líder em latasO engenheiro Carlos Medeiros (foto) é o novo presidente do negócio de latas para bebidas da Rexam na América do Sul. O executivo, que sucede a André Balbi, será responsável pe-las treze unidades localizadas na região (onze no Brasil, uma no Chile e uma na Argentina). Medeiros ocupava o cargo de vice-presidente para a América Latina da MEMC/SunEdison, empresa de energia solar.

FiLMes

aporte em CotiaProdutora de filmes para embalagens de medicamentos, dispositivos médicos, ali-mentos, eletrônicos e termoformados de uso geral, a Klöckner Pentaplast anunciou que ampliará sua capacidade de produção no Brasil. A partir do quarto trimestre de 2013, a fábrica da empresa em Cotia (SP) terá acréscimo de 1 200 toneladas de capacida-de de revestimento e laminação de filmes da linha Pentapharm, dirigidos a blisters de comprimidos. Em 2014, a capacidade de calandragem de PVC também será amplia-da em 12 000 toneladas, para o atendimento dos mercados farmacêutico, de alimentos, impressão, cartões e termoformagem em geral. O projeto, orçado em 15,1 milhões de dólares, contempla a contratação de 36 no-vos funcionários.

Pet

Chegada às gôndolasMeses depois de seu anúncio, em junho de 2011, a garrafa de 2 litros do Guaraná Antarctica totalmente derivada da re-ciclagem de resina PET pós-consumo finalmente estreou no mercado brasi-leiro. Segundo a Ambev, fabricante do refrigerante, a demora para o lança-mento da embalagem se deveu à espera por sua aprovação pela Agência Nacio-nal de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A tecnologia empregada permite que qualquer outra embalagem de PET, independente de cor, formato ou fabri-cante, seja aproveitada na produção do

recipiente. De acordo com a Ambev, 28 milhões de unidades do novo modelo de garrafa já haviam chegado ao mer-cado até novembro último. A previsão é de que esse índice alcance 40 milhões de embalagens até o fim de 2012.

Produzidas nas fábricas da Ambev do Rio de Janeiro, de Curitibana (PR) e de Sapucaia (RS), as embalagens de 2 litros feitas de PET 100% reciclado consumiriam 70% menos energia elé-trica em sua produção comparadas àquelas obtidas de material virgem. Também abreviariam o consumo de

água em 20%. Conforme declara a Ambev, a inovação retira do ambiente um equivalente a 30 metros cúbicos de material descartado em aterros sa-nitários para cada cinco toneladas de PET reciclado. A nova garrafa está dis-ponível na Região Sul e nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, com expansão prevista para todo o País até o final de 2014.

Origem na reciclagem é destacada

no rótulo

CartonaDas assÉPtiCas

Projeto concluídoA SIG Combibloc ampliou o projeto da segunda fase de sua fábrica bra-sileira de embalagens cartonadas assépticas, inaugurada em junho de 2011 em Campo Largo (PR). A em-presa investiu 100 milhões de reais na instalação de uma linha de ex-trusão, responsável pela laminação de papel cartão com polímero e alu-mínio. “Com mais esta etapa, a SIG conclui 100% do projeto e totaliza o investimento anunciado inicialmen-te de 270 milhões de reais”, afirma o diretor-presidente da SIG Combibloc América do Sul, Ricardo Rodriguez.

resinas

Mais uma parceria “verde”A DuPont anunciou que oferecerá, em breve, ma-teriais com base no polietileno “verde” da Braskem, derivado do etanol da cana-de-açúcar. As novida-des serão incorporadas à linha de resinas adesivas Bynel e à família de modificadores de polímeros Fusabond. De acordo com a DuPont, elas igualarão ou superarão o desempenho de seus equivalentes derivados do petróleo, com vantagens de sustenta-bilidade. O anúncio promete desdobramentos para a indústria de embalagens especialmente no caso das resinas adesivas de coextrusão Bynel. Também conhecidas como tie layers, elas ajudam a viabilizar barreiras, vedação de calor e outras funções em es-truturas multicamadas como filmes, garrafas, tubos e folhas termoformáveis.

Fábrica da KP irá produzir mais

filmes para blisters

CeLULÓsiCas

iP entra no jogoA International Paper (IP) e a Jari Celulose, Papel e Embalagens, braço do Grupo Orsa, es-tabeleceram uma joint venture para atuar no mercado brasileiro de embalagens. Uma nova empresa será criada a partir dos ativos de em-balagem do Grupo Orsa, compostos por três fábricas de papelão para embalagens e quatro unidades de embalagens de papelão ondulado. A IP, que até então atuava no Brasil somente com papéis brancos para imprimir, desembol-sou 470 milhões de dólares por 75% de par-ticipação no negócio. “Esse acordo vai ao en-contro da nossa meta de criar uma plataforma sustentável de crescimento na América Latina no setor de embalagens”, afirma Jean-Michel Ribieras, presidente da International Paper América Latina. As companhias esperam con-cluir a transação no primeiro trimestre de 2013, após as aprovações legais necessárias.

reCiCLaGeM

Do mar para as gôndolasConhecida por oferecer produtos de limpeza do-méstica ecologicamente corretos em embalagens de design caprichado, a americana Method adotou, no fim de outubro último, frascos feitos de uma combinação de plásticos recolhidos do oceano e de plástico pós-consumo reciclado. As em-balagens personificam uma edição limitada de um novo produto, um detergente dois em um (para mãos e louças) vendido somente na rede varejista Whole Foods Market. O plástico “oceânico” foi recolhido durante os últimos dezoito meses em praias do Havaí, por meio de alianças com organizações locais de proteção ambiental. Brandida como inédita, a tecnologia para recuperação e transformação do material em embalagens foi desenvolvida em parceria com a empresa de reciclagem Envision Plastics (ver EmbalagemMarca nº 148, dezembro de 2011).

Embalagem é a primeira a conter plástico recolhido do oceano

emb.bz/160method

12 | Dezembro 2012

PainelMoviMentaÇÃo no MUnDo Das eMBaLaGens e Das MarCas

núMeros

33,1 bilhões de dólaresSerá o valor do mercado brasileiro de embalagens em 2016, após crescimentos médios anuais de 7,13% nos quatro anos anteriores. Essa é a previsão da Bricdata, consultoria especializada em economias emergentes

208,4 bilhões de dólaresDeverá alcançar, em 2012, o mercado mundial de embalagens industriais e para transporte de carga, como tambores, iBCs e big bags. A previsão é de um estudo da consultoria inglesa Visiongain

32,1 milhões de toneladasSerá a demanda global de embalagens de transporte prontas para o varejo – também conhecidas como caixas-display ou retail-ready packaging – em 2017. De acordo com a consultoria Smithers Pira, o volume corresponderá a 63,4 bilhões de dólares

CartonaDas assÉPtiCas

história em episódiosComemorando mundialmente o 60º aniver-sário da entrega da sua primeira máquina de envase, a Tetra Pak promoveu a estreia de uma série de vídeos intitulada “Vozes da Inovação”. Ao longo dos próximos doze meses, os filmes abordarão personagens marcantes na histó-ria da companhia sueca, explorando aspectos como tecnologia, serviços, segurança alimen-tar, iniciativas sociais e sustentabilidade. O primeiro episódio da série detalha a trajetória de Ruben Rausing, fundador da Tetra Pak, e os primeiros anos da empresa.

Em cena de vídeo, o fundador da Tetra Pak, Ruben Rausing

emb.bz/160tetrapak

rÓtULos

Produção diversificadaConhecida pela produção de rótulos autoadesivos, a Prako-lar anunciou o ingresso no mer-cado de rótulos termoencolhí-veis. A empresa deu o pontapé para a diversificação de negócios no início de 2012, quando ad-quiriu duas impressoras flexo-gráficas Mark Andy Performan-ce Series P7. De acordo com a Prakolar, os equipamentos, ca-pazes também de confeccionar autoadesivos, apresentam alta qualidade e eficiência para a im-pressão de filmes termoencolhí-veis. Os novos rótulos serão se-lados, inspecionados e cortados em equipamentos fabricados pela Karlville.

Gente

Mudança na logísticaA fabricante de papel cartão Ibema contratou uma nova exe-cutiva na área de logística. Adriana Klemann Rohweder (foto) assume o cargo de gerente de logística no lugar de Már-cio Alexandre Barbosa Fontella – promovido à gerência de produção. Adriana acumula experiência de mais de treze anos no universo da logística, tendo passagens nas indústrias auto-motiva e de construção civil.

viDro

ampliação ao ladoA Verallia inaugurou, no dia 31 de outubro último, o terceiro forno de sua fábrica de embalagens de vidro de Mendoza, na Argentina. Dedicado à produção de garra-fas para vinhos e espumantes, o novo forno demandou um investimento de 70 milhões de dólares. Em discurso feito por videoconferência durante a solenidade de aber-tura do forno, a presidente argentina Cristina Kirchner apontou o investimento da Verallia como o mais impor-tante aporte industrial feito em 2012 no país vizinho por uma empresa de capital privado.

Garrafas produdizas no novo forno da Verallia na Argentina

Dezembro 2012 | 13

eqUiPaMentos

expansão de portfólioMultinacional de origem alemã que acaba de completar quinze anos de atuação no Brasil, a Optima anunciou uma ampliação do portfólio de máquinas de embalagem fabricadas no País. Alguns dos equipamentos foram apresentados a clientes e co-laboradores em um open house realizado na sede brasileira da empresa, em Vinhedo (SP), no final de outubro último. Entre as máquinas em exposição estavam a Optima Moduline, máquina multifuncional de envase e fechamento, cujo design é baseado em uma grade modular que permite a incorporação ou remo-ção de funções em qualquer posição do sistema; a Optima DF, um dosador gravimétrico, adaptável para produtos a granel, em pó ou granulados; a SV 125, máquina de envase e fechamento de seringas e frascos esterilizados, acondicionados em bandejas, com flexibilidade para trabalhar com produtos de diferentes fabricantes e produtividade de até 18 000 seringas/hora no mo-delo com dez pistas; e a VWM 218, máquina rotativa lavadora de frascos-ampola, frascos, seringas e carpules.

Moduline: um dos novos equipamentos oferecidos pela Optima

CorreÇÃo

No registro sobre os vencedores do 2º Prêmio Embalagens de Aço, publicado na edição anterior de EmbalagemMarca, duas imagens foram equivocadamente reproduzidas. Seguem abaixo as corretas:

interlight, da Cerviflan (Lata para tintas – inovação)

Conjunto Vintage, da

Meister (Latas promocionais

– Melhor litografia)

14 | Dezembro 2012

rEPOrtAGEM DE CAPA

Para não ter zebra no checkoutCódigos de barras inadequados dificultam leitura nos pontos de venda e causam transtornos para a indústria e para o varejo. O que fazer para minimizar esse problema

POR FLávIO PALhARES

nÃo se saBe exatamente que par-cela dos 7 bilhões de produtos com códi-gos de barras que passam diariamente pelos checkouts do varejo ao redor do mundo esbarram em problemas técnicos e imperfeições de execução, causando, entre outros, graves problemas de logística e de fluxo de vendas. É um aspecto em que o Brasil se destaca favoravelmente, por ter dados mais precisos. Mas nem por isso está num mar sereno, quadro que a rigor pode ser resolvido com relativa facilidade. É menos complicado do que parece evitar que aquela área com listras nas embala-gens acabe se transformando em zebra no checkout.

Segundo a GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação, que gerencia o uso de códigos de barras no País, cerca de 90% dos códigos de barras no Brasil apresentam algum tipo de problema, seja de impressão, de aplicação ou de padroni-zação, e 7% dos mais de 2 milhões de itens codificados no comércio nacional – ou seja, cerca de 140 000 produtos – não dão leitura na primeira passagem pelo ponto de venda. A consequência é que o opera-dor de caixa tem de gastar, em média, 23 segundos para solucionar a questão.

Enquanto isso, aumentam as filas nos checkouts, o atendimento piora e a insa-tisfação se espalha entre os clientes, com prejuízos para o varejo e, em última ins-tância, para a indústria. Uma das causas da inadequação dos códigos de barras está numa resistência entre designers e outros profissionais responsáveis pela criação de embalagens em aplicar a ferramenta. Mui-tos a veem como “interferência” e “fator de perturbação do visual”.

De acordo com Patricia Amaral, asses-sora de soluções de negócios da GS1 Brasil, muitos erros encontrados em embalagens poderiam ser evitados se as recomenda-ções de codificação fossem seguidas. “Os

designers nunca consultam a GS1, e eles têm cada vez mais poder de decisão”, ela afirma. “Hoje as empresas investem muito em design de embalagens, porque isso aumenta as vendas. Então não pode haver falhas na aplicação dos códigos.” E dá exemplos: “Às vezes o código está em lugar não muito adequado para leitura; noutras, a cor não é adequada, o que atrapalha a leitura. Há ocasiões em que designers per-guntam se o código de barras é realmen-te necessário, porque ocupa espaço no rótulo e ‘estraga’ a arte. Então eles tentam explorar os códigos de barras. Daí, fazem desenhos com as barras. Acontece que, mudando-se o formato da barra, o leitor não identifica o código.”

PatríCia aMaraL destaca alguns pontos que merecem atenção na hora da aplicação do código de barras. “Se diminuir, esticar ou colocar uma tinta que vai borrar e juntar as barras, não vai funcionar”, adverte a assessora da GS1. “Se um código não dá leitura, o varejo dirá que o produto atrapalha o checkout, atrasa o processo. Caso o erro persista, a compra do produto é interrompida.” Ela ressalta ainda: “Tem também o lado do consumi-dor. Se ele compra um produto uma vez e não dá leitura, compra uma segunda e uma terceira vez e não dá leitura, em suma, se o produto nunca passa, ele pro-vavelmente não irá mais comprar aquela marca, ou vai não comprar naquele ponto de venda, ou seja, todos perdem.”

A seguir, EmbalagemMarca descre-ve, com base na orientação da GS1, os prin-cipais equívocos que devem ser evitados na hora da aplicação de códigos de barras nas embalagens.

