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IBET – Recife Regra-matriz de incidência hipótese tributária Andréa Medrado Darzé 29.10.2011

Rmit e hipótese recife 29 10 11

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IBET – Recife

Regra-matriz de incidência hipótese tributária

Andréa Medrado Darzé29.10.2011

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Conceitos FundamentaisConceitos Fundamentais

Regra-Matriz de Incidência Tributária

– Regra (= norma);

– Incidência;

– Tributária

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Norma JurídicaNorma Jurídica

O que é norma jurídica?

- Significação - construção de sentido;- Planos S1, S2, S3 e S4;- Juízo hipotético-condicional [ F (S’ R S’’)];- Sentido deôntico completo;- Unidade mínima do direito positivo (instru-

mento de regulação da conduta intersubjetiva V, O, P)

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Estrutura da norma jurídicaEstrutura da norma jurídica

Estrutura específica para a consecução dos fins visados pelo direito positivo

Se o fato (f) ocorrer em determinada coordenada espaço-temporal, o sujeito (S’) ficará obrigado (O), proibido (V) ou permitido (P) a realizar certa conduta em face do sujeito (S’’)

D [H (f) R (S’(V, O, P) S”)]

D = dever-ser neutro- indica que a relação de implicação é artificialmente construída pelo direito por um ato de vontade da autoridade competente;

H = antecedente normativo – indica as notas de fato (f) contingente (de possível ocorrência);

-> = relação de implicação entre fato e relação jurídica; R = consequente – indica as notas da relação jurídica a ser instaurada pela

implicação deôntica, em que S’ é o sujeito ativo e S’’ o sujeito passivo; (V, O, P) – dever-ser modalizado – são apenas três as possibilidades de regulação

da conduta.

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CF

B---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

LEI

A--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

LEI

B---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

S1 - Plano da Expressão (enunciados prescritivos)

leitura

a alíquota é de 10%, pague R$ 1.000

interpretação

S2 - Plano Proposicional (significações isoladas)

H C S3 - Plano Normativo

(normas jurídicas)

N1

N2 v N3

N4

S4 - Plano da Sistematização (relação entre normas)

Itinerário da construção de sentidoItinerário da construção de sentido

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Normas jurídicas: Normas jurídicas: ambiguidadeambiguidade

• Normas jurídica em sentido amplosignificação que se constrói a partir de qualquer enunciado prescritivo (proposição jurídica)

• Norma jurídicas em sentido estritosignificação estruturada sob a forma lógica de juízo hipotético-condicional, capaz de orientar as condutas intersubjetivas.

• Normas jurídicas em sentido completocomposta pela associação da norma em sentido estrito a uma sanção (coerção) para o caso de seu descumprimento

Norma primária (dispositiva e sancionadora) + Norma secundária

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NJGA = {[(h c) (- c s)] [ - (c v s) RJP]}

Norma Primária

Norma primária dispositiva

Norma primária sancionadora

Norma Secundária

Norma jurídica em sentido completoNorma jurídica em sentido completo

Norma processual

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Norma jurídica: outra classificaçãoNorma jurídica: outra classificação

norma de estrutura X norma de comportamento

Prescrevem como outras normas devem ser produzidas modificadas ou extintas

Regulam diretamente o comportamento humano intersubjetivo

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Fenomenologia da incidência tributária: incidência automática e infalível?

Relação Jurídica

Lei

Fato

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NGA = {[(h c) }enunciados conotativos

NIC = {[(a c) }enunciados denotativos

Ato de Aplicação

fato determinado no tempo e no espaço

Relação jurídica com sujeitos (ativo e passivo) e objeto determinados (sem/com valor pecuniário $)

Incidência = AplicaçãoIncidência = Aplicação

Evento

Fato X Evento Relação jurídica normativa formal X Relação jurídica intra-normativa

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Constituição

Norma da estrutura

LeiNorma geral e abstrata

LançamentoNorma individual e concreta

Linguagem social

⇔⇔Linguagem social modificada

PLANO DO

‘SER’

PLANO DO

‘DEVER SER’

Ciclo de positivação da norma tributária

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Subsunção: operação lógica que se verifica entre linguagens de níveis diferentes. Há subsunção quando o fato jurídico tributário guardar absoluta identidade com o desenho normativo da hipótese de incidência. Esse quadramento tem de ser completo, preenchendo todos os critérios. NGA: hipótese de incidência tributária e consequência NIC: fato jurídico tributário e relação jurídica tributária

Processo de positivação: subsunção do fato à norma e fenomenologia da incidência

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RMIT

# → OB. TRIB.

CRÉDITO

lançamento

RMIT

#

Fjt → OB. TRIB.

$

lançamento

Teoria tradicional (declaratória)

• Crédito é um estágio da obrigação: é quando ela se torna exigível (formalizada)

-A obrigação nasce com o FG, mas sua exigibilidade apenas com o ato de constituição.

