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Paraty, 2012 REVISTA PARATY Edição nº 13, nov. 2012

Revista Paraty

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Julia Saleh Laura Ruiz Lucas Costamilam Rafaela Sampaio

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Page 1: Revista Paraty

Paraty, 2012

REVISTA PARATY

Edição nº 13, nov. 2012

Page 2: Revista Paraty

ÍndiceCarta ao leitor 3

A Realidade do Mamanguá 4

Uma Pequena lembrança 5

Átomos 5

A solução nuclear 6

Entrevista: Vida no Saco 8

Entrevista: Vida Suburbana 9

Presença da Maçonaria em Paraty 10

Paraty, um pequeno histórico 11

Simetria e arte impressionista 12

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Page 3: Revista Paraty

Carta ao Leitor

Caro leitor, nesta edição da

“Revista Paraty" temos uma pequena

parcela de tudo o que foi visto pelos

alunos do 9° ano de 2012 no estudo

do meio.

Pode-se desfrutar de um vídeo

relacionando átomos, filosofia,

ciências e, é claro , Paraty.

Também teremos um texto

opinando sobre energia nuclear,

questão muito discutida no último

semestre. Mais especificamente,

comenta-se sobre a Usina De Angra

Dos Reis, visitada pelos alunos e

professores.

Ainda, vale à pena conferir um

pequeno texto da presença da

Maçonaria na cidade e entrevistas

com habitantes de lá.

Além disso, mostramos projetos

de Arte de paisagens de Paraty,

cartões postais para matar a saudade.

Boa leitura!

Rafaela Sampaio

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Page 4: Revista Paraty

O saco do Mamanguá está

localizado no estado do Rio de

Janeiro, no município de Paraty. Só é

possível chegar lá de barco.

O local é ocupado por

pescadores e artesãos, que tiram seu

sustento da natureza, seja pela pesca,

pelo uso da madeira (por exemplos os

barquinhos feitos pelos alunos) ou

usando plantas para medicina. Outro

grande fator para seu sustento é o

turismo.

A vegetação do saco de

Mamanguá é Mata Atlântica

preservada e o mar. A área de

transição entre os dois, denominada

de Costão Rochoso, apresenta uma

rica biodiversidade, tendo ali diversas

espécies. Ao andarmos de barco

pudemos observar uma paisagem

com árvores altas, um mar entre o

verde e o azul, rochas, pássaros e

montanhas.

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A Realidade do

Mamanguá

Em relação à pescaria,

aprendemos que a pesca predatória

diminui a feita pelos moradores

locais. As espécies de peixes e outras

criaturas do mar, como águas-vivas,

estão entrando em extinção e os

barcos pesqueiros só aproveitem 20%

de sua pesca. As redes arrebentam,

os peixes morrem e estragam antes

de poderem ser consumidos e

também a época de desova é afetada.

Continua

Page 5: Revista Paraty

Uma Pequena Lembrança

Em nossas aulas de inglês,nos foi dado uma proposta demandarmos um cartão postalcontando nossas aventuras eestudos em Paraty para nossospais ou amigos.

Eis aqui o resultado:

ÁTOMOS

Como relacionar átomos com

Paraty? Hm... Pela ciência

poderíamos dizer que estão

presentes em qualquer lugar, por

serem o que constitui a matéria.

Porém, os átomos vão muito

além da ciência, podendo ser

visto pelo aspecto da Filosofia, da

História, da Geografia... Confira!

http://www.youtube.com/watch?v=oBM4xZj0_eI

&feature=youtu.be

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Em entrevista com Nerildo, 35

anos, nascido e morador do Saco do

Mamanguá a vida inteira, nos foi

contado que o governo dá auxílios

para manutenção e preservação local

por meio de verbas. A comum

propaganda para preservação

ambiental feita em passeios turísticos

por trilhas ou qualquer lugar de mata

preservada é desnecessária, pois os

moradores já são conscientes. Mas,

têm-se problemas com a falta de

energia constante, tendo que

recorrer a geradores.Fim

Page 6: Revista Paraty

A Solução Nuclear

A energia nuclear é um tópico

que gera discussões, já que mesmo

sendo utilizada em grande escala,

ainda não caiu na simpatia de todos.

Entretanto, tornou-se essencial, e hoje

abastece cidades em todo mundo, na

Suécia, fornece 42% da energia

necessária no país, e, no Japão, 30%.

Gostando ou não, como poderíamos

viver sem energia nuclear?

Nos dias de hoje, seria inviável.

Todavia, muitos ainda são contra;

verbalizando seu desgosto de

inúmeras maneiras, falhas e utópicas,

tendo em vista a necessidade que fora

estabelecida ao longo dos anos.

