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Sala de Aula Interativa
Marco Silva
Por que a sala de aula é chata?
• Prevalência do modelo tradicional de ensino• Oferta atual de informação multimídia é
melhor fora da escola
Críticos da sala de aulaPaulo Freire
Pierre Lévy
T. Tadeu da Silva
J. Martín-Barbero
Paulo Freire1. A educação autêntica não se faz de A para B ou
de A sobre B, mas de A com B.
2. Ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou construção.
Pierre Lévy1. A escola é uma instituição que há cinco mil anos
se baseia no falar-ditar do mestre.
2. A principal função do professor não pode mais ser a difusão de conhecimento que agora é feito de forma mais eficaz por outros meios.
T. Tadeu da Silva1. Baixo Nível de participação oral dos alunos
2. Ênfase em atividades solitárias
3. Aprendizagem mecânica de conchecimento factual
4. Distribuição de conhecimento
J. Martín-Barbero1. Os professores só sabem raciocinar na
transmissão linear separando emissão e recepção
2. Aumenta o hiato entre a experiência cultural de onde falam os professores e aquela outra de onde aprendem os alunos
Emergência históricada interatividade• Esfera tecnológica• Esfera mercadológica• Esfera social
Esfera tecnológicaA tela do computador não é um
plano de irradiação, mas um espaço tridimensional de adentramento,
manipulação, co-criação, com “janelas” móveis e abertas a
múltiplas conexões.
Esfera mercadológica
As estratégias de marketing descobrem as vantagens do diálogo
produtor-produto-consumidor
Esfera social
A “geração digital” é menos passiva diante da mensagem fechada à sua
intervenção e procura fugir do modelo de recepção clássica.
A COMUNICAÇÃOMODALIDADE UNIDIRECIONAL MODALIDADE INTERATIVAMENSAGEM: fechada, imutável,linear, seqüencial
EMISSOR: “contador de histórias”,narrador que atrai o recetor (demaneira mais ou menos sedutorae/ou por imposição) para o seuuniverso mental, seu imaginário, suarécita
RECEPTOR: assimilador passivo
MENSAGEM: modicável, emmutação na medida que responde àssolicitações daquele que a manipula
EMISSOR: “designer de software”,constrói uma rede (não uma rota) edefine um conjunto de territórios aexplorar; ele não oferece uma históriaa ouvir, mas um conjunto intrincado(labirinto) de territórios abertos anavegações e dispostos ainterferências, a modificações
RECEPTOR: “usuário”, manipula amensagem como co-autor, co-criador,verdadeiro conceptor
Fundamentos da interatividade
• Participação-intervenção
• Bidirecionalidade-hibridação
• Permutabilidade-potencialidade
Participação-intervenção
O emissor pressupõe a participação-intervenção do receptor. Participar é muito mais que responder “sim” ou
“não”, é muito mais que escolher uma opção dada. Participar é modificar, é
interferir na mensagem.
Bidirecionalidade-hibridação
Comunicar pressupõe recursão da emissão e recepção. A comunicação é produção conjunta da emissão e da recepção. O
emissor é receptor em potencial e o receptor é emissor em potencial. Os dois
pólos codificam e decodificam.
Permutabilidade-potencialidade
O emissor disponibiliza a possibidade de múltiplas redes articulatórias. Ele não propõe
uma mensagem fechada, ao contrário, oferece informação em redes de conexões permitindo ao receptor ampla liberdade de
associação e significações.
O p
r o
f e s
s o
r• Conselheiro, uma
ponte entre a informação e o conhecimento
• Guia, facilitador
• Administrador da curiosidade do aprendiz
• Tutor
• Disponibiliza múltiplas experimentações, múltiplas expressões
• Disponibiliza uma montagem de conexões em rede que permite múltiplas ocorrências
• Formulador de problemas• Provocador de situações• Arquiteto de percursos• Mobilizador da experiência
do conhecimento
Aprendizado Transmitido Ap
rend
izado
Int
erat
ivoLinear, seqüencial / serial Aprendizado hipermídia
Instrução Construção / descoberta
Centralizado no professor Centralizado no aluno
Absorção de matéria Aprendendo a aprender
Escolar Vitalício
Um-tamanho-para-todos Sob medida
Escola com tortura Escola como diversão
Professor-transmissor Professor-facilitador
D. TAPSCOT, Geração digital, 1999 : 139
Em EAD, reproduz-se o mesmo paradigma do ensino tradicional, em que se tem o professor
responsável pela produção e pela transmissão do conhecimento. Mesmo os grupos de discussão, os e-mails, são, ainda, formas de interação muito
pobres. Os cursos pela internet acabam considerando que as pessoas são recipientes de informação. A educação continua a ser, mesmo
com esses aparatos tecnológicos o que ela sempre foi: uma obrigação chata, burocrática. Se você não
muda o paradigma, as tecnologias acabam servindo para reafirmar o que já se faz.
P. BLIKSTEIN, MIT
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