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Editorial
WEG em Revista Setembro - Outubro 2001 WEG em Revista Setembro - Outubro 2001
expediente
índice
Weg em Revista éuma publicaçãoda Weg.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89256-900,Jaraguá do Sul - SC.www.weg.com.br.
[email protected]. Conselho Editorial:Walter Janssen Neto (diretor), PauloDonizeti (editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing). Edição e produção: EDM LogosComunicação, telefone (47) 433-0666.Tiragem: 10.000.
As ações pelacomunidade 4
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Zilda Arns só perdepara a ONU
O caminho da pazcomeça em casa
Na diversidade,a harmonia
13Laminador recuperadofica quase novo
A internacionalizaçãodá a oportunidade deconhecer novos lugares eassimilar modos de vidadiferentes dos habituais
Liberdade e tolerância
Celso Siebert, diretorde Vendas da WEG Motores
Viver em outro país éuma experiência
enriquecedora, quenos proporciona aoportunidade deaperfeiçoamento.
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araguá do Sul é um dos principais municípios de SantaCatarina. Com 108 mil habitantes, Jaraguá apresentahoje uma multidiversidade racial, religiosa e cultural.Porém, essas diferenças não impedem que o municípioseja destacado pelo Unicef como o terceiro melhor mu-
nicípio catarinense em condições de sobrevivência de crian-ças até 6 anos. Os contrastes até permitiram que a cidaderegistre índices admiráveis de qualidade de vida. As indús-trias dos diversos ramos empregam atualmente 21.275 pes-soas, com um detalhe: não existe trabalho infantil nestasempresas. Aproximadamente 31.000 pessoas, entre crianças,jovens e adultos, freqüentam as escolas de Jaraguá do Sul.Um dado é invejável: mais de 98% da população infantilestá na escola.
O Afeganistão, com seus quase 27 milhões de habitantes,tem várias etnias mas pouca diversidade cultural. E pratica-mente nenhuma religiosa: 99% da população professam areligião muçulmana. Ainda assim, a estimativa de vida dopovo é de 47,8 anos, a taxa de mortalidade infantil chega a138 mortes por 1.000 nascimentos e o índice de alfabetiza-ção não passa de 36%. E o país vive, há mais de 30 anos,envolvido em permanentes conflitos, sacrificando sua já pau-pérrima população.
Por que tantas diferenças? Por que em certos lugares doplaneta há harmonia e qualidade de vida, enquanto em ou-tros impera o infortúnio?
São perguntas difíceis de responder, por conta de variá-veis sem fim, e que passam pela complexidade emocional doser humano. Talvez se as pessoas tentassem viver mais emcomunidade, respeitando os limites e as características deseus vizinhos, seus concidadãos, seus semelhantes - indepen-dente de raça, religião ou qualquer outra diferença social.
Será que o sonho de John Lennon um dia vai se realizar?Ele dizia:Imagine que não há países,Não é difícil de fazer,Sem nada pelo que matar ou morrer,Sem religião também,Imagine todas as pessoasVivendo em paz...
Nossa Opinião
A WEG iniciou a década de 90com um programa arrojadode internacionalização, ins-talando filiais próprias no ex-
terior. Inicialmente foi criada a WEGElectric Motors, nos Estados Unidos,para atender diretamente fabricantes demáquinas e equipamentos e empresas deengenharia, além de captar as tendênci-as tecnológicas, no maior mercado mun-dial de motores elétricos.
Tive a oportunidade de ser o pionei-ro nesta fase de internacionalização daempresa, implantando e dirigindo aWEG americana por dez anos. Na épo-ca com 15 anos de empresa, reuni a fa-mília e partimos para Fort Lauderdale,na Flórida, dispostos a abraçar novos de-safios. Ao contrário da maioria de 1milhão de brasileiros que emigrarampara os Estados Unidosna última década embusca de um pé-de-meia, eu tive o privilé-gio de continuar umacarreira profissional noexterior.
É um país tipica-mente de descendentesde imigrantes, povoadoinicialmente por ingle-ses, escoceses e irlande-ses. Chegaram em se-guida os alemães, escan-dinavos, italianos e eslavos. A populaçãonegra, a maioria descendente de escra-vos vindos da África, completa a ondamigratória até o século XX, quando seintensificou a chegada de mexicanos,porto-riquenhos, chineses e japoneses. Osevangélicos são maioria, seguidos porcatólicos e judeus.
A economia predominante é da li-vre iniciativa, e os EUA se constituemno maior mercado internacional, cobi-çado por todos os países exportadores.Lá tudo é superlativo, grandioso. Todoeste poderio cria oportunidades e ame-aças. A força econômica e o estilo ame-
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ricano, ostensivamente mostrados nocinema, atraem a atenção e despertam avontade de outros povos em levar omesmo padrão de vida.
Este mosaico multirracial é regidopor uma obsessão pela Liberdade, va-lor de amplos significados para os nor-te-americanos. É o centro de toda a éti-ca. Por isso a série de atentados terro-ristas sem precedentes que abalou omundo nos obriga a algumas reflexões.Não importa aqui se erros políticos atu-ais e do passado, somados à intolerân-cia de fanáticos ou a simples inveja deuma riqueza inalcançável para a maio-ria dos países tenham gerado tamanhabestialidade.
O fato é que o ser humano evoluiatravés do tempo, física e materialmen-te, mas se não der uma direção mais es-
piritualista ao seu futu-ro, estará se expondo aproblemas ainda maisgraves do que estes en-frentados atualmente.Sendo dotado de auto-consciência e livre arbí-trio, deve ser capaz depensar e orientar suaexistência por suas pró-prias escolhas. A gene-ralização das trocas in-ternacionais, a expansãoda mestiçagem cultural,
a universalização da informação e a in-terdisciplinaridade dos diferentes ramosdo saber só permitirão a paz e a glóriada humanidade se forem privilegiadoso ecletismo e a tolerância, que é o direi-to à diferença.
Viver nos Estados Unidos foi umaexperiência profissional enriquecedora.Embora não sejam tão gregários nem te-nham o jeitinho dos brasileiros, nesteanos todos aprendi a respeitar os ameri-canos como um povo justo, no sentidode dar uma chance a qualquer pessoa,de qualquer país, de provar que pode fa-zer um bom trabalho e prosperar.
18A experiência deviver lá fora
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Cidadania
Empresas queexercitam acidadania e buscamtransparência sedestacam mais
B uscar a luz, a transparência, eestar ligada com outros elos dasociedade, em busca de obje-tivos comuns. Ao agir desta
forma, uma empresa estará praticandoa boa cidadania corporativa, segundoavaliação da revista Exame, em seuGuia de Boa Cidadania Corporativa,publicado junto com a edição da primei-ra quinzena de novembro da revista.Muitas empresas brasileiras (de capitalnacional ou multinacional) fazem partedo grupo que o Guia considera “social-mente responsáveis”.
A WEG, por exercitar a cidadaniadesde sua fundação, há 40 anos, tem seunome em vários capítulos do Guia. Dasinúmeras ações que a empresa mantémem prol da comunidade, 14 foram des-tacadas na Exame. “Os bons resultadosda WEG sempre foram e sempre vãoser sinônimo de bons resultados para Ja-raguá do Sul e toda a região”, diz o pre-sidente executivo, Décio da Silva, acres-centando: “Um dos nossos quatro com-promissos é ‘Ser uma empresa cidadã,participando da vida comunitária e pre-servando o meio ambiente.’ E na WEG,compromisso assumido é compromis-so cumprido”.
Viver com traO GUIA
A publicação da revista Exa-me destaca vários aspectos quetornam uma empresa cidadã. Ovoluntariado é um dos principais,por permitir que os próprios fun-cionários exercitem a cidadania.E as corporações do Sul do país,segundo o Guia, “são as campe-ãs do voluntariado”. Em entre-vista à publicação, a presidentedo Comitê Brasileiro do Ano In-ternacional do Voluntariado,Maria de Lourdes Egydio Ville-la, diz que há, no Brasil, cerca de20 milhões de pessoas envolvidasem ações voluntárias, normal-mente em situações de crise (en-chentes, secas, acidentes etc.).Porém, segundo Maria de Lour-des, “é no dia-a-dia que você pre-cisa educar a população para sermilitante social”.
Para participar do Guia, arevista Exame convida diversasempresas do país a mostrar oque fazem em termos de proje-tos sociais. A partir daí, selecio-na os projetos que se destacam.“Nosso principal critério é o po-der de transformação social queos projetos podem propocionar,envolvendo a comunidade”, diza redatora-chefe da revista Exa-me, Cláudia Vassalo, coordena-dora do Guia. “O movimentopela cidadania, entre as empre-sas, é recente no Brasil, mas osindicadores mostram um cresci-mento enorme neste campo, umanova consciência pela atuaçãocomunitária”, conclui CláudiaVassalo.
WEG em Revista Setembro - Outubro 2001WEG em Revista Setembro - Outubro 20014 17
Giro
Décio da Silva (esq.), presidente executivo,recebe o Prêmio Excelência - América Economia
Mais quatro semináriossobre o tema “conservação deenergia elétrica no setor in-dustrial” foram promovidospela WEG em novembro, emparceria com o Procobre:Porto Alegre e Passo Fundo(RS), no Rio de Janeiro e emSalvador. Durante estes even-tos, a WEG mostra suas solu-ções na luta contra a criseenergética. A utilização demotores de alto rendimentoPlus é um dos principais itensno pacote de soluções WEG.
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Conservaçãode energia
Mais alguns prêmios ganhos pela WEG foramentregues, e já estão enfeitando a estante.
Ramiro Schmitz (dir.), gerente de Vendas da Motores nafilial Banweg, ganha o troféu a que a WEG fez jus por
ser a Mais Admirada do Brasil no setor de Mecânica, naavaliação da revista Carta Capital
Moacyr Sens (dir.),diretor
superintendenteda WEG Motores,
recebe em PortoAlegre o Prêmio
Finep de InovaçãoTecnológicaRegional Sul
Celso Siebert, diretor de Vendas da Motores, no seminário em Porto Alegre
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WEG em Revista Setembro - Outubro 20015
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No item Comunidade, a WEGse destaca com quatro projetos:
n CENTROWEG - escola para for-mação de mão-de-obra, para jo-vens da comunidade; cerca de60% dos formandos são contrata-dos pela empresa, todos os anos.
n ATUALIDADES WEG - programade rádio e TV veiculado por duasrádios FM e uma AM e pela emis-sora a cabo local, com foco emtemas sobre qualidade de vida.
n BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS -funcionários treinados pelas briga-das de incêndio da empresa fazemparte da corporação local.
n PROJETO NOVO SER - oferecetrabalho a ex-presidiários. Atual-mente estão contratados dois ex-detentos, que recebem acompa-nhamento do serviço social daempresa. É uma oportunidade deretorno ao convívio social.
O capítulo Portadores de Defi-ciências:
n OFICINA INTERNA - em parceriacom a Apae, a empresa ofereceaprendizado e oportunidade detrabalho para estudantes da Esco-la de Ensino Especial.
n PROJETO SONHO - também emparceria com a Apae, é voltado aodesenvolvimento profissional deportadores de deficiência mental.
Em Meio Ambiente a WEGtem dois projetos:
n CONSERVAÇÃO DE ENERGIA -concurso nacional promovido pelaempresa, para estimular projetos
em nível técnico e superior depesquisa visando a conservação deenergia elétrica.
n GUARDIÕES DA NATUREZA -cartilha, dirigida a estudantes doensino fundamental, sobre a im-portância dos sapos, rãs e perere-cas no equilíbrio ambiental.
