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rodapé segunda-feira | 24 de agosto de 2009 | Ano 2 | nº 04 |Por Joelle Malta Marcos Filipe Sousa Divulgação A peça Terapia de Grupo teve seu texto montado em processo coletivo Gesto com terapia Grupo de Estudos Teatrais Orientados está na sua quarta edição e se mantém como carro-chefe dos projetos do Centro de Difusão e Realizações Cênicas (CDRC), promovendo reciclagem e interação entre os artistas locais. Em 2009, o projeto traz uma novidade em Oseu formato. Diferente dos anos anteriores, o GESTO está voltado para o suporte ao trabalho de grupo, tendo como objetivo ajudar a solucionar possíveis fragilidades de espetáculos já montados, apontadas pelos próprios integrantes. A Cia. Reka de Teatro é um deles. Seu primeiro espetáculo “Terapia de Grupo” teve a construção do texto através de um processo coletivo. Fazendo um paralelo entre personagens de contos de fadas e do nosso cotidiano, o príncipe encantado (interpretado pelo ator Moab de Oliveira) é o analista das personagens que tem questionamentos corriqueiros da adolescência e problemas sociais. Adriana Ferraz, Larissa Lima, Kátia Rúbia e Elizandra Lucca, além de atrizes e diretora respectivamente, são as dramaturgas. Dentro do projeto, elas receberam o acompanhamento do assistente técnico-pedagógico Felipe Botelho, de Pernambuco, e passaram pelo minicurso “Para o Ator Criador” com Henrique Fontes, do Rio Grande do Norte, no qual tiveram a oportunidade de analisar e discutir idéias acerca do texto escrito. O público poderá acompanhar as mudanças de perto. Presente na programação da Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas e, em temporada nos dias 09, 10, 16 e 17 de outubro, no Teatro SESC Jofre Soares, o grupo pretende mostrar nos dois momentos as mudanças que a participação no projeto ajudou a desenvolver. O CDRC busca ampliar o projeto e dar continuidade ao trabalho iniciado em 2006. A idéia é transformar a prática da produção atual alagoana, a partir de conceitos e experiências contemporâneas nas artes cênicas. Esperamos que ano que vem a procura seja ainda maior! Ainda nesta edição: O teatro no interior Programação de cinema Ateliê Aberto na Aldeia Fotos da oficina de cenografia Realização: A Cia. Reka de Teatro traz ao palco do Teatro SESC Jofre Soares o espetáculo Terapia de Grupo Divulgação Divulgação Larissa Fontes Abaixo mais algumas fotos do espetáculo Terapia de Grupo, da Cia. Reka de Teatro:

Rodapé | 04 | 2009

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Quarto número do segundo ano do jornal Rodapé, que tem como objetivo fazer a cobertura dos 9 dias do projeto Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas.

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rodapé segunda-feira | 24 de agosto de 2009 | Ano 2 | nº 04

|Por Joelle Malta

Marcos Filipe Sousa

Divulgação

A peça Terapia de Grupo teve seu texto montado em processo coletivo

Gesto com terapia

Grupo de Estudos Teatrais Orientados está na sua quarta edição e se mantém como carro-chefe dos projetos do Centro de Difusão e Realizações Cênicas (CDRC), promovendo reciclagem e interação entre os artistas locais. Em 2009, o projeto traz uma novidade em Oseu formato. Diferente dos anos anteriores, o GESTO está voltado para o suporte ao trabalho de grupo, tendo como objetivo ajudar a

solucionar possíveis fragilidades de espetáculos já montados, apontadas pelos próprios integrantes. A Cia. Reka de Teatro é um deles. Seu primeiro espetáculo “Terapia de Grupo” teve a construção do texto através de um processo coletivo.

Fazendo um paralelo entre personagens de contos de fadas e do nosso cotidiano, o príncipe encantado (interpretado pelo ator Moab de Oliveira) é o analista das personagens que tem questionamentos corriqueiros da adolescência e problemas sociais.

Adriana Ferraz, Larissa Lima, Kátia Rúbia e Elizandra Lucca, além de atrizes e diretora respectivamente, são as dramaturgas. Dentro do projeto, elas receberam o acompanhamento do assistente técnico-pedagógico Felipe Botelho, de Pernambuco, e passaram pelo minicurso “Para o Ator Criador” com Henrique Fontes, do Rio Grande do Norte, no qual tiveram a oportunidade de analisar e discutir idéias acerca do texto escrito.

O público poderá acompanhar as mudanças de perto. Presente na programação da Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas e, em temporada nos dias 09, 10, 16 e 17 de outubro, no Teatro SESC Jofre Soares, o grupo pretende mostrar nos dois momentos as mudanças que a participação no projeto ajudou a desenvolver.