A GS1 oferece o serviço “Certificação do Código de Barras” que permite a correção de problemas com eficiência de leitura em 100% dos casos. emb.bz/160gs1

Dezembro 2012 | 15

artes nas Barras O uso de artes nas barras faz os códigos fugirem do padrão. “Não é proibido, porque não tem uma lei, mas não é recomendável”, lembra Patricia Amaral. “Desenho no código de barras atrapalha a leitura. Existe um número por trás daquelas barras. Se atrapalhar a leitura, o código é inutilizado. A identificação do produto é o código, que é traduzido literalmente. Se tiver algum elemento a mais ou a menos, faz diferença”, sen-tencia a assessora da GS1. “O leitor foi fabricado para ler um padrão: barras. Se mudar o padrão, não vai ler.”

Cores Os leitores de código de barras traba-lham com sensor vermelho ou infra-vermelho. Nenhum dos dois consegue reconhecer códigos onde as barras este-jam impressas na cor vermelha, e ambos tem a eficácia de leitura reduzida em códigos coloridos com espectro próxi-mos ao do vermelho (laranja, amarelo etc). As barras devem ser sempre de cores bem escuras, impressas sobre um fundo claro ou vermelho, procurando o maior contraste possível. “O código básico é o preto e branco, porque é o que oferece melhor contraste”, explica a assessora da GS1. “Não adianta colocar amarelo claro no amarelo escuro, verde claro no verde escuro, ou amarelo com verde. Quando não tem contraste, o leitor não lê.”

Outro problema comum que acon-tece na aplicação de códigos em embala-

gens com fundo escuro é o efeito “nega-tivo”. Código com fundo escuro e barras claras não dá leitura. As barras sempre precisam ser escuras em fundo claro.

MarGeM De siLênCioPara que a decodificação do código de barras seja executada com rapidez e segurança, é necessário que exista uma margem mínima de silêncio de cada lado do código de barras. Essa margem é definida pelo padrão do código de barras e depende da sua magnitude (tamanho). Um valor razoavelmente seguro para margem de silêncio é de 3 a 5 milímetros. É preciso verificar se não há linhas ou emendas (como final de etiqueta) muito próximas ao código.

Por dentro do código de barrasO código EAN/UPC é um sistema internacio-nal que auxilia na identificação inequívoca de um item a ser vendido, movimentado e armazenado, sendo o EAN-13 (por conter treze dígitos) o mais conhecido e utilizado mundialmente.A estrutura numérica do código (que geral-mente fica abaixo das barras) representa as informações mostradas ao lado:

os três primeiros dígitos representam o

prefixo da organização responsável por

controlar e licenciar a numeração no

país (o prefixo 789 corresponde ao Brasil)

os dígitos seguintes, que podem variar de 4 a 7, representam a

identificação do fabricante ou empresa proprietária da

marca do produto

os dígitos que vêm na sequência representam

a identificação do produto e são atribuídos pelo

fabricante

o dígito final é chamado de dígito

verificador e auxilia na segurança da

leitura

no total o código ean-13 deve ter treze dígitos. os números da empresa variam de uma companhia para outra, e aqueles que identificam o item variam de item para item. Finalmente, o dígito verificador

deve ser recalculado a cada variação na numeração

Artes nos códigos não são proibidas, mas podem atrapalhar a leitura, pois modificam estruturas das barras

Códigos impressos em “negativo”

(barras claras e fundo escuro) não

são lidos, assim como as barras

impressas em vermelho

Margens de silêncio devem ser deixadas

obrigatoriamente no início e no final do código

16 | Dezembro 2012

os diversos padrõesnão existe um modelo único para códigos de barras. O mais utilizado no Brasil é o EAn/UPC, mas há outros. Conheça-os:

Gs1 DataBarCompreende uma família de códigos que podem ser escaneados no ponto de venda. É uma tendência global utilizar este código no setor de FLV – frutas, legumes e verduras. Tem dimensões reduzidas e maior capacidade de armazenar dados. Na operação de caixa pode-se ter o controle da data de validade de produtos perecíveis e evitar a venda ao consumidor caso ainda não tenham sido recolhidos da gôndola do supermercado. Outro fator sensível é o tamanho dos produtos e das embalagens. Itens como cosméticos, componentes eletrônicos e joias, entre outros, dificultam a identificação devido à falta de espaço para impressão dos códigos de barras. O GS1 DataBar possibilita a identificação de produtos com espaço limitado, com melhor desempenho de leitura e capacidade de incluir informações adicionais como números de série e lote e vencimento.

ean/UPCÉ o código de barras mais utilizado em embalagens. Foi desenvolvido especificamente para leitura no ponto de venda, devido à agilidade propiciada na captura da informação. È apropriado para ambientes com altos volumes de escaneamento. O padrão EAN-13 (com 13 números) é o mais encontrado. Em embalagens menores, como maços de cigarros, é utilizado o EAN-8 (por conter menos barras e números)

Gs1 qr CodeFoi incorporado ao padrão GS1, mas do jeito que vem sendo aplicado em embalagens, apenas como uma URL (que leva a uma página de internet ou imagem), não atende aos padrões da entidade, pois não tem um número de codificação. O QR Code sempre estará atrelado a uma URL, mas para atender aos padrões da GS1 precisa ter uma estrutura de números com o GTIN e que consequentemente remetam a uma lista.

Gs1 DataMatrixSímbolo bidimensional para aplicações especiais, que permite codificar informações em espaços muito menores que os códigos lineares e agregar informações adicionais, como código do produto, lote e validade. Tornou-se o principal código do segmento hospitalar por permitir a identificação de itens tão pequenos quanto uma ampola de 5 mililitros, assegurando a rastreabilidade e garantindo a segurança do paciente. O GS1 DataMatrix exige um leitor de código de barras bidimensional, por isso não deve ser utilizado para identificação de itens que precisam passar pelo ponto de venda, onde estão instalados apenas leitores lineares.

qUaLiDaDe De iMPressÃoA qualidade de impressão dos códigos de barras é um dos fatores que pode impedir o bom funcionamento do lei-tor. Se o leitor está com dificuldade em alguns tipos de código, é preciso verificar as condições de impressão. Possíveis falhas de impressão, peque-nas distorções nas barras, irregularida-des sobre a área de impressão utilizada atrapalham a leitura. Se houver espaço em branco muito grande ou barras muito próximas, o leitor não vai enxer-gar como um código. As barras também não podem ser esticadas ou encolhi-das para caber no espaço destinado ao código. O leitor é uma máquina progra-mada para ler um espaço em branco, uma barra e um espaço em branco. Também é preciso verificar se o códi-go de barras não está impresso numa densidade excessivamente alta, onde o leitor é incapaz de identificar os espa-ços entre barras. “Código borrado será entendido como um ‘bloco’ e não será lido”, afirma Patricia Amaral. Também deve ser evitada a aplicação em áreas das embalagens onde ocorrem soldas, dobras, amassamentos, distorções ou irregularidades.

LoCaLizaÇÃo Não há regras para a localização dos códigos de barras. O que há são reco-mendações para aumentar a eficiência dos processos, de acordo com pesquisas e estudos da GS1. Não basta o código só ser bem impresso, ter uma cor adequa-da, com o contraste certo. Há lugares específicos em que o código deve ser colocado: sempre no verso, na parte inferior e no quadrante direito. Nunca na frente. Se for um saco de farinha, por exemplo, o código pode ser colocado em duas faces, para agilizar a leitura.

Em caixas grandes, o recomendável é colocar em todas as faces. A magnitude (tamanho) é outro fator importante. “Não tem sentido em uma embalagem grande, onde o código de barras pode ser grande, ele ser impresso pequeno”, diz Patricia Amaral. Isso dificulta para o caixa do supermercado encontrar o código na hora do checkout

eMBaLaGens aGrUPaDorasMuitas embalagens agrupadoras pos-suem códigos, mas no varejo raramente são lidas. É preciso separar um item para a leitura ser feita e depois multi-plicar pelo número de unidades. “Isso é errado”, afirma Patricia Amaral. “Se o código não for colocado na caixa para ser passado no checkout, a operadora pode cometer o erro de passar uma unidade, achar que passou a caixa e saem todos os itens pelo preço de um. O varejo perde. Ou o contrário: passa um e multiplica por uma quantidade superior ao que tem na caixa. Aí o consumidor perde. O ideal é que num combo, seja uma venda em multipacks ou uma promoção, os códigos de barras das unidades não apareçam, para evitar uma leitura errada”, ela diz. É preciso deixar um código na caixa e cobrir os códigos das unidades.

Código de barras aplicado em emendas ou dobras dificulta leitura

Quando a impressão não é bem feita, leitores não identificam as barras: códigos borrados são identificados como “blocos”

Quando código é aplicado em embalagens agrupadoras,

códigos das unidades devem ser escondidos,

para evitar confusão

GS1 Brasil(11) 3068-6229www.gs1.org.br

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a Data De 26 de julho de 1974 mudou a história mundial do varejo e, consequentemente, das emba-lagens. Foi às 8h01 daquele dia que um caixa da cadeia americana de supermercados Marsh`s, em Troy, escaneou pela primeira vez um código de barras, o primeiro a ser impres-so numa embalagem (de chicle-tes Wrigley’s, hoje em exposi-ção no Museu Nacional de His-tória Americana do Instituto Smithsonian, em Washington).

Até então, durante a maior parte do século 20, a única forma de fazer-se um inventário para saber o que havia dentro de um supermercado era fechar as portas da loja por um ou dois dias e contar um a um – manualmente – os produtos que havia nas prateleiras e nos estoques. O procedimento, caro e cansa-tivo, era feito mais de uma vez por mês e servia de base para as lojas fazerem a estimativa de quanto deveriam comprar de determinados produtos.

Cada mercadoria era contada duas vezes, por duas pessoas diferentes. Se hou-vesse diferença entre os números, a conta era refeita por uma terceira pessoa. Mesmo assim, sempre havia erros, e o que estava no papel raramente correspondia ao que havia nos estoques. Mas o aviso “fechado para balanço” continuou aparecendo nas portas de supermercados até meados da década de 1990, por mau uso da nova ferramenta de gerenciamento. Muitas vezes havia código de barras no produto que vinha da indús-tria, mas ele era ignorado pelo varejo: o operador de caixa registrava o preço do pro-duto, porque as redes de varejo e a indústria não seguiam um padrão. A única alternativa para saber se um produto estava vendendo bem era a contagem manual.

Não foi o único entrave à implantação do código de barras. O código pioneiro

(o do Wrigley’s) foi o UPC – iniciais de Universal Product Code. Adotado em 1973 nos Estados Unidos e no Canadá, possuía doze dígitos. Em 1977, doze países europeus criaram o sistema EAN (European Article Numbering), com treze dígitos.

O uso do código de bar-ras, entretanto, levou cerca de vinte anos para ser universali-zado. Apenas em 2002 Estados Unidos e Canadá se uniram à EAN International, criando a

GS1, a associação global que gerencia a aplicação dos códigos de barras. Hoje, os códigos de barras no mundo todo seguem o padrão GS1.

no BrasiL, o código de barras foi introduzido em 1985, seguindo o padrão europeu. A tarefa coube à ABAC – Asso-ciação Brasileira de Automação Comercial (atual GS1 Brasil) constituída oficialmente em 8 de novembro de 1983. Em 1994, com o objetivo de fortalecer sua imagem em todos seus campos de atuação, a ABAC mudou sua sigla para EAN Brasil e, em 2004, unificou os dois padrões de identifi-cação utilizados. O nome então foi muda-do para GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação.

A adoção efetiva dos códigos de bar-ras no País ocorreu em 1985, quando o Supermercado Real e o Mappin come-çaram a trabalhar com scanners leitores. O primeiro produto brasileiro codificado foi a castanha de caju Cajuê, da Condor Indústria e Comércio. Isso ocorreu porque o produto era exportado para a Europa, e o código de barras era uma exigência daque-le mercado.

Barras que mudaram o varejoAdoção dos códigos em embalagens - prestes a completar 40 anos - trouxe ganhos econômicos

Embalagem da Wrigley’s foi

pioneira no uso de código de barras

18 | Dezembro 2012

DoCUMento esPeCiaL

os vencedoresSexta edição de Grandes Cases de embalaGem premia 31 projetos nacionais de acondicionamento

Ganhos comerciais, de produti-vidade, técnicos, logísticos, ambien-tais. Isolados ou somados, efeitos como esses foram gerados pelos mais novos vencedores de Grandes Cases de Embalagem. Criado para reconhecer propostas de acondicionamento sob o prisma da inovação efetiva, ou seja, da obtenção de benefícios concretos pelas empresas usuárias, o prêmio, em sua sexta edição, consagrou 31 ideias – soluções destinadas à venda de ali-mentos, bebidas, cosméticos, materiais

de construção, produtos de limpeza, itens químicos e eletrodomésticos. Os ganhadores foram pinçados pelo júri de um total de 170 inscrições.

As páginas a seguir descrevem as embalagens premiadas, ressaltando os atributos que pesaram nas escolhas. Como de praxe em EmbalagemMarca, as abordagens identificam e informam meios de contato com empresas par-ticipantes dos projetos – produtores de matérias-primas, componentes e equipamentos, além de prestadores de

serviços. Cabe lembrar que as menções seguem os créditos presentes nas fichas descritivas dos cases.

A cobertura do Prêmio é multimí-dia, enriquecida por vídeos hospedados na internet. Eles podem ser acessados em computadores, por meio de links publicados nos rodapés das próximas páginas, bem como em telefones celula-res ou tablets capazes de efetuar a leitura de QR Codes – códigos matriciais que igualmente acompanham o conteúdo que se segue. Bom proveito.