A WEG aparece novamenteem Cultura:
n DOAÇÃO de mais de 1 milhão dereais para a construção do CentroCultural de Jaraguá do Sul.
Voluntariado é tema forte naWEG:
n AÇÃO COMUNITÁRIA - todos osanos, no mês do aniversário de fun-dação, a WEG dedica um dia inteiroao atendimento da comunidade (vejamatéria completa na página 16).
O capítulo Apoio à Criança eao Adolescente também tem apresença da empresa:
n PLÁCIDO - personagem de histó-rias em quadrinhos que apareceem jornais e revistas da região, di-vulgando temas relacionados àqualidade de vida.
AÇÕES DESTACADAS
A Terceira Idade não é esque-cida:
n ANCIANATO LAR DAS FLORES -a WEG ajuda a manter a institui-ção, que atende cerca de cem ido-sos.
No capítulo Educação, outrosdois destaques:
n MAIS VALOROSA ESCOLA - par-ceria com 50 escolas técnicas e 20universidades do país, promoven-to a integração empresa-escola.
n JARAGUÁ DO SUL ONTEM EHOJE - patrocínio para produçãoe distribuição de material didáticosobre a história do município.
nsparência
Clientes &Mercado
romover a aproximação e a formalização de negóciose parcerias entre empresas do Brasil, da América Lati-na e da Europa, nos setores metal-mecânico, eletroe-letrônico, plástico, borracha e serviços industriais. Esse
é o objetivo da Mercopar - Feira Internacional de IntegraçãoIndustrial, evento de negócios e subcontratação industrial, rea-lizada desde 1992 em Caxias do Sul (RS). A WEG marcoupresença na edição deste ano, em outubro, no estande da re-venda integrada SulSerra, de Porto Alegre. Mais de 20 mil vi-sitantes passaram pela feira, considerada a maior do Rio Gran-de do Sul na área de subcontratação industrial.
“A Mercopar é uma excelente oportunidade de divulgaçãoda marca e para iniciar novos negócios”, diz o diretor financei-ro da SulSerra, André Gazana.
A WEG Acionamentos e a Unida-de Guarulhos receberam a certifica-ção Q-Plus Nível 4 da multinacionalCarrier, fabricante das marcas Sprin-ger e Otis. O programa Q-Plus é apli-cado pela Carrier no mundo inteiro,desde 1998, e consiste de avaliaçõesdo sistema da qualidade dos fornece-dores e dos índices de componentes
Na Mercopar 2001
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Motores Plus garantemincubadoras econômicas
WEG é Q-Plus da Carrierdefeituosos detectados na linha demontagem. A WEG está entre as cin-co primeiras empresas do Brasil aconseguir o Nível 4, num universo deaproximadamente 100 fornecedores.O Nível 4 representa a excelência noprograma. A entrega do certificado foino dia 13 de dezembro, em Canoas(RS).
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A WEG participou do 38ºSeminário de Laminação -Processos e Produtos Laminadose Revestidos, de 23 a 26 deoutubro, no Hotel Costão doSantinho, em Florianópolis. Aparticipação da empresaenvolveu palestra de abertura dopresidente executivo Décio daSilva, apresentação do trabalhoda WEG Automação “LaminadorReversível LA-28 da ArmcoModernizado pela WEG” (vejamatéria técnica na página 13) eapresentação de produtos eserviços pelo centro de negóciosda Banweg.O seminário, organizado pelaAssociação Brasileira deMetalurgia e Metais, foidestinado a profissionais daindústria siderúrgica nacional,centros de pesquisa,fornecedores mecânicos,elétricos e de automaçãoindustrial. Participaram tambémas empresas Armco, Gerdau,Usiminas, Acesita, CST,Mangels, Aços Villares, CSN,Votorantim Metais, Vega do Sul,Açominas e Morgan.
Foco emLaminação
O programa de substituição de mo-tores standard por motores de altorendimento foi detalhado a empre-sários e técnicos de agroindústri-as de todo o país, durante o 3º Sim-pósio Técnico de Incubação, rea-lizado no final de outubro em Cha-pecó (SC). Quem falou sobre o pro-grama foi o engenheiro CarlosEduardo Virgini, da Casp, de Am-paro (SP), fabricante de máquinase equipamentos para aviários eparceira da WEG. A Casp detémmais de 90% do mercado nacionalde incubatórias para aves. Também
fabrica silos, armazéns, secadorescontínuos, secadores intermitentese outros produtos.
Na palestra durante o Simpó-sio de Incubação, Carlos Virginifalou sobre a crise energética e asalternativas de enfrentá-la, entreelas a troca de motores convencio-nais por modelos de alto rendimen-to. Graças a essa decisão, as incu-badoras de ovos da Casp conso-mem 4% a 8% menos energia elé-trica do que os similares que usammotores comuns.
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Estande da SulSerra na Mercopar
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Outra Visão
Vida dedicada à pazO mundo vive em conflito desde
o surgimento da raça humana, mi-lhões de anos atrás. Isso pode termi-nar, um dia?
Zilda - A paz no mundo só depen-de de nós, se cada um estiver conscien-te de que a paz começa dentro de nós,em casa. É preciso conclamar a todosos líderes políticos, econômicos, soci-ais e religiosos para uma luta cotidianapela construção de uma cultura da paz,a começar pela promoção do valor cul-tural da paz e da prevenção da violên-cia. O mundo nunca viverá em harmo-nia enquanto existir fome e exclusãosocial, enquanto cultivarmos uma cul-tura que estimula a violência, a intole-rância, o ódio, a competição, a idéia deuma raça ou uma nação superior às de-mais. A cada momento, cada pessoaprecisa se sentir chamada para uma re-flexão sobre a construção da paz em seuambiente, para unir esforços na promo-ção da qualidade de vida para todos, for-mando redes de solidariedade entre co-munidades e nações.
A sua indicação para o Nobel daPaz pode ajudar no seu trabalhofrente à Pastoral da Criança?
Zilda - O prêmio, se tivesse sidoganho por nós, viria coroar o trabalhode milhares de voluntários pobres querepartem o que têm com seus vizinhos,lutando pela melhoria da qualidade devida em 62% dos municípios brasilei-ros. No entanto, já nos sentimos pre-miados pela simples indicação ao No-bel. Foi um momento muito rico de di-vulgação do trabalho de mais de 150mil voluntários da Pastoral da Criançano país inteiro e no exterior, o que aju-dou a tornar a entidade ainda mais co-nhecida e a motivar essa grande redede solidariedade a prosseguir no seutrabalho com novo ardor missionário.São pessoas generosas e solidárias, quededicam suas vidas a uma causa em fa-
vor das crianças carentes, em favor davida. São pessoas que estão doando umpouco de si ao outro, que aprenderamque doar não é dar, é ser e partilhar como outro o que se é.
Quais as principais conquistas daPastoral, em 14 anos de luta?
Zilda - A Pastoral já beneficia 1,5milhão de crianças até 6 anos de idade.Elas pertencem a mais de 1 milhão defamílias pobres, que recebem visita eorientação dos voluntários. Já foram al-fabetizadas mais de 4 mil pessoas. Hoje,a Pastoral está em mais de 3 mil muni-cípios. São 32 mil comunidades de bol-sões de miséria, localizados em perife-rias de cidades, favelas, áreas rurais dis-tantes, pesqueiras, alagados, aldeias in-dígenas, invasões e assentamentos desem-terras. Graças ao trabalho solidá-rio de mais de 150 mil voluntários, aPastoral conseguiu reduzir a mortalida-de infantil a menos da metade da mé-dia nacional entre as crianças por elaacompanhadas em todo o Brasil. Segun-do o Unicef, a taxa de mortalidade in-fantil no Brasil em 1999 foi de 34,6mortes para cada mil crianças nascidasvivas. Entre as centenas de milhares decrianças acompanhadas pela Pastoral,esta taxa é inferior a 13 mortes para cadamil nascidas vivas. Isto tudo significaque, por ano, cerca de 5 mil criançasdeixam de morrer no Brasil, graças aotrabalho da Pastoral da Criança.
Como as pessoas podem se aliar àrede de voluntários da Pastoral?
Zilda - Todos são bem-vindos e po-dem colaborar, depende da disponibili-dade e aptidões de cada um. Como exis-tem diversos programas, os voluntári-os podem se distribuir por áreas. NaPastoral da Criança, orientamos as pes-soas que querem fazer um trabalho vo-luntário a procurar a paróquia ou dio-cese mais próxima.
Aos 67 anos de idade, ZildaArns Neumann marcou seunome na história do país, aoter sua Pastoral da Criançaindicada para o PrêmioNobel da Paz de 2001. Oprêmio não veio - foi ganhopela ONU -, mas ZildaArns teve a satisfação de verseu trabalho reconhecido.Coordenadora da Pastoralda Criança, estacatarinense, formadamédica pediatra esanitarista, irmã do cardealDom Paulo Evaristo Arns,comemora o atendimento, sóno Brasil, de 1,5 milhão decrianças até 6 anos deidade. E o tema “paz” estápresente em todas as suasconversas, como você conferena entrevista a seguir.
WEG em Revista Setembro - Outubro 20016
WEG em Revista Setembro - Outubro 200115
Ao contrário do processo antigoque exigia intervenção humana, onovo sistema regula automatica-mente a espessura da chapa. Moni-torando a diferença entre a referên-cia e a espessura da chapa, o siste-ma de controle atua sobre o meca-nismo de aperto do cilindro corri-gindo os desvios que a chapa possaapresentar.
d) Proteções contra falhas operacio-nais e do equipamento:
Lógicas implementadas no sof-tware do CLP e outras internas aoconversor CTW-A03 minimizam achance de operações indevidas eantecipam ações no caso de eventu-al ocorrência de falhas de operaçãoou de equipamentos.
e) Diagnóstico rápido das falhas econdições de partida via IHM:
A IHM instalada na porta dopainel apresenta relatórios rápidose precisos sobre as eventuais falhase alarmes nos dispositivos do siste-ma, auxiliando o operador a atuardiretamente sobre a causa dos pro-blemas, diminuindo o tempo de pa-radas ou evitando-as. Da mesma for-ma a IHM apresenta também umcheck-list das condições necessári-as para a partida do laminador.
f) Aumento de velocidade máximade operação:
Em relação aos anteriores 200m/min, a nova configuração promo-veu um aumento de 250% na velo-cidade máxima. Hoje o mesmo equi-pamento pode operar até 500 m/min.O aumento de velocidade máximaaliado ao sistema automático decontrole de espessura proporciona-ram um salto de qualidade e produ-tividade do laminador.
g) Novos painéis locais de operação:
Os novos painéis de operaçãolocal foram feitos em chapa de açoinoxidável. Os mesmos tornaram-semais ergonômicos e resistentes. A po-
Novo painel de operação WEG
4 - Qualidadee produtividade
Passados 5 meses desde o comissio-namento, os dados obtidos pela Armcoapontam os seguintes resultados:
a) Produtividade
Houve um aumento de produti-vidade de aproximadamente 40%.As 4,2 toneladas por hora no antigosistema foram elevadas para 5,9 to-neladas por hora no novo.
b) Economia de energia
O novo sistema, com melhorrendimento, proporciona economiade R$ 33.400,00 por ano só na re-dução dos gastos com energia elé-trica.
c) Desativação de equipamento au-xiliar
Devido ao aumento de produti-vidade conseguida após a reformado LA-28, foi possível a desativa-ção de outro equipamento (lamina-dor) de menor capacidade, diminu-indo os custos internos de manuten-ção, assim como remanejamento damão-de-obra para outros setores.
d) Elimina ção de etapa adicional
Após a implementação do siste-ma de tração foi possível realizar aetapa de rebobinamento no própriolaminador evitando assim a etapaposterior realizada em outro equipa-mento (rebobinadeira), sem compro-metimento da qualidade da tira, ouseja, livre do defeito denominado in-ternamente de colamento gerado du-rante a etapa de recozimento.
e) Aproveitamento do espaço interno
O lugar ocupado pelos painéis anti-gos e os motores do grupo geradorderam lugar à nova sala (30 m2) daeletrônica, aumentando assim a ra-pidez de atendimento do setor.
