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0 Edita: Abdo Tounsi - TunSol documentos, noticias y opiniones Número 7 - Junio 2012 15 – de mayo La catástrofe palestina النكبه

Revista PALESTINA DIGITAL - Junio 2012

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Revista mensual de las publicaciones de PALESTINA DIGITAL. DOCUMENTOS, NOTICIAS Y OPINIONES SOBRE PALESTINA

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0

Edita: Abdo

Tounsi - TunSol

documentos, noticias y opiniones

Número 7 - Junio 2012

15 – de mayo

La catástrofe palestina

النكبه

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Revista PALESTINA DIGITAL _____________Carta___________ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

1

Carta del editor

Amigas y amigos lectores de la Revista PALESTINA DIGITAL, con sumo

placer os presento el número siete de ésta revista que es la vuestra…

habiendo cumplido los 64 años desde al-Nakba (catástrofe palestina), no

podíamos dejar este importante acontecimiento en la vida de varias

generaciones del pueblo palestino y el árabe en particular y del mundo en

general, por lo que supuso la fecha del 15 de mayo 1945 en generar una

catástrofe para el pueblo palestino y para la región significó una cadena

de guerras, masacres y dramas humanos que sigue hasta nuestros días.

Este número contiene una realidad que muchos medios ignoran tanto por

inercia de la fuerza centrifuga de la propaganda sionista como por estar al

servicio de la misma.

También nos hacemos eco de las opiniones y las actividades que genera la

causa palestina y su pueblo en los ámbitos políticos, artísticos y sociales.

La cocina y el cine palestinos tienen un lugar destacado en éste número,

dos artes que reflejan la vida tradicional y social del pueblo palestino

A la espero que os sea de vuestro agrado, os agradezco el seguimiento y a

todos los miembros del equipo TunSol y sus colaboradores mil gracias.

Abdo Tounsi - TunSol

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Revista PALESTINA DIGITAL _____________Índice___________ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

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ESTE NÚMERO CONTIENE:

LOS DERECHOS NACIONALES DEL PUEBLO PALESTINO

EL ESPÍRITU DE RESISTENCIA PALESTINO VS. EL PROYECTO SIONISTA

64 AÑOS DE AL-NAKBA

RELATOS DE REFUGIADOS PALESTINOS

AL- NAKBA (OCUPACIÓN PALESTINA): UN PLAN PREMEDITADO Y MACABRO

AL NAKBA, ESE PRESENTE CONTINÚO

II MUESTRA DE CINE PALESTINO DE CARACAS [13-28 JUNIO 2012]

PALESTINA YA EXISTE EN EL CINE

MUESTRA DE CINE PALESTINO. EL CINE DESBORDADO

RODAJE BAJO LA OCUPACIÓN

EL DÁTIL AMARGO

DESENGANCHARSE DEL SIONISMO

CUANDO SE CUMPLEN 64 AÑOS SIN DERECHO A RETORNO

LAS RAÍCES DEL ODIO EN LA IDEOLOGÍA SIONISTA

EN RECUERDO DE BATYA GUR: ULTRA ORTODOXOS Y MUJERES EN ISRAEL

EN RESPUESTA A UNA PREGUNTA ENVENENADA

ISRAEL Y LOS TERRITORIOS PALESTINOS OCUPADOS

MI NOMBRE ES PALESTINA: DESDE HACE 64 AÑOS ¡BUSCO JUSTICIA!

YO NO OS TEMO. . .PALABRAS DE UN NIÑOS PALESTINO

PALESTINAS Y PALESTINOS EN PIE DE LUCHA POR SU TIERRA

PALESTINO: “MI VIDA ES UNA TRAGEDIA, NACÍ Y ME CRIÉ EN UN CAMPO DE REFUGIADOS”

Receta de berenjenas a la palestina

Berenjena con yogurt, la receta original

MI CELDA, MI TUMBA NÚMERO 9

DESDE CANADÁ CON AMOR A LA PATRIA

TODOS SOMOS BILAL DIAB Y THA’ER HALAHLAH

MORIR POR DIGNIDAD

CEDEN ELLOS, PORQUE TRIUNFAMOS NOSOTROS

PERDIENDO LA MAGIA, QUEDA LA REALIDAD

LOS JUDÍOS ANTI-SIONISTAS, UNA LUZ DE ESPERANZA

TURISMO SOLIDARIO

LLAMAMIENTO A SALVAR LA VIDA DE MAHMUD SARSAK

4

52

68

98

110

116

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Nakba es un término árabe

(النكبة)

que significa

"catástrofe" o

"desastre", utilizado

para designar al éxodo

forzoso palestino (en

árabe الفلسطينية الهجرة ,

al-Hijra al-

Filasteeniya). Según la

Agencia de las

Naciones Unidas para

los Refugiados

Palestinos (UNRWA)

son refugiados

palestinos las

"personas cuyo lugar

de residencia habitual

era el Mandato

Británico de Palestina

entre junio de 1946 y

mayo de 1948 y que

perdieron sus casas y

medios de vida 1948".

En la actualidad,

debido a que la ONU

considera refugiados a

los descendientes de

los refugiados de

1948, su número se ha

incrementado hasta

llegar a los 5 millones.

El éxodo palestino

marca el inicio del

problema del pueblo

palestino y es un

derecho inalienable

15 de mayo

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LOS DERECHOS NACIONALES DEL PUEBLO

PALESTINO POR: THOMAS Y SALLY MALLISON

EDWIN S. MONTAGU Y EL SIONISMO M E M O R Á N D U M D E E D W I N S . M O N T A G U O B J E T A N D O L A C A R T A D E B A L F O U R Y E L

P L A N D E G O B I E R N O B R I T Á N I C O P A R A A Y U D A R A L O S S I O N I S T A S A C R E A R

U N E S T A D O D E I S R A E L E N P A L E S T I N A , E T C É T E R A .

-PR E S E N T A D O A L G A B I N E T E B R I T Á N I C O , AG O S T O D E 1917.

"E L S I O N I S M O M E H A P A R E C I D O S I E M P R E U N C R E D O P O L Í T I C O P E R V E R S O ,

I N S O S T E N I B L E P A R A C U A L Q U I E R C I U D A D A N O P A T R I O T A D E L R E I N O

UN I D O .

YO A F I R M O Q U E N O E X I S T E U N A N A C I Ó N J U D Í A .

N I E G O Q U E P A L E S T I N A E S T É H O Y A S O C I A D A C O N L O S J U D Í O S O S E R

C O N S I D E R A D A P R O P I A M E N T E C O M O U N L U G A R A P T O P A R A Q U E E L L O S

P U E D A N V I V I R A L L Í .

PA L E S T I N A S E C O N V E R T I R Á E N E L G U E T O D E L M U N D O .

YO C I E R T A M E N T E N O D I S I E N T O D E L A C O N C E P C I Ó N , C O M Ú N M E N T E A C E P T A D A

P O R L O S J U D Í O S , C O M O S I E M P R E L O H E C O M P R E N D I D O , A N T E S D E L

I N V E N T O D E L S I O N I S M O , Q U E P A R A H A C E R V O L V E R A L O S J U D Í O S Y

F O R M A R U N A N A C I Ó N E N E L P A Í S D E L C U A L F U E R O N D I S P E R S A D O S , S E

R E Q U E R Í A D E U N L I D E R A Z G O D I V I N O . N U N C A H E O Í D O Q U E S E

S U G I R I E R A , I N C L U S O P O R S U S A D M I R A D O R E S M Á S F E R V I E N T E S , Q U E

T A N T O E L S E Ñ O R B A L F O U R C O M O L O R D RO T H S C H I L D H A B R Í A N P R O B A D O

Q U E S O N E L M E S Í A S .

YO P R O C L A M O Q U E L A S V I D A S Q U E L O S B R I T Á N I C O S J U D Í O S H A N L L E V A D O , Q U E

L A S M E T A S Q U E S E P R O P U S I E R O N , Q U E L O S R O L E S Q U E E L L O S H A N

J U G A D O E N N U E S T R A V I D A P Ú B L I C A Y E N N U E S T R A S I N S T I T U C I O N E S

P Ú B L I C A S , L E S H A N D A D O E L D E R E C H O A S E R C O N S I D E R A D O S , N O C O M O

J U D Í O S B R I T Á N I C O S (BR I T I S H JE W S ) S I N O C O M O B R I T A N O S J U D Í O S

(JE W I S H BR I T O N S ) .

YO V O L U N T A R I A M E N T E P R I V A R Í A D E L O S D E R E C H O S D E C I U D A D A N Í A A T O D O S

L O S S I O N I S T A S Y E S T A R Í A T A M B I É N T E N T A D O D E P R O S C R I B I R A L A

O R G A N I Z A C I Ó N S I O N I S T A C O M O I L E G A L Y P O R E S T A R E N C O N T R A D E L

I N T E R É S N A C I O N A L . "

LO R D ED W I N S A M U E L M O N T A G U

23 D E AG O S T O D E 1917

F U E N T E : G R E A T BR I T A I N , PU B L I C RE C O R D O F F I C E , C A B . 24/ 24, AU G . 23,

1917. LO R D ED W I N SA M U E L M O N T A G U (1879 -1924) , JE W I S H AN G L O O

S T A T E M A N , W A S BR I T I S H M I N I S T E R O F M U N I T I O N S , 1916, A N D

SE C R E T A N O F ST A T E F O R I N D I A , 1917 -22.

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Revista PALESTINA DIGITAL _____________AL-NAKBA___________ Número 7 – Junio 2012

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El libro

Los derechos nacionales del pueblo palestino

Thomas y Sally Mallison

278 páginas

Editorial Canaán

Argentina, 2011

13 x 20,5 cm

INTRODUCCIÓN

SAAD CHEDID Por eso es que conviene tener despierto permanentemente en el hombre lo que

es grande y convertirlo en su propia grandeza.

Antoine de Saint-Exupéry

Este libro fue publicado en 1983, (1) esto es, hace exactamente 28 años, y

produce una sensación de desasosiego y desesperanza comprobar que, luego

de tanto tiempo, el hecho de que nada ha cambiado, sino que todo lo

contrario, todo ha empeorado tanto para los palestinos nativos como para los

nuevos europeos judíos colonialistas y los judíos de otros países, convocados

para ocupar colonial y poblacionalmente Palestina, y también para los

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descendientes, de todos ellos, palestinos nativos y colonialistas judíos.

Sin contar, además, con que ya han pasado 63 años desde la implantación

colonial del Estado de Israel, que con el respaldo de la Resolución 181/47, los

europeos judíos que habían apelado a un desembozado terrorismo,

aprovechándose de circunstancias políticas propicias y favorables, declararan

unilateralmente la implantación del Estado de Israel.

Ignorando tanto a la propia Naciones Unidas como a los palestinos que habían

sido incluidos en aquella Resolución, y que fueran, además, expulsados sin

misericordia por fuerzas de choque de europeos judíos terroristas que habían

sido preparadas y entrenadas con mucha anticipación para lograr la expulsión,

y cuyo objetivo final, que se mantuvo oculto hasta ese momento, era crear un

Estado judío y no un Estado democrático, que era lo que los dirigentes

europeos judíos habían sostenido hipócritamente ante el mundo.

El recurso al terrorismo de las bandas de europeo judíos, demostró la falsedad

de los argumentos utilizados entonces para poder justificar la implantación

colonial del Estado de Israel, que fueron desde el uso de textos del Antiguo

Testamento, textos Accionales y carentes en general de veracidad histórica,

hasta las masacres producidas durante la segunda guerra mundial contra,

entre muchas otras, las poblaciones judías de Europa por las tropas

germánicas.

A ello debemos sumar el ilegítimo fundamento jurídico que le daba la

Declaración Balfour, lograda por la supuesta influencia de la hasta ese

momento inexistente Organización sionista, a la que Chaim Weizmann, en una

conferencia en Czernowitz, definía así: (2)

"La Declaración Balfour de 1917, fue elaborada en el aire, y establecimos una

fundamentación a través de años de exigente trabajo; todos los días y todas

las horas de esos últimos diez años, cuando abría los periódicos, pensaba: ¿De

ahí vendrá el último golpe? Yo temblaba por temor a que el gobierno

británico me llamara y preguntara: Dinos, ¿qué es esa Organización Sionista?

¿Dónde están ellos, tus sionistas? Esas personas piensan en términos

diferentes de los nuestros.

Los judíos, ellos sabían, estaban en contra nuestra."

Sólo el pequeño lobby de aventureros y ambiciosos judíos formado por Chaim

Weizmann, Naum Sokolov y Lionel Walter Rothschild, quien condujo al grupo

y redactó la Declaración Balfour, que luego hiciera firmar por el propio Balfour

y aprobar por el Gabinete de Guerra británico, constituían la inexistente

Organización sionista, que servía de pantalla para el objetivo propuesto. (3)

Porque, como lo señala el mismo Chaim Weizmann, el invocado "pueblo

judío" por la inexistente Organización sionista, estaba totalmente en contra

de ese proyecto perverso, lo que demuestra a-posteriori que fueron unos

aventureros ambiciosos de poder los que lograron engañar incluso al imperio

británico, primero, y luego a la Organización de las Naciones Unidas, de la que

lograron arrancar la Resolución 181, el 29 de noviembre de 1947, para

implantar un Estado enclave imperial.

El único miembro judío del gabinete, que sí representaba al "pueblo judío",

quien era en ese momento ministro de Municiones, lord Edwin Samuel

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Montagu, se opuso tenazmente a semejante propuesta, y en su

Memorándum, (4) dirigido al Gabinete de Guerra británico, el 23 de agosto de

1917, directamente responsabiliza al banquero lord Lionel Walter Rothschild

de la propuesta.

Ese Memorándum fue enviado por Edwin Montagu poco antes de partir hacia

la India, donde había sido designado secretario de Estado para la India, desde

ese mismo mes de agosto de 1917, cargo que mantuvo hasta 1922.

La documentación sobre la que basamos nuestros argumentos,

lamentablemente, está apareciendo muy escasamente y no es fácil

encontrarla en el fárrago de miserias que circula en Internet.

Se hace entonces comprensible que, investigadores e historiadores, europeos

y estadounidenses, y muy especialmente palestinos que viven en Europa o

Estados Unidos de América, que podrían tener acceso a esa documentación,

mucho antes que nosotros, desde aquí, desde Buenos Aires, nunca han

mencionado estos documentos en sus muy importantes contribuciones a la

comprensión de la implantación colonial del Estado de Israel en Palestina, y

no en otra región.

Solamente es comprensible la implantación del Estado de Israel si nos

atenemos al proyecto colonial del imperio británico y sus instigadores-

promotores, ya que, como lo demuestra la documentación reciente, todo fue

orquestado sobre falsos fundamentos, que quedaron al descubierto ante la

crueldad con que las bandas terroristas de europeos judíos, Haganah, Stern e

Irgun, que cometieron brutales y atroces masacres innecesarias contra los

indefensos pobladores de las aldeas palestinas y cuyo propósito fue provocar

el pánico y el terror, dentro de la sociedad civil palestina, para obligarla a

abandonar su tierra.

La masacre más conocida que quedó en la memoria colectiva palestina fue la

acontecida en Deir Yassin cometida bajo el mando de Menahem Begin, el 9 de

abril de 1948. (5) Ese fue el corolario de un desembozado terrorismo con que

se ejecutaron las matanzas más execrables contra los pobladores de más de

600 aldeas palestinas, masacres que fueron descubiertas y denunciadas,

primero por los organismos de las Naciones Unidas y luego, incluso por dignos

estudiosos israelíes como Israel Shahak, Han Pappé, Avi Shlaim, Benny Morris,

quienes, aún con enfoques diferentes, no dejaron de denunciar los crímenes

cometidos por las bandas de terroristas europeos judíos, desmitificando la

falsa historia oficial del Estado de Israel. (6)

Quedan desvirtuadas, desde esta perspectiva imperial, las capacidades

extraordinarias atribuidas a dirigentes europeos judíos, como Teodoro Herzl,

periodista casi desconocido, con su folleto El Estado judío, ascendido por ello

a "Padre de la Patria", el químico Chaim Weizmann, colaborador del imperio

británico, inventor de las armas químicas, y ascendido por ello a primer

presidente del Estado colonial de Israel.

Y, también otros muchos, puesto que no fueron ni son, sino pantallas de

humo para encubrir a los verdaderos impulsores de ese proyecto, que aún

hoy permanecen detrás de las bambalinas, aunque sus nombres aparecen

auspiciando publicaciones y como benefactores del desarrollo y crecimiento

del Estado colonial de Israel que lograron implantar, al convertirlo en

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imprescindible eslabón para concretar el proyecto imperial británico, tal como

se describe en el Informe Campbell-Bannerman de 1907.

¿Y por qué nuestra insistencia en que el Estado de Israel es un Estado

colonial? Porque hasta hace 4 años se había mantenido como documento

secreto por parte del imperio británico, ese Informe del primer ministro Henry

Camp-bell-Bannerman, por el cual se conoce ahora que este ministro había

pergeñado la idea de lograr que el imperio británico no sucumbiera ante los

avatares de la historia como había ocurrido antes con los imperios europeos

que le habían precedido. (7)

En el Anexo 2, incluimos el Informe Campbell-Bannerman, donde aparece

claro el proyecto del imperio británico de crear en la región del mundo árabe,

y por las razones que se dan en el Informe, un enclave imperialista

colonialista, y según uno de los especialistas convocados para estudiar la

propuesta del primer ministro británico, el señor "Side Potam, decidió que no

había mejor elección que los judíos para llevar a cabo la tarea colonialista."

Este documento, que el imperio británico mantuvo en secreto durante 100

años, desde 1907 hasta el 2007, y que fuera publicado en internet por el

señor Awni Farsakh, y traducidos sus comentarios por el señor Adib S. Kawar,

nos permite afirmar sin duda alguna que todas las argumentaciones que se

utilizaron para justificar la implantación de ese Estado colonial de Israel, no

son sino justificaciones espurias que carecen de total validez.

La Comisión de expertos convocada, concluyó que lo más conveniente para

lograr el objetivo propuesto por el primer ministro británico, esto es que el

imperio inglés no decayera nunca, era llevar a cabo las siguientes acciones-

propuestas:

1. Promover la desintegración, división y separación en la región del mundo

árabe.

2. Establecer entidades políticas artificiales que deberán estar bajo la

autoridad de los países imperiales. (Estado de Israel).

3. Luchar contra todo tipo de unidad -sea intelectual, religioso o histórico—,

tomando las medidas prácticas para dividir a los habitantes de la región.

(Los árabes).

4. Para lograr estos objetivos, se propuso la creación de un "Estado

perturbador" en Palestina, poblado por una fuerte presencia extranjera,

que debe ser hostil hacia sus vecinos, y amigo de los países europeos y

sus intereses. (Estado de Israel al servicio del proyecto imperial de Gran

Bretaña y los países europeos, remplazados hoy por EE.UU. de América).

Para corroborar esta planificación, prueba de lo lejos que están las torpes acusaciones

de los ingenuos políticos que hablan de fabular teorías conspirativas a quienes

descubren estos proyectos y los dan a conocer, está el testimonio de Berl

Katznelson, asesor de Ben Gurion, quien con total franqueza en una de sus

declaraciones expresó:

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"Deberíamos decirles a los pueblos árabes: en nosotros, los judíos, ustedes ven un

obstáculo en su camino hacia la independencia y la unificación. No lo

negamos'." (8)

Todas las argumentaciones que se usaron y se seguirán utilizando para encubrir el

proyecto colonial pergeñado por sus verdaderos ejecutores, a través del

vínculo que los unía y une a los gobernantes del gobierno imperial de turno,

Gran Bretaña, Francia, EE.UU. de América, y quien los remplace en el futuro,

no son sino falacias engañosas.

La lectura de este libro, en el que aparecen con claridad meridiana las

decisiones tomadas por los organismos de las Naciones Unidas, y las

resoluciones en las que transcribieron y plasmaron en un lenguaje claro y

preciso, su voluntad soberana, tanto la Asamblea General como el Consejo de

Seguridad de la Organización internacional recientemente creada, no dejan

duda alguna de que los representantes de los pueblos del mundo apoyaron en

su oportunidad la creación de un Estado palestino.

El Estado Palestino que aparece en primer término en la Resolución 181 /47,

(9) pero como Estado Árabe, en la Parte II, A. Estado Árabe, y ocupando

prácticamente la mayor extensión de esa Parte II, casi 200 renglones, en tanto

que el Estado Judío, Parte II, B, ocupa tan sólo 27 renglones.

Y, por supuesto, también la casi totalidad de los miembros de la Asamblea

General de las Naciones Unidas, desconocían los designios colonialistas que la

documentación que acompañamos demuestra, y aceptando las argumen-

taciones falaciosas que hemos señalado antes, incluyeron en la misma, el

derecho a constituir, también, un Estado judío soberano, que, en la realidad

apareció como el Estado de Israel, con ciudadanos israelíes, pero habitantes

judíos.

La Resolución 181/47, dejó claramente establecido la constitución de esos dos

Estados soberanos, con sus límites bien precisos, y un status especial para la

ciudad de Jerusalén.

Y todo ello sin ninguna consulta a los habitantes autóctonos, los palestinos,

judíos, cristianos y musulmanes, quienes vieron de un día para el otro, su

territorio invadido por ciudadanos de muchos países, por una imposición arbi-

traria de las potencias occidentales y de la Unión Soviética, que así lo habían

decidido.

También ha quedado claramente establecido que los europeos judíos

terroristas, sin respetar lo establecido por la Resolución 181/47, implantaron

un Estado arbitrariamente, que en verdad fue rápidamente aceptado por las

en ese entonces potencias occidentales, y contaron también con el apoyo de

la entonces Unión de Repúblicas Socialistas Soviéticas, con lo que el Estado

Palestino quedó inconcluso, por considerar su dirigencia que contaba con el

apoyo incondicional de los gobiernos de los demás países árabes, y que éstos

les ayudarían a resolver el problema.

Los países árabes, que constituían una abrumadora mayoría poblacional en la

región, más preocupados en ese momento por contrarrestar los efectos de la

implantación del Estado de Israel, sucumbieron a la tentación de considerarse

más poderosos que el Estado recién constituido y trataron de invadirlo, sin

tomar en cuenta que todos ellos con sus ejércitos no tenían ninguna

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posibilidad de derrotar a las fuerzas armadas israelíes, ya que estas contaban

con armamento muy sofisticado, y un largo entrenamiento militar, por pro-

venir la mayoría de sus cuadros de luchar en la segunda guerra mundial,

frente a las arcaicas armas de los ineficientes e incapacitados ejércitos de los

países árabes.

El Estado de Israel cumplió y sigue cumpliendo el rol de enclave colonial, y

gendarme, implantado para servir a los intereses del imperialismo occidental,

y poner todos los obstáculos necesarios para evitar la unidad y la

independencia, no sólo de Palestina sino también de todo el mundo árabe.

La sentencia de Berl Katznelson, transcripta más arriba me exime de todo

comentario adicional.

Además, si incluimos en el Anexo 3, la Resolución 181/47, lo hicimos porque

sabemos que la mayoría sino la totalidad del pueblo argentino la desconocen

y, los que alguna vez la leyeron, seguramente no la recuerdan.

Y la incluimos para demostrar que el Estado de Israel, desde el primer

momento mismo en que las bandas de aventureros europeos judíos

terroristas lograron el reconocimiento de las Naciones Unidas, nunca cumplió

con las indicaciones y directivas precisas de esa Resolución 181/47, e

inmediatamente comenzó un proceso de expulsión de los palestinos nativos,

ejecutando un plan previamente establecido, que debía concretarse en tres

etapas:

Transferencia de la población palestina a los países limítrofes.

Expulsión de aquella parte de la población palestina que se resistiera a ser

transferida.

Exterminio de aquellos palestinos que quedaran después de logrados los dos

objetivos anteriores. (10)

Los documentos en anexos, son pruebas fehacientes de quiénes fueron y son los

verdaderos responsables de las guerras que hoy, como ayer, siguen asolando

el mundo y explotando los recursos naturales de países con inagotables

riquezas, así como expoliando y manteniendo en la miseria a la mayoría de los

habitantes del resto del planeta.

Seguramente habrán de aparecer las camarillas de lacayos, integrantes de

organizaciones, como el AIPAC, en EE.UU. de América, las DAIAs y las AMIAs

en nuestros países de América del sur, así como otras en otros países de

Europa y Asia y África, para acusarnos de recurrir a teorías conspirativas.

Y para ello también apelarán a los consabidos y torpes usos de los "antis", en

particular el tergiversador y sin sentido "anti-semita", que no quiere decir

nada de lo que pretenden, ya que el término 'semita', que se refiere tan sólo a

un protolenguaje es convertido en un concepto racial, y que los utilizan con la

pretenciosa e infame ambición de acallar las voces de quienes denunciamos

estos proyectos de dominio. (11)

Pero ahora sabemos que contamos, para acompañarnos en nuestras

posibilidades de esclarecimiento de nuestros pueblos, a estas revoluciones

que están sacudiendo el mundo árabe, cuyos pueblos están despertando con

ansias de libertad e independencia, para conducir sus propios destinos.

Para quienes confiamos en nuestros pueblos de América toda, estamos

también seguros que los pueblos árabes en ese despertar de un largo letargo

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habrán de comenzar, con dificultades y obstáculos, a escribir, de nuevo, su

propia historia.

Como bien lo señala Rashid Khalidi quien, a la muerte de ese gran pensador

palestino que fue Edward W. Said, continúa con su cátedra en la Universidad

de Columbia, y en un esclarecedor ensayo en el que trata de darnos una

interpretación precisa de lo que está aconteciendo en este momento en el

mundo árabe con una mirada con la que nos abre al futuro venturoso que

supone está llegando para todos los pueblos del área, nos dice:

"Nadie en Washington puede seguir ya confiando en la complaciente sumisión al

Estado de Israel y a EEUU, uno de los rasgos clave del estancado orden árabe

que ahora se ve desafiado en toda la región.

Lo que venga a substituirlo se determinará en las calles, no menos que en los

cafés de Internet, en los ambientes sindicales, en las oficinas de los

periódicos, en los grupos de mujeres y en los hogares de millones de jóvenes

árabes.

Ya han dejado dicho que no tolerarán seguir siendo tratados con el desprecio

que les han venido demostrando los gobiernos durante todas sus vidas. Ya nos

lo han anunciado:

El pueblo quiere la caída del régimen.

Quieren decir: esos regímenes que en todos y cada uno de los países árabes han

robado la dignidad a los ciudadanos. También quieren decir: un régimen de

alcance regional, cuyo piedra basal ha sido la humillante sumisión a los

dictados de EEUU y del Estado de Israel, y que robaba a todos los árabes su

dignidad colectiva." (12)

Este texto de Rashid Khalidi, me recuerda que, no hace muchos

años, un gran presidente y estadista argentino, Juan D. Perón, antes de

dejarnos, nos señalaba con inocultable conciencia de estar enseñándonos y

mostrándonos un camino:

"Los grandes Pueblos son aquéllos que quieren serlo. Es el Pueblo el único que salva al

Pueblo."

Estas revoluciones en el Mundo Árabe, que han comenzado su camino hacia la

liberación nacional, nos demuestran que los pueblos árabes eligieron y

quieren serlo.

Aunque también sabemos que el imperialismo occidental, con Estados Unidos

de América conduciendo militarmente, y el Estado satélite de Israel, que lo

implantaron en el corazón del mundo árabe como obstáculo, intentarán por

todos los medios de impedirlo, apelando a sus viejas y consabidas intrigas y

artimañas.

Y sé que también, como lo han hecho hasta ahora, apelarán al terrorismo de

Estado, para acallar las voces que se levantan para denunciar sus

devastaciones y tropelías, voces que surgirán invitablemente, en solidaridad

con los sufridos pueblos del mundo que padecen las ambiciones de explo-

tadores y mercenarios al servicio de los imperios de turno.

Sin embargo, no puedo negarme el optimismo necesario porque yo también

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creo en la sabiduría natural de los pueblos, y la honradez, entereza y dignidad

de Edwin Samuel Montagu, así como las actuales revoluciones en el mundo

árabe me lo confirman, porque tan sólo me bastaría recordar lo que Juan

Domingo Perón nos enseñó cuando señalaba el hecho cierto, inevitable y

comprobado, al que tanto temía Henry Campbell-Bannerman que...

"La historia de la humanidad es la lucha de los pueblos contra

los imperialismos, y la de éstos, sucumbir."

NOTAS:

1 W. T. Mallison, Jr. y S. V. Mallison, Los derechos nacionales del pueblo de Palestina.

Fundación Argentino Árabe, Buenos Aires, 1983.

2 W. T. Mallison, Jr. en "The Balfour Declaration: An Appraisal in International

Law", en Ibrahim Abu-Lughod (ed.), The Transformation of Palestine,

Northwestern University Press, pp. 60-111, Wilmett, Illinois, 1971, cita este

texto de Paul Goodman (ed.), Chaim Weizmann: A Tribute on his Seventieh

Birthday, p. 199, "Address at Czernowitz, Roumania", Londres 1945.

3. ídem. Ver además la obra clásica sobre la Declaración Balfour, Leonard

Stein, The Balfour Declaration, ACLS Humanities E-Book, New York, 1961.

Estas publicaciones en E-Book mantienen la fecha de la edición original.

4. Ver Anexo 1.

5 Menajem Beguin. La rebelión en Tierra Santa, Santiago Rueda Editor,

Buenos Aires, 1951.

6 Israel Shahak, Le racisme de l'Etat d'Israel. Guy Authier Editor, París, 197S;

Han Pappe, The Ethnic Cleansing of Palestine, One world, Oxford, 2006; Avi

Shlaim, Israel and Palestine, Verso, London, 2009, Benny Morris, Righteous

Victims, Vintage Books, New York, 2001. La bibliografía de autores palestinos

sobre esta temática es muy anterior y numerosa, aunque siempre le fue

negada seriedad científica, hasta que los nuevos historiadores israelíes le

dieron credibilidad, ya que muchos de ellos se fundamentaron en las mismas

fuentes e investigaciones y documentación en las que se habían basado los

historiadores palestinos. Ver síntesis en Nur Masalha, Expulsión de los

palestinos: el concepto de "transferencia'''' en el pensamiento político

sionista- 1882-1948. Editorial Canaán, Buenos Aires, 2008.

7 Ver Anexo 2

8 Jay Gonen, en su Psychohistory of Zionism. New York. 1975. p. 186.

9 Ver Anexo 3

10 Ver Nur Masalha e Han Pappe, Opus citados; Walid Khalidi, From Haven to

Conquest, The Institute for Palestine Studies. Beirut, 1971; Mohamed Heikal,

Secret Chaméis, Harper Collins Publishers, 1966; Nur Masalha, Israel: teorías

de la expansión territorial, Bellaterra, Barcelona, 2002; ídem, Políticas de la

negación, Bellaterra, Barcelona, 2005; ídem, La Biblia y el sionismo. Invención

de una tradición y discurso poscolonial. Bellaterra, Barcelona, 2007.

11 Ver mi ensayo sobre las palabras 'semita' y 'antisemita' en Etienne Balibar y

otros, Antisemitismo: el intoleable chantaje. Editorial Canaán, Buenos Aires,

2010.

12 www.jadaliyya.com - 21 de marzo de 2011.

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EL ESPÍRITU DE RESISTENCIA

PALESTINO VS. EL PROYECTO SIONISTA

POR: PABLO NIK

EL PUEBLO PALESTINO C ADA DÍA DEMUESTRA MÁS SEÑALES DE

ADHESIÓN A SU CAUSA A lo que ha llegado el pueblo palestino es a una situación muy crítica. Desde el año de

la Nakba en 1948, las condiciones de vida de este pueblo han ido

de mal en peor. Es un deterioro constante: sufre de pérdida de sus

derechos humanos, además de la confiscación de sus tierras y

cultivos, tiene sus movimientos más limitados y lo más trágico es

ver como todo el mundo le da la espalda. Aunque el sionismo y la

implantación de Israel fueran los causantes directos de la

humillación y la dispersión del pueblo palestino, siguen siendo los

árabes en general, y los palestinos en particular, los culpables de

esta malograda situación. Estos últimos lo saben y pocos de los

primero lo niegan. Cada año que transcurre desde la fatídica

creación del estado israelí, un estado ajeno a la región étnica y

culturalmente, representa un desastre más que se añade al

continuo sufrimiento.

¿HA FRACASADO EL SIONI SMO O SU ÉXITO INICI AL SE ESTÁ

RETROCEDIENDO? A pesar de todo, el proyecto sionista, representado por Israel como su punta de lanza

insertado en el corazón del mundo árabe, no ha podido ni someter del todo a

los palestinos ni integrarse con los demás pueblos de la región. El motivo de

ello es el rechazo a de su feroz método racista represivo, muy bien aprendida

de la política racista nazis, los antiguos opresores de los judíos europeos. Es

verdad que la existencia de Israel ha causado mucho daño y alejó la realidad

de la unificación de los árabes, así como ha podido dividir en pequeños países

a los que aspiraban formar la gran nación árabe, pero no ha conseguido

cementar el estado de Israel como un estado integrado en este “mar hostil”

desde el primer momento al proyecto sionista. La enemistad hacia Israel no

ha cesado aún. La normalización de relaciones estatales con este entorno

tampoco se ha plasmado ni siquiera con los tratados de paz con Egipto

(1977), siendo el gran promotor de la política nacionalista árabe por lo menos

hasta tiempos de Nasser, y con Jordania (1994), que comparte la frontera más

larga con Palestina.

Tampoco el movimiento sionista ha podido atraer a más número de judío para vivir en

la tierra palestina, “prometida” según alegaciones bíblicas, que según si dios

le da el derecho de esclavizar y matar a cuanta gente sea necesario. Tras el

holocausto los padres del sionismo consiguieron infundir miedo a muchos

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judíos para que emigrasen a Palestina, pero hoy día, la emigración de Israel es

más que la inmigración. Israel ha perdido la imagen de única democracia en el

mar de las dictaduras y sistemas de corrupción. Están surgiendo voces dentro

de Israel que se atreven a decir lo que piensan. Gideon Levy comentó:

“Tenemos judíos israelíes, que disfrutan de una democracia y de unos

derechos civiles plenos. Tenemos a los árabes israelíes, que tienen la

ciudadanía israelí pero se practica una severa discriminación contra ellos. Y

tenemos a los palestinos de los territorios ocupados, que viven sin ningún tipo

de derechos civiles, tampoco de derechos humanos. ¿Es esto una

democracia?”. Y prosigue Levy: ¿Qué necesitan los gobiernos de EE UU y

especialmente de la UE para convencerse de que la situación de Palestina es

consecuencia de la ocupación y no depende sino del agresor que es Israel?

¿Se pueden sostener las exigencias y sanciones contra una Palestina ocupada

sin hacer primero lo mismo con Israel como ocupante?

Shlomo Sand, profesor de Historia de Europa en la Universidad de Tel Aviv, publicó

hace poco su obra titulada “Cuándo y cómo se inventó el pueblo judío”,

donde cuestiona algunos principios de la historia sionista oficial: “que los

actuales judíos provienen de pueblos paganos que se convirtieron al judaísmo

lejos de Palestina, y por lo tanto no descienden de los antiguos judíos, y que

los palestinos árabes son los únicos descendientes de los antiguos judíos. No

creo que haya habido un pueblo judío hasta recientemente. Incluso diré que

ni siquiera pienso que hoy haya un pueblo judío. La Biblia no es un libro

histórico, es un libro de teología. El exilio nunca existió. Cuando los romanos

destruyeron el Templo en el año 70 de la era cristiana, no expulsaron a los

judíos por la fuerza. Los romanos nunca exiliaron a pueblos, algo que sí

hicieron los asirios y los babilonios con algunas elites”.

