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PAINEL POLÍTICO 1 30 Março 2011 ESPECIAL ANO I - Nº 3 - 30 março de 2011 - Porto Velho - Rondônia Valor: R$ 6,50 Aumento da passagem de ônibus vira guerra política e jurídica. Veja um raio-x do transporte público “Quanto à lição que posso repassar a todos os meus colegas de profissão, jovens ou velhos, é o amor a causa” – Euro Tourinho ENTREVISTA IFRO - O INSTITUTO DA NOVA GERAÇÃO PROFISSIONAL COLUNA PAINEL POLÍTICO Por Alan Alex Em menos de 15 dias Rondônia perde três grandes personalidades WIN ACADEMIA Tem tudo que a sua saúde precisa A MORTE DOS MAGOS

Revista Painel Político - 3ª Edição

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Terceira edição da revista Painel Político. Como reportagem de capa, uma homenagem as três grandes perdas que Rondônia teve, as mortes de Paulo Queiroz, Manelão e Eduardo Valverde.

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICOAT 130 Março 2011 30 Março 2011 PAINEL POLÍTICO 130 Março 2011

especial

ANO I - Nº 3 - 30 março de 2011 - Porto Velho - Rondônia valor: r$ 6,50

Aumento da passagem de ônibus vira guerra política e jurídica. veja um raio-x do transporte público

“Quanto à lição que posso repassar a todos os meus colegas de profissão, jovens ou velhos, é o amor a causa” – euro tourinho

entrevista

ifro - o instituto da nova geração profissional

coluna painel polÍticopor alan alex

Em menos de 15 dias Rondônia perde três grandes personalidades

WIN

ACAdEmIA

Tem

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aúde

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isaa morte dos magos

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO2 330 Março 2011 30 Março 2011

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO2 330 Março 2011 30 Março 2011

Perdas irreparáveis

Alan Alex - Editor

editorial

Rondônia perdeu três filhos queridos em menos de 15 dias. Foram pessoas que escreveram suas histórias com magia, com sensibilidade e muitas vezes com certa rispidez, mas nunca com rancor. Mane-lão, Paulo Queiroz e Eduardo Valverde deixam suas marcas em cada um que teve o prazer e a honra de desfrutar de suas convivências. Cada um em sua respectiva área, eram monstros gigantescos. Manelão levava no peito e na raça sua Banda do Vai Quem Quer. Paulo Queiroz fornecia textos brilhantes e que engrandeciam a cultura. Eduardo Valverde era um político habili-doso, que transitava com tranqüilidade em todos os setores. Vão deixar saudades. Essa edição de PAINEL POLÍTICO é dedicada a eles.

Uma reportagem especial sobre o problema do transporte público em Porto Velho é o que você vai conferir nas próximas páginas de PAINEL POLÍTICO. Uma situação que se arrasta há várias administra-ções e pelo que tudo indica, está longe de ser resolvida. A prefeitura só se manifesta sobre o tema quando é para aumentar o valor das passagens, que consomem uma boa parte do orçamento doméstico daqueles que menos ganham. Na reporta-gem assinada por Danny Bueno, você vai descobrir que o Sindicato das Empresas de Transporte mantém um escritório precário, onde diariamente dezenas de usuários se vêem obrigados a ficar espre-midos e são atendidos por funcionários mal humorados. O representante das empresas se nega a dar explicações e nem a prefeitura, nem o Ministério Público são capazes de resolver o problema do trans-porte público, que oferece aos usuários um serviço ruim, em veículos ainda piores.

PAINEL POLÍTICO também trás nessa edição uma matéria esclarecedora sobre a

Associação Rondoniense dos Municípios, entidade que reúne prefeitos das 52 ci-dades rondonienses e consegue, graças a essa união, resolver uma série de proble-mas, além de dar suporte técnico e jurídico a esses prefeitos, cujos municípios, em sua maioria, não dispõe de recursos para pagar técnicos e contratar consultores.

Outra importante instituição a ser apresentada aos leitores é o Instituto Federal de Rondônia, que pretende, nos próximos 3 anos, capacitar e qualificar cerca de 13 mil jovens para o mercado de trabalho em diversas áreas. Com a expan-são do mercado rondoniense em todos

os setores, teve-se a clara percepção que mão de obra qualificada por essas bandas é artigo raro.

Também nesta edição, você leitor, vai descobrir que grande parte da região central de Porto Velho pertence à União e é gerenciada pela Secretaria de Patrimô-nio da União. Os moradores dessa área pagam uma taxa anual de moradia, mas nos últimos anos as regras mudaram, e os proprietários de grandes terrenos estão pagando mais.

PAINEL POLÍTICO também apresenta aos leitores as mudanças ocorridas no mu-nicípio de Nova União, em reportagem as-sinada pelo jornalista Rodrigo Guerreiro. A cidade passou por uma transformação nos seis últimos anos graças ao esforço concentrado entre a prefeitura, câmara e moradores.

O representante das empresas se nega a

dar explicações

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO4 530 Março 2011 30 Março 2011

sumário

PAINEL POLÍTICO4 30 Março 2011

entrevista

euro tourinho confira a entrevista com um dos pilares jornalistico de Rondônia

crise no transporte Um raio-X da situação na capital

educação profissional O IFRO veio acelerar o setor

março negro Rondônia perde três personalidades

academia Wim veja a história dessa empresa de grande sucesso no Estado

editorialPerdas irreparáveispg.03

municípioNova União, seis anos de progressopg.12

porto velhoCapital dos acidentespg.24

políticaMoradores de área nobre resistem a pagar taxaspg.33

história Francisco Matias pg.40

coluna Alan Alex pg.41

15municÍpioarom tem grandes expectativas para os municípios em 2011

14eletroBras

10economia

ouro preto do oeste tem Terminal de Auto-tendimento

6

26especial 42 capa 18educação

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO4 530 Março 2011 30 Março 2011

A revista vai conquistar espaço, o que tenho gostado de ver é que o enfoque abrangente, com diferentes assuntos e não somente política, como 90% do que é lançado na cidade. É interessante ler sobre economia, agronegócio e empresas novas na Capital e no interior.Jesualdo pires Deputado estadual

Falar de política com imparcialidade, isso é o mais importante, e é o que tenho lido na revista Painel Político em artigos e notícias. A equipe está de parabéns. glauber luciano gahyva Procurador do Estado de Rondônia

Os artigos pautados são bem escritos opinião não só minha, mas demais pessoas ao meu redor que apreciaram a revista. nelson canedo – advogado

Sou um leitor ávido por informações e a revista Painel Político é dotada de imparcialidade. Está à altura do que leitor merece ler. Uma equipe que são os olhos e ouvidos da sociedade.Wilber coimbra Conselheiro do Tribunal de Contas

opinião

Revista Painel PolíticoUma publicação da A.D. Produções Audiovisuai

Edição: 3Ano: 2011Editor chefe: Alan Alex – 69.9248-8911E-mail: [email protected]

Reportagens: Alan Alex, Danny Bueno, Paulo Queiroz (in memorian), Rodrigo Guerreiro, Paulo Andreoli e Michele Mourão

Comercialização e assinaturas:Verônica Castro69.9282.8677E-mail: [email protected]

Cartas:Enviar e-mail para : [email protected]

Projeto Gráfico: Cesar Prisisnhuki FariaDiagramação: Cesar Prisisnhuki FariaIlustração da capa: Cesar Prisisnhuki Faria

Impressão:Gráfica: Primmor

Tiragem: 5 mil exemplares

A.D. PRODUÇÕES AUDIOVISUAIS LTDACNPJ: 13.153.784/0001-30Endereço: Rua Joaquim Araújo Lima, 1325, sala 1CEP: 76.801.273Fone: 69.3225.7495E-mail: [email protected]

Pagina 45 – II coluna – 6-7 linha – “estão que totalmente integrados ao meio ambiente da fazenda”. Quando o correto seria “estão total-mente integrados ao meio ambiente da fazenda”

Página 43 – III coluna – 7 li-nha – “temos o dever de oferecer o melhor aos nossos paciente” . Quando o correto seria “temos o dever de oferecer o melhor aos nossos pacientes”

Página 41 – “Alax Alex” – Esse

erro se repetiu também na edição 01, mas já foi corrigido.

Quinzena – Dia 13 – pensa-mento não concluído – “Quatro dias depois a escrivã Raimunda Nonata Alves e seu filho Sebastião Bruno que estavam envolvidos com o de-saparecimento da droga” ..... – faltou a frase “foram presos”.

Página 21 – Bandeiras Linha 6 – “Pélo super hávit

da balança comercial”. O correto seria “pelo superávit da balança comercial”

ERRAMOS

Mande sua Opinião

Falhas na edição anterior de PAINEL POLÍTICO

PAINEL POLÍTICO

PAINEL POLÍTICO

AT

1

30 Março 2011

30 Março 2011 PAINEL POLÍTICO 130 Março 2011

ESPECIAL

ANO I - Nº 3 - 30 março de 2011 - Porto Velho - Rondônia

Valor: R$ 6,50

Aumento da passagem de

ônibus vira guerra política e

jurídica. Veja um raio-x do

transporte público

“Quanto à lição que posso

repassar a todos os meus colegas

de profissão, jovens ou velhos, é

o amor a causa” – Euro Tourinho

ENTREVISTA

COLUNA PAINEL POLÍTICO

Por Alan Alex

Em menos de 15 dias Rondônia perde

três grandes personalidades

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A MORTE DOS MAGOS

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO6 730 Março 2011 30 Março 2011

entrevista

EurO TOurINhO

“Achava legal o pessoal do jornal ficar separando as letrinhas de chumbo uma a uma e

formatando os textos para serem impressos”.PAINEL POLÍTICO6 30 Março 2011

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO6 730 Março 2011 30 Março 2011

E uro Tourinho chegou a Porto Velho no ano de 1932, com apenas 10 anos de idade, junto com os pais, Homero de Castro Tourinho e Dona Eulá-

lia Malheiros Tourinho. Em 1950 foi convidado a escrever seu primeiro artigo como colaborador. Ficou por algum tempo escrevendo sem compromisso, até que em 1953 foi contratado como colunista social. Euro então passou a assinar sua coluna com o pseudônimo Eurly Tourinho, uma homenagem à sua filha que nascera naquele ano. Acompanhe um pouco da vida dessa grande e respeitada figura do jornalismo rondoniense em entrevista concedida a Danny Bueno de PAINEL POLÍTICO.

Por Danny Bueno

PAINEL POLÍTICO – Do alto de seus 89 anos, a partir de que momento você per-cebeu que tinha a vocação para entrar no universo jor-nalístico e participar ainda mais da vida política e social de Rondônia?

Euro Tourinho - Nem sei te dizer ao certo, o que aconteceu na realidade, é que os colegas perceberam o meu fascínio e começaram a me estimular a passar para o papel os meus questionamentos e as minhas críticas sobre os fatos que dis-cutíamos em nossas conversas, diziam: ”e por que você não escreve tudo isso que você pen-sa sobre a situação”? E assim comecei criar umas crônicas e cada vez mais me enfronhar nos assuntos do jornal (Alto Madeira).

PAINEL POLÍTICO – Quem foram esses jornalistas que o convidaram a expressar as suas opiniões através do jornal?

Euro Tourinho – Naquela época tive a honra de conhecer como diretor do Alto Madeira o Augusto Mendonça, bem como o grande Odélio Serpa que escrevia como ninguém,

em seguida conheci o Vinícius Danin também que insistia muito comigo, teve também o Arnaldo Fernandes Costa, ou-tra grande contribuição para essa minha iniciação, da qual até hoje me orgulho de ter par-tilhado durante três anos até a contratação efetiva.

PAINEL POLITICO – A partir da sua contratação em algum momento você pensou em desistir do sa-cerdócio do jornalismo?

Euro Tourinho – Nunca, em nenhum momento passou pela minha cabeça em aban-donar ou desanimar dentro do jornalismo, é óbvio que tivemos inúmeros momentos de crises que colocaram em xeque a opinião de vários amigos e até parentes quanto à continuida-de do jornal, mas para mim era um ponto pacífico, fosse o que fosse, do jornal eu não abriria mão, ao contrário, deixei de dar atenção para as outras empresas, nas quais aparecia apenas para tomar cafezinho, e passava o dia todo na redação.

PAINEL POLÍTICO – Até o momento que o jornal veio a ser parte do patrimônio

de sua família como se deu a sua ascensão dentro do mesmo, pois que o senhor começou como um colabo-rador, ou “mascote adota-do” como você prefere se referir?

Euro Tourinho – Devido ao meu jeito de me comunicar, sempre muito espontâneo, acabei me tornando amigo do superintendente da região norte na época, Epaminondas Baraúna, que assumiu a função de dirigir o jornal em nome do conglomerado pertencente ao inigualável Assis Chateau-briand, chamado de Diários Associados, e que tinha a sua sub-sede em Manaus, vindo a ser o terceiro proprietário do Alto Madeira, sendo detentores também do Jornal do Comér-cio, Rádio Baré entre outros. E, como ele vinha uma vez por mês a Porto Velho, eu tinha a função de ciceroneá-lo em suas incursões, o que promoveu uma aproximação maior que resultou no convite para assu-mir a direção do Alto Madeira, já que o diretor na época, que era o Arnaldo Fernandes Costa, decidiu retornar para o Rio de Janeiro, de onde era natural, para investir na educação

PAINEL POLÍTICO 730 Março 2011

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das filhas que estavam crescen-do, então, a partir daí assumi em definitivo a minha carreira jornalística e essa cadeira onde estou até hoje, sendo que nos tornamos proprietários em 16 junho de 1964, concretizando o nosso sonho maior.

PAINEL POLITICO – Nesses 61 anos de pena, quais foram os maiores embates e os pio-res adversários que você teve que encarar?

Euro Tourinho - Desde os primeiros anos, ainda como fun-cionário, mesmo em pleno perí-odo de ditadura, sempre assumi a postura de combater aquilo que não era de acordo, sendo que uma das coisas que mais me atraiu desde o princípio foi o slogan original do Alto Madeira, que se propôs a ser um jornal in-dependente desde o seu número 1, e isso foi o meu norte todo esse tempo, fazendo com que infeliz-mente cultivássemos ao longo do caminho alguns descontentes com a nossa obra. Combatíamos ferozmente o governo do Aluízio Ferreira, em alguns momentos fomos convocados pelos mili-tares para esclarecer quanto a algumas matérias censuradas e só não publicávamos aquilo que não tínhamos como desvenci-

lhar da pressão imposta, senão, a “peia comia solta”. Quanto aos embates e dificuldades, até hoje passamos por sérias crises advindas de falta de pagamen-tos dos serviços contratados, mas já estamos bem calejados devido às infindáveis batalhas

que tivemos que travar, lembra-me que houve uma época que tivemos que imprimir em folha de papel de embrulhar pão, a qual tínhamos que recorrer as padarias da cidade para suprir as nos-sas impressões, chegamos ao ponto de ter a nossa oferta de compra do papel negada pelos proprietá-rios das padarias, pois os mesmos não tinham mais

onde embrulhar os pães que eram vendidos. Em outras ocasi-ões, ainda quando o papel vinha por embarcações de Manaus, não raro era na época da seca, a gente pegar um barco pequeno para buscar os rolos de papel jornal nos barcos maiores que ficavam até meses encalhados no Madeira. Quando a estrada ficou pronta também tivemos problemas com caminhões de transportadoras que freqüen-temente quebravam e não che-gavam ao prazo combinado e precisávamos encontrá-los no meio do caminho para buscar o papel a tempo.

