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REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 2 • Nº 74 11 de Dezembro de 2011 A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA NOITE DE SONO Volvo desenvolve projetos para manter motoristas acordados e atentos ao volante A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA NOITE DE SONO E ATENÇÃO LEITORES! DIA 21/12 SAI A ÚLTIMA EDIÇÃO DO ANO, COM VÁRIAS MATÉRIAS ESPECIAIS E A RETROSPECTIVA DE 2011. NÃO PERCAM!

Revista InterBuss - Edição 74 - 11/12/2011

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 74 - 11/12/2011

Corretoras acreditam queencarroçadora caxiense leva vantagem na concorrência

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 2 • Nº 74 11 de Dezembro de 2011

A IMPORTÂNCIADE UMA BOA NOITE DE SONOVolvo desenvolve projetospara manter motoristas acordados e atentos ao volante

A IMPORTÂNCIADE UMA BOA NOITE DE SONO

E ATENÇÃO LEITORES!DIA 21/12 SAI AÚLTIMA EDIÇÃO DO ANO, COM VÁRIASMATÉRIAS ESPECIAIS E A RETROSPECTIVA DE 2011. NÃO PERCAM!

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CHEGOU A HORA DE VOCÊ ESCOLHER ASMELHORES EMPRESAS DE ÔNIBUS DO BRASIL!

INTERBUSSINTERBUSSP R Ê M I O

2011Vote nas empresas quemelhor prestaram serviços durante o ano de 2011 em cada uma das categorias. A mais votada será agraciada com o Prêmio InterBuss 2011

A VOTAÇÃO VAI SÓ ATÉ QUARTA-FEIRA!!!FIM DA VOTAÇÃO: QUARTA-FEIRA, DIA 14 DE DEZEMBRORESULTADOS: REVISTA INTERBUSS Nº 75, DIA 21/12

PARTICIPE! VOTE!

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CHEGOU A HORA DE VOCÊ ESCOLHER ASMELHORES EMPRESAS DE ÔNIBUS DO BRASIL!

REVISTA INTERBUSS Informando com seriedade

CATEGORIASVote na melhor empresa de ônibus:

• Urbana de Campinas/SP• Metropolitana da região de Campinas/SP• Urbana de São Paulo/SP• Metropolitana da região de São Paulo/SP• Rodoviária linhas Artesp/SP• Suburbana linhas Artesp/SP• Rodoviária nacional linhas ANTT• Fretamento gerência Artesp/SP• Urbana do Rio de Janeiro/RJ (nova categoria)

• Intermunicipal do Rio de Janeiro/RJ (nova categoria)

• Sistema de transporte urbano (nova categoria)

A VOTAÇÃO VAI SÓ ATÉ QUARTA-FEIRA!!!FIM DA VOTAÇÃO: QUARTA-FEIRA, DIA 14 DE DEZEMBRORESULTADOS: REVISTA INTERBUSS Nº 75, DIA 21/12

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B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana Revista

Usuário reclama de tempo deintegração nos ônibus de NatalNa capital potiguar agora énecessário um tempo de 10 minutos entre um ônibus e outro paraa integração; Empresas negam 08

| Novo Layout da Barramar

Pintura ganhou novas cores e agora chamam mais a atenção nas ruas de uma região que acabou acostumando com ônibus brancos e com poucos adornos em suas latarias 22

| A Semana Revista

Dono de ônibus acidentado naBahia retira acarcaça do localMedida foi necessária para que sejam feitos os procedimentos em relação ao seguro do mesmo 07

Empresa renova sua identidade visual e moderniza pintura

Volvo desenvolve projetos para manter motoristasacordados e estímulos para que continuem assimdurante a viagem, evitando acidentes. Conheça um pouco dos males de uma noite mal dormida no trânsito

Os males do sono no trânsito

Páginas 18 e 19

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ANO 2 • Nº 74 • DOMINGO, 11 DE DEZEMBRO DE 2011 • 1ª EDIÇÃO - 01h23

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraOs BRSs do Rio de Janeiro 21

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

EDITORIALProjetos parados por causa do TAV 6

SEU MURALA seção especial do leitor 23

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzO novo transporte de Diadema 20

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

| Colunistas

Depois de muitos atrasos, edital da ANTT deveráfinalmente sairAdamo Bazani informa em sua coluna que o edital para a licitação das linhas interestaduais devesair na próxima semana 26

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

Obs: Excepcionalmente o Diário de Bordo e a coluna de WilliamGimenes não são publicados nesta edição

| Deu na Imprensa

Mercedes-Benzperto de baterrecorde histórico de vendas no BrasilAntecipação de compras por conta do Euro V deverá fazer com quemontadora bata recorde 16

PÔSTERCaio Apache Vip 14

Franz Hecher

COLUNISTAS Adamo BazaniLicitação da ANTT deve finalmente começar 26

PERIGOS DO SONOVolvo desenvolve projetos para motoristas 18

Páginas 18 e 19

ATENÇÃO LEITORESNeste final de ano, a circulação da Revista InterBuss será a seguinte:• Edição Nº 75 - Circula quarta-feira, dia 21 de dezembro, como uma edição especial de final de ano.A primeira edição de 2012 (Nº 76) circulará no domingo, dia 8 de janeiro. Fiquem atentos!

NOVO LAYOUT DA BARRAMARMuito mais cor 22

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOAnderson Rogério Botan e Luciano de Angelo Ronco-lato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos a Volvo do Brasil, Franz Hecher pela ma-téria da Barramar e a todos que colaboraram com ma-teriais para esta edição.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

O Governo do Estado de São Paulo continua norteando debates sobre trens regionais levando em consideração o traçado do trem de alta velocidade (TAV), que deverá ligar a cidade de Campinas com o Rio de Janeiro, passando por São Paulo e outras cidades. Esse projeto já foi poster-gado diversas vezes e agora a previsão da ANTT é de que a obra esteja totalmente concluída até 2019. Uma obra que era para estar pronta até a Copa de 2014, depois foi adiada para as Olimpíadas de 2016, gan-hou mais três anos de prazo para sua con-clusão. É um projeto muito caro e que não aparenta ter tanta necessidade como o governo tanto diz. O dinheiro que de-verá ser investido numa obra desse porte poderia ser utilizado muito bem em outras demandas mais necessárias como saúde e educação. O valor já está girando em torno de R$ 40 bilhões, incluindo estudos, obra, material rodante e subsídios, pois nenhuma

empresa está interessada na operação do mesmo se não houver alguma contrapar-tida governamental pois até agora não há nenhuma garantia de que haverá demanda suficiente para ao menos cobrir os custos do sistema ferroviário rápido. A empresa federal que deverá cuidar dos negócios do trem já foi criada e já está consumindo re-cursos públicos, mesmo com a obra estar sequer licitada. Enquanto isso, o Governo paulista está anunciando vários estudos para a reto-mada de trens regionais de alta velocidade (com velocidade média de 150km/h) com gerência da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Uma dessas linhas deverá passar por Campinas. Há um estudo paralelo para a extensão do ramal de Jundiaí da Companhia para Campinas, passando por Louveira, Vinhedo e Valin-hos, operando como um trem metropolita-no mais rápido, sem qualquer interferência do TAV.

A espera pelo TAV que trava os projetos dos trens regionais

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial Há outros estudos norteando o

TAV, como o trem regional de Ribeirão Preto e Piracicaba, que também passari-am por Campinas e seriam integrados ao trem de alta velocidade, porém tudo con-tinua no papel, já que não se tem certeza de absolutamente nada quanto à obra fed-eral. Seria muito mais interessante se o governo de Geraldo Alckmin continuasse com seus projetos paralelos, muito mais interessantes e viáveis, pois se o TAV, por exemplo, for sair daqui cinquenta anos, as populações das regiões com alta densidade populacional de São Paulo deverão aguar-dar todo esse prazo para receberem obras de meios de transporte de massa, no caso trens, que foram extintos no governo do mesmo partido quando a FEPASA foi ven-dida? O Governo do Estado de São Pau-lo deve começar a repensar alguns de seus projetos para que a população não fique dependente apenas de ônibus ou de out-ros modais cuja qualidade deixa a desejar. Se for esperar a obra do trem de alta ve-locidade sair do papel, a população será enormemente prejudicada. É um caso a ser pensado com mais carinho pelo governo paulista.

REVISTAINTERBUSS Expediente

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• NE [email protected] A carcaça do ônibus da TCB Trans-brasil (Transporte Coletivo Brasil Ltda.) onde estavam os 34 trabalhadores pernam-bucanos mortos no último sábado (3), no interior da Bahia, foi retirada na manhã da última sexta-feira (9) da área onde estava, nas proximidades do local onde ocorreu o acidente, pelo proprietário da empresa. Segundo a delegada que investiga o caso, Maria do Socorro Damásio, o em-presário (cujo nome ela não soube infor-mar porque não se encontrava na delegacia quando atendeu à reportagem do site NE10/Bahia), foi até o local porque precisava apre-sentar o que restou do veículo à seguradora. Conforme a delegada, que é titular do município de Jaguaquara, que fica a cerca de 70 quilômetros de onde aconteceu a tra-gédia - no km 583 da BR-116, entre as ci-dades de Milagres e Brejões, no Centro-Sul da Bahia -. é praxe ouvir o dono do veículo envolvido no acidente antes de entregar a carcaça. “Até para o caso de haver alguma eventualidade e de a Justiça solicitar alguma informação”, justificou Maria do Socorro. “Ele contou que o ônibus foi contratado pela empresa onde os cortadores de cana trabalhavam e mostrou a documen-tação e a liminar da justiça que permitia que o coletivo rodasse”. Disse ainda que o ôni-bus rodava havia cinco anos e nunca tinha apresentado nenhum problema”, relatou a delegada.