Frasco 500 ml • Código F 03

Frasco 380 ml • Código F 22 Frasco 250 ml • Código F 47

Pote 250 gr • Código 1025 Pote 500 gr • Código 1050 Pote 250 gr • Código P 35 Pote 1 Kg • Código P 33Frasco Talqueira 100g

Código F 48

Frasco 250 ml • Código F 05 Frasco 200 ml • Código F 06 Frasco 120 ml • Código F 07 Frasco 100 ml • Código F 08

A BMP Plásticos fabrica frascos e potes em PEAD, PEBD, PP e PVC. Além de oferecer ao mercado impressão serigráfica e rotulagem (sleeve), sempre com rigoroso controle de qualidade, superando a cada dia diferentes desafios com o desenvolvimento de novas embalagens. Atendemos o mercado de cosméticos, alimentício, farmacêutico, veterinário, automotivo, químico e domissanitário, com embalagens exclusivas para cada cliente e também uma linha própria (standard).

Mas não é só isso. A BMP Plásticos também fabrica brindes promocionais, como squeezes personalizados e outros produtos exclusivos.

A BMP Plásticos, com orgulho, produziu mais uma vez o objeto mais cobiçado do mercado de embalagensO troféu do Prêmio Grandes Cases 2012

2010

BMP Plásticos Ltda.Rua Ipê, 18 • Barueri • SP • CEP 06413-680Tel.: (11) 4161-3941 • 4168-5231 • 4161-1873www.bmpplasticos.com.br

Pelo terceiro ano consecutivo, a BMP Plásticos aceitou o desafio de produzir o troféu do

Prêmio Grandes Cases de Embalagem. Feito em PP com aditivo ultraclarificante da Milliken

e pigmento desenvolvido pela Clariant. 20112012

20 | Dezembro 2012

BisCoito reCheaDo renata

vantagens com flow packEmbalagem inédita na categoria reduz custos e prolonga a vida útil de biscoitos

Por Meio da marca Renata, a Selmi começou a acondicionar biscoi-tos recheados em flow packs, embala-gens inéditas na categoria. O objetivo foi manter as propriedades ideais de consumo inalteradas por mais tempo.

Impermeáveis e com abas seladas que se amoldam ao formato dos biscoi-tos, os flow packs evitam a oxidação, preservando a crocância dos biscoitos por um período mais longo.

A operação no sistema flow pack, quando comparada aos pacotes tipo portfólio (envelopes), comuns no Brasil, resulta em maior produtividade. Foram necessários investimentos em equi-pamentos, que se justificaram com a redução de custos na produção e com o melhor desempenho da embalagem.

emb.bz/160renata

EmBAlADOrA

Masipack(11) 3246-3666www.masipack.com

impermeáveis e com abas seladas, embalagens evitam a oxidação e preservam a crocância dos biscoitos

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BrahMa CoPaÇo

Praticidade aliada ao prazerLata que se transforma em copo proporciona uma nova experiência de consumo de cerveja

CoMBinar a praticidade da lata com o prazer de beber cerveja no copo foi o ponto de partida desse desenvolvi-mento da AmBev. Batizada pela cerve-jaria de Brahma Copaço, essa opção de embalagem nasceu de uma tecnologia inovadora, que permite a abertura total da parte superior da lata de alumínio, transformando-a num copo.

Funcional no armazenamento e rápida para gelar como as latas comuns, mas com a experiência de consumo no copo, enraizada no imaginário do brasi-leiro, Brahma Copaço foi aprovada pelo consumidor, que pode apreciar o aroma e visualizar cor, espuma e textura da cerveja na própria embalagem.

emb.bz/160copaco

DEsign

África(11) 3094-9999www.facebook.com/agenciaafrica LATA

Crown Embalagens(11) 4529-1000www.crownembalagens.com.br

Tecnologia especial permite a remoção

total do topo da embalagem de

alumínio

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22 | Dezembro 2012

itaiPava LiGht

Diferente das comunsEmbalagens com perfil inovador ajudam cerveja light a se distinguir das convencionais

o seGMento de cervejas light, muito forte nos Estados Unidos, ainda é pouco explorado no Brasil. De olho nessa oportunidade, a Cervejaria Petró-polis lançou Itaipava Light, uma cerveja voltada a consumidores preocupados com o controle de calorias.

O desafio foi transmitir esse diferen-cial pela embalagem. A garrafa de vidro, com capacidade para 250 mililitros, é a primeira long neck na cor verde, nessa medida, entre as marcas brasileiras. A palavra “Light” gravada em relevo domi-na o painel frontal da garrafa, esguia e leve, com a rotulagem sendo feita na gargalheira.

Nas latas sleek de 350 mililitros, formato até então inexistente no Brasil, a diferenciação se deu com o uso de um verniz fosco inédito na gôndola das cervejas. A comunicação da novidade se estende aos multipacks, dando uni-formidade à mensagem.

emb.bz/160itaipava

DEsign

Design luce(11) 5096-1506 www.designluce.com.br rótUlO

Gráfica Rami(11) 4588-1100www.ramiprint.com.br mUltiPACk

graphic Packaging international(11) 4589-4500www.graphicpkg.com.br GARRAFA

Owens-illinois(11) 2542-8084www.oidobrasil.com.br

novo formato de lata e long neck refinada,

com detalhes em relevo, ajudam a

distinguir o produto. Multipack uniformiza

a mensagem visual © F

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Lava-LoUÇas YPê

redução com benefíciosFrasco mais baixos e bojudos melhoram logística, exposição nas lojas e uso de detergentes para louças

ao aDotar FrasCos mais baixos e bojudos para o lava-louças Ypê, a Química Amparo ganhou muito mais do que um painel maior nas prateleiras.

Mais estável nas linhas de enchi-mento e rotulagem, a nova embalagem manteve a capacidade volumétrica da sua antecessora (500 mililitros), e os mesmos materiais (PET e polietileno de alta densidade). No entanto, gerou ganhos logísticos, por ser mais leve e por permitir o transporte de mais uni-dades por palete.

Os novos frascos também são mais ergonômicos e firmes, o que facilita o consumo.

emb.bz/160ype

DEsign

DZ Design (19) 3256-4400www.dzdesign.com.br DEsign

Guto Bordoni(19) 3342-6772www.gutobordoni.com.br

novo recipiente tem versões em polietileno e em PEt (à dir.)©

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24 | Dezembro 2012

XaMPUs e ConDiCionaDores eLsève

exemplo de racionalidaderevisão abrangente simplifica a tarefa de produzir xampus e condicionadores

a reForMULaÇÃo das embalagens dos xampus e condiciona-dores Elseve, da L’Oréal, é um exem-plo de racionalização. Antes com cinco formatos de frascos e três diferentes tampas, as linhas produtivas passaram a conviver com apenas dois frascos e duas tampas.

A mudança gerou economia na confecção e na manutenção de moldes, facilitou a gestão de fornecedores, agi-lizou as linhas de enchimento e melho-rou a administração de estoques.

Os aspectos industriais, contudo, não foram o único foco do redesign. A área de marketing solicitou que as tampas permitissem a visualização do contorno do frasco, o que foi obtido com o uso de masterbatches especiais.

Foi também definido que os rótulos da linha Reparação Total 5+ seriam impressos em substrato holográfico, sem a interferência do ‘shim line’. A solução foi jogar o risco brilhante, ine-rente a esse tipo de filme, sempre na área de descarte, o que só foi possível com o uso de impressão digital.

emb.bz/160elseve

DEsign

mn Design(11) 2345-6644www.mndesign.com.br TAMPAS

America Tampas(11) 2504-7000www.americatampas.com.br MASTERBATChES

Ampacet(11) 2015-9001www.ampacet.com

rótUlOs

Baumgarten(47) 3321-6666www.baumgarten.com.br FRASCOS

Brasalpla (19) 3848-8020www.brasalpla.com.br MASTERBATChES

Clariant(11) 5683-7233www.clariant.com.br MASTERBATChES

Korbety(11) 3856-9055www.korbety.com.br

Cinco tipos de frasco foram reduzidos para dois. Tampas agora permitem ver formato da terminação do frasco

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26 | Dezembro 2012

Massa CorriDa anjo

ajuste para a faixa popularCom lata de aço mais fina, massa corrida se diferencia das barricas da concorrência

Para atenDer o mercado de menor renda, o segmento de massa cor-rida buscou alternativas de embalagem de baixo custo, com destaque para a bar-rica de papelão. Pensando em diferen-ciar-se da concorrência, a Anjo Química escolheu uma embalagem de aço.

Como a estrutura da embalagem cheia é garantida, em parte, pelo pró-prio conteúdo denso do produto, foi possível utilizar uma lata feita com chapa de espessura reduzida em mais de 35% quando comparada ao que se usa em latas comuns (0,22 milímetro, contra 0,34 milímetro da chapa tradi-cional), garantindo custo competitivo à embalagem.

Para evitar problemas no transpor-te, na armazenagem e no consumo, a maior fragilidade da embalagem é destacada na tampa.

emb.bz/160anjo

LATA

Brasilata(11) 3871-8500www.brasilata.com.br

Embalagem é feita de chapa 35% menos espessa do que as

convencionais. Tampa avisa que o recipiente é mais frágil

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CasCoLa FLeXite

tudo emum só tuboEmbalagem versátil agrega funções, gera economia e renova imagem de silicone

o tUBo LaMinaDo com alumínio que acondiciona o selante Cascola Flexite, da Henkel, mantém as mesmas propriedades de proteção a luz e a gases da bisnaga de alumínio ante-riormente utilizada. Mas, por ser mais flexível, permite a utilização integral do conteúdo, sem sobras.

O bico dosador traz três estrias, demarcando possibilidades para dife-rentes espessuras na aplicação. Apoia-do sobre a tampa, o tubo pode ser exposto em prateleiras. Como alter-nativa, pode ser utilizada a ganchei-ra, perfurada na embalagem durante o processo de envase.

A mudança foi muito além da troca de materiais. Ao trocar a bisnaga de alumínio pelo tubo laminado, houve a eliminação da cartela, do blister e do bico aplicador existentes na ver-são anterior. Resultado: uma economia anual de mais de 17 toneladas de papel cartão e 8,6 toneladas de PVC.

emb.bz/160cascola

BisnAgA

Dixie toga(11) 2928-9200www.dixietoga.com.br

invólucro facilita uso do produto

e incorpora bico aplicador, furo

para gancheira e tampa protetora

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28 | Dezembro 2012

Linha Para Banho BaCKYarDiGans e Carros

Criatividade e produtividadeDetalhes engenhosos asseguram viabilidade de frascos com formato de personagens infantis

o ráPiDo crescimento da Bio-tropic nos últimos anos deve muito à estratégia de transformar as emba-lagens de seus produtos em persona-gens infantis. O desafio é fazer isso sem comprometer a produtividade das linhas de envase.

Na família Backyardigans, o fras-co de xampu é encarnado por Pablo, com os braços juntos ao corpo para viabilizar o processo de sopro. O boné, que faria as vezes da tampa, precisava ser descentralizado. Para isso, parte da cabeça foi incorporada ao chapéu na injeção da peça.

A personagem Uniqua dá forma ao condicionador. O acabamento do fras-co é feito com um postiço injetado que compõe parte da cabeça e as antenas da figura. Um furo central ajustável no molde dessa peça permite o uso de diferentes fechamentos, como tampas flip-top e válvulas spray ou pump.

Completa o conjunto o sabonete líquido no formato da casa dos Backyar-digans. O telhado é um postiço injeta-do, onde se encaixa uma tampa de linha da Biotropic. Rótulos termoencolhíveis ajudam a reforçar a tridimensionalida-de das peças nos detalhes em que isso não é possível apenas com a morfologia dos frascos.

Na linha Carros, as personagens escolhidas foram Relâmpago McQue-en, para o xampu, e o caminhão Mate para o xampu dois em um. O carro foi desenvolvido de forma a poder se man-ter apoiado sobre a parte traseira, com a tampa para cima, facilitando envase e exposição nos pontos de venda. A caracterização de Mate foi mais com-plexa, por ser ele um caminhão-guin-cho. A frente do veículo foi transforma-da em fundo do frasco. O pára-choque e os faróis traseiros foram projetados para manter a embalagem em pé.

A decoração das embalagens é feita com rótulos termoencolhíveis. No caso do caminhão, o adereço recebeu um furo para não cobrir o guincho. Como forma de estimular a venda dos itens, foram criados kits agrupadores de papel cartão com janelas visualiza-doras, alinhados com o universo dos personagens.

emb.bz/160biotropic

DEsign

VY2 studio Design(11) 5084-4261www.vy2.com.br rótUlOs

Baumgarten(47) 3321-6666www.baumgarten.com.br rótUlOs

CCL Label(19) 3876-9300www.ccllabel.com.br TAMPAS

Qualinjet(11) 4787-0777www.qualinjet.com.br

frAsCOs (linhA BACkYArDigAns)

Vibraço(21) 3219-1999www.vibracoembalagem.com.br VálVUlAs (linhA BACkYArDigAns)

WL(11) 3081-8986 kits AgrUPADOrEs

Ycar Artes Gráficas(11) 3531-6611www.ycar.com.br FRASCOS

Zeviplast(11) 4646-6200www.zeviplast.com.br

Postiços injetados permitiram uso de tampas integradas ao design dos frascos. Rótulos termoencolhíveis garantiram boa decoração

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30 | Dezembro 2012

CrYstaL eCo-Pet

Compromisso mais cristalinoGarrafa ultraleve, parcialmente vegetal, evidencia preocupação ecológica de água mineral

eM MerCaDos extremamen-te competitivos, qualquer redução nos custos é bem-vinda. No caso da água Crystal, da Coca-Cola, o ganho veio com o alíviamento de peso.

A partir de uma preforma com base diferenciada, pesando apenas 12 gra-mas, foi produzida uma garrafa com bom desempenho mecânico. Isso equi-vale a uma redução de 20% no consumo de PET, em comparação com a versão anterior da embalagem.

O design da garrafa amplia o apelo ambiental da ação. Vincos nos painéis da embalagem fazem com que ela possa ser facilmente torcida após o consumo, pois é o conteúdo que ajuda a manter a rigidez das paredes. Quando é amas-sada, seu volume cai 37%, facilitando a coleta seletiva e o transporte.