Actualmente el mundo entero conoce la realidad del estado israelí donde crece la

discriminación social: existen tres clases de judíos, los occidentales, los

orientales y los falashas etíopes, todos ellos con mejores derechos que los

árabes que no han abandonado su tierra desde 1948, y no hablemos de la

situación actual de los palestinos bajo la ocupación desde 1967. También hay

que aludir a la división política como la de los fanáticos nacionalistas, los

radicales ortodoxos y los laicos. No es de extrañar todas estas clases sociales e

ideológicas dada la diversidad y la multitud de razas de procedencia de los

componentes sociales en Israel. Y por último, la amenaza de su ejército

invencible ya es historia a pesar de disponer de los mejores y más sofisticados

modelos de armamentos estadounidenses. El escenario de guerra en tierras

ajenas es una frágil teoría, dada la disponibilidad de los adversarios de mísiles

de largo alcance que podrían caerse de todas partes.

LOS PALESTINOS NO DES ISTEN , CONTINÚAN AFERRADOS A SUS

REIVINDICACIONES . El sionismo y después de casi un siglo no ha podido doblegar el espíritu de resistencia

palestino, sino todo lo contrario, consolidó esta determinación de lucha para

obtener sus derechos y exigir el reconocimiento mundial de su existencia

como un pueblo y por ende, la soberanía de su estado. Por otro lado, la

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imagen real de Israel en occidente ha cambiado de forma radical dándose a

conocer su verdadera cara: “un país ocupante” incluso “un país agresor”,

como lo dice el periodista pacifista israelí Gideon Levy, “Israel está haciendo lo

mismo ahora… que deshumaniza a los palestinos y que ejerce una limpieza

étnica dondequiera que le sea posible…” Los palestinos no han olvidado sus

raíces milenarias en la Palestina histórica, aún llevan las llaves de sus casas

que se vieron forzados a abandonar y que los abuelos llevaron consigo

pensando que algún día podrían volver. La catástrofe de la Nakba, no ha sido

superada desde 1948, sigue como una llama ardiente que calienta los ánimos

de resistencia palestina.

UN CHAUVINISMO PARANOICO Después de 64 años Israel insiste en obtener la judaización de su estado y se esconde

detrás de la idea de seguridad ante cualquier negociación con los árabes. Se

puede decir que ha abandonado la única idea que vio inalcanzable que es la

construcción del gran Israel. Quizás por no encontrar una solución y una

postura que pudieran ser aceptables mundialmente, ya que la reacción de los

árabes les trae igual a los sionistas israelíes. Pero aunque renuncie a un

objetivo, intensifica el esfuerzo para conseguir otro. Todos los gobiernos de

Tel Aviv y particularmente lleva cambios sobre el terreno para borrar de la

memoria todo recuerdo de la presencia palestina. Imponen un completo

dominio político, económico, social y militar. Limita constantemente el

movimiento de los ciudadanos palestinos dentro de Palestina y dificulta el

retorno del extranjero. A los que llevan pasaporte israelí o los llamados

palestinos de 1948, se enfrentan a una discriminación racista cada vez mayor,

y los palestinos bajo ocupación desde 1967 encuentran la vida más

complicada para obligarles a emigrar y perder todo derecho de vida en

Palestina.

Después de 64 años las intransigencias israelíes no cesan. Su arrogancia llegó a límites

más allá de la chutzpah, insolente descaro político, sus políticos exigen, no

sólo de los palestinos sino también de los demás árabes, más concesiones sin

regirse con las leyes internacionales y la diplomacia internacional. Es una

arrogancia chovinista y racista, nacida en una sociedad creada gracias a

alegaciones bíblicas y encubierta

por una paranoia radicalizada

dentro de una extrema derecha

colonialista, que está ganando más

presencia en el gobierno israelí y

con el cual las negociaciones que

jamás conducirán a la paz.

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LA LIMPIEZA ÉTNICA DE PALESTINALos

israelíes conocen como Guerra de la

Independencia la de 1948. Para los palestinos es la

Nakba (la "catástrofe"), puesto que su resultado fue

uno de los procesos de limpieza étnica más

amplios y dramáticos de nuestro tiempo: cerca de

un millón de palestinos fueron obligados a emigrar

a punta de fusil, abandonado sus tierras, sus

bienes y sus hogares; hubo matanzas de civiles

como la de Deir Yassin y cientos de poblados

fueron destruidos deliberadamente. Pese a sus

dramáticas dimensiones, los israelíes han

conseguido ocultar este crimen contra la

humanidad durante muchos años. Ilan Pappé,

profesor de la Universidad de Haifa y el más

prestigioso a escala internacional de los

historiadores israelíes, obligado publicar sus obras

en el extranjero y a vivir en su país entre amenazas

de muerte, revela en este libro, a la luz de

documentos recientemente desclasificados, la

verdad de una expulsión en masa que sigue

haciendo hoy imposible la paz entre israelíes y

palestinos y que está en el origen de todos los

problemas actuales del Oriente próximo.

Ilan Pappé Haifa, , 1954) es un profesor de historia en la

Universidad de Exeter, Reino Unido, co-director del Centro Exeter

de Estudios Etno-Políticos y activista político. Anteriormente fue

profesor de ciencias políticas en la Universidad de Haifa (1984-

2007) y director del Instituto Emil Touma de Estudios Palestinos de

Haifa (2000-2008). Pappé es autor de libros como La limpieza

étnica de Palestina (2006), El Oriente Medio moderno (2005), Una

historia de la Palestina moderna: una tierra, dos pueblos (2003) y

Gran Bretaña y el conflicto árabe-israelí (1988). Fue también uno

de los fundadores de la coalición Hadash.

Ilan Pappé es uno de los denominados «nuevos historiadores»

israelíes quienes, a partir de la desclasificación de documentos en

la década de 1980 por parte de los gobiernos del Reino Unido,

Estados Unidos e Israel, han tratado de revisar la historia moderna

del Estado de Israel, criticando el sionismo desde puntos de vista

muy controvertidos para gran parte de la sociedad israelí. En

particular, Pappé defiende en sus escritos que la salida de 700.000

palestinos del antiguo mandato británico durante la Primera

Guerra árabe-israelí fue llevada a cabo de forma intencionada por

el Yishuv y más tarde por el ejército israelí, siguiendo un plan

elaborado por los futuros líderes israelíes antes de la guerra, en

1947, el llamado Plan Dalet o Plan D.1 En distintas declaraciones se

ha mostrado radicalmente en contra de la creación del Estado de

Israel,2 culpándole de la falta de paz en Oriente Medio,

argumentando que el sionismo es más peligroso que la militancia

islámica y llamando en ocasiones a un boicot académico contra las

universidades israelíes.

Pappé es un firme defensor de la creación de un único Estado

secular en la región histórica de Palestina en el que convivan tanto

árabes como judíos.

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ISRAEL REVISA SU HISTORIA 64

AÑOS DESPUÉS DE SU CREACIÓN

POR: * JOSÉ ABU-TARBUSH “LOS NUEVOS HISTORIADORES ISRAELÍES” INVIERTEN

LA HISTORIA OFICIAL Los mitos fundacionales del Estado de Israel el 14 de mayo de 1948 tienen como denominador

común desplazar y diluir en la parte árabe la responsabilidad de los acontecimientos

que rodearon y se derivaron de su creación. Sin embargo,

ninguna argumentación logró ser tan visible, contundente y

definitiva como la aportada por un heterogéneo grupo de

académicos israelíes conocido como “los nuevos

historiadores”. Las conclusiones de sus estudios invierten la

historia oficial israelí. Por José Abu-Tarbush (*)

Imagen de la Nakba (catástrofe) palestina en 1948. Hanini.

Existe una creencia muy extendida acerca de que la historia la escriben los vencedores. En

efecto, quienes logran imponerse en el campo de batalla mediante la superioridad de

sus fuerzas armadas parecen también contar con una ventaja adicional: su mayor

capacidad para dominar el discurso político sobre los acontecimientos. Sin embargo, el

paso del tiempo proporciona una perspectiva más objetiva, mostrando que vencer no

siempre es sinónimo de convencer.

La autoridad impuesta sin ningún tipo de consentimiento ni legitimidad ―y contraria a la

voluntad de los sojuzgados― deriva inevitablemente en dominación despótica, que

antes o después termina siendo contestada. Un ejemplo de este desplazamiento del

discurso predominante desde la perspectiva de los vencedores hacia la de los vencidos

viene ilustrado por el conflicto palestino-israelí. En este tránsito, las investigaciones y

trabajos elaborados por los denominados nuevos historiadores israelíes han terminado

reforzando la versión palestina.

UN CONTEXTO FAVORAB LE A LA HISTORIA OFI CIAL ISRAELÍ

Los acontecimientos que rodearon la emergencia estatal israelí, el 14 de mayo de

1948, estuvieron envueltos en una intensa polémica, que se prolongó en el tiempo

―con no menos intensidad― por las responsabilidades políticas que se derivan de una

u otra versión. Desde el primer momento, el relato predominante fue el asociado a la

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historia oficial de Israel. Además de imponerse como fuerza vencedora sobre el

terreno, su diplomacia y aparato de propaganda exterior dominaron el discurso

político sobre el conflicto durante sus primeras décadas. Semejante predominio no

sólo emanaba de su condición de vencedor, sino también del efecto amplificador que

reprodujeron sus principales aliados occidentales durante la posguerra.

En este contexto, las tesis favorables al incipiente Estado israelí ―y, en contraposición,

legitimadoras de la silenciada limpieza étnica acometida en Palestina― encontraron un

terreno muy fértil. Primero, por la emergencia de la corriente milenarista

decimonónica en países anglosajones, protestantes y claves en la expansión colonial,

que aceptaban acríticamente las ideas teológico-políticas justificadoras de la

colonización sionista de Palestina sobre la única base de una presunta promesa divina

o tierra prometida (1). La Biblia era esgrimida como un título de propiedad y así,

paradójicamente, era aceptada por sociedades tenidas por modernas y seculares (2).

Todavía sorprende que tanto responsables políticos y ciudadanos educados en una

tradición laica acepten sin más esos presupuestos teológico-políticos que, ante otras

tradiciones, se aprestan a denunciar por fundamentalistas.

Segundo, por la mala conciencia reinante debido al pasado europeo de antisemitismo y

nazismo. La denomina cuestión judía había surgido en Europa, fruto de la

discriminación, exclusión y persecución que sufrían unos europeos ―por su condición

étnica y confesional― a manos de otros (3). Por tanto, era un problema europeo, que

demandaba una solución en ese mismo marco, de integración de toda su ciudadanía,

con independencia de su diferente tradición cultural y religiosa.

A su vez, este pasado ha supuesto una pesada losa para la política exterior de algunos Estados

europeos en Oriente Próximo. El más tenue comentario crítico a la política israelí es

susceptible de ser descalificado por antisemita. Semejante temor enmudece algunas

voces y busca la inmunidad de Israel ante las críticas. Con esta mordaza, no es extraño

encontrar críticas más contundentes a la actuación de los gobiernos israelíes en la

prensa israelí que en la occidental. Del mismo modo, la denuncia de ese uso y abuso

del antisemitismo y el holocausto procede de autores de origen judío, principalmente.

El ejemplo de Norman G. Finkelstein, con progenitores que sufrieron el infierno nazi,

es bastante elocuente (4). Más recientemente, el primer ministro israelí, Benjamin

Netanyahu, fue objeto de las críticas de personalidades judías e israelíes, que

reprochaban su utilización del holocausto en su denuncia del programa nuclear iraní

(5).

Por último, pero no menos importante, por el propio contexto mundial de la guerra fría, de

división bipolar y confrontación política e ideológica. Israel era considerado como un

importante aliado en una región de alto interés geoestratégico por sus ingentes

recursos energéticos; y también por la proximidad de la Unión Soviética a la que,

limítrofe con Turquía e Irán, se quería mantener apartada de toda influencia en

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Oriente Medio. La espectacular victoria del ejército israelí durante la guerra de 1967,

en medio de los retrocesos estadounidenses en el entonces denominado Tercer

Mundo (en particular, en el sudeste asiático), estrecharon una especial alianza

estratégica entre Washington y Tel Aviv que ha perdurado en el tiempo.

Evolución de Palestina desde 1948.

MITOS EN TORNO A LA C REACIÓN DEL ESTADO DE ISRAEL

Los mitos fundacionales del Estado de Israel han girado en torno a tres hechos,

principalmente, que tienen como denominador común desplazar y diluir en la

parte árabe la responsabilidad de los acontecimientos que rodearon y se

derivaron de su creación. Primero, el inicio de la guerra y la superioridad de

los ejércitos árabes, que presentan al incipiente Estado israelí como una

víctima inocente y en inferioridad de fuerzas. Segundo, la supuesta llamada de

los dirigentes árabes para que los palestinos abandonaran sus hogares

durante la guerra, culpabilizando a dichos gobiernos de originar el problema

de los refugiados. Por último, tercero, la intransigencia árabe para llegar a un

arreglo con Israel, imposibilitado así la paz y la estabilidad en la región.

Todas estas afirmaciones tuvieron su correspondiente réplica desde el mundo árabe y,

en particular, desde el ámbito palestino, sin olvidar los testimonios y análisis

de distintos observadores internacionales. Sin embargo, ninguna

argumentación logró ser tan visible, contundente y definitiva como la

aportada por un heterogéneo grupo de académicos israelíes que, con

diferente bagaje disciplinar, sería conocido con la denominación de “los

nuevos historiadores israelíes” (6). Después de investigar en los propios

archivos del movimiento sionista e israelíes, las conclusiones de sus estudios

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invertían la historia oficial israelí. Su autoridad ―no sólo académica― estaba

fuera de toda duda. Eran israelíes, por tanto no cabía reprocharles ninguna

connivencia con el enemigo.

De sus diferentes estudios se extraen conclusiones desmitificadoras y opuestas a las de

la historiografía oficial israelí. Primero, la guerra se inició mucho antes que la

primera confrontación interestatal árabe-israelí, en mayo de 1948.

Previamente, desde diciembre ―a raíz de la adopción de la resolución de

partición de Naciones Unidas, el 29 de noviembre de 1947― se había iniciado

la campaña de limpieza étnica de Palestina (7). De hecho, antes de la

proclamación del Estado de Israel, el 14 de mayo de 1948, las fuerzas sionistas

ya habían desalojado entre unos 250.000 y 300.000 ciudadanos árabes-

palestinos de sus hogares.

Dos meses antes, el 10 de marzo de 1948, se había adoptado el plan Dalet (8), que

formalizaba la idea de transferir a la población autóctona (9). En suma, la

expulsión directa e indirecta de los árabes-palestinos ―entre unos 750.000 y

800.000― de su tierra respondió a un plan asociado al proyecto colonial

sionista en Palestina. Esta idea no desapareció con la creación del Estado de

Israel y la consecución de sus principales objetivos. Por el contrario, sigue

estando presente (en alusión a los palestinos tanto de 1948 como de los

territorios ocupados en 1967), según se desprende de las declaraciones de

algunos de sus líderes y se recoge incluso en sondeos de opinión (10).

Segundo, la superioridad militar árabe ha sido otro de los

mitos desmentidos por su inferioridad numérica, escasa preparación y

descoordinación. Por el contrario, las fuerzas israelíes eran superiores tanto

cuantitativa como cualitativamente, con una dirección coordinada,

armamento más moderno y experiencia militar. Justo de lo que carecían los

ejércitos árabes, atrapados en sus recelos y sospechas mutuas. Lejos de ser

una fuerza conjunta con un mando unificado o coordinado, estaban más

pendientes de lo que hacía uno u otro, en particular de la legión jordana que

era el ejército árabe mejor preparado. Precisamente el rey Abdallah l había

llegado a un acuerdo con el movimiento sionista para su reparto de Palestina,

llevado por sus ambiciones regionales de instaurar y extender su reino en la

llamada Gran Siria (que incluiría Jordania, Siria e Irak) (11).

Por último, tercero, la supuesta intransigencia árabe también ha sido desmitificada por

documentados trabajos que muestran una lectura opuesta a la versión oficial.

Una de las obras más sólidas se debe también al citado historiador israelí Avi

Shlaim, catedrático de Relaciones Internacionales en la Universidad de

Oxford. Su análisis de las relaciones entre los Estados árabes e Israel, desde

sus primeros encuentros y acercamientos hasta prácticamente la actualidad,

muestran un balance muy distinto al oficial (12).

En suma, el lector interesado en la materia cuenta con una abundante y rica

bibliografía que viene a confirmar, con rigor y documentación, la versión

tradicionalmente sostenida por los vencidos en el conflicto palestino-israelí.

De manera que el relato contado por un anciano o anciana en un destartalado

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campo de refugiados en Oriente Próximo ha cobrado una dimensión que,

lamentablemente, hasta ahora no poseía.

Seis décadas y media después de esa catástrofe (o Nakba, como la denominan los

palestinos), esos mismos refugiados y sus descendientes siguen demandando

la restitución de sus derechos frente a la limpieza étnica y el memoricidio que

siguió. Fueron las dos caras de una misma moneda: la expropiación y

expulsión de una población de su tierra no sólo fue un acto de violencia física

y política, también se acompañó de una deliberada estrategia de negación de

su existencia y derechos

(*) José Abu-Tarbush es profesor titular de Sociología en la Universidad de

La Laguna.

(1) Sobre el desarrollo de esta corriente milenarista en la Inglaterra decimonónica y su

posterior expansión e implantación en Estados Unidos hasta el actual fundamentalismo

evangélico, véase Stephen Sizer: Sionismo cristiano: ¿Hoja de Ruta a Armagedón? Madrid:

Bósforo Libros, 2009.

(2) Nur Masalha: La Biblia y el sionismo. Invención de una tradición y discurso poscolonial.

Barcelona: Bellaterra, 2008.

(3) Viviane Forrester: El crimen occidental. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2008.

(4) Norman G. Finkelstein: La industria del Holocausto. Reflexiones sobre la explotación del

sufrimiento judío. Madrid: Siglo Veintiuno de España Editores, 2002.

(5) Véase Ana Carbajosa: Netanyahu levanta ampollas en Israel al comparar Irán con el

Holocausto, El País, 19 de abril de 2012.

(6) Véase el esclarecedor trabajo de Mar Gijón Mendigutía: Los nuevos historiadores

israelíes. Mitos fundacionales y desmitificación, Revista de Estudios Internacionales

Mediterráneos, REIM, núm. 5, 2008, pp. 27-41.

(7) Ilan Pappé: La limpieza étnica en Palestina. Barcelona: Crítica, 2008.

(8) Walid Khalidi: El plan Dalet y la Guerra de expulsión de los palestinos, en Farouk Mardam-

Bey y Elías Sanbar (comps.): El derecho al retorno. El problema de los refugiados palestinos.

Madrid: Ediciones del Oriente y del Mediterráneo, 2004, pp. 65-105.

(9) Ideario presente en la ideología colonial del movimiento sionista desde sus inicios, véase

Nur Masalha: La expulsión de los palestinos. El concepto de <<transferencia>> en el

pensamiento político sionista, 1882-1948. Madrid: Bósforo Libros, 2008.

(10) Nur Masalha: Políticas de la negación: Israel y los refugiados palestinos. Barcelona:

Bellaterra, 2005.

(11) Avi Shlaim: Collusion across the Jordan: King Abdullah, the Zionist Movement, and the

Partition of Palestine. Oxford University Press, Oxford, 1988.

(12) Avi Shlaim: El muro de hierro. Israel y el mundo árabe. Granada: Almed, 2011 (segunda

edición ampliada y actualizada).

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64 AÑOS DE AL-NAKBA POR: AMIRA CHEIKH ALI - TUNSOL

Conocida para el pueblo palestino como “La catástrofe”, la historia de la Nakba

comenzó hacia 1799. Tras tres décadas de Mandato Británico sobre Palestina

y la Declaración del Estado de Israel en 1948, La Nakba todavía continúa. Con

más de seis millones de refugiados esparcidos por el mundo, el pueblo

palestino no pierde la esperanza de volver a su tierra. Esos millones de

refugiados, son los testigos incómodos de la limpieza étnica que sigue siendo

llevada a cabo por los líderes del Movimiento Sionista Mundial acompañados

por los principales líderes de las potencias occidentales sin cuya colaboración

no habría podido realizarse el desplazamiento de más de 850.000

palestinos/as, la destrucción de 530 aldeas, el asesinato de más de 13.000

palestinos/as y la expoliación de casi toda la Palestina Histórica, anterior a

1948, dejando como resultado cerca del 12% de la tierra.

El objetivo del Movimiento Sionista Mundial sigue siendo el mismo que se perseguía

hace más de 64 años: eliminar a la población árabe y conseguir la mayor

cantidad de tierras. Desde los tiempos de Napoleón, se hizo un llamamiento a

la población judía a nivel mundial para “reclamar su posición entre los pueblos

del mundo”. Hacia el año 1840, el Ministro de Asuntos Exteriores británico

Lord Palmerston reclamaba “abrir Palestina a la inmigración judía”. A la

cabeza de dicha iniciativa judía de ocupar Palestina estaba el barón Lord

Rotschild que en aquella época gastó cerca de 14 millones de francos en la

construcción de 14 asentamientos judíos. Aunque Palestina estaba bajo poder

otomano, Rishon LeZion izó la actual bandera de Israel en 1885 en uno de

aquellos asentamientos. Para el año 1896, Theodorl Herzl publicaría su

famoso libro “El Estado Judío” en alemán, fuente de inspiración del

Movimiento Sionista Mundial desde su Primer Congreso en Basilea (Suiza) en

1897.

El Dr. Max Nordau, mano derecha de T. Herzl, organizaba visitas de rabinos a Palestina

para conocer la situación de los habitantes y sus tierras, escribiendo a Herzl:

“La novia es bonita, pero está casada con otro hombre”. Confirmaba que

Palestina era una tierra habitada por un pueblo que llevaba allí miles de años.

En aquel primer congreso del Movimiento Sionista Mundial (1897), se

aprueba el programa para el establecimiento de una patria para el pueblo

judío en Palestina. Herzl entra en contacto con las cuatro grandes potencias

de aquel momento, que apoyaron el sionismo bajo la promesa de la

protección de sus intereses si respaldaban el establecimiento del Estado de

Israel. Para el año 1907, Gran Bretaña anunciaba la necesidad de “una fuerza

hostil con estos países y amiga de los países europeos”. Chaim Waizmann,

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químico británico y miembro del Movimiento Sionista Mundial, apoyado por

Lord Rothschild crea el Fondo Nacional Judío comprando a una familia

libanesa 200.000 dunums en Palestina y desahuciando a más de 60.000

granjeros/as palestinos/as. Con el objetivo de sustituir a los granjeros árabes

por judíos de Europa oriental y de Yemen. Para proteger los asentamientos, se

crea la milicia judía Hashomer y para el año 1911 los judíos celebraban

manifestaciones en Palestina para que el hebreo fuera reconocido como

lengua oficial por el gobierno otomano. Al comienzo de la Primera Guerra

Mundial, se presenta al Gabinete británico en 1915 un documento secreto

titulado “El futuro de Palestina”, redactado por Herbert Samuel en el que

decía que “Palestina debía quedar bajo Mandato Británico tras la Guerra,

facilitando la inmigración de tres a cuatro millones de judíos europeos y

colocándolos entre los mahometanos”. Dichas recomendaciones fueron

tenidas en cuenta durante la firma del Acuerdo de Sykes Picott (político

británico y diplomático francés fervientes seguidores del sionismo).

En Noviembre de 1917, la promesa de creación de una patria judía en Palestina llegaría

en forma de carta del Ministro de Asuntos Exteriores Arthur Balfour a Lord

Rothschild. En 2 de Diciembre, se celebró en Londres una Conferencia Sionista

a la que asisten Rothschild, Herbert Samuel, Mark Sykes y Chaim Weizmann.

Para el 9 de Diciembre, el General británico Edmund Allenby junto a una

unidad militar judía, en la que participan David Ben Gurion, Jabotinsky y el

padre de Isaac Rabin, ocupan Jerusalén. En aquel momento, el número de

judíos en Palestina era 50.000 (10%) y medio millón de árabes. Durante la

preparación de la Conferencia de París en 1919, Estados Unidos envía un

comité a Palestina que elabora el Informe King Crane: “El proyecto de hacer

Palestina un Estado Judío debe ser abandonado. Deben ser tajantes con la

cuestión Palestina y tener en cuenta que tanto la población palestina como la

judía se oponen al programa sionista”.

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En la Conferencia de París, Chaim Weizmann presentó el mapa del futuro estado judío:

Palestina, la orilla este del Río Jordán, el sur del Líbano y Quneitra en Siria. Al

mismo tiempo, crearon un Centro de Inteligencia en Palestina para estudiar

las opiniones políticas del pueblo. Para el año 1920, la Liga de Naciones

determinó que Gran Bretaña sería la responsable de establecer las

condiciones políticas, administrativas y económicas de Palestina. El hebreo

pasa a ser lengua oficial, junto con el árabe y el inglés. Se permite a los judíos

tener su propio ejército, y llegan las grandes oleadas de inmigración judía. Las

tierras despojadas por los británicos son cedidas a los sionistas para la

creación de Kibbutzin.

El pueblo palestino comienza a organizarse en las zonas rurales, realizando grandes

manifestaciones duramente reprimidas por el Gobierno Británico en 1921. La

falta de un liderazgo palestino, no familiar ni hereditario, dificulta el éxito del

movimiento nacional. En 1925 había más de 33.000 judíos en Palestina, se

crean 13 nuevos asentamientos, el Sindicato judío Histadrut (creado por Ben

Gurion), la ciudad judía de Tel Aviv adquiere autonomía municipal, y se

inaugura la Universidad Hebrea. Algunos Documentales de propaganda

sionista son distribuidos por todo el mundo con“el objetivo de los próximos 25

años: un millón de dunums”. Hacia 1929 hubo nuevas revueltas palestinas

encabezadas por el sirio Al Qassam, asesinado por el Gobierno Británico, que

extendió el espíritu de rebelión contra el imperialismo británico. Con la Gran

Huelga de 1936 comienza la Revolución Palestina hasta 1939: el gobierno

británico instala puestos de control en todas las ciudades, se narran historias

de humillaciones, golpes, trabajos forzados, asesinatos y encarcelamientos de

la población palestina. A nivel mundial, falsifican la imagen de Palestina como

“una tierra sin pueblo”, durante diez años de mandato británico el número de

colonos judíos ascendió a 175.000.

Durante la Revolución palestina de 1936 los líderes árabes convencen al liderazgo

palestino de las buenas intenciones de Gran Bretaña. Para 1937, Gran Bretaña

había elaborado un primer plan de partición de Palestina en el Informe Peel

en el que se establecía el concepto de traslado de la población en base a su

nacionalidad o religión. Tras la disolución del Alto Comité Árabe, la mayoría de

los líderes palestinos se exilian en las Islas Seychelles y

Líbano. Permiten a los “guardas judíos” y organizaciones

sionistas clandestinas el uso de armas, mientras que los

palestinos/as son desarmados durante los registros y

saqueos de sus propiedades.

Hacia 1938, fuerzas judías especiales explotan varias bombas y

autobuses en ciudades como Jerusalén y Haifa. Durante

la ocupación de aldeas palestinas, Gran Bretaña

incorpora soldados judíos para su adiestramiento militar.

Mientras hacían uso del castigo colectivo a la población

palestina, quemando sus cosechas y practicando la

tortura en los centros de detención, se celebraban juicios

militares a los palestinos que enfrentaban la ocupación

militar sionista y británica. En 1939, Gran Bretaña

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anunciaba “que había creado las bases para el establecimiento de un estado

judío en Palestina”. Durante la II Guerra Mundial más de 15000 soldados

sionistas se alistaron en las filas del ejército militar donde aprendieron las

funciones de un ejército profesional. Durante este tiempo la milicia judía

“Haganah” se transformó en un ejército con fuerza aérea propia. El “Programa

de Archivo de Aldeas” estudiaba la situación de las tierras, los habitantes y las

entradas y salidas de todas las aldeas palestinas.

Al finalizar la IIGM los sionistas decidieron que Estados Unidos pasaría a ser su nuevo

garante. A través de la “Declaración Biltmore” se reafirma la idea de

una patria judía en Palestina que garantizara los intereses de EEUU en

todo Oriente Medio. Tras la campaña presidencial de Harry Truman,

donde los sionistas aportaron más de 200 millones de dólares,

aprueban la llegada de 100.000 judíos a Palestina. Hacia 1945,

mediante la colaboración entre varias milicias judías sionistas

“Haganah”, “Banda Stern” y el “Irgun” se realizaron varios ataques

armados a los británicos para acelerar su salida del territorio

palestino. La prensa británica calificó estos ataques de “terroristas”,

mientras comienzan a evacuar a las familias británicas de Palestina. El

ataque más decisivo fue el atentado sionista en el Hotel Rey David en

Jerusalén, donde asesinaron a más de 90 británicos. Algunos Documentos

británicos recogen que entre 1946-1947 se produjeron más de 500 atentados

terroristas de judíos sionistas. La foto de Begin (Líder del Irgún) sería

distribuida como uno de los terroristas más buscados. Finalmente fue

encarcelado, aunque 30 años más tarde sería el Primer Ministro de Israel y en

1978 se le concede el Premio Nobel de la Paz.

Tras treinta años de Mandato Británico, Gran Bretaña invoca a la ONU para buscar una

solución. El 29 de Noviembre de 1947, se aprueba el Plan de Partición de

Palestina con 33 votos a favor. Gran Bretaña anuncia su retirada el 15 de

mayo de 1948, la Agencia Judía pasaría a tener el control administrativo y

militar, y la Haganah se convierte en el ejército de Israel con 35000 hombres y

10000 comandos de Palmach, Irgún, y Banda Stern. Los Comités Locales

Palestinos empezaron a organizarse junto a un supuesto ejército de rescate

árabe de 4000 voluntarios.

De enero a marzo de 1948, comenzaron las primeras operaciones militares para

expulsar a los palestinos/as de su tierra cuya

culminación sería el “Plan Dalet” realizado el 10 de

marzo de 1948 con la idea de “expulsar y limpiar la

zona de tantos árabes como fuera posible”. Se

produjeron masacres en aldeas como Deir Yassin,

donde mataron a más de la mitad de la población

para atemorizar al resto haciéndoles cavar sus

propias tumbas por filas. Para abril, el ejército

británico se retiró de Palestina siendo sustituido

por fuerzas sionistas. Más de la mitad de las aldeas

fueron destruidas antes de mayo de 1948, para el 15 de mayo de 1948, tras la

retirada británica y medio millón de judíos en territorio palestino, se proclama

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el Estado de Israel. Minutos después Truman emitía un comunicado a la ONU

reconociendo al nuevo gobierno provisional. Cerca de 24.000 soldados árabes

intentaron entrar por las fronteras de Líbano, Jordania y Egipto, pero sus

objetivos se vieron frustrados.

Tras 64 años de limpieza étnica y de apartheid, el pueblo palestino sigue luchando por

la recuperación de sus derechos históricos. La lucha de un pueblo heroico

ante la barbarie sionista continua: 4500 presos/as luchando por su libertad

dentro de las prisiones sionistas, un muro de separación de 730 kms que

recorre Cisjordania y el control de todas las entradas y salidas de pueblos y

ciudades, el aislamiento de Gaza por tierra, mar y aire, seis millones de

refugiados esperando volver a una Palestina laica, democrática y no racista,

esperando el retorno a la Palestina Histórica de 1948. La Nakba continua, pero

la resistencia del pueblo palestino no cesará en su lucha por sus legítimos

derechos como pueblo expoliado y sometido a una ocupación ilegal.

“Sabemos que tenemos un país, Palestina, y el sentimiento de pertenecer a

nuestra tierra. Los viejos morirán, pero los jóvenes nunca olvidarán”.

PALESTINA LA VEDAD Para ver el video haz clic en la imagen

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RELATOS DE REFUGIADOS

PALESTINOS POR: *IGNACIO ÁLVAREZ-

OSSORIO Uno de los relatos que recopilé en el campamento de refugiados libanés de

Nahr al-Bared antes de que fuera destruido. Aparece en mi artículo

"Añoranza de la tierra" publicado en 2005 por la revista Legado

Andalusí:

"Mahmud Hasan Layla nació en 1932 y llegó con su familia a Líbano en julio

de 1948 después de haber recorrido a pie los ochenta kilómetros que

les separaban de la frontera. Mahmud procede de Saffuri, localidad

de la Baja Galilea a medio camino entre Haifa y Tiberiades. Dicha

localidad era mayoritariamente musulmana, aunque también

cobijaba una importante comunidad cristiana, ya que estaba a siete

kilómetros de Nazaret: “De hecho, muchos de sus habitantes se

refugiaron en uno de sus barrios llamado al-Rum”.

Ahora vive en Nahr al-Bared, campamento al norte de Trípoli que cuenta con

unos 30.000 refugiados. Evocando su periplo, cuenta: “Nuestro

primer refugio fue un antiguo barracón francés en el valle de la

Bekaa donde fuimos alojados por las autoridades libanesas. No

disponíamos de agua ni electricidad y vivíamos hacinados, ya que

cada barracón albergaba a veinte familias únicamente separadas por

unos trapos. Para alumbrarnos utilizábamos latas con aceite que

formaban mucho humo y hacían irrespirable el aire”. Más tarde, la

UNRWA empezó a “proporcionar a cada familia harina, azúcar,

arroz, legumbres, conservas y aceite”.

Extraña sobre todo la fertilidad de sus tierras: “A tres kilómetros de distancia

de Saffuri había una fuente que regaba los huertos del pueblo,

conocidos por sus coliflores, sus gringueles, sus coles y, sobre todo,

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por sus granadas. Incluso los judíos de las colonias vecinas venían a

comprarlas al pueblo”. Recuerda también que “existían varias

almazaras, algunas tradicionales que requerían el trabajo de una

acémila para girar su rueda y otras modernas que funcionaban a

motor”.

El tiempo trascurrido desde entonces lleva a Mahmud a idealizar aquellos

días: “Algunos de los olivos centenarios tenían un diámetro de dos

metros y, para recoger sus olivas, se requería el trabajo de diez

jornaleros durante todo un día. El aceite se empleaba para cocinar,

pero también para fabricar un jabón que se vendía en los pueblos

vecinos y en la propia Nazaret”.

De las fiestas populares recuerda, sobre todo, el recibimiento a los peregrinos

que regresaban de La Meca. Mahmud dice que “el hajj resultaba

complejo y costoso: mi padre lo hizo en 1942 y le llevó más de tres

meses. Primero viajó en autobús hasta la ciudad costera de Haifa,

tomó el ferrocarril hasta Rafah y, una vez allí, cruzó el canal de Suez

en barco de vapor hasta Yedda; a La Meca llegó a lomos de camello.

A su retorno cumplió con la obligación de visitar la mezquita del Aqsa

en Jerusalén”.

*Profesor de Estudios Árabes e Islámicos Universidad de Alicante [email protected]

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Primogénito de una familia numerosa en la Palestina de los años

cincuenta, Ghaleb Jaber Ibrahim se siente en deuda con su hermana

Karime, su alter ego en la infancia y su gran apoyo en la adolescencia;

el Alzheimer la tiene atrapada en una burbuja de olvido que maneja los

hilos del día a día de la familia desde hace décadas, pero él no se

resigna a que ella se vaya disipando en el tiempo, como arena de las

dunas del desierto.

En un gesto de amor infinito, Ghaleb Jaber narra para su hermana

cómo ha sido su vida antes de que la terrible enfermedad la dejase sin

presente, sin futuro, pero sobre todo sin pasado. Negándose a aceptar

lo irremediable, él recrea para ella los pasajes familiares más intensos y

de los que los dos han sido protagonistas para que en su inabarcable

soledad, en su silencio más impenetrable, Karime pueda sentir, aunque

sólo sea un instante, el calor de su amor incondicional, de su amor

puro.

Fiel a la estructura creativa de la tradición oral árabe, Regalo de

memoria es una recopilación de relatos tiernos, personales,

descarnados en ocasiones pero llenos de verdad y sentimiento. Un

paseo guiado por los recuerdos y vivencias de una familia humilde y

trabajadora que no cejó en su empeño, en su sueño de prosperidad.