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sição dos comandos foi reorganiza-da de modo a atender às exigênciasdo cliente, e os dispositivos de indi-cação e controle foram embutidosadequadamente no painel. A opera-ção tornou-se mais clara e objetiva.
Lá, as equipes de coordenação po-dem explicar quais são os projetos de-senvolvidos em cada comunidade e ava-liar em qual deles cada voluntário podecolaborar mais. Os voluntários são ca-pacitados para o trabalho na área em quese disponibilizam a trabalhar. Os volun-tários promovem, com as famílias ca-rentes, mais de 32 mil reuniões a cadamês. Cada voluntário atende, em mé-dia, de 10 a 15 famílias por mês. Os vo-luntários são pessoas da classe média,profissionais liberais, aposentados, re-ligiosos, leigos... Eles são capacitadosna função de multiplicador de informa-ções e de solidariedade humana.
A senhora já exerceu cargo públi-co? Não acha que poderia aumentarsua influência se fosse ministra oupresidente de algum órgão social po-deroso?
Zilda - Exerci durante 27 anos car-gos de direção e me senti muito felizpela conquista dos resultados dos pro-gramas dos quais participei. Atualmen-te, me sinto livre, suprapartidária. O queme falta é tempo. Além da Pastoral daCriança, a que me dedico dia e noite,
tenho cinco filhos e oito netos que tam-bém clamam por minha presença.
A senhora acredita que o mundopoderá superar a atual crise, inicia-da com os atentados de setembro?
Zilda - Espero que as lideranças dasgrandes potências desarmem seus co-rações. O mundo vive um momento demuita dor, um contexto de guerra emque as maiores vítimas são sempre osinocentes, especialmente as famílias ecrianças pobres e miseráveis. Desde odia 11 de setembro, tenho manifestadominha solidariedade para com as famí-lias que tiveram seus sonhos ceifadospelo terror nos Estados Unidos; hoje mesolidarizo também com as famílias ví-timas dos bombardeios no Afeganistão.Causa-me uma tristeza muito grandever que algumas pessoas usam da dou-trina do Islã para fazer o terror. Conhe-ço muito bem os muçulmanos e sei quea fé deles tem muito em comum com afé cristã, especialmente na luta inces-sante em defesa da vida.
Como consertar o desequilíbrio so-cial que existe no país? Como evitar
que tais crises voltem a acontecer?Zilda - A base de tudo, volto a re-
forçar, é investir na educação para umacultura de paz e prevenção da violên-cia. Com o desequilíbrio social que vi-vemos, é fundamental também que go-vernos e outras organizações tenhamconsciência de que todo programa decombate à pobreza que não conta coma promoção humana e faz com que apopulação marginalizada seja o princi-pal sujeito da transformação está fada-do ao fracasso. Os programas de com-bate à pobreza precisam conter princi-palmente o componente da promoçãohumana, além de políticas públicas bá-sicas dirigidas com absoluta prioridadeàs comunidades carentes. Esses dois fa-tores são essenciais para a sustentabili-dade e acesso à igualdade de oportuni-dades, que gera justiça e paz. O investi-mento no desenvolvimento da solidari-edade humana organizada com objeti-vos definidos e a soma de esforços en-tre famílias, sociedade e governo redu-zem os gastos e levam a resultados maisrápidos de redução da pobreza, comojá está comprovado pela metodologiacomunitária da Pastoral da Criança.
WEG em Revista Setembro - Outubro 20017n
WEG em Revista Setembro - Outubro 200114
LA-28 apósa reforma
3 - Vantagensdo novo sistema
O uso de uma arquitetura de con-trole baseada em CLP permitiu que asnovas funções solicitadas pelo clientefossem implementadas.
Arquitetura de controle baseada em CLP
O processo ganhou confiabilidade,qualidade e produtividade. Foram adi-cionadas as seguintes características aosistema:
a) Controle de tração com compen-sação de diâmetro:
Uma vez definida a referência deforça para a tração da chapa, o sis-tema estabelece o torque adequadode acordo com o raio atual da bobi-na. À medida que o raio varia, o tor-que do motor também varia, buscan-do sempre manter a tração constan-te na chapa.
b) ASD (Automatic Slow Down) -Parada automática do bobinadorquando a bobina se aproxima dovalor pré – selecionado:
À medida que a bobina aproxi-ma-se do diâmetro selecionado pelooperador ou do comprimento finalda bobina (medido no passe anteri-or), o sistema desacelera o lamina-dor até a velocidade nula e aguardanovo comando do operador paraproceder movimentação no sentidocontrário.
c) AGC (Automatic Gage Control) -Controle automático de espessu-ra:
Principaiselementos daestrutura deautomaçãodo Laminador
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WEG em Revista Setembro - Outubro 2001 WEG em Revista Setembro - Outubro 20018 13
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Para ser cidadã
esde a sua fundação, a WEGtem uma relação de estreitaparceria com a comunidade.O investimento em benefí-
cios à população é concretizado emações simples e transparentes. Isso ficaclaro todo ano, quando a empresa co-memora o aniversário de fundação. Du-
rante as comemorações, o presente vaipara a comunidade, em forma de edu-cação, cultura, saúde, diversão, home-nagens e informação. Tudo para a me-lhor qualidade de vida da população.
A comemoração deste ano, em se-tembro, começou com um churrasco nocampo de futebol da Associação Recre-ativa WEG (Arweg), reunindo cerca de15 mil pessoas entre colaboradores e fa-miliares, passou por palestras para em-presários e universitários, lançamentosde importantes projetos para o municí-pio e fechou com a sexta edição da AçãoComunitária, numa concentração deserviços para os cidadãos jaraguaenses.Foi uma semana de programação, en-volvendo todas as camadas e faixas etá-rias da população.
A comunidade recebeu presentes es-peciais, como o lançamento da pedra
Comunidade
Vivendo em comunidadee investindo nocrescimento conjuntouma empresa se tornaverdadeiramente cidadã
fundamental do Museu do Motor Elé-trico, instalado no prédio que abrigouas primeiras instalações da empresa. Omuseu, que tem o objetivo de difundire reverenciar o passado, abrigará anti-guidades e objetos pessoais dos funda-dores e de antigos funcionários, comoo primeiro motor elétrico produzidopela WEG. A inauguração está previstapara meados de 2002.
O investimento em cultura e educa-ção continuou com o lançamento da car-tilha “Crescendo com a Nossa Histó-ria”, desenvolvida por professores como patrocínio da WEG, e distribuída àsescolas de Jaraguá do Sul. Destinada aalunos de 3ª e 4ª séries, a cartilha con-tém exercícios e atividades para as cri-anças assimilarem melhor o conteúdodo livro de mesmo nome, escrito pelosprofessores.
Bemvenutti: visãopositiva de como venceras dificuldades paraquem está começandono mercado
O
Mario Andrei Cologni, GeanCarlo Dallagnolo e Valter LuizKnihs, WEG Automação; MauroContesini, Valter Dultra Lima eSergio Fontes, Armco do Brasil
WEG reformalaminador da Armcodo Brasil S.A.que operava desdea década de 50
Técnica
Mais produtividade comlaminador modernizado
laminador reversível LA-28 da empresa Armco doBrasil S.A. opera desde adécada de 50 produzindo
bobinas de chapas de aço de 0,5 mm a8,0 mm de espessura. Devido ao longotempo de operação, o sistema como umtodo apresentava alguns problemas queexigiam intervenções da equipe de ma-nutenção e paradas indesejáveis. Visan-do eliminar essas interrupções e, aomesmo tempo, obter ganhos em quali-dade e produtividade e economia deenergia elétrica, a empresa optou porefetuar uma reforma de todo o sistema.
1 - O sistema original
Projetado e implantado na décadade 50, o controle de velocidade do la-minador reversível era feito por meiode um acionamento tipo Ward-Leonard.O bobinador era operado manualmen-te e sem controle de tração. A máximavelocidade estava limitada a 200 m/min. As constantes intervenções daequipe de manutenção também eramuma preocupação, pois levavam inva-riavelmente à perda de produtividade eaumento do custo operacional do equi-pamento. Motivados pela perspectivade grande melhoria de produtividade econfiabilidade, a Armco optou pela re-forma e automação do referido equipa-mento.
A WEG foi responsável por todo oprojeto elétrico do acionamento e daautomação, bem como pelo comissio-namento do equipamento.
Dentre os diversos pontos a seremmelhorados destacava-se também oposto de operação. O antigo posto decomando não era ergonômico e tinhasofrido diversas modificações ao lon-go do período de uso do LA-28. Preca-riamente haviam sido instalados equi-
2 - O novo sistema
A atual estrutura do laminador LA-28 – Quadro reversível, é composta portrês motores de corrente contínua prin-cipais. Dois motores de 177 kW paraacionamento dos bobinadores e um de780 kW para o laminador. Para auxílioà operação foram fornecidos dois pai-néis locais para ajuste e visualização develocidade, tração, partida e parada dolaminador, JOG, aperto dos cilindros ecomando dos dispositivos auxiliares taiscomo bombas, ventiladores e solenói-des.
O acionamento dos motores de cor-rente contínua é feito por conversoresestáticos WEG tipo CTW-A03. O con-versor do laminador é de 1.700 A, en-quanto que os conversores dos bobina-dores são de 640 A cada. Tal potência earranjo permitem que o bobinador sejaoperado até 500 m/minuto com uma tra-ção de até 3.000 kgF.
Painéis dos conversores CTW-A03 e CLPs(No lugar do acionamento Ward-Leonard eantigo painel de lógica a relê)
O antigo sistema de variação de veloci-dade Ward-Leonard foi substituído porconversores estáticos WEG. Novos pai-néis de acionamentos e púlpitos locaisde operação foram instalados. Foramagregadas funções especiais tais comocontrole de tração com compensação dediâmetro, AGC (Automatic Gage Con-trol) e ASD (Automatic Slow Down).Coube à WEG Indústrias S.A. - Divi-são Automação o fornecimento dotransformador, dos painéis elétricos ede operação, dos conversores estáticos,do CLP e da automação completa.
pamentos de medição e indicação quenão tinham a devida proteção contra aagressividade do ambiente.
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CONVIVÊNCIAENTREDIFERENTES
Em pleno século 21 não fal-tam exemplos de conflitos entrepovos. São os católicos e protes-tantes na Irlanda do Norte. Osseparatistas bascos na Espanha.O massacre dos curdos no Iraque.A interminável luta entre judeuse palestinos.
A Palestina teve limites vari-áveis e imprecisos através da his-tória. Atualmente abrange o es-tado de Israel, a Cisjordânia e afaixa de Gaza. Milhões de pales-tinos árabes residem em territó-rios ocupados, com a aspiraçãocomum à conquista de um Esta-do próprio.
