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Edição 11 | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2015 ESTADO AMERICANO ABRANGE ONZE INSTALAÇÕES PORTOS DA CALIFÓRNIA PROJETO BIO VIDA Escultura é colocada debaixo d'água IMBITUBA Porto recebe Curso Internacional CESPORTOS/SC Realiza confraternização

Revista Janeiro e Fevereiro de 2015

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Revista Inport Janeiro e Fevereiro de 2015

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Edição 11 | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2015

ESTADO AMERICANO ABRANGE ONZE INSTALAÇÕES PORTOS DA CALIFÓRNIA

PROJETO BIO VIDAEscultura é colocada debaixo d'água

IMBITUBAPorto recebe Curso Internacional

CESPORTOS/SCRealiza confraternização

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ÍNDICE Edição 11 | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2015

CONGRESSO10

ITAPOÁ16

PORTONAVE12Terminal é destaque no cenário nacional

TECNOLOGIA26Imbituba recebe equipamentosde CFTV

Paraná sediará Terminal finaliza ano com recorde internacionalo Evento em 2015

ACATMAR19

TECON IMBITUBA 20

Trabalhando pelo marde Santa Catarina em tecnologia

Investimentosno Paraná

AUDITORIAS24

SEGURANÇA28

Nos portos catarinenses Empresa aposta em inovação

JURÍDICO30O meio ambiente Associativismo

em dois modaisresultados

IMBITUBA18Porto recebe curso

LOG-IN 22Discute negócios

PORTOS PARANAENSES29Alta na movimentação

JURÍDICO31

RIO GRANDE32Porto realiza Plano Turístico dos Molhes da Barrano setor portuário no Setor Portuário

SÃO FRANCISCO CESPORTOS/SCTESC40 4442Porto apresenta bons Realiza confraternizaçãoCrescimento

Distribuição:Gratuita e dirigida

Diretora de Criação: Lívia [email protected]

Comercial: [email protected] 3052 2190 | 47 9998 0052

Diretora de Redação: Aline Araújo (DRT/SC 4048) [email protected]

EXPEDIENTE

Revista INPORT

Rua Augusto Severo, 541 - Centro Tubarão/SC - | 48 3052 2190

INTERNACIONAL46Conheça os Portos da Califórnia

O Transporte Marítimo de Mercadorias

Tribunal Marítimo e uma Nova Natureza

COLUNA

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INOVAÇÃO14CMO realiza audiência pública

PLANO SAFRA38SUPRG apresenta balanço

PROJETO BIO VIDA35Escultura é colocada debaixo d'água

Colaboraram com essa edição as assessorias dos portos de São Francisco do Sul, Paranaguá, Rio Grande e dos terminais TESC, Portonave e Itapoá. Também da Log-In e CMO.

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Edição 11 | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2015

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EDITORIAL

O ano mal começou, mas a pergunta que não quer calar é como encaminhará os inúmeros desafios que o setor portuário deve enfrentar esse ano. Para isso, discussões são realizadas a todo o momento. Em uma delas foi realizado um Congresso Nacional que discutiu vários temas atuais do setor como a Nova Lei dos Portos e o Projeto do Novo Código Comercial Brasileiro. O Evento que foi realizado em São Paulo, ano que vem terá a cidade de Curitiba (PR) como palco.

Além dessa notícia, a Inport quer começar o ano de 2015 com o pé direito. Por isso, preparamos uma reportagem especial sobre o Projeto Bio Vida II. Com a proposta de trazer ações conscientes que nos fazem refletir sobre a preservação ambiental no universo náutico, o Projeto colocou no fundo do mar uma escultura do artista Pita Camargo.

Além de arte, a Inport traz mais conhecimento através das viagens realizadas por nossos parceiros. Dessa vez, a Advogada Milene Zerek foi

aos Estados Unidos mostrar os maiores portos do País. Além disso, ela visitou museus e trouxe na bagagem muito mais do que apenas fotografias. E o melhor: dividiu isso tudo com a gente.

Vamos também trazer uma entrevista com o Coordenador da CESPORTOS/SC, Reinaldo Garcia Duarte, que fala sobre as Auditorias. Processo que consiste na verificação da adequação da Avaliação de Risco e do Plano de Segurança com o que estabeleceu o ISPS Code e as resoluções da CONPORTOS.

A Inport traz notícias dos Portos e Terminais do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além das áreas ligadas à segurança, tecnologia, recordes, inovação e investimento no setor. Tudo para que você possa ficar informado e se apaixonar, assim como nós, cada vez mais por esse mercado.

Por isso convidamos você a desfrutar dessa edição com a gente.

E OS DESAFIOS DO SETOR2015

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CONGRESSO

PARANÁ SEDIARÁ CONGRESSO

O Congresso Nacional de Direito Marítimo Portuário e Aduaneiro das Comissões da OAB terá um novo palco em 2015: a cidade de Curitiba sediará o Evento.

Nos dias 22 e 23 de outubro, foi realizado em Santos o Congresso Nacional de Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro das Comissões da OAB. Essa foi a terceira edição do Evento ocorreu na cidade de Santos. O evento discutiu vários temas atuais do setor como a Nova Lei dos Portos e o Projeto do Novo Código Comercial Brasileiro, que conterá um capítulo específico sobre Direito Comercial Marítimo.

Outros temas também fizeram parte da pauta como os Contratos de Afretamento, Limitação de Responsa-bilidade Civil do Transportador Marítimo, Eficácia das Decisões Proferidas pelo Tribunal Marítimo, Respon-sabilidade por Danos ao Meio Ambiente.

Mas a boa notícia para o Sul do País veio no dia 23, após a reunião conjunta das Comissões, que decidiu que a

próxima sede para o Evento será a cidade de Curitiba/PR. Os Representantes da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/PR, Melina Hidalgo e Laércio Cruz Uliana Júnior foram os incentivadores da ideia.

“Trouxemos na bagagem a sede do IV Congresso Nacional a ser realizado na Cidade de Curitiba e a responsabilidade de fazer um bom trabalho. E tenho certeza que faremos. É uma grande realização da OAB/PR trazer um Congresso como esse para o próximo ano para Curitiba”, diz Uliana Jr.

O Evento é de grande importância para os profissionais da área e acadêmicos, uma vez, que são discutidos os temas mais polêmicos da área, sendo marcado por grandes nomes nacionais que palestram sobre o tema.

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PORTOS E TERMINAIS

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NO CENÁRIO NACIONALPORTONAVE SE DESTACA

O Terminal Portuário é o único na lista das melhores empresas para se trabalhar no Brasil

O melhor porto para trabalhar no país, de acordo com a edição 2014 do Great Place To Work (GPTW), é de Santa Catarina. O Terminal Portuário de Navegantes atingiu nota suficiente para ser ranqueado no seleto grupo das melhores empresas para se trabalhar. Em Santa Catarina, somente 25 empresas constam na lista.

O GPTW tem como missão construir uma sociedade melhor, ajudando empresas a transformar seu ambiente de trabalho. Por meio de questionários distribuídos entre os funcionários com mais de três meses de trabalho nas empresas analisadas, são avaliados: Credibilidade; Respeito; Imparcialidade; Orgulho; Camaradagem. Os colaboradores são convidados a participar do questionário e a empresa respondente não tem acesso ao resultado até a divulgação pelo GPTW.

Em operação há sete anos, a Portonave conquistou esse posto por sua capacidade de fazer os colaboradores, como são chamados os funcionários, acreditarem que o Terminal é um projeto de todos e, mais do que isso, que trabalha para

fomentar o crescimento e desenvolvimento da região. A empresa se esforça para que o ambiente de trabalho seja agradável, de crescimento profissional e pessoal e estimula as boas ações.

A Portonave trouxe para a região de Navegantes uma nova mentalidade de fazer negócios, já bastante conhecida em outros países e nas grandes cidades brasileiras, mas ainda pouco aplicada em empresas de municípios menores: o triple bottom line, que baliza as ações das empresas com foco nas áreas social, ambiental e econômica.

“Somos navegantinos. Investimos aqui, acreditamos nas pessoas daqui e temos convicção de que o sucesso da Portonave só é completo com o desenvolvimento socioeconômico de Navegantes. Para isso, além da geração de emprego e renda, também desenvolvemos projetos sociais que buscam melhorar a qualidade de vida de toda a comunidade”, sustenta Osmari de Castilho Ribas, diretor-superintendente administrativo.

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O fato de ser uma empresa nova ajuda na manutenção do sentimento de pertencimento. Muitos colaboradores viram o primeiro navio atracar no Terminal, em outubro de 2007. E a empresa faz questão de reconhecer a dedicação e o comprometimento dos funcionários. “Todo ano, no mês de outubro, os colaboradores que completam cinco anos de casa têm o trabalho reconhecido. Este ano o coquetel de comemoração teve 144 homenageados”, enfatiza Castilho.

“As pessoas saem daqui no fim do dia com a certeza de que seu trabalho tem um sentido especial, que elas são importantes para essa estrutura enorme. Temos tecnologia e bons equipamentos, mas se não tivéssemos excelentes profissionais de nada isto adiantaria”, complementa o diretor-superintendente operacional, Renê Duarte.

Entre os projetos da Portonave que romperam as paredes do prédio administrativo da companhia, no Bairro São Domingos, em Navegantes, está o de reciclagem de lixo. Como a cidade não tem coleta seletiva, a Portonave instalou diversas centrais de recebimento de resíduos recicláveis e perigosos em Navegantes. O Terminal mantém convênios com empresas de reciclagem e destinação final adequada dos resíduos perigosos. Desde o início do projeto, em 2011, mais de 47 mil quilos de resíduos foram destinados à reciclagem.

O Terminal também atua fortemente na área social. Entre os programas apoiados pela Portonave está o Contém Cultura, um espaço para aulas gratuitas de dança, canto coral, artes visuais, teatro e ações de incentivo à leitura que registrou mais de 30 mil atendimentos em quase três anos. Outra ação voltada para a educação e cidadania é o Projeto Onda: Por um mundo melhor, com aulas semanais para alunos da rede pública entre 6 e 10 anos sobre temas do cotidiano, como respeito e honestidade. São mais de 40 colaboradores voluntários que participam do projeto.

