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RELATĂRIODE GESTĂO& CONTASCONSOLIDADAS2016Sociedade Nacionalde CombustĂveis de Angola
Rua Rainha Ginga n. 29-31 Caixa Postal 1316Luanda â RepĂșblica de AngolaTel.: (002442) 226642010 · Fax: (002442) 332578|396496E-mail: [email protected]
00ĂNDICEGERALRESUMIDO
ĂNDICE
1 MENSAGEMDAPRESIDENTEDOCONSELHODEADMINISTRAĂĂO 6
2 ASONANGOLE.P. 10
2.1 MODELOEMPRESARIALDASONANGOL,E.P. 12
2.2 GOVERNOCORPORATIVO 15
3 ENQUADRAMENTOESTRATĂGICO 18
3.1 CONTEXTOINTERNACIONAL 20
3.2 CONTEXTONACIONAL 20
3.3 CONTEXTOSONANGOL 21
3.4 ESTRATĂGIADASONANGOL 21
4 SĂNTESEDOSRESULTADOS 24
4.1 SUMĂRIOEXECUTIVO 26
4.2 DESEMPENHOOPERACIONALâEBITDA 26
4.3 DESEMPENHOOPERACIONALâRESULTADOLĂQUIDO 27
4.4 INVESTIMENTOS 27
5 DESEMPENHOPORSEGMENTODENEGĂCIO 30
5.1 CONCESSIONĂRIA 32
5.2 CADEIAPRIMĂRIADEVALORâSEGMENTOUPSTREAM 48
5.3 CADEIAPRIMĂRIADEVALORâSEGMENTOMIDSTREAM 51
5.4 CADEIAPRIMĂRIADEVALOR-SEGMENTODOWNSTREAM 56
5.5 NEGĂCIOSNĂONUCLEARES 64
5.6 CORPORATIVO&FINANCEIRO 70
6 COMPROMISSOCOMASOCIEDADE 74
7 PERSPECTIVASPARAOFUTURO 78
7.1 EVOLUĂĂODOCONTEXTONACIONALEINTERNACIONAL 80
7.2 NOVAPRODUĂĂO 81
7.3 IMPLEMENTAĂĂODOPROGRAMADETRANSFORMAĂĂO 81
8 PROPOSTADEAPLICAĂĂODERESULTADOS 82
9 ANEXOS 86
9.1 DEMONSTRAĂĂESFINANCEIRASCONSOLIDADAS 88
9.2 RELATĂRIODOAUDITORINDEPENDENTESOBREASCONTASCONSOLIDADASĂDATADE31DEDEZEMBRODE2016 91
9.3 PARECERDOCONSELHOFISCALSOBREASCONTASCONSOLIDADASĂDATADE31DEDEZEMBRODE2016 94
9.4 ACRĂNIMOS 96
5RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 20164
MENSAGEM DAPRESIDENTE
DO CONSELHO DEADMINISTRAĂĂO
01
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 20166 7
Foi com grande sentido de missão e de responsabilidade que assumi, em Junho de 2016, um dos maiores desafios da minha vida profissional, ao iniciar o mandato como Presidente do Conselho de Administração da Sonangol E.P.
Desde entĂŁo, os Administradores Executivos e NĂŁo Executivos, com o apoio dos Colaboradores da empresa, em cooperação com os Parceiros de NegĂłcio e em coordenação com o Accionista Estado, tĂȘm vindo a implementar o exigente e desafiante processo de transformação do Grupo Sonangol.
à importante ter sempre presente que este processo de transformação decorre num contexto externo complexo, caracterizado por uma grande volatilidade dos mercados, baixos preços do barril de petróleo, por uma diminuição do apetite internacional pelo investimento em exploração e por uma menor procura nacional em muitos negócios do Grupo Sonangol. Simultaneamente, a anålise interna à situação da empresa revelou desafios financeiros, organizacionais, culturais e processuais que suplantaram o que inicialmente era esperado.
Em face destas circunstĂąncias, a prioridade imediata foi o saneamento financeiro da empresa, o aumento da eficiĂȘncia nas suas vĂĄrias operaçÔes, o enfoque na cadeia de valor do petrĂłleo e gĂĄs natural e a criação dos alicerces para uma mudança organizacional e cultural sustentĂĄvel. Este esforço de reestruturação da empresa tem estado assente em cinco valores fundamentais â Rigor, Rentabilidade, TransparĂȘncia, ExcelĂȘncia e Compromisso â atravĂ©s dos quais se procurou compatibilizar as urgentes mudanças com a necessĂĄria estabilidade.
Em 2016 lançaram-se as bases de vĂĄrios programas cuja progressiva implementação permitirĂĄ criar um grupo competitivo a nĂvel mundial. De entre estes programas, destacam-se o Sonalight, que jĂĄ estĂĄ a contribuir para o aumento da eficiĂȘncia, a eliminação de desperdĂcios e a redução de custos e o Sonaplus, que tem permitido aumentar as receitas e rentabilizar os activos da empresa. Ambos tĂȘm sido programas-chave para assegurar os resultados apresentados em 2016 e projectar a sua melhoria futura.
Por sua vez, a iniciativa de Redesenho de Processos estå a contribuir para executar mais e controlar melhor enquanto o esforço de Optimização Organizativa tem estado a criar organizaçÔes mais bem estruturadas e mais ågeis, quer nas vårias direcçÔes corporativas quer nas subsidiårias da Sonangol. Ao mesmo tempo o Programa de Gestão da Mudança tem criado as condiçÔes para a construção de uma força de trabalho mais capacitada, mais motivada e mobilizada para os objectivos prioritårios do Grupo.
Em total alinhamento com estes pilares estratĂ©gicos globais, cada empresa e subsidiĂĄria estĂŁo igualmente a passar por um profundo processo de reestruturação, revendo modelos de negĂłcio, aumentando a sua eficiĂȘncia e eficĂĄcia, optimizando os seus investimentos e transformando-se, assim, organizacionalmente.
A reestruturação estĂĄ a ser realizada a par do reforço do nosso compromisso com a Segurança, Qualidade e Ambiente Sublinho a redução em 2016 do nĂșmero de acidentes e dos indicadores de sinistralidade, o que nos motiva para continuar a implementação das melhores prĂĄticas de segurança em todo o Grupo.
Ă importante realçar tambĂ©m que uma das prioridades em 2016 foi o desenvolvimento do nosso capital humano, investindo em formação, promovendo quadros internos de alto potencial e recrutando externamente quadros, quando necessĂĄrio, para posiçÔes crĂticas e cujos perfis eram inexistentes no Grupo.
Muito jĂĄ foi feito em 2016. Muito mais do que alguns acreditavam ser possĂvel. Mas o mais estimulante Ă© o quanto Ă© possĂvel e se estĂĄ a fazer para tornar a Sonangol num Grupo Empresarial rentĂĄvel, que seja uma referĂȘncia em termos de desenvolvimento econĂłmico e de capital humano. Estou, tal como todo o Conselho de Administração, profundamente empenhada em devolver a este sĂmbolo da riqueza e do potencial de valor do nosso PaĂs o respeito merecido por parte dos parceiros de negĂłcio, dos clientes, das demais empresas nacionais e internacionais, dos seus colaboradores e de todos os Angolanos.
Ă um ano apĂłs a entrada em funçÔes deste Conselho de Administração que vos reforço que estamos mais que nunca comprometidos com a implementação de uma cultura de excelĂȘncia, porque sĂł esta nos permitirĂĄ enfrentar com sucesso os grandes desafios que o contexto do sector petrolĂfero coloca Ă Sonangol e ao PaĂs.
ISABEL DOS SANTOSPRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAĂĂO
01MENSAGEM DA PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAĂĂO
9RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 20168
SONANGOLE. P.
02
11RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201610
02SONANGOLE. P.
2.1 MODELO EMPRESARIAL DA SONANGOL, E.P.
A Sonangol E.P. desenvolve as suas actividades por intermĂ©dio de 18 empresas subsidiĂĄrias, sendo de um modo geral responsĂĄvel pela definição das linhas estratĂ©gicas, fornecimento de orientaçÔes, supervisĂŁo e apoio Ă gestĂŁo especialmente no processo de tomada de decisĂŁo. Estas empresas actuam no mercado em trĂȘs dimensĂ”es, ou seja:
âą A Sonangol, E.P., exerce a função de ConcessionĂĄria nacional, tendo-lhe sido concedidos pelo Estado os direitos mineiros para a prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos lĂquidos ou gasosos. Na sua qualidade de ConcessionĂĄria Nacional estĂĄ autorizada a associar-se a entidades, estrangeiras ou nacionais, para realização das operaçÔes petrolĂferas no territĂłrio nacional, as quais, actualmente, podem ser realizadas na forma de contratos de associação, contratos de partilha de produção e contratos de serviços com risco.
âą Adicionalmente, a Sonangol E.P. actua como uma empresa integrada de petrĂłleo e gĂĄs, assumindo um papel de holding operacional centralizadora, constituĂda pelas seguintes empresas na sua cadeia de valor primĂĄria:
âą ExploraçãoeProdução (Upstream): constituĂdo por um conjunto de empresas subsidiĂĄrias que tĂȘm como actividade principal a exploração, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos (petrĂłleo bruto e gĂĄs natural), nomeadamente:
. Sonangol Pesquisa e Produção;. Sonangol Hidrocarbonetos Internacional; . Sonangol Gås Natural.
âą RefinaçãoeTransporte(Midstream):congrega as empresas de refinação e transporte marĂtimo de petrĂłleo bruto e produtos refinados, nomeadamente:
. Sonangol Shipping Holdings Limited;. Sonangol Refinação.
âą LogĂsticaeDistribuição(Downstream):Integra as empresas subsidiĂĄrias da Sonangol E.P. que se dedicam ao aprovisionamento, armazenagem, distribuição e comercialização de produtos refinados de petrĂłleo bruto e gĂĄs, nomeadamente:
. Sonangol LogĂstica; Sonangol Distribuidora;
. Sonangol Comercialização Internacional.
âą Adicionalmente a Sonangol actua noutros dois segmentos de negĂłcio, nomeadamente:
âą Corporativo e Financeiro (Corporate & Financing): constituĂdo pelas empresas que asseguram o desenvolvimento da função concessionĂĄria, das funçÔes corporativas transversais, de suporte e monitoramento das empresas, especificamente
. Sonangol E.P. (ConcessionĂĄria) e Sonangol Finance;
âą Actividades NĂŁo Nucleares (Non Core): constituĂdo pelo conjunto de empresas
subsidiĂĄrias cuja actividade principal visa dar suporte aos negĂłcios nucleares da Sonangol, E.P., assim como empresas que desenvolvem negĂłcios de carĂĄcter social e relacionados com o desenvolvimento de capital humano, ou que tĂȘm como prioridade o apoio ao desenvolvimento econĂłmico do PaĂs.
. Sonair, MS Telcom, Sonangol Holdings, Sonangol Investimentos Industriais (SIIND), Sonangol ImobiliĂĄria e Propriedades (SONIP), ClĂnica Girassol, Academia Sonangol e Sonangol Vida.
FIGURA 1A SONANGOL, E.P. COMO EMPRESA INTEGRADA DE PETRĂLEO E GĂS
UPSTREAM
EXPLORAĂĂO E PRODUĂĂO
SONANGOL GĂS NATURAL
SONANGOL PESQUISA E PRODUĂĂO
SONANGOL HIDROCARBONETOS INTERNACIONAL
CRUDEDERIVADOS DE PETRĂLEO
SONANGOL SHIPPING
SONANGOL LOGĂSTICA
SONANGOL DISTRIBUIDORA
SONANGOL GĂS NATURAL
SONANGOL DISTRIBUIDORA
SONANGOL GĂS NATURAL
SONANGOL REFINAĂĂO
SONANGOL GĂS NATURAL
TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO
MARKETING E COMERCIALIZAĂĂOLNG / REFINARIA DISTRIBUIĂĂO
LOG. PRIMĂRIA
PLATAFORMAS NAVIOS
NAVIOS
VAGĂES CISTERNA
PIPELINES
REFINARIA
LOG. SECUNDĂRIA
SONANGOL
OUTROS OPERADORES
AVIAĂĂO
MARINHA
B2B
LUBRIFICANTES
GPL
TRADING SONANGOL COMERCIALIZAĂĂO INTERNACIONAL
CORPORATIVO E FINANCEIRO SONANGOL FINANCE SONANGOL E.P.
UPSTREAM MIDSTREAM DOWNSTREAM
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201612 13
2.2 GOVERNO CORPORATIVO
ISABEL DOS SANTOSPRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAĂĂO
ADMINISTRADORES
CĂSAR PAXI PEDRO
EDSON DOS SANTOS
EUNICE DE CARVALHO
JOĂO DOS SANTOS
JORGEDE ABREU
JOSĂGIME
ANDRĂ LELO
SARJURAIKUNDALIA
MANUELLEMOS
PAULINOJERĂNIMOPRESIDENTE DA COMISSĂOEXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAĂĂO
FIGURA 2MATRIZ EMPRESARIAL DA SONANGOL, E.P. E VISĂO GERAL DAS SUAS PARTICIPADAS
ILUSTRATIVO - EMPRESASPARTICIPADAS PELA SONANGOL E.P. NA CADEIA PRIMĂRIA
· PUMA ENERGY· SONASING SAXI-BATUQUE· SONASING KUITO· LOBINAVE· ALM - ANGOLA LNG MARKETING· SONASING XIKOMBA· SONASING SANHA· SONASING MONDO· REFINARIA DO LOBITO· JASMIN (JOINT VENTURE)· ALNG S. SERVICES· ALNG SUPPLY LTD· SONANGOL SĂO TOMĂ OFFSHORE· SONANGOL STARFISH OIL & GAS· SONANGOL HIDROCARB. INTERNACIONAL· SONANGOL ASIA. SONANGOL USA COMPANY· SONANGOL CABO VERDE· SONANGOL LIMITED· SOMG· OPCO
UP
STR
EA
M ·
MID
STR
EA
M ·
DO
WN
STR
EA
MC
AD
EIA
DE
VALO
R P
RIM
ĂR
IAEXPLORAĂĂO E PRODUĂĂO
REFINAĂĂO E TRANSPORTE
LOGĂSTICA E DISTRIBUIĂĂO
SONANGOL P&PSONANGOL HIDROCAC. INTL.SONANGĂS
SONANGOL SHIPPINGSONANGOL REFINAĂĂO
SONANGOL LOGĂSTICASONANGOL DISTRIBUIDORASONANGOL COMERC. INTL.
ILUSTRATIVO - EMPRESASPARTICIPADAS PELA SONANGOL E.P. NOSNEGĂCIOS NĂO NUCLEARES
· SONASURF· ANGOFLEX· SONATIDE MARINE· TECHNIP ANGOLA· ESTALEIRO NAVAL DE PORTO AMBOIM· SONADIETS· SONAID· MOTA ENGIL ANGOLA· BCGA· UNITEL· BAI· ANGOLA CABLES· BIOCOM· MILLENNIUM BCP· BANCO ECONĂMICO· GENIUS· E.I.H· PDA· BAUXITE ANGOLA· SODIMO· KWANDA· SONAMEMT INDUSTRIAL· BAYVIEW
CORPORATIVOE FINANCEIRO
NEGĂCIOS NĂO NUCLEARES
SONANGOL, E.P.SONANGOL FINANCE
SONAIRMS TELCOMSONANGOL HOLDINGSIINDSONIPCLINICA GIRASSOLACADEMIA SONANGOLSONANGOL VIDA
15RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201614
QUADRO DE DISTRIBUIĂĂODE PELOUROS DOS MEMBROSDO CONSELHO DE ADMINISTRAĂĂODA SONANGOL, E.P.
PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAĂĂO (PCA)ISABEL DOS SANTOS
DIRECĂĂO DE AUDITORIAE CONTROLO INTERNO (DACI)NELSON EFEINGE BERNARDO
DIRECĂĂO DE FINANĂAS(DF)
VANESSA COSTA
DIRECĂĂO DE PLANEAMENTO(DPL)
KID DOS SANTOS CARVALHO
DIRECĂĂO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAĂĂO (DTI)
ALBERTO RIBEIRO
DIRECĂĂO DE SISTEMAS DE INFORMAĂĂO(DSI)
ANDRE PITRA
GABINETE DE RELAĂĂES COM OESTADO E FISCALIDADE (GEF)
VANESSA GODINHO
UNIDADE DE GESTĂO DE PROCESSOS(UGP)
DANIELA MATOS
DIRECĂĂO DE RESPONSABILIDADE SOCIALCORPORATIVA (DRSC)
ARLETE BORGES
COMITĂ DE COORDENAĂĂO DOSPROJECTOS SOCIAS NO SOYO (CCPSS)
HELDER JOAQUIM DOS SANTOS
CLINICA GIRASSOLANTĂNIO FILIPE JĂNIOR
SONANGOL SERVIĂO AĂREO, S.A(SONAIR)
MANUEL LEMOS
MSTELCOM, LDA(MERCURY)
DIOGO DA SILVA MANUEL
SONANGOL PESQUISA E PRODUĂĂO, S.A.(SNL P&P)
ISABEL DOS SANTOS
SONANGOL HIDROCARBONETOSINTERNACIONAL
FREDERICO FERRAZ DOMINGOS
SONANGOL GĂS NATURAL, LDA(SONAGĂS)
RUBEN DA COSTA
SONANGOL SHIPPING HOLDINGS LIMITED(SSHL)
CARLOS ALBERTO VICENTE ANTĂNIO
SONANGOL REFINAĂĂO, S.A(SONAREF)
JOĂO RAMOS
DIRECĂĂO DE RECURSOS HUMANOS(DRH)
MARIA DO ROSĂRIO VIEGAS
GABINETE DE COMUNICAĂĂO E IMAGEM(GCI)
MATEUS CRISTOVĂO BENZA
ACADEMIA SONANGOL, S.ABALTAZAR AGOSTINHO GONĂALVES MIGUEL
CENTRO RECREATIVO PAZ FLORADALBERTO SENA
SONANGOL LOGĂSTICALUĂS MARIA
DIRECĂĂO DE GESTĂO DE PROJECTOS(DGPE)
JOAQUIM SOARES KITECULO
SONANGOL HOLDINGS, LDAJOSINA BAIĂO MAGALHĂES
ESSA, LDAFERNANDO ALBERTO LEMOS SOARES
DA FONSECA
SONANGOL INVESTIMENTOS INDUSTRIAIS(SIIND)
EUGĂNIO BRAVO DA ROSA
SONANGOL IMOBILIĂRIA E PROPRIEDADE,LDA (SONIP)
JOĂO SARAIVA DOS SANTOS
COOPERATIVA CAJUEIRO
DIRECĂĂO DO COMITĂ DE CONTROLO DASCONCESSĂES (CCC)
PEDRO MANUEL ALEXANDRE
DIRECĂĂO DE ECONOMIA DASCONCESSĂES (DEC)NATACHA MASSANO
DIRECĂĂO DE EXPLORAĂĂO (DEX)DOMINGOS CUNHA
GABINETE DE ARQUIVO E GESTĂO DEDADOS (GAD)
ISABEL POLICARPO DA SILVA
SONANGOL INTEGRATED LOGISTICSERVICES (SONILS)
HELDER SOUSA
QUICOMBO SUPORTE LOGĂSTICO S.A.MARIA AMĂLIA VAN-DĂNEM
SONANGOL DISTRIBUIDORA, S.A.FILOMENA ROSA
DIRECĂĂO DE QUALIDADE, SEGURANĂA EAMBIENTE (DQSA)DANIELA MATOS
SONANGOL COMERCIALIZAĂĂO INTERNACIONAL (SONACI)
LUĂS PEDRO MANUEL
DIRECĂĂO CENTRAL DE LOGĂSTICA (DCL)ROSSANA MARILIA LAURESTINHO
FUNDO SOCIAL
LUXERVIZA, LDA( GERAĂĂO DE ENERGIA ELĂCTRICA)
JOĂO DA SILVA
CENTRO DE APOIO EMPRESARIAL
DIRECĂĂO DE SEGURANĂA EMPRESARIAL(DSE)
MANUEL DA SILVA
DIRECĂĂO DE SERVIĂOS JURĂDICOS(DSJ)
TIAGO ALEXANDRE COSTA NETO
DIRECĂĂO DE ADMINISTRAĂĂO EINFRAESTRUTURAS (DAI)
CĂSAR PAXI PEDRO
DIRECĂĂO DE GESTĂO DE RISCOS(DGR)
ALBERTO CARDOSO PEREIRA
SONANGOL VIDA
FUNDO DE PENSĂES DA SONANGOL
LIDERANĂA DO PMO E IMPLEMENTAĂĂODA TRANSFORMAĂĂO
NĂCLEO DE PETROQUĂMICARODOLFO AGUIAR
SONANGOL FINANCE LIMITEDISABEL DOS SANTOS
DIRECĂĂO DE PRODUĂĂO (DPRO)BELARMINO CHITAGUELENCA
DIRECĂĂO DE LABORATĂRIO CENTRAL (LAB)ANTĂNIO AUGUSTO MORAIS GARCIA
ADMINISTRADORSARJU RAIKUNDALIA
ADMINISTRADORMANUEL LEMOS
ADMINISTRADOREDSON DOS SANTOS
ADMINISTRADOREUNICE CARVALHO
ADMINISTRADORCĂSAR PAXI PEDRO
ADMINISTRADORJOĂO DOS SANTOS
ADMINISTRADORJORGE DE ABREU
DIRECĂĂO DE NEGOCIAĂĂES (DNEG)SUZEL CARDOSO ALVES
CHINA SONANGOL INTERNACIONAL
PRESIDENTE DA COMISSĂO EXECUTIVA (PCE)PAULINO JERĂNIMO
ADMINISTRADORES SEM PELOURO
FUNDO DE ABANDONO
ADMINISTRADORAndré Lelo
ADMINISTRADORJosé Gime
02GOVERNOCORPORATIVO
17RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201616
ENQUADRAMENTOESTRATĂGICO
03
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201618 19
03ENQUADRAMENTO ESTRATĂGICO
3.1 CONTEXTO INTERNACIONAL
Apesar do inĂcio de 2016 ter sido marcado por instabilidade, o decorrer do ano mostrou sinais de recuperação que se reflectiram num crescimento moderado da economia mundial. As Ășltimas estimativas do Fundo MonetĂĄrio Internacional (FMI) indicam que em 2016 a economia mundial cresceu 3,1%, um valor ainda assim inferior a 2015, que viu um crescimento de 3,2%.
GRĂFICO 1 EVOLUĂĂO DO PREĂO BRENT ENTRE 2014 E 2016
120
110
100
90
80
70
60
50
40
30
202014
112
31
2015 2016
-73%$96,7 RAMASSNL 2014
$49,9 RAMASSNL 2015(-48% vs 2014)
$41,9 RAMASSNL 2016(-16% vs 2015)
Fonte: Thomson Reuters; FMI
No sector petrolĂfero observou-se, durante o primeiro semestre de 2016, a continuação da queda acentuada do preço do petrĂłleo, tendo-se registado uma recuperação do preço no segundo semestre. A recuperação foi, no entanto, insuficiente tendo o preço mĂ©dio do crude e do gĂĄs em 2016 decrescido face a 2015. Esta queda reflectiu-se num decrĂ©scimo do preço mĂ©dio em 2016 das ramas Sonangol em 16% face Ă mĂ©dia anual de 2015, o que nĂŁo sĂł colocou importantes desafios Ă Sonangol E.P. mas tambĂ©m Ă s operadoras internacionais em actividade em Angola.