Outras facções, evocando abênção divina para uma guerrasanta, através da interpretaçãoequivocadas das escrituras sa-gradas, como o talibã no Afega-nistão, protegem grupos terroris-tas internacionais, dispostos asurpreender a civilização comarmas atômicas e químicas, es-palhando o terror mundo afora.
O revide a cada ataque criauma sucessão de mortes e destrui-
ção, aniquilando povosindefesos, atingindo ci-vis desorientados e cri-anças desesperançosasde um mundo dignopara viver.
O homem queconquista o espaço, in-venta maravilhas tecno-lógicas e engenhocassurpreendentes, mos-tra-se incapaz de cons-truir a paz duradoura.É preciso aprender de-finitivamente a lição daconvivência entre os di-ferentes.
Junto com a cartilha foi lançado ovídeo “Jaraguá do Sul em 35 mm”, gra-vado nas décadas de 50 e 60, e restau-rado com o apoio da empresa. O filme,distribuído às escolas, resgata imagensdo município, abordando aspectos po-líticos, urbanos e econômicos da épo-ca.
Universitáriose empresários
Palestras com profissionais de reno-me foi o presente oferecido aos univer-sitários e empresários da cidade. O con-sultor João Carlos Bemvenutti, da MC2Ilimitada, que trabalha há 15 anos comconsultoria para grandes empresas, reu-niu cerca de 600 universitários dos cur-sos de Administração, Comércio Exte-rior e Marketing, do Centro Universi-tário/Unerj. Foi abordado o perfil atualdos estudantes e a realidade de merca-do.
Para os empresários, o encontro foicom o escritor Max Gehringer, autor dolivro Comédia Corporativa, colunistade revistas como Exame e Você S.A., eque em 1999 foi escolhido como um dos30 executivos mais cobiçados do mer-cado. Gehringer falou da relação entreempresas e a necessidade de mudanças.
Gehringer: as mudançassão inevitáveis e estãocada vez mais rápidas ecaras
Ação Comunitária: serviçosbásicos para a qualidade de vidados cidadãos
TODOS NA AÇÃOAs comemorações dos 40
anos fecharam com a Ação Co-munitária, que pelo sexto anoconsecutivo concentrou no Par-que Municipal de Exposiçõesuma série de serviços básicospara a comunidade. A populaçãoteve acesso a exames de saúde eodontológicos, orientações nutri-cionais, confecção de documen-tos e atividades de lazer, propor-cionados pela empresa em par-ceria com profissionais e entida-des do município. O evento en-volveu a participação de 42 vo-luntários da WEG e 46 entidades,totalizando cerca de 15 mil aten-dimentos para pessoas de todasas idades. n
O museu WEG mostrará ahistória da empresa e seráum espaço de ciência ecultura
WEG em Revista Setembro - Outubro 200112
WEG em Revista Setembro - Outubro 20019
Uma das maiores defensoras do ar-gumento de que a paz é construída nascomunidades e na melhoria do relacio-namento humano é Lia Diskin, uma dasfundadoras da associação que leva onome de Palas Athena, filha de Zeus,deusa da paz, da inteligência e do equi-líbrio.
Ela faz parte de um ainda pequenogrupo de pessoas que acredita na possi-bilidade da transformação da humani-dade por intermédio da cooperação,como forma de manter relações dura-douras entre os diferentes. Lia é o pró-prio fruto da diversidade. Sua mãe per-deu a família em um campo de concen-tração. Seu pai ficou órfão aos 13 anos.Descendente de judeus, ela nasceu naArgentina, numa família de comunis-tas e casou-se com Basílio Pawlowicz,um cristão ortodoxo.
Há 31 anos juntos, 29 no Brasil, ocasal começou a reunir amigos em suacasa para buscar respostas sobre as di-ferenças dos povos no mundo e, junta-mente com Primo Gerbelli, fundaram aAssociação Palas Athena. No início, aentidade estudou as filosofias do Ori-ente e Ocidente, mitologias, religiões etradições espirituais. Atualmente, Lia,a mentora da associação, dedica-se emtempo integral à promoção da paz, danão-violência e do entendimento entreos povos.
Por sua luta pacifista e do entendi-mento mútuo, ela foi a única sul-ameri-cana a participar do Congresso Mundi-al de Mulheres Criadoras da Paz, emSeul, na Coréia do Sul, promovido pelaONU. Suas ações pela não-violênciaincluem ações comunitárias, a exemplodo projeto junto à Polícia Militar de SãoPaulo, com o objetivo de “educar paramudar”.
Seguindo os ensinamentos do indi-ano Mahatma Gandhi, ela explica a es-tratégia da paz: “A violência desquali-fica o agressor, pois quando o agressornão faz uso da violência, a violência dooutro também não funciona”.
Lia também é a responsável pelasvindas do Dalai Lama ao Brasil, pri-meiro na ECO 92, no Rio de Janeiro edepois em abril de 1999. O monge bu-dista abandonou sua pátria depois deum golpe fracas-sado contra a ad-ministração daChina no Tibeteem 1959. Trintaanos depois, elefoi condecoradocom o PrêmioNobel da Pazpor sua campa-nha pacíficacontra a domina-ção chinesa.
A deusa da paz
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Reunião da Associação Palas Athena
Lia Diskin
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WEG em Revista Setembro - Outubro 2001
10WEG em Revista Setembro - Outubro 2001
11
paz é um ato contínuo e de-pende da convivência har-moniosa entre as pessoas nafamília, na rua, no bairro, na
cidade, na empresa e se amplia para opaís e o mundo.
Afinal o que cada um pode fazerpara construir a paz? O físico inglêsDavid Bohn diz que “qualquer pessoaarmazena dentro de si a totalidade douniverso”. Portanto, a soma da boa von-tade dos homens conspira para a convi-vência pacífica mundial, independentede diferenças ideológicas, religiosas,culturais, raciais e econômicas.
Dalai Lama, prêmio Nobel da Paz,ensina: “A humanidade é uma só, e estepequeno planeta é nossa única casa. Setemos de proteger esta casa, cada umprecisa ter um sentimento vivo de al-truísmo universal. Nosso planeta foiabençoado com vastos tesouros natu-rais, que, se usados adequadamente,todo ser humano poderá usufruir de umavida rica e de bem-estar”.
A celebração da vida
O próprio Brasil é um exemplo in-ternacional de convivência pacífica en-tre povos, raças e credos. Diz-se que“Deus é brasileiro”, exatamente poracolher tantos povos diferentes, queconvivem harmoniosamente. Assimcomo milhares de cidades brasileiras,Jaraguá do Sul (SC) é um exemplo deuma comunidade ordeira e trabalhado-ra. Colonizada por imigrantes europeus,notadamente alemães e italianos, alémde descendentes de portugueses e es-panhóis, a cidade transformou-se aolongo de sua história em um mosaicode culturas, etnias e religiões.
A partir da década de 60, Jaraguádo Sul vem promovendo um crescimen-to acelerado, atraindo pessoas de vári-as regiões, principalmente do Sul. É ocaso da joinvilense Fabiane Fock Bau-kat. De pedagoga tornou-se técnica me-talúrgica e há 11 anos trabalha na WEG.Sem parentes na cidade, ela tratou deintensificar as amizades na empresa,onde encontrou o marido Ingo e a cole-ga Zenaide Moretti. Elas se conhece-ram na metalúrgica da WEG em Gua-ramirim, antes mesmo de entrar emoperação.
A amizade fortaleceu-se a ponto deZenaide ser a testemunha de casamen-to e madrinha de João Vítor, agora com2 anos, filho de Fabiane. “Ao contráriodos parentes, amigos verdadeiros a gen-te escolhe e pode recorrer a qualquermomento”, compara.
A convivência em comunidade re-quer solidariedade. O esposo de Zenai-de, Jaime Lúcio, é solicitado a qualquerhora do dia ou da noite para transportardoentes ou grávidas até o hospital. Tam-bém quando a família promove algumafesta de aniversário ou comemoração,a presença da vizinhança é garantida.
Nosso Mundo
A
Ao conviver pacificamentecom o vizinho da rua,cada um poderá dar suacontribuição para a pazem todo o mundo
Conviverem
Vida em comunidade presume co-operação, e não faltam exemplos decidades irmãs, que de tão próximas,seus territórios se confundem. Na di-visa do Paraná e Santa Catarina con-vivem lado a lado: Porto União (SC)e União da Vitória (PR), Mafra (SC)e Rio Negro (PR).
Outro exemplo de convivênciaharmoniosa: Santana do Livramento(RS), no Brasil, e Rivera, no Uruguai.Elas são cidades-irmãs por decretosbilaterais, assinados em julho de2001, e formam um modelo de con-vivência pacífica. A divisa seca de 18quilômetros agora é conhecida comoFronteira da Paz.
As cidades ficam eqüidistantes a500 quilômetros de Porto Alegre (RS)e Montevidéu. Livramento conta com90 mil habitantes e Rivera com ou-tros 70 mil. Cerca de 20% da popu-lação têm dupla cidadania. É o casodo advogado Rafael Duarte Pinto, fi-lho de uruguaio com mãe brasileira.Ele foi vereador e secretário munici-pal em Livramento. No Brasil é mili-tante do PSDB de Fernando Henri-que Cardoso e no Uruguai faz partedo diretório do Colorado, partido dopresidente Jorge Battle.
O prefeito de Livramento, Gui-lherme Bassedas Costa, comunga da
integração internacional e com o in-tendente de Rivera, Tabarê Duarte Vi-eira, fazem um trabalho conjunto,mantendo as tradições e o desenvol-vimento comum das economias lo-cais, baseadas principalmente na pe-cuária bovina e ovina, na indústria deconservas de carnes e no comércio.
A integração na fronteira é efeti-va. A divisa é uma rua, o que faz pa-recer uma única cidade. Ali o comér-cio é intenso. Dependendo do mo-mento econômico, as compras mu-dam de endereço. As moedas real epeso uruguaio são aceitas em ambosos lados, respeitando as cotações.
A língua não é problema, preva-lece o dialeto da fronteira, o portu-nhol. Quando se vai a uma loja com-prar um ferro elétrico, pede-se umaplancha. Muitos habitantes moramem um território e trabalham noutro,e vice-versa, criando um vaivém fre-nético, dificultando qualquer fiscali-zação.
A cultura e as tradições gaúchassão mantidas em comum. Em Santa-na do Livramento, no “maior desfilede cavaleiros do mundo”, na Sema-na Farroupilha, em setembro, os ca-valeiros de Rivera têm posto garanti-do, com direito a desfilar com a ban-deira do Uruguai. Até a rivalidade no
PAZfutebol é amenizada. Quando jogamBrasil e Uruguai, o melhor resultadoé o empate, “pois daí a gente malhaa atuação das duas seleções igual-mente”, reforça um torcedor canari-nho-celeste.
A fundação de Santana deu-se em1823. Na ocasião da Guerra da Cis-platina (1825/28) as atenções volta-ram-se para Livramento, devido à de-marcação definitiva dos limites como Uruguai, que ocorreu em 1862,quando se realizaram as trocas de ter-ras, evitando que o município gaú-cho ficasse com suas terras divididasentre dois países.
A Cisplatina foi um confronto en-tre a Argentina e Brasil na disputapelo Uruguai, então Província Cis-platina, que o Império brasileiro ha-via incorporado em 1821, contrapon-do à antiga disputa entre Portugal eEspanha. Após vários embates, as ne-gociações de paz resultaram na in-dependência do Uruguai em 1828.
A cidade de Rivera leva o nomedo estadista uruguaio José Fructuo-so Rivera, que chegou a brigadeiro-general do Império brasileiro con-quistando a região das Missões(1928), o que apressou o reconheci-mento da independência do Uruguaipelo Brasil.
