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Salvador, dezembro 2011 - Bahia...A Bahia Segue em Frente N o período de 2011 a 2014, o Governo da Bahia com o propósito de alicer - çar as condições para a continuidade, a médio

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Salvador, dezembro 2011

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Governo da Bahia 5

SUM

ÁRIO

Secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza

Carlos Alberto Lopes Brasileiro

Secretário de Desenvolvimento UrbanoCícero de Carvalho Monteiro

Secretário da EducaçãoOsvaldo Barreto Filho

Secretário de Indústria, Comércio e MineraçãoJames Silva Santos Correia

Secretário Extraordinário da Indústria Naval e Portuária

Carlos Augusto Costa

Secretário de InfraestruturaOtto Alencar

Secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos

Almiro Sena Soares Filho

Secretário de Meio Ambiente Eugênio Spengler

Secretário para Assuntos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014Ney Jorge Campello

Secretária de Política para as MulheresVera Lúcia da Cruz Barbosa

Secretário da Promoção da Igualdade RacialElias de Oliveira Sampaio

Secretário da SaúdeJorge José Santos Pereira Solla

Secretário da Segurança PúblicaMaurício Teles Barbosa

Secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte

Nilton Vasconcellos Junior

Secretário de TurismoDomingos Leonelli Neto

Procurador Geral do EstadoRui Moraes Cruz

Chefe de Gabinete do GovernadorEdmon Lopes Lucas

Secretário Extraordinário para Assuntos Internacionais e da Agenda Bahia

Fernando Schmidt

Secretário da Casa Civil Eva Maria Chiavon (até outubro de 2011)

Carlos Mello (em exercício)

Secretário de Relações InstitucionaisPaulo Cézar Lisboa Cerqueira

Chefe da Casa MilitarCel PM Rivaldo Ribeiro dos Santos

Secretário da FazendaCarlos Martins Marques de Santana

Secretário do PlanejamentoZezéu Ribeiro

Secretário da AdministraçãoManoel Vitório da Silva Filho

Secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização

Nestor Duarte Guimarães Neto

Secretário de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária

Eduardo Seixas de Salles

Secretário de Ciência, Tecnologia e InovaçãoPaulo Francisco de Carvalho Câmera

Secretário de Comunicação SocialRobinson Santos Almeida

Secretário de CulturaAntonio Albino Canelas Rubim

Secretário de Desenvolvimento e Integração Regional

Wilson Alves de Brito Filho

Governador do Estado da BahiaJaques Wagner

Vice-GovernadorOtto Alencar

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SUM

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APRESENTAÇÃO

A BAHIA SEGUE EM FRENTE

INFRAESTRUTURA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Inclusão Socioprodutiva Infraestrutura Social

Trabalho e Renda Infraestrutura Econômica

AgropecuáriaIndústria, Mineração, Comércio e Serviços

Ciência, Tecnologia e InovaçãoTurismo

Meio Ambiente Assuntos Internacionais

INCLUSÃO SOCIAL E AFIRMAÇÃO DE DIREITOS

Educação Saúde

Desenvolvimento Social e Combate à PobrezaPromoção da Igualdade Racial, Gênero e Etnia

CulturaJuventude

Esporte e LazerJustiça, Cidadania e Direitos Humanos

Segurança Pública

GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ESTADOPacto Federativo, Diálogo Social

e Participação Cidadã Regulação e Desenvolvimento

Administração, Finanças e Serviços PúblicosGestão de Recursos Humanos

EXPEDIENTE

09

12

1719334549596575818995

103105113125133143151157162169

179

181187191199

204

SUMÁRIO

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Governo da Bahia 9

SUM

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Apresentação

P autado pela relação de transparência e respeito à democracia, o Governo da Bahia apresenta, pelo quinto ano consecutivo, o balanço de suas ações em to-dos os setores de atuação. Neste documento, são apresentados os resultados

das políticas públicas implementadas entre 2007 e 2011, que melhoraram significativa-mente as condições de vida da população baiana. Ao longo dessas páginas, é possível verificar que os cidadãos passaram da condição de apenas beneficiários das ações do governo para protagonistas de uma nova Bahia, com oportunidades para todos.

Para o eixo infraestrutura para o desenvolvimento sustentável são apresentados os

resultados dos avanços nesses últimos anos por meio de um novo modelo, no qual o Governo buscou combinar investimentos em infraestrutura com a promoção da inclu-são social e produtiva dos cidadãos baianos, que se consolida no programa Vida Me-lhor, lançado em 2011. A redução das desigualdades regionais, com a desconcentração da atividade econômica, está sendo fundamental para que a Bahia se mantenha na rota de um ciclo virtuoso de prosperidade e crescimento econômico.

No eixo Inclusão Social e Afirmação de Direitos estão agrupadas ações que de-

monstram os avanços nos indicadores sociais do Estado, consequência da ampliação do acesso de um número cada vez maior de baianos à educação, saúde, cultura, esporte e lazer, principalmente na região do semiárido. Também integram o eixo as ações em segurança pública, com destaque para o Pacto Pela Vida, justiça, cidadania e direitos humanos e de combate à pobreza.

Em Gestão Democrática do Estado, a administração estadual demonstra como, por

meio do diálogo com os municípios e Poderes, transparência no gasto público e con-tribuição efetiva dos cidadãos baianos, foi possível a construção de uma democracia participativa ao longo dos últimos cinco anos. A modernização do Estado, com a valo-rização do servidor público, fez com que os serviços fossem modernizados e expandi-dos, melhorando o atendimento às demandas dos cidadãos.

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Balanço das Ações12

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A Bahia Segue em Frente

N o período de 2011 a 2014, o Governo da Bahia com o propósito de alicer-çar as condições para a continuidade, a médio e longo prazo do ciclo de desenvolvimento, definiu uma matriz articulada de programas e investi-

mentos públicos, aprofundando as transformações estruturais por que vem passando a economia baiana.

O Governo do Estado tem executado uma matriz integrada de projetos e obras de caráter estratégico e estruturante. Estes investimentos sustentam o caminho para que a Bahia mantenha-se na rota de um ciclo virtuoso de prosperidade econômica e social, a médio e longo prazo, abrindo uma janela de oportunidades para novos investimen-tos em todo o seu território.

Dentre o elenco de projetos destacam-se a Ferrovia de Integração Oeste-Leste e Porto Sul que contribuirão significativamente para fortalecer o potencial competitivo da economia baiana, na consolidação e dinamização de suas atividades produtivas, atração de novos investimentos para o seu território, integrando de forma eficiente suas regiões econômicas.

Nesta direção, cabe evidenciar que a Bahia e as regiões em seu entorno vêm am-pliando sua participação no comércio internacional como importantes fornecedores de minérios e grãos – soja, milho, algodão, o que impõe sistemas eficientes de logística de transporte para o escoamento destas mercadorias agrícolas e insumos minerais. Em outra perspectiva, diversos investimentos de grande porte na indústria automo-bilística, petroquímica, cosméticos, energia eólica dentre outros, vêm promovendo fortemente a interiorização de recursos necessários ao desenvolvimento de regiões antes esquecidas. É dessa forma que a economia baiana seguirá fomentando a sua modernização, incluindo, cada vez mais, os baianos nesse processo.

Daí a importância de um complexo multimodal de transportes que integre as suas regiões produtoras, induzindo a formação de redes urbanas articuladas à dinâmica

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do desenvolvimento regional, nacional e internacional. Sobretudo estabelecendo re-lações de interconexão entre as pequenas cadeias agropecuárias da Bahia, cada vez mais vinculadas à economia de urbanização e a chamada economia de aglomeração, que exige operações em escala e obtenção de custos operacionais mais reduzidos no escoamento da produção.

No Plano Plurianual (PPA) 2012-2015, elaborado com a participação da sociedade, a proposta do Governo foi dividida em cinco áreas estruturantes, onde caberão ao Executivo R$ 132,7 bilhões. Serão R$ 45,5 bilhões para inclusão social e afirmação de direitos. Ao desenvolvimento sustentável e infraestrutura para o desenvolvimento, o PPA destina R$ 7 bilhões. À gestão democrática do estado cabem R$ 2,7 bilhões. Para o apoio administrativo do Executivo, a previsão é de R$ 47,3 bilhões investidos, e para a operação especial cabem R$ 30,2 bilhões.

O PPA passa a ter importantes programas intersetoriais como o Pacto pela Vida, Vida Melhor, Bahia Saudável, Bom Trabalho, e Economia Verde, que influenciarão na elevação do padrão de vida da população com a visão de interiorizar o desenvol-vimento, criar condições de infraestrutura e logística e capacitar as pessoas, com o apoio das universidades e do ensino tecnológico, para que o desenvolvimento se dê em todo o território baiano. No eixo desenvolvimento sustentável serão realizados investimentos em programas como logística integrada de transporte, infraestrutura de telecomunicações, energia para o desenvolvimento, ciência, tecnologia e inova-ção, e sustentabilidade ambiental. Serão contemplados, também, os programas de moradia digna, mobilidade e acessibilidade urbana, turismo sustentável, Copa 2014, economia criativa e desenvolvimento cultural, entre outros.

Essas ações apontam na direção da consolidação de um novo modelo de desen-volvimento para a Bahia, includente e redistributivo, que promova o crescimento econômico associado à melhoria das condições de vida de amplas parcelas da sua população.

Baseado numa visão de governo e projeto de sociedade em que o ser humano deve

estar no centro de qualquer política de fomento ao desenvolvimento, o Governo da Bahia, vem assegurando as condições de sustentabilidade do desenvolvimento, cons-truindo um Estado mais democrático, com investimento em infraestrutura, com in-clusão social e oportunidades para todos, para a Bahia continuar seguindo em frente.

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Infraestrutura para o Desenvolvimento Sustentável

A o implantar um modelo de desenvolvimento onde o investimento público em infraestrutura social, logística e produtiva transforma a economia local e impulsiona a distribuição da riqueza gerada, o Governo da Bahia colecionou

uma série de conquistas, ao longo destes cinco anos, que possibilitaram não só esti-mular o crescimento econômico como promover a inclusão social e produtiva de um grande número de cidadãos baianos. Também houve avanços significativos na melho-ria da qualidade de vida de milhões de baianos, que passaram a ter acesso a serviços públicos, como saneamento e habitação.

Ao solidificar o caminho para um novo ciclo, o Governo atua, de forma estratégica e transversal, para aprofundar as conquistas socioeconômicas, ampliando as portas de saída para os que ainda dependem do Bolsa Família. Por isso, lançou neste ano o Vida Melhor, que contém um conjunto de ações que atingirão, até 2015, milhares de famílias na área urbana e no meio rural.

A inclusão social e a redução das disparidades regionais foram consequência dos in-vestimentos realizados pelo Governo do Estado, através de programas como o Água Para Todos, referência de política pública para a oferta e acesso à água nos meios ur-bano e rural, que possibilitou que mais de três milhões de pessoas fossem beneficiadas em sua primeira etapa. Na habitação, o Programa Casa da Gente já concluiu mais de 52 mil unidades habitacionais. Somente no Minha Casa, Minha Vida, na faixa de 0-3 salários mínimos, foram contratadas mais de 65 mil unidades, superando a meta inicial em mais 100%.

Por outro lado, a descentralização industrial promovida pelo atual Governo vem atraindo novos investimentos privados para o Estado. Em cinco anos, mais de 400 em-presas se instalaram ou foram ampliadas na Bahia, investindo mais de R$ 11,9 bilhões e gerando mais de 50,5 mil novos empregos em diferentes segmentos. O Polo Industrial de Camaçari está em um novo ciclo, com a implantação do primeiro complexo de ácido acrílico da América Latina. O novo modelo vem permitindo que novos investi-mentos sejam levados ao interior, a exemplo do maior complexo eólico do Brasil.

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Balanço das Ações18

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Além da indústria, o agronegócio baiano se consolidou como uma atividade prós-pera e rentável, sendo responsável por 24% do Produto Interno Bruto (PIB) e 42% das exportações baianas. A pujança do setor pode ser verificada ainda no recorde da safra de grãos, com destaque para soja, milho e algodão. Com isso, o desenvolvimen-to com inclusão de parcelas amplas da população baiana está traduzido nos números da geração de emprego com carteira assinada no Estado, que totalizaram 463 mil no-vos postos de trabalho no período de 2007 a outubro de 2011, segundo o Ministério do Trabalho. No setor do turismo, estima-se que os investimentos privados na Bahia, até o ano de 2017, sejam de US$ 5,9 bilhões.

Os investimentos em infraestrutura econômica estão sendo fundamentais para que o Estado se mantenha na rota de um ciclo virtuoso de prosperidade. Estão sendo realizadas diversas ações de construção, recuperação e ampliação em modais como rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias. Destaque para os novos vetores de desenvolvimento como a Ferrovia da Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul, incluídos no Plano Nacional de Viação. As obras estão dentro da estratégia de integrar e desconcentrar a distribuição da riqueza em todo o Estado. Concomitantemente, a questão ambiental foi posta em novos patamares, com a criação de instrumentos de planejamento, consolidando a transversalidade das ações e o fortalecimento dos órgãos estaduais.

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Inclusão Socioprodutiva

O s avanços que a Bahia obteve no plano socioeconômico, no período de 2007 a 2010, estiveram alicerçados em um projeto político que buscou combinar a execução de um conjunto de inves-timentos em infraestrutura, além da atração de novos negócios, com o estabelecimento de uma

rede de proteção social, por meio de uma forte parceria entre o Estado, Governo Federal e sociedade civil organizada. Tal política, baseada na democratização da gestão pública, transparência e participação social, teve reflexos nos índices de redução da pobreza obtidos pela Bahia e na geração recorde de empregos no período.

As ações realizadas nos últimos cinco anos possibilitaram dar acesso a meios de produção e incluir cida-dãos baianos em situação de pobreza, democratizando a produção e ampliando a equidade na distribuição da riqueza e renda. A área rural teve grande destaque, onde a assistência técnica e extensão rural prestadas para mais de 422 mil agricultores familiares facilitaram o acesso desses produtores ao crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e também ao Programa Garantia Safra.

Ações de fomento, como projetos públicos de irrigação, e apoio à verticalização da produção e comer-cialização de produtos em segmentos como fruticultura, pecuária, pesca, aquicultura e produção de biocom-bustível possibilitaram ainda a criação de oportunidades de trabalho e geração de renda no Estado. Para po-tencializar as regiões que apresentam elevado nível de pobreza, como o semiárido, o Governo implementou programas como Gente de Valor e Produzir, criando novos polos de desenvolvimento e proporcionando o resgate da cidadania.

Na área urbana, o apoio ao artesanato, aos pequenos negócios vinculados à economia solidária e popular, uma alternativa de geração de trabalho e renda e inclusão social, e aos micro e pequenos empresários garan-tiu o desenvolvimento destes empreendimentos. Na economia solidária, mais de 37 mil pessoas foram bene-ficiadas por meio dos Centros Públicos, localizados em Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista. O Governo também ampliou, nessa área, a ação do microcrédito e estimulou a implantação de incubadoras. Já para os micro e pequenos negócios que não tinham acesso ao financiamento, a atual gestão ampliou o acesso ao crédito bancário, através das ações do CrediBahia e do CrediSol.

Ao final do primeiro mandato, a articulação estratégica destas ações solidificou o caminho para um novo ciclo, provocando alterações na ordem social historicamente marcada por desigualdades. Por isso, nesta se-gunda gestão, o Governo atua, de forma estratégia e transversal, para aprofundar tais conquistas. Apesar de todos os avanços e da expansão da economia baiana, um grande contingente de trabalhadores permanece sem acesso ao emprego com carteira assinada, realizando atividades de forma individual, familiar ou associa-tiva. Outra parcela significativa, em situação de vulnerabilidade social, continua dependente dos programas de transferência de renda.

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Balanço das Ações20

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Para ampliar as portas de saída para os que ainda necessitam de programas como o Bolsa Família, o Governo do Estado lançou neste ano o Vida Melhor. O programa congrega um conjunto de estratégias que busca incluir socioprodutivamente, pelo trabalho decente, pessoas em situação de pobreza e com potencial de trabalho na Bahia, com o objetivo de elevar os níveis de rendimento das famílias.

AÇÕES NA ÁREA RURALAo priorizar o apoio à agricultura familiar, o Governo da Bahia reconheceu a importância da atividade,

tanto para a economia do Estado quanto para a inclusão socioprodutiva de milhares de pessoas, pois cria oportunidades de trabalho local, reduzindo o êxodo rural e diversifica a atividade econômica e busca pro-mover o desenvolvimento de pequenos e médios municípios. De acordo com o censo agropecuário de 2006 (IBGE), das mais de 760 mil propriedades existentes no campo, 87,43% pertencem a grupos familiares, o que representa 665 mil pessoas diretamente ligadas à agricultura familiar.

APOIO À AGRICULTURA FAMILIAR E À REFORMA AGRÁRIA Nos últimos cinco anos, a atual gestão instituiu políticas de apoio à agricultura familiar para estimular o seu

desenvolvimento, com a criação de programas e realização de diversas ações voltadas para este público em parceria com prefeituras e sociedade civil organizada.

• Foram distribuídas 10,4 mil toneladas de sementes para uma média de 150 mil famílias/ano das cadeias produtivas do feijão, feijão vigna, milho, mamona e sorgo, com investimentos da ordem de R$ 43 milhões.

• Adquiridas e plantadas 145 mil mudas de banana de alto padrão genético.

• Distribuídas 1,45 milhão de mudas, em 176 municípios de oito Territórios de Identidade, beneficiando 21,8 mil famílias, que formaram Sistemas Agroflorestais (SAF), no Projeto Mata Verde para recuperar a Mata Atlântica.

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• 1.012 agricultores familiares implantaram mil hectares de pomares cítricos com aplicação de R$ 11 milhões de crédito do Pronaf.

• Revitalizada a agroindústria de polpas de frutas do município de Coaraci, atendendo a 885 famílias atra-vés de 22 associações rurais.

• Para o desenvolvimento da cadeia produtiva de ovino-caprino, foram entregues 38,3 mil animais para 7,8 mil famílias em 125 municípios do semiárido e investidos R$ 12 milhões. Para a melhoria genética do rebanho, também foram entregues 20,8 mil doses de sêmen de caprinos da raça Anglo-nubiano e 10,4 mil doses de sêmen de ovinos da raça Santa Inês.

• Foram concluídas oito unidades de beneficiamento de mel (UBM) com aquisição e montagem de equi-pamentos.

• Inaugurada a primeira unidade de beneficiamento de pólen no Brasil, beneficiando 68 apicultores. O investimento foi de R$ 131,4 mil.

• Concedido o Selo da Agricultura Familiar para 197 produtos de 25 empreendimentos, válidos por um período de cinco anos.

• Em Ibicaraí, está em funcionamento a primeira indústria de pequeno porte da agricultura familiar que beneficia o cacau produzindo líquor e chocolates finos.

• 700 agricultores familiares, em oito municípios, foram beneficiados pelo Programa do Algodão do Vale do Iuiú. Produção de 273 mil arrobas e produtividade média de 130 arrobas/ha.

• Recuperados 2,1 mil hectares de solo, beneficiando 700 unidades agrícolas de produção de algodão de base familiar.

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Balanço das Ações22

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Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) Com o objetivo de melhorar a relação custo beneficio para a agricultura familiar, a Assistência Técnica

e Extensão Rural (Ater) atualiza o produtor sobre as melhores técnicas de produção, planejamento de sua propriedade e fornece indicações sobre quais as culturas e atividades são mais propícias para a região. Atual-mente, a Bahia conta com 1,7 mil técnicos com atuação em Ater pública estadual.

• Em cinco anos, foram atendidos 422 mil agricultores familiares com mais de 791 mil atividades opera-cionais, com investimentos de R$ 13 milhões em assistência técnica, em organizações e movimentos rurais.

• Capacitados 32 técnicos e 100 agricultores familiares para a produção de sementes e mudas e formação de 50 bancos comunitários de sementes de milho, feijão e vigna, beneficiando mais de 2 mil agricultores.

• Para qualificar e ampliar a Ater, foram contratados 342 técnicos e adquiridos 252 veículos.

• Por meio da Ater, o Projeto Semeando Renda formou e contratou 89 jovens. Eles disseminaram o co-nhecimento adquirido a 5 mil beneficiários diretos e suas respectivas famílias.

Crédito RuralO crédito atende aos produtores que necessitam de recurso, gerando o desenvolvimento econômico

e social da atividade rural. Foram oferecidos recursos a juros controlados para operações de custeio e de comercialização, injetados em diversos segmentos da agropecuária baiana.

• Mais de 117,5 mil operações de crédito foram realizadas por meio do Programa Nacional de Fortale-

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Governo da Bahia 23

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cimento da Agricultura Familiar (Pronaf), contemplando produtores de 394 municípios baianos, totalizando recursos na ordem de R$ 289,9 milhões.

• 70 mil agricultores, em 240 municípios, foram beneficiados com a lei 12.249/10, que institui medidas de estímulo à renegociação de dívidas oriundas do Pronaf.

• Criado o Crédito Assistido, que abrange 20 cadeias produtivas, ofertando crédito rural, com foco na-quelas de maior representatividade na agropecuária.

• Criado o Programa Mais Alimentos, uma política pública que, por meio de linhas de crédito do Pronaf, financia investimentos para a modernização da propriedade rural familiar.

Programa Garantia Safra O Programa é voltado para os agricultores familiares que sofrem perda de safra por motivo de seca ou

excesso de chuvas. Nos últimos anos, o Governo Estadual ampliou a adesão ao programa, passando de 6 mil agricultores beneficiados, na safra 2006/2007, para 114,7 mil, na safra 2010/2011. O número de municípios atingidos também aumentou, de 22 para 203.

Comercialização• Foram realizadas 39 Vilas da Agricultura Familiar, com a participação de diversos empreendimentos

sociais e apoiados 73 eventos realizados pelas Organizações Sociais.

• Implantadas 11 Bases de Serviços e Comercialização (BSC), em 11 territórios de identidades, estrutu-radas em parceria com o Governo Federal e a Associação das Cooperativas de Apoio a Economia Familiar (Ascoob).

• 1,8 milhão de toneladas de produtos diversificados da agricultura familiar, oriundos de oito cooperati-vas, no valor de R$ 1,3 milhão foram adquiridas pelo Governo do Estado para a merenda escolar.

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Balanço das Ações24

SUM

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Apoio à Reforma Agrária e à Regularização FundiáriaCom a maior população rural do País, o Governo da Bahia está comprometido com a reforma agrária e a

regularização fundiária, oferecendo condições necessárias para que os agricultores produzam e gerem rique-zas, contribuindo para o desenvolvimento do Estado. Em cinco anos, 24,3 mil títulos de terra foram emitidos, regularizando 493,8 mil hectares de terra.

• 926 famílias beneficiadas por obras e serviços de infraes-

trutura em assentamentos, das quais 581 famílias foram bene-ficiadas com 14 Casas de Farinha Elétricas.

• Contratadas 84 propostas de investimento para aquisi-ção de terras e implantação de estrutura social e produtiva, beneficiando 2,2 mil famílias em 20 Territórios de Identidade. O investimento foi de R$ 54,2 milhões, do Programa Nacional de Crédito Fundiário.

• Contratados 420 técnicos para prestar assessoria téc-nica, social e ambiental a 35 mil famílias assentadas em 552

assentamentos, através de convênio entre o Estado e o Governo Federal.

• Ação Discriminatória Administrativa Rural deflagrada em 52 glebas para 285,1 mil hectares, sendo 21 em comunidades remanescentes de quilombos. Outras 84 comunidades foram atendidas no processo de regularização fundiária, beneficiando mais de 10 mil famílias quilombolas.

Desenvolvimento da Irrigação O Governo tem implantado projetos públicos de irrigação que possibilitem o desenvolvimento regional

e criem oportunidades de geração de renda e inclusão social, principalmente de pessoas que historicamente enfrentam problemas de estiagem prolongada, principalmente na região do semiárido.

• Beneficiados 652 lotes de agricultores familiares na implantação de sistemas de irrigação parcelares, operação e manutenção de obras de infraestrutura de uso comum dos Projetos Públicos Estaduais de Irri-gação.

• Instalados no Projeto Ponto Novo bancos capacitores e inversores de frequência em três estações de pressurização, para racionalizar o consumo de energia elétrica.

• Aprovada lei para Concessão de Direito Real de uso de lotes agrícolas irrigados em Tucano, Ribeira do Amparo e Ponto Novo, totalizando 1,4 mil pessoas beneficiadas.

• Foram concluídas obras de infraestrutura e irrigação parcelar no Projeto Jacuípe, em Várzea da Roça, para irrigar 57 propriedades de agricultores familiares, beneficiando diretamente 285 pessoas. Com investi-mento de R$ 1,2 milhão.

O Governo tem implantado projetos públicos de irrigação que possibilitem o desenvolvimento

regional

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Governo da Bahia 25

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• Projeto de Horticultura Irrigada da Bacia Sedimentar de Tucano, com previsão de operação no final de 2012, em Ribeira do Amparo, concluídas obras de infraestrutura; com investimento de R$ 1,8 milhão, bene-ficiará 50 famílias. Em Banzaê e Cícero Dantas, iniciada perfuração de quatro poços tubulares e dois poços piezométricos; beneficiarão 240 famílias com investimento de R$ 2,9 milhões.

• Distribuídos 60 kit’s de irrigação beneficiando agricultores familiares de oito municípios localizados no semiárido baiano, possibilitando a irrigação de 120 hectares para a exploração de diversas culturas no Vale do Rio São Francisco.

.• Foram adquiridas sete estações meteorológicas automatizadas para controle da irrigação em projetos públicos estaduais.

Apoio à Pecuária Quase 50% da pecuária baiana é desenvolvida pela agricultura familiar. O Estado mantém o maior reba-

nho bovino da Região Nordeste, estimado em 10,7 milhões de cabeças e se posiciona como décimo lugar no cenário nacional e como sétimo maior produtor de leite do país. Em relação aos caprinos e ovinos, a Bahia ocupa a primeira e segunda posição no ranking nacional.

• A manutenção da área livre da Febre Aftosa tem permitido a Bahia estar sem registro da enfermidade há mais de 14 anos. Em 2011, a cobertura vacinal da primeira etapa alcançou 98%, maior cobertura desde a implantação do Programa.

• Firmado convênio plurianual 2011-2015 com o Governo Federal no valor de R$ 25,7 milhões para aten-der ao Programa de Erradicação da Febre Aftosa e demais programas de defesa sanitária animal.

• Assistência técnica a 4,6 mil agricultores familiares, inseridos na cadeia produtiva do leite, observando--se aumento de 131,5% na produção leiteira, 77% na percentagem de vacas em lactação e 127,8% na capa-cidade de suporte das pastagens em 384 propriedades acompanhadas.

• Implantado o Programa de Melhoramento Genético de Bovinos (Progenética).

• Construídos sete Centros de Comercialização de Animais.

• A maior parte dos recursos do Pronaf na Bahia foi destinada à pecuária, que ficou com R$ 188,5 mi-lhões, em 2011.

Apoio à Pesca e AquiculturaO setor da pesca e aquicultura obteve, nos últimos anos, um avanço significativo na produção, elevando a

Bahia à condição de 3º maior produtor nacional, em decorrência das potencialidades do Estado e do sistema de infraestrutura montado pelo Governo. Em 2010, a produção alcançou 121 mil toneladas.

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Balanço das Ações26

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Na base estratégica da atual administração para o setor estão as obras dos terminais pesqueiros de Ilhéus e de Salvador que, juntos, terão a capacidade de escoamento de nove mil toneladas de pescado/ano, benefi-ciando 25 mil pescadores. Também foram revitalizadas, construídas, reformadas e ampliadas as unidades de apoio à pesca artesanal, beneficiando mais de 48 mil pescadores. Atualmente a Bahia possui mais de 120 mil pescadores cadastrados no Registro Geral da Pesca.

• Emissão e renovação de 165 mil carteiras profissionais de pescadores e marisqueiras do Registro Geral da Pesca.

• Distribuídos sete mil equipamentos de auxílio à navegação e beneficiamento de pescado para os movi-mentos sociais ligados à pesca.

• Distribuídos 71 milhões de alevinos, em mais de 180 municípios, beneficiando 120 mil famílias. A ação garantiu a produção de 11 mil toneladas de pescado.

• Oito unidades de produção de alevinos foram recuperadas e ampliadas, elevando a capacidade produtiva de 12 milhões para 65 milhões de alevinos/ano. Em 2011, foi concluída estação em Paulo Afonso, com 100 mil metros quadrados de lâmina d’água e 15 viveiros.

• Capacitadas cerca de mil famílias ribeirinhas no cultivo de peixes, com a instalação de 32 módulos de cultivo, 1,2 mil tanques-rede em sete Territórios de Identidade, com investimentos de R$ 5,6 milhões. A ex-pectativa de produção é de 2,1 mil toneladas de pescado/ano.

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Governo da Bahia 27

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• Implantado Laboratório de Reprodução do Peixe Bijupirá na Fazenda Marinha Oruabo, em Santo Amaro.

• Por meio do Projeto Puça, houve o repovoamento dos manguezais de Santo Amaro e Ituberá, com a distribuição de 8,7 milhões de filhotes de caranguejo.

• 4 mil pescadores beneficiados com a conclusão das obras de reforma da estrutura e instalação de fábrica de gelo do Centro Intensivo de Pesca Artesanal – Cipar, em Xique-Xique.

• Pelo projeto Pescando Renda, foram capacitadas 160 marisqueiras e cerca de 300 pescadores em di-versos municípios. Iniciada a implantação de cinco minifábricas de embarcação de fibra de vidro para cinco comunidades de pescadores, favorecendo direta e indiretamente um total de 5,7 mil pessoas.

DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL Com a finalidade de promover o desenvolvimento econômico e garantir a inclusão socioprodutiva de todos

os baianos, o Governo da Bahia passou a implementar uma estratégia de desenvolvimento territorial, com ações integradas para reduzir desigualdades regionais históricas. Nos últimos cinco anos, houve foco especial no semiárido, região que concentra os piores indicadores socioeconômicos do Estado. Entre as ações inte-gradas que visam promover o desenvolvimento do semiárido estão os programas Gente de Valor e Produzir.

Programa Gente de ValorO programa atua em 282 comunidades de 34 municípios que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento

Humano (IDH), no semiárido, beneficiando mais de 36 mil pessoas da área rural, com orçamento de US$ 60 milhões, oriundos do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola e do Governo Estadual.

• Firmados 430 convênios no valor de R$ 39,3 milhões e realizados 42 contratos para viabilizar capacita-ção, assistência técnica, contratação de equipe, consultoria e estudos, no valor de R$ 47,07 milhões.

• Construídas 6,5 mil cisternas de consumo humano e 4,8 mil cisternas de produção, recuperados quatro sistemas de abastecimento de água e ampliados outros três sistemas. Oito barragens foram recuperadas e uma construída.

• Adquiridos e entregues 84 kits de equipamentos audiovisuais, 90 de informática e 91 de moto forrageiro.

• Apoiados 31 projetos para comercializar produtos beneficiados e capacitação em beneficiamento. Programa Produzir Voltado para comunidades rurais de baixa renda e para o combate á pobreza rural, o programa implemen-

tado pelo Banco Mundial e governos estaduais da Região Nordeste está presente em 407 dos 417 municípios baianos. A exceção é a Região Metropolitana de Salvador.

• Firmados 1,09 mil convênios de geração de renda, infraestrutura, apoio à saúde e ao saneamento, bene-ficiando 96 mil famílias em 284 municípios.

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Balanço das Ações28

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• Concluídos 1,4 mil projetos (incluindo os projetos de exercícios anteriores) nas áreas de saneamento, abastecimento, infraestrutura e geração de renda, beneficiando 134,1 mil famílias em 360 municípios.

• Estão em execução 629 projetos, beneficiando 58 mil famílias em 270 municípios.

• Realizados 544 eventos de capacitação com 12,3 mil produtores treinados. Produção e uso de Biocombustíveis O Governo da Bahia vem estimulando a inserção da agricultura familiar na base de produção e beneficia-

mento das culturas fornecedoras de óleo para biodiesel. Em 2007, foi lançado Programa Estadual de Produ-ção de Bioenergia, por meio do Decreto 10.650; e, em 2008, instituído o Programa Estadual de Agroenergia Familiar, através da Lei 11.052. Além disso, em parceria com o Governo Federal, foram definidos oito polos

prioritários de ação do biodiesel no Estado.

• Capacitados 198 técnicos de Ater e 740 agricultores visando implementar o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, em técnicas de cultivo da mamoneira, produção de sementes de oleaginosas e formação de bancos de sementes comunitários.

• 72,7 mil famílias foram beneficiadas com a distribuição de se-mentes de oleaginosas, sendo 40 mil atendidas com serviços de As-sistência Técnica.

• Implantado o projeto para produzir 60 toneladas de sementes de mamona, através da agricultura fami-liar, em Sento Sé, como forma de melhorar a base genética dos cultivos na safra 2010.

• Estabelecida co-parceria de nove cooperativas de agricultores familiares com a Petrobrás e o Estado para produção de oleaginosas para a usina de biodiesel, já em funcionamento em Candeias.

AÇÕES NA ÁREA URBANANa cidade, as ações de inclusão produtiva do Governo privilegiaram, neste período, os empreendimentos

Populares e Solidários e as micro e pequenas empresas, seja através do fomento, da oferta de microcrédito e do apoio à produção e comercialização de artesanato. Compreendendo falta de mecanismos de apoio a empreendimentos no meio urbano, o governo assumiu o desafio de construir, em 2011, um programa de inclusão socioprodutiva – Vida Melhor, incluindo recursos significativos no próximo PPA, em um eixo voltado para os 20 maiores municípios do Estado.

FOMENTO À ECONOMIA SOLIDÁRIA Nesta administração, a Economia Solidária ganhou contornos de política pública. Do ponto de vista insti-

tucional, foi criada uma estrutura dentro do Governo que integrou as ações para consolidação de empreen-dimentos pré-existentes, incubação, apoio à comercialização e microcrédito.

Apoiados 66 empreendimentos com cerca de três mil trabalhadores

beneficiados

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Para tanto, foram criados Centros Públicos de Economia Solidária e ampliada a ação do microcrédito, inclusive com oferta de taxas de juros inferiores àquelas praticadas para os pequenos empreendedores. O apoio a empreendimentos solidários e populares foi implantado por meio de Incubadoras de Cooperativas Populares, vinculadas a centros universitários ou entidades especializadas, financiadas com recursos públicos por meio de editais amplamente divulgados.

• Atendidos 2,7 mil empreendimentos, com 37 mil pessoas beneficiadas, por meio dos três Centros Públi-cos de Economia Solidária (Cesol), em funcionamento em Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista.

• Apoiados 66 empreendimentos com cerca de três mil trabalhadores beneficiados através de 20 Incuba-doras em funcionamento: oito universitárias, cinco territoriais, uma estadual, três de pesca e três temáticas (uma quilombola, duas indígenas).

• Foi lançado em agosto de 2010, o Edital de Incubadoras Ambientais de Empreendimentos Econômicos Solidários. Foram beneficiados 35 empreendimentos, através de convênios com associações de produtores, com equipamentos para beneficiamento de produtos agrícolas, qualificação em gestão de cooperativas e associações e consultoria técnica. Foram investidos R$ 2,5 milhões.

• Em ações de apoio a reciclagem, entre 2008 e 2011, foram beneficiados 9,6 mil catadores de 16 em-preendimentos de Salvador, Lauro de Freitas, Juazeiro, Senhor do Bonfim e Irecê.

• Em 2010, foram realizados a VI Feira Baiana de Economia Solidária e Agricultura Familiar, o I Seminário Regional de Comercialização Solidária e a II Mostra Nacional de Economia Solidária.

• Entre 2009 e outubro de 2011, 16 cooperativas foram financiadas pelo CrediSol, crédito direcionado a empreendimentos de economia solidária para projetos produtivos de até R$ 50 mil.

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Balanço das Ações30

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Expansão do Microcrédito Com o intuito de fomentar os empreendedores de micro e pequenos negócios que não têm acesso ao

crédito bancário, o Governo Estadual ampliou, nos últimos cinco anos, o Programa de Microcrédito do Es-tado da Bahia (CrediBahia). Não apenas a rede de agências aumentou com a inclusão de novos municípios, mas também se observou um crescimento da carteira ativa.

• 62,8 mil contratos foram apoiados, entre janeiro de 2007 e outubro de 2011, no valor de R$ 98,3 mi-lhões. Destes, R$ 53,2 milhões foram disponibilizados em 32,5 mil contratos na região do semiárido.

• 64 novos postos do Credibahia foram inaugurados, entre 2007 e 2011, a partir do critério territorial. Em outubro deste ano, alcançou-se a marca de 161 unidades de atendimento, em 157 municípios.

Artesanato A Bahia oferece várias opções de artesanato, como belas e originais peças indígenas, cerâmicas artísticas

e utilitárias e até instrumentos musicais. Para implementar ações de valorização do artesão baiano, elevando o seu nível cultural, social e econômico, o Instituto de Artesanato Visconde de Mauá está presente em 233 municípios. Simultaneamente, para fomentar a atividade, o instituto implementa uma política de aquisição de peças de maior relevo, que são comercializadas em suas lojas. Também houve apoio na participação dos trabalhadores em feiras organizadas pelo Mauá, e em eventos em outros Estados.

• O Instituto Mauá comprou 142,6 mil peças artesanais, garantindo para os artesãos uma receita de R$ 1,8 milhão.

• Entre 2007 e 2011, 13,5 mil artesãos participaram de eventos do Mauá, gerando, diretamente do con-sumidor, uma receita de R$ 3,6 milhões.

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• Fortalecimento do processo de organização do segmento artesanal: 7,2 mil artesãos capacitados em 205 municípios, de 2007 a 2011.

• Lançado, em novembro de 2011, o selo “A Bahia Feita à Mão”, visando garantir que o produto foi feito à mão e na Bahia.

PROGRAMA VIDA MELHORLançado em agosto de 2011, o Programa Vida Melhor busca incluir socioprodutivamente, pelo trabalho

decente, pessoas em situação de pobreza e com potencial de trabalho na Bahia, com vistas à sua emanci-pação. O programa é direcionado aos baianos na faixa etária de 18 a 60 anos, prioritariamente inscritos no CadÚnico, pertencentes a famílias com renda mensal de zero até meio salário mínimo por pessoa.

Um conjunto de ações será trabalhado com 120 mil famílias na área urbana e 280 mil famílias no meio rural. No campo, o objetivo central será aumentar a produção dos pequenos agricultores, requalificando a Assistência Técnica, distribuindo equipamentos e insumos para produção e agregando valor às cadeias pro-dutivas, com apoio na comercialização. Na cidade, fomentar os empreendimentos da economia dos setores populares e solidários, qualificar e capacitar profissionalmente a mão de obra e identificar oportunidades de renda e de trabalho.

• Serão beneficiados 77 projetos de Apoio a Empreendimentos Econômicos Solidários e da Agricultura Familiar, envolvendo 16 mil famílias de 63 municípios em 25 Territórios de Identidade. Totalizam R$ 11,3 milhões, sendo 10% de contrapartida da comunidade.

• Lançamento do Credirápido pelo Desenbahia. A linha de financiamento é voltada para apoio preferen-cialmente às microempresas e empresas de pequeno porte, através de financiamento de capital de giro.

• Lançado Edital para apoio a projetos de inclusão e transferência de tecnologias no valor de R$ 4 milhões.

• Realizadas, desde outubro, 13 plenárias territoriais para apresentação do Programa, visando adesão e pactuação com os territórios e municípios.

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Balanço das Ações32

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• Realizada a Feira Vida Melhor, em dezembro, com produtos de 170 empreendimentos da Economia Popular e Solidária e da Agricultura Familiar.

• Aprovadas pela Assembleia Legislativa as Leis de Economia Solidária 12.368 de dezembro de 2011; de Renegociação de dívidas – Pronaf 12.362 de novembro de 2011, e o projeto de Lei para a Política Estadual de Ater (Peater) 19.476 de dezembro de 2011.

Ações na Cidade• Assinados convênios para implantação de quatro Unidades de Inclusão Socioprodutiva (Unis), Subúrbio

Ferroviário, Bairro da Paz, Nordeste de Amaralina/Calabar; e Metropolitana I (Lauro de Freitas e Camaçari).

• Contratados e qualificados 30 técnicos que comporão as equipes das quatro Unis.

• Formalizados Convênios para repasse de recursos de edital de formação de 17 Fundos Rotativos para 60 empreendimentos no valor total de R$ 3,5 milhões.

• Montados dois estandes, um no aeroporto e outro no Centro de Convenções, com produtos das comunidades quilombolas e povos tradicionais durante o “Encontro Mundial de Afrodescendência”, em no-vembro.

• Realizada em 2011 Feira de Economia Solidária, no Jardim dos Namorados com estandes para promo-ção, divulgação e comercialização dos produtos de empreendimentos, com participação de 48 expositores.

• Realizado Café com Negócios, em Camaçari, para sensibilizar e mobilizar empreendedores locais sobre o programa e buscar integração entre empreendedores individuais e pequenos empresários.

Ações no Campo• Iniciada a implantação do Plano Estadual da Pecuária Leiteira que beneficiará 18 mil agricultores familia-

res em 244 municípios do Estado, que visa gerar autossuficiência da produção de leite no Estado.

• Contratados e qualificados 40 consultores do Sebrae, parceiro do Estado, que atuarão na qualificação e acompanhamento da gestão de cerca de 300 agroindústrias apoiadas pelo Programa.

• Realizada a II Feira Baiana da Agricultura Familiar, durante a Fenagro 2011, com estandes para pro-moção, divulgação e comercialização dos produtos 40 expositores de 120 empreendimentos da agricultura familiar e economia solidária do Estado da Bahia.

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Governo da Bahia 33

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Infraestrutura Social

A o concentrar esforços em ações de saneamento básico, habitação, infraestrutura urbana, sistema de transporte e energia elétrica, o Governo vem promovendo, por meio de políticas transver-sais, avanços significativos no Estado com melhoria da qualidade de vida de milhões de baianos.

A inclusão social e a redução das disparidades regionais, que estão em curso, são consequência do trabalho desenvolvido por esta gestão na viabilização da política de desenvolvimento urbano e também na implantação do Conselho Estadual das Cidades. Com isso, foram instituídas as políticas estaduais de saneamento básico e de habitação de interesse social, e estão em construção as políticas de desenvolvimento urbano e de resíduos sólidos. Em 2009, foi criada a Comissão de Regulação dos Serviços Públicos de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Coresab), para regulamentar o setor.

Na área de saneamento, o Programa Água para Todos virou referência no Brasil. Em cinco anos, foi investido R$ 1,9 bilhão em obras concluídas, beneficiando 407 municípios, com construção de barragens, novos sistemas de abastecimento de água e de es-gotamento sanitário e ampliação dos sistemas existentes. Foram executadas mais de 535 mil ligações de água e 230 mil de esgoto, trazendo benefício para mais de três milhões de pessoas. Em Sal-vador, entrou em operação o Sistema de Disposição Oceânica do Jaguaribe (Emissário Submarino da Boca do Rio), maior obra de saneamento dos últimos 25 anos na capital baiana.