Também visando à questão da sus-tentabilidade, a Coca-Cola decidiu uti-lizar 30% de PET produzido à base de etanol de cana-de-açúcar na produção da preforma. Por todos esses atributos, a nova garrafa foi batizada pela empre-sa de Eco-PET.

emb.bz/160crystal

PREFORMA

Engepack(11) 2149-8800 www.engepack.com.br TAMPA

Mirvi(11) 4409-0100www.mirvibrasil.com.br

Feita parcialmente de etanol da cana, embalagem pode ser facilmente comprimida após o uso graças a vincos em seus painéis

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32 | Dezembro 2012

ePareMa

trocas carismáticasBlister e flaconete personalizados dão nova imagem a medicamento

Para enFrentar a crescen-te concorrência no segmento de medi-camentos contra indigestão, a Takeda redesenhou as embalagens de Eparema. Além da renovação da imagem, o obje-tivo era comunicar ao consumidor as propriedades fitoterápicas do produto.

No blister com quatro drágeas, o formato retangular e a cor laranja deram lugar a uma cartela verde, em formato de folha. Os flaconetes, antes incolores e difíceis de abrir, foram tro-cados por novas embalagens cilíndri-cas decoradas com rótulos termoenco-

lhíveis dotados de lacre antiviolação, aplicados em velocidades de até 200 unidades por minuto. Tampas facilitam a abertura e auxiliam na identificação dos diferentes sabores da linha, amplia-da com três novas variantes.

Quando comparadas com o mesmo

período do ano anterior às mudanças, as vendas da versão blíster cresceram mais de 80% nos primeiros três meses. Em dois meses, os flaconetes registra-ram giro 22% maior.

emb.bz/160eparema

DEsign

Ast Design Comunicação(11) 3277-3947www.astdesign.com.br DEsign

r1234 Art Design(11) 3168-1012www.r1234.com.br

fErrAmEntAl

Arrulletto(11) 5641-1619www.arrulletto.com.br

rótUlOs

CCL Label(19) 3876-9300www.ccllabel.com.br BlistEr

Dixie toga(11) 2928-9200www.dixietoga.com.br

Antes retangular, blister ganhou formato de folha. Flaconetes,

antes difíceis de abrir, agora têm tampa e imagem mais vendedora

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Dezembro 2012 | 33

antePastos La Pianezza

entrada com ousadiaPote exclusivo e tampa inédita realçam introdução de antepastos no mercado

o nasCiMento dos antepas-tos La Pianezza segue o roteiro tra-dicional do empreendedor que resol-ve industrializar uma receita familiar tradicional. O caminho seguido, dali então, foi ousado.

O fabricante buscou uma tampa ainda inédita no País. A saia lateral, mais alta, apresenta área maior de pega e aplicação de material mais deslizan-te no vedante da tampa, facilitando a abertura. Como não havia, no mercado nacional, embalagens disponíveis para esse fechamento, a escolha da tampa exigiu o desenvolvimento de um pote exclusivo, com bocal apropriado.

Com fundo espesso e a marca do fabricante em alto relevo, o vidro aju-dou a posicionar os antepastos La Pia-nezza no segmento premium.

emb.bz/160pianezza

DEsign

For You Marketing(11) 4509-7942www.foryoumarketing.com rótUlOs

ABC gráfica Digital(11) 4177-1354www.abcgraficadigital.com.br TAMPA

Silgan White Cap (11) 5585-0723www.silganwhitecap.com.br POTE

Wheaton(11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br

Vidro, personalizado, tem fundo espesso e traz marca gravada em relevo. Tampa tem área maior de pega, facilitando a abertura

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34 | Dezembro 2012

FLoratta

Primavera aprimoradaFrascos que simulam flores desabrochando ampliam percepção de valor de linha de fragrâncias

UM eXeMPLo primoroso de redesign. Assim pode ser sintetizada a mudança nas embalagens de Floratta, linha de fragrâncias de O Boticário. Fruto de pesquisas com consumidores, a ideia que norteou o projeto foi trans-formar o próprio frasco em uma flor desabrochando. Na versão anterior, a flor era esculpida na embalagem.

O vidro sinuoso tem a sutileza de suas curvas realçadas pela pintura orgâ-nica degradê intensificada na base. A tampa plástica cristalina complementa o conjunto com sofisticação. O requin-te também está nos detalhes, como a válvula com revestimento externo metálico e o cartucho com o contraste da marca em hot stamping e do verniz de alto brilho no substrato fosco.

Para o consumidor final, a nova embalagem trouxe mais valor percebi-do, sem aumento de preço, o que esti-mulou as vendas do produto.

emb.bz/160floratta

DEsign

narita Design(11) 3165-8100 www.naritadesign.com.br TAMPA

Albéa (11) 4723-4726www.albea-group.com VálVUlA

Aptar(11) 4196-7500www.aptar.com CArtUChOs

Kingraf(41) 3072-6262www.kingraf.com.br FRASCOS

Wheaton(11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br

Curvas do vidro são realçadas pela pintura degradê. Tampa plástica sinuosa, válvula metalizada e cartucho cheio de detalhes complementamar de sofisticação

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36 | Dezembro 2012

GeL DentaL ULtra aCtion KiDs

heróis e economiatrazendo personagens da Marvel, pack com dois cremes dentais conquista crianças e adultos

UMa eMBaLaGeM que agrada crianças e adultos só podia terminar em sucesso de vendas para a linha de cremes dentais Ultra Action Kids, do Laboratório Boniquet. O apelo para a garotada vem da empatia com os per-sonagens da Marvel. Homem de Ferro, Capitão América e Hulk estão na linha Marvel Avengers. Homem-Aranha, Wolverine e O Coisa ilustram a versão Marvel Heroes.

Para atrair os pais, o argumento é o da economia: levar mais por menos. Pela primeira vez no Brasil um gel dental voltado para crianças foi acondi-cionado em embalagem secundária de papel cartão com capacidade para dois tubos de 50 gramas.

Com painel ampliado nas gôndolas e acabamento primoroso nos cartu-chos, as vendas dispararam. Em vinte dias, a empresa vendeu 200 000 unida-des do produto, quantidade programa-da para seis meses.

emb.bz/160actionkids

DEsign

legend Design(11) 2345-6755www.legenddesign.com.br CArtUChO

Congraf (11) 3103-0300www.congraf.com.br tintAs

Sun Chemical(11) 2462-2500www.sunchemical.com

Painel maior e acabamento esmerado fizeram disparar as vendas do produto

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38 | Dezembro 2012

sUnDown

Cuidado mais “verde”resinas recicladas e de origem vegetal combinam-se em frasco de protetor solar

Unir, nUM MesMo frasco, material reciclado pós-consumo e resi-na de fontes renováveis já seria, por si só, uma iniciativa louvável. Fazer isso com um item de alta vendagem, como Sundown, traz ainda mais méritos a essa ação da Johnson & Johnson.

Compostas por 40% de polietileno reciclado e 60% de polietileno “verde”, obtido do etanol da cana-de-açúcar, uma fonte renovável, as embalagens são sopradas em três camadas. O material pós-consumo fica no meio, com a resina virgem formando as pare-des interna e externa. Isso impede que eventuais contaminantes entrem em contato com o produto e assegura bons resultados visuais.

O projeto da Johnson & Johnson marcou a primeira aplicação da resina de origem vegetal em embalagens de protetores solares.

emb.bz/160sundown

DEsign

Prodesign(12) 3942-6675www.prodesign.art.br rEsinA

Braskem(11) 3576-9999www.braskem.com.br

FRASCOS

Globalpack(11) 3908-1253www.globalpack.com.br rEsinA rECiClADA

Raposo Plásticos(11) 4613-6000www.raposoplasticos.com.br

Embalagem é composta por 40% de polietileno reciclado e 60% de polietileno derivado da cana-de-açúcar

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40 | Dezembro 2012

soPÃo MaGGi

elevação nas gôndolasAjustes criativos em tecnologia existente propiciam exposição vertical de sopas semiprontas

Para MeLhorar a exposi-ção do Sopão Maggi nas concorridas prateleiras de sopas, a Nestlé decidiu apostar em embalagens que ficam em pé. O desafio foi fazer isso sem precisar investir em novos equipamentos.

Com um redimensionamento dos sachês, uma das sanfonas laterais pas-sou a ser usada como base. As selagens horizontais foram utilizadas para dar sustentação à embalagem, forman-do seu painel principal. Dessa forma, mantendo a tecnologia de envase form-fill-seal vertical existente, a Nes-tlé criou uma embalagem que se asse-melha a um stand-up pouch formado em máquinas horizontais.

O novo formato aumentou o painel do produto, e a maior visibilidade nas gôndolas eliminou a necessidade de materiais de apoio no ponto-de-venda, como displays de acrílico ou papel car-tão. Também foi possível incluir um picote de abertura. Os números refe-rentes às vendas de dois meses, em comparação com período idêntico do ano anterior à mudança, foram 12% maiores. A participação de mercado subiu 1,2%.

emb.bz/160sopao

DEsign

B+g Designers(11) 5090-1460www.bmaisg.com.br POUCh

Santa Rosa Embalagens(11) 3622-2300www.santarosaembalagens.com.br

Sachês foram redimensionados, ganhando sanfona que lhes dão estabilidade. não foram necessários investimentos em máquinas

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Dezembro 2012 | 41

neo etaGe

sofisticação e sensualidadeEmbalagens de cosméticos antissinais conseguem transmitir apelo premium

Para sUa PriMeira linha de antissinais da grife Eudora, o Grupo Boticário definiu que conceitos como sofisticação e sensualidade deveriam ser comunicados pela embalagem. Cor e formato exclusivos se encarregaram de materializar essa ideia nos produtos Neo Etage.

Das curvas dos frascos ao clique da tampa, todos os detalhes do projeto seguem essa orientação, fortalecendo o posicionamento premium dos cremes. Os itens da linha não trazem em seu pai-nel a idade a que cada produto se desti-na. Uma tarja com gradientes diferentes indica a intensidade do tratamento.

As embalagens combinam, com elegância, a transparência do vidro e da resina especial com elementos de alumínio. Os potes são passíveis de recarga, por meio de refis vendidos pelas consultoras de Eudora.

emb.bz/160neoetage

DEsign

Future Brand(11) 3821-1166www.futurebrand.com

frAsCOs (tôniCO E mOUssE)

AB Plast(47) 3451-9103www.abplast.com.br

POtE E tAmPA (CrEmE fACiAl)

Albéa (11) 4723-4726www.albea-group.com VálVUlA

Aptar(11) 4196-7500www.aptar.com CArtUChOs

Box Print(11) 5505-2370www.boxprint.com.br

tAmPA DE AlUmíniO

Bristol e Pivaudran(11) 2465-7000www.bristolepivaudran.com.br BisnAgAs

C-Pack(11) 5547-1299www.c-pack.com.br VálVUlA (mOUssE)

Rexam Beauty Packaging(11) 2152-9800www.rexam.com frAsCOs DE ViDrO

Wheaton(11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br

Potes com formato exclusivo, recarregáveis, e design

moderno das demais embalagens passam ideia de nobreza

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42 | Dezembro 2012

sUCo De Uva CaMPo LarGo

Bebida com mais requinteGarrafas especiais fazem diferença no mercado de suco de uva integral

o MerCaDo De suco de uva integral está em franca expansão no Brasil. Multiplicam-se as marcas no varejo, muitas delas com garrafas stan-dard. Poucas embalagens fazem jus ao posicionamento premium que o produto tem. Buscando diferenciação completa perante a concorrência, a Vinícola Famiglia Zanlorenzi apostou na exclusividade.

Novos vasilhames foram desenvol-vidos para as três versões do suco da empresa: meio litro, um litro e um litro e meio. Mais ergonômicas, as garrafas são também 4% mais leves que as antigas. Nos rótulos, foi incorporado o slogan “Uva e nada mais”, com o objeti-vo de evidenciar a pureza do produto. Também foram impressos códigos bidi-mensionais que remetem a um hot site com mais informações sobre o produto e com dicas de saúde.

Em quatro meses, as vendas subi-ram quase 70%, gerando valor quase 90% superior ao apurado no mesmo período do ano anterior à mudança.

emb.bz/160campolargo

DEsign

Blu Comunicação integrada(41) 3013-2600www.blu.com.br rótUlO

Baumgarten(47) 3321-6666www.baumgarten.com.br GARRAFA

Owens-illinois(11) 2542-8084www.oidobrasil.com.br

Vasilhames, leves e ergonômicos, têm gravação do slogan “Uva e nada mais”. Código no contrarrótulo dá acesso a um hotsite.

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Dezembro 2012 | 43

CarBon

ideia de masculinidadeInspirada no universo dos automóveis, apresentação de perfume transmite força

MasCULiniDaDe, força e robustez foram materializadas no fras-co do perfume Carbon, de Eudora. A inspiração veio do universo dos carros de alta performance.

Pesada e com fundo espesso, a embalagem de vidro tem formas geo-métricas duras e proporções entre lar-gura e altura pouco utilizadas nesse material. Para simular a grade frontal de um automóvel, os painéis princi-pais receberam relevo que emoldura pequenos prismas refratores de luz. A sofisticação é acentuada pelo tom cinza-azulado da pintura.

A tampa, uma peça única grande e pesada, é feita a partir de um proces-so de sobreinjeção. O acabamento é efetuado com pintura metalizada, em cor que é seguida também na válvula. Cartuchos elegantes dão o toque final à embalagem.

emb.bz/160carbon

DEsign

Future Brand(11) 3821-1166www.futurebrand.com VálVUlA

Aptar(11) 4196-7500www.aptar.com TAMPA

ipel(11) 4446-7815www.qualipac.fr

CArtUChO

Magistral(41) 2141-0408www.magistralembalagens.com.br FRASCO

sgD(11) 3883-4300www.sgdbrasil.com

Frasco de vidro incorpora prismas inspirados em grades de carros. Tampa e cartucho elegantes dão o toque final

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44 | Dezembro 2012

aChoCoLataDo eM PÓ aLPino

Padrão transferidoAchocolatado em pó recebe, com sucesso, referências visuais de bombom que o inspirou

Para aBoCanhar uma par-cela do gigantesco mercado de acho-colatados em pó, a Nestlé recorreu ao nome Alpino, de olho no público adulto que tem aumentado no País com o envelhecimento populacional.