As amigas Fabiane e Zenaide, com João Vítor,filho e afilhado
Fronteira da pazCenas de Rivera e Santana do Livramento
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paz é um ato contínuo e de-pende da convivência har-moniosa entre as pessoas nafamília, na rua, no bairro, na
cidade, na empresa e se amplia para opaís e o mundo.
Afinal o que cada um pode fazerpara construir a paz? O físico inglêsDavid Bohn diz que “qualquer pessoaarmazena dentro de si a totalidade douniverso”. Portanto, a soma da boa von-tade dos homens conspira para a convi-vência pacífica mundial, independentede diferenças ideológicas, religiosas,culturais, raciais e econômicas.
Dalai Lama, prêmio Nobel da Paz,ensina: “A humanidade é uma só, e estepequeno planeta é nossa única casa. Setemos de proteger esta casa, cada umprecisa ter um sentimento vivo de al-truísmo universal. Nosso planeta foiabençoado com vastos tesouros natu-rais, que, se usados adequadamente,todo ser humano poderá usufruir de umavida rica e de bem-estar”.
A celebração da vida
O próprio Brasil é um exemplo in-ternacional de convivência pacífica en-tre povos, raças e credos. Diz-se que“Deus é brasileiro”, exatamente poracolher tantos povos diferentes, queconvivem harmoniosamente. Assimcomo milhares de cidades brasileiras,Jaraguá do Sul (SC) é um exemplo deuma comunidade ordeira e trabalhado-ra. Colonizada por imigrantes europeus,notadamente alemães e italianos, alémde descendentes de portugueses e es-panhóis, a cidade transformou-se aolongo de sua história em um mosaicode culturas, etnias e religiões.
A partir da década de 60, Jaraguádo Sul vem promovendo um crescimen-to acelerado, atraindo pessoas de vári-as regiões, principalmente do Sul. É ocaso da joinvilense Fabiane Fock Bau-kat. De pedagoga tornou-se técnica me-talúrgica e há 11 anos trabalha na WEG.Sem parentes na cidade, ela tratou deintensificar as amizades na empresa,onde encontrou o marido Ingo e a cole-ga Zenaide Moretti. Elas se conhece-ram na metalúrgica da WEG em Gua-ramirim, antes mesmo de entrar emoperação.
A amizade fortaleceu-se a ponto deZenaide ser a testemunha de casamen-to e madrinha de João Vítor, agora com2 anos, filho de Fabiane. “Ao contráriodos parentes, amigos verdadeiros a gen-te escolhe e pode recorrer a qualquermomento”, compara.
A convivência em comunidade re-quer solidariedade. O esposo de Zenai-de, Jaime Lúcio, é solicitado a qualquerhora do dia ou da noite para transportardoentes ou grávidas até o hospital. Tam-bém quando a família promove algumafesta de aniversário ou comemoração,a presença da vizinhança é garantida.
Nosso Mundo
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Ao conviver pacificamentecom o vizinho da rua,cada um poderá dar suacontribuição para a pazem todo o mundo
Conviverem
Vida em comunidade presume co-operação, e não faltam exemplos decidades irmãs, que de tão próximas,seus territórios se confundem. Na di-visa do Paraná e Santa Catarina con-vivem lado a lado: Porto União (SC)e União da Vitória (PR), Mafra (SC)e Rio Negro (PR).
Outro exemplo de convivênciaharmoniosa: Santana do Livramento(RS), no Brasil, e Rivera, no Uruguai.Elas são cidades-irmãs por decretosbilaterais, assinados em julho de2001, e formam um modelo de con-vivência pacífica. A divisa seca de 18quilômetros agora é conhecida comoFronteira da Paz.
As cidades ficam eqüidistantes a500 quilômetros de Porto Alegre (RS)e Montevidéu. Livramento conta com90 mil habitantes e Rivera com ou-tros 70 mil. Cerca de 20% da popu-lação têm dupla cidadania. É o casodo advogado Rafael Duarte Pinto, fi-lho de uruguaio com mãe brasileira.Ele foi vereador e secretário munici-pal em Livramento. No Brasil é mili-tante do PSDB de Fernando Henri-que Cardoso e no Uruguai faz partedo diretório do Colorado, partido dopresidente Jorge Battle.
O prefeito de Livramento, Gui-lherme Bassedas Costa, comunga da
integração internacional e com o in-tendente de Rivera, Tabarê Duarte Vi-eira, fazem um trabalho conjunto,mantendo as tradições e o desenvol-vimento comum das economias lo-cais, baseadas principalmente na pe-cuária bovina e ovina, na indústria deconservas de carnes e no comércio.
A integração na fronteira é efeti-va. A divisa é uma rua, o que faz pa-recer uma única cidade. Ali o comér-cio é intenso. Dependendo do mo-mento econômico, as compras mu-dam de endereço. As moedas real epeso uruguaio são aceitas em ambosos lados, respeitando as cotações.
A língua não é problema, preva-lece o dialeto da fronteira, o portu-nhol. Quando se vai a uma loja com-prar um ferro elétrico, pede-se umaplancha. Muitos habitantes moramem um território e trabalham noutro,e vice-versa, criando um vaivém fre-nético, dificultando qualquer fiscali-zação.
A cultura e as tradições gaúchassão mantidas em comum. Em Santa-na do Livramento, no “maior desfilede cavaleiros do mundo”, na Sema-na Farroupilha, em setembro, os ca-valeiros de Rivera têm posto garanti-do, com direito a desfilar com a ban-deira do Uruguai. Até a rivalidade no
PAZfutebol é amenizada. Quando jogamBrasil e Uruguai, o melhor resultadoé o empate, “pois daí a gente malhaa atuação das duas seleções igual-mente”, reforça um torcedor canari-nho-celeste.
A fundação de Santana deu-se em1823. Na ocasião da Guerra da Cis-platina (1825/28) as atenções volta-ram-se para Livramento, devido à de-marcação definitiva dos limites como Uruguai, que ocorreu em 1862,quando se realizaram as trocas de ter-ras, evitando que o município gaú-cho ficasse com suas terras divididasentre dois países.
A Cisplatina foi um confronto en-tre a Argentina e Brasil na disputapelo Uruguai, então Província Cis-platina, que o Império brasileiro ha-via incorporado em 1821, contrapon-do à antiga disputa entre Portugal eEspanha. Após vários embates, as ne-gociações de paz resultaram na in-dependência do Uruguai em 1828.
A cidade de Rivera leva o nomedo estadista uruguaio José Fructuo-so Rivera, que chegou a brigadeiro-general do Império brasileiro con-quistando a região das Missões(1928), o que apressou o reconheci-mento da independência do Uruguaipelo Brasil.
As amigas Fabiane e Zenaide, com João Vítor,filho e afilhado
Fronteira da pazCenas de Rivera e Santana do Livramento
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CONVIVÊNCIAENTREDIFERENTES
Em pleno século 21 não fal-tam exemplos de conflitos entrepovos. São os católicos e protes-tantes na Irlanda do Norte. Osseparatistas bascos na Espanha.O massacre dos curdos no Iraque.A interminável luta entre judeuse palestinos.
A Palestina teve limites vari-áveis e imprecisos através da his-tória. Atualmente abrange o es-tado de Israel, a Cisjordânia e afaixa de Gaza. Milhões de pales-tinos árabes residem em territó-rios ocupados, com a aspiraçãocomum à conquista de um Esta-do próprio.
Outras facções, evocando abênção divina para uma guerrasanta, através da interpretaçãoequivocadas das escrituras sa-gradas, como o talibã no Afega-nistão, protegem grupos terroris-tas internacionais, dispostos asurpreender a civilização comarmas atômicas e químicas, es-palhando o terror mundo afora.
O revide a cada ataque criauma sucessão de mortes e destrui-
ção, aniquilando povosindefesos, atingindo ci-vis desorientados e cri-anças desesperançosasde um mundo dignopara viver.
O homem queconquista o espaço, in-venta maravilhas tecno-lógicas e engenhocassurpreendentes, mos-tra-se incapaz de cons-truir a paz duradoura.É preciso aprender de-finitivamente a lição daconvivência entre os di-ferentes.
Junto com a cartilha foi lançado ovídeo “Jaraguá do Sul em 35 mm”, gra-vado nas décadas de 50 e 60, e restau-rado com o apoio da empresa. O filme,distribuído às escolas, resgata imagensdo município, abordando aspectos po-líticos, urbanos e econômicos da épo-ca.
Universitáriose empresários
Palestras com profissionais de reno-me foi o presente oferecido aos univer-sitários e empresários da cidade. O con-sultor João Carlos Bemvenutti, da MC2Ilimitada, que trabalha há 15 anos comconsultoria para grandes empresas, reu-niu cerca de 600 universitários dos cur-sos de Administração, Comércio Exte-rior e Marketing, do Centro Universi-tário/Unerj. Foi abordado o perfil atualdos estudantes e a realidade de merca-do.
Para os empresários, o encontro foicom o escritor Max Gehringer, autor dolivro Comédia Corporativa, colunistade revistas como Exame e Você S.A., eque em 1999 foi escolhido como um dos30 executivos mais cobiçados do mer-cado. Gehringer falou da relação entreempresas e a necessidade de mudanças.
Gehringer: as mudançassão inevitáveis e estãocada vez mais rápidas ecaras
Ação Comunitária: serviçosbásicos para a qualidade de vidados cidadãos
TODOS NA AÇÃOAs comemorações dos 40
anos fecharam com a Ação Co-munitária, que pelo sexto anoconsecutivo concentrou no Par-que Municipal de Exposiçõesuma série de serviços básicospara a comunidade. A populaçãoteve acesso a exames de saúde eodontológicos, orientações nutri-cionais, confecção de documen-tos e atividades de lazer, propor-cionados pela empresa em par-ceria com profissionais e entida-des do município. O evento en-volveu a participação de 42 vo-luntários da WEG e 46 entidades,totalizando cerca de 15 mil aten-dimentos para pessoas de todasas idades. n
O museu WEG mostrará ahistória da empresa e seráum espaço de ciência ecultura
WEG em Revista Setembro - Outubro 200112
WEG em Revista Setembro - Outubro 20019
Uma das maiores defensoras do ar-gumento de que a paz é construída nascomunidades e na melhoria do relacio-namento humano é Lia Diskin, uma dasfundadoras da associação que leva onome de Palas Athena, filha de Zeus,deusa da paz, da inteligência e do equi-líbrio.
Ela faz parte de um ainda pequenogrupo de pessoas que acredita na possi-bilidade da transformação da humani-dade por intermédio da cooperação,como forma de manter relações dura-douras entre os diferentes. Lia é o pró-prio fruto da diversidade. Sua mãe per-deu a família em um campo de concen-tração. Seu pai ficou órfão aos 13 anos.Descendente de judeus, ela nasceu naArgentina, numa família de comunis-tas e casou-se com Basílio Pawlowicz,um cristão ortodoxo.
Há 31 anos juntos, 29 no Brasil, ocasal começou a reunir amigos em suacasa para buscar respostas sobre as di-ferenças dos povos no mundo e, junta-mente com Primo Gerbelli, fundaram aAssociação Palas Athena. No início, aentidade estudou as filosofias do Ori-ente e Ocidente, mitologias, religiões etradições espirituais. Atualmente, Lia,a mentora da associação, dedica-se emtempo integral à promoção da paz, danão-violência e do entendimento entreos povos.
