27
 Fl. 1 de 27 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL - EEC CURSO LATUS SENSO ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO PESQUISA E ANÁLISE DE RISCOS DE ACIDENTES DO TRABALHO ASSOCIADOS AO PROCESSO DE BENEFICIAMENTO DE ARROZ GOIÂNIA 2009

Risco Acidentes Beneficiamento de Arroz

Embed Size (px)

Citation preview

Fl. 1 de 27

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIS - UFG ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL - EEC CURSO LATUS SENSO ENGENHARIA DE SEGURANA DO TRABALHO

PESQUISA E ANLISE DE RISCOS DE ACIDENTES DO TRABALHO ASSOCIADOS AO PROCESSO DE BENEFICIAMENTO DE ARROZ

GOINIA 2009

Fl. 2 de 27

ANA FLAVIA MARTINS PEREIRA JANAINA FERREIRA CHAVES LEANDRO HENRIQUE AGUIAR MARCOS SOUZA DOS SANTOS NAJARA DE SOUZA THYAGO GUMERATTO PIRES

PESQUISA E ANLISE DE RISCOS AMBIENTAIS ASSOCIADOS AO PROCESSO DE BENEFICIAMENTO DE ARROZ

Trabalho apresentado visando obteno de crditos disciplina SEGURANA E SADE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECURIA SILVICULTURA, EXPLORAO FLORESTAL E AQICULTURA NR 31. Professor responsvel: Engenheiro de Segurana do Trabalho Ariston Alves Afonso

GOINIA 2009

Fl. 3 de 27

SUMRIO

INTRODUO ....................................................................................... CARACTERIZAO DA MAGNITUDE DO PROCESSO EM ESTUDO CARACTERIZAO DO PROCESSO DE BENEFICIAMENTO............

fl 05 fl 06 fl 11

CONSTITUIO DO GRO DE ARROZ................................................ fl 11 PR LIMPEZA E LIMPEZA..................................................................... fl 11 SECAGEM............................................................................................... fl 16 LIMPEZA................................................................................................. fl 18

DESCASCAMENTO................................................................................ fl 18 SEPARAO PELA CMARA DE PALHA............................................ fl 20 SEPARAO DE MARINHEIRO............................................................ fl 21 BRUNIO............................................................................................. HOMOGENEIZAO............................................................................. CLASSIFICAO................................................................................... CONSIDERAES SOBRE O ARMAZENAMENTO............................ FATOR ACIDENTRIO DE PREVENO - FAP................................. UNIDADES COMPACTAS DE BENEFICIAMENTO DE ARROZ. ....... CONCLUSO ....................................................................................... BIBLIOGRAFIA ............................................................................... ...... fl 22 fl 22 fl 22 fl 23 fl 24 fl 25 fl 26 fl 27

Fl. 4 de 27

FIGURAS, TABELAS E IMAGENS

Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura 16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Figura 21 Figura 22 Figura 23 Figura 24 Figura 25 Figura 26 -

Preos pagos ao produtor do RS ................................................

fl 07

Preos mdios do perodo da safra e entre-safra durante............ fl 07 Arroz beneficiado (atacado) - Preos mdios semanais............... fl 10 Dados da Inspeo em Segurana e Sade no TrabalhoBrasil..... fl 10 Constituio do arroz ..................................................................... fl 11 Concepo bsica e Mquina de pr-limpeza e limpeza................ fl 12 ...exemplos de riscos associados limpeza do arroz.................... fl 12 Mquina de limpeza para aplicao em baixas produes........... fl 13 ...exemplos de riscos associados limpeza do arroz............. ...exemplos de riscos associados secagem do arroz.......... fl 13 fl 15 Mquinas de pr limpeza e de limpeza............................................ fl 14 Mquinas de secagem aplicvel a sistemas de alta produo...... fl 15 Mquinas de secagem aplicvel a sistemas de baixa produo... fl 16 Esquema bsico do projeto de secadores de grande porte.......... fl 16 Mquinas para descascar arroz de elevada produtividade.......... Riscos associados s mquinas de descascar arroz................... ...exemplos de riscos associados separao ........................... fl 18 fl 18 fl 19

Separao pela cmara de palha.................................................. fl 19 Separador de marinheiro................................................................ fl 20 ...exemplos de riscos associados separao de ..... ................... fl 20 Brunidor.......................................................................................... fl 21 ...de exemplos de riscos associados classificao..................... fl 21 Classificador de arroz.................................................................... fl 22 Exemplo de unidade compacta de beneficiamento de arroz......... fl 24 ...exemplos de riscos associados unidades compactas.............. fl 24 ...fontes de riscos em agroindstrias............................................. fl 26

Fl. 5 de 27

INTRODUO

A atividade rural de uma maneira geral, representa importante componente na matriz produtiva no Brasil, cujas condies ambientais (temperaturas mdias anuais, densidade pluviomtrica e umidade), alm da geografia (com alto grau de disponibilidade de planaltos e plancies), induzem alto grau de aproveitamento do solo neste tipo de atividade. A demanda por produtos agrcolas, tanto para consumo interno como para a exportao, justificam a constante busca de aprimoramentos tanto nos processos produtivos como na pesquisa e implantao de boas condies operacionais para a melhoria contnua dos processos e produtos oriundos da atividade rural como um todo. Dentre os processos associados atividade rural, a produo de alimentos encontra elevada participao, uma vez que podem envolver tanto a atividade pastoril, atividade extrativa e a agricultura (a saber, o cultivo intensivo de gros e outros itens). Para fins deste trabalho, buscaram-se dados com relao a um dos cereais de grande consumo nacional, o arroz, e de todas as partes inerentes a produo deste cereal nos concentramos no processo de beneficiamento. Este trabalho aborda a caracterizao de riscos associados a cada fase do processo em estudo. Buscou-se tambm identificar a evoluo no trato dos riscos de acidentes associados ao processo de beneficiamento do arroz, notadamente pela adoo de equipamentos melhor adaptados a preveno dos mesmos. Por fim, conclui-se no escopo do presente trabalho, a indicao da responsabilidade social, no que tange a sade e o bem estar dos trabalhadores em geral, e da sociedade em geral, atuantes em empreendimentos ligados ao setor arrozeiro.