Na área da habitação, o Programa Casa da Gente já concluiu 52,8 mil unidades habitacionais. Em obras

de melhoria da infraestrutura urbana, o Governo captou recursos para mais de 290 municípios, entre 2007 e 2011, além de ter garantido a ampliação da acessibilidade entre os municípios de Salvador e da RMS, com diversas ações de mobilidade, a exemplo do Sistema Viário 2 de Julho e da Via Expressa Baía de Todos os Santos.

Estado com a maior população rural do País, foram investidos na Bahia R$ 2 bilhões no Programa Luz para

Todos, na execução de mais de 331 mil ligações, beneficiando 2,3 milhões de pessoas em 414 municípios. PROGRAMA ÁGUA PARA TODOSConcebido como impulsionador de desenvolvimento socioeconômico, o Programa Água para Todos (PAT)

é a principal intervenção do Governo Estadual para ampliar a oferta e o acesso à água nos meios urbano e rural, viabilizando condições de permanência do homem no campo. Em cinco anos de execução, o PAT ga-rantiu o acesso de mais de três milhões de baianos a serviços de abastecimento de água, em 388 municípios, e mais de um milhão a esgotamento sanitário, em 238 municípios.

o programa baiano se tornou referência e inspirou a criação do Programa Nacional Água para Todos

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Balanço das Ações34

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Devido aos resultados alcançados, o programa baiano se tornou referência e inspirou a criação do Pro-grama Nacional Água para Todos, lançado este ano pelo Governo Federal. Na Bahia já foram investidos mais de R$ 1,9 bilhão em obras concluídas, beneficiando 407 municípios.

Para assegurar a continuidade das ações em saneamento básico, no PAC 2 foram selecionados projetos

e obras de abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais em 33 municípios. Juntos, receberão R$ 587,8 milhões em investimentos.

A segunda etapa do Água Para Todos - PAT continuará a levar água de qualidade e esgotamento sanitário à população baiana. E pretende transformar a Bahia, cada vez mais, num Estado com melhores condições para a população.

Abastecimento de ÁguaA implantação de ações de abastecimento de água foi priorizada nos municípios do semiárido baiano, com

53% do total de ligações executadas. Além disso, até outubro de 2011, foram beneficiadas mais de 276 mil famílias cadastradas, 10,5% do total de ligações residenciais, com a tarifa social, um preço acessível para o consumo de água tratada à população de baixa renda cadastrada no Programa Bolsa Família.

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Governo da Bahia 35

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• Cerca de 2,3 milhões de habitantes beneficiados em mais de 80 municípios, com obras de melhorias e ampliação de Sistemas Integrados de Abastecimento de água (SIAA) em situação crítica no Estado, com investimento de R$ 48,2 milhões.

• Concluídas obras beneficiando mais de 300 mil pessoas em dez sedes municipais, 30 povoados e 100 pequenas localidades. Destaque para a terceira etapa da Adutora do Feijão, Barragem de Cristalândia e os SIAA de Senhor do Bonfim, Santana e Mulungu do Morro/Souto Soares.

• Com investimento na ordem de R$ 142,9 milhões, estão em andamento oito obras que beneficiarão mais de 232 mil habitantes, nos municípios de Jacobina, Saúde, Caém, Cafarnaum, Pedro Alexandre, Igaporã, Matina, Encruzilhada, Jaguaquara, Mucuri e Ipiaú.

• A construção da Adutora do São Francisco, levará água até a região de Irecê, beneficiando 450 mil habitantes em 14 municípios. A primeira etapa da obra, no valor de R$ 75 milhões, entre Itaguaçu da Bahia e Xique-Xique, já está com mais de 50% das ações finalizadas e beneficiará cinco mil pessoas.

• A Adutora do Algodão, com recursos da ordem de R$ 100 milhões, resolverá o problema de escassez de água para abastecimento humano na região de Guanambi, beneficiando 226 mil habitantes em sete muni-cípios. Obra iniciada em abril/2011.

• A construção do SIAA de Pedras Altas, na Região do Sisal, beneficiará cerca de 172 mil habitantes em 21 municípios. A obra que conta com investimento de R$ 45 milhões está com andamento avançado.

• Os municípios de Salvador, Simões Filho e Lauro de Freitas serão beneficiados com importantes obras em andamento e irão ampliar o abastecimento de água da região.

Projeto Nordeste da BahiaPelo Projeto Nordeste da Bahia, será aproveitado o potencial das águas subterrâneas da Bacia Sedimentar

do Aquífero de Tucano, uma das maiores reservas de água subterrânea do País e única alternativa de manan-cial da região do semiárido.

A ação garantirá abastecimento humano na zona rural, reforço de oferta hídrica aos municípios, desse-

dentação animal e atendimento à agricultura familiar. A primeira etapa, construção de sistema produtor e adutor integrado de água em 22 localidades nos municípios de Cícero Dantas, Fátima, Heliópolis, Paripi-ranga e Adustina, está em fase de conclusão e beneficiará 82,9 mil pessoas. Com investimento na ordem de R$ 78,4 milhões.

Esgotamento SanitárioEm 2011, o Governo do Estado avançou na ampliação e implantação de sistemas de esgotamento sanitá-

rio na Bahia, com a conclusão de obras no Litoral Norte, Muritiba, Porto Seguro e Guanambi beneficiando 89 mil pessoas. Atualmente, estão em andamento obras de esgotamento em importantes cidades baianas como Feira de Santana, Camaçari, Vitória da Conquista, Barreiras, Paulo Afonso e Itamaraju, com investimento na ordem de R$ 452 milhões.

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Em maio de 2011, entrou em operação o Sistema de Disposição Oceânica (Emissário da Boca do Rio), principal obra de saneamento básico dos últimos 25 anos na capital baiana. Com recursos da ordem de R$ 259 milhões, a obra beneficiará cerca de 1,6 milhão de habitantes em Salvador e Lauro de Freitas.

• Visando melhorar as condições sanitárias de cerca de 240 mil habitantes de Salvador, estão em anda-

mento, com investimento de R$ 121 milhões, obras de tratamento de esgoto das bacias de Cambunas, Águas Claras e Trobogy.

• Em andamento a construção do interceptor da Paralela, que interligará o sistema de esgotamento sani-tário de Lauro de Freitas e os novos sistemas de tratamento de Salvador ao Sistema de Disposição Oceânica da Boca do Rio. O investimento é de R$ 170 mil e beneficiará 469 mil habitantes.

• Uma grande conquista da Bahia na área de saneamento foi a inclusão, no PAC, dos projetos de esgo-tamento sanitário de 12 municípios localizados no entorno da Baía de Todos os Santos. Os recursos são da ordem de R$ 212,6 milhões e beneficiarão uma população de 226,3 mil habitantes.

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Balanço das Ações38

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Drenagem e Manejo de Águas PluviaisA ocupação desordenada do uso do solo nas cidades ocasiona enchentes e alagamentos trazendo pre-

juízos materiais e humanos para os habitantes. Em 2011, o Governo concluiu o diagnóstico de drenagem e esgoto em 25 Regiões de Desenvolvimento Sustentável.

O Plano de Manejo de Águas Pluviais e Esgotamento Sanitário (Pemapes) visa identificar prioridades de

projetos e obras em 404 municípios nessas áreas. Entre 2009 e 2011, o plano contou com investimento total no valor de R$ 7,6 milhões.

• Captados R$ 8,4 milhões do PAC para três obras de drenagem em Lauro de Freitas. Duas obras já estão

em licitação.

• Em Salvador, três obras estão em execução com investimento que beneficiará 55 mil pessoas, por meio de projetos de saneamento integrados do PAC. Em dezembro de 2011, foi concluída a 1ª etapa na comunida-de de Jardim Mangabeiras em Salvador, com entrega de unidades habitacionais, creche, centro comunitário, posto de saúde e conclusão de obras de saneamento.

Resíduos SólidosAo longo de 2011, o Governo priorizou as ações voltadas para o fortalecimento e implementação de mo-

delo tecnológico de manejo de resíduos sólidos com base na Lei Nacional de Saneamento Básico 11.445/2007 e na Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei 12.305/2010.

Foram captados recursos na ordem de R$ 9,7 milhões, por meio do PAC, para elaboração de projetos de

resíduos sólidos que irão beneficiar cerca de 5,8 milhões de pessoas no Estado. Esses projetos terão como foco a destinação final adequada por meio da reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos ur-banos e disposição final dos rejeitos, visando a melhoria da qualidade de vida das regiões.

• Elaborado o Plano Estadual de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos que orientará

intervenções de destinação final.

• Elaborado Anteprojeto da Política Estadual de Resíduos Sólidos, com representantes da sociedade civil e consulta pública.

• Concluída a formação de sete Consórcios Públicos de Desenvolvimento Sustentável apoiados pelo Estado. Mais seis em andamento. Envolvem ao todo 231 municípios baianos.

• Investidos R$ 685 mil no apoio a cooperativas de catadores de materiais recicláveis, com o projeto Ouro Negro Recicla, durante os carnavais de 2009, 2010 e 2011, beneficiando 2,7 mil pessoas.

• Com investimento na ordem de R$ 1,2 milhão, está em andamento a requalificação do Sistema de Resíduos Sólidos de Ilhéus, com recuperação do aterro sanitário, que beneficiará 204 mil habitantes; e do Sistema de Valença, com recursos no valor de R$ 508 mil, que beneficiará 89 mil pessoas.

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Governo da Bahia 39

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CASA DA GENTEApoiado na Lei 11.041, de 2008, que definiu o Sistema Estadual de Habitação de Interesse Social, instituiu

a Política Estadual de Habitação de Interesse Social e criou o Fundo Estadual de Habitação e seu Conselho Gestor, o programa de habitação Casa da Gente, do Governo do Estado, se estrutura por meio de ações diretas de provisão de habitação, melhorias habitacionais, urbanização de assentamentos precários e regula-rização fundiária, além de ações transversais de mediação de conflitos fundiários, assistência técnica e salva-guarda ambiental, cultural e socioeconômica.

Serão construídas 143 mil unidades habitacionais, incluíndo o PAC e o programa Minha Casa, Minha Vida.

• Encerrada a primeira etapa de elaboração do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social e de Re-gularização Fundiária do Estado da Bahia (Planehab), com a aprovação pelo Conselho Estadual das Cidades (ConCidades) em maio de 2011. Foram realizadas sete oficinas temáticas em sete cidades-polo, atendendo a mais de 150 municípios.

• Entre 2007 e 2011, foram atendidas, pelo programa Casa da Gente, 197,7 mil famílias baianas. No período, foram concluídas 52,8 mil unidades habitacionais em todo o Estado. Somente em 2011, foram con-cluídas 20,8 mil casas.

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Balanço das Ações40

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• Por meio do PAC Habitação, quatro etapas já foram concluídas na Bahia, com a entrega de 369 uni-dades habitacionais, equipamentos comunitários, escolas e creches em Salvador e Simões Filho. Outras 11 etapas estão em execução. Com investimento total de R$ 372,9 milhões, ao final, serão beneficiadas 32,9 mil famílias.

• Com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), através do PAC, 15 muni-cípios baianos serão beneficiados com recursos na ordem de R$ 69 milhões. Onze obras estão em execução no Estado e uma já foi concluída em Amargosa, melhorando a vida de 37 famílias.

• O Programa Habitacional do Servidor Público, que oferece unidades habitacionais por meio de crédito e arrendamento, atendeu, por meio da Caixa, 6,5 mil servidores públicos entre 2007 e novembro de 2011.

• Com recursos do PAC 2, estão em fase de contratação obras e projetos de urbanização para sete mu-nicípios com população acima de 70 mil habitantes. Serão investidos R$ 134 milhões, sendo R$ 58,3 milhões através do Minha Casa, Minha Vida.

Programa Minha Casa, Minha VidaInserido no programa estadual de habitação Casa da Gente, o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), lança-

do pelo Governo Federal em 2009, prevê a construção de moradias principalmente para a população de

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Governo da Bahia 41

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baixa renda. Para a Bahia, foi prevista a cota de cerca de 80 mil unidades habitacionais, das quais 32 mil de interesse social.

Até 2010, foram mais de 65 mil unidades habitacionais contratadas, destinadas à população com faixa de

renda de zero a três salários mínimos, ultrapassando a meta inicial em mais de 100%. O programa tem como investimento total o valor de R$ 2,7 bilhões.

• Já foram concluídas 18,3 mil unidades habitacionais, sendo 4,1 mil na RMS. Estão em execução 46,8 mil casas em 37 municípios com população acima de 50 mil habitantes.

• Para atender aos municípios com população inferior a 50 mil habitantes, foram contratadas 9,4 mil unidades habitacionais, das quais 7,9 mil unidades estão com obras iniciadas em 205 municípios.

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Balanço das Ações42

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Regularização FundiáriaUma das ações do Programa de Regularização Fundiária é promover os procedimentos jurídicos-admi-

nistrativos para a regularização fundiária de imóveis públicos, do Estado ou cedidos pela União Federal, ocu-pados pela população de baixa renda e construídos formalmente por órgãos responsáveis pela Habitação, a exemplo da Habitação e Urbanização da Bahia (Urbis).

• Entre 2007 e 2011, foram entregues 12,4 mil títulos, sendo 10,9 mil escrituras de imóveis da Urbis e 1,4

mil escrituras de cessão de aforamento entregues em Alagados e Novos Alagados, em Salvador. Nos últimos 40 anos (1965 e 2006), haviam sido entregues apenas 7,5 mil escrituras.

• A política de Prevenção e Mediação de Conflitos Fundiários Urbanos, amparada pela Lei Estadual 11.041, se coloca na perspec-tiva de consolidar e fortalecer as ações que o Estado vem desen-volvendo no sentido de buscar soluções pacíficas e pactuadas para as situações de conflitos fundiários urbanos, tendo como diretriz a garantia do direito à moradia digna e o cumprimento da função so-cial da propriedade.

• O Estado atuou na mediação de conflitos em 67 casos que envolveram cerca de 14,8 mil famílias de baixa renda, localizadas em 22 municípios baianos. Destes, 14 conflitos já foram encerrados.

• Em junho de 2011, a Bahia recebeu o Prêmio Selo de Mérito 2011 pela ação de prevenção e mediação de conflitos, durante o Fórum Nacional de Secretários de Habita-ção e Desenvolvimento Urbano realizado em Brasília.

MOBILIDADECom o objetivo de garantir o deslocamento das pessoas e bens através de um sistema de transporte de

qualidade, integrado e rápido, com prioridade para a circulação viária e a ampliação da acessibilidade entre os municípios de Salvador e da RMS, foram desenvolvidas pelo Governo ações importantes de mobilidade, a exemplo do Sistema Viário 2 de Julho, concluído em 2008, e da Via Expressa Baía de Todos os Santos, maior intervenção viária de Salvador nos últimos 30 anos.

Com uma das grandes concentrações populacionais do Brasil, com 2,7 milhões de pessoas e cerca de 680

mil veículos, Salvador terá prioridade nas ações de mobilidade em função de ser uma das cidades sede da Copa do Mundo de 2014. Por isso, foram captados recursos para a implantação do Metrô da Avenida Para-lela, que ligará o Aeroporto Internacional ao Acesso Norte, e também para a requalificação do entorno da Arena Fonte Nova, por meio da implantação de rotas acessíveis dotadas de acessibilidade universal e viadutos no entorno.

• Para o Metrô da Avenida Paralela, foi finalizado o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) com

Salvador terá prioridade nas ações de mobilidade em função de ser uma

das cidades sede da Copa do Mundo de

2014

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Governo da Bahia 43

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a participação de sete empresas e definido o modal metrô de superfície. O Edital de licitação para construção e concessão dos serviços do Sistema Integrado de Transporte Metropolitano, sob forma de Parceria Público--Privada (PPP), está em elaboração. Para o funcionamento da Linha 1 do metrô, em implantação pela Prefeitura de Salvador, foram adquiridos e entregues seis trens, com 24 vagões e capacidade para 1,2 mil passageiros.

• Captados R$ 41 milhões para requalificação do acesso à Nova Arena Fonte Nova, através da implantação de um conjunto de viadutos e rotas específicas para a movimentação de pedestres. O processo licitatório das obras está em andamento com previsão de contratação em dezembro de 2011.

• As obras da passarela para o acesso ao Estádio de Pituaçu encontram-se em andamento, com percentual físico executado em torno de 60%.

• Pelo programa Cidade Bicicleta, foi elaborado o plano funcional para o Sistema Cicloviário de Salvador e Lauro de Freitas, com 217km. Estão em elaboração os projetos executivos para os municípios de Cruz das Almas (12,1 km) e Itamarajú (3km) e em elaboração o Plano Funcional de Prado, com 4km.

• Encontra-se em fase de conclusão, a obra da passarela de São Cristovão na Av. Otávio Mangabeira, com extensão de 170 metros. O investimento é de R$ 2,5 milhões.

• Foi sancionada Lei do Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros. Entre 2007 e 2011, mais de 1.250 ônibus intermunicipais e 433 metropolitanos, convencionais e executivos, entraram em operação através de parceria do Governo do Estado e iniciativa privada.

INFRAESTRUTURA URBANACom recursos na ordem de R$ 217,7 milhões, aplicados entre 2007 e 2011, o Governo vem executando

obras, em diversos municípios, voltadas para promoção de qualidade de vida da população baiana, no que se refere à melhoria de infraestrutura urbana, que inclui obras de pavimentação de vias, urbanização e revitaliza-ção de praças e construção de equipamentos urbanos, beneficiando mais de 4 milhões de pessoas.

• Mata de São João – Imbassaí: concluídas obras e serviços de urbanização e infraestrutura, incluindo siste-

ma de esgotamento sanitário, beneficiando 8,5 mil habitantes. No valor R$ 9,8 milhões.

• Prado: concluída cobertura da feira e mercado de carnes. Valor de investimento R$ 600 mil.

• Matina: concluída pavimentação em paralelepípedos e drenagem, na sede do município. Valor do investi-mento R$ 250 mil.

• Valente: concluída pavimentação em diversas vias, beneficiando 24.560 habitantes. Valor do investimento R$ 718 mil.

• Lamarão: concluída reforma do mercado e reservatório no município. Valor de investimento R$ 442 mil.

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Balanço das Ações44

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PROGRAMA LUZ PARA TODOSCriado pelo Decreto 4.873, de 2003, o Programa Luz para Todos é destinado a propiciar o atendimento

em energia elétrica à parcela da população residente no meio rural brasileiro que ainda não tem acesso a este serviço público, com prioridade para as cidades com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) inferior à média do Estado e localidades com atendimento energético inferior a 50%.

Na Bahia, que possui a maior população rural do País, foram investidos R$ 2 bilhões na execução de 331, 7 mil ligações, entre 2007 e outubro de 2011, beneficiando 2,3 milhões de pessoas em 414 municípios.

• Foram realizadas 17,1 mil ligações por meio de energia fotovoltaica, em domicílios distantes da rede elétrica.

• Em andamento mais 2,6 mil ligações que se-rão executadas até dezembro de 2011, com inves-timento de R$ 41,5 milhões;

• Cerca de 1,6 milhão de famílias, com consu-mo inferior a 50 kWh mensais, receberam isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com redução de 33% no valor das contas.

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Trabalho e Renda

A partir de 2007, o Governo da Bahia promoveu uma correção de rumos no processo de desenvol-vimento estadual, implantando um modelo que conjugou o crescimento econômico com a redu-ção das desigualdades sociais acumuladas ao longo de décadas. Esta estratégia buscou fomentar o

desenvolvimento, via inclusão de parcelas amplas da população baiana ao mercado de consumo de massas, utilizando o investimento público como indutor das atividades produtivas, com reflexos significativos na gera-ção de emprego e elevação da renda.

Tais avanços estão traduzidos nos números da geração de emprego com carteira assinada no Estado, que

totalizaram 463 mil novos postos de trabalho no período de 2007 a outubro de 2011, segundo dados do Ministério do Trabalho.

Em 2011, o ciclo de expansão e crescimento econômico manteve-se, estimulado pela continuidade das políticas públicas de fomento aos negócios e manutenção do consumo num patamar elevado. No período de janeiro a outubro deste ano, foram gerados aproximadamente 83 mil novos postos de trabalho, algo que representou 25,2% do saldo de empregos líquidos de toda a Região Nordeste.

É destaque também a contínua e persistente tendência de queda do desemprego na Região Metropolita-

na de Salvador. Em agosto de 2011, a taxa de desocupação registrou 8,9% da População Economicamente Ativa, a segunda menor desde o início da série, em março de 2002, quando era de 17,4%. Assim, a taxa de desocupação na RMS, que se situava num patamar de 13,6% em 2006, apresentou um recuo da ordem de 4,7 pontos percentuais em agosto deste ano, significando uma redução de expressivos 34,5%, de acordo com o IBGE. Principal ferramenta para encurtar o caminho entre o trabalhador e as empresas, o Serviço Estadual de Intermediação para o Trabalho (SineBahia) promoveu a colocação de mais de 251 mil pessoas no mercado de trabalho em cinco anos.

Ao gerar oportunidades econômicas em toda Bahia, a distribuição dos novos postos de trabalho em 2011 aponta para uma desconcentração espacial dos empregos, com 42% de participação da RMS e 58% nas diversas regiões do interior da Bahia, algo que se revela positivo face às enormes disparidades regionais verificadas no território baiano.

A preocupação com a qualidade do emprego, sintetizada na Agenda Bahia do Trabalho Decente, obteve

o reconhecimento da Organização Internacional do Trabalho, tendo em vista o caráter inovador da iniciativa. Em 2011, foi instituído o Programa Bahia do Trabalho Decente, monitorado por um comitê gestor formado por trabalhadores, patronato e Governo. Além disso, o Governo, ao longo dos últimos cinco anos, qualificou profissionalmente 88,8 mil pessoas.

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Balanço das Ações46

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AGENDA DO TRABALHO DECENTEO trabalho decente é condição fundamental para a superação da pobreza, a redução das desigualdades

sociais, a garantia da governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável. O primeiro passo foi dado em 2007, quando Governo da Bahia celebrou com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) um Memo-rando de Entendimento, tornando-se a primeira unidade subnacional do mundo com uma Agenda do Trabalho Decente.

Ao adotar uma estratégia recomendada pela OIT, inovando com uma metodologia participativa e de in-tegração dos agentes públicos e privados, o Estado tornou-se uma referência na temática. Foram realizadas três conferências estaduais com um índice crescente de plenárias preparatórias, alcançando, apenas na última versão, em setembro de 2011, setenta e duas etapas municipais e cinco regionais com a participação de mais de sete mil pessoas. Em 2011, foi instituído o Programa Bahia do Trabalho Decente, pelo Decreto 13.149, com a finalidade de desenvolver ações conjuntas para promover o trabalho decente.

• O Programa é monitorado por um comitê

gestor tripartite (trabalhadores, empregadores e Governo), instituído, em 2008, por meio do De-creto 11.229.

• Criada, em julho de 2009, a Lei 11.479, de incentivo à prática do trabalho decente para em-presas que recebem financiamento e incentivos fiscais estaduais. A norma busca garantir condi-ções de trabalho dignas, seguras e saudáveis.

• Criado, em 2011, o Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), com a Lei 12.356.

• 116 mil crianças atendidas pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil em 242 municí-

pios, inseridos em 25 Territórios de Identidade.

• Formados 299 agentes multiplicadores em segurança e saúde do trabalho nas áreas urbanas e rurais.

• Desenvolvidas ações de valorização do servidor público, pelo Programa Você Servidor.

• 183 servidores públicos foram capacitados para inserção dos recortes de gênero e raça nos instrumentos de políticas públicas estaduais.

• 70 trabalhadores afrodescendentes foram formados no curso preparatório para concurso público, em Salvador.

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• Entre 2008 e 2011, foram qualificadas 528 trabalhadoras domésticas em 11 municípios. Também está em andamento obra de 80 unidades habitacionais para estas profissionais em Salvador.

MERCADO DE TRABALHODe acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho

e Emprego, de janeiro a outubro de 2011, foram gerados 83 mil empregos formais na Bahia. Apesar da crise econômica mundial, em 2009, que fechou empresas e levou à demissão de trabalhadores em diversos países, entre janeiro de 2007 e outubro de 2011, a Bahia gerou 463 mil vagas formais, superando em 45% o número de empregos somados entre 2002 e 2006.

Na intermediação de mão-de-obra, com a reorganização do serviço, que passou a adotar a denominação de SineBahia, foram alcançados sucessivos recordes na captação de vagas, na seleção e no encaminhamento de trabalhadores, com altos índices de êxito, tornando-se uma nova referência nacional e mesmo internacio-nal no atendimento e na efetividade da inserção no mercado de trabalho. Entre janeiro de 2007 e setembro de 2011, foram captadas 479,8 mil vagas.

O SineBahia também ganhou destaque em âmbito nacional e internacional. Com o apoio da Agência Bra-sileira de Cooperação, vinculada ao Ministério de Relações Exteriores, a Bahia transfere tecnologia de gestão ao governo da República Dominicana na modernização do seu sistema de intermediação profissional, prova da consolidação deste modelo de atuação.

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Balanço das Ações48

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• O SineBahia promoveu a colocação de 251 mil pessoas no mercado de trabalho em todo o Estado entre janeiro de 2007 e setembro de 2011.

• Na Unidade Central do SineBahia, no Iguatemi (Salvador), inaugurada em janeiro de 2008, são ofereci-dos, diariamente, cursos gratuitos e oficinas para potencializar a inserção das pessoas no mundo do trabalho.

• A rede de atendimento ao trabalhador é composta por 124 unidades distribuídas em 109 municípios e 26 territórios de identidade. Do total, 70 unidades estão informatizadas.

• Em parceria com o Ministério do Trabalho, foi implantado o atendimento via internet para trabalhadores e empregadores. Por meio do site http://mtemaisemprego.gov.br é possível à empresa cadastrar vagas, ao mesmo tempo em que o trabalhador pode consultar oportunidades e realizar o primeiro cadastro.

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONALOutra frente de importante atuação do Governo para preparar trabalhadores e trabalhadoras para os

postos ofertados pelo mercado e proporcionar acréscimo na renda é a Qualificação Profissional. Os progra-mas de qualificação social e profissional se multiplicaram, com editais de chamamento público para diversos programas como, dentre outros, Qualifica Bahia, Planteq (Plano Territorial de Qualificação Social e Profissio-nal) e Planseq (Planos Setoriais de Qualificação Social e Profissional), Trilha e programas de qualificação para o turismo.

Entre 2007 e outubro de 2011, foram qualificadas, em 264 municípios, 88,8 mil pessoas nas áreas de agricultura familiar e economia solidária, alimentos e bebidas, artesanato, calçadista, construção civil, cons-trução naval, indústria, energia, portuário e mineração, petróleo e gás, têxtil, trabalho doméstico, serviços e comércio, tecnologia da informação, transporte e turismo.

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Infraestrutura Econômica

N o primeiro ciclo de gestão do atual Governo, a Bahia viveu um momento singular com a construção das bases para o seu processo de desenvolvimento. Ago-

ra, neste segundo mandato, está em andamento uma matriz in-tegrada de projetos e obras de caráter estruturante na área de infraestrutura econômica. São ações que alicerçam o caminho para que o Estado mantenha-se, a médio e longo prazo, na rota de um ciclo virtuoso de prosperidade, abrem uma janela de oportunida-des para novos investimentos e universalizam os benefícios econô-micos e sociais para todas as regiões da Bahia.

O resultado desta política é que a Bahia vem ampliando, cada vez mais, a sua participação no comércio internacional como im-portante fornecedor de mercadorias agrícolas, produtos minerais e manufaturados. Ao mesmo tempo, este novo contexto vem im-pondo a implantação de sistemas eficientes de logística de trans-porte para reduzir os custos de movimentação e escoamento das mercadorias em direção aos portos de exportação.

As obras em andamento colocam a Bahia em posição de vanguarda nas soluções diferenciadas de logís-tica, a partir da adoção do conceito de integração multimodal. Dentre o elenco de projetos, a Ferrovia da Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul se inserem na estratégia baseada em uma visão inovadora de um governo comprometido com a descentralização dos investimentos e integração do desenvolvimento em todo o Estado. Com esta política, foram realizadas diversas ações de construção, recuperação e ampliação em modais como rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias.

NOVOS VETORES DE DESENVOLVIMENTOEm sintonia com o que há de mais moderno, tanto do ponto de vista de logística e engenharia, quanto

de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável, o Governo do Estado vem investindo em novos vetores de desenvolvimento, numa estratégia de integrar e desconcentrar a distribuição da riqueza na Bahia.

Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol)Incluída entre as prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Ferrovia de Integração

Oeste-Leste ligará a cidade de Figueirópolis, no Tocantins, a Ilhéus, na Bahia. A Fiol vai percorrer, ao todo, 1,5 mil quilômetros, e passará por 32 municípios baianos num trecho de aproximadamente mil quilômetros, interligando o Porto Sul ao Brasil Central, fortalecendo os laços de integração regional da Bahia.

o Governo do Estado vem investindo em novos vetores de desenvolvimento, numa estratégia

de integrar e desconcentrar a distribuição da

riqueza na Bahia

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Balanço das Ações50

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A obra, que faz parte do Plano Nacional de Viação, permitirá o escoamento da produção de grãos do oeste baiano e de minérios na região de Caetité. O projeto conta com um traçado total de 12 lotes, sendo nove na Bahia, oito dos quais já licitados.

• Em andamento a construção do trecho correspondente a Ilhéus/Caetité, com total de 537 km de exten-são. Já foram executados 77 km e implantados canteiros administrativos e industriais e pedreiras. As desapro-priações estão em andamento.

• Foram gerados 1,5 mil empregos.

• Entregue ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o Plano de Levantamento e Manejo Arqueológico para obras.

• Concluído projeto do pátio de manobra em Ilhéus. Também foi realizada a primeira visita relativa ao Termo de Ajuste com o Ibama. As obras aguardam liberação integral no trecho.

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Governo da Bahia 51

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Porto Sul Incluído no Plano Nacional de Viação, o Porto Sul será o mais novo sistema portuário do Brasil e ponto

final da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). O equipamento, cujo projeto se insere dentro de um complexo logístico produtivo integrado, será construído no litoral norte de Ilhéus, na região de Aritaguá. Com investimento de R$ 2,6 bilhões, entre recursos públicos e contrapartida privada, e a geração de 2,5 mil empregos diretos e indiretos em sua fase de instalação, a obra pretende criar um novo horizonte para o desenvolvimento socioeconômico de todo o Estado.

A estrutura do Porto Sul contará com um Porto Público (PP), uma Zona de Apoio Logístico (ZAL), uma Área de Proteção Ambiental (APA) e um Terminal de Uso Privativo (TUP) destinado à exportação de minério de ferro da Bahia Mineração (Bamin).

A questão ambiental é uma forte preocupação deste novo modelo de empreendimento e, de acordo com estudos realizados para a implantação do equipamento, foi criado um amplo conjunto de medidas mitigado-ras e programas ambientais que, realizados em conjunto, irão minimizar os efeitos negativos e potencializar os efeitos positivos do Porto.

Dentre as conquistas obtidas em 2011, está a aprovação pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impactos Ambientais (Rima), culminando com a realização da audiência pública no município de Ilhéus, em outubro. A forma democrática com que o evento foi conduzido, contando com a participação de mais de 3,7 mil pesso-as, é um reflexo do modelo de governo participativo e baseado no desenvolvimento sustentável.

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Balanço das Ações52

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• Estão em andamento estudos para o Plano Diretor que define o modelo operacional do porto público e planifica sua inserção no território.

• Iniciado processo de licenciamento do PP e do TUP.

• Realizados os levantamentos topográfico e aerofotogramétrico e iniciados os levantamentos e cadastra-mento fundiário das propriedades rurais da poligonal do Porto.

• Em elaboração a Avaliação Ambiental Estratégica do Projeto Porto Sul, que norteará decisões de inves-timentos em ativos ambientais, imprescindíveis à inserção competitiva do complexo logístico em mercados de alto padrão de exigência. Estão previstos investimentos de R$ 46,62 milhões em ativos ambientais na área de influência do porto.

• O projeto prevê ainda a criação e ampliação de unidades de conservação federais, totalizando 66,6 mil hectares; a regularização fundiária do Parque do Conduru; a criação de um centro agroambiental na Uni-versidade Estadual de Santa Cruz; a recuperação de áreas degradadas e mata ciliar na Área de Preservação Ambiental da Lagoa Encantada e na Bacia do Rio Almada; e fomento à criação de Reserva Particular do Patri-mônio Natural e projetos socioambientais.

Sistema Viário OesteNovo vetor de desenvolvimento que completa uma estrutura modal de transporte de conexão rápida e

alternativa de Salvador com o recôncavo, sul e oeste baiano, o Sistema Viário Oeste engloba a construção da ponte com cerca de 12km, ligando Salvador à Ilha de Itaparica e as duplicações em trechos das BA-001 e BA-046, incluindo a duplicação da Ponte do Funil.

Além de a população de Itaparica ter acesso a toda rede de serviços sociais e culturais de Salvador sem depender dos horários fixos do sistema de ferry boat, a ponte facilitará o fluxo de cargas e passageiros para outras regiões do Estado.

• Definida a concepção arquitetônica da ponte.

• Publicados, em outubro de 2011, os Decretos de Utilidade Pública das áreas passíveis de intervenção na implementação do projeto.

AMPLIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE RODOVIASAlém de recuperar aproximadamente 3,6 mil quilômetros da malha rodoviária estadual, o Governo exe-

cutou, nos últimos cinco anos, serviços de conservação das estradas, sinalização e aquisição de radares e bafômetros para fiscalização no trânsito. Outra importante ação foi a realização dos convênios com as di-versas prefeituras da Bahia, sendo possível, assim, recuperar várias estradas vicinais, importantes para o deslocamento das pessoas.

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• 3,6 mil quilômetros de rodovias fo-ram recuperados entre 2007 e 2011, in-cluindo 675km pelo Programa de Res-tauração e Manutenção de Rodovias no Estado da Bahia (Premar). Estão em exe-cução mais 1,9 mil quilômetros, dos quais, 514 serão pelo Premar.

• Até outubro de 2011, foram ofereci-das melhorias das condições de tráfego em 13,8 mil quilômetros da malha rodoviária. Foram realizados serviços de manutenção preventiva e corretiva, que correspondem a reparos no revestimento (pavimentação ou cascalho) e representam a manutenção da qualidade da trafegabilidade das estra-das baianas.

• 65 municípios foram beneficiados com a sinalização das rodovias de acesso a cidades com festejos juninos tradicionais.

• Foram investidos R$ 1,3 milhão em convênio com a Polícia Rodoviária Estadual para operação de fiscali-zação de trânsito das rodovias estaduais.

• Elaborados projetos executivos para rodovias e pontes, com investimento de R$ 20,5 milhões. Concluí-dos 70 projetos rodoviários e 19 projetos estruturais de pontes.

• Celebrados convênios de Cooperação Técnica com 212 municípios para recuperação de estradas vici-nais, totalizando 15,3 mil quilômetros. Foram 118 municípios e 7 mil quilômetros a mais que em 2010.

• Nos últimos cinco anos, foram concluídas 21 pontes, com investimentos no valor de R$ 22,8 milhões. Estão em andamento sete obras, com investimentos de R$ 22,5 milhões.

Concessão de Sistemas ViáriosNa diretriz de manter o padrão de excelência e qualidade nas rodovias baianas, alguns importantes eixos

rodoviários foram concedidos pelo Governo Estadual à iniciativa privada, a exemplo da BA-099, conhecida também como Linha Verde, e o sistema BA-093. O Governo Federal também concedeu para exploração, na Bahia, de trechos da BR-324 e BR-116, dois importantes corredores de exportação.

• Sistema BA-099: A sinalização da Linha Verde foi revitalizada até a divisa da Bahia com Sergipe, num total de 217 quilômetros. Foi concluída a duplicação da terceira etapa do trecho entre Jacuípe e Guarajuba, e finali-

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Balanço das Ações54

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zado processo de desapropriação de 44 casas na área referente à quarta etapa das obras. Com investimentos de R$ 180 milhões, está em andamento a duplicação do trecho entre Guarajuba e Itacimirim. A construção da passarela de pedestres ligando Barra de Pojuca a Itacimirim está com 70% das obras concluídas.

• Sistema BA-093 - Com 121 quilômetros de rodovias, sob regime de concessão, o sistema é composto por trechos da BA-093, BA-512, BA-521, BA-524, BA-526 e BA-535. Está previsto investimento de R$ 1,7 bi-

lhão, em 25 anos, para melhoria do transporte de cargas, tornando o tráfego entre os grandes polos industriais mais seguro e econômico. Concluídos serviços de tapa–buracos na BA-526. Implantada passa-rela provisória e sinalização horizontal em 39 quilômetros. Iniciados serviços de repavimentação. Já investidos cerca de R$ 150 milhões.

• BR-324 e BR-116 - O Governo Federal concedeu para explora-ção trechos da BR-324 e BR-116, onde será investido R$ 1,9 bilhão em 680 quilômetros, por 25 anos. As obras de recuperação foram iniciadas pela concessionária contratada.

Recuperação e Modernização de Estradas FederaisPela sua extensão territorial, a Bahia é cortada por diversas rodovias federais, que são importantes equi-

pamentos logísticos para escoar a produção para consumo interno e para exportação. Por isso, importantes obras realizadas pelo Governo Federal, para recuperar e modernizar as principais estradas, estão em anda-mento no Estado.

• Em andamento obras de implantação e pavimentação na BR-235, no trecho que vai da divisa de Sergipe com a Bahia até o município de Juazeiro. Em execução os trechos Canché/Uauá e entroncamento Lajedo/Campo Alegre de Lourdes, com aproximadamente 147 quilômetros.

• Concluídas as pontes sobre o Rio São Francisco na BR-116, na divisa entre Bahia e Pernambuco, e BR-030, entre os municípios de Carinhanha e Malhada, com investimento na ordem de R$ 61,6 milhões.

• Em execução, a construção do contorno rodoviário de Barreiras, trecho da BR-242, com 60% realizado.

• Está em fase de licitação a duplicação da BR-101, trecho entre a divisa Sergipe com a Bahia e entronca-mento da BR-324, em Feira de Santana, com extensão de 166 quilômetros.

• A Bahia garantiu recursos no PAC 2 para construção, pavimentação e duplicação de rodovias importan-tes para o desenvolvimento econômico, como as duplicações das BR-101, em Eunápolis, e BR-415, no trecho entre Ilhéus e Itabuna.

Via Expressa Baía de Todos os Santos, a

maior obra viária dos últimos 30 anos em

Salvador

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Governo da Bahia 55

SUM

ÁRIO

Via Expressa Baía de Todos os SantosLigar a BR-324 ao Porto de Salvador por uma via exclusiva de transporte de cargas, contribuindo para

melhorar um dos maiores problemas vividos pela capital baiana: o da mobilidade. Este é um dos objetivos da Via Expressa Baía de Todos os Santos, a maior obra viária dos últimos 30 anos em Salvador. O projeto do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) na área de infraestrutura e logística prevê um investimento de R$ 381 milhões, sendo R$ 40 milhões de contrapartida do Governo da Bahia.

A obra contará com um total de 4,3 quilômetros e 10 faixas de tráfego, sendo quatro exclusivas para veículos de carga, três túneis, 14 viadutos, além de equipamentos de infraestrutura e lazer como ciclovias e quatro passarelas.

• Com R$ 234,4 milhões aplicados, 56% da obra já foi executada.

• Mais de 50% dos imóveis previstos já foram desapropriados (361 imóveis).

• Concluídas as obras das frentes 1 e 2, que compreendem um conjunto de seis viadutos na Rótula do Abacaxi, no bairro do Cabula, e na BR-324.

HidroviasO Governo Estadual iniciou, nessa gestão, intervenções de requalificação de terminais hidroviários, que

apresentavam estruturas antigas e precárias, dos quais se destacam as seguintes obras:

• Em andamento obra de recuperação de um Dolfim de Atracação do Terminal Marítimo de Bom Despa-cho, iniciada em abril de 2011, investimento superior a R$ 5 milhões.

• Concluída nova passarela do cais de Camamu, com investimento de R$ 82 mil. Está em ampliação o cais, com obras no valor de R$ 2 milhões.

• Com investimento de R$ 997 mil, foram recuperados os atracadouros das ilhas de Paramana, Bom Jesus dos Passos, São Tomé de Paripe e Caixa Prego (Itaparica).

• Em recuperação o Porto de Juazeiro, com recursos no valor de R$ 1,8 milhão.

• Concluídos os serviços dos píers flutuantes do Terminal Turístico da Bahia, com recursos da ordem de R$ 2,4 milhões; e do Terminal Hidroviário de São Félix de Coribe, no valor de R$ 796,9 mil.

• Para a Hidrovia do Rio São Francisco estão garantidos R$ 18 milhões de recursos do PAC para draga-gem de pontos críticos de trechos como Meleiro, Limoeiro e outros (Decreto de Situação de Emergência nº 13.273/ 2011); no Programa Nacional de Microbacias Hidrográficas para obras de dragagem, derrocamento e sinalização do corredor do rio, garantidos R$ 133 milhões.

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Balanço das Ações56

SUM

ÁRIO

Transporte AéreoA modernização da infraestrutura do transporte aéreo de passageiros contribui para o desenvolvimento

social e econômico do Estado. O Governo Estadual realizou ações para construção e ampliação destes equi-pamentos.

• Em Vitória da Conquista, foram concluídas as obras de ampliação da estação de passageiros do aero-porto. Para o novo aeroporto, foi definida a área, concluído o Plano Diretor e, em andamento, o Projeto Executivo; o Termo de Referência (TR) para os Estudos de Impacto Ambiental (EIA) foi aprovado no Conse-lho Estadual de Proteção Ambiental (Cepram) e a licença de localização foi concedida e publicada no DO em 2011. A desapropriação da área já está em andamento.

• Em Porto Seguro, as obras de melhoria e ampliação do aeroporto estão em andamento com recursos do Governo do Estado.

• Para o aeroporto de Barreiras, está em fase de conclusão o projeto final de engenharia para ampliação da pista, do serviço contra-incêndio e pátio de estacionamento. Publicado Decreto de desapropriação da área necessária.

• Foi concluída a recuperação de seis aeródromos. Outras 13 unidades estão com serviços em anda-mento.

PortosDentro do Programa Nacional de Dragagem, as obras dos portos na Bahia demandaram investimentos

em torno de R$ 100 milhões, previstos no PAC.

• Na capital baiana, o serviço de dragagem foi concluído e permitiu que a profundidade do porto fosse alterada, de oito e 12 metros para 15 metros, para a atracação de navios de maior porte.

• Em Aratu, a profundidade foi ampliada, em 2010, de 12 para 15 metros.