Por sua luta pacifista e do entendi-mento mútuo, ela foi a única sul-ameri-cana a participar do Congresso Mundi-al de Mulheres Criadoras da Paz, emSeul, na Coréia do Sul, promovido pelaONU. Suas ações pela não-violênciaincluem ações comunitárias, a exemplodo projeto junto à Polícia Militar de SãoPaulo, com o objetivo de “educar paramudar”.
Seguindo os ensinamentos do indi-ano Mahatma Gandhi, ela explica a es-tratégia da paz: “A violência desquali-fica o agressor, pois quando o agressornão faz uso da violência, a violência dooutro também não funciona”.
Lia também é a responsável pelasvindas do Dalai Lama ao Brasil, pri-meiro na ECO 92, no Rio de Janeiro edepois em abril de 1999. O monge bu-dista abandonou sua pátria depois deum golpe fracas-sado contra a ad-ministração daChina no Tibeteem 1959. Trintaanos depois, elefoi condecoradocom o PrêmioNobel da Pazpor sua campa-nha pacíficacontra a domina-ção chinesa.
A deusa da paz
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Reunião da Associação Palas Athena
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Para ser cidadã
esde a sua fundação, a WEGtem uma relação de estreitaparceria com a comunidade.O investimento em benefí-
cios à população é concretizado emações simples e transparentes. Isso ficaclaro todo ano, quando a empresa co-memora o aniversário de fundação. Du-
rante as comemorações, o presente vaipara a comunidade, em forma de edu-cação, cultura, saúde, diversão, home-nagens e informação. Tudo para a me-lhor qualidade de vida da população.
A comemoração deste ano, em se-tembro, começou com um churrasco nocampo de futebol da Associação Recre-ativa WEG (Arweg), reunindo cerca de15 mil pessoas entre colaboradores e fa-miliares, passou por palestras para em-presários e universitários, lançamentosde importantes projetos para o municí-pio e fechou com a sexta edição da AçãoComunitária, numa concentração deserviços para os cidadãos jaraguaenses.Foi uma semana de programação, en-volvendo todas as camadas e faixas etá-rias da população.
A comunidade recebeu presentes es-peciais, como o lançamento da pedra
Comunidade
Vivendo em comunidadee investindo nocrescimento conjuntouma empresa se tornaverdadeiramente cidadã
fundamental do Museu do Motor Elé-trico, instalado no prédio que abrigouas primeiras instalações da empresa. Omuseu, que tem o objetivo de difundire reverenciar o passado, abrigará anti-guidades e objetos pessoais dos funda-dores e de antigos funcionários, comoo primeiro motor elétrico produzidopela WEG. A inauguração está previstapara meados de 2002.
O investimento em cultura e educa-ção continuou com o lançamento da car-tilha “Crescendo com a Nossa Histó-ria”, desenvolvida por professores como patrocínio da WEG, e distribuída àsescolas de Jaraguá do Sul. Destinada aalunos de 3ª e 4ª séries, a cartilha con-tém exercícios e atividades para as cri-anças assimilarem melhor o conteúdodo livro de mesmo nome, escrito pelosprofessores.
Bemvenutti: visãopositiva de como venceras dificuldades paraquem está começandono mercado
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Mario Andrei Cologni, GeanCarlo Dallagnolo e Valter LuizKnihs, WEG Automação; MauroContesini, Valter Dultra Lima eSergio Fontes, Armco do Brasil
WEG reformalaminador da Armcodo Brasil S.A.que operava desdea década de 50
Técnica
Mais produtividade comlaminador modernizado
laminador reversível LA-28 da empresa Armco doBrasil S.A. opera desde adécada de 50 produzindo
bobinas de chapas de aço de 0,5 mm a8,0 mm de espessura. Devido ao longotempo de operação, o sistema como umtodo apresentava alguns problemas queexigiam intervenções da equipe de ma-nutenção e paradas indesejáveis. Visan-do eliminar essas interrupções e, aomesmo tempo, obter ganhos em quali-dade e produtividade e economia deenergia elétrica, a empresa optou porefetuar uma reforma de todo o sistema.
1 - O sistema original
Projetado e implantado na décadade 50, o controle de velocidade do la-minador reversível era feito por meiode um acionamento tipo Ward-Leonard.O bobinador era operado manualmen-te e sem controle de tração. A máximavelocidade estava limitada a 200 m/min. As constantes intervenções daequipe de manutenção também eramuma preocupação, pois levavam inva-riavelmente à perda de produtividade eaumento do custo operacional do equi-pamento. Motivados pela perspectivade grande melhoria de produtividade econfiabilidade, a Armco optou pela re-forma e automação do referido equipa-mento.
A WEG foi responsável por todo oprojeto elétrico do acionamento e daautomação, bem como pelo comissio-namento do equipamento.
Dentre os diversos pontos a seremmelhorados destacava-se também oposto de operação. O antigo posto decomando não era ergonômico e tinhasofrido diversas modificações ao lon-go do período de uso do LA-28. Preca-riamente haviam sido instalados equi-
2 - O novo sistema
A atual estrutura do laminador LA-28 – Quadro reversível, é composta portrês motores de corrente contínua prin-cipais. Dois motores de 177 kW paraacionamento dos bobinadores e um de780 kW para o laminador. Para auxílioà operação foram fornecidos dois pai-néis locais para ajuste e visualização develocidade, tração, partida e parada dolaminador, JOG, aperto dos cilindros ecomando dos dispositivos auxiliares taiscomo bombas, ventiladores e solenói-des.
O acionamento dos motores de cor-rente contínua é feito por conversoresestáticos WEG tipo CTW-A03. O con-versor do laminador é de 1.700 A, en-quanto que os conversores dos bobina-dores são de 640 A cada. Tal potência earranjo permitem que o bobinador sejaoperado até 500 m/minuto com uma tra-ção de até 3.000 kgF.
Painéis dos conversores CTW-A03 e CLPs(No lugar do acionamento Ward-Leonard eantigo painel de lógica a relê)
O antigo sistema de variação de veloci-dade Ward-Leonard foi substituído porconversores estáticos WEG. Novos pai-néis de acionamentos e púlpitos locaisde operação foram instalados. Foramagregadas funções especiais tais comocontrole de tração com compensação dediâmetro, AGC (Automatic Gage Con-trol) e ASD (Automatic Slow Down).Coube à WEG Indústrias S.A. - Divi-são Automação o fornecimento dotransformador, dos painéis elétricos ede operação, dos conversores estáticos,do CLP e da automação completa.
pamentos de medição e indicação quenão tinham a devida proteção contra aagressividade do ambiente.
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Lá, as equipes de coordenação po-dem explicar quais são os projetos de-senvolvidos em cada comunidade e ava-liar em qual deles cada voluntário podecolaborar mais. Os voluntários são ca-pacitados para o trabalho na área em quese disponibilizam a trabalhar. Os volun-tários promovem, com as famílias ca-rentes, mais de 32 mil reuniões a cadamês. Cada voluntário atende, em mé-dia, de 10 a 15 famílias por mês. Os vo-luntários são pessoas da classe média,profissionais liberais, aposentados, re-ligiosos, leigos... Eles são capacitadosna função de multiplicador de informa-ções e de solidariedade humana.
A senhora já exerceu cargo públi-co? Não acha que poderia aumentarsua influência se fosse ministra oupresidente de algum órgão social po-deroso?
Zilda - Exerci durante 27 anos car-gos de direção e me senti muito felizpela conquista dos resultados dos pro-gramas dos quais participei. Atualmen-te, me sinto livre, suprapartidária. O queme falta é tempo. Além da Pastoral daCriança, a que me dedico dia e noite,
tenho cinco filhos e oito netos que tam-bém clamam por minha presença.
A senhora acredita que o mundopoderá superar a atual crise, inicia-da com os atentados de setembro?
Zilda - Espero que as lideranças dasgrandes potências desarmem seus co-rações. O mundo vive um momento demuita dor, um contexto de guerra emque as maiores vítimas são sempre osinocentes, especialmente as famílias ecrianças pobres e miseráveis. Desde odia 11 de setembro, tenho manifestadominha solidariedade para com as famí-lias que tiveram seus sonhos ceifadospelo terror nos Estados Unidos; hoje mesolidarizo também com as famílias ví-timas dos bombardeios no Afeganistão.Causa-me uma tristeza muito grandever que algumas pessoas usam da dou-trina do Islã para fazer o terror. Conhe-ço muito bem os muçulmanos e sei quea fé deles tem muito em comum com afé cristã, especialmente na luta inces-sante em defesa da vida.
Como consertar o desequilíbrio so-cial que existe no país? Como evitar
que tais crises voltem a acontecer?Zilda - A base de tudo, volto a re-
forçar, é investir na educação para umacultura de paz e prevenção da violên-cia. Com o desequilíbrio social que vi-vemos, é fundamental também que go-vernos e outras organizações tenhamconsciência de que todo programa decombate à pobreza que não conta coma promoção humana e faz com que apopulação marginalizada seja o princi-pal sujeito da transformação está fada-do ao fracasso. Os programas de com-bate à pobreza precisam conter princi-palmente o componente da promoçãohumana, além de políticas públicas bá-sicas dirigidas com absoluta prioridadeàs comunidades carentes. Esses dois fa-tores são essenciais para a sustentabili-dade e acesso à igualdade de oportuni-dades, que gera justiça e paz. O investi-mento no desenvolvimento da solidari-edade humana organizada com objeti-vos definidos e a soma de esforços en-tre famílias, sociedade e governo redu-zem os gastos e levam a resultados maisrápidos de redução da pobreza, comojá está comprovado pela metodologiacomunitária da Pastoral da Criança.
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LA-28 apósa reforma
3 - Vantagensdo novo sistema
O uso de uma arquitetura de con-trole baseada em CLP permitiu que asnovas funções solicitadas pelo clientefossem implementadas.
Arquitetura de controle baseada em CLP
O processo ganhou confiabilidade,qualidade e produtividade. Foram adi-cionadas as seguintes características aosistema:
a) Controle de tração com compen-sação de diâmetro:
Uma vez definida a referência deforça para a tração da chapa, o sis-tema estabelece o torque adequadode acordo com o raio atual da bobi-na. À medida que o raio varia, o tor-que do motor também varia, buscan-do sempre manter a tração constan-te na chapa.
b) ASD (Automatic Slow Down) -Parada automática do bobinadorquando a bobina se aproxima dovalor pré – selecionado:
À medida que a bobina aproxi-ma-se do diâmetro selecionado pelooperador ou do comprimento finalda bobina (medido no passe anteri-or), o sistema desacelera o lamina-dor até a velocidade nula e aguardanovo comando do operador paraproceder movimentação no sentidocontrário.
c) AGC (Automatic Gage Control) -Controle automático de espessu-ra:
Principaiselementos daestrutura deautomaçãodo Laminador
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Outra Visão
Vida dedicada à pazO mundo vive em conflito desde
o surgimento da raça humana, mi-lhões de anos atrás. Isso pode termi-nar, um dia?
Zilda - A paz no mundo só depen-de de nós, se cada um estiver conscien-te de que a paz começa dentro de nós,em casa. É preciso conclamar a todosos líderes políticos, econômicos, soci-ais e religiosos para uma luta cotidianapela construção de uma cultura da paz,a começar pela promoção do valor cul-tural da paz e da prevenção da violên-cia. O mundo nunca viverá em harmo-nia enquanto existir fome e exclusãosocial, enquanto cultivarmos uma cul-tura que estimula a violência, a intole-rância, o ódio, a competição, a idéia deuma raça ou uma nação superior às de-mais. A cada momento, cada pessoaprecisa se sentir chamada para uma re-flexão sobre a construção da paz em seuambiente, para unir esforços na promo-ção da qualidade de vida para todos, for-mando redes de solidariedade entre co-munidades e nações.
