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Riscos e Benefícios Ms. Sandro de Souza

Riscos e Benefícios - Prof. Sandro de Souza · Hipertensão Arterial: Objetivos Principais Melhorar a tolerabilidade e a segurança ... Sem FR 140 X 90 140 X 90 140 X 90 1 a 2 FR

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Riscos e Benefícios

Ms. Sandro de Souza

“É uma doença crônico-degenerativa de natureza multifatorial, na grande maioria dos casos, assintomática, que compromete fundamentalmente o equilíbrio dos sistemas vasodilatadores e vasoconstritores que mantém o tônus vasomotor, levando a uma redução da luz dos vasos e danos aos órgãos por eles irrigados.”

HAS - Visão Atual

Como Classificar

Qual referência?

JNC (EUA)

ESH AND ESC GUIDELINES (Europa)

DIRETRIZ SBH (Brasil)

JAMA. 2014;311(5):507-520.

Qual a definição então do JNC 7?

JAMA. 2014;311(5):507-520.

140/90 mmHg

Tratamento da Hipertensão

Medicamentoso Não Medicamentoso

Mudanças dos hábitos de vida Anti-hipertensivos

Decisão Terapêutica

NORMOTENSO HIPERTENSO

< 120 X 80 120-129

80-84 130-139

84-89 140-159

90-99 160-179 100-109

≥ 180 X 110

Sem FR Não Med. Não Med. Não Med. Não Med. 6 meses

Não Med. + Med.

Não Med. + Med.

1 a 2 FR Não Med. 6 meses

Não Med. 6 meses

Não Med. 6 meses

Não Med. + Med.

Não Med. + Med.

Não Med. + Med.

> 3 FR LOA DM

Não Med. + Med.

Não Med. + Med.

Não Med. + Med.

Não Med. + Med.

Não Med. + Med.

Não Med. + Med.

Condições Clínicas

Não Med. + Med.

Não Med. + Med.

Não Med. + Med.

Não Med. + Med.

Não Med. + Med.

Não Med. + Med.

VI Diretrizes Brasileira de HT, 2010

NÃO MEDICAMENTOSO presente em todos os quadros!!!

Terapia Combinada no Tratamento da Hipertensão Arterial: Objetivos Principais

Melhorar a tolerabilidade e a segurança

Aumentar a nefro-proteção

Não afetar e otimizar o metabolismo lipídico e da glicose

Melhorar e não interferir na coagulação

Exercer uma ação positiva sobre fenômenos proliferativos

Redução mais efetiva do risco cardiovascular

Maior a eficácia no atingimento das metas de controle*

Quais são as “Metas de Controle”?

NORMOTENSO HIPERTENSO

< 120 X 80 120-129

80-84 130-139

84-89 140-159

90-99 160-179 100-109

≥ 180 X 110

Sem FR 140 X 90 140 X 90 140 X 90

1 a 2 FR 140 X 90 140 X 90 140 X 90

> 3 FR LOA DM

130 X 80 130 X 80 130 X 80 130 X 80

Condições Clínicas

130 X 80 130 X 80 130 X 80 130 X 80

VI Diretrizes Brasileira de HT, 2010

Recomendação de Exercícios Físicos para Prevenção e Tratamento da Hipertensão Arterial

VI Diretrizes da Sociedade Brasileira de Hipertensão, 2010

American College of Sports Medicine, 8ed., 2010

• TABLE 2. Absolute and Relative Contraindications to Resistance Training • Absolute • Unstable CHD • Decompensated HF • Uncontrolled arrhythmias • Severe pulmonary hypertension (mean pulmonary arterial pressure >55 mm Hg) • Severe and symptomatic aortic stenosis • Acute myocarditis, endocarditis, or pericarditis • Uncontrolled hypertension (>180/110 mm Hg) • Aortic dissection • Marfan syndrome • High-intensity RT (80% to 100% of 1-RM) in patients with active proliferative retinopathy or moderate or

worse nonproliferative diabetic retinopathy • Relative • (should consult a physician before participation) • Major risk factors for CHD • Diabetes at any age • Uncontrolled hypertension (>160/>100 mm Hg) • Low functional capacity (<4 METs) • Musculoskeletal limitations • Individuals who have implanted pacemakers or defibrillators (Circulation. 2007;116:572-584.)

TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO Complementar com Treinamento Resistido

Riscos Benefícios

Agudo

Crônico

Pós-Exercício Resistido - Hipertensos

PAS PAD

Mulheres HIPERTENSAS - Medicadas (Captopril) Metodologia: 6 exercícios 40% de 1RM 3 séries 20 repetições

Melo et al., Blood Pressure Monitoring, 11:183-9, 2006. * ≠ PRÉ; # ≠ Sessão C, P<0,05.

Pressão Arterial Clínica

Intensidade - moderada

Pós-Exercício Resistido - Hipertensos Pressão Arterial Clínica

* ≠ PRÉ; # ≠ Sessão C; $ ≠ Sessão 80%, P<0,05.

Intensidade - moderada

Metodologia: Adultos Normotensos 6 Exercícios 3 séries

Rezk et al., Eur J Appl Physiol, 98:105-12, 2006.

Figure. Classification of weight training intensity (resistance).

Williams M A et al. Circulation 2007;116:572-584

Copyright © American Heart Association

Pós-Exercício Resistido - Hipertensos Pressão Arterial Clínica

Evitar grandes volumes ou exercícios unilaterais.

Metodologia: Idosos Hipertensos Fisicamente Ativos Sem experiência com ER 5 Exercícios 10 RM

Mediano et al., Rev Bras Med Esporte, 11(6):337-40, 2005.

Pós-Exercício Resistido - Hipertensos Pressão Arterial Clínica

Ordem de execução alternada

Metodologia: Idosos Hipertensos P1 - 3 superiores e 3 inferiores P2 – 3 inferiores e 3 superiores P3 - alternado 3 Exercícios 12 RM

Jannig et al. Rev Bras Med Esporte – Vol. 15, No 5 – Set/Out, 2009

Pós-Exercício Resistido - Hipertensos Pressão Arterial Clínica

Maiores Grupamentos Musculares

Adaptado de Polito & Farinatti, J Strength Cond Res 23(8): 2351–2357, 2009.

* ≠ PRÉ (P<0,001), † ≠ PRÉ (P<0,05).

Jovens Normotensos

Pós-Exercício Resistido - Hipertensos Pressão Arterial Clínica

Estado de Treinamento

Costa et al., Rev Bras Med Esporte – Vol. 16, No 2 – Mar/Abr, 2010.

Pós-Exercício Resistido - Hipertensos Pressão Arterial Clínica

Estado de Treinamento

Costa et al., Rev Bras Med Esporte – Vol. 16, No 2 – Mar/Abr, 2010.

Pós-Exercício Resistido - Hipertensos Pressão Arterial Ambulatorial

Prista et al., Submetido JSCR.

* = diferente da sessão controle (P<0,05).

Metodologia: Homens hipertensos negros 8 exercícios 1 série 8-12 repetições Intensidade moderada

Resumão!!!

MAIOR QUEDA

Menor intensidade

Maior massa muscular

Não há necessidade de

grande volume

Não treinados

Ordem alternada

MAIOR DURAÇÃO

Hipertensos Medicados

Negros (sono)

Qual a importância clínica? Aspectos ainda controversos devido ao pouco número de estudos a respeito: Magnitude da HPE Duração da HPE

Possíveis Mecanismos

PA

DC

RVP

VS

FC

Mecanismos em Normotensos!

1-Arq. Bras. Cardiol. vol.87 no.6 São Paulo Dec. 2006 Arla Rad 2006

Possíveis mecanismos de redução da PA

PA = DC X Res Perif

TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO Complementar com Treinamento Resistido

Riscos Benefícios

Agudo

Crônico

HAS - Treinamento Resistido Pressão Arterial de Repouso

Adaptado de Cononie et al. Med. Sci. Sports Exerc. 23:505-11, 1991

HAS - Treinamento Resistido

HAS - Treinamento Resistido Pressão Arterial de Repouso

CARDOSO JR. et al. Clinics, 2010;65(3):317-25.

* lesão de órgão-alvo

HAS - Treinamento Resistido

Kanegusuku et al. Braz J Med Biol Res 44 (9), p 864-870, 2011

Resumão!!!