Fl. 6 de 27

CARACTERIZAO DA MAGNITUDE DO PROCESSO EM ESTUDO Em dados obtidos de pesquisa bibliogrfica, o Brasil durante muitos anos foi exportador de arroz. Na dcada de 80 passou a importar pequenas quantidades (5% da demanda total) e, a partir de 1989/90, se tornou um dos principais importadores deste cereal, chegando a 2 milhes de toneladas, em 1997/98, quando atingiu, uma mdia superior a 10% da demanda interna. A lacuna entre a produo e o consumo anual de arroz irrigado, partir da dcada de 90, passou a ser suprida, principalmente pelo Uruguai e Argentina, que responderam por cerca de 85 a 90% das importaes brasileiras. Esses dois pases com produo de arroz do tipo agulhinha de alta qualidade, custos de produo menores, juros mais competitivos de financiamento, carga tributria mais branda, fretes e custos de comercializao inferiores aos do Brasil, alem da proximidade geogrfica e associados a uma taxa de cmbio favorvel at o final de 1998, alavancaram rapidamente sua produo, com vistas ao mercado brasileiro. O consumo mdio de arroz no Brasil varia de 74 a 76 Kg/habitante/ano, tomando-se por base o gro em casca. Atualmente, o consumo est estagnado, apenas acompanhando o crescimento populacional. O arroz branco "in natura", que passa por um processo padro de beneficiamento para a retirada da casca e polimento (brunido), ainda o principal produto consumido pela populao, relativamente a produo do cereal no Brasil. Os aspectos econmicos relativos a produo deste cereal, envolvem tanto o investimento no desenvolvimento de culturas economicamente viveis como o atendimento s condies de fiscalizao, normatizao e inspees do produto final. Ressalva-se que os quadros abaixo indicados se referem a perodos que atingem a data de outubro de 2002, porm representam com lucidez as condies de faturamento do setor produtor deste importante cereal (o arroz). O ressarcimento de tais investimentos se d pelos preos praticados no mercado e quanto a este aspecto, os quadros acima nos do uma idia da regularidade e nvel dos mesmos (at o ano de 2002). Visando caracterizar o potencial econmico do setor de produo de arroz apresentam-se dados mais atualizados com relao aos valores praticados no comrcio de arroz, como segue:

Fl. 7 de 27

Fig. 1. Preos* pagos ao produtor do RS, R$ / 50 kg de arroz, no perodo de janeiro/93 setembro de 2002 e mdias dos trinios 93/95, 96/98 e 99/01. Fonte: Dados compilados de IRGA, Srie Histrica de preos arroz em casca, disponvel em www.irga.rs.gov.br/docs/srcasca.pdf, acessado em 18/10/2002, e adaptado pelos autores. *Preos deflacionados para setembro/02, pelo IGP-DI, da FGV.

Fig. 2. Preos* mdios do perodo da safra e entre-safra durante os ltimos cinco anos. Fonte: Dados compilados de IRGA, Srie Histrica de preos arroz em casca, disponvel em www.irga.rs.gov.br/docs/srcasca.pdf, acessado em 18/10/2002, e adaptado pelos autores. *Preos deflacionados para setembro/02, pelo IGP-DI, da FGV.Arroz beneficiado (atacado) Regio, Tipo Florianpolis/Brusque (SC), T1 Sul Catarinense, T1 Rio do Sul/Ibirama (SC), T1 Jaragu do Sul/Joinvile (SC), T1 So Paulo (SP), T1 So Paulo (SP), T2 Fonte Cepa/SC Cepa/SC Cepa/SC Cepa/SC IEA/SP IEA/SP1

Unid. frd 30kg frd 30kg frd 30kg frd 30kg frd 30kg frd 30kg

R$/frd 53,35 52,00 54,20 44,00 46,69 44,31

Var (%) 0,00 0,00 0,00 0,00 6,53 -8,04

Fig. 3 Preos mdios semanais de 13 a 17/04/2009

Com os dados acima apresentados, inegvel que o montante de valores associados ao mercado de arroz significativo, na ordem de R$ 18 000 000 000,001

fonte http://www.arroz.agr.br/site/cotacoes/index.php (acessado em 25/04/2009)

Fl. 8 de 27

(dezoito bilhes de reais), considerando o consumo mdio estimado de 75 kg/habitante/ano; populao de aproximadamente 180 milhes de habitantes e preos no atacado ao valor de R$ 1,33/kg (valor 10% abaixo dos praticados em So Paulo, conforme figura 3 acima). A importncia do setor e sua potencialidade, remetem a sociedade, a consideraes relativas a seus impactos sociais e dentre eles os causados pelos acidentes do trabalho, associados ao ramo agrcola em questo. Dentre as regulamentaes pertinentes a atividade rural, aquela relacionada com a SEGURANA DOS TRABALHADORES, se refere de forma mais intensa aos impactos sociais citados no pargrafo anterior, muito embora Acidentes de trabalho na produo agrcola geralmente no aparecem nas estatsticas oficiais, mas nos ltimos anos tm chamado a ateno dos pesquisadores da agropecuria.2 "O soterramento, atravs da cobertura do trabalhador pela massa de gros, a principal causa de morte em unidades armazenadoras". O alerta do pesquisador Adriano Lima Afonso, Diretor do Ncleo de Inovaes Tecnolgicas da Unioeste, sediada em Cascavel, PR. A segunda maior causa de acidentes de trabalho na armazenagem a intoxicao por dixido de carbono (CO2), gerado na suspenso de partculas comprimidas no ambiente. "A inalao durante uma hora de 300ppm (partes por milho) de fosfina mortal", define o pesquisador, lembrando que os produtos mais propensos a acidentes so os gros com maior teor de carboidratos, como o milho, o trigo e o arroz. "A poeira gerada por estes gros pode causar uma exploso, devido ao confinamento dos gases que acarreta um aumento considervel de presso no silo. Uma lmpada que estoura, cigarro ou qualquer atrito na fiao so capazes de destruir o armazm e causar muitas vtimas", conclui Afonso. Tais informaes nos colocam diante da necessidade de caracterizar o que vem a ser acidentes do trabalho, como segue: Acidente do Trabalho aquele que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio da empresa, provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause morte perda ou reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho. De maneira geral, os acidentes do trabalho podem ser causados por condies inseguras ou por atos inseguros, cada qual caracterizando a exposio do trabalhador a diferentes riscos. Tambm de maneira geral, os riscos para o trabalhador so caracterizados como riscos ambientais.