Regalo de memoria es, en sí misma, una dádiva literaria pletórica de

sensibilidad, de sentimiento, de humanidad… de vida, al fin y al cabo;

Ghaleb Jaber, el protagonista de esta valiente trayectoria vital llena de

emoción y verdad, y Noe Martínez, la autora, nos acercan a ese nirvana

cruel y aniquilador que es el Alzheimer; a través de sus líneas, Regalo

de memoria, nos demuestra lo frágil y lo fuerte que puede llegar a ser

la mente humana que, al igual que un robusto iceberg, basta una

simple grieta para que comience el deshielo…

Ghaleb Jaber Ibrahim (Ainabus-Nanablus,

Palestina, 1950) presidente de la Fundación

Araguaney y uno de los pioneros del audiovisual

gallego ha sido elegido Gallego del Mes de

Febrero por las redacciones de EL CORREO

GALLEGO, Galicia Hoxe, Radio Obradoiro, Tierras

de Santiago y Correo TV, que reconocen de esta

manera los méritos de este empresario

autodidacta y todos sus años de trabajo que le

han llevado a convertirse en una de las personas

más influyentes de toda Galicia.

Licenciado en Medicina y Cirugía por la

Universidad de Santiago; máster en Dirección de

Empresas; doctor en Periodismo

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LA “CATÁSTROFE”: 64 AÑOS

SIN PODER VOLVER A

PALESTINA POR: PIERRE

KLOCHENDLER (LIFTA, PALESTINA 1948)

Una joven palestina pinta un mural sobre la Naqba en Gaza (Hatem Moussa / AP)

“Allí está el inicio de mi vida. Mi padre convocaba a la plegaria ‘Allahu Akbar’ y toda la aldea lo

escuchaba”, dice el palestino Yacoub Odeh, de 72 años, señalando una casa destruida

en lo alto de una colina jerosolimitana.

Entonces Odeh tenía ocho años. Ahora, 64 años más tarde, evoca la Naqba, “gran catástrofe”

que recayó sobre el pueblo palestino durante la guerra que condujo a la creación del

estado de Israel.

Cientos de miles huyeron de sus hogares o fueron expulsados por las fuerzas del país

naciente y, como Odeh, se convirtieron en refugiados.

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(Bernat Armane / AP Photo)

La aldea de Lifta languidece en medio de las ruinas esparcidas entre Jerusalén occidental,

israelí, y oriental, ocupada por Israel. Para muchos palestinos, el lugar simboliza el

recuerdo de la tierra perdida y la falta de un estado propio. Allí, Odeh vuelve a sentir la

libertad y la paz.

Allí, entre las murallas seguras de su infancia, acaricia con cariño las piedras vivientes. “Por

nuestra puerta entraba el sol matinal”, relata.

Muchas casas todavía están majestuosamente en pie. Todo lo que queda de la de Odeh es un

hinojo silvestre y muros medio enterrados.

Antes de la guerra de independencia de Israel, Lifta era una aglomeración de 500 hogares, una

comunidad rica de 3.000 personas que vivían en armonía.

“El manantial, los jardines, los campos, la mezquita, la prensa de las aceitunas… Así era mi

mundo”, recuerda. En sus oídos todavía suena el eco idílico de “personas bailando y

cantando”.

“¿Cómo no ser acosados por ese fatídico día de febrero de 1948? Estábamos bajo sitio. Yo oía a

las pandillas sionistas disparando”, dice.

Cuando una centena de palestinos fueron asesinados por milicianos judíos durante un ataque a

la aldea cercana de Deir Yassin, el horror disparó una ola de pánico.

“De repente, mi padre cargó a mi hermana y a mi hermano. Cruzamos el valle,

trepamos la montaña, y nos llevamos solo lo que había en nuestras

mentes: nuestros recuerdos”, cuenta.

En apenas semanas no quedó ni un alma en aquella aldea de 2.000 años. “En

un momento nos convertimos en refugiados”, dice Odeh.

En el plazo de un año, la mayoría de los que todavía vivían en lo que se

convirtió en el estado de Israel se volvió una minoría a la que se le

negó el derecho a la tierra.

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En techos y pisos se hicieron grandes agujeros que volvieron inhabitable la aldea

abandonada. La familia Odeh nunca volvió a vivir allí. Nadie lo hizo. Pero los

oriundos de Lifta nunca dejaron de soñar con regresar a casa.

“Nunca olvidaré ni perdonaré hasta que recupere mi derecho a ser libre en Lifta, en

Palestina”, asegura Odeh.

Año tras año, cada 15 de mayo, “Día de la Naqba”, los palestinos manifiestan su

aspiración a cumplir lo que, insisten, es su “innegable derecho de retorno”. En

esa ocasión, los refugiados blanden llaves simbólicas como recordatorio de los

hogares que perdieron.

Según la Agencia de las Naciones Unidas para los Refugiados de Palestina en Oriente

Próximo (UNWRA), actualmente hay más de cuatro millones de refugiados

registrados dispersos por Medio Oriente.

La mayoría de los israelíes consideran que el histórico reclamo palestino es “una

amenaza existencial”.

Creen que el cumplimiento del “derecho de retorno” destruiría su estado desde

adentro, dado que la absorción de millones de palestinos alteraría

irrevocablemente su mayoría judía.

Según Odeh, “hay suficiente lugar para musulmanes, judíos y cristianos. Debemos vivir

juntos, igual que nuestros abuelos”.

Algunos esperan que el fantasma de esa sentimental solución de un solo estado

termine alentando a Israel a negociar una solución política de dos estados, y

que Palestina absorba a la mayor parte de los refugiados.

Odeh personifica la historia de su pueblo. Poco después de su desplazamiento forzado,

su padre falleció; tenía “el corazón roto”, dice. La familia se reasentó en

Jerusalén oriental.

( AP Photo/Hatem Moussa)

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Él trabajó en una videoteca en Kuwait, estudió derecho en Beirut y militó en el Frente

Popular para la Liberación de Palestina. Tenía 27 años cuando Israel conquistó

el oriente de Jerusalén.

Al regresar, resistió la ocupación. Sentenciado en 1985 por un tribunal israelí a tres

cadenas perpetuas consecutivas por “actividades terroristas”, fue liberado en

un canje de prisioneros.

Actualmente es activista por los derechos humanos y autodesignado custodio de la

memoria de su aldea.

Lifta es un paraíso para los hippies sin techo que la eligen y un refugio para los

soldados con licencia en busca de serenidad. Y es una de las últimas aldeas

vacías en pie después de la guerra de 1948.

En aquel entonces se destruyeron 500 de esas aldeas palestinas. Por lo general, lo que

queda son terrazas, piedras mohosas y hierbas que señalan cementerios

abandonados, añosas higueras silvestres o perales, y restos de muros.

Al seguir a Odeh en su recorrido por la aldea de su infancia, el visitante no puede dejar

de admirar la belleza del lugar y la dignidad que de él emana, las cicatrices

que la naturaleza y el tiempo fueron infligiendo, la invasión de la ciudad

moderna y la nostalgia por el paraíso perdido.

En 1959, un decreto convirtió a esta codiciada zona en reserva natural. Queriendo

emular la preservada aldea de Ein Hod, donde ahora vive una comunidad

artística israelí, urbanistas de la Autoridad de Tierras de Israel intentaron

convertir Lifta en un barrio lujoso.

Pero exhabitantes del lugar, respaldados por organizaciones israelíes de derechos

humanos apelaron al tribunal distrital. En febrero, el plan se archivó… por

ahora.

“Queremos preservar Lifta tal como está, renovarla como museo histórico abierto para

todos”, insiste Odeh.

“¿Por qué quieren destruir este patrimonio cultural? ¿Para construir chalets?”,

pregunta.

“Palestinos, cristianos, judíos, musulmanes… Eso no importa. Lo que importa es poner

fin a la ocupación, crear un estado democrático”, dice Odeh. Y murmura: “La

historia no irá siempre en la dirección equivocada”.

Entonces Odeh vuelve a su casa, que se encuentra a pocos kilómetros de aquel

que alguna vez fue su hogar.

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AL- NAKBA (OCUPACIÓN

PALESTINA): UN PLAN

PREMEDITADO Y MACABRO POR: AMIRA SUSANA NIETO - TUNSOL

Remitiéndome a la historia es necesario recalcar, que el territorio de Palestina fue

considerado como fuente de explotación porque le servía a Inglaterra como un punto

geoestratégico para desarrollar el comercio mundial, sacando provecho de la fuente

inagotable de petróleo. Les cayó como anillo al dedo que surgiera el movimiento

sionista en Europa para poder sentarse en Palestina, estableciendo a Israel como

estado convirtiéndolo en su mayor socio en MEDIO ORIENTE.

El movimiento sionista colonizó Palestina para asentar el proyecto de la radicación de

judíos en la tierra árabe, es decir, vinieron para quedarse. El objetivo de esta invasión

masiva fue crear una sociedad solo de judíos sin fundamentos legales, lo que le

convierte en un estado ilegal, siendo incluso minoría. Los judíos que llegaron a finales

del siglo XIX inventaron la ciudad de Tel- Aviv y granjas solo para judíos, lo que lo hace

un estado racista y discriminador, perjudicando a los palestinos en sus recursos,

desarrollo de su cultura y economía.

Para referirme a Al- Nakba en sí, es fundamental resaltar las consecuencias y el

desastre que causó. La existencia de refugiados palestinos expulsados forzadamente

de su tierra:

El abandono del territorio.

Siglo de historia, etnia, existencia y pueblo autóctono árabe arrancado de raíz, borrado del

mapa y pueblos destruidos.

Cementerios y mezquitas profanados y convertidos en sitios paganos y basureros.

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Ruptura de vínculos, desarraigos y costumbres.

Miles de árabes palestinos sin poder regresar desde el año 1946 al 1948 y sus descendientes

por más de 60 años, aún persiste esta catástrofe. Aproximadamente cuatro millones seiscientos

mil de palestinos refugiados en Siria, Líbano, Jordania y Egipto.

“Los sin tierra” y los que se quedaron en Palestina, padecen y son subyugados bajo el poder del

opresor, encarcelados, bajo la gran prisión en la que se convirtió hoy en día Palestina.

¡Que paradoja! El 14 de mayo Israel festeja su independencia, mientras que los palestinos, el 15

de mayo recuerdan la catástrofe.

Indigna el silencio de la comunidad internacional, la indulgencia que los medios de

comunicación y occidente sionista le brindan al estado falso de Israel, ante los

aberrantes hechos que cometen con los civiles, por lo que el victimismo que se remite

a la Alemania Nazi no sirve de excusa como dice Norman Finkelstein.

El estado de Israel es: asesino, criminal y genocida.

Es inconcebible pensar que un pueblo árabe inocente, padezca el precio de la avaricia

política israelí y occidental, porque no es un tema religioso y no es un conflicto entre

dos países.

Lo que más me conmueve y llena de consternación son las secuelas que dejó y

persisten de esta catástrofe, el saqueo de la propiedad privada, la violación de su

intimidad, la negación de los derechos básicos, el robo de la identidad, el

avasallamiento cruel del ejercito.

Todo esto conlleva a un daño psicológico irreversible, injusto y gratuito.

Es hora que toda la humanidad reaccione ante de ser cómplice del crimen mas nefasto

sobre la tierra y del que esta historia documentada dejará pruebas y que nuestra

conciencia no querrá cargar con culpa.

Palestina es un ejemplo de lucha, resistencia y dignidad, diciéndonos “AQUÍ

ESTOY…..EXISTO”.

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PALESTINA SE MUEVE Y EL

MUNDO SE MUEVE CON ELLA

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El libro está editado por Abigail Abarbanel,

una psicoterapeuta residente en el Reino Unido.

Nacida en Israel en 1964, Abarbanel se creó en

una familia abusadora y estuvo -como la mayoría

de los israelíes- completamente ciega ante los

palestinos y su sufrimiento. En cambio, el tema

omnipresente era el sufrimiento judío. Durante

sus años escolares el temor a otro holocausto se

"planteó y debatió en repetidas ocasiones" y “le

enseñaron que todo el mundo, incluidos los

árabes, nos odiaban por el hecho de ser judíos”. A

pesar de que los palestinos constituyen una

quinta parte de la población de Israel, ella nunca

entendió quiénes eran, y recuerda:

Estaba resentida con los países árabes que nos

rodean y con nuestro "enemigo interno" -o la

"quinta columna" como se llama a los ciudadanos

palestinos de Israel y pensaba que querían

"arrojarnos al mar". Estaba resentida con el

mundo que parecía no entendernos, que estaba

contra nosotros todo el tiempo y que la única

razón era nuestro judaísmo. Yo no entendía por

qué "ellos" no podían dejarnos en paz. Pensé que

la razón de nuestro sufrimiento, la ansiedad y la

inseguridad estaban fuera de Israel. Como todos

los demás tenía endurecido mi interior, acosado e

inseguro.

La locura de Israel

"El hecho de que los judíos vivan con seguridad en todas partes y no sean

perseguidos se hace incómodo para Israel.

El estado mismo que se creó para salvar a los judíos de la persecución ahora

necesita que sean perseguidos de nuevo para que pueda seguir existiendo. La

escalada de la limpieza étnica de los palestinos es uno de los medios para

lograr este fin.

Los palestinos, que están tratando desesperadamente de comprender lo que

les ha sucedido, se encuentran atrapados en esta locura y son víctimas de ella.

No es por ser quienes son o por algo que hicieran por lo que están sufriendo. Es

porque han tenido la desgracia de vivir en la

tierra que un movimiento sionista neurótico decidió tomar para sí mismo sin

importar el costo". Abigail Abarbanel

El trabajo sobre más allá de las lealtades tribales: historias

personales de activistas judíos de paz ahora está completado. He

presentado el manuscrito a los editores — Cambridge estudiosos

publicación aquí en el Reino Unido — y me aconsejan que el libro sea

alrededor de enero de 2012. He comprado los derechos para una

fotografía impactante y evocadora de un talentoso fotógrafo

canadiense de un olivo en Palestina. La foto servirá de base para el

diseño de portada. Más allá de las lealtades tribales incluye

contribuciones de veinticinco activistas incluido yo mismo, así como

un prólogo de Sara Roy. También he escrito una introducción y un

epílogo. Los participantes provienen de Australia, Canadá, Israel,

Reino Unido y los Estados Unidos. Algunos son conocidos y son

autores publicados en su propio derecho, y otros menos conocidos

pero merecen ser conocidos. Todas las historias son móviles y

fascinantes y contaran sobre viaje del autor a salir de una mentalidad

sionista, y en una nueva forma de ser que incluye la oposición a la

ocupación israelí, apoyo a los palestinos y en muchos casos un nuevo

sentido de identidad judía y oposición directa al sionismo.

Juntos las historias agregan a una imagen completa y fascinante del

conflicto israelo-palestino. Dicen del viaje profundamente personal y

complejo para superar el miedo, el tribalismo, rechazo y oposición a

fin de hacer lo correcto. Más allá de las lealtades tribales, puede ser

valiosa para la gente que se encuentre un poco demasiado seco

análisis político sobre el conflicto, pero todavía quiere saber qué está

pasando en la tierra en Israel-Palestina. Del blog de Abigail Abarbanel

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Edita: Abdo Tounsi - TunSol

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NUNCA OLVIDAREMOS POR: ABDO TOUNSI - TUNSOL

NUNCA OLVIDAREMOS

...Que nuestras casas han sido USURPADAS

...Que fuimos expulsados de NUESTRAS TIERRAS

...Que tenemos el derecho AL RETORNO

NUNCA OLVIDAREMOS

...Que nuestros derechos son INALIENABLES

...Que el sionismo nos destruye LA VIDA

...Que nos ha dejado sin HOGAR

NUNCA OLVIDAREMOS

...Que somos un pueblo VALIENTE

...Que sacaremos de nuestra tierra LA FUERZA

...Que nos enfrentamos al cuarto ejército del mundo ¡ COBARDE !

NUNCA OLVIDAREMOS

...Que estamos decididos a no DOBLEGARNOS

...Que nuestra sangre es ABRASADORA

...Que somos un pueblo CONSTRUCTOR

NUNCA OLVIDAREMOS

...Que nuestra voluntad es vivir en DERECHO

...Que nuestro verdugo se llama SIONISMO

...Que es un parásito CRIMINAL

NUNCA OLVIDAREMOS

...Que daremos la vida por PALESTINA

...Que no somos terroristas, somos PALESTINOS

...Que nuestras generaciones seguirán la LUCHA

VIVA PALESTINA

Febrero 2010

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Revista PALESTINA DIGITAL _____________AL-NAKBA___________ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

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AL NAKBA, ESE PRESENTE

CONTINÚO POR: BEATRIZ ESSEDDIN -

TUNSOL 15-MAY-2012

EL PASADO 15 DE MAYO, DÍA DE AL-NAKBA, LOS PALESTINOS NO HEMOS MIRADO

ATRÁS PARA DESENTERRAR LA EVIDENCIA DE UN CRIMEN PASADO, PORQUE AL-NAKBA

ES UN PRESENTE CONTINUO... (MAHMUD DARWISH)

Hemos puesto una fecha de nacimiento para inscribir Al-Nakba en la historia

de la humanidad. Pero en la vida de cada palestino se inscribe de otra

manera.

Primero vino la experiencia del exilio y el despojo. Y luego se le adjudicó una

palabra para nombrarla y una fecha que arrastra consigo su significado

político más claro.

Para mi, es imposible precisar en qué momento entró en mi vida. Del mismo

modo que nadie recuerda cuándo empezó a hablar o a caminar. Lo que

sé, es que en mi familia, cualquier palabra relacionada con Palestina,

tenía la extraña capacidad de cortar el aire. El mundo dejaba de girar

por un instante y un silencio oscuro invadía todo durante ese segundo

fatal en el que la mirada de mi padre se congelaba, las manos de mi

abuela apretaban nerviosamente su delantal, mis tíos se esmeraban en

distraer mi atención con cualquier excusa y mi madre se apresuraba a

cambiar de tema. Todos esos esfuerzos por protegerme de aquel

desastre, como si se tratase de un hecho pasado y olvidable, fueron en

vano. Yo, que no me crié en un campamento de refugiados, ni pasé las

privaciones y horrores a los que se vio expuesta mi familia antes de

que yo naciera, viví, a miles de kilómetros de la patria robada, con la

presencia constante de al-nakba, que invadió mi historia en algún

segundo helado y negro de la escena cotidiana.

Solemos traducir al-nakba como 'catástrofe', 'tragedia', 'desastre' y algunos

otros términos por el estilo. Pero ninguno de ellos alcanza a cubrir el

significado con el que habita en nuestros corazones, pues la catástrofe

palestina no se parece a otras catástrofes.

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Revista PALESTINA DIGITAL _____________AL-NAKBA___________ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

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No se trata de un desastre natural, ni tampoco la tragedia de una guerra,

situaciones a las que generalmente se alude con tales términos en

español. Esas situaciones, por dramáticas y terribles que sean,

empiezan y terminan, su duración puede ir de unas horas a unos años,

pero la devastación de un temporal termina con el fin del temporal y

los horrores y crímenes de una guerra terminan con el final de la

guerra; se entierran los muertos, se llora lo perdido y lo sufrido, y

luego lo destruido se reconstruye, la normalidad se restablece y la

gente sigue con sus vidas. No ocurrió así en el caso de Palestina cuya

catástrofe es un presente continuo desde hace cinco generaciones.

Presente continuo y sombrío que, en mi casa, se hacía escuchar en el retaceo

de información y en unos pocos datos escalofriantes.

La cruel experiencia de verse arrancados de sus hogares y de su país,

despojados de todos sus bienes, dejó a muchos palestinos como

petrificados, casi mudos de espanto. He leído y escuchado muchos

testimonios de palestinos de mi generación, algunos de los cuales

pasaron por la dolorosa vida en campamentos de refugiados o en los

territorios ocupados en 1948 (hoy Israel) y en 1967, que confirman el

estupor en el que se hundieron sus abuelos o sus padres.

Pero no todos. Hubo quienes lograron moverse y buscar y nombrar.

Investigaron, registraron la información, hicieron cálculos estadísticos,

trazaron los mapas, recolectaron fotografías, entrecruzaron datos,

identificaron a los culpables del crimen, establecieron fechas... Y así,

hablaron por todos los que habían quedado mudos. Hicieron escuchar

todo ese saber que estaba guardado en el silencio.

Hoy podemos definir al-nakba como la expulsión de las ¾ partes de la

población nativa de Palestina, el robo de todos sus bienes personales y

públicos, de sus recursos naturales, de su patrimonio histórico, la

destrucción de su medio ambiente, el intento de borrar su identidad y

su memoria y el reemplazo de la población palestina expulsada por

judíos extranjeros traídos desde todas partes del mundo.

El investigador palestino Salmán Abu Sitta da, entre otras, esta definición: “Al-

Nakba es la más larga, sistemática y mejor planeada operación de

limpieza étnica desarrollada desde que existen las Naciones Unidas...

Mientras los soldados coloniales europeos se fueron a casa, al mismo

tiempo que millones de seres humanos se libraban de la pesadilla del

colonialismo, imperialismo, fascismo, racismo y apartheid, nuevos

soldados coloniales judíos europeos llegaron a Palestina para

desposeer a su población y convertirlos en personas refugiadas sin

hogar. No se trata de algo circunstancial que sucedió en el pasado, es

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Revista PALESTINA DIGITAL _____________AL-NAKBA___________ Número 7 – Junio 2012

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un proceso continuo que se mantiene en la actualidad y que dura ya

más de 60 años”.

Esa operación obedece al plan sionista de instalar “un hogar nacional judío en

Palestina”, que empezó hace más de 100 años. Con la complicidad de

organismos y potencias internacionales, el “hogar nacional” se

transformó en “Estado Judío” -según se lo nombra en la Resolución

181 de la ONU, de 1947, a través de la cual la ONU regala más de la

mitad del territorio nacional de los palestinos, que no le pertenece, a

unos extranjeros que no tienen derechos sobre él-, pasando luego al

nombre oficial de “estado de Israel”, siempre manteniendo lo que el

sionismo llama el “carácter judío de Israel”, es decir, un estado

exclusivo para judíos.

Desde que el sionismo estableció la primera colonia judía en Palestina, en

1878, hasta el día de hoy, absolutamente todo lo que hace Israel

contra los palestinos donde sea que estos se encuentren, violando

permanentemente todas las leyes, forma parte de aquel plan:

Las expulsiones masivas de 1947-49 y luego las de 1967, que convirtieron en

refugiados al 80% de los palestinos, a quienes Israel acosa

constantemente con bombardeos y masacres y a los que priva del

ejercicio de los derechos humanos y nacionales, entre otros el derecho

al retorno…

Las constantes demoliciones de viviendas, expulsiones y deportaciones a

pequeña escala, especialmente en Cisjordania y Jerusalén Este…

El robo sistemático de propiedades, infraestructura y recursos

naturales palestinos...

El bloqueo total a la Franja de Gaza impidiendo el tránsito de

personas y productos de primera necesidad y el asedio y agresión

militar constante por aire, mar y tierra contra su población, usando

todo tipo de armas de destrucción masiva...

La represión violenta de manifestaciones populares contra la ocupación y sus

brutalidades, hiriendo y matando tanto a palestinos como a solidarios

internacionales, y las agresiones a personas e instituciones impidiendo

que éstas acerquen ayuda a la población bloqueada y ocupada…

El aislamiento entre las ciudades, pueblos y aldeas de los territorios palestinos

ocupados por medio de checkpoints, retenes, barreras, alambres de

púas, muros de hormigón y torres de vigilancia…

El secuestro y encarcelamiento de palestinos, sean hombres o mujeres,

jóvenes, ancianos o niños, sanos, enfermos o discapacitados, a quienes

humilla, maltrata, golpea, tortura de mil formas…

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Edita: Abdo Tounsi - TunSol

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La segregación de los palestinos que viven en Israel (territorios ocupados en

1948) por medio de leyes discriminatorias y abiertamente racistas...

La destrucción de terrenos agrícolas y de pastoreo, a través del vertido de

aguas negras y otros contaminantes y también arrancando árboles,

incendiando plantaciones y matando animales de cría y hasta perros,

gatos y burros; y la destrucción de cualquier otro medio de vida como

comercios, empresas e industrias…

La construcción de asentamientos de colonización, para judíos, en terrenos

palestinos en Cisjordania y la protección, financiación y entrenamiento

de bandas de colonos que sistemáticamente agreden a personas y

propiedades privadas, escuelas, hospitales, mezquitas e iglesias

palestinas…

La violación de leyes internacionales, tratados, convenciones,

acuerdos, treguas, resoluciones, disposiciones, actas de compromiso y

armisticios a través del directo incumplimiento de los mismos, y

también a través de su propio parlamento y sus tribunales militares

emitiendo disposiciones violatorias del Derecho Internacional,

privando a los palestinos de los derechos universales que los asisten.

La propaganda mentirosa y desvergonzada según la cual los palestinos no

existen, no son un pueblo, o bien son todos terroristas…

Todo eso es Al-Nakba.

La primera generación de refugiados palestinos, en su inmensa mayoría

campesinos musulmanes, se refería a ella con otra palabra: Al-Hijra,

que significa “emigración”. Pero no cualquier emigración. Con esa

palabra se nombra la emigración del profeta Mohammed (Mahoma)

junto a sus primeros compañeros, de la ciudad de Meca -en la que eran

perseguidas y donde sus opositores habían intentado asesinarlo varias

veces- a la pequeña ciudad de Medina -cuyos habitantes aceptaron

albergarlos- con el objetivo de refugiarse para fortalecerse y luego

retornar a su ciudad de origen. La historia confirma que tal objetivo se

cumplió. Y el retorno fue triunfal.

La elección de esta palabra, nos hace saber que antes de que la ONU redactara

su Resolución 194 -que reconoce el derecho al retorno de los

palestinos a sus tierras y sus casas de las que fueron expulsados por la

fuerza y establece la obligación de Israel de facilitar el retorno y pagar

indemnizaciones a las víctimas por pérdidas y sufrimientos-, los

palestinos tenían incrustada en sus mentes la idea del retorno. Como

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bien dijo mi hijo: “Se fueron por la fuerza, pero no para irse... se fueron

para volver”.

Como esto no está presente en la palabra Al-Nakba, otra palabra, Al-Awda -

retorno-, inseparablemente asociada a la primera, vino a completar la

idea que nos habita, que nos mantiene de pie, con la moral alta y la

determinación de resistir, generación tras generación, hasta que la

justicia se restablezca.

En cuanto a la fecha, la que mejor representa la catástrofe

palestina es el 15 de mayo de 1948, cuando los líderes sionistas

declararon el estado de Israel sobre territorio robado a los palestinos.

Poco antes de morir, mi padre soltó por fin lo que le había cerrado la garganta

por 62 años: “La injusticia, no te deja vivir... no te deja avanzar... te

deja clavado en la escena del crimen... Al-Nakba es la más grande y

duradera injusticia... Nosotros no le decíamos Al-Nakba, decíamos Al-

Hijra... Me gusta más Al-Hijra, viene con el retorno incluido”.

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1948- AL-NAKBA (LA

CATÁSTROFE) TRANSCRIBE: AMIRA SUSANA

NIETO - TUNSOL En la primavera de 1948, en el corazón del Medio Oriente, ocurro un genocidio, una

operación de limpieza étnica, conocida como “Al Nakba”, la catástrofe. 531

ciudades y pueblos fueron destruidos, niños, adultos y ancianos asesinados.

85% de la población fueron expulsados de sus tierras. 70% de este mismo

pueblo fue forzado al exilio, condenado a una vida miserable en campamientos

provisorios que perciben hasta el día de hoy.

En el primavera de 1948, en el corazón del Medio Oriente, como puesto avanzado del

imperialismo en la región, se crea el Estado de Israel.

64 años de asesinatos, de masacres, de expulsión, de exilios forzado, de manipulación

mediática y del silencio cómplice por parte de la comunidad internacional.

64 años de expansión Israelí. De la ocupación de 55% de la tierra Palestina en 1948,

con el apoyo de la resolución de partición 181 de la ONU, a 78% en el día del

hoy, Israel esta continuando su política de extensión territorial.

TRANSCRIPCION del documento en video:

1948 - AL-NAKBA (LA CATÁSTROFE) 15 DE MAYO DE 1948

Sir. Edward Grey 1916

“Francia, Gran Bretaña, estan preparados para reconocer y proteger estados árabes

independientes o una confederación de estados árabes”

La catástrofe palestina: Al-Nakba

¿Cómo sucedió esa catástrofe?

1917- Gran Bretaña traiciono la promesa hecha a los

árabes, de otorgarles la independencia una vez terminada la

dominación turca en sus países. De ahí que promulgara por

conducto de suministro de relaciones exteriores la declaración

de Balfour el 2 de noviembre de 1917, en la cual veía con

simpatía la creación de un hogar nacional judío en palestina

(Mandato Británico: Irak, Palestina y tierras jordanas.

Mandato francés: Líbano, Siria)

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Lord Balfour 1917: “el gobierno de su majestad ve con simpatía el establecimiento en

Palestina de un hogar nacional para el pueblo judío y utilizara sus mejores

esfuerzos para facilitar el logro de este objetivo Esta entendido claramente

que no se hará nada que pueda perjudicar los derechos civiles y religiosos de

comunidades no judías existentes en Palestina.”

Durante 48 años de mandato Británico, Londres dicto leyes y adopto medidas que

facilitaron la creación de ese hogar nación hasta que se convirtió en estado en

el año 1948.

En la época de la ocupación británica (1946) el número de judíos era de 56 mil es decir,

constituían el 9% de la población en su mayoría ciudadanos de países

extranjeros.

Inmediatamente terminado el mandato británico en 1948 el total de la población judía

se elevo a 605 mil habitantes debido a la

emigración tanto publica como encubierta

permitido por Londres, A pesar de la oposición

de los árabes sus resistencias y revoluciones que

llevaron a cabo.

Es así como los judíos pasaron a constituir el 30% de la

población Palestina. Que era alrededor de 1

millón de habitantes en el año de la catástrofe.

¿QUÉ PASO CON LA TIERRA? El sionismo intensifico sus esfuerzos para reclutara judíos como empleados del

gobierno. Cuando Gran Bretaña les otorgo el privilegio de explotar los

territorios que considero propiedad del estado.

Londres Creo una administración de agrimensura cuyo objetivo

era determinar la propiedad de cada terreno a precios muy altos. En

cuanto a los campesinos que cultivaban la tierra hace cientos de años

atrás y que estaban aferrados a ella, gran Bretaña los asfixio

imponiéndoles enormes impuestos que no le dejaban otro camino que

acudir a usureros sionistas para pedir créditos a cambio de hipotecar

sus tierras la que no demoraba a pasar a manos de prestamistas por

falta de pago.

A pesar de tan intensos esfuerzos, el sionismo solo logro apoderarse del 6% de la

superficie de Palestina, es decir 1681 km2 de los cuales 175 gozaban de

alquileres privilegiado a corto plazo, otorgados por gran Bretaña a los judíos,

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otros 57 rezaban como tierras no clasificadas y 1449 eran adquiridas por los

judíos directamente aun cuando no han sido registradas de forma legal.

LA PARTICIÓN ARBITRARIA Después de 28 años de cooperación con los británicos el sionismo solo pudo abarcar el

6% de la superficie Palestina (94% de la superficie

restante es árabe) aunque si logro aumentar la

población al 30% (70% era población árabe) tras

lo cual traslado todos sus esfuerzos hacia estados

unidos al adoptar como defensor al entonces

presidente Harry Truman quien se enfrento a su

ministro de relaciones exteriores para que

estados unidos presionara con todas su fuerza a

los países pequeños amenazándoles con

suspenderles la ayuda si no votaban por la

partición de palestina entre sus habitantes sus verdaderos dueños de los

inmigrantes extranjeros que ni conocían el nombre de la ciudad a la cual

llegaron.

El gran golpe para los árabes fue la aprobación de la resolución por la repartición a

palestina, la cual estipulaba la creación de un estado judío que

ocupaba el 54% del territorio Palestino y así el resto del territorio

como estado árabe incluyendo la internacionalización de Jerusalén

como una administración independiente.

ONU (asamblea resolución 181- 29 noviembre del 1947)

votos a favor: Australia, Bélgica y Francia.

Esta resolución del alto comisionado para palestina fue

adoptada por 33 votos, 3 en contra y 10 abstenciones.

Esa histórica ironía estipulo que una minoría extranjera

inmigrante impusiera le su dominio a mas mitad de palestina, es

decir; 9 veces mas de lo que poseía para emerger en ella un estado hebreo.

La ejecución del plan se inicio a Principios del mes de abril 1948, durante el mandato

británico. Todo comenzó con la vinculación de los territorios judíos seguida por

la usurpación de territorios árabes adyacentes y la expulsión de sus habitantes.

Las fuerzas judías emplearon la política de la limpieza étnica, para ello rodeaban a las

aldeas por tres flancos dejando el cuarto flanco abierto, luego reunían a sus

habitantes y escogían un numero de jóvenes para fusilarlos o quemarlos si los

encontraban escondidos en alguna mezquita, iglesia o alguna cueva, Al resto

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Revista PALESTINA DIGITAL _____________AL-NAKBA___________ Número 7 – Junio 2012

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los dejaba para que escaparan y para que transmitieran las noticias de las

atrocidades cometidas o elegían a algunos para que

realizaran trabajos forzados gratis, como recoger

las piedras casas árabes derrumbadas o cavar

tumbas para aquellos que asesinaron.

A penas termino el mandato, Israel se apodero del 13% de

la superficie palestina y expulso 400 mil personas

de 199 aldeas para anunciarles la creación de su

estado en esa porción de tierra pero sin definir su

frontera lo que propicio el saqueo sionista para

robar más tierras. La horrible catástrofe comenzó a

conocerse ya que las noticias como la matanza como la de Deir Yassin, la más

famosa, comenzara a llegar a oídos de habitantes árabes de todas las

capitales, que provoco protestas, manifestación y la condena al silencio e

indolencia del gobierno.

Luego de ello, llegaron de manera dispersa y desorganizada pequeñas fuerzas de

países árabes cuyo objetivo era proteger al pueblo palestino de esa catástrofe

en respuesta al enojo popular árabes y a las manifestaciones llevadas a cabo

en Jordania, siria y Líbano.

El total de esas fuerzas reunidas aun cuando estuvieran bajo un mando único no era

mayor a un tercio de la fuerza israelí en las ultimas etapas de la guerra, por ello

no lograron detener la expansión sionista la que se desplego rápidamente

hasta ocupar Let y Ramlet creando un puente que se extendió a Jerusalén

donde ocupo amplia superficie en galilea. Ello constituyo la primera señal de la

derrota árabe.

La ocupación de let y ramlet Fue una de las etapas mas dramáticas en la historia de

Palestina. Los que se refugiaron en mezquitas e iglesias fueron asesinados. El

resto fue expulsado por medio de las armas y aterradoras masacres. No hay

duda de que las masacres no eran mas que una estudiada política israelí a fin

de atemorizar a la población y expulsarlos para así apoderarse de sus tierras”

dicho por los sobrevivientes.

A pesar de ello occidente no quiso prestar oídos a esos testimonios ni creyó en ellos.

Con la ocupación del 78% del territorio de palestina, Israel traspasó la línea divisoria

por todos lados, es decir el 24% por encima de lo estipulado en el proyecto de

partición. El territorio árabe usurpado por Israel era 12 veces mayor al

territorio israelí desde 1948.

A nivel humano esa catástrofe dejo: 900 mil refugiados que fueron expulsados de 531

ciudades y aldeas y emigraron hacia lo que quedo de gaza al sur. Al este hacia

lo que se conoce como la rivera occidental, al norte hacia siria y el Líbano.

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La catástrofe paso a la historia como una mancha negra que costo la vida de muchos

dirigentes y gobernantes y la caída de tronos y regímenes y un precio que aun

siguen pagando millones de refugiados en palestina, sus alrededores y en el

exilio

EL REPARTO DEL BOTÍN Nunca antes en la historia moderna se había visto que una minoría extranjera

invadiera la patria de una mayoría con apoyo político, financiero y militar del

exterior, que la expulsara de su patria y le borrara sus trazos como sucedió en

palestina.

