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joalheria

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  • 2 Revista Joias & Design - Junho 2014

    editorial

    Rene Carlos Cruz RodriguesDiretor -Editor Chefe

    Amanda Borges RodriguesEditora

    Marcia PompeiColaboradora

    Projeto GrficoEquipe Editora Leon

    A Revista Joias & Design no se res-ponsabiliza por eventuais mudanas na programao de pauta, bem como pelas opinies emitidas por colabora-dores, colunistas emitidas em suas edies.O contedo publicado em anncios de total responsabilidade do anun-ciante.

    Se voc tem alguma crtica, suges-to ou elogio, escreva para o email: [email protected]. Sua opinio muito importante para ns.

    Se voc designer e quer ver seu trabalho divulgado na revista escreva para: [email protected]

    AnnciosEm breve a Editora Leon estar

    abrindo espao para anunciantes. Preos de anncios assim como informaes sobre a revista sero divulgados no site da Editora Leon. Caso voc queira anunciar na re-vista escreva para o email:[email protected].

    Editora LeonRua Francisco Zicardi, 44 A 132 - Jardim Anlia Franco - So Paulo - SP - CEP 03335-090Telefone (11)3596.2966

    Uma revista digital para quem cria e produz joias

    Esta edio nmero 2 da revista Joias&Design motivo de comemora-o para o time da Editora Leon - A revista fez sucesso!

    muito bom concluir que o mercado aprovou nossa proposta com a Revista Joias & Design. Uma revista tcnica, digital e gratuita.

    Muita gente baixou e leu a revista em seu computador, tablet ou not-book. Muitos tambm nos enviaram propostas de pauta e de artigos. Publi-car matrias que mostrem e ensinem as tcnicas de joalheria, informaes sobre o mercado esse nosso objetivo. Esperamos que voc possa co-nhecer detalhes de tcnicas, obter novas ideias para suas criaes, falar e trocar ideias com nossos colaboradores e com o mercado, profissionais e fornecedores.

    Em plena Copa do mundo de futebol e principalmente aqui no Brasil, nosso site est muito movimentado com pessoas baixando e comentando a revista. Isso para ns tem valor inestimvel - nossa idia funcionou, agra-dou e mostrou atender as necessidades do mercado.

    Fiquem com Deus! At a prxima!

    Rene Carlos Cruz RodriguesEditor chefe

    No perca a edio de Julho/14 da revista Joias&Design que traz como matria de capa a utilizao de fios na joalheria.

    A revista estar disponvel para do-wnload no dia 20 de julho.

  • 3 Revista Joias & Design - Junho 2014

    equipamentos

    Modelagem em ceracom o mini-torno Matt

    A modelagem em cera de anis, alianas e outras peas de joalheria ficou mais fcil com o mini-torno da Matt, uma ferramenta simples que pode ser acoplada ao mandril do motor de chicote, proporcionando um trabalho de mo--delagem mais simples e rpido. Adolfo Mattielo, diretor da empresa e criador do mini-torno tem mais de 30 anos de contribuio com o mercado joalheiro com projetos e produtos que facilitam o dia-a-dia de quem trabalha com joias.

    O equipamento vem com vrios acessrios e vendido pela empresa norte americana Rio Grande por $160 (dlares).

    O mini-torno Matt porttil composto por duas partes principais: a parte onde acoplado o man-dril do motor de chicote e a parte onde coloca-da a ferramenta de corte.

    Na ponta do mandril inserido o tubo de cera acoplado na ferramenta que o mantm preso. Com o mandril em movimento a parte que mantm a ferra-menta de corte aproxi-mada e movimentada para fazer cortes externos ou in-ternos usando as ferramen-tas que acompanham o kit.

    um equipamento simples que no exige espao e pode ser usado na bancada. Tambm no necess-rio experincia. A habilidade de exe-cuo obtida com a prpria execu-o dos torneamentos.

    O kit vem acompanhado de um manual de instrues com 32 pgi-nas com muitos passo-a-passo de projetos. Ele tambm equipado com um medidor de profundidade de corte para aumento da preciso.

    A preciso dos acessrios que acompanham o mini-torno Matt per-mite o ajuste manual, mas preciso, de medidas exatas. Ele pode alcanar vrios tipos de espessuras.

    O corte feito com a presso do polegar do operador na parte que se-gura a ferramenta de corte, permitin-do a aproximao da ferramenta de corte com facilidade e preciso.

    Uma vantagem no uso do mini-tor-no est na possibilidade de modelar manualmente partes de uma pea e, modelar as partes que necessitam de maior preciso, no mini-torno.

    Em muitos casos a criao se desenvolve sem um projeto pr con-cebido. O operador inicia o trabalho de torneamento da pea e cria seu projeto por intuio e recursos que o mini-torno oferece.

    Visite o site da Rio Grande. A em-presa faz vendas para o Brasil regu-larmente.www.riogrande.com

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    Fabrice Broquerie designer mo-dista autodidata, apesar de sua profis-so ser programador, seu interesse por costura o levou a criar uma coleo de roupas confeccionadas com tecidos selvagens, feitos mo por pequenos produtores que utilizam teares antigos de madeira.

    Seu encontro com Ccile o inspirou a aprofundar seus co-nhecimentos em cos-tura e, como ele mes-mo diz: Posso servir criatividade sem limites de Ccile.

    destaque

    Amaltheea criao inspirada no primitivo

    Pingente de ncar, contas africanas e cordes de seda

    O design de joias atrelado ao conceito de moda e estilo pode gerar resultados sofisticados e de grande expresso. Neste ms destacamos o trabalho da Amalthee que uma mistura de design tnico primitivo e contemporneo. O duo perfeito, resultado do encontro de dois artistas,

    designers de joias, roupas, esculturas entre outras criaes. Voc ver nesta matria como os designers da grife francesa Amalthee expressam as razes

    primitivas e instintivas.

    Amalthee uma espcie de animal de duas cabeas. A unio entre a criao, a tcnica e os horizontes distantes

    fonte: www.amalthee.fr

    Ccile Guedj artis-ta visual autodidata h 20 anos. Sua inspirao est em explorar vrias formas de arte simulta-neamente.

    Joias, esculturas, pinturas so frutos de sua mente instintiva, de sua criao a partir do incio do ser huma-

    no, do microcosmo ao macrocosmo, ela transcende o sentido da arte como adorno ou ter e, sim, como ser e sentir.

    A designer tem paixo pelas razes pri-mitivas da criao do ser, pelo poder original do mundo e dos elementos.

    O pblico atingido pela Amalthee, apesar de minoria, especial, reconhe-cem o valor conceitual enraizado em cada pea. Os designers adoram estar na marginalidade, estar fora dos pa-dres de moda e cores brilhantes. De-finem Amalthee como uma mente com imaginrio multi-tnico urbano. Utilizam diversos tipos de materiais que tm significados prprios nas diversas culturas. Cnhamo, contas africanas, papis caligrficos e moe-das chinesas so materiais cheios de memria milenar.

    A designer Ccile e o especialista em costura Fabrice produzem joias e roupas de visual extremamente tnico contemporneo. No seguem moda, cores e estilos, simplesmente reprodu-zem cada pea com total nfase no que cada detalhe representa. O modo como criam suas peas no , de maneira al-guma, estereotipado.

    No so propriamente talisms ou amuletos mas carregam aspectos sim-blicos de sorte e prosperidade.

    Ccile e Frabrice compem juntos looks contemporneos para as mu-lheres que querem um visual diferen-te carregado de significado ancestral.

  • 5 Revista Joias & Design - Junho 2014

    eventos

    Tucson Gem and Mineral ShowA maior feira de pedras preciosas e gemas do mundo31 de janeiro a 15 de fevereiro 2015

    Todo ano, ao final de janeiro e in-cio de fevereiro a cidade de Tucson no Arizona - Estados Unidos se trans-forma na maior mostra de gemas e pedras preciosas do mundo.

    Quando se fala numa feira de pe-dras peciosas e gemas em Tucson parece uma feira realizada num cen-tro de convenes, como tantas ou-tras feiras, mas a Tucson Gem and Mineral Show muito mais do que isso. um evento gigante realizado em vrios pavilhes, hotis e outros espaos. Normalmente so mais de 40 lugares de exposio espalhados por toda Tucson.

    Para quem trabalha com pedras preciosas ou as usa, como o caso de designers de joias, o Tucson Gem and Mineral Show imperdvel. L se conhece gente do mundo todo comprando e vendendo seus produ-tos: gemas, pedras preciosas, joias, produtos para ourives e joalheiros, e muito mais pode-se ver, conhecer e comprar em Tucson.