GRĂFICO 3 EVOLUĂĂO DA TAXA DE INFLAĂĂO 2010 â 2016 (%)
Fonte: EIU; FMI
40
30
20
10
02010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
14,5 13,510,3
8,8 7,310,3
32,4
3.3 CONTEXTO SONANGOL
No contexto actual de redução estrutural do preço do petróleo a Sonangol, tal como todas as empresas do sector, deparou-se com enormes desafios financeiros devido à redução da receita, nomeadamente em divisas.
Este cenĂĄrio de redução acentuada de receitas da Sonangol nĂŁo foi acompanhado, quer 2015 quer no primeiro semestre de 2016, por uma redução de custos nem por uma revisĂŁo da estratĂ©gia de investimento da empresa. Esta inacção conduziu a uma situação difĂcil perante os credores internacionais, reduzindo a capacidade de obter novos financiamentos, fundamentais para a sustentabilidade das operaçÔes e para a manutenção dos nĂveis de produção.
A situação do sector petrolĂfero criou a necessidade do novo Conselho de Administração assegurar um conhecimento total do estado da empresa. Para tal realizou-se uma avaliação profunda da situação da Sonangol em cinco dimensĂ”es: a situação financeira e fiscal, a organização, os recursos humanos, os processos e os sistemas de informação da empresa.
Esta avaliação revelou uma situação mais grave do que o inicialmente esperado, com diversas lacunas operacionais, organizativas e processuais que se reflectiram numa situação financeira crĂtica que importava corrigir. Assim:
âą Do ponto de vista financeiro foram detectadas inconsistĂȘncias na informação financeira, com falta de controlo sobre vĂĄrias participaçÔes financeiras, tendo ficado, adicionalmente, evidente a necessidade da reestruturação financeira da empresa para conseguir cumprir com os compromissos de dĂvida anteriormente assumidos;
Adicionalmente, verificou-se a desvalorização do Kwanza face às principais moedas internacionais (cerca de 23% face ao dólar americano), o que encareceu em moeda nacional o custo da importação de equipamento, matérias-primas e serviços.
3.2 CONTEXTO NACIONAL
A continuação do contexto desafiante a nĂvel internacional teve um impacto natural no contexto nacional. Este impacto advĂ©m da conhecida forte dependĂȘncia da economia nacional da venda de hidrocarbonetos tanto para a geração de riqueza, como para a geração de divisas para o paĂs e de receitas para o Estado.
Assim, a descida do preço de petrĂłleo teve um impacto na desaceleração do crescimento do PIB e, em conjunto com a desvalorização do Kwanza, contribuĂram para o aumento da inflação.
GRĂFICO 2EVOLUĂĂO DO CRESCIMENTO DO PIB 2010 â 2016 (%)
8
6
4
2
02010
% C
RE
SCIM
EN
TO P
IB
2011 2012 2013 2014 2015 2016
3,43,8
5,2
6,9
4,8
3,1
0,5
Fonte: EIU; FMI
O contexto nacional afectou naturalmente a procura interna por produtos e serviços comercializados pela Sonangol, em particular no segmento de negócio da distribuição de produtos refinados e em diversos negócios da cadeia não nuclear
âą Ao nĂvel de Recursos Humanos foi identificado um sobredimensionamento da estrutura, existindo cerca de 22 mil pessoas ligadas ao Grupo Sonangol, com cerca de 8.000 colaboradores activos e mais de 1.100 colaboradores nĂŁo activos, que representam um custo anual superior a 40 milhĂ”es de dĂłlares;
âą Na componente organizativa foi concluĂdo que o modelo actual necessita de ser alinhado com as melhores prĂĄticas nacionais e internacionais. Em particular, existe um nĂșmero elevado de camadas hierĂĄrquicas o que dificulta a tomada de decisĂŁo e reduz a rapidez de resposta aos desafios do mercado;
âą No que diz respeito aos processos, foi identificado um desalinhamento com boas prĂĄticas, o nĂŁo cumprimento dos procedimentos e normas internas e a falta de mecanismos de controlo. O resultado sĂŁo processos ineficientes, muitas vezes executados manualmente;
âą Os sistemas informĂĄticos foram tambĂ©m alvo de diagnĂłstico, tendo sido demonstrada a falta de fiabilidade da informação e profundas debilidades ao nĂvel do sistema de contabilidade (SAP), com elevado risco para o negĂłcio e tomada de decisĂŁo.
Da anĂĄlise levada a cabo ficou claro que os desafios que se colocam Ă empresa resultam nĂŁo sĂł da queda do preço do petrĂłleo, mas, fundamentalmente, de polĂticas de gestĂŁo e financeiras pouco alinhadas com as melhores prĂĄticas internacionais e que carecem de revisĂŁo profunda de forma a assegurar a sustentabilidade futura da empresa.
3.4 ESTRATĂGIA DA SONANGOL
O novo Conselho de Administração da Sonangol E.P. abraçou este contexto desafiante com entusiasmo e com o compromisso de melhorar a eficiĂȘncia, aumentar a rentabilidade, a transparĂȘncia da gestĂŁo e preparar a empresa para o novo modelo do sector petrolĂfero Angolano.
3.4.1 INICIATIVAS DE RESPOSTA Ă SITUAĂĂO DE URGĂNCIA
Nos primeiros meses do mandato, o Conselho de Administração lançou um conjunto de iniciativas em resposta Ă situação de urgĂȘncia de onde se destacam medidas para tornar a Sonangol uma empresa mais eficiente e eficaz, diminuindo custos, racionalizando recursos e optimizando processos, atravĂ©s de:
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201620 21
âą Medidas de contenção de custos e de aumento de eficiĂȘncia para fazer crescer a rentabilidade no negĂłcio de PetrĂłleo e GĂĄs, como sejam:
âą Cancelamento de contratos nĂŁo prioritĂĄrios;
âą InĂcio da distribuição de produtos derivados do petrĂłleo por transporte ferroviĂĄrio, entre Lobito e Luena.
âą Medidas de contenção de custos e de aumento de eficiĂȘncia nas ĂĄreas centrais da Sonangol E.P. e nos serviços de apoio:
⹠Negociação ou cancelamento de contratos;
⹠Racionalização de diversos gastos e consumos supérfluos.
⹠Reavaliação de investimentos com foco na sustentabilidade e na criação de valor para a economia Angolana:
⹠Reavaliação dos investimentos na refinaria do Lobito e no terminal oceùnico do Dande para assegurar a sua viabilidade a longo prazo;
⹠Continuação do forte esforço de investimento na Exploração, Desenvolvimento e Produção da Sonangol P&P e parceiros operadores em Angola.
âą RevisĂŁo de processos crĂticos da Sonangol, como a definição do plano de negĂłcios e o processo de orçamentação, bem como do processo de compras e contratação de serviços, revisto observando a nova lei da contratação pĂșblica e as melhores prĂĄticas;
âą Reforço das competĂȘncias, com a identificação de ĂĄreas da empresa para reforço de competĂȘncias e arranque de esforço de recrutamento, interno e externo, para colmatar as lacunas identificadas.
Complementarmente, o Conselho de Administração estabeleceu uma nova pråtica de gestão que valoriza a comunicação aberta, envolve a organização na tomada de decisão e fomenta a participação dos colaboradores na transformação da Sonangol. Destacam-se:
⹠A criação de 10 comités de gestão por årea de acção, envolvendo Administradores e Directores para conjuntamente definir, avaliar e acompanhar a implementação de iniciativas que contribuam para o aumento da rentabilidade, da produção e da segurança da empresa;
âą A realização de mais de 40 encontros entre Administração e Colaboradores, nĂŁo sĂł para esclarecer dĂșvidas quanto Ă s acçÔes em curso e apresentar o novo modelo do sector petrolĂfero, mas tambĂ©m para ouvir sugestĂ”es da força de trabalho.
Finalmente, e para reforçar a confiança e o clima de cooperação com os seus parceiros, a Sonangol estabeleceu uma prĂĄtica de transparĂȘncia e diĂĄlogo atravĂ©s de encontros frequentes e abertos. Estes encontros visaram explicar as principais mudanças no sector e apresentar as iniciativas em curso para melhoria da eficiĂȘncia da empresa reflectindo-se em:
⹠Encontros com investidores, para reforçar a forte base de confiança que assegura as fontes de financiamento para os investimentos prioritårios que se pretendem realizar nos próximos anos;
⹠Encontros com operadores e prestadores de serviço do sector, para melhorar o clima e métodos de trabalho;
⹠Comunicação frequente dos resultados económico-financeiros e a coordenação institucional com o MINFIN, o MINPET e o BNA.
3.4.2 LANĂAMENTO DA NOVA ESTRATĂGIA DA SONANGOL
Em paralelo, e de forma mais estrutural, o Conselho de Administração definiu uma nova estratégia de médio prazo sustentada em cinco pilares fundamentais, que consubstanciam o Programa de Transformação da Sonangol e que absorveram e potenciaram as iniciativas entretanto lançadas.
Ao nĂvel da redução de custos, estĂĄ em curso um ambicioso programa â o ProgramaSonalight â centrado na redução de despesa com Fornecimentos e Serviços Externos via negociação de contratos (ex. P&P), centralização de volumes (ex. Manutenção de EdifĂcios), e racionalização de gastos (ex. Seguros); e na redução de custos com recursos humanos, via dimensionamento correcto das operaçÔes (ex. Shipping) e revisĂŁo da polĂtica de compensaçÔes (ex. redução de subsĂdios). O programa Sonalight jĂĄ identificou 1,2 biliĂ”es de dĂłlares e permitiu a implementação de mais de 315 milhĂ”es de dĂłlares de poupanças anuais parte das quais em 2016.
No que respeita ao aumento de receitas foi lançado o Programa Sonaplus que tem vindo a identificar e implementar oportunidades de aumentos dos volumes vendidos (ex. Betumes), de optimização dos mixs produzidos (ex. Refinação), de revisĂŁo dos preços (ex. Lubrificantes), de revisĂŁo das polĂticas comerciais (ex. OperaçÔes de Cabotagem) e de reforço das acçÔes de garantia de receita (ex. ClĂnica Girassol).
A renovação da Sonangol tem passado tambĂ©m pela OptimizaçãoOrganizativa e pelo RedesenhodeProcessos, estando em curso a simplificação organizativa (ex. Sonaci, P&P, Sonaref e todas as funçÔes da concessionĂĄria), a descentralização de decisĂ”es (ex. Implementação de ComitĂ©s de GestĂŁo), a contratação de perfis em ĂĄreas chave (ex. com o programa de GestĂŁo de Talentos), o redesenho de processos crĂticos (ex. Formalização de Contratos e Execução de Pagamentos) e o aumento de controlo em processos chave (ex. reforço da utilização do sistema SAP para controlo do processo de compras e criação de um novo sistema de informação de gestĂŁo).
Por Ășltimo, o Programa de Transformação pretende incutir no Grupo uma Cultura de Rigor, Rentabilidade, TransparĂȘncia, ExcelĂȘncia e Compromisso, estando a ser implementadas nas vĂĄrias direcçÔes corporativas e subsidiĂĄrias iniciativas de gestĂŁo da mudança, comunicação e capacitação.
2016 foi o ano de arranque. 2017 serå seguramente o ano de crescimento e consolidação dos impactos nas 5 grandes iniciativas do Programa de Transformação do Grupo Sonangol.
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201622 23
SĂNTESE DOS RESULTADOS
04
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 2016 2524
04SĂNTESE DOS RESULTADOS
4.1 SUMĂRIO EXECUTIVO
A queda, acentuada e prolongada, do preço do PetrĂłleo Bruto no mercado internacional, condicionou o desempenho financeiro da Sonangol muito embora, o lançamento da implementação de um programa rigoroso de transformação, focado na TransparĂȘncia, Rigor, ExcelĂȘncia e Rentabilidade e Compromisso, tenha permitido começar a fase de libertação do
potencial da Sonangol.
O EBITDA consolidado atingiu os 525.266 milhĂ”es de Kwanzas, registando um aumento de 139.601 milhĂ”es de Kwanzas face ao exercĂcio anterior, motivado pelo crescimento verificado nas prestaçÔes de serviços e pela redução no custo com existĂȘncias.
O Resultado LĂquido consolidado foi de 13.282 milhĂ”es de Kwanzas, registando uma diminuição de 72% face ao exercĂcio de 2015, como resultado de uma diminuição nos resultados financeiros e nos resultados de filiais e associadas.
O Programa de Investimentos da Sonangol E.P., para o exercĂcio de 2016, apresentou um valor de USD 3 biliĂ”es, com 97% do total investido em Exploração e Produção, o que correspondeu a um decrĂ©scimo de 35% face ao ano anterior. Esta redução deve-se Ă necessidade de reavaliar decisĂ”es de investimento Ă luz do novo contexto macroeconĂłmico e dos cenĂĄrios de evolução do preço do crude.
A Sonangol atingiu uma Situação LĂquida de 3.136 biliĂ”es de Kwanzas, com uma variação positiva de 607 biliĂ”es de Kwanzas face ao ano anterior. Esta melhoria foi influenciada pelo aporte de fundos por parte do accionista, pela revisĂŁo das politicas contabilĂsticas Ă luz da melhor compreensĂŁo do enquadramento tĂ©cnico e legal dos activos da concessionĂĄria, pelo aumento do perĂmetro de consolidação e pelo registo de outros activos que se encontravam omissos nas contas. Contrariamente a estes efeitos, e decorrente do esforço do Conselho de Administração para proceder a um reporte mais transparente e alinhado com as melhores
prĂĄticas contabilĂsticas, concorreram os ajustes no valor de cerca de 830 biliĂ”es de Kwanzas referentes a imparidades e outras correcçÔes de exercĂcios passados no valor de cerca de 298 biliĂ”es de Kwanzas.
As imparidades a destacar correspondem a activos mineiros e participaçÔes financeiras no valor de cerca de 551 biliĂ”es de Kwanzas relativas a correcçÔes de erros de exercĂcios anteriores.
4.2 DESEMPENHO OPERACIONAL â EBITDA
GRĂFICO 4 EBITDA POR SEGMENTO
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
-100.000
CO
RP
OR
ATE
AN
D F
INA
NC
ING
UP
STR
EA
M
MID
STR
EA
M
DO
WN
TRE
AM
NO
N-C
OR
E
AJU
STA
MEM
TOS
DE
CO
NSO
LID
AĂ
ĂO
TOTA
L
-8,255
262,854
234,723 1,72320,384 525,266
14,185
O EBITDA consolidado atingiu os 525.266 milhÔes de Kwanzas, um crescimento de 36%, motivado em grande parte pelo desempenho da actividade de Upstream e Downstream. Estes dois segmentos representam, respectivamente, 50% e 45% do total do EBITDA de 2016.
O EBITDA registado no segmento de Corporate and Financing, no ano de 2016, foi negativo em cerca de 8.255 milhÔes de Kwanzas devido ao facto deste segmento do grupo agregar algumas das actividades de suporte à actividade dos restantes segmentos.
O segmento de Upstream (ExploraçãoeProdução)representa cerca de 50% do EBITDA registado no exercĂcio e teve uma variação positiva de 23% face a 2015. O total da produção teve uma variação homĂłloga positiva de 3% resultando numa produção mĂ©dia diĂĄria de 234 mil Bbls. Relativamente Ă produção de gĂĄs, a Sonangol registou um aumento de 24% na produção LPG, que passou de 223 mil toneladas mĂ©tricas para 277 mil toneladas mĂ©tricas.
Em 2016, o EBITDA imputado ao segmento de Midstream (RefinaçãoeTransporte) representou 3% do total do EBITDA da Sonangol. A melhoria da estabilidade da refinaria de Luanda motivou um aumento de 2% nas quantidades de PetrĂłleo Bruto fornecido, sendo que a utilização da capacidade instalada se situou nos 83%, tendo observado um incremento de 1,5% face ao ano anterior. Com a disponibilidade de petrĂłleo bruto, foi possĂvel processar 19.649.171 barris, representando uma variação positiva de 2% face a 2015. A produção de produtos refinados atingiu as 2.561.663 toneladas mĂ©tricas, representando uma variação positiva de 3% face ao ano anterior. No que respeita ao transporte de petrĂłleo bruto assistimos a um aumento de 6% nas quantidades transportadas, no entanto, o transporte de produtos derivados decresceu 32%, motivado pelo contexto macroeconĂłmico e pelo arrefecimento da economia.
O EBITDA registado no segmento Downstream (LogĂsticaeDistribuição) atingiu os 234 mil milhĂ”es de Kwanzas, representando 45% do total do exercĂcio e registando um aumento de 29% face ao exercĂcio anterior, devido essencialmente Ă redução no custo das matĂ©rias vendidas. As actividades de aprovisionamento e armazenagem registaram um decrĂ©scimo de 18% e 8%, respectivamente, devido Ă retracção no consumo de derivados. A comercialização de produtos refinados registou igualmente um decrĂ©scimo de 12%, explicado pela contracção da procura, decorrente da conjuntura econĂłmica nacional e do aumento dos preços dos produtos refinados, como consequĂȘncia da eliminação das subvençÔes ao preço dos principais produtos refinados.
O EBITDA imputado aos NegĂłciosnĂŁo-nucleares foi, em 2016, de 1.376 milhĂ”es de Kwanzas representando uma redução de 64% face a 2015. O indicador foi fortemente afectado pela redução do nĂșmero de horas voadas pela Sonair e pela redução da actividade da ClĂnica Girassol. No entanto o lançamento da implementação de um programa rigoroso de controlo de custos e aumento de eficiĂȘncia, bem como de iniciativas de aumento de receitas, dentro dos programas Sonalight e Sonaplus, permitiu atenuar o efeito destas reduçÔes.
4.3 DESEMPENHO OPERACIONAL â RESULTADO LĂQUIDO
GRĂFICO 5RESULTADO LĂQUIDO 2016 POR SEGMENTO
CO
RP
OR
ATE
AN
D F
INA
NC
ING
UP
STR
EA
M
MID
STR
EA
M
DO
WN
TRE
AM
NO
N-C
OR
E
AJU
STA
MEM
TOS
DE
CO
NSO
LID
AĂ
ĂO
TOTA
L
13.282
68.772
13.061134.219
-100.000
0
100.000
200.000
47.760
- 138.649
- 111.881
MilhÔes de kwanzas
O Resultado LĂquido consolidado foi de 13.282 milhĂ”es de Kwanzas, registando uma diminuição de 72% face ao exercĂcio de 2015. Para este resultado contribuĂram de forma significativa a actividade de Downstream e o resultado do segmento Corporate and Financing que incorpora cerca de 142 milhĂ”es de Kwanzas de resultados financeiros, resultados de filiais e associadas e resultados nĂŁo operacionais.
Apesar do esforço efectuado, na execução do programa Sonalight, o segmento non-core ainda apresentou resultados negativos de cerca de 138.649 milhÔes de Kwanzas.
4.4 INVESTIMENTOS
Dada a implementação das medidas de reavaliação de investimentos, com foco na sustentabilidade e na criação de valor, para tornar a empresa mais eficiente e eficaz, os investimentos realizados atingiram um montante de USD 2.922M correspondente a um decrĂ©scimo de 35% face ao ano de 2015, e representando um cumprimento de 57% da meta prevista para o perĂodo.
Foi dada prioridade aos investimentos produtivos, preferencialmente aqueles com impacto directo na melhoria e crescimento da produção. Assim, o segmento de Exploração e Produção foi o que mais contribuiu para execução do programa de Investimentos, com cerca de 95,5% do valor realizado, ou seja, com USD 2.792M, concentrados
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201626 27
nas concessĂ”es petrolĂferas do Bloco 0 (Mafumeira Sul), onde a Sonangol E.P. detĂ©m uma participação de 41%; nos Blocos 15/06, onde a Sonangol P&P detĂ©m uma participação de 36,84%; no Bloco 31 e no projecto Kaombo (Bloco 32), onde a Sonangol P&P detĂ©m 45% e 30%, respectivamente.
Outros investimentos de menor dimensĂŁo foram realizados na refinação e na logĂstica e distribuição, para fazer face a desafios operacionais e de crescimento do negĂłcio.
TABELA 1 PROGRAMA DE INVESTIMENTOS DA SONANGOL E.P DE 2016
U.M.: MIL USD
DesignaçãoExecução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre Execução VariaçãoHomĂłloga
CorporativoeFinanceiro - 139 - - 139 -99%
Sonangol E.P. - 139 - - 139 -99%
ExploraçãoeProdução 877.125 665.816 663.226 585.830 2.791.996 -31%
Sonangol E.P. - BLOCO 0 154.568 94.313 123.107 44.543 416.531 -60%
Sonangol Pesquisa e Produção 718.059 548.309 516.361 557.894 2.340.623 -19%
Sonangol Hidrocarbonetos Internacionais - - - - - -100%
SonagĂĄs 558 19.099 20.076 -18.178 21.555 -64%
ESSA (Perfuração) 3.939 4.095 3.682 1.571 13.287 -23%
RefinaçãoeTransporte 40.168 5.766 53.176 23.025 122.135 40%
Sonangol Shipping 86 259 259 - 604 n.a
Sonangol Refinação 40.082 5.507 52.917 23.025 121.531 40%
Sonarel - 722 52.917 23.025 76.664 389%
Sonaref 40.082 4.785 - - 44.867 -37%
LogĂstica&Distribuição 1.588 1.984 - 1.433 5.005 -97%
Sonangol LogĂstica - - - - - -100%
Sonangol Distribuidora 1.588 1.984 - 1.433 5.005 -69%
Projecto Bases LogĂsticas - - - - - -
NegĂłciosNĂŁoNucleares 3.237 190 - - 3.427 -98%
Sonair 85 - - - 85 n.a
Sonangol MSTelcom 530 - - - 530 -91%
Sonangol Holdings - - - - - n.a
Sonangol Investimentos Industriais (SIIND) - - - - - n.a
Sonangol ImobiliĂĄria e Propriedades (SONIP) 2.622 190 - - 2.812 -92%
ClĂnica Girassol - - - - - n.a
Academia Sonangol - - - - - n.a
FUTURAS INSTALAĂĂES DA ACADEMIA - - - - - n.a
CFMA - - - - - n.a
ISPTEC - - - - - n.a
TOTAL 922.118 673.895 716.401 610.287 2.922.702 -35%
GRĂFICO 6 EXECUĂĂO DOS INVESTIMENTOS POR SEGMENTO
0,000% 20,000% 40,000% 60,000% 80,000% 100,000% 120,000%
Corporativoe Financeiro
NegĂłciosNĂŁo Nucleares
LogĂsticae Distribuição
Refinação e Transporte
Exporação e Produção
0,005%
0,12%
0,17%
4,18%
95,53%
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201628 29
DESEMPENHO POR SEGMENTO
DE NEGĂCIO
05
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201630 3131
05DESEMPENHO PORSEGMENTO DE NEGĂCIO
5.1 CONCESSIONĂRIA
O abrandamento a nĂvel mundial da actividade exploratĂłria no sector petrolĂfero reflectiu-se na actividade da ConcessionĂĄria durante o ano de 2016. Assim, num contexto de redução da procura, nĂŁo foram realizadas quaisquer licitaçÔes de blocos petrolĂferos, a actividade sĂsmica decresceu significativamente face ao perĂodo homĂłlogo (actividade sĂsmica 2D e 4D inexistente e 3D diminuĂda em 80%) e apenas 3 poços de pesquisa foram perfurados (7 poços perfurados no perĂodo homĂłlogo).