Motorista da carreta pode serindiciado por homicídio doloso O motorista da carreta que se en-volveu em um acidente na BR-116, na Ba-hia, prestou depoimento na tarde dessa se-gunda-feira (05) na delegacia de Jaguaquara e foi classificado como frio pela delegada

V%

C / Luciano Roncolato

Tragédia na Bahia

responsável, Maria do Socorro Damázio. Márcio Clênio Machado, 55 anos, pode ser indiciado por homicídio doloso, já que foi apontado plea perícia técnica como causa-dor do acidente, que envolveu também um caminhão-baú.

O motorista do terceiro veículo, Rodrigo Mendonça de Almeida, 23 anos, principal testemunha do acidente, foi o primeiro a chegar e afirmou em depoimento que o motorista do ônibus, que morreu na hora, dirigia corretamente.

SUCATA • Restos foram retirados pelo dono; abaixo, o veículo acidentado, em foto de 2009

A S E M A N A R E V I S T ADE 5 A 11 DE DEZEMBRO DE 2011

REVISTAINTERBUSS • 11/12/11 07

Restos do ônibusacidentado onde morreram 34 trabalhadores rurais na semana passada foiretirado pelo dono

Dono do ônibus da TCB acidentado retira carcaça

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• Blog do Sydney Rezende [email protected]

11/12/11 • REVISTAINTERBUSS08

A S E M A N A R E V I S T A

Usuários do Bilhete Único poderão fazer uma viagem a mais no BRT

Divulgação

Os usuários de ônibus que uti-lizam o Bilhete Único Carioca (BUC) poderão fazer uma viagem a mais sempre que o segundo embarque for feito nos cor-redores exclusivos de ônibus, os BRTs. O passageiro passará a fazer três viagens com o custo de apenas uma. O benefício passa a valer no primeiro trimestre do próximo ano, quando está previsto o início da operação do corredor TransOeste, que fará uma ligação entre a Barra da Tijuca, Santa Cruz e Campo Grande.

Rio de Janeiro

NOVIDADE •Primeiro BRT sai em 2012 A medida consta do Decreto Mu-nicipal 34.337, publicado no dia 16 de

setembro. Segundo o decreto, o tempo de baldeação será de duas horas, “com-preendido entre a passagem pelo primeiro e o terceiro validadores do(s) modal(is) eleito(s)”. Em outras palavras, o docu-mento permite o uso do cartão em diferen-tes meios de transporte, como trens e vans, que também serão integradas ao sistema. “ É uma medida importante, pois os BRTs vão eliminar algumas linhas de ônibus que têm o mesmo trajeto, para evi-tar concorrência”, contou Humberto My-gard, coordenador operacional do Bilhete Único.

Usuário reclama de tempo de integraçãoNatal/RN

• Diário de Natal [email protected]

com aquele comércio irregular que existe nas paradas de ônibus. Mas a medida foi criada sem que legislação alguma estabeleça isso. Foi uma decisão do Seturn, que sequer ouviu os usuários. A maioria da população está pagando por algo que uma minoria está fazendo”, protesta Jefer-son, que sugeriu a instalação de um relógio para que os usuários saibam pelo menos o tempo-limite para usar novamente o cartão do Sistema Automatizado de Bilhetagem Eletrônica (Sabe), nome oficial da tecnologia. Ana Maria Araújo, empregada do-méstica que utiliza seu cartão diariamente, afirma que nunca teve problema com o tempo-mínimo, e sim com os 60 minutos máximos permitidos aos usuários do cartão de pas-sagem. “Moro em Nova Natal e trabalho em Ponta Negra. Às vezes o 03 demora a passar em Cidade Jardim, onde pego meu ônibus de volta. Várias vezes perdi meu Passe Livre. Sem falar que a maioria dos ônibus são velhos e sempre rodam muito cheios”, afirma.

Seturn justifica, mas Semob dizdesconhecer tempo mínimo para integração O diretor de comunicação do Sin-dicato das Empresas de Transporte de Pas-sageiros do Município do Natal (Seturn), Augusto Maranhão, contesta as reclamações do usuário. “A maioria dos janelinhas está fa-zendo a propaganda negativa da bilhetagem”, afirma. O empresário se refere aos ambulan-tes que compram cartões de vales-transportes e vendem irregularmente nas paradas de ôni-bus mais movimentadas por um preço menor do que R$ 2,20, valor da tarifa de ônibus em Natal. “Dez minutos é o tempo mínimo para

subir num ônibus, sentar e descer. O sistema começa a computar a partir do momento em que o usuário comum cruza a roleta. Optamos por essa prática porque, nesses dez minutos, ocorrem 90% das fraudes aqui em Natal”. As fraudes a que se refere o diretor do Seturn são justamente a prática dos janelinhas, que ficam oferecendo passagens mais baratas nas paradas de ônibus. “Como em 60 minu-tos o cartão pode ser utilizado duas vezes, eles ganhavam duplamente, prejudicando o usuário comum, o trabalhador que usa seu cartão de forma correta. Foi a forma que encontramos para coibir essa fraude exagerada”, afirma o diretor. A medida é polêmica porque, na práti-ca, limita a 50 minutos o tempo total que o usuário terá ao fazer uso do Passe Livre. Uma pesquisa da Consult encomenda-da pelo Seturn revelou que 5% das integrações são reais. Dez por cento são fraudadas. “Isso significa que 500 mil integrações são oficiais, corretas. Mais de um milhão de deslocamentos são fraudados em Natal”. Augusto também se defende das acusações de que o sistema entra em desacordo com alguma determinação legal da Semob. “Isso depende da gestão financeira das empresas. O tempo máximo, estabelecido pela Semob, continua sendo cumprido”. Ana Elizabeth Thé Bonifácio Freire, secretária de Mobilidade Urbana (Semob) es-teve em reunião e não pôde falar ao Diário de Natal. O secretário-adjunto, Haroldo Maia, disse que a secretaria estabelece apenas o limite da integração em até 60 minutos. A res-peito do tempo mínimo para uso do cartão dos ônibus, Haroldo declarou com todas as letras: “A Semob desconhece essa prática”.

Quando a bilhetagem eletrônica foi lançada em Natal, a prefeitura anunciou aos quatro cantos seus benefícios. Há dois anos veio o Passe Livre, que possibilita a integração gratuita de duas linhas num intervalo máximo de uma hora. Muitos usuários reclamam desse tempo-limite, alegando que em horários de pico não é possível pegar o segundo ônibus antes que seja cobrada nova passagem. Agora, as reclamações se referem ao tempo mínimo de 10 minutos para fazer uso do Passe Livre, um dos muitos problemas que os usuários do sistema enfrentam na capital do Rio Grande do Norte. A prática é adotada nos ônibus, mas não está regulamentada nenhuma lei ou decreto da prefeitura. Jeferson Luís Pires Rocha, 25 anos, servidor público federal, é um desses natalenses insatisfeitos com o sistema de transporte co-letivo. Primeiro porque ele mora no conjunto Pirangi, em Neópolis, e quando precisa ir de Ponta Negra para casa não há linhas de ônibus disponíveis. Recentemente Jefersonficou indig-nado com o tempo mínimo. “Uma vez vinha do Praia Shopping ao conjunto Pirangi. Peguei um 83, desci na Ayrton Senna e logo que desci, veio o 31. Realmente foi em menos de dez minutos. Meu cartão foi rejeitado e o cobrador disse que havia esse prazo mínimo. A sorte foi que uma amiga que estava comigo pagou a passagem. Meu cartão estava zerado”, relatou. Apenas após o fato ele observou um aviso que consta nos ônibus, alertando para o tempo mínimo. O usuário procurou a Semob e foi informado que o tempo mínimo é novi-dade. “Alegaram que essa medida é para acabar

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FÁBRICA • Encarroçadoras no Brasil estão com produção a todo vapor há algum tempo