Todas essas ações são narradas com orgulho pelos funcionários. A advogada Gabriela Jatobá é uma das pessoas que ainda lembra do empenho e dedicação dos funcionários que se uniram para ajudar os moradores das casas atingidas pela enchente que castigou a região em 2008. “Os colaboradores foram até as casas mais atingidas pelas águas para carregar móveis e tentar salvar tudo o que podiam dos colegas”, recorda.

As certificações também são citadas com orgulho. A Portonave foi o primeiro Terminal Portuário brasileiro que recebeu o ISPS Code, código internacional de segurança em instalações portuárias e embarcações. A empresa conta ainda com a ISO 9001 e 14001.

ENGAJAMENTO

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INOVAÇÃO

CMO REALIZA AUDIÊNCIA PÚBLICA EM SÃO FRANCISCO DO SUL

A empresa apresenta projeto de estaleiro inovador para a população

A CMO Construção e Montagem Offshore S.A., empresa do grupo Construcap, apresentou à comunidade em audiência pública na cidade de São Francisco do Sul o projeto do seu estaleiro. O evento, promovido pela Fatma (Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina), terá a mesa composta por José Pedro Mota (Presidente), Jaime Martins (Diretor) e Candice Frankel (Diretora) por parte da CMO, bem como Alexandre Waltrick Rates (Presidente), Ivana Becker (Diretora de Licenciamento) e Daniel Vinicius Netto (Gerente de Avaliação de Impacto Ambiental), por parte da Fatma. No encontro a empresa apresentou o empreendimento e tirou as dúvidas dos moradores sobre o estaleiro, projetado de forma inovadora para a construção e integração de módulos a plataformas, estruturas modulares de produção onshore e offshore, reparo e

manutenção de embarcações. O empreendimento é orçado em aproximadamente R$650 milhões e projetado para ocupar 500 mil m2 de área construída junto à Baía Babitonga.

O Estaleiro CMO prevê gerar cerca de 2,5 mil empregos diretos em sua operação, priorizando a contratação e capacitação de mão de obra local, a fim de inserir São Francisco do Sul e sua comunidade no desenvolvimento gerado pelo processo de exploração de petróleo e gás no Brasil. Para a estruturação do desenvolvimento da mão de obra local, o Estaleiro CMO já firmou em 18 de novembro convênio com a Univille e pretende firmar acordos com outras instituições de ensino locais. Essas parcerias envolverão o desenvolvimento de mão de obra tanto para treinamento quanto para um programa detrainee, para recém-formados.

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A CMO, do grupo Construcap, é uma empresa voltada para o desenvolvimento de soluções eficientes e modernas que atendam às necessidades dos setores offshore e onshore naval, nacional e internacional. A empresa foi criada em 2011 para atender a alta demanda do setor de petróleo e gás por novas embarcações, plataformas e equipamentos, em âmbito nacional e internacional. Com escritório no Rio de Janeiro e estaleiro em fase de licenciamento em São Francisco do Sul, Santa Catarina, a CMO tem o compromisso de realizar projetos inovadores e sustentáveis, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico do país.

A audiência pública faz parte do processo de licenciamento ambiental do estaleiro. Depois do

evento, a Fatma (Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina) terá até 90 dias para emitir um parecer e decidir pela emissão da LAP (Licença

Ambiental Prévia).

A CMO

O projeto do Estaleiro CMO foi desenvolvido de forma inovadora, buscando ser o estaleiro mais sustentável da América Latina e pensando em todos os detalhes para São Francisco do Sul e para a Baía Babitonga, com a maior preservação possível.

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PORTOS E TERMINAIS

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RECORDE EM ITAPOÁPorto Itapoá �naliza o ano com produtividade recorde na movimentação

de contêineres. A média no mês de novembro foi de 93 MPH

De acordo com os índices do mercado, onde cada terminal divulga seus MPH – Movimentos Por Hora –, ao fim de cada operação de navio, o Porto Itapoá alcançou as melhores médias mensais de produtividade em 2014 na região Sul. Segundo divulgação dos portos do Sul do País a média recorde alcançada em Novembro havia sido de 92 MPH. No entanto, o Porto Itapoá alcançou a marca de 93,0 MPH em Novembro e em Maio também já havia atingido 92,5 MPH.

O ano de 2014 no Porto Itapoá foi ser marcado pela alta performance e agilidade operacional, com uma produ-

tividade média de 85 MPH. Em comparação com os principais terminais do mundo (Los Angeles, Nova York, Roterdã, Hamburgo, Dubai, Cingapura, Hong Kong e Shangai), o Terminal catarinense se torna um dos mais ágeis do planeta.

Atuando com quatro portêineres – enquanto a maior parte dos portos brasileiros possui de 6 a 10 guindastes – o Porto Itapoá opera uma média de 50 navios mensalmente e movimenta em torno de 25 mil contêineres por mês (cerca de 40 mil TEUS). Os resultados alcançados em termos de produtividade torna os índices de MPH de Itapoá ainda mais relevantes.

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PORTOS E TERMINAIS

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FINANÇAS PORTUÁRIASCurso internacional é realizado em Imbituba/SC

Desenvolver alternativas para driblar a crise e administrar as finanças portuárias foi o objetivo do seminário que aconteceu em Imbituba. Tendo como anfitriã a SC Par Porto de Imbituba, o evento realizado pela Secretaria Especial de Portos - SEP em parceria com o Centro de Treinamento do Porto de Antuérpia (APEC), na Bélgica, trouxe a expertise do Cônsul Geral Dr. Walter Van Mulders para profissionais que atuam no trade em todo o Brasil.

A parceria foi através de um acordo de Cooperação Técnica, com a finalidade de capacitar os trabalhadores portuários brasileiros, com o oferecimento de cursos nas áreas de gestão, infraestrutura e obras portuárias. O treinamento é feito por professores belgas da APEC que estão no Brasil para disseminar, de maneira mais ampla em todo o País, as melhores práticas do setor portuário mundial. O treinamento foi ministrado em cinco dias úteis e conduzido em inglês.

“O objetivo é compartilhar com a comunidade local nossa experiência como autoridade portuária no Porto da Antuérpia, além também de mostrar onde erramos, para que não errem também. Discutiremos os principais desafios da gestão f inanceira fazendo uma boa gestão dos recursos, economizando e melhorando operações, pois dentro de um cenário de crise global, os desafios são de todos nós, em todos os portos do mundo”, afirma Mulders.

O presidente da SC Par Porto de Imbituba, Luiz Rogério Pupo Gonçalves, afirma que desde o início da administração está trabalhando em um processo de aperfeiçoamento profissional. “Esta oportunidade que a SEP nos estendeu produz conhecimento local e ajuda a todos os profissionais o que é que extremamente benéfico para a operação do porto, mas para toda a cidade, por estar recebendo uma das melhores escolas da área portuária.”

“Melhorar um porto é sempre um desafio, justamente por conta de todo o trabalho envolvido. Mas trata-se de uma cadeia: a

partir da melhora da infraestrutura, a economia também melhora”, conclui Mulders.

Os cursos já passaram por Santos, falando de Gestão Portuária; Vitória, com Aspectos Comerciais; Ceará, sobre Serviços Portuários e está em Imbituba. Em 2015 será realizado no Pará, com o tema Navegação de Interiores e Salvador, com Infraestrutura Portuária.

Foto: Emanuelle Querino

Foto: Emanuelle Querino

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TRABALHANDO PELO NOSSO MARPor Mané FerrariPresidente da Acatmar

O ano de 2014 foi de grandes realizações para o setor náutico catarinense, mas neste espaço vou dedicar atenção especial às ações que realizamos no mês de dezembro em benefício ao mergulho em Santa Catarina.

A Acatmar - Associação Náutica Catarinense para o Brasil- foi uma das entidades apoiadoras da instalação de uma escultura do artista catarinense Pita Camargo no fundo do mar. O afundamento da obra “BioVida II” foi realizado na localidade do Saco do Capim, na Ilha do Arvoredo. Com esta ação tivemos o propósito de chamar a atenção para a preservação das ilhas que compõem o arquipélago de Santa Catarina e o cuidado com o nosso mar.

Mas as nossas ações não param por aí. Recentemente lançamos um aplicativo inovador: o Mergulho SC. A ferramenta é totalmente voltada à promoção de produtos de mergulho no litoral e os

usuários terão acesso a uma lista de escolas, empresas e pontos de mergulho no estado.

A elaboração do aplicativo é a primeira de uma série de ações para divulgar os atrativos náuticos do estado e faz parte do nosso planejamento 2014-2018 à frente do Grupo de Trabalho de Turismo Náutico da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte.

A criação do aplicativo foi viabilizada com o apoio do Sebrae/SC e Acatmar, além das prefeituras de Florianópolis, Porto Belo, São Francisco do Sul, Itajaí e Bombinhas. Para quem tiver interesse, o download do aplicativo pode ser feito pelo site www.marcatarina.com.br\mergulho

Que em 2015 tenhamos mais inovações para o setor náutico e que Santa Catarina e o resto do Brasil voltem-se cada vez mais de frente para o nosso mar.

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PORTOS E TERMINAIS

TECON IMBITUBA E A SEGURANÇA PORTUÁRIA

Investir em Segurança Portuária, mais do que uma exigência, é um diferencial para os Portos e Terminais do Estado. O Tecon Imbituba, operado pela empresa Santos Brasil, por exemplo, afirma que o investimento em Segurança amplia a confiança dos clientes na qualidade da prestação de serviços. Para o Gerente-executivo da Santos Brasil em Imbituba, Paulo Pegas, todas ações em prol da Segurança garantem que a carga do cliente chegue até o destino e que, nesse processo, os riscos de avarias sejam os menores, “assim, a integridade física dos funcionários envolvidos é preservada e também são atendidas as exigências governamentais e dos órgãos reguladores, como previsto no ISPS Code. Por isso, tanto para as companhias importadoras, exportadoras quanto para os armadores, a garantia de segurança é um fator que influencia a escolha do fornecedor”, afirma Pegas.

