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RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2016 Sociedade Nacional de CombustĂ­veis de Angola Rua Rainha Ginga n. 29-31 Caixa Postal 1316 Luanda – RepĂșblica de Angola Tel.: (002442) 226642010 · Fax: (002442) 332578|396496 E-mail: [email protected]

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RELATÓRIODE GESTÃO& CONTASCONSOLIDADAS2016Sociedade Nacionalde Combustíveis de Angola

Rua Rainha Ginga n. 29-31 Caixa Postal 1316Luanda – RepĂșblica de AngolaTel.: (002442) 226642010 · Fax: (002442) 332578|396496E-mail: [email protected]

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00ÍNDICEGERALRESUMIDO

ÍNDICE

1 MENSAGEMDAPRESIDENTEDOCONSELHODEADMINISTRAÇÃO 6

2 ASONANGOLE.P. 10

2.1 MODELOEMPRESARIALDASONANGOL,E.P. 12

2.2 GOVERNOCORPORATIVO 15

3 ENQUADRAMENTOESTRATÉGICO 18

3.1 CONTEXTOINTERNACIONAL 20

3.2 CONTEXTONACIONAL 20

3.3 CONTEXTOSONANGOL 21

3.4 ESTRATÉGIADASONANGOL 21

4 SÍNTESEDOSRESULTADOS 24

4.1 SUMÁRIOEXECUTIVO 26

4.2 DESEMPENHOOPERACIONAL–EBITDA 26

4.3 DESEMPENHOOPERACIONAL–RESULTADOLÍQUIDO 27

4.4 INVESTIMENTOS 27

5 DESEMPENHOPORSEGMENTODENEGÓCIO 30

5.1 CONCESSIONÁRIA 32

5.2 CADEIAPRIMÁRIADEVALOR–SEGMENTOUPSTREAM 48

5.3 CADEIAPRIMÁRIADEVALOR–SEGMENTOMIDSTREAM 51

5.4 CADEIAPRIMÁRIADEVALOR-SEGMENTODOWNSTREAM 56

5.5 NEGÓCIOSNÃONUCLEARES 64

5.6 CORPORATIVO&FINANCEIRO 70

6 COMPROMISSOCOMASOCIEDADE 74

7 PERSPECTIVASPARAOFUTURO 78

7.1 EVOLUÇÃODOCONTEXTONACIONALEINTERNACIONAL 80

7.2 NOVAPRODUÇÃO 81

7.3 IMPLEMENTAÇÃODOPROGRAMADETRANSFORMAÇÃO 81

8 PROPOSTADEAPLICAÇÃODERESULTADOS 82

9 ANEXOS 86

9.1 DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRASCONSOLIDADAS 88

9.2 RELATÓRIODOAUDITORINDEPENDENTESOBREASCONTASCONSOLIDADASÀDATADE31DEDEZEMBRODE2016 91

9.3 PARECERDOCONSELHOFISCALSOBREASCONTASCONSOLIDADASÀDATADE31DEDEZEMBRODE2016 94

9.4 ACRÓNIMOS 96

5RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 20164

Page 3: Rua Rainha Ginga n. 29-31 Caixa Postal 1316 E-mail

MENSAGEM DAPRESIDENTE

DO CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO

01

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 20166 7

Page 4: Rua Rainha Ginga n. 29-31 Caixa Postal 1316 E-mail

Foi com grande sentido de missão e de responsabilidade que assumi, em Junho de 2016, um dos maiores desafios da minha vida profissional, ao iniciar o mandato como Presidente do Conselho de Administração da Sonangol E.P.

Desde entĂŁo, os Administradores Executivos e NĂŁo Executivos, com o apoio dos Colaboradores da empresa, em cooperação com os Parceiros de NegĂłcio e em coordenação com o Accionista Estado, tĂȘm vindo a implementar o exigente e desafiante processo de transformação do Grupo Sonangol.

É importante ter sempre presente que este processo de transformação decorre num contexto externo complexo, caracterizado por uma grande volatilidade dos mercados, baixos preços do barril de petróleo, por uma diminuição do apetite internacional pelo investimento em exploração e por uma menor procura nacional em muitos negócios do Grupo Sonangol. Simultaneamente, a análise interna à situação da empresa revelou desafios financeiros, organizacionais, culturais e processuais que suplantaram o que inicialmente era esperado.

Em face destas circunstĂąncias, a prioridade imediata foi o saneamento financeiro da empresa, o aumento da eficiĂȘncia nas suas vĂĄrias operaçÔes, o enfoque na cadeia de valor do petrĂłleo e gĂĄs natural e a criação dos alicerces para uma mudança organizacional e cultural sustentĂĄvel. Este esforço de reestruturação da empresa tem estado assente em cinco valores fundamentais – Rigor, Rentabilidade, TransparĂȘncia, ExcelĂȘncia e Compromisso – atravĂ©s dos quais se procurou compatibilizar as urgentes mudanças com a necessĂĄria estabilidade.

Em 2016 lançaram-se as bases de vĂĄrios programas cuja progressiva implementação permitirĂĄ criar um grupo competitivo a nĂ­vel mundial. De entre estes programas, destacam-se o Sonalight, que jĂĄ estĂĄ a contribuir para o aumento da eficiĂȘncia, a eliminação de desperdĂ­cios e a redução de custos e o Sonaplus, que tem permitido aumentar as receitas e rentabilizar os activos da empresa. Ambos tĂȘm sido programas-chave para assegurar os resultados apresentados em 2016 e projectar a sua melhoria futura.

Por sua vez, a iniciativa de Redesenho de Processos estå a contribuir para executar mais e controlar melhor enquanto o esforço de Optimização Organizativa tem estado a criar organizaçÔes mais bem estruturadas e mais ågeis, quer nas vårias direcçÔes corporativas quer nas subsidiårias da Sonangol. Ao mesmo tempo o Programa de Gestão da Mudança tem criado as condiçÔes para a construção de uma força de trabalho mais capacitada, mais motivada e mobilizada para os objectivos prioritårios do Grupo.

Em total alinhamento com estes pilares estratĂ©gicos globais, cada empresa e subsidiĂĄria estĂŁo igualmente a passar por um profundo processo de reestruturação, revendo modelos de negĂłcio, aumentando a sua eficiĂȘncia e eficĂĄcia, optimizando os seus investimentos e transformando-se, assim, organizacionalmente.

A reestruturação estĂĄ a ser realizada a par do reforço do nosso compromisso com a Segurança, Qualidade e Ambiente Sublinho a redução em 2016 do nĂșmero de acidentes e dos indicadores de sinistralidade, o que nos motiva para continuar a implementação das melhores prĂĄticas de segurança em todo o Grupo.

É importante realçar tambĂ©m que uma das prioridades em 2016 foi o desenvolvimento do nosso capital humano, investindo em formação, promovendo quadros internos de alto potencial e recrutando externamente quadros, quando necessĂĄrio, para posiçÔes crĂ­ticas e cujos perfis eram inexistentes no Grupo.

Muito jĂĄ foi feito em 2016. Muito mais do que alguns acreditavam ser possĂ­vel. Mas o mais estimulante Ă© o quanto Ă© possĂ­vel e se estĂĄ a fazer para tornar a Sonangol num Grupo Empresarial rentĂĄvel, que seja uma referĂȘncia em termos de desenvolvimento econĂłmico e de capital humano. Estou, tal como todo o Conselho de Administração, profundamente empenhada em devolver a este sĂ­mbolo da riqueza e do potencial de valor do nosso PaĂ­s o respeito merecido por parte dos parceiros de negĂłcio, dos clientes, das demais empresas nacionais e internacionais, dos seus colaboradores e de todos os Angolanos.

É um ano apĂłs a entrada em funçÔes deste Conselho de Administração que vos reforço que estamos mais que nunca comprometidos com a implementação de uma cultura de excelĂȘncia, porque sĂł esta nos permitirĂĄ enfrentar com sucesso os grandes desafios que o contexto do sector petrolĂ­fero coloca Ă  Sonangol e ao PaĂ­s.

ISABEL DOS SANTOSPRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

01MENSAGEM DA PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

9RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 20168

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SONANGOLE. P.

02

11RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201610

Page 6: Rua Rainha Ginga n. 29-31 Caixa Postal 1316 E-mail

02SONANGOLE. P.

2.1 MODELO EMPRESARIAL DA SONANGOL, E.P.

A Sonangol E.P. desenvolve as suas actividades por intermĂ©dio de 18 empresas subsidiĂĄrias, sendo de um modo geral responsĂĄvel pela definição das linhas estratĂ©gicas, fornecimento de orientaçÔes, supervisĂŁo e apoio Ă  gestĂŁo especialmente no processo de tomada de decisĂŁo. Estas empresas actuam no mercado em trĂȘs dimensĂ”es, ou seja:

‱ A Sonangol, E.P., exerce a função de ConcessionĂĄria nacional, tendo-lhe sido concedidos pelo Estado os direitos mineiros para a prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos lĂ­quidos ou gasosos. Na sua qualidade de ConcessionĂĄria Nacional estĂĄ autorizada a associar-se a entidades, estrangeiras ou nacionais, para realização das operaçÔes petrolĂ­feras no territĂłrio nacional, as quais, actualmente, podem ser realizadas na forma de contratos de associação, contratos de partilha de produção e contratos de serviços com risco.

‱ Adicionalmente, a Sonangol E.P. actua como uma empresa integrada de petróleo e gás, assumindo um papel de holding operacional centralizadora, constituída pelas seguintes empresas na sua cadeia de valor primária:

‱ ExploraçãoeProdução (Upstream): constituĂ­do por um conjunto de empresas subsidiĂĄrias que tĂȘm como actividade principal a exploração, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos (petrĂłleo bruto e gĂĄs natural), nomeadamente:

. Sonangol Pesquisa e Produção;. Sonangol Hidrocarbonetos Internacional; . Sonangol Gås Natural.

‱ RefinaçãoeTransporte(Midstream):congrega as empresas de refinação e transporte marítimo de petróleo bruto e produtos refinados, nomeadamente:

. Sonangol Shipping Holdings Limited;. Sonangol Refinação.

‱ LogísticaeDistribuição(Downstream):Integra as empresas subsidiárias da Sonangol E.P. que se dedicam ao aprovisionamento, armazenagem, distribuição e comercialização de produtos refinados de petróleo bruto e gás, nomeadamente:

. Sonangol LogĂ­stica; Sonangol Distribuidora;

. Sonangol Comercialização Internacional.

‱ Adicionalmente a Sonangol actua noutros dois segmentos de negócio, nomeadamente:

‱ Corporativo e Financeiro (Corporate & Financing): constituĂ­do pelas empresas que asseguram o desenvolvimento da função concessionĂĄria, das funçÔes corporativas transversais, de suporte e monitoramento das empresas, especificamente

. Sonangol E.P. (ConcessionĂĄria) e Sonangol Finance;

‱ Actividades Não Nucleares (Non Core): constituído pelo conjunto de empresas

subsidiĂĄrias cuja actividade principal visa dar suporte aos negĂłcios nucleares da Sonangol, E.P., assim como empresas que desenvolvem negĂłcios de carĂĄcter social e relacionados com o desenvolvimento de capital humano, ou que tĂȘm como prioridade o apoio ao desenvolvimento econĂłmico do PaĂ­s.

. Sonair, MS Telcom, Sonangol Holdings, Sonangol Investimentos Industriais (SIIND), Sonangol ImobiliĂĄria e Propriedades (SONIP), ClĂ­nica Girassol, Academia Sonangol e Sonangol Vida.

FIGURA 1A SONANGOL, E.P. COMO EMPRESA INTEGRADA DE PETRÓLEO E GÁS

UPSTREAM

EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO

SONANGOL GÁS NATURAL

SONANGOL PESQUISA E PRODUÇÃO

SONANGOL HIDROCARBONETOS INTERNACIONAL

CRUDEDERIVADOS DE PETRÓLEO

SONANGOL SHIPPING

SONANGOL LOGÍSTICA

SONANGOL DISTRIBUIDORA

SONANGOL GÁS NATURAL

SONANGOL DISTRIBUIDORA

SONANGOL GÁS NATURAL

SONANGOL REFINAÇÃO

SONANGOL GÁS NATURAL

TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

MARKETING E COMERCIALIZAÇÃOLNG / REFINARIA DISTRIBUIÇÃO

LOG. PRIMÁRIA

PLATAFORMAS NAVIOS

NAVIOS

VAGÕES CISTERNA

PIPELINES

REFINARIA

LOG. SECUNDÁRIA

SONANGOL

OUTROS OPERADORES

AVIAÇÃO

MARINHA

B2B

LUBRIFICANTES

GPL

TRADING SONANGOL COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL

CORPORATIVO E FINANCEIRO SONANGOL FINANCE SONANGOL E.P.

UPSTREAM MIDSTREAM DOWNSTREAM

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201612 13

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2.2 GOVERNO CORPORATIVO

ISABEL DOS SANTOSPRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ADMINISTRADORES

CÉSAR PAXI PEDRO

EDSON DOS SANTOS

EUNICE DE CARVALHO

JOÃO DOS SANTOS

JORGEDE ABREU

JOSÉGIME

ANDRÉ LELO

SARJURAIKUNDALIA

MANUELLEMOS

PAULINOJERÓNIMOPRESIDENTE DA COMISSÃOEXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

FIGURA 2MATRIZ EMPRESARIAL DA SONANGOL, E.P. E VISÃO GERAL DAS SUAS PARTICIPADAS

ILUSTRATIVO - EMPRESASPARTICIPADAS PELA SONANGOL E.P. NA CADEIA PRIMÁRIA

· PUMA ENERGY· SONASING SAXI-BATUQUE· SONASING KUITO· LOBINAVE· ALM - ANGOLA LNG MARKETING· SONASING XIKOMBA· SONASING SANHA· SONASING MONDO· REFINARIA DO LOBITO· JASMIN (JOINT VENTURE)· ALNG S. SERVICES· ALNG SUPPLY LTD· SONANGOL SÃO TOMÉ OFFSHORE· SONANGOL STARFISH OIL & GAS· SONANGOL HIDROCARB. INTERNACIONAL· SONANGOL ASIA. SONANGOL USA COMPANY· SONANGOL CABO VERDE· SONANGOL LIMITED· SOMG· OPCO

UP

STR

EA

M ·

MID

STR

EA

M ·

DO

WN

STR

EA

MC

AD

EIA

DE

VALO

R P

RIM

ÁR

IAEXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO

REFINAÇÃO E TRANSPORTE

LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO

SONANGOL P&PSONANGOL HIDROCAC. INTL.SONANGÁS

SONANGOL SHIPPINGSONANGOL REFINAÇÃO

SONANGOL LOGÍSTICASONANGOL DISTRIBUIDORASONANGOL COMERC. INTL.

ILUSTRATIVO - EMPRESASPARTICIPADAS PELA SONANGOL E.P. NOSNEGÓCIOS NÃO NUCLEARES

· SONASURF· ANGOFLEX· SONATIDE MARINE· TECHNIP ANGOLA· ESTALEIRO NAVAL DE PORTO AMBOIM· SONADIETS· SONAID· MOTA ENGIL ANGOLA· BCGA· UNITEL· BAI· ANGOLA CABLES· BIOCOM· MILLENNIUM BCP· BANCO ECONÓMICO· GENIUS· E.I.H· PDA· BAUXITE ANGOLA· SODIMO· KWANDA· SONAMEMT INDUSTRIAL· BAYVIEW

CORPORATIVOE FINANCEIRO

NEGÓCIOS NÃO NUCLEARES

SONANGOL, E.P.SONANGOL FINANCE

SONAIRMS TELCOMSONANGOL HOLDINGSIINDSONIPCLINICA GIRASSOLACADEMIA SONANGOLSONANGOL VIDA

15RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201614

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QUADRO DE DISTRIBUIÇÃODE PELOUROS DOS MEMBROSDO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃODA SONANGOL, E.P.

PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (PCA)ISABEL DOS SANTOS

DIRECÇÃO DE AUDITORIAE CONTROLO INTERNO (DACI)NELSON EFEINGE BERNARDO

DIRECÇÃO DE FINANÇAS(DF)

VANESSA COSTA

DIRECÇÃO DE PLANEAMENTO(DPL)

KID DOS SANTOS CARVALHO

DIRECÇÃO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO (DTI)

ALBERTO RIBEIRO

DIRECÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO(DSI)

ANDRE PITRA

GABINETE DE RELAÇÕES COM OESTADO E FISCALIDADE (GEF)

VANESSA GODINHO

UNIDADE DE GESTÃO DE PROCESSOS(UGP)

DANIELA MATOS

DIRECÇÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIALCORPORATIVA (DRSC)

ARLETE BORGES

COMITÉ DE COORDENAÇÃO DOSPROJECTOS SOCIAS NO SOYO (CCPSS)

HELDER JOAQUIM DOS SANTOS

CLINICA GIRASSOLANTÓNIO FILIPE JÚNIOR

SONANGOL SERVIÇO AÉREO, S.A(SONAIR)

MANUEL LEMOS

MSTELCOM, LDA(MERCURY)

DIOGO DA SILVA MANUEL

SONANGOL PESQUISA E PRODUÇÃO, S.A.(SNL P&P)

ISABEL DOS SANTOS

SONANGOL HIDROCARBONETOSINTERNACIONAL

FREDERICO FERRAZ DOMINGOS

SONANGOL GÁS NATURAL, LDA(SONAGÁS)

RUBEN DA COSTA

SONANGOL SHIPPING HOLDINGS LIMITED(SSHL)

CARLOS ALBERTO VICENTE ANTÓNIO

SONANGOL REFINAÇÃO, S.A(SONAREF)

JOÃO RAMOS

DIRECÇÃO DE RECURSOS HUMANOS(DRH)

MARIA DO ROSÁRIO VIEGAS

GABINETE DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM(GCI)

MATEUS CRISTOVÃO BENZA

ACADEMIA SONANGOL, S.ABALTAZAR AGOSTINHO GONÇALVES MIGUEL

CENTRO RECREATIVO PAZ FLORADALBERTO SENA

SONANGOL LOGÍSTICALUÍS MARIA

DIRECÇÃO DE GESTÃO DE PROJECTOS(DGPE)

JOAQUIM SOARES KITECULO

SONANGOL HOLDINGS, LDAJOSINA BAIÃO MAGALHÃES

ESSA, LDAFERNANDO ALBERTO LEMOS SOARES

DA FONSECA

SONANGOL INVESTIMENTOS INDUSTRIAIS(SIIND)

EUGÉNIO BRAVO DA ROSA

SONANGOL IMOBILIÁRIA E PROPRIEDADE,LDA (SONIP)

JOÃO SARAIVA DOS SANTOS

COOPERATIVA CAJUEIRO

DIRECÇÃO DO COMITÉ DE CONTROLO DASCONCESSÕES (CCC)

PEDRO MANUEL ALEXANDRE

DIRECÇÃO DE ECONOMIA DASCONCESSÕES (DEC)NATACHA MASSANO

DIRECÇÃO DE EXPLORAÇÃO (DEX)DOMINGOS CUNHA

GABINETE DE ARQUIVO E GESTÃO DEDADOS (GAD)

ISABEL POLICARPO DA SILVA

SONANGOL INTEGRATED LOGISTICSERVICES (SONILS)

HELDER SOUSA

QUICOMBO SUPORTE LOGÍSTICO S.A.MARIA AMÉLIA VAN-DÚNEM

SONANGOL DISTRIBUIDORA, S.A.FILOMENA ROSA

DIRECÇÃO DE QUALIDADE, SEGURANÇA EAMBIENTE (DQSA)DANIELA MATOS

SONANGOL COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL (SONACI)

LUÍS PEDRO MANUEL

DIRECÇÃO CENTRAL DE LOGÍSTICA (DCL)ROSSANA MARILIA LAURESTINHO

FUNDO SOCIAL

LUXERVIZA, LDA( GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA)

JOÃO DA SILVA

CENTRO DE APOIO EMPRESARIAL

DIRECÇÃO DE SEGURANÇA EMPRESARIAL(DSE)

MANUEL DA SILVA

DIRECÇÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS(DSJ)

TIAGO ALEXANDRE COSTA NETO

DIRECÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO EINFRAESTRUTURAS (DAI)

CÉSAR PAXI PEDRO

DIRECÇÃO DE GESTÃO DE RISCOS(DGR)

ALBERTO CARDOSO PEREIRA

SONANGOL VIDA

FUNDO DE PENSÕES DA SONANGOL

LIDERANÇA DO PMO E IMPLEMENTAÇÃODA TRANSFORMAÇÃO

NÚCLEO DE PETROQUÍMICARODOLFO AGUIAR

SONANGOL FINANCE LIMITEDISABEL DOS SANTOS

DIRECÇÃO DE PRODUÇÃO (DPRO)BELARMINO CHITAGUELENCA

DIRECÇÃO DE LABORATÓRIO CENTRAL (LAB)ANTÓNIO AUGUSTO MORAIS GARCIA

ADMINISTRADORSARJU RAIKUNDALIA

ADMINISTRADORMANUEL LEMOS

ADMINISTRADOREDSON DOS SANTOS

ADMINISTRADOREUNICE CARVALHO

ADMINISTRADORCÉSAR PAXI PEDRO

ADMINISTRADORJOÃO DOS SANTOS

ADMINISTRADORJORGE DE ABREU

DIRECÇÃO DE NEGOCIAÇÕES (DNEG)SUZEL CARDOSO ALVES

CHINA SONANGOL INTERNACIONAL

PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA (PCE)PAULINO JERÓNIMO

ADMINISTRADORES SEM PELOURO

FUNDO DE ABANDONO

ADMINISTRADORAndré Lelo

ADMINISTRADORJosé Gime

02GOVERNOCORPORATIVO

17RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201616

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ENQUADRAMENTOESTRATÉGICO

03

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201618 19

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03ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO

3.1 CONTEXTO INTERNACIONAL

Apesar do inĂ­cio de 2016 ter sido marcado por instabilidade, o decorrer do ano mostrou sinais de recuperação que se reflectiram num crescimento moderado da economia mundial. As Ășltimas estimativas do Fundo MonetĂĄrio Internacional (FMI) indicam que em 2016 a economia mundial cresceu 3,1%, um valor ainda assim inferior a 2015, que viu um crescimento de 3,2%.