PAINEL POLITICO - Você a partir de então contou com o apoio e a participação ad-ministrativa de seus irmãos Luiz Malheiros Tourinho e Neuza Malheiros Tourinho, como ficou dividida essa ad-ministração para que você pudesse atuar com tranqüi-

lidade no jornalismo do Alto Madeira?

Euro Tourinho – Até hoje somos três sócios, apenas meu irmão Manuel Tourinho não quis entrar no negócio, o Luiz assumiu a cadeira financeira do jornal, a minha irmão ficou na administração e eu pude me ver livre para percorrer as ruas e os corredores das notícias juntamente com outros colegas de grande estima que passaram ou continuam até hoje por aqui.

PAINEL POLITICO – Den-tre estes estimados colegas de trabalho alguns foram verdadeiros ícones da no-tícia em conjunto com o jornal, falando como editor, quais nomes ficariam gra-vados na galeria “Pena de Ouro” dos profissionais do Alto Madeira?

Euro Tourinho – Bom, não posso deixar de começar pelo meu amigo e ainda companhei-ro de lida Ciro Pinheiro, que até hoje se faz presente em nossa redação, mas por aqui passaram muitos homens de valor profis-sional, moral e ética, dos quais eu consigo me lembrar agora, e me perdoem aqueles que eu ve-nha a esquecer pelo avançar da idade, mas não posso me esque-cer do Marcus Danin, o Petrônio Gonçalves, o Rui Cidade, que era um brilhante jornalista, o Ivan Marrocos, o Carlinhos que tra-balhou no Diário da Amazônia e muitos outros de valor sem igual.

PAINEL POLÍTICO – Den-tro os grandes fatos que o Alto Madeira registrou neste quase um século de existên-cia, quais você destacaria

entrevista

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entrevista

como mais memoráveis?Euro Tourinho – Com certe-

za houveram muitos, mas aque-les que digamos assim “pararam Rondônia” a gente pode citar por exemplo, a vinda de Getúlio Vargas, que era para passar um dia no Estado mas acabou ficando três de tanto que gostou da acolhida, o desaparecimento do tenente Ernades na BR 29, que é um mistério até hoje, o ciclo da cassiterita, a queda da borracha, o ciclo do ouro do Madeira, a morte de Olavo Pires, a transformação do terri-tório em Estado, a abertura da BR 364, com a presença do pre-sidente Juscelino que derrubou a última arvore em Vilhena e principalmente transformação do Estado nessa potencia que está se tornando.

PAINEL POLÍTICO – Você

conheceu e fez parte da vida daquele que muitos consi-deram o pai da imprensa moderna no Brasil, Assis Chateaubriand, como foi essa experiência e quais as lições tiradas de outro grande vi-sionário?

Euro Tourinho. – Estive com Châteaubriand por duas ocasiões, a visitá-lo no Rio de Janeiro, em uma delas a secre-tária tentou me convencer de que ele não poderia me receber, pois havia acabado de chegar de uma viagem internacional, mas eu insisti e pedi a ela ape-nas que mencionasse que o Euro Tourinho, do Alto Madeira de Rondônia estava ali para vê-lo, porém se não fosse possível eu iria embora, apesar de relutar a moça foi gentil e me anunciou, sendo que em poucos minutos

a mesma me pediu para entrar. Assis era uma personalidade for-te e marcante, e fez questão de me dedicar o máximo possível de seu tempo, homem carismático e muito diplomático me fez sentir como o maior de todos os seus funcionários, e fazia questão de falar a todos que era um repór-ter do Alto Madeira. Quanto à lição que posso repassar a todos os meus colegas de profissão, jo-vens ou velhos, é o Amor a causa, nessa profissão se alguém esti-ver com intenção de ficar rico nem precisa começar, desde os meus primeiros dias, eu entendi que precisava dedicar toda a mi-nha alma e a minha capacidade para extrair o meu melhor e só se consegue tomar esse tipo de atitude quando existe Amor, com “A” maiúsculo mesmo, na carrei-ra que se propõem a seguir.

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO10 1130 Março 2011 30 Março 2011

economia

Ao completar seus 11 anos de fundação, a Academia Win avança para a expansão de suas instalações, que já se tornaram referência entre os atletas pro-fissionais e amadores de Porto Velho e região.

Desde seu surgimento em 2000, a proposta da Win sem-

pre foi a de oferecer ao seu público os melhores profissio-nais, as melhores instalações e equipamentos e principalmen-te satisfazer ao máximo os fre-qüentadores com a agradável sensação de bem estar para a conquista de uma boa forma física.

Para os proprietários, João Tagino e a esposa Aline, até poucos anos atrás, a preocupa-

ção era exclusivamente com a estética corporal, onde quem se preocupava com academias eram apenas os adoradores do corpo, mas há alguns anos, com a divulgação de diversos fatores que influem numa vida saudável em que o exercício físico se tornou fundamental para viver mais e melhor, a mentalidade foi direcionada para a necessidade de se buscar

ACAdEmIA WIN fAz hIsTórIA E CONTA O sEgrEdO dO suCEssO

Profissionais especializado em boa forma são o diferencial quando o assunto é saúde, qualidade de vida e aparelhos de alta tecnologia

Danny Bueno

Alunos buscam diariamente a manutenção da boa forma na Win

para a necessidade de se buscar para a necessidade de se buscar para a necessidade de se buscar

Alunos buscam diariamente a manutenção da boa forma na Win

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economia

Em sua trajetória, des-de 2007, tornou-se tam-bém membro da equipe de MotoCross Rondônia Racing que participa do enduro internacional do Rally dos Sertões, edi-ção nacional que figura no calendário dos Rallys mundiais, que acontecem todos os anos com saída na cidade de Goiânia, com destino a alguma capital dos Estados do nordeste.

Em 2009, com os cons-tantes conflitos nas regiões da África em 2008, que

eram rotas do percurso do Rally Paris Dackar, que foi cancelado não sendo reali-zada naquele ano, ocasião que aproveitou a oportuni-dade de participar do Rally, com sua a equipe Brasil Moto Tour, em sua edição realizada aqui na América Latina, tendo como rota os países da Argentina ao Chi-le, no deserto do Atacama, onde Tagino considera ter sido o ápice de sua experi-ência de vida no esporte, sua equipe ficou entre os dez colocados.

a famÍlia Win

Casado com a empre-sária Aline Rabelo Chaves, natural do

Ceará, pai de três filhas, Tagino firmou

raízes no ramo de academias com a aju-

da de seus profissio-nais colaboradores e

pretende estender suas atividades assim como fez e faz em sua eclética vida esportiva.

Para o atual proprietário da Academia Win, João Tagino, que já se tornou referência em matéria de boa forma, insta-lações de qualidade e acom-panhamento de profissionais qualificados. A história de sua própria vida no esporte se mistura com a história da Win e seus freqüentadores, alguns já adeptos da busca pela saúde plena há vários anos.

Dividido desde o nascimen-to, pois nasceu na divisa entre os dois Estados, Rondônia e Acre, mais propriamente em um seringal denominado como Rio Novo, que na época pertencia a Rondônia, e hoje é mais conhecida como a Ponta

do Abunã, tendo sua titu-

laridade sido transferida para o Acre, em disputas passadas entre os dois Estados.

Uma região seringueira inóspita e sofrida pela própria natureza de sua atividade, em que poucos se atreviam a per-manecer, sua família de origem indígena por parte da avó, teve em seu pai o modelo maior de superação, ao encarar o duro ofício da vida seringueira, e depois, decidir migrar-se para a capital de Rondônia, surgin-do assim um novo horizonte na vida de João Tagino ainda menino.

Sempre irrequieto, resolveu se voltar para o mundo dos esportes desde cedo e aos nove anos já fazia parte de equipes

de handebol e voleibol da escola, já aos dez anos foi des-taque no tênis de mesa onde se sagrou campeão por doze vezes em Rondônia e quatro vezes no campeonato norte e nordeste do país, mas, sua vida desportista estava apenas começando.

Após estas vitórias voltou sua atenção para o futsal, mon-tain bike e para surpresa de todos participou até de torneios de vaquejada, onde diz que é a sua forma de manter um conta-to com os animais e a natureza.

Tagino adotou o pára-que-dismo como hobby e o futebol amador como meio de condi-cionamento físico e encontro com os amigos.

economia

a manutenção da saúde através das academias.

Ao assumir por completo a direção da Win a partir de Janeiro de 2010, João Tagino, que já era sócio dos antigos proprietários, entendeu que o

aperfeiçoamento da estrutura e expansão do negócio era ine-vitável, pois não bastava apenas ser uma referência, era preciso surpreender os clientes e bus-car a melhor orientação para transformar a academia Win

num complexo que possa proporcionar saúde e boa forma sem perder as duas mais evidente características, a qualidade e o profissiona-lismo.

a origem Do sucesso

a famÍlia

como Rio Novo, que na época pertencia a Rondônia, e hoje é mais conhecida como a Ponta

do Abunã, tendo sua titu-

Casado com a empre-sária Aline Rabelo Chaves, natural do

Ceará, pai de três filhas, Tagino firmou

raízes no ramo de academias com a aju-

da de seus profissio-nais colaboradores e

pretende estender suas atividades assim como fez e faz em sua eclética vida esportiva.

Casado com a empre-sária Aline Rabelo

Ceará, pai de três filhas, Tagino firmou

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polÍticamunicÍpios

Falta de receita, dívidas, pre-catórios e salários atrasados, foi com esse cenário que Luiz Gomes (PR) assumiu a chefia do Executivo do município de Nova União em janeiro de 2005. Passados seis anos, tendo sido reeleito, e contando com o apoio da Câmara de Vereadores e da comunidade, Luiz Gomes destaca o processo que ele chama de “mudança de cara do município”.

Considerado através de uma pesquisa recente como um dos melhores prefeitos da região central do Estado, Luiz Gomes destacou importantes obras realizadas e que estão em an-damento, durante os seis anos de sua administração, como exemplo a praça João Horácio, que foi construída numa área de 575 metros quadrados, com estacionamento, ponto para taxistas e mototaxistas, com o apoio de uma emenda par-lamentar no valor do senador Valdir Raupp (PMDB).

CIdAdE dE NOvA uNIãO COmEmOrA sEIs ANOs dE PrOgrEssO

O segredo de sua administração ser bem sucedida está na transparência

Rodrigo Guerreiro

A praça que fica ao centro da cidade é o ponto de encontro social de toda a comunidade

Fomos eleitos

para trabalhar em prol da comunidade, foi o que pregamos no período eleitoral

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO12 1330 Março 2011 30 Março 2011

polÍticamunicÍpios

Uma de suas maiores obras foi a pavimentação de sete quilômetros da Ave-nida Principal, sendo dois com drenagem, está con-cluída e fez a diferença para os moradores da cidade. O prefeito explicou que os recursos obtidos junto ao programa Calha Norte, do Governo Federal, só foram liberados graças à ajuda do ex-deputado federal Miguel de Souza (PR). O valor total da obra foi de R$ 2,5 milhões e o município deu a contra--partida de R$ 100 mil.

A prefeitura também con-seguiu junto ao Calha Norte R$ 734 mil para reformar a escola Paulo Freire, que aten-de 340 alunos. Foram feitas reformas na estrutura física do prédio, como troca de for-ro, pinturas externa e interna, construção e cobertura da qua-dra poliesportiva, instalação de ar-condicionado em todas as salas de aula, além da constru-ção do muro.

A prefeitura pretende entre-gar até maio mais uma escola que está em fase final de cons-trução. Estão sendo investidos R$ 890 mil, sendo que o muni-cípio está entrando com uma contrapartida de R$ 9 mil.

Também foi através de uma emenda parlamentar, da ex--senadora Fátima Cleide (PT), que Luiz Gomes conseguiu construir o Mercado Popular, que possibilita aos agricultores comercializarem sua produção. O custo total da obra foi de R$ 260 mil, sendo R$ 10 mil do próprio orçamento municipal.

Contando com uma patru-lha mecanizada completa, Luiz

Gomes comemora a boa fase de sua administração, destacando que as receitas arrecadadas de janeiro a dezembro/2009 foram de R$ 13.445.958,59 milhões, tendo como destaque os investimentos no valor de R$ 2.654.019,42 milhões em convênios. Com despesas pró-prias a prefeitura gastou R$ 10.386.428,58, uma economia de aproximadamente 68,4% comparando a gestões anterio-res. Segundo Luiz, o motivo real do crescimento e da economia

sustentável no município, só foi possível graças à re-dução de gastos pessoais da prefeitura.

Para o prefeito o segredo de sua administração ser bem sucedida está na trans-parência da gestão dos re-cursos. Na área da saúde, por exemplo, foram investidos recursos na ordem de pouco mais de R$ 886 mil na com-pra de medicamentos e re-forma do Hospital Municipal, “fomos eleitos para trabalhar em prol da comunidade, foi o que pregamos no período eleitoral. Entregarei ano que vem a prefeitura com

a certeza do dever cumprido, nesses seis anos de administra-ção asfaltamos 100% das vias urbanas, construímos pontos e bueiros, reformamos o Hospital Municipal, construímos escolas, adquirimos vários veículos e nossa frota hoje é uma das maiores da região. Não posso deixar de lembrar, que tudo isso foi possível, graças a parceria com deputados, senadores, governo do Estado e Federal”, finalizou Luiz Gomes.

Luiz Gomes comemora boa fase administrativa

Dos 7 km asfaltados 2km são drenados

PAINEL POLÍTICO 1330 Março 2011

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Um novo serviço irá propor-cionar facilidades ao cliente da Ceron. Trata-se do Terminal de Auto Serviço – TAS, um conjunto de equipamentos que funciona com programas de computador criados especifi-camente para que cada tarefa desempenhada nele seja feita pelo próprio cliente e de forma rápida e fácil. Segundo Jorge Lecini, um dos participantes do projeto (criado por um grupo de trabalho da Unidade de Negócios Norte da Ceron), esclarece que, no momento, o TAS desempenha apenas uma única e importante tarefa, que é

a consulta de faturas em aberto e emissão de segunda via para clientes do Grupo B (baixa tensão).

Com o TAS, o cliente efetua o próprio atendimento, poupan-do o tempo que ficaria em filas no atendimento convencional da empresa. Para isso, basta que ele insira pela tela do moni-tor, sensível ao toque, o código conhecido como UC (unidade consumidora), que vem impres-so no canto superior direito de todas as faturas de energia de baixa tensão e o sistema consulta e exibe uma lista com as faturas que o cliente possui em aberto.

