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CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO 1. CONCEITO: Controle, em tema de Administração Pública, é a faculdade de vigilância, orientação e correção que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro. 2. TIPOS OU FORMAS DE CONTROLE Estes controles conforme seu fundamento, serão: a) controle hierárquico: é que resulta automaticamente do escalonamento vertical dos órgãos do Executivo, em que os inferiores estão subordinados aos superiores. Daí decorre que os órgãos de cúpula têm sempre o controle pleno dos subalternos, independente de norma que o estabeleça. Este controle pressupõe as faculdades de supervisão, coordenação, orientação, fiscalização, aprovação, revisão e avocação das atividades controladas. Realiza-se através da fiscalização hierárquica. b) controle finalístico: é o que a norma legal estabelece para as entidades autônomas (Administração Indireta), indicando a autoridade controladora, as faculdades a serem exercitadas e as finalidades objetivadas. É um controle limitado e externo, não tem fundamento hierárquico, porque não há subordinação. Por exemplo: supervisão ministerial. c) controle interno: é todo aquele realizado pela entidade ou órgão responsável pela atividade controlada, no âmbito da própria Administração - ex. controle realizado pelo Executivo sobre seus serviços ou agentes. d) controle externo: é o que se realiza por órgão estranho à Administração responsável pelo ato controlado - ex. apreciação de contas pelo Tribunal de Contas, anulação de ato administrativo por decisão judicial, a sustação de ato normativo do Executivo pelo Legislativo (art. 49, V, CF).

Roteiro de Aula. Controle Administrativo.2013.02

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  • CONTROLE DA ADMINISTRAO

    1. CONCEITO: Controle, em tema de Administrao Pblica, a faculdade de

    vigilncia, orientao e correo que um Poder, rgo ou autoridade exerce sobre a

    conduta funcional de outro.

    2. TIPOS OU FORMAS DE CONTROLE

    Estes controles conforme seu fundamento, sero:

    a) controle hierrquico: que resulta automaticamente do escalonamento

    vertical dos rgos do Executivo, em que os inferiores esto subordinados aos

    superiores. Da decorre que os rgos de cpula tm sempre o controle pleno dos

    subalternos, independente de norma que o estabelea. Este controle pressupe as

    faculdades de superviso, coordenao, orientao, fiscalizao, aprovao, reviso

    e avocao das atividades controladas. Realiza-se atravs da fiscalizao

    hierrquica.

    b) controle finalstico: o que a norma legal estabelece para as entidades

    autnomas (Administrao Indireta), indicando a autoridade controladora, as

    faculdades a serem exercitadas e as finalidades objetivadas. um controle

    limitado e externo, no tem fundamento hierrquico, porque no h subordinao.

    Por exemplo: superviso ministerial.

    c) controle interno: todo aquele realizado pela entidade ou rgo responsvel

    pela atividade controlada, no mbito da prpria Administrao - ex. controle

    realizado pelo Executivo sobre seus servios ou agentes.

    d) controle externo: o que se realiza por rgo estranho Administrao

    responsvel pelo ato controlado - ex. apreciao de contas pelo Tribunal de

    Contas, anulao de ato administrativo por deciso judicial, a sustao de ato

    normativo do Executivo pelo Legislativo (art. 49, V, CF).

  • e) controle externo popular: o previsto no art. 31, 3, da CF, determinando

    que as contas dos Municpios (Executivo e Cmara) fiquem, durante 60 dias,

    anualmente, disposio de qualquer contribuinte, para exame e apreciao,

    podendo questionar-lhes a legitimidade nos termos da lei.

    f) controle preventivo ou prvio (a priori): o que antecede a concluso ou

    operatividade do ato, como requisitos para sua eficcia - ex. Senado Federal

    autoriza a Unio a contrair emprstimo externo.

    g) controle concomitante ou sucessivo: todo aquele que acompanha a

    realizao do ato para verificar a regularidade de sua formao - ex. realizao de

    auditoria durante a execuo do oramento;

    h) controle subseqente ou corretivo (a posteriori): o que se efetiva aps a

    concluso do ato controlado, visando a corrigir-lhe eventuais defeitos, declarar sua

    nulidade ou dar-lhe eficcia - ex. homologao na licitao;

    i) controle da legalidade ou legitimidade: o que objetiva verificar

    unicamente a conformao do ato ou do procedimento administrativo com as

    normas legais que o regem. Este controle pode ser exercido pela Administrao

    (de ofcio ou mediante recurso), pelo Legislativo (casos expressos na CF) e pelo

    Judicirio (atravs da ao adequada). Neste controle o ato anulado.

    j) controle de mrito: todo aquele que visa comprovao da eficincia, do

    resultado, da convenincia do ato controlado. Este controle compete normalmente

    Administrao e em casos excepcionais, expressos na Constituio, ao Legislativo

    (art. 49, IX e X), mas nunca ao Judicirio.