GRÁFICO 1 EVOLUÇÃO DO PREÇO BRENT ENTRE 2014 E 2016

120

110

100

90

80

70

60

50

40

30

202014

112

31

2015 2016

-73%$96,7 RAMASSNL 2014

$49,9 RAMASSNL 2015(-48% vs 2014)

$41,9 RAMASSNL 2016(-16% vs 2015)

Fonte: Thomson Reuters; FMI

No sector petrolífero observou-se, durante o primeiro semestre de 2016, a continuação da queda acentuada do preço do petróleo, tendo-se registado uma recuperação do preço no segundo semestre. A recuperação foi, no entanto, insuficiente tendo o preço médio do crude e do gås em 2016 decrescido face a 2015. Esta queda reflectiu-se num decréscimo do preço médio em 2016 das ramas Sonangol em 16% face à média anual de 2015, o que não só colocou importantes desafios à Sonangol E.P. mas também às operadoras internacionais em actividade em Angola.

GRÁFICO 3 EVOLUÇÃO DA TAXA DE INFLAÇÃO 2010 – 2016 (%)

Fonte: EIU; FMI

40

30

20

10

02010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

14,5 13,510,3

8,8 7,310,3

32,4

3.3 CONTEXTO SONANGOL

No contexto actual de redução estrutural do preço do petróleo a Sonangol, tal como todas as empresas do sector, deparou-se com enormes desafios financeiros devido à redução da receita, nomeadamente em divisas.

Este cenårio de redução acentuada de receitas da Sonangol não foi acompanhado, quer 2015 quer no primeiro semestre de 2016, por uma redução de custos nem por uma revisão da estratégia de investimento da empresa. Esta inacção conduziu a uma situação difícil perante os credores internacionais, reduzindo a capacidade de obter novos financiamentos, fundamentais para a sustentabilidade das operaçÔes e para a manutenção dos níveis de produção.

A situação do sector petrolífero criou a necessidade do novo Conselho de Administração assegurar um conhecimento total do estado da empresa. Para tal realizou-se uma avaliação profunda da situação da Sonangol em cinco dimensÔes: a situação financeira e fiscal, a organização, os recursos humanos, os processos e os sistemas de informação da empresa.

Esta avaliação revelou uma situação mais grave do que o inicialmente esperado, com diversas lacunas operacionais, organizativas e processuais que se reflectiram numa situação financeira crítica que importava corrigir. Assim:

‱ Do ponto de vista financeiro foram detectadas inconsistĂȘncias na informação financeira, com falta de controlo sobre vĂĄrias participaçÔes financeiras, tendo ficado, adicionalmente, evidente a necessidade da reestruturação financeira da empresa para conseguir cumprir com os compromissos de dĂ­vida anteriormente assumidos;

Adicionalmente, verificou-se a desvalorização do Kwanza face às principais moedas internacionais (cerca de 23% face ao dólar americano), o que encareceu em moeda nacional o custo da importação de equipamento, matérias-primas e serviços.

3.2 CONTEXTO NACIONAL

A continuação do contexto desafiante a nĂ­vel internacional teve um impacto natural no contexto nacional. Este impacto advĂ©m da conhecida forte dependĂȘncia da economia nacional da venda de hidrocarbonetos tanto para a geração de riqueza, como para a geração de divisas para o paĂ­s e de receitas para o Estado.

Assim, a descida do preço de petróleo teve um impacto na desaceleração do crescimento do PIB e, em conjunto com a desvalorização do Kwanza, contribuíram para o aumento da inflação.

GRÁFICO 2EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO DO PIB 2010 – 2016 (%)

8

6

4

2

02010

% C

RE

SCIM

EN

TO P

IB

2011 2012 2013 2014 2015 2016

3,43,8

5,2

6,9

4,8

3,1

0,5

Fonte: EIU; FMI

O contexto nacional afectou naturalmente a procura interna por produtos e serviços comercializados pela Sonangol, em particular no segmento de negócio da distribuição de produtos refinados e em diversos negócios da cadeia não nuclear

‱ Ao nĂ­vel de Recursos Humanos foi identificado um sobredimensionamento da estrutura, existindo cerca de 22 mil pessoas ligadas ao Grupo Sonangol, com cerca de 8.000 colaboradores activos e mais de 1.100 colaboradores nĂŁo activos, que representam um custo anual superior a 40 milhĂ”es de dĂłlares;

‱ Na componente organizativa foi concluĂ­do que o modelo actual necessita de ser alinhado com as melhores prĂĄticas nacionais e internacionais. Em particular, existe um nĂșmero elevado de camadas hierĂĄrquicas o que dificulta a tomada de decisĂŁo e reduz a rapidez de resposta aos desafios do mercado;

‱ No que diz respeito aos processos, foi identificado um desalinhamento com boas práticas, o não cumprimento dos procedimentos e normas internas e a falta de mecanismos de controlo. O resultado são processos ineficientes, muitas vezes executados manualmente;

‱ Os sistemas informĂĄticos foram tambĂ©m alvo de diagnĂłstico, tendo sido demonstrada a falta de fiabilidade da informação e profundas debilidades ao nĂ­vel do sistema de contabilidade (SAP), com elevado risco para o negĂłcio e tomada de decisĂŁo.

Da anålise levada a cabo ficou claro que os desafios que se colocam à empresa resultam não só da queda do preço do petróleo, mas, fundamentalmente, de políticas de gestão e financeiras pouco alinhadas com as melhores pråticas internacionais e que carecem de revisão profunda de forma a assegurar a sustentabilidade futura da empresa.

3.4 ESTRATÉGIA DA SONANGOL

O novo Conselho de Administração da Sonangol E.P. abraçou este contexto desafiante com entusiasmo e com o compromisso de melhorar a eficiĂȘncia, aumentar a rentabilidade, a transparĂȘncia da gestĂŁo e preparar a empresa para o novo modelo do sector petrolĂ­fero Angolano.

3.4.1 INICIATIVAS DE RESPOSTA À SITUAÇÃO DE URGÊNCIA

Nos primeiros meses do mandato, o Conselho de Administração lançou um conjunto de iniciativas em resposta Ă  situação de urgĂȘncia de onde se destacam medidas para tornar a Sonangol uma empresa mais eficiente e eficaz, diminuindo custos, racionalizando recursos e optimizando processos, atravĂ©s de:

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201620 21

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‱ Medidas de contenção de custos e de aumento de eficiĂȘncia para fazer crescer a rentabilidade no negĂłcio de PetrĂłleo e GĂĄs, como sejam:

‱ Cancelamento de contratos não prioritários;

‱ Início da distribuição de produtos derivados do petróleo por transporte ferroviário, entre Lobito e Luena.

‱ Medidas de contenção de custos e de aumento de eficiĂȘncia nas ĂĄreas centrais da Sonangol E.P. e nos serviços de apoio:

‱ Negociação ou cancelamento de contratos;

‱ Racionalização de diversos gastos e consumos supĂ©rfluos.

‱ Reavaliação de investimentos com foco na sustentabilidade e na criação de valor para a economia Angolana:

‱ Reavaliação dos investimentos na refinaria do Lobito e no terminal oceñnico do Dande para assegurar a sua viabilidade a longo prazo;

‱ Continuação do forte esforço de investimento na Exploração, Desenvolvimento e Produção da Sonangol P&P e parceiros operadores em Angola.

‱ RevisĂŁo de processos crĂ­ticos da Sonangol, como a definição do plano de negĂłcios e o processo de orçamentação, bem como do processo de compras e contratação de serviços, revisto observando a nova lei da contratação pĂșblica e as melhores prĂĄticas;

‱ Reforço das competĂȘncias, com a identificação de ĂĄreas da empresa para reforço de competĂȘncias e arranque de esforço de recrutamento, interno e externo, para colmatar as lacunas identificadas.

Complementarmente, o Conselho de Administração estabeleceu uma nova pråtica de gestão que valoriza a comunicação aberta, envolve a organização na tomada de decisão e fomenta a participação dos colaboradores na transformação da Sonangol. Destacam-se:

‱ A criação de 10 comitĂ©s de gestĂŁo por ĂĄrea de acção, envolvendo Administradores e Directores para conjuntamente definir, avaliar e acompanhar a implementação de iniciativas que contribuam para o aumento da rentabilidade, da produção e da segurança da empresa;

‱ A realização de mais de 40 encontros entre Administração e Colaboradores, nĂŁo sĂł para esclarecer dĂșvidas quanto Ă s acçÔes em curso e apresentar o novo modelo do sector petrolĂ­fero, mas tambĂ©m para ouvir sugestĂ”es da força de trabalho.

Finalmente, e para reforçar a confiança e o clima de cooperação com os seus parceiros, a Sonangol estabeleceu uma prĂĄtica de transparĂȘncia e diĂĄlogo atravĂ©s de encontros frequentes e abertos. Estes encontros visaram explicar as principais mudanças no sector e apresentar as iniciativas em curso para melhoria da eficiĂȘncia da empresa reflectindo-se em:

‱ Encontros com investidores, para reforçar a forte base de confiança que assegura as fontes de financiamento para os investimentos prioritários que se pretendem realizar nos próximos anos;

‱ Encontros com operadores e prestadores de serviço do sector, para melhorar o clima e mĂ©todos de trabalho;

‱ Comunicação frequente dos resultados económico-financeiros e a coordenação institucional com o MINFIN, o MINPET e o BNA.

3.4.2 LANÇAMENTO DA NOVA ESTRATÉGIA DA SONANGOL

Em paralelo, e de forma mais estrutural, o Conselho de Administração definiu uma nova estratégia de médio prazo sustentada em cinco pilares fundamentais, que consubstanciam o Programa de Transformação da Sonangol e que absorveram e potenciaram as iniciativas entretanto lançadas.

Ao nĂ­vel da redução de custos, estĂĄ em curso um ambicioso programa – o ProgramaSonalight – centrado na redução de despesa com Fornecimentos e Serviços Externos via negociação de contratos (ex. P&P), centralização de volumes (ex. Manutenção de EdifĂ­cios), e racionalização de gastos (ex. Seguros); e na redução de custos com recursos humanos, via dimensionamento correcto das operaçÔes (ex. Shipping) e revisĂŁo da polĂ­tica de compensaçÔes (ex. redução de subsĂ­dios). O programa Sonalight jĂĄ identificou 1,2 biliĂ”es de dĂłlares e permitiu a implementação de mais de 315 milhĂ”es de dĂłlares de poupanças anuais parte das quais em 2016.

No que respeita ao aumento de receitas foi lançado o Programa Sonaplus que tem vindo a identificar e implementar oportunidades de aumentos dos volumes vendidos (ex. Betumes), de optimização dos mixs produzidos (ex. Refinação), de revisão dos preços (ex. Lubrificantes), de revisão das políticas comerciais (ex. OperaçÔes de Cabotagem) e de reforço das acçÔes de garantia de receita (ex. Clínica Girassol).

A renovação da Sonangol tem passado também pela OptimizaçãoOrganizativa e pelo RedesenhodeProcessos, estando em curso a simplificação organizativa (ex. Sonaci, P&P, Sonaref e todas as funçÔes da concessionåria), a descentralização de decisÔes (ex. Implementação de Comités de Gestão), a contratação de perfis em åreas chave (ex. com o programa de Gestão de Talentos), o redesenho de processos críticos (ex. Formalização de Contratos e Execução de Pagamentos) e o aumento de controlo em processos chave (ex. reforço da utilização do sistema SAP para controlo do processo de compras e criação de um novo sistema de informação de gestão).

Por Ășltimo, o Programa de Transformação pretende incutir no Grupo uma Cultura de Rigor, Rentabilidade, TransparĂȘncia, ExcelĂȘncia e Compromisso, estando a ser implementadas nas vĂĄrias direcçÔes corporativas e subsidiĂĄrias iniciativas de gestĂŁo da mudança, comunicação e capacitação.

2016 foi o ano de arranque. 2017 serå seguramente o ano de crescimento e consolidação dos impactos nas 5 grandes iniciativas do Programa de Transformação do Grupo Sonangol.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201622 23

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SÍNTESE DOS RESULTADOS

04

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2016 2524

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04SÍNTESE DOS RESULTADOS

4.1 SUMÁRIO EXECUTIVO

A queda, acentuada e prolongada, do preço do PetrĂłleo Bruto no mercado internacional, condicionou o desempenho financeiro da Sonangol muito embora, o lançamento da implementação de um programa rigoroso de transformação, focado na TransparĂȘncia, Rigor, ExcelĂȘncia e Rentabilidade e Compromisso, tenha permitido começar a fase de libertação do

potencial da Sonangol.

O EBITDA consolidado atingiu os 525.266 milhĂ”es de Kwanzas, registando um aumento de 139.601 milhĂ”es de Kwanzas face ao exercĂ­cio anterior, motivado pelo crescimento verificado nas prestaçÔes de serviços e pela redução no custo com existĂȘncias.

O Resultado Líquido consolidado foi de 13.282 milhÔes de Kwanzas, registando uma diminuição de 72% face ao exercício de 2015, como resultado de uma diminuição nos resultados financeiros e nos resultados de filiais e associadas.

O Programa de Investimentos da Sonangol E.P., para o exercício de 2016, apresentou um valor de USD 3 biliÔes, com 97% do total investido em Exploração e Produção, o que correspondeu a um decréscimo de 35% face ao ano anterior. Esta redução deve-se à necessidade de reavaliar decisÔes de investimento à luz do novo contexto macroeconómico e dos cenårios de evolução do preço do crude.

A Sonangol atingiu uma Situação Líquida de 3.136 biliÔes de Kwanzas, com uma variação positiva de 607 biliÔes de Kwanzas face ao ano anterior. Esta melhoria foi influenciada pelo aporte de fundos por parte do accionista, pela revisão das politicas contabilísticas à luz da melhor compreensão do enquadramento técnico e legal dos activos da concessionåria, pelo aumento do perímetro de consolidação e pelo registo de outros activos que se encontravam omissos nas contas. Contrariamente a estes efeitos, e decorrente do esforço do Conselho de Administração para proceder a um reporte mais transparente e alinhado com as melhores

pråticas contabilísticas, concorreram os ajustes no valor de cerca de 830 biliÔes de Kwanzas referentes a imparidades e outras correcçÔes de exercícios passados no valor de cerca de 298 biliÔes de Kwanzas.

As imparidades a destacar correspondem a activos mineiros e participaçÔes financeiras no valor de cerca de 551 biliÔes de Kwanzas relativas a correcçÔes de erros de exercícios anteriores.

4.2 DESEMPENHO OPERACIONAL – EBITDA

GRÁFICO 4 EBITDA POR SEGMENTO

600.000

500.000

400.000

300.000

200.000

100.000

0

-100.000

CO

RP

OR

ATE

AN

D F

INA

NC

ING

UP

STR

EA

M

MID

STR

EA

M

DO

WN

TRE

AM

NO

N-C

OR

E

AJU

STA

MEM

TOS

DE

CO

NSO

LID

AÇ

ÃO

TOTA

L

-8,255

262,854

234,723 1,72320,384 525,266

14,185

O EBITDA consolidado atingiu os 525.266 milhÔes de Kwanzas, um crescimento de 36%, motivado em grande parte pelo desempenho da actividade de Upstream e Downstream. Estes dois segmentos representam, respectivamente, 50% e 45% do total do EBITDA de 2016.

O EBITDA registado no segmento de Corporate and Financing, no ano de 2016, foi negativo em cerca de 8.255 milhÔes de Kwanzas devido ao facto deste segmento do grupo agregar algumas das actividades de suporte à actividade dos restantes segmentos.

O segmento de Upstream (ExploraçãoeProdução)representa cerca de 50% do EBITDA registado no exercício e teve uma variação positiva de 23% face a 2015. O total da produção teve uma variação homóloga positiva de 3% resultando numa produção média diåria de 234 mil Bbls. Relativamente à produção de gås, a Sonangol registou um aumento de 24% na produção LPG, que passou de 223 mil toneladas métricas para 277 mil toneladas métricas.

Em 2016, o EBITDA imputado ao segmento de Midstream (RefinaçãoeTransporte) representou 3% do total do EBITDA da Sonangol. A melhoria da estabilidade da refinaria de Luanda motivou um aumento de 2% nas quantidades de Petróleo Bruto fornecido, sendo que a utilização da capacidade instalada se situou nos 83%, tendo observado um incremento de 1,5% face ao ano anterior. Com a disponibilidade de petróleo bruto, foi possível processar 19.649.171 barris, representando uma variação positiva de 2% face a 2015. A produção de produtos refinados atingiu as 2.561.663 toneladas métricas, representando uma variação positiva de 3% face ao ano anterior. No que respeita ao transporte de petróleo bruto assistimos a um aumento de 6% nas quantidades transportadas, no entanto, o transporte de produtos derivados decresceu 32%, motivado pelo contexto macroeconómico e pelo arrefecimento da economia.

O EBITDA registado no segmento Downstream (LogĂ­sticaeDistribuição) atingiu os 234 mil milhĂ”es de Kwanzas, representando 45% do total do exercĂ­cio e registando um aumento de 29% face ao exercĂ­cio anterior, devido essencialmente Ă  redução no custo das matĂ©rias vendidas. As actividades de aprovisionamento e armazenagem registaram um decrĂ©scimo de 18% e 8%, respectivamente, devido Ă  retracção no consumo de derivados. A comercialização de produtos refinados registou igualmente um decrĂ©scimo de 12%, explicado pela contracção da procura, decorrente da conjuntura econĂłmica nacional e do aumento dos preços dos produtos refinados, como consequĂȘncia da eliminação das subvençÔes ao preço dos principais produtos refinados.

O EBITDA imputado aos NegĂłciosnĂŁo-nucleares foi, em 2016, de 1.376 milhĂ”es de Kwanzas representando uma redução de 64% face a 2015. O indicador foi fortemente afectado pela redução do nĂșmero de horas voadas pela Sonair e pela redução da actividade da ClĂ­nica Girassol. No entanto o lançamento da implementação de um programa rigoroso de controlo de custos e aumento de eficiĂȘncia, bem como de iniciativas de aumento de receitas, dentro dos programas Sonalight e Sonaplus, permitiu atenuar o efeito destas reduçÔes.

4.3 DESEMPENHO OPERACIONAL – RESULTADO LÍQUIDO

GRÁFICO 5RESULTADO LÍQUIDO 2016 POR SEGMENTO

CO

RP

OR

ATE

AN

D F

INA

NC

ING

UP

STR

EA

M

MID

STR

EA

M

DO

WN

TRE

AM

NO

N-C

OR

E

AJU

STA

MEM

TOS

DE

CO

NSO

LID

AÇ

ÃO

TOTA

L

13.282

68.772

13.061134.219

-100.000

0

100.000

200.000

47.760

- 138.649

- 111.881

MilhÔes de kwanzas

O Resultado Líquido consolidado foi de 13.282 milhÔes de Kwanzas, registando uma diminuição de 72% face ao exercício de 2015. Para este resultado contribuíram de forma significativa a actividade de Downstream e o resultado do segmento Corporate and Financing que incorpora cerca de 142 milhÔes de Kwanzas de resultados financeiros, resultados de filiais e associadas e resultados não operacionais.

Apesar do esforço efectuado, na execução do programa Sonalight, o segmento non-core ainda apresentou resultados negativos de cerca de 138.649 milhÔes de Kwanzas.

4.4 INVESTIMENTOS

Dada a implementação das medidas de reavaliação de investimentos, com foco na sustentabilidade e na criação de valor, para tornar a empresa mais eficiente e eficaz, os investimentos realizados atingiram um montante de USD 2.922M correspondente a um decréscimo de 35% face ao ano de 2015, e representando um cumprimento de 57% da meta prevista para o período.

Foi dada prioridade aos investimentos produtivos, preferencialmente aqueles com impacto directo na melhoria e crescimento da produção. Assim, o segmento de Exploração e Produção foi o que mais contribuiu para execução do programa de Investimentos, com cerca de 95,5% do valor realizado, ou seja, com USD 2.792M, concentrados

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201626 27

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nas concessÔes petrolíferas do Bloco 0 (Mafumeira Sul), onde a Sonangol E.P. detém uma participação de 41%; nos Blocos 15/06, onde a Sonangol P&P detém uma participação de 36,84%; no Bloco 31 e no projecto Kaombo (Bloco 32), onde a Sonangol P&P detém 45% e 30%, respectivamente.

Outros investimentos de menor dimensão foram realizados na refinação e na logística e distribuição, para fazer face a desafios operacionais e de crescimento do negócio.

TABELA 1 PROGRAMA DE INVESTIMENTOS DA SONANGOL E.P DE 2016

U.M.: MIL USD

DesignaçãoExecução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre Execução VariaçãoHomĂłloga

CorporativoeFinanceiro - 139 - - 139 -99%

Sonangol E.P. - 139 - - 139 -99%

ExploraçãoeProdução 877.125 665.816 663.226 585.830 2.791.996 -31%

Sonangol E.P. - BLOCO 0 154.568 94.313 123.107 44.543 416.531 -60%

Sonangol Pesquisa e Produção 718.059 548.309 516.361 557.894 2.340.623 -19%

Sonangol Hidrocarbonetos Internacionais - - - - - -100%

SonagĂĄs 558 19.099 20.076 -18.178 21.555 -64%

ESSA (Perfuração) 3.939 4.095 3.682 1.571 13.287 -23%

RefinaçãoeTransporte 40.168 5.766 53.176 23.025 122.135 40%

Sonangol Shipping 86 259 259 - 604 n.a

Sonangol Refinação 40.082 5.507 52.917 23.025 121.531 40%

Sonarel - 722 52.917 23.025 76.664 389%

Sonaref 40.082 4.785 - - 44.867 -37%

Logística&Distribuição 1.588 1.984 - 1.433 5.005 -97%

Sonangol LogĂ­stica - - - - - -100%

Sonangol Distribuidora 1.588 1.984 - 1.433 5.005 -69%

Projecto Bases LogĂ­sticas - - - - - -

NegĂłciosNĂŁoNucleares 3.237 190 - - 3.427 -98%

Sonair 85 - - - 85 n.a

Sonangol MSTelcom 530 - - - 530 -91%

Sonangol Holdings - - - - - n.a

Sonangol Investimentos Industriais (SIIND) - - - - - n.a

Sonangol ImobiliĂĄria e Propriedades (SONIP) 2.622 190 - - 2.812 -92%

ClĂ­nica Girassol - - - - - n.a

Academia Sonangol - - - - - n.a

FUTURAS INSTALAÇÕES DA ACADEMIA - - - - - n.a

CFMA - - - - - n.a

ISPTEC - - - - - n.a

TOTAL 922.118 673.895 716.401 610.287 2.922.702 -35%

GRÁFICO 6 EXECUÇÃO DOS INVESTIMENTOS POR SEGMENTO

0,000% 20,000% 40,000% 60,000% 80,000% 100,000% 120,000%

Corporativoe Financeiro

NegĂłciosNĂŁo Nucleares

Logísticae Distribuição

Refinação e Transporte

Exporação e Produção

0,005%

0,12%

0,17%

4,18%

95,53%

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201628 29

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DESEMPENHO POR SEGMENTO

DE NEGÓCIO

05

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201630 3131

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05DESEMPENHO PORSEGMENTO DE NEGÓCIO

5.1 CONCESSIONÁRIA

O abrandamento a nível mundial da actividade exploratória no sector petrolífero reflectiu-se na actividade da Concessionåria durante o ano de 2016. Assim, num contexto de redução da procura, não foram realizadas quaisquer licitaçÔes de blocos petrolíferos, a actividade sísmica decresceu significativamente face ao período homólogo (actividade sísmica 2D e 4D inexistente e 3D diminuída em 80%) e apenas 3 poços de pesquisa foram perfurados (7 poços perfurados no período homólogo).