A transferência do padrão visual de Alpino para a embalagem foi fruto de um árduo trabalho de desenvolvimen-to. Primeiro, foi preciso adequar a mor-fologia do pote ao formato do bombom, sem perder de vista as necessidades técnicas dos equipamentos adquiridos para essa linha, e respeitando aspectos de ergonomia definidos no projeto.

O desafio seguinte foi harmonizar os tons de dourado da tampa e do rótu-lo termoencolhível, feitos em materiais distintos e com tecnologias de produ-ção específicas.

Posicionado com preço superior ao patamar da categoria de modificadores de leite, Alpino permitiu a obtenção de margens superiores para o fabricante e para o varejo.

emb.bz/160alpino

POTE E TAMPA

For-Plas(11) 5097-2750www.forplasembalagens.com.br sElO DE inDUçãO

Geraldiscos(11) 4155-9000www.geraldiscos.com.br

CAixA DE PAPElãO

Grupo Orsa(11) 4689-8700www.grupoorsa.com.br rótUlO

sleever international(11) 2303-2337 www.sleever.com

Morfologia do pote foi adequada ao formato do bombom. Tampa e rótulo termoencolhível completam visual

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sMirnoFF iCe

sensação refrescanteGraças ao uso de vernizes especiais, garrafa de bebida apresenta efeito gelado

a eMBaLaGeM Do coquetel Smirnoff Ice foi usada pela Diageo como veículo de marketing para atrair novos consumidores e reforçar a ima-gem superior da marca em pontos de venda selecionados.

Graças ao uso de vernizes espe-ciais, aplicados sobre a impressão fle-xográfica do rótulo termoencohível, a garrafa dessa bebida destinada aos jovens ganhou um efeito gelo, que transmite a sensação de refrescância quando a embalagem é exposta a dife-rentes tipos de luz.

Encoberta em sua totalidade pelo filme de PET usado na decoração, a garrafa ganha proteção adicional con-tra impacto, característica importante em pontos de dose como clubes notur-nos e bares.

emb.bz/160smirnoff

DEsign

RG7 Comunicação e Marketing(11) 3816-5444www.rgsete.com.br rótUlO

sleever international(11) 2303-2337 www.sleever.com

Vernizes de efeito “gelado” são aplicados sobre a impressão flexográfica do rótulo termoencolhível

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46 | Dezembro 2012

Leite Uht sheFa

Matinal em nova roupagemGarrafa de PEt faz marca sobressair no disputado mercado de leite longa-vida

UtiLizar, Para leite longa- vida, uma embalagem que se diferen-ciasse das cartonadas assépticas pre-dominante na categoria, foi um dos pontos priorizados pela Shefa (Agrope-cuária Tuiuti) no desenvolvimento de suas novas garrafas. A solução veio com a tecnologia de envase asséptico em PET.

As preformas são injetadas em duas camadas, por um processo de sobre-moldagem. A parte interna é preta, garantindo barreira à luz. A camada externa, branca, mantém a identidade visual com o restante da categoria.

A barreira ao oxigênio, incorporada no material, pode ser ajustada para necessidades específicas, como a exten-são de linha para itens mais sensíveis. A decoração é feita com rótulos tipo wrap-around de BOPP.

emb.bz/160shefa

GARRAFA

Logoplaste(11) 2132-0400www.logoplaste.com rótUlO

Mazda(11) 4441-6500www.mazdaembalagens.com.br

Embalagem permite envase asséptico e tem alta barreira. Parte interna escura protege conteúdo da luz

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Leite Longa-vida em garrafa Pet?

sim, isso já é realidade!EMBALAGEM

VENCEDORA

tel.: (11) 2132-0400

o Leite shefa foi um

dos vencedores do

Prêmio Grandes Cases de embalagem 2012

com uma embalagem

moderna, inovadora

e fabricada pela

logoplaste com

a nova tecnologia

PeT 2 camadas, desenvolvida para

o mercado de leite UHT e de sucos.

a garrafa Pet

para enchimento asséptico de Leite

Longa vida da Shefa

recebe a melhor proteção e ainda

se diferencia nas gôndolas do Brasil.

www.logoplaste.com

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ventiLaDor soLaster

sopro de otimizaçãoCaixa trapezoidal de ventilador protege e colabora com o transporte

qUanDo DeCiDiU levar para o varejo os ventiladores Solaster, antes distribuídos apenas a atacadistas, a Dal Moro reconheceu a necessidade de trabalhar embalagens específicas para esse novo canal.

As novas caixas, contudo, precisa-vam ser facilmente implantadas nas linhas produtivas existentes, e não podiam agregar custos excessivos.

Com formato trapezoidal, as emba-lagens acomodam os ventiladores de maneira otimizada, reduzindo espaços vazios. Uma alça incorporada na caixa torna mais tranquila a tarefa de carregar o produto. Empilhadas alternadamente, reduzem as áreas de estoque e aumen-tam o número de unidades transpor-tadas por palete, diminuindo o custo logístico em aproximadamente 27%.

O ganho de tempo com a operação de embalagem, em comparação com o sistema anterior, chegou a 47%.

emb.bz/160solaster

DEsign

sauper Desenvolvimento e Projetos(54) 9991-5021www.sauper.com.br PROJETO

Exitus(54) 9961-8182www.exitusgp.com.br

CAixA

Cartrom Embalagens(51) 3586-9700www.cartrom.com.br

Embalagem acomoda aparelho sem deixar

muitos espaços livres. Formato otimiza

empilhamento e alça facilita o transporte

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XaMPU e ConDiCionaDor 2 eM 1 Cars

vedação aceleradaSistema agiliza montagem de tampa em frasco de produto para cabelos

aPesar De seU design ino-vador e atraente e da associação ime-diata que cria com o universo do filme Carros, da Disney-Pixar, o aspecto que se destaca nessa embalagem da Avon fica escondido do consumidor. Está na tampa. Mais especificamente, em sua etapa de fabricação.

Graças a um desenvolvimento no molde, a tampa flip-top sai do processo de injeção já fechada, ao contrário do que ocorre normalmente.

O sistema, chamado in-mold clo-sing, permite que a tampa saia pronta para ser montada na embalagem, redu-zindo o investimento em periféricos ou em mão de obra para executar essa tarefa, gerando também ganhos de pro-dutividade.

emb.bz/160cars

TAMPA

igaratiba(19) 3821-8000www.igaratiba.com.br

in-mold closing apronta a tampa para montagem, aumentando a produtividade

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50 | Dezembro 2012

DoCe De Leite aviaÇÃo

voo alto e com classePote especial materializa opção premium de doce de leite clássico

venDiDo DesDe a década de 70 em latas de aço, e há alguns anos em potes plásticos termoformados, o doce de leite Aviação planejava voos mais altos. Queria elevar a percepção de qualidade por parte do consumidor.

Para isso, apostou fortemente numa estratégia de embalagem. Desen-volveu um pote de vidro exclusivo, com a marca gravada em relevo. Sobre ele, aplicou um elegante rótulo autoade-sivo, mantido estreito para permitir a visualização do conteúdo, já que cor e textura são elementos importantes na decisão de compra.

Com essa ação, a empresa fortale-ceu a imagem da marca e aterrissou no segmento de produtos mais nobres.

emb.bz/160aviacao

DEsign

Alta Publicitá e Comunicazione(16) 3434-6333www.altacomunicazione.com.br rótUlO

indemetal gráficos(11) 4013-6644www.indemetalgraficos.com.br POTE

nadir figueiredo(11) 2967-8800www.nadir.com.br

Pote tem marca gravada em relevo. Decoração fica a cargo de rótulo autoadesivo estreito e elegante

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Linha De CaBos FnaC

Desligados das commoditiesEstojos de material reciclado e reaproveitáveis valorizam oferta de acessórios eletrônicos

CaBos Para áudio, vídeo e infor-mática são considerados commodities, o que se reflete no pouco capricho com as embalagens. Percebendo nesse cenário uma oportunidade para absorver mar-gens mais generosas, a rede FNAC deci-diu radicalizar.

A rede de varejo abandonou as car-

telas blister que utilizava em sua linha de cabos, composta por quarenta e oito itens, e as substituiu por estojos com design exclusivo, feitos de PET reciclado e decorados com rótulos termoencolhíveis.

Formada por duas metades simétricas que se unem por meio de uma dobradiça na parte inferior, a embalagem fechada

forma uma alça que ajuda no posiciona-mento em gancheiras. Uma gravação em relevo assegura visibilidade estendida da marca, já que o estojo pode ser reaprovei-tado para acomodar CDs e DVDs.

emb.bz/160fnac

DEsign

Bordoni Design(19) 3327-9887www.bordonidesign.com.br

Estojos têm design exclusivo e se transformam em porta-CDs. Alça integrada e rótulo

termoencolhível dão visual moderno ao conjunto

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52 | Dezembro 2012

CLiGht

reestilização e fracionamentoArte revisada e sachê dois em um atualizam marca líder em bebidas light em pó

a KraFt FooDs tinha planos ambiciosos para sua marca Clight, líder no segmento de bebidas em pó diet e light, um mercado anual de 115 milhões de reais. A fabricante pretendia repo-sicionar o produto num mercado mais amplo, o de bebidas saudáveis, cujo faturamento anual estimado supera os 9 bilhões de reais.

Para isso, mirou o público femi-nino. Houve mudanças no grafismo e a supressão da palavra “zero” como parte integrante da marca. O principal diferencial da embalagem foi o fracio-namento em dois sachês divididos com um picote, estimulando o consumo on--the-go (em trânsito). Um ícone desta-ca a novidade e mostra como utilizar o produto. O apelo saudável também é reforçado no sachê.

emb.bz/160clight

DEsign

Usina Escritório de Desenho(11) 3254-6788www.usinadesenho.com.br SAChê

Dixie toga(11) 2928-9200www.dixietoga.com.br

Sachê traz duas porções separáveis por um picote.

Desenho mostra como preparar o produto

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Dezembro 2012 | 53

BotaniqUe

visível e sensívelLinha de xampus promove um pioneirismo: bisnagas plásticas com informações em braile

estiMativas apontam que o Brasil possui algo próximo a 36 milhões de pessoas com algum tipo de deficiên-cia visual. Promover o design inclusivo de produtos e embalagens, portanto, é socialmente responsável, e também um bom negócio. Foi o que levou a Viz-caya Cosméticos, fabricante da Linha Botanique, a ser pioneira, no Brasil, na utilização de bisnagas plásticas dotadas de informações em braile.

A gravação dos caracteres especiais em alto relevo é feita por moldagem diretamente na parede da embalagem, durante o a formação das bisnagas, sem uso de tintas ou vernizes. O processo foi desenvolvido para que não afetasse as características visuais do produto, e é feito com uma adaptação em equi-pamentos já existentes no mercado.

emb.bz/160botanique

BisnAgAs

Globoplast(11) 4156-8400www.globoplast.com.br fErrAmEntAl

Gráfica e Bureau Laramara(11) 3663-0016www.graficalaramara.com.br

inclusão de linguagem para cegos foi feita por meio de adaptações

de equipamentos já existentes

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54 | Dezembro 2012

LiGGero!

Praticidade instantânearecipiente capaz de ir ao forno gera impacto no segmento de massas de rápido preparo

aMPLiar o portfólio de massas secas com um produto comercializado em porções individuais e destinado ao preparo rápido. Esse foi o início da história de Liggero!, marca da M. Dias Branco.

O caminho escolhido foi uma ban-deja de polipropileno, própria para ir ao forno de micro-ondas, em formato de tigela para estimular o consumo na própria embalagem.

Para cozinhar o produto, basta ao consumidor retirar o selo de vedação, adicionar água até o nível indicado na embalagem e levar ao forno por quatro minutos. As estrias na parte externa da bandeja permitem ao consumidor segurá-la sem queimar os dedos.

emb.bz/160liggero

BAnDEjA

Dixie toga(11) 2928-9200www.dixietoga.com.br

Tigela de polipropileno suporta altas temperaturas e dispensa o uso de prato para o consumo

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Dezembro 2012 | 55

seCret Kisses

ineditismoem decoraçãoPela primeira vez no País, frasco de perfume apresenta pintura de vidro com reserva

o LanÇaMento dessa fra-grância ampliou a família Secret Kisses, de Mahogany, que já contava com loção para o corpo, sabonete líquido e creme para as mãos. O capricho na emba-lagem foi a estratégia adotada para elevar a percepção de valor do item. A comunicação visual tinha a missão de transmitir romantismo e sensualidade.

Pela primeira vez no Brasil, foi uti-lizada a técnica de pintura de vidro com reserva, que permite que a cor preta seja aplicada apenas nas laterais do frasco, mantendo a translucidez do rosa envelhecido. Com esse recurso, a renda aplicada no painel traseiro da embala-gem fica em evidência, fortalecendo o apelo sensual do produto.

emb.bz/160kisses

DECOrAçãO

Decoridea(11) 5562-0000www.decoridea.com.br ???

inferteq(11) 4028-8900www.inferteq.com.br

Aplicada somente nas laterais do frasco, cor preta contrasta com o vidro rosa e destaca renda aplicada no painel traseiro

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56 | Dezembro 2012

BarBie Loves GLitter

Bolsa com apelo fashionEmbalagem secundária assegura conexão de produtos de beleza com pré-adolescentes

os ProDUtos de cuidados pessoais da coleção Barbie Loves Glitter são dirigidos a garotas que começam a abandonar o universo infantil, mas que ainda não entraram na adolescência.

Para se comunicar com esse públi-co, a Avon transformou a embalagem secundária numa bolsa feminina, fecha-da com uma presilha de cabelo em for-mato de laço decorado com lantejoulas.