No geral, em 2016 descobriram-se menos 669 milhĂ”es de BOE face ao perĂodo homĂłlogo, justificado por um decrĂ©scimo significativo das descobertas de gĂĄs que nĂŁo foi compensado pelo acrĂ©scimo de 300 milhĂ”es de barris de petrĂłleo bruto.
Apesar da produção esperada ser relativamente estĂĄvel (em mĂ©dia 622 Mbbl/ano produzidos anualmente atĂ© 2019, excluindo o impacto da ANLG), numa perspectiva de mĂ©dio prazo serĂĄ necessĂĄrio investir em nova produção. Neste sentido, a ConcessionĂĄria tem vindo a desenvolver projetos chave â Mafumeira Sul (Bloco 0), Polo Este (Bloco 15/06), DĂĄlia Fase 1 (Bloco 17) e Kaombo (Bloco 32) - com perspectivas de inĂcio de produção entre 2016 e 2018 e que preveem uma produção estimada que ultrapassa os 1000 Mbbl.
A entrada antecipada em produção de dois destes projetos em 2016, Bloco 0 e Bloco 15/06, permitiu atenuar a redução registada na produção essencialmente mantendo a produção de 2016 ao nĂvel de 2015. Assim, em 2016, o volume de produção de petrĂłleo bruto decresceu 3% face a 2015, sendo que a tĂtulo de Direitos da ConcessionĂĄria registou-se um decrĂ©scimo de 11%. No que respeita Ă produção de GĂĄs Natural Associado a produção decresceu 5% face a 2015.
Por sua vez a produção de LPG registou um aumento substancial, 45% em relação ao ano anterior, justificada pelo reinĂcio da fĂĄbrica da ALNG. Ainda no
Ăąmbito da ALNG, a ConcessionĂĄria tem um projeto que tem como objetivo reforçar o fornecimento de gĂĄs Ă fĂĄbrica, garantindo a compensação do dĂ©fice que se prevĂȘ registar a partir de 2021. Em 2016, a ConcessionĂĄria, em conjunto com a SonagĂĄs e ENI, realizou vĂĄrios trabalhos com o objetivo de preparar os termos de fornecimento de GĂĄs. Por Ășltimo, a reativação da ALNG reflectiu-se tambĂ©m no aumento da produção de LNG e Condensados.
O cenĂĄrio internacional de redução do preço do barril de petrĂłleo veio reforçar a necessidade de aumentar a eficiĂȘncia pelo que a Sonangol tem trabalhado activamente, em conjunto com os Operadores, no sentido de reduzir os custos de operação. Esse esforço jĂĄ foi reflectido em 2016, com uma redução dos custos de operação equivalente a 6% face a 2015, e uma redução do custo mĂ©dio de produção por barril de 18%.
Enquanto Concessionåria Nacional, as exportaçÔes de Petróleo Bruto corresponderam a 89% dos direitos arrecadados, uma redução de 15% face ao registado no ano anterior, contribuindo negativamente para o total de exportaçÔes registadas pelo grupo (redução de 9% face a 2015), incluindo Sonangol E.P. e Sonangol Pesquisa e Produção.
No exercĂcio de 2016, a Sonangol conseguiu recuperar USD 12B do total de USD 43B de custos recuperĂĄveis nas concessĂ”es em produção. Do total de custos recuperados, mais de 50% resultam do Bloco 31 e Bloco 17, respetivamente representando 31% e 22%.
Por fim, de realçar que em 2016 a Sonangol deu um passo importante atravĂ©s da criação de contas escrow com robustez, que garantem o conforto do Estado Angolano e dos seus parceiros, e a preservação de fundos necessĂĄrios para o adequado abandono dos campos petrolĂferos. No fim do ano foram criadas contas para os Blocos 15 e 17, com respectivos fundos depositados.
5.1.1 EXPLORAĂĂO
5.1.1.1 LICITAĂĂES No exercĂcio de 2016, nĂŁo foram realizadas licitaçÔes de blocos petrolĂferos. Contudo, no quadro do Programa de LicitaçÔes transitado de 2015, foram realizadas as seguintes actividades:
âą Elaboração do Mapa das quotas de entradas das empresas nacionais, bem como a revisĂŁo aos Contratos de Partilha de Produção e a inserção da concessĂŁo KON 9, de modo a possibilitar o inĂcio do processo de negociação dos contratos;
âą RevisĂŁo das propostas dos Contratos de Partilha de Produção com base nos termos de referĂȘncia e resultados do concurso;
âą Realização de reuniĂ”es entre a ComissĂŁo de NegociaçÔes integrada pela ConcessionĂĄria Nacional, MINPET e MINFIN) e os Operadores dos Blocos CON 1, CON 5, CON 6, KON 5, KON 9, KON 17, referentes Ă s LicitaçÔes 2014/2015, com o objectivo principal de rubricar os Contratos de Partilha de Produção dos blocos, bem como informar os Operadores sobre a autorização do pagamento em Kwanzas, do valor equivalente a um milhĂŁo de DĂłlares Norte Americanos, pelas empresas angolanas, na data efectiva do Contrato, a tĂtulo de quota de entrada.
5.1.1.2 AQUISIĂĂO SĂSMICA
TABELA 2
ACTIVIDADE DE EXPLORAĂĂO [AQUISIĂĂO SĂSMICA]
AquisiçãoSĂsmica
SĂsmica2DKm
SĂsmica3DKm
SĂsmica4DKm
2016 2016 2016 2016 2016 2016
FS/FST (Soyo) 557,17 - - - - -
Bloco 15/06 (3D-15/06NW-PGS) - - - 992,42 - -
Blocos 11, 27,28 e 29 (3DMC-BNPGS) - - 5.126,64 - - -
Bloco 32 (3DHR 32CGG15) - - 171,65 - - -
FS/FST (CGG2016) - - - 59,65 - -
Bloco 17 (4DHR-17WGC14GJDR) - - - - 480,88 -
Totais 557,17 â 5.298,29 1.052,07 480,88 â
33RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201632
Durante o ano, foram adquiridos em Angola 1.052,07 km2 de sĂsmica 3D resultantes do programa de aquisição sĂsmica no Bloco 15/06, localizado na bacia do Congo Offshore e da conclusĂŁo dos trabalhos de aquisição de dados sĂsmicos na ĂĄrea âCabeça de Cobraâ, na associação FST. No perĂodo em referĂȘncia nĂŁo houve produção de sĂsmica 2D e 4D.
Encontram-se em curso trabalhos de processamento de dados sĂsmicos 3D dos blocos 15/06 e 32, os
dados sĂsmicos 2D multicliente dos Blocos 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 46, 47 e 48, os trabalhos de reprocessamento 3D do Bloco 0 e do programa multicliente dos Blocos 46, 47 e 48 (Phase VII & VIII).
Comparativamente ao ano de 2015, registou-se um decrĂ©scimo considerĂĄvel na actividade sĂsmica, nĂŁo houve aquisição sĂsmica 2D e 4D e a sĂsmica 3D reduziu em 80%, na sequĂȘncia do abrandamento da actividade exploratĂłria no sector petrolĂfero mundial, num contexto de excesso de oferta de petrĂłleo bruto.
5.1.1.3 PROCESSAMENTO SĂSMICO
TABELA 3PROCESSAMENTO SĂSMICO CONCLUĂDO
SĂsmica Bloco Programa InĂcio ConclusĂŁo ExtensĂŁo
2D 46, 47, 48, 49 & 50 2D-MCWG99 LowerCongo 4Âș Trimestre/2014 2Âș Trimestre/2016 12.642 Km
Total2D 12.642Km
3D
0 3D-0-Ărea A Malongo High All Inversion 2Âș Trimestre/2015 1Âș Trimestre/2016 350 Km
203D-20GreaterOrca/Lontra 3Âș Trimestre/2015 2Âș Trimestre/2016 2.000 Km
3D-20Zalophus Addition 2Âș Trimestre/2015 2Âș Trimestre/2016 1.440 Km
21 3D-21Cameia Feasibility Study 3Âș Trimestre/2015 1Âș Trimestre/2016 500 Km
27, 28 & 29 3D-27,28,29BNAMCPGS14 4Âș Trimestre/2014 2Âș Trimestre/2016 11.150 Km
32
3D-32LO2007 C12SW PSTM 1Âș Trimestre/2015 4Âș Trimestre/2016 520 Km
3D-32PSDM13SW ĂreaC22 2Âș Trimestre/2015 3Âș Trimestre/2016 600 Km
3D-32CNEBi-Wats FT 4Âș Trimestre/2013 2Âș Trimestre/2016 1.484 Km
3D-32Gengibre ElasticInversion 2Âș Trimestre/2016 3Âș Trimestre/2016 45 Km
3D-32Gengibre HD HR Broadband 2Âș Trimestre/2015 3Âș Trimestre/2016 164 Km
3D-32HDGIC2006 PSTM 4Âș Trimestre/2015 2Âș Trimestre/2016 520 Km
Total 3D 18.773 Km
Foram ainda concluĂdos doze (12) programas de processamento sĂsmico, totalizando 12.642 Km de sĂsmica 2D e 18.773 Km2 de sĂsmica 3D.
No final de 2016, estava em curso o processamento sĂsmico de catorze (14) programas, conforme a tabela seguinte:
TABELA 4PROCESSAMENTO SĂSMICO EM CURSO
SĂsmica Bloco Programa InĂcio ConclusĂŁo ExtensĂŁo
2D 37, 38, 39, 40, 41, 42,43, 44, 46, 47 & 48
2D-MCWGAngolaUDA PSDM 4Âș Trimestre/2016 24% 3.250 Km
Total2D 3.250Km
3D
0
3D-0 Area A S.Limba al inversion & AVO 2Âș Trimestre/2016 98% 398 Km
3D-0 Area A Mafumeira Sul Extension/PMDC 2Âș Trimestre/2016 99% 469 Km
3D-0-Ărea A Mafumeira Sul Reproc.107-C 2Âș Trimestre/2015 99% 125 Km
3D-0 Area A Erva/Bucomazi Study 4Âș Trimestre/2016 98% 350 Km
3D-0-Ărea A Mafumeira sul Reproc.MCP 2Âș Trimestre/2015 99% 344 Km
15/063D-15/06-PSDM-NW-PGS-2016 2Âș Trimestre/2016 98% 1.000 Km
3D-15/06-PSDM-NW-PGS-2016 2Âș Trimestre/2016 67% 1.000 Km
32
3D-32Bi-WATS -CNE PSDM 3Âș Trimestre/2014 99% 1.484 Km
3D-32LO2007 C12SW PSDM 3Âș Trimestre/2015 99% 520 Km
3D-32B22N&B10N 4Âș Trimestre/2013 99% 1.100 Km
3D-32HDGIC2006 PSDM 2Âș Trimestre/2016 99% 520 Km
3D-32 Colorau South dedicated imaging 4Âș Trimestre/2016 54% 520 Km
46, 47 & 48 3D-MCWG99 Phase VII/VIII 2Âș Trimestre/2015 94% 8.000 Km
Total 3D 15.830 Km
5.1.1.4 SONDAGEMâACTIVIDADE DE EXPLORAĂĂO E AVALIAĂĂO
TABELA 5POĂOS DE PESQUISA
Blocos/Associação Poço ObjectivoPoçosdePesquisa
2015 2016Bloco 5/06 KINDELE-1 Mucanzo 1 -
Bloco 15/06 BAVUGU-1 Miocénio 1 -
Bloco 19/11 PANDORA-1 Pré-Sal 1 -
Bloco 20/11 ZALOPHUS-1 Pré-Sal - 1
Bloco 20/11 GOLFINHO-1 Pré-Sal - 1
Bloco 22/11 CATCHIMANHA-1 Pré-Sal 1 -
Bloco 35/11 OHANGA-1 Carbonatos - 1
Bloco 37/11 VALI-1 Pré-Sal 1 -
TOTAL 5 3
Em 2016, foram concluĂdos trĂȘs (3) poços de pesquisa nas concessĂ”es petrolĂferas angolanas, nomeadamente: Os poços ZOLUPHOS-1 e GOLFINHO-1, no Bloco 20/11 e o poço OHANGA-1, no Bloco 35/11, tendo o primeiro resultado em descoberta de gĂĄs com muita baixa porosidade, o segundo em descoberta de condensados e gĂĄs e o terceiro em descoberta de condensados e ĂĄgua.
35RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201634
TABELA 6 POĂOS DE AVALIAĂĂO
Blocos/Associação Poço Objectivo
PoçosdePesquisa
2015 2016
Bloco 21/09 CAMEIA-4ST1 Pré-Sal-Sag 1 -
Bloco 31 LEDA-3 MiocĂȘnio-Inferior 1 -
TOTAL 2 â
Relativamente Ă actividade de avaliação, no ano 2016 nĂŁo foi concluĂda a perfuração de qualquer poço.
No perĂodo em anĂĄlise foram concluĂdos cinquenta e dois (52) poços de desenvolvimento produtores e vinte (20) poços de desenvolvimento injectores.
As operaçÔes de sondagem de desenvolvimento estiveram concentradas na ĂĄrea A do Bloco 0, onde foram concluĂdos vinte (20) poços produtores de Ăłleo e seis (6) poços injectores de ĂĄgua, no Bloco 15, onde foram concluĂdos nove (9) poços produtores de Ăłleo e sete (7) poços injectores de ĂĄgua e no Bloco 15/06, onde foram concluĂdos seis (6) poços produtores de Ăłleo e quatro (4) poços injectores de ĂĄgua.
TABELA7POĂOS DE DESENVOLVIMENTO
Blocos/Associação
PoçosDesenvolv.//Produtor
Desenvolv.//Injector
2015 2016 2015 2016
Bloco 0 Ărea A 4 20 1 6
Bloco 3/05 2 - - -
Bloco 14 7 1 3 1
Bloco 15 3 9 4 7
Bloco 15/06 1 6 5 4
Bloco 17 5 8 - -
Bloco 18 2 - 3 -
Bloco 31 3 4 4 2
Bloco 32 1 4 5 -
TOTAL 28 52 25 20
5.1.1.5 RECURSOS DESCOBERTOS
A actividade de sondagem de exploração, ao longo do perĂodo em anĂĄlise, resultou em descobertas de 831 milhĂ”es de recursos de Ăłleo e 3.067 biliĂ”es de pĂ©s cĂșbicos de gĂĄs, perfazendo um total de 1.507 milhĂ”es de barris de Ăłleo equivalente, em recursos descobertos.
TABELA 8 RECURSOS DE HIDROCARBONETOS DESCOBERTOS
Bloco/CampoĂleo
(MMBO)GĂĄs
(BSCF)Total
(MMBOE)
Bloco 20/11 (Zalophus-1) 313 2.085 813
Bloco 20/11 (Golfinho-1) 518 982 694
TOTAL 831 3.067 1.507
Em relação ao ano 2015, registou-se um acrĂ©scimo de 300 milhĂ”es de barris de petrĂłleo bruto descoberto e um decrĂ©scimo de 6.425 mil milhĂ”es de pĂ©s cĂșbicos de gĂĄs, perfazendo, menos 669 milhĂ”es de barris de Ăłleo equivalente, em recursos descobertos.
5.1.1.6 PROJECTOS DE DESENVOLVIMENTO
Para dar suporte às metas de produção de petróleo bruto, foram desenvolvidos os projectos listados abaixo, para os quais é apresentado o ponto de situação à data de 31 de Dezembro de 2016.
TABELA 9 PONTO DE SITUAĂĂO DOS PROJECTOS PETROLĂFEROS
Ordem Projectos BlocosInĂciode
ProduçãoProgressoActual(%)
PontodeSituaçãoAtéDezembrode2016
1 Mafumeira Sul Bloco 0 2017 98,22%Decorreu a campanha de conexão e o comissionamento offshore das plataformas CPC, e das WHPs Centro e Sul. Prosseguiu a elaboração da documentação final
2 Polo Oeste Bloco 15/06 2017 99,70%Prosseguiu a campanha de perfuração e instalação dos sistemas submarinos
3 Dålia Fase 1A Bloco 17 2017 100,00%Decorreu a perfuração e equipamneto dos poços e conexÔes submarinas
4 Kaombo Bloco 32 2018 73,30%Prosseguiu a construção dos FPSOs Norte e Sul, a fabricação e instalação dos equipamentos submarinos e a campanha de perfuração dos poços.
De realçar, a entrada antecipada em produção dos campos Mafumeira no Bloco 0, Mpungi e Mpungi Norte no Bloco 15/06, e a execução dos projectos que visam incrementar as taxas de recuperação no Bloco 17, optimizando a utilização das instalaçÔes existentes.
Com este propĂłsito, realizou-se o arranque da primeira bomba do loop P70 no projecto Rosa MPP, durante o mĂȘs de Setembro, restando ainda concluir a integração do loop P80.
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201636 37
HĂĄ a realçar igualmente as cerimĂłnias de corte do primeiro aço nos estaleiros da Heerema (Porto Amboim) e da Petromar (Ambriz), que marcaram o inĂcio da construção dos mĂłdulos do projecto Kaombo, no Bloco 32, a serem executados em Angola.
5.1.2 PRODUĂĂO DE PETRĂLEO BRUTO & GĂS
5.1.2.1 PRODUĂĂO DE PETRĂLEO BRUTO
TABELA 10 PRODUĂĂO DE PETRĂLEO BRUTO DE ANGOLA
U.M.:Bbls
AssociaçÔes&Blocos
Execução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre TotalVariação
HomĂłloga
Offshore 162.022.098 158.568.900 158.919.601 147.317.663 626.828.262 -3%
Bloco 0 22.201.472 21.097.778 21.236.278 21.335.346 85.870.874 -7%
Ărea A 14.131.678 13.333.835 13.630.925 14.073.750 55.170.188 -6%
Ărea B 8.069.794 7.763.943 7.605.353 7.261.596 30.700.686 -8%
Bloco 2/05 81.023 86.076 83.903 80.583 331.585 n.a
Bloco 3/05 3.597.755 3.485.047 3.332.094 3.176.483 13.591.379 -14%
Bloco 3/05A 260.778 247.324 239.860 239.416 987.378 15%
Bloco 4/05 742.089 612.518 727.852 691.900 2.774.359 -19%
Bloco 14 9.340.803 8.629.088 8.953.007 8.302.589 35.225.487 -10%
Bloco 14K 1.284.102 1.191.479 1.081.727 1.023.038 4.580.346 n.a
Bloco 15 28.687.156 29.335.062 28.876.675 28.548.775 115.447.668 1%
Bloco 15/06 6.840.978 7.678.105 7.330.647 6.572.161 28.421.891 63%
Bloco 17 59.885.198 59.273.486 59.962.528 50.237.137 229.358.349 -10%
Bloco 18 13.747.528 13.276.183 11.548.459 12.188.611 50.760.781 -6%
Bloco 31 15.353.216 13.656.754 15.546.571 14.921.624 59.478.165 4%
Onshore 783.220 876.508 818.845 806.195 3.284.768 181%
Cabinda Sul 103.396 180.001 146.314 120.250 549.961 13%
Associação FS 26.923 24.971 22.604 20.746 95.244 59%
Associação FST 652.901 671.536 649.927 665.199 2.639.563 323%
TOTAL 162.805.318 159.445.408 159.738.446 148.123.858 630.113.030 -3%
MĂ©diaDiĂĄria 1.789.069 1.752.147 1.736.287 1.610.042 1.721.620 -3%
Durante o ano de 2016, foram produzidos em Angola 630.113.030 barris de petrĂłleo bruto, equivalentes a uma mĂ©dia diĂĄria de 1.721.620 barris. Comparativamente ao perĂodo homĂłlogo, o volume de produção alcançado decresceu em 3%.
Este decrĂ©scimo Ă© explicado fundamentalmente pela paragem da produção do FPSO DĂĄlia, no Bloco 17, para manutenção geral programada, cuja duração foi de 35 dias, com perdas estimadas de 210.000 bbls/d, Ă qual se acresce o declĂnio natural dos campos e paragens nĂŁo programadas de algumas instalaçÔes devido a problemas operacionais.
O aumento resultante da entrada em produção dos campos Mpungi e Mpungi Norte, no Bloco 15/06 e Mafumeira Sul, no Bloco 0, não foi de magnitude suficiente para compensar as perdas provocadas pelos factores acima referidos.
Por origem, apesar da queda da produção, o Bloco 17 foi o que mais contribuiu para a produção, seguido dos Blocos 15, 0, 31 e 18, representando de forma agregada 85,8% da produção de petróleo bruto em Angola.