Crítica: Há obrigação sem crédito???

Teoria moderna (constitutiva)

• Crédito é um elemento da obrigação: trata-se do direito subjetivo do Sa exigir o montante da prestação. É a mesma relação sob a ótica do credor.

Crítica: e as situações em que o pagamento é anterior à entrega da declaração (DCTF) ???

Teorias sobre a incidência e o crédito tributárioTeorias sobre a incidência e o crédito tributário

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Fato X Evento

Fato: elemento linguístico capaz de organizar uma situação existencial como realidade

Evento: situação existencial organizada linguisticamente pelo fato. É um acontecimento empírico descrito pelo fato.

O fato nunca captura a completude do evento (curva assintótica) O evento se perde no tempo e espaço de sua realização Só temos acesso aos fatos (experiência colateral)

# Evento

Fato AI

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Como se dá a construção do fato?

PROVAS

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Prova

Meio legal de se descobrir, infirmar, contestar a existência do fato

Elemento que pode levar conhecimento, convicção a alguém

Enunciado lingüístico que tem por conteúdo a ocorrência ou inocorrência de determinado acontecimento

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Sintaxe da prova

[Fal . (E1 . E2 . E3 . ... En)] Fj

O fato alegado é pressuposto para a produção da prova. Determina o ônus da prova

E1, E2, E3 e En são enunciados probatórios

Fj é o fato constituído em razão daquelas provas

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Auto-referência do discurso: Auto-referência do discurso: verdade lógica verdade lógica

Descrições da ocorrência do fato gerador

Livro Diário

Nota Fiscal de Venda

Termo de oitiva do adquirente da mercadoria

[Fa.(F1.F2.F3. ... Fn)] Fjt

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NJIC = {[(a c) }

fato determinadono tempo e no

espaço

Relação jurídica comsujeitos (ativo e passivo)e objeto determinados

Sa SpobjetoDireito Subjetivo Obrigação/Dever

Prestação de fazer ou de dar/

com ou sem cunho patrimonial ($)

Norma jurídica individual e concretaNorma jurídica individual e concreta

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Norma TributáriaNorma Tributária

- Envolve a disciplina de tributos (instituição, fiscalização e arrecadação)

- Pode ser classificada em três espécies, variáveis de acordo com o seu conteúdo: as que estabelecem princípios gerais; as que estipulam a incidência do tributo (RMIT em sentido

estrito, normas de isenção, normas de responsabilidade etc); e as que fixam providências administrativas para a

operatividade do tributo (deveres instrumentais).

Norma tributária em sentido estrito X norma tributária em sentido amplo

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Regra-matriz de Regra-matriz de incidência tributária tributária

Norma que estipula a incidência do tributo; Norma tributária em sentido estrito; Norma com sentido deôntico completo (regula a conduta

consistente na obrigação de pagar tributo); Norma de comportamento geral e abstrata; Objeto da prestação tem cunho patrimonial $; Outro ângulo de análise : a RMIT é uma estrutura lógico-

sintática (elementos mínimos constantes)

RMIT = [ H (Cm . Ce . Ct) → C S’R S”)]

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Delimitação das notas do fato e da relaçãoDelimitação das notas do fato e da relação

Não traz o fato jurídico nem a relação tributária, mas seus contornos abstratos, notas para sua individualização

Critérios de identificação de um fato jurídico tributário

(H)

Critérios de identificação de uma relação jurídica tributária

(C)

PLANO DO ‘DEVER SER’

PLANO DO ‘SER’

Infinitos fatos sociais reveladores de capacidade contributiva

(extensão do conceito da hipótese)

Infinitas relações sociais possíveis de serem instauradas por força da aplicação da norma

jurídica

(extensão do conceito do conseqüente)

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RMIT: RMIT: ambiguidadeambiguidade

Estrutura Lógica:

H

C

CmCe

Ct

Cp

Cq

Norma Jurídica em sentido estrito: ‘ser proprietário de bem imóvel no perímetro urbano do município de Curitiba, deve ser, a obrigação do proprietário pagar ao fisco municipal a importância de 1% sobre o valor venal do imóvel’.

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RMIT

H

previsão abstrata de fato contingente

C

previsão geral de relação jurídica de cunho patrimonial

Critério material (v+c)

Critério espacial

Critério temporal

Critério pessoal (Sa . Sp)

Critério quantitativo (bc . al)

Estrutura lógica da RMITEstrutura lógica da RMIT

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Hipótese tributária – critério materialHipótese tributária – critério material

notas que a conduta humana deverá ter para autorizar a incidência;

núcleo da hipótese;

junto com a base de cálculo identifica a tipologia do tributo;

representado por verbo + complemento;

o verbo é sempre pessoal de predicação incompleta (ação ou estado): não pode ser impessoal (i.e haver), sem sujeito (i.e. chover) ou de sentido completo;

o verbo deve manifestar a produção de riqueza.