O cartucho de papel cartão, com visual alusivo ao universo da boneca Barbie, nasceu de estudos cuidadosos para garantir que a função de reuso da embalagem e do acessório não compro-metesse aspectos operacionais e fun-cionais, como proteção e segurança.

Um tag incorporado à alça da bolsa aumenta o apelo de conjunto presente-ável para esse kit composto por colônia e gloss labial.

emb.bz/160barbie

CArtUChO

Antilhas(11) 4152-1100www.antilhas.com.br PAPEl CArtãO

Suzano Papel e Celulose0800 055 5100www.suzano.com.br

Além de transmitir beleza, cartucho de papel cartão protege

o conteúdo e não compromete produção. Laço e tag dão charme

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Dezembro 2012 | 57

antarCtiCa sUB-zero

Lata com duplo avisoCerveja se diferencia com embalagem que indica dois estágios de temperatura

no BrasiL iMPera a cultura de que a cerveja se bebe quando está “trincando”, de tão gelada. A Ambev levou essa máxima ao pé da letra, e a incorporou às latas de alumínio de sua marca Antarctica Sub-Zero.

O intuito era indicar ao consumidor quando a cerveja atingisse a temperatu-ra ideal para consumo, mas também mostrar o ponto em que ela estivesse, como se diz, “estupidamente gelada”.

Isso se tornou possível com a uti-lização de duas tintas termocrômicas na mesma embalagem, ação inédita na América do Sul. A primeira tinta é ativada a 8 graus, e indica que a cerve-ja está gelada. Quando a temperatura chega a zero, a segunda reage e mostra que a cerveja está “trincando”.

emb.bz/160subzero

LATA

Rexam Beverage Can(21) 2104-3300www.rexam.com/brazil

Alertas de “gelada” e “trincando” são feitas

com o uso de duas tintas termocrômicas.

Cores mudam para avisar o consumidor

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58 | Dezembro 2012

a festaCerimônia de anúncio dos vencedores e entrega dos troféus pautou-se pelo entusiasmo

reaLizaDa na noite de 13 de novembro último em São Paulo, no Campus de Santo Amaro do Centro Universitário Senac, a cerimônia de anúncio dos vencedores e entrega dos troféus da sexta edição de Grandes Cases de Embalagem foi pautada por ansiedade,

entusiasmo, conversas animadas e satisfação. Compareceram à festa cerca de 400 pessoas. Programação, atendimento, local e o cardá-pio do evento receberam elogios. A lamentar, somente o acesso ao local do evento, prejudica-do à ocasião por trânsito acima do normal.

Assim como nas edições anteriores do prê-mio, o anúncio dos vencedores foi precedido por um coquetel de boas-vindas e sucedido por um jantar de confraternização. Foram momen-tos que proporcionaram trocas de informações e interação entre os participantes.

DoCUMento esPeCiaLFO

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DO

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o júriEm sua sexta edição, Grandes Cases de embalaGem teve uma mudança na escolha dos projetos vencedo-res. A comissão julgadora, sempre composta nas edições anteriores por cinco profissionais, desta vez teve sete integrantes. O incremento visou amenizar a carga de trabalho dos jurados sem prejuízo da qualidade de análise. Eis os componentes do júri:

aDÉLia BorGesJornalista, escritora, curadora es-

pecializada em design e professora de História do Design. Foi diretora

do Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, e curadora-geral da Bienal

Brasileira de Design Curitiba

anna CaroLina MaCCaroneGerente executiva da Associação Brasileira de Empresas de Design (Abedesign). Formada em Publici-dade e Propaganda, já atuou, entre outras entidades, na Câmara de Comércio Brasil-Alemanha

aUresneDe Pires stePhan (ProF. eDDY)Professor de design em entidades de ensino superior como Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap), ESPM, Faculdade Santa Marcelina e Istituto Europeo di Design (IED)

MYrna nasCiMentoProfessora da Faculdade de Arqui-tetura e Urbanismo da Universida-de de São Paulo (FAU-USP), onde leciona nos cursos de Arquitetura e Design. É também professora do Centro Universitário Senac SP

antonio CarLos asCarConsultor e sócio-diretor da Ascar

& Associados, especializada em assuntos do varejo. É palestrante e

articulista da revista Superhiper. Foi diretor executivo do Grupo Pão de

Açúcar durante 31 anos

LUiz FernanDo De oLiveira Pereira

Sócio-diretor da Greenfield, em-presa idealizadora do Programa

Embala, que promove, entre outros eventos, a Expo Embala, feira dedi-

cada ao setor de embalagens

PatriCia aMaraLAssessora de Soluções de Negócios

na GS 1 Brasil, com experiência na coordenação de projetos setoriais

na área de automação da cadeia de suprimentos. Especialista em Supply

Chain, marketing e engenharia

veja as fotos do evento no site: emb.bz/premio2012fotos

Patrocínio Prata

Patrocínio Ouro

Patrocínio Platina

Apoio EducacionalOrganização Mídia Ocial

60 | Dezembro 2012

ESTOJO

Antilhas(11) 4152-1100www.antilhas.com.br

rEsinA

Braskemwww.braskem.com.br

SOPRO

BMP Plásticos(11) 4161-3941www.bmpplasticos.com.br

MASTERBATChES

Clariant(11) 5683-7233www.clariant.com.br

mOlDE

Formold(11) 5511-3343www.formold.com.br

FOt

O:

CA

rLO

S C

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AD

O

o troféuObjeto concedido aos vencedores mostrou, desta vez, uma face menos óbvia da transparência

CriaDo em 2010 com o desafio de utilizar recursos produtivos disponíveis à cadeia de embalagens, o troféu de Grandes Cases de Embalagem é um laboratório de tendências. Por seu for-mato complexo e orgânico, concebido pelo designer Karim Rashid, o objeto, soprado em polipropileno, é ideal para materializar ideias ousadas. O que nele se consegue incorporar dificilmente encontra barreiras para ser feito, em larga escala, em embala-gens de uso comercial.

Por tudo isso, o desenvolvimento das cores segue uma dire-triz clara: antecipar o

que será desejado pelos consumido-res em alguns meses. A plataforma ColorWorks, serviço da Clariant (for-necedora dos masterbatches usados na produção) que identifica tendên-cias globais de cores, dá os rumos que serão seguidos. Neste ano, a cor escolhida – um azul intenso, com par-tículas metalizadas – recebe o nome de Starled (ver quadro).

Para valorizar o efeito esco-lhido, foi feita a opção pelo

PP Prisma, da Braskem (um polipropileno ultraclarificado). A intenção era demons-trar uma face menos

inovação para guardarOs presentes à cerimônia de Grandes Cases de embalaGem puderam levar para casa os vídeos que explicam os méritos das embalagens vencedoras, gravados num pen drive entregue na saída do evento.

Fruto de uma ação promocional de dois dos patrocinadores – HP e Vitopel – o brinde vinha acondicionado numa embalagem absolutamente inovadora: uma estrutura fílmica destinada à produção de Stand-up Pouches feitos apenas com poliolefinas (batizada de Monosup pela Vitopel e pela Braskem, idealizadoras do conceito) impressa digitalmente com qualidade offset numa impressora HP Indigo.

Participaram ainda do projeto a Designful (design gráfico), a Baumgarten (impressão) e a Tradbor (formação das embalagens).

Fusão do real e do virtualO influxo de sistemas de entretenimento gestual e a profusão das interfaces “touch-screen” em eletrodomésticos, smartphones e outros equipamentos criados para uso pessoal, doméstico e corporativo, são parte do dia-a-dia moderno, e permitem aproximar os ambientes real e virtual, online e off-line, redefinindo o sentido de “outra dimensão”.

A cor Starled remete à transparência entre esses universos. A rica tonalidade azulada com seu efeito perolado e brilhante expressa movimento e fluidez, a mistura de realidade e fantasia, simulando expectativas e esperanças para o futuro.

No troféu de Grandes Cases de embalaGem 2012, o efeito das diferentes camadas de partículas dentro do plástico muda sob distintas condições de iluminação, remetendo a diferentes dimensões e possibilidades.

PP ultraclarificado destaca profundidade

do efeito usado nos troféus

óbvia da transparência: a profundida-de, enaltecida pela incidência da luz sobre as diferentes camadas de partí-culas acomodadas na parede do objeto.

Com grande conhecimento na transformação desse tipo de resina, a BMP Plásticos foi a empresa escolhi-da para soprar as peças, utilizando o molde produzido pela Formold.

Como de costume, a Antilhas desenvolveu um estojo entregue aos vencedores de Grandes Cases de Embalagem, para transporte e acomo-dação dos troféus. Neste ano, traba-lhou-se com tecido prateado laminado sobre papel cartão. O substrato foi impresso em offset.

DoCUMento esPeCiaL

62 | Dezembro 2012

EVEntOS

otimismo de voltaLeve recuperação econômica fez a Pack Expo International, maior feira de embalagens dos EuA, pulsar neste ano com mais vigor

POR GUILhERME KAMIO, DE ChICAGO

seis anos. Ainda levará esse tempo, segundo previsão recente do Fundo Monetário Internacional (FMI), para o mundo enfim se livrar dos emba-raços da crise financeira deflagrada há quatro anos. Mesmo assim, a situação no epicentro do colapso já está bem melhor. Isso ficou evidente na mais nova edição da Pack Expo International, maior mostra de tecnologias de embala-gem dos Estados Unidos. Ocorrida em Chicago entre os dias 28 e 31 de outubro último, a feira de negócios pulsou com um otimismo ausente nas suas duas montagens anteriores, realizadas em 2008 e 2010.

O balanço oficial do evento confir-ma a sensação com números. A quan-tidade de expositores – 1 965 – ficou 7% acima da de dois anos atrás. Como reflexo, a área ocupada cresceu 6%. O público também foi maior: 45 338 pes-soas, contra 43 982 da edição anterior. De acordo com o Packaging Machi-nery Manufacturers Institute (PMMI), organizador da feira, o comparecimen-to teria sido ainda maior não fosse o furacão Sandy, que atrapalhou o trá-fego aéreo americano naquele mesmo período. “O efeito do ciclone tropical nas viagens pela Costa Leste impediu

muita gente de chegar ao show”, lamen-tou o presidente da entidade, Charles D. Yuska. “Mesmo assim, ainda con-seguimos apreciar a maior Pack Expo International desde 2006.”

Jorge Izquierdo, vice-presidente de desenvolvimento de mercado do PMMI, relaciona o ânimo da feira à recuperação da indústria americana de máquinas de

acondicionamento. “Após amargarem quedas em 2008 e 2009, as vendas de equipamentos de embalagem ‘made in USA’ cresceram 11.8% em 2010 e 19% em 2011, alcançando 7,7 bilhões de dóla-res”, repassa Izquierdo. Aceita a visão do setor de embalagem como termômetro da economia, não é absurdo atribuir ao aprumo produtivo algum peso na reelei-ção de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos – curiosamente, a festa da vitória ocorreu no mesmo McCormick Place que uma semana antes abrigara a Pack Expo.

Na feira, manifestações concretas do contexto alentador foram ofertas de soluções para dilatar a produção, parce-rias entre atores importantes da cadeia do packaging e anúncios de novidades de impacto. Do primeiro grupo sobres-saíram máquinas como a Contiform 3 – sopradora de garrafas de PET que

Contiform 3: sopradora de alto rendimento foi destaque da Krones

Pavilhão do McCormick Place: movimento maior que o das edições

anteriores do evento

a Krones afirma ser a mais rápida em sua categoria, com rendimento de até 2 250 recipientes por hora por estação de sopro (há configurações com até 36 estações, resultando em 81 000 uni-dades/hora) – e a SP600, da Karlville, aplicadora de rótulos termoencolhíveis capaz de executar até 600 inserções por minuto, inclusive de adereços de espessura reduzida, portanto de mane-jo delicado (na Pack Expo o equipa-mento foi demonstrado operando com rótulos de 30 micra).

Também chamou a aten-ção, no estande da TNA, uma nova máquina form-fill-seal para empacotamento de vege-tais, frutas, saladas e outros perecíveis em sacos de polietile-no. Seria o primeiro equipamento do gênero, no mundo, dotado de um sistema rotativo de selagem por impulso. De acordo com a fabri-cante, os mordentes giratórios pro-porcionam mais velocidade (até 150 unidades por minuto), uptime e mais qualidade na selagem.

eM terMos De alianças, o evento foi palco para a divulgação de uma parceria mundial entre a Henkel, referência em adesivos para embalagem, e a Nordson, nome forte em equipamentos para aplicação de adesivos. As empresas

prometem desenvolver, conjuntamen-te, soluções integradas que ofereçam mais benefícios para o mercado con-vertedor e para fabricantes de bens de consumo com parques de embalagem próprios. Um dos primeiros resulta-dos da união de forças foi mostrado na feira: o sistema Freedom, basea-do em um aplicador de hot melt da Nordson alimentado por um adesivo desenvolvido sob medida pela Henkel. A combinação, segundo as parceiras, promete aumentar o rendimento e, assim, aliviar custos do processo.

No campo de novos conceitos, a Clear Lam apresentou na Pack Expo

a PrimaPak, embalagem flexível de formato paralelepípedo posi-cionada como opção a reci-pientes de plástico rígido, como potes e bandejas. Cas-

tanhas, frutas, vegetais, doces e pratos prontos, entre outros

produtos, são os alvos. A novidade garantiria economia de matéria-prima, além de melhor ocupação de espaços no transporte – é feita a partir de uma única bobina de filme e, segundo a Clear Lam, é empilhável. Incorpora, ainda, um atributo de conveniência: sua abertura superior é vedada por meio de um rótulo autoadesivo resselável, desenvolvido em conjunto com o Walmart.

A Zip-Pak, por sua vez, anunciou o lançamento de um novo tipo de fecho plástico de contato (“zíper”) para fle-xíveis. Constituído por faixas plásticas dotadas de ressaltos que se encaixam, o

PrimaPak: opção flexível a

embalagens rígidas

Vector, da Zip-Pak: “ziper” que não exige alinhamento

precisomáquina da tnA: destaque

é o sistema rotativo de selagem de sacos de PE

64 | Dezembro 2012

Vector não exige alinhamento preciso, diferentemente dos zíperes convencio-nais que necessitam do acoplamento entre partes macho e fêmea.