No geral, em 2016 descobriram-se menos 669 milhÔes de BOE face ao período homólogo, justificado por um decréscimo significativo das descobertas de gås que não foi compensado pelo acréscimo de 300 milhÔes de barris de petróleo bruto.

Apesar da produção esperada ser relativamente estĂĄvel (em mĂ©dia 622 Mbbl/ano produzidos anualmente atĂ© 2019, excluindo o impacto da ANLG), numa perspectiva de mĂ©dio prazo serĂĄ necessĂĄrio investir em nova produção. Neste sentido, a ConcessionĂĄria tem vindo a desenvolver projetos chave – Mafumeira Sul (Bloco 0), Polo Este (Bloco 15/06), DĂĄlia Fase 1 (Bloco 17) e Kaombo (Bloco 32) - com perspectivas de inĂ­cio de produção entre 2016 e 2018 e que preveem uma produção estimada que ultrapassa os 1000 Mbbl.

A entrada antecipada em produção de dois destes projetos em 2016, Bloco 0 e Bloco 15/06, permitiu atenuar a redução registada na produção essencialmente mantendo a produção de 2016 ao nível de 2015. Assim, em 2016, o volume de produção de petróleo bruto decresceu 3% face a 2015, sendo que a título de Direitos da Concessionåria registou-se um decréscimo de 11%. No que respeita à produção de Gås Natural Associado a produção decresceu 5% face a 2015.

Por sua vez a produção de LPG registou um aumento substancial, 45% em relação ao ano anterior, justificada pelo reinício da fåbrica da ALNG. Ainda no

Ăąmbito da ALNG, a ConcessionĂĄria tem um projeto que tem como objetivo reforçar o fornecimento de gĂĄs Ă  fĂĄbrica, garantindo a compensação do dĂ©fice que se prevĂȘ registar a partir de 2021. Em 2016, a ConcessionĂĄria, em conjunto com a SonagĂĄs e ENI, realizou vĂĄrios trabalhos com o objetivo de preparar os termos de fornecimento de GĂĄs. Por Ășltimo, a reativação da ALNG reflectiu-se tambĂ©m no aumento da produção de LNG e Condensados.

O cenĂĄrio internacional de redução do preço do barril de petrĂłleo veio reforçar a necessidade de aumentar a eficiĂȘncia pelo que a Sonangol tem trabalhado activamente, em conjunto com os Operadores, no sentido de reduzir os custos de operação. Esse esforço jĂĄ foi reflectido em 2016, com uma redução dos custos de operação equivalente a 6% face a 2015, e uma redução do custo mĂ©dio de produção por barril de 18%.

Enquanto Concessionåria Nacional, as exportaçÔes de Petróleo Bruto corresponderam a 89% dos direitos arrecadados, uma redução de 15% face ao registado no ano anterior, contribuindo negativamente para o total de exportaçÔes registadas pelo grupo (redução de 9% face a 2015), incluindo Sonangol E.P. e Sonangol Pesquisa e Produção.

No exercício de 2016, a Sonangol conseguiu recuperar USD 12B do total de USD 43B de custos recuperåveis nas concessÔes em produção. Do total de custos recuperados, mais de 50% resultam do Bloco 31 e Bloco 17, respetivamente representando 31% e 22%.

Por fim, de realçar que em 2016 a Sonangol deu um passo importante através da criação de contas escrow com robustez, que garantem o conforto do Estado Angolano e dos seus parceiros, e a preservação de fundos necessårios para o adequado abandono dos campos petrolíferos. No fim do ano foram criadas contas para os Blocos 15 e 17, com respectivos fundos depositados.

5.1.1 EXPLORAÇÃO

5.1.1.1 LICITAÇÕES No exercĂ­cio de 2016, nĂŁo foram realizadas licitaçÔes de blocos petrolĂ­feros. Contudo, no quadro do Programa de LicitaçÔes transitado de 2015, foram realizadas as seguintes actividades:

‱ Elaboração do Mapa das quotas de entradas das empresas nacionais, bem como a revisão aos Contratos de Partilha de Produção e a inserção da concessão KON 9, de modo a possibilitar o início do processo de negociação dos contratos;

‱ RevisĂŁo das propostas dos Contratos de Partilha de Produção com base nos termos de referĂȘncia e resultados do concurso;

‱ Realização de reuniĂ”es entre a ComissĂŁo de NegociaçÔes integrada pela ConcessionĂĄria Nacional, MINPET e MINFIN) e os Operadores dos Blocos CON 1, CON 5, CON 6, KON 5, KON 9, KON 17, referentes Ă s LicitaçÔes 2014/2015, com o objectivo principal de rubricar os Contratos de Partilha de Produção dos blocos, bem como informar os Operadores sobre a autorização do pagamento em Kwanzas, do valor equivalente a um milhĂŁo de DĂłlares Norte Americanos, pelas empresas angolanas, na data efectiva do Contrato, a tĂ­tulo de quota de entrada.

5.1.1.2 AQUISIÇÃO SÍSMICA

TABELA 2

ACTIVIDADE DE EXPLORAÇÃO [AQUISIÇÃO SÍSMICA]

AquisiçãoSísmica

SĂ­smica2DKm

SĂ­smica3DKm

SĂ­smica4DKm

2016 2016 2016 2016 2016 2016

FS/FST (Soyo) 557,17 - - - - -

Bloco 15/06 (3D-15/06NW-PGS) - - - 992,42 - -

Blocos 11, 27,28 e 29 (3DMC-BNPGS) - - 5.126,64 - - -

Bloco 32 (3DHR 32CGG15) - - 171,65 - - -

FS/FST (CGG2016) - - - 59,65 - -

Bloco 17 (4DHR-17WGC14GJDR) - - - - 480,88 -

Totais 557,17 ‑ 5.298,29 1.052,07 480,88 ‑

33RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201632

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Durante o ano, foram adquiridos em Angola 1.052,07 km2 de sĂ­smica 3D resultantes do programa de aquisição sĂ­smica no Bloco 15/06, localizado na bacia do Congo Offshore e da conclusĂŁo dos trabalhos de aquisição de dados sĂ­smicos na ĂĄrea “Cabeça de Cobra”, na associação FST. No perĂ­odo em referĂȘncia nĂŁo houve produção de sĂ­smica 2D e 4D.

Encontram-se em curso trabalhos de processamento de dados sĂ­smicos 3D dos blocos 15/06 e 32, os

dados sĂ­smicos 2D multicliente dos Blocos 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 46, 47 e 48, os trabalhos de reprocessamento 3D do Bloco 0 e do programa multicliente dos Blocos 46, 47 e 48 (Phase VII & VIII).

Comparativamente ao ano de 2015, registou-se um decrĂ©scimo considerĂĄvel na actividade sĂ­smica, nĂŁo houve aquisição sĂ­smica 2D e 4D e a sĂ­smica 3D reduziu em 80%, na sequĂȘncia do abrandamento da actividade exploratĂłria no sector petrolĂ­fero mundial, num contexto de excesso de oferta de petrĂłleo bruto.

5.1.1.3 PROCESSAMENTO SÍSMICO

TABELA 3PROCESSAMENTO SÍSMICO CONCLUÍDO

SĂ­smica Bloco Programa InĂ­cio ConclusĂŁo ExtensĂŁo

2D 46, 47, 48, 49 & 50 2D-MCWG99 LowerCongo 4Âș Trimestre/2014 2Âș Trimestre/2016 12.642 Km

Total2D 12.642Km

3D

0 3D-0-Área A Malongo High All Inversion 2Âș Trimestre/2015 1Âș Trimestre/2016 350 Km

203D-20GreaterOrca/Lontra 3Âș Trimestre/2015 2Âș Trimestre/2016 2.000 Km

3D-20Zalophus Addition 2Âș Trimestre/2015 2Âș Trimestre/2016 1.440 Km

21 3D-21Cameia Feasibility Study 3Âș Trimestre/2015 1Âș Trimestre/2016 500 Km

27, 28 & 29 3D-27,28,29BNAMCPGS14 4Âș Trimestre/2014 2Âș Trimestre/2016 11.150 Km

32

3D-32LO2007 C12SW PSTM 1Âș Trimestre/2015 4Âș Trimestre/2016 520 Km

3D-32PSDM13SW ÁreaC22 2Âș Trimestre/2015 3Âș Trimestre/2016 600 Km

3D-32CNEBi-Wats FT 4Âș Trimestre/2013 2Âș Trimestre/2016 1.484 Km

3D-32Gengibre ElasticInversion 2Âș Trimestre/2016 3Âș Trimestre/2016 45 Km

3D-32Gengibre HD HR Broadband 2Âș Trimestre/2015 3Âș Trimestre/2016 164 Km

3D-32HDGIC2006 PSTM 4Âș Trimestre/2015 2Âș Trimestre/2016 520 Km

Total 3D 18.773 Km

Foram ainda concluĂ­dos doze (12) programas de processamento sĂ­smico, totalizando 12.642 Km de sĂ­smica 2D e 18.773 Km2 de sĂ­smica 3D.

No final de 2016, estava em curso o processamento sĂ­smico de catorze (14) programas, conforme a tabela seguinte:

TABELA 4PROCESSAMENTO SÍSMICO EM CURSO

SĂ­smica Bloco Programa InĂ­cio ConclusĂŁo ExtensĂŁo

2D 37, 38, 39, 40, 41, 42,43, 44, 46, 47 & 48

2D-MCWGAngolaUDA PSDM 4Âș Trimestre/2016 24% 3.250 Km

Total2D 3.250Km

3D

0

3D-0 Area A S.Limba al inversion & AVO 2Âș Trimestre/2016 98% 398 Km

3D-0 Area A Mafumeira Sul Extension/PMDC 2Âș Trimestre/2016 99% 469 Km

3D-0-Área A Mafumeira Sul Reproc.107-C 2Âș Trimestre/2015 99% 125 Km

3D-0 Area A Erva/Bucomazi Study 4Âș Trimestre/2016 98% 350 Km

3D-0-Área A Mafumeira sul Reproc.MCP 2Âș Trimestre/2015 99% 344 Km

15/063D-15/06-PSDM-NW-PGS-2016 2Âș Trimestre/2016 98% 1.000 Km

3D-15/06-PSDM-NW-PGS-2016 2Âș Trimestre/2016 67% 1.000 Km

32

3D-32Bi-WATS -CNE PSDM 3Âș Trimestre/2014 99% 1.484 Km

3D-32LO2007 C12SW PSDM 3Âș Trimestre/2015 99% 520 Km

3D-32B22N&B10N 4Âș Trimestre/2013 99% 1.100 Km

3D-32HDGIC2006 PSDM 2Âș Trimestre/2016 99% 520 Km

3D-32 Colorau South dedicated imaging 4Âș Trimestre/2016 54% 520 Km

46, 47 & 48 3D-MCWG99 Phase VII/VIII 2Âș Trimestre/2015 94% 8.000 Km

Total 3D 15.830 Km

5.1.1.4 SONDAGEM‑ACTIVIDADE DE EXPLORAÇÃO E AVALIAÇÃO

TABELA 5POÇOS DE PESQUISA

Blocos/Associação Poço ObjectivoPoçosdePesquisa

2015 2016Bloco 5/06 KINDELE-1 Mucanzo 1 -

Bloco 15/06 BAVUGU-1 Miocénio 1 -

Bloco 19/11 PANDORA-1 Pré-Sal 1 -

Bloco 20/11 ZALOPHUS-1 Pré-Sal - 1

Bloco 20/11 GOLFINHO-1 Pré-Sal - 1

Bloco 22/11 CATCHIMANHA-1 Pré-Sal 1 -

Bloco 35/11 OHANGA-1 Carbonatos - 1

Bloco 37/11 VALI-1 Pré-Sal 1 -

TOTAL 5 3

Em 2016, foram concluĂ­dos trĂȘs (3) poços de pesquisa nas concessĂ”es petrolĂ­feras angolanas, nomeadamente: Os poços ZOLUPHOS-1 e GOLFINHO-1, no Bloco 20/11 e o poço OHANGA-1, no Bloco 35/11, tendo o primeiro resultado em descoberta de gĂĄs com muita baixa porosidade, o segundo em descoberta de condensados e gĂĄs e o terceiro em descoberta de condensados e ĂĄgua.

35RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201634

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TABELA 6 POÇOS DE AVALIAÇÃO

Blocos/Associação Poço Objectivo

PoçosdePesquisa

2015 2016

Bloco 21/09 CAMEIA-4ST1 Pré-Sal-Sag 1 -

Bloco 31 LEDA-3 MiocĂȘnio-Inferior 1 -

TOTAL 2 ‑

Relativamente à actividade de avaliação, no ano 2016 não foi concluída a perfuração de qualquer poço.

No período em anålise foram concluídos cinquenta e dois (52) poços de desenvolvimento produtores e vinte (20) poços de desenvolvimento injectores.

As operaçÔes de sondagem de desenvolvimento estiveram concentradas na årea A do Bloco 0, onde foram concluídos vinte (20) poços produtores de óleo e seis (6) poços injectores de ågua, no Bloco 15, onde foram concluídos nove (9) poços produtores de óleo e sete (7) poços injectores de ågua e no Bloco 15/06, onde foram concluídos seis (6) poços produtores de óleo e quatro (4) poços injectores de ågua.

TABELA7POÇOS DE DESENVOLVIMENTO

Blocos/Associação

PoçosDesenvolv.//Produtor

Desenvolv.//Injector

2015 2016 2015 2016

Bloco 0 Área A 4 20 1 6

Bloco 3/05 2 - - -

Bloco 14 7 1 3 1

Bloco 15 3 9 4 7

Bloco 15/06 1 6 5 4

Bloco 17 5 8 - -

Bloco 18 2 - 3 -

Bloco 31 3 4 4 2

Bloco 32 1 4 5 -

TOTAL 28 52 25 20

5.1.1.5 RECURSOS DESCOBERTOS

A actividade de sondagem de exploração, ao longo do perĂ­odo em anĂĄlise, resultou em descobertas de 831 milhĂ”es de recursos de Ăłleo e 3.067 biliĂ”es de pĂ©s cĂșbicos de gĂĄs, perfazendo um total de 1.507 milhĂ”es de barris de Ăłleo equivalente, em recursos descobertos.

TABELA 8 RECURSOS DE HIDROCARBONETOS DESCOBERTOS

Bloco/CampoÓleo

(MMBO)GĂĄs

(BSCF)Total

(MMBOE)

Bloco 20/11 (Zalophus-1) 313 2.085 813

Bloco 20/11 (Golfinho-1) 518 982 694

TOTAL 831 3.067 1.507

Em relação ao ano 2015, registou-se um acrĂ©scimo de 300 milhĂ”es de barris de petrĂłleo bruto descoberto e um decrĂ©scimo de 6.425 mil milhĂ”es de pĂ©s cĂșbicos de gĂĄs, perfazendo, menos 669 milhĂ”es de barris de Ăłleo equivalente, em recursos descobertos.

5.1.1.6 PROJECTOS DE DESENVOLVIMENTO

Para dar suporte às metas de produção de petróleo bruto, foram desenvolvidos os projectos listados abaixo, para os quais é apresentado o ponto de situação à data de 31 de Dezembro de 2016.

TABELA 9 PONTO DE SITUAÇÃO DOS PROJECTOS PETROLÍFEROS

Ordem Projectos BlocosInĂ­ciode

ProduçãoProgressoActual(%)

PontodeSituaçãoAtéDezembrode2016

1 Mafumeira Sul Bloco 0 2017 98,22%Decorreu a campanha de conexão e o comissionamento offshore das plataformas CPC, e das WHPs Centro e Sul. Prosseguiu a elaboração da documentação final

2 Polo Oeste Bloco 15/06 2017 99,70%Prosseguiu a campanha de perfuração e instalação dos sistemas submarinos

3 Dålia Fase 1A Bloco 17 2017 100,00%Decorreu a perfuração e equipamneto dos poços e conexÔes submarinas

4 Kaombo Bloco 32 2018 73,30%Prosseguiu a construção dos FPSOs Norte e Sul, a fabricação e instalação dos equipamentos submarinos e a campanha de perfuração dos poços.

De realçar, a entrada antecipada em produção dos campos Mafumeira no Bloco 0, Mpungi e Mpungi Norte no Bloco 15/06, e a execução dos projectos que visam incrementar as taxas de recuperação no Bloco 17, optimizando a utilização das instalaçÔes existentes.

Com este propĂłsito, realizou-se o arranque da primeira bomba do loop P70 no projecto Rosa MPP, durante o mĂȘs de Setembro, restando ainda concluir a integração do loop P80.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201636 37

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Hå a realçar igualmente as cerimónias de corte do primeiro aço nos estaleiros da Heerema (Porto Amboim) e da Petromar (Ambriz), que marcaram o início da construção dos módulos do projecto Kaombo, no Bloco 32, a serem executados em Angola.

5.1.2 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO & GÁS

5.1.2.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO

TABELA 10 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO DE ANGOLA

U.M.:Bbls

AssociaçÔes&Blocos

Execução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre TotalVariação

HomĂłloga

Offshore 162.022.098 158.568.900 158.919.601 147.317.663 626.828.262 -3%

Bloco 0 22.201.472 21.097.778 21.236.278 21.335.346 85.870.874 -7%

Área A 14.131.678 13.333.835 13.630.925 14.073.750 55.170.188 -6%

Área B 8.069.794 7.763.943 7.605.353 7.261.596 30.700.686 -8%

Bloco 2/05 81.023 86.076 83.903 80.583 331.585 n.a

Bloco 3/05 3.597.755 3.485.047 3.332.094 3.176.483 13.591.379 -14%

Bloco 3/05A 260.778 247.324 239.860 239.416 987.378 15%

Bloco 4/05 742.089 612.518 727.852 691.900 2.774.359 -19%

Bloco 14 9.340.803 8.629.088 8.953.007 8.302.589 35.225.487 -10%

Bloco 14K 1.284.102 1.191.479 1.081.727 1.023.038 4.580.346 n.a

Bloco 15 28.687.156 29.335.062 28.876.675 28.548.775 115.447.668 1%

Bloco 15/06 6.840.978 7.678.105 7.330.647 6.572.161 28.421.891 63%

Bloco 17 59.885.198 59.273.486 59.962.528 50.237.137 229.358.349 -10%

Bloco 18 13.747.528 13.276.183 11.548.459 12.188.611 50.760.781 -6%

Bloco 31 15.353.216 13.656.754 15.546.571 14.921.624 59.478.165 4%

Onshore 783.220 876.508 818.845 806.195 3.284.768 181%

Cabinda Sul 103.396 180.001 146.314 120.250 549.961 13%

Associação FS 26.923 24.971 22.604 20.746 95.244 59%

Associação FST 652.901 671.536 649.927 665.199 2.639.563 323%

TOTAL 162.805.318 159.445.408 159.738.446 148.123.858 630.113.030 -3%

MĂ©diaDiĂĄria 1.789.069 1.752.147 1.736.287 1.610.042 1.721.620 -3%

Durante o ano de 2016, foram produzidos em Angola 630.113.030 barris de petróleo bruto, equivalentes a uma média diåria de 1.721.620 barris. Comparativamente ao período homólogo, o volume de produção alcançado decresceu em 3%.

Este decréscimo é explicado fundamentalmente pela paragem da produção do FPSO Dålia, no Bloco 17, para manutenção geral programada, cuja duração foi de 35 dias, com perdas estimadas de 210.000 bbls/d, à qual se acresce o declínio natural dos campos e paragens não programadas de algumas instalaçÔes devido a problemas operacionais.

O aumento resultante da entrada em produção dos campos Mpungi e Mpungi Norte, no Bloco 15/06 e Mafumeira Sul, no Bloco 0, não foi de magnitude suficiente para compensar as perdas provocadas pelos factores acima referidos.