    Alm das pedras preciosas e ge-mas, nessa poca Tucson tambm palco de mostra de minerais, por isso , para quem vai a Tucson pela primeira vez, importante se informar e saber os lugares onde esto expos-tas as pedras preciosas.

    Nessa poca Tucson vira uma loucura total, quartos de hotis so transformados em estandes de ven-das de produtos, mas tudo muito bem organizado.

    Tucson uma cidade muito hospi-taleira e em todos os lugares da cida-de se encontram informaes sobre as feiras e os lugares onde sero re-alizadas.

    Uma das vantegens de ir a Tucson na Tucson Gem and Mineral Show que os principais comerciantes de

    pedras lapidadas e brutas esto l nesse perodo.

    Se voc pretende ir a Tucson em 2015 reserve pelo menos 15 dias e no deixe de visitar o pavilho da em-presa Rio Grande. Eles apresentam de tudo o que voc pode imaginar para joalheria durante a feira. A Rio Grande uma das maiores fornituras do mundo.

    Outra atrao durante a feira o preo. A maioria dos expositores faz promoes vantajosas. Tem muito designer de joias, joalheiro e ourives, do mundo inteiro, que vai Tucson durante as feiras s para comprar ge-mas, pedras e suprimentos. Segundo alguns visitantes com quem conver-samos, a economia que fazem paga a passagem, hospedagem, sobra di-

    nheiro e conseguem produtos de boa qualidade.

    Durante as feiras tambm so re-alizados muitos seminrios, paletras e workshops, por isso importante saber o que acontecer por l com antecedncia e se programar.

    Algumas pessoas preferem alugar um carro para ter mais mobilidade e aproveitar para passear, se der tem-po, mas o transporte para todas as feiras muito bom e de fcil acesso. Vans, a todo momento, partem de ho-tis fazendo o percurso das feiras.

    Muitos sites, blogs e empresas di-vulgam suas atividades em Tucson.

    Em nossas prximas edies es-taremos abordando eventos isolados com maior interesse para nossos lei-tores.

    Por todas essas caractersticas da Tucson Gem and Mineral Show que estamos divulgando o envento com antecedncia.

    Em 1981, uma reunio em um quarto de hotel em Tucson, durante a participao de uma feira, gerou a criao da AGTA - American Gem Trad Association. Uma associao que trabalha em funo do comrcio de gemas e predras preciosas. Essas pessoas perceberam que precisavam se unir para dar mais credibilidade ao mercado de pedras e disponibilizar informaes para quem comprava e vendia. Tambm precisavam incre-mentar a divulgao de fornecedores e compradores de gemas e pedras.

    Com o passar dos anos a AGTA cresceu e floresceu, para se tornar uma fora lder da indstria na pro-moo tica de pedras coloridas na-turais e prolas cultivadas.

    Criaram sua prpria feira a AGTA GEMFAIR que faz parte da Tuscon Gem and MIneral Show.

    A AGTA est preparando grandes novidades para a feira de 2015.

    Ela ser realizada no Tucson Con-vention Center de 3 a 8 de fevereiro de 2015.

  • 6 Revista Joias & Design - Junho 2014

    capa

    Dar cor aos metais de uma joia por meio de esmaltao uma maneira de liberar a criatividade e extrapolar os limites de cores impostos pelos metais.

    Essa tcnica milenar, mas quando se trata de joias contemporneasas possibilidades criativas vo ainda mais longe - no h limites. isso que voc ver neste artigo sobre Champlev e Cloisonn.

    Champlev/Cloisonnarte de esmaltar joias

    As imagens acima so propriedade de seus autores, detentores dos direitos autorais da criao. Tendo aqui apenas a finalidade de exemplos.

    Aplicar cores sobre a superfcie de metais usando esmalte vtreo a fogo uma tcnica muito antiga. Alguns estudiosos afirmam que ela conhe-cida h mais de dois milnios. Mas, o mais interessante dessa tcnica o que podemos ver nas joias que so produzidas - algumas verdadeiras obras de arte - hoje em dia.

    O processo de esmaltao consiste em aplicar um p mido ou seco vtreo sobre sulcos (cavidades) ou clulas (fios soldados) no metal e vitrifi-c-lo por meio de alta temperatura. So vrias as tcnicas de esmaltao: cloisonn, basse-taille, plic-a-jour, taille dpergne, entre outras que, com o passar dos anos, foram aprimoradas e desenvolvidas para serem usa-das em joias. Elas foram muito usadas na joalheria Art Nouveau e, hoje, muitos designers de joias esto utilizando essas tcnicas produzindo joias contemporneas. Duas das tcnicas de esmaltao, que destacamos aqui, so o Champlev e o Cloisonn.

    Nesta pgina voc v vrios exemplos de joias produzidas com essas tcnicas. Em alguns casos elas se misturam. As tc-nicas de esmaltao hora esto relacionadas com o preparo do metal e hora com a tcnica de esmaltao. Apesar de muito an-tigas so tcnicas que permitem que os resultados de sua apli-cao coloquem essas joias na moda, pois so artesanais e tem grande valor agregado.

    O esmalte aplicado na tcnica de Champlev ou Cloisonn pode ser transparente ou fosco. No caso do trans-parente possvel entalhar a superfcie do metal obtendo desenhos e imagens com efeitos de cores e misturas entre elas.

    Basicamente esse esmalte pode ser aplicado sobre qualquer tipo de metal, no entanto, mais utilizado no ouro, prata e bronze.

    A tcnica artesanal mas possvel conjugar o trabalho com recurso de mo-delagem 3D e serigrafia. Voc ver isso mais a frente.

    Anna Clark Studio

    Cloisonn

    Sandra McEwen

    Judith Goskey

    Jeanie PrattAdriana Rizzo

    Cloisonn

    Cloisonn

    Rachel Emmerson

    Champlev

    Cloisonn

    Cloisonn e Champlev

  • 7 Revista Joias & Design - Junho 2014

    Nos 6 passos ao lado, voc v a tcnica de esmaltao. O esmalte em p mido (vidro micromodo), colori-do, opaco ou transparente aplica-do sobre cavidades do metal. Aps aquecido em alta temperatura (aprox. 800C), num estado lquido, adere ao metal e ao resfriar se transforma em vidro. Na sequncia de passos ao lado vemos o bsico da tcnica de Champlev:

    1 - a pea gravada. 2 - A preparao do esmalte. 3 - Aplicao do esmalte. 4 - A queima. 5 - O polimento. 6 -A pea esmaltada. Esse o princpio bsico da es-

    maltao.

    Imagens da Gar Gar Joalheria Arte-sanal

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    A esmaltao

    Champlev - Cloisonn

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    Champlev Cloisonn

    A tcnica de Champlev consis-te em aplicar o esmalte em reas do metal rebaixadas por diferentes mtodos. Alguns so entalhados por meio de buril, outros por corroso e outros por fresagem.

    Vacheron Constantin

    Cartier

    Sandra McEwen

    A tcnica de Cloisonn consiste na formao da imagem por meio de fios achatados que formam clulas onde ser aplicado o esmalte.

    Jane Short

    Maggie Bergman

    Champlev

    Cloisonn

    Debbie Sheezel

    Apesar de parecerem simples, as tcnicas Champlev e Cloisonn exigem extrema ateno, habilidade e certa experincia para obter resultados de qualidade e inovao. Tanto nos meticulosos detalhes da preparao do metal quanto na aplicao e queima do esmalte, necessria ateno e cuidado com tudo.

    Passo-a-passo bsico da esmaltao

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    As tcnicas de preparao do metal para o Champlev

    Rebaixamento (entalhe) com buril

    Passo-a-passo bsico do entalhe com buril

    So trs maneiras ou tcnicas para preparao do metal para a esmaltao em Champlev: entalhe com buril, corroso e fresamento do metal.

    A pea a ser entalhada presa a uma morsa giratria e sobre a pea feito o desenho.

    Girando a morsa o entalhe feito sempre com a mesma presso e profundidade no sulco.

    Com o primeiro buril o profissional comea o entalhe do desenho.

    Numa segunda etapa o entalhe feito com mais profundidade.

    Para a tcnica de Champlev a profundidade dever ser estudada com cuidado.

    Girando a morsa no seu eixo, o entalhe feito de forma firme, provocando um sulco no metal.

    Em alguns casos, o profissional utiliza o mesmo buril para os primeiros entalhes. Neste caso, ele apenas entalha com menor profundidade para depois, numa segunda etapa, com o mes-mo buril aprofundar a canaleta. necessrio prtica e habilidade para esse trabalho.

    A preparao do metal usando entalhe com buril, para a tcnica de Champlev, consiste em rebaixar al-gumas reas que formam o desenho. No passo-a-passo abaixo podemos ver o princpio da utilizao do buril

    como ferramenta de corte.O buril tambm uma ferramenta

    bastante usada pelos joalheiros para diferentes finalidades. uma ferra-menta de corte. Ele usado na crava-o para levantar pequenas partes do

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    metal que serviro de apoio para as pedras. Tambm usado para abrir canaletas e fazer entalhes.