REVISTAINTERBUSS • 11/12/11 09

Vendas de carrocerias de ônibus deverá crescer 8,3% em 2011

Crescimento

A indústria fabricante de carroçar-ias de ônibus (urbanas, rodoviárias, micros, minis e intermunicipais) está terminando 2011 com ótimo resultado, uma vez que somando a produção para atender os mercados interno e externo, o volume produzido deverá atingir cerca 35 a 35,6 mil unidades e com isso, um crescimento de 8,3% ante as 32.821 unidades fabricadas em 2010. Quarto maior produtor mundial de carroçarias de ônibus, com capacidade insta-lada para fabricar entre 40 a 42 mil unidades, a indústria deverá comercializar no mercado doméstico em torno de 31 a 31,5 mil unidades e exportar entre 4.050 a 4.100 unidades, con-quistando crescimento de 11% e perda de 8,5 a 9%, respectivamente. “Nossas vendas do-mésticas continuam extremamente represen-tativas, representando 88,5% do volume pro-duzido, enquanto às exportações respondem por 11,5%”, explica José Antônio Fernandes Martins, Presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Fer-roviários e Rodoviários (Simefre). De acordo com ele, em 2010 a in-dústria produziu 32.821 unidades, das quais 28.256 foram comercializadas no mercado do-méstico e 4.565 mil unidades exportadas. No acumulado de janeiro a outubro de 2011, as empresas da área fabricaram 29.041 uni-dades e registraram crescimento de 8,3% sobre as 26.804 carroçarias do ano passado. As vendas domésticas nos dez primeiros meses do ano so-maram 25.718 unidades obtendo desempenho 11.1% acima das 23.166 carroçarias vendidas em 2010 e as exportações totalizaram 3.313 uni-dades recuando 8,9% ante as 3.638 unidades ex-portadas até outubro do ano passado. Para Martins o desempenho do setor em 2011 recebeu a influência de vários fatores positivos e negativos. Entre os pontos positi-vos estão o PSI - Programa de Sustentação do Investimento, do Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES), que oferece oito anos de prazo, a juros de 10% e financia 90% do bem para pequenas e médi-as empresas. “Além disso, houve um aumento do poder aquisitivo da população, que passou a viajar mais e levou às empresas de ônibus aumentarem suas frotas”, pontua Martins.

Antecipação de compras

• Monitor Mercantil [email protected]

Segundo o dirigente, os empresários de ônibus anteciparam a renovação das frotas porque a partir de 2012, todos os comerciais (caminhões e ônibus) movidos a diesel que sairem das linhas de montagens estarão dentro da norma Euro V e, consequentemente, entre 10% a 15% mais caros. Outro fator alavancador do desem-penho, no entender de Martins foram as ven-das através do programa Caminho da Escola do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que oferece crédito do BNDES com financiamento de até 100%, ju-ros fixos de 4,5% e prazo de pagamento até 8 anos. Este segmento - criado em 2008 pelo ex-presidente Lula - já somam 22 mil unidades. “Em 2011, ele responderá por cerca de 15% das vendas do setor, ou 5 mil unidades. A mo-dalidade Finame continua importante, para os fabricantes da área, uma vez que ela representa mais de 80% das vendas do setor”, explica.

Perspectivas 2012 Segundo o Presidente do Simefre, é difícil fazer estimativas numa situação em que o mundo todo está em crise e ninguém sabe qual será o futuro dos que estão envolvidos no Euro. “Qualquer colocação deve ser muito bem entendida para não causar alardes. Uma previsão, com a Europa completamente des-organizada e, principalmente, sem que tenha ocorrido o equacionamento das dívidas desses países (Itália, Portugal, Espanha, Grécia e Ir-landa) pelos países lideres da comunidade eu-ropéia (França e Alemanha), deixa uma expec-tativa de incertezas”. Segundo Martins, o Brasil certa-mente não sairá ileso da crise. “Vivemos uma

economia internacional de muita turbulência e querendo ou não ela vai afetar nosso cresci-mento”, alerta Martins. De acordo com ele, em 2012 o mercado total de carroçarias de ôni-bus poderá ser 7 a 10% menor do em 2011. As vendas para o mercado interno ficarão de 6% a 8% menores ante o resultado de 2011 e as externas, caso trabalhemos com dólar entre US$ 1,7 a US$ 1,75 poderão registrar aumento de 8% a 10%, quando comparadas as unidades exportadas no exercício que termina. Para Martins a perda esperada para 2012 não será desesperadora, pois o setor es-tará retornando ao patamar de 2010, que foi um ano recorde para as empresas da área. Porém, os números previsto só valerão “se conseguir-mos fazer com que o BNDES aprove o Finame Verde (linha de crédito especial do PSI para os ônibus que serão fabricados dentro da norma Euro V), com financiamento de 100% do bem, juros fixos de 7% e prazo de pagamento até 10 anos. “Se conseguirmos isso, a possibilidade de termos um bom desempenho no próximo ano será muito boa”, diz Martins. No entender dele, o PIB (Produto In-terno Bruto) não deverá ser superior a 3%. “Al-guns segmentos deverão fechar em 2%. Para 2011, havia sido previsto um PIB da ordem de 4% a 4,5 %, mas talvez não chegue a 3% ou 3,2%”. Entretanto a economia brasileira, ape-sar da crise traz tranqüilidade. O grande grau de confiança no país cresceu muito em função dos fundamentos macros econômicos. “Temos uma reserva cambial de US$ 350 bilhões; um depósito compulsório disponível para uma emergência de R$ 440 bilhões; os juros estão caindo (de 12% caiu para 11%) e deve baixar para 10,5% a 10% em 2012.

Divulgação

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11/12/11 • REVISTAINTERBUSS10

A S E M A N A R E V I S T ANa Madrugada

Porto Alegre terá linha circular que atenderá pontos de baladas A prefeitura de Porto Alegre di-vulgou na última quinta-feira uma ação que colocará nas ruas da capital um ônibus especial para regiões conhecidas pela alta concentração de casas noturnas. A nova linha circular-noturna, a C4 - Balada Segu-ra, deve começar a circular partir da sexta-feira da semana que vem, das 22h às 4h40, e atende a pedidos da população e frequen-tadores de bares. As reivindicações por transporte que contemplasse a madrugada vieram, principalmente, de acordo com a prefeitu-ra, dos bairros Moinhos de Vento, Cidade Baixa, Bom Fim e Centro Histórico. As regiões são as mais frequentadas durante a noite. O valor da passagem será R$ 2,70, igual a todos os ônibus que circulam pela capital. “Será mais uma opção de trans-porte para o público noturno, colaborando com o conceito do Balada Segura, que é não misturar álcool direção. Se a pessoa beber, poderá ir de ônibus. Esperamos que essa medida, além de qualificar o atendi-mento, ajude a reduzir acidentes”, afirmou o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari.

• Terra [email protected]

CIRCULAR • Ônibus que fazem linhas circulares no Centro de Porto Alegre: novo circular da madrugada atenderá os pontos de maior movimento em casas noturnas e bares Veja o itinerário da linha: Ter-minal Parobé - Mauá - Pres. João Goulart - Loureiro da Silva - José do Patrocínio - Dr. Sebastião Leão - João Pessoa - Luiz Englert - Osvaldo Aranha - Protásio Alves

- Silva Só - Mariante - Goethe - Dr. Timó-teo - Cristovão Colombo - Dom Pedro II - Plínio Brasil Milano - 24 de Outubro - Independência - Pinto Bandeira - Chaves Barcelos - Mauá - Terminal Parobé

Contrabando

Polícia apreende produtos em ônibus da linha Foz X Campinas A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) apreendeu produtos contrabandeados do Para-guai que estavam em um ônibus de linha que fazia o itinerário Foz do Iguaçu a Campinas. A apreensão aconteceu na madrugada da última sexta-feira (9), por volta das 3h, durante uma abordagem de rotina em frente ao posto poli-cial de Floresta na PR-317. Foram apreendidos oito sacolas e uma caixa com telefones celulares, notebooks e acessórios de informáticas. A mercadoria pertencia a oito passageiros – sendo duas mul-heres e seis homens – que foram identificados e liberados em seguida. Os produtos contra-bandeados foram encaminhados para a Receita Federal de Maringá.

• O Diário do Norte do Paraná [email protected]

PRE • Foi quem fez a apreensão

Luciano Roncolato

Divulgação

• O Dia [email protected] A reclamação de passageiros sobre a imprudência de um motorista de ônibus na Zona Norte da cidade terminou na delegacia na última sexta-feira. Após uma intensa dis-cussão dentro do coletivo, o motorista parou o veículo e desceu na Praça do Verdun, no Gra-jaú, na Zona Norte. De acordo com a polícia, um pedestre que passava pelo local atirou contra os pneus do ônibus para impedir que o motorista saísse do local. O responsável pelos disparos fugiu e não foi identificado. O motorista foi levado para a 20ª DP (Vila Isabel), onde o caso foi registrado. Ninguém se feriu.