O CDRC busca ampliar o projeto e dar continuidade ao trabalho iniciado em 2006. A idéia é transformar a prática da produção atual alagoana, a partir de conceitos e experiências contemporâneas nas artes cênicas. Esperamos que ano que vem a procura seja ainda maior!

Ainda nesta edição:

O teatro no interior

Programação de cinema

Ateliê Aberto na Aldeia

Fotos da oficina de cenografia

Realização:

A Cia. Reka de Teatro traz ao palco do Teatro SESC Jofre Soares o espetáculo Terapia de Grupo

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Larissa Fon

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Abaixo mais algumas fotos do espetáculo Terapia de Grupo, da Cia. Reka de Teatro:

aniel Melro é estudante de Design Gráfico e tem a Dgrafitagem como uma profissão.

Me l ro t ambém cr i a de senhos personalizados para ambientação, tatuagens e customização de vestuário. Em entrevista para o Rodapé ele comenta sua trajetória artística e sobre sua participação no projeto Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas.

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entrevista

Daniel Melro fala da arte do graffiti e de como foi convidado a par-ticipar da Aldeia

Divulgação

|Por Jacqueline Pinto

dica d’lucca enquete:

Esta enquete foi baseada em um plano de negócios do curso de Publicidade e Propaganda, da Faculdade Maurício de Nassau. Foi realizada entre maio e julho de 2009. Entre as respostas tem-se os seguintes resultados:

Música – 25%Literatura – 12%Teatro – 21%Artes Visuais - 12%Audiovisual - 30%

Que linguagem artística você prefere?

Histórias contadas a partir de releituras, criação coletiva do grupo desde a dramaturgia até a concepção geral do espetáculo, aproveitando o repertório pessoal de cada integrante. Esse é o primeiro espetáculo da Companhia REKA de Teatro, original, criativo, divertido e nonsense.

Rodapé: Há quanto tempo o mundo da grafitagem começou a fazer parte da sua vida?

Daniel Melro: O graffiti sempre me chamou atenção por ser um estilo que consegue fugir do convencional e que apesar de ser sempre muito cheio de informações, muito "carregado" de grafismos, consegue agradar esteticamente e não cansa o olhar do observador pelo fato de que na maioria das vezes em que admiramos um graffiti, acabamos por descobrir algum detalhe novo. Acredito que de uns três anos para cá eu virei adepto do graffiti, mas mesmo assim ainda gostaria de ter mais tempo disponível para aumentar a quantidade de "obras" minhas pela cidade.

R: Existe um grande preconceito ainda sobre essa arte, pois muita gente a confunde com pichação. Como você encara isso? Já sofreu algum tipo de preconceito?

DM: Eu encaro isso numa boa, pois sei que muitas pessoas ainda têm a mente muito fechada para certos tipos de arte. Se você possui uma tatuagem muitas pessoas lhe

Terapia de GrupoTerça-feira, dia 25/08, às 19h30, Teatro Jofre Soares, no SESC Centro. Entrada: R$ 2 + 1kg de alimento ou R$ 4

|Por Elizandra Lucca

Larissa Fontes

consideram um marginal, ou tem aquele grande preconceito de que tatuagem é coisa de "maloqueiro". A mesma situação acontece com o graffiti, pois acredito que essa arte deve muito à pichação pelo fato de ter sido ela a grande percussora do graffiti. A pichação é um modo de demarcar um território e deixar a sua marca em algum lugar. Já o graffiti é uma forma de expressão artística onde tentamos passar uma mensagem ou sentimento com aquele desenho que fazemos em um muro ou onde quer que seja, e isso sim acrescenta algo de bom na vida das pessoas e na imagem de determinados locais.

R: O projeto Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas é originalmente de Artes Cênicas. Hoje é uma mostra de artes em suas várias linguagens. O que você acha deste projeto?

DM: Acho bem interessante pelo fato de que ele está aberto a novidades e de fazer questão de mostrar isso as pessoas e mostrar que aqui no nosso estado existem pessoas que fazer arte de qualidade, seja ela qual for. É muito interessante saber que um projeto inicialmente de artes cênicas, passou a querer interagir com as outras formas de arte e

tornar isso público e disponível para quem quiser aparecer.

R: Como surgiu o convite para participar da Aldeia?

DM: Como posto meus desenhos em sites da internet como o Orkut, Fotolog e Flickr, muitos amigos e até pessoas desconhecidas olham os meus posts e com isso conhecem um pouco mais do meu trabalho. Numa dessas visitas uma amiga me propôs trabalhar pelo SESC em um projeto de intervenção urbana. Como sempre tive vontade de realizar um trabalho desse tipo não pensei nem duas vezes em responder que sim!