    3. CONTROLE ADMINISTRATIVO

    Controle Administrativo todo aquele que o Executivo e os rgos de

    administrao dos demais Poderes exercem sobre suas prprias atividades, visando

    a mant-las dentro da lei, segundo as necessidades do servio e as exigncias

    tcnicas e econmicas de sua realizao, pelo qu um controle de legalidade e de

    mrito. Atravs deste controle a Administrao pode anular, revogar ou alterar

    seus prprios atos e punir seus agentes com as penalidades estatutrias.

  • 4. CONTROLE LEGISLATIVO

    O Controle Legislativo exercido pelos rgos legislativos (Congresso Nacional,

    Assemblias Legislativas e Cmaras de Vereadores) ou por comisses

    parlamentares sobre determinados atos do Executivo na dupla linha da legalidade e

    da convenincia, pelo qu caracteriza-se como um controle eminentemente poltico,

    indiferente aos direitos individuais dos administrados, mas objetivando os

    superiores interesses do Estado e da comunidade.

    O Legislativo tem funo de fiscalizao e controle dos atos da Administrao (art.

    49, X), alm de outras misses previstas na Constituio (art. 49, II, IV, IX) e,

    ainda, a fiscalizao financeira e oramentria da Unio, nessa parte auxiliada pelos

    Tribunais de Contas (rgos independentes mas auxiliares dos Legislativos e

    colaboradores dos Executivos - art. 70 e 71). H ainda funes de controle

    privativas do Senado Federal (art. 52, III a IX) e outras da Cmara de Deputados

    (art. 51, II).

    5. CONTROLE JUDICIRIO

    Controle Judicirio ou Judicial o exercido privativamente pelos rgos do Poder

    Judicirio, sobre os atos administrativos do Executivo, do Legislativo e do prprio

    Judicirio quando realiza atividade administrativa. um controle a posteriori,

    unicamente de legalidade, por ser restrito verificao da conformidade do ato

    com a norma legal que o rege. So meios de controle, por exemplo:

    a) Mandado de Segurana Individual e Coletivo art. 5, LXIX e LXX, da CF e Lei

    12.016/09

    b) Ao Popular art. 5, LXXIII, da CF e Lei 4.717, de 29.06.65;

    c) Ao de Improbidade Lei 8.429/92.

    d) Ao Civil Pblica - art. 129, III, da CF, Lei 7.347, de 24.07.85 e Lei 8.437,

    de 01.07.92;

    e) Mandado de Injuno - art. 5, LXXI, da CF;

  • f) Ao Direta de Inconstitucionalidade - art. 102, I, a, da CF;

    g) Ao Declaratria de Constitucionalidade - art. 102, I, a, da CF;

    h) Outras aes (especiais ou ordinrias) que podem ser adequadamente utilizadas

    pelo particular contra a Administrao (ex. as possessrias, nunciao de obra

    nova, ao declaratria, consignao de pagamento, etc.)

    NOTCIAS E DECISES INTERESSANTES SOBRE O ASSUNTO

    REPERCUSSO GERAL - Tema 47 - Natureza do controle externo exercido

    pelos Tribunais de Contas Estaduais em relao a atos administrativos dos

    Municpios.

    EMENTA: CONSTITUCIONAL. NATUREZA DO CONTROLE EXTERNO

    EXERCIDO PELO TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL. EXISTNCIA DE

    REPERCUSSO GERAL. Questo relevante do ponto de vista poltico-

    jurdico que ultrapassa o interesse subjetivo da causa. (RE 576920 RG,

    STF - Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, julgamento:

    20.03.2008, DJ: 11.04.2008)

    ADI 4638

    STF conclui julgamento que apontou competncia concorrente do CNJ para

    investigar juzes

    08.02.2012

    O Plenrio do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta quarta-feira (08) o

    julgamento do referendo da liminar concedida parcialmente pelo ministro Marco

    Aurlio em 19 de dezembro de 2011 na Ao Direta de Inconstitucionalidade (ADI

    4638), ajuizada pela Associao dos Magistrados Brasileiros (AMB) contra pontos

    da Resoluo 135 do Conselho Nacional de Justia (CNJ), que uniformizou as

    normas relativas ao procedimento administrativo disciplinar aplicvel aos

    magistrados. Os pontos questionados foram votados um a um.