Para o Tecon Imbituba, ao seguir as recomendações do ISPS Code há uma melhora no controle da movimentação de pessoas, veículos e cargas que entram e saem do terminal, contribuindo com a segurança de toda a operação. “Além disso, por seguirmos exigências internacionais, clientes e profissionais estrangeiros que visitam o terminal já conhecem os procedimentos de segurança. A adoção ao ISPS Code coloca a empresa em patamares similares aos principais portos do mundo, em relação às melhores práticas em gestão de segurança, o que é comprovado por meio da certificação atestada internacio nalmente”, diz Pegas.

Desde 2008, quando foi adquirido pela Santos Brasil, o Tecon Imbituba recebeu investimentos de cerca de R$ 520 milhões em expansão, renovação de materiais e aquisição de equipamentos para áreas distintas, incluindo segurança patrimonial e segurança do trabalho.Hoje o Tecon Imbituba mantém um Plano de Segurança, seguindo o ISPS Code, que prevê os procedimentos para controle da movimentação de pessoas, veículos e cargas, a segurança de área e a interface com navios. Estrutu-ralmente, possui postos de vigilância 24 horas por dia e um sistema de CFTV que pode ser controlado por Imbituba e pelo terminal que a Santos Brasil opera em Guarujá (SP), o Tecon Santos. Além disso, o terminal catarinense conta com um scanner de alta tecnologia para inspeção de contêineres, cujo raio-x penetra até 300 milímetros de aço, o que possibilita verificar o conteúdo dos contêineres sem abri-los. Os caminhões carregados passam pelo scanner em velocidade baixa e, em apenas 30 segundos, as imagens são captadas, armazenadas e colocadas à disposição da Receita Federal.Para Paulo Pegas, a expectativa futura é ampliar e atualizar o sistema de CFTV. “Hoje, trabalhamos com imagens analógicas gravadas digitalmente, em storage, com ótima qualidade. Mas prevemos mudar todo o sistema para câmera IP (Internet Protocol), que pode ser acessado e controlado por qualquer rede IP, como LAN, Intranet ou Internet”, conclui.

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EVENTO

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LOG-IN PARTICIPA DE EVENTOS SOBRE NEGÓCIOS NO PARANÁ

Eventos fomentaram discussões para o fortalecimento das atividades comerciais e industriais do Estado e contou com a presença de especialistas em comércio internacional

Pouco conhecimento e, por outro lado, entusiasmo, são sentimentos que fazem parte do universo da cabotagem, o transporte de cargas realizado entre os portos ou cidades dentro de um mesmo país. A percepção partiu do gerente nacional de vendas da Log-In, Thiago Gonçalves, presente durante os dias 3 e 4 de dezembro, no 2º Fórum de Negócios Internacionais de Londrina e no 2º Ciclo de Workshops de Comércio Exterior, em Maringá, respectivamente. Os eventos debateram oportunidades de negócios na região do Paraná e contaram com palestras de como a cabotagem pode ser importante para a melhoria dos fluxos comerciais do Estado.

Um dos aspectos que chamou a atenção da Log-In foi o pouco conhecimento sobre a cabotagem, em que a maioria dos participantes não fazia ou não conhecia o modal. “Isso nos anima muito. Mostra o quanto o modal tem potencial de crescimento no Brasil e pode ser um diferencial competitivo para as empresas”, declarou Thiago.

No primeiro dia de evento, a Log-In participou com a palestra "A oportunidade da cabotagem para as empresas da região norte do Paraná", em que Thiago apresentou os motivos pelos quais as indústrias podem pensar na cabotagem como modal e os principais desafios dos armadores brasileiros para oferecer o serviço. “A cabotagem é uma alternativa economicamente viável para distâncias a partir de mil quilômetros e, dentre suas principais vantagens, temos a segurança quanto a furtos e roubos, realidade cada vez mais presente nas rodovias brasileiras. A cada 100 mil viagens rodoviárias no Brasil, temos 41,4 roubos de carga. Nos últimos dois anos (2012 e 2013), em aproximadamente 150.000 viagens, tivemos apenas sete casos de furtos ou roubos na cabotagem”, afirmou. Além do aspecto da alternativa econômica mais competitiva, a eficiência ambiental é um ponto muito importante. Excluindo-se o desmatamento da Amazônia e outros biomas, o setor de transportes é o principal responsável por emissões de CO2 no Brasil.

Para Thiago há falta de investimento nessa área. “Especificamente sobre os portos, uma maior oferta de serviços portuários de

qualidade acarretaria na redução dos gargalos e propiciaria aos operadores logísticos diminuir o prazo de entrega de produtos, desonerando o valor final do serviço", revela.

No Estado do Paraná, a Log-In está aumentando a sua participação e fazendo um trabalho de apresentar a cabotagem, mostrando como ela pode ser viável e rentável para as empresas. De acordo com especialistas da Log-In, o principal mito em relação ao modal se refere à burocracia em que esta parte recai somente para o armador e não para o cliente. Assim como no transporte rodoviário, basicamente o cliente só necessita da Nota Fiscal Eletrônica para efetivar um embarque de cabotagem, processo que leva apenas alguns minutos.

Entenda os principais benefícios da cabotagem

- Melhor custo-benefício;- Menor índice de roubos e avarias; - Racionalidade na aplicação dos recursos públicos (manutenção de estradas e custos como acidentes de trânsito);- Meio de transporte de carga que menos interfere no meio ambiente; - Chega a consumir 8 vezes menos combustível para mover a mesma quantidade de carga.

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Por que a Cabotagem ainda não é tão conhecida e praticada no País?

O modal tem mostrado um crescimento vigoroso e sustentável, entretanto ainda é desconhecido principalmente das pequenas e médias empresas - justamente aquelas que têm mais a ganhar com este modal - em grande parte pela falta de informação. Eventos de divulgação têm sido promovidos por nós da Log-In, por Terminais Portuários, Federações de Indústrias e outras entidades. Tais eventos são fundamentais para a melhor divulgação da cabotagem. Um dos mitos em relação ao modal, por exemplo, diz respeito à burocracia. É equivocado pensar que o cliente enfrenta uma burocracia grande quando opta pela cabotagem. Assim como no transporte rodoviário, basicamente o cliente só necessita da Nota Fiscal Eletrônica para efetivar um embarque, processo que leva apenas alguns minutos. Segundo estudo da ILOS, existem cerca de 6,5 containers transportados pelo modal rodoviário, que tem perfeita aderência à navegação. Este movimento permitirá a redução de custos logísticos da cadeia de transportes, e�ciência ambiental e segurança para as cargas e estradas. “É importante destacar que este movimento da expansão da cabotagem, não necessariamente, reduz a indústria rodoviária, pois será necessário o transporte dos portos para a distribuição �nal, somente adequando o transporte de longa distancia ao seu correto modal”, conclui Thiago.

Apesar do bom desempenho que vem apresentando, o setor enfrenta desa�os como

os gargalos nos portos, assimetria do preço do bunker em relação ao diesel que abastece os caminhões que se, superados, ampliariam ainda mais o crescimento. “Outro ponto é que

ainda vemos o tratamento das cargas de cabotagem com os mesmos processos e

sistemas das cargas do longo curso”, revela Thiago.

PRINCIPAIS DESAFIOS

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PORTOS E TERMINAISENTREVISTA

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Desde 1995, por força do Decreto 1507, o Brasil promoveu a sua estrutura de segurança portuária, porém, foi a partir dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, que, sob o comando da IMO, se estabeleceu um padrão internacional para a segurança portuária. Em 2002, com a instituição do ISPS Code, passou-se a exigir uma Certificação Internacio-nal, por meio da qual os países membros da IMO declaram para a comunidade internacional que sua instalações portuárias procederam os estudos de avaliação de riscos, elaboraram e implementaram os seus planos de segurança e também implantaram todo o sistema de segurança estabele-cido no ISPS Code. A cada três anos essas instalações portuárias devem ser submetidas a uma Auditoria pelas autoridades de segurança pública portuária – equipe formada por representantes das CESPORTOS e da ANTAQ, com supervisão da CONPORTOS - para que haja a revalidação dessa Certificação, sem a qual os Portos e Terminais não poderão continuar atuando no tráfego marítimo internacional.

No que consiste as auditorias?

Consiste na verificação da adequação da Avaliação de Risco e do Plano de Segurança com o que estabeleceu o ISPS Code e as resoluções da CONPORTOS, é o momento que uma Equipe de Auditores verifica se os procedimentos e os equipamentos de segurança estão em conformidade com as especificações e requisitos técnicos exigidos pelo ISPS Code e pelas demais regulamentações interna. Também é nesse processo que se faz a aferição da eficácia dos controles de acesso de pessoas, veículos e cargas estabelecidos no sistema de segurança da instalação portuária.

Como é a dinâmica da realização dessas auditorias?

A Auditoria se inicia com um semestre de antecedência, o momento em que ocorre a publicação do cronograma no Diário Oficial da União, igualmente também será publicada, com antecedência de 60 dias, a portaria de nomeação dos membros da Equipe Técnica de Auditoria. Na data definida no cronograma, inicia-se efetivamente a primeira etapa, quando em visita à instalação portuária, os auditores analisam todos os aspectos de segurança e verificam sua adequação com o estabelecido no ISPS Code e, caso haja não conformidades, essas serão apontadas num Parecer Técnico que será entrega ao representante legal da instalação portuária, mediante Notificação formal, para que em 90 dias faça o saneamento. Findo esse prazo, inicia-se a segunda etapa, em que os Auditores retornam à instalação portuária para verificarem o saneamento de todas as não conformidades apontadas e para a emissão do Relatório Final de Auditoria. Caso todas as não conformidades tenham sido saneadas a instalação portuária terá sua certificação revalidada, caso

REINALDO GARCIA DUARTE Coordenador da CESPORTOS/SC

AUDITORIAS NOS PORTOSCATARINENSES

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contrário, ela será autuada e multada em até R$1.000.000,00.

Quais portos/terminais foram auditados em 2014?