R: O que podemos esperar da performance “De passagem”?

DM: Isso é algo que nem eu sei como responder pelo fato de ser tão novo pra mim quanto para as pessoas que provavelmente vão aparecer por lá, mas o que tenho a dizer é que espero muito que dê certo e que o tempo seja suficiente para finalizar os trabalhos e para mostrar as pessoas que o graffiti também é arte.

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projeto Atel iê SESC Aberto à Comunidade existe há seis anos. É uma Oiniciativa do SESC Alagoas na área de

Artes Visuais que, segundo Kelcy Mary – Técnica em Artes Visuais do SESC Alagoas – pretende promover o encontro entre artistas e público para vivenciarem experiências de um ateliê coletivo.

Durante esses seis anos cerca de 220 pessoas já participaram do projeto que democratiza o

acesso às artes plásticas além de difundir e estimular o surgimento de novos artistas.

Em um clima de confraternização das linguagens artísticas o Pólo de Artes Visuais vai promover uma integração dos alunos do projeto na programação da Aldeia. Durante a performance De Passagem, com os grafiteiros Allan Lima e Daniel Melro, os alunos vivenciarão mais uma forma de expressão com a arte de rua. Durante o cronograma de aulas os arte-educadores Lúcia Galvão e Rosivaldo Reis introduziram em seus materiais de estudo informações sobre grafitagem e na performance os alunos irão sair das esferas dos textos e vivenciar mais uma sensação estética.

A grafitagem é uma forma de expressão que ainda sofre muito preconceito por ser confundida com pichação. Daniel Melro comenta que está muito feliz com essa oportunidade de mostrar sua arte e de fazer parte desse projeto, pois o trabalho de conscientização nos alunos sobre as expressões artísticas é muito importante. “certa vez eu estava grafitando em um muro, e um senhor que morava em uma casa do outro lado da rua reclamou e perguntou se eu conhecia o dono daquele terreno. Claro que eu conhecia e tinha autorização para fazer o graffiti, mas mesmo assim ele reclamou que já havia "pichado" o muro dele com siglas de torcida organizada e que não queria que eu pichasse novamente seu muro”.

A partir desse contato, os alunos poderão entender e diferenciar cada ação e a comunidade em geral poderá apreciar essa expressão artística.

seu jofre falou na boca de mateu*

Pólo de artes visuais promoveu inte-gração entre a Aldeia e o Ateliê Aberto

IV Aldeia também conta com uma programação de filmes

espaço para o cinema tem crescido nas programações mensais do OServiço Social do Comércio de

AlagoasL. Desde 2006 o SESC/AL retomou a exibição de filmes nacionais licenciados pelo Departamento Nacional. Atualmente, o Centro de Difusões e Realizações Audiovisuais (CDRA) realiza diversos projetos de inclusão e valorização do cinema.

Outro diferencial na edição 2009 da Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas é a inclusão da sétima arte durante todos os dias de programação. Este ano, os filmes exibidos diariamente demonstram ou expressam a relação do cinema com outras linguagens artísticas: artes visuais, teatro, música, literatura...

|Por Barbara Esteves

|Por Jacqueline Pinto

Falta o que falta não só para o interior mas em outras localidades também, que é m a i s e nvo l v i m e nto e i n v e s t i m e n t o s n o a p e r f e i ç o a m e n t o

profissional do artista, assim como investimento f inanceiro para a realização de mostras teatrais e culturais. Porém, falta mais integração entre os próprios artistas, para que as conquistas na área sejam mais fortes e evidentes, como também espaço físico para apresentações.

A c h o q u e f a l t a m investimentos por parte do poder público. Parcerias precisam ser formalizadas por parte dos órgãos que trabalham com cultura para

promover a interiorização. Já existe esse trabalho , por parte do governo estadual e da Ufal (Governo Federal), mas ainda é fraco. Na nossa região, por exemplo, ainda não chegou a interiorização. Então, acho que é necessário , além parcerias, o apoio dos poderes públicos para a aprovação e criação de leis de incentivo.

O que falta para impulsionar o teatro no interior?Fotos: Fabrício Alex Barros

Kátia Rúbia atriz

Marconi Correia ator

*Mateu (ou Mateus) é o cara pintada que anuncia as boas novas no Guerreiro.

Para a Técnica de Cinema do SESC/AL, Nadja Rocha, o Serviço Social do Comércio é um diferencial na promoção da sétima arte. “O SESC é o único cinema gratuito do Estado e nossa programação, sempre de qualidade, atende a todos os públicos”, disse.