Israel distribuyo las hermosas casas de Jerusalén occidental, Haifa y otras ciudades

entre los más destacados hombres del gobierno y en el resto albergo a cientos

de miles de judíos procedentes de países occidentales. Las tres cuartas partes

de las aldeas fueron arrasadas y sus casas destruidas.

Es impresionante ver como algunos refugiados ya ancianos toman a sus hijos y nietos,

cuando se les hace posible, y van a visitar el sitio donde estuvieron las aldeas

para enseñarles su ciudad natal, cuyo recuerdo llevan grabado en el corazón.

Allí encuentran una pared por aquí y un árbol por allá que los lleva a imaginarse que su

ciudad aun esta viva, algo que solo es una realidad en sus corazones y en el de

sus hijos. Allí buscan las tumbas de sus abuelos las que encuentran dispersas o

con inscripciones de frases racistas escritas en hebreo, siguen buscando y

encuentran asombrados que las mezquitas se convertirían en un museo,

restaurant o basurero. A pesar de que hasta ahora el sionismo ha logrado

usurpar la tierra expulsar a sus habitantes dispersarlos en todas partes del

mundo lo que se ha dado a llamar exterminio geográfico a pesar de eso no

podrá jamás derrotar al pueblo palestino.

FDLP (frente democrático de liberación palestino

Ver el video

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Revista PALESTINA DIGITAL _____________Cine Palestino___________ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

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CINE PALESTINO II MCP CARACAS 2012 « MUESTRA DE CINE PALESTINO

II MUESTRA DE CINE PALESTINO DE CARACAS [13-28 JUNIO 2012]

La Muestra de Cine Palestino de Caracas celebra su segunda edición del 13 al 28 de

Junio de 2012. Festival de cine dedicado exclusivamente al cine palestino

con sede en Madrid está organizado por la asociación Handala, min Palestina.

Este año cuenta con la colaboración del Centro de Arte PDVSA La Estancia,

donde se proyectará toda la programación. Su carácter es anual y su fin es dar

a conocer la historia, la cultura y la creación palestina entre el público hispano

hablante, siguiendo los pasos de otros festivales de cine palestinos como el de

Boston o Londres. La II Muestra de Cine Palestino de Caracas 2012 está

centrada en la filmografía realizada por mujeres palestinas dentro y fuera de

su territorio. Incluye en su segunda edición 7 películas documentales, de las

cuales 6 son estrenos en Venezuela.

La Muestra de Cine Palestino surge con el objetivo de presentar

diferentes visiones para conocer la riqueza de la cultura palestina así como

crear una visión propia del conflicto árabe-israelí. Este festival de cine apuesta

por abrir un espacio de encuentro y reflexión, un espacio para el

conocimiento y el diálogo crítico en relación a la situación de Palestina, y las

condiciones de su cine en una fase aún colonial y dentro de un sistema de

ocupación. El propósito es mostrar la identidad y la cultura árabe palestina a

través del cine, no se reduce a mostrar la opresión del pueblo palestino, sino

que expone su heterogeneidad vista desde dentro, a través de la variedad de

sus prácticas, géneros e historias cinematográficas. Desde esta perspectiva, la

Muestra promociona principalmente la autor representación palestina, desde

los enfoques conceptuales y experimentales de innovación artística, hasta el

cine de lucha realista sociopolítica y activismo social.

El lugar de proyección será el Centro de Arte PDVSA La Estancia, Caracas. Ver programación

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Revista PALESTINA DIGITAL _____________Cine Palestino___________ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

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CINE PALESTINO Por: Sabah Haider

PALESTINA YA EXISTE EN EL CINE

Durante los últimos diez años una nueva oleada de cineastas palestinos ha

proyectado en la gran pantalla una identidad nacional específica. Está

relacionada más directamente con la política que otras representaciones

anteriores sobre vidas y historias de los palestinos.

Mientras la segunda Intifada (que comenzó en septiembre de 2000) estaba en su

máximo apogeo en Israel y en los territorios palestinos ocupados, la película

“Intervención divina” (“Divine Intervention”) (2002) del cineasta Elia

Suleiman, nacido en Nazaret, fue presentada a la Academia de Artes y

Ciencias Cinematográficas como película nominada al Oscar a mejor película

extranjera. La Academia la rechazó porque” Palestina no es un país”. En 2006,

cuando la película del cineasta palestino Hany Abu-Assad “Paradise Now”

(2005) fue nominada para la misma categoría, la Academia la dio por válida e

identificó su país como “la Autoridad Palestina”.

El estudioso Edward Said escribió en la introducción del libro

sobre el cine palestino Dreams of a Nation: “Toda la historia de la lucha

palestina tiene que ver con el deseo de ser visible”. Este deseo es el que ha

guiado la nueva oleada de películas palestinas en la última década. El cine

palestino se ha reinventado muchas veces en los últimos 40 años, pero las

películas que se han hecho desde la segunda Intifada, que comenzó en el año

2000, son las que han recibido atención internacional. Y no porque existan,

sino porque representan una afirmación social, cultural y política sin

precedentes.

En los últimos 10 años, miles de partidarios de la causa palestina en todo el mundo -no

sólo palestinos- han cogido las cámaras, con la ayuda de la tecnología digital,

para hacer películas sobre Palestina y la apremiante situación actual de los

palestinos. Su cine se caracteriza por el uso de hechos históricos y sociales

comunes para documentar la lucha de los palestinos, la ocupación israelí y la

identidad cultural.

Los destacados estudiosos del cine palestino Nureth Gertz y Michel Khleifi identificaron

cuatro períodos distintos en su libro Palestinian Cinema: Landscape, Trauma

and Memory. El primer período se extiende entre 1935 y 1948, el año de la

nakba (o catástrofe, utilizado para designar al éxodo de los palestinos en

1948). El segundo, “la época de silencio”, comprende de 1948 a 1967, en que

no se produjeron películas. El tercero abarca las películas del período

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revolucionario entre 1968 y 1982 -provocado por la ocupación de Cisjordania

y Gaza después de la Guerra de los Seis Días- que fueron sobre todo realizadas

por la Organización para la Liberación de Palestina (OLP) y otras

organizaciones palestinas en el exilio en Líbano. El cuarto período, que

comenzó en 1982 después de la invasión israelí de Líbano y la masacre de

Sabra y Chatila, continúa hasta la actualidad.

Nación sin estado

La Dra. Lina Khatib, experta en cine árabe y profesora en la Universidad de Stanford en

California, afirma que la relación de una película con la historia es subjetiva.

Añade que el conflicto árabe-israelí es el ejemplo más claro de un mismo

hecho histórico al que se da “diferentes interpretaciones, a menudo

contradictorias” en Hollywood y en los cines árabes. Ella opina que las

verdades construidas por cada una de las partes se producen por

determinados y diferentes contextos históricos, y que reflejan dichas

diferencias.

Las películas palestinas de la nueva oleada están inherentemente ligadas a la política.

Son construcciones cinematográficas que tratan sobre la resistencia

específica del período posterior al año 2000. La segunda Intifada es un

acontecimiento clave en la lucha palestina, punto en el cual se desarrolla

una construcción de la identidad nacional definida por los hechos históricos

y sociales ocurridos. Las películas posteriores, con una voz palestina como

alternativa al discurso dominante israelí sobre el conflicto, constituyen esta

nueva oleada.

El cine palestino es realmente un cine nacional sin estado

que representa a los 9,7 millones de palestinos social, económica y

geográficamente esparcidos por todo el mundo -aproximadamente un 74%

de los palestinos son refugiados. En los territorios ocupados, los palestinos

casi no han tenido acceso al cine: durante la primera Intifada, Israel cerró

todos los centros de entretenimiento, incluyendo los cines. El estado israelí

inmovilizó a la gente y asfixió sus esfuerzos culturales, y también prohibió las

manifestaciones públicas y encuentros culturales.

Definir el cine palestino no es fácil. En un ensayo, el cineasta Omar al-Qattan, nacido

en Beirut y educado en Gran Bretaña, plantea preguntas sobre qué le

convierte en un director de cine palestino, aparte de ser hijo de padres

palestinos. Afirma que su relación con Palestina es un imperativo ético para el

que está equipado debido al patrimonio histórico y cultural de la familia y a

las amistades con otros palestinos. Al-Qattan se mantiene firme en el hecho

de que considera “palestina a cualquier película comprometida con Palestina,

y no limita el nombre a las estrechas fronteras nacionalistas”. Adoptando la

definición de al-Qattan, se comprende que “La puerta del sol” (“Bab el

Shams”) (2005) sea considerada una película palestina, a pesar de tener un

director egipcio y financiación francesa.

Esperanza y desesperación

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Hamid Dabashi, editor de Dreams of a Nation, escribió: “La simple popuesta del cine

palestino señala hacia la disposición traumática de su origen y originalidad. El

mundo del cine no sabe muy bien cómo abordar el cine palestino,

precisamente porque surge como un cine sin estado con serias consecuencias

a nivel nacional” (1). Esto aparece quizá bien reflejado en la nueva película de

Elia Suleiman “El tiempo que queda” (“The Time That Remains”) (2009), la

última película de su trilogía palestina (las otras dos películas que componen

esta trilogía son “Crónica de una desaparición” (“Chronicle of a

Disappearance”) (1996) e “Intervención divina” (“Divine Intervention”), en la

que afirma que los espectadores tienen que considerar el hecho de que,

simplemente, “el tiempo se acaba”.

Las películas palestinas de la nueva oleada confían en hechos sociales comunes clave,

tales como la ocupación, la ausencia de un estado y la lucha por el derecho de

retorno, para construir una identidad nacional que trascienda la diáspora

fragmentada. La ocupación israelí y la opresión son representadas a través de

la descripción de los puestos de control, bloqueos de carreteras y tarjetas de

identificación. La continua ausencia de un estado y la aspiración de tener una

patria se muestran como esperanza y desesperanza -la esperanzada

búsqueda de una nación soberana; los que carecen de esperanza, como los

personajes de las películas de Elia Suleiman, sufren frustración y

desesperación. El derecho al retorno que aparece reflejado en todas estas

películas pretende eliminar la causa de su sufrimiento y volver a un estado de

paz y seguridad en el hogar.

La segunda Intifada ha permitido ver los símbolos de la

sublevación: Yasser Arafat, los puestos de control y bloqueos de carreteras, la

barrera israelí de Cisjordania y la expansión de los asentamientos. La mayoría

de las películas de la nueva oleada están ambientadas en Cisjordania donde

los palestinos viven “detrás del muro” y utilizan los pilares de la lucha -la falta

de patria, la opresión, la resistencia y el derecho al retorno. Desde el bloqueo

israelí ha sido difícil rodar películas en la Franja de Gaza, aunque el año

pasado se rodó en Gaza una película de gran alcance “Imad Aqel” (2009), que

trata sobre un combatiente de Hamás o Movimiento de Resistencia Islámico

muerto en el conflicto. Hacer una película bajo la ocupación, dentro del

bloqueo israelí, en un lugar asolado por la pobreza, era toda una hazaña,

aunque los titulares internacionales se centraron en el hecho de que la

película fue financiada y producida por Hamás. Cuatro de los actores de la

película fueron posteriormente asesinados durante la Operación Plomo

Fundido -la guerra israelí en Gaza, que duró 22 días entre diciembre de 2008 y

enero de 2009.

Un arma cultural

La idea de “coyunturas históricas específicas” de la que habla Khatib está vinculada a la

idea de identificar los “hechos sociales” esenciales clave -un término acuñado

por el sociólogo francés Emile Durkheim. Según él, los hechos sociales pueden

ser al mismo tiempo “objetivos, resistentes y persistentes”, y son la clave para

entender la voluntad colectiva o la conciencia y la identidad de un grupo.

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Durkheim define los hechos sociales como “formas de actuar o de pensar con

la peculiar característica de ejercer una influencia coercitiva sobre la

conciencia individual… Incluso los símbolos que representan estos conceptos

cambian en función del tipo de sociedad” (2).

En las películas de la nueva oleada palestina, la relación entre el cine y la realidad está

histórica y políticamente modulada para construir un arma cultural que

también actúe como resistencia. Estas películas son textos históricos de los

oprimidos.

Pocos hipsters en Londres o Nueva York son conscientes del significado político del

pañuelo palestino kufiya que compran en H&M o Top Shop. La kufiya se

convirtió en un símbolo de solidaridad palestina y de la resistencia en los

tiempos de la nakba, de forma no del todo deliberada. Fue una coincidencia

cultural. Palestina era una sociedad agraria antes de la creación de Israel, y

tanto la tierra como la agricultura son una gran parte del patrimonio cultural

palestino. Durante la nakba, cuando los sionistas arrasaron los pueblos y los

palestinos huyeron, los pueblos rurales fueron lo primero que fue destruido.

Los que huyeron fueron los agricultores, que llevaban la kufiya para

protegerse del sol en verano y del frío en invierno en los campos y olivares. La

kufiya es un símbolo recurrente en el nuevo cine palestino.

Otros símbolos son el mapa original de Palestina (antes de

1948), la tierra y la bandera palestina. La historia demuestra que, como seres

humanos, nos apoyamos en los símbolos para proyectar nuestra identidad

cuando nuestras voces y acciones no pueden (en Francia, el día de la Toma de

la Bastilla no sería lo mismo sin la bandera francesa); la bandera palestina es

el símbolo más importante de la solidaridad, la resistencia y el nacionalismo

en las películas de la nueva oleada.

Por ejemplo, “Intervención divina” (“Divine Intervention”), de Suleiman, y “Paradise

Now”, de Abu Assad, dependen de relacionar el ambiente de la ocupación

israelí y el paisaje de los territorios ocupados con los personajes; les da un

contexto, convirtiéndose además en una parte de la historia. En la secuencia

de lucha fantástica de Divine Intervention, la novia del protagonista va

cubierta con una kufiya cuando lucha contra los soldados israelíes, y los

destruye. Sin la kufiya, la secuencia podía haberse leído entre líneas como

feminista. Sin embargo, ocultando su identidad con la kufiya, ella se convierte

en un símbolo de la resistencia palestina.

Ambas películas identifican un objetivo colectivo de retorno a la patria. Pero

”Intervención divina” (“Divine Intervention”) se puede interpretar como una

alegoría del fracaso de la aspiración nacional, mientras que “Paradise Now” se

puede entender como una extendida alegoría alcanzar una determinación. En

la película “La sal de este mar” (“Salt of this Sea”) (2008) de la cineasta

palestino-estadounidense Annemarie Jacir, el personaje principal, Soraya, es

una joven y rebelde estadounidense nacida en Brooklyn, que pertenece a la

tercera generación de refugiados palestinos. Ella va en busca de su casa

solariega en Jaffa (actualmente en Israel) para aceptar su identidad personal y

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la historia familiar, y anhela recuperar la casa de su familia. Como dijo el

historiador Issam Nassar: “El éxodo y la expulsión forzada de los palestinos en

1948 y la construcción de los campos de refugiados en todo el Oriente Medio

estableció el contexto para la transformación de los antiguos locales

palestinos y las afiliaciones comunales en nacionalistas” (3).

Los cineastas de la nueva oleada han conseguido construir una identidad nacional

palestina que trasciende la diáspora fragmentada; han hecho del cine un

medio clave para la documentación y la preservación de la historia de su

lucha. Fundamentalmente, conservan el dialecto árabe palestino -lo cual no es

fácil, teniendo en cuenta la dispersión geográfica de la comunidad. La

periodista árabe-estadounidense Nana Asfour afirma: “Lo que une a las

películas palestinas es el idioma -el árabe palestino-, el tema -la vida de los

palestinos- y el deseo de cada director de retratar su propia visión sobre lo

que significa ser palestino” (4).

Hace poco conocí a Elia Suleiman en Beirut mientras promocionaba su nueva

película “El tiempo que queda” (“The Time That Remains”), que se estrenó en

Cannes el año pasado. Sugirió que valía la pena considerar la multiplicidad de

las voces de los cineastas palestinos. “No sé si el microcosmos del conflicto

árabe-israelí es un reflejo del mundo, o si el mundo es un microcosmos de

Palestina. A nivel mundial, Palestina se ha multiplicado y ha creado muchas

Palestinas. Creo que si nos fuéramos a Perú, también encontraríamos allí a

una Palestina en estado grave”.

Sabah Haider es periodista y cineasta afincado en Beirut. Realiza talleres de cine para

jóvenes palestinos en campos de refugiados en Palestina, Jordania, Líbano y

Siria.

(1) Hamid Dabashi, ed, Dreams of a Nation: On Palestinian Cinema, Verso, Londres,

2006, p 7.

(2) Emile Durkheim, The Rules of Sociological Method, The Free Press, University of

Chicago, 1938.

(3) Issam Nassar, “Reflections on Writing the History of Palestinian Identity”,

Palestine-Israel Journal of Politics, Economics and Culture, 8:4/9:1, 2001.

(4) Nana Asfour, “Reclaiming Palestine, One Film at a Time”, Cineaste, New York,

verano de 2009.

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CINE PALESTINO

Por Anna Petrus

MUESTRA DE CINE PALESTINO. EL CINE DESBORDADO

En el cine palestino no hay películas sin lágrimas y, como las capas dolorosas del

paisaje que son imposibles de capturar dentro de los márgenes de un

fotograma, esas lágrimas desbordan la pantalla. No existe un cine que sea

capaz de abarcar un mar semejante, aunque lo intente.

“Amputa las manos.

Las amputaciones no impiden que las lenguas denuncien la injusticia.

Cercena las lenguas.

Los cercenamientos no impiden que los ojos vean la injusticia.

Ciega los ojos.

La ceguera no impide que el aliento susurre la injusticia.

Asfixia el aliento.

Al final, encontraré la paz que añoro”

Abdul Rahim

¿Cómo podríamos imaginarnos un cine verdaderamente palestino sin enlazarlo

inevitablemente al curso doloroso de su historia reciente? Si pudiéramos

preguntárselo a Serge Daney seguramente nos respondería que eso es

imposible. Que el alcance de la tragedia del pueblo palestino impide que su

cine pueda desentenderse de ella. ¿Cómo son, pues, las imágenes que

generan sus cineastas? ¿Cuáles son sus colores, las formas que se trazan en

ellas, sus paisajes, sus tiempos o las palabras con las que intentan entender el

destino de su pueblo? Hay imágenes televisivas del conflicto palestino-israelí

que son excesivas y recurrentes, y a las cuales nos hemos habituado. Son

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imágenes parciales, sesgadas, a menudo tendenciosas y que en poco o nada

se asemejan a lo que el cine palestino querría ofrecer puesto que el tiempo

propio del telediario fricciona con el tiempo propio de su cine y el paisaje,

devastado, frágil e irreconocible, contiene un dolor que la cámara televisiva

no consigue capturar. En los años setenta, el cineasta sirio Mohammed

Malas, rodó las películas Konaytra 74 (Quneitra 74, 1974) y Al Zakira (La

memoria, 1977) donde buscaba las huellas de la invasión israelí durante la

guerra de 1948 en el pueblo de Quneitra (Siria). Veinte años más tarde, su

amigo y también cineasta Omar Amiralay rodaba Tabaq al Sardine (El plato de

sardinas, 1997) otra vez en el pueblo de Quneitra y para filmar de nuevo las

ruinas de la catástrofe del 1948. En la película incluía imágenes del film de

Mohammed Malas y éste aseveraba que la realidad no podía proteger la

memoria y la cultura de los pueblos pero que, en cambio, si podía hacerlo el

cine. La aseveración de Malas resume de alguna forma el drama palestino y la

forma como éste desea crear su imaginario cinematográfico. También lo

resume su película puesto que en ella una mujer recorría los espacios vacíos y

fantasmales del pueblo en busca de alguna huella que le devolviese un

pequeño destello de un tiempo y un paisaje perdido, destruido y olvidado

bajo los escombros. La mujer intentaba una y otra vez, y sin éxito alguno,

volver a hacer habitables las ruinas de la casa donde había vivido antes de la

invasión.

La primera muestra de Cine Palestino que pudo verse en Barcelona, Palma de Mallorca

y Valencia entre el 28 de octubre y el 1 de noviembre propuso un interesante

recorrido por el cine palestino que se ha rodado en los últimos años

coincidiendo con el sesenta aniversario de la “Nakba” (catástrofe en árabe) o

la guerra árabe-israelí. Programada a partir de tres ejes – Mujer, Vivir Bajo la

Ocupación y El Rostro de la Nakba – la muestra contó con películas de la

realizadora Mai Masri – galardonada en la última edición del Festival de

Valladolid con el primer premio Ex Aequo por su último trabajo 33 Yaoum (33

días, 2007)-, de Eyal Sivan – a quien el festival de l’Alternativa dedicó una

retrospectiva en 2006 -, y del conocido actor palestino Mohammed Bakri,

entre otros. Me atrevería a escribir que las películas que allí pudieron verse se

dividen entre las combativas y las utópicas, entre las que se guían únicamente

por la necesidad de comprender y las que además muestran un deseo de

conciliación. Aun así, es cierto que en ambas domina el sentimiento de

enfrentarse a lo inabarcable, de capturarlo mediante las palabras, los gestos,

las arrugas de los rostros y un paisaje que, en realidad, ya no pertenece a

nadie puesto que las capas de la historia y del dolor han cristalizado

condenándolo a seguir el curso del tiempo con toda esa carga, sin poder

desprenderse de ella . Es así como inevitablemente el cine palestino acaba por

desbordarse.

Mientras en Frontiers of dream and fear (Mai Masri, 2001), Paradise Lost (Ebtisam

Mara’Ana, 2003) y Palestine Blues (Nida Sinnokrot, 2006), el cine cede su

espacio a las tragedias personales de los hombres y mujeres que intentan

comprender a través de la denuncia el motivo de la catástrofe, de la

ocupación palestina, de la confiscación de sus tierras, de las prohibiciones y,

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en definitiva, el sentido de su existencia; Jenin, Jenin (Mohammed Bakri, 2002)

– el comprometido documental que fue condenado y prohibido por el

gobierno israelí- , Desde que te fuiste (Mohammed Bakri, 2003) y la epopeya

cinematográfica que supone Route 181, fragments of a journey in Palestine-

Israel (Ruta 181, fragmentos de un viaje entre Palestina-Israel; Michel Khleifi y

Eval Sivan, 2003) muestran el sincero deseo de los cineastas que toman sus

imágenes de encontrar una salida al conflicto, un lugar-tiempo para la paz, un

lugar-tiempo donde árabes y judíos convivan de algún modo sin que la muerte

los desgarre.

Fue a través de la secuencia de Abraham Bomba, el barbero judío que Claude

Lanzmann entrevista en la monumental Shoah (1985), donde el cine aprendió

que la irrupción de unas lágrimas en un rostro pueden contener el dolor de un

pueblo entero. En el cine palestino no hay películas sin lágrimas y, como las

capas dolorosas del paisaje que son imposibles de capturar dentro de los

márgenes de un fotograma, esas lágrimas desbordan la pantalla. No existe un

cine que sea capaz de abarcar un mar semejante, aunque lo intente. Son las

lágrimas de las niñas Manar y Mona en Frontiers of dream and fear; las de

Suaad, la heroína de Ebitsam Mara’Ana quien consiguió rehacer su vida en

Londres después de haber sido encarcelada por el ejército israelí por haber

izado la bandera palestina en Paradise Lost; las del campesino de Palestine

Blues; las del médico que vio, impotente, como mataban a su hijo en Jenin,

Jenin; las de las madres de los jóvenes palestinos arrestados en Route 181,

fragments of a journey in Palestine-Israel; y tantos otros. Ante esta magnitud

la cámara no puede sino enmudecer para entregarnos los tímidos destellos de

un dolor que en realidad es grande, enorme, monstruoso. Y que, sin duda, no

tiene lugar en la ficción. Aunque sea el actor palestino Mohammed Bakri el

que interprete Private (Domicilio privado, Saverio Costanzo, 2004), esta

producción italiana- también proyectada durante la muestra- contiene todas

las contradicciones en las que previsiblemente pudiera caer una película que

trata el conflicto palestino-israelí desde Europa. Es por ello que se trata de

una película incómoda, que no es capaz de cuestionarse los límites éticos de la

gramática clásica utilizada para anticipar el terror de la ocupación o para

mostrar el miedo, y que muestra las lágrimas de sus actores sin suscitar

reflexión alguna sobre la inmensidad de las lágrimas vertidas en la realidad o

sobre su enorme sentido político – y cabe recordar aquí que en el cine

palestino hay lágrimas porque hay política -. Existe sin duda una distancia

insalvable entre el Mohammed Bakri que interpreta en Private y el

Mohammed Bakri que filma con esperanza lo que le rodea en Jenin, Jenin y

Desde que te fuiste.

No solamente el paisaje y las lágrimas desbordan el cine palestino. Hay otras cosas,

como los niños que hablan de armas y de política, no como niños sino como

adultos, o las palabras, que no pueden ser abarcadas por las imágenes, ni tan

siquiera por las películas enteras. También fue Lanzmann quien, con Shoah

(1985), nos enseñó que la palabra es el único medio para conocer, para

comprender y para ordenar. En el cine palestino la palabra no solamente es

primordial sino que, de hecho, las películas no se conciben si no es a partir de

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ellas. Palabras que cuentan, que explican, que diseccionan, que cuestionan,

que maldicen, que aseveran, que ruegan, que gritan, que recitan, que

susurran….que buscan en definitiva un por qué. Route 181, fragments of a

journey in Palestine-Israel es en este sentido la propuesta más ambiciosa

puesto que, durante 270 minutos, los dos autores de la película – uno

palestino, el otro israelí-recorren Palestina-Israel del sud al norte,

entrevistándose con la gente que van encontrándose en el camino, sean

judíos o sean árabes. Aunque los dos cineastas tienen una implicación directa

con el conflicto, es cierto que la película muestra una cierta distancia con los

personajes entrevistados. Hay una influencia muy reconocible en la forma de

filmar y montar las imágenes que relacionamos directamente con Claude

Lanzmann pero también con la Chantal Akerman de De l’autre côté (Del otro

lado, 2002) y que tiene como consecuencia que lo que en otras películas

sentimos como muy cercano aquí se hiela y se aleja de nosotros aun

mostrándonos los mismos lugares, las mismas personas, el mismo conflicto.

¿Dónde reside, pues, la belleza del cine palestino? De hecho, ¿hay belleza en ese cine?

Es otra vez Mohammed Bakri quien intenta buscarla en Desde que te fuiste a

través de un monólogo dirigido a su amigo muerto, Emil Habibi – escritor y

político palestino quien fue su mentor – y aunque, una y otra vez, la realidad

destruya su cometido. Tal y como han entendido cineastas israelís que se han

comprometido de una manera u otra con la causa palestina- Amos Gitaï o Avi

Mograbi – no puede haber imágenes bellas en un lugar-tiempo en que TODO

podría resumirse con la palabra dolor. Es por ello que, en última instancia, es

la impotencia lo que desborda el cine palestino. Como en Jenin, Jenin, durante

esa conversación que mantiene un comerciante en medio de la calle a través

de un zapato que simula ser un teléfono móvil y en la cual invita a George

Bush que vaya a verlos, o a través de esa niña que explica, dejándonos

aterrorizados, que su sueño es poder torturar a Ariel Sharon.

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CINE PALESTINO

Eva Chaves

Palestina reportaje

RODAJE BAJO LA OCUPACIÓN

Cortometrajes y documentales son los protagonistas del

cine palestino, que se abre paso en el exterior, pese a las

dificultades de rodar películas en un territorio ocupado.

Un nuevo cine ha nacido en Palestina

desde la llegada de la era digital. La cámara analógica y la

difusión a través de internet son los instrumentos que han

permitido un giro en el cine palestino. Junto a un pequeño

número de películas de éxito internacional como

Intervención divina (2002) de Elia Suleiman o La boda de

Rana (2002) y Paradise Now (2005), ambas de Hany Abu Asad, los

cortometrajes y documentales palestinos llenan los carteles de los festivales

internacionales.

Detrás de la cámara-reacción está una nueva generación de jóvenes cineastas

independientes que siente la necesidad de contar cómo la ocupación afecta

cada día a sus vidas y de incitar, con sus historias particulares, a la reflexión.

Saben que la cultura visual de la pantalla es el medio de comunicación más

efectivo e importante y se encuentran con el apoyo de productoras de bajo

coste local o fundaciones sin ánimo de lucro. La revolución de internet les

permite, además, difundir su cine independiente con pocos recursos

económicos, dándose a conocer de manera rápida y fácil en la escena

cinematográfica local e internacional.

El corto está siendo el protagonista de la imagen de “ficción” de la vida en Palestina

mientras el documental es testigo directo de ésta. Por eso la distancia entre

ambos en cuanto a ficción y género documental se refiere es escasa ya que ni

uno ni otro pueden desgarrarse de la realidad social de la ocupación, como

tampoco lo hacen los largometrajes. Son, al fin, registros documentales de lo

que sucede.

Un ejemplo del fenómeno de la gran realización de cortos y documentales palestinos

son las 27 películas que acaban de proyectarse en el Festival de Cine Palestino

de Chicago, de las cuales sólo una es un largometraje: La sal de este mar, de la

polifacética Annemarie Jacir, película que está recibiendo una gran acogida

por parte del público y de la crítica.

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La escasez de largometrajes responde al hecho de que llevar a cabo un gran rodaje en

Palestina sigue siendo una ardua tarea, totalmente imposible si no se cuenta

con una producción extranjera (como en el caso de La sal de este mar) y en la

mayoría de los casos israelí.

Palestina no cuenta con las infraestructuras necesarias para un rodaje. Por eso

hablamos de cine palestino pero sólo en términos de dirección y no de

producción. Los directores palestinos más importantes —Elia Suleiman, Hany

Abu Asad o Michel Khleifi— pertenecen a la generación de los “árabes del 48”

(es decir, no expulsados durante la guerra de la independencia de Israel) con

nacionalidad israelí y por ley y muy en contra de sus deseos, deben aceptar la

participación israelí en la producción, guión o interpretación, incluso cuando

el rodaje tiene lugar en los territorios ocupados.

En definitiva, si no cuentas con dinero y contactos extranjeros, la posibilidad de hacer

cine en Palestina por palestinos es realizar un corto o un documental con

tecnología digital.

Centros culturales y cinematecas

Afortunadamente, las opciones de ver este cine en Palestina son cada vez mayores

aunque lo fueron mucho más en las décadas anteriores a la Intifada.

Posteriormente, las proyecciones cesaron debido a la ocupación, que

destruyó la vida social en Palestina, y a motivos económicos y políticos. Los

famosos “Cine Dunia” y “Cine Walid” de Ramala cerraron sus puertas cayendo

en el olvido y lo mismo ocurrió con casi todas las salas de cine o centros

culturales de las grandes ciudades.

El cine palestino refleja la dura realidad de la vida bajo la ocupación

Hoy día, la Cinemateca-Teatro Qasba de Ramala se ha convertido en el lugar más

moderno y el único de proyección de películas de la ciudad. Las salas de este

teatro y el Palacio de Cultura pueden considerarse el punto de referencia de

cine del centro de Palestina. Pero además, en Gaza, Cisjordania y Jerusalén

hay clubes, teatros y centros socioculturales que proyectan películas de todo

tipo y organizan con asiduidad festivales y ciclos, cubriendo así la falta de

salas.

Paralelamente a este cine no comercial hay un gran número de cines populares que no

desaparecieron bajo la ocupación. En estos cines las cintas de video y dvd son

el material alternativo y compensatorio para sesiones de evasión.

Más allá de sus fronteras, los festivales de cine internacionales tanto del mundo árabe

como fuera de éste, también se multiplican en un afán por promocionar el

cine palestino. En el caso de Europa y América la celebración de festivales

exclusivos de temática palestina generalmente viene de la mano de cineastas

palestinos que emigraron a Europa o América, como ocurre con los festivales

de Londres, Nueva York o Chicago.

La presencia de la cámara palestina es igualmente considerable en los festivales de

cine árabe independiente, como en el Festival de Cine Euro-Árabe Amal, en

cuya última edición un tercio de los cortometrajes eran palestinos.

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CINE PALESTINO EL DÁTIL AMARGO

UNA PELÍCULA DE JEEHAD SHARKAWI - GAZA - PALESTINA

Traducción: Abdo Tounsi - TunSol

El director:

Narra los recuerdos de mi bella madre que tiene ya 86 primaveras. Son sus historias

desde que nació en Jaffa en Palestina en 1926 en tiempos del Mandato

británico, ella recuerda las revueltas de 1936 y cuando tuvieron que salir

obligados de su ciudad al declarar el Estado de “Israel” es decir Al-Nakba (la

catástrofe) 1948 y también narra la ocupación del resto de Palestina en 1967,

la marcha de los hijos… A pesar de todos estos años ella mantiene la

esperanza de volver a su casa en Jaffa… También a pesar de lo duro que han

sido estos años, la división, entre los hermano árabes, a pesar del bloqueo y

vivir sin ver a sus hijos cerca de ella.

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Introducción:

Aquí en la ciudad palestina de Jericó y desde más de doce mil años de historia, el

hombre empezó dando sus primeros pasos para construir el planeta tierra.

En aquellos tiempos se organizó la primera sociedad que se conoce en la historia,

poniendo los cimientos de la primera civilización de la humanidad… aquí sobre

la tierra palestina y en concreto en Jericó. Mientras el resto de la humanidad

estaba todavía en la prehistoria más profunda, Jericó y su civilización

construían casas de piedra y también fortalezas… Lo contrario que los

hombres de otras zonas que vivían como cazadores o lo que la naturaleza le

dejaba para alimentarse… En cambio en Palestina se cultivaba el trigo y se

hizo el pan por primera vez en la historia del hombre, de esto hace ya nueve

mil años.

No lejos de este lugar, los fenicios inventaron el abecedario y los palestinos y los

cananeos descendientes de los fenicios inventaron los números por primera

vez. Palestina que ofreció a la humanidad la primera civilización fue también

tierra de los profetas y sus religiones que llevaban un mensaje de paz y el

amor al prójimo, pero esta Palestina que extendió la paz entre los hombres,

no pudo disfrutar de ella desde que David mató a Goliat, viendo tiempo de

sangre y sufrimiento.

Jericó que dio al mundo la primera civilización, en todos sus aspectos tal como: el

cultivo del trigo, y fabricar pan; construir casas; las fortalezas de piedras, fue

destruida y quemada a manos de Josué (es el sucesor de nuestro señor

Moisés) y sus soldados descarriados después de la muerte de nuestro señor

Moisés que murió sin alcanzar Palestina.

Cerca de los campos de trigo que vieron los primeros brotes de los granos de trigo

cultivados por el hombre, y en las orillas del norte del mar Muerto,

desemboca el rio Jordán, al que se le conocía por el río más rápido del mundo

donde se bautizó a nuestro señor Jesucristo la paz sea con él.

Pero y después de nueve mil años de producir el trigo y el pan por primera vez para la

humanidad, y después de más de tres mil del asesinato de Goliat a manos de

David y después de dos mil años del bautizo de nuestro señor Jesús… sigue

esta tierra fértil de Palestina sufriendo y se le usurpa a sus dueños,

construyendo en ella asentamientos y desecando el río Jordán al que le

calificó Herodes por río más rápido del mundo. Mientras tanto ya no hay agua

limpia para los campos de trigo en Jericó ni para el lugar donde fue bautizado

el señor.

…Y SIGUE LA LUCHA EN LA TIERRA DE LOS MENSAJES DIVINOS.

JEEHAD SHARKAWI

Page 68: Revista PALESTINA DIGITAL - Junio 2012

PALESTINA, TIERRA Y PUEBLO

EL PUEBLO PALESTINO Llamado habitualmente palestinos o árabes palestinos, es un pueblo árabe con orígenes familiares en la

región histórica de Palestina. Aproximadamente sólo la mitad de su población habita en la zona que

considera históricamente su origen; el resto viven en la diáspora, después de la creación del infame

Estado sionista llamado “Israel” fueron expulsados de sus tierras y casas a la fuerza, bajo matanzas y

amenazas de grupos terroristas del movimiento sionistas.