Alta intensidade – não tem efeito hipotensor em HT

Baixa intensidade – pode ser que tenha pequeno efeito

Reduz a PA para mesma carga absoluta em NT

Sem efeito durante o exercício aeróbio

Auxílio no controle de outras comorbidades

Possíveis Mecanismos

PAM

DC

RVP

VS

FC

CONONIE et al., 2001.

TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO Complementar com Treinamento Resistido

Riscos Benefícios

Agudo Durante

Resposta Aguda durante o exercício

Bakke, EF et al. EJVES , 2006.

Resposta Aguda durante o exercício

Aumento médio: 320/250 mmHg

Maior Aumento: 480/350 mmHg

Metodologia: Body-builders (5) 22-28 anos Leg Press Duplo Intraarterial 90% CVM Até exaustão

MacDougall, J. Appl. Physiol. 58:785-90, 1985.

350 - 480 mmHg

Leg-press bilateral; 3 séries de 10 RM; 3 segundos para cada fase concêntrica e excêntrica

Gotshall et al. JEPonline 2(4):1-6, 1999.

VOLUME 22 : NUMBER 1 – ADVANCES IN PHYSIOLOGY EDUCATION – DECEMBER 1999

Comando Central

> SNS

> DC

> FC

Pressão Arterial

Componente Isométrico

> RVP

Possíveis Mecanismos

Seals et al., JAP, 75, 1993; Rowell & O’Leary, JAP, 69(2), 1990.

↑ DC

Possíveis Mecanismos

↑ RVP

↑ PAS

↑ PAD

Riscos da Elevação da Pressão Arterial no Hipertenso

Isaksen et al. J.Neurol. Neurosurg.Psychiatry 73:185-7,2002

Picos Pressóricos: Fator de risco para ruptura de aneurismas, levando ao acidente vascular cerebral hemorrágico

Hipertensos: > chance de ter aneurismas cerebrais

Vermeer et al. Stroke 28:805-8,1997

Intensidade

Extensão de Pernas 40 e 80% de 1RM Até Exaustão 1 Série Adaptado de Nery, Dissertação de Mestrado, 2005

Exercício Resistido até atingir a Fadiga

∆fadiga e redução

+25 ± 9 mmHg

Adaptado de Nery, Dissertação de Mestrado, 2005.

Intervalo de descanso

40 % of 1RM Até a exaustão Cad. Extensora

90 segundos

45 segundos

Nery et al., Clinics, 65 (3), 2010 / Gomides, Dissertação de Mestrado, 2009.

Resumão!!!

Aumenta PAS e PAD

Não é possível controlar * (medida direta)

Principalmente em grande intensidade

Maior duração (estático), principalmente

até exaustão

Exercícios com maior massa muscular

dificulta também o controle.

A pequena pausa dificulta também o

controle

HAS e Exercício Resistido

Riscos Benefícios

RESISTIDOS - indicados em complemento Benefício agudo pós-exercício Ausência de benefício crônico comprovado na PA Riscos presentes, mas minimizáveis

Fatores que influenciam na Prescrição

Medicamento Massa Muscular Intensidade Atingir a fadiga

Duração do Intervalo

Exercícios Resistidos para Hipertensos

Prescrição: Série – 1 Exercícios – 8 a 10 Envolver grandes grupos da parte superior e inferior Alternar exercício para superiores e inferiores Intensidade – por volta de 50% de 1RM 30 a 40% de 1RM para membros superiores 50 a 60% de 1RM para membros inferiores Repetições – 10 a 15 até FADIGA MODERADA Cansaço 11 a 14 (meio leve a um pouco cansativo) Prática: - Fez 15 movimentos com facilidade – aumenta Evidência de apnéia com 10 repetições – diminui Pausas – longas – 1 a 2 min

AHA, 2007

Exercícios Resistidos para Hipertensos

Prescrição: Progressão Quando atinge limite superior confortavelmente Aumentar 5% na carga Execução Adequada Maneira rítmica com velocidade moderada e controlada Realizar movimento amplo Respiração - Expirar durante a contração (passiva) Inspiração no relaxamento Evitar apnéia, valsalva e isometria Avaliação: 1RM melhor que 8 ou 10RM Material – elásticos, pesos pequenos, máquinas

AHA, 2007

Controle da Sessão

Cuidados:

Tomar a Medicação correta PA inicial < 160/100 mmHg

Parar se PA > 180/105 mmHg AHA Parar se houver qualquer sintoma