Durante o Overdoze, o cinema também não poderia ficar de fora. E para contemplar essa linguagem artística foi pensada a mostra “Curta a Virada”. Serão oito horas de exibições de vídeos com direito a pipoca. Confira a seguir alguns títulos que serão exibidos no Overdoze:

- Curtas da Itinerância Vídeo Brasil (Revolving Door, Várzea, Untlitled, Weekend);

- Almoço Executivo (Jorge Espírito Santo e Marina Person, fic, 14´, 1996)

- Vinil Verde (Kleber Mendonça Filho, fic, 13´ 2004)

- O maior espetáculo da Terra (Marco Pimentel, doc, 15´, 2005)

- Eletrodoméstica (Kleber Mendonça Filho, fic, 22´, 2005)

- Beijo de Sal (Fellipe Gamarano Barbosa, fic, 18´, 2006)

- Infinitamente Maio (Cacau Rhoden, Marcos Jorge, fic, 19´, 2003)

- Produto Descartável (Flávia Rea e Rafael Primo, fic, 16´, 2003)

- Velha História (Cláudia Jouvin, ani, 6´, 2004)

Divulgação

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Fernando Mesquita

lguns processos construtivos dos espetáculos de Teatro de Rua partem da premissa de que os processos de Aimprovisação dramatúrgica influenciam e direcionam o

resultado final cênico, tendo, enquanto referências - texto preliminar, símbolos, conflitos... No processo colaborativo o dramaturgo encontra-se numa função especifica sem que exista obra escrita fechada. A idéia é a colaboração entre os envolvidos, e o modo como o texto e a cena se entrelaçam , gerando o resultado final hibrido, onde, observa-se o confronto entre a dramaturgia escrita e a cênica, por vezes, esta desestabilizando aquela.

Nesta vertente de criação, o autor do texto acompanha os ensaios e adapta sua dramaturgia ao que está sendo criado durante improvisações feitas pelos atores e aos direcionamentos da direção, surgindo uma esfera de autoria conjunta, havendo uma constante formação e deformação do que foi criado, ocasionando o autor-espectador, ou seja, aquele que vive a experiência do texto encenado à medida que o escreve.

O resultado dramatúrgico elaborado pelo autor-espectador, é a de um texto encenado,após as mediações da direção e da interpretação.Na verdade, o autor-espectador ao observar seu texto sendo vivenciado , não vislumbra apenas os “defeitos”, mas também, incorpora novas idéias e possibilidades.

O processo colaborativo tem uma dinâmica criativa em que

e tenho dito!A dramaturgia no processo colaborativo de improvisações|Por Waneska Pimentel*

Informativo produzido pelo Serviço Social do Comércio de Alagoas - SESC para o projeto Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas 2009

Coordenador Artístico-Cultural: Guilherme RamosTécnico de Teatro: Thiago SampaioTécnico Assistente: Fabrício Alex BarrosEstagiária de Teatro: Joelle MaltaPlanejamento Gráfico e Diagramação: Renato MedeirosTextos:Barbara Esteves MTE 1081/ALFabrício Alex BarrosJacqueline PintoJoelle MaltaMaryana HaykoRenato MedeirosThiago Sampaio

O s t e x t o s a s s i n a d o s s ã o d e responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião do SESC Alagoas.

expediente

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leri

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Oficina de Treinamento Vocal para Atores, com Janeo Amorim (AL). Das 9h às 13h, no SESC Centro. Inscrições: 1kg de alimento

Mostra de cinema “Literatura no Cinema”, A partir das 12h, no Teatro Jofre Soares, SESC Centro. Entrada franca.

Espetáculo O Avarento, com o grupo de teatro da terceira idade do SESC. A partir das 15h, no Teatro Jofre Soares, SESC Centro.

Espetáculo Baldroca, da Associação Teatral Joana Gajuru. Às 16h, na Pça. Dois Leões - Jaraguá. Aberto ao público.

Apresentação de Coco de Roda Ganga Zumba. A partir das 17h, na Vila dos Pescadores de Jaraguá. Aberto à comunidade.

O que vai rolar amanhã?

*É atriz, diretora e professora.

todos os integrantes, a partir de suas funções específicas, têm igual espaço propositivo, sem qualquer espécie de hierarquia, produzindo uma obra cuja autoria é compartilhada. Não se tratando de uma técnica usada pontualmente na elaboração do espetáculo, mas de um procedimento que abarca todo o percurso criativo e todas as áreas.Permanecendo a criação ao longo do percurso efêmera e provisória, sujeita a constante mudança. O jogo do construir/desconstruir acontece concomitantemente em todos os elementos, não existindo elemento anteriormente formado, havendo a experimentação simultânea – tanto do ator, quanto da direção e do texto. Afinal, na experiência de teatro de rua, sabemos que a cada apresentação os espetáculos estão sendo reescritos.

Fotos: Fabrício Alex Barros