    Existem diferentes tipos de buril, cada um com uma funo especfica, por isso, a maioria deles preparada pelo prprio profissional que ir us--lo. Para obter os movimentos neces-srios para utilizao do buril usa-se uma morsa giratria ou dispositivo que gire no eixo, pois o operador usa esse movimento para executar corte com mais preciso, principalmente nos casos de curvas. uma tcnica que requer habilidade do operador.

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    A tcnica de corroso do metal consiste em submergir o metal em cido ntrico e, com isso, corroer as partes no protegidas deixando-as em baixo relevo. Para formar o de-senho que se deseja rebaixar, usam--se produtos protetores como cera de abelha, neutrol, betume, tinta etch

    resist, entre outros. Assim, deixa-se reas sem proteo, que sero corro-das e reas protegidas que no se-ro corrodas.

    A chapa de metal deve ser prote-gida nas costas e laterais de maneira que o cido no tenha ao de corro-so nessas reas.

    Submergindo a chapa no cido ntrico em proporo de 7 partes de gua para 3 de cido, as reas no protegidas sero corrodas e rebaixa-das.

    Nos sulcos obtidos pela corroso ser aplicado o esmalte para a tcni-ca de Champlev.

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    1 - O desenho pode ser feito na chapa de metal usando lpis ou lapiseira.

    2 - Desenho completo. Pode-se usar tambm papel carbono para passar o desenho para a chapa.

    3 - As partes que sero protegidas podem ser pintadas com pincel usando o protetor do metal. As reas pintadas no sero corrodas.

    4 - Na imagem pode-se ver toda a rea prote-gida. A rea que ficou exposta ser corroda pelo cido.

    5 - Tanto as reas laterais quanto as costas da chapa devem ser pintadas com o protetor do metal.

    6 - A chapa, depois de protegida imersa em cido usando uma bandeja de plstico. importante o cuidado com uso do cido.

    7 - Aqui pode-se ver a imagem j corroda. O tempo de exposio da chapa no cido depende de testes e do tipo de cido.

    8 - Depois do tempo de corroso a chapa lavada em gua e o material protetor retirado com solvente especial ou produto adequado.

    9 - A pea pronta, lavada e corroda pelo cido.

    Rebaixamento (corroso) com cido

    Passo-a-passo bsico do rebaixamento com cido

    No passo-a-passo abaixo vemos o princpio da corroso com cido. Existem vrias tcnicas para se fazer a prote-o e corroso do metal. Por exemplo: podemos proteger a placa toda e desenhar raspando o material protetor. Outra maneira a demonstrada no passo-a-passo.

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    Rebaixamento por meio de fresagem em mquinas CNC

    O fresamento (rebaixamento) em mquinas CNC tem crescido mui-to nos ltimos anos. Muitos ourives, joalheiros e designers de joias tem adquirido equipamentos CNC ou encomendam seus servios em em-presas especializadas na prestao de servio de fresagem (usinagem). Esse processo consiste em criar a imagem, que se pretende fresar, num software 3D, como o Rhinoceros, por exemplo. O arquivo gerado nesse software enviado para a mquina CNC (equipamento controlado por computador) e a imagem fresada com muita preciso. A mquina CNC de fresagem usa uma ferramenta cor-tante (fresa) que desgasta o material conforme as informaes fornecidas pelo computador formando a imagem em baixo ou alto relevo. Ela executa o trabalho sem que seja necessria a interveno do operador. Ele apenas programa a mquina e ela desgasta o material com movimentos comanda-dos pelo computador.

    Nas duas imagens ao lado pode-mos ver o trabalho da CNC.

    Jasmine Watson

    Uma caracterstica importante do trabalho feito em mquinas CNC que qualquer imagem pode ser repro-duzida vrias vezes sendo a primeira pea exatamente igual a ltima. Os

    detalhes da imagem tambm outro aspecto importante porque possvel reproduzir imagens muito detalhadas como as que vemos na imagem aci-ma.

    Nas mquinas CNC a profundida-de do rebaixamento pode ser contro-lada com preciso e grande uniformi-dade.

    Desde uma imagem muito sim-ples at imagens muito complexas as CNCs reproduzem a profundidade determinada, o que difcil se obter com o processo de corroso.

    Em se tratando de reproduo em srie as CNCs tambm contribuem com a preciso de cpias exatamen-te iguais.

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    Cloisonn e Champlev

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    Na imagem ao lado pode-se ver o cuidado com o posicio-namento dos fios (achatados) usados para criar as clulas na tcnica de Cloisonn. Normalmente so reas pequenas. Nesta imagem podemos ver que a chapa de metal j recebeu outro tratamento de entalhe antes da aplicao dos fios para formao das clulas .

    Os fios so colados e depois soldados na chapa de metal. A espessura dos fios determinante para os efeitos que se pretende alcanar. Normalmente so fios muito finos.

    O grande valor agregado deste tipo de trabalho est na riqueza de detalhes obtidos pela habilidade de quem o faz, como se pode ver na imagem ao lado, normalmente ima-gens muito pequenas ricas em detalhes. Alguns profissionais usam lentes especiais e microscpio para aplicar os fios.

    A artista plstica e designer de joias Sandra McEwen nos mostra uma se-quncia de passos na execuo de um pea em Cloisonn. 1 - Os contornos de enquadramento da pea so cortados em separado. 2 - Os contornos so soldados em uma base de prata. 3 - inicia a aplicao dos fios torcidos que formaro as clulas do Cloisonn. 4 - Mais clulas so aplicadas. 5 - A pea completamente preenchida pelas clulas de fios achatados. 6 - Incio da esmaltao. 7 - Diferentes camadas da esmaltao. 8 - Fase final da esmaltao.

    Vacheron Constantin

    Sandra McEwencloisonn

    As tcnicas de preparao do metal para o Cloisonn

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    1 - O pedao de vidro modo e misturado com gua.

    4 - A folha de prata moldada.3 - A folha de prata cortada no formato da pea.

    2 - O desenho elaborado em detalhes.

    13 - Aplicao do esmalte no lado em Basse Taille.

    12 - Detalhe do desenho esculpido - Basse Taille.

    11 - Detalhe do rebaixamento - Champlev.

    10 - Aqui vemos a aplicao do esmalte.9 - No lado direito o esmalte aplicado nas reas esculpidas.

    8 - No lado esquerdo o esmalte aplicado no rebaixamento.

    5 - O pino das costas da pea soldado. 6 - Os detalhes do desenho so transferidos para a pea.

    7 - No broche foram usadas duas tcnicas: Champlev e Basse Taille.

    Jane Shortbroche com Champlev

    A esmaltadora Jane Short nos mostra em detalhes, no passo-a-passo a confeco de um broche utilizando as tcnicas de Champlev e Bas-se Taille.

    As imagens do passo-a-passo a seguir foram extradas do vdeo que mostra o trabalho de Jane Short.

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    29 - Lavagem da pea. 30 - Lavagem da pea 31 - Broche pronto.

    28 - Queima final.27 - Depois da queima a pea lixada com pedra carburundum.

    26 - Aplicao do esmalte do lado Champlev.

    25 - Queima da nova camada.24 - Aplicao de nova camada.23 - Detalhe da pea sendo retirada do forno.

    20 - Aplicao do esmalte.

    19 - Esmaltes j preparados.18 - Detalhe do vidro sendo triturado e mistu-rado na gua.

    17 - Detalhe do vidro sendo triturado.

    16 - Amostras do esmalte transparente.14 - Detalhe da imagem sendo esculpida no lado Basse Taille.

    15 - Amostras do esmalte brilhante.

    21 - Aplicao do esmalte. 22 - Detalhe da primeira queima.

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    tendncia

    Maxiuma tendncia que se mantm em alta

    A tendncia Maxi abriu de vez as portas para a criatividade. Designers de joias e acessrios do mundo intei-ro esto explorando ao mximo essa tendncia que mostrou agradar as mulheres, que se mantm em desta-que por alguns anos.

    Para os designers, a tendncia Maxi amplia todo potencial criativo, dando grande destaque s peas que esto sendo criadas em diferentes cores, materiais e formas.

    O interessante que o Maxi ul-trapassa os limites das estaes do ano, se adaptando a cada uma delas de maneira flexvel e com muito bom gosto.

    Para os designers que ainda esto em dvida sobre desenvolver peas explorando o Maxi as evidncias so fortes de que uma tendncia que se manter por bom tempo. Essa afir-mao vem de uma anlise do que as revistas como Vogue, a de maior influncia e Elle a de maior tiragem, vm mostrando em suas pginas edi-toriais.