• Estão previstas, no porto de Salvador, com recursos do PAC 2, obras de ampliação do quebra-mar e construção de Terminal Marítimo de Passageiros, em licitação. O investimento é de R$ 136 milhões.

INFRAESTRUTURA ENERGÉTICAO Governo tem investido nos últimos cinco anos, na diversificação da matriz energética e na ampliação

da participação da energia renovável. As obras de infraestrutura energética agregam ações em gás natural, energia elétrica e em energias renováveis, como a eólica.

Gás NaturalUtilizado como combustível industrial, automotivo, comercial e residencial, o gás natural representa cerca

de 13,6% da matriz energética do Estado. Dentre as iniciativas em execução pela Bahiagás, de grande signifi-

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Governo da Bahia 57

SUM

ÁRIO

cado econômico e social, destaca-se a ampliação da malha do gasoduto, beneficiando indústrias e residências localizadas nas regiões sul e sudeste do Estado. Desde 2007, já foram investidos cerca de R$ 139 milhões no setor, a maior parte na ampliação da rede, que passou de 517 quilômetros, em 2007, para 635, até setembro de 2011. Em 2007, a Bahiagás estava presente em nove municípios. Atualmente, 19 são beneficiados via ga-soduto e Gás Natural Comprimido (GNC).

• A previsão de faturamento para 2011 é de R$ 1,38 bilhão, crescimento de 84,7% em relação a 2007. Resultado líquido previsto de R$ 141,6 milhões, representando crescimento de 105%, relativo ao mesmo período.

• O número de clientes contratados, que era de 3,3 mil, em 2007, saltou para 34,4 mil clientes em 2011.

• Acompanhando a política de desconcentração do desenvolvimento econômico do Estado, a Bahiagás iniciou, em 2011, a distribuição do Gás Natural para o sul e extremo-sul.

• Atualmente, o Hospital Geral do Estado e o Hospital Geral de Camaçari funcionam com o combustível, viabilizando uma economia de recursos de 81,53% e 40% respectivamente. A empresa se prepara para atender à demanda hoteleira e busca difundir o uso do gás nos equipamentos que serão construídos para a Copa de 2014.

• A Bahiagás é considerada a primeira empresa em crescimento sustentável e a segunda melhor do País entre as do setor de Petróleo e Gás, pelo Jornal Valor Econômi-co, no anuário Valor 1000 em 2011.

Energia EólicaA Bahia desponta como pioneira no cenário da energia

eólica no Brasil, considerada fundamental para a redução da dependência do petróleo pelas economias industrializa-das. Os investimentos na diversificação da matriz energéti-ca no Estado pelo Governo têm atraído empresas do setor. Desde 2009, já foram realizados três leilões nacionais de Projetos Exploratórios de Energia Eólica, com 52 projetos aprovados.

• Assinados protocolos de intenção para disponibilizar infraestrutura para a implantação dos empreendimentos, que irão gerar um total de 1.475,4MW, sendo 456MW em Caetité, 90MW em Brotas de Macaúbas, 48MW em So-bradinho, 86,4MW em Sento Sé, 180MW em Casa Nova, 150MW em Morro do Chapéu, 132MW em Guanambi, 19,5MW em Igaporã e 51,1MW em Pindaí, dentre outros.

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Balanço das Ações58

SUM

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• Instalado, em 2011, o primeiro parque eólico da Bahia, em Brotas de Macaúbas, na Chapada Diamanti-na, com 57 cata-ventos gigantes. A estrutura principal já está montada, estando em andamento a conclusão da subestação.

• Início, em fevereiro de 2011, das obras de 14 parques eólicos na região de Guanambi, no sudoeste baiano. A pedra fundamental do projeto foi lançada na BA-936, rodovia de acesso ao distrito de Morrinhos, no interior do município.

Energia Termelétrica• Com recursos do PAC, foram concluídas pelo Governo Federal quatro usinas termelétricas a óleo, com

investimentos superiores a R$ 900 milhões. As unidades são Camaçari Muricy I, Camaçari Polo de Apoio I, Global I e Global II.

Energia Elétrica• Investidos R$ 3,2 milhões no projeto de expansão de infraestrutura de energia elétrica no oeste baiano,

cuja execução é de responsabilidade da concessionária de energia do Estado.

• Foram eletrificados 9,3 mil domicílios nas zonas urbana e rural, beneficiando 46,5 mil habitantes. Está em andamento a eletrificação de 68 domicílios, para beneficiar 340 habitantes. O investimento total é de R$ 34,2 milhões.

• Com investimento de R$ 29,9 milhões, 146 municípios foram contemplados com iluminação pública. Já foram concluídas 458 obras e mais 71 estão em execução, com conclusão prevista até março de 2012.

• Foram realizadas 16 obras para eletrificação de galpões do Programa Indústria Cidadã, em 11 municí-pios, com investimento de R$ 311 mil.

COMUNICAÇÃOPor meio de incentivos do Governo Estadual, as sedes dos 417 municípios da Bahia contam com 100%

de cobertura em serviço móvel de telefonia pessoal. Em 2007, eram apenas 209.

A articulação entre o Governo do Estado e Governo Federal possibilitou a implantação do serviço deno-minado Roaming Intermunicipal, que permite ao usuário da telefonia móvel o uso em locais onde não tenha cobertura do sinal da sua operadora. Atualmente, 115 municípios já contam com o serviço prestado por duas operadoras. No total, serão beneficiados 231 municípios, com população abaixo de 30 mil habitantes.

Com investimento de R$ 13 milhões, para a retransmissão de sinal da TV Educativa, foram implantadas 115 novas estações e reativadas outras 55. Assim, todos os 417 municípios passaram a ter cobertura, além de 27 grandes povoados, beneficiando 700 mil habitantes. Das 417 sedes, 382 possuem torres instaladas e 35 recebem o sinal de municípios vizinhos.

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Governo da Bahia 59

SUM

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Agropecuária

M oderno, eficiente e competitivo, o agronegócio baiano se consolidou, nos últimos anos, como uma atividade próspera e rentável. Com recordes sucessivos na produção de grãos, esse novo dinamismo fez com que o setor ampliasse seu espaço na riqueza produzida no Estado, além de

contribuir para a geração de postos de trabalho. Atualmente, a atividade é responsável por 24% do Produto Interno Bruto (PIB) e 42% das exportações baianas.

A pujança do setor pode ser verificada ainda no recorde da safra de grãos, com destaque para soja, milho

e algodão. Em 2011, foram produzidas 7,74 milhões de toneladas, superando a safra do ano anterior em 12,87%. O resultado deste crescimento é que as exportações procedentes da atividade somaram U$ 3,9 bilhões, de janeiro a outubro de 2011, contra U$ 3,2 bilhões no mesmo período de 2010, o que significa uma variação positiva de 22,7%. Entre 2007 e 2011, o setor garantiu U$ 16,4 bilhões em exportações.

O bom desempenho das exportações não pode ser atribuído

apenas à vocação agropecuária da Bahia. A modernização da ativi-dade rural e a adoção de programas de sanidade animal e vegetal vêm garantindo a produção de alimentos saudáveis e a imunidade de seu rebanho. Além de a Bahia ser Zona Livre de Febre Aftosa há mais de 14 anos, o Governo Federal decretou, em 2010, o fim da Zona Tampão, que penalizava oito municípios da região Norte do Estado.

Da mesma forma que o Brasil desenha seu desenvolvimento na perspectiva de se tornar importante celei-

ro da produção mundial de alimentos, fibras e bioenergia, a administração estadual, por meio desse conjunto de ações, apoia e incentiva o desenvolvimento da agropecuária para que o setor dê importante contribuição para transformar a Bahia num Estado forte, mobilizado na construção do seu futuro em convergência com outras unidades federativas brasileiras.

APOIO AO AGRONEGÓCIOEm resposta ao somatório de esforços do Governo Estadual e iniciativa privada, em cinco anos, a Bahia

atraiu R$ 14,1 bilhões para empreendimentos em diversas áreas como bioenergia, pecuária, alimentos e be-bidas. Destaque ainda para o recorde na produção de grãos e frutas, aumento do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) e das exportações.

• O VBP estadual teve crescimento de 50,2%, passando de R$ 15,1 bilhões, em 2007, para R$ 22,7, em

2011. O aumento foi de 22,3% em comparação a 2010.

a Bahia atraiu R$ 14,1 bilhões para empreendimentos em

diversas áreas

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Balanço das Ações60

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ÁRIO

• A produção vegetal foi de R$ 15,8 bilhões, uma evolução superior em 24,7% em relação ao ano ante-rior, enquanto na pecuária o resultado alcançou R$ 6,9 bilhões, superando em 17% o resultado obtido em 2010.

• Um total de US$ 16,4 bilhões foram exportados pelo agronegócio, entre 2007 e outubro de 2011.• Com relação à produção de frutas na Bahia, foram 5,2 milhões de toneladas em 2011, um crescimento

de 5,1%, comparando-se com a safra de 2010. Entre 2007 e outubro de 2011, foram produzidas 25,1 mi-lhões de toneladas de frutas no Estado.

• Crescimento médio anual de 8,53% da produção de grãos:

• Produção recorde de algodão, com 1,6 milhão de toneladas. O incremento foi de 58,5% em relação ao ano de 2010. A produtividade alcançou 3.797kg/ha, a maior já registrada na série histórica. A Bahia é a segunda maior produtora nacional de algodão e a primeira em qualidade da fibra.

• As contratações de crédito rural totalizaram R$ 11,7 bilhões entre 2007 e outubro de 2011, por meio de instituições financeiras participantes do crédito rural.

• Comercializadas 6.037 máquinas e equipamentos agrícolas entre 2007 e 2011.

• Implantadas 24 câmaras e sub-câmaras setoriais das principais cadeias produtivas da agropecuária.

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Governo da Bahia 61

SUM

ÁRIO

DEFESA AGROPECUÁRIA A Bahia segue uma trajetória crescente rumo à excelência de seu serviço de Defesa Agropecuária. São

marcos do ano de 2011 a implantação da Zona de Proteção, a crescente cobertura vacinal do rebanho e a mudança de estratégia de vacinação contra a Febre Aftosa no Estado, onde apenas os bovinos e bubalinos com idade de até 24 meses passam a ser vacinados na segunda etapa da campanha. Isso significa uma redução direta de R$ 10,5 milhões nos custos de produção da pecuária somente no primeiro ano.

A implantação da Zona de Proteção garantiu a segurança dessa

área contra qualquer risco de reintrodução do vírus da febre afto-sa, por meio de ações diferenciadas de vigilância epidemiológica. Com a medida, reconhecida em maio de 2011 pela Organização Mundial de Sanidade Animal, o governo assegurou o ingresso de 9,2 mil criadores, com um rebanho aproximado de 255 mil cabe-ças, na cadeia produtiva da pecuária baiana. Isso possibilitou a ex-tinção da Zona Tampão, que restringia o comércio e a movimen-tação de animais e produtos dos municípios atingidos para toda a área livre de aftosa do País.

• A manutenção da Área Livre da Febre Aftosa tem permitido

à Bahia estar sem registro da enfermidade há mais de 14 anos. Em 2011, a cobertura vacinal da primeira etapa alcançou 98%, maior cobertura desde a implantação do Programa;

• Firmado convênio plurianual 2011-2015 com o Governo Federal no valor de R$ 25,7 milhões para aten-der ao Programa de Erradicação da Febre Aftosa e demais programas de defesa sanitária animal.

• A Bahia conquistou o mais alto nível na Avaliação dos Programas Estaduais de Controle da Raiva dos Herbívoros do Brasil. Apenas três estados do Brasil possuem a certificação - A.

• Editada, em 2011, Lei Estadual 12.215, que regula a obrigatoriedade de inspeção e fiscalização dos pro-dutos de origem animal, sob a chancela do serviço de inspeção estadual no Estado da Bahia, e destinado ao consumo.

• Incremento de 68%, em relação a 2007, do número de animais abatidos sob inspeção estadual.

• Implantados polos regionais de abate com 30 matadouros frigoríficos sob inspeção, sendo 22 com inspe-ção estadual e oito com inspeção federal.

• Certificação voluntária de propriedades livres e monitoradas para brucelose e tuberculose.

• Implantada a Adab Digital em 205 municípios com a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) eletrônica.

extinção da Zona Tampão, que

restringia o comércio e a movimentação de animais e produtos

dos municípios atingidos para toda

a área livre de aftosa do País

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Balanço das Ações62

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ÁRIO

• Realizado cadastros de criadores, com população bovina de 10,7 milhões de cabeças, além de 23,9 mil bubalinos, 744,1 mil caprinos e 974 mil ovinos.

• Implantada nova tecnologia para Emissão da Permissão de Trânsito Interno de Vegetal (PTIV) para ge-renciamento e controle fitossanitário dos produtos dentro do Estado.

• A Bahia foi o terceiro Estado brasileiro a aderir ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Ori-gem Animal (Sisbi), permitindo o comércio interestadual.

• Fiscalizado o trânsito de produtos agropecuários, com apreensão de 269 toneladas de vegetais e 409 toneladas de produtos clandestinos de origem animal.

• Realizado controle biológico da mosca-das-frutas do Vale do São Francisco e Vale do Rio Brumado, beneficiando 2,3 mil agricultores familiares nas exportações de manga.

• Reduzida a incidência da ferrugem e aplicação de agrotóxicos na cultura da soja, totalizando produção de 3,6 milhões de toneladas na safra 2010/2011.

• Adquiridos 154 veículos e 95 motocicletas para modernização da frota.

• A Bahia é considerada área livre de Greening, Pinta Negra, Cancro Cítrico e Mosca Negra (pragas dos Citros), além de reconhecida como livre da Sigatoka Negra (praga da banana), beneficiando cerca de 426 mil produtores e facilitando a comercialização interestadual.

PAC DO CACAU Construído em parceria com o Governo Federal, o Plano de Aceleração do Desenvolvimento e Diversifi-

cação Agrícola da Região Cacaueira prevê, entre outras ações, a renegociação das dívidas dos produtores, a implementação de novos projetos para a diversificação agrícola no sul e extremo sul baianos.

• Lançado Plano de Desenvolvimento e Diversificação Agrícola na Região Cacaueira da Bahia, que prevê

investimentos da ordem de R$ 2,5 bilhões, em oito anos, beneficiando 35 mil agricultores.

• Editada Lei Federal 11.755/08, com incentivos à regularização e equacionamento das dívidas originárias das operações de crédito rural.

• Realizadas operações de renegociação das dívidas dos cacauicultores, regularizando 4,6 mil contratos, representando renegociações de R$ 154 milhões.

• Aprovada Medida Provisória 472, convertida em Lei 12.249/2010, que permitiu a suspensão, até 30 de novembro de 2010, das execuções fiscais relativas aos produtores de cacau inscritos na Dívida Ativa da União. De duas mil operações de crédito com valores até R$ 10 mil, foram quitadas 990 operações, totali-zando R$ 1,8 milhão.

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• A Resolução nº 3.919, emitida pelo Banco Central em outubro de 2010, autorizou novos prazos para o pagamento de dívidas das parcelas de juros não inscritas em Dívida Ativa da União, com vencimentos em 2009 e 2010, concedendo descontos de até 60%.

• Capacitados em assistência técnica 297 técnicos e 2,5 mil produtores de cacau.

• Aprovado projeto de pesquisa com vassoura-de-bruxa no valor de R$ 6 milhões na Financiadora de Es-tudos e Pesquisas (Finep).

• Criado Comitê Técnico de Prevenção à Monilíase do Cacaueiro, com objetivo de coordenar as ações de prevenção no Estado.

• Recuperados 13,4 mil hectares de áreas decadentes e implantados 746 hectares de novas áreas de cacau.

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Governo da Bahia 65

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ÁRIO

Indústria, Comércio, Serviços e Mineração

A o promover a descentralização industrial e estimular o crescimento econômico, atuando na mo-dernização, ampliação e fortalecimento das cadeias produtivas existentes, o Governo da Bahia vem atraindo, de forma crescente, novos investimentos privados para o Estado, colocando-o em

posição de destaque no cenário nacional.

Mais de 50 mil novos empregos em diferentes segmentos foram gerados em mais de 400 novas empresas. Projetos de crescimento são realizados no Polo Industrial de Camaçari (PIC). A implantação do primeiro complexo de ácido acrílico da América Latina consolida a terceira geração petroquímica no Estado. O polo automotivo também é ampliado, com a implantação da fábrica chinesa JAC Motors. A cadeia produtiva da indústria de energia eólica se desenvolve na Bahia com a organização de um parque industrial voltado para a produção de equipamentos de energia eólica no PIC.

O novo ciclo de desenvolvimento sustentável reflete-se também na descentralização da atividade eco-nômica, permitindo que novos investimentos fossem levados ao interior. O setor calçadista, de grande re-levância para a interiorização do desenvolvimento, é responsável pela geração de cerca de 30 mil postos de trabalho em todo o Estado.

Estratégica, a cadeia produtiva da mineração é um grande vetor de interiorização da economia e geradora de empregos. Quinto maior produtor brasileiro de bens minerais, no acumulado de janeiro a novembro de 2011, a produção comercializada alcançou R$ 2 bilhões, aproximadamente 28% maior do que 2010.

A mineração ao lado da indústria foi responsável pelo expressivo resultado do comércio exterior da Bahia. Entre janeiro e novembro de 2011, as vendas externas chegaram a US$ 10 bilhões. O volume representou um crescimento de 24,6% em relação ao ano passado, fazendo com que o Estado respondesse por 59,8% das exportações do Nordeste.

NOVOS INVESTIMENTOSPara fomentar o desenvolvimento econômico, com projetos estruturantes para solidificar as cadeias pro-

dutivas e fortalecer a economia da Bahia, o Governo estimulou a vinda de novos investimentos privados para o Estado. Em cinco anos, 337 empresas se instalaram e 85 foram ampliadas em 67 municípios. Nesse perío-do, foram investidos cerca de R$ 11,9 bilhões, gerando 50,5 mil novos empregos em diferentes segmentos, incluindo indústria, serviço e comércio, confirmando a credibilidade oferecida pela administração estadual ao empreendedor.

Outras 308 empresas se encontram em implantação e mais 71 estão sendo ampliadas, com previsão de finalização até 2013, distribuídas em 73 municípios dentro de 23 Territórios de Identidade baianos. Ao todo, estes empreendimentos somam cerca de R$ 46,1 bilhões e a expectativa é de gerar 59,2 mil novos empregos. Delas, 95 já estão em obras civis. As áreas de destaque são mineração, energia e petróleo e biocombustível.

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Balanço das Ações66

SUM

ÁRIO O Governo colocou em seu programa de Estado, e está cumprindo de forma crescente, o estímulo à im-

plantação de empresas nas regiões fora da Região Metropolitana de Salvador (RMS). A política de descentra-lização criou condições de sustentabilidade nas regiões de todo o Estado, dando segurança ao investidor. Dos investimentos realizados entre 2007 e 2011, 49% foram na RMS e 51% no interior. Dos novos empregos gerados no período, 67% se concentraram no interior.

Foram assinados 792 protocolos de intenções de empresas em 114 municípios, com expectativa de gerar mais de 122 mil empregos. 84% confirmaram investimento no Estado.

• Em outubro, a Bahia ganhou duas novas produtoras de etanol, tornando o extremo sul o maior polo sucroalcooleiro do Estado. A União Industrial Açucareira - Unial e a Ibirálcool, em Lajedão e Ibirapuã, res-pectivamente, vão produzir juntas 108 milhões de litros/ano de etanol anidro.

• Uma nova planta da Unigel foi inaugurada em Candeias, na RMS. O investimento de R$ 45 milhões tem capacidade para compactação de 100 mil toneladas/ano de sulfato de amônio, para a produção de fertilizan-tes utilizados em larga escala no agronegócio, principalmente, do oeste da Bahia.

• Em novembro de 2011, foi assinado o protocolo de intenção com a fábrica chinesa JAC Motors. No

projeto da nova planta automotiva, em Camaçari, a montadora planeja investir R$ 900 milhões e gerar 3,5 mil empregos diretos e mais 10 mil indiretos, para produzir 100 mil carros por ano na Bahia.

• A Termoverde Salvador, inaugurada em março de 2011, transforma os gases gerados pelo lixo domésti-co produzido na capital baiana, Lauro de Freitas e Simões Filho em energia elétrica. A primeira termelétrica a biogás de aterro do Nordeste e terceira do País, está transformando 2,5 mil toneladas diárias de resíduos em energia renovável. Foram investidos na implantação R$ 50 milhões.

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Governo da Bahia 67

SUM

ÁRIO

• O primeiro complexo de ácido acrílico da América Latina começou a ser construído pela Basf em Camaçari, em 2011. O investimento, superior a R$ 1,2 bilhão, é o maior aporte da Basf em seus 100 anos na América do Sul. Reduzindo importações em US$ 200 milhões e aumentando exportações em US$ 100 milhões, deve-se elevar em US$ 300 milhões a balança comercial do Brasil, por ano.

• Em novembro de 2011, entrou em operação a fábrica da Alstom. Com investimentos de R$ 50 milhões, para fabricar e montar nacelles, gerando 150 empregos diretos e 500 indiretos até 2012.

• A Gamesa iniciou a produção de turbinas eólicas no Polo Industrial de Camaçari em julho de 2011, com investimento inicial de R$ 50 milhões. A unidade baiana vai produzir, nesta primeira etapa, nacelles com ca-pacidade para 300 MW/ano, um total de 150 unidades/ano.

• A Bahia ganhará uma fábrica de torres gigantes para os aerogeradores, com a instalação da Torres Eó-licas do Brasil (Torrebrás) em Camaçari. Com capacidade de produção de 500 toneladas por ano, o investi-mento será de R$ 21 milhões com geração de 235 empregos diretos na fase inicial.

• A Peroxy Bahia, fábrica de peróxido de hidrogênio popularmente conhecido como água oxigenada, foi inaugurada em dezembro de 2011 no Polo de Camaçari. Responsável pela geração de 60 empregos diretos e 90 indiretos irá produzir importante matéria-prima para as indústrias têxteis, de celulose, farmacêutica, mineração e de tratamento de efluentes.

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Balanço das Ações68

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INCENTIVO E DINAMIZAÇÃONos últimos cinco anos, o Governo atuou na expansão, modernização e interiorização do setor industrial,

na dinamização contínua do comércio e no desenvolvimento da mineração. Tudo isso, dentro de parâmetros que privilegiaram a valorização dos ativos ambientais, a eficiência energética, o consumo consciente, a me-lhoria de vida da população e a justiça social, dentro de uma visão sustentável.

Para fortalecer o desenvolvimento da indústria, do comércio e da mineração, foi reativado o Conselho de Desenvolvimento Industrial e Comercial, responsável pela formulação de políticas públicas e mobilização de agentes. Em agosto de 2011, foi criada a Comissão Técnica de Garantia Ambiental (CTGA) para reduzir a demanda de licenciamento ambiental referente à implantação e ampliação de indústrias.

• Dentro da política de atração de investimentos, a concessão de incentivos fiscais e financeiros, por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica (Desenvolve) e do Programa de Pro-moção do Desenvolvimento da Bahia (Probahia), contribuiu para dinamizar e consolidar a cadeia produtiva. Foram aprovadas 689 resoluções no Desenvolve e 139 no Probahia.

• Incentivo à produção de biodiesel, álcool etílico hidratado e anidro combustível, com redução da base de cálculo por meio do Decreto 10.936, de 2008.

• Aquisição de óleo combustível para usinas termelétricas.

• Redução da alíquota do ICMS nas operações internas da nafta, de 17% para 12%, e de importação do produto, de 6,8% para 5,8%, por meio do decreto 11.059, de 2008, que também reduziu a carga tributária do ICMS dos demais produtos petroquímicos, de 17% para 12%.

• A Desenbahia aprovou operações de crédito no valor de R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 325 milhões para micro, pequenas e médias empresas.

• Para atração de empreendimentos, foram cedidas Cartas de Opção de 13,2 milhões de metros quadra-dos para 257 novos empreendimentos, cujos investimentos previstos são de R$ 4,4 bilhões.

• O novo ciclo de desenvolvimento sustentável que atuou na consolidação do parque produtivo da RMS garantiu o fortalecimento do Polo Petroquímico de Camaçari. Por isso, o Governo investiu R$ 14,6 milhões na melhoria de infraestrutura das vias internas, acessos e serviços de manutenção do PIC e CIA.

DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIALA administração estadual estimula o surgimento de novos vetores de desenvolvimento regional, contem-

plando o tripé econômico, social e ambiental.

Indústria NavalCom base na visão inovadora de um governo comprometido com a descentralização dos investimentos,

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Governo da Bahia 69

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as ações para o desenvolvimento da infraestrutura portuária e da indústria naval representam uma alternativa econômica para a Bahia.

Com o Decreto 11.015/08, que aprovou o regulamento do Programa Estadual de Incentivos à Indústria de Construção Naval (Pronaval), e com a adesão ao Regime Aduaneiro de Exportação e Importação de Bens Destinados às Atividades de Pesquisa e Lavras das Jazidas de Petróleo e de Gás Natural (Repetro), o Estado vem promovendo o desenvolvimento deste segmento.

A Bahia está em vias de receber um dos maiores parques navais do País. O Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP) será instalado no município de Maragojipe, nas margens do Rio Paraguaçu, e será responsável pela reforma e construção de navios e plataformas de petróleo. Em fase de implantação, já está com a licença ambiental.

• Concluído o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para apoio à implantação do Estaleiro no atendimento à condicio-nante do Ibama.

Setor CalçadistaA indústria calçadista da Bahia está em plena expansão, com 47 empresas de fabricação de calçados, que

geram em torno de 30 mil postos de trabalho, e 22 empresas de fabricação de componentes para calçados, com 1,8 mil postos de trabalho. Visando fomentar o desenvolvimento industrial do setor, através da dispo-nibilização da infraestrutura necessária à implantação e/ou ampliação de empresas deste segmento, foram concluídas as obras de construção e/ou ampliação de galpões em Jequié, Teixeira de Freitas, Ruy Barbosa e Alagoinhas. O investimento para execução destas obras foi de aproximadamente R$ 5,8 milhões.

MineraçãoA política adotada pelo Governo da Bahia volta-se para a expansão da mineração, mediante ações que

objetivam a descoberta de novas jazidas e depósitos, o diagnóstico da potencialidade mineral do Estado, estudos de economia mineral e desempenho do setor, desenvolvimento tecnológico e a implantação de in-fraestrutura viária e energética, que viabilizem empreendimentos privados no setor.

A Bahia é o quinto produtor brasileiro de bens minerais, representando 2,7% da produção mineral brasi-leira. O Estado figura como o principal alvo de requerimentos de pesquisa no País. Entre janeiro e novembro deste ano, foram registrados 4,4 mil requerimentos para diversos minerais, com destaque para ferro, níquel, manganês, granito, areia, calcário e cobre.

Em 2011, o Estado, que possui 54% de seu território com levantamentos aerogeofísicos realizados, registrou a exploração de 44 bens minerais em 138 municípios, com destaque para a liderança nacional na extração de urânio, cromo, salgema, magnesita e talco. Também é representativa a produção de níquel, co-bre, ouro, rochas ornamentais, minerais para a construção civil (areia, brita, caulim e argila), além de grafita, fosfato, bentonita e água mineral.

A Bahia é o quinto produtor brasileiro de

bens minerais

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Balanço das Ações70

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A Bahia possui mais de 350 mineradoras, que geram um volume de empregos de quase 13 mil postos, dos quais 11,4 mil estão no interior, especialmente na região do semiárido, onde a oferta de emprego é mais escassa e mais de 1,5 mil empregos na Região Metropolitana de Salvador.

Segundo os dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), com base na arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), em 2010 a Produção Mineral Baiana Comer-cializada (PMBC) atingiu R$ 1,7 bilhão, sendo responsável por 1,4% do PIB baiano. No acumulado de janeiro a novembro de 2011, a PMBC já alcançou R$ 2 bilhões, apresentando crescimento de aproximadamente 28% em relação a igual período de 2010.

• Entre janeiro de 2007 e novembro de 2011, foram investidos R$ 70,1 milhões em infraestrutura viária e energética para empreendimentos em mineração no Estado.

• Foram realizadas, por meio da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, 50 licitações para a exploração mineral entre janeiro de 2007 e novembro de 2011. Destas, 27 têm processos concluídos. O número de oportunidades lançadas é superior ao que foi feito em 30 anos.

• Com capacidade instalada de 200 mil toneladas por ano e investimento de R$ 17 milhões, a Knauff do Brasil está na fase experimental de exploração da gipsita, em Camamu, na primeira mina subterrânea do País.

• A Mirabela Mineração, que beneficia o níquel extraído no município de Itagibá realizou investimento de R$ 765 milhões. Com capacidade instalada de 150 mil toneladas por ano, o minério já se posicionou como o primeiro bem mineral de maior valor na Bahia, com aumento de 30% na produção brasileira de níquel.

• A Bahia se tornou a segunda maior produtora do minério no País com o início da exploração de bento-nita pela Companhia Brasileira de Bentonita, em Vitória da Conquista. Com investimento de R$ 30 milhões, a empresa tem capacidade para 84 mil toneladas anuais.

COMÉRCIO E SERVIÇOSO setor terciário é o segmento da economia que mais tem crescido nas últimas décadas. Responsável por

quase 62,4% do Produto Interno Bruto baiano em 2010 (SEI) é o setor que mais contrata trabalhadores e agrega o maior número de empresas. Mantendo como referência os números recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD 2009 (IBGE), este setor representa 43% da ocupação, sendo que na Região Metropolitana de Salvador (RMS) nota-se uma participação ainda mais expressiva, com mais de 75% da ocupação.

O comércio varejista e atacadista representa 7,5% do PIB e congrega atividades e empresas dos mais diferentes matizes. Muitas de suas demandas são transversais, aglutinando interesses comuns tais como tri-butos, capacitação de mão de obra e acesso a mercados dentre outros. Nesse contexto, o Governo Estadual tem um papel estratégico no desenvolvimento e execução de programas e projetos com o foco no fortale-cimento da capacidade de gestão, na cultura de cooperação entre empresas, setores econômicos e agentes de desenvolvimento.

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Balanço das Ações72

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Entendendo a necessidade de um olhar específico para este setor foram constituídas duas câmaras seto-riais no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Industrial e Comercial: a Atacadista, de Supermercados e Indústria de Alimentos; e a de Comércio e Serviços, onde destacam-se as discussões sobre a implantação do sistema de escrituração digital – SPED Fiscal.

A expansão do setor varejista tem-se mantido a taxas elevadas, mesmo em momentos de crise. A política de inclusão sócio-produtiva, com incremento do poder de compra dos cidadãos aliado a uma estabilidade econômica com controle da inflação, tem sido o principal motivador do bom desempenho do setor. Em 2010, a expansão foi de 10,3%. O ano de 2011 iniciou com as vendas do comércio baiano aquecidas, com variações positivas nos meses de março e setembro.

Destacam-se as ações promocionais em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas: “Liquida Salvador” e “Liquida Feira”, que além de campanhas de consumo em períodos de baixa demanda, promovem a qualifi-cação empresarial e a capacitação de jovens para o primeiro emprego.

Em 2011, de acordo com a SEI, o setor de serviços na Bahia teve uma taxa de crescimento médio de 4,6%. De forma geral, a participação dos serviços no mercado cresce na esteira do próprio desenvolvimento da economia. Todas as ações realizadas no âmbito da educação, segurança, infraestrutura, cultura e saúde influenciam positivamente o crescimento do setor.

Entre junho de 2007 e outubro de 2011, a arrecadação de ICMS das Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), por meio do Simples Nacional, alcançou R$ 2,2 bilhões, sendo: R$ 2,02 bilhões (Co-mércio), R$ 175 milhões (Indústria) e R$ 59 milhões (Serviços).

• O Fórum Regional Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Estado da Bahia, responsável por criar políticas públicas específicas para o setor, realizou 56 encontros com líderes de 35 ins-tituições empresariais representativas dos setores de comércio e serviços.

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• Por meio do SAC Empresarial, entre janeiro de 2007 e novembro de 2011, foram atendidos 612,7 mil usuários, com a legalização de 10,8 mil empresas e 26 mil alterações e baixas de Empresas e Empreendedo-res Individuais. Também foram realizados mais de 575 mil atendimentos através das instituições parceiras.

• 304 municípios baianos regulamentaram a Lei Complementar 123/2006 – Lei Geral da Micro e Pe-quena Empresa.

• Desde março de 2010, 142 mil cidadãos foram formalizados como Empreendedores Individuais, colo-cando a Bahia em 4º lugar no ranking nacional.

• Incentivadas pelo Decreto 12.678/2011, as MPE ampliaram a sua participação nas Compras Públicas Estaduais de 16,5%, em 2010, para 25% em 2011.

• Expansão de 27 para 33 Juntas Comerciais, em parceria com as Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs) e Associações Comerciais. Os municípios de Macaúbas e Euclides da Cunha foram os beneficiados em 2011. Feira de Santana foi o primeiro município baiano a integrar a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), sistema criado para agilizar os procedimentos de inscri-ção, fechamento, alteração e legalização de empresas.

COMÉRCIO EXTERIORA indústria e mineração incentivam as exportações baianas. O resultado expressivo no comércio exterior

foi beneficiado pelo bom desempenho das commodities agrícolas e minerais como soja, algodão, minério de níquel, ouro e metais preciosos e reforçadas pelo crescimento da venda de alguns produtos industrializados, como automóveis e pneus. De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia (SEI), as vendas externas alcançaram, entre janeiro e novembro de 2011, US$ 10 bilhões. O volume representa um crescimento de 24,6% em relação ao ano passado. O Estado responde, no período, com 59,8% das expor-tações do nordeste e 4,3% do total nacional.

Além do fator preço – até novembro a valorização média dos produtos exportados pelo Estado foi de 22,1% - o interesse da China por matérias-primas e o crescimento econômico da América Latina, princi-palmente Argentina, Colômbia, Chile e Uruguai e suas crescentes demandas por manufaturados brasileiros explicam o forte desempenho.

Com os resultados de novembro a corrente de comércio externo da Bahia atingiu, neste ano, US$ 17,3 bilhões, gerando um superávit de US$ 2,9 bilhões, o que supera em 51,3% o saldo obtido no mesmo período do ano passado.

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Ciência, Tecnologia e Inovação

O s novos rumos da Ciência, Tecnologia e Inovação na Bahia estão sendo guiados com foco na melhoria da qualidade de vida dos baianos. Isso porque o Governo Estadual entende que os investimentos em CT&I são instrumentos estratégicos para o desenvolvimento socioeconô-

mico, geração de emprego e renda, desenvolvimento do empreendedorismo e da competitividade do setor produtivo. Com iniciativas de caráter transversal, as ações neste setor buscam reforçar o sistema que integra o poder público com iniciativa privada, academia e a sociedade civil organizada.

Para fortalecer a capacidade de pesquisa e desenvolvimento aplicado das instituições de ensino e pesquisa e promover o em-presariado inovador, encontra-se em implantação o Parque Tec-nológico da Bahia, em Salvador. Primeiro empreendimento deste porte no Estado, o parque abrigará as principais instituições de suporte e fomento à inovação, tornando-se um ambiente propício à difusão de inovações científicas e tecnológicas, com geração de novos empregos de alto valor agregado. Até o momento, foram concluídas as obras de infraestrutura e aberta a Chamada Pública para instalação de empresas de base tecnológica.

Em cinco anos, o apoio à pesquisa e inovação ganhou impulso. O Programa Estadual de Incentivos à Inovação Tecnológica (Inovatec) apoiou 12 projetos de inovação de empresas, executados com recursos de R$ 18,5 milhões. Já a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) investiu R$ 270 milhões por meio de 97 editais de fomento, concedeu mais de 17 mil bolsas a estudantes e pesquisadores e apoiou mais de 2,8 mil projetos que contribuem para o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado.

Em 2011, 250 estudantes do semiárido foram formados no Centro de Educação Científica de Serrinha, primeira unidade de formação científica no Estado e a terceira do País. Além disso, todos os 417 municípios atualmente dispõem de Centros Digitais de Cidadania (CDCs), que registraram mais de 30 milhões de acesso desde 2005, e três cidades contam com Centros Vocacionais Tecnológicos Territoriais (CVTT), especializados em mecânica automotiva, mandiocultura e movelaria e design.

PARQUE TECNOLÓGICO DA BAHIAO Parque Tecnológico é uma realidade para a Bahia. A primeira fase da infraestrutura pública, com via de

acesso, redes elétricas, sistema de água e esgoto, bem como pavimentação, já está concluída, assim como a infraestrutura do Tecnocentro, edifício central do parque, que abrigará empresas de base tecnológica, centros de pesquisa, incubadoras de empresas e serviços de suporte. O objetivo é que o empreendimento atue como um promotor da cultura da inovação, da competitividade, do aumento da capacitação empresarial fundamentado na transferência de conhecimento e tecnologia.

Em 2011, 250 estudantes do

semiárido foram formados no Centro

de Educação Científica de Serrinha

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Balanço das Ações76

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•Como resultado das estratégias executadas do programa de Atração de Empresas, 24 empresas e ins-tituições de pesquisa e desenvolvimento públicas e privadas manifestaram interesse de instalação no Parque Tecnológico da Bahia.

• Os incentivos ao setor incluem redução da alíquota do ISS de 5% para 2% na prestação de serviço pela empresa, a isenção do ITIV e IPTU, redução de até 90% da base de cálculo do ICMS nos serviços de telecomu-nicações, o diferimento do ICMS na aquisição de equipamentos importados.

• Publicada em dezembro de 2011 a Chamada Pública para instalação de Empresas de Base Tecnológica.

• Plano de Desenvolvimento do Parque está em conclusão, previsão Jan/2012.

ESCOLA DE EDUCAÇÃO CIENTÍFICA DE SERRINHACom a finalidade de promover a inclusão social de crianças e adolescentes da rede de ensino público

da região do semiárido baiano, uma das mais pobres do Estado, o Governo inaugurou em 2010, a primeira unidade de formação científica da Bahia e terceira do País. No Centro de Educação Científica de Serrinha, idealizado pelo neurocientista Miguel Nicolelis e concebido nos moldes do Instituto Internacional de Neuro-ciências de Natal Edmond e Lily Safra, os estudantes participam, durante dois anos, de oficinas em diversas áreas da ciência moderna.

Desde a inauguração, os estudantes do ensino fundamental estão produzindo robôs, desenhos animados e aprendendo a observar o meio ambiente pelas lentes de modernos microscópios. Em 2011, os 250 primeiros

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alunos encerram seu ciclo de participação nas quatro oficinas da escola, dando oportunidade para mais crian-ças e jovens da rede pública.

Para a implantação do Centro, também chamado de Escola de Ciências de Serrinha, o Governo Estadual cedeu o prédio e destinou R$ 5 milhões para a implantação integral do projeto e sua operacionalização até a unidade se tornar autossustentável. Primeiro projeto do gênero a ser executado na Bahia.

PROGRAMA DE INCLUSÃO SOCIODIGITAL – PISD

Mais do que inclusão digital, possibilitando à população baiana o acesso à Internet de forma gratuita, o Programa de Inclusão Sociodigital (PSID) do Governo do Estado tem como objetivo a inclusão social desses cidadãos, abrindo novos horizontes aos usuários e possibilitando o desenvolvimento humano e social nas mais distintas áreas. Entre 2005 e 2011, o programa registrou mais de 30 milhões de acessos realizados nos centros Digitais de Cidadania (CDCs).

• Todos os 417 municípios baianos atualmente dispõem de Centros Digitais de Cidadania (CDCs). Dos 615 em funcionamento, 520 foram implantados entre 2007 e 2011. Está prevista a implantação de 30 centros rurais até 2012.

• Em 2011, 55 centros receberam equipamentos e mobiliário.

• Com vista a promover a disseminação dos princípios fundamentais do Programa de Inclusão Sociodigital

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Balanço das Ações78

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foram capacitados, no período de 2004 a 2011, mais de 7,9 mil pessoas, entre gestores e monitores nos eixos de aprendizagem: inicial, continuada e a distância.

• O projeto conquistou o prêmio A Rede 2010, na categoria Capacitação da Modalidade Setor Público.

APOIO À PESQUISA, INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E EVENTOSA Bahia criou, em 2007, o Programa Estadual de Incentivos à Inovação Tecnológica (Inovatec), que conta

com um fundo anual de R$ 15 milhões para a aquisição de máquinas, equipamentos e instrumentos que potencializem a produção científica e tecnológica no Estado. Desta forma, centros de pesquisa e empresas montam a infraestrutura necessária para promover o surgimento de produtos e processos que contribuam para a geração de emprego e renda. O programa é financiado com os recursos do Fundo de Investimentos Econômico e Social.

• Entre 2007 e outubro de 2011, 12 projetos de inovação foram executados com recursos da ordem de R$ 18,5 milhões. Oito projetos foram aprovados para execução em 2012, com previsão orçamentária de R$ 12 milhões. Foram contempladas as áreas de Biotecnologia e Saúde, Tecnologia da Informação e Comunicação, Energia e Robótica.

• Com o objetivo de fortalecer a base científica do Estado, o Governo também apoiou diretamente nove projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação no período de 2007-2011. Três projetos foram concluí-dos e seis estão em execução, com recursos de R$ 656 mil. Deste total, foram executados R$ 397 mil até outubro de 2011. Os projetos apoiados envolvem as áreas de biotecnologia, recursos genéticos vegetais, tecnologia industrial de aproveitamento do caju, saúde humana e animal e bioengenharia tecidual.

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb)Com o objetivo de estimular e apoiar o desenvolvimento das atividades científicas e tecnológicas do Esta-

do, a Fapesb investiu, entre 2007 e outubro de 2011, R$ 270 milhões em programas e projetos por meio de 97 editais, 2,9 mil projetos foram apoiados e concedidas 17,1 mil bolsas em diversas áreas do conhecimento.

• Com o Programa de Bolsas, visando à formação e à qualificação de recursos humanos para CT&I, foram desembolsados R$ 99 milhões.

• Pelo Programa de Apoio Regular foram investidos R$ 7,2 milhões, no apoio a 365 eventos científicos e tecnológicos no Estado, participação de 546 pesquisadores baianos em eventos nacionais e internacionais para apresentação de trabalhos, 168 publicações científicas e tecnológicas, 101 auxílios tese/dissertação e 48 projetos de mestrado/doutorado.

• Pelo Programa de Apoio à Pesquisa (Pró-Pesquisa), foram apoiados 302 projetos de pesquisa e 89 pro-jetos de infraestrutura, totalizando R$ 25,1 milhões.

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Governo da Bahia 79

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• Pelo Programa Parcerias Federais, foram apoiados, em parceria com o CNPq, 442 projetos com recur-sos de R$ 50,7 milhões, sendo:

• 27 no Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex).

• 251 no Programa Primeiros Projetos para Jovens Pesquisadores (PPP).

• 20 no Programa de Apoio a Núcleos Emergentes (Pronem).

• 109 no Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS).