2

Conforme Joseani M. Antunes MTb 9396/RS, Embrapa Trigo, 7 Simpsio de Gros Armazenados Sul/Sudeste 25/06/2004

Fl. 9 de 27

Os riscos ambientais so aqueles, caracterizados por agentes fsicos, qumicos, biolgicos, ergonmicos e mecnicos que, presentes nos ambientes de trabalho, so capazes de causar danos sade do trabalhador em funo de sua natureza, concentrao, intensidade ou tempo de exposio. As presenas dos agentes acima indicados implicam na classificao de riscos associados a cada um deles, ou seja, riscos fsicos, riscos qumicos, riscos biolgicos, riscos ergonmicos e riscos mecnicos (tambm designados como riscos de acidentes). Alguns agentes que podem causar riscos ambientais so: Riscos fsicos: rudo, vibraes, presses anormais, temperaturas extremas, radiaes etc. (nas atividades agrcolas, tais riscos normalmente esto associados aos equipamentos empregados em cada etapa dos diferentes processos). Riscos qumicos: poeiras, fumos, nvoas, neblinas, gases, vapores que podem ser absorvidos por via respiratria ou atravs da pele etc. (nas atividades agrcolas, tais riscos normalmente esto associados agrotxicos empregados em cada etapa dos diferentes processos, tais como: plantio e armazenagem). Riscos biolgicos: bactrias, fungos, bacilos, parasitas, protozorios, vrus, entre outros. (nas atividades agrcolas, tais riscos normalmente esto associados a atividade biolgica dos produtos ao longo da armazenagem e ou dos resduos em cada etapa dos diferentes processos). Riscos mecnicos ou de acidentes: choques mecnicos, quedas, quebras no previstas de componentes etc... Riscos ergonmicos: utenslios e ferramentas que promavam o desconforto e inadequao em relao s atividades a serem desenvolvidas nas diferentes atividades laborais Se o trabalho realizado em locais onde h a exposio a agentes que podem prejudicar a sade, o empregador obrigado, por lei, a fornecer gratuitamente equipamentos e proteo individual (EPIs) adequados, orientar e fiscalizar para que os trabalhadores utilizem corretamente estes equipamentos e adotar medidas diminuam os riscos, cabendo ao trabalhador acatar e cumprir estas determinaes. Tambm cabe aos meios produtivos a constante incluso de meios e equipamentos de proteo coletiva (EPC), de forma que possam eliminar ou reduzir a exposio aos riscos ambientais.3

Nas atividades agrcolas, a resistncia ao uso de EPIs - Luvas, respirador/mscara, viseira, capuz, botas, jaleco e calas impermeveis constituem a principal causa de acidentes. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Agronmico de Campinas (IAC) em duas mil propriedades rurais, entrevistou produtores ligados a 18 diferentes culturas que mais usavam agrotxicos na inteno de identificar o perfil do aplicador de agroqumicos. Os dados mostram que 80% dos aplicadores tm at o primeiro grau (ensino fundamental) completo e nunca participaram de um treinamento especfico.

3

Hamilton Humberto Ramos, in 7 Simpsio de Gros Armazenados Sul/Sudeste 25/06/2004

Fl. 10 de 27

"A maioria aprende a manipular defensivos com os pais, os vizinhos, num conhecimento informal que no reconhece os riscos da profisso", avalia o pesquisador do IAC, Hamilton Humberto Ramos. Os principais problemas apontados pela pesquisa foram a falta de regulagem dos equipamentos, pulverizadores gastos e com vazamentos, e a resistncia ao uso de EPIs. "Os maiores problemas esto na olericultura, que expe a parte do corpo mais sujeita a acidentes: as mos, que representam 80% dos acidentes no meio rural", esclarece Ramos. Ele lembra que os EPIs ainda esto associados ao desconforto trmico que causavam os primeiros modelos criados pelas tcnicas de segurana do trabalho: "Hoje, o equipamento foi adaptado ao bem estar do produtor, lembrando a sensao de estar vestindo uma roupa normal de algodo", avalia Ramos, ressaltando que os custos dos EPIs tm sido subsidiados pelas empresas de agroqumicos que adquirem os equipamentos em grande escala e repassam ao produtor em pacotes fechados durante a compra de insumos. So Paulo um dos estados mais evoludos no uso de EPIs, concentrando a quase totalidade das indstrias do setor e com fiscalizao atuante. A quantificao dos embargos/interdies, indicados no quadro abaixo, relativos ao setor da agricultura indicam a necessidade de implementao e aprimoramentos das aes ligadas a Segurana e Sade no Trabalho, no Brasil.ANO 2008Setor Econmico Agricultura Comrcio Construo Educao Hotis/Restaurantes Ind. Alimentos 4.104 1.591.98 4 3.331 Ind. Madeira e Papel 1.910 172.327 3.087 839 Ind. Metal 8.168 1.819.02 2 7.985 Ind. Indstria Mineral 3.955 326.236 6.374 2.327 Ind. Qumicos 3.461 772.043 2.761 1.538 Ind. Tecido e Couro 4.763 672.951 3.114 838 Indstrias Outras 2.212 218.742 2.450 542 Instituies Financeiras 1.425 735.501 460 357 Sade 4.567 980.102 4.244 785 Servios 11.657 3.078.04 5 4.037 Transporte 7.681 1.288.94 9 2.682 Outros 4.57 1.134.46 31.50 86 TOTAL 145.815 19.046.68 691.813 40.911 Fonte: Sistema Federal de Inspeo do Trabalho * concesso, pelo auditor-fiscal do trabalho, de prazo para regularizao ** incio do processo administrativo que pode resultar na aplicao de multa Aes Fiscais 8.603 38.311 31.266 2.221 6.932 Trabalhadores alcanados 1.147.23 2.162.32 2.179.84 324.683 442.235 Notificaes * 2 9 2 421 2.814 Autuaes ** 16.667 11.479 18.399 147 708 Embargos / Interdies 6.795127 4.262285 12.0242.838 10 31 2.299146 76 2.860272 236 76 57 39 8 33 2.319137 1.40445 7 4.488 Acidentes analisados 91 191 472 5 22 120 63 315 85 130 91 32 15 36 108 86 76 1.938

Figura 4 - Dados da Inspeo em Segurana e Sade no Trabalho - Brasil No setor arrozeiro, no foram localizados dados estatsticos, entretanto dada a importncia do mesmo, serias e importantes aes j foram tomadas, como se busca demonstrar ao longo deste trabalho.