A sua indicação para o Nobel daPaz pode ajudar no seu trabalhofrente à Pastoral da Criança?
Zilda - O prêmio, se tivesse sidoganho por nós, viria coroar o trabalhode milhares de voluntários pobres querepartem o que têm com seus vizinhos,lutando pela melhoria da qualidade devida em 62% dos municípios brasilei-ros. No entanto, já nos sentimos pre-miados pela simples indicação ao No-bel. Foi um momento muito rico de di-vulgação do trabalho de mais de 150mil voluntários da Pastoral da Criançano país inteiro e no exterior, o que aju-dou a tornar a entidade ainda mais co-nhecida e a motivar essa grande redede solidariedade a prosseguir no seutrabalho com novo ardor missionário.São pessoas generosas e solidárias, quededicam suas vidas a uma causa em fa-
vor das crianças carentes, em favor davida. São pessoas que estão doando umpouco de si ao outro, que aprenderamque doar não é dar, é ser e partilhar como outro o que se é.
Quais as principais conquistas daPastoral, em 14 anos de luta?
Zilda - A Pastoral já beneficia 1,5milhão de crianças até 6 anos de idade.Elas pertencem a mais de 1 milhão defamílias pobres, que recebem visita eorientação dos voluntários. Já foram al-fabetizadas mais de 4 mil pessoas. Hoje,a Pastoral está em mais de 3 mil muni-cípios. São 32 mil comunidades de bol-sões de miséria, localizados em perife-rias de cidades, favelas, áreas rurais dis-tantes, pesqueiras, alagados, aldeias in-dígenas, invasões e assentamentos desem-terras. Graças ao trabalho solidá-rio de mais de 150 mil voluntários, aPastoral conseguiu reduzir a mortalida-de infantil a menos da metade da mé-dia nacional entre as crianças por elaacompanhadas em todo o Brasil. Segun-do o Unicef, a taxa de mortalidade in-fantil no Brasil em 1999 foi de 34,6mortes para cada mil crianças nascidasvivas. Entre as centenas de milhares decrianças acompanhadas pela Pastoral,esta taxa é inferior a 13 mortes para cadamil nascidas vivas. Isto tudo significaque, por ano, cerca de 5 mil criançasdeixam de morrer no Brasil, graças aotrabalho da Pastoral da Criança.
Como as pessoas podem se aliar àrede de voluntários da Pastoral?
Zilda - Todos são bem-vindos e po-dem colaborar, depende da disponibili-dade e aptidões de cada um. Como exis-tem diversos programas, os voluntári-os podem se distribuir por áreas. NaPastoral da Criança, orientamos as pes-soas que querem fazer um trabalho vo-luntário a procurar a paróquia ou dio-cese mais próxima.
Aos 67 anos de idade, ZildaArns Neumann marcou seunome na história do país, aoter sua Pastoral da Criançaindicada para o PrêmioNobel da Paz de 2001. Oprêmio não veio - foi ganhopela ONU -, mas ZildaArns teve a satisfação de verseu trabalho reconhecido.Coordenadora da Pastoralda Criança, estacatarinense, formadamédica pediatra esanitarista, irmã do cardealDom Paulo Evaristo Arns,comemora o atendimento, sóno Brasil, de 1,5 milhão decrianças até 6 anos deidade. E o tema “paz” estápresente em todas as suasconversas, como você conferena entrevista a seguir.
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Ao contrário do processo antigoque exigia intervenção humana, onovo sistema regula automatica-mente a espessura da chapa. Moni-torando a diferença entre a referên-cia e a espessura da chapa, o siste-ma de controle atua sobre o meca-nismo de aperto do cilindro corri-gindo os desvios que a chapa possaapresentar.
d) Proteções contra falhas operacio-nais e do equipamento:
Lógicas implementadas no sof-tware do CLP e outras internas aoconversor CTW-A03 minimizam achance de operações indevidas eantecipam ações no caso de eventu-al ocorrência de falhas de operaçãoou de equipamentos.
e) Diagnóstico rápido das falhas econdições de partida via IHM:
A IHM instalada na porta dopainel apresenta relatórios rápidose precisos sobre as eventuais falhase alarmes nos dispositivos do siste-ma, auxiliando o operador a atuardiretamente sobre a causa dos pro-blemas, diminuindo o tempo de pa-radas ou evitando-as. Da mesma for-ma a IHM apresenta também umcheck-list das condições necessári-as para a partida do laminador.
f) Aumento de velocidade máximade operação:
Em relação aos anteriores 200m/min, a nova configuração promo-veu um aumento de 250% na velo-cidade máxima. Hoje o mesmo equi-pamento pode operar até 500 m/min.O aumento de velocidade máximaaliado ao sistema automático decontrole de espessura proporciona-ram um salto de qualidade e produ-tividade do laminador.
g) Novos painéis locais de operação:
Os novos painéis de operaçãolocal foram feitos em chapa de açoinoxidável. Os mesmos tornaram-semais ergonômicos e resistentes. A po-
Novo painel de operação WEG
4 - Qualidadee produtividade
Passados 5 meses desde o comissio-namento, os dados obtidos pela Armcoapontam os seguintes resultados:
a) Produtividade
Houve um aumento de produti-vidade de aproximadamente 40%.As 4,2 toneladas por hora no antigosistema foram elevadas para 5,9 to-neladas por hora no novo.
b) Economia de energia
O novo sistema, com melhorrendimento, proporciona economiade R$ 33.400,00 por ano só na re-dução dos gastos com energia elé-trica.
c) Desativação de equipamento au-xiliar
Devido ao aumento de produti-vidade conseguida após a reformado LA-28, foi possível a desativa-ção de outro equipamento (lamina-dor) de menor capacidade, diminu-indo os custos internos de manuten-ção, assim como remanejamento damão-de-obra para outros setores.
d) Elimina ção de etapa adicional
Após a implementação do siste-ma de tração foi possível realizar aetapa de rebobinamento no própriolaminador evitando assim a etapaposterior realizada em outro equipa-mento (rebobinadeira), sem compro-metimento da qualidade da tira, ouseja, livre do defeito denominado in-ternamente de colamento gerado du-rante a etapa de recozimento.
e) Aproveitamento do espaço interno
O lugar ocupado pelos painéis anti-gos e os motores do grupo geradorderam lugar à nova sala (30 m2) daeletrônica, aumentando assim a ra-pidez de atendimento do setor.
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sição dos comandos foi reorganiza-da de modo a atender às exigênciasdo cliente, e os dispositivos de indi-cação e controle foram embutidosadequadamente no painel. A opera-ção tornou-se mais clara e objetiva.
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No item Comunidade, a WEGse destaca com quatro projetos:
n CENTROWEG - escola para for-mação de mão-de-obra, para jo-vens da comunidade; cerca de60% dos formandos são contrata-dos pela empresa, todos os anos.
n ATUALIDADES WEG - programade rádio e TV veiculado por duasrádios FM e uma AM e pela emis-sora a cabo local, com foco emtemas sobre qualidade de vida.
n BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS -funcionários treinados pelas briga-das de incêndio da empresa fazemparte da corporação local.
n PROJETO NOVO SER - oferecetrabalho a ex-presidiários. Atual-mente estão contratados dois ex-detentos, que recebem acompa-nhamento do serviço social daempresa. É uma oportunidade deretorno ao convívio social.
O capítulo Portadores de Defi-ciências:
n OFICINA INTERNA - em parceriacom a Apae, a empresa ofereceaprendizado e oportunidade detrabalho para estudantes da Esco-la de Ensino Especial.
n PROJETO SONHO - também emparceria com a Apae, é voltado aodesenvolvimento profissional deportadores de deficiência mental.
Em Meio Ambiente a WEGtem dois projetos:
n CONSERVAÇÃO DE ENERGIA -concurso nacional promovido pelaempresa, para estimular projetos
em nível técnico e superior depesquisa visando a conservação deenergia elétrica.
n GUARDIÕES DA NATUREZA -cartilha, dirigida a estudantes doensino fundamental, sobre a im-portância dos sapos, rãs e perere-cas no equilíbrio ambiental.
A WEG aparece novamenteem Cultura:
n DOAÇÃO de mais de 1 milhão dereais para a construção do CentroCultural de Jaraguá do Sul.
Voluntariado é tema forte naWEG:
n AÇÃO COMUNITÁRIA - todos osanos, no mês do aniversário de fun-dação, a WEG dedica um dia inteiroao atendimento da comunidade (vejamatéria completa na página 16).
O capítulo Apoio à Criança eao Adolescente também tem apresença da empresa:
n PLÁCIDO - personagem de histó-rias em quadrinhos que apareceem jornais e revistas da região, di-vulgando temas relacionados àqualidade de vida.
AÇÕES DESTACADAS
A Terceira Idade não é esque-cida:
n ANCIANATO LAR DAS FLORES -a WEG ajuda a manter a institui-ção, que atende cerca de cem ido-sos.
No capítulo Educação, outrosdois destaques:
n MAIS VALOROSA ESCOLA - par-ceria com 50 escolas técnicas e 20universidades do país, promoven-to a integração empresa-escola.
n JARAGUÁ DO SUL ONTEM EHOJE - patrocínio para produçãoe distribuição de material didáticosobre a história do município.
nsparência
Clientes &Mercado
romover a aproximação e a formalização de negóciose parcerias entre empresas do Brasil, da América Lati-na e da Europa, nos setores metal-mecânico, eletroe-letrônico, plástico, borracha e serviços industriais. Esse
é o objetivo da Mercopar - Feira Internacional de IntegraçãoIndustrial, evento de negócios e subcontratação industrial, rea-lizada desde 1992 em Caxias do Sul (RS). A WEG marcoupresença na edição deste ano, em outubro, no estande da re-venda integrada SulSerra, de Porto Alegre. Mais de 20 mil vi-sitantes passaram pela feira, considerada a maior do Rio Gran-de do Sul na área de subcontratação industrial.
“A Mercopar é uma excelente oportunidade de divulgaçãoda marca e para iniciar novos negócios”, diz o diretor financei-ro da SulSerra, André Gazana.
A WEG Acionamentos e a Unida-de Guarulhos receberam a certifica-ção Q-Plus Nível 4 da multinacionalCarrier, fabricante das marcas Sprin-ger e Otis. O programa Q-Plus é apli-cado pela Carrier no mundo inteiro,desde 1998, e consiste de avaliaçõesdo sistema da qualidade dos fornece-dores e dos índices de componentes
Na Mercopar 2001
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Motores Plus garantemincubadoras econômicas
WEG é Q-Plus da Carrierdefeituosos detectados na linha demontagem. A WEG está entre as cin-co primeiras empresas do Brasil aconseguir o Nível 4, num universo deaproximadamente 100 fornecedores.O Nível 4 representa a excelência noprograma. A entrega do certificado foino dia 13 de dezembro, em Canoas(RS).
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A WEG participou do 38ºSeminário de Laminação -Processos e Produtos Laminadose Revestidos, de 23 a 26 deoutubro, no Hotel Costão doSantinho, em Florianópolis. Aparticipação da empresaenvolveu palestra de abertura dopresidente executivo Décio daSilva, apresentação do trabalhoda WEG Automação “LaminadorReversível LA-28 da ArmcoModernizado pela WEG” (vejamatéria técnica na página 13) eapresentação de produtos eserviços pelo centro de negóciosda Banweg.O seminário, organizado pelaAssociação Brasileira deMetalurgia e Metais, foidestinado a profissionais daindústria siderúrgica nacional,centros de pesquisa,fornecedores mecânicos,elétricos e de automaçãoindustrial. Participaram tambémas empresas Armco, Gerdau,Usiminas, Acesita, CST,Mangels, Aços Villares, CSN,Votorantim Metais, Vega do Sul,Açominas e Morgan.