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201638 39
GRĂFICO 7PRODUĂĂO DE PETRĂLEO BRUTO DE ANGOLA POR BLOCO
BLOCO 17
BLOCO 15
BLOCO 0
BLOCO 31
BLOCO 18
BLOCO 14
BLOCO 15/06
BLOCO 3/05
BLOCO 3/05
ASSOCIAĂĂO FST
BLOCO 3/05 A
CABINDA SUL
BLOCO 2
ASSOCIAĂĂO FS
0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00%
13,6%
9,4%
8,1%
6,3%
4,5%
2,2%
0,4%
0,4%
0,2%
0,1%
0,1%
36,4%
18,3%
36,4%
A propriedade do petrĂłleo bruto produzido em Angola, apresenta-se na tabela seguinte:
TABELA 11DIREITOS DE PRODUĂĂO DE PETRĂLEO BRUTO POR COMPANHIAS
U.M.:Bbls
Companhias
Execução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre TotalVariação
HomĂłloga
BP 28.602.194 27.984.899 27.617.663 26.062.392 110.267.147 -4%
Total 28.299.207 27.783.286 28.115.586 24.093.515 108.291.594 -9%
ESSO 23.451.902 23.588.722 23.543.176 21.466.937 92.050.737 -5%
Sonangol 22.484.337 21.346.077 22.162.084 21.446.933 87.439.430 4%
Statoil 19.841.798 19.559.313 19.910.877 17.514.928 76.826.916 -6%
ENI 13.021.397 13.175.206 12.992.682 12.496.836 51.686.121 8%
Chevron 11.996.698 11.314.705 11.435.389 11.254.400 46.001.191 -5%
SSI 10.977.292 10.707.482 10.035.641 10.062.342 41.782.757 5%
China Sonangol 964.633 933.093 892.988 853.975 3.644.689 -13%
Galp 956.241 883.851 903.126 839.306 3.582.525 2%
Somoil 757.894 728.045 725.851 707.015 2.918.805 16%
Ajoco 771.707 746.474 714.391 683.180 2.915.751 -13%
INA-NAFTA 154.341 149.295 142.878 136.636 583.150 -13%
NAFTAGAS 154.341 149.295 142.878 136.636 583.150 -13%
Acrep 149.270 125.607 146.960 139.804 561.640 -12%
Prodoil 102.889 87.324 101.469 96.560 388.243 -9%
Pluspetrol 56.868 99.001 80.473 66.138 302.479 13%
Force Petroleum 20.679 36.000 29.263 24.050 109.992 13%
Falcon Oil 16.205 17.215 16.781 16.117 66.317 -92%
Kotoil, S.A 10.128 10.760 10.488 10.073 41.448 n.a
Poliedro Oil 10.128 10.760 10.488 10.073 41.448 n.a
Cupet 5.170 9.000 7.316 6.013 27.498 13%
TOTAL 162.805.318 159.445.408 159.738.446 148.123.858 630.113.030 -3%
TABELA 12PRODUĂĂO DE PETRĂLEO BRUTO POR OPERADOR
U.M.:Bbls
AssociaçÔes&Blocos
Execução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre TotalVariação
HomĂłloga
Total 59.885.198 59.273.486 59.962.528 50.237.137 229.358.349 -10%
Chevron 32.826.377 30.918.345 31.271.012 30.660.973 125.676.707 -4%
ESSO 28.687.156 29.335.062 28.876.675 28.548.775 115.447.668 1%
BP 29.100.744 26.932.937 27.095.030 27.110.235 110.238.946 -1%
ENI 6.840.978 7.678.105 7.330.647 6.572.161 110.238.946 63%
SNL P&P 4.600.622 4.344.889 4.299.806 4.107.799 17.353.116 -14%
Somoil 760.847 782.583 756.434 766.528 3.066.392 348%
Pluspetrol 103.396 180.001 146.314 120.250 549.961 13%
TOTAL 162.805.318 159.445.408 159.738.446 148.123.858 630.113.030 -3%
MĂ©diaDiĂĄria 1.789.069 1.752.147 1.736.287 1.610.042 1.721.620 -3%
Por empresas, as operadoras petrolĂferas estrangeiras em Angola produziram 96,7% do volume total da produção de petrĂłleo bruto durante o ano, lideradas pela TOTAL E&P Angola com 36,4% da produção total, seguida da CHEVRON com 19,9%, da ESSO com 18,3%, da BP com 17,5%, da ENI com 4,5% e Pluspetrol com 0,1%. Os remanescentes 3,3% correspondem a produção das operadoras nacionais (Sonangol Pesquisa e Produção e Somoil), com 2.8% e 0.5%, respectivamente.
GRĂFICO 8 PRODUĂĂO DE PETRĂLEO BRUTO POR OPERADOR
0,1%
0,5%
2,8%
4,5%
17,5%
18,3%
19,9%
36,4%
0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0%
PLUSPETROL
SOMOIL
SNL PP
ENI
BP
ESSO
CHEVRON
TOTAL
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201640 41
Em termos de cumprimento das metas estabelecidas pelos operadores das concessĂ”es em produção, registou-se um desvio negativo de 1% (menos 5.645.938 barris), em relação ao perĂodo homĂłlogo, devido a factores de ordem tĂ©cnico-operacional, abaixo descritos:
⹠AssociaçãodeCabinda
âą ĂreaA:
Nesta concessão, apesar da entrada em produção do poço MW-84-71 no campo Malongo Oeste, a produção esteve abaixo do previsto devido ao fecho de alguns poços produtores nos reservatórios do Takula e Malongo, causado pela produção excessiva de ågua, baixa pressão e problemas nos sistemas de injecção de ågua.
Registou-se também a entrada em produção antecipada do campo de Mafumeira Sul, através do módulo de produção temporåria.
âą ĂreaB:
Os nĂveis de produção estiveram abaixo do previsto em função do baixo desempenho de alguns poços nos campos Bomboco, Lomba e NÂŽDola, por força do seu declĂneo natural e do fecho de alguns poços produtores no campo Bomboco.
âą CabindaSul
Redução da produção causada pela baixa pressão nos reservatórios do campo Castanha, que resultou no fecho de alguns poços.
⹠AssociaçãoFS/FST
A produção foi afectada pelo fecho de alguns poços devido a baixa pressão e fugas nas linhas de produção.
âą Bloco2/05
Os campos continuam fechados, exceptuando o campo Essungo, que entrou em produção com apenas dois poços, com a finalidade de dar suporte a linha de produção do FS/FST.
âą Bloco3/05
A produção tem sido afectada pela perda de pressĂŁo de alguns poços produtores e a indisponibilidade das bombas, o que tem contribuĂdo para a baixa injeção de ĂĄgua e consequentemente, a redução da taxa de substituição dos fluidos, o que levou ao fecho de alguns poços no campo Pacassa.
âą Bloco3/05A
A baixa da produção deveu-se a perda de pressĂŁo dos reservatĂłrios e Ă s paragens nĂŁo programadas no campo BĂșfalo por problemas operacionais.
âą Bloco4/05
A produção esteve abaixo do previsto, apesar da måxima abertura do estrangulador dos poços.
âą Bloco14
Aumento do teor de ågua produzida nalguns poços produtores e o fecho de alguns injectores para gestão de pressão dos reservatórios.
âą Bloco15
A produção no Bloco foi eståvel, motivada pela boa gestão dos reservatórios e pela manutenção de pressão. Para tal, foram fechados alguns poços que produzem ågua e gås por excesso, para gestão da pressão dos reservatórios e entrada em produção de 12 poços no Bloco, sendo 4 poços no campo Bavuca, 7 poços no campo Mondo Sul e 1 poço produtor no campo Kakocha.
âą Bloco15/06
A produção foi afetada pelo aumento da produção de ågua, especialmente nos campos Sangos e Cinguvu. A entrada em produção dos campos Mpungi e Mpungi Norte, permitiu um aumento da produção em 63%, comparativamente ao ano 2015.
âą Bloco17
Os nĂveis de produção estiveram acima do previsto, apesar da redução comparativamente ao ano 2015. A entrada em produção de 8 poços de desenvolvimento, sendo 3 poços no campo DĂĄlia, 1 poço no Pazflor e 4 poços no Clov, permitiram compensar as quedas de produção por problemas operacionais nos campos Girassol e DĂĄlia e terminar o ano com uma mĂ©dia de produção de 620.000 BOPD.
âą Bloco18
Redução da produção resultante da produção excessiva de ĂĄgua e gĂĄs e o fecho de alguns poços, insuficiĂȘncia de pressĂŁo nas linhas e a paragem nĂŁo programada de 11 dias, por problemas operacionais.
âą Bloco31
Os nĂveis de produção foram ligeiramente comprometidos, apesar da redução na injecção de ĂĄgua causada pela inoperĂąncia das bombas e a redução da produção devido Ă paragem programada e a entrada tardia do campo PlutĂŁo por indisponibilidade do sistema de tratamento de gĂĄs. De salientar a entrada de 3 poços produtores que permitiram terminar o ano com uma produção mĂ©dia de 160.500 BOPD.
5.1.2.2 DIREITOS DE PETRĂLEO BRUTO DA CONCESSIONĂRIA NACIONAL
TABELA 13 DIREITOS DE PETRĂLEO BRUTO DA CONCESSIONĂRIA NACIONAL
U.M.: Bbls
Blocos
Execução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestreLevantamentos
TotaisVariação
HomĂłloga
Cabinda Onshore 8,632 14,347 11,440 9,186 43,605 -12%
Bloco 3/05 1,430,951 1,358,760 500,943 1,622,083 4,912,737 10%
Bloco 3/05A 75,000 19,999 - 20,000 114,999 -55%
Bloco 4/05 - 75,250 68,750 76,323 220,323 22%
Bloco 14 1,808,446 2,219,689 2,621,763 2,295,820 8,945,717 -21%
Bloco 15 9,513,156 9,366,220 10,411,500 14,697,780 43,988,656 -18%
Bloco 15/06 780,931 543,797 498,623 554,192 2,377,543 100%
Bloco 17 19,144,847 15,103,535 16,254,080 12,351,743 62,854,205 -11%
Bloco 18 3,917,685 3,903,766 3,441,295 2,961,948 14,224,694 18%
Bloco 31 1,399,598 963,198 1,185,795 1,323,975 4,872,566 6%
TOTAL 38,079,246 33,568,560 34,994,188 35,913,050 142,555,045 -11%
MĂ©diaDiĂĄria 418,453 368,885 380,372 390,359 389,495 -11%
Durante o ano de 2016, foram alcançados, a tĂtulo de Direito da ConcessionĂĄria um total de 142.555.045 barris de petrĂłleo bruto, correspondentes a uma mĂ©dia de 389.495 Bbl/dia.
Comparativamente ao ano de 2015, registou-se um decrĂ©scimo em 11%, justificado em grande medida pelo cenĂĄrio internacional da redução do preço do barril de petrĂłleo, pelo aumento da taxa de uso de petrĂłleo custo e ainda pelo declĂnio natural da produção dos campos maduros (14 e 15).
Relativamente aos direitos arrecadados por bloco, destacam-se o Bloco 17 e 15, representando 75% do volume total.
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201642 43
GRĂFICO 9DIREITOS DE PETRĂLEO BRUTO DA CONCESSIONĂRIA POR BLOCO
80.000.000
70.000.000
60.000.000
50.000.000
40.000.000
30.000.000
20.000.000
Bar
ris
10.000.000
-
20152016
Bloco15
Bloco17
Bloco18
Bloco14
Bloco3/05
Bloco31
Bloco15/06
Bloco4/05
Bloco3/05A
COS
5.1.2.3 PRODUĂĂO DE GĂS
5.1.2.3.1 PRODUĂĂO DE GĂS NATURAL ASSOCIADO
TABELA 14 PRODUĂĂO GĂS NATURAL ASSOCIADO
U.M.:Bbls
Blocos
Execução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre ProduçãoVariação
HomĂłloga
Offshore 324.512 321.225 329.377 317.415 1.292.529 -2%
Bloco 0 118.578 121.931 124.279 116.100 480.888 -11%
Ărea A 31.590 33.605 35.482 28.041 128.718 -48%
Ărea B 86.988 88.326 88.797 88.059 352.170 20%
Bloco 2/05 - - 1.002 - 1.002 1013%
Bloco 3/05 5.711 5.062 6.393 4.912 22.078 -4%
Bloco 3/05A 101 182 268 267 818 n.a
Bloco 4/05 505 234 403 358 1.500 -24%
Bloco 14 14.827 13.227 11.984 11.325 51.363 -25%
Bloco 15 61.909 68.840 69.398 61.696 261.843 2%
Bloco 15/06 18.795 4.460 5.364 6.853 35.472 225%
Bloco 17 60.865 65.032 65.103 68.787 259.787 0%
Bloco 18 28.122 27.404 25.769 27.135 108.430 4%
Bloco 31 15.099 14.853 19.414 19.982 69.348 45%
Onshore 1.019 1.882 1.679 1.058 5.638 -88%
Cabinda Sul 784 986 827 131 2.728 -94%
Associação FS/FST 235 896 852 927 2.910 439%
TOTAL 325.531 323.107 331.056 318.473 1.298.167 -5%
AtĂ© 31 de Dezembro de 2016, foram produzidos em Angola 1.298.167 pĂ©s cĂșbicos de gĂĄs nas concessĂ”es petrolĂferas em produção, correspondente a um decrĂ©scimo de 5% comparativamente ao perĂodo homĂłlogo de 2015.
5.1.2.3.2 PRODUĂĂO DE LPG
TABELA 15PRODUĂĂO DE LPG DE ANGOLA
U.M.:Bbls
Blocos
Execução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre ProduçãoVariação
HomĂłloga
Sanha 99.618 108.387 108.986 99.519 416.510 4%
Butano 42.016 43.041 44.582 41.058 170.697 1%
Propano 57.602 65.346 64.404 58.462 245.814 7%
CabindaGasPlant 19.047 17.495 15.485 18.355 70.382 -11%
Butano 8.117 8.637 6.878 8.444 32.076 -12%
Propano 10.930 8.858 8.607 9.912 38.307 -10%
RefinariadeLuanda 7.011 7.402 5.868 6.967 27.248 4%
ALNG - 65.695 28.865 123.840 218.399 n.a
TOTAL 125.676 198.979 159.204 248.681 732.540 45%
Em 2016, foram produzidos em Angola, um total de 732.540 toneladas mĂ©tricas de LPG. Relativamente ao ano anterior, houve um aumento substancial de 45%. Este aumento deveu-se, fundamentalmente, ao reinĂcio da produção da fĂĄbrica do Angola LNG, no mĂȘs de Maio.
GRĂFICO 10PRODUĂĂO DE LPG POR ORIGEM
SANHA 57%
CABINDA GAS PLANT 9%
REFINARIA DE LUANDA 4%
ALNG 30%
Importa realçar que apĂłs a retoma das actividades no Angola LNG, a fĂĄbrica registou uma paragem para manutenção durante o mĂȘs de Agosto, o que afectou significativamente a produção do terceiro trimestre.
Por origem, produção ficou repartida entre a fåbrica do Sanha com 56,86%, seguida da fåbrica do Angola LNG com 29,81%, do Cabinda Gas Plant com 9,60% e a Refinaria de Luanda com 3,71%.
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201644 45
5.1.4 EXPORTAĂĂES DA CONCESSIONĂRIA
TABELA 17 MAPA DE EXPORTAĂĂES DA SONANGOL CONCESSIONĂRIA
U.M.:Bbls
RamasExportadasExecução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadeExportada
VariaçãoHomóloga
DĂĄlia 8.446.769 6.552.522 8.422.075 4.539.322 27.960.688 -20%
Girassol 6.790.461 4.871.343 4.856.921 3.952.547 20.471.272 -1%
Hungo 2.852.406 3.663.954 2.852.875 6.430.924 15.800.159 -20%
Mondo 1.988.353 2.774.889 2.825.298 2.800.040 10.388.580 52%
Kissanje 2.761.681 903.602 2.719.925 3.622.685 10.007.893 -54%
Nemba 1.738.821 2.139.200 2.568.676 2.233.230 8.679.927 -22%
Pazflor 1.902.922 2.762.506 1.929.596 1.857.414 8.452.438 -18%
Saxi-Batuque 1.910.715 905.626 1.913.233 1.844.133 6.573.707 2%
CLOV 2.004.695 30.460 1.045.489 2.002.461 5.083.105 -15%
PlutĂłnio 1.954.472 1.863.230 998.925 - 4.816.627 66%
Saturno 1.399.599 849.304 1.185.795 1.323.975 4.758.673 -6%
Sangos 780.931 408.478 498.623 554.192 2.242.224 n.a
Lianzi 22.109 992.312 70.768 63.156 1.148.345 n.a
Gimboa - 324.463 68.750 76.323 469.536 58%
TOTAL 34.553.934 29.041.889 31.956.949 31.300.402 126.853.174 -15%
Durante o ano de 2016, as exportaçÔes de petrĂłleo bruto da Sonangol enquanto ConcessionĂĄria Nacional corresponderam a 89% dos direitos arrecadados no perĂodo, tendo o remanescente sido entregue Ă Refinaria de Luanda.
Durante o perĂodo, as ramas mais exportadas foram a DĂĄlia (22%), Girassol (16%), Hungo (12,4%), Mondo (8,2%) e Kissanje (7,9%).
5.1.4.1 RECUPERAĂĂO DOS INVESTIMENTOS REALIZADOS NAS CONCESSĂES EM PRODUĂĂO
TABELA 18CUSTOS RECUPERADOS NAS CONCESSĂES EM PRODUĂĂO
U.M.:MUSD
BlocosCustos
Incorridosaté2016
CustosRecuperados
até2016
CustosPorRecuperarĂ
31/12/2016
Bloco 2/05 1.902.609 2.656 1.899.952
Bloco 3/05 5.697.840 5.256.277 441.562
Bloco 3/05A 384.325 38.650 345.675
Bloco 4/05 2.561.064 2.334.598 226.465
Bloco 14 25.994.337 21.949.780 4.044.557
Bloco 15 42.271.782 38.618.206 3.653.575
Bloco 15/06 5.808.802 1.350.288 4.458.513
Bloco 17 68.130.952 58.567.400 9.563.552
Bloco 18 18.322.483 17.725.663 596.820
Bloco 31 25.172.706 7.949.659 17.223.047
Cabinda Onshore Sul 750.187 84.861 665.326
TOTAL 196.997.085 153.878.040 43.119.045
5.1.2.3.3 PRODUĂĂO DE LNG E CONDENSADOS
Durante o ano 2016, como consequĂȘncia do reinĂcio da produção do Angola LNG, a produção de GĂĄs Natural Liquefeito foi de 896.621 toneladas mĂ©tricas, tendo a produção de Condensados atingido 75.153 toneladas mĂ©tricas.
5.1.3 GESTĂO ECONĂMICA DAS CONCESSĂES
5.1.3.1 CUSTOS DE PRODUĂĂO
TABELA 16CUSTOS DE OPERAĂĂO NAS CONCESSĂES EM PRODUĂĂO
BlocosCustos(USD/Bbl) Variação
HomĂłloga2015 2016
Bloco 0 16,32 11,80 -28%
Bloco 2/05 - 15,47 -
Bloco 3/05 26,21 19,52 -26%
Bloco 3/05ÂȘ 5,07 6,05 19%
Bloco 4/05 39,81 32,80 -18%
Bloco 14 11,25 11,51 2%
Bloco 15 7,84 4,73 -40%
Bloco 15/06 16,39 10,43 -36%
Bloco 17 6,74 6,36 -6%
Bloco 18 5,75 6,50 13%
Bloco 31 5,94 4,73 -20%
Cabinda Sul 22,73 14,83 -35%
Associação FS 42,41 25,29 -40%
Associação FST 131,10 22,05 -83%
TOTALDAINDĂSTRIA 9,32 7,62 -18%
O custo operacional mĂ©dio ponderado da indĂșstria petrolĂfera foi de USD 7,62/Bbl, excluindo os custos de abandono.
Comparativamente ao ano de 2015, verificou-se uma redução em 18%.
Os maiores nĂveis de eficiĂȘncia registaram-se nos Blocos 15 e 31, tendo apresentado o custo unitĂĄrio de USD 4,73/Bbl.
Contrariamente, os menores nĂveis de eficiĂȘncia observaram-se no Bloco 4/05, com um custo de USD 32,80/Bbl e nas AssociaçÔes FS e FST, com um custo de USD 25,29/Bbl e USD 22,05/Bbl, respectivamente.
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201646 47
No perĂodo em anĂĄlise, os custos recuperados associados Ă s operaçÔes petrolĂferas em produção, maioritariamente provenientes das despesas de desenvolvimento, ascenderam a MUSD 153.878.040.
Em relação aos custos recuperĂĄveis, no Bloco 31, o Grupo empreiteiro continua a recuperar as despesas de desenvolvimento do PSVM, cuja produção iniciou no 4Âș trimestre de 2012.
Os elevados custos por recuperar no Bloco 17 devem-se aos investimentos dos projectos PAZ-FLOR e, mais recentemente, à entrada em produção do projecto CLOV, no final de 2014.
No Bloco 15/06, os custos por recuperar referem-se a pesquisa e desenvolvimento do bloco. De realçar que, desde o inĂcio da produção no final de 2014, foram recuperados apenas 23% do total dos custos incorridos.
Os elevados custos recuperĂĄveis no Bloco 14 devem-se Ă fraca economicidade do TĂŽmbua- LĂąndana.
No Bloco 15, os custos reportados estão associados às despesas de desenvolvimento do projecto Kizomba Satélite fase 2, cuja entrada em produção ocorreu em Junho de 2015.
Em termos de contribuição individual por Bloco, na sequĂȘncia dos factores apresentados, o Bloco 31 Ă© o mais representativo, com 40%, seguido do Bloco 17 com 22%, do Bloco 15/06 com 10%, do Bloco 14 com 9% e do Bloco 15 com 8% do total dos custos por recuperar.
5.2 CADEIA PRIMĂRIA DE VALOR â SEGMENTO UPSTREAM
A actividade de Exploração e Produção Ă© um segmento crĂtico da actividade da Sonangol, o que se reflete na prĂłpria estratĂ©gia de investimento da Companhia, com este segmento a representar 97% do investimento total realizado em 2016.
Angola produziu em 2016 um total de 630.113.030 barris de PetrĂłleo Bruto, dos quais 85.682.625 sĂŁo respeitantes Ă Sonangol Pesquisa e Produção e Sonangol EP. A Sonangol aumentou a sua produção em 3% em relação ao perĂodo homĂłlogo. Este acrĂ©scimo resulta do aumento da produção da Sonangol Pesquisa e Produção no Bloco 15/06 (aumento de 10%) que por sua vez Ă© afectado negativamente pelas quebras de produção da Sonangol E.P. no Bloco 0 (decrĂ©scimo de 7%).
No que se refere Ă produção de LPG, o reinĂcio da operação da ALNG onde a Sonangol tem uma participação de 22,8%, veio refletir-se positivamente no aumento da produção de 24% e na redução das importaçÔes em 58% face ao ano anterior.
Em 2016, a cadeia primĂĄria de Upstream registou vendas correspondentes a USD 8.751 MilhĂ”es e um EBITDA de USD 1.603 MilhĂ”es, equivalente a 50% do EBITDA total da empresa. O reinĂcio da produção da ALNG representou, e representarĂĄ, um contributo importante para o aumento das receitas da Sonangol.
Adicionalmente, num cenårio de queda do preço do petróleo, a Sonangol procurou também encontrar soluçÔes para reduzir a sua exposição e melhorar a rentabilidade do seu investimento. Um exemplo disso foi o esforço feito em relação aos drillships, em que a Sonangol desenhou uma solução que envolve a negociação com os stakeholders para a partilha de risco e a renegociação de condiçÔes de financiamento por forma a tornar a construção de duas sondas num projecto viåvel.