• 32 no Programa de Desenvolvimento Científico Regional (DCR), três no Programa BioBahia.

• 183 projetos foram apoiados pelo Programa de Apoio às Políticas Públicas, com recursos no valor de R$ 12,7 milhões, através de editais temáticos, em áreas priori-tárias do Governo do Estado como semiárido, tecnologia da in-formação e comunicação, saúde, educação e segurança pública.

• Programa de Popularização da Ciência e Tecnologia. Foram apoiados 226 projetos com um investimento de R$ 5,4 milhões.

• Em Inovação, foram investidos R$ 70,9 milhões, nos progra-mas Bahia Inovação, Empreende Bahia e de Apoio a Tecnologias Sociais e Ambientais.

PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃOO Programa de Qualificação de Recursos Humanos em Tecnologia da Informação e Comunicação do

Governo Estadual tem como objetivo capacitar jovens, provenientes de escolas públicas, para atuarem no mercado de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, nas áreas de desenvolvimento de software, in-fraestrutura de redes de computadores e telefônicas e comunicação de dados, contribuindo para a inclusão social e para o desenvolvimento regional sustentável do Estado.

• Pelo Programa de Aprendizado Jovem (Projeto Proaj), foram formados 1,7 mil alunos, envolvendo os municípios de Salvador, Lauro de Freitas, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Jequié e Ilhéus.

CENTROS VOCACIONAIS TECNOLÓGICOS TERRITORIAIS Os Centros Vocacionais Tecnológicos Territoriais (CVTT) são espaços que aliam pesquisa, ensino e

atividade produtiva de uma determinada região. Os centros promovem ainda a capacitação tecnológica e profissional de jovens e adultos, conforme a demanda de mercado. O espaço físico possui laboratórios de ciências, salas de aula e de videoconferência e um laboratório destinado a explorar a vocação socioeconô-mica da região.

Pelo Programa de Aprendizado Jovem

(Projeto Proaj), foram formados 1,7 mil

alunos

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Balanço das Ações80

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• Estão em funcionamento três CVTT na Bahia: Feira de Santana, cuja vocação econômica é mecânica automotiva; Tancredo Neves, com vocação para mandiocultura; e Eunápolis, ligado à movelaria e design.

CENTRO DE RECONDICIONAMENTO DE COMPUTADORES (CRC)Diante do grande problema social relacionado à destinação do lixo tecnológico e seu impacto ambiental,

foi implantado o CRC Bahia, primeiro Centro de Recondicionamento de Computadores do Nordeste. Insta-lada em Lauro de Freitas, a unidade integra o Programa Nacional Computadores para a Inclusão, em parceria com o Governo Federal, Municipal e sociedade civil organizada.

• O CRC/Bahia recebe, por meio de doações, equipamentos de informática usados, que são recondicio-nados por jovens que recebem formação profissionalizante.

• Foram contempladas 46 instituições com kits de equipamentos recondicionados.

• O centro capacitou 90 jovens e está selecionando mais 60 jovens de comunidades carentes. Bolsas no valor de R$ 271,00.

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Governo da Bahia 81

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Turismo

P ara consolidar a Bahia como um dos principais e mais desejados roteiros turísticos do Brasil, o atual Governo adotou, nos últimos cinco anos, a estratégia de aproveitar e valorizar a diversidade dos atrativos do Estado com práticas sustentáveis, fortalecendo a atividade com investimentos em

infraestrutura urbana e turística, inovação de produtos e serviços turísticos e em qualificação da mão de obra.

Neste sentido, um dos objetivos desta política foi incrementar a participação do turismo no Produto In-terno Bruto estadual, colocando a atividade como uma importante alternativa para a geração de postos de trabalho, para a promoção do equilíbrio social e a redução das desigualdades econômicas.

A desconcentração da atividade turística do litoral em direção ao interior foi outra prioridade. Esta mu-dança de estratégia, com a criação de novos polos, destinos e roteiros, assim como produtos e serviços, pos-sibilitou o aumento da permanência do turista no Estado. Destaque para a promoção de eventos como São João da Bahia, Espicha Verão, GP Bahia de Stock Car e o desenvolvimento de segmentos, como o Turismo Étnico-afro, Náutico, Esportivo, Religioso, Enoturismo e Negócios e Eventos, que movimentaram o setor na baixa estação, minimizando os efeitos da sazonalidade característica do setor. Por isso, ao longo destes cinco anos, a Bahia registrou expressivas taxas de ocupação hoteleira e de movimentação em portos e aeroportos.

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Balanço das Ações82

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Destacam-se ainda os investimentos em obras de construção e recuperação de infraestrutura turística e de revitalização do patrimônio físico-cultural, além da atração de grandes empreendimentos privados para as zonas de interesse turístico. A promoção da Bahia como destino turístico pode, inclusive, ser avaliada pela captação de investimentos privados, cujo aporte de recursos, até 2017, será de US$ 5,9 bilhões.

A importância do turismo tende a ser crescente para os próximos anos, na medida em que Salvador será uma das cidades-sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e, em 2016, abrigará partidas de futebol, váli-das pelas Olimpíadas de 2016, que ocorrerão no Rio de Janeiro. Além do legado de infraestrutura que estes eventos trarão para a capital baiana, a imagem da cidade será divulgada em todo o mundo, aumentando o fluxo turístico.

INVESTIMENTOS NO TURISMOQualificar um destino turístico busca prover a infraestrutura necessária ao destaque da região, garantindo

e mantendo o fluxo, além do conforto e satisfação dos visitantes. Neste sentido, importantes intervenções em infraestrutura pública foram realizadas, entre 2007 e 2011, contribuindo não apenas para melhorar a qualidade dos destinos turísticos baianos, como também as condições de vida das populações residentes nas áreas contempladas pelas ações, incrementando as economias locais e regionais e permitindo a geração de trabalho e renda.

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A inserção do turismo na matriz econômica do Estado é uma realidade verificada pelo montante de re-cursos que está sendo aplicado pela iniciativa privada em toda a Bahia. Até 2017, o aporte de recursos será da ordem de US$ 5,9 bilhões. Nos últimos cinco anos, foram inaugurados 12 empreendimentos hoteleiros, gerando 3,5 mil empregos diretos, totalizando investimentos de US$ 258 milhões.

Outros destaques são os investimentos públicos do Governo Federal, do Governo do Estado e do Pro-grama de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur NE II). Estes recursos foram voltados para a melhoria de infraestrutura para expansão, como saneamento básico, patrimônio histórico, urbanização, capacitação profissional, além da qualificação da atividade turística no Estado.

• Inaugurada, em setembro de 2011, a urbanização paisagística em Morro de São Paulo.

• Reduzido o tempo do percurso Camamu (Costa do Dendê) – Itacaré (Costa do Cacau) de 2h para 40 minutos. Em 2009, além da estrada, foi inaugurada a ponte sobre o Rio de Contas, totalizando 48 quilôme-tros de extensão. O investimento foi de R$ 87 milhões.

• Concluídas as obras de recuperação da Igreja do Boqueirão, Palácio Rio Branco, Casa das Sete Mortes, Igreja e Cemitério do Pilar e Igreja do Rosário dos Pretos, localizadas no Centro Antigo de Salvador, com investimentos na ordem de R$ 20 milhões.

• Inaugurada, em 2010, a primeira etapa da Urbanização da Orla de Salvador, com revitalização da orla no trecho entre Amaralina e Jardim de Alah.

• Inaugurada, em dezembro de 2010, a obra de urbanização, drenagem e sistema de esgotamento sani-tário de Imbassaí, um dos maiores destinos turísticos da Bahia, em Mata de São João. O investimento foi da ordem de R$ 11,6 milhões.

• Concluída, em 2011, primeira etapa da obra de urbanização Paisagística da Praça da Bica e Centro Histórico de Itaparica.

• Concluída a obra de sinalização turística do Litoral Sul, com a colocação de 2,4 mil placas de sinalização, beneficiando 18 municípios localizados nas zonas turísticas da Costa do Dendê e da Costa do Cacau, além de parte da Baía de Todos os Santos.

• Com recursos do Governo Federal, foram iniciadas obras de requalificação da Feira de São Joaquim. Após mais de dez anos sem reparos físicos e estruturais no maior comércio livre da Bahia, as melhorias in-cluem saneamento ambiental, pavimentação das vias internas, drenagem para águas pluviais, recuperação do cais e limpeza da enseada, iluminação, píer, bares e restaurantes. O investimento é de R$ 37 milhões e irá beneficiar mais de dois mil feirantes;

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• Está em andamento (74% executado) a primeira etapa da obra de ampliação do Atracadouro da Baía de Camamu (Terminal Marítimo), incluindo passarelas,equipamentos de segurança e construção de novo píer de atracação.

• Foi licitada a obra de requalificação do novo mercado do Rio Vermelho que prevê a ampliação da capacidade de comercialização de produtos, aumento das vagas de estacionamento e acréscimo de uma área de lazer.

PRODUTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOSDiversificar a oferta turística, motivando o turista a estender sua

permanência na Bahia evitando, assim, os efeitos da sazonalidade, foi um dos principais desafios enfrentados pelo Governo do Esta-do. No primeiro ciclo de gestão, foi dado tratamento prioritário ao lançamento de novos produtos, determinando a consolidação de um novo calendário turístico.

Com isso, ao longo dos últimos cinco anos, a Bahia vem re-gistrando taxas expressivas de ocupação hoteleira, não só na alta como na baixa estação. É destaque o trabalho desenvolvido pela administração estadual com o objetivo de fortalecer segmentos específicos para os quais a Bahia tem grande potencial, como o Tu-

rismo Religioso e Náutico, este último aproveitando a evidente vocação da Baía de Todos os Santos, a maior do Brasil em extensão territorial, para a atividade.

A inclusão do Porto de Salvador como ponto de partida e chegada de cruzeiros marítimos foi uma con-

quista expressiva desta gestão, na medida em que o Estado se mostrou capaz de atrair mais embarcações de grande porte, incrementando a receita turística decorrente da circulação de milhares de visitantes em Salvador e Ilhéus. Com relação ao número de passageiros, a temporada 2007/2008 trouxe ao litoral baiano 132,7 mil pessoas. Na temporada 2010/2011, o número saltou para 253,4 mil.

• Depois de implantar o Serviço de Atendimento ao Turista (SAT).em 2007, o Disque Bahia Turismo, em 2008, e reformular o Portal de Internet (www.bahia.com.br), o governo integrou estes serviços, em 2009, criando o Sistema Integrado de Informações Turísticas. O Disque Bahia Turismo oferece atendimento 24h em três idiomas: português, inglês e espanhol. Já as unidades do Serviço de Atendimento ao Turista foram implantadas no Pelourinho, Estrada do Coco, Aeroporto e Praia do Forte.

• Realizada a quarta edição do projeto Espicha Verão/Praia 24h, em 2011, na Praia da Ribeira, em Salva-dor. Com o objetivo de captar turistas e prolongar o seu tempo de permanência na Bahia após o Carnaval, o projeto é realizado desde 2008. A partir de 2009, foi estendido ao interior do Estado, contando, em 2010, com edições em Ilhéus, Porto Seguro, Lençóis, Itacaré, Mangue Seco e Maraú.

A inclusão do Porto de Salvador como ponto de partida e

chegada de cruzeiros marítimos foi uma

conquista expressiva desta gestão

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• O Enoturismo, lançado em 2008 no Vale do São Francisco, tem registrado atualmente cerca de mil vi-sitantes por mês. A embarcação Vapor do Vinho, lançada em 2011, realiza viagens pelo Lago de Sobradinho com visita às vinícolas da região.

• A política do Governo para o setor também priorizou o fortalecimento do Turismo de Negócios e Eventos, buscando atrair e estimular a realização de congressos, convenções, seminários, encontros, feiras e eventos diversos capazes de atrair visitantes nos períodos de baixa estação. Entre janeiro e setembro de 2011, foram realizados, nos três centros de convenções do Estado (Salvador, Porto Seguro e Ilhéus), 291 eventos.

• O Turismo Esportivo ganhou impulso a partir de 2009, com a realização em Salvador de uma das etapas do Campeonato Bra-sileiro de Stock Car, a maior categoria do automobilismo nacional. Em 2011, foram gerados cerca de três mil empregos. A Bahia se-diará uma das etapas do campeonato, anualmente, até 2013.

• Salvador sediou a partida de futebol entre as seleções do Brasil e do Chile, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010.

• Com o objetivo de difundir a importância da Independência da Bahia, comemorada no dia 2 de Julho, para todo território na-cional, foi implantada, em 2008, a Rota da Independência, conju-gando seus aspectos culturais com o potencial para a prática do chamado Turismo Cívico. Desde então, no dia 25 de junho, o Governo do Estado é transferido simbolicamente para o município de Cachoeira, principal palco das lutas pela independência.

• O Turismo Religioso contou com o apoio do Governo a eventos como a Festa do Bonfim (Salvador), Festa da Boa Morte e de Nossa Senhora da Ajuda (Cachoeira), a Romaria de Bom Jesus da Lapa e os Cami-nhos do Sertão Evangélico. A atividade foi reforçada com a beatificação de Irmã Dulce, cujo decreto papal foi editado em dezembro de 2010. Pela primeira vez, o Vaticano recomendou a Bahia entre seus roteiros de turismo religioso. Paralelamente, o conjunto arquitetônico formado pelo Convento e Igreja de São Francisco, em Salvador, foi eleito pelos portugueses como uma das Sete Maravilhas Portuguesas em todo o mundo.

• Uma das mais promissoras modalidades do setor, o Turismo Náutico vem tendo incentivos do governo para o seu desenvolvimento. Em 2010, foi publicado o Decreto 12.415, que criou uma série de incentivos para desenvolver esta atividade em território baiano. O documento estabelece a isenção total de ICMS para produção de embarcações de passeio ou esporte e implantação de charters náuticos na Bahia.

• A vocação da Baía de Todos os Santos ganhou corpo com a elaboração do Plano Estratégico de De-senvolvimento do Turismo Náutico da BTS, realizado em parceria com o Governo Federal. Serão investidos recursos para preparar a zona turística da BTS para o desenvolvimento de diversos segmentos turísticos,

A vocação da Baía de Todos os Santos ganhou corpo com

a elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento do

Turismo Náutico

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sobretudo o náutico e cultural, beneficiando 18 municípios da região, através do ingresso da Bahia no Pro-detur Nacional.

INTERIORIZAÇÃO DAS AÇÕES DO TURISMOAlém de contar com atrativos diversos, como praias paradisíacas, o Governo do Estado vem estimulando

o turismo no interior da Bahia, valorizando as mais diversas manifestações culturais, artísticas e religiosas des-tes municípios. Nestes cinco anos, foram realizados investimentos públicos em infraestrutura que proporcio-nam e incentivam a valorização da identidade cultural, com destaque para a revitalização de festas populares e realização de eventos temáticos.

• Maior festa típica da Bahia, o São João é um dos destaques do setor depois do Carnaval. A formatação da festa como um produto turístico possibilita o aumento da permanência do turista no Estado. Foram in-vestidos R$ 39 milhões no fortalecimento da festa entre 2008 e 2011. Neste ano, a ocupação média da rede hoteleira aumentou 13% em relação a 2009.

• Firmados 102 convênios com as prefeituras para apoio aos festejos juninos no interior, com investimen-to de R$ 4,1 milhões.

• Ampliadas as rotas de voos regionais, contemplando Lençóis, Porto Seguro, Barreiras, Vitória da Con-quista e Ilhéus.

• A realização de diversos eventos nacionais e internacionais no interior vem estimulando a promoção diversificada do turismo. Destaque para o Rally dos Sertões, a mais importante disputa off-road do Brasil; o Campeonato Internacional de Surf, em Itacaré e Praia do Forte; a Festa da Boa Morte e de Nossa Senhora da Ajuda, em Cachoeira; os festivais de Inverno de Lençóis e Vitória da Conquista; a Vaquejada de Serrinha e o projeto Espicha Verão, em Ilhéus, Porto Seguro, Lençóis, Itacaré, Mangue Seco e Maraú.

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONALA qualificação profissional e empresarial dos serviços e dos destinos turísticos na Bahia constitui um eixo

estratégico para o desenvolvimento do Estado. São programas, projetos e investimentos voltados para a interiorização da atividade, realizados em diversos municípios, envolvendo recursos públicos municipais, estaduais, federais e privados. Até 2011, foram qualificadas 11,6 mil pessoas nas áreas de turismo receptivo, hotelaria, gastronomia e empreendedorismo, dentre outras.

• Na área de qualificação, destaque para o Projeto Bahia é Muito Mais nos municípios de Salvador, Lauro de Freitas, São Francisco do Conde, Santo Amaro, Paulo Afonso, Saubara, Entre Rios, Santa Cruz de Cabrá-lia, Cairu e Amargosa nas áreas de receptivo turístico para barraqueiros, baianas, taxistas e policiais; Projeto Monitores do Carnaval; Consórcio Social da Juventude Rural, em 22 municípios do Estado; Qualificação pro-fissional e empresarial, na Costa do Descobrimento, e Qualificação profissional e empresarial, em Salvador e entorno (Lauro de Freitas, Camaçari, Mata de São. João, Itaparica, Vera Cruz e Cachoeira), nas áreas de hotelaria, gastronomia e empreendedorismo.

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• Com o objetivo de ampliar a participação da população afrodescendente na cadeia produtiva do turismo étnico, 606 pessoas foram qualificadas em cursos nas áreas de empreendedorismo/associativismo para micro e pequenos empresários, hotelaria e gastronomia para garçons, cozinheiros, recepcionistas e camareiras.

PROMOÇÃO DO DESTINO BAHIAPara incrementar a atração de fluxo turístico para a Bahia e consolidá-la como destino turístico preferen-

cial, foram desenvolvidas, nos últimos cinco anos, ações promocionais, no mercado nacional e internacional. A presença da Bahia em feiras e eventos contribui para reforçar a imagem de encanto e magia que o Estado desperta entre os visitantes. Além disso, os eventos constituem o espaço adequado para a apresentação de oportunidades de negócios no Estado.

• A promoção do projeto Destino Bahia ocorreu com a participação em feiras e eventos em Portugal, Ar-gentina, Alemanha, Inglaterra, Venezuela, Japão, China, França, Chile, EUA, Espanha, Itália, Suécia e Holanda.

• Participação no Salão Internacional do Chocolate, na França. Em 2012, a Bahia sediará uma versão do evento.

• No mercado nacional, houve participação no Congresso da Abav, Festival de Turismo de Gramado, As-sociação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), Workshop CVC, Workshop MGM, Feira de Turis-mo da Associação das Agências de Viagens Independentes do Interior do Estado de São Paulo (Aviestur), As-sociação das Agências de Viagem de Ribeirão Preto e Região (AVIRRP) e Centro-Oeste TUR, dentre outros.

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• Em 2011, foram lançados 26 roteiros turísticos, que ganharam destaque durante o Salão Nacional de Turismo, realizado em julho, em São Paulo. Os novos roteiros, como as Aventuras do Oeste Baiano e Câ-nions do São Francisco, representam o prosseguimento das ações de interiorização nas 13 zonas turísticas do Estado.

• Em Comunicação Social, foi definido o uso da marca promocional “Bahia”, lançada a revista “Viver Bahia” e reformulado o portal www.bahia.com.br.

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Meio Ambiente

O modelo de desenvolvimento adotado pelo governo da Bahia centraliza-se a partir da lógica da sustentabilidade e do equilíbrio. As principais marcas dessa estratégia é a distribuição dos investimentos de forma mais equilibrada entre todas as regiões do Estado. A atual gestão iden-

tificou e investiu no desenvolvimento e fortalecimento das vocações econômicas regionais e na instalação de mecanismos de integração.

As questões ambientais foram fortalecidas com a adoção de instrumentos de planejamento representados pela elaboração do Zoneamento Ecológico Econômico, a contratação de Planos de Bacias e atualização e elaboração de Planos de Manejo das Unidades de Conservação.

Com as alterações nas estruturas de gestão ambiental, o governo fortalece as ações transversais e a inte-gração das políticas de meio ambiente e de recursos hidricos. Em maio de 2011, foi aprovada a Lei 12.212, que criou o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), a partir da fusão dos Institutos do Meio Ambiente (IMA) e Gestão das Águas e Clima (Inga).

No bojo da descentralização, a municipalização da gestão ambiental no Estado tornou-se uma ação efetiva e seu processo tem avançado. A implementação da Gestão Ambiental Compartilhada (GAC) tem permitido que, a cada ano, novos municípios se integrem efetivamente no Sistema Estadual de Meio Ambiente.

REESTRUTURAÇÃO INSTITUCIONAL E MODERNIZAÇÃO DA GESTÃOPara ampliar a capacidade de gestão e controle ambiental que garantam a qualidade ambiental para as

pessoas, a biodiversidade e o desenvolvimento socioeconômico do Estado, o Governo criou, por meio da Lei 12.212/11, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), unificando e agregando as finalidades e atribuições dos Institutos do Meio Ambiente (IMA) e de Gestão das Águas e Clima (Ingá). O foco das mudanças teve como objetivo a integração dos instrumentos de gestão ambiental e recursos hídricos e o fortalecimento do controle ambiental.

O processo de reestruturação institui a desconcentração das funções administrativas como um dos pres-supostos da política ambiental do Estado, permitindo que as unidades regionais, agora unificadas, deliberem, também, sobre a regularização de empreendimentos nas suas respectivas áreas de abrangência, contando, para tanto, com o realinhamento nos procedimentos operacionais e infraestrutura adequada para a realização de suas atividades.

Regulação, Fiscalização e MonitoramentoCom o objetivo de avaliar previamente os projetos e ações com potencial de impacto no meio ambiente,

o licenciamento ambiental apresentou um salto quantitativo e qualitativo nesta gestão. O Sistema Estadual de Informações Ambientais (Seia) tornou-se ainda mais efetivo para a gestão ambien-

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Balanço das Ações90

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tal com a incorporação do Sistema Estadual de Informações e Recursos Hídricos (SEIRH), constituindo um único sistema integrado. Ao final do processo de implantação, possibilitará a requisição do licenciamento ambiental em um único ato por meio da formação de um processo que permitirá a análise integrada dos atos autorizativos.

• O Portal do Seia, reformulado em 2010, funciona como facilitador do acesso à informação ambiental

para a sociedade, atuando como estimulador do conhecimento e da participação da comunidade na gestão ambiental local. Até outubro de 2011, alcançou o número de 49,2 mil visitas, dos quais 48,3 mil foram origi-nários do Brasil e os demais de países como Portugal e Estados Unidos, dentre outros.

• Em 2011, foram realizadas de forma on line 1,6 mil solicitações de outorga de recursos hídricos, para a abertura e o processamento de requerimentos de direito de uso da água, para captação superficial e subter-rânea e para o lançamento de efluentes.

• Está em fase de implementação o Licenciamento Ambiental Integrado, que permitirá, em um único pro-cesso, a análise conjunta da licença ambiental, outorga de direito de uso dos recursos hídricos, da autorização para supressão de vegetação, da aprovação da reserva legal e dos demais atos.

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• Em 2011, foram implantados dois sistemas de informação on line: o Registro de Atividades Florestais (RAF) e o Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir). O primeiro atua como instrumento de monitoramento, controle e fiscalização das atividades florestais. Já o segundo consiste num banco de dados georreferenciado com a finalidade de monitorar as áreas de preservação permanente, de reserva legal, de servidão florestal, de servidão ambiental e das florestas de produção.

• Em 2011, foram realizadas 50 operações planejadas de fiscalização sistemática e rotineiras e dez opera-ções de combate à pesca predatória a fim de coibir infrações ambientais.

• Foram assinados 1,6 mil termos de adesão à regularização dos imóveis rurais em todo Estado, através do Plano Estadual de Ade-quação e Regularização dos Imóveis Rurais (PARA).

• Em 2011, foi sancionada a Lei 12.050 de Política sobre a Mu-dança do Clima. Na capital baiana, foi iniciado o Projeto da Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar, com a implantação da Estação Experimental de Monitoramento da Qualidade do Ar, no Centro Ad-ministrativo da Bahia (CAB). Atualmente cinco estações estão em funcionamento.

• Diariamente são emitidos dois boletins de foco de calor para auxílio ao combate de incêndio florestal. Também foram adquiridos e distribuídos equipamentos de proteção e de combate a incêndio para nove brigadas voluntárias da Chapada Diamantina.

• São realizadas campanhas trimestrais em 121 estações de monitoramento pluviométrico e 77 estações de monitoramento fluviométrico.

Gestão Ambiental CompartilhadaO Programa Gestão Ambiental Compartilhada atende à diretriz do governo estadual de apoio à des-

centralização da gestão pública. O GAC, implantado em 2009, visa a fortalecer a gestão ambiental em todo Estado, por meio do desenvolvimento das estruturas municipais de meio ambiente.

• O Conselho Estadual do Meio Ambiente reconheceu a competência de 74 municípios, com 4,5 milhões

de habitantes, para exercer licenciamento. Outros 48 estão com seus processos em tramitação para reco-nhecimento.

• Em 2011, foram realizadas oficinas em 80 municípios de nove territórios de Identidade, com a partici-pação de 426 técnicos e dirigentes municipais.

fortalecer a gestão ambiental em todo Estado, por meio do desenvolvimento das estruturas municipais

de meio ambiente

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ÁREAS PROTEGIDAS E UNIDADES DE CONSERVAÇÃOPara a preservação da vegetação nativa, o Governo tem promovido a criação e implantação de áreas

protegidas no Estado, visando a aumentar e efetivar a proteção dos remanescentes de áreas naturais com relevância ambiental. Os diferentes biomas e suas peculiaridades possuem grande representatividade nas Unidades de Conservação (UC), com diferentes categorias de proteção: integral, garantindo a preservação total da natureza, e de uso sustentável, que permitem seu uso controlado. Em cinco anos, a ampliação total de áreas protegidas no Estado é de 342,9 mil hectares.

• Com o apoio do Estado foram criadas oito unidades de conservação federais de proteção integral na Bahia, totalizando 282,4 mil hectares de novas áreas protegidas:

• Estão em andamento os Planos das Áreas de Preservação Ambiental (APA) do Lago de Sobradinho, Baía de Todos os Santos, Serra Branca/Raso da Catarina, Bacia do Cobre-São Bartolomeu/RMS, Joanes-Ipitanga/RMS e Parque Estadual Sete Passagens/Miguel Calmon.

• Foi realizado estudo na Bacia do Rio Almada, identificadas quatro áreas possíveis de se tornarem UC, nas proximidades da APA da Lagoa Encantada.

• Em 2010, foram criadas duas unidades de conservação de proteção integral estadual, totalizando 46 mil hectares, o Parque Estadual e o Refúgio de Vida Silvestre de Serra dos Montes Altos. São as primeiras de proteção integral desde 1997.

• Foram ampliadas duas unidades de conservação federais, totalizando 14,4 mil hectares: Parque Nacio-nal do Pau Brasil e Reserva Biológica de Una.

• Investidos R$ 2,5 milhões para regularização fundiária de mais de 4,5 mil hectares do Parque Estadual Serra do Conduru, localizado no Sul da Bahia, nos municípios de Itacaré, Uruçuca e Ilhéus. Foi elaborado Termo de Referência para contratação de serviços especializados visando à finalização do processo de regu-larização dos 48% de áreas restantes.

• Reconhecidas oito Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) no Estado. Compensação Ambiental• Assinado o primeiro Termo de Compromisso com a Votorantim Cimentos para o Plano de Manejo da

APA Joanes-Ipitanga/RMS, com início em abril de 2011. Mais dez empreendimentos estão em fase de nego-ciação.

• Destinados R$ 640 mil da compensação ambiental do empreendimento Pequena Central Hidrelétrica Sítio Grande para a Estação Ecológica do Rio Preto, no oeste baiano.

• Assinado Termo de Compromisso no valor de R$ 550 mil para realização de diagnóstico socioambiental dos Parques do Abaeté e Pituaçu, visando à compensação ambiental do Emissário Submarino de Jaguaribe.

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ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICOFerramenta de ordenamento territorial fundamentada nas características naturais, sociais e econômicas

das regiões do Estado, o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) será um instrumento fundamental para o planejamento e gestão ambiental e territorial da Bahia. Baseado num sistema de informações e avaliação de alternativas, o ZEE servirá para orientação dos investimentos públicos e privados na região.

• Em 2007, foi iniciada a construção do Termo de Referência que

norteará a elaboração do instrumento. Em 2010, foram estabelecidas estratégias de ação entre o ZEE e o plano macroeconômico do Esta-do. Também foram construídos cenários de desenvolvimento para os Territórios de Identidade e elaborado banco de dados de indicadores de qualidade ambiental, econômicos e sociais.

• Em 2011, foi criado o Grupo Multidisciplinar de Acompanha-mento do Processo de Elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentável-Zoneamento Ecológico Econômico e Planos Mestres de cinco macrorregiões do Estado.

RECURSOS HÍDRICOSA gestão dos recursos hídricos é uma importante estratégia para a sustentabilidade. Seu fortalecimento

é um dos principais objetivos das recentes mudanças do sistema de meio ambiente. Neste segmento, tem ocorrido um significativo aprimoramento dos instrumentos de gestão de águas. Além disso, o Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH) está em fase de revisão e conclusão.

• Para promover a participação da sociedade nas decisões do gerenciamento dos recursos hídricos no

Estado, a atual gestão fomentou a criação de Comitês de Bacias Hidrográficas na Bahia. No total, existem 14 em funcionamento. Destes, seis foram renovados nesta gestão.

• Os planos de Recursos Hídricos e de Bacias têm sido valorizados como instrumento decisivo para a articulação das políticas de meio ambiente e de recursos hídricos. Encontra-se em elaboração o Plano de Bacia do Rio Salitre. Estão em processo de licitação três Planos de Bacia: Rio Grande, Rio Corrente e Rio Paraguaçu.

• O Programa Monitora analisa a qualidade das águas nas 26 Regiões de Planejamento de Gestão das Águas do Estado, por meio de campanhas de coletas sistemáticas a cada três meses, em 315 pontos, confor-me o Plano Estadual de Recursos Hídricos.

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO COSTEIRO DO ESTADO DA BAHIACom o objetivo de ampliar, através de capacitações e articulações, a capacidade gerencial do Estado e

dos seus 53 municípios da zona costeira, o Governo implantou o Programa de Gerenciamento Costeiro do Estado da Bahia (Gerco).

A gestão dos recursos hídricos é uma importante estratégia para a sustentabilidade

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Balanço das Ações94

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• 22 municípios baianos já aderiram ao projeto.

• Pelo Plano de Gestão Integrada de Orla Marítima (PGI), o Projeto Orla foi concluído no município de Entre Rios e a concluir em Ituberá. Mais 16 municípios solicitam adesão ao projeto.

• Apoio a 25 municípios costeiros através de capacitações: oficinas de GPS e avaliação de Plano Diretor.

OUTRAS AÇÕES• Encaminhada para a Assembleia Legislativa a proposta de alteração das leis de meio ambiente e recursos

hídricos da Bahia.• Aprovada a Lei 12.056/11 que instituiu a Política de Educação Ambiental do Estado da Bahia.

• Pelo Programa Estadual e Restauração de Matas Ciliares e Nascentes, foi realizada Chamada Pública de Projetos. Foram selecionadas 25 das 70 propostas enviadas e efetuados 18 convênios com investimentos de R$ 427 mil, beneficiando 360 trabalhadores com a recuperação de cerca de 45 hectares.

• Pelo Programa Viveiros, que fomenta o Manejo Sustentável de Biomas Degradados, foram firmados 17 convênios, no valor total de R$ 706 mil. As cerca de 587,5 mil mudas produzidas foram distribuídas entre 750 trabalhadores rurais familiares e pequenos produtores rurais para a restauração florestal de cerca de 300 hectares, em 15 municípios.

• Ampliado o monitoramento semanal da balneabilidade das praias de Salvador e Lauro de Freitas para 34 pontos. Entre novembro e março, a ação é realizada em mais 73 praias de toda costa do Estado;

• Foram capacitados 64 técnicos de 26 municípios do litoral baiano em Cartografia Básica e Sistemas de Posicionamento Global (GPS) e em Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), além de 68 pro-fissionais dos sistemas estadual e municipal do Meio Ambiente, que atuam na fiscalização e regularização da propriedade rural.

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Assuntos Internacionais

N estes cinco anos, o Poder Executivo implementou uma nova maneira de governar, de se relacio-nar com os poderes instituídos, de promover a gestão integrada em todo o território estadual, de pensar o desenvolvimento econômico com inclusão social e de inserir o Estado da Bahia no

cenário global.

A agenda estrangeira estabeleceu uma nova dimensão para o Estado, colaborando para a execução da política exterior brasileira.

Em 2009, a Bahia foi escolhida para receber um escritório de representação do Ministério das Relações

Exteriores (MRE), que atua de forma a facilitar o trabalho de promoção do Estado no exterior e serve de interlocutor entre o poder público, a sociedade civil e os empresários baianos com outros países.

Também foram estabelecidas importantes parcerias com agências das Organizações das Nações Unidas,

com a Agência Brasileira de Cooperação do MRE e com governos estrangeiros. O bom relacionamento com a ONU justificou a escolha da Bahia para sediar, em novembro de 2010, a primeira Casa da ONU no Brasil, dando continuidade à iniciativa de 2005, quando foi aberto o Escritório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Salvador. Também estão estabelecidas no Estado representações da Organi-zação Internacional do Trabalho (OIT), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF),

Em 2011, foi criada uma secretaria estadual para coordenar a Política Internacional do governo, de forma integrada com as secretarias e órgãos finalísticos, orientando a internacionalização da Bahia e assessorando o Chefe do Poder Executivo no âmbito das relações internacionais.

MISSÕES INTERNACIONAISAs missões internacionais divulgaram todo o potencial da Bahia e difundiram o papel do Estado como

agente de cooperação. • Nova Zelândia: Assinada, com o governo neozelandês, declaração de cooperação econômica, comercial

e técnica para melhorar a agricultura familiar baiana. Também foi explorado o intercâmbio de estudantes na área da agricultura e ampliados os investimentos em laticínios na região de Jaborandi.

• China: Foram assinados protocolos de intenção com o Grupo Feicheng Pyramid Machinery, pelo Pro-jeto Nova Fronteira, com a Paili, para implantação de complexo minero-industrial no valor de R$1,7 bilhão, com geração de 2,5 mil empregos, e com a Chongqing Red Dragonfly Oil Co, para implantar, no município de Barreiras, um Parque Industrial de esmagamento de soja e produção de óleo e derivados. Acordo entre

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Balanço das Ações96

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o Conselho Chinês para Promoção do Comércio Internacional (CCPIT) para cooperação bilateral. Assinado Memorando de Entendimento com o governo de Jinan. Comemorados os dez anos de irmanamento entre o estado de Shandong e o Estado da Bahia. Aberto o primeiro escritório de representação da Bahia em Pequim, em cooperação com a APEX-Brasil. Participação na Expo Xangai, com a realização do primeiro seminário de oportunidades de investimentos em Xangai. Participação da Bahia no Empório Casa Brasil, com mostra dos produtos da agricultura familiar baiana. Realização da Semana Gastronômica Sabores da Bahia, em Pequim. Participação na III Cúpula dos BRICs e no Fórum de Boao para a Ásia.

• Oriente Médio: Participação da agenda empresarial (incremento do comércio bilateral entre os dois países) e política (negociações de paz entre judeus e palestinos).

• África do Sul: Participação no lançamento da campanha brasileira da Copa 2014.

• Estados Unidos: Firmado convênio de US$ 100 milhões com o Banco Mundial para melhoria da logística e infraestrutura na Bahia. Assinados acordos com o World Watch Institute (meio ambiente) e a Divisão de Economia e Administração Pública. Assinados protocolos de intenção com a Microsoft na área de capacita-ção em TI para rede pública estadual e com a Kimmie Candy para instalação de uma fábrica de chocolate com capacidade de produção de duas mil toneladas/ano.

• Suécia: Confirmado investimento de R$ 2,5 bilhões, no setor de celulose do Estado.

• Índia: Consolidação de negócios com a ENRC, sexta mineradora mundial, que comprou ações de mi-neradora de ferro, em Caetité, além do apoio à construção do Porto Sul, responsável pelo escoamento da produção da jazida de ferro.

• República Dominicana e El Salvador: Assinados acordo de cooperação para a transferência de tecnolo-gia do modelo SAC para a República Dominicana, com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação; carta de intenção para implementar programas de trabalho decente em parceria com OIT; carta de intenção entre as Voluntárias Sociais e a Secretaria de Desenvolvimento Social de El Salvador. O Governo da Bahia doou 216 cisternas de emergência para as vitimas do desastre natural em El Salvador.

• Venezuela: Assinados acordo para apoio no combate ao mosquito da dengue na Bahia, acordo de coo-peração para apoiar a Venezuela nas áreas de educação (Projeto Topa) e administração pública (modelo do SAC), além de protocolo de Intenção para irmanamento com o estado de Arágua e acordo de intercâmbio entre a orquestra Neojibá e a sua contraparte na Venezuela.

• Cabo Verde e São Tomé e Príncipe: Aprovados dois projetos de cooperação, na área de gestão de águas, conforme modelo adotado pela Bahia.

• França: Acertada a vinda, em 2012, do Salão do Chocolate para Salvador. Assinados protocolo de in-tenções e memorando de entendimento entre o Governo da Bahia e a Cooperative des Riceys (Cave) para

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o apoio técnico na produção de vinhos com cooperativas no Vale do São Francisco. Captado para a Bahia o Campeonato Mundial de Judô 2012.

• Japão: Atração de investidores, especialmente em bioenergia e meio ambiente. A Mitsui comprou 160 mil hectares de terra na região de Correntina para implantar usina de processamento de soja e algodão.

• Argentina: Participação no Fórum Consultivo Mercosul e Encontro de Governadores do Nordeste Bra-sileiro com Noroeste Argentino. Assinados Declaração de Tucumán para consolidação do Mercosul e acordo de cooperação com a província de Tucumán, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde/Or-ganização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), para planejamento da saúde e saúde materno infantil.

• Portugal: Apresentadas oportunidades de investimento nos setores de logística, cooperação empresa-rial, porto e projeto pesqueiro.

• México: Participação no Fórum Econômico Mundial América Latina.

• Espanha: Assinado convênio com o Governo da Galícia para a capacitação de profissionais da saúde; intercâmbio científico e tecnológico; firmado o Destino Bahia no fluxo de investimentos imobiliários inter-nacionais.

• Emirados Árabes: Apresentadas oportunidades de investimentos em agronegócios, imobiliário, portos, fundo de investimento, e em especial Copa 2014 e Ferrovia Oeste-Leste.

• Suíça: Participação na 97ª Conferência Internacional do Trabalho. Foram assinados acordos de coo-peração com a OIT, no âmbito do Programa de Cooperação para a Agenda do Trabalho Decente, visando implementar a Agenda Bahia do Trabalho Decente, documento que detalha estratégias de cooperação da OIT para cada eixo da Agenda. Realizada a II Reunião Mista do Programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil.

• Chile: Assinado Projeto de Cooperação com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Ali-mentação (FAO).

• Panamá: Participação na Jornada Tripartite da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

• Itália: Realizado, em parceria com a Promos Milano e com o Consulado do Brasil em Milão, o 2º Se-minário Oportunidades de Investimentos na Bahia. Assinado Memorando de Entendimento com a Promos Milano, com a interveniência da Associação Comercial da Bahia e da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, visando à atração de investimentos e intercâmbios culturais e turísticos.

• Alemanha: visitadas as instalações da Basf que decidiu duplicar os investimentos na Bahia para produção de polímeros superabsorventes.

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Balanço das Ações98

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• Benin: Assinados dois Aditivos de protocolo para intercâmbio de experiências na área de Comércio e Agricultura e Educação e Cultura.

AÇÕES E EVENTOS INTERNACIONAIS Ao longo dos cinco anos, o Governo do Estado intensificou a participação em ações e eventos internacio-

nais, fortalecendo a integração da Bahia no cenário mundial.

• Assinado, com o Governo do Reino Unido, acordo de cooperação no apoio das ações governamentais de enfrentamento das mudanças climáticas. A ação resultou no Primeiro Inventário de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa do Estado da Bahia.

• Para o desenvolvimento de novos indicadores socioeconômico-ambientais, foi assinado aditivo ao acor-do de cooperação com a Fundação France Libertés e o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado.

• Para a elaboração do Guia de arquitetura de Salvador e Recôncavo, foi assinado acordo de cooperação com o Governo da Junta de Andalucía, Espanha.

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• Convênios assinados com organismos multilaterais (FAO, Unicef, Unesco, UNFPA, OIT, Unifem, Pnud, Undesa, Opas-OMS, GT/Unaids, Fida).

• Foro Consultivo de Estados e Municípios do Mercosul, com adesão de 27 entes subnacionais da Amé-rica do Sul para a promoção do trabalho decente.

• Inauguração da Casa da Cultura da Nigéria, no Pelourinho, que integra mais outras duas casas de cultura de países africanos na Bahia, a Casa de Angola e a Casa do Benin.

• Comemoração ao Ano da França no Brasil (2009), do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil (2008) e do Bicentenário da vinda da Corte Portuguesa ao Brasil (2008).

• Apoio e participação na IX Cimeira Luso-Brasileira, na VII Cúpula Brasil Venezuela, na XXXVI Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, Cúpula Extraordinária da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Cúpula Extraordinária do Grupo do Rio e Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desen-volvimento (Calc), esta última com a participação de 33 chefes de Estado e governo.

• Organização de visitas de dez Chefes de Estado e de Governo à Bahia, dentre eles: Venezuela, Panamá, Portugal, República Dominicana, Cuba, Libéria, Senegal, Benin, Líder da Autoridade Palestina, República da Guiné (Guiné-Conacri).

• Apoio e participação: 1° e 2º Fórum África Brasil – Bahia pela Sustentabilidade das Águas, XIV Con-gresso Internacional do Centro Latino Americano para o Desenvolvimento (Clad), Fórum da Sociedade Civil da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Colóquio Brasil África do Conselho de Desenvolvi-mento Econômico e Social (CDES), 5º Fórum Mundial de Educadores Inovadores da Microsoft, Seminário de Experiências Ibero Americanas da Secretaria Geral Ibero Americana (Segib), Seminário de Intercâmbio para o alcance dos Objetivos do Milênio/Cepal, Semana do Benin na Bahia, 12º Congresso da ONU sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal, Realização do II Encontro Afro-Latino, que reuniu ministros da Cul-tura ibero-americanos e definiu a agenda de afrodescendentes nas Américas; Encontro Ibero-Americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes-AFRO XXI; Apoio à Semana Internacional de Fibras Naturais; Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

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Inclusão Social e Afirmação de Direitos

C rescer com inclusão social foi, desde 2007, uma opção deste Governo, buscando propiciar ao povo baiano uma vida mais igualitária, sem dispari-dades de gênero e de raça, com distribuição de renda e mobilidade social.