Fl. 11 de 27

CONSTITUIO DO GRO DE ARROZ Existem vrias maneiras de dividir-se um gro de arroz em suas partes, dependendo da complexidade desejada. Para avaliarmos o processamento do arroz e suas implicaes normal e suficiente dividi-lo em: casca - farelo - gro, como indicado na figura abaixo. Aprofundando um pouco mais sobre cada parte, temos uma subdiviso um pouco mais complexa das partes de um gro de arroz, porm extrapolam os objetivos deste trabalho nos interessando para as finalidades associadas a este trabalho a diviso apresentada acima e na figura abaixo, como segue:

Figura 5 constituio do arroz (Fonte: www.arrozcristal.com.br) Em conseqncia desta caracterizao do gro do arroz acima apresentada, fica claro que o beneficiamento dos gros de arroz, se concentram na retirada da casca e do farelo, separando assim o gro do cereal, com a conseqente classificao dos mesmos nas etapas seguintes do processo de beneficiamento. CARACTERIZAO DO PROCESSO E DOS RISCOS AMBIENTAIS. O beneficiamento do arroz tradicional, no parboilizado, se inicia com a separao da casca do resto do gro, para a obteno do arroz branco para o consumo. Para melhor caracterizao, apresentamos o fluxograma do processo de beneficiamento de arroz, da forma como efetivamente levado a efeito nas instalaes processadoras, acompanhado de breve descrio de cada uma das etapas, e suas caracterizaes quanto aos riscos de acidentes dos equipamentos que possibilitam o beneficiamento do arroz, aplicados em cada caso. O processo de beneficiamento do arroz compreende as seguintes etapas: limpeza; descascamento; separao pela cmara de palha; separao de marinheiro; brunio; homogeneizao; e classificao.

PR LIMPEZA Esta etapa do processo atendida por equipamento que pode operar tanto na prlimpeza como na limpeza final (ou fina).

Fl. 12 de 27

Durante muito tempo esta etapa do processo de beneficiamento se utilizou de equipamento de concepo simples sendo que um exemplo deste tipo de construo se segue abaixo representado:

Fl. 13 de 27

Nas instalaes atuais de processamento do arroz, mquinas modernas praticamente eliminam o contato humano e mesmo a necessidade de acompanhamento por operadores, devido tanto a concepo de projeto, como com relao a forma construtiva e materiais envolvidos, como pode-se observar na figura abaixo:

Equipamento:Pr-Limpeza Rural

Sigla:PLRZ-1

Caractersticas:Equipamento para pr-limpeza e limpeza de cereais, tais como: milho, sorgo ,soja, trigo, arroz, feijo, entre outros; tendo como princpio de funcionamento a retirada das impurezas por peneiramento e densidade. - Fcil operao e manuteno - Baixo consumo de energia - Ideal para pequenos produtores rurais

Potncia Consumida:1 cv / 0,74 kW / VI plos

Produo de Arroz em Casca:at 2000 kg/h

Figura 8 mquina de limpeza para aplicao em baixas produes De maneira geral, os riscos ambientais associados aos equipamentos modernos ficam minimizados em funo da tecnologia embarcada nos mesmos, sendo que abaixo elencamos alguns deles que ainda podem ser associados aos equipamentosRiscos Ambientais classificados por seus agentes FSICOS QUMICOS BIOLGICOS ERGONMICOS Rudos a) a) e b) Vibraes MECNICOS/ACIDENTES c) riscos de quedas acidentais dos operadores. figura 9 - tabela de exemplos de riscos associados limpeza do arroz mquinas atuais

a) b) c)

Riscos praticamente eliminados em funo da adoo de eficientes sistemas de exausto. Riscos praticamente eliminados em funo de modificaes nos sistemas de limpeza do equipamento. Adoo de materiais e metodologias de trabalho de matrias primas (processos mais confiveis)

As imagens abaixo, representam ainda outros tipos de equipamentos desenvolvidos para esta etapa do processo de beneficiamento dos gros de arroz, entretanto mesmo quando muito bem projetados e construdos, sempre se devem considerar a possibilidade de melhorias contnuas no que se refere, no somente a produtividade mas tambm no que se refere segurana dos operadores e dos funcionrios que se dedicam a manuteno dos equipamentos.

Fl. 14 de 27

Equipamento:Pr-Limpeza e Limpeza de Gros

Sigla:PLZ-40/20

Caractersticas:Equipamento para pr-limpeza e limpeza de cereais, tais como: milho, sorgo ,soja, trigo, arroz, feijo, entre outros; tendo como princpio de funcionamento a retirada das impurezas por peneiramento e densidade. - fcil operao e manuteno - peneiras intercambiveis

Potncia Consumida Exaustor:5 cv / 3,7 kW / IV PLOS

Potncia Consumida Peneira:3 cv/ 2,2 kW / IV plos

Produo de Arroz em Casca Pre-Limpeza:30 a 40 ton/h

Produo de Arroz em Casca Limpeza:16 a 20 ton/h

Mquina de Limpeza e Pr-limpeza - Modelo Fechado De avanada tecnologia, a linha de mquinas de pr-limpeza e limpeza do tipo fechado SCS ML da Kepler Weber realiza o peneiramento do material de forma orbital, gerando baixos nveis de vibrao e rudos. Os equipamentos processam grandes capacidades, com perfeita classificao dos produtos. Entre os diferenciais, o sistema de recirculao de ar da cmara de aspirao, que possibilita maior eficincia de limpeza do ar emitido para o ambiente. A Kepler Weber oferece os seguintes modelos: SCS ML 60, SCS ML 80, SCS ML 100, SCS ML 170.

Figura 10 mquinas de pr limpeza e de limpeza aplicvel a grandes produes Pelas caractersticas construtivas, podem ser desenvolvidos equipamentos com minimizao de riscos quaisquer, fazendo com que praticamente possam ser eliminados os riscos associados a esta etapa do processamento do arroz, porm tais desenvolvimentos implicam em significativos custos relacionados aos processos construtivos dos equipamentos.

Fl. 15 de 27

SECAGEM Na grande maioria os riscos associados aos equipamentos aplicados a esta etapa do processo de beneficiamento do arroz, dizem respeito ao processamento de gerao de ar quente necessrio ao processo. Em sistemas de alta produo tais riscos so mais controlados, entretanto alguns dos riscos que ainda podem ser encontrados em equipamentos deste tipo so indicados na tabela a seguir:Riscos Ambientais classificados por seus agentes FSICOS QUMICOS BIOLGICOS ERGONMICOS MECNICOS/ACIDENTES Leses por Desenvolvimento Riscos de quedas acidentais Queimaduras de fungos e dos operadores e do pessoal nos bactrias, nos de manuteno. perodos de operadores e pessoal de inoperncia. manuteno na fornalha figura 11 - tabela de exemplos de riscos associados secagem do arroz em mquinas atuais

A figura abaixo, demonstra a construo de um secador desenvolvido especialmente para secagem de arroz, de alta capacidade, na qual se aplica a tabulao dos riscos acima identificados. Secadores ADS - Linha Arroz - Cavalete (ref. Kepler Weber)Especificamente desenvolvida para a secagem de arroz em coluna inteira, a Linha Arroz de Secadores ADS possui seis modelos de secadores, e possui como principal caracterstica a torre de cavaletes. Viabiliza a secagem de soja, milho e trigo com resfriamento (opcional) e ainda oferece diversos opcionais e itens de segurana.