    Blogueiras nacionais e internacio-nais tambm dizem o mesmo: a ten-dncia explora as cores, pedrarias, tecidos, materiais artesanais, tnicos e outros materiais como borracha, por exemplo.

    O acrlico continua em alta com as formas geomtricas.

    As grandes grifes aderiram a moda do Maxi e esto fazendo su-cesso.

    Os brincos tm se destacado por serem peas poderosas no look de qualquer mulher, principalmente quando aliados ao look da roupa.

    D pra ver nas pginas editoriais de blogs e revistas que os designers esto dando toques especiais nos brincos por serem os preferidos das mulheres.

    Segundo especialistas necess-rio criar uma pea Maxi com cuidado, principalmente para serem usadas com produes mais neutras devido seu grande poder de atrao no look.

    Superando as tendncias dos veres de 2013 e 2014 o tamanho Maxi continua com sucesso, proporcionando um verdadeiro show nacriatividade, explorao de novos materiais e design arrojado

    Agua de Coco

    Dolce & Gabbana Dolce & GabbanaAngela Robishaw

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    Chanel

    Teresa Sullivan Badgley Mischka

    Carolina Herrera

    Chanel Runway

    As pulseiras tambm se mantm em alta. Alguns designers divulgam suas peas (joias e bijuterias) orien-tando o uso da pea com a roupa. Sem dvida essa uma maneira de agregar valor ao produtos.

    O que se pode observar no visu-al das peas que os designers se preocuparam com os aspectos de elegncia e feminilidade. Isso aten-de as necessidades de produtos

    como acessrios, bijuterias e joias, que mesmo extravagantes mantm padres estticos e de bom gosto. Essa outra caracterstica que tem mantido o Maxi em alta, o bom gosto e o cuidado dos designers em criar peas que atendam as vontades das consumidoras, mantendo o padro de elegncia mesmo sendo muito chamativos.

    Alguns blogs comentaram sobre o cuidado que se deve ter ao usar pea maxi com roupas estampadas e mais chamativas. Novamente entra a habilidade e criatividade do designer, como podemos ver na foto acima, a esquerda da Chanel e, na foto abaixo

    ao centro, da Carolina Herrera, com tremendo bom gosto na escolha de cores e formas.

    Com todo potencial da tendncia Maxi e, considerando as mulheres mais discretas e cautelosas com exa-geros, muito provvel que em brave surja tendncias como: Meio Max.

    At a prxima!

  • 16 Revista Joias & Design - Junho 2014

    Luciana Preuss designer e professora de desenho e ilus-traes de joias. Participou da equipe que montou o primeiro curso de Ps Graduao em Design de Joias da PUC-RJ, na graduao em Design de Joias da Universidade Veiga de Al-meida, no Senac-RJ e, atuou tambm, como professora de Ilustrao de Joias na Gradua-o de Desenho Industrial, na PUC-RJ. Decidida a desenvol-ver um trabalho mais personali-zado fundou o Atelier Lu-ciana Preuss para se dedi-car a peque-nos grupos de alunos.

    Atelier Luciana Preussdesenvolvendo a habilidade e acriatividade no design e ilustrao de joias

    escola

    Para Luciana, um desenho de jias a ferramenta de comunicao entre o designer e os clientes da jo-alheria ou o fabricante. Atravs do desenho, todos os envolvidos podem compreender e visualizar a pea an-tes da sua produo. O desenho deve ser preciso, a fim de mostrar todos os detalhes relevantes, para evitar mal--entendidos e para permitir que o jo-alheiro/ourives faa a pea com um mnimo de assistncia ou explicao.

    Luciana tambm ministra cursos de design de joias no atelier. Vale a pena conferir.

    A Joia no s um objeto de adorno pessoal, ela carrega em seus contornos e cores, a essncia e a personalidade de quem a escolhe. Essa essncia comea no prprio desenho da pea, seja ele tcnico ou um esboo. O designer consegue, com seus primeiros rabiscos,

    caminhar atravs de sua inata criatividade. Seus desejos e sua imaginao alcanam a realidade atravs do desenho.

    Luciana tambm escreveu o li-vro Desenho Tcnico de Joias pu-blicado pela Editora Leon. Ele tem como objetivo orientar o profissional e o aluno de design de joias na tare-fa de representar em forma de de-senho tcnico as criaes de joias, bijuterias ou adornos pessoais. uma obra que atende s expectati-vas de estudantes e profissionais que atuam na rea de joalheria e design de joias, para um conheci-mento objetivo sobre as tcnicas do desenho. Nele, ela prope um trabalho sobre o desenho como tc-nica e como linguagem universal.

    O desenho, parte to importante no processo de criao de uma joia, foi o que atraiu Luciana para o mundo da joalheria. Luciana Preuss formada em desenho industrial e Mestre em Design pela PUC-RJ. Atuou como de-signer de joias em grandes empresas do setor joalheiro do RJ e foi vence-dora de diversos prmios na rea de joalheria. Na rea acadmica, foi professora de Tcnicas de Represen-tao, de Ilustrao de Joias e Design de Joias em Universidades do Rio de Janeiro. Atualmente ministra o Curso de Design de Joias, ideal para quem est iniciando os estudos e o Curso de Ilustrao de Joias que voltado para a representao grfica da joia.

    A autora buscou uma linguagem simples e prtica, utilizando dese-nhos ilustrativos de cada tema de-senvolvido. O livro aborda o objetivo da representao grfica, suas ca-ractersticas e peculiaridades. di-vidido em captulos que falam sobre os materiais e instrumentos utilizados nos desenhos, escalas, desenhos em esboos e projeo. Ensina sobre as vistas ortogrficas, dimensionamento e cotagem. Exerccios e estudo dos desenhos de brincos, pendentes, anis, pulseiras, colares, broches e gemas. Finalizando com o ensino dos tipos de perspectiva.

    Livro Desenho Tcnico de Joias

    O Atelier Luciana Preuss fica no Rio de Janeiro. Acesse o blog:http://atelierlucianapreuss.blogspot.com.br/Tel. (21) [email protected]

  • 17 Revista Joias & Design - Junho 2014

    photoshop

    Preparando arquivospara Internet

    Voc cria uma coleo de joias maravilhosa! Foto-grafa essa coleo naquele estudio caseiro que voc preparou com cuidado. As fotos ficam excelentes quan-do vistas no seu computador! Agora s colocar no site, no Face e no Blog. Voc faz isso, mas na hora de ver os resultados na Internet... A imagem demora para carregar, no tem tamanho adequado e a definio est comprometida, mas no seu computador estavam boas...

    Quando se pensa em colocar uma imagem no blog, no site, no Face ou em arquivos digitais (PDF, por exemplo) necessrio que esse arquivo esteja ade-quadamente preparado para um bom desempenho. Nesse desempenho devemos considerar 2 aspectos fundamentais:1 - A qualidade da imagem;2 - Tempo que ela leva para aparecer na tela do com-putador.

    Se um desses dois aspectos falhar, a apresentao da imagem estar comprometida. No basta salvar um arquivo com extenso JPG e coloc-lo na Internet. necessrio ajustar vrios parmetros.

    Vamos ver como fazer isso.

    Apesar de no ser to simples, a fotografia digital de joias em estdios caseiros tem apresentado bons resultados.As cmeras digitais modernas (as simples) tambm tem contribuido com isso.

    Outro recurso para fazer fotos de joias a modelagem 3D e posterior renderizao da imagem.Mas, como colocar essas imagens na Internet ou em arquivos digitais com bons resultados?Que tenham qualidade e que apaream rapidamente na tela do computador de quem a v?

    Imagem modelada no Rhinoceros e renderizada no Brazil for Rhino.

    Arquivo para Internet

    Arquivo para Impresso

    Estas duas imagens pare-cem iguais, no entanto a de cima foi preparada para a Internet e a de baixo para impresso offset.Se voc usar a de baixo na Internet o internauta no ter pacincia em esperar a imagem carregar e, se carregar ter problemas com a definio.Imagens colocadas na In-ternet precisam ser pre-paradas para isso.

    Talvez voc no saiba que quan-do v uma imagem impressa numa revista, num catlogo ou na Internet, essa imagem foi preparada de uma maneira para ser exibida na tela de um computador, celular ou tablet e de outra para ser exibida nas pginas de um material impresso.

    Preparar esses arquivos requer conhecimentos tcnicos. O profissio-nal que faz esse tipo de trabalho conhecido como designer grfico que tem conhecimentos especializados na web e na impresso grfica. Mui-

    tos desses profissionais preparam desde as fotos at os arquivos que sero publicados nas mdias eletrni-cas (Internet) ou nas mdias impres-sas (revistas, folhetos, etc).