A nova forma de governar, transversal e com profundo diálogo com a sociedade, trou-xe, nestes cinco anos, avanços nos indicadores sociais e mudanças significativas em áreas como educação, saúde, cultura, esporte e lazer, segurança, justiça e direitos hu-manos e de combate à pobreza. Novos modelos de gestão foram implantados. Além disso, integrar os jovens, que representam 28% da população, ao desenvolvimento da Bahia tornou-se responsabilidade de Estado como confirma a aprovação do Plano Estadual de Juventude.

Dessa forma, foi possível garantir e ampliar o acesso de um número cada vez maior de baianos à educação, principalmente para as comunidades até então ausentes de escolarização formal obrigatória, como as populações do campo, indígenas e quilom-bolas. Com o movimento Todos pela Escola, todos os investimentos realizados vêm tendo como foco a melhoria e a qualidade das escolas públicas, além da garantia da aprendizagem dos estudantes baianos.

Assim como a educação, o acesso às ações e serviços de saúde com qualidade têm sido um dos grandes desafios da atual gestão. A ampliação dos recursos aplicados para a área, acumulando, entre 2007 e 2011, R$ 12,2 bilhões, teve como objetivo primor-dial impulsionar a consolidação do Sistema Único de Saúde no Estado. Nos últimos cinco anos, a rede pública contou com a inauguração de cinco hospitais de grande porte, com a introdução de mais de 1,2 mil novos leitos, apenas na rede estadual e o aumento em mais de 85% no número de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Na área da cultura, uma das maiores conquistas desta gestão foi a aprovação, em 2011, da Lei Orgânica da Cultura da Bahia, o que vai possibilitar a construção de uma cultura cidadã, com a predominância de valores democráticos. Outro destaque está na área de segurança pública, com a criação do programa Pacto pela Vida. Com foco na prevenção, este novo modelo de gestão associa ações de segurança e de cidadania,

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Balanço das Ações104

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tendo como prioridade a redução dos índices de criminalidade, violência e vulnerabi-lidade das comunidades. Nessa mesma linha de atenção à cidadania, o Governo rea-lizou um conjunto de ações de promoção, proteção e defesa dos direitos humanos, humanização do sistema prisional e melhoria do serviço de proteção ao consumidor.

Integradas com as políticas de saúde, educação, segurança e cultura, as ações de esporte e lazer tiveram como foco a melhoria da qualidade de vida da população. O governo não só garantiu uma melhor infraestrutura para a prática esportiva como de-senvolveu políticas e ações de apoio ao esporte e aos atletas. A garantia da Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e dos jogos de futebol das Olimpíadas de 2016 ficarão marcadas na vida esportiva do Estado. O legado destes eventos será permanente, com a melhoria da infraestrutura urbana, geração de trabalho e renda, incremento no turismo e potencialização de novos investimentos na cidade.

A utilização dos pilares de uma gestão democrática e participativa serviu de base não só para participação dos cidadãos baianos, como teve importância fundamental para a afirmação de direitos. Para a promoção da igualdade racial, de gênero e etnia foram realizadas ações de forma transversal, com a criação de conselhos estaduais de Defesa dos Direitos da Mulher, de Desenvolvimento da Comunidade Negra, e dos Direitos dos Povos Indígenas.

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Governo da Bahia 105

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G arantir aos estudantes o direito de aprender. É esse o propósito do programa Todos pela Escola, implantado pela atual gestão e alinhado com o Plano Nacional de Educação. Para assegurar esse direito constitucional aos estudantes da rede pública o Governo da Bahia vem articulando uma

ampla mobilização com os municípios, educadores, servidores e com as famílias, considerando que a partici-pação social é fundamental para a melhoria da educação.

O primeiro compromisso do Programa Todos pela Escola é al-fabetizar todas as crianças até os oito anos de idade. Para vencer esse desafio, o Governo atua em regime de colaboração, através do Pacto com os Municípios. No ano de 2011, 217 prefeituras ade-riram ao projeto e iniciaram as atividades, atendendo a 129,6 mil estudantes.

A educação profissional, instrumento estratégico de inclusão socioeconômica, vem preparando jovens para o trabalho. O número de matrículas saltou de quatro mil, em 2006, para 50,5 mil, em 2011. A educação superior, por sua vez, registra ampliação do número de vagas nas quatro universidades estaduais, resultado do aumento de mais de 88% no orçamento no período de 2006 a 2011. A conquista de mais duas universi-dades federais para a Bahia vem contribuir para ampliar o acesso dos baianos ao ensino superior.

O investimento na rede física das escolas públicas também foi destaque, com a construção, reforma, am-pliação, recuperação e manutenção das unidades escolares em todos os territórios. Além disso, no Estado com a maior população rural do país, foram assegurados meios para o acesso e a permanência na escola; foi ampliado o investimento para o transporte escolar de R$ 9,6 milhões em 2006, para R$ 35 milhões em 2011, garantindo o Ensino Médio com Intermediação Tecnológica para mais de 10 mil estudantes da zona rural.

O Estado também desenvolveu programas de Formação Inicial e Continuada para professores, de acordo com Plano Estadual de Formação dos Profissionais de Educação, atendendo tanto aos docentes da rede esta-dual, como aos das redes municipais. Na rede estadual, foram incorporados mais 3,2 mil novos professores concursados.

A democracia chegou definitivamente às escolas da rede estadual da Bahia. Em 2011, foi realizada a se-gunda eleição para dirigentes escolares. Três anos depois do primeiro pleito, pais, estudantes, professores e funcionários das escolas voltam às urnas para escolher novamente seus dirigentes.

Educação

Em 2011, foi realizada a segunda eleição

para dirigentes escolares

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Balanço das Ações106

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ARTICULAÇÃO COM OS MUNICÍPIOS – PROGRAMA TODOS PELA ESCOLAA garantia da alfabetização das crianças de até oito anos de idade é o primeiro compromisso do programa

Todos pela Escola, para o qual Estado e municípios firmam o Pacto com Municípios e assumem mobilizar mais recursos e conhecimentos pedagógicos de base científica visando garantir a alfabetização dos estudantes das sé-ries iniciais das redes estadual e municipais. O Pacto foi lançado em 2010 e regulamentado por meio do Decreto Estadual 12.792/2011.

Em 2011, na primeira etapa do programa, 217 municípios aderiram, beneficiando cerca de 192 mil estudan-tes. Para a segunda etapa, que se inicia em 2012, mais 111 municípios já foram incluídos.

O Programa de Apoio à Educação Municipal (Proam) desenvolveu, em 2011, ações de assessoramento téc-nico-pedagógico, junto aos municípios baianos, para fortalecer os sistemas municipais de ensino com foco na cultura de planejamento e registro das ações vinculadas à política educacional dos municípios. 285 municípios têm Plano Municipal de Educação em fase de elaboração ou concluído.

• 127 municípios com Projeto de Formação e Acompanhamento de Conselhos Municipais de Educação em andamento.

• Mais de 360 municípios participaram dos 18 Seminários Regionais Temáticos.

• Mais de 20,6 mil gestores participaram da Formação Continuada de Gestores Escolares em 416 municípios.

EDUCAÇÃO BÁSICA A alfabetização com letramento nas séries iniciais é decisiva para diminuir o abandono, a evasão e aumentar

a aprovação e o interesse pelos estudos. Por isso, os esforços do governo estão voltados para garantir que os estudantes desenvolvam e dominem as habilidades de leitura, de escrita e de cálculo, bases universais para o sucesso da escolarização.

Uma das ações implementadas para melhorar o desempenho dos estudantes no ensino fundamental foi a in-trodução do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar (Gestar), que reforça as ações de combate à repetência e ao abandono escolar. Em 2011, foram organizados livros didáticos específicos para aplicação do Gestar na rede estadual, beneficiando 121,2 mil estudantes de 276 escolas.

• O Programa Escola Ativa, que trabalha com metodologia específica de classe multisseriada para atender às populações da zona rural, saltou de 18 mil estudantes atendidos para 160 mil, entre 2007 e 2011, um cresci-mento de 788%, contando com adesão de 357 municípios.

• No Ensino Médio, uma das metas deste governo tem sido a ampliação do acesso, principalmente para co-munidades até então ausentes de escolarização formal obrigatória, como as populações do campo, comunidades indígenas e quilombolas.

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• O programa Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (EMITec), atende 14,5 mil alunos, em 292 localidades de difícil acesso da zona rural, em 155 municípios. São 408 salas conectadas, via internet, aos estúdios em Salvador.

• A educação indígena recebeu atenção especial. São 59 escolas exclusivas em funcionamento na Bahia, envolvendo 12 etnias. 101 professores foram formados em magistério indígena em 2011 e outros 116 estão em formação. 205 professores e gestores da educação Indígena receberam formação continuada. Foi reco-nhecida, em 2011, através da Lei 12.046/2011, a carreira de professor indígena.

• Em 2011, foi ampliado o investimento para a educação em tempo integral com 172,7 mil estudantes beneficiados pelo Progra-ma Mais Educação, registrando um aumento de 36% em relação a 2010. O programa promove atividades extraclasses, ampliando o tempo de permanência dos alunos na escola. No Estado, 527 unida-des contam com oferta de atividades escolares em horário diferente do turno convencional, com almoço e merenda nos dois turnos para todos os estudantes.

• Com o programa Ensino Médio Inovador, desde 2009, cerca de 22,8 mil estudantes, principalmente da região do semiárido, foram beneficiados com a ampliação do tempo de permanência na escola.

• Para a promoção da igualdade racial foram realizadas capacitações para educadores, gestores e técni-cos, além da distribuição de material pedagógico para cerca de 1,2 mil educadores e 600 unidades escolares municipais e estaduais. 500 educadores que atuam tanto em escolas quilombolas quanto em escolas que recebem estudantes oriundos destas comunidades e 100 lideranças participaram de cursos de Formação em Educação Quilombola. Também foram realizados Fóruns e Audiências para estruturação de uma política de Educação Quilombola contemplando 750 educadores e lideranças.

• Com relação à Educação Especial, foram implantadas 402 salas de recursos multifuncionais na rede es-tadual, totalizando 432 salas em 262 municípios. Isso representa um crescimento de 90% em relação ao ano de 2007, quando a rede possuía 30 salas. Foram capacitados 3,2 mil professores para garantir o atendimento a 35 mil estudantes com necessidades especiais.

TODOS PELA ALFABETIZAÇÃO (Topa)Implementado, em 2007, para reduzir o índice de analfabetismo na Bahia, o Programa Todos pela Alfabe-

tização (Topa) alfabetizou, até 2011, 841 mil pessoas em 407 municípios. É considerado o maior programa de alfabetização em andamento no país, realizado em parceria com prefeituras municipais, entidades de movimentos sociais e sindicais, além de universidades públicas e privadas. Pela eficiência na redução do anal-fabetismo, o Topa recebeu do Governo Federal o Prêmio Darcy Ribeiro de Educação.

Pela eficiência na redução do

analfabetismo, o Topa recebeu do Governo

Federal o Prêmio Darcy Ribeiro de

Educação

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Balanço das Ações108

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As turmas de alfabetização ocupam espaços em escolas estaduais e municipais, igrejas, sindicatos, associa-ções comunitárias, colônias de pescadores, comunidades quilombolas, ciganas e indígenas, terreiros de culto afro e presídios, configurando uma rede socioeducativa de alfabetização. Os concluintes são certificados e incentivados a continuar a escolarização na modalidade Educação de Jovens e Adultos.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Possibilidade de contribuir para efetivar um caminho de desenvolvimento e inclusão social para quem

não teve oportunidade de estudar na idade regular, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) atende 97,3 mil pessoas na Bahia, em 922 escolas da rede estadual. Somam 70,2 mil concluintes na Educação Básica nas suas diversas ofertas. A Educação de Jovens e Adultos também atende as pessoas privadas de liberdade nos estabelecimentos prisionais.

EDUCAÇÃO PROFISSIONALO Estado investe na formação e qualificação profissional de jovens e trabalhadores para que sejam con-

templados pelo desenvolvimento socioeconômico e ambiental da Bahia. Os cursos de Educação Profissional promovem a elevação da escolaridade e a inserção cidadã no mundo do trabalho. O número de matrículas da Educação Profissional teve um aumento superior a 1.157%.

• Os 50,5 mil jovens e trabalhadores matriculados na Rede de Educação Profissional do Estado são pre-parados para atender às cadeias e arranjos socioprodutivos locais, tendo mais chances de inserção no mundo do trabalho, em suas regiões.

• São 72 cursos técnicos de nível médio, distribuídos em dez eixos tecnológicos, ofertados em 28 Cen-tros Territoriais, 22 Centros Estaduais e 89 unidades de ensino da rede estadual, em 105 municípios

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Governo da Bahia 109

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• Em fase de conclusão estão 22 obras de reforma e ampliação dos Centros de Educação Profissional, na ordem de R$ 42,6 milhões.

INFRAESTRUTURA ESCOLAR As reformas e a manutenção das escolas da rede acontecem permanentemente. Desde 2007, parte do

recurso é repassado diretamente para as unidades escolares, permitindo a contratação de fornecedores locais e dinamizando a economia do município. Anualmente, todas as unidades escolares recebem uma verba especial destinada à manutenção para que possam se preparar para o início do ano letivo, num total de R$ 18,7 milhões, em 2011.

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Balanço das Ações110

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• Entre 2007 e 2011, foram investidos R$ 281,7 milhões na construção, reforma, ampliação, recuperação e manutenção das unidades escolares.

• 67 novas escolas foram construídas nesse período, sendo a maioria na zona rural.

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Governo da Bahia 111

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FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃOO Governo da Bahia passou a valorizar os servidores do magistério público na Educação Básica e no Ensi-

no Superior por meio de uma política de qualificação profissional, com reflexos na definição de critérios para promoção na carreira e garantia de benefícios e vantagens. A política de valorização vem sendo praticada em consonância com as disposições do Estatuto e do Plano de Carreira do Magistério Público do ensino funda-mental e médio do Estado da Bahia.

• Do concurso de 2005, o Governo nomeou 3.489 professores e coordenadores pedagógicos. Além dis-so, realizou concurso, em 2010, classificando cinco mil professores para exercerem a carreira do magistério. 3.261 professores, desse total, foram convocados em 2011.

• Em 2011, foi aprovado o projeto de lei que estabelece a estrutura remuneratória dos professores da carreira do magistério, garantindo ganhos reais de 10,64% até 2014.

• A avaliação de desempenho docente também possibilitou a progressão de mais de 6,3 mil professores e coordenadores pedagógicos nos anos de 2010 e 2011, garantindo um aumento salarial de 15%. Esse pro-cesso subsidia a definição de políticas públicas de formação para professores. Pelo Programa de Formação Inicial, foram licenciados cerca de 3,2 mil professores da rede estadual.

FORTALECIMENTO DA EDUCAÇÃO E GESTÃO ESCOLARO fortalecimento da gestão educacional democrática se consolidou com a realização do segundo processo

de eleição direta para o cargo de direção das escolas pela comunidade escolar (professores, servidores, pais ou responsáveis e alunos). Também foram realizadas ações junto aos estudantes para apoio e orientação na formação de grêmios estudantis, apostando no protagonismo juvenil para melhorar a qualidade da educação.

• Os recursos destinados ao transporte escolar cresceram 262% nestes últimos 5 anos, passando de R$ 9,6 milhões, em 2006, para R$ 35 milhões, em 2011. Através do Programa Estadual de Transporte Escolar (Pete), criado pelo governo em 2009, o estado atende a 140 mil alunos da educação básica residentes na zona rural em 350 municípios, possibilitando o deslocamento de áreas remotas do Estado até as escolas.

• O número de estudantes atendidos com o fornecimento da alimentação escolar cresceu 79%, be-neficiando, atualmente, 1,2 milhão de alunos. O incremento nos recursos foi de 163%, saltando de R$ 27 milhões, em 2006, para cerca de 71 milhões, em 2011.

• O governo já atende à Lei 11.947/2009, buscando garantir que, pelo menos, 30% dos recursos que chegam às escolas para alimentação sejam destinados à compra de alimentos oriundos de agricultores fa-miliares, preferencialmente, nos municípios onde serão consumidos. Isso contribui para inclusão produtiva, já que assegura a venda da produção a preço justo e fixa os pequenos agricultores na terra, favorecendo o desenvolvimento sustentável local.

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Balanço das Ações112

SUM

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EDUCAÇÃO SUPERIOR Desde 2007, o Governo da Bahia vem ampliando o apor-

te de recursos para a educação superior. O número de va-gas nos cursos de graduação teve um incremento de 15%, os programas de pós-graduação, de 25,4% e o número de grupos de pesquisa se elevou em 31% em relação a 2007.

• Foram implantadas políticas afirmativas que ampliam a possibilidade do acesso e permanência de segmentos histo-ricamente discriminados à educação superior. 21,7 mil es-tudantes da rede pública, incluindo os de etnias indígenas e negras foram beneficiados com essas políticas entre 2007 e 2011. Desde 2009, as quatro universidades estaduais reser-vam vagas para estes segmentos.

• O orçamento para as 4 universidades estaduais teve um crescimento de 87%, passando de R$ 386,8 mi-lhões, em 2006, para R$ 726 milhões, em 2011. Com recur-sos no valor de R$ 10,2 milhões, o investimento em obras para construir, ampliar e reformar as universidades estadu-ais aumentou em 37% nos últimos cinco anos.

• Aprovada a lei 11.638/ 2010, que ampliou o quadro de professores das Universidades Estaduais em mais 850 vagas, viabilizando 1.232 promoções de docentes e mudan-ça de regime de trabalho para 732 professores.

• O curso de medicina da UESB se posicionou como o melhor da Bahia, pelo Enade 2011.

• No campo da pesquisa, foi firmada a parceria iné-dita com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) para financiar 47 projetos das universidades estaduais voltados para a educação básica, com investimen-to de R$ 3 milhões.

• O Programa Universidade para Todos atendeu 127,1 mil estudantes, em 146 municípios. Em 2011, foram concedidas mais de 1,8 mil bolsas para estudantes de cursos de graduação das universidades públicas, que atuaram como monitores no Programa. Foram investidos R$ 28 milhões.

• Criada a Comissão Estadual de Estudos da Avaliação da Educação Superior, com a finalidade de integrar as ações de avaliação institucional das Universidades Estaduais, para subsidiar políticas de Educação Superior para o Estado da Bahia.

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Saúde

G arantir o acesso às ações e serviços de saúde com qualidade tem sido um dos grandes desafios a serem superados pelos gestores, trabalhadores, órgãos e instituições do Governo e da sociedade civil comprometidos com o Sistema Único de Saúde (SUS).

Na Bahia, o atraso na sua implantação, bem como o baixo in-vestimento na área social, nas décadas passadas, tornou este desafio ainda maior. Em 2007, o Estado tinha os piores indicadores de saúde do Nordeste, com a menor cobertura de saúde da família da região e cobertura assistencial das mais baixas do País. Havia poucos inves-timentos na expansão da atenção especializada no interior, com a oferta de serviços concentrada na capital, descumprimento de con-trapartidas financeiras obrigatórias para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-192), assistência farmacêutica básica e Programa Saúde da Família (PSF).

Neste contexto, ampliar os recursos financeiros para a saúde foi uma das primeiras iniciativas para impulsionar a consolidação do SUS no Estado, cujo marco é o ano de 2007. O orçamento previsto para aquele ano, de R$ 1,9 bilhão, foi ampliado em mais de R$ 270 milhões, tendo sido aplicados cerca de R$ 2,1 bilhões, o que permitiu dentre outras, o pagamento de cerca de 80% da dívida do Estado, que era de mais de R$ 200 milhões, parte dela para com os municípios baianos.

Desde então, o montante de recursos aplicados no setor vem sendo ampliado a cada ano, com mais de R$ 12,2 bilhões investidos entre 2007 e setembro de 2011. A atual administração tem ultrapassado, nos úl-timos dois anos, o percentual de 12% proposto pela Emenda Constitucional (EC - 29), com investimentos próximos a 14% provenientes do tesouro estadual.

A ampliação dos recursos financeiros aplicados pelo Governo para o setor e as parcerias estabelecidas

com os municípios e com o Governo Federal têm permitido, ainda, a interiorização das ações e serviços, com a implantação de redes de atenção à saúde, programas e projetos nas áreas de assistência farmacêutica, transplantes de órgãos e tecidos, bem como dos serviços essenciais de saúde mental, bucal e, principalmente, ampliação da saúde da família.

Nos últimos cinco anos, a rede pública de saúde contou com a inauguração de cinco hospitais de grande

porte, com a introdução de 1,2 mil novos leitos. O Governo do Estado aumentou em mais de 85% os leitos de UTI, dobrou o número de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) – são 182 em funcionamento em 144 municípios – e triplicou os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO).

a rede pública de saúde contou com a inauguração de cinco hospitais de

grande porte, com a introdução de 1,2 mil

novos leitos

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Balanço das Ações114

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O Programa de Internação Domiciliar foi implantado em 2008, e, após três anos operando com recursos

exclusivamente estaduais, inspirou o programa “Melhor em Casa” do Governo Federal, que estenderá a experiência positiva por todo o País. Com o objetivo de assistir a pacientes clinicamente estáveis em casa, promovendo a humanização do atendimento médico-hospitalar e reduzindo o tempo de internamento, o Programa Internação Domiciliar da Bahia é o maior desta natureza no País. Mais de 3,2 mil pacientes, com 26 equipes, em 10 dos maiores municípios já foram atendidos.

RECOMPOSIÇÃO, QUALIFICAÇÃO E VALORIZA-ÇÃO PROFISSIONAL

Acompanhando a expansão e melhoria da infraestrutura do SUS, o Governo direciona seu olhar para qualificar e recompor o quadro de profissionais da saúde. Foi implantado o Plano de Car-reira, Cargos e Vencimentos (PCCV) dos profissionais estaduais da saúde, com a avaliação de desempenho individual e institucional e a concessão de variação de Gratificação de Incentivo ao Desempe-nho (GID).

Foram criados mais de 11 mil postos de trabalho na rede esta-dual, com mais de 6,6 mil profissionais convocados via concurso público, proporcionando a substituição dos vínculos de trabalho precários encontrados. O concurso público para a contratação de médicos para hospitais públicos estaduais foi realizado, pela primei-ra vez, após 17 anos.

Nessa linha, o Estado também atua apoiando os municípios baianos. Categoria de trabalhadores pouco valorizados em 2006, os Agentes Comunitários de Saúde estão tendo a profissão regularizada, com direitos trabalhistas garantidos. Já foi aprovada por 99% das prefeituras a lei que cria cargos ou empregos públicos para estes profissionais, sendo que 329 municípios já realizaram seleção pública para preenchimento de vagas. Em dezembro de 2006, apenas 5% dos agentes tinham vínculo formal. Em relação aos Agentes de Combate a Endemias, o apoio às prefeituras resultou no processo seletivo para contratar mais de seis mil profissionais entre 2010 e 2011.

Elevar a qualidade do atendimento oferecido aos pacientes vai além da formação dos profissionais, pas-sando por uma estratégia que desenvolve ações e serviços de educação para qualificar permanentemente a força de trabalho do SUS na Bahia. Nessa perspectiva, em junho de 2010, foi instituído o Programa da Uni-versidade Aberta do Sistema Único de Saúde (Unasus-BA). O programa é coordenado pela Escola Estadual de Saúde Pública (EESP), com ações voltadas a profissionais de nível superior, com a participação da Escola de Formação Técnica em Saúde (EFTS), que oferece cursos técnicos e de nível médio.

Dessa forma, foram ampliados os cursos de qualificação profissional com abertura e ampliação de cursos

O concurso público para a contratação de médicos para

hospitais públicos estaduais foi

realizado, pela primeira vez, após

17 anos

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de pós-graduação e residência médica e multiprofissional. No caso das residências, houve uma ampliação de 79% no número de bolsas concedidas pelo Estado, passando de 549, em 2006, para 984 em 2011.

Dentre os profissionais de nível superior qualificados pela Escola Estadual de Saúde Pública (EESP) e em parceria com a Universidade Federal da Bahia (Ufba) destacam-se:

• 296 gestores da Atenção Básica finalizaram a Especialização em Gestão da Atenção Básica;

• 319 médicos, enfermeiros e odontólogos finalizaram o Curso de Especialização em Saúde da Família;

• 180 profissionais concluíram os cursos de Especialização em Saúde do Trabalhador e em Vigilância Epi-demiológica e 30 profissionais concluíram os cursos de Mestrado Profissionalizante em Vigilância da Saúde, ministrados em parceria com a Ufba.

Dentre as ações de qualificação para os profissionais de nível técnico pela Escola de Formação Técnica em Saúde (EFTS) é importante destacar:

• Cerca de quatro mil profissionais de nível superior foram capacitados para atuar como docentes nos cursos descentralizados ofertados pela EFTS;

• Mais de 21 mil Agentes Comunitários de Saúde concluíram o Curso de Formação Técnica (módulo I);

DESCENTRALIZAÇÃO DA SAÚDEEm cinco anos, a atual administração realizou a mais expressiva ampliação da rede de atendimento nas

últimas décadas no Estado, para atender a um maior número de pessoas, com prioridade à população mais

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Balanço das Ações116

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carente. Para isso, a inauguração de cinco grandes novos hospitais regionais – em Salvador, Irecê, Juazeiro, Santo Antônio de Jesus e Feira de Santana – foi fundamental.

• Entre 2007 e 2011, foram criados 1.218 novos leitos hospitalares.

• 403 leitos de UTI foram habilitados, representando um aumento de 85% em relação a 2006. Foram reformadas, ampliadas ou recuperadas 36 unidades hospitalares públicas estaduais.

• Estão contratualizados 30 hospitais filantrópicos e 38 hospitais de pequeno porte.

• Foram contratados 531 serviços especializados públicos em 306 municípios.

• O Hospital Geral do Subúrbio, em Salvador, foi o primeiro hospital público de emergência construído na Região Metropolitana de Salvador, desde a inauguração do HGE, há 20 anos.

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• Dezesseis anos após a obra do Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus ser iniciada e perma-necer sem finalização, a atual gestão concluiu a obra, equipou a unidade e o entregou à população da região do Recôncavo.

• O Hospital Eládio Lasserre, localizado em Cajazeiras, um dos maiores bairros de Salvador, teve tripli-cada a capacidade de internação, com a criação de 100 novos leitos, em sua primeira ampliação desde sua inauguração, há 13 anos. A unidade passou também a ofertar serviços de urgência e emergência 24 horas, além de realizar cirurgias ortopédicas.

• Com relação à implantação das Unidades de Pronto Atendimento (UPA – 24 horas), quatro unidades estão em funcionamento na Bahia (Bom Jesus da Lapa, Caetité, Candeias e Vera Cruz) e 65 foram aprovadas pelo Governo Federal.

REDES DE ATENÇÃO ESPECIALIZADAO Governo desenvolveu uma série de ações para reorganizar

e ampliar a atenção especializada. Para corrigir a baixa oferta de serviços especializados, concentrados na capital, e a consequen-temente demanda reprimida, o governo vem implantando atendi-mento em traumato-ortopedia, nefrologia, cardiologia, oncologia, neurologia e oftalmologia de forma descentralizada pelo Estado, através de convênios, habilitando unidades para atender ao SUS.

• Foram habilitadas, 13 unidades de alta complexidade em traumato-ortopedia. Em Salvador e Teixeira de Freitas, foram realizados cerca de 720 procedimentos nesta especialidade em 2010;

• Na área de cardiologia, atualmente, são nove unidades habilitadas ao SUS, com serviço já expandido para Itabuna e Vitória da Conquista, Feira de Santana, Teixeira de Freitas, Salvador e Juazeiro (em habilita-ção). Foram realizadas pela rede cerca de 1,4 mil cirurgias cardiovasculares no ano de 2010.

• No que se refere aos serviços de nefrologia, houve um incremento de 20% no número de unidades que prestam atendimento, entre 2007 e 2010, passando de 25 para 30 unidades em 20 municípios: Salvador, Juazeiro, Paulo Afonso, Jacobina, Eunápolis, Teixeira de Freitas, Vitória da Conquista, Barreiras, Serrinha, Feira de Santana, Alagoinhas, Santo Antônio de Jesus, Camaçari, Ilhéus, Jequié, Itabuna, Serrinha, Senhor do Bonfim, Brumado e Guanambi.

• Em oncologia, foram habilitados serviços em Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus, Salvador, Teixeira de Freitas e Juazeiro (em habilitação).

• Foram habilitadas 21 unidades para compor a rede SUS em neurologia e neurocirurgia. O serviço, que

Foram habilitadas, 13 unidades de alta complexidade em

traumato-ortopedia

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Balanço das Ações118

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era restrito apenas a Salvador e Itabuna, está disponível também nos municípios de Feira de Santana, Barrei-ras, Camaçari, Ilhéus, Porto Seguro, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista.

Saúde em MovimentoEstratégia criada para o atendimento oftalmológico, o Programa Saúde em Movimento foi implantado,

em 2009, com objetivo de reduzir a evasão escolar dos alunos do programa Todos pela Alfabetização (Topa). Logo, foi ampliado a todos os usuários do SUS. Em setembro de 2011, o programa incorporou a prevenção do câncer de mama.

OftalmologiaNa perspectiva de ampliar a atenção especializada em oftalmologia, o Programa Saúde em Movimento

visita municípios baianos para realizar 42 tipos de procedimentos, entre consultas e cirurgias, para pessoas do local e do entorno. Entre os meses de outubro de 2009 e de 2011, o programa realizou mais de 241 mil con-sultas, com mais de 85 mil cirurgias oftalmológicas, em 378 municípios – cerca de 90% do território baiano.

Rastreamento Do Câncer De MamaPara reverter a estimativa de óbitos de mulheres baianas em função do câncer de mama, o Governo

iniciou, em outubro de 2011, a linha de Rastreamento do Câncer de Mama dentro do Programa Saúde em Movimento. Destinado a mulheres entre 50 a 69 anos, a ação é composta por três etapas: realização de mamografia; encaminhamento aos exames confirmatórios, em caso de suspeita de nódulo; e tratamento especializado como quimioterapia ou radioterapia, caso haja confirmação.

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Ao final do primeiro mês, foram realizadas 1,7 mil mamografias, sendo que 75 mulheres foram enca-minhadas à segunda fase. Delas, 51 já realizaram a ultrassonografia, consulta com mastologista e exames complementares.

ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIAA atual administração concentrou, nos últimos anos, esforços para organizar a atenção básica, investindo

na expansão da Estratégia de Saúde da Família (PSF). Fatores como o repasse regular e automático do incen-tivo estadual às equipes, além do maior investimento já realizado por um Governo Estadual na construção de Unidades de Saúde da Família (USF) fizeram com que a Bahia se destacasse nacionalmente na expansão de Equipes de Saúde da Família (ESF). O programa abrange 61% da população baiana, o que corresponde a mais de 8,5 milhões de pessoas (IBGE, 2010).

• A Bahia foi o terceiro Estado que mais implantou Equipes de Saúde da Família no País entre 2007 e 2011 e o que teve a maior ampliação na região nordeste. Em 2006, eram 2.180 equipes. Foram implantadas 525 equipes a mais, incluindo na cobertura 1,7 milhão de baianos. O número de municípios atendidos com ESF chega a 411.

• Entregues 397 Unidades de Saúde da Família desde 2007, sendo 354 construídas e 43 reformadas em 296 municípios. 98 unidades estão em construção.

• Foram implantados 116 Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) em 99 municípios, beneficiando mais de dois milhões de pessoas. Os núcleos contam com um número mais amplo de profissionais, que dão suporte às equipes. São médicos (ginecologistas, pediatras e psiquiatras), professores de Educação Física, nutricionistas, acupunturistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos.

• O Incentivo Estadual para o programa foi ampliado de R$ 1,1 mil para R$ 1,5 mil mensais por equipe em todos os municípios com a estratégia implantada, incluindo aqueles com mais de 100 mil habitantes, que

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Balanço das Ações120

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antes não recebiam incentivo financeiro. Isso representou um aumento de cerca de 80% no valor repassado anualmente aos municípios. Entre 2007 e setembro de 2011, foram repassados R$ 180 milhões aos municípios.

• Foram implantadas 489 equipes de saúde bucal. Em 2006, eram 1.316 equipes. São atendidos 392 muni-cípios, beneficiando 43% da população (quase 6,3 milhões de pessoas).

• O governo também passou a investir na qualificação dos profissionais de atenção básica: 296 gestores da Atenção Básica de 78 municípios concluíram a especialização em Saúde da Família, com ênfase em gerencia-mento e coordenação de processos de trabalho; 137 gestores concluíram a especialização em Gestão da Aten-ção Básica, com ênfase na implantação de linhas de cuidado; e 319 profissionais, entre médicos, enfermeiros e odontólogos, especializaram-se na implantação de linhas de cuidado na Atenção Básica.

SAMU-192Programa de caráter pré-hospitalar, que presta o socorro à população em casos de urgência e emergência,

o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-192) tem a finalidade de reduzir o número de óbitos, o tempo de internação em hospitais e as sequelas decorrentes da falta de socorro precoce. Implantado em 2003, em parceria com o Governo Federal, a cobertura geográfica do serviço na Bahia saltou, em cinco anos, de 14 para 256 municípios.

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• Foram entregues mais de 310 novas ambulâncias e 45 motolâncias a 256 municípios até setembro/2011.

• Instaladas nove centrais de regulação. A Bahia conta com 18 em funcionamento.

• Gerados mais de seis mil postos de trabalho dentre profissionais que atuam no serviço, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores, auxiliares de regulação médica e rádio-operadores. Até o começo de 2007, eram pouco mais de 800 empregos.

ASSISTÊNCIA HEMOTERÁPICANo que se refere à assistência hematológica e hemoterápica,

a Hemorrede conta, hoje, com 25 unidades, distribuídas em pon-tos estratégicos do Estado, buscando atender às demandas de sangue em todo território baiano.

• São 19 unidades de Coleta e Transfusão (UCT), quatro Uni-dades de Coleta (UC) e dois Hemocentros Regionais, localizados em Salvador e Eunápolis respectivamente.

• Uma unidade móvel de coleta, o Hemóvel, foi adquirido em 2009, em parceria com o Governo Federal.

• Foram implantadas e passou a funcionar novas UCT nos municípios de Juazeiro, Paulo Afonso, Senhor do Bonfim, Itaberaba, Seabra e Barreiras.

• Foram incorporados à Hemorrede o Hemocentro Regional de Eunápolis e a UCT de Teixeira de Freitas.

• Em 2011, foi incorporada também a Unidade de Coleta do Hospital do Subúrbio, em Salvador, recen-temente inaugurada.

• O Hemocentro Regional de Barreiras está em construção para atender a demanda de toda região oeste da Bahia.

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICANo âmbito da Assistência Farmacêutica, o Governo da Bahia, recriou, após 12 anos fechada, a Fundação

Baiana de Pesquisa Científica, Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma). A empresa pública vai voltar a produzir medicamentos e contará com duas unidades produtivas em Simões Filho e Vitória da Conquista. Os medicamentos produzidos para insuficiência renal e controle de tumores serão distribuídos gratuitamente pelo SUS nacional.

Cabe destacar, ainda, que a aquisição e a distribuição de medicamentos básicos e de alto custo à popula-

ção foram ampliadas nesta gestão. Desde 2007, foram investidos R$ 580 milhões, em parceria com o Gover-no Federal, para garantir o acesso da população a todos os componentes.

a Hemorrede conta, hoje, com

25 unidades, distribuídas em

pontos estratégicos do Estado

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Balanço das Ações122

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• Na assistência farmacêutica básica, foram aplicados cerca de R$ 188 milhões na compra de medica-mentos para distribuição aos municípios. A lista de medicamentos básicos fornecidos foi ampliada em 146%;

• No que se refere aos medicamentos de alto custo, foi zerada a fila de espera para tratamento da He-patite C na Bahia;

• Ampliado em 76% o número de pacientes atendidos, pas-sando de 36,1 mil pessoas, em 2006, para de 66,8 mil, em 2011;

• Implantado de forma pioneira na Bahia, em 2008, o Progra-ma Medicamento em Casa beneficia mais de 11,5 mil pessoas em 57 municípios, que recebem remédios via correio;

• A rede baiana da Farmácia Popular do Brasil tem 27 lojas em funcionamento (11 na capital e 16 no interior), com mais de 701 mil atendimentos realizados entre 2007 e setembro de 2011.

VIGILÂNCIA E PROTEÇÃO À SAÚDE Na área de vigilância em saúde, foram investidos cerca de R$ 150 milhões, em parceria com o Governo

Federal, o que permitiu, dentre outras ações, a distribuição de mais de 31 milhões de doses de vacinas a todos os municípios do Estado. Com relação à Meningite tipo C, a atual administração implantou a vacinação na faixa etária menor de cinco anos em toda a Bahia, além da faixa etária de 10 a 24 anos na Grande Salvador.

Destaca-se, ainda, a mobilização social para o combate à dengue em parceria com os municípios, tendo

sido capacitados cinco mil articuladores para atuar em dez municípios prioritários. Nos cinco anos, as respos-tas de vigilância e proteção à saúde foram positivas com elevadas coberturas vacinais, ampliação e qualifica-ção da rede para diagnóstico e tratamento e fortalecimento das ações de prevenção e vigilância.

• A Bahia conta com uma rede de laboratórios regionais de saúde pública, nos municípios de Senhor do Bonfim, Bom Jesus da Lapa, Vitória da Conquista, Lauro de Freitas, Jequié e Serrinha.

• Desde 2007, não são registrados no Estado casos de sarampo e raiva humana e, desde 2009, de rubé-ola. Entre 2007 e 2011, ocorreram apenas dois casos de tétano neonatal e a incidência de tétano acidental foi reduzida à metade.

• Para o combate à dengue, foi implantada a Coordenação Estadual de Vigilância às Emergências de Saúde Pública. Houve redução de 58,3% nos casos notificados em 2010, em relação a 2009. Além da aquisição de 160 veículos para renovar a frota, houve a regularização do trabalho dos agentes de controle de endemias pelas prefeituras, com processo seletivo para a contratação de mais de seis mil profissionais.

distribuição de mais de 31 milhões de

doses de vacinas a todos os municípios

do Estado

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Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza

Durante os primeiros cinco anos da atual administração, muito se avançou em relação à promoção e proteção social. O combate à pobreza e o acesso aos serviços e benefícios socioassistenciais tornaram-se compromisso de Estado. Como resultado das ações implementadas, verificou-se, no período, a redução, em níveis consideráveis, de pessoas em situação de pobreza, sobretudo no quesito segurança alimentar e nutricional.

Esses avanços devem-se, em grande parte, à política de desenvol-vimento social da Bahia, convergente com o Governo Federal, que tem como referência a conjugação do crescimento econômico com um conjunto de políticas públicas sociais, demandadas pela população mais vulnerável. Isto é possível através da participação cidadã e demo-cratização do Estado.

Na Bahia, mais de 1,3 milhão de pessoas se livraram da fome e 970 mil baianos foram retirados da condição de pobreza. Merece desta-que, ainda, a inclusão de mais de 333,8 mil famílias no Programa Bolsa Família; os mais de 4,9 milhões investidos na compra da produção dos agricultores familiares através do Programa de Aquisição de Alimen-tos; as 5,4 milhões de refeições fornecidas a baixo custo pelos restaurantes populares; e a assistência alimen-tar prestada a mais de 260 mil pessoas por meio da parceria com as Voluntárias Sociais da Bahia.

Os resultados dos esforços que foram feitos até o momento demonstram o acerto do governo no di-recionamento da política, ao tempo que apontam para a necessidade de continuar investindo na proteção e promoção social, por meio do fortalecimento do Sistema Único da Assistência Social (Suas) e do Sistema Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e na implementação das diretrizes do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), bem como outras ações necessárias à efetivação do Plano Brasil Sem Miséria e do Programa Vida Melhor, que constituem ferramentas importantes para o enfrentamento da pobreza e inclusão social e produtiva dos mais pobres.

ASSISTÊNCIA SOCIALCom a implantação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), pelo Governo Federal, a assistência

social, no Brasil, passou a ser organizada em um sistema nacional, descentralizado e participativo, o Sistema Único de Assistência Social (Suas). Criado em 2005 e regulamentado pela Lei Federal 12.435, de 06 de julho de 2011, o Suas é caracterizado pela gestão compartilhada e cofinanciamento das ações pelos governos fe-deral, estadual e municipal. Os programas, projetos, serviços e benefícios são desenvolvidos nos territórios mais vulneráveis, tendo a família como foco de atenção.

Na Bahia, mais de 1,3 milhão de

pessoas se livraram da fome e 970

mil baianos foram retirados da condição

de pobreza

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Balanço das Ações126

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O Estado investiu na consolidação do SUAS, habilitando 100% dos municípios baianos, o que garantiu o repasse de recursos federais e estaduais a essas cidades.

Proteção Social BásicaA Proteção Social Básica tem como objetivo prevenir situações de risco social e pessoal, por meio da ofer-

ta de programas a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade, por meio do Centro de Referência da Assistência Social (Cras). Os Centros atuam com famílias em seu contexto comunitário, visando a orientação e o incentivo ao convívio sociofamiliar, sendo considerado porta de entrada do cidadão à rede de proteção social básica.

• De 2007 a 2011, o número de Cras implantados, na Bahia, passou de 363 para 552, ampliando a cober-tura de 294 para 412 municípios.

• O Programa de Atenção Integral à Família (Paif) aumentou, significativamente, sua abrangência, passan-do de um milhão de famílias, em 2007, para 1,8 milhão de famílias, em 2011.

• O Governo prestou apoio técnico-financeiro, cofinanciando Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças de até 6 anos e pessoas idosas, em 230 municípios baianos, beneficiando 465 mil famílias do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Em 2007, eram 89 municípios, beneficiando 16,9 mil idosos. Além disso, atualmente, são atendidos 3,6 mil idosos nos Centros Sociais Urbanos em Sal-vador e em 22 municípios.

• Dentre os programas de incentivo ao protagonismo juvenil, com fortalecimento dos vínculos familiares

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e comunitários, o Projovem Adolescente está presente em 330 cidades, beneficiando 22,7 mil jovens de 15 a 17 anos. Em 2007, eram 124 municípios e 9,4 mil jovens.

• O Benefício de Prestação Continuada (BPC), concessão de um salário mínimo por mês, alcançou 161,9 mil idosos e 178,3 mil portadores de deficiência em todo o Estado, em 2011. São beneficiários pessoas ido-sas, com 65 anos de idade ou mais e portadores de deficiência, incapacitados para a vida independente e para o trabalho, que possuem renda per capta inferior a ¼ do salário mínimo. Em 2007 eram 134,4 mil portadores de deficiência e 127,5 mil idosos;

• Houve apoio técnico-financeiro, por meio de cofinanciamento, do Benefício Eventual a 417 municípios, atendendo pessoas e ou famílias em situação de vulnerabilidade temporária. A Bahia está entre os três esta-dos da federação que realizam este tipo de cofinanciamento, que até 2007 não existia.