Por origem, apesar da queda da produção, o Bloco 17 foi o que mais contribuiu para a produção, seguido dos Blocos 15, 0, 31 e 18, representando de forma agregada 85,8% da produção de petróleo bruto em Angola.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201638 39

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GRÁFICO 7PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO DE ANGOLA POR BLOCO

BLOCO 17

BLOCO 15

BLOCO 0

BLOCO 31

BLOCO 18

BLOCO 14

BLOCO 15/06

BLOCO 3/05

BLOCO 3/05

ASSOCIAÇÃO FST

BLOCO 3/05 A

CABINDA SUL

BLOCO 2

ASSOCIAÇÃO FS

0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00%

13,6%

9,4%

8,1%

6,3%

4,5%

2,2%

0,4%

0,4%

0,2%

0,1%

0,1%

36,4%

18,3%

36,4%

A propriedade do petrĂłleo bruto produzido em Angola, apresenta-se na tabela seguinte:

TABELA 11DIREITOS DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO POR COMPANHIAS

U.M.:Bbls

Companhias

Execução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre TotalVariação

HomĂłloga

BP 28.602.194 27.984.899 27.617.663 26.062.392 110.267.147 -4%

Total 28.299.207 27.783.286 28.115.586 24.093.515 108.291.594 -9%

ESSO 23.451.902 23.588.722 23.543.176 21.466.937 92.050.737 -5%

Sonangol 22.484.337 21.346.077 22.162.084 21.446.933 87.439.430 4%

Statoil 19.841.798 19.559.313 19.910.877 17.514.928 76.826.916 -6%

ENI 13.021.397 13.175.206 12.992.682 12.496.836 51.686.121 8%

Chevron 11.996.698 11.314.705 11.435.389 11.254.400 46.001.191 -5%

SSI 10.977.292 10.707.482 10.035.641 10.062.342 41.782.757 5%

China Sonangol 964.633 933.093 892.988 853.975 3.644.689 -13%

Galp 956.241 883.851 903.126 839.306 3.582.525 2%

Somoil 757.894 728.045 725.851 707.015 2.918.805 16%

Ajoco 771.707 746.474 714.391 683.180 2.915.751 -13%

INA-NAFTA 154.341 149.295 142.878 136.636 583.150 -13%

NAFTAGAS 154.341 149.295 142.878 136.636 583.150 -13%

Acrep 149.270 125.607 146.960 139.804 561.640 -12%

Prodoil 102.889 87.324 101.469 96.560 388.243 -9%

Pluspetrol 56.868 99.001 80.473 66.138 302.479 13%

Force Petroleum 20.679 36.000 29.263 24.050 109.992 13%

Falcon Oil 16.205 17.215 16.781 16.117 66.317 -92%

Kotoil, S.A 10.128 10.760 10.488 10.073 41.448 n.a

Poliedro Oil 10.128 10.760 10.488 10.073 41.448 n.a

Cupet 5.170 9.000 7.316 6.013 27.498 13%

TOTAL 162.805.318 159.445.408 159.738.446 148.123.858 630.113.030 -3%

TABELA 12PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO POR OPERADOR

U.M.:Bbls

AssociaçÔes&Blocos

Execução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre TotalVariação

HomĂłloga

Total 59.885.198 59.273.486 59.962.528 50.237.137 229.358.349 -10%

Chevron 32.826.377 30.918.345 31.271.012 30.660.973 125.676.707 -4%

ESSO 28.687.156 29.335.062 28.876.675 28.548.775 115.447.668 1%

BP 29.100.744 26.932.937 27.095.030 27.110.235 110.238.946 -1%

ENI 6.840.978 7.678.105 7.330.647 6.572.161 110.238.946 63%

SNL P&P 4.600.622 4.344.889 4.299.806 4.107.799 17.353.116 -14%

Somoil 760.847 782.583 756.434 766.528 3.066.392 348%

Pluspetrol 103.396 180.001 146.314 120.250 549.961 13%

TOTAL 162.805.318 159.445.408 159.738.446 148.123.858 630.113.030 -3%

MĂ©diaDiĂĄria 1.789.069 1.752.147 1.736.287 1.610.042 1.721.620 -3%

Por empresas, as operadoras petrolíferas estrangeiras em Angola produziram 96,7% do volume total da produção de petróleo bruto durante o ano, lideradas pela TOTAL E&P Angola com 36,4% da produção total, seguida da CHEVRON com 19,9%, da ESSO com 18,3%, da BP com 17,5%, da ENI com 4,5% e Pluspetrol com 0,1%. Os remanescentes 3,3% correspondem a produção das operadoras nacionais (Sonangol Pesquisa e Produção e Somoil), com 2.8% e 0.5%, respectivamente.

GRÁFICO 8 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO POR OPERADOR

0,1%

0,5%

2,8%

4,5%

17,5%

18,3%

19,9%

36,4%

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0%

PLUSPETROL

SOMOIL

SNL PP

ENI

BP

ESSO

CHEVRON

TOTAL

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201640 41

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Em termos de cumprimento das metas estabelecidas pelos operadores das concessÔes em produção, registou-se um desvio negativo de 1% (menos 5.645.938 barris), em relação ao período homólogo, devido a factores de ordem técnico-operacional, abaixo descritos:

‱ AssociaçãodeCabinda

‱ ÁreaA:

Nesta concessão, apesar da entrada em produção do poço MW-84-71 no campo Malongo Oeste, a produção esteve abaixo do previsto devido ao fecho de alguns poços produtores nos reservatórios do Takula e Malongo, causado pela produção excessiva de ågua, baixa pressão e problemas nos sistemas de injecção de ågua.

Registou-se também a entrada em produção antecipada do campo de Mafumeira Sul, através do módulo de produção temporåria.

‱ ÁreaB:

Os níveis de produção estiveram abaixo do previsto em função do baixo desempenho de alguns poços nos campos Bomboco, Lomba e NŽDola, por força do seu declíneo natural e do fecho de alguns poços produtores no campo Bomboco.

‱ CabindaSul

Redução da produção causada pela baixa pressão nos reservatórios do campo Castanha, que resultou no fecho de alguns poços.

‱ AssociaçãoFS/FST

A produção foi afectada pelo fecho de alguns poços devido a baixa pressão e fugas nas linhas de produção.

‱ Bloco2/05

Os campos continuam fechados, exceptuando o campo Essungo, que entrou em produção com apenas dois poços, com a finalidade de dar suporte a linha de produção do FS/FST.

‱ Bloco3/05

A produção tem sido afectada pela perda de pressão de alguns poços produtores e a indisponibilidade das bombas, o que tem contribuído para a baixa injeção de ågua e consequentemente, a redução da taxa de substituição dos fluidos, o que levou ao fecho de alguns poços no campo Pacassa.

‱ Bloco3/05A

A baixa da produção deveu-se a perda de pressĂŁo dos reservatĂłrios e Ă s paragens nĂŁo programadas no campo BĂșfalo por problemas operacionais.

‱ Bloco4/05

A produção esteve abaixo do previsto, apesar da måxima abertura do estrangulador dos poços.

‱ Bloco14

Aumento do teor de ågua produzida nalguns poços produtores e o fecho de alguns injectores para gestão de pressão dos reservatórios.

‱ Bloco15

A produção no Bloco foi eståvel, motivada pela boa gestão dos reservatórios e pela manutenção de pressão. Para tal, foram fechados alguns poços que produzem ågua e gås por excesso, para gestão da pressão dos reservatórios e entrada em produção de 12 poços no Bloco, sendo 4 poços no campo Bavuca, 7 poços no campo Mondo Sul e 1 poço produtor no campo Kakocha.

‱ Bloco15/06

A produção foi afetada pelo aumento da produção de ågua, especialmente nos campos Sangos e Cinguvu. A entrada em produção dos campos Mpungi e Mpungi Norte, permitiu um aumento da produção em 63%, comparativamente ao ano 2015.

‱ Bloco17

Os níveis de produção estiveram acima do previsto, apesar da redução comparativamente ao ano 2015. A entrada em produção de 8 poços de desenvolvimento, sendo 3 poços no campo Dålia, 1 poço no Pazflor e 4 poços no Clov, permitiram compensar as quedas de produção por problemas operacionais nos campos Girassol e Dålia e terminar o ano com uma média de produção de 620.000 BOPD.

‱ Bloco18

Redução da produção resultante da produção excessiva de ĂĄgua e gĂĄs e o fecho de alguns poços, insuficiĂȘncia de pressĂŁo nas linhas e a paragem nĂŁo programada de 11 dias, por problemas operacionais.

‱ Bloco31

Os níveis de produção foram ligeiramente comprometidos, apesar da redução na injecção de ågua causada pela inoperùncia das bombas e a redução da produção devido à paragem programada e a entrada tardia do campo Plutão por indisponibilidade do sistema de tratamento de gås. De salientar a entrada de 3 poços produtores que permitiram terminar o ano com uma produção média de 160.500 BOPD.

5.1.2.2 DIREITOS DE PETRÓLEO BRUTO DA CONCESSIONÁRIA NACIONAL

TABELA 13 DIREITOS DE PETRÓLEO BRUTO DA CONCESSIONÁRIA NACIONAL

U.M.: Bbls

Blocos

Execução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestreLevantamentos

TotaisVariação

HomĂłloga

Cabinda Onshore 8,632 14,347 11,440 9,186 43,605 -12%

Bloco 3/05 1,430,951 1,358,760 500,943 1,622,083 4,912,737 10%

Bloco 3/05A 75,000 19,999 - 20,000 114,999 -55%

Bloco 4/05 - 75,250 68,750 76,323 220,323 22%

Bloco 14 1,808,446 2,219,689 2,621,763 2,295,820 8,945,717 -21%

Bloco 15 9,513,156 9,366,220 10,411,500 14,697,780 43,988,656 -18%

Bloco 15/06 780,931 543,797 498,623 554,192 2,377,543 100%

Bloco 17 19,144,847 15,103,535 16,254,080 12,351,743 62,854,205 -11%

Bloco 18 3,917,685 3,903,766 3,441,295 2,961,948 14,224,694 18%

Bloco 31 1,399,598 963,198 1,185,795 1,323,975 4,872,566 6%

TOTAL 38,079,246 33,568,560 34,994,188 35,913,050 142,555,045 -11%

MĂ©diaDiĂĄria 418,453 368,885 380,372 390,359 389,495 -11%

Durante o ano de 2016, foram alcançados, a título de Direito da Concessionåria um total de 142.555.045 barris de petróleo bruto, correspondentes a uma média de 389.495 Bbl/dia.

Comparativamente ao ano de 2015, registou-se um decréscimo em 11%, justificado em grande medida pelo cenårio internacional da redução do preço do barril de petróleo, pelo aumento da taxa de uso de petróleo custo e ainda pelo declínio natural da produção dos campos maduros (14 e 15).

Relativamente aos direitos arrecadados por bloco, destacam-se o Bloco 17 e 15, representando 75% do volume total.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201642 43

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GRÁFICO 9DIREITOS DE PETRÓLEO BRUTO DA CONCESSIONÁRIA POR BLOCO

80.000.000

70.000.000

60.000.000

50.000.000

40.000.000

30.000.000

20.000.000

Bar

ris

10.000.000

-

20152016

Bloco15

Bloco17

Bloco18

Bloco14

Bloco3/05

Bloco31

Bloco15/06

Bloco4/05

Bloco3/05A

COS

5.1.2.3 PRODUÇÃO DE GÁS

5.1.2.3.1 PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL ASSOCIADO

TABELA 14 PRODUÇÃO GÁS NATURAL ASSOCIADO

U.M.:Bbls

Blocos

Execução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre ProduçãoVariação

HomĂłloga

Offshore 324.512 321.225 329.377 317.415 1.292.529 -2%

Bloco 0 118.578 121.931 124.279 116.100 480.888 -11%

Área A 31.590 33.605 35.482 28.041 128.718 -48%

Área B 86.988 88.326 88.797 88.059 352.170 20%

Bloco 2/05 - - 1.002 - 1.002 1013%

Bloco 3/05 5.711 5.062 6.393 4.912 22.078 -4%

Bloco 3/05A 101 182 268 267 818 n.a

Bloco 4/05 505 234 403 358 1.500 -24%

Bloco 14 14.827 13.227 11.984 11.325 51.363 -25%

Bloco 15 61.909 68.840 69.398 61.696 261.843 2%

Bloco 15/06 18.795 4.460 5.364 6.853 35.472 225%

Bloco 17 60.865 65.032 65.103 68.787 259.787 0%

Bloco 18 28.122 27.404 25.769 27.135 108.430 4%

Bloco 31 15.099 14.853 19.414 19.982 69.348 45%

Onshore 1.019 1.882 1.679 1.058 5.638 -88%

Cabinda Sul 784 986 827 131 2.728 -94%

Associação FS/FST 235 896 852 927 2.910 439%

TOTAL 325.531 323.107 331.056 318.473 1.298.167 -5%

AtĂ© 31 de Dezembro de 2016, foram produzidos em Angola 1.298.167 pĂ©s cĂșbicos de gĂĄs nas concessĂ”es petrolĂ­feras em produção, correspondente a um decrĂ©scimo de 5% comparativamente ao perĂ­odo homĂłlogo de 2015.

5.1.2.3.2 PRODUÇÃO DE LPG

TABELA 15PRODUÇÃO DE LPG DE ANGOLA

U.M.:Bbls

Blocos

Execução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre ProduçãoVariação

HomĂłloga

Sanha 99.618 108.387 108.986 99.519 416.510 4%

Butano 42.016 43.041 44.582 41.058 170.697 1%

Propano 57.602 65.346 64.404 58.462 245.814 7%

CabindaGasPlant 19.047 17.495 15.485 18.355 70.382 -11%

Butano 8.117 8.637 6.878 8.444 32.076 -12%

Propano 10.930 8.858 8.607 9.912 38.307 -10%

RefinariadeLuanda 7.011 7.402 5.868 6.967 27.248 4%

ALNG - 65.695 28.865 123.840 218.399 n.a

TOTAL 125.676 198.979 159.204 248.681 732.540 45%

Em 2016, foram produzidos em Angola, um total de 732.540 toneladas mĂ©tricas de LPG. Relativamente ao ano anterior, houve um aumento substancial de 45%. Este aumento deveu-se, fundamentalmente, ao reinĂ­cio da produção da fĂĄbrica do Angola LNG, no mĂȘs de Maio.

GRÁFICO 10PRODUÇÃO DE LPG POR ORIGEM

SANHA 57%

CABINDA GAS PLANT 9%

REFINARIA DE LUANDA 4%

ALNG 30%

Importa realçar que apĂłs a retoma das actividades no Angola LNG, a fĂĄbrica registou uma paragem para manutenção durante o mĂȘs de Agosto, o que afectou significativamente a produção do terceiro trimestre.

Por origem, produção ficou repartida entre a fåbrica do Sanha com 56,86%, seguida da fåbrica do Angola LNG com 29,81%, do Cabinda Gas Plant com 9,60% e a Refinaria de Luanda com 3,71%.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201644 45

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5.1.4 EXPORTAÇÕES DA CONCESSIONÁRIA

TABELA 17 MAPA DE EXPORTAÇÕES DA SONANGOL CONCESSIONÁRIA

U.M.:Bbls

RamasExportadasExecução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadeExportada

VariaçãoHomóloga

DĂĄlia 8.446.769 6.552.522 8.422.075 4.539.322 27.960.688 -20%

Girassol 6.790.461 4.871.343 4.856.921 3.952.547 20.471.272 -1%

Hungo 2.852.406 3.663.954 2.852.875 6.430.924 15.800.159 -20%

Mondo 1.988.353 2.774.889 2.825.298 2.800.040 10.388.580 52%

Kissanje 2.761.681 903.602 2.719.925 3.622.685 10.007.893 -54%

Nemba 1.738.821 2.139.200 2.568.676 2.233.230 8.679.927 -22%

Pazflor 1.902.922 2.762.506 1.929.596 1.857.414 8.452.438 -18%

Saxi-Batuque 1.910.715 905.626 1.913.233 1.844.133 6.573.707 2%

CLOV 2.004.695 30.460 1.045.489 2.002.461 5.083.105 -15%

PlutĂłnio 1.954.472 1.863.230 998.925 - 4.816.627 66%

Saturno 1.399.599 849.304 1.185.795 1.323.975 4.758.673 -6%

Sangos 780.931 408.478 498.623 554.192 2.242.224 n.a

Lianzi 22.109 992.312 70.768 63.156 1.148.345 n.a

Gimboa - 324.463 68.750 76.323 469.536 58%

TOTAL 34.553.934 29.041.889 31.956.949 31.300.402 126.853.174 -15%

Durante o ano de 2016, as exportaçÔes de petróleo bruto da Sonangol enquanto Concessionåria Nacional corresponderam a 89% dos direitos arrecadados no período, tendo o remanescente sido entregue à Refinaria de Luanda.

Durante o perĂ­odo, as ramas mais exportadas foram a DĂĄlia (22%), Girassol (16%), Hungo (12,4%), Mondo (8,2%) e Kissanje (7,9%).

5.1.4.1 RECUPERAÇÃO DOS INVESTIMENTOS REALIZADOS NAS CONCESSÕES EM PRODUÇÃO

TABELA 18CUSTOS RECUPERADOS NAS CONCESSÕES EM PRODUÇÃO

U.M.:MUSD

BlocosCustos

Incorridosaté2016

CustosRecuperados

até2016

CustosPorRecuperarĂ 

31/12/2016

Bloco 2/05 1.902.609 2.656 1.899.952

Bloco 3/05 5.697.840 5.256.277 441.562

Bloco 3/05A 384.325 38.650 345.675

Bloco 4/05 2.561.064 2.334.598 226.465

Bloco 14 25.994.337 21.949.780 4.044.557

Bloco 15 42.271.782 38.618.206 3.653.575

Bloco 15/06 5.808.802 1.350.288 4.458.513

Bloco 17 68.130.952 58.567.400 9.563.552

Bloco 18 18.322.483 17.725.663 596.820

Bloco 31 25.172.706 7.949.659 17.223.047

Cabinda Onshore Sul 750.187 84.861 665.326

TOTAL 196.997.085 153.878.040 43.119.045

5.1.2.3.3 PRODUÇÃO DE LNG E CONDENSADOS

Durante o ano 2016, como consequĂȘncia do reinĂ­cio da produção do Angola LNG, a produção de GĂĄs Natural Liquefeito foi de 896.621 toneladas mĂ©tricas, tendo a produção de Condensados atingido 75.153 toneladas mĂ©tricas.

5.1.3 GESTÃO ECONÓMICA DAS CONCESSÕES

5.1.3.1 CUSTOS DE PRODUÇÃO

TABELA 16CUSTOS DE OPERAÇÃO NAS CONCESSÕES EM PRODUÇÃO

BlocosCustos(USD/Bbl) Variação

HomĂłloga2015 2016

Bloco 0 16,32 11,80 -28%

Bloco 2/05 - 15,47 -

Bloco 3/05 26,21 19,52 -26%

Bloco 3/05ÂȘ 5,07 6,05 19%

Bloco 4/05 39,81 32,80 -18%

Bloco 14 11,25 11,51 2%

Bloco 15 7,84 4,73 -40%

Bloco 15/06 16,39 10,43 -36%

Bloco 17 6,74 6,36 -6%

Bloco 18 5,75 6,50 13%

Bloco 31 5,94 4,73 -20%

Cabinda Sul 22,73 14,83 -35%

Associação FS 42,41 25,29 -40%

Associação FST 131,10 22,05 -83%

TOTALDAINDÚSTRIA 9,32 7,62 -18%

O custo operacional mĂ©dio ponderado da indĂșstria petrolĂ­fera foi de USD 7,62/Bbl, excluindo os custos de abandono.

Comparativamente ao ano de 2015, verificou-se uma redução em 18%.

Os maiores nĂ­veis de eficiĂȘncia registaram-se nos Blocos 15 e 31, tendo apresentado o custo unitĂĄrio de USD 4,73/Bbl.

Contrariamente, os menores nĂ­veis de eficiĂȘncia observaram-se no Bloco 4/05, com um custo de USD 32,80/Bbl e nas AssociaçÔes FS e FST, com um custo de USD 25,29/Bbl e USD 22,05/Bbl, respectivamente.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201646 47

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No período em anålise, os custos recuperados associados às operaçÔes petrolíferas em produção, maioritariamente provenientes das despesas de desenvolvimento, ascenderam a MUSD 153.878.040.

Em relação aos custos recuperĂĄveis, no Bloco 31, o Grupo empreiteiro continua a recuperar as despesas de desenvolvimento do PSVM, cuja produção iniciou no 4Âș trimestre de 2012.

Os elevados custos por recuperar no Bloco 17 devem-se aos investimentos dos projectos PAZ-FLOR e, mais recentemente, à entrada em produção do projecto CLOV, no final de 2014.

No Bloco 15/06, os custos por recuperar referem-se a pesquisa e desenvolvimento do bloco. De realçar que, desde o início da produção no final de 2014, foram recuperados apenas 23% do total dos custos incorridos.

Os elevados custos recuperĂĄveis no Bloco 14 devem-se Ă  fraca economicidade do TĂŽmbua- LĂąndana.

No Bloco 15, os custos reportados estão associados às despesas de desenvolvimento do projecto Kizomba Satélite fase 2, cuja entrada em produção ocorreu em Junho de 2015.

Em termos de contribuição individual por Bloco, na sequĂȘncia dos factores apresentados, o Bloco 31 Ă© o mais representativo, com 40%, seguido do Bloco 17 com 22%, do Bloco 15/06 com 10%, do Bloco 14 com 9% e do Bloco 15 com 8% do total dos custos por recuperar.

5.2 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR – SEGMENTO UPSTREAM

A actividade de Exploração e Produção é um segmento crítico da actividade da Sonangol, o que se reflete na própria estratégia de investimento da Companhia, com este segmento a representar 97% do investimento total realizado em 2016.

Angola produziu em 2016 um total de 630.113.030 barris de Petróleo Bruto, dos quais 85.682.625 são respeitantes à Sonangol Pesquisa e Produção e Sonangol EP. A Sonangol aumentou a sua produção em 3% em relação ao período homólogo. Este acréscimo resulta do aumento da produção da Sonangol Pesquisa e Produção no Bloco 15/06 (aumento de 10%) que por sua vez é afectado negativamente pelas quebras de produção da Sonangol E.P. no Bloco 0 (decréscimo de 7%).

No que se refere à produção de LPG, o reinício da operação da ALNG onde a Sonangol tem uma participação de 22,8%, veio refletir-se positivamente no aumento da produção de 24% e na redução das importaçÔes em 58% face ao ano anterior.

Em 2016, a cadeia primåria de Upstream registou vendas correspondentes a USD 8.751 MilhÔes e um EBITDA de USD 1.603 MilhÔes, equivalente a 50% do EBITDA total da empresa. O reinício da produção da ALNG representou, e representarå, um contributo importante para o aumento das receitas da Sonangol.

Adicionalmente, num cenårio de queda do preço do petróleo, a Sonangol procurou também encontrar soluçÔes para reduzir a sua exposição e melhorar a rentabilidade do seu investimento. Um exemplo disso foi o esforço feito em relação aos drillships, em que a Sonangol desenhou uma solução que envolve a negociação com os stakeholders para a partilha de risco e a renegociação de condiçÔes de financiamento por forma a tornar a construção de duas sondas num projecto viåvel.