Segundo Valdeir Anicio, coordenador da Ceron de Ouro

Preto, com a lista na tela, o cliente só precisa tocar na fatura que de-seja imprimir e a segunda via refe-rente é impressa na hora pelo pró-prio terminal, de forma similar ao que ocorre na im-pressão de um ex-trato bancário nos caixas eletrônicos. Não será cobrada

nenhuma tarifa do cliente pelo atendimento pelo TAS, que oferecerá serviços totalmente gratuitos, o grande objetivo do terminal de auto-serviço é pro-porcionar rapidez e facilidades ao cliente Ceron.

Anicio explica também que, além da emissão de segunda via de conta, o Projeto TAS prevê a criação de terminais para que o cliente possa efetuar mais de dez tipos de serviços diferen-tes, como consultas em geral, histórico de consumo, emissão de comprovante de pagamento etc. Os critérios de quantidade e tipo de terminais que serão ins-talados fazem parte de um pro-jeto de implantação, que leva em consideração fatores como categoria e número de serviços executados em cada agência da Ceron. Dar acesso a serviços da Ceron em localidades onde não há agências também é outro critério em análise.

O terminal de auto-serviço, cujo programa foi 100 por cento desenvolvido pela Ceron, será implantando também nas outras cinco empresas de distri-buição do Sistema Eletrobrás: Amazonas Energia (AM), Boa Vista Energia (RR) Ceal (AL), Cepisa (PI) e Eletroacre (AC).

eletroBras

OurO PrETO dO OEsTE TEm TErmINAL dE AuTO-ATENdImENTO

O Projeto prevê terminais para efetuar mais de dez tipos de serviços

Rodrigo Guerreiro

Trata-se do Terminal de Auto Serviço – TAS

PAINEL POLÍTICO14 30 Março 2011

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO14 1530 Março 2011 30 Março 2011

municÍpios

Todos os meses, prefeitos são convocados para reuniões da Arom na capital, cada um conforme sua pré-disposição de membro e cargo ocupado a frente da entidade, para con-tribuírem e acompanharem os projetos em andamento que promovem um municipalismo mais forte em Rondônia, esse é o objetivo central da entidade, promover um Estado em que os municípios, não os prefeitos, caminhem lado a lado em busca dos mesmos interesses, corri-gindo as principais deficiências em comum.

Além disso, a entidade tem como papel principal a repre-

sentação institucional de cada município, quando existe algum problema de natureza genera-lizada no Estado, a Arom tem prerrogativas legais de ingres-sar judicialmente em nome de todos os municípios ou isolada-mente por um município que assim necessite.

Entre seus presidentes e fundadores que já estiveram à frente da Arom, estão algu-mas das principais lideranças do Estado, entre eles Valdir Raupp, Ernandes Amorim, Car-los Magno, Sueli Aragão, José Bianco e outras personagens políticos, que compõem ou já compuseram a função de chefe do executivo em seu município.

Em um breve relato, o atu-al presidente, Laerte Gomes,

prefeito de Alvorada do Oeste, reeleito para o biênio de 2011 a 2013, acredita que, a partir deste ano muitos anseios an-tigos e conquistas novas serão consolidadas, entre elas, o atendimento de vários projetos elaborados de infra-estrutura, nas áreas de educação, na saúde e no setor de obras.

Entre as inovações que a Arom implantou, está o Di-ário Oficial dos Municípios, que trouxe uma economia aos municípios e ao mesmo tempo é uma ferramenta de transpa-rência

Há também uma atuação contínua na área jurídica em favor dos municípios, onde a Arom atua na recuperação de crédito, quando esse ou aquele

ArOm TEm grANdEs EXPECTATIvAs PArA Os muNICÍPIOs Em 2011

AROM ajudou na produção de R$ 100 milhões em projetos em 2010

Danny Bueno

Na sede da entidade são atendidos todos os prefeitos do Estado indistintamente

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO16 1730 Março 2011 30 Março 2011

PAINEL POLÍTICO acom-panhou também uma visita do presidente da Arom a agência central da Caixa Econômica em Porto Velho, onde a pedido da entidade financeira, Laerte Gomes ouviu da gerência de projetos e recursos sobre a ne-cessidade de que a Arom seja a interlocutora entre a Caixa e os prefeitos com seus respectivos municípios, intermediando no entendimento dos projetos pendentes, para que estes se-jam o quanto antes aprovados e liberados.

Segundo Laerte Gomes, “Tal credibilidade se dá pelo fato de ao longo do tempo a Arom, com suas diversas administrações conseguiu construir um orga-nismo que, além de sustentar a sua própria estrutura interna, desenvolve parcerias como essa da Caixa Econômica, onde a Arom entra com a confiança depositada pelos prefeitos, fazendo com que os dois la-dos falem a mesma língua, e a Caixa com o reconhecimento junto aos municípios que cada vez mais haja esse diálogo instrutivo que promove a in-terpretação das necessidades dos municípios para a Caixa e vice-versa”.

A maior prova desse concei-to é a participação dos 52 mu-

nicípios, estando todos filiados a associação e contribuindo rigorosamente em dia através do FPM – Fundo de Participa-ção dos Municípios, que é uma receita gerada de acordo com o número de habitantes de cada município, e onde cada um contribui conforme a sua proporcionalidade.

“Hoje, com uma média de mais 90% de participação dos prefeitos em nossas reuniões e eventos que convocamos, seja com o Governo do estado, com o Tribunal de Contas, com a Caixa Econômica. Todos estes, quando precisam procuram a Arom, e sabem que esta trabalha para o benefício dos municípios”.

Em seu quadro de contra-tados a Arom tem hoje 23

servidores, que ficam a dispo-sição das prefeituras, para a elaboração e orientação dos projetos que surgem nos mu-nicípios, mas tem seu processo embrionário na entidade até a sua entrega à população, entre esses profissionais encontram--se, advogados, engenheiros, cadistas, arquitetos, jornalistas, técnicos em projetos que já ajudaram na produção de mais de R$ 100 milhões em projetos só no ano de 2010.

Criada há 19 anos, com o objetivo de representar os mu-nicípios de Rondônia, a AROM – Associação Rondoniense dos Municípios exerce uma aproxi-mação direta com a população de Rondônia para divulgar as suas atribuições e as principais metas e comprometimentos.

visita

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gestor venha a ter problemas econômicos ou administrativos, promovendo um relaciona-mento institucional junto ao Governo do Estado, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e a própria Assembléia Legislativa.

Em recente batalha junto ao Governo do Estado, a Arom

conseguiu recuperar grande parte dos recursos ainda não tinham sidos repassados aos municípios, da ordem de mais de R$ 8 milhões, que estavam praticamente perdidos.

Além disso, a Arom desen-volve uma série de ações que vão de encontro as necessi-

dades dos municípios, como a capacitação de gestores e servidores municipais através de oficinas, procurando bene-ficiar as administrações para que com essas ferramentas possam administrar melhor seu município e melhorar a vida da população.

municÍpios

Reunião do presidente Laerte Gomes com a Gerência de Recursos da Caixa

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO16 1730 Março 2011 30 Março 2011

1APROVAÇÃO DA EMEN-DA 29 – Trata da obriga-

ção da união em investir 10% em saúde, aonde já vem sendo investidos apenas 12% do Estado e 15% dos municípios, e essa emenda refletiria em mais de 60 bilhões de reais em dois anos de investimentos no SUS, de repasse para todos os municípios brasileiros.

2 Derrubar o veto presi-dencial, dado por Lula,

quanto à partilha dos royaltys do petróleo que vem a ser a grande reforma social que o país necessita em nosso enten-dimento, é o inicio de um novo pacto federativo.

3 Apoio da fixação do va-lor do FITHA em 30%

de repasse aos municípios.

4 A isenção das taxas das licenças ambientais

para os municípios, com a libe-ração dos valores para as obras dos municípios.

5 Uma nova discussão junto ao Governo do

Estado e a Assembléia Legis-lativa, quanto aos critérios da cobrança do ICMS, por que em alguns casos esse imposto vem prejudicando os municípios.

6 Lutar pela Transposi-ção do estado que é um

meio do Governo do Estado va-lorizar ainda mais os servidores de Rondônia, proporcionando assim uma oportunidade para que o Estado invista em educa-ção, saúde e infra-estrutura, e com isso beneficiando mesmo que seja indiretamente a todos os municípios, além de corrigir um grande absurdo e injustiça que foi cometido com o Estado de Rondônia.

Ampliação da equipe téc-nica (advogados, engenhei-ros, arquitetos, economistas).

Criação de Câmaras Seto-riais dentro da entidade (Saúde, Educação, Orçamento e Plane-jamento e Serviços Sociais).

1ª Marcha Municipalista – (2011 – Prefeituras, Governo do Estado e União e a CNM – Confederação Nacional dos Municípios).

Ampliação dos trabalhos da Arom Intinerante, criada em 2010 para dialogar com a população os problemas dos municípios.

Criação de uma medalha municipalista para conde-corar as pessoas que con-tribuem visivelmente para o desenvolvimento de sua

cidade agindo sempre com espírito municipalista. (Fal-ta decidirmos em plenário em homenagem a quem será dada o nome da medalha, provavelmente a alguma ex--liderança de nosso Estado).

Qualificar o sistema de aten-dimento via internet, através informações e consultas no site da Arom.

Dar andamento ao projeto de implantação da Escola de Gestão Pública, ainda em fase de estudo, mas é um anseio antigo e deve conseguir sair ainda esse ano, através de participações com a iniciati-va privada capacitando ainda mais os nossos servidores que vierem á capital com cus-tos reduzidos suprindo ape-

nas a manutenção da escola.Dar andamento a outro pro-

jeto muito importante que é o Banco de Editais, onde esta idéia já é realidade em vários estados brasileiros, e vem faci-litar e tornar mais transparente a participação de empresas em todas as regiões do Estado.

A concretização de um dos nossos maiores sonhos que á construção de uma sede própria, já estamos com con-versas em andamento junto ao governo do Estado, que vê com bons olhos a nossa necessidade em termos ins-talações amplas e adequadas para receber os prefeitos e realizar nossos eventos em um auditório condizente com a força da entidade.

planeJamento, metas e obJetivos Da arom em 2011

lutas e banDeiras municipalista Que a arom DefenDe

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municÍpios

Laerte Gomes- Pres. da AROM

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO18 1930 Março 2011 30 Março 2011

O mês de março chegou sombrio e levando em sua pri-meira quinzena três grandes figuras públicas do Estado. Primeiro foi Manoel Mendonça, o popular “Manelão”, que havia sido internado no fim de feve-reiro após passar mal em sua casa. Faltava exatamente uma semana para que sua Banda do Vai Quem Quer fosse às ruas, no sábado seguinte, que já seria

carnaval. Amigos e familiares acreditavam que o “General da Banda” conseguiria assistir o desfile pela televisão, o que para ele seria um problema. Mas não deu. No dia 1º de mar-ço sua morte foi anunciada e o clima de consternação tomou conta de todos.

Na quarta-feira de Cinzas, 09 de março, outro golpe. O jornalista Paulo Queiroz, um dos mais conhecidos e respei-tados articulistas políticos de Rondônia, colaborador de PAI-

NEL POLÍTICO, foi encontrado morto em seu escritório em circunstâncias ainda não escla-recidas. De acordo com infor-mações de peritos do Instituto Médico Legal, que estiveram no local, Paulo teria morrido três dias antes, possivelmente na segunda-feira, 07. Sua atual companheira, Raílda, ao não conseguir contato com Paulo, resolveu ir ao seu escritório e deparou-se com o corpo. Nova comoção.

Na sexta-feira, 11, um dia

A mOrTE dOs mAgOs

Alan Alex

Em menos de 15 dias Rondônia perde três grandes figuras públicas que contribuiram muito para o enriquecimento cultural, jornalístico e político

Manelão Paulo Queiroz Eduardo Valverde

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO18 1930 Março 2011 30 Março 2011

depois do enterro de Paulo Queiroz, o Estado se surpreen-de com a notícia da morte de uma das figuras políticas mais queridas e conhecidas, Eduardo Valverde, ex-deputado federal e presidente estadual do Partido dos Trabalhadores. Valverde estava em um veículo Prisma, conduzido pelo secretário--adjunto de Desenvolvimento

Sócioeconômico e Turismo de Porto Velho, Ely Bezerra de Salles e no banco de trás estava Jones Alves de Souza, único sobrevivente de um gra-ve acidente na BR 364, entre as cidades de Ji-Paraná e Ouro Preto. De acordo com o Partido dos Trabalhadores, o grupo se-guia para Costa Marques, onde cumpririam agenda partidária.

De acordo com informações preliminares da Polícia Rodo-viária Federal, o carro de Val-verde deslizou e “comeu pista”, conforme depoimento do moto-rista da carreta, Irineu Alberto Moura, chocando-se de frente com uma carreta que vinha em sentido contrário. O carro ficou totalmente destruído. O luto se prolongava.

PAINEL POLÍTICO 1930 Março 2011

DespeDiDas

O velório de Manelão, ape-sar da tristeza da perda do “general”, transcorreu em clima de folia, como não poderia dei-xar de ser. O corpo foi velado no Mercado Cultural e reuniu jornalistas, carnavalescos e curiosos de uma forma em ge-ral. Ironicamente Paulo Queiroz passou por lá para prestar as úl-timas homenagens a seu amigo, Valverde também se fez presen te. Paulo também estava no dia

em que a Banda do Vai Quem Quer foi idealizada, ainda em um sábado do distante ano de 1981. Naquele dia, no velório de Manelão, Paulo Queiroz se mostrava abatido.

Com direito a batucadas, muitas histórias e choro, o corpo de Manoel Mendonça (Manelão) foi enterrado no Ce-mitério dos Inocentes, na região central de Porto Velho, no dia 02 de março.

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO20 2130 Março 2011 30 Março 2011

O velório de Eduardo Val-verde foi marcado pela emoção e pela surpresa. Os corpos do ex-deputado federal e de Ely Bezerra chegaram à Porto Velho durante a madrugada e às 8 horas os portões foram abertos para que a população e amigos prestassem as últimas homenagens. Dirigentes do partido, que acompanharam toda a trajetória de Valverde es-tavam estarrecidos com o fato, já que o PT ainda nem havia se

recuperado do luto de Odair Cordeiro, fundador da legenda em Rondônia, morto em 16 de dezembro de 2010, vítima de complicações cardíacas. Na verdade, Rondônia perdeu em menos de quatro meses, quatro grandes lideranças. Valverde e Ely Bezerra foram enterra-dos no domingo, 13, número usado pelo PT nas eleições. O ex-deputado foi enterrado no cemitério dos Inocentes e Ely Bezerra no Jardim da Saudade.

Já o velório de Paulo Quei-roz foi rápido e emocionante. O corpo foi velado no auditório da Universidade Federal de Rondônia, na região central da cidade e durou cerca de 3 horas, tempo suficiente para discursos emocionados, como feito pelo jornalista Gessy Taborda, amigo de Paulo Queiroz de longa data e do professor Adílson Siqueira, presidente do PSOL, partido ao qual Paulo era filiado. Por uma ironia do destino, Eduardo Val-verde esteve presente e também

fez um discurso, onde discorreu sobre a brevidade da vida. Não sabia ele que no dia seguinte teria sua vida interrompida em um grave acidente.