Confusão

Imprudênciade motoristaacaba em tiros

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Reajuste

Jundiá pede aumento de tarifa para R$ 3,36 em Catanduva/SP A empresa Jundiá Transportadora Turística, responsável pelo transporte cole-tivo em Catanduva, solicitou ao Executivo revisão no valor da tarifa do serviço. Segun-do nota enviada pelo setor de comunicação da prefeitura de Catanduva, a empresa está pleiteando que a tarifa seja atualizada para R$ 3,36. O pedido foi feito essa semana e a Secretaria de Trânsito e Transportes Urbanos (STU) está avaliando a solicitação. Junto ao pedido, a empresa apresentou tabela de cus-tos que, segundo suas afirmações, justificari-am o reajuste pleiteado, de cerca de 46%, na comparação com a tarifa que está em vigor desde 20 de janeiro de 2011, de R$ 2,30. En-tre as justificativas, a Jundiá aponta custos de insumos do transporte e de mão-de-obra. A Secretaria de Trânsito deverá se manifestar a respeito no início da próxima se-mana. De imediato, o setor considerou muito alto o reajuste solicitado e providenciará le-vantamentos para embasar sua análise. O úl-timo reajuste autorizado pela prefeitura foi de 10%, em janeiro, elevando a tarifa de R$ 2,10 para R$ 2,30. Segundo o presidente da Câmara, vereador Daniel Palmeira (PDT), o reajuste é um abuso. “Um trabalhador que ganha um salário mínimo de R$ 545,00 vai ter dificul-dades financeiras se utilizar o ônibus coletivo para ir ao trabalho”, falou à reportagem. O parlamentar fez um cálculo bási-co, imaginando que uma pessoa que recebe por mês um salário mínimo utilize o ônibus para ir ao trabalho e retorne ao seu lar após suas atividades. “Se essa pessoa pagar R$ 3,36 duas vezes por dia, são R$ 6.72. Esse valor vezes os 22 dias trabalhados no mês dá R$ 147,84. Como uma pessoa vai sobreviver com o salário mínimo? Se tirarmos R$ 147,84 pagos pelas passagens dos R$ 545,00 do mínimo, dá R$ 397,16. Que família sobrevive com esse valor?”, questionou o presidente da Câmara.

• O [email protected]

ABUSO • Tarifa atualmente custa R$ 2,30 e Jundiá pode ter contrato revisto

Palmeira enviou ao prefeito, semana passada, um requerimento solicitando um estudo para que a prefeitura de Catanduva reduza a tarifa do ônibus coletivo. “Em Rio Preto tivemos um bom exemplo disso. A pre-feitura daquela cidade subsidia parte do custo da passagem. Catanduva poderia fazer isso também”, frisou ela à reportagem. O vereador Vagner Pimpão Bersa (PPS) disse que a empresa Jundiá está judi-ando da população. “Isso é um abuso. Não concordo. A população de baixa renda terá dificuldades para pagar esse valor”, falou. Pimpão disse que estuda a possi-bilidade de convidar um diretor da empresa Jundiá para comparecer na Câmara e tirar dúvidas dos vereadores sobre o aumento pleiteado. O vereador Francisco Batista de Souza (PDT), o Careca, sugeriu que a pre-feitura reveja o contrato com a Jundiá. “Se a empresa não dá conta, que deixe a cidade e a prefeitura faça outra licitação. Diariamente

temos reclamações dos ônibus coletivos e a empresa ainda quer aumentar o valor da pas-sagem. Isso não é correto”, destacou. A população, evidente, não aprova o aumento proposto pela Jundiá. “Isso é um absurdo. Não tem nem ônibus direito e ain-da querem aumentar o valor. Onde já se viu isso”, falou Elisabeti Aparecida de Oliveira, que usa a linha Pachá, já que mora no Jardim Eldorado. “A passagem de R$ 2,30 já está caro. Não tem que aumentar nada”, frisou. Cíntia Cristine de Almeida Oliveira disse que gasta atualmente aproximadamente R$ 20,00 cada vez que sai de casa rumo ao centro. Ela utiliza o ônibus com o marido e dois filhos. “Não tenho como pagar esse valor. A empresa quer ficar rica em cima da gente”, comentou. José Pequeno Barbosa disse que de Catanduva para Catiguá a passagem é de R$ 2,65. “Como dentro de Catanduva vamos pagar R$ 3,36. Isso é alguma piada?”, per-guntou.

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ATENÇÃO LEITOR: A REVISTA INTERBUSS NÃO CIRCULARÁ NOS DIAS 25 DE DEZEMBRO E 1º DE JANEIRO EM VIRTUDE DAS FESTAS DEFINAL DE ANO, VOLTANDO A CIRCULAR NORMALMENTE NODOMINGO, DIA 8 DE JANEIRO. AGRADECEMOS A SUA COMPREENSÃO

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A S E M A N A R E V I S T ACaos no Rio de Janeiro

Incêndio em ônibus pára Linha Amarela e táxis abusam de preços Um incêndio num ônibus fechou os dois sentidos da Linha Amarela, na tarde desta quinta-feira (8), na altura de Água Santa, no subúrbio do Rio. Segundo infor-mações da Lamsa, concessionária que ad-ministra a via, o ônibus está no Túnel da Covanca, no sentido Fundão. O incidente causou engarrafamento ao longo da via expressa. Ainda não há informações sobre feridos. Em nota, a Lamsa informou que o incêndio aconteceu por volta das 16h30. De acordo com a concessionária, não ha-via passageiros dentro do ônibus. A Lamsa informou, ainda, que havia muita fumaça no local e que os trabalhos de recuperação das condições operacionais do túnel ainda prosseguiam. Por isso, segundo a conces-sionária, a via permanecia fechada nos dois sentidos. No meio ao caos provocado após o incêndio em um ônibus que atravessava o Túnel da Covanca, na Linha Amarela, na noite de quinta-feira (8), taxistas aproveita-ram para abusar dos preços das viagens. Com os engarrafamentos, pou-cos táxis chegavam ao Aeroporto Antônio Carlos Jobim, na Ilha do Governador, onde uma multidão de passageiros esperava por um carro. Imagens mostram motoristas co-brando até R$ 200 para ir do aeroporto até a Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Para o Jardim Botânico, uma cor-rida que normalmente custa R$ 50, era cob-rado o valor de R$ 130. O secretário municipal de Trans-portes, Alexandre Sansão, disse que vai pe-dir as imagens para identificar os taxistas, que podem ter a permissão cassada.

Internados No início da noite da última sexta-feira (9), o Hospital Federal de Bonsucesso, no subúrbio do Rio, confirmou que há duas pessoas internadas na unidade devido à in-toxicação de fumaça decorrente do incên-dio. De acordo com o hospital, uma mulher de 30 anos está no Centro de Tera-pia Intensiva (CTI) e respira com ajuda de aparelhos. Já um homem de 54 anos, sofreu um corte na cabeça e está com insuficiência respiratória. O quadro de saúde dele é con-

• G1 - RJ [email protected]

CAOS • Incêndio dentro de túnel parou o trânsito e taxistas passaram a cobrar preço triplicado

siderado estável, segundo o hospital.

Trânsito normal Na manhã da última sexta-feira, o trânsito voltou ao normal na Linha Amarela, em ambos os sentidos da via. Por causa das chamas, um trecho de uma da galerias permanecia sem luz, depois que o sistema de ventilação do túnel ficou danificado. Mas, para evitar transtornos, houve sinalização e agentes da prefeitura es-tiveram nas ruas para auxiliar os motoristas. A via expressa foi totalmente lib-erada às 5h30, 12 horas depois de ter sido

fechada por causa do incêndio.

Estrutura do túnel não foi abalada Equipes da Geo-Rio fizeram uma vistoria no Túnel da Covanca e verificaram que o incêndio não afetou a estrutura das gale-rias. O prefeito Eduardo Paes também esteve no local e disse que a prefeitura vai avaliar se houve demora na reabertura do túnel. Por causa do caos no trânsito, o Metrô Rio estendeu a operação das linhas 1 e 2 até 0h30. A medida foi tomada para facilitar o deslocamento da população, após o incêndio na Linha Amarela.

Reprodução TV G

lobo

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A partir da meia-noite de hoje (11), a passagem de transporte coletivo em Cuiabá e em Várzea Grande estará mais cara. Em Cuiabá, a tarifa vai subir de R$ 2,50 para R$ 2,70. Em Várzea Grande, a tarifa sai de R$ 2,40 para R$ 2,60, atingindo também a linha de transporte intermunicipal que faz a ligação dos dois municípios. O índice de 8% supera o índice da inflação acumulada desde novembro de 2010, quando ocorreu o último reajuste. Anteriormente, as empresas que operam o sistema de transporte em Cuiabá reivindicavam aumentar a passagem para R$ 2,79, porém, o Conselho Municipal de Trans-porte analisou dados técnicos e verificou que R$ 2,70 é o preço “mais justo”. Em Várzea Grande, o levantamento técnico foi feito pelo Conselho Regional de Economia (Corecon) e entregou à Secretaria Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), que também acatou a orientação de reajuste da tarifa em 8%. O transporte rodoviário que é o des-locamento de um município para o outro vai ter reajuste de 6,39%. Conforme dados da Ager (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso), a cada 100 quiilômetros rodados em áreas pavimen-tadas, se cobravam R$ 17. Agora, vai para R$ 18. Em áreas não pavimentadas, a cada 100 quiilômetros rodados, se pagavam R$ 23,40. Agora, vai para R$ 24,90.