Detalhes tcnicos/componentes:Torre de Secagem, Difusores, Ventiladores, Funil de Carga, Captao de partculas (item opcional, no disponvel no KW 500 ADS), Fluxo de Ar, Kit de resfriamento (item opcional, com exceo do KW 500), Kit de secagem em lotes (item opcional, somente para secadores com Kit de resfriamento), Descarga, Funil de Descarga , Escadas e Plataformas (itens opcionais, no disponvel no KW 500 ADS), Sensores de temperatura, Quadro de comando, Kit TOP NET (item opcional), Kit de controle da temperatura (item opcional)

Figura 12 mquinas de secagem aplicvel a sistemas de alta produo Os riscos indicados na tabela acima identificada, esto presentes tambm em equipamentos destinados a sistemas produtivos de menor capacidade, como o demonstrado na figura que se segue:

Fl. 16 de 27

SECADOR PAROBRAS

CARACTERSTICAS FUNCIONAIS E CONSTRUTIVAS - Processo intermitente de secagem de alto padro, indicado para granulados vegetais desde os menores, como paino, aos maiores como milho e soja. Especfico para cereais sensveis - como arroz onde resulta com maior percentual de gros inteiros, e com maior resguardo do teor germinativo. Os modelos SISP so indicados ainda quando necessita-se de ambiente de trabalho isento de p e fumaa. Secagem homognia mesmo com recepo de lotes com umidade desigual na mesma carga, permitindo a secagem de cargas parciais (20%). Construdo totalmente com perfilados de ao galvanizado. Seo circular. Cmara de calor de bandejas em zigzag. Cmara de homogeinizao superior. Distribuidor rotativo de carga e descarregador rotativo . Rosca transportadora para descarga. Ventilador e exaustor sem base de alvenaria. Nos modelos SISP a cmara de calor revestida com chapas de ao galvanizado formando a cmara de aspirao. Fonte de calor com lenha ou casca de arroz. Abastecimento de ar quente por insuflao nos modelos abertos (SI) e aspirao nos modelos SISP. I nigualvel segurana contra incndio. Acionamento por motor eltrico, motor estacionrio ou trator. Modelos para instalao interna, semi-externa e externa. CAPACIDADE DISPONVEL: 35 1000 SACOS

Figura 13 mquinas de secagem aplicvel a sistemas de baixa e mdia produo

Figura 14 esquema bsico do projeto de secadores de grande porte4 Os riscos de acidentes na regio da fornalha so ampliados quando se considera o fato de que o combustvel normalmente associado mesma so os classificados como biocombustveis slidos, tais como lenha e resduos agrcolas em geral, cuja alimentao na fornalha se faz manualmente.

4

Artigo Publicado na Revista: Gros Brasil: Da Semente ao Consumo, Ano III, no XIV, Maio de 2004, p. 10 -14. de autoria do Prof. Lus Csar da Silva, UFES Univ. Federal do Esprito Santo.

Fl. 17 de 27

LIMPEZA Depois de ter passado pelo processo de pr-limpeza e secagem, o arroz em casca deve sofrer uma limpeza, para que sejam eliminadas as impurezas mais grossas que porventura ainda estejam misturadas com ele, como talos da planta, palha do arroz, torro de terra, pedras, pedaos de saco de juta, estopas, entre outros. Em funo da importncia desta etapa na qualidade final do produto, so comuns a utilizao de equipamentos mais modernos, dotados de eficientes sistemas de exausto, tais quais aqueles j apresentados nas figuras 6 e 8, j exemplificadas e relacionadas com os riscos que lhes so pertinentes. DESCASCAMENTO Nesta etapa do beneficiamento, o arroz descascado devido a passagem do mesmo entra roletes de borracha (normalmente dois) que funcionam em direes opostas e com velocidades diferentes, retirando o gro de arroz do interior da casca. O arroz, ao passar atravs de um pequeno espao existente entre os roletes, sofre um movimento de toro que possibilita a separao da casca do gro. Como efeito secundrio, e benfico ao processo de beneficiamento do arroz, nesta etapa tambm ocorre a retirada parte do farelo existente entre a casca e o gro do arroz, que tambm pode ser aspirado pelo sistema de exausto normalmente acoplado as mquinas que realizam esta tarefa de descascamento do arroz. Nesta operao deve-se tomar o maior cuidado para evitar a quebra de gros, a qual muito influenciada pela umidade. Normalmente, no se realiza esta operao logo aps a colheita e a secagem, porque, o arroz, aps algum perodo de armazenamento, tem uma melhora significativa na sua qualidade, diminuindo a tendncia de aglomerar-se aps o cozimento e apresentando uma maior capacidade de absoro de gua. Normalmente a presena do operador, quando se considera as mquinas atualmente empregadas nesta etapa, no mantm contato com partes mveis requerendo, entretanto, a ateno especial na observao da marcha de atividade. Exemplos de equipamentos desenvolvidos para o descascamento do arroz so apresentados na figura abaixo.

Fl. 18 de 27

Descascador e separador de casca DSC3000 N5 Vantagens Descascador de arroz com separador de casca. Equipamento que visa alta produo, em um menor espao fsico e uma sensvel economia de energia eltrica. Possui regulagem automtica dos roletes descascadores, mantendo a presso constante, resultando em uma maior eficincia no descascamento e tambm maior ndice de arroz inteiro. A separao da casca realizada atravs de circuito fechado de ar, com sada independente do arroz gessado proporcionando maior renda do arroz. Painel de controle com sistema de corta fluxo automtico, que faz o recuo dos roletes na falta do arroz em casca. Mquinas Suzuki S/A

O descascador para arroz exemplo de versatilidade e desempenho. Podendo ser montado sobre cavalete ou cmara de aspirao de casca. Com exclusivo sistema de distribuio de carga sobre roletes, permite que a carga seja homognea diminuindo a quantidade de gro no descascados e quebrados. O descascador KPH pode ser encontrado nas verses automtica e manual.

D'ANDREA - AGRO TRENDS

Figura 15 mquinas para descascar arroz de elevada produtividade. Os riscos associados a esta etapa do processo de beneficiamento, so em geral diminudos em relao aos processos mais tradicionais, em funo da concepo altamente compacta e enclausurada dos equipamentos, sendo que podemos concluir pelos indicados na tabulao abaixo:Riscos Ambientais classificados por seus agentes FSICOS QUMICOS BIOLGICOS ERGONMICOS MECNICOS/ACIDENTES Rudos Desenvolvimento Riscos de quedas acidentais vibraes de fungos e dos operadores e do pessoal de bactrias, nos perodos de inoperncia. figura 16 - riscos associados s mquinas de descascar arroz em mquinas atuais

Fl. 19 de 27

SEPARAO PELA CMARA DE PALHA A cmara de palha uma mquina que separa, atravs de sistema pneumtico, o arroz inteiro do arroz mal granado ou verde, da casca e de seus derivados. Cabe ressaltar que, dentre os subprodutos do beneficiamento, a casca representa o maior volume, atingindo, em mdia, 22%. Na tabulao abaixo, apresentamos uma perspectiva dos riscos que podem ser associados a esta etapa do processo de beneficiamento, ressaltando que tais exemplos de risco so aplicveis a equipamentos de construo atual.Riscos Ambientais classificados por seus agentes FSICOS QUMICOS BIOLGICOS ERGONMICOS MECNICOS/ACIDENTES Vibraes. Desenvolvimento Riscos de quedas acidentais Rudos. de fungos e dos operadores e do pessoal de bactrias, nos manuteno. perodos de inoperncia. figura 17 - tabela de exemplos de riscos associados separao pela cmara de palha do arroz

A figura abaixo apresenta um exemplo do tipo de equipamento aplicado nesta etapa do beneficiamento do arroz.Equipamento:Cmara de Circuito Fechado

Sigla:CFZ- 6000 e CFZ - 7000

Caractersticas:A nova linha de cmaras de casca CFZ-6000 e CFZ-7000 proporciona maior eficincia com menores perdas, permitindo o aproveitamento do farelo grosso que na maioria dos casos perdido juntamente com a casca e que agora poder ser aproveitado mesclando-se a outros subprodutos. Sua capacidade permite trabalhar acoplada a um descascador Zaccaria ou receber produto de outras unidades de descasque j existentes. Equipamento opera em circuito fechado. Regulagem automtica da distribuio do produto sobre a peneira.

Potncia Consumida:Modelo CFZ -- 6000: 4 cv / 3 kW / IV plos Modelo CFZ -- 7000: 5 cv / 3,7 kW / IV plos

Produo de Arroz em Casca:Modelo CFZ -- 6000: 3500 a 6000 kg/h Modelo CFZ -- 7000: 5100 a 7000 kg/h

Figura 18 Separao pela cmara de palha, da Mquinas Zaccaria S/A

Fl. 20 de 27

SEPARAO DE MARINHEIRO Nesta fase utiliza-se uma mquina para separar o arroz descascado do arroz que deixou de ser descascado pela cmara de palha, tambm conhecido como marinheiro.MLA-70 DA LUCATO EQUIPAMENTOS Descrio -Moega de entrada de arroz com sistema de sensores para uniformidade na alimentao - Estrutura em ao tubular e visores para visualizar a distribuio da carga - Chapas alveoladas (bandejas) em aco inox - Reguladores para ajuste da vazo e inclinao das bandejas - Sadas de 3 produtos: 1 - Arroz integral j descascado, que seguir no fluxo ne beneficiamento 2- Arroz em casca (marinheiro), que retornar ao descasque 3- Mistura de arroz descascado e em casca, que voltar ao prprio separador de marinheiros Vantagens - Incidncia prxima de zero de gros com casca (marinheiro) no fluxo de arroz que segue no processo de beneficiamento - Baixssima incidncia de gros descascados no fluxo de gros com casca, que retorna ao descasque, resultando em maior nmero de gros inteiros - Maior produo em menor espao ocupado com fcil regulagem e manuteno O separador KGS trabalha a partir da densidade do produto, sendo a melhor alternativa para as indstrias ocidentais de beneficiamento de arroz. O KGS possui um exclusivo sistema interno de distribuio das clulas de separao dos gro "marinheiros" . O sistema KGS utiliza apenas dois pontos de sada de produto ( gro descascados e e gro em casca para retorno). O sistema KGS apresenta menor ndide de gro descscados entre os gro "marinheiros" que retornam para o descascador, diminuindo a quantidade de gro quebrados no final do processo. http://www.agrotrends.com.br/portugues/arroz.htm

D'ANDREA - AGRO TRENDS

Figura 19 Separador de marinheiro

Riscos Ambientais classificados por seus agentes FSICOS QUMICOS BIOLGICOS ERGONMICOS MECNICOS/ACIDENTES Vibraes. Desenvolvimento Riscos de quedas acidentais Rudos. de fungos e dos operadores e do pessoal de bactrias, nos manuteno. perodos de inoperncia. Figura 20 - tabela de exemplos de riscos associados separao de marinheiro do arroz

Fl. 21 de 27

BRUNIO Nesta etapa, o arroz j descascado, integral, lixado por mquinas compostas por pedras abrasivas que retiram o farelo de arroz e separam o arroz branco. Estas mquinas so chamadas de brunidores.Projetado e fabricado a partir de rgidos princpios de qualidade, o brunidor vertical para arroz modelo KWM-60 o mais novo e promissor equipamento para branqueamento de arroz no Brasil e exterior. Com exclusivo sistema interno de brunimento, o KWM foi testado em rgidos teste prticos, e aprovado com grande vantagem. Abaixo alguns itens analisados: - percentual de quebra de gro, qualidade da brunio, nveis de brancura, faixa de produo, desgaste de componentes e consumo de energia. O Brunidor KWM muito eficiente e verstil, de fcil regulagem e baixa manuteno.

D'ANDREA - AGRO TRENDS Figura 21 Brunidor

http://www.agrotrends.com.br/portugues/arroz.htm

HOMOGENEIZAO Complementando o processo de brunio do arroz faz-se a homogeneizao, momento em que uma mquina retira o farelo de arroz que ainda permanece aderido ao gro. A mquina que realiza esta operao utiliza a pulverizao de gua e ar. CLASSIFICAO Nesta etapa, o arroz passa por mquinas que separam os gros inteiros, de valor comercial mais alto, dos e gros, que possuem valor comercial mais baixo, e dos demais subprodutos que sero utilizados pela indstria cervejeira e de rao animal. Um dos parmetros de qualidade mais importantes no beneficiamento do arroz est relacionado com o seu rendimento industrial, que medido principalmente em funo da quantidade de gros inteiros obtidos ao final do processamento. Exemplos dos riscos de acidentes neste tipo de equipamento, segue-se abaixo:Riscos Ambientais classificados por seus agentes FSICOS QUMICOS BIOLGICOS ERGONMICOS MECNICOS/ACIDENTES Vibraes. Desenvolvimento Riscos de quedas acidentais Rudos. de fungos e dos operadores e do pessoal de bactrias, nos manuteno. perodos de inoperncia. figura 22 - tabela de exemplos de riscos associados classificao do arroz

Fl. 22 de 27

Equipamento:Classificador Trieur

Sigla:TRIZ

Caractersticas:Possibilita a classificao dos gros de arroz em diversos tamanhos (inteiro, , e ), permitindo vrias opes de montagem. - Variada gama de dimenses de alvolos - Acionamento por motoredutor - Conjunto fechado

Potncia Consumida por Cilindro:0,75 cv/ 0,5 kW / IV plos

Produo de Arroz Beneficiado por Cilindro:1800 a 2100 kg/h

NotaCapacidade de produo em funo da variedade do arroz e do ndice de quebrados.

Figura 23 Classificador de arroz CONSIDERAES SOBRE O ARMAZENAMENTO Muito embora o armazenamento no seja parte integrante do processo de beneficiamento, dada a importncia do mesmo nas condies do produto final, apresentamos uma breve descrio desta etapa do processo produtivo do arroz, sendo que no apresentamos a tabulao de riscos, os quais podero ser avaliados posteriormente em funo da necessidade e oportunidade de sua necessidade. Os gros de algumas cultivares de arroz, quando cozidos logo aps a colheita, podem empapar. Para ter boas qualidades culinrias, o arroz, antes de ser processado, quase sempre, necessita de um perodo de armazenamento. O arroz pode ser armazenado a granel, em silos metlicos, de concreto ou outro material, ou em sacos de juta ou de polietileno. Sempre que possvel, o arroz deve ser colocado nos silos j resfriado, para se evitar a necessidade de insuflar ar no aquecido para o resfriamento. Depois que os silos estiverem carregados, preciso monitorar, diariamente, a temperatura da massa de gros em vrios pontos, para se evitar algum possvel aquecimento do arroz ensilado. importante fazer a transilagem a cada 30-60 dias para aerar a massa de gros e reduzir os efeitos da compactao no interior dos silos. Para o armazenamento em sacaria, o arroz deve sempre ser secado pelo menos um ponto porcentual a menos do que se fosse armazenado em silos aerados, porque a possibilidade de o arroz absorver umidade da atmosfera maior quando est acondicionado em sacos.

Fl. 23 de 27

Deve-se manter uma boa ventilao entre as pilhas e utilizar estrados de madeira com altura mnima de 12 cm, de forma que haja boa circulao do ar tambm por baixo das pilhas. A altura das pilhas no deve ultrapassar 4,5 m. importante lembrar que, para a boa conservao dos gros, deve-se realizar uma manuteno criteriosa da limpeza. Conforme a necessidade, os expurgos devem ser realizados de acordo com o receiturio agronmico e sob a orientao, superviso e responsabilidade tcnica de um engenheiro agrnomo. Quando o arroz armazenado em silos, o produto qumico para o expurgo aplicado durante a operao de enchimento do silo, no momento da transilagem ou atravs de sondas. Em gros ensacados, o expurgo pode ser feito com lenis plsticos que permitem a fumigao de cada pilha separadamente. FATOR ACIDENTRIO DE PREVENO - FAP5 Com a criao, pela Previdncia Social, por fora de lei, do Fator Acidentrio de Preveno FAP, os empreendedores de maneira geral tero como novo item na formulao de seus custos sociais, associados ao tipo de atividade industrial, novo valor de contribuio destinado ao INSS Instituto Nacional de Previdncia Social. O FAP tem como base a dicotomia bnus - malus e seu valor variar entre 0,5 e 2 conforme o maior ou menor grau de investimentos em programas de preveno de acidentes e doenas do trabalho e proteo contra os riscos ambientais do trabalho, respectivamente. Ainda que, a princpio parea tratar-se de mecanismo meramente fiscal-tributrio, o FAP trar reflexos imediatos na organizao empresarial relativas segurana e sade do trabalhador, pois o investimento nessa rea implicar maior ou menor alquota de contribuio das empresas. O FAP ser calculado considerando os eventos (benefcios) que trazem indicao estatstico-epidemiolgica de nexo-tcnico. Neste sentido a classificao da atividade de beneficiamento de arroz, enquanto atividade que implicar em contribuio, conforme o quadro abaixo, caso no sejam adotadas providncias para minimizao de riscos de acidentes do trabalho.CNAE 2.0 Alquota Descrio0,02 Beneficiamento de arroz

1061901

Tal fato, espera-se que venha trazer vantagens significativas na preveno de acidentes do trabalho e para a sociedade como um todo.5

http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=464 acessado em 05/05/2009

Fl. 24 de 27

UNIDADES COMPACTAS DE BENEFICIAMENTO DE ARROZ. De nossa pesquisa, observou-se que, algumas empresas, tm direcionado seus produtos visando apresentar ao mercado uma alternativa de unidades compactas para o beneficiamento do arroz, sendo que apresentamos ma figura abaixo um exemplo deste tipo de produto, como segue:Equipamento:Beneficiadora Rural

Sigla:RURAL ZX-6 com opcionais

Caractersticas:Equipamento para beneficiamento de arroz compacto, ideal para pequenos produtores, pois garante um excelente rendimento e acabamento nos mais variados tipos de arroz. - Permite que o acionamento seja eltrico (monofsico ou trifsico) ou a diesel - Opcionais: conjunto de acionamento diesel, ciclone para casca, base de cantoneira, elevador e moega de carga e classificador trieur com elevador e bicas para ensaque, motores eltricos

Potncia Consumida:-ZX-6 e elevador de carga: 10 cv / 7,5 kW / IV plos -Conj.trieur com elevador e transmisso (acionamento eltrico trifsico) : 1,5 cv / 1,1 kW / VI plos -Conjunto para acionamento eltrico monofsico: 12,5 cv / 9,2 kW / IV plos -Conjunto para acionamento a diesel: 15 cv