Após o velório, o corpo de Paulo Queiroz foi levado para o cemitério Jardim da Saudade, onde foi enterrado. Naquela quinta-feira choveu o dia inteiro em Porto Velho, completando um cenário funesto. Era difícil acreditar na morte de duas pes-soas tão queridas e conhecidas em tão curto espaço de tempo.

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO20 2130 Março 2011 30 Março 2011

N ascido em Quixeramobim, no ser-tão cearense, Paulo Queiroz Be-

zerra mudou-se com a família para a pe-quena Pombal, na Paraíba quando ainda não havia completado seu primeiro ano de vida. Foi lá que estudou e conheceu aquele que viria a ser seu grande amigo e companheiro de profissão e aventuras, Robson Oliveira. Migraram juntos para Rondônia aonde Paulo chegou a cursar filosofia, medicina, comunicação social e história. Mas consta nos anais da Universidade Federal da Paraíba a conclusão de matemática. Por aqui passou por praticamente todas as redações, de jornais extintos, como O Guaporé, ao mais conhe-

cido, O Estadão do Norte, onde negociava nos últimos tempos o retorno de sua coluna “Política em Três Tempos”. Seus últimos trabalhos foram para a segunda edição da revista PAINEL POLÍTICO, onde entrevistou o ex-governador Ivo Cassol e redigiu a reportagem sobre as obras paralisadas em Rondônia. Seria convidado para assumir a editorial geral, mas partiu antes que o convite pudesse

ser feito. Paulo também foi combativo durante o período da ditadura e sempre foi ligado aos movimentos de esquerda. Foi filiado ao Partido dos Trabalhadores de onde saiu para se filiar ao PSOL, formado por uma dissidência do PT.

J á Eduardo Valverde nasceu no Rio de Janeiro, foi oficial da Marinha

Mercante, o que lhe facilitou conhecer grande parte do Mundo. Foi técnico da Eletronorte e filiou-se ao PT no ano de 1985. Foi fundador do Sindicato dos Urbanitários (Sindur) e presidente da Central Única dos Trabalhadores em Rondônia. Diplomado Senador em junho de 2001, teve a diplomação logo a seguir sustada por ato do Tribunal Superior Eleitoral por causa de uma declaração dada dias antes. Ao ser diplomado, Valverde disse

que votaria a favor da instauração da CPI da corrupção, em curso no Sena-do Federal naquela época. O governo tentava impedir a instauração da CPI e Valverde seria o voto que a oposição precisava.

Valverde foi deputado federal em dois mandatos, 2003-2007 e 2007-2011. No ano passado concorreu ao Governo, mas acabou em terceiro

lugar. Era casado com a secretária municipal Mara Valverde e deixa duas filhas, Mayela e Dandara.

Histórias De lutas, alegrias e tristezas

M anelão desembarcou no aero-porto do Caiari em Porto Velho

no dia 26 de janeiro em 1964 quando ainda ia completar 15 anos de idade. Nascido em Manaus (AM) em dia 09 de março de 1949, fez um curso de cha-veiro e abriu sua empresa. A primeira oficina do Manelão como Chaveiro foi no quintal de sua residência na Rua Barão do Rio Branco em frente a Praça Jonathas Pedrosa. Depois alugou um ponto no prédio que até hoje é conhecido pelos mais antigos moradores de Porto Velho, como “Céu” e abriu realmente o Chaveiro Gold na rua Prudente de Moraes. Ao longo desse tempo, seu chaveiro

virou referência no quesito folia, já có-pias de chaves, os amigos costumavam dizer brincando que ele não fazia quase nenhuma. Todos os anos, após o desfile da banda, a turma se reunia no chaveiro, onde sempre tinha um freezer cheio de cerveja e muita animação para falar dos acontecimentos do desfile. Manelão também era conhecido como “encren-

queiro” e quando o assunto era botar a banda na rua, ele enfrentava a todos, de prefeitos a juízes. Outra “mania” de Manelão era dizer todos os anos que “esse ano a banda não sai, estamos sem dinheiro”, mas esse era um problema que ele sempre resolvia.

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“Nesse momento de dor indescritível pelo qual está passando a família de Edu-ardo Valverde, o melhor companheiro nessas horas é Deus, e que ele abençoe sua esposa Mara Valverde e as filhas Dandara e Mayela”

Deputado Valter Araújo, Presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia

“Acabei de ser informado agora da morte do companheiro Eduardo Valverde, ex-deputado do PT-RO, em acidente automobilístico. Perda lamentável”

José Eduardo Dutra, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores

“Ao meu melhor amigo e irmão Manelão, tenho a dizer apenas uma coisa: Estou morrendo de saudades de você gordo sem vergonha”

Jornalista Sílvio Santos, o Zekatraka

“Estive pensando em quem você vai encontrar quando chegar lá em cima: Sérgio Valente, a madrinha das piranhas, vai te entrevistar e colocar você na coluna “céu-sial”. E vai chamar o Juvenal pra tomar uma “divina”. Bosquinho já vai te enfeitar e dizer que você é bem vindo. Claudinho já preparou aquele caldo para quando a Banda virar na Praça Rondon”.

Advogado Francisco Rangel sobre a morte de Manelão

“A ambição, o egoísmo e a traição, nada disso que transpira o ódio tinham entra-do no seu jeito de ser. Uma pessoa de um caráter incomum. Reto. Um temperamento equilibrado. Calmo. Poucas foram às vezes nessas duas décadas e meia de convívio em que presenciei ele perder a compostura. E quando perdeu a perdeu com razão”

Jornalista Robson Oliveira sobre Paulo Queiroz

“Quem teve a honra e a sorte de conviver, nem que tenha sido por um dia ape-nas com Paulo Queiroz sabia de sua infinita generosidade. Paulo estava acima de qualquer mesquinhez, vaidades ou picuinhas. Sua imagem sempre sorriden-te, com aquela cabeleira e barba branca era figura fácil de ser reconhecida em qualquer lugar. Era sempre visto caminhando nas ruas da cidade, com sua calça jeans, camisas de mangas compridas com os punhos cobrindo parte das mãos que escreviam magicamente, magistralmente. Esse era Paulo Queiroz, ícone do jornalismo rondoniense”.

Jornalista Alan Alex, editor de PAINEL POLÍTICO

Homenagens

PAINEL POLÍTICO22 30 Março 2011

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO22 2330 Março 2011 30 Março 2011

A clínica Odontológica Uniclí-nica por sua tradição e confiabi-lidade, tornou-se uma referência junto à comunidade do município de Ouro Preto do Oeste e região. Dedicação irrestrita, procurando sempre levar os mais recentes avanços da Odontologia aos seus pacientes. O cuidado na formação e qualificação dos profissionais da Uniclínica sempre foi um di-ferencial. Com a filosofia de que somente treinamento e aprimora-mento constante podem fornecer as condições para que o paciente possa receber sempre o melhor tratamento.

A equipe está ininterruptamen-te se reciclando e se atualizando, seja por participação constante em congressos no Brasil e no exterior ou cursos de atualização. A forma-ção dos dentistas inclui cursos de especialização. A equipe é forma-da pelo Dr. Maurílio C. Matos, (Especialista em Implantodontia e Prótese Sobre Im-plante, especialis-ta em Cirurgia e

Traumatologia Bucomaxilofacial, atua também como professor, na FACIMED/Cacoal). Também o Dr. Rodrigo C. Matos, (Especialista em Ortodontia), e Dra. Daiana I. Moura Campos (Especialista em Endodontia).

Segundo Dr.Maurilio, a Uni-clínca enxerga o paciente como um todo e não simplesmente como uma boca ou um dente. O paciente odontológico é um ser único, complexo, com sentimen-tos, medos, incertezas e que traz consigo suas experiências. Toda condição bucal está inserida em um contexto maior de saúde, que pode ter reflexos no restante do corpo, portanto devem ser sem-pre abordadas como tal, levando em conta também as condições gerais de saúde do paciente, que merecem ser estudadas, para que se possa oferecer uma abordagem adequada para o sucesso do trata-mento proposto para cada pacien-te, respeitando suas limitações

individuais.A Uniclíni-

ca é referência na região em atendimento odontológi-co, oferecen-do aos seus clientes uma v a r i e d a d e

de procedimen-tos direcionados à odontologia estéti-ca, como: implante dentário, Dental Day Clinic, carga imedia-ta, enxertos ósseos, prótese dentária, metal-free, facetas, zircônia, ortodontia, endodontia (trata-mento de canal), res-

taurações e periodontia. Dental Day Clinic é uma estratégia de atendimento para aqueles que não possuem tempo, por terem uma vida agitada e compromis-sada, e desejam realizar seu trata-mento de maneira rápida e eficaz. Primeiro é feita uma pré-avaliação onde realiza-se um planejamento e agenda-se o tratamento de tal forma que possa ser realizado no mesmo dia.

Natural de Goiânia/GO, gradu-ado no ano de 2002 em odonto-logia pela UNIC/MT, Dr. Maurílio C. Matos veio para Rondônia em 2005, acreditando no potencial de expansão de nosso estado, se con-solidando como uma referência em atendimento com implantes dentários, enxerto ósseo, reabilita-ção oral e cirurgia buco-facial em toda região.

Dr. Rodrigo C. Matos, gradu-ado em odontologia pela UNIC/MT, natural de Goiânia/GO, está a seis anos exercendo sua profissão e corrigindo as deformidades dentoesqueléticas facial através da ortodontia. Sua esposa, Dra. Daiana I. Moura Campos, natural de Ji-Paraná/RO, graduada em odontologia pela UNINGA/PR, está a cinco anos atuando na área, ofe-recendo qualidade aos seus clien-tes com o que há de mais moderno para tratamento de canal.

A Uniclínica passa por um mo-mento de expansão, onde estará inaugurando um novo espaço vol-tado para a clínica médica e estéti-ca corporal, oferecerá atendimento nas mais diversas áreas da saúde. Se você deseja se informar sobre o atendimento da UNICLÍNICA e sobre o Dental Day Clinic, entre em contato pelo fone (69) 3461-6288 ou 3461-1475, e agende uma avaliação.

INFORME PUBLICITÁRIO

UNICLÍNICA de Ouro Preto é diferencial em Odontologia

Rodrigo Guerreiro

PAINEL POLÍTICO 2330 Março 2011

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Os acidentes de trânsito se tornaram frequentes em Porto Velho. A todo o momento é pos-sível ver carros batidos, trânsito parado, curiosos e acidentados. Virou cena comum num dia rotineiro cada vez mais inflado com veículos e motoristas ávi-dos a chegar a seu destino final.

As motos são campeãs em envolvimento em acidentes de trânsito. “Uma média de 6 a 8 acidentes ocorrem diaria-mente, envolvendo veículos com duas rodas”, informou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu, que é a linha de frente na guerra que se transformou o trânsito. Em alguns casos motoqueiros se acidentam sozinhos sem o en-volvimento de outro veiculo, apenas desviando de buracos ou perdendo a direção. E esse é outro fator que contribui para os altos índices, péssimas condições de ruas e avenidas.

O Pronto Socorro João Pau-lo II atende diariamente uma média de 25 a 30 acidentados, informou a assessoria de im-prensa que acrescenta que este número pode ainda ser maior, dependendo do dia. As chuvas

freqüentes também colaboram para o número subir, nestes tempos de inverno amazônico.

Em janeiro deste ano foram registrados 501 atendimentos somente envolvendo motoci-clistas. Em fevereiro o percen-tual subiu mais de 45%, regis-trando 726 casos de acidentes de trânsito.

Para minimizar os números dessa tragédia no trânsito a Se-cretaria Municipal de Trânsito – Semtran, está implantando o Centro de Operações de Trânsi-to, que será um departamento especializado em fiscalizar congestionamentos em tempo real alterando se necessário, o tempo do sinal de trânsito para mais ou menos tempo, “nossa

meta é reduzir os acidentes que é recorde no país dentre as capitais, considerando a pro-porção do tamanho da cidade e o volume de carros”, enfatiza o educador de trânsito da Se-mtran, José Zacarias Santos.

Ele garante que até o fim do ano o trânsito em Porto Velho irá mudar radicalmente. A secretaria detectou que em 17 cruzamentos a situação é mais crítica e nesses pontos serão colocadas câmeras, além de 16 lombadas eletrônicas que tentarão impedir que apres-sados corram acima do limite permitido.

Para José Zacarias Santos o trânsito é baseado em um tripé: engenharia, educação e fiscalização, neste conceito a secretaria está sendo enfática ao direcionar o trabalho nas escolas com palestras sobre o respeito no trânsito e blitz edu-cativas em parceria com o De-tran. O trabalho, que começou em 2010 deve reiniciar no mês de abril. O crescente número de veículos na cidade é outro fator que colabora para o aumento nos números de acidentes. O Departamento Estadual de Trânsito - Detran, registrou 160.876 mil emplacamentos durante todo o ano de 2010,

POrTO vELhO sE TrANsfOrmA NA CAPITAL dOs ACIdENTEs

No mês inteiro o pronto socorro chega a registrar 6 mil atendimentos

Michele Mourão

No mês inteiro o pronto socorro chega a registrar 6 mil atendimentos

porto velho

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PAINEL POLÍTICO PAINEL POLÍTICO24 2530 Março 2011 30 Março 2011

O pronto socorro João Paulo II atende diariamente uma média de 200 pacientes. “Para isso temos uma equipe de prontidão 24h e outros 15 especialistas ficam de sobre aviso para qualquer even-tual emergência”, informa a assessoria.

A equipe consta de dois ortopedistas, dois cirurgiães gerais, três clínicos, dois médicos intensivistas e dois anestesistas. Contando ainda com enfermeiros e técnicos. Segundo o governador Con-fúcio Moura, um número irrisório de médicos para atender a demanda do Es-tado inteiro, “apenas Cacoal tem capacidade para aten-der e mesmo assim, não há nenhuma vaga no setor da UTI”. Na Capital o João Paulo oferece 157 leitos, sendo 10 na UTI e mais 4 vagas no semi UTI, Unidade de Cuidados

Especiais - UCE.Os números de 2010 im-

pressionam. Em todo o ano foram registrados 53.637 atendimentos médicos, des-tes 9.533 acidentes de trân-sito que de alguma forma lesionaram vitimas.

Entre os dias 3 e 8 de março, período do carnaval, foram contabilizados 172 por acidentes de trânsito. O João Paulo II é a maior referência em atendimentos de urgên-cia e emergência de Rondô-nia e recebe casos de todo o Estado o que sobrecarrega o atendimento. Para casos de menor complexidade as uni-dades de saúde do município como Ana Adelaide, na zona norte, Manoel Amorim de Matos, na zona sul e Hamil-ton Gondim, localizada zona leste, estão todas, segundo a prefeitura, devidamente estruturadas.

EquIPE Em PLANTãO 24 NO JOãO PAuLO II

destes 76.354, veículos de pas-seio. Apenas neste ano, nos dois primeiros meses foram 4 mil emplacamentos. Incluindo nesta frota veículos trazidos de outros estados, atraídos pela oferta de emprego crescente no Estado. Todos disputando as mesmas avenidas e ruas da Capital.