Argumentos O anúncio do reajuste foi feito na tarde desta sexta-feira (9), no gabinete do prefeito Chico Galindo (PTB), que estava acompanhado do prefeito de Várzea Grande, Sebastião dos Reis Gonçalves, o Tião da Zae-li (PSD), e da presidente da Ager (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso), Márcia Vandoni. Para reajustar a tarifa de transporte em Cuiabá e Várzea Grande, são levados em consideração gastos aplicado pelos em-presários do transporte nos últimos meses, conforme explicou a presidente da Ager, Márcia Vandoni. “Tem que se considerar o custo dos insumos, pneus, lubrificantes, número de pas-sageiros, quilometragem percorridas, remu-neração pela utilização da mão de obra, que é

salário de motorista e cobrador. Isso compõe o custo e define o preço da tarifa”, disse Van-doni. Além disso, o aumento leva em con-sideração, ainda, a quantidade de gratuidades concedidas a estudantes e idosos. O prefeito Chico Galindo mini-mizou o impacto do aumento da tarifa, lem-brando que outros municípios brasileiros, como Campinas (SP), São José dos Campos (SP), Santo André (SP), Curitiba (PR), Nova Iguaçu (RJ) e Campo Grande (MS), cobram tarifas no transporte coletivo que variam de R$ 2,50 a R$ 2,85. “O aumento está obedecendo ao índice da inflação. O reajuste não agrada a população, mas não há abusos. Tudo está transcorrendo dentro da legalidade. Em 2010, houve aumento de 9,6%, agora, o índice atinge 8%”, destacou. O prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli, classificou o aumento na tarifa de “justo”. “O aumento obedece ao índice infla-cionário de 8%. Ou seja, está dentro da co-erência e a população deve entender”, disse.

Frota

Houve questionamentos a respeito da renovação da frota dos ônibus em Cuiabá e Várzea Grande. Nesse momento, o secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande, Yênes Magalhães, pediu a palavra e destacou que o momento é delicado para tal ação, por conta do planejamento para a Copa do Mun-do de 2014. Com a experiência de presidente da extinta Agecopa, Yênes lembrou que, nos próximos 3 anos, haverá mudança no sistema de transporte, passando a inexistir a concor-rência entre sistema intermunicipal ou mu-nicipal de Cuiabá e Várzea Grande. Isso, por conta da implantação do VLT, que vai percorrer dois trechos, que são CPA/Aeroporto e Coxipó/Centro, com as frotas de ônibus interligadas ao modal de transporte. “Se determinar incremento de uma nova frota que tem 7 anos para ser amor-tizada, o poder público vai ter que indeni-zar o empresário que investiu nesta compra, porque serão usados somente nos próximos três anos. Quem vai pagar o desperdício é o contribuinte. Isso tem que ser pensado para valorizar a frota”, disse o secretário.

Aumento

Passagem de ônibus sobe em Cuiabá e em Várzea Grande• Midia News [email protected]

REAJUSTE • Ônibus municipal em Cuiabá vai subir para R$ 2,70, vinte centavos mais caro

Luciano Roncolato

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REVISTAINTERBUSSF R A N Z H E C H E RS Ã O P A U L O / S P • T R A N S K U B A

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Mercedes-Benz poderá fechar o ano com maior venda da história Os números ainda não são conheci-dos, mas a perspectiva é que a Mercedes-Benz ônibus deverá fechar o ano com um volume recorde na sua história. O resultado será ala-vancado especialmente pela linha de ônibus urbanos, cuja projeção e a de fechar o mês de dezembro com um volume recorde. Sem poder revelar detalhes, o diretor de vendas e marketing da Mercedes-Benz para o setor de ônibus, Gilson Mansur, afirmou que o bom volume anual da montadora neste setor será em parte resultado um trabalho minucioso, na base do corpo a corpo, feito pela empresa junto aos clientes, especialmente a partir do segundo semestre deste ano, quando foram a campo explicar todo o processo de implanta-ção do Proconve P-7 e as diferenças entre os motores Euro III e Euro V. Segundo o executivo, o mercado estava confuso com as novas regras e o tra-balho de esclarecimento acabou gerando um efeito positivo nas vendas. “Nossa linha de chassi rodoviário já esta toda comprometida e a de veículos urbanos caminha para um mês histórico”, disse em entrevista durante evento da Abrati – Associação Brasileira das Empre-sas de Transporte Terrestre de Passageiros, em Brasília. A Mercedes tem uma produção média mensal de 1.450 unidades de chassi de ônibus, sendo que 70% é do segmento urbano. O melhor resultado da montadora este ano foi em junho, quando vendeu 1.800 unidades e novembro registrou volume de 1.750 unidades. Para bater recorde, as ven-das de dezembro deverão ficar entre 2.300 a 2.500 unidades. Mas o executivo descon-versa. “Não podemos falar do futuro. Só do passado”, referindo-se aos resultados já con-solidados da montadora. Para atender a crescente demanda, a Mercedes já vinha trabalhando com produção acima da média desde meados do ano, exata-mente para ter produtos já concluídos no pá-tio para atender a demanda. Pelas regras do Proconve P-7, as montadoras devem encer-rar a produção dos veículos Euro III em 31 de dezembro de 2011 e, a partir de primeiro de janeiro de 2012, iniciar a manufatura dos comerciais pesados com tecnologia Euro V. “Mas teremos até março para faturar as uni-

D E U N A I M P R E N S ATranspo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

Luciano Roncolato

RECORDE • Ônibus Mercedes-Benz: Euro V antecipou compras e recorde está próximodades Euro III, seja para os clientes direta-mente, seja para a rede de concessionários, produzidas até dezembro”, explica. Se confirmar os resultados, a Mer-cedes-Benz deverá fechar 2011 com um vol-ume próximo de 15.400 unidades comercial-izadas de chassi de ônibus, sendo que 70% do segmento urbano. O mercado total projeta um volume em torno de 32 mil unidades. Esse resultado é reflexo de atitude de empresas, como a viação Santa Cruz, que antecipou a renovação de frota para fugir dos custos que virão com a nova geração. “Substituímos em torno de 300 unidades da nossa frota com novos modelos Euro III”, declarou Cláudio Abreu, diretor da empresa. A troca foi cred-itada aos custos mais elevados que chegam com os produtos Euro V. “Além do diesel

mais, tem custo com o aditivo, sem contar o preço da compra que será maior”. Para Gilson Manzur, o mercado já começa a entender as vantagens que os motores Euro V vão trazer para o merca-do. “Muitos empresários decidiram fazer a aquisição antecipada dos modelos novos de-pois que entenderam os benefícios tecnológi-cos e de contribuição ao meio ambiente, tanto que já estamos produzindo modelos Euro V para entregar no início de janeiro”. Sobre as perspectivas para 2012, Mansur acredita que o programa Caminho da Escola, criado pelo governo federal, que vai absorver em torno de 6000 novos ônibus, será um fator positi-vo para o setor. “A partir de 2012 passamos a participar desse mercado com um novo produto de motor dianteiro”, adiantou.

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RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Irizar projeta fechar ano com 700 carrocerias vendidas, 30% a mais A encarroçadora de ônibus rodoviário Irizar, localizada no interior de São Paulo, pro-jeta o fechamento do ano com a produção de 700 unidades, volume 30% superior ao reg-istrado no ano passado, quando fez 500 uni-dades. As informações foram divulgadas na noite da última quarta-feira em Brasília du-rante evento da Abrati – Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de pas-sageiros, pelo gerente nacional de vendas da empresa, o executivo João Ranalli. A conjuntura do mercado, puxado pela implantação do programa de controle de emissões Proconve P-7 são apontadas como a causa para a boa safra. A partir de primeiro de janeiro de 2012, toda a produção de veículos comerciais pesados sairão das linhas de mon-

Transpo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

Divulgação

tagem equipados com motores padrão Euro V, que reduz drasticamente a emissão de pol-uentes. O efeito da implantação da nova regra foi a corrida para a compra antecipada da ge-

ração Euro III pelas empresas transportado-ras. Tudo para escapar do aumento de preço que, segundo as montadoras, deverá ficar em torno de 5 a 8%.

Dassault pode parar de fabricar o jato RafaleTranspo Online

• Do site da Transpo [email protected] A fabricante de aviões Dassault inter-romperá a produção do jato de combate Rafale, se ela continuar incapaz de vender essas aero-naves no exterior, afirmou semana passada o ministro da Defesa da França, Gerard Longuet. “Se a Dassault não vender nenhum Rafale no exterior, a linha de produção será interrompida”, afirmou Longuet. Essa inter-rupção ocorreria após a França receber as 180 aeronaves que já encomendou. Segundo o ministro, o trabalho de manutenção da aero-nave continuará sendo realizado.

O caça Rafale foi alvo de polêmica no Brasil no ano passado. O modelo era o preferido pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em negociação para reequi-par a Força Aérea Brasileira (FAB). Lula, na ocasião, ignorou relatório do Comando da

Aeronáutica, que avaliou o caça Gripen NG, da empresa sueca Saab, como o melhor para a renovação da frota. Até agora, porém, o gov-erno brasileiro não tomou uma decisão sobre a compra dos jatos. As informações são da Dow Jones.