5.2.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO DA SONANGOL INVESTIDORA

TABELA 19 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO DA SONANGOL INVESTIDORA

U.M.:Bbls

AssociaçÔes&BlocosExecução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestrew QuantidadeExportada

VariaçãoHomóloga

SNLE.P 9.102.604 8.650.089 8.706.874 8.747.492 35.207.058 -7%

Bloco 0 9.102.604 8.650.089 8.706.874 8.747.492 35.207.058 -7%

Área A 5.793.988 5.466.872 5.588.679 5.770.238 22.619.777 -6%

Área B 3.308.616 3.183.217 3.118.195 2.977.254 12.587.281 -8%

SNLP&P 12.944.493 12.248.444 13.023.318 12.259.312 50.475.567 10%

BlocosOperados 1.335.678 1.239.352 1.256.914 1.199.925 5.031.869 -14%

Bloco 3/05 899.439 871.262 833.023 794.121 3.397.845 -14%

Bloco 3/05A 65.195 61.831 59.965 59.854 246.845 15%

Bloco 4/05 371.045 306.259 363.926 345.950 1.387.180 -19%

BlocosNĂŁoOperados 11.608.815 11.009.092 11.766.404 11.059.387 45.443.698 14%

Cabinda Sul 20.679 36.000 29.263 24.050 109.992 13%

Associação FS 1.346 1.249 1.130 1.037 4.762 59%

Associação FST 32.645 33.577 32.496 33.260 131.978 323%

Bloco 14 2.124.981 1.964.113 2.006.947 1.865.125 7.961.167 2%

Bloco 15/06 2.520.216 2.828.614 2.700.610 2.421.184 10.470.625 72%

Bloco 31 6.908.947 6.145.539 6.995.957 6.714.731 26.765.174 4%

TOTAL 22.047.096 20.898.533 21.730.192 21.006.804 85.682.625 3%

MĂ©diaDiĂĄria 242.276 229.654 236.198 228.335 234.106 2%

No decorrer do ano 2016, verificou-se um acréscimo de 10% na produção da Sonangol Pesquisa e Produção e uma redução de 7% na quota-parte da Sonangol, E.P. no Bloco 0, comparativamente ao período homólogo em 2015.

O decréscimo de 7% da quota-parte da Sonangol, E.P. no Bloco 0, deveu-se à queda, na mesma proporção, da produção naquele Bloco por força do fecho de alguns poços produtores, por baixa pressão, e ao baixo desempenho de alguns poços que estiveram a produzir de forma intermitente.

49RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201648

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O acréscimo de 10% na produção da Sonangol Pesquisa e Produção deveu-se essencialmente ao aumento da produção no Bloco 15/06, onde a Sonangol participa como investidora, no qual entraram em produção os campos Mpungi e Mpungi Norte.

A necessidade de garantir o aumento de produção reflete-se na estratégia de investimento da Sonangol que em 2016 se focou no desenvolvimento das concessÔes petrolíferas no Bloco 0 (Mafumeira Sul e Mafumeira Norte), bem como nos Blocos 15/06, onde a Sonangol Pesquisa e Produção detém 36,84%, no Bloco 31 e no projecto Kaombo, no Bloco 32, onde a Sonangol Pesquisa e Produção detém 45% e 30%, respectivamente.

5.2.2 PRODUÇÃO DE GÁS DA SONANGOL E.P.

5.2.2.1 PRODUÇÃO DE LPG

TABELA 20PRODUÇÃO DE LPG QUOTA-PARTE SONANGOL

U.M.:Bbls

AssociaçÔes&BlocosExecução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadeExportada

VariaçãoHomóloga

Sanha(41%) 40.843 44.439 44.684 40.803 170.769 4%

Butano 17.227 17.647 18.279 16.834 69.986 1%

Propano 23.617 26.792 26.406 23.969 100.784 7%

CabindaGasPlant(41%) 7.809 7.173 6.349 7.526 28.857 -11%

Butano 3.328 3.541 2.820 3.462 13.151 -12%

Propano 4.481 3.632 3.529 4.064 15.706 -10%

RefinariadeLuanda(100%) 7.011 7.402 5.868 6.967 27.248 4%

ALNG(22,8%) - 14.978 6.581 28.236 49.795 n.a.

TOTAL 55.664 73.992 63.482 83.531 276.669 24%

Da produção total de LPG, couberam à Sonangol, 276.669 toneladas métricas das quais 62% proveniente do Sanha, 18% do Angola LNG e os restantes 20%, repartidos de igual forma pelo Cabinda Gas Plant e a Refinaria de Luanda.

Comparativamente ao ano de 2015, a Sonangol registou um aumento de 24% na produção de LPG.

Por forma a atender as necessidades de consumo de LPG do mercado interno, uma vez que a produção interna não foi suficiente, até ao reinício de operaçÔes do Angola LNG, a Sonangol adquiriu do mercado externo, cerca de 70.720 toneladas métricas de LPG, menos 58% face ao ano 2015. A redução verificada nas importaçÔes de LPG resulta do esforço realizado ao longo do ano no sentido de garantir o arranque da fåbrica da ALNG.

5.2.2.2 PRODUÇÃO DE LNG E CONDENSADOS

A fĂĄbrica do Angola LNG reiniciou a produção em junho de 2016, apĂłs um encerramento prolongado. Desde entĂŁo, foram efectuados em segurança e comercializados com sucesso diversos carregamentos de LNG e de lĂ­quidos, incluindo butano pressurizado para o mercado domĂ©stico angolano. Os carregamentos de LNG estĂŁo a ser comercializados a nĂ­vel global, de acordo com os ditames da procura, e espera-se que o fornecimento de gĂĄs natural ao mercado domĂ©stico se inicie em 2017. A prioridade do Projecto Ă© agora alcançar o nĂ­vel de produção plena. Espera-se que em produção plena sejam exportadas anualmente atĂ© 70 carregamentos de LNG e que o Projecto tenha uma vida Ăștil esperada de mais de 30 anos, criando condiçÔes para o desenvolvimento futuro de reservas de gĂĄs associado e de gĂĄs nĂŁo associado.

A produção de LNG quota-parte da Sonangol atingiu 204.430 toneladas métricas e os condensados registaram 17.135 toneladas métricas, todas provenientes da fåbrica da Angola LNG.

5.2.2.3 PROJECTOS ESTRUTURANTES DA CADEIA DE VALOR UPSTREAM

ProjectodeConstruçãodeNavios-Sonda(Drillships)

No período em anålise, deu-se continuidade a construção de dois navios-sonda (drillships), em conformidade com o contrato assinado em Outubro de 2013.

De realçar que o progresso geral do projecto com os cascos Sonangol Libongos (H3620) foi de 99,7% e para o Sonangol Quenguela (H3621) de 91,8%.

Por outro lado, todos os equipamentos, considerados como OFE (Owner Furnished Equipment), exigidos para o seguimento aos trabalhos de comissionamento e mobilização dos navios-sonda, jå se encontram no estaleiro. Estão a efectuar-se as inspecçÔes aos mesmos tendo jå sido colocados alguns equipamentos a bordo do navio Sonangol Libongos.

Adicionalmente, foram realizadas as segundas fases dos ensaios de navegação, instalação do helideck, bem como, a conclusão dos trabalhos do topside:

AngolaLNG

Ao longo do ano de 2016 foram realizados trabalhos de preparação para arranque da fåbrica com a conclusão e aprovação de procedimentos operacionais críticos, e a preparação do pessoal de produção para reinício

da fåbrica de gås que arrancou no segundo trimestre de 2016. Adicionalmente, foi concluído o processo de mudança de fornecimento de gås à fåbrica, do Bloco 15 para o Bloco 17, passando este a ser a principal fonte de fornecimento de gås à fåbrica.

Foi concluĂ­do o shutdown a 27/08/2016, apĂłs o teste final de vazamento e conclusĂŁo do degelo dos circuitos de propano, bem como o isolamento final dos filtros de 72 polegadas. Desde final do quarto trimestre a fĂĄbrica vem funcionando de forma segura e contĂ­nua.

ProjectoFalcĂŁo

No que diz respeito ao Projecto Falcão, prosseguem a execução dos trabalhos de engenharia de detalhe, as actividades de aquisição e preparação do terreno, bem como, a aferição da qualidade da documentação técnica apresentada no EPC.

Por outro lado, foram tambĂ©m realizadas as actividades relacionadas com o diagnĂłstico ambiental da ĂĄrea em que serĂĄ instalado o acampamento, doca e zona de armazenagem do Soyo, e recepção e anĂĄlise da proposta para instalação do segundo separador de gĂĄs lĂ­quido de modo que haja fornecimento ininterrupto de gĂĄs Ă  Central do Ciclo Combinado do Soyo – fase 1).

Durante o perĂ­odo foram realizadas as seguintes actividades:

‱ Conclusão dos trabalhos de revestimento de Fusion Bonded Epoxi (FBE);

‱ Revisão e aprovação dos recursos propostos para o acompanhamento das próximas fases do projecto em alternativa aos originais;

‱ Início do levantamento topográfico da área adicional desminada;

‱ Conclusão das actividades de desalojamento e desminagem mecñnica do terreno extra para a expansão da Unidade de Recepção e Distribuição de Gás (URDG);

‱ Solicitação Ă  Central de Ciclo Combinado do Soyo de uma amostra de gĂĄs domĂ©stico para fins laboratoriais.

5.3 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR – SEGMENTO MIDSTREAM

O segmento de Refinação e Transporte registou em 2016 vendas equivalentes a USD 1.154 milhÔes e um EBITDA de USD 86 milhÔes, correspondente a 3% do EBITDA total da Sonangol.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201650 51

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Relativamente à actividade da Refinaria, verificou-se um aumento do fornecimento de matérias-primas de 2% e um incremento da utilização da capacidade de refinação instalada de 1,5% face período homólogo. Este desempenho positivo reflectiu-se igualmente no aumento do volume de petróleo bruto processado e no volume de refinados produzidos.

A geração de energia elĂ©trica atravĂ©s da Luxervisa foi outra ĂĄrea de enfoque. Em 2016, houve um grande esforço no aumento de eficiĂȘncia do ciclo combinado da Refinaria de Luanda resultando num acrĂ©scimo de aproximadamente 50% no fornecimento de energia elĂ©trica Ă  RNT. Para 2017, espera-se ainda uma melhoria associada Ă  entrada em funcionamento da turbina a vapor e o arranque do pequeno ciclo combinado do Soyo.

Nas atividades de transporte, em relação a 2015 também se verificou um aumento de 6% das quantidades de petróleo bruto transportadas, porém, dado o contexto macroeconómico mais retraído, o transporte de volumes de produtos derivados foi menor em 32%.

Este segmento representou 2,6% do investimento total realizado em 2016, o segundo maior depois do segmento da Exploração e Produção. Os investimentos realizados reflectem o esforço de construção da Sala de Controlo Centralizada e assinatura do contrato para os estudos de engenharia na Refinaria de Luanda, assim como a manutenção de equipamentos mecùnicos no projecto da Refinaria do Lobito.

Dado o atual contexto de quebra do preço de petróleo, e apesar do valor investido, o projecto da Refinaria do Lobito foi suspenso para reavaliação da visão estratégica e viabilidade económica. A Administração da Sonangol estå convicta de que a Refinaria do Lobito é um projecto estratégico para a empresa e para o País, acreditando que os investimentos jå realizados poderão ser rentabilizados pelo desenvolvimento de projectos industriais adjacentes à refinaria,

nomeadamente, projectos de indĂșstria petroquĂ­mica alimentados pelas descobertas de hidrocarbonetos em blocos offshore prĂłximos do Lobito.

Paralelamente Ă  reavaliação dos projetos estruturantes, foram implementadas medidas importantes para melhorar as operaçÔes deste segmento. Um exemplo disso foi a iniciativa que permitiu facilitar os processos de compras ad‑hoc de artigos crĂ­ticos para a Refinaria e que se reflectiu no aumento do fornecimento de matĂ©ria-prima e consequentemente, no aumento da utilização da capacidade instalada da Refinaria.

5.3.1 NEGÓCIO DE REFINAÇÃO

A Sonangol mantém em operação a Refinaria de Luanda, com uma capacidade nominal instalada de 65.000 Bbl/d.

A taxa média de utilização da capacidade instalada foi de 83%, tendo observado um incremento de 1,5% face ao ano anterior.

O acrĂ©scimo registado deveu-se Ă  estabilização do fornecimento da rama Palanca e a utilização de stock da rama Hungo para blending, bem como pelo diferimento da paragem geral, programada para os meses de Junho e Julho de 2016, por diversos motivos, entre os quais, a indisponibilidade de peças de reposição em tempo Ăștil.

Apesar do desempenho positivo, registaram-se alguns constrangimentos com impacto nas operaçÔes, entre os quais destacamos a paragem total da fåbrica durante 9 dias e redução de cargas nas Unidades de Destilação (U-150 e U-600) por falta de petróleo bruto e por outras razÔes técnicas (escurecimento da Nafta, deslocamento de pratos, avaria de Permutadores rotos e paragens intempestivas por cortes de energia nos equipamentos (GT35 e CCRL).

TABELA 21 TAXA MÉDIA DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA

U.M.:Bbls

ProcessamentodePetrĂłleoBruto

Execução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre Processamento HomĂłlogo

Taxa de utilização da Capacidade Instalada (BOPD)

83% 87% 76% 85% 83% 1,5%

Em 2016, a Refinaria de Luanda adquiriu 20.025.661 barris de Petróleo Bruto, equivalentes a 2.725.811 toneladas métricas, das quais a rama Plutónio representou 51,5%, a rama Palanca representou 46,7%, a rama Hungo representou 1,3% e a rama Nemba, 0,5%.

Face ao ano anterior, registou-se um aumento de 2% nas quantidades de PetrĂłleo Bruto fornecido Ă  Refinaria de Luanda, resultado da melhoria do desempenho e estabilidade da fĂĄbrica verificados em 2016.

TABELA 22VOLUME DE PETRÓLEO BRUTO PROCESSADO

U.M.:Bbls

RamasExecução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre Processamento VariaçãoHomĂłloga

PlutĂłnio 1.931.718 2.930.391 2.158.676 3.054.124 10.074.909 5%

PlutĂłnio 2.886.091 2.088.993 2.297.066 2.049.509 9.321.659 -3%

Hungo 93.232 - 59.521 - 152.753 483%

Nemba - 99.850 - - 99.850 n.a

TOTAL 4.911.041 5.119.234 4.515.263 5.103.633 19.649.171 2%

PROCESSAMENTODIÁRIO 54.567 56.255 49.079 55.474 53.686

Com a disponibilidade de petróleo bruto, foi possível processar 19.649.171 barris de Petróleo Bruto, equivalentes a 2.633.350 toneladas métricas.

TABELA 23PRODUÇÃO DE REFINADOS

U.M.:Bbls

ProdutosExecução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre Produção VariaçãoHomĂłloga

Fuel Oil 266.949 250.818 198.886 254.579 971.232 6%

GasĂłleo 155.904 154.059 134.970 153.750 598.683 -1%

Nafta 60.729 68.607 93.653 81.736 304.725 21%

Jet A1 66.297 68.447 53.072 72.025 259.841 9%

Ordoil 29.380 59.643 59.640 50.530 199.193 31%

Kerosene 18.673 24.741 22.270 19.699 85.383 10%

Jet B 20.026 17.185 17.474 23.213 77.898 -55%

Gasolina 13.813 18.683 - 636 33.132 103%

LPG 7.011 7.402 5.868 6.967 27.248 4%

Outros* 1.834 244 2.019 231 4.328 -87%

TOTAL 640.616 669.829 587.852 663.366 2.561.663 3%

(*) Asfalto e Cut-Back

53RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201652

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Em 2016 a Sonangol produziu 2.561.663 toneladas mĂ©tricas de produtos refinados, mais 70.148 toneladas mĂ©tricas comparativamente ao mesmo perĂ­odo do ano anterior. Este aumento estĂĄ alinhado com o incremento nos fornecimentos de matĂ©ria-prima e ao reforço na utilização da capacidade de refinação instalada. Nos Ășltimos seis meses do ano, a prioridade da refinaria esteve no aumento da produção de refinados com maior procura e mais rentĂĄveis, dos quais se destacam o incremento de 103% na produção da gasolina e 9% no jet A1.

O perfil de produção dos produtos refinados não sofreu grandes alteraçÔes, com maior produção de Fuel Oil (38%), seguido do Gasóleo (24%), Nafta (12%), Jet A1 (10%), do Jet B e Kerosene (3%) e do LPG (1%) os outros restantes produtos com cerca de 9% de forma agregada.

GRÁFICO 11PERFIL DE PRODUÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS

FUEL OIL 38%OUTROS 0%

NAFTA

JET A1

12%

KEROSENE 3%

GASÓLEO 24%

ORDOIL 8%

JET 3%

LPG1%

10%

GASOLINA1%

5.3.2 NEGÓCIO DE TRANSPORTE DE PETRÓLEO BRUTO, REFINADOS E GÁS

Em 2016, foram transportadas 8.331.825 TM de PetrĂłleo Bruto, 6% acima da quantidade transportada no ano anterior.

TABELA 24VOLUME DE PETRÓLEO BRUTO TRANSPORTADO

U.M.:TM

ProdutosExecução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadesTransportadas

VariaçãoHomóloga

FROTASUEZMAX 1.571.910 1.391.196 1.107.288 1.484.156 5.554.550 6%

PETRÓLEO BRUTO 1.571.910 1.391.196 1.107.288 1.484.156 5.554.550 6%

FROTACABOTAGEM 785.955 695.598 553.644 742.078 2.777.275 6%

PETRÓLEO BRUTO 785.955 695.598 553.644 742.078 2.777.275 6%

TOTAL 2.357.865 2.086.794 1.660.932 2.226.234 8.331.825 6%

Foram transportadas 5.554.550 TM de petrĂłleo bruto pela frota Suezmax, e 2.777.275 TM pela frota de Cabotagem (fornecimento de petrĂłleo bruto Ă  refinaria de Luanda).

TABELA 25 VOLUME DE PRODUTOS DERIVADOS TRANSPORTADO POR SEGMENTOS

U.M.:TM

Frota/ProdutoExecução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuatidadesTransportadas

VariaçãoHomóloga

FROTA CABOTAGEM* 1.502.207 1.575.797 1.210.941 1.326.919 5.615.864 -35%

CONSUMO DOMÉSTICO 1.488.473 1.556.641 1.201.060 1.312.167 5.558.341 -35%

GasĂłleo 892.229 963.892 835.510 819.221 3.510.852 -35%

Gasolina 470.164 493.067 276.019 432.242 1.671.492 -37%

Kerosene 1.594 - - 1.584 3.178 -58%

Jet A1 25.226 9.837 785 2.234 38.082 -29%

LPG 99.260 89.845 88.746 56.886 334.737 -24%

EXPORTAÇÃO 9.441 14.407 9.881 10.352 44.081 -2%

GasĂłleo 6.319 9.474 6.748 7.013 29.554 -8%

Gasolina 1.526 2.100 1.581 1.408 6.615 9%

Jet A1 1.596 2.833 1.552 1.931 7.912 20%

IMPORTAÇÃO 4.293 4.749 0 4.400 13.442 48%

Lubrif & Óleo 4.293 4.749 - 4.400 13.442 48%

FROTA LNG - 141.730 130.537 - 272.267 100%

LNG - 141.730 130.537 - - 100%

TOTAL 1.502.207 1.717.527 1.341.478 1.326.919 5.888.131 -31%

A Sonangol transportou, no ano 2016, menos 2.703.966 TM de produtos comparativamente ao perĂ­odo homĂłlogo, perfazendo 5.888.131 TM, devido aos ajustamentos resultantes do ambiente macroeconĂłmico no perĂ­odo em anĂĄlise.

55RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201654

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Do volume total de produtos refinados transportados, 94,39% destinaram-se ao consumo domĂ©stico e apenas 0,75% Ă  exportação. Os remanescentes 4,62% e 0,23% correspondem a importação de Óleos Base e o transporte de LNG, respectivamente.

GRÁFICO 12TRANSPORTE DE PRODUTOS REFINADOS E GÁS

GASÓLEO 60%GASOLINA 28%

LPG6%

OUTROS1%

LNG5%

O GasĂłleo foi o produto refinado mais transportado, representando 60% do volume total, seguido da Gasolina com 28%, LPG com 6%, LNG com 5% e Jet A1, Kerosene e Lubrificantes perfazendo 1%.

A eficiĂȘncia do transporte foi priorizada, maximizando as viagens com carga (“ladden”) e minimizando o tempo de viagem com os navios sem carga (“ballast”).

5.3.3 PROJECTOS ESTRUTURANTES DA CADEIA DE VALOR MIDSTREAM

5.3.3.1 PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DA REFINARIA DE LOBITOPara o ano em curso, nĂŁo foi orçamentado no Programa de Investimentos o projecto de construção da Refinaria de Lobito, tendo sido suspenso para a reavaliação da visĂŁo estratĂ©gica e da viabilidade econĂłmica. No entanto, tĂȘm-se envidado esforços no sentido de promover o projecto no mercado internacional, visando a captação de fundos ou parceiros.

Adicionalmente, os trabalhos encontram-se paralisados desde o mĂȘs de Abril, tendo sido executadas apenas atividades de manutenção em equipamentos mecĂąnicos, incluindo actividades de limpeza nas trituradoras.

Como atrås referido, a Administração da Sonangol estå convicta que a Refinaria do Lobito é um projecto estratégico para a empresa e para o país, acreditando

que os investimentos jĂĄ realizados poderĂŁo ser rentabilizados pelo desenvolvimento de projectos industriais adjacentes Ă  refinaria, nomeadamente, projectos de indĂșstria petroquĂ­mica alimentados pelas descobertas de hidrocarbonetos em blocos offshore prĂłximos do Lobito.

5.4 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR ‑ SEGMENTO DOWNSTREAM

O segmento de Logística e Distribuição registou em 2016 petr vendas equivalentes a USD 5.079.587.227 e um EBITDA de USD 1.431.057.301, correspondente a 45% do EBITDA total registado pela Sonangol.

O aumento dos preços dos produtos refinados, como consequĂȘncia da eliminação da subvenção do preço, impactou diretamente este segmento. Registou-se uma redução da aquisição de produtos refinados e de produtos comercializados face ao perĂ­odo homĂłlogo, de 18% e 12% respectivamente.

De realçar que, apesar de apenas 21% da quantidade total aprovisionada resultar do mercado nacional, a gasolina proveniente da Refinaria de Luanda experienciou um crescimento de 119% face a 2015, evidenciando o desempenho positivo registado em 2016.

Na actividade Logística, e em linha com a contracção da procura, registou-se uma redução generalizada dos volumes aprovisionados (decréscimo de 18%) e da própria capacidade de armazenagem (decréscimo de 8%).

Relativamente Ă  actividade de Distribuição os produtos mais comercializados continuam a ser a Gasolina e o GasĂłleo, representando mais de 80% das vendas e com especial destaque para o segmento do Consumo e do Retalho. Estes Ășltimos, apesar de serem os segmentos com maior consumo tambĂ©m sĂŁo os que apresentam maior concorrĂȘncia.

A concorrĂȘncia do mercado em alguns segmentos estĂĄ a ser acautelada, e reflectida, no esforço da Sonangol em tentar melhorar o seu posicionamento no mercado. Neste Ăąmbito, estĂŁo a ser identificadas vĂĄrias iniciativas para a oferta da Sonangol. O investimento na expansĂŁo e melhoria da rede de comercialização de derivados Ă© um exemplo desse esforço.