POBLACIÓN Su población total, incluidos refugiados y desplazados, se estima en unos 10 millones de personas, de los

cuales aproximadamente la mitad continúa viviendo en la región histórica de Palestina, un área

aproximada que abarcaba las actuales Palestina usurpada en 1948 “Israel”, Cisjordania, la Franja de

Gaza. El resto, aproximadamente la otra mitad de todos los palestinos, constituyen lo que se conoce

como la diáspora palestina, la mayoría de los cuales son refugiados apátridas que carecen de ciudadanía

en algunos países. Más de dos millones y medio de ellos viven en la vecina Jordania, un millón es

compartido entre Siria y el Líbano, y un cuarto de millón en Arabia Saudita, siendo el medio millón de

Chile la mayor concentración fuera del mundo árabe.

Page 69: Revista PALESTINA DIGITAL - Junio 2012
Page 70: Revista PALESTINA DIGITAL - Junio 2012

Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

DENUNCIANDO AL SIONISMO

DESENGANCHARSE DEL SIONISMO POR:

*KRISTOFFER LARSSON Traducido para Rebelión por J. M. y revisado por Caty R.

En 2009, el Consejo de los Derechos Humanos

nombró al juez sudafricano Richard Goldstone

para dirigir la misión de investigar posibles

crímenes de guerra israelíes cometidos en Gaza

durante la Operación Plomo Fundido. Aparte de

ser un juez muy respetado, a Richard Goldstone

no se le podía tildar de antisemita, dado su

origen judío.

Goldstone probablemente no tenía idea de lo que

le esperaba. Después de cumplir la misión y

publicar sus hallazgos y conclusiones, el juez se

convirtió rápidamente en la víctima de una feroz

campaña de difamación. El ministro de

Información israelí dijo que el Informe Goldstone

era "antisemita". Alan Dershowitz, profesor de

Harvard, informó a los oyentes de la emisora de

radio del ejército de Israel de que Goldstone era

"un diablo, un hombre endiablado" y "un traidor

absoluto”, “un hombre que usa su lengua y sus

palabras contra el pueblo judío”. Después

Dershowitz se disculpó por llamar a Goldstone

traidor, diciendo que pensaba que el término

moser (en hebreo informante, delator)

significaba "monstruo" (como si esa traducción

fuera menos dura).

"Escribí a la emisora, retractándome de mi

palabra ‘traidor’", dijo Dershowitz en Forward,

"pero si me pregunta qué siento en lo profundo

de mi corazón y de mi alma, creo que es la

palabra justa que lo caracteriza, a la luz de la

forma en que ha utilizado su condición de judío,

como un escudo y una espada. Ya sabes, si el

zapato encaja…"

Al final fue demasiado para el juez sudafricano.

Trató de retractarse de las partes del informe del

que es coautor y defendió públicamente a Israel

de "la calumnia del apartheid". Y si decimos la

verdad, parece que nunca se ha desvinculado del

sionismo. Sin embargo el daño ya se hizo, y la

mayor parte de la comunidad judía simplemente

ya no confía en él.

Llegué a pensar en el destino de Goldstone,

mientras leía Beyond Tribal Loyalties: Personal

Stories of Jewish Peace Activists, una antología

hecha en colaboración por 25 activistas judíos

que viven en diferentes partes del mundo y que

ven el conflicto desde el punto de vista palestino.

Para la mayoría de los judíos criticar a Israel

tiene un precio, familiares y amigos judíos lo

consideran como una traición a la patria, se les

acusa de “auto-odio” y en algunos casos, incluso,

de preparar el camino para un nuevo holocausto.

Pero estas historias no tienen que ver

principalmente por el precio que tienen que

pagar por su activismo, sino por las travesías

personales que los llevaron de ser -en muchos

casos- desde totalmente acríticos con Israel y el

sionismo a defensores de los derechos palestinos.

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Page 71: Revista PALESTINA DIGITAL - Junio 2012

Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

El libro está editado por Abigail Abarbanel, una

psicoterapeuta residente en el Reino Unido.

Nacida en Israel en 1964, Abarbanel se crió en

una familia abusadora y estuvo -como la mayoría

de los israelíes- completamente ciega ante los

palestinos y su sufrimiento. En cambio, el tema

omnipresente era el sufrimiento judío. Durante

sus años escolares el temor a otro holocausto se

"planteó y debatió en repetidas ocasiones" y “le

enseñaron que todo el mundo, incluidos los

árabes, nos odiaban por el hecho de ser judíos”. A

pesar de que los palestinos constituyen una

quinta parte de la población de Israel, ella nunca

entendió quiénes eran, y recuerda:

Estaba resentida con los países árabes que nos

rodean y con nuestro "enemigo interno" -o la

"quinta columna" como se llama a los

ciudadanos palestinos de Israel-, y pensaba que

querían "arrojarnos al mar". Estaba resentida

con el mundo que parecía no entendernos, que

estaba contra nosotros todo el tiempo y que la

única razón era nuestro judaísmo. Yo no

entendía por qué "ellos" no podían dejarnos en

paz. Pensé que la razón de nuestro sufrimiento, la

ansiedad y la inseguridad estaban fuera de Israel.

Como todos los demás tenía endurecido mi

interior, acosado e inseguro.

Después Abarbanel abandonó Israel para ir a

Australia, donde se graduó en psicoterapia. Como

estudiante se vio obligada a examinar su pasado.

Esto, junto con la lectura de The Iron Wall –El

muro de hierro- de Avi Shlaim, la llevó a

renunciar a su ciudadanía israelí y, finalmente, a

rechazar el sionismo por completo.

Ronit Yarosky tampoco era consciente de quiénes

eran los palestinos. Su familia salió de Montreal

para ir a Israel cuando ella tenía 14 años. Hizo el

servicio militar y la destinaron a Cisjordania. Los

residentes palestinos eran el trasfondo del

escenario, estaban allí, aunque no importaban.

En las ciudades y pueblos de Cisjordania donde

estuvo como soldado "no tenían nombre para mí,

‘simplemente’ eran ciudades árabes, y por lo

tanto carecían de importancia en mi vida",

recuerda.

La conversión de Yarosky comenzó cuando

estaba trabajando en su tesis de maestría de

regreso en Canadá. No fue hasta que leyó a

Benny Morris, The Birth of the Palestinian

Refugee Problem -El nacimiento del problema de

los refugiados palestinos- cuando se dio cuenta

de que los asentamientos judíos se establecieron

sobre las ruinas de aldeas árabes, y de que su tío

estaba viviendo en una casa palestina. Cuando

habló de esto con su madre, ésta contestó:

"Bueno, obviamente”. Pero para Ronit los hechos

recién descubiertos cambiaron su vida y después

ya no podía hacer la vista gorda sobre lo que

sucede a los palestinos.

Para otros como Peter Slezak, el sionismo como

tal no parece que fuera importante en su

infancia. Como judío en Australia ya se sintió

como un extraño en la escuela primaria. Y con la

mayoría de sus parientes sobrevivientes del

Holocausto, la advertencia de la Hagadá de que

"en cada generación, ellos [es decir, los no-judíos]

se levantan contra nosotros para

exterminarnos....", es fácilmente convalidada.

Slezak, igual que muchos otros judíos, se

preocupaba porque todos los gentiles

necesariamente albergan sentimientos

antisemitas, una preocupación que tuvo durante

muchos años y superó definitivamente. En lugar

de considerar el Holocausto como un crimen

contra los judíos y una prueba de por qué es

necesario un Estado judío, ve un mensaje

universalista de “nunca más”. Algunos amigos

judíos incluso han cortado todos los lazos con

Selzak, y según sus propias palabras terminó

"convirtiéndose en un paria en mi propia

comunidad" debido a su activismo pro palestino.

Esta cultura de la intolerancia está

perfectamente expresada por el músico

estadounidense Rich Siegel cuando él mismo se

describe como "un sobreviviente de culto”. Hay

algo "muy equivocado respecto a Israel y la

cultura que lo sustenta", escribe. Siegel debe

saber. Era un sionista ardiente en su

adolescencia, hasta el punto de que fue por las

calles protestando por la aparición de Arafat en

la ONU en 1974, mientras cantaba las letras de

canciones como "Vamos a matar a los sirios".

Para Siegel, la imagen de un inocente Israel

amenazado por el odio de los árabes hacia los

judíos comenzó a agrietarse mientras esperaba a

su esposa fuera de una estación de tren en Rhode

Island en 2004. Algunos activistas tenían un

puesto de libros fuera de la estación y él se

detuvo con atención en el libro de Phyllis Bennis

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

Understanding the Palestinian-Israeli Conflict: A

Primer. Se quedó sorprendido después de leer

acerca de judíos que masacraban a los árabes en

Deir Yassin, algo de lo que nunca había oído

hablar. Siguió leyendo libros sobre el conflicto y

llegó a entender lo que representa el sionismo.

Algunos de sus amigos y familiares ya no forman

parte de su vida, pero no se arrepiente.

Hasta aquí sólo presenté atisbos de algunas de

las 25 contribuciones, pero todas merecen una

lectura integral. Como gentil, también me es

difícil sin referirme al carácter sagrado del

Estado judío. Sin embargo, todas las personas y

culturas tienen sus tabúes que hay que respetar

sin correr el riesgo de ser cuestionados,

perseguidos o excomulgados. A nivel personal,

todos arrastramos nuestros demonios internos

hasta que tenemos el valor de enfrentarnos a

ellos.

No es de extrañar que el miedo sea un tema

recurrente en las historias. El sionismo se nutre

de miedos, el miedo a que los árabes maten a los

judíos sólo por lo que son; el miedo del mundo

gentil que no entiende a los judíos, porque hay un

antisemita en cada gentil. Solamente haciendo

frente a sus miedos los judíos podrán

desengancharse del sionismo.

En el epílogo Abarbanel escribe que se empeñó en

encontrar un denominador común de los 25

colaboradores. Pero al final encontró una cosa

que todos compartimos, lo que ella llama "la

resiliencia emocional” y la define como "la

capacidad de tolerar sentimientos incómodos sin

evitarlos ni intentar que desaparezcan", y añade

que incluye "la capacidad de tolerar la

experiencia de la desaprobación, de disgustar a

otros e incluso del rechazo de los demás,

incluidos familiares y amigos cercanos”.

Simplemente tener la valentía de defender las

creencias sin que importe el precio.

Esto es lo que hace que el libro sea muy

inspirador. 25 historias escritas por personas que

luchan porque sienten lo que se supone que no

deben sentir, porque hacen cosas que

presuntamente no deberían hacer. Ellos tienen la

capacidad de una recuperación emocional y el

sentido de la justicia del que carece Richard

Goldstone.

*Kristoffer Larsson estudia Economía en una

universidad sueca. Es licenciado en Teología y

forma parte del Consejo de Administración de

Deir Yassin Remembered. Contacto: krislarsson

@comhem.se.

Fuente: http://dissidentvoice.org/2011/12/disengaging-from-zionism/

En un mensaje a este editor la escritora Abigail Abarbanel una judía psicoterapeuta

residente en el Reino Unido editora del libro “Más allá de las lealtades tribales” Me decía:

“También soy anti-sionista y que a mi modo de ver, es inmoral crear un Estado

exclusivamente judío a expensas de otro pueblo. Veo el proyecto sionista como un proyecto

colonial. Es inmoral como todos los otros proyectos coloniales en la historia. Gracias de

nuevo”

La lucha de los disidentes del Estado sionista denunciando las prácticas de Apartheid, es

admirable porque nadan contra una corriente muy fuerte dentro de este Estado que su gente

se divide entre sionistas y cómplices con el sionismo por conveniencia.

Abdo Tounsi - TunSol

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

DENUNCIANDO AL SIONISMO

CUANDO SE CUMPLEN 64 AÑOS SIN DERECHO A

RETORNO POR: PIERRE KLOCHENDLER

LIFTA, Israel, 14 may (IPS) – “Allí está el inicio de

mi vida. Mi padre convocaba a la plegaria ‘Allahu

Akbar’ y toda la aldea lo escuchaba”, dice el

palestino Yacoub Odeh, de 72 años, señalando

una casa destruida en lo alto de una colina

jerosolimitana.

Entonces Odeh tenía ocho años. Ahora, 64 años

más tarde, evoca la Naqba, “gran catástrofe” que

recayó sobre el pueblo palestino durante la

guerra que condujo a la creación del estado de

Israel.

Cientos de miles huyeron de sus hogares o fueron

expulsados por las fuerzas del país naciente y,

como Odeh, se convirtieron en refugiados.

La aldea de Lifta languidece en medio de las

ruinas esparcidas entre Jerusalén occidental,

israelí, y oriental, ocupada por Israel. Para

muchos palestinos, el lugar simboliza el recuerdo

de la tierra perdida y la falta de un estado

propio. Allí, Odeh vuelve a sentir la libertad y la

paz.

Allí, entre las murallas seguras de su infancia,

acaricia con cariño las piedras vivientes. “Por

nuestra puerta entraba el sol matinal”, relata.

Muchas casas todavía están majestuosamente en

pie. Todo lo que queda de la de Odeh es un hinojo

silvestre y muros medio enterrados.

Antes de la guerra de independencia de Israel,

Lifta era una aglomeración de 500 hogares, una

comunidad rica de 3.000 personas que vivían en

armonía.

“El manantial, los jardines, los campos, la

mezquita, la prensa de las aceitunas… Así era mi

mundo”, recuerda. En sus oídos todavía suena el

eco idílico de “personas bailando y cantando”.

“¿Cómo no ser acosados por ese fatídico día de

febrero de 1948? Estábamos bajo sitio. Yo oía a

las pandillas sionistas disparando”, dice.

Cuando una centena de palestinos fueron

asesinados por milicianos judíos durante un

ataque a la aldea cercana de Deir Yassin, el

horror disparó una ola de pánico.

“De repente, mi padre cargó a mi hermana y a mi

hermano. Cruzamos el valle, trepamos la

montaña, y nos llevamos solo lo que había en

nuestras mentes: nuestros recuerdos”, cuenta.

En apenas semanas no quedó ni un alma en

aquella aldea de 2.000 años. “En un momento nos

convertimos en refugiados”, dice Odeh.

En el plazo de un año, la mayoría de los que

todavía vivían en lo que se convirtió en el estado

de Israel se volvió una minoría a la que se le negó

el derecho a la tierra.

En techos y pisos se hicieron grandes agujeros

que volvieron inhabitable la aldea abandonada.

La familia Odeh nunca volvió a vivir allí. Nadie lo

“Palestinos, cristianos, judíos, musulmanes… Eso no importa. Lo que

importa es poner fin a la ocupación, crear un estado democrático”,

dice Odeh. Y murmura: “La historia no irá siempre en la dirección

equivocada”.

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

hizo. Pero los oriundos de Lifta nunca dejaron de

soñar con regresar a casa.

“Nunca olvidaré ni perdonaré hasta que recupere

mi derecho a ser libre en Lifta, en Palestina”,

asegura Odeh.

Año tras año, cada 15 de mayo, “Día de la

Naqba”, los palestinos manifiestan su aspiración

a cumplir lo que, insisten, es su “innegable

derecho de retorno”. En esa ocasión, los

refugiados blanden llaves simbólicas como

recordatorio de los hogares que perdieron.

Según la Agencia de las Naciones Unidas para los

Refugiados de Palestina en Oriente Próximo

(UNWRA), actualmente hay más de cuatro

millones de refugiados registrados dispersos por

Medio Oriente.

La mayoría de los israelíes consideran que el

histórico reclamo palestino es “una amenaza

existencial”.

Creen que el cumplimiento del “derecho de

retorno” destruiría su estado desde adentro,

dado que la absorción de millones de palestinos

alteraría irrevocablemente su mayoría judía.

Según Odeh, “hay suficiente lugar para

musulmanes, judíos y cristianos. Debemos vivir

juntos, igual que nuestros abuelos”.

Algunos esperan que el fantasma de esa

sentimental solución de un solo estado termine

alentando a Israel a negociar una solución

política de dos estados, y que Palestina absorba a

la mayor parte de los refugiados.

Odeh personifica la historia de su pueblo. Poco

después de su desplazamiento forzado, su padre

falleció; tenía “el corazón roto”, dice. La familia

se reasentó en Jerusalén oriental.

Él trabajó en una videoteca en Kuwait, estudió

derecho en Beirut y militó en el Frente Popular

para la Liberación de Palestina. Tenía 27 años

cuando Israel conquistó el oriente de Jerusalén.

Al regresar, resistió la ocupación. Sentenciado en

1985 por un tribunal israelí a tres cadenas

perpetuas consecutivas por “actividades

terroristas”, fue liberado en un canje de

prisioneros.

Actualmente es activista por los derechos

humanos y autodesignado custodio de la

memoria de su aldea.

Lifta es un paraíso para los hippies sin techo que

la eligen y un refugio para los soldados con

licencia en busca de serenidad. Y es una de las

últimas aldeas vacías en pie después de la guerra

de 1948.

En aquel entonces se destruyeron 500 de esas

aldeas palestinas. Por lo general, lo que queda

son terrazas, piedras mohosas y hierbas que

señalan cementerios abandonados, añosas

higueras silvestres o perales, y restos de muros.

Al seguir a Odeh en su recorrido por la aldea de

su infancia, el visitante no puede dejar de

admirar la belleza del lugar y la dignidad que de

él emana, las cicatrices que la naturaleza y el

tiempo fueron infligiendo, la invasión de la

ciudad moderna y la nostalgia por el paraíso

perdido.

En 1959, un decreto convirtió a esta codiciada

zona en reserva natural. Queriendo emular la

preservada aldea de Ein Hod, donde ahora vive

una comunidad artística israelí, urbanistas de la

Autoridad de Tierras de Israel intentaron

convertir Lifta en un barrio lujoso.

Pero ex habitantes del lugar, respaldados por

organizaciones israelíes de derechos humanos

apelaron al tribunal distrital. En febrero, el plan

se archivó… por ahora.

“Queremos preservar Lifta tal como está,

renovarla como museo histórico abierto para

todos”, insiste Odeh. “¿Por qué quieren destruir

este patrimonio cultural? ¿Para construir

chalets?”, pregunta.

“Palestinos, cristianos, judíos, musulmanes… Eso

no importa. Lo que importa es poner fin a la

ocupación, crear un estado democrático”, dice

Odeh. Y murmura: “La historia no irá siempre en

la dirección equivocada”.

Entonces Odeh vuelve a su casa, que se encuentra

a pocos kilómetros de aquel que alguna vez fue

su hogar.

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

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DENUNCIANDO AL SIONISMO

LAS RAÍCES DEL ODIO EN LA IDEOLOGÍA SIONISTA

POR: SALIM NAZZAL

Traducción: Nadia Hasan y revisado por Caty R.

(..) el concepto «contra los demás» fue uno de los principales componentes de la

construcción de la teoría sionista, como hemos visto en la literatura sionista del siglo

pasado. Se debe señalar que el concepto de «lucha contra los demás» lleva las mismas

ideas ficticias que las nociones ficticias del «antisemita» que culpa de los problemas del

mundo a todos los judíos, y éstos culpan a todo el mundo del sufrimiento de los judíos

En 1939, Europa hizo la vista gorda ante el auge

del nazismo. El canciller británico Neville

Chamberlain creyó que una política de

apaciguamiento funcionaría con Hitler; no. Hitler

atacó Polonia y dio al mundo una costosa

lección; la política de apaciguamiento no

funciona con el fascismo. El resultado es bien

conocido: Europa se arruinó y alrededor de 50

millones de personas perdieron la vida. Sin

embargo, gracias al «frente» de resistencia

noruego, Hitler no consiguió el agua pesada

necesaria para la fabricación de la bomba

nuclear; si hubiera adquirido material suficiente

para fabricarla, la historia de la humanidad

podría haber sido radicalmente distinta de la que

conocemos.

El hecho de que Hitler fuera elegido

democráticamente por el pueblo alemán no

legitima su política de asesinatos en masa; de la

misma forma, la elección de los israelíes fascistas

y criminales de guerra no legitima la política de

asesinatos en masa de los sionistas. Sin embargo,

si Hitler es el más crudo ejemplo del sistema

electoral democrático que llevó al nazismo al

poder en Alemania, la reciente elección israelí es

un ejemplo más actual de una elección que ha

llevado al poder a otro conocido fascista, Avigdor

Lieberman, ampliamente considerado como el

clon israelí de los fascistas de la Europea

contemporánea, como Jorg Haider o Jean Marie

Le Pen.

La prueba es el programa del partido de

Lieberman, Yisrael Beiteinu (Israel es nuestro

hogar), y sus abominables amenazas de limpiar

étnicamente a los palestinos, que constituyen el

20 por ciento de la población israelí. Para

hacerse una idea más precisa, imagine que el

gobierno noruego hubiera decidido limpiar

étnicamente a la minoría lapona del país o exigir

un juramento de lealtad por escrito de cada uno

de los lapones. Imagine que el gobierno británico

hubiera exigido que cada ciudadano de Irlanda

del Norte firmase un compromiso de lealtad.

¿Quién puede creer que esté sucediendo esto en el

siglo XXI? Y, además, ¿quién no encontraría

chocante que los judíos exijan un voto de lealtad

en el siglo XXI, que es equivalente en importancia

a la aplicación del uso de la estrella de David en

la Alemania nazi de mediados del siglo XX?

El auge del fascismo, como explicaré más

adelante, es un aspecto arraigado en la cultura

sionista desde su fundación, y las recientes

elecciones israelíes (febrero de 2009) sólo lo han

hecho más evidente ante la opinión pública.

Durante años, los sionistas han utilizado la frase

«Israel es la única democracia de Oriente

Cárceles en el

Estado sionista

(campos de

concentración)

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Page 76: Revista PALESTINA DIGITAL - Junio 2012

Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

Próximo» como un arma ideológica para

satanizar a los árabes y justificar sus crímenes.

Hoy, después de la guerra de Gaza que mostró al

mundo horrible cara del sionismo, la subida del

fascismo israelí demuestra que el sionismo y el

racismo, como declararon las Naciones Unidas en

1975, son gemelos; las recientes elecciones en

Israel han demostrado que sionismo y fascismo

son sinónimos. Sin embargo, debo señalar que

hay una gran diferencia entre los nazis y los

fascistas sionistas; esta diferencia no radica en la

cultura del odio, que es la base de ambos, sino en

el hecho de que el sionismo fascista tiene una

capacidad nuclear suficiente, según los analistas

militares, para destruir un gran porcentaje de la

población humana a escala mundial; este hecho,

como era de esperar, es un motivo de gran

preocupación tanto en Oriente Próximo como en

todo el mundo.

Incluso antes de su elección, sabiendo el gran

apoyo que ya había entre las nuevas

generaciones de israelíes, inculcado durante años

con la cultura del odio, el moldavo fascista

Avigdor Lieberman, que llegó a Israel en 1978,

dijo a los medios de comunicación que debían

acostumbrarse a la idea de verle como el

próximo ministro de Defensa israelí. ¿Qué

significa que la mayoría de una sociedad elija

partidos de ultraderecha fascista? Puede

significar cualquier cosa, pero definitivamente no

es una buena señal y muestra una sociedad en la

que la lógica de «el fin lo justifica todo» se ha

convertido en sinónimo de su propia existencia.

Un estudio psicológico reciente podría explicar

las razones de la subida de la extrema derecha y

los criminales de guerra a puestos de poder en el

Estado de Israel. La investigación fue realizada

por Daniel Bar-Tal que es, según el periódico

Haaretz, uno de los principales psicólogos

políticos del mundo, y Rafi Nets-Zehngut, un

estudiante de doctorado. El estudio llegó a la

conclusión de que la conciencia de los «judíos

israelíes» se caracteriza por un sentimiento de

victimismo, una mentalidad de asedio, un

patriotismo ciego, beligerancia, fariseísmo,

deshumanización de los palestinos y falta de

sensibilidad ante el sufrimiento» (Haaretz, 30 de

enero de 2009).

Parece que muchos en el mundo árabe al

principio no tomaron en serio las amenazas de

Lieberman de atacar con armas nucleares a Gaza

y sus promesas de llevar a cabo una política de

«transferencia» del millón y medio de palestinos

con ciudadanía israelí, sin embargo ahora sería

políticamente ingenuo ignorar sus amenazas.

Observadores de los países árabes con los que he

hablado recientemente creen que el ascenso de

los fascistas a posiciones de liderazgo en Israel,

tarde o temprano, provocará una competición

por la supremacía militar entre los distintos

países de Oriente Próximo y, probablemente, esto

haga presión sobre los países árabes para

desarrollar armas de destrucción masiva para

defenderse, sobre todo teniendo en cuenta las

reiteradas amenazas de Lieberman de lanzar

bombas atómicas sobre Gaza. En efecto, si

Lieberman propone atacar Gaza con armas

nucleares como respuesta al uso de cohetes,

menos potentes que los fuegos artificiales para

celebrar el Año Nuevo, usados por los

combatientes de la resistencia, ¿qué sería capaz

de hacer en un conflicto regional más amplio?

La situación a la que hemos llegado en la

actualidad no tiene precedentes en la historia

moderna. El temor a que un grupo de terroristas

pueda tener acceso a las armas de destrucción

masiva se ha convertido en una realidad y el

peligro es, de hecho, muy real. Un grupo de

ultraderechistas que durante años han esgrimido

el artificio de ser los «eternos oprimidos», ahora

representan una amenaza existencial para

Oriente Próximo y para el mundo entero. Avigdor

Lieberman ha dejado claro en más de una

ocasión que va a atacar Irán. Benjamín

Netanyahu, que al parecer formará el próximo

gobierno israelí, no está menos dispuesto que

Lieberman a atacar Irán; el resultado de un

Más de 200

cabezas

nucleares,

posee el Estado

sionista

75

Page 77: Revista PALESTINA DIGITAL - Junio 2012

Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

ataque semejante supondría la desestabilización

de toda la región y originaría una situación de

caos total como no ha existido nunca.

Según algunos observadores árabes, si este tipo

de guerra tiene lugar, muy probablemente se

extenderá a Siria, Líbano y Palestina, ahogando a

la región en un mar de sangre. Los que apoyan

esta hipótesis basan su opinión en que el Estado

de Israel ha perdido su capacidad de disuasión

con su arsenal de armas tradicionales. Esto

significaría, en su opinión, que es más probable

que Israel utilice armas de destrucción masiva en

futuras guerras.

Por lo tanto es esencial en este momento enviar

un claro mensaje a los gobiernos noruego,

francés, británico y estadounidense que

cometieron el grave error de ayudar a Israel en

su acumulación de armas nucleares, para que

asuman su responsabilidad y actúen con rapidez

para imponer la aplicación de la resolución del

Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas

emitida en 1981, que Israel nunca ha respetado, y

que pondría las armas de destrucción masiva de

Israel bajo vigilancia internacional.

Naturalmente esto plantea la inevitable cuestión

de tratar de comprender las condiciones

sociopolíticas que permitieron que esta ideología

surja en este momento, teniendo en cuenta que

los factores sociológicos son fenómenos

complejos que no nacen de la noche a la mañana,

sino que forman un proceso dinámico que se

construye con el tiempo.

Éste será mi punto de partida para profundizar

hasta llegar a las raíces del fascismo en el

pensamiento sionista.

MJ Rosenberg, director de análisis político del

Foro de política israelí, ha observado que el

Estado de Israel se ha estado moviendo hacia la

derecha durante años. 30 años después de su

creación, se eligió a un partido de derecha en las

elecciones de 1977. (Los Angeles Times, 11 de

febrero de 2009). Rosenberg no se da cuenta, no

obstante, de cómo se podría explicar el fenómeno

del crecimiento de la extrema derecha, que ha

llegado al cénit con el hecho de que el partido

fascista de Lieberman se ha convertido en la

segunda fuerza política de extrema derecha del

país, teniendo en cuenta que Kadima sólo es un

rama de la derecha del partido Likud.

Según un palestino experto en asuntos israelíes,

los niveles de delincuencia en la sociedad israelí

han aumentado dramáticamente en los últimos

años porque los soldados, que regularmente

asesinan a palestinos en Cisjordania y Gaza, se

han acostumbrado a solucionar sus problemas

cotidianos por medio de la violencia. Es poco

probable que un soldado capaz de asesinar a un

niño palestino sin ningún sentimiento de

culpabilidad se comporte de forma civilizada con

su propia familia. La violencia se vuelve contra

quien la ejerce, cambia su carácter y, en gran

medida, el carácter de la sociedad. Esto ha hecho

de la violencia una ideología predominante en la

sociedad israelí, la base misma sobre la que se

construyó ejerciendo la violencia contra los

palestinos nativos; de hecho, la continuación de

su existencia como Estado en Oriente Próximo se

ha convertido en gran parte dependiente de la

violencia contra los palestinos.

Por lo tanto, sostengo que las elecciones israelíes

que han llevado al poder a la ultraderecha,

fascistas y criminales de guerra, refleja una

grave crisis en una sociedad donde la cultura de

la violencia, la fuerza y la guerra se ha

convertido en uno de sus rasgos de

comportamiento más evidentes, donde el

conjunto de la cultura se basa en la glorificación

de generales y valores militaristas, lo que ocurre,

naturalmente, en detrimento de los valores de la

tolerancia, la paz, la comprensión, etc.

Permítaseme, en primer lugar, discutir la tesis

que adopta la teoría de la opresión como

justificación del surgimiento del sionismo, la que

veo como la madre legal del fenómeno fascista en

el estado de Israel. Refuto la teoría de la opresión

sobre la base de que otras comunidades han

sufrido tanto como los judíos y no han

desarrollado su propia forma de sionismo.

Primer

Congreso

Sionista

(Basilea, Suiza,

1897)

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

Existen numerosos ejemplos para sostener esta

hipótesis. Los pueblos nativos de EEUU, Canadá,

Australia y Nueva Zelanda, de los que millones de

personas fueron asesinadas y maltratadas

durante siglos, no han desarrollado ninguna

forma de sionismo. Los africanos eran tratados

casi como infrahumanos, los encadenaban y los

arrojaban a Europa en buques de esclavos sin

ningún respeto por su humanidad. De hecho, éste

fue sólo el comienzo de su prolongado

sufrimiento, pero nadie ha oído hablar del

«sionismo africano». Podemos comparar, por

ejemplo, la reacción de ambas comunidades a la

opresión. La respuesta del padre fundador del

sionismo, Theodor Herzl, fue interiorizar la

cultura del odio que sentó las bases de la cultura

sionista, el plan para colonizar Palestina, para

despojarla de su pueblo, para construir una base

militar en Oriente Próximo que ha acabado

convirtiéndose en un estado cuasi fascista.

La respuesta africana, como la formuló Martin

Luther King, fue afirmar que los africanos,

después de siglos de opresión, deben soñar con la

libertad y la justicia y llegará el día en que «niños

y niñas negras podrán unir las manos con niños y

niñas blancas como hermanos y hermanas».

Las diferencias entre las dos ideologías están

claras para cualquiera con un mínimo de sentido

común:

El fruto de la política de Martin Luther King y la

lucha afroamericana por la justicia ha

desembocado en la elección de Obama y su

discurso sobre el cambio, en tanto que el fruto

político de Herzl y su discurso sionista se ha

traducido en la elección del líder fascista Avigdor

Lieberman y su programa de limpieza étnica de

palestinos.

Hay que señalar sin embargo, que en el proceso

de la creación del sionismo, no se implicaron

todos los judíos; hubo una tendencia liberal

(Haskalah) que nunca fusionó el judaísmo con el

nacionalismo.

Los seguidores de la escuela de pensamiento

Haskalah presionaron por la integración y

consideraban que la emancipación de los judíos

europeos sólo podría lograrse a través de la

lucha, junto a otras fuerzas democráticas de

Europa, por la justicia y la igualdad para todos

los ciudadanos, en otras palabras, su enfoque

radica en la lucha por la integración con la

mayoría. Esta tendencia quería «cerrar» los

guetos físicos y psicológicos de los judíos y

alcanzar perspectivas más amplias e

integradoras.

El sionismo representa exactamente lo contrario:

judíos que quieren mantener una cultura de

creación de guetos, pero con la diferencia de que

los guetos se trasladaron de Europa a Oriente

Próximo, y una forma de adquirir legitimidad por

medio de convertir el judaísmo en una

nacionalidad en lugar de limitarlo a una fe. Las

dos principales fuentes de las que se benefició el

sionismo fueron el movimiento de colonos en el

llamado Nuevo Mundo y las teorías racistas del

siglo XIX.

Así, la respuesta sionista a la cultura del

antisemitismo reside en la identificación de sí

mismo con la base de esa misma cultura a través

del desarrollo de una ideología de odio hacia los

demás y una cultura verbal y físicamente

aterrorizadora hacia cualquiera que discrepa de

ellos. Los sionistas se ven a sí mismos como los

únicos poseedores de la verdad absoluta, y su

interpretación de la historia judía se ha

santificado hasta tal punto que nadie puede

cuestionar su versión de los hechos. Su

interpretación de la historia palestina se debe

aceptar, insisten, como la única verdadera.

Afirman, por ejemplo, que regresaron a Palestina

después de 2000 años como si fuera un corto

viaje de Londres a París, como si la historia

palestina hubiera estado congelada hasta que

llegaron «de vuelta» y como si esperasen que los

palestinos los recibieran con rosas. Esto hizo del

pensamiento sionista una mentalidad

maquiavélica por excelencia, una total fusión del

Enseñan a sus

hijos el odio al

palestino y al

árabe general

desde

temprana edad

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

mito y la realidad, por una parte, pero por otro

lado una separación total entre política y moral.

Quieren robar las tierras palestinas, quieren

asesinar a los palestinos, pero se ponen histéricos

a la menor crítica. Así, el sionismo se defiende

contra sus críticos con acusaciones de

antisemitismo, simplemente porque los sionistas

se reservan para sí el derecho de esconderse tras

esas teorías que culpan a todo el mundo del

«inimaginable y eterno sufrimiento judío».

El mejor ejemplo está en la respuesta sionista a

la noción de antisemitismo. La respuesta natural

de los oprimidos debería estar en el desarrollo de

una postura firme contra cualquier tipo de

racismo y discriminación. Eso es lo que hemos

visto en la experiencia de la ANC en Sudáfrica,

que tras el colapso del régimen de apartheid

blanco se centró en la oposición a la

discriminación y en la promoción de la

tolerancia, lo que, naturalmente, es la respuesta

que se espera de quienes han estado oprimidos.

Sin embargo es raro encontrar la palabra

tolerancia en la literatura sionista, lo que no es

ninguna sorpresa si tenemos en cuenta que toda

esa ideología se basa en el asesinato, el robo y la

opresión, y que su literatura se ha creado para

justificar y racionalizar su credo.

En realidad, los sionistas han adoptado la cultura

fascista del odio en sustitución de la ideología

nazi que sataniza a todos los judíos, con una

ideología que sataniza a todos los demás, en

otras palabras, se han convertido en «anti otros»,

«anti no sionistas» o «anti los que no están de

acuerdo».

El beneficio de esto es obvio: culpabiliza a todo el

mundo por el frecuentemente citado «eterno

sufrimiento judío».

Numerosos términos sionistas en la literatura

como «el mundo nos dejó morir», «el mundo no

hizo nada por nosotros», «nunca más» y

expresiones similares, ayudan a apoyar mi

argumento de que los sionistas han respondido a

la ideología antisemita sustituyéndola por una

filosofía «anti otros». En otras palabras, los

sionistas sustituyen la cultura del odio con un

espejo de odio; sin embargo el odio sionista no

está dirigido contra los regímenes europeos que

tiranizaron a los judíos, sino contra todo el

mundo en general. La aplicación más obvia de la

ideología sionista «contra otros» está

representada con claridad en el caso de los

palestinos. En Palestina, los sionistas utilizan la

denominada «eterna culpabilidad de Occidente»

y el «pecado eterno» de Europa contra los judíos

para presionar de manera eficaz, conseguir

apoyo para oprimir a los palestinos y silenciar las

voces críticas que surgen contra la ocupación

israelí.

La cristalización más clara del «pecado eterno de

los europeos contra los judíos» se ha convertido

en una acusación de antisemitismo que se utiliza

convenientemente contra quienes critican a

Israel, hasta el punto de que incluso aquellas

personas que por lo general apoyan a Israel,

como el presidente Carter quien lo criticó por sus

políticas racistas, no se libran de esta denuncia.