Ford Caminhões contesta informação da IvecoTranspo Online

• Do site da Transpo [email protected] A notícia da inauguração do conces-sionário Mercalf, em Jundiaí, defendida pela Iveco como a primeira com conceito susten-tável no Brasil, foi rebatida pela Ford Camin-hões. A montadora do oval azul afirma que sua representante em Brasília, a Slaviero Camin-hões, inaugurada em junho de 2010, já havia sido construída seguindo conceitos ecológicos. Na época, a montadora distribuiu um comuni-cado onde destacava os detalhes da iniciativa. Segundo a nota, a concessionária

conta com sistemas projetados para econo-mizar água, energia, proteger o ambiente da contaminação por resíduos e utilizou somente madeira certificada, das obras até a con-fecção dos móveis. “A nova Slaviero é uma das primeiras instalações totalmente ecológi-cas do Brasil. Ela atende todos os padrões de preservação ambiental da Rede Ford Camin-hões e vai além, mostrando um claro com-promisso com a sustentabilidade”, já dizia Oswaldo Jardim, diretor de Operações de Caminhões da Ford América do Sul. A notícia desmorona a intenção da

Iveco que pleiteava para si a posição de pio-neira nesse ambiente, mas não tira o brilho da marca por investir na busca de novas soluções. A Ford, pelo visto, foi realmente a pioneira (até que surja outra reivindicando a posição) mas, numa comparação direta entre o que as duas fizeram em termos de sustent-abilidade, a conclusão é que a obra da Iveco Mercalf está um passo adiante. Pode-se con-cluir que a Ford Slaviero foi a pioneira, mas a Iveco Mercalf oferece um padrão ainda mais sustentável. Ganham a sociedade e o meio ambiente.

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Um final de noite, o cansaço, a monotonia de uma estrada ampla e longa. Existem muitas razões para um motorista ficar sonolento ao volante. Independente-mente da causa, as consequências podem ser devastadoras. A proporção de aciden-tes causados pelo cansaço dos condutores varia de um estudo para outro, mas nor-malmente gira entre 15% e 60%. As pes-quisas também mostram que este tipo de acidente é muitas vezes mais grave do que as colisões causadas por outros fatores, já que os tempos de reação são retardados. “Está comprovado que dirigir cansado é tão perigoso quanto dirigir com álcool no sangue”, diz Torbjörn Åkerstedt, pesquisador do sono e professor do Karo-linska Institutet e da Universidade de Es-tocolmo, na Suécia, país sede mundial do Grupo Volvo. Em seus estudos, o professor Åk-erstedt coloca pessoas cansadas em um simulador de condução de veículo para es-tudar como elas reagem ao volante. Muitos dos participantes do teste, após sentirem os primeiros sintomas clássicos de cansaço, como pálpebras pesadas e bocejos, entram no que é conhecido como um microssono, situação em que cochilam por alguns se-gundos, muitas vezes sem perceber. Para manter a atenção do motoris-ta e alertá-lo sobre a necessidade de parar para descansar, a Volvo Trucks desen-volveu o Detector de Atenção (DAS), um sistema baseado em sensores que detectam quando o condutor está saindo do curso normal, mudando a direção do veículo. Se o motorista mostra sintomas de cansaço,

tais como a condução errática ou irregular, o sistema envia um aviso sonoro e um si-nal visual.

Prevenção “O sistema é invisível caso se es-teja dirigindo bem”, explica Peter Kron-berg, que liderou o desenvolvimento téc-nico dos DAS para os caminhões Volvo. “Não é algo que irá exigir sua atenção ou distraí-lo desnecessariamente enquanto estiver na estrada. Quando o sistema faz o alerta, é por uma razão muito boa. É para avisá-lo que é um perigo na estrada e que está na hora de você fazer algo a respeito”. A capacidade de condução é afe-tada de várias maneiras, além das conse-quências óbvias de cair realmente no sono. “Você raciocina mais lentamente, demora mais para se lembrar das coisas, tem mais dificuldade para aprender coisas novas e responde mais lentamente a estímulos simples”, diz Åkerstedt. “As investigações também mostraram que se perde o controle sobre as emoções. Ser emocionalmente instável não é uma característica positiva quando se está atrás do volante, pois preju-dica o seu julgamento”, relata o professor.

Motoristas em foco Um estudo do Comitê Sueco de Segurança do Transporte revelou que 52% dos acidentes envolvendo caminhões pesa-dos estavam relacionados à fadiga, e que, em quase 18% dos casos, o motorista ad-mitiu ter adormecido. Uma pesquisa sobre fadiga realizada em 2009 pela Rede Eu-ropeia de Segurança (European SafetyNet Fatigue) revelou que 60% dos condutores de veículos pesados pesquisados tiveram

momentos de sonolência ao volante. Já um estudo finlandês revelou que motoristas de caminhão têm menos probab-ilidade de adormecer ao volante que outros motoristas, além de estarem envolvidos em menos acidentes por quilômetro percorrido. Porém, devido a grande quantidade de tem-po que passam dirigindo, eles são um grupo importante para ser examinado. O motorista de longo curso dor-me, em média, 4,6 noites por semana na cabine do caminhão, segundo pesquisas realizadas pela Volvo Trucks. E quando a empresa pediu para os 2.200 motoris-tas que participaram da pesquisa priorizar quinze parâmetros diferentes na cabine, no topo da lista apareceu descanso e conforto para dormir.

Os males que o sono provoca nos motoristas

P E R I G O S D O S O N O

Pesquisas indicam que sentir sono no volante é tãoperigoso quanto dirigir alcoolizado. Para atenuar este grave problema e contribuir com a segurança rodoviária, a Volvo está investindo em projetos e tecnologias que auxiliam os motoristas a ficarem acordados, alertas e no controle• Da [email protected]

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Acima, o motor de 12, 7 litros, cuja robustez foi mantida com o aumento da potência em cerca de 20cv emcomparação à linha anterior. Ao lado e abaixo, imagens do motor de 9,3 litros, que será usado nos chassis de veículos mais leves. Esse motor também ganhou 20cv

“Um bom ambiente para o mo-torista é uma das marcas registradas da Volvo e diz muito sobre um dos nossos va-lores fundamentais: a segurança”, explica Carl Johan Almqvist, diretor de Tráfego e Segurança de Produto da Volvo Trucks. “Um ambiente mal projetado resulta numa menor segurança na estrada, mas um mo-torista cansado porque dormiu mal é, na verdade, ainda pior”, observa. Para que o motorista durma me-lhor e se mantenha mais atento ao volante no dia seguinte, a Volvo redesenhou toda a área de beliche das cabines de seus camin-hões. As camas são ajustáveis e há op-ções de colchões com diferentes tipos de revestimento e de maciez e firmeza para atender as preferências individuais.

• O corpo humano tem um ritmo biológico natural que faz com que queira dormirdurante a noite. Como resultado, a qualidade do sono é pior quando você dormedurante o dia.• O cansaço é maior entre às 4h e 6h da manhã.• Cansaço excessivo durante o dia pode decorrer de exaustão frequente, devido aotrabalho por turnos ou ao sono insuficiente.• Consulte um médico caso suspeite que existam causas patológicas para suasonolência diurna.• Estudos demonstram que é possível armazenar o sono. Obter um bom descanso antes de partir para uma longa viagem é uma boa ideia.• Um condutor cansado reage mais lentamente e leva mais tempo para detectar perigos que se aproximam, como obras nas estradas e passagens de nível.• O cansaço prejudica tanto a sua capacidade de processar informação, como a suafunção de memória de curto prazo.

A CIÊNCIA DO SONO

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Diadema: o início e o fim da ETCD No dia 8 de dezembro passado a ci-dade de Diadema completou 52 anos, e para quem não sabia e para quem nunca andou de ônibus municipais em Diadema, vamos con-ferir um pouco dessa história da ETCD. Antigamente quem dominava o transporte municipal eram as viações Diade-ma e Imigrantes, ambos dos mesmos donos. Mas na época, apesar de extremas reclama-ções sobre péssimos serviços no período em que as empresas foram compradas pelo grupo Constantino, o então prefeito Gilson Mene-zes, na época pelo PT e hoje vice-prefeito da cidade, resolveu estatizar o transporte mu-nicipal, criando a ETCD - Empresa de Trans-portes Coletivos de Diadema. A ETCD foi uma empresa estatal criada em 1986. No início, foram compra-dos 30 Caio Amélia para renovar cerca de metade da frota. As numerações da época eram de três dígitos, começando do número 001. A partir do carro 031 eram preenchi-dos por modelos da Condor e Ciferal e, em seguida, por Caio Gabriela, até o prefixo 055 (talvez 056). Em 1987 e 1988 não havia nenhu-ma compra, mas como o Partido dos Trab-alhadores da cidade estava antenado com as intervenções de viações na capital paulista, o governo de Luiza Erundina do PT recebeu vários coletivos da Viação Bandeirante e re-passou para a CMTC e para as outras pre-feituras que também são do mesmo partido, entre eles para a cidade de Diadema. No início rodavam alguns Amélias e Gabrielas, mas parte deles foram devolvidos. Sobraram o Amélia 84 de prefixo 057 (lembram?), o Amélia 86 de prefixo 059 e o único Gabriela II importado da Bandeirante, de prefixo 068. Depois apareceram os 11 Amélias, talvez re-encarroçados, que vieram da Viação Bandeirante quando encampados pela CMTC no começo de 1989. Lembro muito deles. Eram numerados entre prefixos 069 e 079. Mas o problema lá é que nenhum busólogo de Diadema lembra do 069, acha que os pre-fixos começam do 070 e ainda insistem. Mas como eu estudei em Diadema no começo dos anos 1990, achava o ‘069’ como se fosse um mosca branca, um mesmo modelo dos outros mas que começava do 06! E nestes Amélias, veio de brinde o Vitória com prefixo 080, que no início ficou cerca de um mês na pintura saia-blusa da Viação Bandeirante para depois ser pintada nas cores branco-azul da ETCD. Já em 1990, no governo José Au-gusto, vieram mais 12 Caio Vitória novos, do 081 ao 092 (renumerados três anos depois para 10001 a 10012). Ano seguinte, veio 5 Ciferal Alvorada ano 1987 usados da cidade