A energia nuclear é limpa, não

liberando poluentes prejudiciais à

biosfera, e, principalmente, barata.

Segundo a empresa Greenspirit, o

custo médio da produção foi de dois

centavos de dólar por quilowatt-hora.

Se comparado ao carvão, por

exemplo, é uma fonte mais

concentrada de energia – 1kg de

urânio (necessário no processo)

produz inúmeras vezes mais energia

que 1kg de carvão.

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Continua

Page 7: Revista Paraty

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Por esse motivo, também se torna

uma fonte mais barata de energia. O

local para a instalação de uma usina

não requer grande espaço, e a central

é indiferente a irregularidades

climáticas, que não afetam o

processo. Também não há necessidade

de armazenamento, já que a energia é

produzida em baterias.

Muitos alegam que usinas

nucleares apresentam um risco à vida

da população próxima ao local, no

entanto, acidentes nucleares são raros

e de baixa probabilidade, e os

resíduos radiativos gerados são

extremamente pequenos e compactos,

não apresentando um risco a

população. O risco de transporte é

menor se comparado ao gás e ao

petróleo das termoelétricas.

Sim, a energia nuclear apresenta

desvantagens, entretanto, elas tornam-

se irrelevantes se analisadas e

comparadas às vantagens que

acarreta. Hoje seu uso é

indispensável, sendo uma maravilhosa

alternativa a outras fontes de energia

que prejudicam o meio ambiente e

estão a se esgotar. A energia nuclear

trouxe progresso, e não há futuro sem

ela.

Fim

Page 8: Revista Paraty

Vida no Saco

Nerildo de Santana, 35 anos, nasceu evive a vida inteira no Saco do Mamanguá,em Paraty. Estudou até a 4a série em umaescola local, na época, não havia meio detransporte para ir até a cidade, portantonão teve oportunidade de darcontinuidade aos estudos. Nerildo ésolteiro e de religião católica.

Colégio São Luís: No caso dosmoradores da cidade ou região, comosobrevivem economicamente? Suaprofissão está relacionada direta ouindiretamente com o turismo?

Nerildo: Sim, eu e o resto dosmoradores locais em geral sobrevivemosda pesca e do turismo, como podemperceber aqui.

CSL: Quais as principais dificuldadesvividas pela população local?

Nerildo: O pior problema é não terenergia sempre, tendo que recorrer ageradores. Antigamente havia problemasde locomoção, por esse motivo não estudeimais depois da 4a série: não tinha como ira Paraty.

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CSL: Já pensou em deixar a cidadepara “tentar a sorte” em outro lugar? Porquê?

Nerildo: Nunca! Aqui é sossegado,não sairia daqui. Não gosto da rotina loucado continente, aqui tenho minha vida, meubarco e minha casinha, é o que eu preciso.

CSL: O meio ambiente local épreservado? Você observa alguma ação dogoverno para garantir essa preservação?Se sim, poderia nos dar um exemplo?

Nerildo: Sim, extremamentepreservado, como se consegue ver olhandotudo ao redor. O governo ajuda comverbas, aqui não é necessário campanhaspara preservação; as pessoas já sãoconscientes.

CSL: O que você pensa sobre viver tãoperto de uma usina nuclear? Quais asvantagens e desvantagens?

Nerildo: Para nós não há vantagem,sei que abastece muitas pessoas do Rio deJaneiro, mas para nós que moramos pertonão há benefícios só causa medo.

Page 9: Revista Paraty

ENTREVISTA: Uma vida Suburbana

Em nossa visita a Paraty, passamos pelo bairro Ilha das Cobras, onde entrevistamosuma moradora, que nos confidenciou um pouco sobre sua vida. Rosilene dos Santos, de 35anos, que estudou até a 5a série, nos fala sobre seu emprego e suas dificuldades, sendo elamãe solteira de três filhos. Leia a seguir:

CSL: No caso dos moradores da cidade ou região, como sobrevivemeconomicamente? Sua profissão está relacionada direta ou indiretamente com o turismo?

RS: Trabalho em uma lavanderia, atividade não relacionada ao turismo, mas muitostrabalhadores da região estão envolvidos com o turismo.

CSL: Quais as principais dificuldades vividas pela população local?

RS: A principal dificuldade é a saúde, que apresenta grandes falhas no sistema,comprometendo a população com a ausência de médicos e verba. Também há problemasno saneamento básico.

CSL: Já pensou em deixar a cidade para “tentar a sorte”em outro lugar? Por quê?

RS: Já pensei em sair, mas dizem que os outros lugares são piores que aqui, por issonão me mudo.

CSL: O meio ambiente local é preservado? Você observa alguma ação do governopara garantir essa preservação? Se sim, poderia nos dar um exemplo?