    Se voc tem um negcio peque-no, usa seu blog e Facebook para di-vulgar seu trabalho, talvez no tenha verba para contratar um profissional especializado. A entra o problema que muita gente est vivendo.

    Com as facilidades que a compu-tao grfica, os softwares e os equi-pamentos oferecem, muitas pessoas

    fazem isso por conta prpria e sem conhecimentos. Os resultados, mui-tas vezes, so desastrosos.

    Munido de conhecimentos bsicos e sabendo o que est fazendo, seus resultados podem melhorar muito.

    Caso sua empresa tenha verba, aconselhamos contratar um profis-sional especializado. Com isso voc poupar tempo e dinheiro. Todavia, se voc no tem verba siga as pr-ximas pginas e saiba o necessrio para fazer um bom trabalho de publi-cao de imagens na Internet.

  • 18 Revista Joias & Design - Junho 2014

    Imagem vetorial - desenho

    Imagem com serrilhadoou pixelizada

    Imagem bitmap - fotografia

    Arquivo bitmap e vetorial

    Existem apenas duas maneiras de um computador exibir imagens: por meio de vetores ou bitmap.

    VetoresAs imagens vetoriais so desen-

    volvidas por meio de equaes ma-temticas executadas pelo software do computador. O seu computador e os computadores dos servidores da Internet tem esses softwares, como o Windows, por exemplo.

    BitmapOs bitmaps ou mapa de bits so

    formados por pequenos quadrados chamados pixels. O pixel a menor unidade de uma representao grfi-ca (imagem) no computador.

    Para formar a imagem de uma foto so necessrios dezenas de mi-lhares de pixels com cores diferentes.

    As imagens vetoriais so obtidas atravs de desenho feito em softwa-res como Ilustrator, CorelDraw, Rhi-noceros, etc. J as imagens bitmap so obtidas por meio de cmeras fo-togrficas digitais ou escaneamento.

    Os arquivos vetoriais so usados para desenhos e as imagens bitmap para fotografias. Na imagem abaixo voc v a mesma imagem em vetor (desenho) e bitmap (fotografia).

    As imagens vetoriais podem ser ampliadas e reduzidas sem perda de definio. Os softwares, por meio de equaes matemticas, permitem

    Arquivos para mdia eletrnica

    isso, no entanto as imagens bitmap quando muito ampliadas podem apre-sentar o fenmeno do serrilhado ou pixelizao.

    Mesmo que voc produza uma imagem vetorial ter de transform-la em bitmap para public-la na Internet.

    Para preparar uma imagem que ser publicada na Internet importan-te considerar os seguintes aspectos:1 - Extenso do arquivo2 - Resoluo da imagem3 - Tamanho da imagem

    O mesmo arquivo produzido para Internet no pode ser usado para um material impresso em offset. Mate-riais impressos requerem outro tipo de preparo da imagem.

    Imagem vetorialPixel

    Imagem bitmap

    1 - Extenso do arquivoQuando produzimos uma fotogra-

    fia por meio de cmera digital, esca-neamento ou um arquivo por meio de renderizao de modelagem 3D, estamos obtendo o arquivo origem da nossa imagem. Esse arquivo poder ser usado para a Internet ou para a impresso offset, por isso funda-mental escolhermos a extenso do arquivo que ser gerado.

    Esse arquivo origem dever sem-pre ser preservado. Aconselhamos que seja salvo como o nome Ori-gem no final do arquivo.

    Existem muitos tipos de extenses para arquivos digitais. As que estuda-remos aqui so: JPG e PNG.

    JPG uma das extenses mais utiliza-

    das em imagens tanto para uso na In-ternet como para impresso, porque alia duas caractersticas importan-tes: tem um bom nvel de qualidade e gera arquivos de pequeno tamanho quando comparado com outros for-matos.

    O JPG chega a trabalhar com quase 17 milhes de cores (24 bits). Isso, com mais a capacidade de com-presso sem perda da qualidade. Es-sas caractersticas mostram porque a extenso (formato) mais usado.

    Os arquivos com extenso JPG

    so usados tanto para a Internet (ar-quivos compactados) quanto para o processo de impresso.

    PNGA extenso PNG mais recente

    do que a JPG. extenso que tam-bm mantm qualidade quando o arquivo comprimido, no entanto, apresenta a vantagem de permitir fundo transparente. Essa caracters-tica fundamental no caso que se pretende fazer montagens de fotos sobrepostas. Os arquivos PNG su-portam milhes de cores e tambm a compresso.

  • 19 Revista Joias & Design - Junho 2014

    Nas imagens ao lado voc v que as duas extenses, JPG e PNG apre-sentam visual igual. Existem diferen-as tcnicas entre elas, mas so pou-cas para o que pretendemos fazer.

    Usar sempre arquivos com exten-so PNG uma boa opo. Com ex-tenso JPG ou PNG a qualidade ser a mesma, entretanto o arquivo com extenso PNG permite que o fundo seja recortado e que voc sobrepo-nha imagens conseguindo composi-es interessantes.

    As mquinas fotogrficas profis-sionais permitem que voc programe a mquina para arquivos em exten-ses diferentes. J as populares no permitem. Todavia, muitas cmeras

    Arquivo com extenso JPG Arquivo com extenso PNG

    populares reproduzem arquivos em JPG com excelente qualidade.

    Os softwares de renderizao como o Brazil for Rhino, permitem gravar ar-quivos de vrios tipos de extenso.

    Como a maioria dos arquivos em JPG e PNG, obtidos com qualidade, podem ser utilizados tanto na Internet quanto na impresso vamos nos ater ao estudo dessas duas extenses.

    Modo de cores do arquivoDepois que voc obteve sua ima-

    gem Origem dever ajustar o modo de cor.

    So muitas as formas de se visu-alizar uma imagem. Na televiso, no computador, no celular, numa revista, num folheto, num livro, etc. Essas for-mas de visualizao exigem sistemas de cores adequados para que a re-produo seja correta quando com-parada ao original.

    So dois os principais sistemas usados para visualizao de ima-gens. O RGB usado nos aparelhos eletrnicos e o CMYK nos processos de impresso offset, por exemplo.

    Se um sistema errado for usado numa determinada imagem os resul-tados podero ser alterados e haver perda de fidelidade ao original. ne-cessrio usar o sistema correto.

    No caso de imagens para Internet usaremos sempre o sistema de cor RGB, por isso importante verificar se o arquivo que voc usar est no modo RGB.

    O Photoshop permite que voc al-tere esses modos para ajust-los ao tipo de trabalho.

    Veja na imagem ao lado como fa-

    Para verificar e alterar o modo de cor de um arquivo abra a imagem no Photoshop. Em seguida clique no menu Imagem e depois em Modo como mostram a setas em vermelho na figura ao lado. Caso o arquivo esteja no modo CMYK clique em RGB.

    Preparar um arquivo para ser publicado na Internet requer o uso de software adequado.So softwares que permitem o tratamento da imagem.

    Aconselhamos o uso do Photoshop, que pode ser considerado o melhor e mais completosoftware para tratamento de imagens do mercado.

    Nele voc ajustar todos os parmetros necessrios de uma imagem para ser publicada na Web.

    zer isso. Outro ajuste a profundida-de de cores.

    Profundidade de cores a quanti-dade de bits usados para definir a cor de cada pixel num arquivo bitmap. Quanto mais bits cada pixel usar, maiores sero as diferentes cores usadas na imagem, porm mais me-mria ele ocupar, isto , o arquivo ser maior, no em seu tamanho visu-al, mas no espao que ocupa na me-mria do computa-dor. Uma profundi-dade de cor de 16 bits permite que cada pixel possa exibir milhes de cores. J uma pro-fundidade de cor com 8 bits permite que cada pixel pos-sa exibir 256 cores.

    Nunca se es-quea que quanto maior for a profun-didade de cores maior ser o arqui-vo, e mais tempo

    ele precisar para aparecer na tela do computador.

    Na maioria dos casos voc pode-r usar a profundidade de cor com 8 bits e obter bons resultados de quali-dade da imagem.

    Abaixo voc v como estabelecer a profundidade de cor do seu arquivo.

    Modo de cor

    Profundidade de cor

  • 20 Revista Joias & Design - Junho 2014

    2 - Resoluo da imagemEntende-se por resoluo a niti-

    dez de detalhes em uma imagem que medida em pixels por polegada ou centmetro. Quanto mais pixels maior a resoluo. Imagens para a Internet usam apenas 72 pixels por polegada enquanto imagens para impresso usam 300 pixels.

    Usa-se 72 pixels na Internet por-que os monitores foram projetados com 72 e 96 pixels. Assim, a imagem com 72 pixels se adequa ao monitor de vrios aparelhos eletrnicos.

    Veja na imagem ao lado como se formam as imagens na tela de um computador. Cada quadradinho colo-rido um pixel. Eles so to peque-nos e to prximos que conseguem formar as imagens que vemos no mo-nitor com boa definio. No entanto, se a imagem for muito ampliada e a quantidade de pixels for inferior a 72 pixel por polegada a imagem ficar pixelizada, isto , serrilhada apre-sentando contornos como se fossem dentes de serra.

    Imagem com resoluo de 72 dpis

    Ampliao at 300% feita no Photoshop Ampliao at 300% feita no Photoshop

    Imagem com 72 dpis de resoluo Imagem com 25 dpis de resoluo

    Imagem com resoluo de 300 dpis

    comum achar que quanto maior for o valor da resoluo maior defini-o o arquivo ter na Internet. Isso no verdade. Arquivos acima de 72 dpis so arquivos que ocasionam lentido na leitura do browser. Muitos sites so lentos e chegam a perder a ateno do internauta pela demo-ra da leitura de imagens. aconse-lhvel usar sempre arquivos com 72 dpis de resoluo. Para os casos de arquivos PDF ou outros formatos que sero vistos no computador mas fora da Internet possvel trabalhar o ta-manho do arquivo em conjunto com a resoluo. Os conhecimentos dessa manobra entre resoluo e tamanho do arquivo podem ajudar muito na produo de arquivos rpidos para

    serem abertos e com boa qualidade de imagem. Nas imagens abaixo fo-ram feitas alteraes na resoluo. A da esquerda tem 72 dpis e a da direi-ta 25. A diferena pequena, pois o

    arquivo que voc est vendo digital. A revista foi produzida em PDF, isto , um arquivo digital para ser visto em computadores e aparelhos eletrni-cos como tablets.

  • 21 Revista Joias & Design - Junho 2014

    3 - Tamanho da imagem

    Aumentar a resoluo de uma imagem Origem com baixa reso-luo apenas aumenta o nmero de pixel e o tamanho do arquivo. Rara-mente melhora a qualidade, por isso, ao fotografar uma joia, bom usar o mximo de definio permitido pela mquina fotogrfica, pois voc po-der ajustar os parmetros para a In-ternet no Photoshop e preservar uma imagem de alta definio caso preci-se dela. No Photoshop voc poder ajustar a resoluo da imagem como

    Resoluo da imagem mostrado ao lado, clicando no menu Imagem, depois em Tamanho da imagem e em se-guida na caixa que estabelece o valor de resoluo.

    A qualidade de uma imagem di-gital ser definida por dois aspectos que trabalham sempre associados: a quantidade de pixels por polegada (resoluo da imagem) e o nmero de pixels na horizontal e na vertical (tamanho da imagem em cm).

    Abrindo seu arquivo Origem no Photoshop voc poder conferir os parmetros de tamanho da imagem.

    Para servir como exemplo, abri-mos o arquivo Anis Origem no Photoshop. Figura 1 ao lado.

    Esse arquivo foi obtido por mode-lagem 3D no Rhinoceros e renderiza-do no Brazil for Rhino com as carac-tersticas que vemos ao lado.

    Para analis-lo, clicamos no menu Imagens e depois em Tama-nho da imagem, Figura2.

    Veja na Figura 3 os parmetros de tamanho do arquivo:1 - Ele tem 454,5K (kbytes)2 - Largura 425 X 365 de altura em pixels.3 - Largura 14,99 X 12,88 de altura em centmetros.

    4 - Resoluo de 72 pixels por polegada (ppi). Vamos fazer uma ex-perincia. Para aplic-lo nesta pgi-

    3

    1

    na vamos reduzir a largura em cm para 5,8 que a largura desta co-luna. Veja na Figura 4 a imagem aplicada nesta pgina. Observe na Figura 5 que ao alterarmos a largura para 5,8 os outros par-metros tambm foram alterados.

    Depois de fazer a alterao, an-tes de aplicar o arquivo na pgina o salvamos com outro nome para preservarmos o arquivo origem.

    Como esta uma aplicao di-gital, voc est vendo a revista em PDF (arquivo digital) a qualidade tem um bom nvel.

    Desta maneira voc ter seus arquivos para Internet corretamen-te estruturados e com qualidade boa de apresentao da imagem.

    Sabendo qual a largura que voc precisa em pixel para publi-car sua imagem na Internet voc ajusta os parmetros da imagem no Photoshop e tem a imagem correta para a divulgao dos seus produtos .

    2

    45

  • 22 Revista Joias & Design - Junho 2014

    Usando o recurso de otimizao para Web

    O Photoshop oferece um bom re-curso para preparar arquivos para a Internet. Lembre-se sempre de usar e preservar o seu arquivo origem. Ele servir tanto para a Internet como para aplicao de impresso.

    Uma vez com o arquivo origem aberto no Photoshop, clicamos no menu Arquivo e em seguida Salvar para Web, Figura ao lado.

    Uma nova janela ser aberta, Fi-gura 1. Nela voc tem todos os pa-rmetros que precisa para criar um

    arquivo adequado para uma publi-cao digital.

    No adiantaria nada voc usar esse recurso se no soubesse como ajustar os parmetros que precisa.

    No necessrio alterar to-dos os parmetros disponveis no recurso Salvar para a Web. Na imagem abaixo mostramos os prin-cipais parmetros que voc dever usar para obter uma imagem de qualidade.

    Veja na Figura acima que depois de clicar em Salvar para Web a ja-nela, Figura 1, apresenta as opes de parmetros. Na opo A esco-lhemos PNG-8. Na opo B esco-lhemos Impresso 4up que mostra as quatro janelas com diferentes op-es para o arquivo PNG. Nessas janelas voc pode visualizar o resul-tado das imagens. Elas mostram do lado esquerdo, bem abaixo, o tipo de arquivo, o tamanho do arquivo em K e o tempo de carregamento da ima-gem. Ela tambm mostra do lado direito, bem abaixo, o percentual de pontilhamento, a paleta de cores e o nmero de cores. Esses parmetros

    2

    1A

    B

    C

    D

    F

    podem ser ajustados na janela da direita e as imagens se modificam em funo das modificaes. Ob-serve que a converso para RGB automtica. Na janela D voc pode alterar o tamanho da imagem em pixels ou em percentual. Pode, ain-da, ajustar a qualidade da imagem.

    Depois de ajustar os parmetros voc tem a opo de visualizar a imagem num browser a sua escolha. Esse recurso proporciona a visualiza-o exata de como sua imagem ir ficar depois de publicada, Figura 2.

    Clicando em Salvar voc ter o seu arquivo preparado para publicar na Internet.

  • 23

    A tradio com o Ouro 18k (750) amarelo est muito arraigada ao brasileiro. Essa preferncia parti-cular de cada cultura, de cada pas. Na Inglaterra a liga 9k a aprecia-da, j os Estados Unidos so fs do ouro 14k. Portugal e Espanha pre-ferem ligas mais altas, enfim. Fabri-cantes europeus chegam a oferecer a mesma pea em diferentes ligas, para que o cliente no se prive de ter uma joia porque ela no cabe no seu bolso.

    J aqui, em terras verde e ama-relas: Joia que no ouro 18 no joia... quem sabe estejamos pre-senciando o incio de algumas mu-danas .....

    O cenrio do Ouro tem sofri-do grandes alteraes nos ltimos tempos. A Bijuteria e o Folheado ganharam espao e o gosto do consumidor. A joia de ouro precisa enfrentar a questo da segurana, do alto preo, restries quanto ao peso, oscilaes da Moda, enfim.

    Visando estimular esse segmen-to surge o Ouro 10k (416).

    metais

    Um novo OUROvem a!

    O cenrio do mercado joalheiro em relao ao ouro vem se alterando nos ltimos tempos. As preferncias dos

    consumidores se alternam devido ao preo,modo e outros aspectos de mercado.

    Um novo ouro pode estimular esse mercado.

    Ouro 18k (750)750 partes ouro250 partes de outros metais

    Ouro 10k (416)416 partes ouro584 partes de outros metais

    O trabalho dedicado na confec-o de uma joia de ouro 18k o mesmo para uma joia 10k, o mes-mo para uma joia em prata e quase o mesmo para uma folheada.

    A diferena bsica que o ouro 10k mais barato do que seu primo rico 18k. Na liga de ouro 18k (750) temos 750 partes de ouro para 250 partes de outros metais, ou seja, da joia ouro puro. Na liga de ouro 10k temos 416 partes de ouro para 584 partes de outros metais. Mui-to mais de outros metais do que de ouro puro.