No ano de 2014 em Santa Catarina foram concluídas as Auditorias nos Portos de Itajaí e nos Terminais Portuários da Braskarne, da APM Terminals, do TESC – Terminal Santa Catarina e do TEFRAN/Transpetro, faltando apenas concluir no Porto de São Francisco do Sul que está em fase final de saneamento das não-conformidades apontadas. Em dezembro de 2014, iniciou-se a primeira etapa da Auditoria nos Terminais Portuários da Fertisanta, da Agil – Armazéns Gerais e da CRB – Operações Portuárias, três instalações que fazem parte do Complexo Portuário de Imbituba.

Qual a importância de se contratar especialistas para desenvolver o Plano de Segurança e para acompanhar essas auditorias?

Esses técnicos especialistas em ISPS Code integram o corpo técnico das Organizações de Segurança, empresas credenciadas pela CONPORTOS para realizarem as Avaliação de Risco e para elaborarem os Planos de Segurança dos Portos e Terminais, são técnicos com plenas condições de realizarem um diagnóstico de segurança, apontando previamente, a existência de qualquer não conformidade com o estabelecido no ISPS Code e promover as devidas correções mesmo antes mesmo do início da Auditoria, mantendo o seu sistema de segurança sempre atualizado e eficaz, evitando as notificações e autuações decorrentes das Auditorias.

Quais itens auditados tem trazido preocupa-ção para a CESPORTOS/SC?

Duas questões chamaram a atenção dos auditores, uma foi a necessidade de se intensificar os treinamen-tos do pessoal de segurança nos Portos e Terminais catarinenses, haja vista que o ISPS Code determina que os Governos Contratantes devem desenvolver procedimentos para avaliar a eficácia contínua dos planos realizando treinamentos, simulações e

exercícios e por ser uma atividade complexa as respostas à qualquer incidente ou acidente numa área portuária devem ser adequadas e eficazes. A outra questão foi a constatação da necessidade constante de manutenção de todos os equipamentos que compõe a estrutura de segurança por conta de estar de forma ininterrupta em operação, e ainda, estarem expostos às condições naturais muito agressivas.

Quais as consequências de não se obter êxitos nessas auditorias?

A principal delas é a não revalidação da Declaração de Cumprimento – DC e a perda de sua habilitação para o tráfego marítimo internacional, sem prejuízo das penalidades aplicáveis pela ANTAQ com multas que podem chegar até R$ 1.000.000,00. A ANTAQ como integrante da Equipe de Audiotria, poderá lavrar o Auto de Infração, dando início ao Processo Administrativo Contencioso – PAC ou oferecer a possibilidade de correção, por meio de um Termo de Ajuste de Conduta – TAC.

Qual a importância de se obter êxito nessas Auditorias e de se manter essa Certificação Internaci-onal?

Tanto no Brasil como nos outros países signatários da IMO, todas as instalações portuárias que atendem ao tráfego marítimo internacional tem que implementar um sistemas de segurança com base nos padrões internacionais instituídos pelo ISPS Code, o que é uma condição para se obter a “Certificação Internacional” que os habilita ao transporte marítimo internacional. No Brasil, essa certificação é a Declaração de Cumpri-mento – DC. Essa declaração é sustentada num Plano de Segurança Portuário onde estão consolidados todos os procedimentos de segurança estabelecidos pelo ISPS Code, no Plano também está contemplada toda a estrutura e infraestrutura de segurança da instalação portuária. A comprovação da eficácia contínua do Plano de Segurança e de todo o sistema de segurança é uma exigência do ISPS Code aferida nesse processo de auditoria, sendo essencial o êxito nesse processo para se manter a certificação.

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SISTEMA DE CFTV É INSTALADO NO PORTO DE IMBITUBA

A empresa responsável em fazer a instalação das câmeras é a Coringa, de Florianópolis (SC).

TECNOLOGIA

A Coringa foi a vencedora da licitação para o fornecimento de câmeras para proteção perimetral do Porto de Imbituba, no Sul do Estado. Através de um processo licitatório a instalação fez a aquisição de equipamentos de tecnologia da informação.

De acordo com Fabrício Carniel, Diretor da Empresa, o processo de instalação está seguindo à risca o cronograma físico-financeiro apresentado pela empresa previamente ao início das atividades e aprovado pelo gestor do contrato. “São diversas frentes de trabalho, cada uma em sua especialidade: escavação de valas e implantação de postes, lançamento e fusões de cabos ópticos, lançamento e interligações de cabos

elétricos, implantação de caixas de comunicação e câmeras, entre outras atividades”, revela Fabrício.

As câmeras, que são de alta definição e de alta sensibilidade, proporcionam imagens extremamente nítidas mesmo em ambientes com baixíssima luminosidade, permitindo identificar caracteres, objetos e pessoas nas condições mais adversas e extremas. Para Fabrício esse é um dos principais diferencias da empresa. “Além disso, nossas câmeras móveis permitem a captura de imagens em 360º, possuem um zoom óptico de até 36 vezes e podem ser programadas para assumirem automaticamente até 256 posições diferentes”, diz Fabrício.

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Para ele, a vantagem de se investir nesse tipo de equipamento é justamente pela redução de custos com mão de obra para vigilância e o aproveitamento das imagens armazenadas para a investigação de ocorrências – servindo como provas técnicas e para a solução de delitos.

A central de monitoramento da Coringa permite o acesso às câmeras da própria empresa e também aos sistemas de CFTV – Circuito Fechado de Televisão instalados em vários clientes. A empresa não realiza serviços de monitoramento, e sim as manutenções preventivas e/ou corretivas. “Além da instalação, configuração e treinamento dos sistemas de segurança, a Coringa realiza consultoria, planejamento e elaboração de projetos e memoriais técnicos neste segmento”, diz Fabrício.

Em dois pontos de acesso o sistema de monitoramento será dotado de funcionalidade capaz de efetuar a leitura e identificação de placas de licenciamento veicular, o qual será integrado ao sistema de controle aduaneiro do Porto.

“O gerenciamento e armazenamento destas imagens serão realizados em um servidor com storage conectado a mesma rede das câmeras, cujo acesso, além dos responsáveis pe la segurança, também será disponibilizado em uma central composta por computadores dedicados, interligados a monitores de LED de alta definição”, diz Fabrício.

Todo o sistema atenderá ainda às exigências das normativas e portarias da Secretaria da Receita Federal, da Comissão de Portos, Terminais e Vias Navegáveis – CONPORTOS, e do ISPS Code.

Para os diretores da Coringa, estar à frente desse trabalho no Porto de Imbituba significa a realização de um sonho. “Vínhamos nos preparando há bastante tempo para poder ingressar com força total neste mercado. Já havíamos executado outras obras semelhantes no TESC e no Porto de Itajaí, mas a vitória no processo licitatório do Porto de Imbituba foi um marco dentro da empresa. Temos muito que aprender ainda, mas com o fruto de nosso trabalho chegaremos lá”, comemora Fabrício.

“Além disso, nossas câmeras móveis permitem a captura de imagens em , possuem um zoom óptico de até 36 vezes 360º

e podem ser programadas para assumirem automaticamente até ”256 posições diferentes.

Fabrício Carniel, Diretor da Coringa

SOBRE A CORINGA

A Coringa é uma empresa que atua no mercado há mais de 18 anos no segmento de segurança eletrônica, possuindo know-how e expertise necessários para a execução de obras de pequeno, médio e grande porte, além de possuir a equipe registrada no CREA e certi�cada pelos maiores fabricantes e desenvolvedores deste segmento.A empresa atua em todo território nacional em diversos segmentos:Governo; Indústria; Petroquímico; Siderúrgico; Energético; Bancário; Monitoramento Urbano; Sistema Prisional; Shopping; Portuário.

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SEGURANÇA

Com mais de 38 anos no mercado de segurança, o Grupo Zanardo, iniciou as atividades no ano de 1976 em Joaçaba (SC). A partir daí, vem diversificando constantemente a gama de serviços e aprimorando sua gestão buscando sempre a máxima qualidade e o comprometimento com resultados.

Presente nos três estados do sul com 21 unidades de negócios o Grupo Zanardo é composto pelas empresas: Onseg Vigilância, especializada em segurança privada, Onseg Sistema de segurança que atua na área Sistema de Segurança Eletrônica e Vigilância Residencial, Onsat Rastreamento empresa especializada em rastreamento para veículos via Satélite, e Onserv serviços especializados que o fe rece Serv iços Gera is Terce i r i zados e Temporários.

O Grupo também possui um Núcleo Especializado em Segurança Portuária que já atua nos clientes Portonave e Braskarne oferecendo um trabalho seguindo os conceitos contemporâneos de

prestação de serviços através de processos e recursos diferenciados, capacitação profissional, estabelecimento de controles de qualidade, importação e introdução de tecnologia de ponta, relacionamento com os clientes e na especialização de seu quadro funcional sempre seguindo os procedimentos e padrões do ISPS Code,“ pensamos sempre na qualidade, na ética e na oferta de soluções inteligentes e inovadoras para o mercado”, diz Marcos Zanardo, Sócio-Diretor do Grupo Zanardo.

Para o Diretor Presidente Ivan Zanardo outro importante diferencial é que o Grupo não aplica a exigência de “fidelidade” por obrigação contratual. “Os contratos da Zanardo com os clientes são apenas para definir os serviços a serem prestados e determinar as obrigações recíprocas, mas para o Grupo Zanardo a fidelidade é voluntária é uma liberalidade do cliente, que manterá o contrato pelo período que desejar de acordo com sua satisfação”, diz Ivan.

APOSTA EM INOVAÇÃOEMPRESA CATARINENSE

O Grupo Zanardo aposta na especialização humana e qualidade dos serviços para crescer e �delizar seus clientes no setor da segurança portuária.

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CONTEINERIZAÇÃO

ALTA NA MOVIMENTAÇÃO NOS PORTOS PARANAENSES

Os Portos do Paraná fecharam o mês de novembro com alta de 5% na movimentação de Carga Geral. Foram 8,6 milhões de toneladas movimentadas no período, contra 8,2 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado. A Carga Geral representa mais de 20% do total movimentado pelos portos do Paraná, que fecharam novembro com 42,4 milhões de toneladas de mercadorias exportadas e importada.