No ùmbito do mercado internacional, também se registou uma redução da exportação de Petróleo Bruto (decréscimo de 9%) e de produtos refinados (decréscimo de 1%).

5.4.1 NEGÓCIO DE LOGÍSTICA

5.4.1.1 APROVISIONAMENTO

TABELA 26AQUISIÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS POR ORIGEM

U.M.:TM

ProdutosExecução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuatidadesTransportadas

VariaçãoHomóloga

IMPORTAÇÃO 1.071.228 1.100.775 853.205 1.009.122 4.034.346 -20%

SONANGOLLOGÍSTICA

GasĂłleo 629.191 609.005 604.150 510.324 2.352.671 -23%

Gasolina 294.013 348.969 99.172 287.916 1.030.070 -17%

Jet A1 23.013 8.800 11.000 - 42.813 -29%

SONAGÁS

LPG 32.012 19.670 5.987 13.051 70.720 -58%

SONANGOLDISTRIBUIDORA

GasĂłleo (MGO) 93.000 102.330 120.894 197.831 514.056 14%

Asfalto - 12.000 12.000 - 24.000 -57%

AvgĂĄs - - 16 - 16 n.a

REFINARIADELUANDA 250.492 274.777 234.171 243.446 1.002.887 -12%

GasĂłleo 150.553 158.503 144.762 143.973 597.791 -6%

Gasolina 12.195 13.766 2.052 - 28.013 119%

Jet A1 54.107 58.158 51.311 60.986 224.563 -7%

Jet B 19.391 16.582 16.813 22.609 75.395 -55%

Kerosene 14.246 27.768 19.233 15.878 77.125 0%

TOPPINGCABINDA 15.549 14.614 22.032 23.949 76.145 63%

GasĂłleo 12.455 11.578 18.469 18.660 61.163 80%

Jet A1 557 1.183 580 554 2.874 -12%

Kerosene 2.537 1.853 2.983 4.735 12.108 28%

TOTAL 1.337.270 1.390.167 1.109.408 1.276.517 5.113.379 -18%

Durante o período foram adquiridos 5.113.379 TM de produtos refinados de petróleo bruto, menos 18% que no período homólogo, devido à retracção no consumo de derivados, provocada pelo ajustamento do preço dos combustíveis no início do ano.

Da quantidade total aprovisionada apenas 21% provieram do mercado interno, tendo o restante sido adquirido externamente, como reflexo da insuficiente capacidade interna de refinação.

Ao longo do período verificou-se uma redução de 23% nas quantidades de Gasolina importada e um aumento de 80% das quantidades de Gasóleo adquiridas no Topping Cabinda comparativamente a 2015.

De realçar que a Gasolina proveniente da Refinaria de Luanda registou também um crescimento de mais de 100% comparativamente ao mesmo período de 2015, devido a estabilização da unidade de produção.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201656 57

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TABELA 27APROVISIONAMENTO DE PRODUTOS REFINADOS

U.M.:TM

ProdutosExecução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadeAprovisionada

VariaçãoHomóloga

GasĂłleo 885.198 881.417 888.276 870.789 3.525.680 -16%

Gasolina 306.208 362.735 101.225 287.916 1.058.083 -15%

Jet A1 77.677 68.141 62.891 61.540 270.250 -11%

Jet B 19.391 16.582 16.813 22.609 75.395 -55%

Kerosene 16.783 29.622 22.216 20.613 89.234 3%

Asfalto - 12.000 12.000 - 24.000 -57%

AvgĂĄs - - 16 - 16 n.a

LPG 32.012 19.670 5.987 13.051 70.720 -63%

TOTAL 1.337.270 1.390.167 1.109.424 1.276.517 5.113.379 -18%

Os produtos com maior volume aprovisionado foram o Gasóleo (69%) e a Gasolina (21%) totalizando 90%, apesar de se verificar uma redução nos volumes de todos os produtos aprovisionados, face ao ano anterior, exceptuando o Kerosene.

5.4.1.2 ARMAZENAGEM

TABELA 28 CAPACIDADE DE ARMAZENAGEM

U.M.:M3

ProdutosExecução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadeAprovisionada

VariaçãoHomóloga

Terra 358.519 358.511 358.511 358.511 358.511 -6%

Flutuante 469.993 469.992 469.992 469.992 469.992 -9%

TOTAL 828.512 828.503 828.503 828.503 828.503 -8%

A capacidade de armazenagem de produtos refinados foi de 828.503 M3, dos quais 358.511 M3 em terra e 469.992 em navios de armazenagem flutuante, verificando-se um decréscimo de 8% comparado ao período homólogo.

5.4.2 NEGÓCIO DE DISTRIBUIÇÃO

5.4.2.1 COMERCIALIZAÇÃO

TABELA 29 QUANTIDADES DE PRODUTOS REFINADOS COMERCIALIZADOS

U.M.:TM

Produtos

Execução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadeComercializada

VariaçãoHomóloga

GasĂłleo 574.800 682.242 674.455 682.552 2.614.049 -14%

Gasolina 255.023 193.226 191.312 179.884 819.445 -15%

Jet A1 60.540 64.443 64.995 62.503 252.481 -11%

LPG (GĂĄs butano) 76.770 76.884 79.616 - 233.270 -6%

Fuel Extra Heavy 11.784 42.291 59.181 38.030 151.286 659%

Jet B 20.347 17.849 15.420 23.783 77.400 -52%

Kerosene 12.535 16.290 14.327 11.618 54.770 36%

Asfalto - 514 24.473 863 25.849 -40%

Lubrificantes 4.269 3.411 3.323 2.966 13.969 5%

Outros 3.669 7.623 1.277 1 12.570 -57%

Fuel Oil 1500 8.035 28 - - 8.062 -50%

Gås de aviação 5.352 - - 28 5.380 896643%

Cutback 275 185 321 167 948 -56%

TOTAL 1.033.399 1.104.986 1.128.700 1.002.394 4.269.479 -12%

Foram comercializadas aos consumidores finais, durante o ano 2016, um total de 4.269.479 toneladas métricas de produtos refinados, correspondente a um decréscimo de 12% em relação ao período homólogo de 2015.

Esta redução Ă© explicada pela contração da procura, face Ă  actual conjuntura econĂłmica nacional, sobretudo, pelo aumento dos preços dos produtos refinados, como consequĂȘncia da eliminação das subvençÔes ao preço.

GRÁFICO 13COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS POR SEGMENTO DE NEGÓCIOS

49%

33%

11%

6%

0%

48%

31%

14%

6%

0,3%0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

CONSUMO RETALHO MARINHA AVIAÇÃO LUBRIFICANTE

2016 2015

O GasĂłleo e a Gasolina continuam a ser os produtos mais comercializados internamente, representando no seu conjunto cerca de 80% das quantidades vendidas.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201658 59

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Por segmento de negócio, verifica-se uma maior representatividade para o sector de consumo, derivado de um aumento dos volumes adquiridos para compensação das limitaçÔes no fornecimento de gasóleo via pipeline a partir da Refinaria de Luanda. Por outro lado, regista-se um aumento na ordem dos 2 pontos percentuais no segmento de retalho face ao ano anterior, derivado da situação conjuntural económica do país.

GRÁFICO 14QUOTA DE MERCADO POR SEGMENTO DE NEGÓCIOS

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

100% 100%

MARINHA

98%100%

AVIAÇÃO

86% 88%

CONSUMO

59% 58%

RETALHO

QU

OTA

DE

MER

CA

DO

2016 2015

Os segmentos de Retalho e de Consumo, sĂŁo os que enfrentam maior concorrĂȘncia, pelo que verificou-se uma perda de quota de mercado no segmento de consumo na ordem dos 2 pontos percentuais, e um acrĂ©scimo de cerca de um ponto percentual no segmento de retalho, justificado por uma menor pressĂŁo da concorrĂȘncia.

As provĂ­ncias de Luanda, Benguela, Cabinda, Zaire e HuĂ­la continuam a liderar o consumo de produtos refinados, representando 85,70% do total registado no perĂ­odo.

FIGURA 3COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS POR REGIÕES

0,72% (4)0,55%

(8)

4,61% (44)

1,71% (14)

9,34% (44)

0,69% (21)

0,76% (36)

0,57% (8)

3,07% (52)

1,05% (8) 1,16%

(11)

0,67% (12)

1,71% (16)2,31%

(15)

3,99% (17)

5,12% (20 )

2,34% (27)

60,27% (92)

MAIORES CENTROS DE CONSUMO

QUOTA DE MERCADO

MENORES CENTROS DE CONSUMO

CENTROS DE CONSUMO INTERMÉDIO

OUTROS CENTROS DE CONSUMO

%

NÚMERO DE PA CARÁCTER DEFINITIVO(#)

5.4.3 COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL

5.4.3.1 PETRÓLEO BRUTO

TABELA 30 EXPORTAÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO POR RAMA

U.M.: Bbls

RAMAS

Execução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadeExportada

VariaçãoHomóloga

Saturno 8.409.060 6.301.107 7.416.427 7.554.607 29.681.201 4%

DĂĄlia 8.446.769 6.292.415 8.422.075 4.539.322 27.960.688 -20%

Nemba 5.572.062 6.292.415 7.310.078 6.395.728 25.570.283 -18%

Cabinda 5.545.193 5.606.059 5.714.446 4.730.623 21.596.321 -8%

Girassol 6.790.461 4.871.343 4.856.921 3.952.547 20.471.272 -1%

Hungo 2.852.406 3.663.954 2.852.875 6.430.924 15.800.159 -20%

Sangos 3.752.529 2.580.246 2.897.515 2.721.614 11.951.904 53%

Mondo 1.988.353 2.774.889 2.825.298 2.800.040 10.388.580 52%

Kissanje 2.761.681 903.602 2.719.925 3.622.685 10.007.893 -54%

Paz-flor 1.902.922 2.762.506 1.929.596 1.857.414 8.452.438 -18%

Saxi-batuque 1.910.715 905.626 1.913.233 1.844.133 6.573.707 2%

CLOV 2.004.695 30.460 1.045.489 2.002.461 5.083.105 -15%

PlutĂłnio 1.954.472 1.863.230 998.925 4.816.627 66%

Palanca - 986.577 983.790 - 1.970.367 107%

Lianzi 91.380 1.212.197 292.507 261.040 1.857.124 n.a

Gimboa - 712.757 452.300 515.012 1.680.069 5%

TOTAL 53.982.698 48.019.490 52.631.400 49.228.150 203.861.738 -9%

No decorrer do ano de 2016, foram comercializados 203.861.738 barris de petróleo bruto, registando um decréscimo de 9% face ao ano anterior. A baixa do preço de petróleo bruto no mercado internacional, que favorece os grupos empreiteiros em detrimento da Concessionåria, à luz dos Contratos de Partilha de Produção aliado ao decréscimo de produção.

HĂĄ a realçar a paragem programada de 35 dias no campo DĂĄlia, Bloco 17, que provocou uma de redução significativa, na ordem dos 20%, com perdas estimadas de 210.000 barris por dia i.e. aproximadamente 7,4 milhĂ”es de barris durante o ano. Como consequĂȘncia destes factos a rama Saturno foi a mais comercializada, representando 15% do volume comercializado, seguida da rama DĂĄlia com 14%, a rama Nemba com 13% e a rama Cabinda com 11%.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201660 61

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GRÁFICO 15EXPORTAÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO POR RAMA

CABINDA11%

CLOV 3%

NEMBA13%

GIRASSOL10%

SATURNO15%HUNGO 8%

DÁLIA 14%

KISSANJE 5%

SAXI - MONDO

BATUQUE3%

5%PAZ - FLOR 4%

SANGOS6% OUTROS 3%

Tendo em conta que o perfil das exportaçÔes é determinado pelo nível de produção, a maior parcela do petróleo bruto exportado teve origem no Bloco 17 (30,8%), seguido do Bloco 15 com 21,5%, Bloco 0 com 16,5%, do Bloco 31 com 14,6%, e os restantes blocos com um total de 16,6%.

FIGURA 4DESTINO DO PETRÓLEO BRUTO

URUGUAI · 0,5%

PORTUGAL · 2,9%

ITÁLIA · 0,5%

ESPANHA · 0,5%

FRANÇA · 1,3%

HOLANDA · 1,8%

ÁFRICA DO SUL · 2,8%

MALÁSIA · 1,8%TAIWAN · 6,6%TAILÂNDIA · 0,2%INDIA · 9,8%

CHINA · 62,7%

COREIA DO SUL · 0,4%COLÔMBIA · 0,9%

BAHAMAS · 0,4%

EUA · 1,0%

CANADÁ · 0,4%

A China continua a ser o principal destino do petrĂłleo bruto angolano, tendo adquirido 62,7% das exportaçÔes, seguida da Índia com 9,8% perfazendo os dois paĂ­ses 72,5% da comercialização externa, deixando o restante repartido pelos outros destinos.

5.4.3.2 PREÇO DAS RAMAS ANGOLANAS

GRÁFICO 16 EVOLUÇÃO DO PREÇO DO BRENT E RAMAS ANGOLANAS

DEZEMBROJANEIRO

30,69

27,98 29,45

32,48

38,49

36,16

41,48

40,37

46,88

45,52

48,33

45,9545,10

42,02

45,77

44,68

46,67

45,34

49,66

48,4345,13

44,54

53,72

52,43

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO

BRENT DATADO 2016 PREÇO DAS RAMAS ANGOLANAS 2016

JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO

O preço de comercialização das ramas petrolĂ­feras angolanas cresceu aproximadamente 50%, tendo sido comercializadas a um preço mĂ©dio ponderado de 41,91 USD/Bbl, com o preço mĂĄximo de 52,43 USD/bbl no mĂȘs de Dezembro e o mĂ­nimo de 27,98 USD/bbl no mĂȘs de Janeiro, conforme se pode observar no grĂĄfico acima.

5.4.3.3 EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS

TABELA 31 QUANTIDADE DE PRODUTOS REFINADOS EXPORTADOS

U.M.: TM

REFINADOS

Execução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadeExportada

VariaçãoHomóloga

Fuel Oil 276.563 231.035 230.126 220.840 958.564 -6%

Nafta 65.847 57.749 98.808 66.124 288.528 12%

GĂĄs Propano 32.913 - - - 32.913 -42%

GasĂłleo 6.327 9.483 6.757 7.018 29.585 -5%

Jet A1 1.598 2.837 18.123 1.932 24.489 178%

GĂĄs Butano - - 10.058 11.011 21.069 n.a

Gasolina 1.528 2.103 1.584 1.409 6.624 -5%

TOTAL 384.775 303.207 365.456 308.333 1.361.772 -1%

O volume de produtos refinados exportado foi de 1.361.772 toneladas métricas, quantidade que se manteve eståvel em relação ao mesmo período do ano passado, variando apenas 1%.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201662 63

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GRÁFICO 17PERFIL DE EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS

21%

2% 2% 2% 2% 0%

19%

2% 4%0% 1% 1%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%70%74%

FU

EL

OIL

NA

FTA

GA

SÓ

LE

O

GÁ

S P

RO

PA

NO

GÁ

S B

UTA

NO

JET

A1

GA

SO

LIN

A

2016 2015

5.5 NEGÓCIOS NÃO NUCLEARES

5.5.1 AVIAÇÃO ‑ SONAIR

Em 2016 a Sonair voou cerca de 20 mil horas, das quais 10 mil no segmento de Asa Rotativa e 10 mil no segmento de Asa Fixa, correspondendo a uma redução de 47% comparativamente ao ano de 2015. Esta redução teve um impacto relevante nas receitas de aluguer de aeronaves, que sofreram uma redução de 74 biliÔes de kwanzas para 45 biliÔes de kwanzas.

O acidente em Abril de 2016, na Noruega, resultou na paragem mundial (“grounding”) das aeronaves de tipo Super Puma (H225 e L2), que representam mais de 60% da frota de Asa Rotativa da Sonair. Esta paragem afectou de forma significativa a capacidade da Sonair prestar serviços de transporte em Asa Rotativa Ă s operadoras petrolĂ­feras, que dependiam deste meio para o transporte de tripulaçÔes para as plataformas offshore.

TABELA 32MAPA DE INDICADORES OPERACIONAIS DA SONAIR

IndicadoresOperacionais

Execução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre ServiçosPrestados

VariaçãoHomóloga

NÂșdeHorasVoadas 6.795 6.046 4.054 2.815 19.711 -47%

NÂșdeHorasVoadas-AsaRotativa 4.425 3.371 1.364 742 9.902 -55%

Contratação Comercial 3.559 2.751 1.356 731 8.396 -55%

NĂŁo Contratualizadas 26 18 9 11 64 -56%

Casa Militar e PresidĂȘncia da RepĂșblica 840 602 0 0 1.442 -60%

NÂșdeHorasVoadas-AsaFixa 2.369 2.675 2.690 2.074 9.808 -35%

FrotaSonAir 111 397 518 490 1.516 -30%

Contratação Comercial 52 262 425 329 1.068 -30%

NĂŁo Contratualizadas 59 135 93 161 449 -28%

Outras (H.E, Carreira, Spots Charter) 1.758 1.802 1.659 1.435 6.653 -9%

MATeEstado 500 477 513 149 1.639 -71%

HoustonExpress(LoadFactor) 35% 33% 34% 41% 36% -21%

CargaTransportada(Ton) 123 57 54 26 260 -19%

NÂșPassageirosTransportados 70.559 63.296 59.859 52.989 246.703 -15%

DisponibilidadeMĂ©diadasAeronaves 88% 79% 78% 68% 78% -18%

UtilizaçãoMédiadasAeronaves 159% 86% 106% 58% 102% 2%

Também os esforços de redução de custos por parte das operadoras petrolíferas, que levou também à redução do pessoal operacional offshore bem como à procura de soluçÔes de transporte que permitissem substituir o transporte aéreo, vieram afectar de forma mais estrutural a procura por serviços de transporte aéreo, nomeadamente em asa rotativa.

A operação de Asa Fixa foi igualmente impactada pela diminuição da actividade do sector petrolĂ­fero, que afectou de forma particular a operação do Houston Express, onde foram tomadas medidas de aumento de eficiĂȘncia, no Ăąmbito do Programa Sonalight, que permitiram defender e minimizar o impacto na rentabilidade da operação. Estas medidas terĂŁo, aliĂĄs, um impacto relevante no exercĂ­cio de 2017.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201664 65

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5.5.2 SAÚDE ‑ CLÍNICA GIRASSOL

TABELA 33MAPA DE INDICADORES OPERACIONAIS DA CLÍNICA GIRASSOL

IndicadoresOperacionais

Execução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre Total VariaçãoHomĂłloga

NĂșmero de pacientes atendidos 52.400 58.758 44.296 42.486 197.940 5%

NĂșmero de internamentos 2.994 2.864 1.828 1.840 9.526 -3%

NĂșmero de consultas ambulatoriais realizadas 26.205 29.293 27.839 26.405 109.742 1%

NĂșmero de atend.no banco de urgĂȘncia 16.388 16.011 10.839 11.321 54.559 0%

NĂșmero de exames laboratoriais 268.491 265.516 185.073 164.366 883.446 2%

NĂșmero de intervençÔes cirurgicas realizadas 292 276 344 284 1.196 -17%

NĂșmero de procedimentos cirurgicos no CC ambulatorial (day clinic) 167 166 218 157 708 -34%

Taxa média de ocupação Hospitalar 87% 78% 85% 84% 84% 7%

NĂșmero de Partos Realizados (EutĂłcicos e distĂłcicos) 168 167 158 170 663 -5%

NĂșmero de exames de imagiologia realizados 20.791 17.079 14.107 13.743 65.720 -12%

Total de Cirurgias 459 442 562 441 1.904 -24%

Tempo MĂ©dio de PermanĂȘncia (em dia) 6 6 6 6 6 -4%

NĂșmero de exames especializados realizados 10.033 9.711 28.567 31.011 79.322 -29%

No perĂ­odo em anĂĄlise, registou-se um aumento de 5% no atendimento geral da ClĂ­nica Girassol, que atingiu os 198 mil pacientes.

O nĂșmero de pacientes internados na ClĂ­nica diminuiu 3% para 9.526, no entanto foi registado um aumento da taxa mĂ©dia de ocupação hospitalar em 7%, comparado com 2015.

Em virtude do atual contexto econĂłmico e da dificuldade em importar equipamentos e medicamentos, o aumento do fluxo de pacientes (5%) nĂŁo se reflectiu num aumento dos exames de imagiologia que decresceram em 12% ao passo que os exames especializados decresceram cerca de 30%. Na sequĂȘncia destes factores as cirurgias tiveram um decrĂ©scimo de 24% face a 2015.

No decorrer do ano de 2016, a ClĂ­nica Girassol, no Ăąmbito do programa Sonalight, implementou um rigoroso programa de eficiĂȘncia, tendo o conjunto de iniciativas realizado permitido um ganho significativos em EBITDA.

5.5.3 TELECOMUNICAÇÕES ‑ MSTELCOM

A MST presta serviços de telecomunicaçÔes a empresas do sector petrolífero, bem como a outras empresas de sectores de actividade diversos.

A actividade da empresa cresceu, apesar do contexto económico adverso, tendo as receitas dos serviços de comunicaçÔes aumentado 14% para AOA 13 B.

TABELA 34MAPA DE INDICADORES MSTELCOM

IndicadoresOperacionais

Execução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre ServiçosPrestados

VariaçãoHomóloga

1.UtilizaçãodaCapacidadeDisponível(%)

1.1RededeFibraÓptica(Mbits/Seg)

A. Rede Metro (Mbits/seg)

Luanda 100% 100% 100% 100% 100% 10%

Lobito - Benguela 21% 23% 24% 25% 25% 64%

B. Redes Nacionais - (Mbits/seg)

Luanda Malanje 11% 11% 12% 12% 12% 15%

Luanda Soyo 49% 51% 51% 81% 81% 71%

Lobito Lubango 19% 19% 26% 27% 27% 169%

Luanda Lobito 41% 43% 43% 43% 43% -73%

1.2Satélite-VSAT(MHZ)

A. Banda - C 99% 97% 100% 100% 100% 1%

B. Banda - Ku 100% 100% 100% 100% 100% 0%

2.VolumedeServiçosPrestados

Telefonia (nÂș de linhas telefĂłnicas) 34.681 34.564 34.011 34.224 34.224 -0,4%

TrĂĄfego de voz (minutos) 22.338.984 24.714.138 23.376.294 20.670.519 91.099.935 6%

3.Clientela

NĂșmero MĂ©dio de ReclamaçÔes p/100 Clientes 4,70 4,54 4,05 4,72 4,63 8%

Índice de Satisfação dos Clientes MST (escala de 1 à 10 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6 n.a

No que concerne a prestação de serviços de internet, a taxa de utilização da capacidade de fibra óptica nas redes metro, foi de 100% (+10%) para a rede Luanda e de 25% (+64%) para a rede Lobito-Benguela, durante o ano de 2016. O incremento na utilização da capacidade instalada, resultou da activação e upgrades de diversos serviços, em resposta à solicitação dos clientes.