No meio da frota está a cres-cente venda de motos da cidade. Cada concessionária afirma que vende em torno de 300 motos por mês, o que complica ainda mais o já caótico trânsito.

Para Marcelo Fernandes, Secretário Municipal de Obras, os buracos que assombram mo-toristas no trânsito não são os culpados pelos números assus-tadores de acidentes. Segundo ele, “grandes metrópoles sofrem os mesmos problemas de Porto Velho. Em São Paulo aparecem a cada dia 2.000 buracos”, com-para sem respeitar a proporcio-nalidade. A cidade de São Paulo é pelo menos vinte vezes maior que Porto Velho. Os buracos podem até não ser os principais causadores, mas colaboram, e muito com essa realidade.

O secretário conta que 5 equipes de recuperação de vias trabalham sem parar tapando os buracos da Capital. “Hoje não temos ruas intrafegáveis, pois mantemos um equilíbrio”, diz Marcelo Fernandes demons-trando total desconhecimento da cidade. Afirmou ainda que o trecho da Avenida Abunã até a Jorge Teixeira foi toda recapea-da, e este ano a mesma avenida até a Farquar receberá asfalto, um total de 10 km de na cidade com recursos do município. Mas a obra ainda está longe de ser concluída.

porto velho

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A quEm INTErEssA Os 17% dE AumENTO NA TArIfA dE ôNIbus?

Após decisões judiciais população ainda não se conforma com aumento

Danny Bueno

especial

A insatisfação na sede da SET, com os serviços é visivel nos rotos dos usuários

Com certeza à usuária Verô-nica Pino, produtora comercial autônoma, separada, com dois filhos em idade escolar, mora-dora do bairro Conceição, antigo Jardim Eldorado, que depende diariamente de dois ônibus para conseguir ir e voltar do trabalho em quatro momentos do dia, não tem o menor interesse no último aumento aplicado pelas empresas, prefeitura e Conse-lho Municipal de Transporte - COMTRAN, ainda mais que há anos estes vêm prometen-do elevar o numero de ônibus novos e qualificar a frota com mais dispositivos e acessórios de segurança, acessibilidade, comodidade, como os tão pro-metidos ar condicionados que circularam por alguns dias em 2010 e depois foram retirados.

Para a maior parte popula-ção de Porto Velho, diferente de Verônica, se vêem dividida com o último aumento aplicado nas passagens dos ônibus, pois não são usuários dos serviços, mas que percebem uma grande pergunta no ar:

Quem realmente se bene-ficia com o aumento de 17%

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especial

A chande do meu patrão

(Ronaldo Marciano) dar uma entrevista é mais difícil que acertar na mega-sena

As empresas, por sua vez alegam nas reuniões do Comtran, estar sofrendo preju-ízos, há mais de dois anos sem aumentos compatíveis com fluxo de transporte oferecido, justificando o impedimento de realizar melhorias em favor dos usuários, e se diz pouco satisfeita, pois ansiavam um aumento maior de 30% diante dos 17% concedidos, o que elevaria o preço da passagem para R$ 2,99, sustentando que continuará a impossibilidade de mais investimentos em qualidade, conforto e expansão da frota atual, ou seja, dá fortes indícios de que nada vai mudar.

O secretário municipal de trânsito, Itamar Ferreira, que também é o presidente do Conselho Municipal de Trans-portes – COMTRAN, apesar de ter concedido uma entrevista a PAINEL POLÍTICO, respon-deu um questionário com as 34 questões levantadas pela revista (Ao final da matéria), onde teve a oportunidade de aprofundar-se nas questões mais críticas, como qual vai ser a linha de atuação do Comtran em defesa dos usuários já que

este é composto por entidades de classe.

Preferiu limitar-se a núme-ros preocupantes e incosis-tentes, afirmando que a frota atual não passa de 6 anos de uso e que a atual condição fí-sica, econômica e funcional do transporte coletivo da capital pode ser considerada satis-fatória, mesmo respondendo que a mesma atende a uma população crecente de 80.931 passageiros dia, com apenas 49 linhas, sabendo-se que as empresas possuem ao todo 177 ônibus disponível em suas garagens e que nos horários de pico existem apenas 9 veícu-los para atender situações de emergência, como quebras ou acidentes.

Argumentando que em Ma-naus o Governo do Estado dá isenção total no ICMS do diesel e do IPVA (o que repre-senta uma economia de 25% às empresas), sendo que em Rondônia o Governo do Estado nunca se preocupou em dar um centavo de incentivo ao transporte público da capital, desoneraria impactuosamente o bolso das empresas.

nas passagens?Pois para quem tem seu

próprio meio de locomoção, ou nunca teve a necessidade de usar o transporte coletivo, essa discussão está meio exa-gerada, mas, para aqueles que dependem cotidianamente dos serviços oferecidos por essas empresas, um acréscimo de R$ 0,30 causa um impacto consi-derável no orçamento familiar.

Levando-se em conta que o aumento do salário mínimo no período de um ano foi de ape-nas R$ 5, ou seja, apenas 1,1%, em quanto à inflação atingiu 7,7% em um ano, indiferente aos índices oficiais, percebe-se que dentro deste mesmo ano repetidos aumentos desen-freados em setores primários como a carne, o trigo, a ver-dura, o óleo, o arroz, o feijão e o cafezinho, em alguns casos

até injustificáveis, podendo se até caracterizar tais aumentos como abusivos, excessivos nas mais básicas necessidades, como no caso da carne que atravessa seu melhor momen-to econômico.

Considerando que a econo-mia doméstica obriga qualquer família a comprometer-se men-salmente com alimentação, rou-pas, sapatos, água, luz, telefone, combustível, educação, planos

de saúde e material escolar. Até mesmo uma simples

corrida de Moto-Táxi hoje na capital que era de R$ 3, antes de ser regularizada, hoje pode chegar a R$ 7, cobrados por al-guns oportunistas, chega-se fa-cilmente a conclusão que elevar em 17%, como afirmam os con-trários ao aumento, ou 13,05% como afirma a SEMTRAN, ser a taxa correta, mas que beira ao anúncio de um assalto.

o laDo Das empresas

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especial

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Já a direção do Sindicato das Empresas de Transportes do Município – SET-PVH, re-presentado por seu presiden-te, Ronaldo Perina Marciano, que também é proprietário de duas empresas, Três Marias e Estrela do Oriente se recusa a receber a imprensa para pres-tar esclarecimentos sobre essa situação.

A própria secretária execu-

tiva da presidência do sindi-cato, Senhora “Luciani”, con-sidera que “a possibilidade de seu patrão, Ronaldo Marciano, conceder uma entrevista à revista mais difícil do que acertar os seis números da mega-sena”, ou seja, uma em dez milhões.

Nas dependências do setor de atendimento do SET, na Avenida Carlos Gomes, apesar

da boa localização, centenas de pessoas sofrem com as condi-ções precárias do local. Crian-ças e idosos, que são os mais atingidos, circulam em um ambiente mal ventilado, onde encontram pouca informação, péssimo atendimento, o único banheiro coletivo está quebra-do e os usuários dos serviços do SET, ficam revoltados com a demora no atendimento e a

pouco caso e comoDiDaDe

conflitos nas ruas e confrontos nos tribunais

Um dos pontos mais obscu-ros de toda a celeuma é o fato de que não existe um canal aberto na prefeitura para a população que divulgue ou oriente cor-retamente quanto às linhas disponíveis para a integração e as que não estão disponíveis, o que gera grandes transtornos.

A nossa equipe levou mais de 30 dias para conseguir um mapa das linhas.

Outro ponto que nunca foi esclarecido é o fato da não construção de um Terminal

de Integração, pré-projetado na Rua Euclides da Cunha, no bairro Baixa da União, próximo dos bairros Mucambo, Areal e Triângulo, que até hoje não saiu do papel e se encontra invadido por feirantes e camelôs.

Em entrevista o funcionário público municipal Marcos Car-valho, chefe do departamento de trânsito na capital disse que “para solucionar 80% dos problemas bastaria que fos-sem construídos um Terminal Central do bairro Baixa da

União,nas proximidades da Rua Euclides da Cunha e que a pró-pria rodoviária também fosse transformada em um terminal central, devido a sua estratégica localização, o que oportuniza-ria á prefeitura construir uma nova rodoviária aos viajantes, eliminando duas grandes dores de cabeças monumentais que incomodam os portovelhenses há vários anos, e desafogaria o tráfego de ônibus nas avenidas principais em horários de alta rotatividade”.

Desinformação e silêncio

Cenas de brutalidade e selvageria foram registradas recentemente, quando poli-ciais e estudantes se enfren-taram durante manifestações contra o aumento no preço das passagens.

Proferindo palavras de ordem como, “R$ 2,60 Não! É

porrada no Busão!”, os mani-festantes se dirigiram ao Paço Municipal, e as portas da pre-feitura tiveram que ser fecha-das, pois a praça se transfor-mou em um verdadeiro campo de batalha, enquanto ônibus eram apedrejados e pesso-as corriam desesperadas, a

polícia atacava com excesso aqueles que identificavam como as cabeças da baderna, espancando-os com chutes, cassetetes e usando bombas de efeito moral e spray de pi-menta, resultando na prisão de cinco alunos da Universidade Federal de Rondônia - UNIR.

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especial

Universitários investem contra a polícia que reagiu com espancamentos

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conflitos nas ruas e confrontos nos tribunais

forma com que são tratados. Muitos não perdem a oportu-nidade de se exaltarem.

Para o aposentado Mano-el Ribeiro, “a verdade é que não passamos de verdadeiras marionetes de um jogo de in-teresses entre o prefeito e as empresas que negociam sem a opinião do usuário, vão às rádios e televisões na hora de aumentar o preço para prome-

ter, mas nunca cumprem as tais melhorias prometidas”.

Mesmo que se tente con-seguir informações através do sítio eletrônico da entidade (www.setpvh.com.br), qual-quer usuário mais simplório estará diante de um verdadeiro paradoxo, pois naquele que seria o único canal viável de informação confiável da enti-dade, consta a data da última

postagem dirigida à população do ano de 2004, e mesmo que fosse possível entrar em con-tato com o sindicato via email, estes não são respondidos, gerando uma total insegurança aos interessados dos serviços prestados, como as linhas de integração no município, o que acaba sendo o principal cavalo de batalha entre empresa, pre-feitura e a população.

Manifestação começou pacífica e acabou em confusão em frente a prefeitura de Porto Velho

números

1.170 Pontos de ônibus

108 abrigos

9 ônibus reserva (para substituir os que eventual-mente quebrarem)

2 empresas de ônibus

Porto Velho conta atualmente com:

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Para a auxiliar de cozinha, Érica Alves, 26 anos, “o des-respeito com a população é a maior violência que está sendo aplicada pela prefeitura e as empresas”. Ela conta que um co-lega chegou a perder o emprego por chegar constantemente atrasado. Para ela, o que vem ocorrendo é uma verdadeira irresponsabilidade.

Já o acadêmico Ricardo Oli-veira disse: “Queremos redução imediata na tarifa, só com esse tipo de movimentação é que as autoridades enxergam aquilo que vivemos, vamos lutar pelos nossos direitos”.

“Não somos bandidos para sermos hostilizados pela polícia em nossas manifestações pací-ficas, se eles nos agridem vamos revidar em defesa própria, so-mos e povo, somos a maioria, e queremos sim impor a nossa vontade e não engolir a vontade da minoria elitizada que nunca sentou em um ônibus lotado ao meio dia”, afirmou outro acadê-mico da UNIR.

Paralelo a esses aconte-cimentos o deputado eleito Hermínio Coelho, ainda como vereador, entrou com uma pe-tição que impedia o aumento das tarifas por entender que

tais elevações estavam incom-patíveis com a realidade dos habitantes do município, acu-sando a prefeitura de provocar um verdadeiro martírio na vida destes, obtendo duas vitórias em seu favor através de uma liminar com mandado de se-gurança, reafirmadas pela juíza Duília Sgrott Reis, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Porto Velho, no último dia 01/03, que porém foi derrubada no último dia 21 (segunda-feira), por desição do TJ.

especial

motivos e as DiscussÕes

A Promotoria Especial de Justiça e Cidadania, sediada no Ministério Público do Estado, também já ajuizou uma Ação Civil Pública em favor da popu-lação contra as empresas Três Marias e Transporte Coletivo Rio Madeira, com o objetivo de melhorar a qualidade no transporte fornecido por essas empresas.

Em caráter liminar o MP quer que providências como o aumento imediato da frota, ins-talação de ares condicionados, acessibilidade aos cadeirantes e mais sete reivindicações emer-genciais com base em acordos passados que foram firmados e até hoje nunca cumpridos ao longo de quase dez anos em que houve sucessivos aumentos da tarifa, mas nenhuma mudança na prestação dos serviços.

Enquanto isso, a nossa pri-meira entrevistada, Verônica

Pino, continua em sua rotina massacrante sem nada poder fazer, a não ser concordar sem ser ouvida, chega atrasada todos os dias ao emprego, já cansada do calor estafante, cabelos e pele ressecados pelo sol, roupa amassada e suada pelo “empurra, empurra” dos perigosos e apressados mo-mentos de embarque e com sua alto estima na sola do sapato para enfrentar mais um dia de intensa atividade profissional.

Tudo isso, ao custo de R$ 8,60 diários pelas quatro con-duções que precisa utilizar, somados aos seus 26 dias de trabalho como autônoma resta--lhe o sacrifício de ter R$ 223,60 extraídos de suas economias em meio a um salário de pouco mais de novecentos reais, que ao final das contas leva 30% de sua renda que ainda tem que ser redistribuída com as

suas necessidades básicas na economia doméstica, como alimentação, roupas, sapatos, água, luz, telefone, combustí-vel, educação, planos de saúde, escola e praticamente zero de lazer para compensar o des-prazer de recomeçar mais uma semana a bordo dos ultrapas-sados veículos do transporte coletivo na capital de Rondônia.

Será que ela fica com von-tade de dar “bordoada” em al-guém? E você como se sentiria?

Com certeza os deputados estaduais por meio do “efeito cascata” originado em Brasília, que tiveram seus salários acres-cidos em 61,83% no último mês elevando seus salários para o valor de R$ 20.042,00 (vinte mil e quarenta e dois reais) não têm por que se preocupar se os seus eleitores estão se sentindo satisfeitos com o transporte coletivo de Porto Velho.

ação Do poDer público

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1 -) IDADE DA FROTA QUE CIR-CULA EM PORTO VELHO?

R: Idade média 5,6 anos

2 -) Nº DE PASSAGEIROS MÊS?R: Em 2010 foram transportados

2.427.929 por mês, uma média de 80.931 passageiros por dia, sendo que destes 21% estudantes (que pagam meia-passagem), 6% idosos e 4% por-tadores de necessidades especiais (que têm gratuidade plena).

2 -) QUAL É O ÍNDICE ATUAL?R: 1,72

5 -) ÍNDICE DE PASSAGEIROS POR KILÔMETRO?