Entre os principais produtos de Carga Geral a granel movimentados, este ano, de janeiro a novembro, estão o açúcar em saca, os veículos, a madeira, o papel e máquinas (equipamentos e peças). Desses o que apresentou alta mais significativa, na exportação, foi a madeira. De 5.543 toneladas movimentadas, em 2013, passou para 21.624, este ano: 290% a mais.

Na importação de Carga Geral, os principais destaques são os veículos, produtos siderúrgicos, máquinas (equipamentos e peças), fertilizantes (em saca) e tratores. Entre esses, o maior aumento registrado foi dos fertilizantes. De 749 toneladas movimentadas em bags, de janeiro a novembro de 2013, passou para 5.771 toneladas, este ano; uma alta de 670%.

No fechamento do período, ainda se destaca a movimentação de contêineres. De janeiro a novembro, este ano, foram 699.729 unidades (TEUs); 3% a mais que a quantidade movimentadas no ano passado (678.290). O que puxou essa alta foi a exportação que, em 2014, foi 8% maior.

Entre os produtos mais exportados em contêineres estão, respectivamente, os congelados, a madeira, o papel, a soja e o açúcar. Todos, este ano, registraram alta. Confira a tabela (em toneladas):

Movimentação de carga geral tem alta de 5%

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JURÍDICO

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NO SETOR PORTUÁRIOO MEIO AMBIENTE

O Poder Público Federal por meio do Ministério do Meio Ambiente, dispõe sobre os procedimentos específicos a serem aplicados pelo IBAMA na regularização ambiental de portos e terminais portuários e também os outorgados às companhias docas, pela Portaria nº 424/2011.

Pode-se verificar que as atividades portuárias, deverão cumprir com requisitos exigidos pelo poder público em todas as suas esferas e ainda acerca das exigências da esfera internacional. Dentre as atividades relacionadas ao meio ambiente nos Portos e Empresas a ele relacionadas:

Licenciamento Ambiental; Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA; Auditoria Ambiental; Educação Ambiental; Programa de Capacitação e Treinamento; Normas Regulamentadoras para Segurança e Saúdo no Trabalho Portuário; Monito-ramento Ambiental; Gerenciamento de Resíduos de Dragagem; Planos de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD; Regulamento Sanitário Internacional e Código Internacional para proteção de Navios e Instalações Portuárias – ISPS Code, entre outros.

Os exemplos de impactos ambientais decorrentes da atividade portuária, podem ser inúmeros senão vejamos:

-Conflitos sociais;

-Geração de odores e ruídos,

-Depreciação da área

-Interação com outras atividades (pesca, turismo, aqüi-cultura, recreação);

-Distúrbios na fauna e flora;

-Poluição: hídrica, do solo, atmosférica, visual;

-Passivos ambientais, etc.

Deve haver estudos de impacto ambiental, para que se efetive uma adequada Gestão Ambiental Portuária, pode-se identificar algumas necessidades para o setor, são elas:

Convênios com universidades e instituições técnicas; Programa de educação/conscientização ambiental; Redução de emissões e outras fo rmas de po lu ição ; Imp lan tação de instrumentos de controle a impactos e de proteção ambiental; Avaliação e gerenciamento de riscos ambientais; Identificação e avaliação de áreas com relevante interesse ambiental; Gerenciamento de resíduos; Plano de Emergência Individual –PEI; Gerenciamento de passivos ambientais; Logística adequada à movimentação e armazenamento de cargas

perigosas; Auditorias Ambientais Compulsórias, entre outras ações.

Assim sendo, identificando-se as principais ações a serem desenvolvidas pelo setor torna-se mais adequada a expansão do setor, e podem ser minimizados os efeitos negativos oriundos destas atividades junto aos âmbitos legais, ambientais e sociais.

Pode-se verificar que asatividades portuárias, deverão

cumprir com requisitos exigidospelo poder público em todas

as suas esferas (...)

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MILENE ZEREK CAPRAROAdvogada e Membro da Comissão de Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro da OAB/PR

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EM PROL DO SETOR PORTUÁRIOASSOCIATIVISMO

Se antes era só uma vontade, agora o grupo formado por técnicos da área de meio ambiente, saúde e segurança do trabalho dos portos e terminais catarinenses começou a ganhar corpo. O objetivo da união é compartilhar conhecimento e experiência. Por enquanto, mostraram interesse os representantes do Porto de Imbituba, Porto de Itajaí, Portonave, Porto de Itapoá, TESC, Poly Terminais, Teporti, APM, Trocadeiro, JBS Foods, ou seja, praticamente toda comunidade portuária de Santa Catarina.

É certo que a ideia e modelo de trabalho não são inéditos, posto que algumas associações formalmente constituídas possuem grupos semelhantes, a exemplo da ABRATEC. Entretanto, se considerados o aspecto geográfico e também a ausência de vínculo, trata-se sim de iniciativa original em nosso país. Já aconteceram dois encontros na cidade de Itajaí. O primeiro deles serviu para apresentação dos representantes, discussão do formato e agenda, levantamento de assuntos comuns e distribuição de algumas tarefas, tal como a elaboração de regimento interno para, principalmente, resguardo dos interesses das instituições participantes.

O segundo, ocorrido no dia 11 de dezembro, teve um viés mais concreto e atual, uma vez que foi dedicado à análise do status da aplicabilidade da NR 12 nos equipamentos utilizados nas operações portuárias. A escolha deste tema se deu em virtude da complexidade e dificuldade de atendimento, além de estar em evidência no Ministério do

O objetivo da união é compartilhar conhecimento

e experiência.

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Trabalho e Emprego por conta dos recentes acidentes em Salvador e Itapoá. A reunião, que também contou com os gestores da área de manutenção e fornecedores de máquinas de grande porte, começou com a apresentação de alguns planos de ação, inclusive das experiências bem e mal sucedidas.

De uma forma geral, constatou-se que itens como guarda-corpo, análise de risco, procedimento de trabalho e atualização de inventário estão sendo verificados e atendidos por todos. Entretanto, no que diz respeito às adaptações relacionadas ao sistema de travamento e

emergência, impera a divergência em como e o que fazer. Para alguns, a instalação de botão de parada de emergência é medida que deve ser melhor avaliada em função das consequências da interrupção brusca do equipamento.

Fora isso, houve aquele que comprovou que a colocação de sensor para redundância do sistema de segurança de travamento não

garantia essa condição, fato que pode gerar a falsa avaliação no operador. Ao final, daquilo que foi apresentado e discutido, os presentes acharam por bem elaborar um documento para descrever os pontos que podem ser realmente aplicáveis, considerando o quesito segurança e, além deste, a funcionalidade. Quanto ao grupo, pelo que foi visto até aqui, que sigam os trabalhos. O desafio é grande, mas o objetivo certamente transcende o esforço, já que se está tratando, não custa lembrar, do meio ambiente, saúde e segurança do trabalhador.

TATIANA OLIVEIRAAdvogada e Gerente de Meio Ambiente, Segurança

Portuária, Segurança do Trabalho e Qualidade

JAQUELINE NEITZELEngenheira de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho do TESC

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PORTOS E TERMINAIS

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Na ocasião, o Programa de Educação Ambiental do Porto – ProEA realizou uma abordagem sobre a conscientização ambiental. Simultaneamente, a equipe do Museu do Porto realizou a exposição sobre o período de construção dos Molhes da Barra e o Projeto Escola no Porto realizou a divulgação das atividades e do programa de visitas ao Porto Novo.

Na solenidade, foram entregues os novos uniformes dos vagoneteiros, incluindo camisetas, bermudas, bonés, óculos de proteção, protetores solares e casacos de moleton. Além disso, cada vagoneteiro recebeu também uma vela padronizada. Ainda durante o evento, foram apresentados o novo outdoor da rótula de

chegada aos Molhes e as placas turísticas e informativas localizadas no percurso dos Molhes.

Na atividade, ainda foi sancionado o projeto de Lei que torna a atividade dos vagoneteiros e as vagonetas como patrimônio histórico e cultural de Rio Grande.

A Prefeitura Municipal apoia o projeto através da Secretaria do Cassino, Secretaria de Turismo, Secretaria de Trânsito e Mobilidade Urbana e da Secretaria de Serviços Urbanos. O projeto com os vagoneteiros é realizado através de convênio entra a SUPRG e o Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (NEMA).

MOLHES DA BARRAPLANO TURÍSTICO

A Superintendência do Porto do Rio Grande realizou a atividade do Plano Turístico Molhes da Barra, no Molhe Oeste. A atividade teve o apoio da Prefeitura Municipal do Rio Grande.

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ESPECIAL

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Ações conscientes que nos fazem refletir sobre a preservação ambiental no universo náutico, essa é a proposta do Projeto Bio Vida que já contou com duas ações importantes em Santa Catarina. A primeira foi realizada há 21 anos na Ilha das Galés - que pertence à Reserva Marinha do Arvoredo e fica próxima ao município de Bombinhas, no Litoral Norte do Estado. Ali, diversas embarcações escoltaram o barco que levava o Bio Via I, do escultor Pita Camargo.

“Foi um gesto simbólico de conscientização sobre a importância de se preservar o meio ambiente e uma manifestação em defesa da criação da reserva natural do Arvoredo que, de fato, tornou-se realidade”, diz Cláudio Fischer, um dos idealizadores do Projeto Bio Vida II.

Em 2014 uma nova escultura foi colocada no mar. Dessa vez, outra escultura do artista plástico Puta Camargo foi instalada no fundo do Saco do Capim, no Arvoredo. Porém, essa ação tem uma proposta diferente da realizada em 1993. “O Projeto Bio Vida II deseja a criação de uma galeria subaquática. Uma iniciativa sem precedentes como esta, atrairá muitos mergulhadores profissionais

e recreativos. Fiz questão de colocar à disposição o Veleiro Amazonas porque acredito nas boas ideias, ainda mais se elas estão relacionadas ao mar”, revela Fischer.