5.2.1 PRODUĂĂO DE PETRĂLEO BRUTO DA SONANGOL INVESTIDORA
TABELA 19 PRODUĂĂO DE PETRĂLEO BRUTO DA SONANGOL INVESTIDORA
U.M.:Bbls
AssociaçÔes&BlocosExecução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestrew QuantidadeExportada
VariaçãoHomóloga
SNLE.P 9.102.604 8.650.089 8.706.874 8.747.492 35.207.058 -7%
Bloco 0 9.102.604 8.650.089 8.706.874 8.747.492 35.207.058 -7%
Ărea A 5.793.988 5.466.872 5.588.679 5.770.238 22.619.777 -6%
Ărea B 3.308.616 3.183.217 3.118.195 2.977.254 12.587.281 -8%
SNLP&P 12.944.493 12.248.444 13.023.318 12.259.312 50.475.567 10%
BlocosOperados 1.335.678 1.239.352 1.256.914 1.199.925 5.031.869 -14%
Bloco 3/05 899.439 871.262 833.023 794.121 3.397.845 -14%
Bloco 3/05A 65.195 61.831 59.965 59.854 246.845 15%
Bloco 4/05 371.045 306.259 363.926 345.950 1.387.180 -19%
BlocosNĂŁoOperados 11.608.815 11.009.092 11.766.404 11.059.387 45.443.698 14%
Cabinda Sul 20.679 36.000 29.263 24.050 109.992 13%
Associação FS 1.346 1.249 1.130 1.037 4.762 59%
Associação FST 32.645 33.577 32.496 33.260 131.978 323%
Bloco 14 2.124.981 1.964.113 2.006.947 1.865.125 7.961.167 2%
Bloco 15/06 2.520.216 2.828.614 2.700.610 2.421.184 10.470.625 72%
Bloco 31 6.908.947 6.145.539 6.995.957 6.714.731 26.765.174 4%
TOTAL 22.047.096 20.898.533 21.730.192 21.006.804 85.682.625 3%
MĂ©diaDiĂĄria 242.276 229.654 236.198 228.335 234.106 2%
No decorrer do ano 2016, verificou-se um acrĂ©scimo de 10% na produção da Sonangol Pesquisa e Produção e uma redução de 7% na quota-parte da Sonangol, E.P. no Bloco 0, comparativamente ao perĂodo homĂłlogo em 2015.
O decréscimo de 7% da quota-parte da Sonangol, E.P. no Bloco 0, deveu-se à queda, na mesma proporção, da produção naquele Bloco por força do fecho de alguns poços produtores, por baixa pressão, e ao baixo desempenho de alguns poços que estiveram a produzir de forma intermitente.
49RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201648
O acréscimo de 10% na produção da Sonangol Pesquisa e Produção deveu-se essencialmente ao aumento da produção no Bloco 15/06, onde a Sonangol participa como investidora, no qual entraram em produção os campos Mpungi e Mpungi Norte.
A necessidade de garantir o aumento de produção reflete-se na estratĂ©gia de investimento da Sonangol que em 2016 se focou no desenvolvimento das concessĂ”es petrolĂferas no Bloco 0 (Mafumeira Sul e Mafumeira Norte), bem como nos Blocos 15/06, onde a Sonangol Pesquisa e Produção detĂ©m 36,84%, no Bloco 31 e no projecto Kaombo, no Bloco 32, onde a Sonangol Pesquisa e Produção detĂ©m 45% e 30%, respectivamente.
5.2.2 PRODUĂĂO DE GĂS DA SONANGOL E.P.
5.2.2.1 PRODUĂĂO DE LPG
TABELA 20PRODUĂĂO DE LPG QUOTA-PARTE SONANGOL
U.M.:Bbls
AssociaçÔes&BlocosExecução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadeExportada
VariaçãoHomóloga
Sanha(41%) 40.843 44.439 44.684 40.803 170.769 4%
Butano 17.227 17.647 18.279 16.834 69.986 1%
Propano 23.617 26.792 26.406 23.969 100.784 7%
CabindaGasPlant(41%) 7.809 7.173 6.349 7.526 28.857 -11%
Butano 3.328 3.541 2.820 3.462 13.151 -12%
Propano 4.481 3.632 3.529 4.064 15.706 -10%
RefinariadeLuanda(100%) 7.011 7.402 5.868 6.967 27.248 4%
ALNG(22,8%) - 14.978 6.581 28.236 49.795 n.a.
TOTAL 55.664 73.992 63.482 83.531 276.669 24%
Da produção total de LPG, couberam à Sonangol, 276.669 toneladas métricas das quais 62% proveniente do Sanha, 18% do Angola LNG e os restantes 20%, repartidos de igual forma pelo Cabinda Gas Plant e a Refinaria de Luanda.
Comparativamente ao ano de 2015, a Sonangol registou um aumento de 24% na produção de LPG.
Por forma a atender as necessidades de consumo de LPG do mercado interno, uma vez que a produção interna nĂŁo foi suficiente, atĂ© ao reinĂcio de operaçÔes do Angola LNG, a Sonangol adquiriu do mercado externo, cerca de 70.720 toneladas mĂ©tricas de LPG, menos 58% face ao ano 2015. A redução verificada nas importaçÔes de LPG resulta do esforço realizado ao longo do ano no sentido de garantir o arranque da fĂĄbrica da ALNG.
5.2.2.2 PRODUĂĂO DE LNG E CONDENSADOS
A fĂĄbrica do Angola LNG reiniciou a produção em junho de 2016, apĂłs um encerramento prolongado. Desde entĂŁo, foram efectuados em segurança e comercializados com sucesso diversos carregamentos de LNG e de lĂquidos, incluindo butano pressurizado para o mercado domĂ©stico angolano. Os carregamentos de LNG estĂŁo a ser comercializados a nĂvel global, de acordo com os ditames da procura, e espera-se que o fornecimento de gĂĄs natural ao mercado domĂ©stico se inicie em 2017. A prioridade do Projecto Ă© agora alcançar o nĂvel de produção plena. Espera-se que em produção plena sejam exportadas anualmente atĂ© 70 carregamentos de LNG e que o Projecto tenha uma vida Ăștil esperada de mais de 30 anos, criando condiçÔes para o desenvolvimento futuro de reservas de gĂĄs associado e de gĂĄs nĂŁo associado.
A produção de LNG quota-parte da Sonangol atingiu 204.430 toneladas métricas e os condensados registaram 17.135 toneladas métricas, todas provenientes da fåbrica da Angola LNG.
5.2.2.3 PROJECTOS ESTRUTURANTES DA CADEIA DE VALOR UPSTREAM
ProjectodeConstruçãodeNavios-Sonda(Drillships)
No perĂodo em anĂĄlise, deu-se continuidade a construção de dois navios-sonda (drillships), em conformidade com o contrato assinado em Outubro de 2013.
De realçar que o progresso geral do projecto com os cascos Sonangol Libongos (H3620) foi de 99,7% e para o Sonangol Quenguela (H3621) de 91,8%.
Por outro lado, todos os equipamentos, considerados como OFE (Owner Furnished Equipment), exigidos para o seguimento aos trabalhos de comissionamento e mobilização dos navios-sonda, jå se encontram no estaleiro. Estão a efectuar-se as inspecçÔes aos mesmos tendo jå sido colocados alguns equipamentos a bordo do navio Sonangol Libongos.
Adicionalmente, foram realizadas as segundas fases dos ensaios de navegação, instalação do helideck, bem como, a conclusão dos trabalhos do topside:
AngolaLNG
Ao longo do ano de 2016 foram realizados trabalhos de preparação para arranque da fĂĄbrica com a conclusĂŁo e aprovação de procedimentos operacionais crĂticos, e a preparação do pessoal de produção para reinĂcio
da fĂĄbrica de gĂĄs que arrancou no segundo trimestre de 2016. Adicionalmente, foi concluĂdo o processo de mudança de fornecimento de gĂĄs Ă fĂĄbrica, do Bloco 15 para o Bloco 17, passando este a ser a principal fonte de fornecimento de gĂĄs Ă fĂĄbrica.
Foi concluĂdo o shutdown a 27/08/2016, apĂłs o teste final de vazamento e conclusĂŁo do degelo dos circuitos de propano, bem como o isolamento final dos filtros de 72 polegadas. Desde final do quarto trimestre a fĂĄbrica vem funcionando de forma segura e contĂnua.
ProjectoFalcĂŁo
No que diz respeito ao Projecto Falcão, prosseguem a execução dos trabalhos de engenharia de detalhe, as actividades de aquisição e preparação do terreno, bem como, a aferição da qualidade da documentação técnica apresentada no EPC.
Por outro lado, foram tambĂ©m realizadas as actividades relacionadas com o diagnĂłstico ambiental da ĂĄrea em que serĂĄ instalado o acampamento, doca e zona de armazenagem do Soyo, e recepção e anĂĄlise da proposta para instalação do segundo separador de gĂĄs lĂquido de modo que haja fornecimento ininterrupto de gĂĄs Ă Central do Ciclo Combinado do Soyo â fase 1).
Durante o perĂodo foram realizadas as seguintes actividades:
âą ConclusĂŁo dos trabalhos de revestimento de Fusion Bonded Epoxi (FBE);
⹠Revisão e aprovação dos recursos propostos para o acompanhamento das próximas fases do projecto em alternativa aos originais;
âą InĂcio do levantamento topogrĂĄfico da ĂĄrea adicional desminada;
⹠Conclusão das actividades de desalojamento e desminagem mecùnica do terreno extra para a expansão da Unidade de Recepção e Distribuição de Gås (URDG);
⹠Solicitação à Central de Ciclo Combinado do Soyo de uma amostra de gås doméstico para fins laboratoriais.
5.3 CADEIA PRIMĂRIA DE VALOR â SEGMENTO MIDSTREAM
O segmento de Refinação e Transporte registou em 2016 vendas equivalentes a USD 1.154 milhÔes e um EBITDA de USD 86 milhÔes, correspondente a 3% do EBITDA total da Sonangol.
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201650 51
Relativamente Ă actividade da Refinaria, verificou-se um aumento do fornecimento de matĂ©rias-primas de 2% e um incremento da utilização da capacidade de refinação instalada de 1,5% face perĂodo homĂłlogo. Este desempenho positivo reflectiu-se igualmente no aumento do volume de petrĂłleo bruto processado e no volume de refinados produzidos.
A geração de energia elĂ©trica atravĂ©s da Luxervisa foi outra ĂĄrea de enfoque. Em 2016, houve um grande esforço no aumento de eficiĂȘncia do ciclo combinado da Refinaria de Luanda resultando num acrĂ©scimo de aproximadamente 50% no fornecimento de energia elĂ©trica Ă RNT. Para 2017, espera-se ainda uma melhoria associada Ă entrada em funcionamento da turbina a vapor e o arranque do pequeno ciclo combinado do Soyo.
Nas atividades de transporte, em relação a 2015 tambĂ©m se verificou um aumento de 6% das quantidades de petrĂłleo bruto transportadas, porĂ©m, dado o contexto macroeconĂłmico mais retraĂdo, o transporte de volumes de produtos derivados foi menor em 32%.
Este segmento representou 2,6% do investimento total realizado em 2016, o segundo maior depois do segmento da Exploração e Produção. Os investimentos realizados reflectem o esforço de construção da Sala de Controlo Centralizada e assinatura do contrato para os estudos de engenharia na Refinaria de Luanda, assim como a manutenção de equipamentos mecùnicos no projecto da Refinaria do Lobito.
Dado o atual contexto de quebra do preço de petrĂłleo, e apesar do valor investido, o projecto da Refinaria do Lobito foi suspenso para reavaliação da visĂŁo estratĂ©gica e viabilidade econĂłmica. A Administração da Sonangol estĂĄ convicta de que a Refinaria do Lobito Ă© um projecto estratĂ©gico para a empresa e para o PaĂs, acreditando que os investimentos jĂĄ realizados poderĂŁo ser rentabilizados pelo desenvolvimento de projectos industriais adjacentes Ă refinaria,
nomeadamente, projectos de indĂșstria petroquĂmica alimentados pelas descobertas de hidrocarbonetos em blocos offshore prĂłximos do Lobito.
Paralelamente Ă reavaliação dos projetos estruturantes, foram implementadas medidas importantes para melhorar as operaçÔes deste segmento. Um exemplo disso foi a iniciativa que permitiu facilitar os processos de compras adâhoc de artigos crĂticos para a Refinaria e que se reflectiu no aumento do fornecimento de matĂ©ria-prima e consequentemente, no aumento da utilização da capacidade instalada da Refinaria.
5.3.1 NEGĂCIO DE REFINAĂĂO
A Sonangol mantém em operação a Refinaria de Luanda, com uma capacidade nominal instalada de 65.000 Bbl/d.
A taxa média de utilização da capacidade instalada foi de 83%, tendo observado um incremento de 1,5% face ao ano anterior.
O acrĂ©scimo registado deveu-se Ă estabilização do fornecimento da rama Palanca e a utilização de stock da rama Hungo para blending, bem como pelo diferimento da paragem geral, programada para os meses de Junho e Julho de 2016, por diversos motivos, entre os quais, a indisponibilidade de peças de reposição em tempo Ăștil.
Apesar do desempenho positivo, registaram-se alguns constrangimentos com impacto nas operaçÔes, entre os quais destacamos a paragem total da fåbrica durante 9 dias e redução de cargas nas Unidades de Destilação (U-150 e U-600) por falta de petróleo bruto e por outras razÔes técnicas (escurecimento da Nafta, deslocamento de pratos, avaria de Permutadores rotos e paragens intempestivas por cortes de energia nos equipamentos (GT35 e CCRL).
TABELA 21 TAXA MĂDIA DE UTILIZAĂĂO DA CAPACIDADE INSTALADA
U.M.:Bbls
ProcessamentodePetrĂłleoBruto
Execução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre Processamento HomĂłlogo
Taxa de utilização da Capacidade Instalada (BOPD)
83% 87% 76% 85% 83% 1,5%
Em 2016, a Refinaria de Luanda adquiriu 20.025.661 barris de Petróleo Bruto, equivalentes a 2.725.811 toneladas métricas, das quais a rama Plutónio representou 51,5%, a rama Palanca representou 46,7%, a rama Hungo representou 1,3% e a rama Nemba, 0,5%.
Face ao ano anterior, registou-se um aumento de 2% nas quantidades de PetrĂłleo Bruto fornecido Ă Refinaria de Luanda, resultado da melhoria do desempenho e estabilidade da fĂĄbrica verificados em 2016.
TABELA 22VOLUME DE PETRĂLEO BRUTO PROCESSADO
U.M.:Bbls
RamasExecução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre Processamento VariaçãoHomĂłloga
PlutĂłnio 1.931.718 2.930.391 2.158.676 3.054.124 10.074.909 5%
PlutĂłnio 2.886.091 2.088.993 2.297.066 2.049.509 9.321.659 -3%
Hungo 93.232 - 59.521 - 152.753 483%
Nemba - 99.850 - - 99.850 n.a
TOTAL 4.911.041 5.119.234 4.515.263 5.103.633 19.649.171 2%
PROCESSAMENTODIĂRIO 54.567 56.255 49.079 55.474 53.686
Com a disponibilidade de petrĂłleo bruto, foi possĂvel processar 19.649.171 barris de PetrĂłleo Bruto, equivalentes a 2.633.350 toneladas mĂ©tricas.
TABELA 23PRODUĂĂO DE REFINADOS
U.M.:Bbls
ProdutosExecução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre Produção VariaçãoHomĂłloga
Fuel Oil 266.949 250.818 198.886 254.579 971.232 6%
GasĂłleo 155.904 154.059 134.970 153.750 598.683 -1%
Nafta 60.729 68.607 93.653 81.736 304.725 21%
Jet A1 66.297 68.447 53.072 72.025 259.841 9%
Ordoil 29.380 59.643 59.640 50.530 199.193 31%
Kerosene 18.673 24.741 22.270 19.699 85.383 10%
Jet B 20.026 17.185 17.474 23.213 77.898 -55%
Gasolina 13.813 18.683 - 636 33.132 103%
LPG 7.011 7.402 5.868 6.967 27.248 4%
Outros* 1.834 244 2.019 231 4.328 -87%
TOTAL 640.616 669.829 587.852 663.366 2.561.663 3%
(*) Asfalto e Cut-Back
53RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201652
Em 2016 a Sonangol produziu 2.561.663 toneladas mĂ©tricas de produtos refinados, mais 70.148 toneladas mĂ©tricas comparativamente ao mesmo perĂodo do ano anterior. Este aumento estĂĄ alinhado com o incremento nos fornecimentos de matĂ©ria-prima e ao reforço na utilização da capacidade de refinação instalada. Nos Ășltimos seis meses do ano, a prioridade da refinaria esteve no aumento da produção de refinados com maior procura e mais rentĂĄveis, dos quais se destacam o incremento de 103% na produção da gasolina e 9% no jet A1.
O perfil de produção dos produtos refinados não sofreu grandes alteraçÔes, com maior produção de Fuel Oil (38%), seguido do Gasóleo (24%), Nafta (12%), Jet A1 (10%), do Jet B e Kerosene (3%) e do LPG (1%) os outros restantes produtos com cerca de 9% de forma agregada.
GRĂFICO 11PERFIL DE PRODUĂĂO DE PRODUTOS REFINADOS
FUEL OIL 38%OUTROS 0%
NAFTA
JET A1
12%
KEROSENE 3%
GASĂLEO 24%
ORDOIL 8%
JET 3%
LPG1%
10%
GASOLINA1%
5.3.2 NEGĂCIO DE TRANSPORTE DE PETRĂLEO BRUTO, REFINADOS E GĂS
Em 2016, foram transportadas 8.331.825 TM de PetrĂłleo Bruto, 6% acima da quantidade transportada no ano anterior.
TABELA 24VOLUME DE PETRĂLEO BRUTO TRANSPORTADO
U.M.:TM
ProdutosExecução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadesTransportadas
VariaçãoHomóloga
FROTASUEZMAX 1.571.910 1.391.196 1.107.288 1.484.156 5.554.550 6%
PETRĂLEO BRUTO 1.571.910 1.391.196 1.107.288 1.484.156 5.554.550 6%
FROTACABOTAGEM 785.955 695.598 553.644 742.078 2.777.275 6%
PETRĂLEO BRUTO 785.955 695.598 553.644 742.078 2.777.275 6%
TOTAL 2.357.865 2.086.794 1.660.932 2.226.234 8.331.825 6%
Foram transportadas 5.554.550 TM de petrĂłleo bruto pela frota Suezmax, e 2.777.275 TM pela frota de Cabotagem (fornecimento de petrĂłleo bruto Ă refinaria de Luanda).
TABELA 25 VOLUME DE PRODUTOS DERIVADOS TRANSPORTADO POR SEGMENTOS
U.M.:TM
Frota/ProdutoExecução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuatidadesTransportadas
VariaçãoHomóloga
FROTA CABOTAGEM* 1.502.207 1.575.797 1.210.941 1.326.919 5.615.864 -35%
CONSUMO DOMĂSTICO 1.488.473 1.556.641 1.201.060 1.312.167 5.558.341 -35%
GasĂłleo 892.229 963.892 835.510 819.221 3.510.852 -35%
Gasolina 470.164 493.067 276.019 432.242 1.671.492 -37%
Kerosene 1.594 - - 1.584 3.178 -58%
Jet A1 25.226 9.837 785 2.234 38.082 -29%
LPG 99.260 89.845 88.746 56.886 334.737 -24%
EXPORTAĂĂO 9.441 14.407 9.881 10.352 44.081 -2%
GasĂłleo 6.319 9.474 6.748 7.013 29.554 -8%
Gasolina 1.526 2.100 1.581 1.408 6.615 9%
Jet A1 1.596 2.833 1.552 1.931 7.912 20%
IMPORTAĂĂO 4.293 4.749 0 4.400 13.442 48%
Lubrif & Ăleo 4.293 4.749 - 4.400 13.442 48%
FROTA LNG - 141.730 130.537 - 272.267 100%
LNG - 141.730 130.537 - - 100%
TOTAL 1.502.207 1.717.527 1.341.478 1.326.919 5.888.131 -31%
A Sonangol transportou, no ano 2016, menos 2.703.966 TM de produtos comparativamente ao perĂodo homĂłlogo, perfazendo 5.888.131 TM, devido aos ajustamentos resultantes do ambiente macroeconĂłmico no perĂodo em anĂĄlise.
55RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201654
Do volume total de produtos refinados transportados, 94,39% destinaram-se ao consumo domĂ©stico e apenas 0,75% Ă exportação. Os remanescentes 4,62% e 0,23% correspondem a importação de Ăleos Base e o transporte de LNG, respectivamente.
GRĂFICO 12TRANSPORTE DE PRODUTOS REFINADOS E GĂS
GASĂLEO 60%GASOLINA 28%
LPG6%
OUTROS1%
LNG5%
O GasĂłleo foi o produto refinado mais transportado, representando 60% do volume total, seguido da Gasolina com 28%, LPG com 6%, LNG com 5% e Jet A1, Kerosene e Lubrificantes perfazendo 1%.
A eficiĂȘncia do transporte foi priorizada, maximizando as viagens com carga (âladdenâ) e minimizando o tempo de viagem com os navios sem carga (âballastâ).
5.3.3 PROJECTOS ESTRUTURANTES DA CADEIA DE VALOR MIDSTREAM
5.3.3.1 PROJECTO DE CONSTRUĂĂO DA REFINARIA DE LOBITOPara o ano em curso, nĂŁo foi orçamentado no Programa de Investimentos o projecto de construção da Refinaria de Lobito, tendo sido suspenso para a reavaliação da visĂŁo estratĂ©gica e da viabilidade econĂłmica. No entanto, tĂȘm-se envidado esforços no sentido de promover o projecto no mercado internacional, visando a captação de fundos ou parceiros.
Adicionalmente, os trabalhos encontram-se paralisados desde o mĂȘs de Abril, tendo sido executadas apenas atividades de manutenção em equipamentos mecĂąnicos, incluindo actividades de limpeza nas trituradoras.
Como atrĂĄs referido, a Administração da Sonangol estĂĄ convicta que a Refinaria do Lobito Ă© um projecto estratĂ©gico para a empresa e para o paĂs, acreditando
que os investimentos jĂĄ realizados poderĂŁo ser rentabilizados pelo desenvolvimento de projectos industriais adjacentes Ă refinaria, nomeadamente, projectos de indĂșstria petroquĂmica alimentados pelas descobertas de hidrocarbonetos em blocos offshore prĂłximos do Lobito.
5.4 CADEIA PRIMĂRIA DE VALOR â SEGMENTO DOWNSTREAM
O segmento de LogĂstica e Distribuição registou em 2016 petr vendas equivalentes a USD 5.079.587.227 e um EBITDA de USD 1.431.057.301, correspondente a 45% do EBITDA total registado pela Sonangol.
O aumento dos preços dos produtos refinados, como consequĂȘncia da eliminação da subvenção do preço, impactou diretamente este segmento. Registou-se uma redução da aquisição de produtos refinados e de produtos comercializados face ao perĂodo homĂłlogo, de 18% e 12% respectivamente.
De realçar que, apesar de apenas 21% da quantidade total aprovisionada resultar do mercado nacional, a gasolina proveniente da Refinaria de Luanda experienciou um crescimento de 119% face a 2015, evidenciando o desempenho positivo registado em 2016.
Na actividade LogĂstica, e em linha com a contracção da procura, registou-se uma redução generalizada dos volumes aprovisionados (decrĂ©scimo de 18%) e da prĂłpria capacidade de armazenagem (decrĂ©scimo de 8%).
Relativamente Ă actividade de Distribuição os produtos mais comercializados continuam a ser a Gasolina e o GasĂłleo, representando mais de 80% das vendas e com especial destaque para o segmento do Consumo e do Retalho. Estes Ășltimos, apesar de serem os segmentos com maior consumo tambĂ©m sĂŁo os que apresentam maior concorrĂȘncia.