En este contexto, el concepto «contra los demás»

fue uno de los principales componentes de la

construcción de la teoría sionista, como hemos

visto en la literatura sionista del siglo pasado. Se

debe señalar que el concepto de «lucha contra los

demás» lleva las mismas ideas ficticias que las

nociones ficticias del «antisemita» que culpa de

los problemas del mundo a todos los judíos, y

éstos culpan a todo el mundo del sufrimiento de

los judíos.

El relato de la historia sionista de los judíos en

Europa nunca ha querido profundizar lo

suficiente para entender el desarrollo del

fenómeno antisemita, selecciona lo que le

interesa y presenta la opresión como si hubiese

existido en todas las épocas y en todas las

naciones, lo que por supuesto no coincide con los

Rabinos anti-

sionismo hacen

clara la

diferencia

entre ser judío

y ser sionista

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

datos históricos. Estos supuestos sólo son

productos del pensamiento selectivo y de una

fantasiosa teoría de la conspiración que no

tienen raíces en el mundo real. Es evidente que

los sionistas se basan en esta teoría de la

persecución constante y su afinidad y vinculación

con esta «mundofobia» que es la base de la

mentalidad de la «lucha contra el otro», ya que

para ellos se ha convertido en una forma de

protegerse contra cualquier crítica,

especialmente después de la colonización de

Palestina. La realidad es que los sionistas jamás

han querido oír que su retórica y su literatura

anti nazi nunca han tenido una postura honrada

en relación con la cultura nazi, sino que son un

medio para legitimar la violencia de la ideología

sionista.

La alternativa a esa cultura del odio es una

cultura que está en consonancia con los derechos

humanos y la decencia humana. Esto es

exactamente lo que sucedió en Sudáfrica, cuyo

pueblo sufrió siglos de discriminación; la

alternativa que ofreció el ANC fue la promoción

de una cultura tolerante e integradora en la

Sudáfrica posterior al apartheid. Los africanos

han sido sometidos a toda forma de opresión

histórica y sin embargo no han desarrollado un

sionismo africano. El sionismo no se desarrolló

como un movimiento de emancipación para

liberar a los judíos de la opresión, como dice su

literatura, sino que más bien casi ha seguido el

mismo camino que las ideologías fascistas a las

debería oponerse. Además, la enfermedad del

sionismo ha afectado a muchos judíos del mundo,

en particular a los judíos estadounidenses que

tradicionalmente apoyaban a los movimientos de

izquierda de la sociedad; sin embargo en la

actualidad la mayoría de los judíos

estadounidenses forman parte del mundo

financiero y propagandista de apoyo al estado de

Israel.

Si los sionistas fueran sinceros en su oposición a

la cultura nazi ¿Cómo podrían justificar

moralmente la destrucción de Palestina a manos

de quienes afirman ser las víctimas de los nazis?

¿Cómo podrían justificar sus actuaciones que

causaron y siguen causando un enorme dolor a

los palestinos? La repugnante analogía sionista

de «fuego en la quinta planta», que sugiere que a

un hombre que huye de un incendio en el quinto

piso se le perdona que mate por accidente, «sin

intención», a alguien en la planta baja por

aterrizar sobre él cuando salta desde el balcón

para escapar de las llamas, es fácilmente

refutada. La verdad histórica reconocida es que

los sionistas quisieron colonizar Palestina

deliberadamente. Que planificaron la

colonización a sabiendas de que los palestinos se

oponían (véanse las memorias de David Ben

Gurion, Jabotinsky y otros) y sabiendo que se

resistirían. Colaboraron con las potencias

imperiales para invadir Palestina y adquirieron

armas, concretamente, para matar a los

palestinos. Si todo esto es un «accidente

involuntario», me pregunto ¿Cómo podemos

definir un acto intencional? El Holocausto y el

sufrimiento judío en Europa no se utilizaron

como una lección para enseñarles a luchar

contra la cultura del odio, sino más bien como un

instrumento útil para justificar una ideología de

odio prácticamente idéntica.

El problema, por supuesto, no tiene nada que ver

con los palestinos como palestinos. Los sionistas

han utilizado exactamente la misma política

criminal que si hubiesen creado el Estado de

Israel en Uganda, que Herzl propuso también

como una patria judía. Los sionistas han definido

a los palestinos como enemigos sólo porque los

consideran un obstáculo para el proyecto

sionista. La psique sionista no es capaz de ver que

el pueblo palestino ama sus hogares y a sus

familias, que valora sus esperanzas, sentimientos

y sueños, como todas las comunidades de la

tierra. De hecho, los sionistas no querían formar

parte culturalmente de de la región de Oriente

Próximo, como dijo Ben Gurión: «nosotros sólo

podemos convertirnos en árabes tanto como los

americanos se convirtieron en pieles rojas». No

Las

intervenciones

del ejército

sionista en

muchas partes

del mundo,

demuestran el

carácter

expansionista

de sionismo

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

quieren integrarse en sus sociedades de origen y

no pretenden formar parte de la sociedad

palestina porque la integración significaría la

obligación de devolver a los palestinos los

derechos que les han arrebatado por la fuerza.

Vieron a los palestinos nativos como obstáculos

que hay que eliminar de la misma manera que los

constructores de carreteras demuelen una roca

que se interpone en su camino. Las pocas voces

de sionistas de izquierda que pedían un Estado

democrático en Palestina se perdieron

rápidamente en la violencia de la corriente

principal del pensamiento sionista.

Israel Zangwill, uno de los primeros y más firmes

seguidores de Herzl, señaló que Jerusalén tenía

una densidad de población del doble que Estados

Unidos. La solución, según su opinión era utilizar

la espada contra los nativos palestinos. La

paradoja de este asunto es que fue precisamente

Israel Zangwill quien inventó la mentira más

grande de la historia moderna, que Palestina era

«una tierra sin pueblo para un pueblo sin tierra».

Los sionistas no sabían casi nada sobre la cultura

palestina y creo que ni siquiera quisieron saberlo,

ya que ese conocimiento podía perturbar su

visión del mundo, que ha reescrito la historia

pasada y futura para seguir su odiosa ideología.

Habiendo tomado ya la decisión de desplazar y

matar, no había necesidad de descubrir algo

acerca de sus futuras víctimas, aparte de los

conocimientos que les ayudaran a ocuparlas.

Éste ha sido el camino del sionismo, una

ideología fundada en la guerra, la ocupación y la

opresión, el engaño y la falsificación. El sionismo

ha convertido Palestina, que debería ser un país

de paz, en un centro de difusión de una cultura de

odio contra los palestinos, contra los árabes,

contra los musulmanes, contra los judíos y

cristianos anti sionistas, contra los cristianos y

contra todos y cada uno de los que piden a los

sionistas que se miren al espejo y vean la verdad,

la cara espantosa de su ideología. Han convertido

la hermosa Palestina en un centro que esparce

veneno entre Estados Unidos y el mundo islámico,

entre Europa y los árabes, entre árabes e iraníes,

entre árabes y árabes, e incluso entre unos

palestinos y otros palestinos.

La aparición de las tendencias ultrafascistas en

el estado de Israel es la consecuencia natural de

un siglo de construcción de una cultura de odio

hacia el otro. No es en absoluto un fenómeno

repentino que ha caído del cielo, sino más bien el

resultado lógico de una cultura venenosa que fue

trasplantada en Palestina. Actualmente, el mapa

político de Israel señala claramente la

desaparición de la izquierda y de las voces

racionales que tratan de encontrar una solución

justa y pacífica, lo que muestra al mundo una

sólida indicación de la tenebrosa dirección en la

que se encamina Oriente Próximo.

Fuente: http://www.palestinechronicle.com/view_article_details.php?id=14851

Salim Nazzal es un historiador palestino-noruego especializado en Medio Oriente. Ha escrito

extensamente sobre temáticas sociales y políticas de la región, Puede ser contactado en

[email protected]

Las masacres

contra el

pueblo

palestino,

afirma el deseo

del sionismo de

aniquilarle

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

DENUNCIANDO AL SIONISMO

EN RECUERDO DE BATYA GUR: ULTRA

ORTODOXOS Y MUJERES EN ISRAEL

POR: JAVIER VALENZUELA Crónica negra El país

Sobre el autor: Con más de treinta años de periodismo a sus espaldas, Javier Valenzuela ha sido, entre

otras cosas, corresponsal de El País en Beirut, Rabat, París y Washington y director adjunto de este

periódico.

En la foto se ven unas mujeres atravesando un

paso de peatones cubiertas de ropas luctuosas

desde la coronilla a los tobillos. ¿Musulmanas?

¿De Afganistán, Arabia Saudí o Irán? Pues, no: las

fotografiadas no son musulmanas, sino judías, y

el paso de peatones pertenece a la localidad

israelí de Beit Shemesh.

Situada al suroeste de Jerusalén, Beit Shemesh es

conocida en Israel por la pujanza de sus

fundamentalistas judíos, los también llamados

ultra-ortodoxos o haredim (temerosos de Dios).

Esta semana, el lugar está atrayendo la atención

del planeta por la actitud misógina y beligerante

de esa gente. El lunes 26 de diciembre hubo allí

heridos y detenidos en enfrentamientos entre

unos trescientos haredim –todos varones, por

supuesto- y policías israelíes que pretendían

quitar unas señales de tráfico piratas que los

primeros habían colocado. Tales señales quieren

hacer obligatorio que hombres y mujeres

caminen por aceras diferentes. Los extremistas,

según informa Haaretz, llamaron “nazis” a los

policías.

Escribo poco antes de que hoy, martes 27, se

celebre en Beit Shemesh una concentración de

ciudadanos israelíes contra la segregación

machista (en las escuelas, en los autobuses, en las

calles) que pretende imponer en esa población

los ultras del judaísmo. El mismo presidente,

Shimon Peres, ha llamado a participar en la

protesta. "Nadie tiene el derecho de levantar la

mano contra una niña o una mujer”, ha dicho

Peres. Y es que la semana anterior se supo que

una chica de ocho años está siendo acosada

fisicamente a diario por los locos de Dios de Beit

Shemesh por vestir “indecentemente”.

Es tan tremenda la tragedia palestina que poco

nos cuentan los medios de comunicación sobre la

vida en Israel, uno de los países más vitalistas,

complejos y con mayores contrastes del planeta.

Allí se instalaron a lo largo del siglo XX millones

de judíos laicos, religiosos y fundamentalistas,

gente procedente de decenas de países con otras

tantas lenguas y culturas de origen, personas de

sensibilidades políticas e ideológicas muy

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

diferentes. Cimentado por el recuerdo de las

atrocidades del Holocausto y compartiendo una

mentalidad de asedio, este puzle es tan

fascinante como explosivo.

Así que es muy de lamentar que Batya Gur (1947-

2005) ya no esté entre nosotros para seguir

contándonos las interioridades de Israel a través

de las aventuras del superintendente de la Policía

Michael Ohayon. Nacida en Tel Aviv,

descendiente de supervivientes del Holocausto,

Gur fue doctora de Literatura en la Universidad

Hebrea de Jerusalén, articulista del periódico

Haaretz y, sobre todo, la Agatha Christie israelí.

La media docena de novelas policiacas que, a

partir de 1988, escribió con Ohayon como

protagonista, son un estupendo retrato del país

de la estrella de David.

Desde la primera entrega, El asesinato del

sábado por la mañana, a la última, Asesinato en

directo, pasando por la más conocida, Asesinato

en el kibbut, Ohayon se enfrenta una y otra vez a

submundos particularmente cerrados en el seno

de la sociedad israelí (los psicoanalistas, un

kibutz, un campus universitario, los musicólogos,

los yemeníes, la televisión) y debe esforzarse por

romper sus reglas de omertá. Relato tras relato,

el investigador levanta acta de los recelos

mutuos que subyacen entre los diversos grupos

étnicos y culturales del variopinto Israel. Duro

por fuera y tierno por dentro, culto y taciturno, el

superintendente renuncia a pretender arreglar

las flagrantes contradicciones su país y opta,

modestamente, por intentar resolver los casos

criminales concretos que se le van presentando.

Pero la tarea le resulta cada vez más difícil. En

Un asesinato en directo, Ohayon termina

descubriendo una verdad incómoda para la

sociedad israelí en su conjunto. Entonces, su

superior, el director Shorer, le pide que se la

guarde para sí. He aquí el diálogo:

-No sé si podré callármelo -dijo Michael

finalmente-. No sé cómo va a ser posible vivir con

un secreto como este.

-¡Ya lo creo que va a ser posible! -le dijo Shorer,

ahora con pena-. ¡Y de qué manera! No vas a

decir una palabra -afirmó cada vez más apenado.

Y tras un breve silencio añadió-: ¿No ves que

estamos evolucionando? Cada vez somos capaces

de callarnos más cosas.

Batya Gur pertenecía a la fecunda generación de

novelistas negros mediterráneos de Manual

Vázquez Montalbán, Andrea Camilleri y Petros

Márkaris. En julio de 2003, participó en la

Semana Negra de Gijón. Venía de la mano de

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

Siruela, la editorial que ha publicados en

castellano todos los casos del superintendente

Ohayon. En Gijón explicó que, para contar mejor

los universos cerrados de la sociedad israelí, le

funcionaba mejor las estructuras y las técnicas

de la primitiva novela policiaca, la de misterios a

lo Agatha Christie, que la renovación dura (hard

boiled) del género de los Hammet, Chandler y

Ellroy.

La añorada escritora estuvo siempre del lado del

Israel laico, progresista y partidario de una paz

justa con los palestinos. Pero ese Israel, fuerte en

la etapa fundacional, ha ido dando paso a otro

cada vez más religioso, conservador y belicista.

Hoy, pese a que los ultra-ortodoxos sean un 10

por ciento de la población -y subiendo, dadas sus

altas tasas de natalidad- su actitud de votar

como una piña les ha convertido en un grupo

crecientemente influyente en Israel. Como es

sabido, el barrio de Mea Shearim, en Jerusalén, es

su feudo primigenio. Y cabe añadir que el

comportamiento misógino de esta comunidad, y

en particular el de los haredim de Beit Shemesh,

viene de antiguo.

Sí, amigos, en esto del machismo, en todas partes

cuecen habas... y en no pocas, justificándolo con

milenarios libros sagrados, a calderadas.

PS. En su edición del 15 de enero de 2012, The

New York Times aborda la controversia en Israel

por el creciente descaro de los ultra ortodoxos

judíos en la imposición de sus criterios machistas

(haradat nashim): Israel faces a seismic rift over

the role of women

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

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DENUNCIANDO AL SIONISMO

EN RESPUESTA A UNA PREGUNTA ENVENENADA…

POR: ABDO TOUNSI - TUNSOL

¿Por qué no se formó un Estado palestino en Cisjordania y Gaza entre 1948 y 1967?

Los sionistas como de costumbre, envenenan

todos los ámbitos que pueden, ¡el electrónico no

iba a ser menos! Para ello utilizan la estrategia de

hacer preguntas envenenadas en los foros y en los

comentarios. Una de estas preguntas es la

siguiente:

¿Por qué no se formó un Estado palestino en

Cisjordania y Gaza entre 1948 y 1967? Se refiere

a la época en que dichos territorios estaban bajo

administración árabe antes de la ocupación

sionista de ellos.

Bien, este artículo tiene la respuesta a dicha

pregunta, para ayudar a toda persona honrada,

que apoya o quiere apoyar al pueblo palestino en

su justa reivindicación de su entidad nacional

palestina árabe; la recuperación de sus tierras

usurpadas y la creación de un Estado laico en toda

Palestina histórica sin racismo, sionismo y

fanatismos religiosos.

Para tener una respuesta clara y contundente,

hemos de hacer un poco de historia y análisis

sociopolítico de la tragedia del pueblo palestino.

Para ello empezamos diciendo que para que haya

un Estado tiene que haber una entidad nacional

definida y una representación política e

intelectual que lo lleve a cabo. Estos dos

requisitos no tenían presencia en el pueblo

palestino debido a las siguientes razones:

q Las entidades de las fracciones sociales del

mundo árabe no estaban definidas como

entidades políticas, ya que solo eran sociales que

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

estaban representadas en el Estado unificador

heredado del Estado Califal

q Los palestinos estaban, hasta la caída del

Califato Otomano, representados por ese Califato

como el resto de los árabes.

q Después de la caída del Califato Otomano, el

pueblo palestino pasa a ser tutelado por los

vencedores de la 1ª Guerra Mundial, y en

concreto por lo que se llamó entonces Mandato

Británico, otorgado a modo de administración por

la Sociedad de Naciones (La antigua ONU).

q A raíz de la creación del Estado sionista, se crea

una bolsa de refugiados palestinos de gran

cantidad nunca antes conocida. Dichos refugiados

se establecen en lo que quedaba de territorios

palestinos, sin usurpación por el sionismo

(Cisjordania y Gaza) y en los ya formados países

árabes.

que Los territorios palestinos de Cisjordania y

Gaza quedan bajo la administración o unión

“como en el caso de Cisjordania y Jordania” de

Egipto y Jordania, por lo tanto la entidad de la

población de dichos territorios se queda a nivel

social y no político, al contrario de lo que sucedió

con los países árabes que se formaron a raíz de la

caída del Califato Otomano.

Tal y como hemos visto, el pueblo palestino

después de la caída del Califato Otomano, queda a

merced de las circunstancias políticas de la zona,

por lo que fue tutelado por varias

administraciones políticas. Por lo tanto no tuvo su

representación política e intelectual como entidad

durante mucho tiempo.

Vamos a entrar de lleno en los años que plantea la

pregunta sionista envenenada ¿Por qué no se

formó un Estado palestino en Cisjordania y Gaza

entre 1948 y 1967? Pues bien, como hemos visto

en el 1948 los territorios de Cisjordania y Gaza

quedan bajo la administración árabe y su

población, tutelada por sus hermanos árabes

tanto de estos países como en los que se

encontraban como refugiados, tales como (Siria,

Irak, Líbano entre otros) y por la Liga Árabe.

Sus documentos de identificación personal

estaban entre varias administraciones árabes y las

Naciones Unidas como refugiados, este estatus

otorgado a los palestinos como refugiados por la

ONU, les permitió mal vivir y sobrevivir a las

necesidades de la vida cotidiana, pero también les

condenó a ser una comunidad de refugiados sin

entidad política o nacional, pero su fuerza de

hacerse distinguir como entidad, obligó a la ONU a

reconocerles como refugiados palestinos y no

árabes como pretendía calificarles el sionismo y

sus secuaces del Colonialismo, con el objetivo de

diluirles en la sociedad árabe en general y así

hacerles perder sus derechos en el retorno a sus

casas en Palestina.

La generación de los palestinos que fueron

expulsados de sus tierras y casas (La generación

de Al-Nakba “desastre”), junto a los que son de los

territorios Cisjordania y Gaza, eran una

generación (después de su tragedia y la pérdida

de muchos Caídos, heridos y desamparados en la

usurpación) sin fuerzas para la lucha y sin un

fondo de representación política que le dirigiera.

En consecuencia se dejaron guiar por sus tutores.

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

Dichos tutores árabes tenían ya una división

política clara y diferencias de visión del problema

y su resolución, por lo que creó en esta

generación también una división y visiones

diferentes.

En los años 60 del siglo pasado se genera una alta

tensión en la zona, por las agresiones y

pretensiones sionistas, especialmente por

dominar las fuentes acuíferas del río Jordán, lo

que hizo que llegara el frente a una situación

bélica entre los países árabes fronterizos con el

Estado sionista. Dicha situación favoreció a la

segunda generación de los refugiados palestinos

en especial y a todos los palestinos en general les

favoreció, para llevar a cabo una reivindicación de

entidad nacional, que germina en la creación de la

OLP (Organización para la Liberación de Palestina)

por parte de la Liga Árabe. Podemos decir que

éste es el punto de partida para su

reconocimiento como Entidad política y nacional,

a pesar de limitarse y quedarse en el ámbito de las

políticas de los países árabes.

Mientras tanto, entre las nuevas generaciones

había fraguado una élite intelectual que estudió y

se formó tanto en países árabes como en el

mundo. Esta élite tuvo su influencia clara entre los

jóvenes de entonces y les ayudó en esto la desidia

de las políticas árabes, para recuperar las tierras

usurpadas, que posibilitó llegar a muchos hogares

y campamentos palestinos y difundir sus

inquietudes sociopolíticas. La elite intelectual

planteaba entre otras, la necesidad de que el

pueblo palestino tomara las riendas de su destino:

social, política y militarmente.

De estos pensamientos nacieron partidos,

movimientos al margen de los conocidos del

pueblo árabe y/o a veces a su semejanza,

colaborando en la gran reivindicación de todos

por la liberación de Palestina. En un ámbito

totalmente independiente nacen unas

organizaciones palestinas que se formarían en

movimientos políticos y militares, tales como El

Movimiento Nacional para la Liberación de

Palestina (Al-Fatah) y El Frente Popular para la

Liberación de Palestina... entre otros que nacen

un poco más tarde.

Las operaciones militares de dichas

organizaciones, en la palestina usurpada,

despiertan el interés de un sector importante de

la población, tanto palestina como árabe,

cosechando con ello estas organizaciones, apoyos

morales, económicos y políticos. Mientras tanto,

la situación de la OLP bajo tutela árabe no

satisface a estos movimientos y preparan su

asalto político a dicha organización. Esto no

sucede del todo hasta el año 1969, pero antes ya

toman posiciones en el consejo de la OLP.

Entonces vemos cómo los intelectuales, políticos y

militares palestinos llegan a tomar la

representación del pueblo palestino y eso se

traduce en la formación del Consejo Nacional

Palestino, entrando los años setenta del siglo

pasado. También vemos que dicha representación

y toma de las riendas, se produce después de la

ocupación por parte del sionismo de Cisjordania y

Gaza en 1967, por lo que queda desmantelado el

fundamento envenenado de la pregunta sionista

¿Por qué no se formó un Estado palestino en

Cisjordania y Gaza entre 1948 y 1967?.

Podemos añadir muchos más acontecimientos y

circunstancias sociopolíticas de la zona, que

influyeron en la causa palestina y su entidad

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Page 88: Revista PALESTINA DIGITAL - Junio 2012

Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

nacional, pero creo que con una respuesta

centrada en la carencia de una entidad nacional

palestina (entre 1948 y 1967), según el desarrollo

de la historia, nos es suficiente para poder

responder a esta pregunta envenenada por los

sionistas.

Solo me queda decir y sobre todo para los jóvenes

de vosotros, que el reconocimiento de la

representación nacional palestina no fue un

regalo de nadie al pueblo palestino, fue una lucha

política y militar, que costó muchas vidas y mucho

sacrificio, desde el nacimiento del movimiento de

liberación con sus aciertos, sus equivocaciones y

fracasos. Pero el logro mas grande fue el

reconocimiento de su ENTIDAD NACIONAL a nivel

regional e internacional, que se le negaba

mientras se le trataba como a un grupo de

refugiados sin entidad, en una diáspora que dura

hasta hoy.

Amigos, la idea de responder a dicha pregunta,

era para poder defender el derecho del pueblo

palestino como dueño legítimo de Palestina

histórica y su derecho a reivindicar un Estado en

todo el territorio Nacional Palestino: un Estado

laico y democrático que se fundamenta en los

DDHH y en la hermandad manifiesta entre todos

sus nacionales, a lo largo de los siglos sean de la

religión que sean.

Por favor, no dejéis de pedir aclaraciones a

cualquier duda que tengáis, ya que no podía

ampliar mas el artículo para no ser pesado, por

ello he dejado la puerta abierta para ampliar

información a quién la quisiera. Un saludo y como

dicen en español: la mentira tiene las patas cortas

y el sionismo en esto ya no puede correr y se cae,

tropezando con sus propias mentiras y preguntas

envenenadas. Saludos cordiales y VIVA PALESTINA

LIBRE Y ÁRABE

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

INFORME ANUAL 2012 El estado de los derechos humanos en el mundo

ISRAEL Y LOS TERRITORIOS

PALESTINOS OCUPADOS LAS AUTORIDADES ISRAELÍES MANTUVIERON EL BLOQUEO DE LA FRANJA DE

GAZA, PROLONGANDO ASÍ LA CRISIS HUMANITARIA DEL TERRITORIO, Y

CONTINUARON RESTRINGIENDO LA CIRCULACIÓN DE LA POBLACIÓN PALESTINA

EN LOS TERRITORIOS PALESTINOS OCUPADOS. EN CISJORDANIA, INCLUIDO

JERUSALÉN ORIENTAL, LAS AUTORIDADES SIGUIERON CONSTRUYENDO LA

VALLA/MURO, QUE DISCURRÍA EN GRAN PARTE POR TERRITORIO PALESTINO, Y

AMPLIANDO LOS ASENTAMIENTOS, EN CONTRAVENCIÓN DEL DERECHO

INTERNACIONAL. TAMBIÉN DEMOLIERON VIVIENDAS E INSTALACIONES PALESTINAS

EN CISJORDANIA, ASÍ COMO CASAS DE FAMILIAS PALESTINAS CON CIUDADANÍA

ISRAELÍ DENTRO DE ISRAEL, SOBRE TODO EN LOS PUEBLOS “NO RECONOCIDOS”

DEL NÉGUEV. EL EJÉRCITO ISRAELÍ UTILIZÓ CON FRECUENCIA FUERZA EXCESIVA Y,

EN OCASIONES, MEDIOS LETALES CONTRA MANIFESTANTES, EN CISJORDANIA, Y

CONTRA CIVILES, EN ÁREAS FRONTERIZAS DE LA FRANJA DE GAZA. LAS FUERZAS

MILITARES ISRAELÍES MATARON A 55 CIVILES EN LOS TERRITORIOS PALESTINOS

OCUPADOS, INCLUIDOS 11 MENORES DE EDAD. EN CISJORDANIA AUMENTÓ LA

VIOLENCIA DE LOS COLONOS ISRAELÍES CONTRA LA POBLACIÓN PALESTINA Y SE

COBRÓ LA VIDA DE TRES PERSONAS. EN GENERAL, LOS COLONOS Y MILITARES

ISRAELÍES ACUSADOS DE ABUSOS CONTRA LA POBLACIÓN PALESTINA ELUDÍAN LA

RENDICIÓN DE CUENTAS. LAS AUTORIDADES NO EMPRENDIERON

INVESTIGACIONES INDEPENDIENTES SOBRE LOS PRESUNTOS CRÍMENES DE GUERRA

COMETIDOS POR LAS FUERZAS ISRAELÍES DURANTE LA OPERACIÓN “PLOMO

FUNDIDO” DE 2008 Y 2009. LAS AUTORIDADES ISRAELÍES DETUVIERON A MILES DE

PERSONAS PALESTINAS DE CISJORDANIA. MÁS DE 307 FUERON SOMETIDAS A

DETENCIÓN ADMINISTRATIVA, SIN CARGOS NI JUICIO, Y OTRAS FUERON

CONDENADAS A PRISIÓN EN JUICIOS MILITARES. AL CONCLUIR 2011, ISRAEL

MANTENÍA PRESAS A MÁS DE 4.200 PERSONAS PALESTINAS. SIGUIERON

RECIBIÉNDOSE INFORMES SOBRE TORTURA Y MALOS TRATOS A PERSONAS

DETENIDAS. Seguir leyendo

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Page 90: Revista PALESTINA DIGITAL - Junio 2012

Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

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ISRAEL Y LOS TERRITORIOS

PALESTINOS OCUPADOS

ES NECESARIO RENDIR CUENTAS POR LAS VIOLACIONES DE DERECHOS PESE

AL ACUERDO DE PRESOS PALESTINOS

FAMILIARES DE PRESOS PALEST INOS DE GAZA RECLUIDOS EN

CÁRCELES ISRAELÍES

“ESPERAMOS QUE ESOS COMPROMISOS SEAN SIGNO DE UN NUEVO ENFOQUE

ADOPTADO POR LAS AUTORIDADES ISRAELÍES, BASADO EN EL RESPETO DE LOS

DERECHOS HUMANOS DE LA POBLACIÓN RECLUSA.”

FUENTE:

ANN HARRISON, DIRECTORA ADJUNTA DEL PROGRAMA REGIONAL PARA

ORIENTE MEDIO Y EL NORTE DE ÁFRICA DE AMNISTÍA INTERNACIONAL

DOS MIL PALESTINOS RECLUIDOS EN PRISIONES ISRAELÍES ABANDONAN UNA

HUELGA DE HAMBRE QUE VENÍA DURANDO YA UN MES DESPUÉS DE QUE ISRAEL

ACORDARA DIVERSAS MEDIDAS PARA MEJORAR LAS CONDICIONES

PENITENCIARIAS –UNA ACCIÓN QUE AMNISTÍA INTERNACIONAL INTERPRETA

COMO UN PASO HACIA EL CUMPLIMIENTO DE LAS OBLIGACIONES CONTRAÍDAS

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

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POR ISRAEL EN LA ESFERA DE LOS DERECHOS HUMANOS–.

EN APLICACIÓN DEL ACUERDO MEDIADO POR EGIPTO, ISRAEL SE HA

COMPROMETIDO, ENTRE OTRAS COSAS, A PONER FIN AL RÉGIMEN DE

AISLAMIENTO AL QUE ESTABAN SOMETIDOS 19 PRESOS –RECLUIDOS BAJO ESE

RÉGIMEN POR UN PERIODO DE HASTA 10 AÑOS– Y A LEVANTAR LA PROHIBICIÓN

DE LAS VISITAS DE FAMILIARES QUE PESABA SOBRE LOS PRESOS DE LA FRANJA DE

GAZA.

"ESPERAMOS QUE ESOS COMPROMISOS SEAN SIGNO DE UN NUEVO ENFOQUE

ADOPTADO POR LAS AUTORIDADES ISRAELÍES, BASADO EN EL RESPETO DE LOS

DERECHOS HUMANOS DE LA POBLACIÓN RECLUSA”, HA MANIFESTADO ANN

HARRISON, DIRECTORA ADJUNTA DEL PROGRAMA REGIONAL PARA ORIENTE

MEDIO Y EL NORTE DE ÁFRICA DE AMNISTÍA INTERNACIONAL.

“EN CUALQUIER CASO, NO ES DE RECIBO QUE 2.000 PRESOS HAYAN TENIDO QUE

PONER EN PELIGRO SU SALUD PARA GARANTIZAR QUE SE RESPETAN SUS DERECHOS

HUMANOS; DERECHOS QUE LAS AUTORIDADES ISRAELÍES LLEVAN AÑOS

VIOLANDO.”

AMNISTÍA INTERNACIONAL HA PEDIDO REPETIDAMENTE QUE SE REANUDEN LAS

VISITAS DE FAMILIARES A LOS PRESOS DE GAZA,

SUSPENDIDAS POR COMPLETO EN JUNIO DE 2007.

"ESTAS VIOLACIONES REITERADAS DEL SERVICIO ISRAELÍ DE

PRISIONES CONTRA LOS PRESOS EN HUELGA DE HAMBRE

DEBEN INVESTIGARSE A FONDO Y DE MANERA

INDEPENDIENTE E IMPARCIAL, Y LOS RESPONSABLES DEBEN

RENDIR CUENTAS”, HA DICHO ANN HARRISON.

“UNA RECLUSIÓN EN RÉGIMEN DE AISLAMIENTO TAN

PROLONGADA –FUNDADA EN INFORMACIÓN DE LA QUE NO

DISPONEN LOS PRESOS NI SUS ABOGADOS– REPRESENTA UNA

VIOLACIÓN DE SU DERECHO AL DEBIDO PROCESO Y

CONSTITUYE TRATO CRUEL, INHUMANO Y DEGRADANTE.”

SEGÚN EL ACUERDO, A FINALES DE ESTA SEMANA SE ESPERA QUE LOS PRESOS

SEAN TRASLADADOS A CELDAS DONDE TENDRÁN CONTACTO CON OTROS

RECLUSOS.

“QUIENES SE ENCUENTRAN EN LA ENFERMERÍA DE LA PRISIÓN DE RAMLA, EN

HUELGA DE HAMBRE ENTRE SEIS Y 11 SEMANAS, DEBEN SER TRASLADADOS A UN

HOSPITAL CIVIL INMEDIATAMENTE HASTA QUE SU VIDA DEJE DE CORRER PELIGRO Y

DEBEN SER TRATADOS CON HUMANIDAD EN TODO MOMENTO”, HA DECLARADO

ANN HARRISON.

LA DETENCIÓN ADMINISTRATIVA ES UN PROCEDIMIENTO POR EL CUAL LAS

PERSONAS DETENIDAS SON RECLUIDAS BAJO MANDATO MILITAR SIN CARGOS NI

JUICIO DURANTE PERIODOS DE HASTA SEIS MESES QUE PUEDEN SER RENOVADOS

INDEFINIDAMENTE. BASÁNDOSE EN EL REGLAMENTO INICIAL APROBADO BAJO EL

MANDATO BRITÁNICO, ISRAEL HA USADO DICHA MEDIDA CONTRA SU

CIUDADANÍA DESDE 1948, Y DESDE 1967 CONTRA MILES DE PALESTINOS DE LOS

TERRITORIOS PALESTINOS OCUPADOS.

LAS ÓRDENES DE DETENCIÓN ADMINISTRATIVA SE BASAN EN INFORMACIÓN

SECRETA DE LA QUE NO SE HACEN PARTÍCIPES NI A LOS DETENIDOS NI A SUS

ABOGADOS, NEGANDO ASÍ A LAS PERSONAS DETENIDAS LA OPORTUNIDAD DE

EJERCER DE FORMA EFECTIVA SU DERECHO A INTERPONER LOS RECURSOS

PERTINENTES.

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Page 92: Revista PALESTINA DIGITAL - Junio 2012

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A FINALES DE ABRIL DE 2012, UNOS 300 PALESTINOS FUERON RECLUIDOS EN

DETENCIÓN ADMINISTRATIVA SEGÚN ESTADÍSTICAS DEL SERVICIO ISRAELÍ DE

PRISIONES. ALGUNOS SON PRESOS DE CONCIENCIA, CONFINADOS ÚNICAMENTE

POR EJERCER DE FORMA PACÍFICA SU DERECHO A LA LIBERTAD DE EXPRESIÓN, DE

ASOCIACIÓN Y DE REUNIÓN.

DURANTE MUCHOS AÑOS AMNISTÍA INTERNACIONAL HA INSTADO A ISRAEL A

PONER FIN A LA PRÁCTICA DE LA DETENCIÓN ADMINISTRATIVA Y A DEJAR EN

LIBERTAD A QUIENES SE ENCONTRABAN DETENIDOS POR VÍA ADMINISTRATIVA, A

MENOS QUE SE LOS ACUSARA DE UN DELITO COMÚN RECONOCIBLE Y SE LOS

JUZGARA SIN DILACIÓN DE ACUERDO CON LAS NORMAS INTERNACIONALES.

“EL COMPROMISO ADQUIRIDO POR ISRAEL, SEGÚN INFORMES, DE NO RENOVAR

LAS ÓRDENES DE DETENCIÓN ADMINISTRATIVA DE LAS PERSONAS QUE SE

ENCUENTRAN ACTUALMENTE EN ESA SITUACIÓN, SALVO QUE SE PRESENTE NUEVA

INFORMACIÓN DE LOS SERVICIOS DE INTELIGENCIA, NO OBSERVA LAS CITADAS

RECOMENDACIONES, PERO, DE APLICARSE, SIGNIFICARÍA UN PRIMER PASO

HACIA EL CUMPLIMIENTO DE LAS OBLIGACIONES INTERNACIONALES ADQUIRIDAS

EN LA ESFERA DE LOS DERECHOS HUMANOS”, HA EXPRESADO ANN HARRISON.

AMNISTÍA INTERNACIONAL Y ORGANIZACIONES LOCALES DE DERECHOS

HUMANOS HAN DOCUMENTADO REPETIDAMENTE VIOLACIONES COMETIDAS POR

EL SERVICIO ISRAELÍ DE PRISIONES CONTRA DETENIDOS EN HUELGA DE HAMBRE

DESDE QUE KHADER ADNAN, DETENIDO POR VÍA ADMINISTRATIVA, COMENZÓ

UNA HUELGA DE HAMBRE EN DICIEMBRE DE 2011.