Fischer explica que o local escolhido para o Projeto Bio Vida II é especial justamente porque está na costa catarinense e isso ajudar a valorizar o que é daqui. “Com o Veleiro Amazonas, e mais a empresa Biosphera de empreendimentos ambientais, tenho a missão de integrar a nossa costa à condição de destino de desejo para os turistas náuticos. Pela experiência que adquiri com o Veleiro ao visitar alguns dos mais desejados locais de mergulho espalhados pelas ilhas do Caribe e a costa leste dos EUA, posso afirmar que temos uma joia ainda não lapidada que pode atrair um número maior de embarcações para a nossa costa”, revela.

Para o Chefe da Reserva do Arvoredo, Ricardo Castelli, o Projeto ressalta e dá visibilidade a questão de proteção da Biodiversidade, em especial a da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. “O fato de você ter uma obra de arte no fundo do mar demonstra essa percepção de valorização daquele ambiente”, diz.

DEBAIXO D'ÁGUAPROJETO INSTALA ESCULTURA

O Bio Vida é um projeto permanente que envolve ações de intervenção humana consciente no universo náutico

No momento o grupo está idealizando o “Cem Ilhas de Santa Catarina”, que consiste no mapeamento da costa, com as histórias, imagens e características náuticas de cada uma delas. Ao mesmo tempo estarão criando rotas submarinas a serem exploradas por mergulhadores pro�ssionais e recreativos.

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Ricardo ainda ressalta que a região marinha que compreende a Ilha do Arvoredo contempla uma rica biodiversidade, com diversas espécies ameaçadas de extinção, assim como, representa um berçário de peixes extremamente importante para benefício de outras regiões marinhas adjacentes.

Claudio Fischer também revela a rica biodiversidade do local. “A Ilha do Arvoredo, aliás, todo o complexo de ilhas em torno dela, representa a riqueza da nossa fauna e nossa flora submarina. Transformá-la em reserva natural foi um avanço inestimável em direção da conservação ambiental”, diz Fischer.

Outras ações de acordo com Fischer estão sendo programadas. “Vamos mostrar junto às autoridades públicas a importância em desenvolver ações públicas/privadas. Tanto a galeria quanto as rotas submarinas e ações paralelas de uma política institucional de desenvolvimento do turismo náutico definitivamente colocam a costa catarinense no mapa internacional”, revela.

“CREIO QUE A ESCOLHA DO LOCAL SE DEVE AOFATO DE QUE ALI O MERGULHO É CONTEMPLATIVO.

UM LUGAR ONDE DIVERSOS MERGULHADORES TERÃO A OPORTUNIDADE DE OBSERVAR A VIDA

MARINHA E A OBRA”. RICARDO CASTELLI, Chefe da Reserva do Arvoredo

Quem é Pita Camargo?

O Pita Camargo é um ativista ambiental que se manifesta pela sua arte e acredita na perfeita harmonia entre o homem e o mar. Nasceu em abril de 1966, em Blumenau. Morador de Gaspar, onde mantém um completo ateliê com suas obras.

: Alcidto eo sF Dutra

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SEGURANÇA

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ESPECIAL

Ricardo ressalta que mesmo com as ações de conscientização, infelizmente a pesca ilegal na Reserva do Arvoredo continua sendo praticada. “No entanto, uma parceria entre o ICMBio e o NEPOM/Polícia Federal está sendo firmada com vistas a implantação de um Sistema de Vigilância Remota, com a instalação de câmeras de vigilância nas ilhas inseridas na unidade de conservação, fato que deve se concretizar em meados de 2015”, diz Ricardo. Para o Chefe do NEPOM em Florianópolis, Reinaldo Garcia Duarte, a atribuição da Polícia Federal de realizar o policiamento marítimo em toda a costa catarinense encontra barreiras na sua grande extensão e no imenso rol de crimes a serem combatidos, “porém, tem sido nas atividades integradas com outras instituições como ICMBio, Ibama , Marinha do Brasil, e principalmente, no engajamento da sociedade civil em defesa das questões ambientais é que temos conseguido os melhores resultados.”, diz Reinaldo. Para ele, a imensa faixa litorânea do estado de Santa Catarina torna a presença de “polícia marítima” muito prejudicada, por esta razão os crimes ambientais, entre eles a pesca predatória, tem sido praticados em larga escala. “Diante dessa dificuldade a conscientização ambiental é uma forte aliada, pois mesmo na ausência das instituições fiscalizadoras os cidadãos do bem, além de proteger o meio ambiente com suas condutas protecionistas, ainda nos auxiliam, tanto na orientação e educação daqueles que ainda insistem em degradar o meio ambiente marinho, como também contribuem com o fornecimento de informações que nos ajudam a programar melhor nossas ações de prevenção e repressão aos crimes ambientais cometidos na costa catarinense”, revela Reinado. O trabalho de conscientização ambiental promovido pela sociedade civil aliado à integração entre as forças de fiscalização e policiamento marítimo são hoje os pilares do Plano de Ação das unidades de policiamento marítimo da Polícia Federal para o próximo biênio. Em 2015 está previsto a implementação de um projeto de vigilância remota em toda a Reserva do Arvoredo, com a instalação de câmeras de vigilância nas ilhas que compõem a Reserva, de modo que as equipes de fiscalização deslocarão para a Reserva somente quando percebida a presença de embarcações no interior da Reserva, tornando as ações muito mais eficazes, otimizando tempo, efetivo e embarcações empregadas nas operações.“Por esta razão a Polícia Federal, por meio de suas unidades de polícia marítima em Florianópolis, Itajaí e Joinville estará sempre apoiando projetos como o Bio Vida II que, através da obra do Artista Pita Camargo, promoverá ainda a mais a conscientização da importância da defesa da biodiversidade marinha”, conclui Reinaldo.

RESERVA DO ARVOREDO E A PESCA ILEGAL

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PORTOS E TERMINAIS

A Superintendência do Porto do Rio Grande apresentou o balanço do Plano Safra 2014. No total, foram movimentadas pelo Porto do Rio Grande 10.987.830 toneladas de soja, entre grão, farelo e óleo. A movimentação de soja em grão representa 75,6% desse total.

Neste ano, a movimentação de soja em grão chegou a 8.314.734 de toneladas, a soja em farelo contabilizou 2.231.804 de toneladas (20,31%) e óleo de soja totalizou 220.646 de toneladas (4,02%).

Pelo modal rodoviário, foram movimentadas 6.759.048 de toneladas, através do transporte de 198.795 caminhões. Pelo modal ferroviário chegaram até o porto gaúcho 1.471.309,65 de toneladas, por 38.718 vagões. Já pelo modal hidroviário foram movimentadas 334.252,29 em 104 barcaças. No total, 131 navios foram carregados com soja no Porto do Rio Grande.

De acordo com o Superintendente do Porto, Dirceu Lopes, 24 instituições estiveram envolvidas no processo de escoamento da safra de soja com o objetivo de garantir segurança e agilidade no transcorrer da safra. “Dialogando com rapidez podemos ter a solução mais eficiente, conseguimos junto com os parceiros dar agilidade ao

processo através de gestão. O trabalho desenvolvido em conjunto com os terminais privados, órgãos de segurança, sindicatos dos trabalhadores da orla portuária e toda a comunidade portuária tem como resultado os bons números do porto, como o aumento das exportações”, avaliou Lopes.

Este Plano de Ação da Safra contou com a participação das seguintes instituições: Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil, Polícia Federal (PF), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Empresa Concessionária de Rodovias do Sul (ECOSUL), Ministério da Agricultura Agropecuária e Abastecimento (MAPA), Receita Federal do Brasil (RFB), Câmara do Comércio da Cidade do Rio Grande, Sindicato dos Operadores Portuários (SINDOP), Sindicato dos caminhoneiros (SINDICAM), Sindicato das agências de navegação marítima do estado do Rio Grande do Sul (SINDANAVE), Terminal Marítimo (TERMASA), Terminal Graneleiro (TERGRASA), Terminal da Bunge Brasil, Terminal da Bianchini S.A, Prefeitura Municipal do Rio Grande, América Latina Logística (ALL), Brigada Militar, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Praticagem da Barra, Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).

PLANO SAFRA 2014

SUPRG apresenta balanço. No total, foram movimentadas pelo Porto do Rio Grande 10.987.830 toneladas de soja, entre grão, farelo e óleo.

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PORTOS E TERMINAIS

EM SÃO FRANCISCO DO SULNOVO RECORDE

Até novembro foram movimentadas 12,5 milhões de toneladas. Melhor marca do Porto foi registrada em 2013, com a movimentação de 13 milhões

O Porto de São Francisco do Sul deve fechar o ano com novo recorde histórico e mais de 13 milhões de toneladas de carga movimentada entre janeiro e dezembro. A movimentação até novembro já soma 12.517.060 de toneladas, 5% acima do apurado no mesmo período de 2013. A alta tem sido puxada pela importação de fertilizantes, que cresceu 80%, e pela exportação de soja, que representa 38% do total de cargas embarcadas pelo Porto.

Para o presidente do Porto, Paulo Corsi, este é um momento histórico, com superávit e a consolidação do Porto como o segundo principal movimentador de carga não conteinerizada do país. “Batemos recorde histórico em 2013 com movimentação 20% superior ao ano anterior.

Continuamos investindo no Porto e, em 2014, inauguramos um novo berço e confirmamos nossa condição de múltiplo uso. Hoje, 10% da soja exportada pelo Brasil passa por aqui”, destaca.

No acumulado até novembro, as cargas destinadas a outros países somaram 7.437.944 toneladas e, no f luxo contrário, os desembarques no Porto somam 5.079.116 toneladas, movimentação realizada em 558 navios. Além de fertilizante, também figuram entre as principais importações soda e trigo. Nas exportações o destaque são os embarques de soja, milho, madeira, motores, ferro e aço. Entre os principais destinos estão a Ásia, Estados Unidos, África, Europa, Oriente Médio e Mercosul.