RS: Sim, é preservado, o governo se preocupa com o meio ambiente e procurapreservá-lo, punindo infrações contra o mesmo.

CSL: O que você pensa sobre viver tão perto de uma usina nuclear? Quais asvantagens e desvantagens?

RS: A proximidade da usina me preocupa, não acho que exista alguma vantagem,apenas o medo de um acidente nuclear.

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Page 10: Revista Paraty

Presença da Maçonaria em

Paraty

A Maçonaria se instalou no

Brasil no início do século XVIII. Época

em que a cidade era o ponto

intermediário entre a capital e as

minas. Paraty já possuía um arruador,

Antônio Fernandes da Silva, que era a

pessoa encarregada de organizar as

construções das ruas, das casas, das

praças. E foi o responsável pelo

traçado "torto" das ruas e

desencontrado das esquinas feitos

propositalmente. Esse traçado foi

feito para evitar o vento encanado nas

casas e distribuir de simbologia

maçônica encontrada nas ruas e nos

sobrados equitativamente o sol nas

residências. Outro sinal da presença

maçônica são os três pilares (cunhais)

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de pedra lavrada, encontrados em

algumas esquinas, colocados para

formar o triângulo maçônico. Tais

motivos explicam as ruas

"entortadas" do arruador. Muitos

outros símbolos maçônicos podem

ser encontrados nas casas de Paraty,

como a cor azul Hortência, a

exemplo de Obtidos, em Portugal,

também uma cidade maçônica; as

fachadas apresentam símbolos que

permitem um maçom identificar o

grau do outro que ali reside e o

número 33, o grau máximo que um

maçom pode atingir, está presente

nas plantas das casas, feitas na

escala 1:33.33.

Page 11: Revista Paraty

Paraty : um pequeno histórico

Nos primeiros anos do século XI,os portugueses já conheciam a trilhaaberta pelos Guaianás ligando aspraias de Paraty ao vale do Paraíba. Opovoamento iniciou-se no morrosituado à margem do ria Perequê-Açu. A primeira construção de que setem notícia é de uma capela, a capelade São Roque, que era o padroeiro dapovoação. A aldeia dos Guaianáslocalizava-se à beira-mar.

Em 1636, uma senhora fez adoação de uma área situada entre osrios Perequê-açu e Patitiba para ainstalação do povoado que crescia.Porém, para doar as terras colocoucomo condição que os indígenaslocais não fossem molestados e quefosse erguida uma nova capela, sob ainvocação de Nossa Senhora dosRemédios. Essas terras correspondemà região do atual Centro Histórico dacidade.

Com a descoberta de ouro naregião das Minas Gerais, a dinâmicade Paraty ganhou novo impulso.Em 1702, o governador da capitaniado Rio de Janeiro determinou que asmercadorias só ingressariam naColônia pela cidade do Rio deJaneiro. De lá iriam para Paraty, de

onde seguiriam para Minas Geraispela antiga trilha indígena, que estavapavimentada com pedras irregularese passou a ser conhecidapor Caminho do Ouro.

A proibição do transporte deouro pela estrada de Paraty, a partirde 1710, fez os seus habitantes serebelarem. Este fato, masprincipalmente a abertura dochamado Caminho Novo, ligandodiretamente o Rio de Janeiro àsMinas, tiveram como consequência adiminuição do movimento na vila.

Para burlar a proibição do tráficode escravos decretada pelo regentePadre Diogo Feijó, o desembarque deafricanos passou a ser feito emParaty. As rotas, por onde antescirculava o ouro, passaram então aser usadas para o tráfico e para oescoamento da produção cafeeira dovale do Paraíba, que então se iniciava.Durante o Segundo Reinado, oimperador elevou a antiga vilaa cidade. Com a chegada da ferroviaem Barra do Piraí em 1864, aprodução cafeeira passou a serescoada por essa nova rota,condenando Paraty a um longoperíodo de decadência.

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Page 12: Revista Paraty

Simetria e Pintura impressionista

Durante as aulas de matemáticaestudamos sobre simetria e razãoáurea. Para concluir nossos estudossobre o assunto, produzimos umtrabalho que apresentasse simetria erazão áurea, dentro do contexto donosso estudo do meio em Paraty.

O trabalho poderia ser umcartaz ou um objeto tridimensional.Nosso grupo escolheu fazer ummóbile em formato de pirâmides debase triangular.

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Ficou bonito, você não achou?

Após estudarmos sobreas técnicas da pinturaimpressionista, de conhecergrandes obras de pintoresque fizeram parte destemovimento e compreender ahistória do movimento,realizamos um trabalho queconsistia em pintar, usando ascaracterísticas do movimento,uma paisagem, ou umelemento da natureza deParaty.

Veja o resultado: