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Fl. 1 de 27 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL - EEC CURSO LATUS SENSO ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO PESQUISA E ANÁLISE DE RISCOS DE ACIDENTES DO TRABALHO ASSOCIADOS AO PROCESSO DE BENEFICIAMENTO DE ARROZ GOIÂNIA 2009

Risco Acidentes -Beneficiamento de Arroz

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL - EEC

CURSO LATUS SENSO ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

PESQUISA E ANÁLISE DE RISCOS DE ACIDENTES DO TRABALHO ASSOCIADOS AO PROCESSO DE BENEFICIAMENTO DE ARROZ

GOIÂNIA 2009

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ANA FLAVIA MARTINS PEREIRA JANAINA FERREIRA CHAVES LEANDRO HENRIQUE AGUIAR MARCOS SOUZA DOS SANTOS

NAJARA DE SOUZA THYAGO GUMERATTO PIRES

PESQUISA E ANÁLISE DE RISCOS AMBIENTAIS ASSOCIADOS AO PROCESSO DE BENEFICIAMENTO DE ARROZ

Trabalho apresentado visando à obtenção de créditos à disciplina SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQÜICULTURA – NR 31. Professor responsável: Engenheiro de Segurança do Trabalho Ariston Alves Afonso

GOIÂNIA 2009

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................... fl 05

CARACTERIZAÇÃO DA MAGNITUDE DO PROCESSO EM ESTUDO fl 06

CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO DE BENEFICIAMENTO............ fl 11

CONSTITUIÇÃO DO GRÃO DE ARROZ................................................ fl 11

PRÉ LIMPEZA E LIMPEZA..................................................................... fl 11

SECAGEM............................................................................................... fl 16

LIMPEZA................................................................................................. fl 18

DESCASCAMENTO................................................................................ fl 18

SEPARAÇÃO PELA CÂMARA DE PALHA............................................ fl 20

SEPARAÇÃO DE MARINHEIRO............................................................ fl 21

BRUNIÇÃO............................................................................................. fl 22

HOMOGENEIZAÇÃO............................................................................. fl 22

CLASSIFICAÇÃO................................................................................... fl 22

CONSIDERAÇÕES SOBRE O ARMAZENAMENTO............................ fl 23

FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO - FAP................................. fl 24

UNIDADES COMPACTAS DE BENEFICIAMENTO DE ARROZ. ....... fl 25

CONCLUSÃO ....................................................................................... fl 26

BIBLIOGRAFIA ............................................................................... ...... fl 27

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FIGURAS, TABELAS E IMAGENS

Figura 1 - Preços pagos ao produtor do RS ................................................ fl 07

Figura 2 - Preços médios do período da safra e entre-safra durante............ fl 07

Figura 3 - Arroz beneficiado (atacado) - Preços médios semanais............... fl 10

Figura 4 - Dados da Inspeção em Segurança e Saúde no Trabalho–Brasil..... fl 10

Figura 5 - Constituição do arroz ..................................................................... fl 11

Figura 6 - Concepção básica e Máquina de pré-limpeza e limpeza................ fl 12

Figura 7 - ...exemplos de riscos associados à limpeza do arroz.................... fl 12

Figura 8 - Máquina de limpeza para aplicação em baixas produções........... fl 13

Figura 9 - ...exemplos de riscos associados à limpeza do arroz............. fl 13

Figura 10 - Máquinas de pré limpeza e de limpeza............................................ fl 14

Figura 11 - ...exemplos de riscos associados à secagem do arroz.......... fl 15

Figura 12 - Máquinas de secagem aplicável a sistemas de alta produção...... fl 15

Figura 13 - Máquinas de secagem aplicável a sistemas de baixa produção... fl 16

Figura 14 - Esquema básico do projeto de secadores de grande porte.......... fl 16

Figura 15 - Máquinas para descascar arroz de elevada produtividade.......... fl 18

Figura 16 - Riscos associados às máquinas de descascar arroz................... fl 18

Figura 17 - ...exemplos de riscos associados à separação ........................... fl 19

Figura 18 - Separação pela câmara de palha.................................................. fl 19

Figura 19 - Separador de marinheiro................................................................ fl 20

Figura 20 - ...exemplos de riscos associados à separação de ..... ................... fl 20

Figura 21 - Brunidor.......................................................................................... fl 21

Figura 22 - ...de exemplos de riscos associados à classificação..................... fl 21

Figura 23 - Classificador de arroz.................................................................... fl 22

Figura 24 - Exemplo de unidade compacta de beneficiamento de arroz......... fl 24

Figura 25 - ...exemplos de riscos associados à unidades compactas.............. fl 24

Figura 26 - ...fontes de riscos em agroindústrias............................................. fl 26

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INTRODUÇÃO

A atividade rural de uma maneira geral, representa importante componente na matriz produtiva no Brasil, cujas condições ambientais (temperaturas médias anuais, densidade pluviométrica e umidade), além da geografia (com alto grau de disponibilidade de planaltos e planícies), induzem alto grau de aproveitamento do solo neste tipo de atividade.

A demanda por produtos agrícolas, tanto para consumo interno como para a exportação, justificam a constante busca de aprimoramentos tanto nos processos produtivos como na pesquisa e implantação de boas condições operacionais para a melhoria contínua dos processos e produtos oriundos da atividade rural como um todo.

Dentre os processos associados à atividade rural, a produção de alimentos encontra elevada participação, uma vez que podem envolver tanto a atividade pastoril, atividade extrativa e a agricultura (a saber, o cultivo intensivo de grãos e outros itens).

Para fins deste trabalho, buscaram-se dados com relação a um dos cereais de grande consumo nacional, o arroz, e de todas as partes inerentes a produção deste cereal nos concentramos no processo de beneficiamento.

Este trabalho aborda a caracterização de riscos associados a cada fase do processo em estudo.

Buscou-se também identificar a evolução no trato dos riscos de acidentes associados ao processo de beneficiamento do arroz, notadamente pela adoção de equipamentos melhor adaptados a prevenção dos mesmos.

Por fim, conclui-se no escopo do presente trabalho, a indicação da responsabilidade social, no que tange a saúde e o bem estar dos trabalhadores em geral, e da sociedade em geral, atuantes em empreendimentos ligados ao setor arrozeiro.

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CARACTERIZAÇÃO DA MAGNITUDE DO PROCESSO EM ESTUDO

Em dados obtidos de pesquisa bibliográfica, o Brasil durante muitos anos foi exportador de arroz. Na década de 80 passou a importar pequenas quantidades (5% da demanda total) e, a partir de 1989/90, se tornou um dos principais importadores deste cereal, chegando a 2 milhões de toneladas, em 1997/98, quando atingiu, uma média superior a 10% da demanda interna. A lacuna entre a produção e o consumo anual de arroz irrigado, à partir da década de 90, passou a ser suprida, principalmente pelo Uruguai e Argentina, que responderam por cerca de 85 a 90% das importações brasileiras.

Esses dois países com produção de arroz do tipo agulhinha de alta qualidade, custos de produção menores, juros mais competitivos de financiamento, carga tributária mais branda, fretes e custos de comercialização inferiores aos do Brasil, alem da proximidade geográfica e associados a uma taxa de câmbio favorável até o final de 1998, alavancaram rapidamente sua produção, com vistas ao mercado brasileiro.

O consumo médio de arroz no Brasil varia de 74 a 76 Kg/habitante/ano, tomando-se por base o grão em casca. Atualmente, o consumo está estagnado, apenas acompanhando o crescimento populacional.

O arroz branco "in natura", que passa por um processo padrão de beneficiamento para a retirada da casca e polimento (brunido), ainda é o principal produto consumido pela população, relativamente a produção do cereal no Brasil.

Os aspectos econômicos relativos a produção deste cereal, envolvem tanto o investimento no desenvolvimento de culturas economicamente viáveis como o atendimento às condições de fiscalização, normatização e inspeções do produto final.

Ressalva-se que os quadros abaixo indicados se referem a períodos que atingem a data de outubro de 2002, porém representam com lucidez as condições de faturamento do setor produtor deste importante cereal (o arroz).

O ressarcimento de tais investimentos se dá pelos preços praticados no mercado e quanto a este aspecto, os quadros acima nos dão uma idéia da regularidade e nível dos mesmos (até o ano de 2002).

Visando caracterizar o potencial econômico do setor de produção de arroz apresentam-se dados mais atualizados com relação aos valores praticados no comércio de arroz, como segue:

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Fig. 1. Preços* pagos ao produtor do RS, R$ / 50 kg de arroz, no período de janeiro/93 à setembro de 2002 e médias dos triênios 93/95, 96/98 e 99/01. Fonte: Dados compilados de IRGA, Série Histórica de preços arroz em casca, disponível em www.irga.rs.gov.br/docs/srcasca.pdf, acessado em 18/10/2002, e adaptado pelos autores. *Preços deflacionados para setembro/02, pelo IGP-DI, da FGV.

Fig. 2. Preços* médios do período da safra e entre-safra durante os últimos cinco anos. Fonte: Dados compilados de IRGA, Série Histórica de preços arroz em casca, disponível em www.irga.rs.gov.br/docs/srcasca.pdf, acessado em 18/10/2002, e adaptado pelos autores. *Preços deflacionados para setembro/02, pelo IGP-DI, da FGV.

Arroz beneficiado (atacado) -

Região, Tipo Fonte Unid. R$/frd Var (%)

Florianópolis/Brusque (SC), T1 Cepa/SC frd 30kg 53,35 0,00

Sul Catarinense, T1 Cepa/SC frd 30kg 52,00 0,00

Rio do Sul/Ibirama (SC), T1 Cepa/SC frd 30kg 54,20 0,00

Jaraguá do Sul/Joinvile (SC), T1 Cepa/SC frd 30kg 44,00 0,00

São Paulo (SP), T1 IEA/SP frd 30kg 46,69 6,53

São Paulo (SP), T2 IEA/SP frd 30kg 44,31 -8,04

Fig. 3 – Preços médios semanais de 13 a 17/04/20091

Com os dados acima apresentados, é inegável que o montante de valores associados ao mercado de arroz é significativo, na ordem de R$ 18 000 000 000,00 1 fonte http://www.arroz.agr.br/site/cotacoes/index.php (acessado em 25/04/2009)

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(dezoito bilhões de reais), considerando o consumo médio estimado de 75 kg/habitante/ano; população de aproximadamente 180 milhões de habitantes e preços no atacado ao valor de R$ 1,33/kg (valor 10% abaixo dos praticados em São Paulo, conforme figura 3 acima).

A importância do setor e sua potencialidade, remetem a sociedade, a considerações relativas a seus impactos sociais e dentre eles os causados pelos acidentes do trabalho, associados ao ramo agrícola em questão.

Dentre as regulamentações pertinentes a atividade rural, aquela relacionada com a SEGURANÇA DOS TRABALHADORES, se refere de forma mais intensa aos impactos sociais citados no parágrafo anterior, muito embora “Acidentes de trabalho na produção agrícola geralmente não aparecem nas estatísticas oficiais, mas nos últimos anos têm chamado a atenção dos pesquisadores da agropecuária.”2

"O soterramento, através da cobertura do trabalhador pela massa de grãos, é a principal causa de morte em unidades armazenadoras". O alerta é do pesquisador Adriano Lima Afonso, Diretor do Núcleo de Inovações Tecnológicas da Unioeste, sediada em Cascavel, PR.

A segunda maior causa de acidentes de trabalho na armazenagem é a intoxicação por dióxido de carbono (CO2), gerado na suspensão de partículas comprimidas no ambiente.

"A inalação durante uma hora de 300ppm (partes por milhão) de fosfina é mortal", define o pesquisador, lembrando que os produtos mais propensos a acidentes são os grãos com maior teor de carboidratos, como o milho, o trigo e o arroz. "A poeira gerada por estes grãos pode causar uma explosão, devido ao confinamento dos gases que acarreta um aumento considerável de pressão no silo. Uma lâmpada que estoura, cigarro ou qualquer atrito na fiação são capazes de destruir o armazém e causar muitas vítimas", conclui Afonso.

Tais informações nos colocam diante da necessidade de caracterizar o que vem a ser acidentes do trabalho, como segue:

“Acidente do Trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.”

De maneira geral, os acidentes do trabalho podem ser causados por condições inseguras ou por atos inseguros, cada qual caracterizando a exposição do trabalhador a diferentes riscos.

Também de maneira geral, os riscos para o trabalhador são caracterizados como riscos ambientais.

2 Conforme Joseani M. Antunes MTb 9396/RS, Embrapa Trigo, 7° Simpósio de Grãos Armazenados Sul/Sudeste 25/06/2004

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Os riscos ambientais são aqueles, caracterizados por agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos que, presentes nos ambientes de trabalho, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador em função de sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição.

As presenças dos agentes acima indicados implicam na classificação de riscos associados a cada um deles, ou seja, riscos físicos, riscos químicos, riscos biológicos, riscos ergonômicos e riscos mecânicos (também designados como riscos de acidentes).

Alguns agentes que podem causar riscos ambientais são: • Riscos físicos: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas,

radiações etc. (nas atividades agrícolas, tais riscos normalmente estão associados aos equipamentos empregados em cada etapa dos diferentes processos).

• Riscos químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores que podem ser absorvidos por via respiratória ou através da pele etc. (nas atividades agrícolas, tais riscos normalmente estão associados agrotóxicos empregados em cada etapa dos diferentes processos, tais como: plantio e armazenagem).

• Riscos biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. (nas atividades agrícolas, tais riscos normalmente estão associados a atividade biológica dos produtos ao longo da armazenagem e ou dos resíduos em cada etapa dos diferentes processos).

• Riscos mecânicos ou de acidentes: choques mecânicos, quedas, quebras não previstas de componentes etc...

• Riscos ergonômicos: utensílios e ferramentas que promavam o desconforto e inadequação em relação às atividades a serem desenvolvidas nas diferentes atividades laborais

Se o trabalho é realizado em locais onde há a exposição a agentes que podem prejudicar a saúde, o empregador é obrigado, por lei, a fornecer gratuitamente equipamentos e proteção individual (EPIs) adequados, orientar e fiscalizar para que os trabalhadores utilizem corretamente estes equipamentos e adotar medidas diminuam os riscos, cabendo ao trabalhador acatar e cumprir estas determinações.

Também cabe aos meios produtivos a constante inclusão de meios e equipamentos de proteção coletiva (EPC), de forma que possam eliminar ou reduzir a exposição aos riscos ambientais.

3Nas atividades agrícolas, a resistência ao uso de EPIs - Luvas, respirador/máscara, viseira, capuz, botas, jaleco e calças impermeáveis constituem a principal causa de acidentes.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) em duas mil propriedades rurais, entrevistou produtores ligados a 18 diferentes culturas que mais usavam agrotóxicos na intenção de identificar o perfil do aplicador de agroquímicos. Os dados mostram que 80% dos aplicadores têm até o primeiro grau (ensino fundamental) completo e nunca participaram de um treinamento específico. 3 Hamilton Humberto Ramos, in 7° Simpósio de Grãos Armazenados Sul/Sudeste 25/06/2004

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"A maioria aprende a manipular defensivos com os pais, os vizinhos, num conhecimento informal que não reconhece os riscos da profissão", avalia o pesquisador do IAC, Hamilton Humberto Ramos. Os principais problemas apontados pela pesquisa foram a falta de regulagem dos equipamentos, pulverizadores gastos e com vazamentos, e a resistência ao uso de EPIs. "Os maiores problemas estão na olericultura, que expõe a parte do corpo mais sujeita a acidentes: as mãos, que representam 80% dos acidentes no meio rural", esclarece Ramos.

Ele lembra que os EPIs ainda estão associados ao desconforto térmico que causavam os primeiros modelos criados pelas técnicas de segurança do trabalho: "Hoje, o equipamento foi adaptado ao bem estar do produtor, lembrando a sensação de estar vestindo uma roupa normal de algodão", avalia Ramos, ressaltando que os custos dos EPIs têm sido subsidiados pelas empresas de agroquímicos que adquirem os equipamentos em grande escala e repassam ao produtor em pacotes fechados durante a compra de insumos. São Paulo é um dos estados mais evoluídos no uso de EPIs, concentrando a quase totalidade das indústrias do setor e com fiscalização atuante.

A quantificação dos embargos/interdições, indicados no quadro abaixo, relativos ao setor da agricultura indicam a necessidade de implementação e aprimoramentos das ações ligadas a Segurança e Saúde no Trabalho, no Brasil.

ANO 2008

Setor Econômico Ações Fiscais

Trabalhadores alcançados

Notificações *

Autuações **

Embargos / Interdições

Acidentes analisados

Agricultura 8.603 1.147.23 2 16.667 6.795127 91 Comércio 38.311 2.162.32 9 11.479 4.262285 191 Construção 31.266 2.179.84 2 18.399 12.0242.838 472 Educação 2.221 324.683 421 147 10 5 Hotéis/Restaurantes 6.932 442.235 2.814 708 31 22

Ind. Alimentos 4.104 1.591.98 4 3.331 2.299146 120 Ind. Madeira e Papel 1.910 172.327 3.087 839 76 63 Ind. Metal 8.168 1.819.02 2 7.985 2.860272 315 Ind. Mineral 3.955 326.236 6.374 2.327 236 85 Ind. Químicos 3.461 772.043 2.761 1.538 76 130 Ind. Tecido e Couro 4.763 672.951 3.114 838 57 91

Indústria

Indústrias - Outras 2.212 218.742 2.450 542 39 32

Instituições Financeiras 1.425 735.501 460 357 8 15 Saúde 4.567 980.102 4.244 785 33 36 Serviços 11.657 3.078.04 5 4.037 2.319137 108 Transporte 7.681 1.288.94 9 2.682 1.40445 86 Outros 4.57 1.134.46 31.50 86 7 76 TOTAL 145.815 19.046.68 691.813 40.911 4.488 1.938 Fonte: Sistema Federal de Inspeção do Trabalho * concessão, pelo auditor-fiscal do trabalho, de prazo para regularização ** início do processo administrativo que pode resultar na aplicação de multa

Figura 4 - Dados da Inspeção em Segurança e Saúde no Trabalho - Brasil

No setor arrozeiro, não foram localizados dados estatísticos, entretanto dada a importância do mesmo, serias e importantes ações já foram tomadas, como se busca demonstrar ao longo deste trabalho.

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CONSTITUIÇÃO DO GRÃO DE ARROZ

Existem várias maneiras de dividir-se um grão de arroz em suas partes, dependendo da complexidade desejada. Para avaliarmos o processamento do arroz e suas implicações é normal e suficiente dividi-lo em: casca - farelo - grão, como indicado na figura abaixo. Aprofundando um pouco mais sobre cada parte, temos uma subdivisão um pouco mais complexa das partes de um grão de arroz, porém extrapolam os objetivos deste trabalho nos interessando para as finalidades associadas a este trabalho a divisão apresentada acima e na figura abaixo, como segue:

Figura 5 – constituição do arroz (Fonte: www.arrozcristal.com.br) Em conseqüência desta caracterização do grão do arroz acima apresentada, fica claro que o beneficiamento dos grãos de arroz, se concentram na retirada da casca e do farelo, separando assim o grão do cereal, com a conseqüente classificação dos mesmos nas etapas seguintes do processo de beneficiamento.

CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO E DOS RISCOS AMBIENTAIS.

O beneficiamento do arroz tradicional, não parboilizado, se inicia com a separação da casca do resto do grão, para a obtenção do arroz branco para o consumo. Para melhor caracterização, apresentamos o fluxograma do processo de beneficiamento de arroz, da forma como efetivamente levado a efeito nas instalações processadoras, acompanhado de breve descrição de cada uma das etapas, e suas caracterizações quanto aos riscos de acidentes dos equipamentos que possibilitam o beneficiamento do arroz, aplicados em cada caso.

O processo de beneficiamento do arroz compreende as seguintes etapas: limpeza; descascamento; separação pela câmara de palha; separação de marinheiro; brunição; homogeneização; e classificação.

PRÉ LIMPEZA

Esta etapa do processo é atendida por equipamento que pode operar tanto na pré-limpeza como na limpeza final (ou fina).

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Durante muito tempo esta etapa do processo de beneficiamento se utilizou de equipamento de concepção simples sendo que um exemplo deste tipo de construção se segue abaixo representado:

Figura 6 - Concepção básica e Máquina de pré-limpeza e limpeza (Kepler Weber) Estes equipamentos apresentam riscos inerentes a própria forma construtiva, sendo que um exemplo dos riscos associados aos mesmos possam ser classificados conforme os tabulados abaixo: Riscos Ambientais classificados por seus agentes FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS MECÂNICOS/ACIDENTES Ruídos Vibrações

Excesso de poeira no processo, com risco de inalação. Eventuais traços de agrotóxicos.

Desenvolvimento de fungos em fissuras e cantos de difícil acesso no processo de limpeza do equipamento.

Ruptura de partes e componentes pela pequena resistência dos mesmos (madeira) Falta de proteções nas transmissões e mancais.

Figura 7 –tabela de exemplos de riscos associados à limpeza do arroz

Máquina de Limpeza e Pré-limpeza - Modelo Aberto

As máquinas de pré-limpeza e limpeza KW do tipo abertas são totalmente metálicas e constituídas de eficiente sistema de recirculação do fluxo de ar de limpeza, em que apenas 15% do ar utilizado é expelido para o ambiente. Possuem dois tipos de processos de peneiramento: oscilatório circular e retilíneo. Ambos promovem alta eficiência na limpeza e classificação do produto, em uma operação suave e silenciosa.

A Kepler Weber oferece os seguintes modelos: LC 40/200, LC 160, LC 160-SP; PPSA 160; ML 60, ML80.

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Nas instalações atuais de processamento do arroz, máquinas modernas praticamente eliminam o contato humano e mesmo a necessidade de acompanhamento por operadores, devido tanto a concepção de projeto, como com relação a forma construtiva e materiais envolvidos, como pode-se observar na figura abaixo:

Equipamento:

Pré-Limpeza Rural

Sigla:

PLRZ-1

Características:

Equipamento para pré-limpeza e limpeza de cereais, tais como: milho, sorgo ,soja, trigo, arroz, feijão, entre outros; tendo como princípio de funcionamento a retirada das impurezas por peneiramento e densidade. - Fácil operação e manutenção - Baixo consumo de energia - Ideal para pequenos produtores rurais

Potência Consumida:

1 cv / 0,74 kW / VI pólos

Produção de Arroz em Casca:

até 2000 kg/h

Figura 8 – máquina de limpeza para aplicação em baixas produções

De maneira geral, os riscos ambientais associados aos equipamentos modernos ficam minimizados em função da “tecnologia embarcada” nos mesmos, sendo que abaixo elencamos alguns deles que ainda podem ser associados aos equipamentos

Riscos Ambientais classificados por seus agentes FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS MECÂNICOS/ACIDENTES Ruídos Vibrações

a) a) e b) c) riscos de quedas acidentais dos operadores.

figura 9 - tabela de exemplos de riscos associados à limpeza do arroz máquinas atuais

a) Riscos praticamente eliminados em função da adoção de eficientes sistemas de exaustão. b) Riscos praticamente eliminados em função de modificações nos sistemas de limpeza do

equipamento. c) Adoção de materiais e metodologias de trabalho de matérias primas (processos mais

confiáveis) As imagens abaixo, representam ainda outros tipos de equipamentos desenvolvidos para esta etapa do processo de beneficiamento dos grãos de arroz, entretanto mesmo quando muito bem projetados e construídos, sempre se devem considerar a possibilidade de melhorias contínuas no que se refere, não somente a produtividade mas também no que se refere à segurança dos operadores e dos funcionários que se dedicam a manutenção dos equipamentos.

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Equipamento:

Pré-Limpeza e Limpeza de Grãos

Sigla:

PLZ-40/20

Características:

Equipamento para pré-limpeza e limpeza de cereais, tais como: milho, sorgo ,soja, trigo, arroz, feijão, entre outros; tendo como princípio de funcionamento a retirada das impurezas por peneiramento e densidade.

- fácil operação e manutenção - peneiras intercambiáveis

Potência Consumida Exaustor:

5 cv / 3,7 kW / IV PÓLOS

Potência Consumida Peneira:

3 cv/ 2,2 kW / IV pólos

Produção de Arroz em Casca Pre-Limpeza:

30 a 40 ton/h

Produção de Arroz em Casca Limpeza:

16 a 20 ton/h

Figura 10 – máquinas de pré limpeza e de limpeza aplicável a grandes produções

Pelas características construtivas, podem ser desenvolvidos equipamentos com minimização de riscos quaisquer, fazendo com que praticamente possam ser eliminados os riscos associados a esta etapa do processamento do arroz, porém tais desenvolvimentos implicam em significativos custos relacionados aos processos construtivos dos equipamentos.

Máquina de Limpeza e Pré-limpeza - Modelo Fechado De avançada tecnologia, a linha de máquinas de pré-limpeza e limpeza do tipo fechado SCS ML da Kepler Weber realiza o peneiramento do material de forma orbital, gerando baixos níveis de vibração e ruídos. Os equipamentos processam grandes capacidades, com perfeita classificação dos produtos. Entre os diferenciais, o sistema de recirculação de ar da câmara de aspiração, que possibilita maior eficiência de limpeza do ar emitido para o ambiente. A Kepler Weber oferece os seguintes modelos: SCS ML 60, SCS ML 80, SCS ML 100, SCS ML 170.

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SECAGEM

Na grande maioria os riscos associados aos equipamentos aplicados a esta etapa do processo de beneficiamento do arroz, dizem respeito ao processamento de geração de ar quente necessário ao processo.

Em sistemas de alta produção tais riscos são mais controlados, entretanto alguns dos riscos que ainda podem ser encontrados em equipamentos deste tipo são indicados na tabela a seguir:

Riscos Ambientais classificados por seus agentes FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS MECÂNICOS/ACIDENTES Lesões por Queimaduras nos operadores e pessoal de manutenção na fornalha

Desenvolvimento de fungos e bactérias, nos períodos de inoperância.

Riscos de quedas acidentais dos operadores e do pessoal de manutenção.

figura 11 - tabela de exemplos de riscos associados à secagem do arroz em máquinas atuais A figura abaixo, demonstra a construção de um secador desenvolvido especialmente para secagem de arroz, de alta capacidade, na qual se aplica a tabulação dos riscos acima identificados.

Figura 12 – máquinas de secagem aplicável a sistemas de alta produção

Os riscos indicados na tabela acima identificada, estão presentes também em equipamentos destinados a sistemas produtivos de menor capacidade, como o demonstrado na figura que se segue:

Secadores ADS - Linha Arroz - Cavalete (ref. Kepler Weber) Especificamente desenvolvida para a secagem de arroz em coluna inteira, a Linha Arroz de Secadores ADS possui seis modelos de secadores, e possui como principal característica a torre de cavaletes. Viabiliza a secagem de soja, milho e trigo com resfriamento (opcional) e ainda oferece diversos opcionais e itens de segurança. Detalhes técnicos/componentes: Torre de Secagem, Difusores, Ventiladores, Funil de Carga, Captação de partículas (item opcional, não disponível no KW 500 ADS), Fluxo de Ar, Kit de resfriamento (item opcional, com exceção do KW 500), Kit de secagem em lotes (item opcional, somente para secadores com Kit de resfriamento), Descarga, Funil de Descarga , Escadas e Plataformas (itens opcionais, não disponível no KW 500 ADS), Sensores de temperatura, Quadro de comando, Kit TOP NET (item opcional), Kit de controle da temperatura (item opcional)

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SECADOR PAROBRAS

Figura 13 – máquinas de secagem aplicável a sistemas de baixa e média produção

Figura 14 – esquema básico do projeto de secadores de grande porte4

Os riscos de acidentes na região da fornalha são ampliados quando se considera o fato de que o combustível normalmente associado à mesma são os classificados como biocombustíveis sólidos, tais como lenha e resíduos agrícolas em geral, cuja alimentação na fornalha se faz manualmente.

4 Artigo Publicado na Revista: Grãos Brasil: Da Semente ao Consumo, Ano III, no XIV, Maio de 2004, p. 10 -14.

de autoria do Prof. Luís César da Silva, UFES – Univ. Federal do Espírito Santo.

CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E CONSTRUTIVAS

- Processo intermitente de secagem de alto padrão, indicado para granulados vegetais desde os menores, como painço, aos maiores como milho e soja. Específico para cereais sensíveis - como arroz onde resulta com maior percentual de grãos inteiros, e com maior resguardo do teor germinativo. Os modelos SISP são indicados ainda quando necessita-se de ambiente de trabalho isento de pó e fumaça. Secagem homogênia mesmo com recepção de lotes com umidade desigual na mesma carga, permitindo a secagem de cargas parciais (20%). Construído totalmente com perfilados de aço galvanizado. Seção circular. Câmara de calor de bandejas em zig-zag. Câmara de homogeinização superior. Distribuidor rotativo de carga e descarregador rotativo . Rosca transportadora para descarga. Ventilador e exaustor sem base de alvenaria. Nos modelos SISP a câmara de calor é revestida com chapas de aço galvanizado formando a câmara de aspiração. Fonte de calor com lenha ou casca de arroz. Abastecimento de ar quente por insuflação nos modelos abertos (SI) e aspiração nos modelos SISP. I nigualável segurança contra incêndio. Acionamento por motor elétrico, motor estacionário ou trator. Modelos para instalação interna, semi-externa e externa. CAPACIDADE DISPONÍVEL: 35 À 1000 SACOS

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LIMPEZA Depois de ter passado pelo processo de pré-limpeza e secagem, o arroz em casca deve sofrer uma limpeza, para que sejam eliminadas as impurezas mais grossas que porventura ainda estejam misturadas com ele, como talos da planta, palha do arroz, torrão de terra, pedras, pedaços de saco de juta, estopas, entre outros.

Em função da importância desta etapa na qualidade final do produto, são comuns a utilização de equipamentos mais modernos, dotados de eficientes sistemas de exaustão, tais quais aqueles já apresentados nas figuras 6 e 8, já exemplificadas e relacionadas com os riscos que lhes são pertinentes.

DESCASCAMENTO Nesta etapa do beneficiamento, o arroz é descascado devido a passagem do mesmo entra roletes de borracha (normalmente dois) que funcionam em direções opostas e com velocidades diferentes, retirando o grão de arroz do interior da casca.

O arroz, ao passar através de um pequeno espaço existente entre os roletes, sofre um movimento de torção que possibilita a separação da casca do grão.

Como efeito secundário, e benéfico ao processo de beneficiamento do arroz, nesta etapa também ocorre a retirada parte do farelo existente entre a casca e o grão do arroz, que também pode ser aspirado pelo sistema de exaustão normalmente acoplado as máquinas que realizam esta tarefa de descascamento do arroz.