de Sorocaba. Com a entrada da gestão Filippi, o ano de 1993 foi muito especial para a cidade de Diadema. Em um feriado de 7 de setem-bro, a população ganhou no início 25 ônibus Mafersa M-210, marcando o início dos ôni-bus Padron na cidade. Meses depois, apa-receram mais 14 ou 15 Mafersas usados de inúmeras empresas. Em 1997, com a volta de Gilson Menezes, agora pelo PSB, a ETCD só con-seguiu comprar 7 ônibus novos, os Caio Al-pha de prefixos 40001 a 40007, tal que os prefixos iniciais batem com o número do par-tido. Anos mais tarde apareceram uma chuva de ônibus usados, como os Vitórias de vidros fumê ex-RJ e ex-Trindade/GO e alguns Cif-eral GLS. Voltando ao ano de 2003, com a volta do prefeito Filippi, vieram 54 veículos Padron novos (os Caio Apache S21 sob chas-si VW 17-240 OT). O então prefeito adorava ônibus Padron e repetiu a façanha de 1993 comprando o modelo que se aproximou mais daqueles Mafersa. E depois foram somente pouquíssimos investimentos, algumas com-

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

Bruno G. Taubert

FIM DA LINHA • Ônibus da ETCD em seus últimos dias de operação em Diademapras de micros e midis. E no último dia 25 de novembro de 2011, os 50 Apache S21 restantes deram adeus à empresa. Atualmente encontra-se no setor 04 da garagem da Imigrantes, localizada no final da rua Álvares Fagundes (paralela com a Cupecê) esquina com a rua Rio Grande do Sul no bairro de Americanópolis, na ci-dade de São Paulo. Mas por que naquela época prefeitu-ras, não só Diadema, preferiram ter sua frota própria? Como eles tinham uma visão social-ista, eles não queriam que empresários tomem conta de diversas linhas de ônibus visando somente o lucro sem dar atenção à frota. Era a prefeitura que bancava, geria e fiscalizava. Só que anos depois chegou um tempo que não só empresas estatais de Diadema como São Bernardo do Campo, Santo André, Barueri e outras se afundavam em dívidas. Pensaram melhor e devolveram o controle do funciona-mento das linhas municipais para empresas particulares. Na última edição do ano falarei das minhas relações e paixões com ônibus nos anos 1980.

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RIO • Corredor BRS da Rua Barata Ribeiro, em Copacabana (a esquerda, placa indicativa da saída a direita da Rua Bolívar); abaixo, foto do NeoBus Mega da Braso Lisboa na linha 474 Jardim Alah via BRS2, no itinerário

Os BRS... A implantação de corredores BRTs nas grandes cidades requer um grande inves-timento em termos de estrutura viária e de planejamento urbano. E exatamente o fator custo é que emperra os investimentos. De-sapropriações em locais com grande valor imobiliário encarecem muito o custo das ob-ras. Face a esta realidade, os engenheiros de transporte tem de apelar para a criatividade e a velhas soluções para melhorar a eficiência do transporte público por ônibus. Às vésperas de dois grandes eventos – a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 – a cidade do Rio de Janeiro vêm in-vestindo muito em mobilidade urbana. E, se não pode implantar BRTs em todos os locais, apelou para a criatividade e implantou uma velha idéia de uma maneira moderna e mais eficiente. Esse é o sistema batizado de BRS – Bus Rapid Service. Os corredores BRS são nada menos que faixas de ônibus a direita das vias. Até aí, nada novo, se comparado às que existiram em cidades como São Paulo – hoje ainda ex-istem alguns, mas na maioria dos casos, func-ionam em horários de pico. O que inovou foi a configuração e a preocupação em aumentar a eficiência desse corredor. O primeiro corredor BRS foi im-plantado nas Avenidas Nossa Senhora de Copacabana e Barata Ribeiro, na região de Copacabana. As duas vias são paralelas e têm sentidos opostos. Nessas vias, duas das quatro faixas da via são destinadas exclusivamente ao corredor de ônibus durante a semana, das 5h às 21h, sábados das 6h às 14h e livre a todos os veículos aos domingos e feriados. Nos corredores BRS cariocas, a primeira da direita é a faixa de parada e a se-gunda à direita a de ultrapassagem e tráfego. Essas duas faixas são separadas das duas dos carros por uma faixa azul pintada no asfalto. Outra alteração no trafego des-sas vias foi o desmembramento dos ponto de parada de ônibus. Antes, todas as linhas paravam em todos os pontos. Nos corredores BRS, os pontos foram desmembrados em três paradas, agilizando o embarque e aumentan-do a capacidade de atendimento a passage-iros. Nesses corredores, além dos ôni-bus, são permitidos o trânsito de táxis com passageiros – e que podem desembarcar ou embarcar passageiros mesmo dentro do cor-redor –, de veículos que acessam as garagens dos prédios lindeiros à faixa do corredor e de veículos de passeio que farão a conversão na primeira via com mão a direita. Para fa-cilitar a vida dos motoristas, nos cruzamentos que antecedem vias com conversão a direita

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

foram instaladas placas com o nome da via e indicando que ela converterá a direita. Desta forma, o motorista vai tomar a decisão de ir para a faixa da direita rapidamente, sem cau-sar grandes transtornos ao transito no corre-dor. Outros detalhes: a implantação de tachões na divisão do corredor e das vias dos carros junto aos cruzamentos, evitando que veículos de passeio que querem converter a direita, fechem os ônibus logo em cima do semáforo; câmeras em toda a extensão do corredor, programadas para flagrar veículos que o invadam; e mapas e relação das linhas nas paradas de ônibus; indicação do número da parada não só no adesivo no para-brisa dos coletivos como também no itinerário ele-trônico dos mesmos. Ganhos – Segundo a Prefeitura do Rio, a implantação do Corredor BRS na região de Copacabana reduziu pela metade o tempo de percurso, com relação a quando não tinha o corredor. Tanto que outros corredores semelhantes foram instalados posteriormente

em Ipanema e Leblon, onde obtiveram os mesmos resultados. O próximo corredor BRS começará a funcionar a partir do dia 10 de dezembro, na região central da cidade. A expectativa é que haja uma melhora de 30% no fluxo de ôni-bus na região central. Segundo a Prefeitura, na região central a expectativa é menor jus-tamente pelo centro da cidade ser bem mais complicado que nos bairros. Este novo cor-redor terá 1,2km de extensão e ficará entre as avenidas Presidente Antônio Carlos e 1º de Março, no centro da capital fluminense. Os corredores BRS são a prova de que o transporte é algo dinâmico e que não existe necessariamente uma fórmula única de atendimento a passageiros. Cada cidade, distrito ou bairro tem suas peculiaridades e o sucesso ou não de um sistema de trans-porte depende da vontade do poder público em fazer um sistema que atenda a população daquela área de maneira eficiente. E a Pre-feitura do Rio está fazendo isso, e com baixo custo de implantação.

José Euvilásio Sales Bezerra

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N O V O L A Y O U T D A B A R R A M A R

A Barramar apresentou nesta sexta-feira, dia 9 de dezembro, mais um veículo com a nova identidade visual da empresa. O projeto de mudança do layout está em an-damento e alguns veículos receberam pintu-ras-piloto que estão sendo avaliadas para a definição do novo padrão a ser utilizado pela empresa a partir do ano que vem. O primeiro ônibus já está em opera-ção na linha 1355 – Estação Pirajá x Itapuã há cerca de um mês com o layout experimental. Esta semana, dois veículos voltaram às ruas com a nova pintura estampada na carroceria.

Uma nova identidade visual

Nova Pintura

Nova pintura foi elaborada pela equipe da DesignLösung, empresa responsável por vários outros sucessos• Franz [email protected]

NOVOS VEÍCULOS • Além do elevador para cadeirantes, os ônibus tem piso Taraflex

A pintura da empresa, desenvolvida por Hélio Carlos e equipe da Design Lösung (empresa baiana responsável pela mudança de identidade visual das empresas Bomfim, Voyage, Cidade Histórica e outras), traz cores diferentes, além de um desenho arrojado e moderno, de contornos simples e marcantes. Para a Barramar, foram estudados tons de verde não tão comuns e buscou-se uma união entre eles através de eixos em tom de cinza metalizado para simbolizar os “cruzamentos das vias e avenidas”. Algumas diferenças podem ser notadas entre o primeiro veículo repintado e os últimos dois: a empresa está ainda em busca de um “encaixe perfeito” en-tre os elementos que compõem seu novo pa-drão. A pintura utilizada nestes três primeiros veículos ainda pode ser alterada até a chegada do primeiro lote de ônibus novos na frota, no começo do próximo ano. Junto com o lançamento da identi-

dade visual, a Barramar vem com uma nova logomarca, mais moderna e com elementos estilizados que representam o Farol da Barra e as ondas do mar, inspiração do nome da em-presa e elementos marcantes da paisagem de Salvador. A Barramar já reservou parte do seu orçamento de 2012 para a utilização exclu-siva em pintura e repintura de seus veículos e o investimento deve ser reconhecido, já que a empresa optou por inovar em algo que grande parte das operadoras do transporte público da capital baiana têm deixado de lado nos últi-mos tempos: a sua identidade visual, a sua marca e a relação destas com os usuários. Junto com o investimento no seu novo layout, a Barramar está concluindo suas negociações com fabricantes de chassis e car-rocerias e irá trazer logo no começo de 2012 onze novos veículos para inaugurar oficial-mente sua nova pintura, de muito bom gosto.