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Hipótese tributária – critério espacialHipótese tributária – critério espacial

indica o lugar onde o evento deve ocorrer para autorizar a incidência;

pode ser explícito ou implícito; não coincide com o âmbito de vigência territorial da norma comporta quatro níveis de elaboração:

pontual: locais específicos (II e IE); regional: áreas ou regiões (IPTU e ITR); territorial: todo o âmbito de validade territorial da lei (IPI e

ICMS); universal: ultrapassa o âmbito de validade territorial da lei (IR)

*utiliza outro critério de validade da lei, pessoal por exemplo.

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Hipótese tributária – critério espacialHipótese tributária – critério espacial

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Hipótese tributária – critério temporalHipótese tributária – critério temporal

indica o preciso instante em que se reputará ocorrido o evento tributário, dando ensejo à incidência.

o legislador, em muitas situações, equivocadamente equipara o critério temporal ao “fato gerador”.

Art. 19 - O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacionalArt. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional.Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador: I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51; III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão

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Hipótese tributária – critério temporalHipótese tributária – critério temporal

não se relaciona com a data de pagamento; é sempre um instante – mesmo que representada por um

acontecimento (técnica legislativa) crítica à classificação dos fatos em função do momento de

ocorrência

instantâneos: se verificam e se esgotam em unidade de tempo (ICMS e IPI);

continuados: configuraram situações duradouras (IPTU e ITR);

complexivos: aqueles cujo processo de formação demandam o transcurso de unidades de tempo, surgindo pela integração de vários fatores (IR)

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Hipótese tributária – critério temporalHipótese tributária – critério temporal

Código Tributário Nacional

Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária

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Tempo do fatoTempo do fato instante da constituição do crédito

(lançamento, auto de infração ou lançamento por homologação);

legislação que deve ser observada na confecção do lançamento (procedimento e sujeito competente): é vigente na data do ato de constituição do crédito – lei formal

Tempo no fatoTempo no fato instante em que ocorreu o evento; legislação que deve ser observada no que

respeita à definição do conteúdo do lançamento: é vigente na data da ocorrência do evento tributário – lei material

Hipótese tributária – critério temporalHipótese tributária – critério temporal

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A expressão fato gerador

- Faz referência a três realidades distintas:

Hipótese de incidência tributária Evento Fato jurídico tributário

- Acepções empregadas pelo Código Tributário Nacional

Art. 4. “a natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação” – HipóteseArt. 105 - “a legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes” – EventoArt. 121- “contribuinte quando tenha relação pessoal com a situação que constitua o respectivo fato gerador” – Fato jurídico

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Fato jurídico tributário x Hipótese de incidência tributária

Fato = posição sintática de antecedente de norma individual e concreta. É o relato, em linguagem competente do evento que se subsome à hipótese tributária. ex: no dia 1º do ano, no Estado de São Paulo, João era proprietário de veículo auto motor.

Elemento material: verbo no passado Elemento espacial: lugar determinado (rua x, nº y) Elemento temporal: tempo determinado: (no dia z, na

hora t)

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Positivação - lançamentoPositivação - lançamento