Foco emLaminação
O programa de substituição de mo-tores standard por motores de altorendimento foi detalhado a empre-sários e técnicos de agroindústri-as de todo o país, durante o 3º Sim-pósio Técnico de Incubação, rea-lizado no final de outubro em Cha-pecó (SC). Quem falou sobre o pro-grama foi o engenheiro CarlosEduardo Virgini, da Casp, de Am-paro (SP), fabricante de máquinase equipamentos para aviários eparceira da WEG. A Casp detémmais de 90% do mercado nacionalde incubatórias para aves. Também
fabrica silos, armazéns, secadorescontínuos, secadores intermitentese outros produtos.
Na palestra durante o Simpó-sio de Incubação, Carlos Virginifalou sobre a crise energética e asalternativas de enfrentá-la, entreelas a troca de motores convencio-nais por modelos de alto rendimen-to. Graças a essa decisão, as incu-badoras de ovos da Casp conso-mem 4% a 8% menos energia elé-trica do que os similares que usammotores comuns.
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Estande da SulSerra na Mercopar
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Cidadania
Empresas queexercitam acidadania e buscamtransparência sedestacam mais
B uscar a luz, a transparência, eestar ligada com outros elos dasociedade, em busca de obje-tivos comuns. Ao agir desta
forma, uma empresa estará praticandoa boa cidadania corporativa, segundoavaliação da revista Exame, em seuGuia de Boa Cidadania Corporativa,publicado junto com a edição da primei-ra quinzena de novembro da revista.Muitas empresas brasileiras (de capitalnacional ou multinacional) fazem partedo grupo que o Guia considera “social-mente responsáveis”.
A WEG, por exercitar a cidadaniadesde sua fundação, há 40 anos, tem seunome em vários capítulos do Guia. Dasinúmeras ações que a empresa mantémem prol da comunidade, 14 foram des-tacadas na Exame. “Os bons resultadosda WEG sempre foram e sempre vãoser sinônimo de bons resultados para Ja-raguá do Sul e toda a região”, diz o pre-sidente executivo, Décio da Silva, acres-centando: “Um dos nossos quatro com-promissos é ‘Ser uma empresa cidadã,participando da vida comunitária e pre-servando o meio ambiente.’ E na WEG,compromisso assumido é compromis-so cumprido”.
Viver com traO GUIA
A publicação da revista Exa-me destaca vários aspectos quetornam uma empresa cidadã. Ovoluntariado é um dos principais,por permitir que os próprios fun-cionários exercitem a cidadania.E as corporações do Sul do país,segundo o Guia, “são as campe-ãs do voluntariado”. Em entre-vista à publicação, a presidentedo Comitê Brasileiro do Ano In-ternacional do Voluntariado,Maria de Lourdes Egydio Ville-la, diz que há, no Brasil, cerca de20 milhões de pessoas envolvidasem ações voluntárias, normal-mente em situações de crise (en-chentes, secas, acidentes etc.).Porém, segundo Maria de Lour-des, “é no dia-a-dia que você pre-cisa educar a população para sermilitante social”.
Para participar do Guia, arevista Exame convida diversasempresas do país a mostrar oque fazem em termos de proje-tos sociais. A partir daí, selecio-na os projetos que se destacam.“Nosso principal critério é o po-der de transformação social queos projetos podem propocionar,envolvendo a comunidade”, diza redatora-chefe da revista Exa-me, Cláudia Vassalo, coordena-dora do Guia. “O movimentopela cidadania, entre as empre-sas, é recente no Brasil, mas osindicadores mostram um cresci-mento enorme neste campo, umanova consciência pela atuaçãocomunitária”, conclui CláudiaVassalo.
WEG em Revista Setembro - Outubro 2001WEG em Revista Setembro - Outubro 20014 17
Giro
Décio da Silva (esq.), presidente executivo,recebe o Prêmio Excelência - América Economia
Mais quatro semináriossobre o tema “conservação deenergia elétrica no setor in-dustrial” foram promovidospela WEG em novembro, emparceria com o Procobre:Porto Alegre e Passo Fundo(RS), no Rio de Janeiro e emSalvador. Durante estes even-tos, a WEG mostra suas solu-ções na luta contra a criseenergética. A utilização demotores de alto rendimentoPlus é um dos principais itensno pacote de soluções WEG.
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Conservaçãode energia
Mais alguns prêmios ganhos pela WEG foramentregues, e já estão enfeitando a estante.
Ramiro Schmitz (dir.), gerente de Vendas da Motores nafilial Banweg, ganha o troféu a que a WEG fez jus por
ser a Mais Admirada do Brasil no setor de Mecânica, naavaliação da revista Carta Capital
Moacyr Sens (dir.),diretor
superintendenteda WEG Motores,
recebe em PortoAlegre o Prêmio
Finep de InovaçãoTecnológicaRegional Sul
Celso Siebert, diretor de Vendas da Motores, no seminário em Porto Alegre
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Editorial
WEG em Revista Setembro - Outubro 2001 WEG em Revista Setembro - Outubro 2001
expediente
índice
Weg em Revista éuma publicaçãoda Weg.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89256-900,Jaraguá do Sul - SC.www.weg.com.br.
[email protected]. Conselho Editorial:Walter Janssen Neto (diretor), PauloDonizeti (editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing). Edição e produção: EDM LogosComunicação, telefone (47) 433-0666.Tiragem: 10.000.
As ações pelacomunidade 4
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Zilda Arns só perdepara a ONU
O caminho da pazcomeça em casa
Na diversidade,a harmonia
13Laminador recuperadofica quase novo
A internacionalizaçãodá a oportunidade deconhecer novos lugares eassimilar modos de vidadiferentes dos habituais
Liberdade e tolerância
Celso Siebert, diretorde Vendas da WEG Motores
Viver em outro país éuma experiência
enriquecedora, quenos proporciona aoportunidade deaperfeiçoamento.
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araguá do Sul é um dos principais municípios de SantaCatarina. Com 108 mil habitantes, Jaraguá apresentahoje uma multidiversidade racial, religiosa e cultural.Porém, essas diferenças não impedem que o municípioseja destacado pelo Unicef como o terceiro melhor mu-
nicípio catarinense em condições de sobrevivência de crian-ças até 6 anos. Os contrastes até permitiram que a cidaderegistre índices admiráveis de qualidade de vida. As indús-trias dos diversos ramos empregam atualmente 21.275 pes-soas, com um detalhe: não existe trabalho infantil nestasempresas. Aproximadamente 31.000 pessoas, entre crianças,jovens e adultos, freqüentam as escolas de Jaraguá do Sul.Um dado é invejável: mais de 98% da população infantilestá na escola.
O Afeganistão, com seus quase 27 milhões de habitantes,tem várias etnias mas pouca diversidade cultural. E pratica-mente nenhuma religiosa: 99% da população professam areligião muçulmana. Ainda assim, a estimativa de vida dopovo é de 47,8 anos, a taxa de mortalidade infantil chega a138 mortes por 1.000 nascimentos e o índice de alfabetiza-ção não passa de 36%. E o país vive, há mais de 30 anos,envolvido em permanentes conflitos, sacrificando sua já pau-pérrima população.
Por que tantas diferenças? Por que em certos lugares doplaneta há harmonia e qualidade de vida, enquanto em ou-tros impera o infortúnio?
São perguntas difíceis de responder, por conta de variá-veis sem fim, e que passam pela complexidade emocional doser humano. Talvez se as pessoas tentassem viver mais emcomunidade, respeitando os limites e as características deseus vizinhos, seus concidadãos, seus semelhantes - indepen-dente de raça, religião ou qualquer outra diferença social.
Será que o sonho de John Lennon um dia vai se realizar?Ele dizia:Imagine que não há países,Não é difícil de fazer,Sem nada pelo que matar ou morrer,Sem religião também,Imagine todas as pessoasVivendo em paz...
Nossa Opinião
A WEG iniciou a década de 90com um programa arrojadode internacionalização, ins-talando filiais próprias no ex-
terior. Inicialmente foi criada a WEGElectric Motors, nos Estados Unidos,para atender diretamente fabricantes demáquinas e equipamentos e empresas deengenharia, além de captar as tendênci-as tecnológicas, no maior mercado mun-dial de motores elétricos.
Tive a oportunidade de ser o pionei-ro nesta fase de internacionalização daempresa, implantando e dirigindo aWEG americana por dez anos. Na épo-ca com 15 anos de empresa, reuni a fa-mília e partimos para Fort Lauderdale,na Flórida, dispostos a abraçar novos de-safios. Ao contrário da maioria de 1milhão de brasileiros que emigrarampara os Estados Unidosna última década embusca de um pé-de-meia, eu tive o privilé-gio de continuar umacarreira profissional noexterior.
É um país tipica-mente de descendentesde imigrantes, povoadoinicialmente por ingle-ses, escoceses e irlande-ses. Chegaram em se-guida os alemães, escan-dinavos, italianos e eslavos. A populaçãonegra, a maioria descendente de escra-vos vindos da África, completa a ondamigratória até o século XX, quando seintensificou a chegada de mexicanos,porto-riquenhos, chineses e japoneses. Osevangélicos são maioria, seguidos porcatólicos e judeus.
A economia predominante é da li-vre iniciativa, e os EUA se constituemno maior mercado internacional, cobi-çado por todos os países exportadores.Lá tudo é superlativo, grandioso. Todoeste poderio cria oportunidades e ame-aças. A força econômica e o estilo ame-
J
ricano, ostensivamente mostrados nocinema, atraem a atenção e despertam avontade de outros povos em levar omesmo padrão de vida.
Este mosaico multirracial é regidopor uma obsessão pela Liberdade, va-lor de amplos significados para os nor-te-americanos. É o centro de toda a éti-ca. Por isso a série de atentados terro-ristas sem precedentes que abalou omundo nos obriga a algumas reflexões.Não importa aqui se erros políticos atu-ais e do passado, somados à intolerân-cia de fanáticos ou a simples inveja deuma riqueza inalcançável para a maio-ria dos países tenham gerado tamanhabestialidade.
O fato é que o ser humano evoluiatravés do tempo, física e materialmen-te, mas se não der uma direção mais es-
piritualista ao seu futu-ro, estará se expondo aproblemas ainda maisgraves do que estes en-frentados atualmente.Sendo dotado de auto-consciência e livre arbí-trio, deve ser capaz depensar e orientar suaexistência por suas pró-prias escolhas. A gene-ralização das trocas in-ternacionais, a expansãoda mestiçagem cultural,
a universalização da informação e a in-terdisciplinaridade dos diferentes ramosdo saber só permitirão a paz e a glóriada humanidade se forem privilegiadoso ecletismo e a tolerância, que é o direi-to à diferença.
Viver nos Estados Unidos foi umaexperiência profissional enriquecedora.Embora não sejam tão gregários nem te-nham o jeitinho dos brasileiros, nesteanos todos aprendi a respeitar os ameri-canos como um povo justo, no sentidode dar uma chance a qualquer pessoa,de qualquer país, de provar que pode fa-zer um bom trabalho e prosperar.
18A experiência deviver lá fora
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