As taxas de utilização dos satélites das Bandas C e Banda - Ku mantiveram-se praticamente inalteradas, comparativamente ao período homólogo.

Como resultado da conjuntura econĂłmica e das medidas de eficiĂȘncia em curso no sector, os serviços de Telefonia registaram uma ligeira redução de 0,4% face ao ano de 2015. Os serviços de trĂĄfego de voz cresceram 6% face no mesmo perĂ­odo, resultado do aumento de interligação a clientes.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201666 67

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Apesar da tendĂȘncia globalmente positiva dos resultados operacionais o negĂłcio de telefonia apresenta desafios importantes por superar, nomeadamente na rentabilização dos investimentos em curso, num contexto onde a concorrĂȘncia Ă© mais agressiva. A empresa estĂĄ a investir na sua prĂłpria infra-estrutura.

5.5.4 GESTÃO IMOBILIÁRIA ‑ SONIP

O ano de 2016 ficou marcado por um esforço de ajustamento da actividade da Sonip à realidade e orientaçÔes de transformação do Grupo Sonangol. Neste sentido, a nova Comissão Executiva priorizou a identificação e concretização de medidas de impacto imediato na contenção de custos e na captação de receitas, assim como no levantamento e anålise rigorosa de informação de gestão essencial para a tomada de decisÔes. De salientar a execução de algumas medidas concretas tal como a realização de due dilligences (tanto à empresa como ao seu conjunto de activos), a concentração de alguns locais de trabalho de diferentes subsidiårias, para libertação de espaços arrendados a terceiros, a renegociação ou revogação de diversos contratos de arrendamento a terceiros, o foco numa maior efetividade na facturação e cobrança de rendas a inquilinos dos activos da Sonip ou sob sua gestão (tanto a nível corporativo como particular/ residencial) e ainda a entrega dos projetos em fase de conclusão (ex. Largo do Ambiente) e o congelamento de todos os projectos em curso até uma reapreciação da sua viabilidade à luz do contexto macroeconómico.

No que respeita à cooperativa Cajueiro, foram comercializados aos sócios 28 imóveis nos distintos condomínios: M’bembo M’bote, Mazozo e Jardins de Talatona.

TABELA 35STOCK IMOBILIÁRIO COMERCIALIZADO

CondomĂ­nio StockInicial2016

VendasEfectivadas

StockFinal

%PorCondomĂ­nio

M’bembo M’bote 23 5 18 22%

Mazozo 19 14 5 74%

Jardins de Talatona 9 9 - 100%

TOTAL 51 28 23 55%

5.5.5 FORMAÇÃO – ACADEMIA SONANGOL

Apesar do contexto económico desafiante, a Sonangol manteve o seu esforço de formação e capacitação de recursos humanos, não só da Sonangol, mas também do sector petrolífero e da economia em geral. Como tal, foram realizadas em 2016, 1.646 acçÔes de formação, representando um decréscimo na ordem dos 3% face ao ano anterior.

Em termos de carga horĂĄria, foram administradas 16.609 horas em 76 cursos. Em relação ao perĂ­odo homĂłlogo de 2015, registaram-se reduçÔes de 26% e 7%, nas horas de formação e no nĂșmero de cursos ministrados, respectivamente.

TABELA 36PRINCIPAIS INDICADORES DE ENSINO E FORMAÇÃO

Indicadores

Execução 2016

IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre Total VariaçãoHomĂłloga

1.FORMAÇÃO

1.1NĂșmerodeAcçÔesdeformaçãorealizadas(Unid) 437 458 425 326 1.646 -3%

1.1.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - 1 1 2 91%

1.1.2 Escola de Gestão e Liderança - - - 6 6 87%

1.1.3 Escola de Segurança 437 458 424 319 1.638 1%

1.2NĂșmerodeHorasdeFormação 4.067 4.766 4.264 3.512 16.609 -26%

1.2.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - 28 28 56 -97%

1.2.2 Escola de Gestão e Liderança - - - 144 144 -96%

1.2.3 Escola de Segurança 4.067 4.766 4.236 3.340 16.409 -2%

1.3NĂșmerodeCursosMinistrados 17 18 19 22 76 -7%

1.3.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - 1 1 2 -89%

1.3.2 Escola de Gestão e Liderança - - - 1 1 -97%

1.3.3 Escola de Segurança 17 18 18 20 73 181%

1.4NĂșmerodeFormandos 4.485 4.493 3.740 2.627 15.345 -14%

1.4.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - 11 4 15 -94%

1.4.2 Escola de Gestão e Liderança - - - 80 80 -88%

1.4.3 Escola de Segurança 4.485 4.493 3.729 2.543 15.250 -10%

2.EDUCAÇÃOEENSINO

2.1QualidadeeEnsino

2.1.1 Avaliação do Corpo Docente - - 24% 24% 24% -65%

2.1.2 RĂĄcio de Estudante por Docente - 15% 13% 13% 14% 13%

2.1.3 RĂĄcio de Docentes com Mestrado e Phd por Docentes 47% 49% 48% 46% 48% 11%

2.1.4 Taxa de Aproveitamento Académico - - 22% 43% 33% -26%

2.1.5 Taxa de EvasĂŁo Estudantil - 2% 10% 14% 9% -62%

2.2ProduçãoCientífica

2.2.1 Artigos Publicados em Revistas com Factor de Impacto - - 2 3 5 400%

2.2.2 Participação em Eventos Científicos Internacionais - - - 4 4 100%

3.BOLSASDEESTUDOS

3.1NĂșmerodeBolsasdeEstudosDisponibilizadas 1.917 1.943 1.879 1.859 1.859 -15%

3.1.1 Internas 525 538 537 549 549 -30%

3.1.2 Externas 1.392 1.405 1.342 1.310 1.310 -6%

No Ăąmbito do programa de bolsas de estudo, a Academia geriu um total de 1.859 bolsas, das quais 549 internas e 1.310 externas.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201668 69

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A Academia é responsåvel pela gestão do processo de bolsas, com orientaçÔes da Sonangol, em 5 geografias principais: EUA, RU, França, Brasil e Portugal. Em 2016 não foram concedidas novas bolsas, mas sim mantidos os actuais contratos com os bolseiros.

A escola de Segurança continua a ministrar cursos de segurança Ă  indĂșstria PetrolĂ­fera, certificados por autoridades marĂ­timas internacionais. O material do seu centro de treinamento marĂ­timo estĂĄ integralmente certificado de acordo com a norma ISO 9000. Em 2016, foram treinados nesta escola 15.250 formandos em 1.638 acçÔes de formação.

5.6 CORPORATIVO & FINANCEIRO

5.6.1 FINANCIAMENTOS

Durante o exercício de 2016, a empresa não recorreu a financiamentos bancårios internacionais para financiar os seus projectos de capitais estruturantes e outras despesas operacionais, de acordo com o orçamento anual do exercício financeiro.

5.6.2 RECURSOS HUMANOS

5.6.2.1 COMPOSIÇÃO DO EFECTIVO Para realizar a actividade de 2016, a empresa contou com um quadro efectivo total de 7.980 colaboradores activos, representando um decrĂ©scimo de 4% face ao perĂ­odo homĂłlogo de 2015.

GRÁFICO 18 NÚMERO DE TRABALHADORES DA SONANGOL

2.0122.120

1.486

481 511

2.2642.416

1.7381.751

1.481

2016 2015

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

CO

RP

OR

ATI

VO E

FIN

AN

CEI

RO

EXP

LOR

AÇ

ÃO

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RO

DU

ÇÃ

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TE

LOG

ÍSTI

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ISTR

IBU

IÇÃ

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NEG

ÓC

IOS

NÃ

ON

UC

LEAR

ES

GRÁFICO 19FORÇA DE TRABALHO EFECTIVA POR SEGMENTO DE NEGÓCIO

2016

EXPLORAÇÃOE PRODUÇÃO

REFINAÇÃO E TRANSPORTE

NEGÓCIOSNÃO NUCLEARES 22% 25%

28%

19%

6%LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO

CORPORATIVO E FINANCEIRO

A Sonangol E.P foi a empresa com maior representação, com 25% da força de trabalho activa, seguida da Sonangol Distribuidora com 18%. Por segmento de negócio, a maior parcela da força de trabalho estå concentrada no segmento de Logística e Distribuição (28%), seguido do segmento Corporativo e Financeiro (25%) e dos Negócios Não Nucleares (22%).

A força de trabalho da Sonangol é representada maioritariamente por homens (61%).

GRÁFICO 20EFECTIVO POR BANDA FUNCIONAL

ESPECIALISTAS

APOIO OPERACIONAL E ADMINISTRATIVO

7%

GESTORES11%

34%

TÉCNICA48%

Em termos de distribuição de trabalhadores efectivos por banda funcional, 48% pertenceram a categoria técnica, 34% a categoria de Apoio Operacional e Administrativa, 11% a categoria de Gestores e 7% a categoria de Especialistas.

A idade média dos colaboradores da Sonangol é de 43 anos.

5.6.2.2 TRANSFORMAÇÃO DOS RH No segundo semestre de 2016 foi iniciado um ambicioso processo de transformação da organização de toda a Sonangol. Esta transformação tem incidĂȘncia tanto nas ĂĄreas centrais como em todas as subsidiĂĄrias. Ambicioso e de elevada complexidade, o processo de transformação tem como principal objectivo alinhar a empresa com as melhores prĂĄticas do sector, no que respeita ao seu desenho organizacional, dimensionamento, bem como identificação e motivação dos melhores talentos no quadro de pessoal.

No ùmbito do projecto de transformação, e face à importùncia abrangente a todo o Grupo, a Sonagol iniciou em finais de 2016 uma reestruturação profunda da sua Direcção Corporativa de RH, a fim de atingir 7 objectivos:

‱ Posicionar os Recursos Humanos como um verdadeiro parceiro estratĂ©gico do negĂłcio;

‱ Criar uma estrutura organizacional mais ĂĄgil, cĂ©lere e eficiente;

‱ Optimizar os recursos Sonangol para que desempenhem funçÔes mais prĂłximas dos seus perfis;

‱ Aumentar a eficiĂȘncia dos processos tanto a nĂ­vel central como das subsidiĂĄrias;

‱ Capacitar líderes a serem realmente gestores das suas equipas;

‱ Introduzir maior disciplina no trabalho com a gestão de tempos;

‱ Transformar a cultura numa cultura de liderança.

A fim de melhorar as oportunidades de cada colaborador estå em curso uma revisão do Modelo de AvaliaçÔes de Desempenho que visa uma melhorar nos seguintes aspectos:

‱ Ganhos de eficiĂȘncia e resultados no trabalho, e foco no desempenho;

‱ Menor subjectividade com foco em objectivos relevantes e mensuráveis;

‱ Maior compromisso e responsabilidade por parte dos intervenientes; Promoção da meritocracia com movimentaçÔes de carreira justas.

Em simultĂąneo, a Sonangol iniciou um novo projecto de Avaliação de CompetĂȘncias para identificar o potencial de desenvolvimento dos recursos humanos na Sonangol. Este ambicioso processo, cuja segunda fase irĂĄ continuar em 2017, Ă© crĂ­tico para o enquadramento da estratĂ©gia de recursos humanos do Grupo, alinhando-o com a ambição de excelĂȘncia definida pelo Conselho de Administração.

A suportar este processo de profunda transformação foi preparado, em 2016, o lançamento de um programa de Gestão da Mudança para promover a mudança cultural e comportamental necessåria para:

‱ Criar uma cultura de ExcelĂȘncia, Rentabilidade, Rigor, TransparĂȘncia e Compromisso;

‱ Alinhar os processos e incentivos para reconhecer e responsabilizar as acçÔes individuais;

‱ Reforçar os processos e polĂ­ticas da empresa para assegurar um comportamento empresarial e profissional de acordo com os mais elevados padrĂ”es Ă©ticos.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201670 71

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5.6.3 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS CORPORATIVOS

5.6.3.1 NOVA POLÍTICA DE QSSA A PolĂ­tica de QSSA da Sonangol tem por objectivo de assegurar a identificação de riscos operacionais, de SSA (System Safety Assessment) e legais da organização, e, em paralelo, garantir a existĂȘncia de medidas que permitam mitigar essa exposição. Para cumprir este objectivo foram levadas a cabo um conjunto de iniciativas com impacto transversal a nĂ­vel de todo o grupo Sonangol e seus funcionĂĄrios:

‱ Qualidade:

‱ No que se refere Ă  gestĂŁo da Qualidade, foram aprovados os processos das unidades de negĂłcio e a estratĂ©gia da SNL E.P.;

‱ Foram revistos e auditados processos críticos do negócio na SONACI, Sonagás e Shipping, Foram auditados os Sistemas de Gestão da Qualidade comparativamente à norma internacional de gestão da Qualidade, ISO 9001:2008;

‱ Na SNL Logística e Distribuidora foi avaliado o cumprimento dos requisitos de Qualidade por parte das Áreas de QSSA e das Áreas Operacionais.

‱ Segurança

A actividade da Sonangol teve como centro a garantia do cumprimento dos requisitos legais, a redução da Taxa de Acidentes com Afastamento e a transição do Estågio de Cultura de QSSA do nível 1 para o 2.

‱ Reforço de vĂĄrios procedimentos operacionais que levaram Ă  redução em 55% do nĂșmero de acidentes fatais e Ă  redução das quantidades derramadas;

‱ Realizadas vĂĄrias campanhas de sensibilização como a Campanha Condução Segura/Sonangol 40 anos, a qual contou com a participação da Direcção Nacional de Viação e TrĂąnsito, Workshops e exposiçÔes a nĂ­vel nacional. Destaca-se tambĂ©m a Campanha Botas no Terreno, na qual foram realizadas visitas Ă s ĂĄreas operacionais da Sonangol E.P.

‱ Ambiente

No que concerne à gestão ambiental, procuraram-se salvaguardar as necessidades de os recursos para a continuidade do negócio e a mitigação e/ou eliminação dos potenciais impactes noambiente. Assim, em 2016, tiveram destaque destacam-se os seguintes programas:

‱ Programa de redução de recursos naturais (água, papel e energia);

‱ Descarte adequado de resíduos;

‱ Programa de reciclagem de pneus, óleos e outros resíduos;

‱ AcçÔes de sensibilização ambiental com exposiçÔes e campanhas ambientais.

5.6.4 CONSOLIDAÇÃO DOS PROCESSOS CORPORATIVOS

No decorrer do exercĂ­cio de 2016, e no Ăąmbito do programa de Transformação em curso, o Conselho de Administração da Sonangol fez um esforço considerĂĄvel de consolidação dos processos corporativos com ĂȘnfase na gestĂŁo de compras e reforço do controlo dos pagamentos. Foi implementado um novo processo de compras centralizĂĄveis que permite alavancar ganhos de eficiĂȘncia atravĂ©s da diminuição do nĂșmero de interfaces e fornecedores, favorecendo economias de escala e reduçÔes de custos por agregação (bundling).

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201672 73

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COMPROMISSOCOM A SOCIEDADE

06

75RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201674

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Transformarrecursosembem-estarsocial

A Sonangol assume um compromisso com o desenvolvimento sustentado e com a estabilização da nação Angolana. A Sonangol trabalha por melhorar as condiçÔes para o desenvolvimento de Angola ao apoiar projectos nas ĂĄreas de educação, cultura, desporto, ciĂȘncia e ambiente.

A Sonangol supervisiona a execução dos projectos sociais assim como a relação com os operadores nos seus Planos de Investimentos Sociais (PIS), financiados via Cost Oil ou BĂłnus de Assinatura. Para este efeito foram definidas trĂȘs linhas estratĂ©gicas prioritĂĄrias com os seguintes desenvolvimentos em 2016:

ResponsabilidadeSocialInterna

‱ Foram realizados 1.620 atendimentos de serviços sociais nos mais diversos ñmbitos de intervenção social, aos diversos utentes.

‱ Foram incluĂ­das pelo PROCIVO, nas suas diversas campanhas, mais de 3 mil crianças e distribuĂ­das por instituiçÔes em diversas provĂ­ncias mais de 3 toneladas de bens diversos, angariados entre os colaboradores.

06COMPROMISSO COM A SOCIEDADE

‱ Foi monitorizada a qualidade das 2,7 milhĂ”es de refeiçÔes servidas aos colaboradores em todo o paĂ­s, associada Ă  implementação de projectos e acçÔes no Ăąmbito da educação e segurança alimentar.

‱ No Ăąmbito da implementação do Programa de Qualidade de Vida na Sonangol, foram sensibilizados 1.170 colaboradores e seguidos 250 colaboradores com oportunidades de melhorias de diferentes subsidiĂĄrias. AlĂ©m do acompanhamento e monitorização das 480 crianças que frequentaram as instituiçÔes de infĂąncia.

AResponsabilidadeSocialExternaassentanocompromissodaSonangoleosseusparceiroscomascomunidades:

‱ Em 2016 foram monitorizados 54 Projectos de Investimento Social (PIS) da SONANGOL e suas parceiras, em diferentes concessĂ”es petrolĂ­feras, e disponibilizados Ă  comunidade 15 PIS do Cost Oil. Das mais de 300 solicitaçÔes de PatrocĂ­nios, foram aprovadas 37

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201676 77

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PERSPECTIVASPARA O FUTURO

07

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201678 79

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7.1 EVOLUÇÃO DO CONTEXTO NACIONAL E INTERNACIONAL

Depois de cinco anos de desaceleração no crescimento económico, as perspectivas para as economias emergentes recuperaram em 2016 alcançando um crescimento de 4,6% em 2016 e uma previsão de 4,5% para 2017. De acordo com o Fundo Monetårio Internacional (IMF WEO Update, January 2017), esta recuperação, de que Angola serå beneficiåria, pode ser justificada por alguns factores, nomeadamente:

‱ A estabilização da economia chinesa e perspectivas de saĂ­da da crise por parte do Brasil e RĂșssia;

‱ A recuperação significativa dos preços das commodities;

‱ A perspectiva do aumento de investimentos, que inicialmente foi incentivado por um contexto de taxas de juro baixas nas economias desenvolvidas, mas que actualmente está a reverter-se.

Na indĂșstria petrolĂ­fera mundial existe um consenso generalizado que, apesar do aumento que se prevĂȘ na procura (em boa parte motivado pela recuperação das economias emergentes, e pela perspectiva de um crescimento robusto – ainda que nĂŁo muito acelerado – nas economias desenvolvidas), a proliferação de fontes alternativas de oferta de hidrocarbonetos alterou a estrutura da curva da oferta mundial. NĂŁo Ă©, portanto, expectĂĄvel uma rĂĄpida recuperação do preço do crude para os nĂ­veis de 2013 e 2014. Quanto ao gĂĄs, de acordo aos dados publicados na Rystad em 2017, apesar das perspectivas para o futuro preverem um crescimento material da procura, esta, sendo importante, nĂŁo serĂĄ suficiente para substituir a procura de petrĂłleo. Em suma, podemos identificar trĂȘs grandes tendĂȘncias na indĂșstria a nĂ­vel mundial:

07PERSPECTIVAS PARA O FUTURO

‱ A procura de petrĂłleo Ă© estĂĄvel, sendo necessĂĄrias novas fontes produção para colmatar o gap de produção;

‱ A procura de gĂĄs Ă© crescente mas nĂŁo ameaça o consumo de petrĂłleo;

‱ Os operadores estão a diversificar portfólio de produção com gás e unconventional.

Face Ă  ligeira recuperação da economia mundial e Ă  manutenção da procura de petrĂłleo Ă© expectĂĄvel que se inicie um novo ciclo de investimento na indĂșstria mas sob um novo paradigma em que:

‱ Apesar das perspectivas encorajadoras para 2017, os níveis de investimento continuarão muito abaixo dos níveis de 2014, indicando uma limitação de capital;

‱ A redução de investimentos de 2013 a 2016 impediu a reposição de reservas dos operadores, sendo esperado um novo ciclo de investimento.

‱ Os operadores continuarão a ter dificuldade de acesso a dívida para novos projectos;

‱ O nĂ­vel de risco serĂĄ um critĂ©rio cada vez mais importante para os operadores, que privilegiam oportunidades de payback rĂĄpido e breakeven mais reduzido.

Adicionalmente, os operadores tĂȘm demonstrado preocupação com os regimes fiscais dos paĂ­ses produtores sendo que alguns paĂ­ses, nomeadamente Reino Unido, Brasil e Índia, jĂĄ tomaram medidas para tornar a produção mais rentĂĄvel e atrair investimento. Para os paĂ­ses produtores isto significa que para se manterem competitivos e atractivos ao investimento devem reanalisar a sua oferta fiscal e ponderar novos incentivos comerciais.

A atractividade do sector petrolĂ­fero nacional deve ser, tambĂ©m, assegurada pela sua eficiĂȘncia e pela redução dos custos de operar em Angola. A Sonangol estĂĄ fortemente comprometida com este desĂ­gnio, estando a implementar medidas e programas que vĂŁo permitir reduzir o custo de produção no PaĂ­s, de forma sustentada.

Quanto Ă  economia nacional existem sinais bastantes encorajadores na capacidade de evolução e diversificação do tecido empresarial nacional. É palpĂĄvel o desenvolvimento em sectores nĂŁo petrolĂ­feros exportadores e em sectores de substituição de importaçÔes (como a agricultura e a indĂșstria transformadora). A Sonangol serĂĄ um agente atento e participativo na promoção da diversificação da economia sempre e quando possa participar em projectos de elevado impacto e criação de valor.

7.2 NOVA PRODUÇÃO

No quadro actual, de forma a manter os níveis de produção que permitam o desenvolvimento da Sonangol e, mais crítico, a libertação de recursos para o accionista Estado e para o País, a Sonangol deve continuar a realizar um esforço por manter os volumes de produção nacionais de petróleo e gås nos níveis actuais, ou eventualmente superiores, focando-se adicionalmente na criação de valor (e não meramente em volumes).