    O fato constatado pelo merca-do de que as classes scio-eco-nmicas C e D tm conquistado maior poder de compra faz com que a liga 10k seja uma oportunidade a ser considerada com carinho, ape-sar de todas as resistncias senti-das at o momento.

    Mario Rodrigues, Mesa de Ouro da Reserva Metais, tem competn-cia para apresentar dados impor-tantes desse segmento:

    O mercado do Ouro 10k atual-mente est restrito ao sul do Brasil com nfase no Rio Grande do Sul que detm 90% da demanda. Pa-ran e Santa Catarina juntos repre-sentam 10% desse mercado.

    Ainda, segundo Rodrigues, po-demos observar um caso inusitado no Rio Grande do Sul, mais espe-cificamente na cidade de Baro de Cotegipe. Micro e pequenas empresas, familiares, a maioria trabalhando na informalidade, de-dicam-se produo de joias h

    anos. A Estamparia a tcnica de produo escolhida. L eles usam as ligas 14k e 10k normalmente. A distribuio dessas joias, segundo esses produtores, feita nos es-tados de Santa Catarina e Paran. Por amostragem perceptvel que neste segmento a demanda maior que a oferta, muitos fabricantes tra-balham com dficit de capacidade de entrega.

    Bom no?!!!

    O fato que toda novidade gera dvidas, inseguranas. O importan-te poder ter opes, poder esco-lher.

    O ouro, seja 18 ou 10k, continua sendo um metal nobre e oferece to-das as vantagens que lhe so pos-sveis. Talvez, nesse novo momento da joalheria brasileira, o importante seja avaliar o design, o acabamen-to, a qualidade das gemas e outros itens que agregam valor joia. Afi-nal, h tempos a joia no apenas um investimento, longe disso, ela uma forma de expresso, um conta-to prximo da arte com o consumi-dor final, um bate papo entre o autor e o cotidiano. No podemos deixar que nosso gosto pessoal interfira na opo de escolha de outras pes-soas.

    Vamos aguardar e ver quais se-ro as conquistas do Ouro 10k.

    Mrcia Pompei

    Fonte: Mario Rodrigues Mesa de Ouro - Reserva Metais www.reser-vametais.com.br

    Marcia Pompei

  • 24 Revista Joias & Design - Junho 2014

    Logo aps o lanamento da revista, surgiram muitas sugestes de arti-gos. Um deles me chamou a ateno: Texturas nas joias enviado pela de-signer de joias Sandra Argene. Um bom tema, visto que so tantas pos-sibilidades, tantos recursos, desde os mais simples at os mais sofisti-cados. importante conhecer essa variao que pode mudar todo o vi-sual da pea.

    texturas

    Texturas na joalheriaOs recursos e tcnicas de joalheria para trabalhar sobre as superfcies dos

    metais so ilimitados. Alguns deles podem no ser considerados texturas, no entanto, por oferecerem o recurso de modificar e incrementar

    o visual do metal vou apresent-los. Ento vamos l!

    A mais conhecida de todas as tex-turas. O brilho encanta os olhos desde o incio dos tempos. O metal oferece esse recurso de uma forma extrema-mente intensa. Para que brilhe ne-cessrio um pr acabamento que feito com limas, lixas e o polimento em si. So usadas diversas gramaturas de lixas durante esse acabamento, assim como as massas de polimen-to, tambm podem ser vrias. O re-sultado a aparncia de um espelho.

    Aqui perdemos um pouco em bri-lho, ele atenuado, com suavidade. A inteno de que o metal perca o brilho, apenas isso, sem causar mar-cas em sua superfcie. Essa textura pode ser conseguida com Jato de Areia ou uma lixa muito fina (600).

    Lembra muito a textura acetinada, porm, mais intensa, mais porosa. Pode ser obtida com o uso de uma lixa mdia (320) ou com as fresas di-amantadas.

    AcetinadaPolida

    Fosca

    Marcia Pompei

    Aqui o metal fosco, porm, com finas ranhu-ras que lembram riscos na su-perfcie. Esses riscos podem seguir um s sentido ou criar efeitos dife-rentes como formas circulares. Es-covas metlicas so as mais indica-das para conseguirmos essa textura.

    Pode ser vista com o nome de Pav, uma tcnica tradicional e bem conhecida entre os cravadores. usado o buril para levantar pequenas farpas do metal. Cada uma dessas farpas ser pressionada com uma ferramenta chamada Peloir ou Bo-lineador, para transform-la numa bolinha. Estamos falando de medidas muito pequenas, coisa de 1mm no mximo, e de muitas bolinhas juntas, cobrindo a superfcie. Na maioria dos casos, os granitos so feitos sobre o metal para dar a iluso de que ali

    Granitada

    existem diamantes. Como o pav de pedras feito com granitos, quando preciso economizar na pea, so colocados granitos nos espaos va-zios, para no empobrecer a pea. O efeito obtido to bonito que aca-bou por ser considera-do tambm uma textu-ra.

    Escovada

    Ida Seratti

    Mrcia Pompei

    Tuca Ahlin

    Mrcia Pompei

  • 25 Revista Joias & Design - Junho 2014

    Uma textura que, como o prprio nome diz, obtida atravs de um dia-mante. A superfcie parece repleta de pequenas estrelas. usada uma ponteira que tem cravada na ponta um pequeno diamante bruto. A super-fcie desse diamante martelada sobre o metal criando esse efeito ini-gualvel. A ponteira com diamante fixada ferramenta martelete, usa-da no motor. O martelete faz com que a ponteira se atrite contra o metal, imprimindo a forma do diamante no mesmo. Ao mesmo tempo em que de-forma a superfcie (afundando-a) ele d brilho nessas pequenas marcas.

    Essa textura formada com o desgaste do metal feito com um buril. Imagine uma ferramenta que corta a superfcie metlica, retira lascas, isso que faz o buril. Podem ser li-nhas retas, curvas ou a unio de v-

    rias formas. Quando cor-ta o metal o buril deixa essa super-fcie brilhan-do, como se estivesse facetada e espelhada.

    A impresso que se tem de que a pea caiu no cho e ficou toda mar-cada. Aqui usado o martelo para dar esse efeito. De acordo com o perfil do martelo podemos variar a aparncia da textura (martelo plano, martelo bola, martelo de quina etc).

    MarteladaFlorentinaDiamantada

    LimadaUma irm da textura Martelada,

    lembra muito em aparncia. Ao invs de martelo, usada a lima para des-gastar a superfcie. O martelo marca, afunda - a lima desgasta. Uma das di-ferenas que com a lima no pos-svel desnivelar muito a pea, o limite

    menor, j o martelo tem maior liberdade para defor-mar a pea.

    Aqui utilizamos desgaste com cido. Pode ser feita de forma ar-tesanal ou num nvel de alta produ-o (foto corroso). Um desenho definido na superfcie metlica e o desgaste feito nos pontos de-sejados. Pode chegar, inclusive, a perfurar o metal se assim for o de-sejado, nesse caso pode ser classi-ficado como vazado e no textura.

    Corroso

    Podemos imprimir um material sobre o metal. Os melhores efeitos so conseguidos usando um lami-nador. Um pedao de tecido, de fi-bra natural, um arame ondulado, um renda, uma flor, entre outros, podem ser marcados na superfcie quando prensados no laminador.

    Agradecemos a participao da Sandra. Esperamos ter atendido sua proposta. Vai aqui uma mostra do tra-balho da Sandra. Grande abrao!

    Impresso

    Essas so tcnicas muito antigas e difceis. muito comum v-las jun-tas compondo peas, por isso tam-bm esto juntas aqui. A Filigrana feita com fios metlicos extrema-mente finos. Esse fios so agrupados para criar formas como ptalas, fo-lhas, circunferncias e muitas outras. Em alguns casos, esses desenhos de Filigrana so acomodados sobre uma superfcie metlica, nesse caso podemos considerar uma textura. A Granulao formada por peque-nas bolinhas metlicas que podem variar em tamanho para criar dife-rentes efeitos. A Granulao usada para dar acabamen-to Filigrana ou para compor o visual da pea.

    Filigrana e granulao

    Sandra Argene

    Marcos de Angelis

    Patricia Fonseca

    Roberta Ojeda Firmino

    Ida Seratti

  • 26 Revista Joias & Design - Junho 2014

    Livros tcnicos sobre joias

    Livros

    Joia-Como se faz

    Renderizando joias com Brazil for Rhino Desenhando joias com Rhinoceros

    A autora do livro Mrcia Pompei ingressou na Joalheria com Bobby Stepanenko no fim dos anos 80. Nos anos 90, inaugurou a escola de joa-lheria Atelier Mrcia Pompei e o por-

    Elinia Rosetti, autora do livro, formada em Artes Plsticas, estudou tcnicas de joalheria e especialista em computao grfica 3D. Durante anos executou projetos manualmente e afirma: O perfil atual do consumidor, fez com que as empresas buscassem formas mais rpidas e precisas para o desenvolvimento de suas joias.