ENTRE ESAS VIOLACIONES SE ENCUENTRAN LOS CASTIGOS INFLIGIDOS A LOS

DETENIDOS EN HUELGA DE HAMBRE, A QUIENES SOMETEN A RÉGIMEN DE

AISLAMIENTO E IMPONEN MULTAS CORRECTIVAS; LA NEGACIÓN DE ATENCIÓN

MÉDICA; LA PROHIBICIÓN DE TENER ACCESO A PROFESIONALES MÉDICOS Y DE LA

ABOGACÍA INDEPENDIENTES; LA PROHIBICIÓN DE RECIBIR VISITAS DE FAMILIARES;

LAS AGRESIONES FÍSICAS; Y LA ADMINISTRACIÓN FORZOSA DE TRATAMIENTO,

COMO INYECCIONES EN CONTRA DE LA VOLUNTAD DE LOS DETENIDOS.

ASIMISMO, A AMNISTÍA INTERNACIONAL LE PREOCUPA QUE EN LAS ÚLTIMAS

SEMANAS LAS FUERZAS DE SEGURIDAD Y POLICÍA ISRAELÍES HAYAN, AL PARECER,

EMPLEADO FUERZA EXCESIVA CONTRA PERSONAS QUE SE MANIFESTABAN DE

FORMA NO VIOLENTA PARA EXPRESAR SU SOLIDARIDAD CON LOS PRESOS EN

HUELGA DE HAMBRE TANTO EN CISJORDANIA COMO EN ISRAEL.

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ISRAEL Y LOS TERRITORIOS

PALESTINOS OCUPADOS

DOCUMENTO - ISRAEL Y LOS TERRITORIOS OCUPADOS: SE NIEGA EL

ACCESO DE HUELGUISTAS DE HAMBRE A MÉDICOS

INDEPENDIENTES AU: 119/12 ISRAEL ÍNDICE: MDE 15/023/2012 FECHA: 27 DE ABRIL DE 2012

FECHA: 27 DE ABRIL DE 2012

ACCIÓN URGENTE

SE NIEGA EL ACCESO DE HUELGUISTAS DE HAMBRE A MÉDICOS INDEPENDIENTES

SEIS PALESTINOS DETENIDOS, QUE SE HAN DECLARADO EN HUELGA DE HAMBRE EN

PROTESTA POR SU RECLUSIÓN SIN CARGOS NI JUICIO, ESTÁN YA TAN ENFERMOS,

QUE HAN SIDO TRASLADADOS AL HOSPITAL DE LA PRISIÓN DE RAMLEH. SE LES

NIEGA EL ACCESO A MÉDICOS INDEPENDIENTES.

THA’ER HALAHLEH Y BILAL DIAB ESTÁN EN HUELGA DE HAMBRE DESDE ALREDEDOR

DEL 29 DE FEBRERO DE 2012 EN PROTESTA POR SU DETENCIÓN ADMINISTRATIVA.

SU ESTADO DE SALUD ES YA MUY MALO. EL TRIBUNAL MILITAR DE APELACIONES

RECHAZÓ EL 23 DE ABRIL DE 2012 LOS RECURSOS QUE HABÍAN PRESENTADO, Y

AÚN NO SE HA FIJADO LA FECHA DE LA VISTA DE UNA APELACIÓN QUE HAN

INTERPUESTO ANTE EL TRIBUNAL SUPREMO DE ISRAEL.

THA’ER HALAHLEH FUE DETENIDO EN SU CASA, EN EL PUEBLO DE JARAS DEL

DISTRITO DE HEBRÓN, EL 26 DE JUNIO DE 2010 Y QUEDÓ SOMETIDO A

DETENCIÓN ADMINISTRATIVA. SU ORDEN DE DETENCIÓN, QUE PUEDE

PRORROGARSE INDEFINIDAMENTE, SE RENOVÓ POR ÚLTIMA VEZ EL 5 DE MARZO

DE 2012. BILAL DIAB FUE DETENIDO EN SU CASA, EN KUFR RAI, YENÍN, EL 17 DE

AGOSTO DE 2011, Y QUEDÓ TAMBIÉN SOMETIDO A DETENCIÓN ADMINISTRATIVA,

EN VIRTUD DE UNA ORDEN QUE SE RENOVÓ POR ÚLTIMA VEZ EL 14 DE FEBRERO DE

2012. AMBOS FUERON TRASLADADOS AL HOSPITAL DE LA PRISIÓN DE RAMLEH EL

21 DE MARZO, PUES SU ESTADO DE SALUD ESTABA EMPEORANDO. PESE A LAS

REITERADAS SOLICITUDES PRESENTADAS POR PHYSICIANS FOR HUMAN RIGHTS –

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Edita: Abdo Tounsi - TunSol

ISRAEL ANTE LOS TRIBUNALES, SE HA NEGADO A AMBOS EL ACCESO A MÉDICOS

INDEPENDIENTES, SALVO POR UNA VISITA QUE LES HIZO EL 9 DE ABRIL UN MÉDICO

DE ESTA ORGANIZACIÓN. PHYSICIANS FOR HUMAN RIGHTS HA INSTADO A LAS

AUTORIDADES A QUE LOS TRASLADEN A UN HOSPITAL CIVIL PARA QUE PUEDAN

RECIBIR ATENCIÓN MÉDICA ESPECIALIZADA.

TAMBIÉN ESTÁN EN EL HOSPITAL DE RAMLEH, EN HUELGA DE HAMBRE POR SU

DETENCIÓN ADMINISTRATIVA, HASSAN SAFADI, OMAR ABU SHALAL Y JA’AFAR

IZZ AL-DIN. SE LES NIEGA A TODOS EL ACCESO A MÉDICOS INDEPENDIENTES. SE

ENCUENTRA IGUALMENTE EN EL HOSPITAL DE LA PRISIÓN DE RAMLEH MAHMOUD

AL-SARSAK, ÚNICO PALESTINO DE GAZA RECLUIDO POR ISRAEL SIN CARGOS NI

JUICIO EN APLICACIÓN DE LA LEY DE COMBATIENTES ILEGÍTIMOS. FUE DETENIDO

EL 22 DE JULIO DE 2009 EN EL PUESTO DE CONTROL DE EREZ. SE DECLARÓ EN

HUELGA DE HAMBRE EL 24 DE MARZO DE 2012 PARA PROTESTAR POR SU

PROLONGADA DETENCIÓN ADMINISTRATIVA SIN CARGOS NI JUICIO. EL TRIBUNAL

SUPREMO DE ISRAEL HA RECHAZADO EN CUATRO OCASIONES SUS RECURSOS. SU

ORDEN DE DETENCIÓN SE RENOVÓ POR ÚLTIMA VEZ EL 1 DE MARZO DE 2012.

ESCRIBAN INMEDIATAMENTE, EN HEBREO, EN INGLÉS O EN SU PROPIO IDIOMA:

PIDIENDO A LAS AUTORIDADES ISRAELÍES QUE DEJEN EN LIBERTAD DE INMEDIATO A

ESTOS SEIS DETENIDOS (INDÍQUENSE SUS NOMBRES) Y A LOS DEMÁS PALESTINOS

SOMETIDOS A DETENCIÓN ADMINISTRATIVA SI NO VAN A SER ACUSADOS CON

PRONTITUD DE NINGÚN DELITO COMÚN RECONOCIBLE INTERNACIONALMENTE NI

JUZGADOS DE PLENA CONFORMIDAD CON LAS NORMAS INTERNACIONALES

SOBRE JUICIOS JUSTOS.

INSTÁNDOLAS A QUE GARANTICEN QUE TODOS LOS DETENIDOS EN HUELGA DE

HAMBRE TIENEN ACCESO PERIÓDICO Y CONFIDENCIAL A MÉDICOS

INDEPENDIENTES, A SUS FAMILIAS Y A ABOGADOS, QUE RECIBEN UN TRATO

HUMANO Y QUE NO SON SANCIONADOS DE NINGÚN MODO POR SU HUELGA DE

HAMBRE.

PIDIÉNDOLES QUE PONGAN FIN AL USO DE LA DETENCIÓN ADMINISTRATIVA,

INCLUSO EN APLICACIÓN DE LA LEY DE COMBATIENTES ILEGÍTIMOS, PUES VIOLA

EL DERECHO A UN JUICIO JUSTO, GARANTIZADO POR EL PACTO INTERNACIONAL

DE DERECHOS CIVILES Y POLÍTICOS.

ENVÍEN LOS LLAMAMIENTOS, ANTES DEL 8 DE JUNIO DE 2012 A:

VICEPRIMER MINISTRO Y MINISTRO DE DEFENSADEPUTY PRIME MINISTER AND

MINISTER OF DEFENCE

EHUD BARAK

MINISTRY OF DEFENCE

37 KAPLAN STREET, HAKIRYA

TEL AVIV 61909, ISRAEL

FAX: +972 3 69 16940 / 62757

TRATAMIENTO: DEAR MINISTER / SEÑOR MINISTRO

AUDITOR MILITAR GENERAL

MILITARY JUDGE ADVOCATE GENERAL

BRIGADIER GENERAL DANNY EFRONI

6 DAVID ELAZAR STREET

HAKIRYA, TEL AVIV, ISRAEL

FAX: +972 3 569 4526

CORREO-E: [email protected]

TRATAMIENTO: DEAR JUDGE ADVOCATE GENERAL / SEÑOR AUDITOR MILITAR

GENERAL

COPIAS A:

COMANDANTE DE LAS FUERZAS DE DEFENSA DE ISRAEL EN CISJORDANIA

COMMANDER OF THE IDF – WEST BANK

MAJOR-GENERAL NITZAN ALON

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Page 95: Revista PALESTINA DIGITAL - Junio 2012

Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

GOC CENTRAL COMMAND

MILITARY POST 01149

BATTALION 877, ISRAEL DEFENSE FORCES, ISRAEL

FAX: +972 2 530 5724

TRATAMIENTO: DEAR MAJOR-GENERAL / GENERAL

ENVÍEN TAMBIÉN COPIA A LA REPRESENTACIÓN DIPLOMÁTICA ACREDITADA EN SU

PAÍS. INSERTEN A CONTINUACIÓN LAS CORRESPONDIENTES DIRECCIONES:

NOMBRE DIRECCIÓN 1 DIRECCIÓN 2 DIRECCIÓN 3 FAX NÚMERO DE FAX

CORREO-E. DIRECCIÓN DE CORREO ELECTRÓNICO TRATAMIENTO TRATAMIENTO

CONSULTEN CON LA OFICINA DE SU SECCIÓN SI VAN A ENVIAR LOS

LLAMAMIENTOS DESPUÉS DE LA FECHA ANTERIORMENTE INDICADA.

ACCIÓN URGENTE

SE NIEGA EL ACCESO DE HUELGUISTAS DE HAMBRE A MÉDICOS INDEPENDIENTES

INFORMACIÓN COMPLEMENTARIA

HASSAN SAFADI, DE 34 AÑOS, FUE DETENIDO EN SU CASA, EN EL CAMPO DE

REFUGIADOS DE BEIT AIN AL MA, EN NABLÚS, EL 29 DE JUNIO 2011. SU ORDEN

DE DETENCIÓN SE RENOVÓ EL 29 DE ENERO. SE DECLARÓ EN HUELGA DE

HAMBRE EL 2 DE MARZO O HACIA ESA FECHA. EL 24 DE ABRIL SE RECHAZÓ UNA

PETICIÓN PRESENTADA ANTE EL TRIBUNAL SUPREMO DE ISRAEL CONTRA SU

DETENCIÓN ADMINISTRATIVA. OMAR ABU SHALAL, DE 54 AÑOS, FUE DETENIDO

CUANDO SE DISPONÍA A ENTRAR EN JORDANIA EL 15 DE AGOSTO DE 2011. SU

ORDEN DE DETENCIÓN SE RENOVÓ POR ÚLTIMA VEZ EL 15 DE FEBRERO, Y SE

DECLARÓ EN HUELGA DE HAMBRE EN TORNO AL 4 DE MARZO DE 2012. JA’AFAR

IZZ AL-DIN, DE 41 AÑOS, FUE DETENIDO EN SU CASA, EN ARRABEH, YENÍN, EL 21

DE MARZO DE 2012 Y QUEDÓ SOMETIDO A DETENCIÓN ADMINISTRATIVA. SE

DECLARÓ EN HUELGA DE HAMBRE POR SU DETENCIÓN ADMINISTRATIVA HACIA EL

27 DE MARZO DE 2012. MIEMBRO DEL EQUIPO NACIONAL DE FÚTBOL PALESTINO,

MAHMOUD AL-SARSAK, FUE DETENIDO EL 22 DE JULIO DE 2009, Y ESTÁ EN

HUELGA DE HAMBRE DESDE EL 24 DE MARZO DE 2012.

AMNISTÍA INTERNACIONAL HA PODIDO CONFIRMAR TODOS LOS DATOS

IMPORTANTES DE LOS CASOS INCLUIDOS EN ESTA ACCIÓN URGENTE. ALGUNOS

PRESOS Y DETENIDOS PALESTINOS MÁS SE DECLARARON EN HUELGA DE HAMBRE

EN MARZO POR DISTINTAS RAZONES; NO TODOS HAN SIDO TRASLADADOS AL

HOSPITAL DE LA PRISIÓN DE RAMLEH Y NO SE TIENE NOTICIA DE QUE SE HAYA

PERMITIDO A ALGUNO EL ACCESO A MÉDICOS INDEPENDIENTES. EL 17 DE ABRIL

DE 2012 SE INICIÓ UNA HUELGA DE HAMBRE MASIVA: UNOS 2.000 PRESOS Y

DETENIDOS PALESTINOS SE ENCUENTRAN EN HUELGA DE HAMBRE EN PROTESTA

POR LAS CONDICIONES DE RECLUSIÓN, EL AISLAMIENTO Y LA NEGACIÓN DE LAS

VISITAS DE FAMILIARES. A MUCHOS SE LES HA SANCIONADO DE DISTINTAS POR

FORMAS POR ESTAR EN HUELGA DE HAMBRE, Y NO SE TIENE NOTICIA DE QUE SE

HAYA PERMITIDO A ALGUNO EL ACCESO A MÉDICOS INDEPENDIENTES.

LOS PALESTINOS DE CISJORDANIA SON SOMETIDOS A DETENCIÓN

ADMINISTRATIVA EN APLICACIÓN DE LA ORDEN MILITAR 1651, QUE FORMA

PARTE DE LA LEGISLACIÓN MILITAR APLICADA EN EL TERRITORIO OCUPADO DE

CISJORDANIA. DE ACUERDO CON ESTA ORDEN MILITAR, LAS ÓRDENES DE

DETENCIÓN ADMINISTRATIVA DICTADAS POR LAS AUTORIDADES MILITARES POR

PERIODOS DE HASTA SEIS MESES SE PUEDEN PRORROGAR INDEFINIDAMENTE SI HAY

“MOTIVOS RAZONABLES” PARA CREER QUE LAS PERSONAS OBJETO DE ELLAS

REPRESENTAN UNA AMENAZA PARA LA “SEGURIDAD DE LA ZONA” O LA

“SEGURIDAD PÚBLICA”. ESTAS CONDICIONES NO ESTÁN DEFINIDAS, Y SU

INTERPRETACIÓN SE DEJA AL ARBITRIO DE LAS AUTORIDADES MILITARES.

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Page 96: Revista PALESTINA DIGITAL - Junio 2012

Revista PALESTINA DIGITAL _____Denunciando al sionismo_____ Número 7 – Junio 2012

Edita: Abdo Tounsi - TunSol

ISRAEL UTILIZA LA LEY DE COMBATIENTES ILEGÍTIMOS PARA DETENER A PALESTINOS

RESIDENTES EN LA FRANJA DE GAZA SIN CARGOS NI JUICIO EN APLICACIÓN DE

ÓRDENES MILITARES DICTADAS POR EL JEFE DEL ESTADO MAYOR DEL EJÉRCITO.

ESTA LEY ENTRÓ EN VIGOR EN 2002, Y TENÍA POR OBJETO POSIBILITAR LA

DETENCIÓN DE CIUDADANOS LIBANESES. REGULA LA DETENCIÓN SIN CARGOS NI

JUICIO –FORMA DE DETENCIÓN ADMINISTRATIVA- DE CIVILES QUE LLEVEN A CABO

HOSTILIDADES CONTRA ISRAEL Y NO TENGAN DERECHO A LA CONDICIÓN DE

PRISIONEROS DE GUERRA EN VIRTUD DEL DERECHO INTERNACIONAL

HUMANITARIO. DE ACUERDO CON ELLA, SE ENTIENDE POR “COMBATIENTE

ILEGÍTIMO” A LA PERSONA QUE HA TOMADO PARTE EN HOSTILIDADES CONTRA

ISRAEL DIRECTA O INDIRECTAMENTE O ES MIEMBRO DE UNA FUERZA QUE LLEVA A

CABO HOSTILIDADES CONTRA ISRAEL.

LA PRÁCTICA DE LA DETENCIÓN ADMINISTRATIVA (INCLUIDA LA DETENCIÓN EN

APLICACIÓN DE LA LEY DE COMBATIENTES ILEGÍTIMOS) QUE SE SIGUE EN ISRAEL Y

LOS TERRITORIOS PALESTINOS OCUPADOS VIOLA EL DERECHO

INTERNACIONALMENTE RECONOCIDO A UN JUICIO JUSTO, QUE DEBE HACERSE

VALER CON TODOS LOS DETENIDOS POLÍTICOS, INCLUIDOS LOS ACUSADOS DE

VIOLENCIA, E INCLUSO EN SITUACIONES DE ESTADO DE EXCEPCIÓN.

CON LA DETENCIÓN ADMINISTRATIVA Y LA LEY DE COMBATIENTES ILEGÍTIMOS SE

VIOLA SISTEMÁTICAMENTE EL DERECHO DE LOS DETENIDOS ADMINISTRATIVOS A UN

JUICIO JUSTO, QUE ESTÁ GARANTIZADO POR EL ARTÍCULO 14 DEL PACTO

INTERNACIONAL DE DERECHOS CIVILES Y POLÍTICOS (PIDCP), EN EL QUE ISRAEL

ES ESTADO PARTE, Y QUE INCLUYE EL DERECHO A SER INFORMADOS CON

PRONTITUD Y DE MANERA EXHAUSTIVA DE LAS RAZONES DE LA DETENCIÓN, A QUE

SE PRESUMA SU INOCENCIA, A INTERROGAR O HACER INTERROGAR A LOS

TESTIGOS DE CARGO Y A SER JUZGADOS EN PÚBLICO. LAS PRUEBAS DE CARGO SE

VEN EN SECRETO, SIN PERMITIR QUE EL DETENIDO Y SU ABOGADO LAS

CONOZCAN, PARA PODER ASÍ IMPUGNARLAS.

SEGÚN EL SERVICIO DE INSTITUCIONES PENITENCIARIAS DE ISRAEL, EL 31 DE

MARZO DE 2012 HABÍA 320 PALESTINOS SOMETIDOS A DETENCIÓN

ADMINISTRATIVA.

NOMBRE: THA’ER HALAHLEH, BILAL DIAB, HASSAN SAFADI, OMAR ABU SHALAL,

JA’AFAR IZZ AL-DIN, MAHMOUD AL-SARSAK

SEXO: HOMBRES

AU: 119/12 ÍNDICE: MDE 15/023/2012 FECHA DE EMISIÓN: 27 DE ABRIL DE

2012

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Page 97: Revista PALESTINA DIGITAL - Junio 2012

PALESTINA

DIGITAL.COM

OPALESTINA H Y, es una publicación de PALESTINA DIGITAL que incluye noticias de Palestina y otras secciones como: Salud, Cultura, Tecnología, Sociedad y Espectáculos, además de un editorial diario sobre la actualidad.

La Revista PALESTINA DIGITAL es mensual y publica documentos, noticias y opiniones. Hacemos hincapié en los informes y en los análisis de los expertos sobre la cuestión palestina

MUSEO DEL HOLOCAUSTO PALESTINO (próximamente) El pueblo palestino sufre un holocausto desde hace décadas que consiste en. Masacres, desalojos, represión, exterminio... etc. a manos del sionismo y su brazo ejecutor el Estado de Israhell.

EDICIONES GRUPO ABDO TOUNSI - TUNSOL

Page 98: Revista PALESTINA DIGITAL - Junio 2012

PALESTINA, TIERRA Y PUEBLO

LENGUA Y RELIGIÓN La mayoría de los palestinos son musulmanes, y hay una importante minoría cristiana de diversas

confesiones, así como una pequeña comunidad samaritana. Árabe la lengua vernácula tradicional de los

palestinos, independientemente de su religión, es el dialecto árabe palestino. Estudios genéticos

modernos han sugerido que los palestinos como grupo étnico representan los modernos "descendientes

de un núcleo de población que vivía en la zona desde los tiempos prehistóricos", anterior a la llegada

del Islam su lenguas eran variada entre el arameo, el árabe, romana, hebreo… El árabe se estableció

como la lengua franca, al convertir la mayoría de la población al islam.

ORIGEN El uso generalizado de "palestino", como un antónimo, para referirse a la concepción nacionalista de un

"pueblo palestino" para la población de habla árabe local de la región, comenzó antes del estallido de la

Primera Guerra Mundial, y la primera exigencia de la independencia nacional fue emitida por el

congreso sirio-palestino del 21 de septiembre de 1921. Después de la creación del Estado sionista y los

éxodos de 1948 y 1967, el término vino a significar no sólo un lugar de origen, sino la afirmación de un

pasado común y un futuro en forma de nación-estado palestino.

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Soy el pueblo palestino, hijo del fuego

de las entrañas de mi tierra,

PALESTINA

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MI NOMBRE ES PALESTINA: DESDE HACE 64

AÑOS ¡BUSCO JUSTICIA! POR:

TRADUCE EN PRIMICIA PARA PALESTINA DIGITAL: ÁNGELA MONTESDEOCA

Mi nombre es Palestina y soy de la tierra del Mar Mediterráneo y del Río Jordán. Soy el hogar y el único hogar para mis hijos los palestinos. Los poetas celebran mi cultura, mi belleza y el coraje de mis hijos. Los pintores me cantan su amor, su devoción y sus suspiros. Al-Quds es mi corazón latente. Haifa es mi perla del Mediterráneo. Yafa es mi paraíso de naranjas y jazmines. Acre es mi paraíso de cúpulas blancas. Bir El-Sabe es mi princesa de Al-Naqab. Nablus es mi montaña de la revolución. Gaza es mi dignidad, mi coraje y mi constancia. Jenin es mi resistencia, el hogar de mis leyendas. Safad es mi hija abrazando el sol. Hebrón es mi guardián de la gloria. Besam es el hogar de mi historia, mis raíces profundizando en el tiempo. Beit Lahim es mi oasis de tranquilidad. Ramalah es mi amor eterno de los olivos. Tabaria es mi hogar de la revolución contra la opresión. Tulkarim es mi mar

de verde y doradas praderas. Soy la madre de miles de aldeas y pueblos y localidades beduinas. Soy madre de 531 pueblos y ciudades que fueron borrados del mapa del mundo, pero no fueron borrados de mi corazón. Soy madre de 531 pueblos y ciudades que fueron olvidadas por el mundo pero están gravadas en la memoria colectiva de mis niños. Soy madre de 531 pueblos y ciudades que fueron demolidas y transformadas en ruinas, pero cada piedra está esperando ser

CONGRESO PARA EL

DERECHO AL RETORNO

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Edita: Abdo Tounsi - TunSol

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reconstruida, cada hogar espera ser devuelto a la vida. Soy la madre de diez mil millones de palestinos. Soy la madre de los mártires, de los prisioneros y de los revolucionarios. Soy la madre de los granjeros, los pescadores y los trabajadores. Soy la madre de los escritores, de los poetas y de los pintores. Soy la madre de los héroes, la madre de las leyendas, la madre de gente con fortaleza. Soy la madre de los que permanecen firmes en mi tierra, cuidando de ella y protegiéndola. Soy la madre de aquellos que llevan el arma, las piedras y los tirachinas. Soy la madre de aquellos elevando los cuatro colores al cielo, celebrando mi rojo, mi verde, mi blanco y mi negro. Soy la madre de la gente que se rehúsa a rendirse, a olvidar y a perdonar las injusticias hechas a mí y a ellos. Soy Palestina.

Entonces un día el sol dejó de sonreír para mí y se escondió detrás de las nubes por vergüenza. Los pájaros dejaron de jugar conmigo y sus voces susurraron miedo. Las olas dejaron de jugar conmigo y rugieron de ira por lo que iba a llegar. Un día, un oscuro día, la risa de mis niños desapareció de los callejones, sus canciones ahora hablan de comprar armas en lugar de collares, balas en lugar de anillos y el canto de los pescadores se ha silenciado. Un día la tierra lloró lágrimas de sangre mientras el mundo miraba. Haifa sangró, Jaffa sangró, Acre sangró, Nablus sangró, Safad sangró, Gaza sangró, Ramlah sangró, Beer Is-Sabe sangró, Hebrón sangró, Besam sangró, Belén sangró, Tabaria sangró. Un día mi corazón Al-Quds sangró y lloró lágrimas de sangre y 64 años más tarde aún sangra mientras el mundo

continúa mirando. Los cielos giraron y la tierra giró, los pájaros giraron y las flores giraron. un oscuro día extranjeros llegaron, extranjeros desde lejos vinieron a reclamar mi hogar como el suyo, a usurparme, a destruirme, a rediseñarme para distorsionar mis formas, para destruir mis raíces palestinas, para reclamar mi patrimonio como suyo. Un oscuro día los sionistas vinieron a matar a mis niños, vinieron a expulsarlos y a separarlos de mí, vinieron a demoler mis hogares, mis campos y mi geografía, vinieron a matarme. Cambiaron mi nombre, cambiaron mi lengua, cambiaron mis formas. Un oscuro día los sionistas vinieron a reclamarme como suya. Explotaron coches bomba cerca de cafés y mercados, cerca de escuelas y de áreas residenciales. Volaron barrios enteros y cometieron incontables masacres. Patrullaron las calles y dejaron destrucción detrás de ellos, amenazando a todos con muerte, violación, aterrorizando a todos, echándolos. Robaron hogares,

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posesiones, industrias, campos y las granjas de mis niños. Destruyeron mis aldeas, las borraron, construyeron colonias de muerte sobre los cuerpos de los vivos, sobre los hogares que estaban llenos de vida. Robaron mi Haifa, mi Jaffa, mi Besam y mi Safad. Borraron mi Jerasa y mi Zacaria y mi Der-Aban. Un oscuro día los sionistas vinieron a matarme y me matan cada día desde hace 64 años. Pero los desafío y vivo, los desafío y continúo existiendo.

Un oscuro día los sionistas vinieron y echaron a mis niños. Los empujaron hacia el Mediterráneo, los empujaron hacia el mar. Los forzaron salir de sus hogares bajo el sol abrazador hacia los desconocidos, los dejaron caminar durante días sin agua y sin comida, descalzos y bajo la mira de las armas. El tiempo se detuvo, la justicia fue tomada cautiva y la conciencia murió desde que las canciones de mis niños fueron remplazados por sus llantos, por sus gemidos, por sus lágrimas. Las lágrimas de mis niños se

volvieron piedras, se volvieron sus armas contra la injusticia, se volvieron el símbolo de la resistencia contra la opresión. Forzaron a mis hijos a salir de sus hogares y éstos aún lloran por ellos. Forzaron a mis hijos a salir de sus campos y bosques y los campos y los bosques se rehusaron a olvidar las manos que los plantaron y cuidaron de ellos. Forzaron a mis hijos a salir de su tierra, lejos de su madre, lejos de mí. Yo recuerdo cada uno de mis hijos. Recuerdo sus nombres, sus caras, sus sueños, sus esperanzas y sus canciones. Yo recuerdo a cada uno de ellos, porque cada uno de ellos es parte mía, cada uno de ellos es un palestino. Los llamo en cada amanecer, en cada atardecer, en cada hora y en cada minuto. Cuando mis hijos fueron expulsados de sus hogares, fueron expulsados de mi lado. Recuerdo como estaban unidos a mí, una unión cada vez más y más fuerte porque sus raíces estaban conectadas a mi, ellas eran las venas de vida. Cuando desaparecieron en la distancia, los pude sentir más unidos a mi que nunca, aferrándose a la vida a pesar de la muerte que los rodeaba, pude escuchar al mar y al cielo hacer eco de sus llantos y de su promesa ¡volveremos!

Mi nombre es Palestina. Yo era el hogar, el refugio, el paraíso en la tierra de todos mis hijos: musulmanes, cristianos, judíos y ateos. Mis hijos vivían juntos, eran hermanos y hermanas, eran vecinos, eran amigos, eran miembros de una gran familia palestina. Trabajaban en los campos juntos, construían cálidos hogares, hermosas mansiones, artísticos arcos, verdes parques y activos mercados. Cambiaron palabras por música celestial, cartas por leyendas tradicionales y sabiduría por logros. Mis callejones y calles repetían el eco de la risa de los niños. Mis hogares llevan la marca y el nombre de mis hijos. Mis campos y bosques eran regados por el amor, el sudor y la sangre de mis hijos. Todos ellos eran mis hijos y yo Palestina, era su madre y su único hogar. Luego, un oscuro día los sionistas llegaron y reclamaron y aún reclaman que estoy vacía. Ellos reclaman que yo era

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una tierra desierta, una tierra "sin gente para una gente sin tierra". Ellos reclamaban que mis hijos no existían, que eran un pueblo inventado. Trajeron extranjeros de lejos, los trajeron para usurparme, para colonizarme, para tomar el lugar de mis hijos. Ellos robaron los hogares, los campos y las propiedades de mis hijos. Legaron y destruyeron mi

paraíso, establecieron una identidad que es falsa, que estaba muriendo antes de nacer, una entidad que es falsa y está construida en mentiras y mitos, una entidad construida en el racismo de una sola raza de un grupo elegido. Llegaron para establecer una entidad en los cuerpos de mis hijos, con la limpieza étnica de los nativos de esta tierra. Ellos robaron mi cultura, mis libros y mis canciones. Robaron mi arquitectura, mis hogares y mis danzas. Robaron todo lo que es mío, pero tengo coraje, dignidad y orgullo plantado en el corazón de mis hijos. Ellos robaron todo lo que es mío pero mis hijos se aferran a mi y en sus hogares de exilio forzado repiten a una voz ¡VOLVEREMOS!

MIS DATOS

1878 Distribución de la población palestina: total 462,465 (musulmanes y cristianos 96.8%, judíos 3.2 %)

1882-1914 65.000 colonos judíos europeos llegan a colonizar Palestina.

1922 Distribución de la población palestina: total 757,182 (musulmanes y cristianos 87.6%, judíos 11%)

1920-1931 108,825 colonos judíos llegan a colonizar Palestina

1931 Distribución de la población palestina: total 1, 035,154 (musulmanes y cristianos 83.1%, judíos 16.9%)

1932-1936 174,000 colonos judíos llegan a colonizar Palestina

1937-1945 119,800 colonos judíos llegan a colonizar Palestina

1948 Distribución de la población palestina: total 2, 156,700 (musulmanes y cristianos 68.8%, judíos 32.2%)

De los 2, 156,700: 1, 440,000 eran musulmanes y cristianos nativos de Palestina y de los 716,700 judíos sólo 253,700 eran palestinos judíos nativos, el resto eran colonos.

1945-1946 los palestinos poseían 87.5% del total del área de Palestina. Los judíos poseían sólo el 6,6% del total del área de Palestina. El restante 5.9% fue clasificado como "tierra Estado" por el gobierno Británico.

1942 los palestinos eran responsables del 90% de los granos y legumbres producidos en Palestina.

1943 los palestinos eran responsables del 73% de las frutas producidas en Palestina.

1944/45 los palestinos eran responsables del 77% de las verduras producidas en Palestina

1945 los palestinos poseían el 99% de los olivares en Palestina y tenían una próspera pesca e industrias lechera y avícola.

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YO NO OS TEMO . . . P A L A B R A S D E

U N N I Ñ O P A L E S T I N O

ESCRITO TRADUCIDO DEL ÁRABE POR ABDO TOUNSI - TUNSOL

Yo no os temo...

Ya no tengo nada que perder

Solo poseo unas piedras de mi casa derruida

Y dignidad que heredé de mi familia.

Yo no os temo...

Yo, las piedras y el alma de mi familia os esperamos aquí

No me importan vuestras balas

Porque tengo mis piedras y la valentía que os aterroriza

No, no, vosotros ya no me dais miedo

Ni siquiera la muerte me aterroriza

Yo no os temo...

Yo tengo añoranza por la comida de mi madre asesinada

Sí, mi madre, a la que cayó sobre ella junto a mis hermanos el techo de mi

casa

Tal vez si vuestra cobardía me mata me reúno con ella

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Seguro que está preocupada y me espera, con el bocadillo en su mano

Ella no teme que muera

Pero teme que pierda lo que me queda de dignidad

Teme que venda la tierra y la sangre de mi familia

Yo no os temo...

No me miréis así, y no digáis que soy pequeño

Que solo tengo doce años

Dentro de mí hay un gigante que os aterroriza

¡Veis las muertes en la calles y pensáis que hemos muerto!

Pero a nosotros no nos aterrorizan

Porque nos lleva con nuestros queridos.

Yo no os temo...

Cada caído de nosotros tiene queridos en el cielo que le esperan

Nosotros los héroes tenemos el honor de estar en el cielo

Así que venid a mí, os estoy esperando

Tengo una piedra y el alma de mi familia y os combatiré

Porque Yo no os temo

SOY PALESTINO, HIJO DEL FUEGO DE LAS ENTRAÑAS DE MI TIERRA, PALESTINA

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PALESTINAS Y PALESTINOS EN PIE DE LUCHA POR SU TIERRA

FOTOGRAFÍAS DE HAIM SCHWARCZENBERG

HAIM SCHWARCZENBERG: “Soy fotógrafo activista viven en Jaffa, tomando

parte en la lucha Palestina contra la ocupación israelí y la opresión.

¡Siempre con los oprimidos!”

LA INTIFADA CONTINÚA

FOTOGRAFÍAS. JERUSALÉN ESTE 20/05/2012

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FOTOGRAFÍAS: PROTESTA EN APOYO DE LOS PRESOS 05/07/2012

FOTOGRAFÍAS: KUFR QADDUM0 4/05/2012

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PALESTINO: “MI VIDA ES UNA TRAGEDIA, NACÍ Y ME CRIÉ EN UN CAMPO DE REFUGIADOS”

Editorial de PALESTINA HOY 27 de mayo de 2012 POR: ABDO TOUNSI – TUNSOL

“El doctor Izzeldin Abuelaish mira de frente cuando habla. Con vehemencia y convicción reclama paz y libertad para Palestina, pero sus ojos negros se apagan y se llenan de lágrimas cuando habla de la tragedia que le arrebató a tres hijas adolescentes. Ni aun así baja la mirada; no tiene pudor en mostrar sus lágrimas. En una entrevista exclusiva con Clarín, de visita en Buenos Aires, responde cada pregunta con una sentencia. Frases fuertes y planteos intensos. “Mi vida es una tragedia, nací y me crié en un campo de refugiados””

No es fácil ser hijo, hija, padre, madre, abuelo, abuela… en definitiva ser palestino bajo la ocupación sionista y la conjura de medio mundo contra ti… Eso debe pensar y sentir cualquier persona, que con un mínimo sentido de humanidad al ver y escuchar las tragedias de este pueblo hermano, al que le tocó pagar por el pecado de unos desaprensivos europeos que por su fanatismo religioso crearon una tragedia para un colectivo de su población y cuando quisieron aplicar una penitencia, solo se les ocurrió cometer otra contra todo un pueblo.