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S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

EM MOGI DAS CRUZESOs amigos e colecionadores Wesley Araújo, Luciano Roncolato e Tiago de Grande em um dos ônibus da Mito em um dos seus últimos dias de operação na cidade do Alto Tietê.

Pesquisa da Semana

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A sua cidade, se foi escolhida sede, já deu início às obras de mobilidade para a Copa 2014? VISITE:www.portalinterbuss.com.br/revistaE VOTE!

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22 de Janeiro de 2009

TÁ CHEGANDO A HORA!

Esta época é a de maior movimento nas rodoviárias de todo o Brasil. Na foto, feita em 22 de dezembro de 2006, ônibus saem desordenados da antiga rodoviária de Campinas, que estava superlotada e com movimento bem acima da sua capacidade. No feriado de natal ocorre o maior movimento do ano.

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11/12/11 • REVISTAINTERBUSS24

KEVIN WILLIANNeobus Mega 2000 MBB OH-1621LE • VAP

A S F O T O S D A S E M A N A

ADRIANO MINERVINOCaio Apache Vip II MBB OF-1722 • Vila Isabel

GEAN BRITOMarcopolo Torino 1999 Volksbus 17 210 EOD • Autotrans

RODRIGO LOPESCaio Top Bus PB Volvo B9Salf • Campo Belo

MATHEUS NOVACKIMarcopolo Paradiso G7 1050 MBB O-500RS • Cometa

AILTON FLORÊNCIOCaio Mondego HA MBB O-500UA • Mercedes-Benz do Brasil

Ônibus Brasil • www.onibusbrasil.com

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REVISTAINTERBUSS • 11/12/11 25

SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

PAULO ERNESTOMarcopolo Paradiso G7 1200 Scania K380 • Transbrasiliana

DOMINGOS JUNIOR - POR VITOR OTAVIO DO CARMO -COMUNIDADE MERCEDES-BENZMarcopolo Torino 1999 MBB OF-1721 • Bangu

GUSTAVO CÉSAR ÁVILA E SILVAComil Svelto MBB OF-1722 • Univale

DALMO PEREIRA DA COSTACaio Millennium Scania K270 • Metra

AISLAN NASCIMENTONeobus Mega 2000 MBB OH-1621LE • Circular Santa Luzia

DIVULGAÇÃO FÁBIO VARGAS - COMUNIDADE VOLVONovo Articulado Volvo sueco • Volvo

Facebook • Fotos postadas nas comunidades

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11/12/11 • REVISTAINTERBUSS26

CONCORRÊNCIA • Só a Itapemirim, num levantamento realizado pela própria empresa, calcula perdas de R$ 96 milhões ano pela “concorrência desleal” com os ônibus piratas que não seguemmanutenções rigorosas, não pagam seguros e nem impostos, o que compromete a economia

Edital da ANTT deve sair na próxima semana

Mesmo com a representação da Abrati - Associação Brasileiras das Empresas de Trans-porte Terrestre de Passageiros no TCU (Tribu-nal de Contas da União) contra a licitação das linhas de ônibus interestaduais e internacionais promovida pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o órgão deve publicar o edital na próxima semana. A informação é do DCI - Diário do Comércio e da Indústria. O fato, no entanto, não garante que a licitação deva ser concluída. A ANTT tenta organizar o sistema desde 2008, quando houve o primeiro anúncio de licitação. Na época, por erros em relação ao dimensionamento do sistema e por oposição das empresas de ônibus, a concorrência pública aca-bou não sendo realizada. E os desentendimentos entre empresas e poder público continuam. A maior parte do sistema funciona de forma in-constitucional, por permissões precárias de ser-viços. Desde 1988, a Constituição obriga que os serviços como de transportes sejam regidos por contratos de concessão, que são mais longos e ao mesmo tempo mais rigorosos. Mas as empre-sas de ônibus dizem que do jeito que é colocado este edital da ANTT, o sistema de transportes rodoviários pode ser até “destruído”. São vários os pontos que Governo e empresas de ônibus não se entendem. Um deles é em relação ao dimensionamento da frota. Para as 1967 linhas que serão licitadas, a ANTT calcula uma frota de 6 mil 152 ônibus como suficiente e mais 639 ônibus reserva. As empresas dizem que o número é insuficiente, que hoje está em cerca de 14 mil ônibus segundo as empresas. A ANTT contesta estes números dizen-do que as empresas contabilizam entre estes 14 mil ônibus, veículos de fretamento ou frota ex-tra que só é usada em períodos de alta demanda, como férias e feriados prolongados. As empresas, por sua vez, dizem que é justamente nas altas temporadas que o sistema pode entrar em colapso. Isso porque, alegam que a frota proposta pela ANTT, não será nem sufici-ente para os dias normais, quanto mais em dias de maior movimentação de passageiros. Com a menor oferta de ônibus, as em-presas dizem que mais pessoas vão migrar para outros meios de transporte. Neste ano, a deman-da de passageiros de avião e de ônibus interestad-uais ou internacionais com trajeto acima de 75 quilômetros de extensão acabou se igualando. A ANTT afirmou que o número foi calculado por especialistas e que a frota vai ser suficiente. As empresas de ônibus calculam que, pela diminuição da frota, pode haver perda de 10 mil postos de trabalho. Ao DCI, o diretor comercial da Itape-

mirim, José Valmir Casagrande, disse que o sistema e transportes é fruto de décadas de dedi-cação dos empresários: “As empresas atuais criaram as estruturas que hoje servem ao trans-porte rodoviário. Fizemos grandes investimentos nos últimos 70 anos” A ANTT quer dividir o sistema em 18 grupos formados por 60 lotes. Pelos cálculos da Agência, haverá redução de tarifa em 51 destes lotes. As empre-sas terão de operar por subsídios cruzados. Ou seja, quem assumir linhas de alta lucratividade, deve operar as de menor demanda, mas que têm importância de integração social e regional. Se-gundo a ANTT, o objetivo é equilibrar melhor o sistema,evitando que algumas empresas ten-ham apenas linhas boas enquanto outras acabem prestando maus serviços por operarem em rotas com pouco retorno financeiro. Em linhas de alta demanda, como São Paulo - Rio de Janeiro, o número de viações concorrendo deve aumentar. Este é outro ponto criticado pelas em-presas que dizem que o problema não é a con-corrência em si. Mas, segundo elas, pelo número maior de empresas em algumas linhas, a viabili-dade econômica de cada uma delas pode ser re-duzida. Para isso,as viações criticam os cálculos de taxa de ocupação feitos a pedido da ANTT. Essa taxa chega a ser de 95% em alguns casos, como na linha Rio - São Paulo. Número que é considerado irreal para as empresas de ônibus.

PIRATARIA POUCO COMBATIDA As empresas de ônibus se queixam da perda da demanda de passageiros por causa dos transportes piratas. Pelo fato de os ônibus pira-

tas não terem a mesma qualidade de serviço, não seguirem obrigações em relação às manutenções e os donos não pagarem impostos, a concor-rência é desleal. Se o sistema tiver menos viabi-lidade econômica e maiores dificuldades, como preveem as empresas, a concorrência com os piratas pode ser mais desleal. A ANTT diz quer o sistema será viável economicamente e que combate juntamente com a Polícia Rodoviária (estaduais e Federal) os transportadores ilegais. O diretor comercial da Itapemirim, José Valmir Casagrande, relatou ao jornal cálcu-los aproximados do prejuízo gerado pela piratar-ia nos transportes: Já o senador Clésio Andrade, presidente da CNT - Confederação Nacional dos Transportes afirmou que a situação precária das estradas brasileiras impedem maior lucratividade e melhores serviços das empresas que gastam constantemente em manutenções e quebras pro-vocadas por problemas no viário. Só a Itapemirim revela perde cerca de R$ 96 milhões ao ano com a ação dos ônibus clandestinos. Enquanto isto, de janeiro a setem-bro só 1% das obras de transporte que fazem parte do PAC 2 foram concluídas. “Os números falam por si só”, afirma o senador Clésio Andrade, que também é presi-dente da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Segundo ele, das 42 licitações inicia-das pelo Departamento Nacional de Transporte (Dnit), 14 foram revogadas e 27 suspensas, res-tando apenas 1 em andamento. Além disso, com início da temporada das chuvas, a degradação da malha viária vai piorar.

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

Empresas de ônibus reclamam da redução no número da frota, da taxa de ocupação calculada pelaAgência e dizem que o sistema de ônibus rodoviário pode ser “destruído”

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