Nesta operação deve-se tomar o maior cuidado para evitar a quebra de grãos, a qual é muito influenciada pela umidade.

Normalmente, não se realiza esta operação logo após a colheita e a secagem, porque, o arroz, após algum período de armazenamento, tem uma melhora significativa na sua qualidade, diminuindo a tendência de aglomerar-se após o cozimento e apresentando uma maior capacidade de absorção de água.

Normalmente a presença do operador, quando se considera as máquinas atualmente empregadas nesta etapa, não mantém contato com partes móveis requerendo, entretanto, a atenção especial na observação da marcha de atividade.

Exemplos de equipamentos desenvolvidos para o descascamento do arroz são apresentados na figura abaixo.

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O descascador para arroz é exemplo de versatilidade e desempenho. Podendo ser montado sobre cavalete ou câmara de aspiração de casca. Com exclusivo sistema de distribuição de carga sobre roletes, permite que a carga seja homogênea diminuindo a quantidade de grão não descascados e quebrados. O descascador KPH pode ser encontrado nas versões automática e manual.

D'ANDREA - AGRO TRENDS

Figura 15 – máquinas para descascar arroz de elevada produtividade.

Os riscos associados a esta etapa do processo de beneficiamento, são em geral diminuídos em relação aos processos mais tradicionais, em função da concepção altamente compacta e enclausurada dos equipamentos, sendo que podemos concluir pelos indicados na tabulação abaixo:

Riscos Ambientais classificados por seus agentes FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS MECÂNICOS/ACIDENTES Ruídos vibrações

Desenvolvimento de fungos e bactérias, nos períodos de inoperância.

Riscos de quedas acidentais dos operadores e do pessoal de

figura 16 - riscos associados às máquinas de descascar arroz em máquinas atuais

Descascador e separador de casca DSC3000 N5 Vantagens • Descascador de arroz com separador de casca. Equipamento que visa alta produção, em um menor espaço físico e uma sensível economia de energia elétrica. • Possui regulagem automática dos roletes descascadores, mantendo a pressão constante, resultando em uma maior eficiência no descascamento e também maior índice de arroz inteiro. • A separação da casca é realizada através de circuito fechado de ar, com saída independente do arroz gessado proporcionando maior renda do arroz. • Painel de controle com sistema de corta fluxo automático, que faz o recuo dos roletes na falta do arroz em casca. Máquinas Suzuki S/A

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SEPARAÇÃO PELA CÂMARA DE PALHA

A câmara de palha é uma máquina que separa, através de sistema pneumático, o arroz inteiro do arroz mal granado ou verde, da casca e de seus derivados. Cabe ressaltar que, dentre os subprodutos do beneficiamento, a casca representa o maior volume, atingindo, em média, 22%. Na tabulação abaixo, apresentamos uma perspectiva dos riscos que podem ser associados a esta etapa do processo de beneficiamento, ressaltando que tais exemplos de risco são aplicáveis a equipamentos de construção atual. Riscos Ambientais classificados por seus agentes FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS MECÂNICOS/ACIDENTES Vibrações. Ruídos.

Desenvolvimento de fungos e bactérias, nos períodos de inoperância.

Riscos de quedas acidentais dos operadores e do pessoal de manutenção.

figura 17 - tabela de exemplos de riscos associados à separação pela câmara de palha do arroz A figura abaixo apresenta um exemplo do tipo de equipamento aplicado nesta etapa do beneficiamento do arroz.

Equipamento:

Câmara de Circuito Fechado

Sigla:

CFZ- 6000 e CFZ - 7000

Características:

A nova linha de câmaras de casca CFZ-6000 e CFZ-7000 proporciona maior eficiência com menores perdas, permitindo o aproveitamento do farelo grosso que na maioria dos casos é perdido juntamente com a casca e que agora poderá ser aproveitado mesclando-se a outros subprodutos. Sua capacidade permite trabalhar acoplada a um descascador Zaccaria ou receber produto de outras unidades de descasque já existentes. – Equipamento opera em circuito fechado. – Regulagem automática da distribuição do produto sobre a peneira.

Potência Consumida:

Modelo CFZ -- 6000: 4 cv / 3 kW / IV pólos Modelo CFZ -- 7000: 5 cv / 3,7 kW / IV pólos

Produção de Arroz em Casca:

Modelo CFZ -- 6000: 3500 a 6000 kg/h Modelo CFZ -- 7000: 5100 a 7000 kg/h

Figura 18 – Separação pela câmara de palha, da Máquinas Zaccaria S/A

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SEPARAÇÃO DE MARINHEIRO

Nesta fase utiliza-se uma máquina para separar o arroz descascado do arroz que deixou de ser descascado pela câmara de palha, também conhecido como marinheiro.

O separador KGS trabalha a partir da densidade do produto, sendo a melhor alternativa para as indústrias ocidentais de beneficiamento de arroz. O KGS possui um exclusivo sistema interno de distribuição das células de separação dos grão "marinheiros" . O sistema KGS utiliza apenas dois pontos de saída de produto ( grão descascados e e grão em casca para retorno). O sistema KGS apresenta menor índide de grão descscados entre os grão "marinheiros" que retornam para o descascador, diminuindo a quantidade de grão quebrados no final do processo. http://www.agrotrends.com.br/portugues/arroz.htm D'ANDREA - AGRO TRENDS

Figura 19 – Separador de marinheiro

Riscos Ambientais classificados por seus agentes FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS MECÂNICOS/ACIDENTES Vibrações. Ruídos.

Desenvolvimento de fungos e bactérias, nos períodos de inoperância.

Riscos de quedas acidentais dos operadores e do pessoal de manutenção.

Figura 20 - tabela de exemplos de riscos associados à separação de marinheiro do arroz

MLA-70 DA LUCATO EQUIPAMENTOS

Descrição

-Moega de entrada de arroz com sistema de sensores para uniformidade na alimentação

- Estrutura em aço tubular e visores para visualizar a distribuição da carga

- Chapas alveoladas (bandejas) em aco inox

- Reguladores para ajuste da vazão e inclinação das bandejas

- Saídas de 3 produtos: 1 - Arroz integral já descascado, que seguirá no fluxo ne beneficiamento

2- Arroz em casca (marinheiro), que retornará ao descasque

3- Mistura de arroz descascado e em casca, que voltará ao próprio separador de marinheiros

Vantagens

- Incidência próxima de zero de grãos com casca (marinheiro) no fluxo de arroz que segue no processo de beneficiamento

- Baixíssima incidência de grãos descascados no fluxo de grãos com casca, que retorna ao descasque, resultando em maior número de grãos inteiros

- Maior produção em menor espaço ocupado com fácil regulagem e manutenção

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BRUNIÇÃO Nesta etapa, o arroz já descascado, integral, é lixado por máquinas compostas por pedras abrasivas que retiram o farelo de arroz e separam o arroz branco. Estas máquinas são chamadas de brunidores.