    O livro ensina a modelagem digi-tal ou 3D, atravs do software grfico Rhinoceros. A obra pretende ensi-nar principiantes e designers de joias profissionais a modelar joias em 3D, alm de dar dicas sobre o processo de produo. No Rhinoceros possvel girar o desenho, modific-lo alterando formas, dimenso, peso ou qualquer outro detalhe. A interface do Rhino simples e intuitiva facilitando o traba-lho do designer.

    O modelagem no Rhino permite a criao de arquivos em separados para serem posteriormente anexados a uma nova pea. Desta maneira o designer pode criar seu banco de dados com arquivos diferentes, que podero ser usados em criaes futuras permitindo grande flexibilidade na manipulao e importao desses arquivos

    A modelagem 3D proporciona qua-lidade na produo, minimiza custos com prototipagem, processos de pro-duo e viabiliza os testes do produto antes do lanamento.

    Rene Rodrigues e Ronaldo Rodri-gues so autores deste livro. Rene ingressou na joalheria em 2004, fez diversos cursos de joalheria de ban-cada, industrial e gemologia. fun-dador da Editora Leon e editor-chefe da Revista Joias & Design. Ronaldo Rodrigues pesquisador cientfico e atuou como professor universitrio de graduao e ps graduao em ad-ministrao por mais de 10 anos.

    O livro Renderizando Joias com Brazil for Rhino foi idealizado para

    que leitores aprendam a renderizar as modelagens criadas no Rhino-ceros com qualidade, mesmo sem conhecimento do software. E que os profissionais mais experientes possam descobrir novos caminhos e ampliar seus conhecimentos. Numa linguagem simples e direta, os au-tores usaram o sistema de passo-a--passo, com imagens coloridas, para apresentar os recursos do Brazil for Rhino.

    Segundo os autores o Brazil for Rhino um verdadeiro estdio foto-grfico que voc tem em seu compu-tador, pois ele transforma qualquer modelagem 3D em fotos realistas com grande preciso.

    Ainda segundo os autores, a gran-de vantagem de renderizar no Brazil for Rhino - a imagem modelada no Rhinoceros - a possibilidade de se fazer qualquer tipo de reproduo representando os diferentes tipos de materiais usados na joalheria. O sof-tware completo e disponibiliza um grande nmero de ferramentas para tudo que preciso para alcanar alta qualidade.

    tal joalheiro www.joia-e-arte.com.brSeu livro mostra todos os mean-

    dros da confeco da joia, desde seus ingredientes at os profissio-nais que a materializam e as tc-nicas empregadas. Fala sobre as etapas do processo de produo das joias, sobre os metais e gemas, materiais alternativos, fotocorroso, acabamento da joia e, ainda, sobre folheados, bijoux e biojoia. Explica o trabalho do ourives e do designer de joias. Tudo isso numa linguagem extremamente didtica. No final apresentada uma galeria com peas criadas e produzidas por joalheiros brasileiros. colorido na maioria das pginas e ricamente ilustrado.

  • 27 Revista Joias & Design - Junho 2014

    Joias-criao e design

    Este um livro do autor Carlos Sa-lem, designer e professor do ramo jo-alheiro. Possui lies passo-a-passo de desenho de joias e colorao de metais e gemas. Textos e ilustraes

    Desenhando Joias com Rhino-Gold o segundo livro da designer Elinia Rosetti. Seguindo a lingua-gem do livro anterior, este livro traz exerccios passo-a-passo de como desenhar brincos, pingentes e anis utilizando as ferramentas paramtri-cas do software. O livro possui 250 pginas em cores e mais de 2.000 imagens, que facilitam o entendimen-to da ferramenta utilizada e a visu-alizao do exerccio, ensinando a modelar 24 joias passo-a-passo. So ensinadas todas as principais tcni-

    PurificarMetais Preciosos

    Eduardo Sperb, autor do livro, diplomado em Fsica e Engenharia Nuclear, tem mestrado em Engenha-

    Desenhando Joias com Rhinogold

    Adquira estes e outroslivros no site

    www.editoraleon.com.br

    Joias-Modelagemem Cera

    Carlos Salem autor deste livro Joias - Modelagem em cera e desig-ner de joias. Desenvolve uma metodo-logia de ensino em joalheria e design h mais de 15 anos. Foi professor de joalheria, escultura em cera, desenho de joias e desenho bsico nos cursos de estilismo e decorao do Senac Moda, durante 12 anos. Participou de vrias exposies no Brasil e no exte-rior, possui uma experincia com mais de 2000 alunos incluindo sua escola.

    O livro bastante didtico e con-tm tcnicas passo-a-passo de como se fazer escultura em cera, confec-o e corte de molde em borracha. A obra contm orientao sobre as tcnicas de fundio, modelagem em cera, corte de borracha e cravao, tipos de cera, utilizao e afiao de ferramentas, entre outras, de-monstradas com mais de 300 fotos, com textos tericos e explicativos.

    de fcil entendimento para o desenho e projeto de joias. Livro de consulta para designers, lojistas e fabricantes. Contm um captulo especial para o vendedor de joias. Este livro vai reve-lar a voc, passo a passo, os segre-dos da criao e desenho de joias. Mtodo consagrado e testado em mais de 2000 alunos em 90 turmas por 15 anos de ensino. Neste livro a prioridade a criao, respeitando--se a convico de que comear por ela a melhor maneira de formar artistas e que a tcnica s deve ser buscada na medida da necessidade.

    proposto um roteiro simplificado para o iniciante e a partir desta pro-duo, passa a discutir e aprimorar o conhecimento tcnico do desenho.

    ria dos Materiais e Engenharia Solar. Pesquisou vrias tcnicas de refino de metais nobres, otimizando proces-sos atravs de ensaios de laborat-rio. Depois de 20 anos de experincia no refino de metais preciosos, o autor cuidou da otimizao dos processos que os envolve e os descreve no livro.

    Sua obra rica em informaes tericas apresentando diversos pro-cessos de purificao de metais e a escolha de acordo com cada situ-ao. Os processos so detalhados passo-a-passo, com uso de diversos produtos qumicos. um livro indi-cado para quem pretende trabalhar com purificao de metais ou mes-mo para quem deseja conhecer o assunto para melhor aproveitamento de sua sucata de trabalho com joias.

    cas de cravao, modelagem rpida e fechamento de arquivo para pro-totipagem rpida. Todos os modelos so exclusivos e foram criados pen-sando nas dificuldades que o leitor pode ter no processo de produo de uma joia. O livro completo e ensi-na, ainda, como criar fotos realsticas da sua joia a partir do arquivo digital.

  • Escola de joalheriaO Atelier Mrcia Pompei

    desde 1997 conta com professoresaltamente qualificados e uma sriede cursos para atender quem buscaconhecimentos no ramo de joalheria

    www.joia-e-arte.com.br Tel: 11 5181-7968

    So [email protected]

    Atelier Mrcia Pompei

    Cursos ministradosJoalheria - Curso bsicoJoalheria - Curso intemedirioJoalheria Clssica (Tradicional)Joalheria ContemporneaCriao em bancadaLapidao de GemasForjaCasamento de metaisDesign de Joias - Curso bsicoDesign de Joias - Curso avanadoDesign de Joias - 3D RhinocerosModelagem em ceraFundio por cera perdidaMolde de borracha e Injeo de cera para fundioEsmaltao em Joalheria - Bsico e AvanadoInlay de pedrasTitnio na joalheriaCravao - Curso bsicoCravao - Curso avanadoTear em joalheriaAlumnio Anodizado na joalheriaAcrlico na joalheriaLaca JaponesaGemologiaMontagem de Colar de ProlasColar articulado com fio metlicoColees de joias - A criaoFormao de preos em joalheriaInformaes para o vendedor de joias

    Um dia na semana reservado para o Atelier Livre, perodo em que o aluno utiliza as ferramen-tas, instalaes e equi-pamentos do Atelier para adiantar seus exerccios ou produzir novas peas, por conta prpria, sem a presena de professor. Uma pequena taxa co-brada, por hora de Atelier Livre.

    Pag 1 - CapaPag 2 - EditorialPag 3 - EquipamentosPag 4 - Destaque AmaltheePag 5 - Tucson Gem and Mineral ShowPag 6 - Capa Champleve e CloisonPag 14 - Tendncia MaxPag 16 - Atelier Luciana PreussPag 17 - Como preparar arquivos para InternetPag 23 - Um novo ouro vem a!Pag 24 - Texturas - Marcia PompeiPag 26 - LivrosPag 28 - Atelier Marcia Pompei