A concorrĂȘncia do mercado em alguns segmentos estĂĄ a ser acautelada, e reflectida, no esforço da Sonangol em tentar melhorar o seu posicionamento no mercado. Neste Ăąmbito, estĂŁo a ser identificadas vĂĄrias iniciativas para a oferta da Sonangol. O investimento na expansĂŁo e melhoria da rede de comercialização de derivados Ă© um exemplo desse esforço.
No ùmbito do mercado internacional, também se registou uma redução da exportação de Petróleo Bruto (decréscimo de 9%) e de produtos refinados (decréscimo de 1%).
5.4.1 NEGĂCIO DE LOGĂSTICA
5.4.1.1 APROVISIONAMENTO
TABELA 26AQUISIĂĂO DE PRODUTOS REFINADOS POR ORIGEM
U.M.:TM
ProdutosExecução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuatidadesTransportadas
VariaçãoHomóloga
IMPORTAĂĂO 1.071.228 1.100.775 853.205 1.009.122 4.034.346 -20%
SONANGOLLOGĂSTICA
GasĂłleo 629.191 609.005 604.150 510.324 2.352.671 -23%
Gasolina 294.013 348.969 99.172 287.916 1.030.070 -17%
Jet A1 23.013 8.800 11.000 - 42.813 -29%
SONAGĂS
LPG 32.012 19.670 5.987 13.051 70.720 -58%
SONANGOLDISTRIBUIDORA
GasĂłleo (MGO) 93.000 102.330 120.894 197.831 514.056 14%
Asfalto - 12.000 12.000 - 24.000 -57%
AvgĂĄs - - 16 - 16 n.a
REFINARIADELUANDA 250.492 274.777 234.171 243.446 1.002.887 -12%
GasĂłleo 150.553 158.503 144.762 143.973 597.791 -6%
Gasolina 12.195 13.766 2.052 - 28.013 119%
Jet A1 54.107 58.158 51.311 60.986 224.563 -7%
Jet B 19.391 16.582 16.813 22.609 75.395 -55%
Kerosene 14.246 27.768 19.233 15.878 77.125 0%
TOPPINGCABINDA 15.549 14.614 22.032 23.949 76.145 63%
GasĂłleo 12.455 11.578 18.469 18.660 61.163 80%
Jet A1 557 1.183 580 554 2.874 -12%
Kerosene 2.537 1.853 2.983 4.735 12.108 28%
TOTAL 1.337.270 1.390.167 1.109.408 1.276.517 5.113.379 -18%
Durante o perĂodo foram adquiridos 5.113.379 TM de produtos refinados de petrĂłleo bruto, menos 18% que no perĂodo homĂłlogo, devido Ă retracção no consumo de derivados, provocada pelo ajustamento do preço dos combustĂveis no inĂcio do ano.
Da quantidade total aprovisionada apenas 21% provieram do mercado interno, tendo o restante sido adquirido externamente, como reflexo da insuficiente capacidade interna de refinação.
Ao longo do perĂodo verificou-se uma redução de 23% nas quantidades de Gasolina importada e um aumento de 80% das quantidades de GasĂłleo adquiridas no Topping Cabinda comparativamente a 2015.
De realçar que a Gasolina proveniente da Refinaria de Luanda registou tambĂ©m um crescimento de mais de 100% comparativamente ao mesmo perĂodo de 2015, devido a estabilização da unidade de produção.
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201656 57
TABELA 27APROVISIONAMENTO DE PRODUTOS REFINADOS
U.M.:TM
ProdutosExecução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadeAprovisionada
VariaçãoHomóloga
GasĂłleo 885.198 881.417 888.276 870.789 3.525.680 -16%
Gasolina 306.208 362.735 101.225 287.916 1.058.083 -15%
Jet A1 77.677 68.141 62.891 61.540 270.250 -11%
Jet B 19.391 16.582 16.813 22.609 75.395 -55%
Kerosene 16.783 29.622 22.216 20.613 89.234 3%
Asfalto - 12.000 12.000 - 24.000 -57%
AvgĂĄs - - 16 - 16 n.a
LPG 32.012 19.670 5.987 13.051 70.720 -63%
TOTAL 1.337.270 1.390.167 1.109.424 1.276.517 5.113.379 -18%
Os produtos com maior volume aprovisionado foram o Gasóleo (69%) e a Gasolina (21%) totalizando 90%, apesar de se verificar uma redução nos volumes de todos os produtos aprovisionados, face ao ano anterior, exceptuando o Kerosene.
5.4.1.2 ARMAZENAGEM
TABELA 28 CAPACIDADE DE ARMAZENAGEM
U.M.:M3
ProdutosExecução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadeAprovisionada
VariaçãoHomóloga
Terra 358.519 358.511 358.511 358.511 358.511 -6%
Flutuante 469.993 469.992 469.992 469.992 469.992 -9%
TOTAL 828.512 828.503 828.503 828.503 828.503 -8%
A capacidade de armazenagem de produtos refinados foi de 828.503 M3, dos quais 358.511 M3 em terra e 469.992 em navios de armazenagem flutuante, verificando-se um decrĂ©scimo de 8% comparado ao perĂodo homĂłlogo.
5.4.2 NEGĂCIO DE DISTRIBUIĂĂO
5.4.2.1 COMERCIALIZAĂĂO
TABELA 29 QUANTIDADES DE PRODUTOS REFINADOS COMERCIALIZADOS
U.M.:TM
Produtos
Execução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadeComercializada
VariaçãoHomóloga
GasĂłleo 574.800 682.242 674.455 682.552 2.614.049 -14%
Gasolina 255.023 193.226 191.312 179.884 819.445 -15%
Jet A1 60.540 64.443 64.995 62.503 252.481 -11%
LPG (GĂĄs butano) 76.770 76.884 79.616 - 233.270 -6%
Fuel Extra Heavy 11.784 42.291 59.181 38.030 151.286 659%
Jet B 20.347 17.849 15.420 23.783 77.400 -52%
Kerosene 12.535 16.290 14.327 11.618 54.770 36%
Asfalto - 514 24.473 863 25.849 -40%
Lubrificantes 4.269 3.411 3.323 2.966 13.969 5%
Outros 3.669 7.623 1.277 1 12.570 -57%
Fuel Oil 1500 8.035 28 - - 8.062 -50%
Gås de aviação 5.352 - - 28 5.380 896643%
Cutback 275 185 321 167 948 -56%
TOTAL 1.033.399 1.104.986 1.128.700 1.002.394 4.269.479 -12%
Foram comercializadas aos consumidores finais, durante o ano 2016, um total de 4.269.479 toneladas mĂ©tricas de produtos refinados, correspondente a um decrĂ©scimo de 12% em relação ao perĂodo homĂłlogo de 2015.
Esta redução Ă© explicada pela contração da procura, face Ă actual conjuntura econĂłmica nacional, sobretudo, pelo aumento dos preços dos produtos refinados, como consequĂȘncia da eliminação das subvençÔes ao preço.
GRĂFICO 13COMERCIALIZAĂĂO DE PRODUTOS REFINADOS POR SEGMENTO DE NEGĂCIOS
49%
33%
11%
6%
0%
48%
31%
14%
6%
0,3%0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
CONSUMO RETALHO MARINHA AVIAĂĂO LUBRIFICANTE
2016 2015
O GasĂłleo e a Gasolina continuam a ser os produtos mais comercializados internamente, representando no seu conjunto cerca de 80% das quantidades vendidas.
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201658 59
Por segmento de negĂłcio, verifica-se uma maior representatividade para o sector de consumo, derivado de um aumento dos volumes adquiridos para compensação das limitaçÔes no fornecimento de gasĂłleo via pipeline a partir da Refinaria de Luanda. Por outro lado, regista-se um aumento na ordem dos 2 pontos percentuais no segmento de retalho face ao ano anterior, derivado da situação conjuntural econĂłmica do paĂs.
GRĂFICO 14QUOTA DE MERCADO POR SEGMENTO DE NEGĂCIOS
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
100% 100%
MARINHA
98%100%
AVIAĂĂO
86% 88%
CONSUMO
59% 58%
RETALHO
QU
OTA
DE
MER
CA
DO
2016 2015
Os segmentos de Retalho e de Consumo, sĂŁo os que enfrentam maior concorrĂȘncia, pelo que verificou-se uma perda de quota de mercado no segmento de consumo na ordem dos 2 pontos percentuais, e um acrĂ©scimo de cerca de um ponto percentual no segmento de retalho, justificado por uma menor pressĂŁo da concorrĂȘncia.
As provĂncias de Luanda, Benguela, Cabinda, Zaire e HuĂla continuam a liderar o consumo de produtos refinados, representando 85,70% do total registado no perĂodo.
FIGURA 3COMERCIALIZAĂĂO DE PRODUTOS REFINADOS POR REGIĂES
0,72% (4)0,55%
(8)
4,61% (44)
1,71% (14)
9,34% (44)
0,69% (21)
0,76% (36)
0,57% (8)
3,07% (52)
1,05% (8) 1,16%
(11)
0,67% (12)
1,71% (16)2,31%
(15)
3,99% (17)
5,12% (20 )
2,34% (27)
60,27% (92)
MAIORES CENTROS DE CONSUMO
QUOTA DE MERCADO
MENORES CENTROS DE CONSUMO
CENTROS DE CONSUMO INTERMĂDIO
OUTROS CENTROS DE CONSUMO
%
NĂMERO DE PA CARĂCTER DEFINITIVO(#)
5.4.3 COMERCIALIZAĂĂO INTERNACIONAL
5.4.3.1 PETRĂLEO BRUTO
TABELA 30 EXPORTAĂĂO DE PETRĂLEO BRUTO POR RAMA
U.M.: Bbls
RAMAS
Execução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadeExportada
VariaçãoHomóloga
Saturno 8.409.060 6.301.107 7.416.427 7.554.607 29.681.201 4%
DĂĄlia 8.446.769 6.292.415 8.422.075 4.539.322 27.960.688 -20%
Nemba 5.572.062 6.292.415 7.310.078 6.395.728 25.570.283 -18%
Cabinda 5.545.193 5.606.059 5.714.446 4.730.623 21.596.321 -8%
Girassol 6.790.461 4.871.343 4.856.921 3.952.547 20.471.272 -1%
Hungo 2.852.406 3.663.954 2.852.875 6.430.924 15.800.159 -20%
Sangos 3.752.529 2.580.246 2.897.515 2.721.614 11.951.904 53%
Mondo 1.988.353 2.774.889 2.825.298 2.800.040 10.388.580 52%
Kissanje 2.761.681 903.602 2.719.925 3.622.685 10.007.893 -54%
Paz-flor 1.902.922 2.762.506 1.929.596 1.857.414 8.452.438 -18%
Saxi-batuque 1.910.715 905.626 1.913.233 1.844.133 6.573.707 2%
CLOV 2.004.695 30.460 1.045.489 2.002.461 5.083.105 -15%
PlutĂłnio 1.954.472 1.863.230 998.925 4.816.627 66%
Palanca - 986.577 983.790 - 1.970.367 107%
Lianzi 91.380 1.212.197 292.507 261.040 1.857.124 n.a
Gimboa - 712.757 452.300 515.012 1.680.069 5%
TOTAL 53.982.698 48.019.490 52.631.400 49.228.150 203.861.738 -9%
No decorrer do ano de 2016, foram comercializados 203.861.738 barris de petróleo bruto, registando um decréscimo de 9% face ao ano anterior. A baixa do preço de petróleo bruto no mercado internacional, que favorece os grupos empreiteiros em detrimento da Concessionåria, à luz dos Contratos de Partilha de Produção aliado ao decréscimo de produção.
HĂĄ a realçar a paragem programada de 35 dias no campo DĂĄlia, Bloco 17, que provocou uma de redução significativa, na ordem dos 20%, com perdas estimadas de 210.000 barris por dia i.e. aproximadamente 7,4 milhĂ”es de barris durante o ano. Como consequĂȘncia destes factos a rama Saturno foi a mais comercializada, representando 15% do volume comercializado, seguida da rama DĂĄlia com 14%, a rama Nemba com 13% e a rama Cabinda com 11%.
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201660 61
GRĂFICO 15EXPORTAĂĂO DE PETRĂLEO BRUTO POR RAMA
CABINDA11%
CLOV 3%
NEMBA13%
GIRASSOL10%
SATURNO15%HUNGO 8%
DĂLIA 14%
KISSANJE 5%
SAXI - MONDO
BATUQUE3%
5%PAZ - FLOR 4%
SANGOS6% OUTROS 3%
Tendo em conta que o perfil das exportaçÔes Ă© determinado pelo nĂvel de produção, a maior parcela do petrĂłleo bruto exportado teve origem no Bloco 17 (30,8%), seguido do Bloco 15 com 21,5%, Bloco 0 com 16,5%, do Bloco 31 com 14,6%, e os restantes blocos com um total de 16,6%.
FIGURA 4DESTINO DO PETRĂLEO BRUTO
URUGUAI · 0,5%
PORTUGAL · 2,9%
ITĂLIA · 0,5%
ESPANHA · 0,5%
FRANĂA · 1,3%
HOLANDA · 1,8%
ĂFRICA DO SUL · 2,8%
MALĂSIA · 1,8%TAIWAN · 6,6%TAILĂNDIA · 0,2%INDIA · 9,8%
CHINA · 62,7%
COREIA DO SUL · 0,4%COLĂMBIA · 0,9%
BAHAMAS · 0,4%
EUA · 1,0%
CANADà · 0,4%
A China continua a ser o principal destino do petrĂłleo bruto angolano, tendo adquirido 62,7% das exportaçÔes, seguida da Ăndia com 9,8% perfazendo os dois paĂses 72,5% da comercialização externa, deixando o restante repartido pelos outros destinos.
5.4.3.2 PREĂO DAS RAMAS ANGOLANAS
GRĂFICO 16 EVOLUĂĂO DO PREĂO DO BRENT E RAMAS ANGOLANAS
DEZEMBROJANEIRO
30,69
27,98 29,45
32,48
38,49
36,16
41,48
40,37
46,88
45,52
48,33
45,9545,10
42,02
45,77
44,68
46,67
45,34
49,66
48,4345,13
44,54
53,72
52,43
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
FEVEREIRO MARĂO ABRIL MAIO
BRENT DATADO 2016 PREĂO DAS RAMAS ANGOLANAS 2016
JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO
O preço de comercialização das ramas petrolĂferas angolanas cresceu aproximadamente 50%, tendo sido comercializadas a um preço mĂ©dio ponderado de 41,91 USD/Bbl, com o preço mĂĄximo de 52,43 USD/bbl no mĂȘs de Dezembro e o mĂnimo de 27,98 USD/bbl no mĂȘs de Janeiro, conforme se pode observar no grĂĄfico acima.
5.4.3.3 EXPORTAĂĂO DE PRODUTOS REFINADOS
TABELA 31 QUANTIDADE DE PRODUTOS REFINADOS EXPORTADOS
U.M.: TM
REFINADOS
Execução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre QuantidadeExportada
VariaçãoHomóloga
Fuel Oil 276.563 231.035 230.126 220.840 958.564 -6%
Nafta 65.847 57.749 98.808 66.124 288.528 12%
GĂĄs Propano 32.913 - - - 32.913 -42%
GasĂłleo 6.327 9.483 6.757 7.018 29.585 -5%
Jet A1 1.598 2.837 18.123 1.932 24.489 178%
GĂĄs Butano - - 10.058 11.011 21.069 n.a
Gasolina 1.528 2.103 1.584 1.409 6.624 -5%
TOTAL 384.775 303.207 365.456 308.333 1.361.772 -1%
O volume de produtos refinados exportado foi de 1.361.772 toneladas mĂ©tricas, quantidade que se manteve estĂĄvel em relação ao mesmo perĂodo do ano passado, variando apenas 1%.
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201662 63
GRĂFICO 17PERFIL DE EXPORTAĂĂO DE PRODUTOS REFINADOS
21%
2% 2% 2% 2% 0%
19%
2% 4%0% 1% 1%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%70%74%
FU
EL
OIL
NA
FTA
GA
SĂ
LE
O
GĂ
S P
RO
PA
NO
GĂ
S B
UTA
NO
JET
A1
GA
SO
LIN
A
2016 2015
5.5 NEGĂCIOS NĂO NUCLEARES
5.5.1 AVIAĂĂO â SONAIR
Em 2016 a Sonair voou cerca de 20 mil horas, das quais 10 mil no segmento de Asa Rotativa e 10 mil no segmento de Asa Fixa, correspondendo a uma redução de 47% comparativamente ao ano de 2015. Esta redução teve um impacto relevante nas receitas de aluguer de aeronaves, que sofreram uma redução de 74 biliÔes de kwanzas para 45 biliÔes de kwanzas.
O acidente em Abril de 2016, na Noruega, resultou na paragem mundial (âgroundingâ) das aeronaves de tipo Super Puma (H225 e L2), que representam mais de 60% da frota de Asa Rotativa da Sonair. Esta paragem afectou de forma significativa a capacidade da Sonair prestar serviços de transporte em Asa Rotativa Ă s operadoras petrolĂferas, que dependiam deste meio para o transporte de tripulaçÔes para as plataformas offshore.
TABELA 32MAPA DE INDICADORES OPERACIONAIS DA SONAIR
IndicadoresOperacionais
Execução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre ServiçosPrestados
VariaçãoHomóloga
NÂșdeHorasVoadas 6.795 6.046 4.054 2.815 19.711 -47%
NÂșdeHorasVoadas-AsaRotativa 4.425 3.371 1.364 742 9.902 -55%
Contratação Comercial 3.559 2.751 1.356 731 8.396 -55%
NĂŁo Contratualizadas 26 18 9 11 64 -56%
Casa Militar e PresidĂȘncia da RepĂșblica 840 602 0 0 1.442 -60%
NÂșdeHorasVoadas-AsaFixa 2.369 2.675 2.690 2.074 9.808 -35%
FrotaSonAir 111 397 518 490 1.516 -30%
Contratação Comercial 52 262 425 329 1.068 -30%
NĂŁo Contratualizadas 59 135 93 161 449 -28%
Outras (H.E, Carreira, Spots Charter) 1.758 1.802 1.659 1.435 6.653 -9%
MATeEstado 500 477 513 149 1.639 -71%
HoustonExpress(LoadFactor) 35% 33% 34% 41% 36% -21%
CargaTransportada(Ton) 123 57 54 26 260 -19%
NÂșPassageirosTransportados 70.559 63.296 59.859 52.989 246.703 -15%
DisponibilidadeMĂ©diadasAeronaves 88% 79% 78% 68% 78% -18%
UtilizaçãoMédiadasAeronaves 159% 86% 106% 58% 102% 2%
TambĂ©m os esforços de redução de custos por parte das operadoras petrolĂferas, que levou tambĂ©m Ă redução do pessoal operacional offshore bem como Ă procura de soluçÔes de transporte que permitissem substituir o transporte aĂ©reo, vieram afectar de forma mais estrutural a procura por serviços de transporte aĂ©reo, nomeadamente em asa rotativa.
A operação de Asa Fixa foi igualmente impactada pela diminuição da actividade do sector petrolĂfero, que afectou de forma particular a operação do Houston Express, onde foram tomadas medidas de aumento de eficiĂȘncia, no Ăąmbito do Programa Sonalight, que permitiram defender e minimizar o impacto na rentabilidade da operação. Estas medidas terĂŁo, aliĂĄs, um impacto relevante no exercĂcio de 2017.
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201664 65
5.5.2 SAĂDE â CLĂNICA GIRASSOL
TABELA 33MAPA DE INDICADORES OPERACIONAIS DA CLĂNICA GIRASSOL
IndicadoresOperacionais
Execução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre Total VariaçãoHomĂłloga
NĂșmero de pacientes atendidos 52.400 58.758 44.296 42.486 197.940 5%
NĂșmero de internamentos 2.994 2.864 1.828 1.840 9.526 -3%
NĂșmero de consultas ambulatoriais realizadas 26.205 29.293 27.839 26.405 109.742 1%
NĂșmero de atend.no banco de urgĂȘncia 16.388 16.011 10.839 11.321 54.559 0%
NĂșmero de exames laboratoriais 268.491 265.516 185.073 164.366 883.446 2%
NĂșmero de intervençÔes cirurgicas realizadas 292 276 344 284 1.196 -17%
NĂșmero de procedimentos cirurgicos no CC ambulatorial (day clinic) 167 166 218 157 708 -34%
Taxa média de ocupação Hospitalar 87% 78% 85% 84% 84% 7%
NĂșmero de Partos Realizados (EutĂłcicos e distĂłcicos) 168 167 158 170 663 -5%
NĂșmero de exames de imagiologia realizados 20.791 17.079 14.107 13.743 65.720 -12%
Total de Cirurgias 459 442 562 441 1.904 -24%
Tempo MĂ©dio de PermanĂȘncia (em dia) 6 6 6 6 6 -4%
NĂșmero de exames especializados realizados 10.033 9.711 28.567 31.011 79.322 -29%
No perĂodo em anĂĄlise, registou-se um aumento de 5% no atendimento geral da ClĂnica Girassol, que atingiu os 198 mil pacientes.
O nĂșmero de pacientes internados na ClĂnica diminuiu 3% para 9.526, no entanto foi registado um aumento da taxa mĂ©dia de ocupação hospitalar em 7%, comparado com 2015.
Em virtude do atual contexto econĂłmico e da dificuldade em importar equipamentos e medicamentos, o aumento do fluxo de pacientes (5%) nĂŁo se reflectiu num aumento dos exames de imagiologia que decresceram em 12% ao passo que os exames especializados decresceram cerca de 30%. Na sequĂȘncia destes factores as cirurgias tiveram um decrĂ©scimo de 24% face a 2015.
No decorrer do ano de 2016, a ClĂnica Girassol, no Ăąmbito do programa Sonalight, implementou um rigoroso programa de eficiĂȘncia, tendo o conjunto de iniciativas realizado permitido um ganho significativos em EBITDA.
5.5.3 TELECOMUNICAĂĂES â MSTELCOM
A MST presta serviços de telecomunicaçÔes a empresas do sector petrolĂfero, bem como a outras empresas de sectores de actividade diversos.
A actividade da empresa cresceu, apesar do contexto económico adverso, tendo as receitas dos serviços de comunicaçÔes aumentado 14% para AOA 13 B.