É essencial que a Sonangol E.P. garanta novos projectos de produção, tanto para o petrĂłleo como para o gĂĄs, devendo incentivar a implementação de uma sĂ©rie de medidas que possam conduzir a esse quadro, nomeadamente, e sem ser exaustivo:

‱ A Sonangol deve garantir a flexibilidade financeira para acompanhar níveis de investimento nos blocos em que participa;

‱ A Sonangol deve, igualmente, incentivar projectos em blocos com investimento reduzido ou sem a participação da Sonangol;

‱ Será urgente reavaliar a exploração e programar planos de bidrounds;

‱ No actual contexto, de maior aversĂŁo ao risco e foco na rentabilidade, Ă© crĂ­tico avaliar oportunidades de menor investimento e avaliar modelos complementares ao de PSA para grandes investimentos;

‱ A actual inexistĂȘncia de matriz de gĂĄs desincentiva investimento em campos com reservas elevadas de gĂĄs, sendo crucial que se defina uma matriz de gĂĄs e se fomente a exploração deste recurso.

7.3 IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE TRANSFORMAÇÃO

Como jå referido, face ao contexto económico actual e com base nos resultados do diagnóstico feito à Sonangol, o Conselho de Administração identificou a necessidade de priorizar a transformação operacional da empresa, tendo sido criado um programa ambicioso de transformação baseado em cinco (5) pilares estratégicos que visam não só lidar com os desafios que empresa estå a enfrentar actualmente mas também preparå-la para o futuro, tornando-a mais sustentåvel.

Os pilares estratĂ©gicos em que assenta este programa sĂŁo: a redução de custos – atravĂ©s do programa Sonalight; o aumento de receitas atravĂ©s do programa Sonaplus; oRedesenhodeProcessos e a OptimizaçãoOrganizativa tendo em vista evoluir processos e organização em linha com as melhores prĂĄticas, e a MudançadaCultura focando na rentabilidade, excelĂȘncia, rigor, transparĂȘncia e compromisso

A implementação com sucesso deste programa, lançado em 2016, é a matriz base que orientarå a acção do Conselho de Administração em 2017.

81RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201680

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PROPOSTADE APLICAÇÃO

DE RESULTADOS

08

83RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201682

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A Sonagol E.P. encerrou o exercĂ­cio de 2016 com um resultado lĂ­quido positivo de 13.281.678.224 AOA apurado em conformidade com a Lei das Sociedades Comerciais 1/04, de 13 de Fevereiro.

O Conselho de Administração propÔe, nos termos legais, que o resultado líquido do exercício de 2016, seja aplicado da seguinte forma:

‱ 10% para constituição da reserva legal, cujo valor cumulativo não deve exceder 2% do capital estatutário;

‱ Pelo menos 10% para a constituição do fundo para avaliação dos potenciais de exploração dos recursos de hidrocarbonetos;

‱ Pelo menos 5% para o fundo de outros investimentos;

‱ AtĂ© 5% para o fundo social;

‱ O montante remanescente aplicado em Resultados Transitados.

Luanda, 22 de Junho de 2017

O Conselho de Administração

08PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

85RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201684

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ANEXOS

09

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201686 87

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31-12-2016 31-12-2015

AOA AOA

Assets

Non-currentAssets

Tangible fixed assets 937.802.927.657 816.000.337.114

Intangible assets 65.059.719.976 30.085.222.003

Oil&Gas upstream assets 2.447.205.577.713 1.685.112.617.507

Reversible assets 167.395.967.501 -

Exploration and evaluation assets 724.759.575.062 126.797.283.209

Investments in subsidiaries and associates 470.928.863.134 684.095.454.331

Other financial assets 178.422.503.244 239.006.873.583

Other non-current assets 613.187.525.103 1.540.099.649.526

Bank deposits 222.410.168.298 -

TotalNon-currentAssets 5.827.172.827.688 5.121.197.437.272

CurrentAssets

Inventories 100.547.093.054 112.145.562.903

Accounts receivable 745.937.958.438 476.802.584.626

Cash and equivalents 826.942.310.235 612.012.426.498

Other current assets 8.080.175.562 24.601.830.659

TotalCurrentAssets 1.681.507.537.289 1.225.562.404.685

Total Assets 7.508.680.364.977 6.346.759.841.957

EquityandLiabilities

Equity

Capital 1.946.558.748.877 1.285.386.630.238

Reserves and retained earnings 338.098.712.393 658.012.125.318

Translation adjustments (financial statement conversion) 838.166.239.916 538.546.953.088

Income for the year 13.281.678.224 47.168.755.661

TotalEquity 3.136.105.379.410 2.529.114.464.306

Non-CurrentLiabilities

Medium and long term loans 1.144.568.504.953 1.399.951.616.146

Employee benefit liability 104.559.096.058 90.517.865.013

Provisions for other risks and charges 1.222.092.751.908 840.762.821.277

Other non-current liabilities 137.700.246.412 105.387.334.355

TotalNon-CurrentLiabilities 2.608.920.599.331 2.436.619.636.790

CurrentLiabilities

Accounts payable 1.151.232.809.152 844.493.052.874

Short term loans 507.473.441.589 450.746.221.639

Other current liabilities 104.948.135.494 85.786.466.348

TotalCurrentLiabilities 1.763.654.386.236 1.381.025.740.861

TotalLiabilities 4.372.574.985.567 3.817.645.377.652

Total Equity and Liabilities 7.508.680.364.977 6.346.759.841.957

31-12-2016 31-12-2015

AOA AOA

Vendas 22 2.283.777.182.435 2.204.629.805.500

Prestação de serviços 23 153.224.082.059 125.507.581.433

Outros proveitos operacionais 24 14.892.561.009 19.548.358.800

2.451.893.825.503 2.349.685.745.733

Variação nos produtos acabados e em vias de fabrico

25 3.836.578.246 3.704.162.142

Entregas ao Estado das vendas da “Concessionária”

26 (895.401.469.527) (896.003.230.503)

Custos das existĂȘncias vendidas e das matĂ©rias-primas e subsidiĂĄrias consumidas

27 (387.384.114.574) (470.572.686.343)

Custos da actividade mineira 27A (265.076.687.029) (241.180.301.496)

Custos com o pessoal 28 (157.888.458.184) (135.030.918.980)

AmortizaçÔes 29 (369.588.981.285) (326.668.631.760)

Outros custos e perdas operacionais 30 (224.713.290.176) (224.937.544.983)

(2.296.216.422.529) (2.290.689.151.924)

Resultados operacionais: 155.677.402.974 58.996.593.809

Resultados financeiros 31 (54.032.242.686) 112.717.710.570

Resultados de filiais e associadas 32 4.155.000.522 36.150.780.982

Resultados nĂŁo operacionais 33 (8.528.579.984) (102.571.154.705)

(58.405.822.148) 46.297.336.848

Resultados antes de impostos: 97.271.580.826 105.293.930.657

Imposto sobre o rendimento 35 (84.068.375.918) (57.200.225.969)

Resultados lĂ­quidos das actividades correntes:

13.203.204.908 48.093.704.688

Resultados extraordinĂĄrios 34 78.473.316 (924.949.027)

Resultado lĂ­quido do exercĂ­cio 13.281.678.224 47.168.755.661

09ANEXOS

9.1 A) RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS CONTAS CONSOLIDADAS À DATA DE 31 DE DEZEMBRO DE 2016

9.1 B) DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS A 31 DEZEMBRO 2016

A. BALANÇO FINACEIRO

9.1 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201688 89

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9.1 C) DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA31-12-2016 31-12-2015

AOA AOA

Rubricas

Fluxos de caixa das actividades operacionais 2.278.348.412.578 1.521.584.831.534

Recebimentos de clientes (1.615.184.518.515) (861.393.859.993)

Pagamentos a fornecedores (158.012.847.123) (136.730.464.995)

Caixa gerada pela operaçÔes 505.151.046.940 523.460.506.546

Pagamento/recebimento de impostos (124.959.795.905) (72.547.080.021)

Outros recebimentos/pagamentos (93.783.699.526) (12.876.710.582)

Diferençascambiaisemactividadesoperacionais 253.413.671 220.217.733.426

Fluxos de caixa das actividades operacionais [1] 286.660.965.181 658.254.449.368

Fluxosdecaixadasactividadesdeinvestimento

Pagamentos respeitantes a:

ImobilizaçÔes corpóreas (108.069.924.072) (82.546.664.592)

ImobilizaçÔes incorpóreas (29.328.130.338) (240.273.787)

Actividade Mineira (447.640.264.982) (597.748.320.382)

Investimentos financeiros 0 (93.215.170.654)

Investimentos em imĂłveis (10.900.820.321) (5.437.682.886)

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 86.645.166.117 11.783.333.201

Juros e proveitos similares 9.553.186.272 5.443.752.865

Dividendosoulucrosrecebidos 4.155.000.522 44.895.474.784

Diferençascambiaisemactividadesdeinvestimento (99.735.854.512) (694.398.928.798)

Fluxos de caixa das actividades de investimento [3]] (595.321.641.315) (1 411.464.480.249)

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

Financiamento obtidos 0 125.783.212.871

RealizaçÔes de Capital e outros instrumentos de capital próprio 672 .486.100.000 67.994.200.000

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos (586.521.578.372) (390.853.552.219)

OrdinĂĄrios (414.690 054 563) (390.853.552.219)

Reembolsos antecipados (171.831 523 810) 0

Juros e custos similares (48.511.431.177 (71.661.833.469)

Diferenças cambiais em actividades de financiamento 376.551.705.769 471.410.821.814

Fluxos de caixa das actividades de financiamento [3] 414.004.796.220 202.672.848.997

Variação de caixa e seus equivalentes [1]+[2]+[3]=[4] [4] 105.344.120.085 (547 .766.808.325)

Efeitos das taxas de cĂąmbio 331.995.931.951 398.127.542.893

Caixa e seus equivalentes no inĂ­cio do perĂ­odo 612.012.426.498 699.545.177.413

Caixa e seus equivalentes no fim do perĂ­odo 1.049.352.478.534 612.012.426.498

9.2 RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS CONTAS CONSOLIDADAS À DATA DE 31 DE DEZEMBRO DE 2016

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201690 91

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RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201692 93

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9.3 PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS CONTAS CONSOLIDADAS À DATA DE 31 DE DEZEMBRO DE 2016

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201694 95

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9.4 ACRÓNIMOS

N/O ACRÓNIMO SIGNIFICADO

1 CON CONGOONSHORE

2 ALNG FÁBRICADEGÁSNATURALLIQUEFEITO,LOCALIZADANOSOYO

3 BBL BARRIS(159LITROS)

4 BBLS BARRISDEPETRÓLEOBRUTO

5 BOE BARRILDEPETRÓLEOEQUIVALENTE

6 BOPD BARRISDEPETRÓLEOPORDIA

7 EPCE NGINEERING,PROCUREMENT,CONSTRUCTION

8 EPCIE NGINEERINGPROCUREMENTCONSTRUCTIONANDINSTALLATION

9 EPSCC ENGINEERING,PROCUREMENT,SUPPLY,CONSTRUCTIONANDCOMMISSIONING

10 ESSA EMPRESADESERVIÇOSDESONDAGEMDEANGOLA

11 FEED FRONTENDENGINEERINGDESIGN

12 FPSO FLOATINGPRODUCTION,STORAGEANDOFFLOADING

13 FBE FUSIONBONDEDEPOXI

14 FS ASSOCIAÇÃOFINASONANGOL

15 FST ASSOCIAÇÃOFINASONANGOLTEXACO

16 KM2 QUILÓMETROSQUADRADOS

17 KM QUILÓMETROS

18 KON KWANZAONSHORE

19 KWIP KUNGULOWATERINJECTIONPLATFORM

20 LNG GÁSNATURALLIQUIFEITO

21 LPG GÁSDEPETRÓLEOLIQUIFEITO

22 M3 METROSCÚBICOS

23 MAT MINISTÉRIODAADMINISTRAÇÃODOTERRITÓRIO

24 MBBL MILHARESDEBARRIS

25 MBITS/SEG MILHÕESDEBITSPORSEGUNDO

26 MINPET MINISTÉRIODOSPETRÓLEOSDEANGOLA

27 MSCF THOUSANDSTANDARDCUBICFEET

28 MUSD MILHARESDEDÓLARESNORTEAMERICANOS

29 OCDE ORGANIZAÇÃOPARACOOPERAÇÃOEDESENVOLVIMENTOECONÓMICO

30 OFE OWNERFURNISHEDEQUIPMENT

31 PSVM PLUTÃO,SATURNO,VÉNUSEMARTE

32 SIS SISTEMADETRANSMISSÃOINTELIGENTEDESEGURANÇA

33 TM TONELADASMETRICAS

34 U.M. UNIDADEDEMEDIDA

35 USD DÓLARNORTEAMERICANO

36 USD/BBL DÓLARESNORTEAMERICANOSPORBARRIL

37 WHP WELLHEADPLATFORM

38 ICSS INTEGRATEDCONTROLANDSAFETYSYSTEMS

39 GASÓLEO(MGO) MARINEGASOIL

ÍNDICE DETALHADO1 MENSAGEMDAPRESIDENTEDOCONSELHODEADMINISTRAÇÃO 62 ASONANGOLE.P. 10

2.1 MODELOEMPRESARIALDASONANGOL,E.P. 12

2.2 GOVERNOCORPORATIVO 15

3 ENQUADRAMENTOESTRATÉGICO 183.1 CONTEXTOINTERNACIONAL 20

3.2 CONTEXTONACIONAL 20

3.3 CONTEXTOSONANGOL 21

3.4 ESTRATÉGIADASONANGOL 21

3.4.1 INICIATIVASDERESPOSTAÀSITUAÇÃODEURGÊNCIA 21

3.4.2 LANÇAMENTODANOVAESTRATÉGIADASONANGOL 22

4 SÍNTESEDOSRESULTADOS 244.1 SUMÁRIOEXECUTIVO 26

4.2 DESEMPENHOOPERACIONAL–EBITDA 26

4.3 DESEMPENHOOPERACIONAL–RESULTADOLÍQUIDO 27

4.4 INVESTIMENTOS 27

5 DESEMPENHOPORSEGMENTODENEGÓCIO 305.1 CONCESSIONÁRIA 32

5.1.1 EXPLORAÇÃO 33

5.1.1.1 LICITAÇÕES 33

5.1.1.2 AQUISIÇÃOSÍSMICA 33

5.1.1.3 PROCESSAMENTOSÍSMICO 34

5.1.1.4 SONDAGEM-ACTIVIDADEDEEXPLORAÇÃOEAVALIAÇÃO 35

5.1.1.5 RECURSOSDESCOBERTOS 37

5.1.1.6 PROJECTOSDEDESENVOLVIMENTO 37

5.1.2 PRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTO&GÁS 38

5.1.2.1 PRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTO 38

5.1.2.2 DIREITOSDEPETRÓLEOBRUTODACONCESSIONÁRIANACIONAL 43

5.1.2.3 PRODUÇÃODEGÁS 44

5.1.2.3.1 PRODUÇÃODEGÁSNATURALASSOCIADO 44

5.1.2.3.2 PRODUÇÃODELPG 45

5.1.2.3.3 PRODUÇÃODELNGECONDENSADOS 46

5.1.3 GESTÃOECONÓMICADASCONCESSÕES 46

5.1.3.1 CUSTOSDEPRODUÇÃO 46

5.1.4 EXPORTAÇÕESDACONCESSIONÁRIA 47

5.1.4.1 RECUPERAÇÃODOSINVESTIMENTOSREALIZADOSNASCONCESSÕESEMPRODUÇÃO 47

5.2 CADEIAPRIMÁRIADEVALOR–SEGMENTOUPSTREAM 48

5.2.1 PRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTODASONANGOLINVESTIDORA 49

5.2.2 PRODUÇÃODEGÁSDASONANGOLE.P. 50

5.2.2.1 PRODUÇÃODELPG 50

5.2.2.2 PRODUÇÃODELNGECONDENSADOS 51

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201696 97

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5.2.2.3 PROJECTOSESTRUTURANTESDACADEIADEVALORUPSTREAM 51

5.3 CADEIAPRIMÁRIADEVALOR–SEGMENTOMIDSTREAM 51

5.3.1 NEGÓCIODEREFINAÇÃO 52

5.3.2 NEGÓCIODETRANSPORTEDEPETRÓLEOBRUTO,REFINADOSEGÁS 55

5.3.3 PROJECTOSESTRUTURANTESDACADEIADEVALORMIDSTREAM 56

5.3.3.1 PROJECTODECONSTRUÇÃODAREFINARIADELOBITO 56

5.4 CADEIAPRIMÁRIADEVALOR-SEGMENTODOWNSTREAM 56

5.4.1 NEGÓCIODELOGÍSTICA 57

5.4.1.1 APROVISIONAMENTO 57

5.4.1.2 ARMAZENAGEM 58

5.4.2 NEGÓCIODEDISTRIBUIÇÃO 59

5.4.2.1 COMERCIALIZAÇÃO 59

5.4.3 COMERCIALIZAÇÃOINTERNACIONAL 61

5.4.3.1 PETRÓLEOBRUTO 61

5.4.3.2 PREÇODASRAMASANGOLANAS 63

5.4.3.3 EXPORTAÇÃODEPRODUTOSREFINADOS 63

5.5 NEGÓCIOSNÃONUCLEARES 64

5.5.1 AVIAÇÃO-SONAIR 64

5.5.2 SAÚDE-CLÍNICAGIRASSOL 66

5.5.3 TELECOMUNICAÇÕES-MSTELCOM 67

5.5.4 GESTÃOIMOBILIÁRIA-SONIP 68

5.5.5 FORMAÇÃO–ACADEMIASONANGOL 69

5.6 CORPORATIVO&FINANCEIRO 70

5.6.1 FINANCIAMENTOS 70

5.6.2 RECURSOSHUMANOS 70

5.6.2.1 COMPOSIÇÃODOEFECTIVO 70

5.6.2.2 TRANSFORMAÇÃODOSRH 71

5.6.3 ORGANIZAÇÃOEPROCESSOSCORPORATIVOS 72

5.6.3.1 NOVAPOLÍTICADEQSSA 72

5.6.4 CONSOLIDAÇÃODOSPROCESSOSCORPORATIVOS 72

6 COMPROMISSOCOMASOCIEDADE 747 PERSPECTIVASPARAOFUTURO 78

7.1 EVOLUÇÃODOCONTEXTONACIONALEINTERNACIONAL 80

7.2 NOVAPRODUÇÃO 81

7.3 IMPLEMENTAÇÃODOPROGRAMADETRANSFORMAÇÃO 81

8 PROPOSTADEAPLICAÇÃODERESULTADOS 829 ANEXOS 86

9.1 DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRASCONSOLIDADAS 88

A) BALANÇOFINACEIRO 88

B) DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRASCONSOLIDADASA31DEZEMBRO2016 89

C) DEMONSTRAÇÃOCONSOLIDADADOSFLUXOSDECAIXA 90

9.2 RELATÓRIODOAUDITORINDEPENDENTESOBREASCONTASCONSOLIDADASÀDATADE31DEDEZEMBRODE2016 91

9.3 PARECERDOCONSELHOFISCALSOBREASCONTASCONSOLIDADASÀDATADE31DEDEZEMBRODE2016 94

9.4 ACRÓNIMOS 96

LEGENDAS

GRÁFICOS:

GRÁFICO1–EVOLUÇÃODOPREÇOBRENTENTRE2014E2016 20

GRÁFICO2–EVOLUÇÃODOCRESCIMENTODOPIB2010–2016(%) 20

GRÁFICO3–EVOLUÇÃODATAXADEINFLAÇÃO2010–2016(%) 21

GRÁFICO4–EBITDAPORSEGMENTO 26

GRÁFICO5–RESULTADOLÍQUIDO2016PORSEGMENTO 27

GRÁFICO6-EXECUÇÃODOSINVESTIMENTOSPORSEGMENTO 28

GRÁFICO7–PRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTODEANGOLAPORBLOCO 40

GRÁFICO8-PRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTOPOROPERADOR 41

GRÁFICO9–DIREITOSDEPETRÓLEOBRUTODACONCESSIONÁRIAPORBLOCO 44

GRÁFICO10-PRODUÇÃODELPGPORORIGEM 45

GRÁFICO11-PERFILDEPRODUÇÃODEPRODUTOSREFINADOS 54

GRÁFICO12-TRANSPORTEDEPRODUTOSREFINADOSEGÁS 56

GRÁFICO13-COMERCIALIZAÇÃODEPRODUTOSREFINADOSPORSEGMENTODENEGÓCIOS 59

GRÁFICO14–QUOTADEMERCADOPORSEGMENTODENEGÓCIOS 60

GRÁFICO15-EXPORTAÇÃODEPETRÓLEOBRUTOPORRAMA 62

GRÁFICO16-EVOLUÇÃODOPREÇODOBRENTERAMASANGOLANAS 63

GRÁFICO17-PERFILDEEXPORTAÇÃODEPRODUTOSREFINADOS 64

GRÁFICO18-NÚMERODETRABALHADORESDASONANGOL 70

GRÁFICO19–FORÇADETRABALHOEFECTIVAPORSEGMENTODENEGÓCIO 70

GRÁFICO20-EFECTIVOPORBANDAFUNCIONAL 70

TABELAS:TABELA1–PROGRAMADEINVESTIMENTOSDASONANGOLE.PDE2016 28

TABELA2-ACTIVIDADEDEEXPLORAÇÃO[AQUISIÇÃOSÍSMICA] 33

TABELA3-PROCESSAMENTOSÍSMICOCONCLUÍDO 34

TABELA4-PROCESSAMENTOSÍSMICOEMCURSO 35

TABELA5-POÇOSDEPESQUISA 35

TABELA6-POÇOSDEAVALIAÇÃO 36

TABELA7–POÇOSDEDESENVOLVIMENTO 36

TABELA8-RECURSOSDEHIDROCARBONETOSDESCOBERTOS 37

TABELA9–PONTODESITUAÇÃODOSPROJECTOSPETROLÍFEROS 37

TABELA10-PRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTODEANGOLA 38

TABELA11-DIREITOSDEPRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTOPORCOMPANHIAS 40

TABELA12-PRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTOPOROPERADOR 41

TABELA13–DIREITOSDEPETRÓLEOBRUTODACONCESSIONÁRIANACIONAL 43

TABELA14-PRODUÇÃOGÁSNATURALASSOCIADO 44

TABELA15-PRODUÇÃODELPGDEANGOLA 45

TABELA16-CUSTOSDEOPERAÇÃONASCONCESSÕESEMPRODUÇÃO 46

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201698 99