Regra-matriz Norma Administrativa

Motivação

Crédito tributário

(SA---$---SP)Obrigação tributária

APLICAÇÃO =

INCIDÊNCIAINCIDÊNCIA

LANÇAMENTO *

fato tributário

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Erros no lançamento

Norma individual e concreta

FJ → RJ

FJ

Lei

NGA

Provas

Evento

Norma individual e concreta

Aplicador

Erro de direito

Erro de fato

Erro de fato: problema de provas – FATO X EVENTO

Erro de direito: problema de subsunção – NGA X NIC

Erro material: quanto ao conteúdo do lançamento – RMIT

Erro formal: quanto ao procedimento para confecção do lançamento – NE

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PROCESSO CIVIL. TRIBUTÁRIO. IPTU. RETIFICAÇÃO DOS DADOS CADASTRAIS DO IMÓVEL. DIFERENÇA DA METRAGEM DO IMÓVEL CONSTANTE DO CADASTRO. REVISÃO DO LANÇAMENTO. POSSIBILIDADE. ERRO DE FATO. CARACTERIZAÇÃO. ART. 149, INCISO VIII, DO CTN. RECURSO REPETITIVO JULGADO. RESP 1130545/RJ. 1.(...) 2. O Tribunal a quo, ao analisar acerca da revisão do lançamento do IPTU, assim decidiu: "No caso em exame, verifica-se que embora tenha havido a quitação do IPTU pela autora/apelante, posteriormente, por meio de recadastramento e revisão efetivados pela municipalidade, constatou-se o acréscimo de área e a alteração do uso dos imóveis referidos nos autos, o que gerou a complementação da cobrança, com fundamento no inciso VIII do referido art. 149". 3. Pela leitura do trecho acima, verifica-se que o lançamento original reportou-se à área menor do imóvel objeto da tributação, o que ensejou posterior retificação dos dados cadastrais (e não o recadastramento do imóvel), hipótese que se enquadra no disposto no artigo 149, inciso VIII, do CTN, razão pela qual conclui-se pela higidez da revisão do lançamento tributário. 4. Dessa forma, como o lançamento complementar decorreu de um verdadeiro erro de fato, qual seja, erro na área do imóvel, possível a revisão do lançamento tributário (artigo 149, inciso VIII, do CTN). 5. No REsp 1130545/RJ, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09.08.10, DJ 22.02.11, submetido ao Colegiado pelo regime da Lei dos Recursos Repetitivos, que introduziu o art. 543 do CPC, reafirmou-se o posicionamento acima exposto. 6. (...) (Resp 1241514-RJ, DJ 03.08.11)

Exemplo de erro de fato

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IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. DESEMBARAÇO ADUANEIRO. CLASSIFICAÇÃO TARIFÁRIA. REVISÃO DE LANÇAMENTO. ERRO DE DIREITO. SÚMULA 227/TRF. PRIMEIRO PARADIGMA NÃO APRECIA O MÉRITO. AUSÊNCIA DE SIMILITUDE FÁTICA ENTRE OS ACÓRDÃOS COLACIONADOS COMO DIVERGENTES. 1. Acórdão embargado no sentido de que a revisão de lançamento do imposto por erro de classificação operada pelo Fisco, que aceitou as declarações do importador quando do desembaraço aduaneiro, constitui-se em mudança de critério jurídico, o que é vedado pelo CTN (Súmula 227/TFR). A 1ª Turma considerou que o lançamento suplementar é, portanto, incabível quando motivado por erro de direito. (...) 3. A ausência de similitude fática e, bem como a ausência de divergência entre os arestos confrontados ensejam o indeferimento liminar dos embargos de divergência. Agravo regimental improvido. (AgRg nos EREsp 1112702/SP – DJ 16/11/10)

Exemplo de erro de direito

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Exemplo de vício materialExemplo de vício material

VÍCIO FORMAL – Não configura vício formal o erro na identificação do sujeito passivo, pois este pertence ao núcleo da regra matriz de incidência tributária e o equívoco em sua identificação configura vício substancial, não sendo aplicável o inciso II do art. 173 do CTN.Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso de ofício.(Extinto 1º Conselho de Contribuintes - 5ª Câmara, Acórdão 105-17.139, DJ 13.08.08)

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Exemplo de vício formalExemplo de vício formal

NORMAS PROCEDIMENTAIS. ARBITRAMENTO. AUSÊNCIA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL NO ANEXO FLD. VÍCIO INSANÁVEL. NULIDADE. A indicação dos dispositivos legais que amparam a NFLD é requisito essencial à sua validade, e a sua ausência ou fundamentação genérica, especialmente no relatório Fundamentos Legais do Débito, determina a nulidade do lançamento, por caracterizar-se como vício formal insanável, nos termos do artigo 37 da Lei nº 8.212/91, c/c artigo 11, inciso III, do Decreto nº 70.235/72. RELATÓRIO FISCAL DA NOTIFICAÇÃO. OMISSÕES. O Relatório Fiscal tem por finalidade demonstrar/explicitar, de forma clara e precisa, todos os procedimentos e critérios utilizados pela fiscalização na constituição do crédito previdenciário, possibilitando ao contribuinte o pleno direito da ampla defesa e contraditório. Omissões ou incorreções no Relatório Fiscal, relativamente aos critérios de apuração do crédito tributário levados a efeito por ocasião do lançamento fiscal, que impossibilitem o exercício pleno do direito de defesa e contraditório do contribuinte, enseja a nulidade da notificação. PROCESSO ANULADO. (Ac. 2401-00018)

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Vícios no lançamentoVícios no lançamento

VÍC

IO F

OR

MA

L

DE DIREITO

No processo ato-fato

Ausência de fundamento na lei formal

NULIDADE FORMAL

DE FATO No

processoAto-fato

Vício na enunciação, na aplicação do direito formal, ou na apreciação da

prova

NULIDADE FORMAL

VÍC

IOM

AT

ER

IAL

DE DIREITO

No produto motivação

ou conteúdo

Ausência de fundamento na lei material não-incidência, isenção, imunidade, base de cálculo, alíquota ou sujeito passivo diversos do previsto em lei

NULIDADE MATERIAL

DE FATONo produto motivação

ou conteúdo

Ausência ou insubsistência de prova

NULIDADE MATERIAL