TABELA 34MAPA DE INDICADORES MSTELCOM
IndicadoresOperacionais
Execução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre ServiçosPrestados
VariaçãoHomóloga
1.UtilizaçãodaCapacidadeDisponĂvel(%)
1.1RededeFibraĂptica(Mbits/Seg)
A. Rede Metro (Mbits/seg)
Luanda 100% 100% 100% 100% 100% 10%
Lobito - Benguela 21% 23% 24% 25% 25% 64%
B. Redes Nacionais - (Mbits/seg)
Luanda Malanje 11% 11% 12% 12% 12% 15%
Luanda Soyo 49% 51% 51% 81% 81% 71%
Lobito Lubango 19% 19% 26% 27% 27% 169%
Luanda Lobito 41% 43% 43% 43% 43% -73%
1.2Satélite-VSAT(MHZ)
A. Banda - C 99% 97% 100% 100% 100% 1%
B. Banda - Ku 100% 100% 100% 100% 100% 0%
2.VolumedeServiçosPrestados
Telefonia (nÂș de linhas telefĂłnicas) 34.681 34.564 34.011 34.224 34.224 -0,4%
TrĂĄfego de voz (minutos) 22.338.984 24.714.138 23.376.294 20.670.519 91.099.935 6%
3.Clientela
NĂșmero MĂ©dio de ReclamaçÔes p/100 Clientes 4,70 4,54 4,05 4,72 4,63 8%
Ăndice de Satisfação dos Clientes MST (escala de 1 Ă 10 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6 n.a
No que concerne a prestação de serviços de internet, a taxa de utilização da capacidade de fibra óptica nas redes metro, foi de 100% (+10%) para a rede Luanda e de 25% (+64%) para a rede Lobito-Benguela, durante o ano de 2016. O incremento na utilização da capacidade instalada, resultou da activação e upgrades de diversos serviços, em resposta à solicitação dos clientes.
As taxas de utilização dos satĂ©lites das Bandas C e Banda - Ku mantiveram-se praticamente inalteradas, comparativamente ao perĂodo homĂłlogo.
Como resultado da conjuntura econĂłmica e das medidas de eficiĂȘncia em curso no sector, os serviços de Telefonia registaram uma ligeira redução de 0,4% face ao ano de 2015. Os serviços de trĂĄfego de voz cresceram 6% face no mesmo perĂodo, resultado do aumento de interligação a clientes.
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201666 67
Apesar da tendĂȘncia globalmente positiva dos resultados operacionais o negĂłcio de telefonia apresenta desafios importantes por superar, nomeadamente na rentabilização dos investimentos em curso, num contexto onde a concorrĂȘncia Ă© mais agressiva. A empresa estĂĄ a investir na sua prĂłpria infra-estrutura.
5.5.4 GESTĂO IMOBILIĂRIA â SONIP
O ano de 2016 ficou marcado por um esforço de ajustamento da actividade da Sonip Ă realidade e orientaçÔes de transformação do Grupo Sonangol. Neste sentido, a nova ComissĂŁo Executiva priorizou a identificação e concretização de medidas de impacto imediato na contenção de custos e na captação de receitas, assim como no levantamento e anĂĄlise rigorosa de informação de gestĂŁo essencial para a tomada de decisĂ”es. De salientar a execução de algumas medidas concretas tal como a realização de due dilligences (tanto Ă empresa como ao seu conjunto de activos), a concentração de alguns locais de trabalho de diferentes subsidiĂĄrias, para libertação de espaços arrendados a terceiros, a renegociação ou revogação de diversos contratos de arrendamento a terceiros, o foco numa maior efetividade na facturação e cobrança de rendas a inquilinos dos activos da Sonip ou sob sua gestĂŁo (tanto a nĂvel corporativo como particular/ residencial) e ainda a entrega dos projetos em fase de conclusĂŁo (ex. Largo do Ambiente) e o congelamento de todos os projectos em curso atĂ© uma reapreciação da sua viabilidade Ă luz do contexto macroeconĂłmico.
No que respeita Ă cooperativa Cajueiro, foram comercializados aos sĂłcios 28 imĂłveis nos distintos condomĂnios: Mâbembo Mâbote, Mazozo e Jardins de Talatona.
TABELA 35STOCK IMOBILIĂRIO COMERCIALIZADO
CondomĂnio StockInicial2016
VendasEfectivadas
StockFinal
%PorCondomĂnio
Mâbembo Mâbote 23 5 18 22%
Mazozo 19 14 5 74%
Jardins de Talatona 9 9 - 100%
TOTAL 51 28 23 55%
5.5.5 FORMAĂĂO â ACADEMIA SONANGOL
Apesar do contexto econĂłmico desafiante, a Sonangol manteve o seu esforço de formação e capacitação de recursos humanos, nĂŁo sĂł da Sonangol, mas tambĂ©m do sector petrolĂfero e da economia em geral. Como tal, foram realizadas em 2016, 1.646 acçÔes de formação, representando um decrĂ©scimo na ordem dos 3% face ao ano anterior.
Em termos de carga horĂĄria, foram administradas 16.609 horas em 76 cursos. Em relação ao perĂodo homĂłlogo de 2015, registaram-se reduçÔes de 26% e 7%, nas horas de formação e no nĂșmero de cursos ministrados, respectivamente.
TABELA 36PRINCIPAIS INDICADORES DE ENSINO E FORMAĂĂO
Indicadores
Execução 2016
IÂșTrimestre IIÂșTrimestre IIIÂșTrimestre IVÂșTrimestre Total VariaçãoHomĂłloga
1.FORMAĂĂO
1.1NĂșmerodeAcçÔesdeformaçãorealizadas(Unid) 437 458 425 326 1.646 -3%
1.1.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - 1 1 2 91%
1.1.2 Escola de Gestão e Liderança - - - 6 6 87%
1.1.3 Escola de Segurança 437 458 424 319 1.638 1%
1.2NĂșmerodeHorasdeFormação 4.067 4.766 4.264 3.512 16.609 -26%
1.2.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - 28 28 56 -97%
1.2.2 Escola de Gestão e Liderança - - - 144 144 -96%
1.2.3 Escola de Segurança 4.067 4.766 4.236 3.340 16.409 -2%
1.3NĂșmerodeCursosMinistrados 17 18 19 22 76 -7%
1.3.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - 1 1 2 -89%
1.3.2 Escola de Gestão e Liderança - - - 1 1 -97%
1.3.3 Escola de Segurança 17 18 18 20 73 181%
1.4NĂșmerodeFormandos 4.485 4.493 3.740 2.627 15.345 -14%
1.4.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - 11 4 15 -94%
1.4.2 Escola de Gestão e Liderança - - - 80 80 -88%
1.4.3 Escola de Segurança 4.485 4.493 3.729 2.543 15.250 -10%
2.EDUCAĂĂOEENSINO
2.1QualidadeeEnsino
2.1.1 Avaliação do Corpo Docente - - 24% 24% 24% -65%
2.1.2 RĂĄcio de Estudante por Docente - 15% 13% 13% 14% 13%
2.1.3 RĂĄcio de Docentes com Mestrado e Phd por Docentes 47% 49% 48% 46% 48% 11%
2.1.4 Taxa de Aproveitamento Académico - - 22% 43% 33% -26%
2.1.5 Taxa de EvasĂŁo Estudantil - 2% 10% 14% 9% -62%
2.2ProduçãoCientĂfica
2.2.1 Artigos Publicados em Revistas com Factor de Impacto - - 2 3 5 400%
2.2.2 Participação em Eventos CientĂficos Internacionais - - - 4 4 100%
3.BOLSASDEESTUDOS
3.1NĂșmerodeBolsasdeEstudosDisponibilizadas 1.917 1.943 1.879 1.859 1.859 -15%
3.1.1 Internas 525 538 537 549 549 -30%
3.1.2 Externas 1.392 1.405 1.342 1.310 1.310 -6%
No Ăąmbito do programa de bolsas de estudo, a Academia geriu um total de 1.859 bolsas, das quais 549 internas e 1.310 externas.
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201668 69
A Academia é responsåvel pela gestão do processo de bolsas, com orientaçÔes da Sonangol, em 5 geografias principais: EUA, RU, França, Brasil e Portugal. Em 2016 não foram concedidas novas bolsas, mas sim mantidos os actuais contratos com os bolseiros.
A escola de Segurança continua a ministrar cursos de segurança Ă indĂșstria PetrolĂfera, certificados por autoridades marĂtimas internacionais. O material do seu centro de treinamento marĂtimo estĂĄ integralmente certificado de acordo com a norma ISO 9000. Em 2016, foram treinados nesta escola 15.250 formandos em 1.638 acçÔes de formação.
5.6 CORPORATIVO & FINANCEIRO
5.6.1 FINANCIAMENTOS
Durante o exercĂcio de 2016, a empresa nĂŁo recorreu a financiamentos bancĂĄrios internacionais para financiar os seus projectos de capitais estruturantes e outras despesas operacionais, de acordo com o orçamento anual do exercĂcio financeiro.
5.6.2 RECURSOS HUMANOS
5.6.2.1 COMPOSIĂĂO DO EFECTIVO Para realizar a actividade de 2016, a empresa contou com um quadro efectivo total de 7.980 colaboradores activos, representando um decrĂ©scimo de 4% face ao perĂodo homĂłlogo de 2015.
GRĂFICO 18 NĂMERO DE TRABALHADORES DA SONANGOL
2.0122.120
1.486
481 511
2.2642.416
1.7381.751
1.481
2016 2015
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
CO
RP
OR
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GRĂFICO 19FORĂA DE TRABALHO EFECTIVA POR SEGMENTO DE NEGĂCIO
2016
EXPLORAĂĂOE PRODUĂĂO
REFINAĂĂO E TRANSPORTE
NEGĂCIOSNĂO NUCLEARES 22% 25%
28%
19%
6%LOGĂSTICA E DISTRIBUIĂĂO
CORPORATIVO E FINANCEIRO
A Sonangol E.P foi a empresa com maior representação, com 25% da força de trabalho activa, seguida da Sonangol Distribuidora com 18%. Por segmento de negĂłcio, a maior parcela da força de trabalho estĂĄ concentrada no segmento de LogĂstica e Distribuição (28%), seguido do segmento Corporativo e Financeiro (25%) e dos NegĂłcios NĂŁo Nucleares (22%).
A força de trabalho da Sonangol é representada maioritariamente por homens (61%).
GRĂFICO 20EFECTIVO POR BANDA FUNCIONAL
ESPECIALISTAS
APOIO OPERACIONAL E ADMINISTRATIVO
7%
GESTORES11%
34%
TĂCNICA48%
Em termos de distribuição de trabalhadores efectivos por banda funcional, 48% pertenceram a categoria técnica, 34% a categoria de Apoio Operacional e Administrativa, 11% a categoria de Gestores e 7% a categoria de Especialistas.
A idade média dos colaboradores da Sonangol é de 43 anos.
5.6.2.2 TRANSFORMAĂĂO DOS RH No segundo semestre de 2016 foi iniciado um ambicioso processo de transformação da organização de toda a Sonangol. Esta transformação tem incidĂȘncia tanto nas ĂĄreas centrais como em todas as subsidiĂĄrias. Ambicioso e de elevada complexidade, o processo de transformação tem como principal objectivo alinhar a empresa com as melhores prĂĄticas do sector, no que respeita ao seu desenho organizacional, dimensionamento, bem como identificação e motivação dos melhores talentos no quadro de pessoal.
No ùmbito do projecto de transformação, e face à importùncia abrangente a todo o Grupo, a Sonagol iniciou em finais de 2016 uma reestruturação profunda da sua Direcção Corporativa de RH, a fim de atingir 7 objectivos:
⹠Posicionar os Recursos Humanos como um verdadeiro parceiro estratégico do negócio;
⹠Criar uma estrutura organizacional mais ågil, célere e eficiente;
⹠Optimizar os recursos Sonangol para que desempenhem funçÔes mais próximas dos seus perfis;
âą Aumentar a eficiĂȘncia dos processos tanto a nĂvel central como das subsidiĂĄrias;
âą Capacitar lĂderes a serem realmente gestores das suas equipas;
âą Introduzir maior disciplina no trabalho com a gestĂŁo de tempos;
⹠Transformar a cultura numa cultura de liderança.
A fim de melhorar as oportunidades de cada colaborador estå em curso uma revisão do Modelo de AvaliaçÔes de Desempenho que visa uma melhorar nos seguintes aspectos:
âą Ganhos de eficiĂȘncia e resultados no trabalho, e foco no desempenho;
âą Menor subjectividade com foco em objectivos relevantes e mensurĂĄveis;
⹠Maior compromisso e responsabilidade por parte dos intervenientes; Promoção da meritocracia com movimentaçÔes de carreira justas.
Em simultĂąneo, a Sonangol iniciou um novo projecto de Avaliação de CompetĂȘncias para identificar o potencial de desenvolvimento dos recursos humanos na Sonangol. Este ambicioso processo, cuja segunda fase irĂĄ continuar em 2017, Ă© crĂtico para o enquadramento da estratĂ©gia de recursos humanos do Grupo, alinhando-o com a ambição de excelĂȘncia definida pelo Conselho de Administração.
A suportar este processo de profunda transformação foi preparado, em 2016, o lançamento de um programa de Gestão da Mudança para promover a mudança cultural e comportamental necessåria para:
âą Criar uma cultura de ExcelĂȘncia, Rentabilidade, Rigor, TransparĂȘncia e Compromisso;
⹠Alinhar os processos e incentivos para reconhecer e responsabilizar as acçÔes individuais;
âą Reforçar os processos e polĂticas da empresa para assegurar um comportamento empresarial e profissional de acordo com os mais elevados padrĂ”es Ă©ticos.
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201670 71
5.6.3 ORGANIZAĂĂO E PROCESSOS CORPORATIVOS
5.6.3.1 NOVA POLĂTICA DE QSSA A PolĂtica de QSSA da Sonangol tem por objectivo de assegurar a identificação de riscos operacionais, de SSA (System Safety Assessment) e legais da organização, e, em paralelo, garantir a existĂȘncia de medidas que permitam mitigar essa exposição. Para cumprir este objectivo foram levadas a cabo um conjunto de iniciativas com impacto transversal a nĂvel de todo o grupo Sonangol e seus funcionĂĄrios:
âą Qualidade:
⹠No que se refere à gestão da Qualidade, foram aprovados os processos das unidades de negócio e a estratégia da SNL E.P.;
âą Foram revistos e auditados processos crĂticos do negĂłcio na SONACI, SonagĂĄs e Shipping, Foram auditados os Sistemas de GestĂŁo da Qualidade comparativamente Ă norma internacional de gestĂŁo da Qualidade, ISO 9001:2008;
âą Na SNL LogĂstica e Distribuidora foi avaliado o cumprimento dos requisitos de Qualidade por parte das Ăreas de QSSA e das Ăreas Operacionais.
⹠Segurança
A actividade da Sonangol teve como centro a garantia do cumprimento dos requisitos legais, a redução da Taxa de Acidentes com Afastamento e a transição do EstĂĄgio de Cultura de QSSA do nĂvel 1 para o 2.
âą Reforço de vĂĄrios procedimentos operacionais que levaram Ă redução em 55% do nĂșmero de acidentes fatais e Ă redução das quantidades derramadas;
âą Realizadas vĂĄrias campanhas de sensibilização como a Campanha Condução Segura/Sonangol 40 anos, a qual contou com a participação da Direcção Nacional de Viação e TrĂąnsito, Workshops e exposiçÔes a nĂvel nacional. Destaca-se tambĂ©m a Campanha Botas no Terreno, na qual foram realizadas visitas Ă s ĂĄreas operacionais da Sonangol E.P.
âą Ambiente
No que concerne à gestão ambiental, procuraram-se salvaguardar as necessidades de os recursos para a continuidade do negócio e a mitigação e/ou eliminação dos potenciais impactes noambiente. Assim, em 2016, tiveram destaque destacam-se os seguintes programas:
⹠Programa de redução de recursos naturais (ågua, papel e energia);
âą Descarte adequado de resĂduos;
âą Programa de reciclagem de pneus, Ăłleos e outros resĂduos;
⹠AcçÔes de sensibilização ambiental com exposiçÔes e campanhas ambientais.
5.6.4 CONSOLIDAĂĂO DOS PROCESSOS CORPORATIVOS
No decorrer do exercĂcio de 2016, e no Ăąmbito do programa de Transformação em curso, o Conselho de Administração da Sonangol fez um esforço considerĂĄvel de consolidação dos processos corporativos com ĂȘnfase na gestĂŁo de compras e reforço do controlo dos pagamentos. Foi implementado um novo processo de compras centralizĂĄveis que permite alavancar ganhos de eficiĂȘncia atravĂ©s da diminuição do nĂșmero de interfaces e fornecedores, favorecendo economias de escala e reduçÔes de custos por agregação (bundling).
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201672 73
COMPROMISSOCOM A SOCIEDADE
06
75RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201674
Transformarrecursosembem-estarsocial
A Sonangol assume um compromisso com o desenvolvimento sustentado e com a estabilização da nação Angolana. A Sonangol trabalha por melhorar as condiçÔes para o desenvolvimento de Angola ao apoiar projectos nas ĂĄreas de educação, cultura, desporto, ciĂȘncia e ambiente.
A Sonangol supervisiona a execução dos projectos sociais assim como a relação com os operadores nos seus Planos de Investimentos Sociais (PIS), financiados via Cost Oil ou BĂłnus de Assinatura. Para este efeito foram definidas trĂȘs linhas estratĂ©gicas prioritĂĄrias com os seguintes desenvolvimentos em 2016:
ResponsabilidadeSocialInterna
⹠Foram realizados 1.620 atendimentos de serviços sociais nos mais diversos ùmbitos de intervenção social, aos diversos utentes.
âą Foram incluĂdas pelo PROCIVO, nas suas diversas campanhas, mais de 3 mil crianças e distribuĂdas por instituiçÔes em diversas provĂncias mais de 3 toneladas de bens diversos, angariados entre os colaboradores.
06COMPROMISSO COM A SOCIEDADE
âą Foi monitorizada a qualidade das 2,7 milhĂ”es de refeiçÔes servidas aos colaboradores em todo o paĂs, associada Ă implementação de projectos e acçÔes no Ăąmbito da educação e segurança alimentar.
⹠No ùmbito da implementação do Programa de Qualidade de Vida na Sonangol, foram sensibilizados 1.170 colaboradores e seguidos 250 colaboradores com oportunidades de melhorias de diferentes subsidiårias. Além do acompanhamento e monitorização das 480 crianças que frequentaram as instituiçÔes de infùncia.
AResponsabilidadeSocialExternaassentanocompromissodaSonangoleosseusparceiroscomascomunidades:
âą Em 2016 foram monitorizados 54 Projectos de Investimento Social (PIS) da SONANGOL e suas parceiras, em diferentes concessĂ”es petrolĂferas, e disponibilizados Ă comunidade 15 PIS do Cost Oil. Das mais de 300 solicitaçÔes de PatrocĂnios, foram aprovadas 37
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201676 77
PERSPECTIVASPARA O FUTURO
07
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201678 79
7.1 EVOLUĂĂO DO CONTEXTO NACIONAL E INTERNACIONAL
Depois de cinco anos de desaceleração no crescimento económico, as perspectivas para as economias emergentes recuperaram em 2016 alcançando um crescimento de 4,6% em 2016 e uma previsão de 4,5% para 2017. De acordo com o Fundo Monetårio Internacional (IMF WEO Update, January 2017), esta recuperação, de que Angola serå beneficiåria, pode ser justificada por alguns factores, nomeadamente:
âą A estabilização da economia chinesa e perspectivas de saĂda da crise por parte do Brasil e RĂșssia;
⹠A recuperação significativa dos preços das commodities;
âą A perspectiva do aumento de investimentos, que inicialmente foi incentivado por um contexto de taxas de juro baixas nas economias desenvolvidas, mas que actualmente estĂĄ a reverter-se.
Na indĂșstria petrolĂfera mundial existe um consenso generalizado que, apesar do aumento que se prevĂȘ na procura (em boa parte motivado pela recuperação das economias emergentes, e pela perspectiva de um crescimento robusto â ainda que nĂŁo muito acelerado â nas economias desenvolvidas), a proliferação de fontes alternativas de oferta de hidrocarbonetos alterou a estrutura da curva da oferta mundial. NĂŁo Ă©, portanto, expectĂĄvel uma rĂĄpida recuperação do preço do crude para os nĂveis de 2013 e 2014. Quanto ao gĂĄs, de acordo aos dados publicados na Rystad em 2017, apesar das perspectivas para o futuro preverem um crescimento material da procura, esta, sendo importante, nĂŁo serĂĄ suficiente para substituir a procura de petrĂłleo. Em suma, podemos identificar trĂȘs grandes tendĂȘncias na indĂșstria a nĂvel mundial:
07PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
⹠A procura de petróleo é eståvel, sendo necessårias novas fontes produção para colmatar o gap de produção;
⹠A procura de gås é crescente mas não ameaça o consumo de petróleo;
⹠Os operadores estão a diversificar portfólio de produção com gås e unconventional.
Face Ă ligeira recuperação da economia mundial e Ă manutenção da procura de petrĂłleo Ă© expectĂĄvel que se inicie um novo ciclo de investimento na indĂșstria mas sob um novo paradigma em que:
âą Apesar das perspectivas encorajadoras para 2017, os nĂveis de investimento continuarĂŁo muito abaixo dos nĂveis de 2014, indicando uma limitação de capital;
⹠A redução de investimentos de 2013 a 2016 impediu a reposição de reservas dos operadores, sendo esperado um novo ciclo de investimento.
âą Os operadores continuarĂŁo a ter dificuldade de acesso a dĂvida para novos projectos;
âą O nĂvel de risco serĂĄ um critĂ©rio cada vez mais importante para os operadores, que privilegiam oportunidades de payback rĂĄpido e breakeven mais reduzido.
Adicionalmente, os operadores tĂȘm demonstrado preocupação com os regimes fiscais dos paĂses produtores sendo que alguns paĂses, nomeadamente Reino Unido, Brasil e Ăndia, jĂĄ tomaram medidas para tornar a produção mais rentĂĄvel e atrair investimento. Para os paĂses produtores isto significa que para se manterem competitivos e atractivos ao investimento devem reanalisar a sua oferta fiscal e ponderar novos incentivos comerciais.
A atractividade do sector petrolĂfero nacional deve ser, tambĂ©m, assegurada pela sua eficiĂȘncia e pela redução dos custos de operar em Angola. A Sonangol estĂĄ fortemente comprometida com este desĂgnio, estando a implementar medidas e programas que vĂŁo permitir reduzir o custo de produção no PaĂs, de forma sustentada.
Quanto Ă economia nacional existem sinais bastantes encorajadores na capacidade de evolução e diversificação do tecido empresarial nacional. Ă palpĂĄvel o desenvolvimento em sectores nĂŁo petrolĂferos exportadores e em sectores de substituição de importaçÔes (como a agricultura e a indĂșstria transformadora). A Sonangol serĂĄ um agente atento e participativo na promoção da diversificação da economia sempre e quando possa participar em projectos de elevado impacto e criação de valor.
7.2 NOVA PRODUĂĂO
No quadro actual, de forma a manter os nĂveis de produção que permitam o desenvolvimento da Sonangol e, mais crĂtico, a libertação de recursos para o accionista Estado e para o PaĂs, a Sonangol deve continuar a realizar um esforço por manter os volumes de produção nacionais de petrĂłleo e gĂĄs nos nĂveis actuais, ou eventualmente superiores, focando-se adicionalmente na criação de valor (e nĂŁo meramente em volumes).