R: de 1,72 e se manteve igual nos últimos anos

3 -) QUAIS AS CATEGORIAS DE BENEFICIADOS PELA GRATUIDADE? (QUEM SÃO?)

R: estudantes, idosos, pessoas com necessidades especiais

4 -) AONDE ESTÃO SENDO CAR-REGADOS OS CARTÕES “LEVA EU”?

R: Sindicato da Empresas de Trans-porte de Porto Velho – SET e em 5 super-mercados Gonçalves: Calama, Abunã, Raimundo Cantuária, Guanabará e Jatuarana.

5 -) QUANTAS LINHAS DE ÔNI-BUS POSSUI A CAPITAL?

R: 49 linhas

6 -) QUAIS OS HORÁRIOS DOS BALÕES ?

R: das 5:00 às 00:15. Cada linha possui horários específicos.

7 -) QUAL A TOLERÂNCIA DE ATRASOS DESSES BALÕES?

R: Não há tolerância. Apenas so-licitamos que seja substituído o carro.

8 -) DURANTE QUANTOS MI-NUTOS EU POSSO USUFRUIR DA INTEGRAÇÃO?

R: 1h 30min a partir no instante

em que o usuário passa pela catraca no primeiro ônibus.

9 -) A PREFEITURA DISPONIBI-LIZA O MAPA DE INTEGRAÇÃO PARA A POPULAÇÃO? ONDE PODE SER ADQUIRIDO?

R: O mapa existente pode ser ad-quirido no SET. O SET está elaborando uma cartilha com os horários das linhas e pontos para integração (exigência das atuais contrapartidas).

10 -) QUAIS AS LINHAS QUE ESTÃO INTEGRANDO E QUAIS NÃO ESTÃO?

R: Todas as linhas fazem integração sentido ida e volta de um bairro para outro. O único impedimento de integra-ção é ida com volta para o mesmo bair-ro ou bairro próximo´. A única linha que não faz integração é a linha Candeias.

11 -) POR QUE A FROTA NÃO TEM AR CONDICIONADO CONFOR-ME FOI PROMETIDO NO PASSADO?

R: Porque se tornou tecnicamente

inviável a instalação de ar condicionado nos ônibus por causa do número de vezes que o carro é obrigado a fazer as paradas e abrir portas. A implantação do ar será possível em linhas expressas, pois o número de paradas é menor.

12 -) SE AS PARADAS ESTÃO TECNICAMENTE ERRADAS, NÃO É O CASO DE MODIFICAR A LOGÍSTICA?

R: As paradas não estão nem tec-nicamente nem operacionalmente erradas, mesmo porque elas são ins-taladas por solicitação de usuários e comerciantes. O que está sendo feito é um estudo para o redesenho de linhas quando da implantação de soluções propostas pelo Plano de Mobilidade de Porto Velho.

13 -) QUANTOS ABRIGOS E PA-RADAS EXISTEM NO MUNICÍPIO?

R: 108 de estrutura metálica e 1.170 pontos de ônibus (muito tem abri-gos de concreto que serão substituídos).

14 -) QUAIS AS CONDIÇÕES DES-SES ABRIGOS E QUAIS OS PROJETOS PARA REFORMA E MELHORIAS?

R: Foi feito o levantamento e estão sendo reformados. Primeiramente se-rão reformados os abrigos metálicos, posteriormente os de concreto, que poderão ou não ser substituídos.

15 -) SE SERÃO INSTALADOS MAIS ABRIGOS, QUANTOS EM QUAIS LOCAIS?

R: Sim, mais 86 novos abrigos me-tálicos que serão colocados em vários pontos da cidade, este ano.

16 -) AS EMPRESAS QUE PRES-TAM OS SERVIÇOS DISPÕES DE FROTA RESERVAR PARA ATENDER OS HORÁRIOS DE PICO?

R: Apenas para os casos de quebra.

17 -) QUANTOS SÃO ESSES VEÍ-CULOS DISPONÍVEIS?

R: 9 ônibus.

18 -) O QUE IMPEDE DE HAVER

especial

Itamar Ferreira - Sec. Trânsito

entrevista com itamar ferreira secretÁrio municipal De trÂnsito

(04/03/2011)

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especial

UM PLANEJAMENTO INTEGRADO ENTRE A SEMOB E A SEMTRAN?

R: Já há integração no planejamen-to estratégico.

19 -) QUAL A SAÍDA PARA ESSE ENTROSAMENTO?

R: Realização de reuniões com equipes específicas para melhorar o entrosamento.

20 -) POR QUE TANTOS ÔNIBUS RODANDO EM PVH COM PLACAS DE OUTROS ESTADOS QUE NÃO GERAM IPVA PARA O MUNICÍPIO?

R: Os ônibus do transporte coletivo são emplacadas em Porto Velho.

21 -) A PREFEITURA NÃO SE IMPORTA COM A ARRECADAÇÃO DESSES ÔNIBUS?

R: Sim.

22 -) JÁ QUE ESSES ÔNIBUS VEM DE FORA, COMO SABER SE SÃO RE-ALMENTE NOVOS E QUE TERÃO UM DESEMPENHO SATISFATÓRIO?

R: Através do documento de re-gistro junto ao DETRAN e de vistorias feitas pela SEMTRAN.

23 -) QUAIS SÃO OS COMPONEN-TES QUE INFLUEM NO AUMENTO DO CUSTO DA TARIFA A CADA NOVO

REAJUSTE? (EX.: SALÁRIOS, PARA-BRISAS, PNEUS, COMBUSTÍVEL, DEPRECIAÇÃO)

R: Além dos citados, as condições das vias e o índice de passageiro por quilômetro são os mais importantes.

24 -) DESDE QUANTO EXISTE O CONSELHO MUNICIPAL DE TRANS-PORTE?

R: Desde 1.985 criado pela 436/85, foi reformulado em 2006, através da Lei Complementar 270/2006.

25 -) QUEM SÃO OS COMPO-NENTES?

R: Administração municipal: SE-MTRAN, SEMED, SEMPLA e SEMOB, Câmara de Vereadores, Associação Mo-radores, estudantes, idosos, portadores de necessidades especiais, Associação Comercial, sindicatos: dos taxistas, trabalhadores das empresas de ônibus e das empresas de ônibus.

26 -) QUAL A DURAÇÃO DOS MANDATOS?

R: Dois anos.

27 -) SÃO REMUNERADOS? EM QUANTO?

R: não.

28 -) COMO SÃO ESCOLHIDOS ?

R: Por indicados pelos respectivos segmentos.

29 -) POR QUE A POPULAÇÃO NÃO PARTICIPA E SE PARTICIPA DE QUE FORMA?

R: A população é representada por associações ou entidades que têm direito de voz e voto. Nas reuniões são abertas à população, mas ela só se ma-nifesta através de seus representantes no conselho.

30 -) QUAIS SÃO AS EMPRESAS QUE ATUAM EM PORTO VELHO?

R: No transporte coletivo é um con-sórcio de duas empresas: Três Marias e Rio Madeira.

31 -) ESSAS EMPRESAS SÃO DE

PORTO VELHO (CAPITAL), OU DE OUTROS MUNICÍPIOS OU ESTADOS?

R: As empresas são de Porto Velho.

32-) OS DONOS DESSAS EMPRE-SAS SÃO DE RONDÔNIA?

R: Não.

33 -) MORAM EM RONDÔNIA OU FORA DO ESTADO?

R: Não moram em RondôniaBom trabalho para você e precisan-

do de mais alguma informação, estamos à disposição.

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A Secretaria de Patrimônio da União (SPU) vem cobrando uma taxa de habitação dos últimos cinco anos para os moradores de uma área perten-cente à União na região central de Porto Velho. O valor da taxa, segundo Marco Aurélio Silva Pinheiro, superintendente--adjunto do órgão, é calculado sobre uma tabela de preços ainda de 2006, feita por uma empresa contratada pela pre-feitura de Porto Velho.

A área em questão compre-ende um retângulo que tem como lateral o Rio Madeira e a outra lateral a Avenida Presi-dente Dutra, as pontas ficam na Avenida Rio de Janeiro e o outro limite é próximo a Avenida dos Imigrantes, passando bem no meio do condomínio Jardim das Palmeiras.

De acordo com Marco Au-rélio, antes da construção da Estrada de Ferro Madeira Ma-moré, a União havia repassado para a empresa responsável pelo empreendimento duas áreas, uma em Porto Velho e ou-

mOrAdOrEs dE ÁrEA NObrE dA uNIãO NO CENTrO dA CAPITAL rEsIsTEm A PAgAr TAXAs

Mapa atualizado que apresenta as regiões ainda não regularizadas pertencentes a União

Alan Alex

A venda dos imóveis situados nessa área pelos

ocupantes é proibida já que eles

pertencem a União

polÍtica

Grandes imóveis, grandes contas: O luxuoso Jardim das Palmeiras, moradia de juízes, empresários e políticos está no meio da briga

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polÍtica

tra em Guajará-Mirim, com uma faixa de 300 quilôme-tros que ligava as duas. Os seringais que existiam na época foram desapropria-dos, assim como outras propriedades.

Anos depois, no gover-no de Jorge Teixeira de Oli-veira, foi criado um órgão denominado Grupamento de Regularização de Áreas Urbanas – GRAU – ,que ti-nha como meta regularizar as áreas nos municípios existentes naquela época. Vários imóveis foram sen-do repassados ao municí-pio e ao Estado e as áreas que antes eram de 5 mil metros, passaram apenas ao retângulo mencionado. Em Guajará-Mirim o terre-no que pertencia a União também foi sendo reduzido gradativamente.

grANdEs ImóvEIs, grANdEs CONTAs Em 2006 foi implantada em

Porto Velho a Superintendência do Patrimônio da União e com isso os processos de cobrança, cadastramento e regularização dos ocupantes de imóveis da União passaram a ser mais ágeis.

Quem ocupa um imóvel no retângulo e não tem título defi-nitivo, tenha sido ele expedido pelo GRAU, pela Rede Ferro-viária Federal ou até mesmo pela Estrada de Ferro Madeira –Mamoré, precisa pagar uma taxa de habitação. As famílias ocupantes, cuja renda familiar não supere R$ 2.500,00, são isentas do pagamento da taxa, o que não se aplica à maioria dos habitantes da região. No retân-gulo, algumas famílias ilustres, como o ex-prefeito Carlinhos

Camurça, o deputado federal Rubens Moreira Mendes, além de proprietários de imóveis que sequer moram no local, mas mantém a área como pro-priedades particulares, foram notificadas pela SPU para pagar as taxas. Só que é exatamente aí que começam os problemas. É que o órgão perdoou as dívi-das anteriores a 2006 e enviou boletos de cobrança de 2006 a 2010. A taxa é anual e pode ser parcelada em até 7 vezes, mas para isso é preciso que o morador procure a SPU para se recadastrar e solicitar o par-celamento.

Os proprietários dos imóveis maiores estão reclamando da cobrança retroativa, já que, em alguns casos, o valor do metro quadrado do imóvel atinge R$

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polÍtica

80,00. Em terrenos com cerca de 8 ou 10 mil metros quadrados, como é o caso do imóvel ocupa-do por Carlinhos Camurça, essa dívida se torna volumosa. Mas para a SPU, é uma dívida que precisa ser paga.

Marco Aurélio explicou que a cobrança é amparada em legislação federal e que os prin-cipais reclamantes são os pro-prietários de grandes imóveis. “Quem tem um lote de tamanho normal, de 10 de frente por 30 de fundo, paga sem problemas. É uma taxa de habitação. Por-que essa pessoa tem direito e você ou eu não temos? A única diferença é que eles já ocupa-vam a área. Nós não queremos prejudicar ninguém, mas gran-des imóveis trazem grandes contas”, explicou.

confusão À vista O luxuoso residencial Jardim das Palmeiras, moradia de

juízes, desembargadores, empresários e até do ex-governador Osvaldo Piana vai ser um grande problema a ser enfrentado pela SPU nos próximos meses. É que parte do loteamento onde está situado o residencial pertence à União. O marco passa bem no meio do portão de entrada do condomínio e traçando uma linha reta, todos os imóveis que ficam à esquerda terão, em tese, que pagar a taxa de habitação. Para a SPU, essa situação só começará a ser resolvida após solucionar o problema dos outros imóveis. “Nós estamos priorizando os casos mais sim-ples, para ganharmos tempo. Essas questões mais complexas, como o Jardim das Palmeiras, só serão discutidas em um futuro próximo, mas vamos resolver”, explicou Marco Aurélio. A casa do ex-governador Osvaldo Piana, que estava alugada para o também ex-governador Ivo Cassol fica na área que pertence à União.

VENDA PROIBIDA A venda dos imóveis situados nessa área é proibida, já que

eles pertencem à União. Os moradores pagam para ocupar a área, se não tiverem interesse, precisam devolvê-lo à SPU. Mes-mo assim, muitos “proprietários” apareceram na superinten-dência munidos de recibos e outros registros, alegando serem legítimos proprietários. Nesses casos, a resposta que recebem é que “apenas títulos expedidos pela EFMM, Rede Ferroviária Federal e GRAU são validados, os demais são ilegais”.

reuniãoUm grupo de moradores do retângulo vem se reunindo

desde 2008 para discutir que medidas serão tomadas contra a SPU. Eles alegam que não querem pagar a taxa de habitação cobrada pela União. Mas dificilmente eles conseguirão um “perdão” dessa dívida, já que seus imóveis, apesar de estarem ocupados em alguns casos há mais de 50 anos, pertencem à União e existe uma legislação ampla sobre o tema. Talvez eles consigam no máximo um parcelamento maior desses débitos. Como disse o superintendente adjunto: “grandes imóveis, grandes contas”.

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frases

“Tá tudo certo e confirmado!!! Feijoada do Zuza 2011, amanhã, a partir do meio dia, no café madeira. Um dia especial numa festa recheada de atrações e uma bonita estrutura técnica para o conforto dos convidados. Três bandas e um DJ, apresentação de fitness (Win Academia), rainha e princesas do carnaval e a presença vip da super panicat “Juju” do programa pânico na TV, eleita a mulher mais sexy do mundo, Juliana Salimeni é a personalidade feminina do mundo artístico mais solicitada do momento nos eventos em todo o brasil.“ Colunista social ZUZA CARNEIRO no Facebook na véspera de sua feijoada que não teve a panicat “Juju” que alegou compromissos com programa Pânico e furou.

Vocês não sabem como me irrita ver funcionário da prefeitura pegando COM PÁ, o asfalto para fazer tapa-buraco... #NeanderthalTime...Vice-prefeito de Porto Velho EMERSON CASTRO desabafando em seu perfil no Twitter (@emersonscastro)

“Levem vergonha e livros para deputados estaduais que estão no cativeiro e só serão libertados no dia da eleição da Assembleia Legislativa.” Última “twittada” de EDUARDO VALVERDE, registrada no dia 26 de janeiro deste ano em seu perfil @dep_valverde. Depois disso, no dia 27, ele postou 3 vídeos com entrevistas.