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PORTOS E TERMINAIS

A aposta em cabotagem rendeu crescimento de 42% em relação a 2013, levando em consideração os dados acumulados até novembro. Tendo como base o ano de 2012, o crescimento foi de 77% – o que resultou em um crescimento de 119% acumulados os dois anos. Houve migração de cargas para a cabotagem em todos os setores, desde matéria prima até produto acabado. Hoje, as principais cargas movimentadas são produtos siderúrgicos, alimentos e bebidas, eletro eletrônicos, materiais de construção civil e madeira (MDF).

Para o gerente comercial do TESC, Claudio Flores, o modal tem não só baixo custo, segurança e índice mínimo de avarias, mas garante melhor planejamento quando se considera agendamento de entrega. “Esse resultado se deve principalmente à redução do custo logístico que o modal oferece, e também à conscientização quanto à redução de CO2”, explica. A Lei do Motorista, que entrou em vigor em junho de 2012, também teve influência neste crescimento.

Apesar do destaque da cabotagem, as movimentações em longo curso do Terminal cresceram, até novembro deste ano, 29,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Crescimento semelhante foi verificado na movimentação de produtos siderúrgicos: 25,6% em relação a 2013. Na movimentação de grãos em contêiner, também se verificou crescimento considerável. Em relação a 2013, houve aumento de 113% quantidade de contêineres de 40 pés. Em 2013 o crescimento já havia impressionado, tendo atingido quase 500%.

A expectativa do TESC para 2015 é de um aumento na movimentação de longo curso, levando-se em conta os principais diferenciais do Terminal: localização em baía de águas tranquilas durante todo o ano, que proporciona segurança de navegação e de manobrabilidade, sem histórico de fechamento de barra, que garante o atendimento as 52 saídas anuais projetadas pelos clientes importadores, exportadores e linhas de navegação; agilidade dos órgãos anuentes e custos logísticos extremamente competitivos, o que proporciona potencial redução de toda a cadeia logística dos clientes; outro atrativo é a taxa de armazenagem do Terminal, que chega até a 50% abaixo do que as praticadas pelo mercado.

Em relação à cabotagem, mesmo com o considerável crescimento das movimentações nos últimos anos, a expectativa é de que esse modal possa crescer ainda mais. A expectativa do TESC para 2015 é de um crescimento adicional de aproximadamente 20% na cabotagem.

“O país possui mais de 8 mil Km de costa navegável, e o aproveitamento desse recurso com a cabotagem garante um transporte de carga que consome menos combustível por tonelada útil transportada, em comparação com outros modais”, defende Flores. Para que o crescimento continue a ocorrer, é necessário vencer alguns desafios. Ainda existe muito desconhecimento a respeito do modal e de suas vantagens, e alguns clientes seguem relutantes. É essencial, ainda, proporcionar condições equivalentes de trabalho, custo e incentivos, principalmente em relação ao combustível.

TESC APRESENTA CRESCIMENTO EM DOIS MODAIS

Com equilíbrio entre as movimentações de longo curso e de cabotagem, o TESC – Terminal Portuário Santa Catarina alcançou crescimento expressivo nos dois modais em 2014. Atualmente, o Terminal movimenta aproximadamente 60% em longo curso e

40% em cabotagem nas cargas conteinerizadas, e 80% do siderúrgico em cabotagem.

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Av. Santos Dumont 3131 A, Sala: 1212 | Torre Comercial Del Paseo

Fortaleza/CE

(85) 3264-4613 ou 3456-3177

DIREITO MARÍTIMO E PORTUÁRIO - SINDICAL - TRABALHISTA - CÍVEL

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COMISSSÃO

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CESPORTOS/SCREALIZA CONFRATERNIZAÇÃO

A intenção foi mostrar o importante trabalho realizado em 2014 e as expectativas para o ano que inicia

Em dezembro, a Comissão Estadual de Segurança nos Portos Terminais e Vias Navegáveis de Santa Catarina – CESPORTOS/SC realizou a última reunião ordinária de 2014. Além da presença das autoridades que compõe o Colegiado Estadual – os representantes da Polícia Federal, da Marinha do Brasil, da Receita Federal, do Governo do Estado e das Administrações Portuárias, todas as quinze instalações portuárias catarinenses (três portos e 12 terminais privados) estavam representadas no Evento. Também participaram, como convidados, empresários que prestam serviços na área de Segurança Portuária em Santa Catarina.

Além das matérias administrativas da pauta, o Coordenador da CESPORTOS/SC, Reinaldo Duarte registrou que dia 24 de dezembro foi o quinto aniversário de publicação da Portaria 4559, por meio da qual o Ministro da Justiça o nomeou para atuar na segurança portuária no Estado de Santa Catarina e também fez a leitura de algumas das realizações da Comissão em 2014 e apresentou os projetos para o próximo ano.

27 reuniões formais foram realizadas - sendo doze delas ordinárias e nove extraordinárias - e seis em conjunto com a CONPORTOS e ANTAQ em função das Auditorias realizadas. Além delas, várias reuniões foram realizadas com os Supervisores de Segurança Portuárias e as Organizações de Segurança para análise preliminar das Avalições de Risco e Planos de Segurança dos Portos e Terminais. Entre as reuniões destaca-se a de outubro, por ter sido a 100ª reunião seguida sob a presidência do atual Coordenador, Reinaldo Duarte.

O Estudo de Avaliação de Risco do Terminal Portuário da Transpetro em São Francisco do sul – TEFRAN foi aprovado. Também foram aprovados três Planos de Segurança Portuária – do Porto de São Francisco do Sul, do Terminal do TEFRAN e do Terminal Portuário da Portonave.

Três processos de auditoria foram finalizados: do Porto de São Francisco do Sul, do Terminal do TEFRAN e do Terminal Portuário da Portonave.

A primeira etapa do processo de auditoria em três instalações portuárias no Complexo Portuário de Imbituba foi iniciada. São eles os terminais portuários privados AGIL, Fertisanta, CRB e Votorantin. Foi realizado ainda uma Inspeção Técnica no Porto de São Francisco do Sul para verificação da manutenção dos procedimentos implementados em decorrência do processo de auditoria.

A reunião foi realizada no Castelo Montemar, no Morro da Cruz em Itajaí/SC.

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O Coordenador ainda registrou a participação efetiva da CESPORTOS/SC em eventos como:

- Fórum sobre o impacto da reforma portuária na cadeia logística, promovido pelo OAB/SC na UNIVALI em Itajaí.- O I Congresso Nacional de Direito e Segurança do Trabalho nos Meios Aquaviário e Portuário promovido pelo Centro de Ciências Jurídicas da Universidade de Santa Catarina UFSC.- Participação no evento “Velas Latinoamérica” na etapa brasileira, promovida pela da Marinha do Brasil, no Porto de Itajaí e nos Terminais da APM e da Braskarne.- A CESPORTOS /SC acompanhou visita do Ministro dos Portos Antônio Henrique Silveira ao Porto de Itajaí e Terminais da APM e da Portonave em Navegantes.- O Coordenador da CESPORTOS/SC também visitou o stand de todos Portos e Terminais Catarinenses presentes na Feira Intermodal em São Paulo.A CESPORTOS/SC ainda acompanhou e avaliou os Exercícios de ISPS Code realizados no Porto de Itajaí e nos Terminais da Braskarne e da APM Terminals.

E que venha 2015... Para esse ano a CESPORTOS/SC já elencou alguns trabalhos que estão entre as prioridades da Comissão.

- Realização de Visita Técnica Internacional em Portos da América do Sul no mês de Maio/2015. - Adoção de Uniforme para CESPORTOS/SC e para os Supervisores de Segurança Portuária (adequado ao país tropical).- Aquisição de Viatura para uso exclusivo da CESPORTOS/SC, pintada nas cores azul e branca e com logotipo da Comissão. - Construção de uma nova sede para CESPORTOS/ SC - prédio próprio.- Retomada das Visitas Técnicas regulares com elaboração de Relatórios de Inspeção em todas as Instalações Portuárias de Santa Catarina, com o objetivo veri�car a manutenção de equipamentos e dos procedimentos previstos no PSPP e no ISPS Code.- Iniciar os trabalhos da Subcomissão Regional da CESPORTOS/SC, que analisará as Resoluções 10 e 12 da CONPORTOS. Com a participação da Comunidade Portuária e da ABIN/SC elaborará um Termo de Referência com os requisitos mínimos para as metodologias utilizadas no Estudo de Avaliação de Risco das Instalações Portuárias – uma padronização nos termos estabelecido pelo ISPS Code.- Conclusão da modernização e hospedagem do site da CESPORTOS/SC, em Janeiro 2015.

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iNTERNACIONAL

O Estado Norte Americano da Califórnia possui onze Portos abrangendo mil quilômetros de costa entre San Diego e o Litoral Norte.

Por Milene Zerek Capraro

PORTOS DA CALIFÓRNIA

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Nesta região dos EUA, os primeiros portos surgiram com o Gold Rush de 1849 da Califória, várias indústrias surgiram aos arredores do Porto no início de 1900, entre elas relacionadas aos setores tais como da pesca, de perfuração de petróleo, construção naval e fábricas de conservas, estas grandes indústrias geraram empregos e comérc io pa ra a r eg ião , t o rnando a mesma economicamente desenvolvida.

Em razão do crescimento nos negócios ocorreu um grande investimento em infraestrutura portuária, fato que colaborou bastante para o desenvolvimento futuro. Em 1912, houve a dragagem e alargamento do canal principal, permitindo assim, a acomodação de navios de maior porte.

O Canal do Panamá foi inaugurado em 1914, o Porto de Los Angeles obteve assim, uma posição estratégica para o comércio internacional e vantagens sobre portos da costa oeste do norte no comércio marítimo, em função de sua proximidade com o Canal. O Porto de Los Angeles ultrapassou o Porto de San Francisco para se tornar o porto mais movimentado dos EUA juntamente com o Porto de Long Beach, formam a região portuária mais movimentada do mundo.

O Porto de Los Angeles é um departamento independente da cidade de Los Angeles que fica no controle de um

conselho de comissários nomeados pelo prefeito e aprovado pela Câmara Municipal e segue administrada por um diretor executivo.