Segundo a Zip-Pak, o Vector pode ser integrado a linhas de embalagem existentes com pequenos ajustes de máquinas. “É uma solução que equi-libra inovação com praticidade”, diz Robert E. Hogan, diretor de marketing global da empresa, que está prestes a inaugurar sua primeira fábrica no Brasil (ver EmbalagemMarca nº 155, julho de 2012). O novo fecho, segundo Hogan, permitirá o aperfeiçoamento de pro-postas inovadoras em embalagens fle-xíveis, desenvolvidas em conjunto com convertedores parceiros. Exemplo é o Zip360 – modelo de bolsa plástica com boca larga, cuja abertura compreende as sanfonas (dobras) laterais.

Já a Sealed Air utilizou a Pack Expo como plataforma de lançamento, nos Estados Unidos, da Restore, linha de embalagens de proteção, para processos logísticos, com apelo sustentável. Os produtos são feitos de um composto obtido a partir da cultura de cogumelos em subprodutos agrícolas como cascas de sementes e palha de trigo. A novidade é fruto de uma parceria costurada com a Ecovative Design, criadora da tecnologia (ver EmbalagemMarca nº 134, outubro de 2010). O material natural – biodegra-dável e compostável – teria propriedades bastante parecidas com as dos plásti-cos expandidos normalmente utilizados para o mesmo fim.

Cabe registrar, por fim, que a Pack Expo mais uma vez contou com a pre-

intercâmbio entre referências

Na Pack Expo 2012 foi definido um acordo interna-cional importante, que promete refinar a qualidade de dois veículos de mídia especializados em packaging, referências em seus respectivos países de atuação. em-balaGemmarCa e Packaging World, dos Estados Unidos, acertaram um intercâmbio de conteúdo. A parceria se inicia já no próximo mês. “Ofereceremos, em portu-guês, notícias e artigos da principal revista análoga do maior mercado mundial de embalagens”, afirma Marcos Palhares, diretor da Bloco de Comunicação. “O leitor americano, por sua vez, poderá saber mais sobre uma economia emergente, cujo potencial para negócios é cada vez maior.”

Fundada em 1994, Packaging World é o principal título do Summit Media Group, grupo baseado em Chicago que publica também as revistas Healthcare Packaging, Contract Packaging World e Automation World, além de produzir o portal GreenerPackage.com. “Queremos estabelecer convênios com publicações líderes de diversos países, e constatamos que a parceira ideal no Brasil, por sua credibilidade, é embalaGemmarCa”, declara Joe Angel, vice-presidente e publisher do Summit Media Group.

A aliança prevê, ainda, uma parceria comercial entre as publicações. O Summit Media Group promoverá embalaGemmarCa como veículo de publicidade ideal para empresas americanas interessadas em divulgar produtos e serviços no mercado brasileiro. A Bloco de Comunicação retribuirá assistindo empresas nacionais que desejem anunciar em Packaging World.

sença de empresas brasileiras. Coorde-nado pelo Instituto Nacional do Plástico (INP) e apoiado pela Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), o Programa Export Plastic participou do evento pela quinta vez consecutiva com um estande que abrigou onze companhias locais atu-antes na cadeia de valor da embala-gem (Bandeirante, Braskem, CBS Elos, Cromex, Embaquim, EuropackNE, Ibrapack, Polo Films, Valfilm, Vitopel e Zaraplast). “Os resultados foram muito bons”, relata Cristina Sacramento, espe-cialista em desenvolvimento de merca-do do Export Plastic. “Foram registrados 300 000 dólares em vendas durante a feira e a previsão é que negócios da ordem de 10,1 milhões de dólares sejam fechados nos próxi-mos doze meses.”

A reportagem também encontrou, no evento, execu-tivos da Indumak, fabricante de equipamentos de emba-lagem sediada em Jaraguá do Sul (SC). “Vemos potencial, nos Estados Unidos, para nos-sas enfardadeiras”, comentou Gelson Renato Schmidt, diretor- presidente da empresa. Jorge Izquierdo, do PMMI, aponta que a oferta de máquinas no merca-do ianque pode ser interessante para empresas brasileiras e de outros países. “O gasto de companhias americanas em equipamentos importados tem subido”, diz o executivo. “No ano passa-do, o aumento foi de 35%, algo próximo a 500 milhões de dólares.”

Joe Angel, de Packaging World, exibe exemplar de embalaGemmarCa. no detalhe, capa recente da parceira dos EUA

Sealed Air passa a oferecer, nos EUA, embalagens de proteção

feitas de cogumelos

66 | Dezembro 2012

LuBrIFICAntES

efeitos especiaisrótulo interativo mostra diferença entre óleos automotivos

a CastroL leva para os rótulos de todos os seus produtos da linha de óleos lubrificantes Castrol Magnatec tecnologia que mostra a qualidade dos produtos. Em uma área do rótulo foram simuladas, em alto relevo, a aparência e a textura das condições da superfície de uma peça de motor testada com óleo Castrol Magnatec, e em outra área, com óleo padrão 5W-30. Comparando as duas, o consumidor verá que a peça que rodou sem Castrol Magnatec apresenta

mais ranhuras causadas pelo desgaste. Tocando a mesma área sentirá a super-fície muito mais áspera e, finalmente, se raspá-la com a unha ou com uma chave, ouvirá um som mais alto, simu-lando o atrito de uma peça metálica. O rótulo é impresso em flexografia pela Maxcor em papel couché auto-adesivo fornecido pela Fasson. “O efeito especial é conseguido graças à aplicação de verniz serigráfico UV no local”, explica Alexandre Lodi, diretor

da Maxcor. O design foi desenvolvido pela B+G Desigers.

Segundo a Castrol, a ideia é demonstrar ao consumidor o resultado de testes comparativos que apontam que a superfície da peça metálica do motor que rodou com Castrol Magna-tec ficou até quinze vezes mais lisa do que a que rodou com o óleo padrão, apresentando uma aparência polida e suave ao tato, o que é reproduzido no rótulo.

B+g Designers(11) 5090-1460www.bmaisg.com.br

Fasson0800-7017600www.fasson.com.br

Maxcor(31) 3303-6000www.maxcor.com.br

Quando raspado, rótulo faz som que

simula atrito de peça metálica

68 | Dezembro 2012

EntrEVIStA

Muitas flores, muito caprichoFranquia de cosméticos prospera ao celebrar o romantismo e valorizar embalagens exclusivas. jaime Drummond, presidente da Mahogany, fala das razões e implicações dessa estratégia para as atividades da empresa

seGUnDo DaDos da Asso-ciação Brasileira da Indústria de Higie-ne Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), somente vinte das 2 300 empresas do setor registram vendas anu-ais superiores a 100 milhões de reais. Em breve, esse seleto grupo poderá ganhar uma nova integrante: a Mahogany, cujo faturamento cresce a índices acima de 20% desde 2006, tendo alcançado 86,7 milhões de reais no ano passado. O avanço corresponde a uma transforma-ção do modelo de negócios da empre-sa, que transitou para o franchising após quinze anos abastecendo lojas de departamento e perfumarias. Mas, para seu presidente, Jaime Drummond, o sucesso deve ser creditado sobretudo ao posicionamento da marca, calcado no romantismo – patente, por exemplo, nas muitas fórmulas e embalagens vin-culadas a flores. “É um estilo que andava meio esquecido no mercado”, afirma o empresário. A seguinte entrevista traz mais sobre essa estratégia e as ideias de Drummond, para quem uma boa apresentação de produto “é o segredo do sucesso no ramo da beleza”.

A Mahogany tem se destacado em um mercado de concorrência acirra-da, que já conta com algo próximo a 2 300 players. A empresa inaugurou mais de 150 lojas nos últimos cinco anos e seu faturamento cresce ano após ano, tendo evoluído 28% em 2011. A que fatores o senhor atribui esse avanço?São dois fatores principais. Um é con-juntural. O mercado de cosméticos, como nós todos sabemos, tem crescido muito no País graças ao fortalecimento do poder de consumo da população. O outro fator é particular. A Mahogany tem se empenhado visceralmente em inovar, desenvolver projetos diferencia-dos. Sem empáfia ou arroubo de grande-za, reparamos que muitas vezes somos benchmarking para a concorrência. Isso nos orgulha. Queremos criar produ-tos que sobressaiam. Temos o básico, é lógico, mas procuramos sempre criar itens diferenciados, que surpreendam os clientes. Temos deixado de lado o

receio que acomete muitas empresas, que puxam o freio porque não sabem se suas ousadias terão público. Nossa disposição é para arriscar. Felizmente, temos sido bem-sucedidos.

Por quinze anos a empresa fixou-se nas vendas em lojas de departamen-tos e perfumarias, mas alterou seu modelo de negócios em 2006 para ingressar no sistema de franquias. O que motivou a saída do varejo?O varejo ficou com uma conotação muito popular, muito de mercado mas-sivo, com produtos muito iguais. Cada vez menos ele comporta produtos origi-nais, com conceitos únicos, que fujam à multidão. O varejo está muito domina-do pelos big players – Unilever, Procter & Gamble, L’Oréal, Johnson (& Johnson) etc. Está tudo muito igual inclusive nas grandes superfícies. Supermercados e redes de farmácias estão mais e mais iguais, padronizados. Fica muito difícil distinguir-se por meio de produtos cria-tivos. Construir marca, então, tornou-se uma enorme dificuldade. Foi basica-mente por isso que decidimos instituir pontos de venda próprios, exclusivos.

A Mahogany diz utilizar o conceito Cozy Romantic em sua identidade de marca e no modo de apresentar pro-dutos. O que caracteriza esse estilo?Em essência, o Cozy Romantic é um lirismo acolhedor, fundamentado na ideia de natureza romântica e recon-fortante, que imprime segurança. Na prática, esse posicionamento é transmi-tido pelos motivos florais, e em menor medida frutais, que permeiam fórmulas e os visuais de nossos produtos, espe-cialmente as embalagens. É o resgate de algo que já foi forte no passado, uma nostalgia gostosa, aquela ternura de se dar rosas para a namorada. Optamos por essa atitude de marca porque sen-tíamos que o romantismo estava um tanto esquecido. O mercado de cosmé-ticos começou a usar muita celebrida-de, muito apelo sexual. A propaganda do meio exagera na figura do homem sarado, da mulher muito vamp... Ficou tudo muito caricato. Temos produtos sensuais, sim, mas sem abuso. O nosso sensual é romântico.

70 | Dezembro 2012

Que balanço o senhor faz dessa estratégia? A aceitação foi ótima. Já vemos, por exemplo, algumas grandes casas de per-fumaria resgatando o floral, lançando criações mais românticas. Sentimos que o romantismo está voltando, e nos orgulhamos de termos de certa forma entendido esse momento e nos anteci-pado a ele. Entendemos que acertamos porque nossas vendas cresceram bas-tante. Esperamos fechar este ano com evolução de faturamento tão boa quanto a de 2011. Há um esforço grande para lançamentos e renovações de produtos, para que fiquem mais de acordo com o estilo Cozy Romantic. O trabalho de criação de embalagens tem sido intenso.

Como ocorrem, normalmente, as concepções das embalagens da empresa?Costumamos pensar projetos de emba-lagem a partir de duas ópticas. Uma é a do design, em que avaliamos questões técnicas, tecnológicas, estruturais e de processos. Imaginamos a embalagem e avaliamos o tamanho, que molde ou preforma teríamos de usar, o tipo de máquina requerido, questões de pro-dutividade... É um trabalho de desenho combinado com engenharia e logística, e que geralmente executamos interna-mente. A segunda óptica é a decorativa,

diretos. Mas, claro, recebemos sugestões e ofertas de inovação dos fornecedores. No caso específico do frasco do Secret Kisses, tivemos a ideia e a (decoradora de recipientes de vidro) Decoridea a inter-pretou, topou o desafio e entregou a encomenda à altura das expectativas. Foi um trabalho de parceria muito intenso. Não adianta termos a ideia se não há fornecedor que consiga viabilizá-la. É muito importante – e muito bacana – quando empresas parceiras encaram os desafios e compram nossas ideias.

A Mahogany considera a embalagem uma ferramenta efetiva de marke-ting? Como o senhor definiria a importância desse recurso?Não acho a embalagem importante; considero-a essencial. A Mahogany já possui mais de quarenta patentes de

Temos mais de quarenta patentes de embalagem, e estamos

o tempo todo pesquisando, desenvolvendo inovações.

A quase totalidade de nossos produtos tem moldes próprios

de arte. Uma vez definido o formato da embalagem, temos uma equipe interna, de cinco pessoas, que trabalha a parte de decoração. A maior parte da criação é interna, mas recorremos a prestadores de serviços para ajustes e desafios técni-cos mais complexos.

A Mahogany faturou um dos troféus da mais recente edição do prêmio Grandes Cases de Embalagem com a fragrância Secret Kisses, cujo fras-co tem pintura com reserva, um dife-rencial em decoração de vidro (ver pág. 55). Ideias desse gênero costu-mam ser dos próprios profissionais da empresa ou são sugeridas por parceiros fornecedores? A maioria das ideias para apresenta-ções de produtos nasce de colaboradores

Linha Secret Kisses: frasco de vidro, à frente, inova em

decoração

Mahogany valoriza flores e elementos românticos na composição

dos visuais de seus produtos

Dezembro 2012 | 71

embalagem, e estamos o tempo todo pesquisando, desenvolvendo inovações. A quase totalidade de nossos produtos tem moldes próprios. Temos máquinas de sopro, de injeção. Isso nos ajuda bastante a desenvolver formatos inusi-tados. Investimos muito em pesquisas para criar embalagens únicas, carismá-ticas. Embalagem, para mim, é o grande segredo em produtos de beleza. Natu-ralmente, isso tem um custo alto. Mas se não mostrarmos inovação, diferencia-ção, caímos na vala comum. Como você mesmo observou, temos mais de 2 300 empresas no mercado. A concorrência é pesadíssima. A empresa que quiser sobressair precisa o tempo todo se desa-fiar a inovar.