La historia del doctor Izzeldin Abuelaish que perdió sus tres hijas en un bombardeo del ejército sionista a Gaza el 16 de enero de 2009 a las 16.45, muestra la magnitud del infortunio de los palestinos. Una

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bomba cayó sobre la habitación en la que se encontraban sus hijas y una sobrina, Bessan, Aya y Mayar murieron despedazadas por el estallido. Dice que tiene derecho a odiar pero él elige la opción de NO ODIAR… Es admirable la fortaleza de sentimientos humanos, que vienen demostrando los palestinos a lo largo de su tragedia; cada vez que hay un rayo de esperanza para la PAZ se lanzan a ella con todas sus fuerzas, queriendo la vida antes que la muerte, dejando que afluya de dentro de ellos la humanidad y el amor, pero siempre tropiezan con la sinrazón del sionismo.

La muerte, la destrucción, la desesperanza… hacen mella en cualquier persona que las sufra, generando despecho hacia tu verdugo, pero el doctor Izzeldin Abuelaish, dice “El odio no sirve porque cuando empiezas a odiar a alguien, te vuelves ciego, no sabes que hacer, es un veneno, pierdes el control” ¡Grandioso!... Estas historias y estos sentimientos deberían ser enseñados en las escuelas del Estado sionista, en vez de enseñar a odiar y a menospreciar al ser humano, porque es diferente a ellos en religión o pensamiento. El día que estos sentimientos lleguen a la población adormecida del Estado sionista, dejará de ser un Estado racista y criminal… pero antes ha de haber una conciencia colectiva sobre el mal que genera el sionismo y su pensamiento enfermo de racismo y odio.

Sentir y pensar van unidos y determinan una acción o una actitud, las nuestras son de no quedar callados ante tales atrocidades y tragedias. Denunciarlos es deber de cada uno de nosotros, no podemos dejar que a otros seres humanos se les asesine por el capricho del MAL, al haber sido el eslabón más débil en un momento dado… no podemos ser corderitos esperando el turno a ser las próximas victimas… rebelarnos ante las injusticias es sagrado en nuestras leyes de nuestra carta magna de LA DIGNIDAD HUMANA.

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Grupo Abdo Tounsi – TunSol

Trabajamos para llevar la voz del pueblo palestino,

a todas las personas de buena voluntad, que

quieren saber de las injusticias que se cometen con

este pueblo hermano.

www.abdotounsi.com

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LA COCINA

PALESTINA

TE INSPIRA

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LA COCINA PALESTINA TE INSPIRA Receta de berenjenas a la palestina

Comenzaré por decir que si alguien busca esta receta en el índice de un libro de cocina

fracasará en su intento. La dificultad de encontrarla no estriba en que se trate de una

receta del oriente próximo, sino que es una receta completamente inventada y

simplemente inspirada en los ingredientes y especias de la cocina palestina, pero no

responde a ninguna receta ni preparación particular.

Si la analizamos con más detalle veremos que se trata de un plato vegetariano con la

verdura como tema y la berenjena como estrella. Inspirado por la cena palestina que

preparamos hace algunos días y recordando el olor de las especias que inundaba la casa

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Cocina palestina_____ Número 7 – Junio 2012

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mientras preparábamos el fatteh y el makloubeh, el pasado sábado improvisé unas

berenjenas rellenas que no quiero dejar de compartir dado su fantástico resultado.

Las he apodado berenjenas a la palestina porque hemos utilizado el bahr que es la misma

mezcla de especias palestina que utilizamos para las otras dos preparaciones. Además

echando una vista en la nevera y en la despensa añadimos algunos otros ingredientes

como piñones, aceitunas negras, tomate y alcaparras. Os dejo con los ingredientes y la

receta paso a paso.

Ingredientes (2 personas)

2 berenjenas grandes

media cebolla grande

1 cucharada de piñones

1 cucharada de tomate frito

1 cucharada de alcaparras

250 grs de aceitunas negras sin hueso

2 cucharaditas rasas de bahr (mezcla de especias palestinas)

Perejil picado

Aceite de oliva virgen

Un yogur natural (sin azúcar)

Una pizca de sal

Preparación (asamos las berenjenas)

1. Limpiar las berenjenas con un trapo húmedo.

2. Perforar con un pincho o un tenedor las berenjenas enteras y sin pelar.

3. Asar unos 30 minutos a 180-200º en el horno hasta que estén blandas y

ligeramente doradas.

4. Dejarlas enfriar ligeramente.

5. Cortarlas al medio a lo largo, vacía su carne con la ayuda de una cuchara con

cuidado de no romper la piel. Luego la utilizaremos.

6. Aparta y reserva la carne y la piel de dos medias berenjenas.

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Revista PALESTINA DIGITAL _____Cocina palestina_____ Número 7 – Junio 2012

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Preparación (preparamos el relleno)

1. Pela y corta la cebolla muy finita.

2. Pon un poco de aceite de oliva virgen en un sartén y sofríe la cebolla a fuego suave

unos 15 minutos hasta que esté bien transparente y ligeramente dorada.

3. Luego con el fuego suave añade las dos cucharaditas de especias con cuidado que

no se quemen y la carne de berenjena.

4. Mezcla bien el conjunto para que la berenjena se impregne bien de las especias y

déjalo a fuego suave unos 8-10 minutos removiendo de vez en cuando para que

no se pegue.

5. Añade los piñones, las aceitunas bien picadas, las alcaparras y una cucharada de

tomate frito y déjalo a fuego suave otros 6-8 minutos removiendo de vez en

cuando para que no se pegue.

6. Mientras adereza el yogur natural con una pizca de sal.

7. Casi cuando esté añade una cucharadita de perejil finamente picado y mézclalo

bien con el guiso.

8. Apártalo del fuego, deja que se enfríe ligeramente y rellena las medias berenjenas

con la carne de berenjena guisada.

Presentación

Pon sobre las berenjenas el yogur natural que has aderezado y decora con un poco de perejil

picado.

¿Sabias que el cordero asado es originario de Palestina? La legendaria cocina palestina cuenta con una increíble variedad de productos y platos locales,

como el conocidísimo Hummus y el Falafel. Pero, aunque parezca parte integrante de la cocina

española, los palestinos también son los “descubridores” del cordero asado. Esta especialidad,

cocinada con especias, es uno de los platos estrella de la cultura gastronómica de Palestina. ¡Y un

motivo más para visitar el país!

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LA COCINA PALESTINA TE INSPIRA Berenjena con yogurt, la receta original

Ingredientes (para unas 4 personas):

- 2 berenjenas medianas

- 2 yogures naturales

- 1 diente de ajo

- sal y pimienta

- piñones

Preparación:

El día anterior: pelar y cortar las berenjenas en lonchas de aproximadamente 1 cm de grosor.

Freírlas en abundante aceite de oliva y escurrirlas unas 12 horas.

Machacar el ajo y mezclarlo con el yogur, batiéndolo a mano.

Cortar la berenjena en dados y mezclarlos con el yogur con ajo preparado en el paso anterior.

Decorar con piñones tostados.

Servir frío o del tiempo.

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Todos los meses en la biblioteca virtual

Revista PALESTINA DIGITAL

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EDITORIALES PALESTINA HOY

MES DE MAYO 2012

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Mundo - Cultura y Espectáculos – Tecnología – Salud – Ciencia – Educación– Sociedad

Editorial de PALESTINA HOY 1 DE MAYO DE 2012 Por: Abdo Tounsi - TunSol

MI CELDA, MI TUMBA NÚMERO 9

La noticia: “el preso Hassan Salameh en celda de incomunicación al igual que

otros 18 presos, relato su calvario y describe su celda: “mi celda, es mi

tumba número 9, fría y desoladora, oscura y estrecha… es mi tumba”…

lo dice en un trocito de papel que pudo filtrar a otros presos”

El relato del preso Hassan Salameh incomunicado en una celda de las cárceles

del único “Estado democrático” de la zona, que la describe como una

tumba, SU TUMBA NÚMERO 9, es un relato de escalofrío y de

indignación ante la clara infracción de los DDHH, una situación que la

viven otros 18 presos incomunicados totalmente: ni abogados, ni Cruz

Roja, ni familiares con solo una comida al día, insultos, maltrato físico

y psíquico (música alta y luces fuertes). Cabe señalar que estos presos

incomunicados están en esta situación porque son líderes en las

protestas que a través de huelgas de hambre “Vientres Vacíos” que los

presos políticos palestinos llevan a cabo para exigir sus derechos,

derechos que las leyes internacionales les otorga por ser presos

políticos y por ser presos de una POTENCIA OCUPANTE.

Oyendo lo que cuenta el ex preso franco-palestino Salah Hamouri recién

liberado, hablando de los niños presos en las cárceles del Estado

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Revista PALESTINA DIGITAL ____ EDITORIALES PALESTINA HOY ____ Número 7 – Junio 2012

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sionista: “Totalmente privados de cualquier presencia adulta. Nunca

hay una ONG presente con ellos. Prohibición de seguir los estudios o de

tener libros. Sin visitas (¡para algunos, sin visita desde 2006!) Ejemplo

de maltrato: Los desplazamientos al tribunal. Despertados a las 4h de

la mañana, luego encerrados en una pequeña sala de aislamiento

hasta las 10:00 h o las 11:00 h. Registro. Esposas. Llegada de las

fuerzas especiales. Segundo registro corporal. Desplazamiento en un

bus cuyo interior es totalmente metálico (un horno en verano, un

congelador en invierno). El desplazamiento puede durar varias horas. A

la llegada a la cárcel de donde depende el tribunal: tercer registro.

Cada niño pasa alrededor de 3 días en aislamiento. Día D del tribunal:

Levantados al alba. 4º registro en presencia de perros. Espera en una

habitación abierta a la intemperie desde las 7 de la mañana hasta, a

veces, las 7 de la noche. Interdicción a los padres, si están presentes. El

abogado no puede acercarse al niño a más de un metro” Nos damos

cuenta hasta que punto estos relatos son documentos para ser una

prueba contundente para condenar a ese Estado sionista

“Democrático” a las más severas condenas jurídicas y someterle a un

aislamiento total hasta que caiga su régimen, como cayó el de

Sudáfrica del Apartheid.

Basta ya de tanta hipocresía hay que poner las cosas en su sitio y la población

del mal llamado “mundo libre” ha de poner a sus políticos ante la

realidad de su doble rasero y el baile de aguas que le hace al

sionismo. De lo contrario estas poblaciones pagarán caro sus

indiferencias como lo pagaron sus antepasados con tantas guerras y

desastres en circunstancias parecidas, donde la desidia dejó paso al

Mal, porque esta situación es un fuego bajo el hielo de sus

conciencias que hará que paguemos justos por pecadores.

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Editorial de PALESTINA HOY 5 de mayo de 2012 Por: Abdo Tounsi - TunSol

DESDE CANADÁ CON AMOR A LA PATRIA

La noticia: “Rana Hamadeh, una joven pacifista palestina, se convirtió en un

símbolo de admiración para miles de personas en las redes sociales

bajo el hashtag #FlagWoman (mujer bandera) tras encaramarse con

una bandera palestina al techo de un camión lanza-aguas de la policía

israelí.”

Desde luego, es admirable la lucha de este pueblo hermano que lleva la patria

en sus genes trasladándose de generación en generación… Rana

Hamadeh es una ciudadana canadiense de origen palestino, hablando

en árabe con acento muy bonito, mezcla de lenguaje campesino

palestino y árabe clásico. Esta muchacha expresaba en una entrevista,

donde afirmaba que ella y su familia como muchas familias

palestinas en la diáspora, viven por y para Palestina. Cuenta que

desde pequeña supo cual era su patria, por eso, va cada tres meses a

Palestina para protestar contra la ocupación sionista de su tierra.

“La mujer bandera”, este es su apodo por enarbolar la bandera de su patria

encima de un furgón de aguas residuales que el ejército de la

POTENCIA OCUPANTE utiliza para rociar a los manifestantes. En su

hazaña fue ayudada por sus compañeros, tanto para subir como para

protegerla de la agresión de los “soldados”, que emplearon todo tipo

de violencia para detenerla, pero fracasaron por la tenacidad del

grupo, la misma tenacidad que mantiene a los 2000 presos palestinos

en huelga de hambre desde hace días con el riesgo de perder la vida,

que Rana Hamadeh y sus compañeros estaban apoyando desde afuera

de una cárcel sionista.

Dice el dicho árabe “NO SE PERDERÁ DERECHO ALGUNO, HABIENDO QUIEN LO

RECLAMA” Así es, el pueblo palestino lo aplica a raja tabla, reclamando

su derecho a una tierra que le fue usurpada en un acto de infamia

mundial (es la vergüenza de toda la humanidad). Los derechos que los

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palestinos no retrocederán sobre su reclamación ni un palmo, se

engloban en tres fundamentales:

LOS PALESTINOS TIENEN DERECHO A:

EL RETORNO A PALESTINA HISTÓRICA

VIVIR SU TRADICIÓN Y SU CULTURA

UN ESTADO INDEPENDIENTE Y SEGURO

Desde Canadá y desde todas partes de la diáspora palestina, todas las

generaciones del pueblo palestino: pasadas, presentes y futuras

aman a su patria herida y no reconocen a otra, aunque se empeñe el

sionismo en decir que busquen otra… Jamás de los jamases, se le

otorgará al sionismo este sueño (encumbrando las calaveras de seres

inocentes). Para que exista Israhell, tienen que aniquilar a 10 millones

de palestinos y para que lleven acabo el proyecto sionista del Gran

Israhell, tienen que acabar con otros 40 millones de árabes... ¡ESTO NO

ES TERRORISMO… ESTO ES PARA CREAR EL ÚNICO ESTADO

DEMOCRÁTICO EN LA ZONA!

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Revista PALESTINA DIGITAL ____ EDITORIALES PALESTINA HOY ____ Número 7 – Junio 2012

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Editorial de PALESTINA HOY 9 de mayo de 2012 Por: Abdo Tounsi - TunSol

TODOS SOMOS BILAL DIAB Y THA’ER HALAHLAH

La noticia: “Varios presos palestinos en huelga de hambre, "al borde de la

muerte" La Cruz Roja está intentando que Israel le permita hospitalizar

a un grupo de prisioneros palestinos en huelga de hambre.”

Los dos presos políticos palestinos Bilal Diab y Tha’er Halahlah detenidos en

las cárceles del Estado sionista bajo la fórmula ilegal de DETENCIÓN

ADMINISTRATIVA, están en situación crítica, tras llevar más de 70 días

sin comer. La cruz roja ya ha advertido del riesgo de muerte de estos

dos cautivos.

El secuestro de Bilal y Tha’er por un Estado hace prever que las leyes

internacionales en defensa de los presos políticos y los DDHH, queden

en papel mojado y que el secuestro sea una práctica habitual de los

Estados dictatoriales como el estado de Israel. Hemos ya de llamar a

las cosas con su nombre, este Estado es dictatorial y de una crueldad

extrema para con los seres humanos, a los que considera inferiores a

su raza, por lo tanto es un Estado racista en primer lugar y practica un

APARTHEID extendido a todo el pueblo palestino al que su único

objetivo es aniquilar.

Cualquier silencio hacía la situación por parte de Estados, organizaciones u

organismos, en estas circunstancias y en el estado en que se

encuentran los secuestrados Bilal y Tha’er, se consideraría

complicidad: tanto en el secuestro como en la consecuencia de un

desenlace fatal de estos dos héroes de libertad y de la DIGNIDAD.

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Todos somos Bilal y Tha’er porque nos sentimos heridos en nuestra dignidad

como personas libres de este planeta y nos solidarizamos con ellos por

justicia y por los DDHH… toda la humanidad debería sentir vergüenza

de la situación a que han llegado los presos políticos palestinos en las

cárceles del Estado criminal de Israhell, que se hace cada día más

violento para contra el pueblo palestino, por todo el apoyo que recibe

del PADRINO, su valedor ante el mundo, con la cabeza visible del

imperio del MAL (la administración de EEUU). ¡Caraduras! que

pretenden convencer a la humanidad que defienden los derechos del

hombre en otros Estados, mientras apoyan con todas sus fuerzas a un

Estado ocupante, usurpador, maltratador… sin que les caiga a sus

responsables la cara de vergüenza ¡será porque NO la tienen!

Es de suma importancia la movilización de la sociedad mundial contra el

secuestro de estos dos valientes que están defendiendo nuestra

dignidad como especie humana, frente a la barbarie del sionismo y sus

secuaces. En esta circunstancia todos somos Bilal y Tha’er porque

somos seres con dignidad y libres, como ellos y todos los presos

secuestrados en las cárceles de los Estados dictatoriales, como este

estado de Israhell que tiene la desfachatez de llamarse democrático.

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Editorial de PALESTINA HOY 4 de mayo de 2012 Por: Abdo Tounsi - TunSol

MORIR POR DIGNIDAD

La noticia: “"Mi hermano Zaer está en una situación crítica. Su corazón late

acelerado, sus músculos se han contraído y sangra por las encías y los

labios. Ha perdido 30 kilos desde que dejó de comer: pesaba 85 y ahora

se ha quedado en 55", explicó a Efe, Maher Halahleh, rodeado de

familiares y amigos que pasan los días en la improvisada carpa

recibiendo a las visitas.”

Dos de los presos políticos palestinos secuestrados por el Estado sionista en

huelga de hambre por dignidad, están a punto de morir. La comunidad

internacional a través de ONU solo ha hecho un llamamiento para

que se respete la vida de los presos, actualmente hay cerca de 2000

secuestrados en las cárceles sionistas en huelga de hambre, todos

recordamos el caso de otros presos políticos en huelga de hambre y la

repercusión que se les daba en los medios del mal llamado mundo

libre y la represión que ejerció la comunidad internacional liderada por

el imperio del Mal cuando estos presos son en cárceles de Estados no

afines al imperio.

No puede haber tanta hipocresía y tanta gente tan mala que se calla ante este

crimen de dejar morir a nadie por reclamar sus derechos a la

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DIGNIDAD, esto significa que la humanidad ha perdido el horizonte y

su destino está ligado a un deterioro de su razón de ser y todo lo que

se ha construido a lo largo de miles de años para llegar a un

entendimiento y acuerdos en lo básico de nuestra convivencia,

poniendo los DDHH por encima de cualquier consideración de índole,

étnico, religioso, cultural, económico, bélico… de esto al menos lo que

se ha entendido de las declaraciones universales de los DDHH.

El simbolismo de la huelga de hambre de los secuestrados en las cárceles de la

POTENCIA OCUPANTE sionista en Palestina, hace que las personas

libres de este planeta estemos orgullosos de su actitud valiente,

prefiriendo morir a vivir sin DIGNIDAD. La obligación de todo ser libre

es la movilización a favor de estos presos héroes de la DIGNIDAD

humana, para darle en toda la cara al imperio del MAL, una muestra

de nuestra indignación por su doble rasero y su indiferencia para con

los DDHH.

Amigas y amigos, la lucha de estos seres es también la nuestra por salvar a la

humanidad del hundimiento de su valor más apreciado: el derecho a

una vida digna y con justicia.

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Editorial de PALESTINA HOY 15 de mayo de 2012 Por: Abdo Tounsi - TunSol

CEDEN ELLOS, PORQUE TRIUNFAMOS NOSOTROS

La noticia: “Prisioneros palestinos acuerdan poner fin a su huelga de hambre”

El título de esta noticia debió ser éste: “Israel cede ante la presión de la huelga

de hambre de los presos palestinos” A lo largo de la historia no se ha

visto ni un solo tirano que haya cedido ante las protestas por puro

gusto, sino todo lo contrario, ha sido un trago muy amargo para él…

El Estado sionista no acuerda nada con los presos palestinos, lo que ha

hecho es firmar una hoja de rendición ante los héroes de las celdas y

el mundo entero, pero y como siempre quiere salvarse la cara

ayudado por los medios, alegando que ha llegado a un acuerdo. No es

cierto, si fuera así porqué no lo hizo antes de la huelga de hambre de

los valientes presos triunfadores de esta lucha numantina, una lucha

que puso de pie a millones de personas en el mundo, exigiendo el

cumplimiento de las reclamaciones de los secuestrados en las cárceles

sionistas.

Así es, un triunfo de los valientes presos palestinos y de toda la comunidad

humanista del planeta que hoy puede alzar su voz con más fuerza si

cabe; QUE JAMÁS HABRÁ TREGUA PARA EL MAL PARA QUE SIGA

ENTRE NOSOTROS. Enhorabuena comunidad humanista, por tu triunfo

derrotando al sionismo, en una batalla que se presentaba muy

complicada y difícil; en primer lugar para los héroes de las celdas del

sionismo, después para la sociedad palestina (que vio cómo se le iban

las iniciativas perdiéndose entre los bastidores de la política de sus

líderes) y en última instancia para los defensores de los DDHH.

Enhorabuena, se ha ganado una batalla por y para la sociedad civil

mundial, tal vez la primera desde hace tiempo contra el sionismo, pero

esto solo acaba de empezar, que se prepare el sionismo a defenderse

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en las trincheras, donde será enterrado por los soldados del BIEN.

Este triunfo es un claro mensaje para los políticos palestinos, que solo

la presión y la lucha por los derechos del pueblo palestino hará que

ceda este régimen racista, instalado en Palestina llamado Israel.

Ni un paso atrás, todos a una ya tenemos la sartén por el mango y en ella

vamos a freír todas y cada una de las medida de APARTHEID del Estado

sionista hasta quemarlas. No nos pararemos hasta acabar con este

régimen, como se hizo con el de Sudáfrica… Ya lo dice la historia: “no

se pierde un derecho mientras haya quién luche por ello”.

Ceden ellos, porque triunfamos nosotros… Cedieron por la heroica tenacidad

de los presos palestinos… Cedieron por la presión de la razón sobre la

sinrazón de su malvado pensamiento… Cedieron porque sus cimientos

están podridos y sus paredes llenas de grietas, unos cuantos

empujones de todos nosotros y este templo del MAL se caerá.

Viva la lucha del pueblo palestino… Viva la solidaridad de la comunidad

humanista para con el sufrimiento del pueblo palestino.

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Editorial de PALESTINA HOY 4 de mayo de 2012 Por: Abdo Tounsi - TunSol

PERDIENDO LA MAGIA, QUEDA LA REALIDAD

La noticia: “Empeora la imagen de Israel en el mundo”

¡Nada por aquí nada por allá… ABRACADABRA, Israel una maravilla de Estado

democrático… VOILÁ!... Se esfuma el humo… Israel es un monstruo, la

magia ha vuelto contra el mago. La realidad es una cosa y la magia es

otra, los que han querido ser extasiados por la ilusión, se quedaron

con la única imagen, la de la realidad del Estado sionista, un Estado

terrorista, criminal, racista, usurpador… con todas las papeletas para

ser defenestrado por la gente común que no quiere una farsa que

extorsione la realidad.

Todo lo que vemos en el mundo de movilizaciones contra este Estado,

concuerda con el dicho de “que no hay mal que por cien años dure”…

Toda la mentira y los mitos que se prefabricaron para la escena del

mago sionista, ayudado por dos deslumbrantes potencias (EEUU Y

EUROPA) no han podido perdurar con el paso del tiempo, y al mago

se le acabó el humo con la sangre de los inocentes palestinos que llena

el escenario; se le rompió la barrita mágica entre los barrotes de las

celdas de los presos palestinos; se le quemó la chistera con los fuegos

de sus bombas lanzadas sobre la población palestina; se le murió la

paloma de pena viendo tanta agresión contra el campo palestino; se le

fue la magia y todo vuelve contra él, solo le queda meterse en su baúl

y encerrarse con siete cerrojos para que nunca jamás le volvamos a

ver.

Cabe decir al menos para los jóvenes, que esta farsa ha durado mucho tiempo,

por razones de ignorancia y fascinación, dos elementos muy peligrosos

que se utilizan para que perdure una patraña; la ignorancia pudo

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hacer mella en generaciones pasadas por la utilización de los medios

de prensa al servicio del mago sionista pagados por él. Hasta hoy en

día siguen con la misma cantinela que de tanto repetir está más que

rallada y suena como la bisagra de una puerta vieja (más vale cerrar la

puerta que aguantar su chillido y salir y entrar por la ventana) La

ventana hoy es muy grande con las nuevas tecnologías de

comunicación. La otra herramienta que utilizó el mago sionista era la

fascinación por su obra "hemos convertido un desierto en un vergel”

una mentira más que se quedó al descubierto por: la utilización de

aguas a costa de las zonas fértiles por naturaleza (se han secado lagos

y humedales en Palestina); el arranque y la quema de olivares de los

campos palestinos; verter aguas contaminantes de las colonias a los

campos de cultivos palestinos… etc. ¿Quien puede volver a creer en el

mago? Su magia se ha vuelto contra él y se quedó sólo con sus

secuaces bailando con los zombis el baile de los muertos.

Una muestra del rechazo al sionista en muchas partes del mundo fue hace dos

días cuando el embajador del Estado sionista en Argentina quiso dar

una conferencia sobre el agua (para convencer a la gente de Patagonia

de sus buenas intenciones sobre el tema del agua) en una universidad

en la ciudad Neuquén, le fue imposible por la acción valiente de unos

activistas pro DDHH y anti sionistas, que dieron al traste con esa

pretendida conferencia y el sionista tuvo que estar entre las paredes

del hotel y en los despachos oficiales y también por el rechazo de la

población que ve peligrar su región por la penetración del sionismo

en ella, y sobre todo por la universitaria que le dio lo que le llaman allí

un ESCRACHE. Comunicado de Multisectorial Pro Palestina

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Editorial de PALESTINA HOY 22 de mayo de 2012 Por: Abdo Tounsi - TunSol

LOS JUDÍOS ANTI-SIONISTAS, UNA LUZ DE ESPERANZA

La noticia: Uri Davis: “Israel está cometiendo un crimen contra la humanidad”

“Soy un ciudadano del Reino Unido y de Israel, un estado, este ultimo, que

perpetra crímenes en mi nombre. Por eso, quiero decir abiertamente

que el gobierno de Israel no me representa y por eso estoy aquí, para

que todos conozcan la realidad y sepan que Israel está cometiendo un

crimen contra la humanidad” Uri Davis

Ghaleb Jaber presento a Uri diciendo que es “un israelí con conciencia

humanitaria, en contra de la ocupación de Palestina, que nació en

Jerusalén y que tiene todos los derechos de ser palestino. Está en

Santiago como una persona de paz, que viene para explicar lo que está

pasando en Palestina y que al igual que yo, no condena el judaísmo

sino la práctica que ejerce el pueblo judío hacia nosotros, los

palestinos”.

El movimiento anti-sionista de intelectuales y personas judías de todas las

condiciones, con conciencia humana como, los califica el compatriota

Ghaleb Jaber, nos hace ver una luz entre tanta oscuridad en ese Estado

prefabricado llamado “Israel”, llena de intereses contrapuestos y de un

amalgama de un cóctel peligroso para nuestros hermanos los judíos y

para todos los habitantes de Palestina y la región, puesto que los más

fanáticos se ponen a la cabeza de este Estado de bandas criminales y

son capaces de detonar las bombas nucleares en caso que se vea

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amenazada la existencia de su Estado del crimen organizado; en

cambio otros están en una psicología de manía persecutoria que

dejarán hacer a los fanáticos lo que quisieran a cambio de una

“seguridad” inalcanzable con una política de usurpaciones,

ocupaciones, torturas, secuestros, Apartheid… que practican sus

“protectores” fanáticos de una idea disparatada como irreal de realizar

el sueño del “Gran Israel”. Otros, afortunadamente toman la

conciencia humana como base de sus pensamientos alejando el

fantasma del sionismo y sus promesas de un mundo mejor para los

judíos, descubriendo la gran mentira y la inhumanidad que entraña

este proyecto malvado, como nuestro conferenciante en las jornadas

de la conmemoración de Al-Nakba de la Fundación Araguaney, el señor

Davis.

Desde la última bárbara agresión que cometió el invasor sionista en Gaza en

2008-2009 muchos intelectuales de todo el mundo y con diferentes

culturas y religiones, se dieron cita en las primeras filas, poniendo los

puntos sobre las íes, en todo lo que la propaganda sionista ha venido

quitando, para extorsionar la verdad y confundir al personal. Los

hermanos judíos de conciencia humana no podían quedar atrás y

fueron los que lideraron un anti-sionismo desde las vanguardias de

destacados personajes intelectuales, religiosos y exmilitares, ocupando

las primeras filas del pensamiento conciliador que busca la real paz y

convivencia con los palestinos, al ver que los partidos que lideraban

esta “teórica paz” la dejaban de lado y se sumaban al proyecto sionista

en pleno.

Hace muy bien el compatriota Ghaleb Jaber en invitar a conferenciar en su

fundación a nuestros hermanos judíos anti-sionistas, para dar cabida a

las voces que se alzan de dentro de Palestina usurpada 1948, dando

oportunidad a esa luz de esperanza para verse en todo su esplendor.

Es más, mis hermanos intelectuales palestinos e “israelíes” de todas las

religiones: judíos, cristianos, musulmanes y otros, han de construirse

en una asociación por la convivencia y el establecimiento de un

estado laico, democrático y social en todo el territorio de la Palestina

histórica, para hacer frente al sionismo y otros pensamientos fanáticos

excluyentes.

Dice el refrán “la esperanza es lo último que se pierde” pero los palestinos y

todos nosotros los anti-sionistas no vamos a perderla nunca, es

nuestro clavo ardiente que nos dará luego la satisfacción de ver el

final del sionismo después de aguantar tanto. Si estamos firmes en

nuestro propósito de desenmascarar y defenestrar al sionismo,

haremos que cada día nuestra plataforma sea más amplia y más eficaz.

El anti-sionismo no es una ideología ni es un pensamiento, es la

manera de definir una actitud frente a la injusticia y la maldad.

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Editorial de PALESTINA HOY 24 de mayo de 2012 Por: Abdo Tounsi - TunSol

TURISMO SOLIDARIO

La noticia: “Sudáfrica, Palestina, Bali y Marruecos: nuevos destinos de turismo

responsable con AIPC Pandora”

“¿Te imaginas descubrir Marruecos, Bali, Sudáfrica y Cisjordania de una

manera diferente y en permanente contacto con sus gentes y

tradiciones?, ¿has querido saber alguna vez cómo sería dormir en pleno

desierto del Sáhara?, ¿te has preguntado cómo es la vida de las

familias en los campos de refugiados de Palestina? ¿Quieres compartir

espacio con las cinco especies más grandes de la sabana africana? Pues

eso y mucho más es lo que ofrecemos con los Viajes Solidarios de AIPC

Pandora. Una oportunidad única de compartir, intercambiar, aprender

e interactuar con otras comunidades sintiéndote parte de ellas y

compartiendo desde dentro su día a día.”

Muchos activistas han ido a Palestina y muchos más han quedado con las

ganas, por las trabas e impedimentos que el Estado sionista pone a la

hora de permitir a estos ansiosos defensores de los DDHH, visitar y

participar en las campañas de ayuda a la población palestina, bajo un

régimen de un férreo Apartheid, que les despoja de sus derechos más

elementales. Sentir de primera mano lo que sienten los palestinos bajo

estas medidas inhumanas, a muchas personas en el mundo se les hace

imperativo. Por eso la iniciativa de AIPC nos parece ideal para dar

respuesta a estos seres de gran corazón, que quieren estar con los que

sufren ¡ADMIRABLE!

Hacer hueco para el conocimiento es la forma más aprovechada que podemos

hacer los seres humanos, por nuestro paso en la vida terrenal (El saber

no ocupa lugar) y si esto va acompañado del sentimiento junto con el

sentir en la carne propia las penurias de los que sufren, hace que el ser

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se eleve al máximo estatus de nuestra razón de existir, como especie

que siente, padece y piensa.

Visitar los campamentos de los refugiados palestinos en Cisjordania, por

ejemplo… nos acercará a una realidad, que a lo largo de décadas el

sionismo ha querido tapar con una propaganda por tierra, mar y aire

(ni una sola película de Hollywood habla del tema). El intento de evitar

cualquier referencia a los refugiados palestinos, fue tan duro que estos

refugiados en tiempo y en cantidad son los que más ha generado la

Maldad del ser humano, jamás conocida encarnada en el sionismo,

fue tan duro que ignorarlos dio al Estado sionista una licencia para

seguir con su plan de masacrarlos, persiguiéndoles en su nuevo

destino como refugiados (refugiados 1948), con un intento de borrar

sus huellas de este crimen, al someterlos cuando ocupó Cisjordania a

un régimen especial, convirtiéndolos en campamentos de

concentración, hechos contrastados por organismos internacionales.

Como persona nacida en Amman rodeado de campamentos de refugiados

palestinos, os puedo asegurar que al vivir entre ellos, adquieres una

realidad del drama del pueblo palestino que supera cualquier

imaginación o ficción. Animo a toda persona que siente el deber de

ayudar al pueblo palestino en su lucha por la LIBERTAD, LA DIGNIDAD

Y LA INDEPENDENCIA, que se apunte a un viaje con fines solidarios, o

simplemente a visitar los campamentos de este pueblo hermano, que

sufre la crueldad jamás conocida por parte de una banda de

criminales organizados en un Estado ilegal sobre una tierra usurpada

y despojada de sus dueños de miles de años.

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Editorial de PALESTINA HOY 29 de mayo de 2012 Por: Abdo Tounsi - TunSol

LLAMAMIENTO A SALVAR LA VIDA DE MAHMUD SARSAK

La noticia: “Mahmud Sarsak lleva ya 72 días de huelga de hambre y está en una

situación más que crítica”

¿A qué esperan las federaciones internacionales de fútbol y deportes, para denunciar

la situación de su compañero? ¡Ah… Perdonad, se me había olvidado, no

reaccionan porque Mahmud Sarsak no es persona, solo es un preso

palestino!... No tienen vergüenza estos satélites del imperio del MAL…

Amasan millones y millones, solo les importa el dinero, tienen el cuerpo

sano pero la mente podrida (en Italia ya han metido a unos cuantos en la

cárcel por apañar partidos, ¡no les es suficiente lo que ganan!) ¿Por qué van a

preocuparse por un compañero preso en huelga de hambre y a punto de

morir? Ellos a lo suyo: amasar fortuna.

Deportistas… Deportistas, ¿estáis allí?... ¡No os veo! Os escondéis para no ver la

realidad o hacéis como los tres monos: ni ven, ni oyen, ni hablan y lo más

grave de todo es que al parecer ya no sentís… Despertad ya, que el fuego

anda muy cerca ¿o es que ya no tenéis espíritu deportista? os perdisteis

entre tantos flashes del deslumbrante don dinero y no encontráis el camino

hacia él.

En la carta del padre de Mahmud dice:

“Mahmoud es uno de los más de 4.400 detenidos palestinos en las cárceles israelíes, en

violación de los artículos 49 y 76 de la Cuarta Convención de Ginebra, que

prohíbe la transferencia de la población ocupada (palestinos), al territorio del

ocupante (Israel). Las infracciones graves de estos artículos se consideran

crímenes de guerra según el Derecho Internacional.

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Para nosotros es insoportable ver a Israel galardonado con la celebración de la copa

UEFA sub-21 en 2013 y sus preparativos para participar en los Juegos

Olímpicos de Londres, mientras que de manera rutinaria Israel ejecuta,

detiene, tortura, encarcela y mata a los palestinos, entre ellos jugadores de

fútbol, sin que ninguna sanción le sea nunca impuesta a pesar de violar

sistemáticamente la Legislación Internacional vigente,. Esto no es juego

limpio. El Deporte debe mostrar solidaridad.

Como familia de Mahmud, hacemos un llamamiento a todas las personas de conciencia

para exigir su liberación inmediata, y presionar a los gobiernos y organismos

internacionales para forzar a Israel a cumplir con las normas más elementales

del Derecho Internacional. En particular, pedimos a los demás jugadores de

fútbol manifestarse en apoyo de Mahmoud y no permanecer en silencio

cuando la crueldad y la arbitrariedad de Israel, ha destruido las aspiraciones

de un atleta, probablemente, de por vida. Les pedimos a los equipos

deportivos y a sus seguidores organizar acciones en apoyo de Mahmoud y

todos los demás presos políticos palestinos… seguir leyendo”

¿Habrá quien escuche este llamamiento entre los deportistas? Esperemos que sí.

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