Projetado e fabricado a partir de rígidos princípios de qualidade, o brunidor vertical para arroz modelo KWM-60 é o mais novo e promissor equipamento para branqueamento de arroz no Brasil e exterior. Com exclusivo sistema interno de brunimento, o KWM foi testado em rígidos teste práticos, e aprovado com grande vantagem. Abaixo alguns itens analisados: - percentual de quebra de grão, qualidade da brunição, níveis de brancura, faixa de produção, desgaste de componentes e consumo de energia. O Brunidor KWM é muito eficiente e versátil, de fácil regulagem e baixa manutenção. http://www.agrotrends.com.br/portugues/arroz.htm D'ANDREA - AGRO TRENDS

Figura 21 – Brunidor

HOMOGENEIZAÇÃO Complementando o processo de brunição do arroz faz-se a homogeneização, momento em que uma máquina retira o farelo de arroz que ainda permanece aderido ao grão. A máquina que realiza esta operação utiliza a pulverização de água e ar.

CLASSIFICAÇÃO Nesta etapa, o arroz passa por máquinas que separam os grãos inteiros, de valor comercial mais alto, dos ¾ e ½ grãos, que possuem valor comercial mais baixo, e dos demais subprodutos que serão utilizados pela indústria cervejeira e de ração animal. Um dos parâmetros de qualidade mais importantes no beneficiamento do arroz está relacionado com o seu rendimento industrial, que é medido principalmente em função da quantidade de grãos inteiros obtidos ao final do processamento.

Exemplos dos riscos de acidentes neste tipo de equipamento, segue-se abaixo:

Riscos Ambientais classificados por seus agentes FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS MECÂNICOS/ACIDENTES Vibrações. Ruídos.

Desenvolvimento de fungos e bactérias, nos períodos de inoperância.

Riscos de quedas acidentais dos operadores e do pessoal de manutenção.

figura 22 - tabela de exemplos de riscos associados à classificação do arroz

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Equipamento:

Classificador Trieur

Sigla:

TRIZ

Características:

Possibilita a classificação dos grãos de arroz em diversos tamanhos (inteiro, ¾, ½ e ¼ ), permitindo várias opções de montagem. - Variada gama de dimensões de alvéolos - Acionamento por motoredutor - Conjunto fechado

Potência Consumida por Cilindro:

0,75 cv/ 0,5 kW / IV pólos

Produção de Arroz Beneficiado por Cilindro:

1800 a 2100 kg/h

Nota

Capacidade de produção em função da variedade do arroz e do índice de quebrados.

Figura 23 – Classificador de arroz

CONSIDERAÇÕES SOBRE O ARMAZENAMENTO

Muito embora o armazenamento não seja parte integrante do processo de beneficiamento, dada a importância do mesmo nas condições do produto final, apresentamos uma breve descrição desta etapa do processo produtivo do arroz, sendo que não apresentamos a tabulação de riscos, os quais poderão ser avaliados posteriormente em função da necessidade e oportunidade de sua necessidade.

Os grãos de algumas cultivares de arroz, quando cozidos logo após a colheita, podem empapar. Para ter boas qualidades culinárias, o arroz, antes de ser processado, quase sempre, necessita de um período de armazenamento. O arroz pode ser armazenado a granel, em silos metálicos, de concreto ou outro material, ou em sacos de juta ou de polietileno.

Sempre que possível, o arroz deve ser colocado nos silos já resfriado, para se evitar a necessidade de insuflar ar não aquecido para o resfriamento. Depois que os silos estiverem carregados, é preciso monitorar, diariamente, a temperatura da massa de grãos em vários pontos, para se evitar algum possível aquecimento do arroz ensilado. É importante fazer a transilagem a cada 30-60 dias para aerar a massa de grãos e reduzir os efeitos da compactação no interior dos silos.

Para o armazenamento em sacaria, o arroz deve sempre ser secado pelo menos um ponto porcentual a menos do que se fosse armazenado em silos aerados, porque a possibilidade de o arroz absorver umidade da atmosfera é maior quando está acondicionado em sacos.

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Deve-se manter uma boa ventilação entre as pilhas e utilizar estrados de madeira com altura mínima de 12 cm, de forma que haja boa circulação do ar também por baixo das pilhas. A altura das pilhas não deve ultrapassar 4,5 m.

É importante lembrar que, para a boa conservação dos grãos, deve-se realizar uma manutenção criteriosa da limpeza.

Conforme a necessidade, os expurgos devem ser realizados de acordo com o receituário agronômico e sob a orientação, supervisão e responsabilidade técnica de um engenheiro agrônomo.

Quando o arroz é armazenado em silos, o produto químico para o expurgo é aplicado durante a operação de enchimento do silo, no momento da transilagem ou através de sondas.

Em grãos ensacados, o expurgo pode ser feito com lençóis plásticos que permitem a fumigação de cada pilha separadamente.

FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO - FAP5

Com a criação, pela Previdência Social, por força de lei, do Fator Acidentário de Prevenção – FAP, os empreendedores de maneira geral terão como novo item na formulação de seus custos sociais, associados ao tipo de atividade industrial, novo valor de contribuição destinado ao INSS – Instituto Nacional de Previdência Social.

O FAP tem como base a dicotomia “bônus - malus” e seu valor variará entre 0,5 e 2 conforme o maior ou menor grau de investimentos em programas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho e proteção contra os riscos ambientais do trabalho, respectivamente. Ainda que, a princípio pareça tratar-se de mecanismo meramente fiscal-tributário, o FAP trará reflexos imediatos na organização empresarial relativas à segurança e saúde do trabalhador, pois o investimento nessa área implicará maior ou menor alíquota de contribuição das empresas.