Proteção Social Especial A Proteção Social Especial tem por finalidade proteger de situações de risco as famílias e indivíduos cujos

direitos tenham sido violados ou que já tenha ocorrido rompimento dos laços familiares e comunitários, atra-vés de serviços de média complexidade realizados ou referenciados ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e por serviços de alta complexidade ofertados por meio da rede socioassisten-cial, na modalidade de acolhimento institucional.

• Em 2011, foram cofinanciados 184 Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas), em 181 municípios, atendendo 10,2 mil pessoas. Em 2007, eram 48 centros, com atendimento a 2,8 mil pessoas, representando um aumento de 278% de cobertura por este serviço.

• O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) ampliou sua cobertura de 133 para 235 municí-pios, nos últimos cinco anos. Houve apoio técnico-financeiro por meio de cofinanciamento desses municí-pios, beneficiando 116,4 mil crianças e adolescentes em situação de trabalho;

• Cofinanciamento dos serviços de Liberdade Assistida (LA) e Prestação de Serviço a Comunidade (PSC) em 46 municípios para atendimento a 3,4 mil adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. Em 2007 não havia cobertura por parte desse serviço.

• 04 CREAS atendem pessoas em situação de rua. O serviço não existia até o início de 2007.

• O Estado também cofinancia serviços de alta complexidade na modalidade de Acolhimento Institucional para crianças, adolescentes e idosos. São atendidas 2,9 mil crianças e adolescentes, em 29 municípios. Desse total, 1,1 mil pessoas estão em 19 abrigos, em Salvador. Também são atendidos nessa modalidade 2,3 mil idosos, abrigados em 55 municípios, nos demais territórios baianos.

• Realizada a 8.ª Conferência Estadual de Assistência Social, com a participação de mais de 1,1 mil pesso-as, representando 335 municípios. As conferências municipais aconteceram em 408 municípios, alcançando um público de, aproximadamente, 60 mil pessoas.

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Balanço das Ações128

SUM

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PACTO UM MUNDO PARA A CRIANÇA E ADOLESCENTE DO SEMIÁRIDOA Bahia renovou, em 2007, sua adesão ao Pacto Nacional Um Mundo Para a Criança e o Adolescente do

Semiárido, comprometendo-se a adotar medidas para a melhoria das condições de vida das crianças e dos adolescentes, cumprindo metas nas áreas de saúde, educação e proteção, em parceria com o governo fede-ral, organizações da sociedade civil, organismos internacionais, empresas e população. O objetivo é superar desigualdades regionais e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, definidos pela Organização das Nações Unidas.

Em 2008, foi criado o Comitê Gestor Estadual do Pacto, composto por representantes do Estado e ONGs. O objetivo é articular e priorizar ações e políticas que contribuem para melhorar a qualidade de vida de 2,8 milhões de crianças e adolescentes moradoras dos 265 municípios do semiárido da Bahia.

Na avaliação do Unicef, o Estado cumpriu 10 das 14 metas estabelecidas, com destaque para a redução em 18,1% da taxa de mortalidade infantil, que superou a redução de 11,6% observada no Nordeste.

• Realizado, em julho de 2008 o “Seminário de Educação e Convivência no Campo: avanços e desafios para o semiárido baiano”, com participação de 250 técnicos de 51 municípios da região.

• Instaladas 674 cisternas emergenciais e 270 cisternas definitivas em 37 municípios. Construídos ou refor-mados 270 banheiros em 191 escolas municipais dos 18 municípios do Território de Identidade Nordeste II.

• 350 representantes de 106 municípios do semiárido foram capacitados em políticas de enfrentamento ao HIV/AIDS.

• Realizado em agosto de 2011 o I Encontro Baiano A Voz dos Adolescentes do Semiárido, em Feira de Santana, reunindo 102 adolescentes e 32 educadores, de 45 municípios.

• Realizadas Caravanas de Combate ao Trabalho Infantil em 38 municípios dos Territórios de Identidade Nordeste II, Bacia do Rio Corrente e Bacia do Paramirim.

PROGRAMA BOLSA FAMÍLIAInstituído pelo Governo Federal em 2003, o Bolsa Família é um programa de transferência condicional de

renda, que beneficia famílias em situação de pobreza e extrema pobreza no país. Além de garantir o direito à alimentação e o acesso a serviços essenciais como educação e saúde, o programa também cria possibilidades de emancipação socioeconômica. Devido ao projeto “Sistema de Avaliação e Monitoramento de Indicadores”, a Bahia foi premiada pelo Governo Federal, em 2008, por “Práticas Inovadoras na Gestão do Programa Bolsa Família”.

A gestão estadual do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), base de informações para obter o diagnóstico socioeconômico das famílias de baixa renda cadastradas, possibilitou à Bahia elaborar o Plano Plurianual (PPA) 2012-2015, a partir de dados de 8,5 milhões de pessoas. Dessa forma, foi possível o alinha-

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Governo da Bahia 129

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mento com as diretrizes do Plano Brasil sem Miséria com foco na erradicação da pobreza extrema de 2,5 milhões de pessoas.

• Entre janeiro de 2007 e setembro de 2011, mais de 883 mil pessoas foram cadastradas na Bahia.

• Cerca de 1,7 milhão de famílias são contempladas pelo Bolsa Família. A cobertura de mais de 90% das famílias consideradas pobres traduz o compromisso e a parceria das três esferas de governo para romper o ciclo de pobreza no Estado.

• Em 2011, as transferências de renda provenientes do Bolsa Família representaram R$ 2,1 bilhões, in-crementando a economia a partir do consumo das famílias pobres, que, anteriormente, não dispunham de condições para adquirir alimentos e outros produtos.

SEGURANÇA ALIMENTARA segurança alimentar é um direito fundamental, conforme estabelece o Art. 6º da Constituição Federal,

e o pilar central para construir uma sociedade justa, democrática e desenvolvida. É também uma política prioritária no combate à extrema pobreza e na garantia de melhores condições de saúde. É inviável pensar em desenvolvimento sem que o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) da população esteja assegurado.

Na Bahia, as ações realizadas pelo governo estadual, em parceria com os governos federal, municipal e com a sociedade, contribuíram para a saída de mais de 1,3 milhão de baianos da situação de fome e para

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Balanço das Ações130

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a ampliação do número de domicílios em situação de segurança alimentar, que saiu de 49,7% em 2004 e chegou a 58,9% em 2009, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).

Entre as ações que contribuíram para isso, destacam-se:

• O Programa Água para Todos promoveu o acesso à água de qualidade para mais de 3,7 milhões de pessoas.

• Mais de 333,8 mil famílias foram incluídas no Programa Bolsa Família entre 2007 e 2011.

• 463 mil pessoas foram incluídas em postos de trabalho formal entre janeiro de 2007 e outubro de 2011.

• Mais de 4,9 milhões foram investidos na aquisição de alimentos da agricultura familiar por meio do Pro-grama de Aquisição de Alimentos.

• Emissão de mais de 592 mil Declarações de Aptidão do Agricultor Familiar (DAP), garantiram acesso dos agricultores familiares baianos aos programas federais de apoio à agricultura familiar.

• Expansão da adesão ao Programa Garantia Safra, que passou de seis mil em 2006, para 114,7 mil agri-cultores beneficiados em 2011.

• Expansão da assistência técnica, que atendia 60 mil agricultores, em 2006, e passou a cobrir mais de 422 mil, em 2011.

• Distribuição de 10,4 toneladas de sementes de feijão e milho e incentivo à implantação de bancos de sementes.

• Fornecimento de mais de 5,4 milhões de refeições nos restaurantes populares.

• Distribuição de sopa para mais de 260 mil pessoas;

• Fornecimento de refeições mais saudáveis para os estudantes da rede estadual de ensino com alimentos provenientes da agricultura familiar.

• Expansão do acesso aos serviços de saúde com a implantação de 525 novas equipes de saúde da família.

Consolidação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional na BahiaO Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) é o principal instrumento criado para

garantir a realização progressiva do direito à alimentação e conjugará os esforços das três esferas de governo e da sociedade.

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Governo da Bahia 131

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A experiência de construção do Sisan, no Estado, foi apresentada como referência, no país, na 4ª Confe-rência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. A Bahia foi o sexto Estado a criar o seu Sistema e o 3º a instituir uma instância intersetorial para integrar as já ações desenvolvidas, o Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional (GGSAN).

Destacam-se, ainda, o fortalecimento do Conselho de Seguran-ça Alimentar e Nutricional (CONSEA-Ba) e a realização da 3ª e da 4ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, em 2007 e 2011, respectivamente, que forneceram os insumos para a elaboração da Política e do I Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional que será elaborado pelo GGSAN.

Programa de Aquisição de AlimentosImplantado em 2009, o Programa de Aquisição de Alimentos

(PAA) promove o acesso a alimentos pelas famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional e promove a inclusão produtiva no campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar.

O compromisso do Governo da Bahia no enfrentamento deste entrave se manifesta no investimento reali-zado no PAA, que é o maior dentre os 16 estados que executam o Programa do Governo Federal. A Bahia par-ticipa com uma contrapartida de 41% dos recursos investidos, percentual muito superior aos 10% oferecidos pelos demais estados.

De 2009 a 2011, o programa investiu R$ 4,9 milhões na aquisição de alimentos. Os produtos foram distribuídos a pessoas atendidas por 467 entidades em 35 municípios. Os beneficiários são integrantes do Programa Bolsa Família, agricultores familiares, assentados e acampados da reforma agrária, além de povos e comunidades tradicionais, a exemplo de índios e quilombolas.

Programa Leite Fome ZeroPor meio do Programa Leite Fome Zero, o Governo compra leite dos agricultores familiares e distribui

aos beneficiários para combater a fome e a desnutrição. Na Bahia, o programa atende a crianças de dois a sete anos em situação de insegurança alimentar e nutricional, principalmente do semiárido. Assim como no PAA, o Leite Fome Zero insere os produtores na cadeia produtiva, promovendo a redução da pobreza rural.

• Entre 2007 e 2011, o atendimento foi ampliado de 109 para 192 municípios, com a aquisição e distri-buição média de 15 milhões de litros de leite por ano.

• O produto é adquirido de 3,6 mil pequenos produtores familiares. Já a distribuição é realizada em duas mil creches e pré-escolas, beneficiando cerca de 105 mil crianças.

Leite Fome Zero insere os produtores na cadeia produtiva,

promovendo a redução da

pobreza rural

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Balanço das Ações132

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• A inclusão do leite de cabra no programa rendeu ao Governo da Bahia o prêmio “Josué de Castro de Práticas Inovadoras de Gestão em Segurança Alimentar e Nutricional”, em 2008, promovido pelo MDS.

Programa Nossa SopaO Programa Nossa Sopa garante o fornecimento de sopa a famílias em situação de insegurança alimen-

tar, atendidas por instituições sociais e às populações flageladas, em situação de emergência. Entre 2007 e setembro de 2011, foram distribuídos 48,3 milhões de pratos de sopa para uma média mensal de 260 mil pessoas, em 612 instituições, englobando 350 municípios baianos, incluindo a capital. O Programa Nossa Sopa é uma parceria entre o Governo do Estado com as Voluntárias Sociais da Bahia.

ATENDIMENTO E RESSOCIALIZAÇÃO DO ADOLESCENTEPromover a reintegração ao ambiente social dos adolescentes em conflito com a lei, seja como autor do

ato infracional ou como vítima da violação de direitos a que estão expostos no cumprimento de medidas socioeducativa, foi um dos desafios da atual administração.

A implementação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), sustentada nos prin-cípios dos direitos humanos, reafirmou a natureza pedagógica da medida socioeducativa, valorizando a im-portância de fortalecer as medidas em meio aberto, como a Prestação de Serviços à Comunidade (PSC) e a Liberdade Assistida (LA), em detrimento às medidas privativas de liberdade (semiliberdade, internação provisória e internação), que devem ser usadas em caráter de brevidade e excepcionalidade.

• Entre janeiro de 2007 e novembro de 2011, as Unidades de Atendimento Socioeducativo registraram cerca de 17 mil atendimentos aos adolescentes pela FUNDAC. Estão em funcionamento as unidades de se-miliberdade localizadas nos municípios de Vitória da Conquista, Juazeiro e Feira de Santana.

AÇÕES EMERGENCIAISAs ações de defesa civil, na Bahia, têm como objetivo promover a defesa permanente contra desastres

naturais ou provocados pelo homem, minimizar danos, assistir populações atingidas e recuperar áreas dete-rioradas por desastres. Sua estratégia prima pela integridade do cidadão e a articulação e execução de ações intersetoriais preventivas e reparativas.

• Nos últimos cinco anos, 248 Comissões Municipais de Defesa Civil foram reestruturadas com apoio do Estado. Foram atendidas 87,5 mil famílias com bens de primeira necessidade, em 122 municípios atingidos pelas secas e ocorrências adversas. Houve a distribuição de 78,5 mil cestas de alimentos, em 94 municípios.

• No combate aos efeitos da seca, 3,8 mil cisternas foram distribuídas, beneficiando 114 municípios, e houve a celebração de 217 convênios com municípios para abastecimento de água com carros-pipa.

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Governo da Bahia 133

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Promoção da Igualdade Racial, Gênero e Etnia

A utilização dos pilares de uma gestão democrática e participativa serviu de base para que as ações de promoção da igualdade racial, de gênero e etnia fossem implantadas no Estado da Bahia de forma transversal, envolvendo os três níveis de governo e organizações da sociedade. A existência

dos conselhos estaduais de Defesa dos Direitos da Mulher, de Desenvolvimento da Comunidade Negra e dos Direitos dos Povos Indígenas dá a estes públicos voz na definição de políticas de inclusão social.

Pelo seu caráter transversal, a execução das políticas públicas exigiu, ainda, a instituição de novos mecanis-mos de gestão integrada, dentre eles, a criação do Grupo Intersetorial para Quilombos, do Comitê Técnico Estadual de Saúde da População Negra e, mais recentemente, da Comissão Estadual para a Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais.

Com relação às políticas de igualdade racial, para garantir assistência integral a vítimas de discriminação, o Governo implantou, em 2011, a Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa. Nos municípios, a agenda foi desenvolvida a partir da interlocução com o Fórum Estadual de Gestores Municipais de Promoção da Igualdade Racial, que apoia prefeituras, técnica e financeiramente, no desenvolvimento das ações. Além disso, editais de apoio a iniciativas da sociedade civil foram a marca da nova relação do Governo com o mo-vimento negro, por meio dos quais grupos e comunidades tiveram acesso a recursos para fortalecimento das ações voltadas para desenvolver e fortalecer a comunidade negra no Estado.

Com 403 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Cultural Palmares na Bahia, a atual gestão implementa ações para os povos e comunidades tradicionais. Entre elas, mais de 2,7 mil famílias quilombo-las, distribuídos em 18 comunidades, de seis municípios, serão beneficiados com sistemas de abastecimento de água, cujos investimentos são da ordem de R$ 7 milhões. Outros 2,3 mil domicílios de 58 comunidades receberam ligações de energia elétrica. Com relação às demandas históricas dos povos indígenas, o Governo promove o diálogo com 15 etnias por meio da realização sistemática de reuniões e eventos, que buscam garantir as metas traçadas no Plano de Trabalho Operativo de Políticas para Povos Indígenas.

O Poder Executivo também trabalhou por políticas de promoção da equidade de gênero com o intuito de avançar na redução das desigualdades entre mulheres e homens. As ações possibilitaram a estruturação da Rede de Atenção à Mulher em Situação de Violência no Estado, além de ações de incentivo ao fortalecimento da autonomia econômica, social e política.

Em 2011, o Governo do Estado criou uma Secretaria de Estado específica, que coloca na pauta da agenda governamental a urgência de políticas reparatórias para as mulheres, atendendo a uma demanda dos movi-mentos feminista e de mulheres.

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Balanço das Ações134

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POLÍTICAS DE IGUALDADE RACIALO Brasil e, mais especificamente, a Bahia, estruturam-se a partir de uma realidade multirracial, multicul-

tural, multirreligiosa e pluriétnica. Essa diversidade se constitui num elemento extremamente positivo. No entanto, seus méritos foram prejudicados pelas marcas históricas de discriminação e de exclusão, traduzidas na transformação dessas diferenças em geradoras de desigualdade, que, nesse processo, se agravaram em razão da má distribuição de riquezas. Compreendendo a responsabilidade de atuar contra as desigualdades

sociais e raciais, o Estado optou, ao longo destes cinco anos, por enfrentar tal desafio, com o desenvolvimento de estraté-gias intersetoriais.

As políticas de redução da desigualdade social, com destaque para os programas federais Bolsa Família e Brasil Sem Miséria, alcançam grande parte da população afro-descendente, maioria dentre os que possuem renda per capita de até R$ 70,00 men-sais, de acordo com o Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal. Paralelamente, as ações do Programa Vida Melhor, do Governo Estadual, que têm como foco a inclusão socioproduti-va, favorecem a conquista da autonomia pela população pobre. Nesse sentido, as ações emancipatórias dos Governos Federal e Estadual, evidenciadas pela mudança dos pobres da classe D para C e da classe C para a B, aliadas às políticas compensatórias como cotas nas universidades estaduais, iniciaram um processo de mudança social.

Um fator de grande importância para que se desenvolva um novo olhar sobre as políticas de promoção da igualdade racial está nas escolas. A questão racial na educação não está restrita às cotas. A Lei 10.639/2003, que obriga o ensino da cultura afro-brasileira nas unidades escolares de ensino médio, colabora para que as pessoas sejam vistas como iguais e promove a elevação da autoestima dos afro-descendentes.

Educação para a Diversidade Étnico-RacialO Governo realizou capacitações para educadores, gestores e técnicos. Material pedagógico foi distri-

buído para cerca de 1,2 mil educadores e 600 unidades escolares municipais e estaduais. 500 educadores que atuam tanto em escolas quilombolas quanto em unidades que recebem estudantes oriundos destas comunidades e 100 lideranças participaram de cursos de Formação em Educação Quilombola. Também foram realizados Fóruns e Audiências para estruturar a política de Educação Quilombola contemplando 750 educadores e lideranças.

• Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, foram capacitados mil professores no Programa Agora a História é Outra, que tem como objetivo o ensino da história e cultura africana e afrobrasileira.

• 21,7 mil estudantes da rede pública foram beneficiados com políticas afirmativas, que ampliam o acesso às quatro universidades estaduais, incluindo os de etnias indígena e negra.

A Lei 10.639/2003, que obriga o

ensino da cultura afro-brasileira nas unidades escolares de ensino médio,

colabora para que as pessoas sejam vistas

como iguais

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Governo da Bahia 135

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• Como forma de potencializar as ações afirmativas no Estado, o projeto Qualificando a Permanência de Estudantes Cotistas (Pró-Cotista), realizado em parceria com o Governo Federal e a Universidade Estadual da Bahia (Uneb), apoiou 29 estudantes ingressos por meio do sistema de cotas, durante dez meses, com a disponibilização de bolsas de iniciação científica, tendo como produto final a publicação eletrônica com arti-gos científicos que versam sobre as Hierarquias Raciais, Africanidades e Cultura Negra no Estado.

• Reestruturado o Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico-Racial do Estado da Bahia.

Trabalho, Emprego e Renda• Fortalecido o eixo de Promoção da Igualdade Racial da Agenda Bahia do Trabalho Decente.

• Apoio às prefeituras integrantes do Fórum Estadual de Gestores Municipais de Promoção da Igualdade Racial para participação nas 2ª e 3ª Conferência Estadual do Trabalho Decente.

• Tendo como foco a geração de emprego e renda, foi realizado um seminário e assinado Protocolo de Intenções entre o Governo Estadual e o Governo Federal com objetivo de inserir a população negra no con-texto dos grandes eventos esportivos, garantindo sua participação nas atividades relacionadas com a Copa do Mundo de Futebol 2014.

• O Programa de Combate ao Racismo Institucional capacitou 106 gestores e servidores estaduais e 151 municipais. A partir daí, novas iniciativas foram implementadas, a exemplo do Programa GRPE (Capacitação em Equidade de Gênero, Raça e Combate à Pobreza nas Políticas Públicas Estaduais), envolvendo 204 servi-dores estaduais e campanhas informativas de combate ao racismo no setor público.

Saúde da População Negra • O direito à saúde é fundamento constitucional e condição substantiva para o exercício pleno da cidada-

nia e garantia da promoção da igualdade racial.

• O Comitê Técnico Estadual de Saúde da População Negra, instituído em 2008, elaborou um plano de ação para a adoção na Bahia da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População Negra.

• Implantado o Programa Estadual de Atenção Integral a Pessoas com Doença Falciforme.

• Realizada Audiência Pública para avaliação dos avanços e desafios para implementar a política de saúde da população negra no Estado, em parceria com o Governo Federal.

Religiosidade• Compreendendo a religião como fator importante na promoção da identidade cultural da população

negra, o Governo vem realizando importantes ações, a exemplo do acompanhamento de processos de tom-bamento de terreiros junto com o Governo Federal e de apoio a projetos voltados à preservação cultural e sustentabilidade de comunidades de terreiros.

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Balanço das Ações136

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• Em parceria com o Governo Federal, foram mapeados 156 terreiros de candomblé em 14 municípios do Baixo Sul e outros 410, em 19 municípios do Recôncavo.

• Digitalizado o acervo do Centro de Documentação do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em Salvador, com objetivo de preservar a história e memória das religiões de matriz africana.

• O processo de doação definitiva do acervo de peças religiosas sob a guarda do Departamento de Polícia Técnica para o Museu Afro-Brasileiro - Universidade Federal da Bahia (Ufba) encontra-se em tramitação no governo, respondendo a uma antiga reivindicação das comunidades acadêmicas e de terreiros.

Projetos e Ações de Promoção da Igualdade• O Governo do Estado promoveu o apoio institucional técnico-financeiro a projetos sociais, com foco

na promoção da igualdade racial e garantia de direitos da população negra e das comunidades quilombolas, por meio de Editais Públicos realizados em 2009, 2010 e 2011.

• O Fórum Estadual de Gestores Municipais de Promoção da Igualdade Racial está em funcionamento, com a participação de 32 municípios. Foram realizados sete encontros estaduais e dois cur-sos voltados para capacitação na promoção da igualdade racial. Sete prefeituras receberam apoio para a elaboração de Planos Municipais de Promoção da Igualdade Racial: Livramento de Nossa Senhora, Seabra, Souto Soares, Riacho de Santana, Cruz das Almas, Serrinha e Porto Seguro.

• Promovidas quatro edições do Projeto Novembro Negro em parceria com o Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra. O projeto é uma iniciativa organizada pelo Governo Estadual, que abrangeu 34 municípios e promove atividades para debater sobre a participação do negro nos espaços da sociedade contemporânea.

• Realizadas ações de fortalecimento das datas de referência histórica como forma de estimular o reco-nhecimento e a valorização de fatos e personalidades que marcam a história da população negra no Brasil e no mundo, em especial atenção às celebrações do Dia da África, Revolta dos Búzios e Dia Nacional da Consciência Negra.

POLÍTICAS PARA POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAISDe acordo com a Política Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT), os povos e comuni-

dades tradicionais são grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais. Possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição.

criada a Comissão Estadual para a

Sustentabilidade dos Povos e Comunidades

Tradicionais

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Governo da Bahia 137

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O Governo da Bahia trabalha para construir uma política pública específica voltada para estes segmentos, a exemplo dos quilombolas e índios. Em 2010, por meio do Decreto 12.433, foi criada a Comissão Estadual para a Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais, inaugurando um canal de comunicação en-tre esta parcela da população e o Estado, para garantir o seu desenvolvimento sustentável. A comissão tem como finalidade coordenar a elaboração e a implementação da Política e do Plano Estadual de Sustentabilida-de dos Povos e Comunidades Tradicionais no Estado da Bahia.

• Com recursos do Governo Federal e contrapartida do Governo Estadual, estão em execução projetos de moradia em 17 comunidades quilombolas de oito municípios, beneficiando 326 famílias, um projeto para comunidade indígena atendendo a 60 famílias, e outro projeto para comunidade de fundo de pasto, atenden-do a 21 famílias.

Quilombolas Atualmente, a Bahia conta com 403 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Cultural Palma-

res, do Governo Federal. As atividades que beneficiam essas comunidades têm ações distribuídas e execu-tadas por 11 secretarias e quatro órgãos estaduais, que compõem o Grupo Intersetorial para Quilombos, de acordo com a Política Estadual das Comunidades Remanescentes de Quilombos, instituída pelo Decreto 11.850, em 2009.

• No período de 2007 a 2011, foram concluídos 11 processos de Discriminatória Administrativa Rural para regularização das terras devolutas do Estado, historicamente ocupadas por comunidades quilombolas. Outros 11 processos estão em curso.

Com relação à infraestrutura, estão em obras os sistemas de abastecimento de água do Programa Água Para Todos, que beneficiarão 2,7 mil famílias de 18 comunidades quilombolas em seis municípios. Sete mi-lhões de reais já estão em execução.

• Pré-selecionados projetos de 19 municípios e 68 comunidades quilombolas, no PAC2 Funasa, para exe-cução de 6,1 mil unidades sanitárias.

• 579 cisternas foram implantadas, beneficiando 33 comunidades quilombolas e duas comunidades indí-genas, atendendo a famílias cadastradas no Programa Bolsa Família.

• Com o Programa Luz Para Todos, 2,3 mil novos domicílios de 58 comunidades quilombolas receberam ligações de energia elétrica.

• Criado o Programa de Monitoramento da Qualidade das águas dos Povos e Comunidades Tradicionais, beneficiando 100 comunidades, em 16 Regiões de Planejamento e Gestão das Águas.

• Realizados Curso de Formação em Processo Produtivo em sete comunidades quilombolas, benefician-do 120 famílias.

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Balanço das Ações138

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• Realizadas oficinas sobre conflitos quilombolas envolvendo 40 comunidades de 17 municípios.

• Realizadas Oficinas de fortalecimento institucional em 100 comunidades.

• Elaborados diagnósticos de 11 regiões para construir os Planos de Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental Sustentáveis (Planseas) para Comunidades Quilombolas.

O esforço do Governo do Estado, no sentido de promover a educação para diversidade étnico-racial, pode ser observado com ênfase nas ações educacionais para as comunidades quilombolas.

• Existem quatro escolas estaduais em comunidades quilombolas e uma escola em construção.

• Realizado o Curso de Formação em Educação Quilombola, beneficiando 100 lideranças e 250 profes-sores, que atuam em escolas quilombolas ou recebem estudantes dessas comunidades.

• Foram qualificadas 160 lideranças quilombolas para o controle social da implementação da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana.

• Realizados Seminários e Fóruns para debater a Educação nas Comunidades Quilombolas, com a parti-cipação total de 450 educadores e 180 lideranças.

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Governo da Bahia 139

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Povos Indígenas As demandas históricas dos povos indígenas também são contempladas por este Governo, que promove o

diálogo com 15 etnias por meio da realização sistemática de reuniões e eventos, que buscam garantir as metas traçadas no Plano de Trabalho Operativo de Políticas para Povos Indígenas, elaborado em 2010.

• Em 2011, foram formados 101 professores em magistério indígena e 116 estão em formação. 205 Pro-fessores e Gestores da Educação Indígena receberam formação continuada. Foi reconhecida, em 2011, através da Lei 12.046/2011, a carreira de professor indígena.

• 20 escolas indígenas estão em construção.

• Criado, em 2007, o Grupo Executivo Intersetorial (GEI), com a finalidade de propor ações integradas para os povos indígenas.

• Instalado, em março de 2010, o Conselho Estadual dos Direitos dos Povos Indígenas (Copiba), através da Lei 11.897, para formular a Política Estadual de Proteção aos Povos indígenas na Bahia.

• Foi realizada a Segunda Conferência Setorial Indígena, em 2011.

• Lançadas três publicações com dois mil exemplares distribuídos, entre março de 2010 e maio de 2011:

• “Povos Indígenas e Governo da Bahia – recomendações para uma política de respeito e inclusão”, “Pla-no de Trabalho Operativo de ações Integradas para os Povos Indígenas na Bahia/2010” e “Povos Indígenas e Governo da Bahia: garantir os direitos dos povos indígenas é respeitar a nossa própria história”.

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Balanço das Ações140

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• Duas incubadoras indígenas da Economia Solidária recebem apoio do Governo.

• Os Jogos Indígenas Pataxó, disputados na aldeia de Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, reuniram em torno de 1,2 mil participantes em quatro edições.

• Pelo programa Morada Indígena, estão em andamento dois projetos com recursos estaduais, benefi-ciando 230 famílias indígenas em duas aldeias.

POLÍTICAS PARA AS MULHERES As políticas para as mulheres no Estado da Bahia têm dois eixos prioritários de atuação: prevenir e enfren-

tar a violência contra as mulheres; e fortalecer a autonomia econômica, social, cultural e política das mulheres urbanas e rurais, com ênfase na inclusão produtiva. Para isso, é fundamental garantir a articulação dessas po-líticas públicas com o conjunto das demais já existentes no âmbito do Estado, assegurando a transversalidade das ações em toda a estrutura de governo.

• A política de enfrentamento à violência foi articulada a partir do Pacto Estadual pelo Enfrentamento da Violência contra a Mulher, que reúne um conjunto de ações executadas por seis secretarias estaduais, Defen-soria Pública, Ministério Público e Tribunal de Justiça. Dele resultaram os Pactos Territoriais de 9 territórios de identidade.

• Estruturada a Rede de Atenção à Mulher em Situação de Violência, com a implantação de serviços de atenção em 23 municípios, de 22 Territórios de Identidade, incluindo centros de referência, núcleos de atendimento, casa abrigo e Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, além de núcleos da Defensoria Pública, do Ministério Público e da Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar.

• Os Conselhos Municipais de Defesa dos Direitos da Mulher foram ampliados de 12 para 30 municípios entre 2007 e 2011.

• O Fórum Estadual de Gestoras Municipais de Políticas para as Mulheres, está em funcionamento com a adesão de 21 Municípios.

• Em 2011, foram firmados convênios para apoiar sete projetos sociais para estruturar, reformar e capa-

citar os Centros de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (CRAM) dos municípios de Camaçari, Cruz das Almas, Feira de Santana, Lauro de Freitas e Salvador.

• A Bahia foi o primeiro estado do país a aderir à Rede Cegonha. O programa do Governo Federal é composto por um conjunto de ações que busca assegurar, através do Sistema Único de Saúde (SUS), um atendimento eficaz e humanizado, desde a gravidez, até os dois anos do bebê.

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Governo da Bahia 141

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• Lançada a linha Rastreando o Câncer de Mama, do Programa Saúde em Movimento, que prevê exames de Rastreamento de Câncer de Mama, pelo deslocamento de equipamentos e profissionais, nas 28 Micror-regiões do Estado.

• Realizada a 3ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia, com a participa-ção de 960 pessoas.

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Governo da Bahia 143

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Cultura

A descentralização das atividades e programas governamentais na área da Cultura, aliada à democra-tização do acesso aos recursos públicos caracterizaram o novo modelo de gestão do Governo do Estado para o setor. Tendo como meta a construção de uma cultura cidadã, com a predominância

de valores democráticos, a atual administração assumiu os Territórios de Identidade como referência para contemplar a diversidade de manifestações culturais existentes na Bahia por meio de políticas públicas.

Uma das maiores conquistas desta gestão foi a aprovação, em 2011, da Lei Orgânica da Cultura da Bahia, construída de forma participativa ao longo de três anos e que tornará mais eficiente as ações do setor. A lei institui, entre outros pontos, o Sistema Estadual de Cultura, que tornará possível uma maior articulação entre os governos municipais, estadual e federal.

A aprovação da Lei Orgânica foi parte de um processo mais amplo, iniciado em 2007, de fortalecimento do setor, por meio da criação de novas instituições, reforma das existentes, qualificação da gestão e for-mação de pessoal, além de consolidação de procedimentos republicanos de apoio, tais como as seleções públicas e editais. Para fomentar a cultura em todos os territórios, os programas foram reestruturados e ampliados, a exemplo do Fundo de Cultura, que apoiou, ao longo de cinco anos, mais de 900 projetos, com investimento de 14,7 milhões no ano de 2011, e o Fazcultura, que patrocinou 263 projetos com recursos da ordem de R$ 54,7 milhões.

Ao levar as políticas culturais ao interior e à periferia de Salvador, o Governo reconheceu a cultura como necessidade básica, direito de todos os baianos. Destaque para a implantação de 149 Pontos de Cultura em 104 municípios, com investimentos, até 2011, de R$ 27 milhões dos Governos Federal e Estadual, e a ampliação do acesso da população aos equipamentos e bens culturais. As bibliotecas públicas e comunitárias foram dinamizadas e, hoje, os 417 municípios baianos contam com esse equipamento. Também foi instituído o Sistema Estadual de Bibliotecas.

Programa de governo que visa à integração social por meio da prática de música erudita, os Núcleos Es-taduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojibá) realizaram mais de 170 apresentações, com o pú-blico estimado de 110 mil pessoas. O Neojibá também realizou concertos na Inglaterra, Portugal, Alemanha e Suíça. O sucesso do projeto fez com que um núcleo fosse criado em Simões Filho.

Em 2011, foi criado o Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), responsável por implementar políticas de valorização e fortalecimento das manifestações populares e de identidades: as culturas afro--brasileiras, sertanejas, indígenas, de gênero, de orientação sexual, de grupos etários, que demandam uma política pública articulada e consistente, pela sua relevância histórica para a Bahia.

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Balanço das Ações144

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GESTÃO DA CULTURAFalar em gestão cultural implica implementar políticas, planos e projetos, consolidando a gestão demo-

crática e os procedimentos republicanos de apoio à cultura, tais como as seleções públicas e editais. Por isso, a criação de novas instituições, a reforma das existentes, a qualificação da gestão, a formação de pessoal em cultura e o estímulo à organização do campo cultural são vitais para o desenvolvimento cultural da Bahia. Nes-ta gestão, foi dada atenção a ampliação das formas de participação cultural, à transparência da gestão, além da democratização do Conselho Estadual de Cultura e ao apoio à criação de conselhos municipais de cultura.

Em 2011, foi aprovada, por unanimidade, a Lei Orgânica da Cultura da Bahia, construída de forma par-ticipativa e debatida desde 2008, por meio de eventos como a Conferência Estadual de Cultura, encontros setoriais e fóruns artísticos. A Lei 19.101/2011 , institui o Sistema Estadual de Cultura e regulamenta o Plano Estadual de Cultura. Com isso, haverá a integração de órgãos, aperfeiçoamento dos recursos e melhoria da eficiência das ações do setor.

• Foram implantadas 26 Representações Territoriais da Cultura.

• Elaborados os Planos de Desenvolvimento Territorial de Cultura nos Territórios Bacia do Jacuípe, Velho Chico e Sisal.

• Para construir as bases de uma política pública para as culturas populares e identitárias, foram realizados encontros de 14 povos indígenas, de artesanato e das culturas populares e identitárias da Bahia.

FOMENTO À CULTURAO entendimento da Cultura como fator de desenvolvimento levou o Governo da Bahia a estimular quem

faz cultura, por meio de mecanismos de financiamento não reembolsáveis, buscando equilibrar a aprovação de projetos na capital e no interior, fortalecendo, assim, a política de Territorialização da Cultura. As ações abrangem todos os 26 Territórios de Identidade.

Além do financiamento por meio do incentivo fiscal, como o Fazcultura, e do financiamento direto atra-vés do Fundo de Cultura, também estão disponíveis o Calendário de Apoios e mecanismos de financiamento reembolsável, em parceria com o Desenbahia, como o Microcrédito, Linhas de Crédito Fixo e Giro, o Credi-bahia Cultural e o Credifácil Bahia. A adoção dos editais como instrumentos democráticos e transparentes de apoio a projetos culturais foi consolidada.

• O Fundo de Cultura foi reestruturado, fortalecido e teve sua divulgação intensificada. Ao longo de cinco anos, foram apoiados mais de 900 projetos, com investimento total, no ano de 2011, de 14,7 milhões em 216 projetos. Por meio do Fundo, foram realizadas atividades em todas as linguagens artísticas, além de ações transversais, com projetos de formação de crianças e jovens nas diversas áreas artísticas, montagem e circulação de espetáculos e shows, realização de exposições, publicação de catálogos, intervenções urbanas e promoção de intercâmbio de artistas baianos.

• Foram selecionados 23 projetos pelo Apoio a Projetos Calendarizados, totalizando um investimento de

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Governo da Bahia 145

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R$ 2,3 milhões. Iniciativa inédita, implementada em 2011, tem como objetivo de consolidar, a médio prazo, uma Agenda Anual de Projetos Culturais, financiando a realização total ou parcial de cada um deles, potencia-lizando a visibilidade dos projetos como um todo.

• Como mecanismo de apoio a projetos de pequeno porte, o Calendário de Apoio a Projetos Culturais disponibilizou recursos de até R$ 10 mil para cada um dos 64 projetos de demanda espontânea, de 17 Territó-rios de Identidade. Foram priorizadas as propostas oriundas do interior do estado, desenvolvidas em áreas de maior risco social, relacionadas à capacitar e formar na área cultural ou direcionadas ao público infanto-juvenil.

• Entre 2007 e 2011, o Fazcultura patrocinou 263 projetos, com recursos da ordem de R$ 54,7 milhões, desonerando o ICMS às empresas patrocinadoras.

• Implantado, em 2009, o Programa de Apoio a Instituições Culturais, que regulamenta e estimula o forta-lecimento da gestão de 13 instituições culturais privadas sem fins lucrativos, como teatros, museus e centros culturais.

• Desde 2008, o Programa de Fomento Carnaval Ouro Negro apoia atividades e gestão de blocos de ma-triz africana durante o Carnaval de Salvador. Em 2011, 120 entidades se apresentaram.

• Em 2009 e 2010 houve investimento estadual no Carnaval Pipoca (R$ 8,6 milhões para trios e artistas independentes) e no Carnaval no Centro Histórico (R$ 2,7 milhões).

• Em 2011, 138 entidades entre blocos afro, de índios e afoxés se apresentaram e 107 artistas fizeram o Carnaval Pipoca;

RECUPERAÇÃO E PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIAA preservação da memória de um povo está diretamente relacionada à conservação de seu patrimônio

cultural, tanto material quanto imaterial. Nesses cinco anos, foram realizadas ações para preservar, recuperar, proteger, divulgar e dinamizar o patrimônio da Bahia.

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Balanço das Ações146

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• Concluídos tombamentos como Patrimônio Imaterial da Bahia: a Festa de Santa Bárbara (manifestação religiosa de 300 anos que abre o calendário festivo em Salvador), o Desfile dos Afoxés, a Capoeira, a Festa da Boa Morte de Cachoeira, o Carnaval de Maragogipe e o ofício dos vaqueiros.

• 44 bens imóveis foram tombados como Patrimônio Material da Bahia. Destacam-se: Casada Madragoa,

Igreja de Nossa Senhora de Brotas, sede do Corpo dos Bombeiros, Solar Bandeira, Palácio da Aclamação e Hotel da Bahia, todos em Salvador, e a Casa da Fazenda Paratigi do Barão, em Rafael Jambeiro. Usina Cinco Rios em São Sebastião do Passé e Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo em Itacaré;

Monumenta Ao atuar em cidades históricas protegidas pelo Instituto do Pa-

trimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o programa Monu-menta procura conjugar recuperação e preservação do patrimônio histórico com desenvolvimento econômico e social. Todas as cida-des, 26 no total, foram escolhidas de acordo com a representativi-dade histórica e artística, levando em consideração a urgência das obras de recuperação. Na Bahia, foram investidos R$ 24 milhões em requalificação de logradouros e restauração de monumentos tombados em três municípios baianos.

• Em Cachoeira, foram recuperados cinco monumentos e fi-

nanciados 32 imóveis privados.

• Em Lençóis, foram recuperados quatro monumentos e finan-ciados 33 imóveis privados.

• Em São Félix, foi entregue a nova orla, com a construção de calçadão, praça, jardins, sistema de ilumi-nação, estacionamento, além da reforma da balaustrada com temas barrocos.

Centro Antigo de SalvadorNo Centro Antigo de Salvador, que possui o maior conjunto arquitetônico colonial barroco português

preservado e integrante do Patrimônio Histórico da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, o governo estadual viabilizou diversas ações, como o restauro de monumentos, regu-larização de imóveis, capacitação de comerciantes, elaboração de projetos executivos e a implementação do Pelourinho Cultural, que promoveu mais de 3,2 mil apresentações, envolvendo mais de 2,1 mil artistas e grupos locais, nacionais e internacionais.

• Os casarões, monumentos e ruas do Pelourinho integram, desde agosto de 2011, o programa de manu-

tenção preventiva, que promoverá a recuperação pontual e constante e vai durar um ano, com investimento de R$ 15 milhões. A equipe, com cerca de 30 homens, já recuperou e pintou as fachadas e telhados de casa-rões na Praça do Cruzeiro de São Francisco, nas ruas Gregório de Mattos, Alfredo de Brito e das Laranjeiras, além do Portal do Carmo.

Os casarões, monumentos e

ruas do Pelourinho integram, desde agosto de 2011, o programa de manutenção preventiva

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Governo da Bahia 147

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• O Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal, pelo Monumenta, executa intervenções físicas em moradias de 105 famílias residentes no Centro Histórico de Salvador. 51% das obras do Programa Habitacional de Interesse Social (PHIS) para recuperar 27 casarões já foram executadas.

• Concluído o projeto de recuperação de três casarões em ruínas no Largo D’Ajuda, no valor de R$ 4,3 milhões, já aprovado pelo IPHAN, para construir residências estudantis para cerca de 80 discentes. O convê-nio é resultado da parceria com a Junta de Andaluzia (comunidade autônoma da Espanha).

• Em setembro de 2011, foi iniciada a licitação das obras do Novo Terminal Marítimo de Passageiros. O projeto contempla uma esplanada e um terminal de cruzeiros marítimos.

• Concluídas as obras de reforma e restauro do Palácio Rio Branco, da Igreja do Boqueirão e da Casa das Sete Mortes, da Igreja e do Cemitério do Pilar e da Igreja do Rosário dos Pretos.

• Realizadas obras de conservação do Solar Ferrão, Palácio da Aclamação e Largo de Jubiabá e concluídas as obras de infraestrutura do Mercado de Santa Bárbara.

• Entregue a primeira e a segunda etapa da iluminação do Centro Histórico de Salvador. A terceira etapa está em curso.

• Dois imóveis situados no Pelourinho foram cedidos para o Movimento do Teatro de Rua da Bahia e a Cooperativa de Teatro da Bahia.

DIFUSÃO DA CULTURA, AMPLIAÇÃO DE PÚBLICOS E MERCADOSAmpliar o acesso à população baiana, não só aos equipamentos culturais existentes no Estado, como

também a bens culturais locais, nacionais e internacionais foi uma importante ação do Governo no setor nos últimos cinco anos.

• Por meio dos Projetos de Difusão Artística e Cultural, as edições do Quarta que Dança, Salões Regio-nais de Artes Visuais, Festival 5 Minutos, Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger, Circuito do Samba, Segundas Musicais e Quintas do Teatro, propiciaram a apresentação e premiação de 126 espetáculos de dança, música e teatro, 150 vídeos curtametragem e a exposição de 338 obras de artes visuais desde 2007.