Se você quer saber quantos amigos você tem, ganhe na loteria e saberá. Se quiser saber quantos realmente gostam de você, com seus defeitos e qualidades, perca tudo. Perca inclusive a fé, sua alegria, seu dinheiro, mas, perca principalmente o rumo e veja quem irá segurar suas maos. Não pela vida inteira, mas por pelo menos, 5 segundos.A bela comunicadora SANDRA SANTOS filosofando sobre amizade no seu Facebook.

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“Valverde atuou firmemente para a consolidação sindical daquele Estado, participando diretamente da fundação de vários sindicatos e do Partido dos Trabalhadores”

“Se eles não cumprem decisão da justiça, imagine leis aprovadas por vereadores. Não estão nem aí para a Lei Orgânica do Município”

“Eu e o Ely éramos amigos, a nossa história começou no movimento sindical na CUT, participamos da fundação do Sintero, quando eu fui secretário municipal de educação ele me acompanhou e ocupou um cargo de minha confiança, enfim era alguém do meu círculo de amizade e não tenho como descrever o quanto está sendo difícil aceitar o que acaba de acontecer, uma verdadeira tragédia” Prefeito ROBERTO SOBRINHO ao discursar no enterro de Ely Bezerra, seu amigo que dirigia o carro em que também morreu o presidente do PT Eduardo Valverde.

Deputado Hermínio Coelho acusando secretários municipais de descumprirem ordens judiciais.

Presidenta DILMA ROUSSEF em nota de pesar pela morte de Eduardo Valverde.

“Eu e o Ely éramos amigos, a nossa história começou no movimento sindical na CUT, participamos da fundação do Sintero, quando eu fui secretário municipal de educação ele me acompanhou e ocupou um cargo de minha confiança, enfim era alguém do meu círculo de amizade e não tenho como descrever o quanto está sendo difícil aceitar o que acaba de acontecer,

ao discursar no enterro de Ely Bezerra,seu amigo que dirigia o carro em que também morreu o presidente do

“Valverde e Ely partiram de forma prematura, mas deixaram um legado que ajudará a consolidar o sonho de todos nós, petistas. O sonho da construção de uma sociedade mais justa, fraterna, solidária, ética e moralmente decente”EPIFÂNIA BARBOSA em discurso de homenagem a Eduardo Valverde na Assembleia Legislativa

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fevereiro

06 – PAINEL POLÍTICO lança site em endereço próprio

(www.painelpolitico.com) e a coluna passa a ser publicada também no Rondoniaovivo.com.

28 – Morre Manelão, o general da “Banda do vai quem quer”, falece às vésperas do Carnaval

2011. A banda completa este ano 31 anos esta é a mais tradicional festa carnavalesca do Estado, que todos os anos arrasta multidões pelas ruas da Capital. Manuel da Costa Mendonça, o Manelão, tinha 62 anos.

26 – As obras de construção da Usina Hidrelétrica Santo Antônio foram veiculada no jornal Les

Affaires, líder na publicação de notícias de economia e negócios em Quebec, no Canadá. A matéria, assinada por Hugo Joncas, traz informações sobre a geração de mais de 12 mil novos empregos em Porto Velho. As 44 turbinas Bulbo do empreendimento garantirão a potência instala-da de 3.150 MW de energia, acima do dobro da capacidade de quatro usinas hidrelétricas construídas pela empresa estatal Hidro Quebec, no rio Romaine, no Canadá.

25 – Avião militar A -29 (super tucano) caiu a me-nos de 300 metros do aeroporto da Capital. O

piloto, O 1º Tenente-Aviador Marcelino Aparecido Feitosa conseguiu sobreviver, ejetando-se segundos antes da que-da que ocorreu por volta das 17h30min e causou grande estrondo nas proximidades da região. As causas ainda serão apuradas pela Aeronáutica, informou o secretário de segurança pública de Rondônia, Marcelo Bessa.20 – A coluna PAINEL POLI-

TICO revela com exclusivi-dade que pode faltar comida a presos e doentes em Rondônia por falta de pagamento aos fornecedores do go-verno. Nos dias posteriores o tema foi tratado pelo governador e só seria solucionado quase duas semanas depois.

23 – Em visita ao Estado, a Ministra da Pesca e Aqui-

cultura, Ideli Salvatti, em reunião com o governador Confúcio Moura, discutiu a criação de uma Secretaria Estadual de Pesca e Aquicultura. Segundo a ministra “Alguns estados já criaram a secretaria e com essa es-truturação puderam garantir mais re-cursos. Quando se tem uma estrutura, também se tem políticas focadas”. O governador disse que irá fazer um es-tudo para analisar a possibilidade da criação de uma secretaria com foco no setor pesqueiro, tendo em vista que RO é um dos maiores produtores de peixe em cativeiro da Amazônia.

Por Michele Mourão

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março

10 – Morre o ex- deputado federal Eduardo Valver-

de aos 54 anos, em um grave aci-dente envolvendo o carro dirigido pelo assessor Ely Bezerra, morto também no mesmo acidente. O ve-ículo se chocou de frente com uma carreta, próximo a Polícia Rodoviá-ria Federal na BR 364. Um terceiro passageiro que viajava no banco de trás teve apenas ferimentos leves. Eduardo Valverde deixa a esposa Mara Regina e dois filhos.

1 – Em Brasília, 21 deputados estaduais cobraram aprovação do código Florestal em Rondônia. Eles

cumpriram uma extensa agenda política e social percor-rendo gabinetes das lideranças políticas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em busca de apoio para a aprovação do novo Código. O deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB/SP), disse que vai mobilizar os agricultores de Ron-dônia para irem à Brasília fazer pressão e tentar convencer os deputados em aprovar a nova versão da legislação am-biental. O governador Confúcio Moura afirmou que com a regularização dos imóveis o “PIB do estado pode dobrar”, pois propriedades rurais e urbanas documentadas terão acesso ao crédito e poderão aumentar em muito a produção e movimentar toda a cadeia agrícola.

MORTES Em menos de duas

semanas 5 mortes causam comoção no meio político e jorna-lístico de Rondônia. Manelão, o general da “Banda do vai quem quer”, faleceu repen-tinamente às vésperas do carnaval. O jornalista, Edson Fo-gaça, sócio do jornal eletrônico, Oobservador morreu por complicações pulmonares, após 17 dias internado no Hos-pital de Base. Outro jornalista, o articulista político, Paulo Queiroz, foi encontrado morto no seu escritório, no centro da Capital, já em estado de decomposição. Uma tragédia na BR364 levou a vida do ex-deputado federal Eduardo Valver-de e seu assessor, Ely Bezerra, na tarde da sexta-feira, 11 de março. O carro pilotado por Ely chocou-se de frente a uma carreta, no 355 km, saída de Ji-Paraná sentido Ouro preto do Oeste.

8 – No feriado de carnaval chegaram a Porto Velho,

cerca de cem refugiados do Haiti, país destruído por um terremoto em janeiro de 2010. Os haitianos, na maioria, homens por volta dos 30 anos e oito mulheres vieram em busca de emprego nas duas usinas hidrelétricas que estão sendo construídas no Estado. O grupo saiu do Haiti há cerca de dois meses. Todos são alfabetiza-dos e têm qualificação profissio-nal, alguns deles falam até três línguas. Eles foram abrigados no ginásio Claudio Coutinho.

9 – O jornalista Paulo Queiroz, foi encontrado morto na noite de quarta-feira 09 de março, no seu escri-

tório no centro de Porto Velho, sede seu site Rondoniasim. Paraibano Paulo Queiroz era colaborador de PAINEL POLÍ-TICO. Não se sabe exatamente o dia nem a causa da morte. O jornalista e articulista político iria completar 63 anos no próximo dia 15 e deixou três filhos naturais e dois adotivos.

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francisco matiasHistoriador, professor e analista político

histÓria

PAINEL POLÍTICO40 30 março 2011

1.A construção do Complexo Madeira

tem seguido um ritual inusita-do para os padrões de desen-volvimento socioeconômico e sociopolítico de Rondônia, da mega região Norte e, por extensão, da Amazônia Oci-dental. Considere-se, para esta análise inicial, as transforma-ções econômicas, sociais e políticas que estão ocorrendo no município de Porto Velho, nos distritos de Jacy-Paraná, Mutum-Paraná e, sobretudo, na cidade de Porto Velho, por conta do aporte de centenas de empresas e milhares de pessoas em busca dos recur-sos que estão sendo derrama-dos na economia regional, na ordem de 70 bilhões de reais. Aproveite-se e considere--se também a ocorrência de graves problemas sociais e ambientais com ênfase aos im-pactos sobre o meio ambiente e, note-se, sobre a própria so-ciedade porto-velhense. Tudo isto somado, tem-se como resultado problemas que so-mente serão mensurados ao longo do tempo. Destarte, poucos estão percebendo que as obras das usinas do Madei-ra guardam, por sua dimensão e complicações sociais, um paralelo com a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, do início do século passado.

2.Atualmente estão sendo construídas

duas usinas hidráulicas, como parte do Complexo Madeira. A primeira, a de Santo Antonio, tem como holding o consórcio Santo Antonio Energia Civil, CSAC, e a segunda, situada a 150 km à montante da pri-meira, é denominada Usina do Jirau e tem a holding Energia Sustentável do Brasil,ESBR,

à frente. E aí está o Pomo da Discórdia. A Usina do Jirau é problema desde sua deno-minação. Senão vejamos: en-quanto a Usina Santo Antonio está localizada na cachoeira de Santo Antonio, a do Jirau não está no Salto do Girau como bem deveria estar e foi projetada inicialmente. Por razões políticas e diplomá-ticas, envolvendo a faixa de fronteira Brasil-Bolívia, seus construtores foram obrigados a deslocar o empreendimento seis km à jusante do Salto do Girau, localizando-a na Ca-choeira Caldeirão do Inferno, ou Perdidos, precisamente na Ilha dos Padres. Logo, a Usina do Jirau não é no Girau, apesar de manter a denominação original. Não ficaria bem Usina do Caldeirão do Inferno. Ou ficaria?

3.Na conjuntura atual ficaria. Na verdade, a

obra está mais para Caldeirão do Inferno, ou Perdidos, do que para Jirau. No dia 16, deste mês, quarta-feira, o caldeirão explodiu. De novo. Mais uma vez a Usina do Jirau faz juz ao lugar onde está sendo edifica-da. Um inferno. Nada menos que 54 ônibus incendiados junto com os alojamentos. O posto bancário foi saqueado, caixas eletrônicos foram ar-rombados e mais de 20 mil trabalhadores desalojados emergencialmente. A maioria foi enviada de ônibus para a cidade de Porto Velho e ou-tros ficaram “perdidos” – nada a ver com a cachoeira – na Vila Nova Mutum e em Jacy--Paraná. Na tarde-noite do dia 17 de março, quinta-feira, vila de Jacy-Paraná parecia uma cidade fantasma com milhares de zumbis zanzando de um

lado para outro. Na mesma noite, cerca de 300 ônibus despejaram cerca de vinte mil pessoas para se alojarem em Porto Velho. As obras foram paralisadas. O caos instalou-se de mala e cuia. Só faltam os “donos”, imitando os direto-res da Madeira-Mamoré, em 1931, embarcarem em navios e partirem rumo ao poente. O último a sair deve apagar as luzes. Seja como for não se sabe muito bem o que está em jogo. Se interesses do con-sórcio ou dos trabalhadores. De todo modo, não foram apresentadas reivindicações trabalhistas, além dos recla-mos naturais por perdas de algumas conquistas compen-satórias que foram retiradas dos holerites.

4.Mas paira uma dúvi-da no ar. O consórcio

Energisul requereu do BNDES um grande aporte de recursos para cobrir despesas com custos operacionais da obra. Deixa transparecer que houve falhas na contabilidade que feriram profundamente o orçamento inicial. O reflexo disso recai sobre a mão de obra que recebe o pagamento mais magro no final do mês. Dinheiro curto, insatisfação plena. Mas não deve ser isso. Pode-se aventar, a grosso modo, que existam questões políticas a permear o quadro. Um dos manda-chuva do Jirau em entrevista a uma emis-sora de TV local, disse que estranhou uma mensagem que recebeu, ou alguém teria recebido pelo rádio, que dizia mais ou menos assim: “ou atende nossas reivindicações ou vamos cumprir nossa mis-são por aqui”. “Cumprir nossa missão” não é linguagem de

peão de trecho. É bem mais esmerada, ideológica e traba-lhada. Se for verdade, pode--se imaginar que existe uma conotação não-trabalhista nesta coisa toda com forte tendência política.

5. Comenta-se que o próprio consórcio

teria interesse em paralisar as obras e, desta forma, fazer pressão junto ao BNDES para viabilizar e agilizar a liberação dos recursos que tanto preci-sa. Mas isto pode não passar de uma falácia para por mais brasa no caldeirão. Contudo, obra parada não rende divi-dendos políticos e deixa uma massa de desempregados cuja imagem e ações podem causar os piores transtornos sociais em Nova Mutum, Jacy-Paraná e na cidade de Porto Velho e ninguém quer isso. Seja como for, o caso é grave o bastante para o governo mobilizar seu aparato de segurança, envol-vendo PM, Polícia Civil, Polícia Federal, Guarda Nacional, ABIN e o Exército. O quadro geopolítico é grave e faz lem-brar o fechamento da BR 364 (que já houve neste episódio), desemprego, desabastecimen-to, desalojamento, saques, instabilidade social, atrasos no cronograma da obra, au-mento do custo final e outras mazelas que, querendo ou não, estão no olho do furacão. Melhor dizendo, no Caldeirão do Inferno.

PS – Até o fechamento desta página havia ocorrido saques em Porto Velho e o CSAC registrou mobilizações grevistas em Santo Antonio paralisou as obras. Pode mais um caldeirão pronto para explodir.

USINA DO JIRAU, O POMO DA DISCÓRDIA

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ContatosPainel Político no MSN – [email protected] . Você também pode enviar e-mails para a coluna usando esse endereço. Atendimento aos leitores entre as 14 e 19 horas (on-line nesse período). Basta nos adicionar que poderemos trocar ideias nesse horário. Ou ainda pelo telefone (69) 9907-0701 ou pelo Skype painelpolitico. Também no Twitter @painelpolitico

Alan AlexJornalista

Coluna Painel Político

AuXÍLIO INCONsTITuCIONAL

Alan AlexJornalista

O Supremo Tribunal Federal declarou que o auxílio-moradia que vinha sendo pago aos membros aposentados do Ministério Público de Rondônia é inconstitucional. Isso aconte-ceu na sessão do dia 17 de março e pôs fim a uma atitude no mínimo imoral. O maior pro-blema é que os recursos que já foram pagos, não serão devolvidos. Por aqui, eles chegaram a receber inclusive auxílio-moradia retroativo. O mais escandaloso é que antes da lei estadual que permitia esse pagamento ser aprovada pela Assembleia, ela teve que passar pelas comissões da Assembleia, receber parecer favorável dos procuradores do legislativo e também dos procuradores do Governo. Ne-nhum deles percebeu a ilegalidade da coisa. Das duas uma, ou eles sabiam e aprovaram propositadamente, sabendo que após o julga-mento no Supremo não teriam que devolver os recursos, ou os nobre procuradores foram péssimos alunos de direito constitucional na faculdade.