O FAP será calculado considerando os eventos (benefícios) que trazem indicação estatístico-epidemiológica de nexo-técnico.

Neste sentido a classificação da atividade de beneficiamento de arroz, enquanto atividade que implicará em contribuição, conforme o quadro abaixo, caso não sejam adotadas providências para minimização de riscos de acidentes do trabalho.

CNAE 2.0 Alíquota Descrição

1061901 0,02 Beneficiamento de arroz

Tal fato, espera-se que venha trazer vantagens significativas na prevenção de acidentes do trabalho e para a sociedade como um todo.

5 http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=464 acessado em 05/05/2009

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UNIDADES COMPACTAS DE BENEFICIAMENTO DE ARROZ.

De nossa pesquisa, observou-se que, algumas empresas, têm direcionado seus produtos visando apresentar ao mercado uma alternativa de unidades compactas para o beneficiamento do arroz, sendo que apresentamos ma figura abaixo um exemplo deste tipo de produto, como segue:

Equipamento:

Beneficiadora Rural

Sigla:

RURAL ZX-6 com opcionais

Características:

Equipamento para beneficiamento de arroz compacto, ideal para pequenos produtores, pois garante um excelente rendimento e acabamento nos mais variados tipos de arroz. - Permite que o acionamento seja elétrico (monofásico ou trifásico) ou a diesel - Opcionais: conjunto de acionamento diesel, ciclone para casca, base de cantoneira, elevador e moega de carga e classificador trieur com elevador e bicas para ensaque, motores elétricos

Potência Consumida:

-ZX-6 e elevador de carga: 10 cv / 7,5 kW / IV pólos -Conj.trieur com elevador e transmissão (acionamento elétrico trifásico) : 1,5 cv / 1,1 kW / VI pólos -Conjunto para acionamento elétrico monofásico: 12,5 cv / 9,2 kW / IV pólos -Conjunto para acionamento a diesel: 15 cv

Produção:

-ZX-6 e elevador de carga: 515 kg/h (Arroz em casca) -Conjunto trieur com elevador e transmissão: 360 kg/h (Arroz beneficiado) -Ciclone: 110 kg/h (Casca)

Figura 24 – Exemplo de unidade compacta de beneficiamento de arroz, de baixa capacidade de produção, Máquinas Zaccaria S/A

No caso de adoção deste tipo de equipamento, a planta de operação passa a ter a necessidade de ser avaliada quanto aos riscos de acidentes de uma maneira mais abrangente, visto a integração dos equipamentos, promoverem espaços menores entre os equipamentos, resultando em um conjunto de riscos inexistentes quando se analisa os equipamentos isoladamente. Um exemplo dos riscos que podem ser associados a tais equipamentos, segue abaixo:

Riscos Ambientais classificados por seus agentes FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS MECÂNICOS/ACIDENTES Vibrações. Ruídos.

Desenvolvimento de fungos e bactérias, nos períodos de inoperância.

Espaços diminuídos para a manutenção.

Riscos de quedas acidentais dos operadores e do pessoal de manutenção. Transmissões e partes móveis sem proteção física.

figura 25 - tabela de exemplos de riscos associados à unidades compactas de beneficiamento de arroz

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CONCLUSÃO

Ao longo desta exposição, buscou-se, apresentar uma correlação entre as diversas etapas do processo de beneficiamento do arroz e os riscos ambientais que possam implicar na ocorrência de acidentes.

Pelas abordagens apresentadas, fica claro que esforços no sentido de diminuir os riscos de acidentes tem sido objeto de atenção e efetiva aplicação no desenvolvimento dos equipamentos produzidos para atender as necessidades do processo de beneficiamento de arroz, entretanto, muito ainda tem a ser analisado e aplicado nos diversos tipos de equipamentos.

Dentre as modificações e implementações que podem vir a diminuir ainda mais os riscos de acidentes associados ao processo de beneficiamento, apontamos para os seguintes pontos que podem e devem ser objeto de avaliações e ou melhorias quanto a adoção nos equipamentos, como segue:

• Sistemas de auto limpeza nos equipamentos.

• Sistemas de isolamento acústico nos equipamentos.

• Sistemas de transporte pneumático do arroz e sub-produtos, entre as diferentes etapas do processo.

• Compactação e ou união de diferentes etapas do processo em equipamentos únicos.

• Sistemas de separação por ciclone ou leito fluidizado, nas etapas de pré-limpeza, limpeza, separação (casca, farelo e de classificação).

• Sistemas de filtros para contenção de poeira.

• Pesquisa e análise métodos seguros de geração de calor (para aplicação em secadores).

• Análise e divulgação do ciclo de vida dos equipamentos.

As proposições de estudo e desenvolvimento apresentada acima, se justificam, quando se analisa a figura abaixo, a qual indica (com dados levantados em 2007), a associação dos riscos de acidentes com os equipamentos em geral, aplicados nas atividades ligadas a agroindústrias.

Ressalta-se que com relação aos equipamentos normalmente usados no beneficiamento de arroz, os mesmos se incluem na pesquisa quandose observa a incidência 26% dos riscos de acidentes associados aos secadores, e 26% dos riscos de acidentes associados aos transportadores em geral.

Fatos estes que enfatizam a continuidade de estudos aplicados à segurança do trabalho na área de beneficiamento de arroz

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Figura 26 – fontes de riscos em agroindústrias 6

Concluímos, portanto, que a contemporaneidade da temática de SEGURANÇA DO/NO TRABALHO, suas perspectivas atuais e futuras devem passar por avaliações constantes e posicionamentos tanto pessoais, como, culturais e das coletividades envolvidas (trabalhadores, empregadores e da sociedade em geral), para que a produção, o bem estar dos envolvidos e as condições dos produtos finais, representem agregação de valores à realidade brasileira e da humanidade.

6 Macagnan, Diego T. et al, in XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, “A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável.”, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008.

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BIBLIOGRAFIA (indicações conforme preconizado pelo ISO)

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http://www.sato.adm.br/guiadp/paginas/trib_inss_ac_trab_grau_de_risco.htm acessado em 07/05/2009, redirecionado para a guia referente a classificação de “alíquotas para contribuição do Acidente do Trabalho estão relacionadas com o seu grau de risco” D - INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO, 15 - FABRICAÇÃO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS E BEBIDAS.

http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=464 acessado em 05/05/2009.