• O Circuito Popular de Cinema e Vídeo (CPCV) realizou 809 sessões, para cerca de 40 mil pessoas entre 2009 e 2010. O projeto exibe mostras de cinema e vídeo em espaços culturais em bairros da periferia de Salvador e em cidades do interior do Estado.

• O Projeto Pelourinho Cultural promoveu mais de 3,2 mil apresentações, envolvendo mais de 2,1 mil artistas e grupos locais, nacionais e internacionais.

• Foram realizadas 95 edições do Workshop de Elaboração de Projetos Culturais, em 65 cidades, para um público de 3,1 mil pessoas, até 2011.

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Balanço das Ações148

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• O Governo do Estado instituiu os meses temáticos. O Março do Teatro e do Circo, o Abril da Dança e o Novembro da Música, geraram um público de cerca de 50 mil pessoas nas atividades realizadas ao longo dos últimos cinco anos.

• O Núcleo de Teatro do TCA realizou a montagem de quatro espetáculos para um público de 12,3 mil pessoas desde 2007.

• Desde 2007, 45 mil pessoas assistiram 41 apresentações no projeto Domingo no TCA (Teatro Castro Alves), oferecendo espetáculos de qualidade e de diversos gêneros ao preço simbólico de um real.

• Realizadas, de janeiro a outubro de 2011, 52 mostras artísticas e outras ações artístico-educativas, como apreciação estética, seminários, workshops, com 11,2 mil alunos participantes.

• Com relação à inserção da música produzida na Bahia no mercado internacional, foi ampliado de um, em 2006, para 15, no biênio 2009/2010, o número de cantores e grupos do Estado nos catálogos sonoros para promoção internacional da música brasileira. Participação de grupos baianos na Expo Xangai (China) e na WOMEX, maior feira internacional de música Dinamarca.

• Pautas gratuitas para atividades artístico-cultural proporcionaram a realização de 308 sessões para mais de 43 mil pessoas em todo o Estado.

MuseusPor meio de investimentos no valor de R$ 18 milhões em manutenção, reformas, projetos e exposições,

os museus estaduais tiveram um aumento de 267% no número de visitantes entre 2007 e 2011. Em cinco anos, foram realizadas 146 exposições, recebendo um público de 1,3 milhão de pessoas.

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Governo da Bahia 149

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• Reativado o Sistema Estadual de Museus com o mapeamento de 203 espaços no Estado, sendo 86 na capital e 117 no interior. As 67,5 mil peças dos acervos dos museus do Estado foram catalogadas. Nesta ges-tão, foram realizados dois Encontros Baianos de Museus.

• O Centro Cultural Solar Ferrão foi reaberto em 2008, com restauro e exposição das coleções de arte sacra do Museu Abelardo Rodrigues, de arte africana Claudio Masella, de instrumentos de Walter Smetak e de arte popular Lina Bo Bardi, esta última fechada há 40 anos, desde a ditadura militar.

• Em 2009, foi concretizada a abertura do Museu Rodin Bahia no Palacete das Artes, em Salvador. Pela primeira vez, fora da França, o museu abriga exposição que conta com 62 trabalhos originais do artista. O acervo permanecerá na Bahia, em regime de comodato, até 2012.

BibliotecasEm consonância com os preceitos elaborados pela Unesco, as bibliotecas públicas e comunitárias foram

dinamizadas neste governo, que também recuperou e modernizou os espaços e implantou esses equipa-mentos em todos os 26 Territórios de Identidade. Também foi instituído o Sistema Estadual de Bibliotecas. Com isso, todos os municípios da Bahia já possuem bibliotecas públicas. Em cinco anos de gestão, foram realizadas exposições, encontros, palestras, exibição de filmes, cursos, oficinas, dentre outras ações culturais, promovendo a integração de 286.578 usuários, estimulando assim a inclusão social, a cidadania e a formação de novos leitores.

• Entre 2007 e 2011, foram implantadas bibliotecas em 152 municípios e capacitados 762 servidores municipais.

• Implantadas unidades de leitura em prisões de todo o Estado.

• Em Salvador, as bibliotecas estaduais passaram a abrir nos finais de semana e foram ampliados os servi-ços de atendimento a deficientes visuais e auditivos.

• Por meio do Programa Mais Cultura, foram modernizadas, em 2011, 50 bibliotecas públicas municipais em parceria com o Governo Federal e prefeituras municipais.

• Pelo Programa de Apoio à Implantação de Arquivos Municipais, foram implantados, em 2011, arquivos públicos nos municípios de Brumado, Camaçari e Ipirá. Também foram assistidos, por meio de assistência técnica, o Arquivo Público de Pojuca e modernizados os arquivos públicos dos municípios de Amargosa, Canavieiras e Irará.

todos os municípios da Bahia já possuem bibliotecas públicas

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Balanço das Ações150

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Mais Cultura• 243 projetos culturais foram selecionados em 211 municípios, por meio do edital Microprojetos Mais

Cultura para a região do semiárido.

• Identificadas 237 obras de 127 artistas por meio do Mapeamento dos Painéis, Murais e Monumentos Artísticos de Salvador.

• 23 bibliotecas comunitárias foram contempladas, em 2011, por meio do edital 002/2010, no valor de R$ 50 mil cada.

• Em 2011, foram contempladas com editais 149 iniciativas da sociedade, que desenvolvam projetos na área de livro e leitura, com R$ 20 mil cada. Também foram selecionados e formados 572 agentes de leitura.

• Para democratizar o acesso da população baiana ao cinema, foram liberados R$ 900 mil para instalar 67 Cines Mais Cultura, espaços para a exibição gratuita de filmes.

• Foram implantados 149 Pontos de Cultura em 104 municípios, com investimentos, até 2011, de R$ 27,1 milhões, sendo 18,1 aporte da União e 9 milhões do Governo do Estado.

NÚCLEOS ESTADUAIS DE ORQUESTRAS JUVENIS E INFANTIS DA BAHIA (NEOJIBÁ)Programa de governo que visa à integração social por meio da prática de música erudita, os Núcleos Es-

taduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojibá), foram criados em 2007. Atualmente, o projeto possui três orquestras: a Sinfônica Juvenil 2 de Julho (SJ2J), com 94 integrantes, entre 12 e 25 anos; a Or-questra Castro Alves (OCA), com 56 integrantes, entre 9 e 18 anos, e a Orquestra Juvenil da Bahia / Youth Orchestra of Bahia (YOBA), formada pelos 100 melhores integrantes do projeto.

• Desde 2007, foram realizadas 170 apresentações, com o público estimado de 110 mil pessoas. Em

2010, foram realizados concertos em Londres e Lisboa. Em 2011, se apresentaram no Young Euro Classic, festival que acontece há 11 anos em Berlim, e no Festival Musiques en Éte, em Genebra, Suíça.

• Em 2011, o projeto foi ampliado, com a criação do primeiro Núcleo de Prática Orquestral do Neo-jibá fora de Salvador, atendendo 160 jovens, entre 5 e 14 anos, em turmas de orquestra de cordas e de coral, em Simões Filho. A expansão foi uma parceria entre o Governo, instituição sem fins lucrativos e empresa privada.

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Governo da Bahia 151

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Juventude

A compreensão de que os jovens são agentes imprescindíveis para o desenvolvimento do Estado fez com que a atual administração passasse a articular e integrar os diferentes programas, projetos e ações das diversas secretarias à estratégia de incluir esta população socioprodutivamente, não so-

mente como beneficiária, mas também como sujeito ativo. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 28% da população baiana tem idade entre 15 e 29 anos, cenário que faz a Juventude merecedora de atenção e legislação diferenciadas.

Portanto, garantir os direitos destes 3,94 milhões de cidadãos é um dos desafios do Governo, que, de ma-neira democrática e participativa, construiu, junto com a sociedade, o Plano Estadual de Juventude na Bahia, instituído pela Lei 12.361/2011. Considerando gênero, orientação sexual, raça, etnia, deficiência e local de residência, o Plano eleva o caráter das políticas de juventude, efetivando-as nos níveis estadual e municipal. Além disso, aponta metas e objetivos para os próximos 12 anos e entre seus objetivos estratégicos está a garantia dos direitos da juventude.

O Plano Estadual da Juventude foi resultado de uma intensa mobilização juvenil, que começou com a I Conferência Estadual, realizada em 2008, e culminou, em outubro de 2011, com a II Conferência Estadual da Juventude, que reuniu mais de dois mil jovens de todas as regiões do Estado, durante três dias, em Salvador.

As conferências estaduais mobilizaram mais de 110 mil jovens em cerca de 273 encontros municipais e 48 territoriais, além de contar com uma conferência dirigida a jovens em cumprimento de medida socioeduca-tiva e outra para os povos e comunidades tradicionais. Além disso, foram eleitos 92 delegados para repre-sentar a Bahia no encontro nacional, em Brasília. Duas vagas ficaram com jovens em cumprimento de medida socioeducativa e três para as comunidades e povos tradicionais, uma iniciativa pioneira no País.

Todo esse processo foi assessorado pelo Conselho Estadual de Juventude, constituído pela atual adminis-

tração em 2008. Principal instrumento de defesa dos direitos dos jovens na Bahia, o Conselho funciona como um espaço institucional de construção de políticas, envolvendo o Governo e a sociedade.

Reconhecendo as desigualdades raciais existentes na sociedade brasileira o Governo da Bahia desenvolveu ações dirigidas à promoção da igualdade racial nos vários segmentos, com ênfase na população juvenil. Por meio de ações de apoio às políticas de ações afirmativas, inclusão digital de jovens afrodescendentes e apoio às iniciativas da sociedade civil o Governo vem contribuindo para a emancipação da juventude negra com vista a combater o racismo e fomentar a cidadania afrobrasileira em nosso Estado.

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Balanço das Ações152

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INCLUSÃO SOCIAL Como resultado da I Conferência Estadual da Juventude, foi apresentado, como uma das principais dire-

trizes, o desenvolvimento e execução de políticas públicas específicas para a juventude baiana. O Governo Estadual, nesse sentido, desenvolveu programas transversais voltados para o trabalho, à cultura e ao combate à violência.

Em 2008, foi criado o Programa Estadual de Inserção de Jovens no Mundo do Trabalho (Trilha), direcio-nado a jovens oriundos de situação de vulnerabilidade social, de 16 a 29 anos, residentes na zona urbana e rural pertencentes a famílias cadastradas no Bolsa Família do Governo Federal. O programa envolve ações integradas de educação, trabalho, agricultura e desenvolvimento social. São três linhas de atuação fundamen-tais: elevação da escolaridade, qualificação profissional e inserção no mercado de trabalho.

• Atendendo um público de cerca de 48 mil jovens, o Trilha desenvolveu ações em 202 municípios.

• O Trilha Trabalho qualificou mais de oito mil jovens até 2011.

• Pelo Programa Jovens Baianos, foram beneficiados 8,6 mil jovens atendidos em 11 projetos. O pro-grama é destinado aos jovens de 16 a 24 anos, em situação de vulnerabilidade social e a famílias cuja renda mensal per capita não ultrapasse a meio salário mínimo.

• 1,1 mil jovens agricultores rurais foram beneficiados por meio de ações de inclusão produtiva na área rural, em 33 projetos.

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• Pelo Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem), em parceria com o Governo Federal, foram matriculados 30 mil jovens, sendo 16,5 mil na modalidade Urbano, 9,7 mil na modalidade Trabalhador, e 3,8 mil na modalidade Campo Saberes da Terra. O Projovem promove a reintegração do jovem ao processo educacional, tendo como foco a sua qualificação profissional e o seu desenvolvimento humano. Além do Trilha, outras ações voltadas para a juventude também tiveram destaque nesta administração.

• Pelo projeto Consórcio Social da Juventude Rural, 1,2 mil jovens, de 16 a 24 anos, foram qualificados em 22 municípios do Estado.

• Com o Programa de Qualificação de Recursos Humanos em Informática, 1,6 mil jovens de famílias de baixa renda foram capa-citados em linguagem de programação, rede de computadores, design de interfaces e suporte em seis municípios além de turmas na aldeia indígena Pankararê.

Programas Jovem Aprendiz e Mais FuturoOs Programas Jovem Aprendiz e Mais Futuro são realizados em articulação com as Voluntárias Sociais da

Bahia para preparar jovens em situação de vulnerabilidade social para o mundo do trabalho. Entre 2007 e 2011, foram 3,2 mil jovens contemplados com os dois programas.

O Programa Jovem Aprendiz possibilita a jovens de 14 a 18 anos serem admitidos na condição de apren-dizes, para adquirirem conhecimentos teóricos e práticos de um ofício.

Já o Programa Mais Futuro é destinado a capacitar jovens de 18 a 24 anos para a vida profissional, inse-rindo-os em atividades administrativas em secretarias, órgãos e autarquias estaduais. Antes de começar a trabalhar, o jovem passa por capacitação oferecida pelas Voluntárias Sociais. Depois de contratado, o salário é de R$ 556, mais auxílio-alimentação, transporte e plano de saúde.

EDUCAÇÃOO Governo do Estado entende que a educação é o melhor instrumento de inclusão social da juventude.

As ações nesta área vão desde o resgate de jovens excluídos do processo educativo, passando pela prepara-ção para o mercado de trabalho, por meio do ensino profissionalizante, chegando ao ensino superior.

• Por meio do Todos Pela Alfabetização (Topa), maior programa de alfabetização em andamento no País, direcionado para atender pessoas acima dos 15 anos, a atual gestão consegue resgatar jovens excluídos do processo educativo.

• Para aqueles que querem continuar seus estudos, o governo também garante a educação básica por meio do programa Educação de Jovens e Adultos (EJA) em 908 escolas da rede pública estadual.

a educação é o melhor instrumento de inclusão social da

juventude

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• Instrumento estratégico de inclusão socioeconômica, a educação profissional objetiva a formação contí-nua e sistemática de jovens com ensino médio e fundamental incompletos e jovens egressos do ensino médio público, preparando-os para o mundo do trabalho. Em cinco anos, o número de matrículas saltou de quatro mil, em 2006, para 50,4 mil, em 2011.

ASSISTÊNCIA SOCIALPor meio do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), que atua com adolescentes que

cometeram ato infracional e cumprem medida socioeducativa, são priorizadas as medidas em meio aberto (prestação de serviço à comunidade e liberdade assistida) em detrimento das restritivas da liberdade. Trata--se de uma estratégia que busca reverter a tendência crescente de internação dos adolescentes, bem como confrontar a sua eficácia invertida, uma vez que se observa que a elevação do rigor das medidas não tem melhorado substancialmente a inclusão social dos egressos do sistema socioeducativo.

O Sistema Informatizado de Proteção a Infância e Adolescência (SIPIA) é um sistema nacional de registro e tratamento de informa-ção sobre a promoção e defesa dos direitos fundamentais, preco-nizados no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069/90). Trata-se de mecanismo criado em 1997, dentro do Plano Nacional da Política de Direitos Humanos para gerar informações com a fi-nalidade de subsidiar a adoção de decisões governamentais sobre políticas para crianças e adolescentes, garantindo-lhes acesso à ci-dadania.

O Sistema permite a produção de conhecimentos específicos, de situações concretas de violação de direitos de criança e adolescente, identifica medidas de proteção e sócio educativas necessárias, através de relatórios de situação.

Possibilita ainda conhecer e apoiar o funcionamento dos Conselhos de Direitos, Tutelares e Fundos para a Infância e Adolescência.

ARTEO Governo do Estado busca sedimentar as diversas linguagens artísticas entre os jovens baianos.

• Um dos destaques deste Governo são os Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojibá), que foram criados em 2007 e envolvem cerca de 150 integrantes. Por meio da prática coletiva de música, crianças e jovens de escolas públicas podem adquirir uma sensibilidade especial, com um alto nível de excelência, criando ferramentas essenciais para o desenvolvimento pleno das suas capacidades. Desde 2007, foram realizadas 170 apresentações, com o público estimado de 110 mil pessoas.

• Outros três projetos integram a nova política para a juventude baiana com grande destaque. O Festival Anual da Canção Estudantil (Face), o Projeto Tempos de Arte Literária (TAL) e o Projeto Artes Visuais Estu-

69 unidades escolares estaduais participam

do Escola Aberta

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dantis (AVE) mobilizam anualmente mais de um milhão de estudantes da rede pública estadual da Bahia. Estas iniciativas integram arte, cultura e educação, estabelecem uma nova relação entre os jovens e o seu ambiente social e revelam as múltiplas faces e os traços da diversidade sociocultural e artística da Bahia.

• Para fomentar ações de leitura nos 260 Pontos de Leitura, foram selecionados e formados mais de 500 agentes, jovens entre 18 e 29 anos. Os agentes atuam na democratização do acesso ao livro, por meio de visitas domiciliares, empréstimos de livros, criação de clubes de leitura e saraus literários abertos à população em geral.

• Cerca de 70 unidades escolares estaduais participam do Escola Aberta. O programa atende ao público juvenil, promovendo atividades artísticas, esportivas e culturais, durante os finais de semana.

• Com o Projeto Fanfarras Escolares no Compasso da Juventude, 55 módulos de instrumentos musicais foram encaminhados para revitalização e 29 novas fanfarras foram implantadas.

• A atuação de jovens negros da periferia na produção de conteúdos audiovisuais através dos projetos TV Pelourinho, TV Irecê e TV Itamaraju, carrega um valor simbólico importante para a autoestima da juventude excluída do estado ao promover o conhecimento técnico, garantindo uma inserção qualificada destes jovens no mundo do trabalho, ampliando as perspectivas de inclusão em cadeias produtivas de maior remuneração. Foram beneficiados 35 mil jovens em 46 municípios.

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Esporte e Lazer

O Governo da Bahia desenvolveu ações e ampliou a atenção dada ao esporte e ao lazer por en-tender que, além de direitos sociais, essas práticas melhoram a qualidade de vida do cidadão integrando-se com as políticas de saúde, educação, segurança e cultura. Investir nesses setores

garante a inclusão social, contribui com a redução dos índices de violência e de vulnerabilidade às drogas e promove o desenvolvimento humano.

Duas vertentes de ações se destacaram nos últimos cinco anos. A

primeira refere-se ao investimento de R$ 42,3 milhões para garantir à população a uma melhor infraestrutura para a prática esportiva. Foram reformadas e construídas dezenas de equipamentos esporti-vos em todo o território baiano, como ginásios, quadras poliespor-tivas, piscinas semiolímpicas, pistas de skate e campos de futebol. O Estádio Metropolitano Roberto Santos (Pituaçu) também foi refor-mado e ganhou padrão internacional. Com a obra, Salvador sediou, após 10 anos, uma partida de futebol com a seleção brasileira.

Na segunda vertente, o Estado desenvolveu políticas e ações de apoio ao esporte e aos atletas. Por

meio do Faz Atleta, foram beneficiados 335 esportistas, 12 equipes e 95 eventos esportivos em cinco anos. Também foram concedidas 92 bolsas de esportes através do Bolsa Esporte. Os Jogos Abertos do Interior mostraram a revitalização do esporte amador, com a participação de mais de 100 municípios e 26 mil atletas.

De outro lado, a estratégia de fazer da Bahia o destino de grandes eventos esportivos nacionais teve gran-

de êxito no período. O Estado foi sede da Copa Mundial de Judô por Equipes por dois anos consecutivos, Salvador se tornou destino de regatas internacionais e de uma das etapas do Campeonato Brasileiro de Stock Car desde 2009.

Sediar a Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, da América de 2015 e os jogos de futebol das Olimpíadas de 2016 são realizações que ficarão marcadas na vida esportiva do Esta-do. O dinamismo econômico que se estabelecerá com tais eventos, proporcionará crescimento dos negócios do esporte, além de promover a Bahia como destino para os megaeventos esportivos. O legado desses even-tos para a população será permanente, com a melhoria da infraestrutura urbana, geração de trabalho e renda, revitalização do Centro Antigo de Salvador, incremento no turismo e potencialização de novos investimentos na cidade, além de proporcionar uma visibilidade internacional positiva.

COPA 2014 A escolha de Salvador como uma das sedes da Copa comprovou a importância da Bahia no cenário des-

portivo nacional. Para sediar esse megaevento esportivo na capital baiana, o Governo lançou, em setembro de 2011, o Plano Diretor da Copa 2014 na Bahia, com projetos prioritários voltados para intervenções nas

Por meio do Faz Atleta, foram

beneficiados 335 esportistas

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Balanço das Ações158

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áreas de mobilidade urbana, infraestrutura, turismo e hotelaria, segurança, construção de novo estádio, com vistas a preparar a cidade de Salvador, a região metropolitana e municípios do entorno, para o evento.

Sem abrir mão do conceito arquitetônico, Salvador ganhará um novo estádio da Fonte Nova, totalmente

reformulado e moderno. O novo equipamento terá três anéis e uma cobertura, feita em estrutura leve e transparente para não prejudicar a visão do entorno do estádio. Terá capacidade para 50 mil espectadores, camarotes, área para jornalistas, espaço cultural, salões de negócios e eventos, restaurante panorâmico e cerca de duas mil vagas de estacionamento. Com 2.100 pessoas trabalhando nas obras do estádio (em de-zembro de 2011), a previsão da conclusão das obras é dezembro de 2012.

• Assinada, em janeiro de 2010, Parceria Público-Privada para construção e operação da Arena Fonte

Nova, no valor de R$ 591,7 milhões.

• Concluída 40% das obras da Fonte Nova, com finalização das etapas de implosão e demolição (onde houve aproveitamento de 75% dos resíduos no próprio canteiro), terraplanagem e fundações do estádio. Em execução: montagem de superestrutura, pilares, vigas e lajes.

• Elaborado o projeto Plano Mestre de Acessibilidade para a Copa para a garantia dos direitos das pessoas com deficiência.

• Assinado pelos governos Federal, Estadual e Municipal aditivo à Matriz de Responsabilidades da Copa para intervenções no Porto e Aeroporto Internacional de Salvador, em fase de licitação.

• Com relação à mobilidade urbana, foi escolhido o sistema multimodal, formado pelo metrô, que a partir do Aeroporto, passará pela Avenida Paralela até a Rótula do Abacaxi (Acesso Norte). Também estão previstas linhas exclusivas de ônibus nas vias alimentadoras. Editais de licitação em elaboração para concessão

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dos serviços e obras sob Parceria Público Privada PPP da Linha 2 (Salvador/Lauro de Freitas) e a operação da Linha 1 (Pirajá/Lapa).

• Os projetos de rotas de pedestres e microacessibilidade estão em licitação, no valor de R$ 38,5 milhões.

• A FIFA aprovou Salvador, sob condicionante, como uma das sedes da Copa das Confederações em 2013, em outubro de 2011.

• O Governo da Bahia assinou memorando para a realização de três edições da Fórum da Soccerex, evento que reúne os principais empresários da indústria do futebol mundial em Salvador (2014, 2015 e 2016), viabilizando um importante diferencial em relação às demais sedes da Copa do Mundo.

PITUAÇU Reformado em 2009, o novo Estádio Metropolitano Roberto Santos, que integra o Complexo Esportivo

de Pituaçu, já faz parte da vida dos baianos. Com investimentos de R$ 55 milhões, a arena esportiva, inaugu-rada em 1979, teve sua capacidade ampliada de 16 mil para 32,1 mil torcedores. De padrão internacional e dentro das exigências do Estatuto do Torcedor, o equipamento conta com uma praça do torcedor, com 12 mil metros quadrados, duas tribunas, uma de honra com 78 lugares e outra para a imprensa, equipada com 12 cabines para rádio e tevê. Também foram realizadas intervenções no sistema viário que dá acesso ao local.

• Está em execução projeto piloto de usina de geração de energia elétrica através do aproveitamento

solar fotovolaico. A energia produzida será destinada ao consumo do Estádio. OLIMPÍADAS 2016 Maior evento esportivo do planeta, as Olimpíadas serão realizadas no Brasil em 2016, com sua sede na ci-

dade do Rio de Janeiro. Salvador será uma das quatro subsedes do evento junto com Belo Horizonte, Brasília e São Paulo e receberá jogos do futebol olímpico, nas categorias masculino e feminino. Entre as condições que fundamentaram a escolha da Bahia pelo Comitê Olímpico Brasileiro está a infraestrutura proposta para a Copa de 2014. A Fonte Nova, que será reconstruída para o campeonato mundial, servirá como subsede das Olimpíadas.

DESENVOLVIMENTO DO ESPORTE E LAZERNesses cinco anos, o governo teve como objetivo ampliar, democratizar e universalizar o acesso à prática

e ao conhecimento do esporte e do lazer, integrando suas ações às demais políticas públicas, favorecendo o desenvolvimento humano e a inclusão social. Destaca-se a ampliação dos espaços esportivos na Bahia com a construção de piscinas semi-olímpicas no interior e na capital, quadras poliesportivas, reforma de ginásios e estádios de futebol.

Estão sendo investidos recursos em reforma ou construção de equipamentos esportivos, como qua-

dras poliesportivas, piscinas, estádios de futebol, pistas de skate, praças de convivência e ginásios, através de formalização de convênios e contratos, em todos os territórios. Os investimentos somam o montante de R$ 42,3 milhões.

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Balanço das Ações160

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• Construídas 75 quadras poliesportivas e três foram reformadas. Outras 95 quadras estão com obras em execução.

• Reformados 5 estádios e 5 ginásios, além de construídas 5 piscinas semiolímpicas.

• Estão em construção 17 estádios, 3 pistas de skate, 4 campos de futebol, 2 praças de convivência e 1 piscina semi olímpica.

• Três estádios estão em reforma.

• Já se encontra na fase de licitação o Complexo Esportivo Aquático que será construído em Salvador.

Diversas ações foram realizadas, buscando fazer da Bahia o destino de grandes eventos esportivos, teve grande êxito o apoio do Estado à formação de atletas e apoio a eventos esportivos.

• Em todo o Estado, 507 entidades (Prefeituras, ligas desportivas, entidades esportivas sem fins lucrativos e associações de bairros) receberam material esportivo, beneficiando 143 mil pessoas.

• A Caravana do Lazer, projeto do governo estadual que desenvolve atividades de caráter lúdico-recrea-tivo, percorreu 45 municípios de 14 Territórios de Identidade. Foram realizados os Dias de Lazer, com 63,3 mil crianças beneficiadas, e capacitadas duas mil pessoas como Multiplicadores de Lazer.

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• Foram beneficiados, entre 2007 e 2011, 335 atletas, 12 equipes e 95 eventos esportivos com o Progra-ma Estadual de Incentivo ao Esporte Amador Olímpico e Para-olímpico (Faz Atleta). No período, o programa aprovou R$ 15,9 milhões para 442 projetos.

• Concedidas 92 bolsas de esportes por meio do Programa Estadual para Apoio à Prática do Esporte (Bolsa Esporte), com o objetivo de possibilitar um suporte para o treinamento e a participação dos atletas em competições regionais, nacionais e internacionais.

• Realizada, em 2011, na capital baiana, uma das etapas do Campeonato Brasileiro de Stock Car, pelo terceiro ano consecutivo. O evento se repetirá, em Salvador, até 2013.

• Nas Escolas de Esportes, mais de 63,9 mil pessoas, entre crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência foram atendidas em aulas de natação, futsal, vôlei, basquete, handebol, karatê, ginástica e futebol. As ações de iniciação esportiva acontecem em Salvador (Nordeste de Amaralina, Plataforma e Península Itapagipana) e em 29 municípios do interior.

• Salvador sediou a partida de futebol das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010 entre as seleções do Brasil e do Chile.

• Os Jogos Indígenas Pataxó, disputados na aldeia de Coroa Vermelha, em Santa Cruz de Cabrália, reuni-ram uma média de 1,2 mil participantes em quatro eventos anuais;

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Balanço das Ações162

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• Foram realizados receptivo de regatas: Clipper Race, Mini Transat 6.50 – dois anos, Transat Jacques Vabre, Rally des iles du Soleil – quatro anos, Regata Heineken Cape to Bahia 2009, Charente-Maritime/Bahia Transat 6.50 e Regata Aratu- Maragogipe.

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Justiça, Cidadania e Direitos Humanos

A partir da ampla participação da sociedade, o Governo do Estado vem realizando um conjunto de ações para promoção, proteção e defesa dos direitos humanos com o desafio de acelerar o processo de atendimento a demandas históricas de segmentos sociais mais frágeis por dignidade,

liberdade, segurança e cidadania. Por isso, estão tendo voz ativa, em termos político-institucionais, os índios, negros, pobres, a população LGBT, os idosos, as pessoas com deficiência, crianças e os adolescentes crimina-lizados e ameaçados, dentre outros.

Para a consolidação da política de valorização da pessoa humana

estão sendo realizadas ações, subdivididas em três principais eixos: Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos Humanos, que inclui proteção a grupos vulneráveis; melhoria do serviço de proteção ao consumidor; e a Humanização do Sistema Prisional, com a reinser-ção de pessoas privadas de liberdade ao convívio social e melhoria das condições das unidades prisionais.

Estas iniciativas só foram possíveis mediante o olhar de um go-

verno democrático, determinado a trabalhar por uma sociedade mais justa, humana e inclusiva. A participação social tem se concre-tizado por meio de Conferências Estaduais e eventos diversos reali-zados em parceria com a sociedade civil, a exemplo da Conferência Estadual de Políticas para Pessoas Idosas e da Conferência Estadual “Por um País livre da pobreza e da discriminação: promovendo a cidadania LGBT”, ambas realizadas em 2011.

Além de lançar, em 2010, o Plano Estadual de Direitos Humanos e o Plano Estadual de Educação em Direi-

tos Humanos, em 2011, grandes avanços foram realizados no campo da Justiça, Cidadania e Direitos Huma-nos, com a criação de uma secretaria para tratar exclusivamente do sistema penitenciário. Outro destaque foi a criação de órgãos, em 2011, no âmbito da estrutura do Governo, para tratar especificamente da prevenção e acolhimento aos usuários de drogas e apoio a suas famílias, dos direitos das pessoas com deficiência e de políticas para pessoas idosas.

Na área de proteção e defesa do consumidor, o Governo Estadual dobrou a rede de atendimento à popu-

lação, com a inauguração de cinco novos postos e o atendimento, em cinco anos, de 252,3 mil pessoas, sendo 87% dos casos solucionados em menos de quatro meses.

A participação social tem se

concretizado por meio de Conferências Estaduais e eventos diversos realizados em parceria com a

sociedade civil

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Balanço das Ações164

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PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS HUMANOSSão prioridades da atual administração, a formação e intensificação da cultura da cidadania para os idosos,

pessoas com deficiência, povos indígenas, homossexuais e vítimas de todo tipo de violação de direitos. • Entre janeiro de 2007 e outubro de 2011, foram atendidas 22 mil pessoas nos cinco Núcleos de Direi-

tos Humanos (NUDHs): três em Salvador (CAB, Cajazeiras e Lobato) e dois no interior (Palmeiras e Santo Antônio de Jesus).

• Foi implantado o Centro de Atendimento às Vítimas de Violência (Ceav), em Salvador, com atendimento psicossocial e jurídico, orientação e acompanhamento às vítimas de violência, familiares e seus dependentes.

• Com abrangência estadual, foi implantado, em 2009, o Programa de Proteção aos Defensores de Direi-tos Humanos e, em 2010, o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte.

• Implantado o Núcleo de Enfrentamento ao tráfico de pessoas em Salvador, em março de 2011 e capa-citados 60 agentes multiplicadores.

Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência• Lançado o Plano Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência, por meio do Decreto Estadual

12.521/2010 e realizada Audiência Pública para divulgação do Plano e legislação pertinente.

• Implantada superintendência para tratar, exclusivamente dos direitos das pessoas com deficiência.

• Distribuídas cinco mil cartilhas, do Projeto “Um por Todos e Todos Pelo Outro” com o objetivo de mobilizar os cidadãos para construir uma sociedade inclusiva e acessível.

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• Realizada Operação Acessibilidade em parceria com o Procon-BA para vistoria das condições de aces-sibilidade de agências bancárias, shoppings e hotéis em Salvador.

• Elaborado Plano Mestre de Acessibilidade para a Copa do Mundo Fifa Brasil 2014.

• Qualificadas quatro mil pessoas sobre inclusão das pessoas com deficiência, através de seminários, cur-sos, oficinas, em Salvador e no interior.

Enfrentamento ao Uso de Drogas• Criada superintendência, em 2011, para tratar exclusivamente da prevenção e acolhimento ao usuário

de drogas e apoio à sua família.

• Elaborada a Política Estadual sobre Drogas, no âmbito do Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen).

• Elaborado o Plano de Enfrentamento ao Abuso de Álcool, Crack e outras Drogas, na Câmara Setorial de Enfrentamento ao Crack, do Programa Pacto pela Vida, em outubro de 2011.

HUMANIZAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL Nos últimos cinco anos, a gestão do sistema penitenciário da Bahia foi marcada pela implementação de in-

fraestrutura voltada a atender às demandas de humanização (educação, saúde, assistência social, segurança, trabalho e renda) das pessoas privadas de liberdade na sociedade; construção de novas unidades prisionais e cadeias públicas; além do aparelhamento e reforma, ampliação, recuperação e reparação da estrutura física do sistema penitenciário.

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Balanço das Ações166

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Seguindo uma tendência que já se registra em outros estados, com resultados bastante eficazes, o Gover-no da Bahia instituiu, em maio de 2011, uma secretaria voltada exclusivamente à administração do sistema penitenciário, visando direcionar as ações com foco na requalificação do sistema prisional como um todo e no investimento em ações de reinserção social dos sentenciados, opção de gestão que prioriza os direitos humanos, mas também significa economia de recursos para o Estado e diminuição da violência.

Assistência a cumpridoresA atual gestão busca humanizar o sistema prisional. Assim, foi ampliada a educação formal e a inserção de

internos em atividades laborativas. • Realizado o Mutirão Jurídico Penitenciário, que concedeu alvará de soltura a 5,8 mil internos;

• Inauguradas salas da Defensoria Pública nas unidades prisionais da capital e do interior, prestando assis-tência jurídica a 7,4 mil internos;

• Entre janeiro de 2007 e outubro de 2011, foram realizados 120,6 mil atendimentos médicos, 280 mil de enfermagem, 59,2 mil de assistência social e 82,4 mil odontológicos. Foram aplicadas ainda 22,5 mil doses de vacina;

• 3,7 mil internos foram inseridos em atividades laborativas, e outros 4 mil em atividades de arte e cultura entre janeiro de 2007 e outubro de 2011;

• Implantado o projeto Topa – Todos Pela Alfabetização nas Unidades de Serrinha, Teixeira de Freitas, Valença e Ilhéus, na Penitenciária Lemos Brito e na Casa do Albergado, com a inserção de 4.5 mil internos nos últimos dois anos.

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O Governo da Bahia investiu, também, num sistema estadual de apoio e acompanhamento às penas e medidas alternativas, com a criação de dez núcleos da Central de Apoio e Acompanhamento às Penas e Me-didas Alternativas (Ceapa). Nove núcleos foram inaugurados e já estão em pleno funcionamento. Em 2006, só havia uma unidade em todo o Estado localizada em Salvador.

• Os nove novos núcleos da Ceapa foram inaugurados nos municípios de Ipirá, Jequié, Vitória da Conquis-

ta, Ilhéus, Valença, Juazeiro, Teixeira de Freitas, Barreiras e Feira de Santana;

• Entre janeiro de 2007 e setembro de 2011, foram atendidos 7,4 mil cumpridores; Melhoria da estruturaForam realizadas reformas em todas as unidades prisionais e construídas mais 1.108 vagas no sistema

prisional baiano com destaque para as obras de construção da Cadeia Pública de Salvador e os cinco Minipre-sídios em Juazeiro, Jequié, Itabuna, Vitória da Conquista e Teixeira de Freitas.

• Iniciada obra de reforma e ampliação do Presídio de Feira de Santana, que com investimentos de R$ 9,9 milhões, passará a contar com 910 novas vagas;

• Reformado o presídio de Esplanada, em parceria com o Governo Federal;

• As instalações da Colônia Lafayete Coutinho foram reformadas, pela primeira vez, desde sua constru-ção, há 30 anos;

• Outras 24 unidades prisionais da capital (dez) e interior (14) passaram por manutenção e readequação;

• Investimento no aumento da segurança do sistema prisional com a instalação de 30 equipamentos em unidades prisionais, como detectores de metais e esteiras de raio-X;

• Foram adquiridos 15 camburões para transporte de presos, quatro ambulâncias e três veículos cela;

• Realizado concurso público para agente penitenciário em 2010, após 16 anos. 60 já passaram por curso de formação e foram nomeados. Outros 147 estão em curso de formação;

• Criação do Grupo Especial de Operações em Presídios (Geop), articulando as áreas de segurança pú-blica e justiça do Estado.

SERVIÇO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR No que se refere à proteção e defesa do consumidor, o Governo Estadual dobrou a rede de atendimento

à população, com a inauguração de cinco novos postos, sendo quatro na capital (Salvador Shopping, SAC Periperi, SAC Liberdade, SAC Cajazeiras) e um no interior. A abertura de um posto em Jequié, em 2010, foi pioneira, pois, em 18 anos de existência do Procon, nunca havia sido aberto um posto no interior.

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Balanço das Ações168

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• No período de janeiro 2007 a outubro de 2011, o órgão atendeu a 252,3 mil consumidores (destes, 46 mil foram atendidos em 2011), sendo que 87% dos casos são solucionados em menos de quatro meses;

• Reformado e a ampliado o Posto Central, na Avenida Carlos Gomes, em Salvador, passando de cinco para 15 guichês de atendimento;

• Dentro das ações educativas desenvolvidas pelo órgão, destaque para o programa “Procon Vai às Es-colas”, que capacitou em Direito do Consumidor 1,3 mil professores de 36 escolas públicas; e as oficinas de orçamento doméstico, onde foram capacitados 346 cidadãos em sete instituições de bairro em Salvador.

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Segurança Pública

D iante do desafio de garantir melhor qualidade de vida às comunidades, o Governo do Estado elaborou o Plano Estadual de Segurança Pública (Planesp), que define as estratégias norteadoras de sua atuação. Em 2011, a institucionalização do Programa Pacto Pela Vida (PPV) amplia a ação

de governo nesta área, com a articulação intersetorial e potencializando suas atividades no enfrentamento da violência e criminalidade.

A atual política de Segurança Pública do Estado da Bahia aponta as principais estratégias que possibilitem melhorar a relação do Es-tado com a sociedade, oportunizando e ampliando a prestação de serviços de qualidade e com resultados mais efetivos e transforma-dores, bem como novas relações entre os próprios entes públicos.

Neste sentido, foram priorizados os investimentos estruturais destinados a aumentar e fortalecer a capacidade policial, por meio da padronização e ampliação da frota, contratação e valorização do profissional de polícia, modernização dos equipamentos, inclu-sive os de proteção individual, adoção de novas tecnologias e com-bate à corrupção e violência policial.

No campo operacional, aconteceu o fortalecimento das ações de inteligência policial e de prevenção e redução da criminalidade. Entre 2007 e 2011, os recursos orçamentários do Estado para a segurança pública aumentaram em 54%, passando de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,5 bilhões.

O maior ganho da atual política se consolida nos avanços relacionados ao respeito ao ser humano, às pos-sibilidades concretas de inclusão de direitos e ao exercício de cidadania, o que sinaliza e reforça a ideia de que foi escolhido o caminho certo, ainda que este possa não parecer o mais fácil.

PACTO PELA VIDA Para reduzir os índices de violência, com ênfase na diminuição dos crimes contra a vida e contra o patri-

mônio, o Governo criou, neste segundo mandato, o programa Pacto Pela Vida (PPV). O PPV é uma política de Estado que trata a Segurança Pública de forma transversal, articulada e integrada, destinada à redução dos índices de criminalidade, violência e vulnerabilidade das comunidades, com sistematização, monitoramento e avaliação das ações de Estado, de forma permanente e pactuada com a sociedade, tendo como principal objetivo a garantia do direito à vida e os seguintes fundamentos:

O maior ganho da atual política se consolida nos

avanços relacionados ao respeito ao ser

humano

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• Participação ativa da sociedade civil organizada;

• Ênfase na prevenção social da criminalidade violenta;

• Transversalidade na execução de ações de segurança pública.

O Governo fortalece as ações preventivas, através do Programa Nacional de Segurança Pública com Ci-dadania (Pronasci), das políticas sociais e iniciativas para a juventude. Ao mesmo tempo, está desenvolvendo ações, a exemplo da aplicação do policiamento comunitário, que aproximam a polícia da população e consoli-dam um sistema de defesa social. Assim, promove a integração entre as secretarias que têm interseção com a questão da segurança, reforçando a transversalidade das políticas de prevenção, repressão e ressocialização.

O programa se estrutura a partir de conceitos como as Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP) e prevê projetos de prevenção social, Bases Comunitárias de Segurança (BCS), ações de enfrentamento ao crack e outras drogas e avaliação de desempenho para as polícias. O desempenho de cada AISP é avaliado de acordo com dois indicadores: Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), incluindo homicídio doloso, lesão corporal e roubo seguido de morte; e Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP), composto por roubo a ônibus, casa comercial, residência, transeunte e veículo, além de extorsão, mediante sequestro.

• Realizado, em junho de 2011, o Fórum Estadual de Segurança Pública contou com 481 participantes e serviu de base para elaboração das diretrizes estratégicas do PPV.

• Aprovada, em setembro de 2011, a Lei Estadual 12.357, marco legal do PPV, que cria o Sistema de Defesa Social, com a finalidade de formular, implantar, monitorar e avaliar a Política Pública de Defesa Social.

• Instaladas as Câmeras Setoriais Temáticas, instâncias responsáveis pela definição de diretrizes e políticas setoriais para a redução das taxas de CVLI, com foco nos 20 municípios prioritários.

• Elaborado Plano de Ações Integradas de Enfrentamento ao Abuso de Álcool, Crack e outras Drogas, que consolida ações para o período 2012-2015 para prevenção, tratamento e reinserção na sociedade.

• Implantadas quatro Bases Comunitárias de Segurança (BCS) em Salvador, em articulação com a comu-nidade local e outros órgãos, possibilitando a realização de ações transformadoras: uma no Calabar e três no Nordeste de Amaralina. Após a implantação das bases comunitárias de Segurança, não houve registros de CVLI no Calabar até outubro de 2011 e, no Nordeste, já houve redução de 65% nos registros, no compa-rativo março/outubro de 2011 com o mesmo período de 2010.

• Inaugurada, em novembro de 2011, a Casa da Cidadania do Pacto Pela Vida, no bairro de Tancredo Neves, em Salvador: criada para facilitar o acesso da população aos serviços públicos, como Centro de Re-ferência de Assistência Social (Cras) e o Balcão de Justiça. A casa oferece serviços gratuitos de assistência jurídica, serviço social e inclusão digital.