Se o primeiro caso prevalecer, eles agiram de má fé e deveriam ser responsabilizados. Agora se foi desconhecimento, precisam urgente de uma reciclagem. Interessante perceber também que todos nesse processo foram coniventes, deputados, governo e o

próprio Ministério Público, que encaminhou o projeto. Pior para os cofres públicos, que sangram por um lugar que deveria servir para estancar.

O Ministério Público de Rondônia tem em seus quadros promotores casados, e ambos recebem auxilio-moradia, o que é contra o que determina a Lei Orgânica dos Ministérios Públicos. Mesmo assim, com denúncias, o órgão não se manifesta.

Mas essa prática não é exclusividade do Ministério Público. O Tribunal de Contas, o Tribunal de Justiça e a Assembleia Legislativa também pagam auxílios a seus membros. E agora por último, o governo resolveu entrar na dança e encaminhou para a Assembleia, um projeto para pagar auxilio-moradia a seus secretários, no valor de R$ 4.500. Vale lembrar que cada secretário recebe de salário pouco mais de R$ 16 mil. Realmente a coisa anda complicada em Rondônia.

Pelo andar da carruagem, a Assembleia deverá aprovar essa aberração. O que falta é apenas um entendimento para afinar a famosa “harmonia entre os poderes”, mas quando se trata de vantagens para autoridades, essa afinação acontece rápido, e eles nem precisam de diapasão.

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A história do Instituto Fe-deral de Rondônia – IFRO, para quem não sabe, remonta ao inicio do século passado, com o surgimento das Escolas Téc-nicas no Brasil pelas mãos do então presidente Nilo Peçanha* em 1909 que criou no primeiro ano de seu curto mandato 19 escolas de aprendizes e artífi-ces, que originaram a educação profissional no Brasil.

De lá pra cá, entra governo e sai governo, pouco se inves-tiu na estrutura que até 2008 somavam apenas 140 unidades em todo país, mas, com a gri-tante necessidade de se profis-sionalizar e qualificar a mão de obra no mercado de trabalho interno, diante da invasão de empresas e indústrias interna-cionais que buscam expandir seus horizontes em nossas terras, o Governo Federal foi empurrado para a brilhante idéia de reorganizar as escolas técnicas que na sua grande maioria estavam abandonadas.

Aqui em Rondônia, tudo

começou em Colorado do Oeste, através da Escola Agro - Técni-ca, criada em 1993, hoje com seus 17 anos de existência, e posteriormente, com a ex-pansão das Escolas Técnicas Federais no Brasil, durante

o governo Lula, que saíram de 140 para 354 unidades, foi criada e renomeada como Escola Técnica Federal de Ron-dônia em 2007 a unidade da antiga Escola Agro - Técnica, que abrangia os municípios de

Ji-Paraná, Vilhena, Ariquemes e Porto Velho, que a partir de março de 2008 teve a frente o professor Raimundo Vicente Ji-menez, que acompanhou todo o processo de transição que teve innicio ao final de 2008 indica-do como diretor geral da Escola Técnica Federal de Rondônia.

Em nível nacional e prin-cipalmente estadual, após um ano de discussões sobre essa reorganização, surgiu à figura do Instituto Federal de Ciência e Técnologia - IFRO, como uma rede institucional, deixando de ter a titularidade de apenas Escola Técnica Federal para se transforma em Instituto Fede-ral pré-dispondo do mais alto nível de aprendizado técnico e científico profisionalizante, através da Lei 11.534, de 25 de outubro de 2007, sendo criado a partir então 38 IFs em todo país, com pelos menos um em cada capital.

Hoje, o IFRO em Rondônia se instalou em cinco cidades do Estado que foram incorporadas a essa expansão, duas a mais do que a abrangência anterior da Escola Técnica Federal, entre

educação

O IfrO fArÁ EduCAçãO PrOfIssIONALIzANTE Em rONdôNIA PArA EvOLuIr O mErCAdO dE TrAbALhO 10 ANOs Em 3 ANOs

IFRO pretende evoluir aceleradamente com a expansão de suas unidades

Danny Bueno

principais atribuiçÕes Do ifro

Como autarquia ligada ao Ministério da Educação e Cultura - MEC, o Instituto Federal em qualquer es-tado tem total autonomia, financeira, administrativa, pedagógica, patrimonial e disciplinar, com a função de implantar cursos de educação básica e ensino superior.

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educaçãoelas, Ji-Paraná, Vilhena, e Ari-quemes, Colorado do Oeste além de dois campus avan-çados nas cidades de Cacoal e dois em Porto Velho, sendo um no antigo Centro Federal de Educação Tecnológica - CEFET, e o outro na Avenida Calama, em fase de construção tendo prevista a sua entrega para Março de 2012, que tam-bém funcionará como campus avançado e sede da reitoria no Estado, ficando Porto Velho também duas unidades.

atuação Do ifro no estaDo

Campus avançado II de Porto Velho (Fica pronto em Março de 2012)

IFRO de Ariquemes (antiga EMARCE)

Por dispor de toda essa autonomia, o IFRO apresenta algumas peculiaridades em sua identidade, com o fornecimento de educação profissional cien-tifica e tecnológica em vários níveis e modalidades de ensino, significando que, pode aplicar desde cursos de qualificação profissional, a estilo dos cursos do SENAI, bem como o ensino técnico integrado ao ensino mé-dio, com quatro anos, e os cur-sos subseqüentes para aqueles alunos que já possuírem o ensino médio e ingressa no instituto apenas para concluir a parte profissionalizante, que acontece em dois anos.

Após a formação técnica, o instituto ainda oferece a espe-cialização dentro da própria

área que o aluno se formou, podendo retornar à escola e se aperfeiçoar em sua profissão.

Além disso, o instituto dis-põe dos cursos superiores em Tecnologia, Engenharia em Agronomia (Colorado do Oeste), licenciatura das áreas cientificas e tecnológica, biolo-gia (Colorado), física, química (Ji-Paraná), matemática na formação de professores, bem como na pós graduação, nos cursos de Proeja e Informática na Educação, podendo ainda, conforme o estatuto oferecer futuramente cursos de mestra-dos e até doutorado.

Segundo o reitor Raimun-do Vicente Jimenez, o modelo aplicado na estrutura do IFRO é impar no mundo todo, adotan-

do o sistema da verticalização do ensino, e atuando desde a formação do operário chegando até o doutorado.

Lembrando que o foco cen-tral do instituto é sempre a educação, científica e tecno-lógica, direferentemente das universidades convencionais que abarcam todos os campos do conhecimento.

Outro diferencial do progra-ma oferecido é que os próprios professores acabam inseridos no processo educacional e se assim desejarem, percorrem todos os níveis de aprendizado do básico ao doutorado.

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A iniciativa do Governo Federal em transformar con-sideravelmente o perfil da educação com os Institutos Federais de Ciência e Tecno-logia, através de um ensino verticalizado vem em boa hora, em época de grande procura por profissionais capacitados e com formação específica o mercado de tra-balho, resta saber qual é o prazo de formação para que estes novos profissionais possam se apresentar com chances de serem classifica-dos para as vagas existentes.

Segundo o IFRO, em nível de Rondônia, a médio e curto prazo pode-se dizer que a expectativa é excelente, pois já estão sendo lançados no mercado de trabalho cente-nas de alunos que concluem ainda esse ano as suas maté-rias (em Colorado e Ji-Para-ná), lembrando ainda que em 2008 o Instituto tinha apenas 650 alunos e para 2011 já inicia as atividades com um efetivo de 4 mil alunos e que em pouco mais de 3 anos (em 2014), a projeção é de que

já estejam em processo de formação um efetivo de 13 mil alunos.

Considerando que essa perspectiva se refere apenas à educação presencial, já po-deríamos dizer que seriam ótimos resultados, agora com a implantação do ensino a distância, já para o mês de julho, a tendência é que haja um aumento considerável no numero desses alunos, onde, segundo as estimativas do reitor do IFRO, possa chegar até a 20 mil alunos em pro-cesso de formação.

Além disso, está em andamento uma conversa com o Governo do Es-tado para que possa ser aproveitada a estrutura do Estado para que a tecnologia do IFRO seja estendida ao maior nu-mero de pessoas dentro das dimensões dos 52 municípios, com cursos técnicos, tecnológicos e até licenciaturas e pós -

graduações.A grande deixa para que

tudo de certo é a pré – dis-posição do Estado, através da Assembléia e do próprio governador, em implantar a Universidade Estadual de Rondônia com ensino a dis-tância, onde há a proposta de que o IFRO proporcione a estrutura necessária para a educação profissionalizante e tecnológica com sua ino-vada metodologia de ensino verticalizado, a carta propos-ta já está sendo preparada.

expectativa real De profissionais capacitaDos no mercaDo De trabalHo

IFRO de Cacoal (Antiga escola Alta Raupp)

IFRO de Colorado do Oeste

IFRO Vilhena

IFRO de Ji-Paraná (900 alunos)

educação

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O IFRO pretende aprofundar também nas áreas do ensino profissionalizante e tecnoló-gico por meio de extensões, dispondo de uma estrutura própria para atuar nas áreas de pesquisa aplicada, já tendo oferecidas hoje 152 bolsas de estudos na área de iniciação científica, superando a UNIR que hoje oferece apenas 150 com seus 32 anos de existência.

Já está em fase de implanta-ção a construção dos laborató-rios próprios, enquanto várias pesquisas de campo já são realidade, enquanto se aguarda a conclusão do NIT – Núcleo de Inovação Tecnológica, que pretende trabalhar com novos processos que atendam uma gama maior de alunos.

Ainda dentro da área de extensão, o IFRO proporcionará as comunidades circunvizinhas todo um leque de cursos bá-sicos, ampliando a integração com a população e as famílias dos alunos.

Entre os vários projetos criados pelo instituto está o “Projeto Mulheres Mil”, já im-plantado em Ji-Paraná, aten-

dendo um grupo de mulhe-res através de uma formação profissional, através de um intercâmbio com o Governo do Canadá, além disso, está sendo aplicado o FIC – Formação de Inicial Continuada, que atende a trabalhadores e comuni-dades carentes, com cursos de qualificação e capacitação profissional.

Há também o Programa TEC-NEP, que é voltado para capacitar as pessoas com neces-sidades especiais, e contribuir com empresas que por obri-gação legal tem que reservar

uma cota de 5 % de seus fun-cionários visando à inserção das pessoas com necessidades específicas.

“Pretendemos criar ainda uma extensão para atender os presidiários e também um outro projeto que visa criar um núcleo que vai funcionar como uma incubadora de empresas, além dos estágios que são praticados por nossos alunos, vinculando assim com o setor produtivo objetivando sem-pre as demandas locais dos municípios e do Estado” – diz Raimundo Vicente.

pesQuisa e extensão

Até 2008, o Governo Federal havia liberado apenas um orça-mento de apenas 2,6 milhões na Escola Agro – Técnica, que era a única unidade de ensino tecnológico e profissionalizante da união em Rondônia, hoje com a instalação e ampliação de suas sete unidades associado ao advento do IFRO o governo já liberou um orçamento de 42,4

milhões ao ano. Tudo isso, levando-se em

consideração que estamos fa-lando de uma educação pública, gratuita e de qualidade, compa-rando a velocidade com que se deu o crescimento quantitativo da instituição que promete ser uma grande ferramenta de de-senvolvimento humano para Rondônia.

o ifro em numeros2008 – 6502011 – 4.000SERVIDORES:

2008 – 70 SERVIDORES

2011 – 350 SERVIDORES

ALUNOS:

educação

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Instituto fará investimentos no setor de laboratórios e pesquisas

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Raimundo Vicente Jimenez, começou a car-reira como professor na ETFEA - Escola Técnica Federal do Amazonas, depois, já como vice diretor, desempenhou a sua primeira atividade administrativa, há 33 anos, e chegando a dire-toria através de eleições da entidades, vindo a assumir posteriormente como diretor geral do CEFET – Centro Federal de Educação Tecnoló-gica, no Amazonas, e Presidente do CONSEFET – Conselho da Rede Federal na região norte do país, hoje conhecido como CONIF.

Atua também como representante do Minis-tério da Educação em vários conselhos de âm-bito nacional, entre eles, do SENAI, do SENAC, Conselho Estadual de Educação do Amazonas.

Recentemente recebeu uma homenagem do Ministério da Educação, referente aos 100 anos de criação da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, que é a Medalha Nilo Peçanha *, por ter sido o fundador das es-colas técnicas no Brasil em 1909, onde o MEC apontou 100 personalidades em todo o país que contribuíram com a educação profissional de alguma maneira, sendo homenageados por Rondônia apenas a senadora Fátima Cleide e Raimundo Vicente.* (Alberto da Costa e Silva diz que Nilo Peçanha – 7º Presidente da República, descendente de africanos, que assumiu após a morte de Afonso Pena, nascido em Campos dos Goytacazes, 2 de outubro de 1867 — Rio de Janeiro, 31 de março de 1924, foi um político brasileiro, em 14 de junho de 1909, e governou até 15 de novembro de 1910. Tendo sido o único mulato presidente do Brasil).

Conforme as estatísticas do MEC, cerca de 72% dos alunos que saem das salas de aulas do IFRO são automaticamen-te inseridos no mercado de trabalho, tendo por exemplo a do Campus de Colorado do

Oeste, com as melhores notas do Estado segundo a avaliação do ENEM 2010.

O maior propósito do IFRO, segundo o Reitor Raimundo Vicente, é elevar sempre o ní-vel de qualidade dos estudos

atendendo a forma histórica através de seus cem anos de existência com que a rede de ensino tecnológico foi criada em 1909, pelo então primeiro presidente mulato brasileiro, Nilo Peçanha.*

as metas para os próximos anos

Quem É o reitor Do ifro

educação

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Page 48: Revista Painel Político - 3ª Edição

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CONTRA A FEBRE AFTOSACONTRA A FEBRE AFTOSAVACINE

Garanta agora o futuro da nossa pecuária.

CONTRA A FEBRE AFTOSACONTRA A FEBRE AFTOSADe 15 de abril a 15 demaio, vacinação do rebanho de 0 a 24 meses.

L i g a ç ã o g r a t u i t a0800 704 9944

Comprove a vacina na

IDARON até 20 de maio.

Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastorildo Estado de Rondônia

Ministério daAgricultura Pecuária

e Abastecimento

Secretaria de Estadoda Agricultura Pecuária eRegularização Fundiária

GOVERNO DERONDÔNIA

Rondônia tem mais de 11 milhões de cabeças de gado. É um dos maiores exportadores de carne do país e também produz muito leite: temos a maior bacia leiteira da Região Norte. Nossa pecuária produz muitos empregos, renda e riquezas. E é hora de garantir que o nosso rebanho continue sadio e a nossa economia ainda mais forte. Vacine. E não esqueça de avisar seus vizinhos. O futuro da nossa pecuária a gente garante agora, todos juntos, vacinando.

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