  • Na anlise de um dos dispositivos mais polmicos (artigo 12 da Resoluo 135), os

    ministros decidiram, por maioria de votos, que o CNJ pode iniciar investigao

    contra magistrados independentemente da atuao da corregedoria do tribunal,

    sem necessidade de fundamentar a deciso.

    Os ministros analisaram a questo em trs sesses plenrias. Nas duas primeiras

    sesses (dias 1 e 2 de fevereiro), foram analisados os artigos 2; 3, inciso V; 3,

    pargrafo 1; 4 e 20; 8 e 9, pargrafos 2 e 3; 10 e 12 da Resoluo135. Na

    sesso de hoje (8), foi concluda a anlise, tambm ponto a ponto, dos pargrafos

    3, 7, 8 e 9 do artigo 14; cabea e incisos IV e V do artigo 17; pargrafo 3 do

    artigo 20; pargrafo 1 do artigo 15 e pargrafo nico do artigo 21 da norma do

    CNJ.

    Confira abaixo deciso do Plenrio do STF em cada item questionado pela AMB na

    ADI 4638:

    Artigo 2: Por maioria de votos, a Corte acompanhou o relator da ao e negou o

    pedido de liminar quanto ao artigo 2 da Resoluo 135, para manter a vigncia do

    dispositivo. A norma determina o seguinte: Considera-se Tribunal, para os efeitos

    desta resoluo, o Conselho Nacional de Justia, o Tribunal Pleno ou o rgo

    Especial, onde houver, e o Conselho da Justia Federal, no mbito da respectiva

    competncia administrativa definida na Constituio e nas leis prprias.

    Artigo 3, inciso V: Esse dispositivo estabelece como pena disciplinar aplicveis

    aos magistrados da Justia Federal, da Justia do Trabalho, da Justia Eleitoral, da

    Justia Militar, da Justia dos estados e do Distrito Federal e Territrios a

    aposentadoria compulsria. O Plenrio do STF, por unanimidade dos votos,

    referendou a liminar proferida pelo ministro Marco Aurlio (relator) de forma a

    manter a eficcia do artigo 3, inciso V, da Resoluo 135, do Conselho Nacional de

    Justia (CNJ).

    Artigo 3, pargrafo 1: O dispositivo prev a aplicao, a magistrados, de penas

    previstas na Lei 4.898/65 (Lei de Abuso de Autoridade), desde que no sejam

    incompatveis com a Loman (Lei Orgnica da Magistratura). O ministro Marco

    Aurlio acolheu o pedido da AMB e suspendeu a aplicao desse dispositivo no caso

  • de sano administrativa civil, sob o argumento de que as penas aplicveis a

    magistrados j esto previstas de forma taxativa na Loman. A inobservncia de

    qualquer dos deveres administrativos gera penalidades estabelecidas na prpria Lei

    Orgnica, disse. A maioria dos ministros acompanhou o voto do relator.

    Artigo 4:O artigo 4, analisado na sesso do dia 2, diz que o magistrado

    negligente estar sujeito pena de advertncia, censura ou pena mais grave, se a

    infrao justificar. A vigncia do dispositivo foi mantida, confirmando a deciso do

    relator, ministro Marco Aurlio que, nesse ponto, indeferiu o pedido de medida

    cautelar.

    Artigo 20: O artigo 20, que tambm teve sua vigncia mantida, diz que o

    julgamento de processo administrativo disciplinar contra magistrados ser realizado

    em sesso pblica. Os ministros confirmaram a deciso do relator que, tambm

    nesse ponto, indeferiu o pedido de medida cautelar.

    Artigo 8 e 9, pargrafos 2 e 3: Os ministros mantiveram a vigncia dos

    dispositivos, com o entendimento de que cabe ao rgo competente de cada

    tribunal a apurao de eventuais irregularidades cometidas por magistrados. Para

    os ministros, porm, no cabe ao CNJ definir de quem a competncia para

    proceder essa apurao no mbito dos tribunais. A deciso foi unanime.