Pequenos e médios fabricantes de cosméticos costumam apontar difi-culdades no atendimento e na obten-ção de embalagens exclusivas por grandes fornecedores. A Mahogany enfrenta ou já enfrentou esse tipo de problema?Claro. Nossa rotina não é – ainda – de altíssimas escalas. Como já disse, o que fizemos muitas vezes para contornar essa questão foi bancar nossos pró-prios moldes e até comprar máquinas. Houve casos, e não foram poucos, em que precisávamos de baixas tiragens e sofríamos para alguém aceitar nossos pedidos. Como temos produzido mais e nossa marca tem ganhado projeção no mercado, esse tipo de problema tem sido minimizado.

Em comunicado distribuído recente-mente à imprensa, o senhor declara que a Mahogany “trabalha efetiva-mente para ouvir as sugestões e soli-citações dos seus consumidores e franqueados para atender às expec-tativas e estabelecer fidelidade”. Essa prática de escutar os stakeholders é canalizada para aprimoramentos de produtos e embalagens?Estamos sempre atentos a manifesta-ções das partes envolvidas no negó-cio, para aprimorá-lo. Mas não faze-mos muita pesquisa de inovação, de pré-desenvolvimento. Recorremos às estatísticas mais para saber se nossos produtos estão agradando. Acreditamos

muito na intuição. Se só ouvíssemos o consumidor, não criaríamos, não inova-ríamos. Primeiro, é claro, ouvimos. Isso representa de 20% a 30% do processo de criação. O resto é intuição. Apostamos no nosso feeling e depois utilizamos a estatística para detectar se nosso ponto de vista estava certo ou errado. Já segui-mos sugestões de consumidores para elaborar fórmulas de certos itens frutais e florais. Nas embalagens, porém, temos sido mais autossuficientes.

Embora a maior parcela de seus consumidores sejam mulheres, a Mahogany também direciona cos-méticos para o público masculino. Que atributos têm sido trabalhados nas embalagens desses produtos?O público masculino é importantís-simo e representa um desafio. Ocorre que nossas lojas têm conotação muito mais feminina do que masculina. Além disso, o machismo é muito forte. Com efeito, muitos homens não se sentem confortáveis com cosméticos cheios de flores e elementos de ternura. Por isso, decidimos trabalhar muito a ques-tão da tecnologia. O produto para o homem tem de ser o menos sutil pos-

Acreditamos muito na intuição. Se só ouvíssemos o consumidor, não inovaríamos. Apostamos no nosso feeling.

Depois, a estatística mostra se estávamos certos

números da Mahogany21 anos em atividade

150 lojas no território nacional

r$ 86,7 milhões de faturamento em 2011

400 produtos em seu portfólio

5 profissionais no departamento de embalagens

sível. Enquanto a mulher se interes-sa mais por beleza, por bem-estar, o homem preza desempenho, atributos, digamos, mais de conteúdo do produto. Seria como a compra de um automóvel. Enquanto a mulher valoriza o design, o conforto do carro, o homem quer saber da performance, da parte tecnológica. Em razão disso, procuramos explici-tar benefícios intrínsecos do produto masculino. As embalagens são mais sóbrias e tentam transmitir nobreza de outra maneira, com cores fortes e sólidas, linhas mais retas e tipologia mais sóbria.

A empresa tem planos de interna-cionalização, seguindo o que já fize-ram outras marcas brasileiras de cosméticos?Estamos focando mais no Brasil. Creio que temos muito campo, aqui no País, para desenvolver nossa marca. Além disso, uma expansão internacional demanda muito recurso, entende? Queremos, antes de tudo, fortalecer nosso negócio no mercado brasileiro. É o horizonte que, pelo menos por ora, temos em nosso mapa.

itens para homens: imagem sóbria,

sem flores

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Displayo qUe há De novo nos Pontos De venDa edição: FLavio PaLhares

[email protected]

hiGiene PessoaL

Carrões para adultosCamaro e Corvette são dois automóveis que atraem os homens pela esportividade, design e potência do motor, sendo modelos cobiçados ao redor do mundo. Devido a essa aura, que perdura ao longo dos anos, a Biotropic Cosmética Licensing, em parceria com a General Motors, lança os kits de banho Camaro e Corvette, especialmente desenvolvidos

para o público masculino adulto. Os kits são compostos por deo-colônia de 50 mililitros e xampu 2 em 1 de 300 mililitros. A embalagem amarela do Kit Banho Camaro tem formato diferenciado, que reproduz os faróis do carro. O Kit Banho Corvette foi desenvolvido em uma embalagem vermelha, que traduz a identidade visual do veículo.

CArtUChOs

Gráfica 43(47) 3221-1200www.43sagrafica.com.br

rótUlOs

Outlabel(15) 3238-4838www.outlabel.com.br

POtEs xAmPU

Spiltagwww.spiltag.com.br(14) 3408-1100

frAsCOs DEO-COlôniA

Vidraria Anchieta (11) 2090-0670www.vidrariaanchieta.com.br

DEsign

Vy2 studio Design (11) 5081-7813www.vy2.com.br

74 | Dezembro 2012

Displayo qUe há De novo nos Pontos De venDa

LáCteos

requeijão de Natal 2

O Requeijão Cremoso Catupiry ganhou uma lata especial, decorada com motivos natalinos. Este é o segundo ano em que o produto, da Laticínios Catupiry, recebe uma embalagem diferenciada.

veGetais

legumes em latoNa 3

Latas decorativas e colecionáveis foram adotadas pela Goiás Verde Alimentos para a venda de um quilo de vegetais em conserva. As embalagens levam tampa abre-fácil, que dispensa o abridor.

CaFÉs

gourmet limpo 4

O café gourmet Santa Monica adotou novo visual, mais despojado. O produto é oferecido em grãos, em flexível de 1 quilo, e torrado e moído, em caixas de papel cartão de 250 gra-mas e de 500 gramas.

DEsign

Agência inovativa (11) 3871-2500www.agenciainovativa.com.br

LATA

Metalgráfica Palmira(32) 3251-3571www.palmira.com.br

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Mais Packing(11) 3074-6611www.maispacking.com.br

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Rojek (11) 3227-4789www.rojek.com.br

DEsign

m/Antonelli(11) 2821-2220www.mantonelli.com.br

EmBAlAgEns flExíVEis

Shellmar (11) 4128-5200www.shellmar.com.br

CAixAs

Tom Artes(11) 3328-6333www.tomartes.com.br

2

3

4

soPas

proNta No pouCh 1

Aspargos, 4 Queijos e Tomate são as opções de sopas cremosas da Fugini Alimentos. Os produtos, prontos para consumir, chegam ao mercado em stand-up pouches (bolsas plásti-cas que ficam em pé). O design gráfico é da própria Fugini.

stAnD-UP POUChEs

Dixie toga(11) 2928-9200www.dixietoga.com.br

1

BeBiDas

arte Na garrafa 5

Estreou no País a mais nova garrafa da série Art Edition, do uísque Passport, da Pernod Ricard. O design é assinado pelo artista Alexandre Cruz, mais conhecido pelo pseu-dônimo Sesper. A deco-ração da garrafa é feita por pintura.

GARRAFA

Owens-illinois(11) 2542-8000www.o-i.com

DECOrAçãO

PlastClean(11) 3604-2222www.plastclean.com.br

5

76 | Dezembro 2012

Displayo qUe há De novo nos Pontos De venDa

CosMÉtiCos

apelo gourmet 1

A Omnes Perfumes & Cosméticos criou a linha Do Gourmet, ins-pirada no universo da cozinha. Ela é composta por sabonete líquido, em frasco com válvula pump, e odorizadores de ambiente, em frascos com válvula spray.

isotôniCos

mais um esportivo 2

O Ironage marca o ingresso do Grupo Petrópolis no mercado de isotônicos. Disponí-vel em quatro sabores (tangerina, limão, uva e laranja), o produto é vendido em garrafas de PET revestidas por rótu-los termoencolhíveis.

enerGÉtiCos

em pet de 1 litro 3

Uma garrafa de PET de 1 litro, decorada com rótulo termoencolhível, é a mais nova versão do energético Burn, da Coca-Cola Brasil. A embalagem tem espes-sura superior às das garrafas dos demais energéticos no merca-do, para proporcionar mais firmeza ao servir. O rótulo, preto fosco, recobre até a tampa de rosca e traz a chama da marca impressa em alto relevo com brilho. A Coca-Cola não revelou os fornecedores.

PerFUMes

Casal perfumado 4

A Jequiti lançou a linha de perfumes Casal Elixir. Os frascos de 100 mililitros têm fundo espesso e são decora-dos com pintura trans-lúcida degradê de cima para baixo – azul na fragrância masculina e roxa na feminina.

FRASCOS

Bom Pack (11) 4072-5353www.bompack.com.br

rótUlOs

DeltaPrint(48) 3478-3900www.deltaprint.ind.br

DEsign

Gaia Brasilis(48) 3045-4890www.gaiabrasilis.com.br

VálVUlAs

Master Pumps(11) 4072-5353www.masterpumps.com.br

TAMPAS

America Tampas(11) 2504-7000www.americatampas.com.br

DEsign

Design luce(11) 5096-1506www.designluce.com.br

rótUlOs

Kromos(19) 3879-9500www.kromos.com.br

1

2

CArtUChO

Box Print(11) 5505-2370www.boxprint.com.br DEsign gráfiCO

Design Emocional(11) 3845-0667www.designemocional.com.br TAMPA

incom (11) 4173-9900www.incom.com.br

4

DECOrAçãO

Premier Pack(11) 4612-0756www.premierpack.com.br FRASCOS

saverglass (Premier Pack)(11) 4612-0756www.premierpack.com.br

3

TAMPA

Csi Closures(11) 4134-2500www.csiclosures.com rótUlO

Dase seal(56-2) 544-0790www.daseseal.com Pré-fOrmA

Engepack(11) 2149-8800www.engepack.com.br

Agosto 2012 | 77

Cervejas

Novidades para o fim de aNoA Bohemia imperial 6 é inspi-rada em uma cerveja que era servida em ocasiões especiais na época do Império brasileiro. Temporária, a novidade da Ambev é vendida em garrafa fechada por rolha plástica e decorada com rótulo autoa-desivo de BOPP. A Ambev não identificou os fornecedores.

Baden Baden Christmas Beer e eisenbahn Weihnachts ale 7 são as sugestões da Kirin Brasil para as festas de final de ano. As bebidas, já oferecidas em outros anos, serão vendidas nas regiões Sul e Sudeste do País em garrafas de vidro. Em ambos os casos a decoração é feita por rótulos de papel colado.

rótUlOs (EisEnBAhn)

Baumgarten (47) 3321-6666www.baumgarten.com.br

GARRAFAS

Verallia (11) 2246-7402www.verallia.com.br

DEsign (BADEn BADEn)

m Design(11) 3833-0969www.mdesign.com.br

rótUlOs (BADEn BADEn)

inforpress(11) 4232-8599www.ifpress.com.br

A Cervejaria Colorado desen-volveu um kit especial de papel cartão que agrupa quatro gar-rafas de 600 mililitros das cer-vejas Colorado 8 . A embala-gem está à venda somente nas lojas do Pão de Açúcar até o final de 2012. A partir de janeiro de 2013, poderá ser encontrada em outros pontos de venda.

DEsign

Casa Darwin(11) 3034-3137www.casadarwin.com.br

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Almanaque

78 | Dezembro 2012

Baú digitalPastilhas PEZ:

Papai Noel

chegou primeiro

emb.bz/160bau

Toni e seu pão de frutas Não foi a Coca-Cola...Além de bebidas e embalagens de sucesso, a Coca-Cola teria criado também o visual típico de Papai Noel. Repetido em conversas de botequim e na internet, essa história não passaria de lenda. Segundo historiadores, o real inventor da hoje clássica imagem do velhinho – roupas vermelhas com detalhes brancos, gorro e acessórios pretos – foi o cartunista alemão Thomas Nast, em 1886 (até então, Noel era geralmente representado com roupas verdes). A Coca-Cola, na realidade, ajudou a disseminar tal caracterização, ao adotá-la em diversos anúncios a partir dos anos 1930.

A caixa de BauduccoEm 1952, quatro anos após desembarcar no Brasil, o italiano Carlo Bauducco abriu uma doceira no Brás, tradicional reduto de oriundi em São Paulo. Feito com base numa receita trazida pelo imigrante, o panetone do estabelecimento consagrou a marca Bauducco. Em 1965, a iguaria começou a ser vendida numa caixa de papel cartão – hábito hoje difundido no mercado, e do qual a empresa afirma ter sido pioneira.

Diversas são as histórias sobre a origem do paneto-ne. A maioria delas atribui a invenção a um padeiro de Milão chamado Antonio. Uns dizem que a receita do hoje indefectível pão doce de Natal foi obra do acaso, com a queda acidental de frutas cristalizadas numa massa de torta. Outros garantem que o tal pane di Toni (“pão de Toni”) foi algo bem pensado. Teria sido criado pelo ragazzo para paparicar o pai de uma paquera. A versão romântica, claro, é a que mais faz sucesso.

bauducco foi a primeira a acondicionar panetones em

caixas de papel cartão

Sob o mote do “faça você mesmo”, que estava na moda no final da década de 1960, anúncios em revistas americanas da época davam a receita de uma vela natalina caseira moldada por uma caixinha vazia de leite. Eram peças de publicidade da Ex-Cell-O Corporation, empresa que ajudou a difundir o conceito de embalagem cartonada para bebidas nos Estados Unidos. “Não colocamos cera nas caixinhas Pure-Pak há anos”, diz o título do reclame, brincando com o fato de que o revestimento interno de parafina, antes comum naquele tipo de embalagem, fora substituído tempos antes por uma camada de plástico.

Leite, depois enfeite

Vela natalina: meio de reaproveitar caixinha