Ele é o primeiro porto mais movimentado nos Estados Unidos, engloba 43 milhas de cais e 7.500 hectares. É o sexto mais movimentado do mundo, quando incluída a movimentação do Porto vizinha de Long Beach.

Em relação ao turismo náutico, nele atuam cerca de quinze linhas de cruzeiro. Anualmente passam por este porto mais de um milhão de passageiros.

Também há o Museu Marítimo de Los Angeles e Cabrillo Marine Aquarium, ambos trazem um enriquecimento cultural e educacional para todos, inclusive aos visitantes de todo o mundo.

O Porto de Los Angeles possui centenas de espécies de peixes e aves marinhas que nele escolheram seu habitat, por isso, o Porto tem o compromisso de liderança ambiental e inovação. Como há um número elevado de movimentação de conteiners no país, o Porto de Los Angeles também estabelece normas para que haja excelência operacional. Ali, atuam cerca de 26 grandes terminais de carga, incluindo sete instalações de contêineres, assim, o Porto está equipado para movimentar todos os tipos de carga internacional.

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O Porto de Long Beach é o segundo porto mais movimentado nos Estados Unidos, e um dos mais movimentados do mundo. Atua como importante porta de entrada para o comércio realizado entre os Estados Unidos e a Ásia. Este Porto assumiu a liderança em tecnologias verdes. Ocupa 13 km² de terreno com cerca de 40 quilômetros totais de cais na cidade de Long Beach, na Cal i fó rn ia . E es tá loca l izado há aproximadamente 40 quilômetros ao sul do centro de Los Angeles. Ele possui mais de 320 mil postos de trabalho nacional e gera bilhões de dólares em atividade econômica anuais.

Estes portos ocupam-se de produtos da indústria pesada, e neles foram criadas novas tecnologias para reduzir os impactos nos assuntos relacionados às questões de segurança, polu ição e demais preocupações. Eles possuem um Plano de Ação Clean Air, que é o primeiro programa do mundo a abordar todas as fontes de emissão relacionadas com os portos para reduzir significativamente os riscos para a saúde decorrentes da poluição do ar na região de operações.

Vale também citar o Museu Marítimo da cidade de San Diego, que possui tradição e importância na história da marinha dos Estados Unidos. O Maritime Museum, fundado em 1948, tem uma das melhores coleções de embarcações históricas do mundo: possui exposições permanentes e temporárias onde o visitante vive a história naval mundial, dentre as quais, está o Uss Midway, o maior porta aviões aberto a visitação do mundo.

MIDWAY MUSEUMO Museu USS Midway é uma aventura inesquecível, durante a visita explora-se mais de 60 exposições com uma coleção de 29 aeronaves restauradas. A história que foi vivida por marinheiros Midway e relatada no museu em San Diego - C.A. O local e o mais antigo porta-aviões da Marinha Americana e hoje é dedicado a preservar e honrar os 200.000 homens jovens que serviram a bordo do USS Midway - USS, o qual dentre suas ações, estão perigosas missões no Vietnã.

Dentre as cidades portuárias desta região, estão:

Eureka; Long Beach; Los Angeles; Oakland; Port Hueneme; Redwood City; Richmond; San Diego; San Francisco; Stockton; West Sacramento.

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COLUNA

O t ranspor te de mercador ias per igosas es tá regulamentado a fim de evitar, no possível, que essas mercadorias ocasionem acidentes que produzam vítimas ou danos no meio ambiente, nos meios de transporte utilizados ou em outros bens. Por outra parte, os regulamentos devem estar redigidos de maneira que não dificultem o tráfico dessas mercadorias, com a exceção daquelas que sejam demasiadamente perigosas para serem admitidas para o transporte. Com esta justificativa, o objeto dos regulamentos consiste em possibilitar o transporte das mercadorias perigosas eliminando os riscos ou reduzindo-os ao mínimo. Assim, pois, se trata de uma dupla questão: de segurança e de facilitação do transporte.

A Regulamentação abarca todos os modos de transporte, e dela não cabe deduzir, salvo indicação expressa, a possibilidade de aplicar prescrições menos rigorosas a algum daqueles em particular. Pelo que se refere ao transporte aéreo, pode acontecer que, em alguns casos, as prescrições sejam mais rigorosas.

No transporte marítimo, 30 em cada 100 navios, declaram que transportam mercadorias perigosas, por isso a necessidade de levar uma ideia clara e global dos riscos que implica o transporte marítimo de mercadorias perigosas, distinguindo a classe, sua apresentação e o tipo de navio que a transporta.

Existem acordos internacionais que regulam o transporte de mercadorias perigosas por mar, sendo que o código IMDG se refere ao transporte de mercadorias perigosas em vultos e assinalar que existem outros instrumentos IMO relacionados com os líquidos a granel IBC e BCH e os gases liquefeitos a granel IGC, mas a manipulação nos portos das mercadorias perigosas rege-se por regulamentos nacionais, por estas razões é importante que

OSCAR BENITO CORTESSI Perito Naval, Ambiental e Mercadorias Perigosas.

DE MERCADORIAS PERIGOSASO TRANSPORTE MARÍTIMO

os acordos internacionais e os regulamentos nacionais, estejam uniformizados e que sejam revisadas a cada certo tempo devido às mudanças existentes.

Os serviços feeder, como os terrestres, ferrovias, portos ou águas interiores, também se veem envolvidos por estas normas. Autor idades portuár ias e companhias armazenistas consultam o IMDG para separar e segregar as cargas perigosas nas áreas de carga, descarga e armazenamento.

Recentemente no Brasi l , sucederam acidentes envolvendo mercadorias perigosas, (Explosão no porão do navio, Paranaguá e Incêndio nos Depósitos do Porto de San Francisco do Sul), que de ter tomadas as precauções devidas, pôde ser diminuído a proporção e a pericu-losidade do evento, o que faz necessária uma revisão dos procedimentos para a armazenagem e manipulação destas cargas, bem como a coordenação dos planos de emergência necessárias para evacuar à população caso seja necessário.

Com certa frequência, trabalhadores altamente capacitados e de longa experiência sofrem incidentes aparentemente inexplicáveis, que as maioria das vezes obedece a falhas humanas. Isto que parece contraditório pode ser explicado em termos do que se conhece como excesso de confiança, por isso a capacitação do pessoal envolvido nestes procedimentos de carga, descarga, transporte, manipulação e armazenagem devem ser constantes. estar ciente sobre os riscos no transporte de matérias perigosas, e com estas ações temos elementos que possam tornar mais seguro o transporte, manipulação e armazenamento destes produtos a fim de evitar que se produza um acidente ou incidente e limitar seus efeitos, precautelando a vida humana, as instalações portuárias e o meio ambiente.

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O Direito Marítimo é regido pelos ditames expostos na Segunda Parte do Código Comercial de 1850, Código Civil e pela legislação esparsa. Entretanto, desde 2011 está em tramitação o Projeto de Lei nº 1572, de autoria do Deputado Federal Vicente Candido, o qual visa instituir um Novo Código Comercial. Porém, este novo Código revoga expressamente a principal regulamentação do Direito Marítimo, qual seja, aquela Segunda Parte do Código Comercial de 1850.

No âmbito maritimista, reuniu-se uma Comissão que a partir da qual resultou nas Emendas nº 55 e 56 que propõem incluir o Livro “Do Direito Comercial Marítimo” ao novo Código Comercial.

Pode-se dizer que a Emenda nº 56 traz uma nova leitura das atribuições do Tribunal Marítimo. É sabido que o Tribunal Marítimo, criado em 1931 pelo Decreto nº 20.829, é um órgão auxiliar do Poder Judiciário e vinculado ao Comando da Marinha e tem jurisdição em todo território brasileiro de, principalmente, julgar questões técnicas acerca de acidentes e fatos da navegação, podendo apenas apontar que foi o responsável pelo acidente, não podendo fixar valor de indenização, apenas fixação de multas.

Todavia, a Emenda nº 56 além de confirmar a condição de órgão auxiliar do Poder Judiciário, mas se aprovada tal emenda, o Tribunal Marítimo terá uma nova natureza jurídica, que o judiciário deverá observar suas decisões e não podendo mais questionar o mérito das decisões, salvo casos específicos, se tornando à Corte Marítima numa espécie de Câmara Arbitral compulsória, cuja decisão não se sujeita a

LAÉRCIO CRUZ ULIANA JUNIOR

MANOELA BADOTTI VELOSO

Advogado, Especialista em Direito Marítimo e Portuário, Coordenador do Grupo de Pesquisas de Direito Marítimo da Academia Brasileira de Direito Constitucional - ABDConst.

Advogada, Especialista em Direito Aduaneiro.

E AS NOVAS PERSPECTIVASO TRIBUNAL MARÍTIMO

recurso tampouco a revisão do Poder Judiciário, conforme artigo 8º, § 1º, da mencionada Emenda. Nesta esteira, se o Poder Judiciário não puder reformar a decisão proferida pela Corte Marítima, sua decisão terá caráter vinculativa, podendo ser anulada apenas quando não observado o devido processo legal e à legalidade do ato administrativo, ou seja, os fundamentos que levaram concluir o processo não serão.

Ainda, a Lei do Tribunal Marítimo (Lei nº 2.180/54) não prevê duplo grau de jurisdição, princípio que garante a revisão da decisão proferida, eis que trata unicamente de embargos nas hipóteses descritas no artigo 106 (matéria nova, decisão não unânime e prova posterior ao encerramento de fase probatória), deste modo, sendo instância única o Tribunal.

Considerando esta nova atribuição, questiona-se se a sentença proferida pelo Tribunal Marítimo seria inconstitucional a medida que acarreta na restrição ao princípio constitucional de acesso à justiça do artigo 5, XXXV da Constituição Federal? Bem como ferindo o principio do duplo grau de jurisdição esculpido no art. 5º LIV, conforme Carta Maior?

Ou estamos diante de uma nova evolução Constitucional, qual merece ter uma nova interpretação sobre a limitação/restrição do acesso à justiça e ao duplo grau de jurisdição? Partindo de tais premissas, deixamos a reflexão se aprovado o sistema, devemos analisar se isso será um avanço ou retrocesso?

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