    Artigo 10:Por maioria de votos, o Plenrio decidiu manter a vigncia do artigo 10 da

    Resoluo 135/2011, do CNJ, dispositivo que trata da possibilidade de recurso nos

    casos mencionados nos artigos 8 e 9 da norma. O artigo diz que "das decises

    referidas nos artigos anteriores caber recurso no prazo de 15 dias ao Tribunal, por

    parte do autor da representao". Os ministros decidiram, contudo, excluir a parte

    final do dispositivo, dando interpretao conforme a Constituio ao artigo para que

    fique claro que podem recorrer das decises mencionadas todos os interessados no

    procedimento, seja o autor da representao ou o magistrado acusado.

    Artigo 12: Por 6 votos a 5, os ministros mantiveram a competncia originria e

    concorrente do Conselho Nacional de Justia (CNJ) para investigar magistrados,

    prevista no artigo 12 da Resoluo 135/2011, do CNJ. O dispositivo, que havia sido

    suspenso na deciso liminar do relator da Ao Direta de Inconstitucionalidade

    (ADI) 4638, ministro Marco Aurlio, diz que "para os processos administrativos

  • disciplinares e para a aplicao de quaisquer penalidades previstas em lei,

    competente o Tribunal a que pertena ou esteja subordinado o magistrado, sem

    prejuzo da atuao do Conselho Nacional de Justia".

    Artigo 14, pargrafos 3, 7, 8 e 9; artigo 17, cabea e incisos IV e V; e artigo

    20, pargrafo 3: Por maioria de votos, os ministros negaram referendo liminar

    neste ponto e reconheceram a competncia do Conselho Nacional de Justia para

    regulamentar a instaurao e instruo de processo disciplinar contra juzes. O

    tribunal local ter prazo de 140 dias para concluir o processo administrativo, prazo

    que poder ser prorrogado por motivo justificado. O presidente e o corregedor do

    tribunal tero direito a voto e o processo no ter revisor. O magistrado que no

    apresentar defesa no prazo estipulado poder ser declarado revel e sua defesa

    ento ser assumida por um defensor dativo.

    Artigo 15, pargrafo 1:Tambm por maioria de votos, vencida a ministra Rosa

    Weber, os ministros referendaram a deciso do ministro Marco Aurlio em relao

    suspenso do dispositivo que previa o afastamento cautelar do magistrado do cargo

    mesmo antes de instaurado o processo administrativo disciplinar contra ele. Essa

    possibilidade foi afastada.

    Artigo 21, pargrafo nico:Na anlise do ltimo dispositivo questionado pela AMB, o

    Plenrio decidiu, tambm por maioria de votos, que quando houver divergncia do

    tribunal em relao pena a ser aplicada ao magistrado, cada sugesto de pena

    dever ser votada separadamente para que seja aplicada somente aquela que

    alcanar qurum de maioria absoluta na deliberao. Nesse ponto, o Plenrio deu

    interpretao conforme ao dispositivo da Resoluo 135 do CNJ para que no haja

    conflito com o que dispe os incisos VIII e X do artigo 93 da Constituio Federal.

    Confira a ntegra do voto do Ministro Gilmar Mendes no site

    www.marinela.ma

    SOBRE CONTROLE JUDICIAL DE POLTICAS PBLICAS

    ADMINISTRATIVO CONTROLE JUDICIAL DE POLTICAS PBLICAS

    POSSIBILIDADE EM CASOS EXCEPCIONAIS DIREITO SADE FORNECIMENTO

  • DE MEDICAMENTOS MANIFESTA NECESSIDADE OBRIGAO DO PODER

    PBLICO AUSNCIA DE VIOLAO DO PRINCPIO DA SEPARAO DOS PODERES

    NO OPONIBILIDADE DA RESERVA DO POSSVEL AO MNIMO EXISTENCIAL.1.