à essencial que a Sonangol E.P. garanta novos projectos de produção, tanto para o petróleo como para o gås, devendo incentivar a implementação de uma série de medidas que possam conduzir a esse quadro, nomeadamente, e sem ser exaustivo:
âą A Sonangol deve garantir a flexibilidade financeira para acompanhar nĂveis de investimento nos blocos em que participa;
⹠A Sonangol deve, igualmente, incentivar projectos em blocos com investimento reduzido ou sem a participação da Sonangol;
⹠Serå urgente reavaliar a exploração e programar planos de bidrounds;
âą No actual contexto, de maior aversĂŁo ao risco e foco na rentabilidade, Ă© crĂtico avaliar oportunidades de menor investimento e avaliar modelos complementares ao de PSA para grandes investimentos;
âą A actual inexistĂȘncia de matriz de gĂĄs desincentiva investimento em campos com reservas elevadas de gĂĄs, sendo crucial que se defina uma matriz de gĂĄs e se fomente a exploração deste recurso.
7.3 IMPLEMENTAĂĂO DO PROGRAMA DE TRANSFORMAĂĂO
Como jå referido, face ao contexto económico actual e com base nos resultados do diagnóstico feito à Sonangol, o Conselho de Administração identificou a necessidade de priorizar a transformação operacional da empresa, tendo sido criado um programa ambicioso de transformação baseado em cinco (5) pilares estratégicos que visam não só lidar com os desafios que empresa estå a enfrentar actualmente mas também preparå-la para o futuro, tornando-a mais sustentåvel.
Os pilares estratĂ©gicos em que assenta este programa sĂŁo: a redução de custos â atravĂ©s do programa Sonalight; o aumento de receitas atravĂ©s do programa Sonaplus; oRedesenhodeProcessos e a OptimizaçãoOrganizativa tendo em vista evoluir processos e organização em linha com as melhores prĂĄticas, e a MudançadaCultura focando na rentabilidade, excelĂȘncia, rigor, transparĂȘncia e compromisso
A implementação com sucesso deste programa, lançado em 2016, é a matriz base que orientarå a acção do Conselho de Administração em 2017.
81RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201680
PROPOSTADE APLICAĂĂO
DE RESULTADOS
08
83RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201682
A Sonagol E.P. encerrou o exercĂcio de 2016 com um resultado lĂquido positivo de 13.281.678.224 AOA apurado em conformidade com a Lei das Sociedades Comerciais 1/04, de 13 de Fevereiro.
O Conselho de Administração propĂ”e, nos termos legais, que o resultado lĂquido do exercĂcio de 2016, seja aplicado da seguinte forma:
⹠10% para constituição da reserva legal, cujo valor cumulativo não deve exceder 2% do capital estatutårio;
⹠Pelo menos 10% para a constituição do fundo para avaliação dos potenciais de exploração dos recursos de hidrocarbonetos;
âą Pelo menos 5% para o fundo de outros investimentos;
⹠Até 5% para o fundo social;
âą O montante remanescente aplicado em Resultados Transitados.
Luanda, 22 de Junho de 2017
O Conselho de Administração
08PROPOSTA DE APLICAĂĂO DE RESULTADOS
85RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201684
ANEXOS
09
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201686 87
31-12-2016 31-12-2015
AOA AOA
Assets
Non-currentAssets
Tangible fixed assets 937.802.927.657 816.000.337.114
Intangible assets 65.059.719.976 30.085.222.003
Oil&Gas upstream assets 2.447.205.577.713 1.685.112.617.507
Reversible assets 167.395.967.501 -
Exploration and evaluation assets 724.759.575.062 126.797.283.209
Investments in subsidiaries and associates 470.928.863.134 684.095.454.331
Other financial assets 178.422.503.244 239.006.873.583
Other non-current assets 613.187.525.103 1.540.099.649.526
Bank deposits 222.410.168.298 -
TotalNon-currentAssets 5.827.172.827.688 5.121.197.437.272
CurrentAssets
Inventories 100.547.093.054 112.145.562.903
Accounts receivable 745.937.958.438 476.802.584.626
Cash and equivalents 826.942.310.235 612.012.426.498
Other current assets 8.080.175.562 24.601.830.659
TotalCurrentAssets 1.681.507.537.289 1.225.562.404.685
Total Assets 7.508.680.364.977 6.346.759.841.957
EquityandLiabilities
Equity
Capital 1.946.558.748.877 1.285.386.630.238
Reserves and retained earnings 338.098.712.393 658.012.125.318
Translation adjustments (financial statement conversion) 838.166.239.916 538.546.953.088
Income for the year 13.281.678.224 47.168.755.661
TotalEquity 3.136.105.379.410 2.529.114.464.306
Non-CurrentLiabilities
Medium and long term loans 1.144.568.504.953 1.399.951.616.146
Employee benefit liability 104.559.096.058 90.517.865.013
Provisions for other risks and charges 1.222.092.751.908 840.762.821.277
Other non-current liabilities 137.700.246.412 105.387.334.355
TotalNon-CurrentLiabilities 2.608.920.599.331 2.436.619.636.790
CurrentLiabilities
Accounts payable 1.151.232.809.152 844.493.052.874
Short term loans 507.473.441.589 450.746.221.639
Other current liabilities 104.948.135.494 85.786.466.348
TotalCurrentLiabilities 1.763.654.386.236 1.381.025.740.861
TotalLiabilities 4.372.574.985.567 3.817.645.377.652
Total Equity and Liabilities 7.508.680.364.977 6.346.759.841.957
31-12-2016 31-12-2015
AOA AOA
Vendas 22 2.283.777.182.435 2.204.629.805.500
Prestação de serviços 23 153.224.082.059 125.507.581.433
Outros proveitos operacionais 24 14.892.561.009 19.548.358.800
2.451.893.825.503 2.349.685.745.733
Variação nos produtos acabados e em vias de fabrico
25 3.836.578.246 3.704.162.142
Entregas ao Estado das vendas da âConcessionĂĄriaâ
26 (895.401.469.527) (896.003.230.503)
Custos das existĂȘncias vendidas e das matĂ©rias-primas e subsidiĂĄrias consumidas
27 (387.384.114.574) (470.572.686.343)
Custos da actividade mineira 27A (265.076.687.029) (241.180.301.496)
Custos com o pessoal 28 (157.888.458.184) (135.030.918.980)
AmortizaçÔes 29 (369.588.981.285) (326.668.631.760)
Outros custos e perdas operacionais 30 (224.713.290.176) (224.937.544.983)
(2.296.216.422.529) (2.290.689.151.924)
Resultados operacionais: 155.677.402.974 58.996.593.809
Resultados financeiros 31 (54.032.242.686) 112.717.710.570
Resultados de filiais e associadas 32 4.155.000.522 36.150.780.982
Resultados nĂŁo operacionais 33 (8.528.579.984) (102.571.154.705)
(58.405.822.148) 46.297.336.848
Resultados antes de impostos: 97.271.580.826 105.293.930.657
Imposto sobre o rendimento 35 (84.068.375.918) (57.200.225.969)
Resultados lĂquidos das actividades correntes:
13.203.204.908 48.093.704.688
Resultados extraordinĂĄrios 34 78.473.316 (924.949.027)
Resultado lĂquido do exercĂcio 13.281.678.224 47.168.755.661
09ANEXOS
9.1 A) RELATĂRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS CONTAS CONSOLIDADAS Ă DATA DE 31 DE DEZEMBRO DE 2016
9.1 B) DEMONSTRAĂĂES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS A 31 DEZEMBRO 2016
A. BALANĂO FINACEIRO
9.1 DEMONSTRAĂĂES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201688 89
9.1 C) DEMONSTRAĂĂO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA31-12-2016 31-12-2015
AOA AOA
Rubricas
Fluxos de caixa das actividades operacionais 2.278.348.412.578 1.521.584.831.534
Recebimentos de clientes (1.615.184.518.515) (861.393.859.993)
Pagamentos a fornecedores (158.012.847.123) (136.730.464.995)
Caixa gerada pela operaçÔes 505.151.046.940 523.460.506.546
Pagamento/recebimento de impostos (124.959.795.905) (72.547.080.021)
Outros recebimentos/pagamentos (93.783.699.526) (12.876.710.582)
Diferençascambiaisemactividadesoperacionais 253.413.671 220.217.733.426
Fluxos de caixa das actividades operacionais [1] 286.660.965.181 658.254.449.368
Fluxosdecaixadasactividadesdeinvestimento
Pagamentos respeitantes a:
ImobilizaçÔes corpóreas (108.069.924.072) (82.546.664.592)
ImobilizaçÔes incorpóreas (29.328.130.338) (240.273.787)
Actividade Mineira (447.640.264.982) (597.748.320.382)
Investimentos financeiros 0 (93.215.170.654)
Investimentos em imĂłveis (10.900.820.321) (5.437.682.886)
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 86.645.166.117 11.783.333.201
Juros e proveitos similares 9.553.186.272 5.443.752.865
Dividendosoulucrosrecebidos 4.155.000.522 44.895.474.784
Diferençascambiaisemactividadesdeinvestimento (99.735.854.512) (694.398.928.798)
Fluxos de caixa das actividades de investimento [3]] (595.321.641.315) (1 411.464.480.249)
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamento obtidos 0 125.783.212.871
RealizaçÔes de Capital e outros instrumentos de capital próprio 672 .486.100.000 67.994.200.000
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos (586.521.578.372) (390.853.552.219)
OrdinĂĄrios (414.690 054 563) (390.853.552.219)
Reembolsos antecipados (171.831 523 810) 0
Juros e custos similares (48.511.431.177 (71.661.833.469)
Diferenças cambiais em actividades de financiamento 376.551.705.769 471.410.821.814
Fluxos de caixa das actividades de financiamento [3] 414.004.796.220 202.672.848.997
Variação de caixa e seus equivalentes [1]+[2]+[3]=[4] [4] 105.344.120.085 (547 .766.808.325)
Efeitos das taxas de cĂąmbio 331.995.931.951 398.127.542.893
Caixa e seus equivalentes no inĂcio do perĂodo 612.012.426.498 699.545.177.413
Caixa e seus equivalentes no fim do perĂodo 1.049.352.478.534 612.012.426.498
9.2 RELATĂRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS CONTAS CONSOLIDADAS Ă DATA DE 31 DE DEZEMBRO DE 2016
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201690 91
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201692 93
9.3 PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS CONTAS CONSOLIDADAS Ă DATA DE 31 DE DEZEMBRO DE 2016
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201694 95
9.4 ACRĂNIMOS
N/O ACRĂNIMO SIGNIFICADO
1 CON CONGOONSHORE
2 ALNG FĂBRICADEGĂSNATURALLIQUEFEITO,LOCALIZADANOSOYO
3 BBL BARRIS(159LITROS)
4 BBLS BARRISDEPETRĂLEOBRUTO
5 BOE BARRILDEPETRĂLEOEQUIVALENTE
6 BOPD BARRISDEPETRĂLEOPORDIA
7 EPCE NGINEERING,PROCUREMENT,CONSTRUCTION
8 EPCIE NGINEERINGPROCUREMENTCONSTRUCTIONANDINSTALLATION
9 EPSCC ENGINEERING,PROCUREMENT,SUPPLY,CONSTRUCTIONANDCOMMISSIONING
10 ESSA EMPRESADESERVIĂOSDESONDAGEMDEANGOLA
11 FEED FRONTENDENGINEERINGDESIGN
12 FPSO FLOATINGPRODUCTION,STORAGEANDOFFLOADING
13 FBE FUSIONBONDEDEPOXI
14 FS ASSOCIAĂĂOFINASONANGOL
15 FST ASSOCIAĂĂOFINASONANGOLTEXACO
16 KM2 QUILĂMETROSQUADRADOS
17 KM QUILĂMETROS
18 KON KWANZAONSHORE
19 KWIP KUNGULOWATERINJECTIONPLATFORM
20 LNG GĂSNATURALLIQUIFEITO
21 LPG GĂSDEPETRĂLEOLIQUIFEITO
22 M3 METROSCĂBICOS
23 MAT MINISTĂRIODAADMINISTRAĂĂODOTERRITĂRIO
24 MBBL MILHARESDEBARRIS
25 MBITS/SEG MILHĂESDEBITSPORSEGUNDO
26 MINPET MINISTĂRIODOSPETRĂLEOSDEANGOLA
27 MSCF THOUSANDSTANDARDCUBICFEET
28 MUSD MILHARESDEDĂLARESNORTEAMERICANOS
29 OCDE ORGANIZAĂĂOPARACOOPERAĂĂOEDESENVOLVIMENTOECONĂMICO
30 OFE OWNERFURNISHEDEQUIPMENT
31 PSVM PLUTĂO,SATURNO,VĂNUSEMARTE
32 SIS SISTEMADETRANSMISSĂOINTELIGENTEDESEGURANĂA
33 TM TONELADASMETRICAS
34 U.M. UNIDADEDEMEDIDA
35 USD DĂLARNORTEAMERICANO
36 USD/BBL DĂLARESNORTEAMERICANOSPORBARRIL
37 WHP WELLHEADPLATFORM
38 ICSS INTEGRATEDCONTROLANDSAFETYSYSTEMS
39 GASĂLEO(MGO) MARINEGASOIL
ĂNDICE DETALHADO1 MENSAGEMDAPRESIDENTEDOCONSELHODEADMINISTRAĂĂO 62 ASONANGOLE.P. 10
2.1 MODELOEMPRESARIALDASONANGOL,E.P. 12
2.2 GOVERNOCORPORATIVO 15
3 ENQUADRAMENTOESTRATĂGICO 183.1 CONTEXTOINTERNACIONAL 20
3.2 CONTEXTONACIONAL 20
3.3 CONTEXTOSONANGOL 21
3.4 ESTRATĂGIADASONANGOL 21
3.4.1 INICIATIVASDERESPOSTAĂSITUAĂĂODEURGĂNCIA 21
3.4.2 LANĂAMENTODANOVAESTRATĂGIADASONANGOL 22
4 SĂNTESEDOSRESULTADOS 244.1 SUMĂRIOEXECUTIVO 26
4.2 DESEMPENHOOPERACIONALâEBITDA 26
4.3 DESEMPENHOOPERACIONALâRESULTADOLĂQUIDO 27
4.4 INVESTIMENTOS 27
5 DESEMPENHOPORSEGMENTODENEGĂCIO 305.1 CONCESSIONĂRIA 32
5.1.1 EXPLORAĂĂO 33
5.1.1.1 LICITAĂĂES 33
5.1.1.2 AQUISIĂĂOSĂSMICA 33
5.1.1.3 PROCESSAMENTOSĂSMICO 34
5.1.1.4 SONDAGEM-ACTIVIDADEDEEXPLORAĂĂOEAVALIAĂĂO 35
5.1.1.5 RECURSOSDESCOBERTOS 37
5.1.1.6 PROJECTOSDEDESENVOLVIMENTO 37
5.1.2 PRODUĂĂODEPETRĂLEOBRUTO&GĂS 38
5.1.2.1 PRODUĂĂODEPETRĂLEOBRUTO 38
5.1.2.2 DIREITOSDEPETRĂLEOBRUTODACONCESSIONĂRIANACIONAL 43
5.1.2.3 PRODUĂĂODEGĂS 44
5.1.2.3.1 PRODUĂĂODEGĂSNATURALASSOCIADO 44
5.1.2.3.2 PRODUĂĂODELPG 45
5.1.2.3.3 PRODUĂĂODELNGECONDENSADOS 46
5.1.3 GESTĂOECONĂMICADASCONCESSĂES 46
5.1.3.1 CUSTOSDEPRODUĂĂO 46
5.1.4 EXPORTAĂĂESDACONCESSIONĂRIA 47
5.1.4.1 RECUPERAĂĂODOSINVESTIMENTOSREALIZADOSNASCONCESSĂESEMPRODUĂĂO 47
5.2 CADEIAPRIMĂRIADEVALORâSEGMENTOUPSTREAM 48
5.2.1 PRODUĂĂODEPETRĂLEOBRUTODASONANGOLINVESTIDORA 49
5.2.2 PRODUĂĂODEGĂSDASONANGOLE.P. 50
5.2.2.1 PRODUĂĂODELPG 50
5.2.2.2 PRODUĂĂODELNGECONDENSADOS 51
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201696 97
5.2.2.3 PROJECTOSESTRUTURANTESDACADEIADEVALORUPSTREAM 51
5.3 CADEIAPRIMĂRIADEVALORâSEGMENTOMIDSTREAM 51
5.3.1 NEGĂCIODEREFINAĂĂO 52
5.3.2 NEGĂCIODETRANSPORTEDEPETRĂLEOBRUTO,REFINADOSEGĂS 55
5.3.3 PROJECTOSESTRUTURANTESDACADEIADEVALORMIDSTREAM 56
5.3.3.1 PROJECTODECONSTRUĂĂODAREFINARIADELOBITO 56
5.4 CADEIAPRIMĂRIADEVALOR-SEGMENTODOWNSTREAM 56
5.4.1 NEGĂCIODELOGĂSTICA 57
5.4.1.1 APROVISIONAMENTO 57
5.4.1.2 ARMAZENAGEM 58
5.4.2 NEGĂCIODEDISTRIBUIĂĂO 59
5.4.2.1 COMERCIALIZAĂĂO 59
5.4.3 COMERCIALIZAĂĂOINTERNACIONAL 61
5.4.3.1 PETRĂLEOBRUTO 61
5.4.3.2 PREĂODASRAMASANGOLANAS 63
5.4.3.3 EXPORTAĂĂODEPRODUTOSREFINADOS 63
5.5 NEGĂCIOSNĂONUCLEARES 64
5.5.1 AVIAĂĂO-SONAIR 64
5.5.2 SAĂDE-CLĂNICAGIRASSOL 66
5.5.3 TELECOMUNICAĂĂES-MSTELCOM 67
5.5.4 GESTĂOIMOBILIĂRIA-SONIP 68
5.5.5 FORMAĂĂOâACADEMIASONANGOL 69
5.6 CORPORATIVO&FINANCEIRO 70
5.6.1 FINANCIAMENTOS 70
5.6.2 RECURSOSHUMANOS 70
5.6.2.1 COMPOSIĂĂODOEFECTIVO 70
5.6.2.2 TRANSFORMAĂĂODOSRH 71
5.6.3 ORGANIZAĂĂOEPROCESSOSCORPORATIVOS 72
5.6.3.1 NOVAPOLĂTICADEQSSA 72
5.6.4 CONSOLIDAĂĂODOSPROCESSOSCORPORATIVOS 72
6 COMPROMISSOCOMASOCIEDADE 747 PERSPECTIVASPARAOFUTURO 78
7.1 EVOLUĂĂODOCONTEXTONACIONALEINTERNACIONAL 80
7.2 NOVAPRODUĂĂO 81
7.3 IMPLEMENTAĂĂODOPROGRAMADETRANSFORMAĂĂO 81
8 PROPOSTADEAPLICAĂĂODERESULTADOS 829 ANEXOS 86
9.1 DEMONSTRAĂĂESFINANCEIRASCONSOLIDADAS 88
A) BALANĂOFINACEIRO 88
B) DEMONSTRAĂĂESFINANCEIRASCONSOLIDADASA31DEZEMBRO2016 89
C) DEMONSTRAĂĂOCONSOLIDADADOSFLUXOSDECAIXA 90
9.2 RELATĂRIODOAUDITORINDEPENDENTESOBREASCONTASCONSOLIDADASĂDATADE31DEDEZEMBRODE2016 91
9.3 PARECERDOCONSELHOFISCALSOBREASCONTASCONSOLIDADASĂDATADE31DEDEZEMBRODE2016 94
9.4 ACRĂNIMOS 96
LEGENDAS
GRĂFICOS:
GRĂFICO1âEVOLUĂĂODOPREĂOBRENTENTRE2014E2016 20
GRĂFICO2âEVOLUĂĂODOCRESCIMENTODOPIB2010â2016(%) 20
GRĂFICO3âEVOLUĂĂODATAXADEINFLAĂĂO2010â2016(%) 21
GRĂFICO4âEBITDAPORSEGMENTO 26
GRĂFICO5âRESULTADOLĂQUIDO2016PORSEGMENTO 27
GRĂFICO6-EXECUĂĂODOSINVESTIMENTOSPORSEGMENTO 28
GRĂFICO7âPRODUĂĂODEPETRĂLEOBRUTODEANGOLAPORBLOCO 40
GRĂFICO8-PRODUĂĂODEPETRĂLEOBRUTOPOROPERADOR 41
GRĂFICO9âDIREITOSDEPETRĂLEOBRUTODACONCESSIONĂRIAPORBLOCO 44
GRĂFICO10-PRODUĂĂODELPGPORORIGEM 45
GRĂFICO11-PERFILDEPRODUĂĂODEPRODUTOSREFINADOS 54
GRĂFICO12-TRANSPORTEDEPRODUTOSREFINADOSEGĂS 56
GRĂFICO13-COMERCIALIZAĂĂODEPRODUTOSREFINADOSPORSEGMENTODENEGĂCIOS 59
GRĂFICO14âQUOTADEMERCADOPORSEGMENTODENEGĂCIOS 60
GRĂFICO15-EXPORTAĂĂODEPETRĂLEOBRUTOPORRAMA 62
GRĂFICO16-EVOLUĂĂODOPREĂODOBRENTERAMASANGOLANAS 63
GRĂFICO17-PERFILDEEXPORTAĂĂODEPRODUTOSREFINADOS 64
GRĂFICO18-NĂMERODETRABALHADORESDASONANGOL 70
GRĂFICO19âFORĂADETRABALHOEFECTIVAPORSEGMENTODENEGĂCIO 70
GRĂFICO20-EFECTIVOPORBANDAFUNCIONAL 70
TABELAS:TABELA1âPROGRAMADEINVESTIMENTOSDASONANGOLE.PDE2016 28
TABELA2-ACTIVIDADEDEEXPLORAĂĂO[AQUISIĂĂOSĂSMICA] 33
TABELA3-PROCESSAMENTOSĂSMICOCONCLUĂDO 34
TABELA4-PROCESSAMENTOSĂSMICOEMCURSO 35
TABELA5-POĂOSDEPESQUISA 35
TABELA6-POĂOSDEAVALIAĂĂO 36
TABELA7âPOĂOSDEDESENVOLVIMENTO 36
TABELA8-RECURSOSDEHIDROCARBONETOSDESCOBERTOS 37
TABELA9âPONTODESITUAĂĂODOSPROJECTOSPETROLĂFEROS 37
TABELA10-PRODUĂĂODEPETRĂLEOBRUTODEANGOLA 38
TABELA11-DIREITOSDEPRODUĂĂODEPETRĂLEOBRUTOPORCOMPANHIAS 40
TABELA12-PRODUĂĂODEPETRĂLEOBRUTOPOROPERADOR 41
TABELA13âDIREITOSDEPETRĂLEOBRUTODACONCESSIONĂRIANACIONAL 43
TABELA14-PRODUĂĂOGĂSNATURALASSOCIADO 44
TABELA15-PRODUĂĂODELPGDEANGOLA 45
TABELA16-CUSTOSDEOPERAĂĂONASCONCESSĂESEMPRODUĂĂO 46
RELATĂRIO DE GESTĂO & CONTAS CONSOLIDADAS 201698 99