Produo:-ZX-6 e elevador de carga: 515 kg/h (Arroz em casca) -Conjunto trieur com elevador e transmisso: 360 kg/h (Arroz beneficiado) -Ciclone: 110 kg/h (Casca)

Figura 24 Exemplo de unidade compacta de beneficiamento de arroz, de baixa capacidade de produo, Mquinas Zaccaria S/A No caso de adoo deste tipo de equipamento, a planta de operao passa a ter a necessidade de ser avaliada quanto aos riscos de acidentes de uma maneira mais abrangente, visto a integrao dos equipamentos, promoverem espaos menores entre os equipamentos, resultando em um conjunto de riscos inexistentes quando se analisa os equipamentos isoladamente. Um exemplo dos riscos que podem ser associados a tais equipamentos, segue abaixo:Riscos Ambientais classificados por seus agentes FSICOS QUMICOS BIOLGICOS ERGONMICOS MECNICOS/ACIDENTES Vibraes. Desenvolvimento Espaos diminudos Riscos de quedas acidentais Rudos. de fungos e para a manuteno. dos operadores e do pessoal de bactrias, nos manuteno. perodos de Transmisses e partes mveis inoperncia. sem proteo fsica. figura 25 - tabela de exemplos de riscos associados unidades compactas de beneficiamento de arroz

Fl. 25 de 27

CONCLUSO Ao longo desta exposio, buscou-se, apresentar uma correlao entre as diversas etapas do processo de beneficiamento do arroz e os riscos ambientais que possam implicar na ocorrncia de acidentes. Pelas abordagens apresentadas, fica claro que esforos no sentido de diminuir os riscos de acidentes tem sido objeto de ateno e efetiva aplicao no desenvolvimento dos equipamentos produzidos para atender as necessidades do processo de beneficiamento de arroz, entretanto, muito ainda tem a ser analisado e aplicado nos diversos tipos de equipamentos. Dentre as modificaes e implementaes que podem vir a diminuir ainda mais os riscos de acidentes associados ao processo de beneficiamento, apontamos para os seguintes pontos que podem e devem ser objeto de avaliaes e ou melhorias quanto a adoo nos equipamentos, como segue: Sistemas de auto limpeza nos equipamentos. Sistemas de isolamento acstico nos equipamentos. Sistemas de transporte pneumtico do arroz e sub-produtos, entre as diferentes etapas do processo. Compactao e ou unio de diferentes etapas do processo em equipamentos nicos. Sistemas de separao por ciclone ou leito fluidizado, nas etapas de pr-limpeza, limpeza, separao (casca, farelo e de classificao). Sistemas de filtros para conteno de poeira. Pesquisa e anlise mtodos seguros de gerao de calor (para aplicao em secadores). Anlise e divulgao do ciclo de vida dos equipamentos.

As proposies de estudo e desenvolvimento apresentada acima, se justificam, quando se analisa a figura abaixo, a qual indica (com dados levantados em 2007), a associao dos riscos de acidentes com os equipamentos em geral, aplicados nas atividades ligadas a agroindstrias. Ressalta-se que com relao aos equipamentos normalmente usados no beneficiamento de arroz, os mesmos se incluem na pesquisa quandose observa a incidncia 26% dos riscos de acidentes associados aos secadores, e 26% dos riscos de acidentes associados aos transportadores em geral. Fatos estes que enfatizam a continuidade de estudos aplicados segurana do trabalho na rea de beneficiamento de arroz

Fl. 26 de 27

Figura 26 fontes de riscos em agroindstrias 6

Conclumos, portanto, que a contemporaneidade da temtica de SEGURANA DO/NO TRABALHO, suas perspectivas atuais e futuras devem passar por avaliaes constantes e posicionamentos tanto pessoais, como, culturais e das coletividades envolvidas (trabalhadores, empregadores e da sociedade em geral), para que a produo, o bem estar dos envolvidos e as condies dos produtos finais, representem agregao de valores realidade brasileira e da humanidade.Macagnan, Diego T. et al, in XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO, A integrao de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentvel., Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008.6

Fl. 27 de 27

BIBLIOGRAFIA (indicaes conforme preconizado pelo ISO) ANTUNES, Joseani M MTb 9396/RS, Embrapa Trigo, in Preveno de acidentes no 7 Simpsio de Gros Armazenados (25/11/2004), veiculado no site abaixo, http://www.embrapa.br, acessado em 25/04/2009. Barboza, Fabrcio da Silva; Gallina, Umberto Jos; Lopes, Luis Eduardo Jansen; Luz, Maria Laura Gomes Silva; Luz, Carlos Alberto Silveira; Pereira Ramirez, Orlando; Gomes, Mrio Conill. XV CONGRESSO DE INICIAO CIENTFICA Engenharias Resumos ANLISE DE UMA UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE ARROZ ...... O fluxograma do processo consiste das seguintes etapas: instalao das estufas metlicas, ... http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Arroz/ArrozIrrigadoBrasil/ cap18_tabelas.htm#tabela1 acessado em 16/04/2009 http://nev.incubadora.fapesp.br/portal/trabalhoerenda/direitostrabalhistas/riscosambie ntais, acessado em 25/04/2009. http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Arroz/ArrozIrrigadoTocant ins/secagem_armaz_beneficiamento.htm#limp, acessado em 04/05/2009. http://www.kepler.com.br/view/v1/produto.aspx?idProduto=83&idCategoria=5&idSeg mento=1, acessado em 05/04/2009. http://www.secadoresparobras.com.br/secador_intermitente.htm, 05/05/2009. www.arrozcristal.com.br acessado em 05/05/2009. http://www.brsuzuki.com.br/ext_produtos_descasc-dsc.html 05/05/2009. , acessado em acessado em

http://www.agrotrends.com.br/portugues/arroz.htm acessado em 01/04/2009. http://www.lucato.com.br/separadores.htm acessado em 06/04/2009. http://www.sato.adm.br/guiadp/paginas/trib_inss_ac_trab_grau_de_risco.htm acessado em 07/05/2009, redirecionado para a guia referente a classificao de alquotas para contribuio do Acidente do Trabalho esto relacionadas com o seu grau de risco D - INDSTRIAS DE TRANSFORMAO, 15 - FABRICAO DE PRODUTOS ALIMENTCIOS E BEBIDAS. http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=464 05/05/2009. acessado em