    No podem os direitos sociais ficar condicionados boa vontade do Administrador,

    sendo de fundamental importncia que o Judicirio atue como rgo controlador da

    atividade administrativa. Seria uma distoro pensar que o princpio da separao

    dos poderes, originalmente concebido com o escopo de garantia dos direitos

    fundamentais, pudesse ser utilizado justamente como bice realizao dos

    direitos sociais, igualmente fundamentais.2. Tratando-se de direito fundamental,

    incluso no conceito de mnimo existencial, inexistir empecilho jurdico para que o

    Judicirio estabelea a incluso de determinada poltica pblica nos planos

    oramentrios do ente poltico, mormente quando no houver comprovao

    objetiva da incapacidade econmico-financeira da pessoa estatal.3. In casu, no h

    empecilho jurdico para que a ao, que visa a assegurar o fornecimento de

    medicamentos, seja dirigida contra o municpio, tendo em vista a consolidada

    jurisprudncia desta Corte, no sentido de que "o funcionamento do Sistema nico

    de Sade (SUS) de responsabilidade solidria da Unio, Estados-membros e

    Municpios, de modo que qualquer dessas entidades tm legitimidade ad causam

    para figurar no plo passivo de demanda que objetiva a garantia do acesso

    medicao para pessoas desprovidas de recursos financeiros" (REsp 771.537/RJ,

    Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, DJ 3.10.2005).Agravo regimental

    improvido.(AgRg no REsp 1136549/RS, STJ Segunda Turma, Relator(a) Min.

    HUMBERTO MARTINS, julgamento: 08.06.2010, DJ: 21.06.2010)

    QUESTES SOBRE O TEMA

    1 - Q304809 ( Prova: CESPE - 2013 - TRF - 5 REGIO - Juiz Federal / Direito

    Administrativo / Atos Administrativos; Controle da Administrao Pblica;

    Processo Administrativo Federal; Bens Pblicos; )

  • No que concerne a bens pblicos, atos administrativos, processo administrativo e

    controle da administrao, assinale a opo correta com base na doutrina

    majoritria e na jurisprudncia dos tribunais superiores.

    a) Segundo entendimento doutrinrio no que se refere aos efeitos atpicos do

    ato administrativo, so considerados efeitos prodrmicos os que atingem

    terceiros no objetivados pelo ato administrativo.

    b) De acordo com a doutrina, so considerados elementos do ato

    administrativo apenas o contedo e a forma os elementos internos

    formadores do todo , devendo os demais ser designados como requisitos

    extrnsecos ou pressupostos, os quais se classificam em pressupostos de

    existncia e de validade.

    c) Segundo a jurisprudncia do STF, cargos com atribuies eminentemente

    tcnicas podem ser preenchidos por funcionrios pblicos no concursados,

    ocupantes de cargos em comisso de livre nomeao e exonerao.

    d) Os registros de propriedade particular de imveis situados em terrenos de

    marinha so oponveis Unio.

    e) Se determinada empresa madeireira tiver sido autuada em 4/1/2005 pela

    prtica de infrao ambiental, a prescrio da pretenso da administrao

    pblica de promover a execuo da multa por essa infrao ter ocorrido em

    3/1/2010.

    ATENO: Esta questo foi anulada pela banca que organizou o concurso.")

    2 - Q308394 ( Prova: MPE-SC - 2013 - MPE-SC - Promotor de Justia - Tarde /

    Direito Administrativo / Controle da Administrao Pblica; Improbidade

    Administrativa; )

    ANALISE CADA UM DOS ENUNCIADOS DAS QUESTES

    ABAIXO E ASSINALE

    CERTO - (C) OU ERRADO - (E)

    Acaso o Tribunal de Contas de Santa Catarina recomende Cmara de Vereadores

    de algum municpio a rejeio das contas do prefeito, o competente promotor de

  • Justia com atribuies na defesa da moralidade administrativa, em recebendo as

    respectivas informaes, dever analis-las, autu-las em procedimento prprio,

    arquiv-las administrativamente e aguardar a deliberao do Legislativo Municipal a

    respeito, comunicando tal providncia ao Conselho Superior do Ministrio Pblico.

    ( ) Certo ( ) Errado

    3 - Q308395 ( Prova: MPE-SC - 2013 - MPE-SC - Promotor de Justia - Tarde /

    Direito Administrativo / Controle da Administrao Pblica; )

    A Lei Complementar n. 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal) visa proporcionar

    equilbrio nas contas pblicas pelo cumprimento de metas de resultados entre

    receitas e despesas, impondo limites e condies para a renncia de receita e

    gerao de despesas com pessoal, seguridade, dvida, operaes de crdito,

    concesso de garantia e inscrio em restos a pagar.

    ( ) Certo ( ) Errado

    4 - Q308396 ( Prova: MPE-SC - 2013 - MPE-SC - Promotor de Justia - Tarde /

    Direito Administrativo / Controle da Administrao Pblica; )

    Na linha do Decreto-Lei n. 201/67, o prefeito e vereadores sujeitam-se a responder

    por crimes de responsabilidade perante o Poder Judicirio, independentemente de

    pronunciamento da Cmara Legislativa competente e ainda que encerrados os

    exerccios de seus mandatos.

    ( ) Certo ( ) Errado

    5 - Q301035 ( Prova: CESPE - 2013 - TRT - 10 REGIO (DF e TO) - Analista

    Judicirio - rea Judiciria / Direito Administrativo / Controle da Administrao

    Pblica; )

  • Julgue os itens que se seguem, a respeito do controle da

    administrao pblica.

    O Poder Judicirio, no exerccio da atividade administrativa, pode exercer controle

    administrativo, inclusive para revogar seus prprios atos administrativos.

    ( ) Certo ( ) Errado

    6 - Q301036 ( Prova: CESPE - 2013 - TRT - 10 REGIO (DF e TO) - Analista

    Judicirio - rea Judiciria / Direito Administrativo / Controle da Administrao

    Pblica; )

    Por fora do princpio da separao de poderes, no se admite o controle da

    administrao pblica pelo Poder Legislativo.

    ( ) Certo ( ) Errado

    7 - Q298458 ( Prova: CESPE - 2013 - TRT - 10 REGIO (DF e TO) - Analista

    Judicirio - Execuo de Mandados / Direito Administrativo / Atos Administrativos;

    Controle da Administrao Pblica; )

    Em relao a controle e responsabilizao da administrao, julgue

    os itens a seguir.

    Se um agente editar ato administrativo em desconformidade com smula

    vinculante do STF, caber reclamao a esse tribunal, que, se julg-la procedente,

    dever anular referido ato.

    ( ) Certo ( ) Errado

    8 - Q298459 ( Prova: CESPE - 2013 - TRT - 10 REGIO (DF e TO) - Analista

    Judicirio - Execuo de Mandados / Direito Administrativo / Atos Administrativos;

    Controle da Administrao Pblica; )

  • O controle prvio dos atos administrativos do Poder Executivo feito

    exclusivamente pelo Poder Executivo, cabendo aos Poderes Legislativo e Judicirio

    exercer o controle desses atos somente aps sua entrada em vigor.

    ( ) Certo ( ) Errado

    9 - Q298461 ( Prova: CESPE - 2013 - TRT - 10 REGIO (DF e TO) - Analista

    Judicirio - Execuo de Mandados / Direito Administrativo / Controle da

    Administrao Pblica; )

    Ao Tribunal de Contas da Unio no cabe julgar as contas dos administradores de

    sociedades de economia mista e empresas pblicas, visto que a participao

    majoritria do Estado na composio do capital no transmuda em pblicos os bens

    dessas entidades.

    ( ) Certo ( ) Errado

    10 - Q292809 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1 REGIO (RJ) - Analista Judicirio -

    Execuo de Mandados / Direito Administrativo / Controle da Administrao

    Pblica; )

    A Administrao pblica submete-se, nas suas atividades tpicas, nos termos da lei,

    ao controle do

    a) Tribunal de Contas no que concerne ao juzo de oportunidade e

    convenincia, excluda apreciao de economicidade e legalidade, exclusivos

    do poder Legislativo.

    b) Judicirio, no que concerne aos aspectos de oportunidade e convenincia,

    e do Legislativo no que concerne aos aspectos de legalidade.

    c) Legislativo, com auxlio do Tribunal de Contas, que promove controle de

    legalidade e economicidade, dentre outros aspectos, nos termos da lei.

  • d) Judicirio quanto aos aspectos de legalidade e discricionariedade, e da

    prpria administrao, em nvel superior, quanto aos aspectos de

    discricionariedade.

    e) Legislativo, no que concerne ao juzo de oportunidade e convenincia, e

    ao Tribunal de Contas, no que concerne legalidade de seus atos.

    GABARITOS:

    1 - B 2 - E 3 - C 4 - E 5 - C 6 - E 7 - C 8 - E 9 - E 10 - C