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• Instalado Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa e o Serviço de Investigação de Local de Crime (SILC), que amplia a capacidade investigativa da polícia na elucidação dos CVLI, contribuindo assim, para a aplicação da lei penal.

• Implantado o Centro Integrado de Comando e Controle (Cicoc), que centraliza e gerencia em tempo real, por 24 horas, as ocorrências de CVLI, roubos a banco, veículos e transporte coletivo; melhora a coleta de dados estatísticos e a gestão da informação para tomada de decisão nos níveis operacional, tático e estra-tégico da área de Segurança Pública. O Centro funciona como piloto para a Copa 2014.

RECOMPOSIÇÃO, QUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL Além do fortalecimento e aparelhamento das instituições policiais, os profissionais da polícia passaram a

contar com diversas vantagens por meio da Lei Orgânica da Polícia Civil e da Lei de Reestruturação da Car-reira dos Policiais Militares. Além disso, o Governo investiu no processo de capacitação voltado aos direitos humanos e à integração institucional.

• Em cinco anos, foram incorporados 9.221 policiais à Polícia Militar: 7.073 já estão nas ruas, atuando no policiamento ostensivo, sendo 6.595 soldados e 478 oficiais. Em formação, estão 1.852 soldados e 296 alunos a oficial.

• Nomeados 766 policiais para a Polícia Civil, sendo 97 delegados, 475 investigadores e 194 escrivães, além de 555 peritos para o Departamento de Polícia Técnica.

• 36 mil capacitações foram realizadas para policiais e bombeiros em cursos nas áreas de direitos huma-

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Balanço das Ações172

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nos, gestão organizacional, tecnologia da informação, técnicas e táticas policiais, corregedoria, inteligência policial, formação em policiamento comunitário, investigação, perícia, administração legal do uso da força policial, defesa pessoal e tiro. Em 2011, foram 1,8 mil capacitações.

• As ações do Sistema de Corregedoria fortaleceram a punição a atos de abuso de poder e violência. En-tre 2007 e outubro de 2011, foram demitidos 289 policiais e criadas seis Comissões Permanentes, sendo três na capital, duas itinerantes, com sede na Corregedoria-Geral e uma no interior, para apurações de Processos Administrativos Disciplinares.

AÇÕES DE MODERNIZAÇÃOA modernização da estrutura física das polícias Militar, Civil e Técnica, aliada à aquisição de equipamentos

e integração tecnológica, estão entre as principais iniciativas do Governo do Estado na área de segurança pública.

• Nos últimos cinco anos, foram adquiridas 2.928 viaturas, entre carros, caminhões de combate a incên-

dio, caminhonetes, embarcações, trailer, reboque, veículos de transporte de cadáveres, motos, além de um helicóptero.

• As viaturas policiais foram padronizadas e todos os veículos da Região Metropolitana de Salvador (PM, PC, Bombeiros e DPT) contam com o monitoramento por meio de GPS, o que favorece o processo de con-trole da frota, pois os carros podem ser localizados pela internet.

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• Com relação à proteção individual para a atividade policial, foram adquiridos, em cinco anos, 10.120 coletes balísticos, sendo 1.645 somente em 2011, além de 6.242 armamentos.

• Implantadas sete delegacias, sendo cinco Deam (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher) nas loca-lidades de Porto Seguro, Paulo Afonso, Alagoinhas, Jequié e Salvador (Periperi) e duas Delegacias de Polícia Territorial, em Lauro de Freitas (Portão) e Camaçari (Monte Gordo). Também foi implantada uma Coorde-nadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) em Santa Maria da Vitória.

• Outra novidade desta gestão foi a implantação da Delegacia Digital, onde os usuários podem registrar, pela internet, ocorrências não delituosas (desaparecimento de pessoas, perda e extravio de documentos) e delituosas (furto de objetos e documentos e furto de veículos). Entre setembro de 2008 e setembro de 2011, foram registrados 129 mil boletins eletrônicos de ocorrência.

• Instaladas 34 novas unidades da Polícia Militar no Estado, sendo 27 Companhias Independentes (CIPM), seis novas sedes dos Bombeiros e um Departamento de Auditoria.

• O Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi modernizado, com investimentos da ordem de R$ 34,3 milhões, sendo R$ 3 milhões em 2011. Foram adquiridos equipamentos para perícia: análises de DNA, iden-tificação civil (scanner biométrico - kitbio) e criminal, criminalística (balística forense, analisadores de telefone celular, análise de drogas, explosivos e fármacos).

• 128 unidades policiais já estão conectadas ao Sistema de Informação e Gestão Integrada Policial (Sigip), que integrou os principais processos das atividades desenvolvidas pelas Policias Civil, Militar e Técnica.

• O Sistema de Identificação por Impressões Digitais Automatizado (Siida), foi implantado em novembro de 2009. Integrado ao Departamento da Polícia Federal, permite que sejam feitas pesquisas de impressões digitais em banco de dados nacional, reduzindo a chance de fraude na emissão de carteiras de identidade. O sistema funciona em 29 SACs da capital e interior, 13 Pontos Cidadão, em 386 postos de identificação con-veniados com as prefeituras e em um posto penitenciário no Complexo Lemos Brito. Até outubro de 2011, foram cadastradas 1,6 milhão de pessoas.

• Implantada em 2007, a rede de comunicações via rádio que torna mais ágil e eficaz o serviço de emer-gência. O sistema Tetra está presente em todas as viaturas de Salvador e Região Metropolitana, além da Linha Verde.

• O sistema Mobilidade em Operações Policiais (MOP), introduzido em 2011, possibilita o mapeamento de ocorrências, contribuindo para a análise criminal. O sistema também permite ao policial, através de apa-relho smartphone, consultar, em tempo real, dados de pessoas e veículos.

• Foram adquiridos 5,2 mil equipamentos, entre computadores e impressoras, para 163 unidades poli-ciais na capital e interior.

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Balanço das Ações174

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• Instaladas 86 câmeras de vídeo monitoramento em Salvador (Calabar, Nordeste de Amaralina, Centro Histórico, Barra, Ondina, Pirajá, Periperi, Tancredo Neves, Mata Escura) e Lauro de Freitas (Itinga).

AÇÕES DE PREVENÇÃO À CRIMINALIDADEO efetivo incremento do policiamento comunitário e o emprego das ações de inteligência policial na desar-

ticulação de quadrilhas, principalmente vinculadas ao tráfico de drogas, refletem o esforço do Estado em ações de prevenção à criminalidade.

As operações de repressão ao tráfico de drogas foram intensificadas em todo o Estado, como uma forma de combater e minimizar os efeitos do crescimento desta modalidade criminosa, que aflige e atinge a sociedade de modo bastante peculiar.

• Implantado, em 2008, o programa Ronda no Bairro, com 24 horas de policiamento ostensivo, presente em seis municípios: Salvador, Feira de Santana, Itabuna, Vitória da Conquista, Porto Seguro e Paulo Afonso. Na capital baiana, o programa beneficia os bairros de Tancredo Neves, Lobato, Periperi, Paripe, Pau da Lima e Pernambués. Os policiais empregados são capacitados em técnicas de abordagem, policiamento comunitário e direitos humanos, chefia e liderança.

• Executadas 285 operações de inteligência policial em todo o Estado, com a prisão de 1,4 mil criminosos.

• Fortalecimento do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), com a participa-ção de 184,6 mil crianças e adolescentes na faixa etária de a 12 anos em 2,6 mil escolas.

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• Criado o Grupo Especial de Mediação e Acompanhamento de Conflitos Agrários e Urbanos (Gemacau), ampliando a relação de confiança entre os movimentos sociais, povos e comunidades tradicionais e a polícia. Seus integrantes, capacitados para a mediação de conflitos, contribuem para a elucidação de crimes relacio-nados à disputa fundiária, bem como para a paz no campo e nos acampamentos urbanos.

• Implantado o Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro, em parceria com o Governo Federal, com equipamentos e programas de última geração que, a partir do cruzamento de dados, realizam múltiplas correlações que auxiliam e agilizam a detecção e localização de possíveis organizações criminosas.

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Gestão Democrática do Estado

A gestão democrática, republicana, implantada com ética, respeito e inde-pendência, marcou os cinco anos de administração do atual Governo da Bahia. Este novo modelo de relacionamento está presente tanto no apri-

moramento do pacto federativo, com o atendimento aos municípios e diálogo com outros Poderes, como no estabelecimento de um canal permanente e contínuo com a sociedade civil. A participação cidadã foi fundamental para a construção e aperfei-çoamento das políticas públicas. Ao mesmo tempo, foram aprimoradas as normas jurídicas e os modelos regulatórios, necessários ao desenvolvimento da Bahia.

As conferências estaduais, um dos instrumentos utilizados para aproximar o cida-dão do Estado, vêm promovendo a ampliação da cidadania e da promoção de direitos. Foram realizados encontros para discutir propostas para educação, saúde, direitos humanos, segurança pública, saúde, desenvolvimento urbano, saneamento, meio am-biente, cultura, populações tradicionais, LGBT, política para mulheres, jovens, afro-descendentes, ciência e tecnologia, dentre outros. Além disso, a construção do Plano Plurianual 2012-2015 (PPA Participativo), aprimorado em sua segunda versão, é uma demonstração de como prover participação e controle social na gestão.

O diálogo e a transparência também foram estendidos para os servidores estadu-ais. O Governo Baiano estabeleceu uma relação de confiança e respeito, com uma gestão de recursos humanos pioneira. Houve a reestruturação de praticamente todas as carreiras do serviço público. Para garantir a melhoria da qualidade dos serviços prestados ao cidadão, 85% dos 20 mil servidores admitidos através de concurso fo-ram alocados nas áreas de Educação, Segurança e Saúde.

A gestão democrática teve como objetivo a modernização do Estado, com ações que tornaram mais ágil a máquina pública. Na área de serviços, a rede de Atendimen-to ao Cidadão (SAC) incorporou novas tecnologias, ampliou o número de serviços oferecidos e disponibilizou novas unidades. O Departamento Estadual de Trânsito também foi modernizado e expandido, facilitando cada vez mais a vida do cidadão.

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Balanço das Ações180

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Para esta melhoria na prestação de serviços, a inovação e o controle dos gastos foram estratégicos. Com o programa Compromisso Bahia, o Estado economizou R$ 743 milhões em cinco anos. Os mecanismos de combate à corrupção foram intensificados e, durante todo o período da atual gestão, a Bahia manteve-se em absoluta regularidade e equilíbrio fiscal. Além disso, o que foi feito com a verba pú-blica foi divulgado de forma clara por meio do Portal Transparência Bahia.

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Pacto Federativo, Diálogo Social e Participação Cidadã

A s relações entre o Governo Estadual e os municípios, assim como com os demais Poderes, pas-saram a ser exercidas nesta gestão de forma democrática e republicana, com ética, respeito e independência. Ao mesmo tempo, a atual administração manteve abertos os canais de diálogo

com todos os segmentos da sociedade civil, ampliando os espaços de discussão das questões estruturantes do Estado e das específicas de cada grupo, consolidando uma democracia participativa.

Para aprimorar a nova relação federativa, a Bahia passou a con-

tar com o Sistema de Relacionamento Institucional (SRI), que pos-sibilitou a aproximação do Governo Estadual com as prefeituras de maneira ágil, transparente e integrada. A partir do estabelecimento de um canal permanente e contínuo de informação com os municí-pios, foram firmadas parcerias para execução de convênios e obras em diversas áreas estratégicas, como saúde, educação, assistência social e saneamento básico.

As variadas formas de diálogo também permitiram o debate

franco das questões relativas aos 26 Territórios de Identidade que compõem o mapa de desenvolvimento do Estado. As plenárias ter-ritoriais realizadas pela atual administração para construir o Plano Plurianual (PPA Participativo) 2008-2011 e 2012-2015 sugeriram propostas de políticas públicas por meio da participação de cidadãos e representantes do poder público.

Ao manter esse diálogo com a sociedade civil, o Governo propicia aos movimentos sociais as condições

favoráveis para a expressão das opiniões, ideias, sugestões, críticas e proposições. Um dos principais canais consolidados nesta gestão foram as conferências estaduais com setores organizados da sociedade. De 2007 até 2011, mais de meio milhão de baianos estiveram presentes a fim de debater e sugerir o aperfeiçoamento das políticas públicas. Dessa maneira, o Poder Executivo entende que avançar na gestão democrática do Estado implica, antes de tudo, reforçar os instrumentos da democracia participativa. Aproximar o Estado do cidadão pressupõe aproximar o cidadão do Estado.

RELACIONAMENTO E ATENDIMENTO AOS MUNICÍPIOSOs municípios baianos estão mais fortalecidos como entes federativos, o que possibilitou a articulação das

políticas federais com as ações previstas nos programas do Governo do Estado e das administrações locais. A autonomia associa-se à cooperação, oferecendo governança e sustentabilidade para o pacto federativo.

• Foram elaborados perfis político-institucional de todos os 417 municípios e construídos 1,08 mil cená-rios políticos de prefeituras, associações de prefeituras e consórcios públicos.

As variadas formas de diálogo também

permitiram o debate franco das questões relativas

aos 26 Territórios de Identidade

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Balanço das Ações182

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• O Sistema de Relações Institucionais vem acompanhando cerca de 5,5 mil demandas.

• Realizado o acompanhamento da oferta pública estadual e federal na celebração de 11,2 mil convênios.

• O Governo Estadual assessorou os municípios para implantação de consórcios públicos com o objetivo de ampliar a eficácia das políticas públicas, reduzir os custos e otimizar os investimentos: 13 já constituídos e sete estão em formação, nas áreas de saneamento (água e esgoto), gestão de resíduos sólidos e de aterros sanitários, turismo, assistência técnica rural, abatedouros, gestão territorial e formação de professores.

• Realizados 22 encontros entre Associações Municipais Regionais e Consórcios Intermunicipais do Esta-do da Bahia.

ASSUNTOS LEGISLATIVOSO Governo busca fortalecer a articulação e a interlocução entre o Poder Executivo, os senadores, depu-

tados federais, deputados estaduais e vereadores dos municípios do Estado da Bahia. Apoia as funções do Poder Legislativo na formulação das leis que definem as regras de conduta do Estado e da sociedade e na fiscalização dos atos do Poder Executivo, que devem estar em consonância com as leis promulgadas. Assim, pretende-se a garantia mínima de estabilidade política, de modo a assegurar o funcionamento das instituições democráticas.

DIÁLOGO SOCIALOs conselhos de representação e relações republicanas se estruturam como importante mecanismo de

diálogo com a sociedade civil e demais poderes, promovendo espaço para críticas e proposições que se con-

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Governo da Bahia 183

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solidam em políticas públicas capazes de contemplar importantes contribuições nas decisões do Governo. Nesse sentido se destacam o Conselho de Desenvolvimento Territorial, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia, o Comitê Gestor Estadual do Pacto Nacional Um Mundo para a Criança e o Adolescente do Semiárido e o Agenda Bahia, que buscou o fortalecimento da relação republicana estabeleci-da entre o Executivo, o Legislativo, o Judiciário e demais Órgãos Auxiliares, com vistas à mutua cooperação no âmbito desse Protocolo.

Uma das premissas básicas para o planejamento, execução e acompanhamento de políticas públicas é a formatação da base territorial. O segundo Plano Plurianual Participativo reafirmou os Territórios de Identidade como unidade de planejamento do Estado. A institucionalização deste processo foi ampliada com a criação e instalação do Conselho de Desenvolvimento Territorial (Cedeter). Composto por diversas secretarias de Estado e representantes de todos os territórios de iden-tidade, o Conselho tem a função de debater as estratégias e os programas das ações governamentais, assim como colaborar na integração das políticas públicas dos entes federativos.

Para a atual administração, a consolidação dos Territórios de Identidade concretizou um novo modelo de Estado, com transformações profundas na política e no modo de fazer a gestão pública. Com essa divisão, não só foi construído um canal de interiorização da presença do Estado como vetor de indução do desen-volvimento, como também interiorizou a possibilidade da co-participação da sociedade baiana nas esferas de negociação e de decisão para a universalização das políticas públicas.

• O PPA Participativo se dá na transversalidade com as diversas secretarias com efetividade de sua cons-trução, tanto o do período 2008/2011 quanto o de 2012/2015, onde ao todo foram mobilizados 26 Territó-rios de Identidade.

• Criação e acompanhamento do Cappa (Conselho de Acompanhamento do PPA-P).

O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia (Codes) vem promovendo o debate sobre assuntos relativos à dinâmica socioeconômica do Estado por meio do diálogo entre os diversos segmentos da sociedade e os gestores públicos com o objetivo de propor políticas públicas e diretrizes específicas vol-tadas à promoção do desenvolvimento sustentável da Bahia, produzindo indicações normativas, propostas políticas e acordos de procedimento com vistas à articulação das relações de Governo com representantes da sociedade civil organizada.

Perseguindo estes objetivos o Codes promoveu 45 reuniões de trabalho envolvendo os segmentos da juventude, trabalhadores, empresários, secretários de Estado, além de seus conselheiros. Como principais resultados, destacamos:

• Aprovação do plano de trabalho do Codes para 2012, incluindo criação de câmaras temáticas e mesas de diálogo e agenda baiana de desenvolvimento.

o Codes promoveu 45 reuniões de trabalho

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Balanço das Ações184

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• Protocolo de Intenções da Bahia para o Novo Ciclo Nacional de Desenvolvimento.

• Indicação Normativa para integração da Bahia no Projeto Nordeste.

• Projeto de Implantação do Observatório Baiano da Equidade Social.

• Estudo de Modelagem Climática e Hidrológica do Extremo Sul Baiano para o Plano de Desenvolvimen-to Sustentável para a Costa das Baleias.

• Apreciação e encaminhamento do estudo sobre a política in-dustrial da Bahia.

Criado o Comitê Gestor Estadual do Pacto Nacional Um Mun-do para a Criança e o Adolescente do Semiárido, na Bahia, com ações permanentes de articulação e acompanhamento das polí-ticas públicas dirigidas para o Semiárido baiano. A mediação do Comitê Gestor Estadual - integrado por 15 secretarias e órgãos governamentais e por 15 organizações não governamentais – con-tribuiu para a elevação da qualidade de vida da população infanto--juvenil da região.

O Protocolo AGENDA BAHIA foi assinado em 2007 pelos che-fes dos três poderes, monitorado pelo Ministério Público, Defen-soria Pública e Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Bahia. Em reuniões periódicas estão sendo discutidas propostas para o

aperfeiçoamento do arcabouço institucional do Estado e para as questões prioritárias de suas políticas públi-cas, tendo como foco principal, em 2011, a Segurança Pública.

• Promovida a articulação que resultou na elaboração da Lei que criou o Sistema de Defesa Social e insti-tuiu o programa “Pacto Pela Vida”.

OUVIDORIAImportante canal de interlocução entre os gestores e a sociedade baiana, a Ouvidoria Geral do Estado é

uma ferramenta essencial para o planejamento e acompanhamento da execução de políticas públicas. Criado em 2002, o órgão foi regulamentado em maio de 2007 e funciona de forma descentralizada, por meio de uma rede de ouvidores especializados que atuam nas secretarias, órgãos e entidades da administração direta e indireta. Além de ser um canal de participação popular, a Ouvidoria contribui, também, para o fortalecimento da Democracia Participativa.

• Entre janeiro de 2007 e outubro de 2011, foram registradas 326,5 mil manifestações, sendo 66,5 mil em 2011, um aumento de 60% em relação a 2007. O índice de resolubilidade é de 90%.

A atual gestão inaugurou um novo modelo

de comunicação em consonância com os princípios democráticos e republicanos

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Governo da Bahia 185

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• Em parceria com o SAC Móvel, todas as 417 cidades baianas foram visitadas pelo órgão.

• O projeto Ouvidoria Itinerante realizou audiências em 11 Territórios de Identidade para dialogar com a sociedade sobre a atuação do Estado.

• Reformulado o Sistema de Ouvidoria e Gestão Pública (TAG). O nível de detalhamento das manifes-tações passou de dois para seis níveis, o que permite identificar pontos fortes e fracos, auxiliando a gestão pública.

COMUNICAÇÃO PÚBLICAA atual gestão inaugurou um novo modelo de comunicação em consonância com os princípios democrá-

ticos e republicanos. Para estabelecer o diálogo necessário entre o governo e a sociedade e em atendimento às reivindicações resultantes das Conferências Estaduais de Comunicação Social, foram criados a Secretaria de Comunicação Social (SECOM) e o Conselho Estadual de Comunicação. Este último é um órgão que tem por finalidade formular a política de Comunicação Social do Estado, observada a competência legal.

• Lançada a quarta edição da revista Bahia Terra de Todos Nós, informando à população baiana sobre o que o Governo fez e vem fazendo nas suas diversas áreas de atuação. A publicação é anual e tem, em média, uma tiragem de 100 mil exemplares. Este ano, foi criada uma versão digital da revista.

• O Diário Oficial do Estado (DOE) foi reformulado em 2007, com diagramação mais moderna e arroja-da. O conteúdo também é acessado gratuitamente pela internet.

• Criado novo site institucional www.comunicacao.ba.gov.br. O Governo está presente nos principais sites de redes sociais para distribuição de conteúdo e relacionamento com a imprensa e a sociedade.

• Em 2011, o programa de rádio Conversa com o Governador atingiu a marca de 192 edições, com dis-ponibilidade de áudio, em MP3, para download.

• Foi criado o programa de rádio Fala Educação, que tem como público-alvo os estudantes e professores da rede pública de ensino estadual, que em 2011, atingiu a marca de 111 edições.

• Critérios técnicos foram adotados na distribuição da verba publicitária, baseados no alcance de cada ve-ículo de comunicação e sua audiência, medidos por institutos de pesquisas. Também foi realizada uma maior regionalização da mídia para o interior do Estado.

CONFERÊNCIAS ESTADUAIS As conferências estaduais são espaços, com participação da sociedade, para construção de políticas pú-

blicas ao lado do Governo.

• 1ª Conferência Estadual da Educação Básica, em 2007

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Balanço das Ações186

• 1ª Conferência Estadual de Educação (básica, profissional e superior), em 2009

• 7ª e 8ª Conferências Estaduais de Saúde, em 2007 e 2011

• 3ª e 4ª Conferências Estaduais das Cidades, em 2007 e 2010

• 6ª, 7ª e 8ª Conferências Estaduais de Assistência Social, em 2007, 2009 e 2011

• 3ª e 4ª Conferências Estaduais de Segurança Alimentar, em 2007 e 2011

• 6ª e 7ª Conferências Estaduais do Direito da Criança e do Adolescente, em 2007 e 2009

• 3ª Conferência Estadual de Esporte, em 2010

• 2ª, 3ª e 4ª Conferências Estaduais da Cultura, em 2007, 2009 e 2011

• 1ª Conferência Estadual de Segurança Pública, em 2009

• 1ª, 2ª e 3ª Conferência Estadual de Emprego e Trabalho Decente, em 2007, 2010 e 2011

• 2ª Conferência Estadual de Economia Solidária, em 2010

• 2ª e 3ª Conferências Estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação, em 2007 e 2010

• 2ª Conferência Estadual de Meio Ambiente, em 2008

• 1ª e 2ª Conferências Estaduais de Comunicação, em 2008 e 2009

• 1ª e 2ª Conferencias Estaduais dos Direitos da LGBT, em 2008 e 2011

• 2ª Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em 2008

• 1ª e 2ª Conferências Estaduais de Políticas para as Mulheres, em 2007 e 2011

• 1ª e 2ª Conferências Estaduais de Promoção da Igualdade Racial, em 2007 e 2009

• 1ª e 2ª Conferências Estaduais da Juventude, em 2008 e 2011

• 2 ª e 3ª Conferências Estaduais do Direito a Pessoas Idosas, em 2008 e 2010

• 2ª Conferência Estadual de Direitos Humanos, em 2011

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Governo da Bahia 187

Regulação e Desenvolvimento

U m dos instrumentos utilizados pelo Governo do Estado para melhorar as condições de vida dos baianos é a inovação no ambiente jurídico-institucional. A atual administração buscou, ao longo destes cinco anos, aprimorar as normas jurídicas e os modelos regulatórios para que estes não

representem entraves ao processo de desenvolvimento da Bahia. Afinal, as leis, os decretos e outros atos normativos são essenciais para a concretização das políticas públicas.

O Governo tem trilhado o caminho do desenvolvimento social e econômico, a partir de um projeto político democrático baseado em três eixos de atuação. Esses eixos contemplam ações para transfor-mar a realidade social da Bahia, expandir e modernizar a infraestru-tura com foco na criação de trabalho, emprego e renda, consolidar um ambiente institucional democrático e modernizar a máquina pú-blica. São eles: Infraestrutura para o Desenvolvimento Sustentável, Inclusão Social e Afirmação de Direitos e Gestão Democrática do Estado.

O aprimoramento de normas jurídicas e modelos regulatórios, realizado em 2011, espelha as ações gover-namentais que abarcam cada um destes três eixos de atuação, buscando sempre a ampla inclusão democrática, a estabilidade e crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida da população baiana.

Eixo: Infraestrutura para o Desenvolvimento Sustentável• Considerando o eixo de atuação Desenvolvimento, notadamente sobre o tema meio ambiente, pode-se

destacar a Lei 12.050, de janeiro de 2011, que instituiu a Política sobre Mudança do Clima do Estado da Bahia.

• Aprovada, em janeiro de 2011, a Lei 12.056, através da qual se criou a Política de Educação Ambiental do Estado da Bahia.

• Ainda relacionado a esse eixo de atuação, cabe um destaque para a Lei 12.044, de janeiro de 2011, que estabeleceu as normas sobre a organização, planejamento, fiscalização e poder de polícia do Sistema de Trans-porte Hidroviário Intermunicipal de Passageiros e Veículos do Estado da Bahia (SHI).

• Com relação à política de transporte, o Decreto 13.168, de agosto de 2011, regulamentou o Sistema de Transportes Hidroviário Intermunicipal de Passageiros e Veículos do Estado da Bahia. Com esse Decreto, as determinações da Lei Estadual 12.044, de janeiro de 2011, foram complementadas e operacionalizadas.

• Criado, em fevereiro de 2011, o Decreto 12.653, que regulamentou o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), tanto em projetos de parcerias público-privadas, quanto em projetos de concessão comum e permissão.

criada a Lei 12.357, que instituiu o

Sistema de Defesa Social e o Programa

Pacto pela Vida

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Balanço das Ações188

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ÁRIO

• Através do Decreto 12.678, de março de 2011, foram veiculadas normas sobre o tratamento diferen-ciado para microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações públicas realizadas pelo Estado da Bahia.

Eixo: Inclusão Social e Afirmação de Direitos • Em 2011, foi criada a Lei 12.357, que instituiu o Sistema de Defesa Social e o Programa Pacto pela Vida,

uma iniciativa que favorece a visão sistêmica das políticas públicas em prol da melhoria da vida da população, em todas as suas dimensões. A política pública de Defesa Social resulta da integração de projetos e ações em diversas áreas de Governo, buscando a promoção da paz social.

Instituída, em novembro de 2011, a Lei 12.361, que aprovou o Plano Estadual da Juventude, destinado a orientar as políticas públi-cas desenvolvidas pelo Estado voltadas aos jovens com idade entre 15 e 29 anos.

• Também foram aprovadas inovações normativas voltadas para a melhoria da educação e capacitação profissional. Por meio do De-creto 12.792, de abril de 2011, foi instituído o programa estadual Pacto pela Educação, com o objetivo de assegurar às crianças do sistema estadual de ensino os meios suficientes para a formação básica no ensino fundamental, a partir do seu ingresso nos sistemas formais de educação, aos seis anos de idade.

• Ainda em prol da melhoria da Educação, foram criados neste ano, por meio do Decreto 13.301, os Polos de Apoio Presencial da Universidade Aberta do Brasil (UAB), com o objetivo de contribuir para a ampliação do acesso à educação superior pública, gratuita e de qualidade, oferecendo infraestrutura para a realização de aulas e demais encontros presenciais de cursos superiores.

• Através do Decreto 12.829, de maio de 2011, foram criados os Centros Juvenis de Ciência e Cultura, unidades escolares da rede pública do ensino básico que têm por objetivo promover o acesso dos estudantes às temáticas contemporâneas, mediante estudos e atividades interdisciplinares.

• Por sua vez, o Decreto 13.149, de agosto de 2011, criou o Programa Bahia do Trabalho Decente. Construído através de consultas públicas, consiste em um conjunto de planos de ação para pôr em prática a Agenda Bahia do Trabalho Decente, em seus diversos eixos prioritários.

• Em agosto de 2011, foi instituído pelo Decreto 13.167 o Programa Estadual de Inclusão Socioprodutiva - Vida Melhor. O programa possui a finalidade de incluir socioprodutivamente, pelo trabalho decente, pesso-as em situação de pobreza e com potencial laborativo, com vistas à sua emancipação.

• Criada, através do Decreto 13.247, de agosto de 2011, a Comissão Estadual para a Sustentabilidade

foi estabelecido o Arranjo Institucional do Estado da Bahia para a realização da Copa do Mundo da

Fifa Brasil 2014

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dos Povos e Comunidades Tradicionais, um órgão colegiado deliberativo que tem por finalidade coordenar a elaboração e implementação da Política e do Plano Estadual de Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais no Estado da Bahia.

• Em dezembro de 2011, o Plano Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência foi aprovado por meio do Decreto 12.521, com a finalidade de orientar as ações do Governo da Bahia na execução da Política Esta-dual de Direitos da Pessoa com Deficiência.

Eixo: Gestão Democrática do Estado• Tendo em vista o desenvolvimento das instituições democráticas e o aprimoramento da gestão admi-

nistrativa, algumas importantes inovações foram realizadas pelo Governo do Estado. Considerando o eixo de atuação, destaca-se a Lei 12.209, de abril de 2011, que dispõe sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado da Bahia. Trata-se de uma lei ampla e abrangente que representou um significativo avanço, pois a Bahia até aquele momento só possuía normas sobre processos administrativos específicos.

• Em janeiro de 2011, foi aprovada a Lei 12.051, que concedeu anistia de multas e juros, e parcelamento de dívidas, nos contratos de concessão ou autorização remunerada de uso dos imóveis de propriedade ou Ipac ou que estavam sob a sua responsabilidade.

• Através do Decreto 12.578, de fevereiro de 2011, foi instituído o Plano Plurianual Participativo 2012-2015, um processo de escuta social para subsidiar a elaboração do Plano Plurianual (PPA 2012-2015) e uma referência no fortalecimento da democracia e consolidação de uma gestão pública participativa.

• Por meio do Decreto 12.584, de fevereiro de 2011, foi estabelecido o Arranjo Institucional do Esta-do da Bahia para a realização da Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014, criando o Comitê Gestor da Copa e instituindo parâmetros que viabilizarão uma atuação coordenada das Secretarias de Estado em torno deste importante evento.

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Governo da Bahia 191

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Administração, Finanças e Serviços Públicos

A o estabelecer um novo caminho de gestão, pautado pelo diálogo, transparência e com a atenção voltada para parcela da população que mais precisa do poder público, o Governo da Bahia conso-lidou, ao longo destes cinco anos, mecanismos para que o Estado esteja sempre apto a responder

de forma efetiva às crescentes expectativas da sociedade, tendo a inovação e o controle dos gastos como estratégias para a melhoria contínua na prestação de serviços públicos.

O modelo de modernização adotado tem como maior desafio promover o resgate de dívidas históricas pela via do desenvolvimento sustentável com inclusão social. Uma das iniciativas fundamentais para tornar mais ágil a máquina pública foi a implantação do programa Compromisso Bahia, por meio do qual o Estado economizou R$ 743 milhões, em cinco anos, com a melhoria da gestão do gasto público. Ao mesmo tempo, as ações para crescimento da receita pública, combate à sonegação e à corrupção e manutenção do equilíbrio fiscal foram intensificadas. Além disso, o que foi feito com a verba pública foi divulgado de forma clara por meio do Portal Transparência Bahia, que teve 140 mil acessos em cinco anos.

Na área de serviços, a rede do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) foi contemplada com políticas modernizantes. Após dez anos, a rede voltou a ser ampliada, quase dobrando em número de postos fixos. Um dos critérios que nortearam estas mudanças foi garantir a emissão de documentos básicos para popula-ções que residem longe dos grandes centros regionais e de menor poder aquisitivo, num esforço de inclusão social na área de atendimento ao cidadão. Em 2011, o SAC adotou nova linha evolutiva com uma estratégia baseada na garantia de conforto e bons serviços ao cidadão, com ampliação da hora marcada.

Em função da ampliação da demanda por serviços de veículos, o Departamento Estadual de Trânsito também foi modernizado e expandido, com a criação da Central Generalista e implantação de postos em 26 SACs. Pela Escola Pública de Trânsito, foram capacitados, gratuitamente, 5,2 mil alunos para aquisição da carteira de motorista.

TRANSPARÊNCIA

Portal Transparência BahiaDivulgar de forma clara e objetiva o que tem sido feito com a verba pública, estimular a população a

acompanhar e a controlar o uso do dinheiro público. O maior exemplo desta nova gestão está no Portal Transparência Bahia, que disponibiliza na internet as contas públicas para toda a população. Entre agosto de 2007 e outubro de 2011, o portal teve 140 mil acessos, com média mensal de 2,8 mil visitas. Até 2006, não havia instrumentos abertos de acompanhamento de contas públicas.

Marco na história baiana, o Portal está em sua terceira fase de aperfeiçoamento. Em 2011, foi lançado o módulo PAF, com dados referentes ao Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal do Estado da Bahia. Des-

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Balanço das Ações192

SUM

ÁRIO

taque também para os módulos “Senha Aberta”, que disponibiliza os pagamentos feitos aos fornecedores de bens e serviços, e “Convênios”, com as informações sobre a situação dos convênios/convenentes (adimplên-cia ou inadimplência das Prefeituras e ONGs).

Controle SocialForam convocadas cerca de 60 conferências municipais, das quais, 40 já realizadas, além de uma confe-

rência livre em Salvador. Para a preparação a 1ª Conferência Estadual sobre Transparência e Controle Social, cujo tema é “A Sociedade no Acompanhamento e Controle da Gestão Pública”.

COMPROMISSO BAHIACom o objetivo de agregar à gestão do gasto conceitos como bom desempenho, combate ao desper-

dício, economia de recursos e satisfação dos usuários e servidores, foi lançado o Programa Compromisso Bahia. Em sua primeira fase, entre 2007 e 2010, a racionalização do gasto público foi direcionada para três dimensões: folha de pagamento de pessoal, licitações e contas de consumo. Com as ações de combate ao desperdício executadas, foram economizados R$ 610,4 milhões até dezembro de 2010, resultado este que superou a meta prevista de R$ 492,5 milhões em cerca de R$ 118 milhões.

O Governo Baiano instituiu mecanismos de controle e acompanhamento sistêmicos mais rigorosos das despesas, iniciando a segunda fase do Programa, por meio do Decreto 12.588 de fevereiro de 2011. Esta fase é caracterizada não somente pelo desenvolvimento, implantação e disseminação de práticas voltadas para a melhoria da gestão do gasto público, mas também por seu monitoramento e avaliação.

Dentre os itens que passaram a ter controle mais rígido de gastos, estão a contratação de serviços ter-ceirizados, aquisição de materiais, aquisição e manutenção da frota de veículos oficiais, além de material de consumo de escritório, água, energia elétrica e informática. Entre janeiro e outubro de 2011, o Estado já reduziu as despesas em R$108 milhões.

O Governo do Estado manteve a estratégia de realizar as compras públicas preferencialmente através de pregão. Por conta desta política, o quantitativo de pregões eletrônicos foi ampliado de 5%, em 2006, para 88%, em 2011.

• Pelo Compromisso Bahia, foram economizados R$ 743 milhões entre 2007 e outubro de 2011.

• Até outubro de 2011, foram contratados R$ 141 milhões, por meio do Registro de Preços, o que re-presenta uma economia de R$ 47 milhões em relação ao valor referencial do banco de preços do Sistema Integrado de Material Patrimônio e Serviços (Simpas).

• Economizados R$ 29 milhões em energia elétrica e R$ 862 mil nas despesas de água, por meio do pro-grama de racionalização, em parceria com a Ufba desde 2008.

• Pelo Projeto Atitude Positiva foram realizados 1,3 mil eventos, treinando 43,8 mil pessoas, visando profissionalizar a gestão da qualidade do gasto público.

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Governo da Bahia 193

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ÁRIOPLANEJAMENTO

Iniciado em 2011, está em curso o Redesenho do Sistema Estadual de Planejamento que visa analisar e revi-sar os processos nas áreas de planejamento estratégico, gestão orçamentária, monitoramento e avaliação dos programas de avaliação governamentais e cooperação técnico-financeira para o desenvolvimento. O trabalho busca implantar o Sistema Estadual de Planejamento e Gestão Estratégica – SEPEGE, que integrará, com maior transparência, as referidas áreas.

• Foram realizadas 28 oficinas com mais de 320 participantes distintos nos 13 Programas selecionados inicialmente, para a elaboração e aplicação de uma metodologia específica, para Monitoramento e Avaliação de Programas de Governo.

FINANÇAS PÚBLICASO equilíbrio fiscal foi mantido durante todos os qua-

tro últimos exercícios por meio de um acompanhamen-to sério e responsável das finanças públicas. As receitas correntes e de capital, entre janeiro e setembro de 2011, totalizaram R$ 19,4 bilhões, 6,84% maior em relação ao mesmo período de 2010.

• Com o objetivo de manter o equilíbrio das contas pú-blicas, o Governo vem conservando o nível de endividamen-to estadual dentro dos limites estabelecidos pelo Senado Fe-deral e pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A relação entre a Dívida Consolidada Líquida (DCL) e a Receita Cor-

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Balanço das Ações194

SUM

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rente Líquida (RCL) correspondeu a 0,43 até setembro de 2011, bem inferior ao limite fixado pelo Senado Federal de duas vezes a RCL.

• O Estado homologou acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia e com Tribunal Regional do Traba-lho, quitando R$ 393,36 milhões em 2008 e 2009. Nas negociações com credores, foram economizados R$ 219,32 milhões até setembro de 2011.

• Foi repassado ao Tribunal de Justiça da Bahia R$ 99 milhões em 2010, em concordância com a Emenda Constitucional 62/2009.

• Como forma de ajudar a sanar débitos de ICMS dos contribuintes com o Estado foram aprovadas, em 2011 leis que permitem ao Estado realizar acordos tributários com os contribuintes, a perdoar os débitos tributários relativos ao ICMS, vencidos até dezembro de 2004, e cujo saldo devedor, em 2009, seja de até R$ 10 mil.

• Para recuperação de créditos tributários, foi implantada a Denúncia Espontânea via internet, onde o contribuinte cadastra sua dívida perante o Estado. Com valor do débito limitado a R$ 20 mil, pode ser par-celado em até 20 parcelas.

• A anistia fiscal concedida em 2010 para contribuintes do ICMS proporcionou recuperação de R$ 400 milhões aos cofres públicos.

• As ações de combate à sonegação fiscal seguiram como uma constante nestes cinco anos. Além da fiscalização mais preventiva para controlar a circulação de mercadorias e fiscalizar o setor de combustíveis, ainda em 2007 foi criada a Força-Tarefa envolvendo Governo, Ministério Público e Judiciário, que já executou uma série de operações especiais.

• Aprovada, em 2009, a Lei 11.470, que reestruturou as carreiras do fisco. Os agentes de tributos esta-duais passaram a lavrar auto de infração, fato que ampliou a capacidade de fiscalização do Estado.

• Desde abril de 2009, foram realizadas 56,9 mil ações fiscais no Trânsito de Mercadorias e em Estabele-cimentos, incrementando em R$ 201,86 milhões a receita tributária. Destaque para arrecadação do Trânsito de Mercadorias, que cresceu de 119% de abril de 2009 a setembro 2011 em relação ao período de outubro de 2006 a março de 2009.

• Com relação aos crimes contra a ordem tributária, foram encaminhadas 42 notícias crime ao Ministério Público, com crédito reclamado no valor de R$ 25,6 milhões em 2011.

• Com o objetivo de combater a sonegação do ICMS incidente na comercialização do combustível por distribuidoras inadimplentes, foi realizada, em 2011, a Operação Revenda de Combustíveis, com créditos re-clamados no valor de R$ 156,76 milhões. Foram recadastrados dois mil postos de revenda, 201 distribuidoras

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de combustíveis líquidos, 37 distribuidoras de GLP e 33 transportadores revendedores retalhistas (TRRs). A arrecadação de gasolina aumentou. A média mensal passou de R$ 456,97 milhões, em 2010, para R$ 585,95 milhões, em 2011, um crescimento de 28,23%.

COMBATE À CORRUPÇÃONo combate à corrupção, o Governo Estadual realizou auditorias em órgãos da administração direta, au-

tarquias, fundações e empresas públicas. Em setembro de 2009, a Bahia passou a integrar a Rede de Controle da Gestão Pública para coibir a corrupção e articular ações entre órgãos e instituições das três esferas de Governo para ampliar e aprimorar a fiscalização e controle do uso dos recursos públicos. Em 2010, foi im-plantado o Núcleo de Auditoria para acompanhamento das ações e projetos da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e de Parcerias Público-Privada (PPP).

• Realizadas, desde 2007, 133 auditorias em órgãos da administração direta, autarquias, fundações e empresas públicas. Foram auditados contratos, convênios, obras civis e rodoviárias, folha de pessoal e pro-gramas. Entre esses trabalhos, destacam-se os realizados em contratos e licitações envolvendo empresas denunciadas na operação Jaleco Branco, em propaganda e publicidade, convênios com ONGs para forneci-mento de mobiliário escolar, Ebal e folha de pessoal.

• Mediante Convênio de Cooperação Técnica assinado entre o Estado e a Controladoria Geral da União (CGU), está sendo implantado o Observatório da Despesa Pública (ODP), que garantirá transparência na utilização dos recursos públicos.

• Participação no comitê “Jogos Limpos, Dentro e Fora dos Estádios”, coordenado pelo Instituto Ethos, que visa estimular o controle social e a transparência relativas às ações da Copa do Mundo 2014.

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Balanço das Ações196

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CONTROLE INTERNOPara tornar o acompanhamento, da atuação do funcionalismo público mais consistente, foi criada, em

2007, a Corregedoria Geral do Estado, que tem desempenhado papel fundamental na identificação e punição de situações de conduta inadequada. Este trabalho envolve, inclusive, episódios de demissão que, mais do que desonerar as despesas de pessoal, contribuem para sinalizar a transparência e a seriedade do Governo na defesa do erário público, e sua disposição de valorizar os servidores que se empenham na boa prestação de serviços. Entre agosto de 2008 e 2011, R$ 35,2 milhões foram economizados com atos de suspensões de pagamento e atos de exonerações, demissões e distratos.

• Realizadas 120,1 mil operações/inspeções em unidades da capital e do interior.

• 1,5 mil exonerações, demissões e distratos por irregularidade funcional.

• 2,2 mil servidores públicos foram capacitados para a área disciplinar. SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CIDADÃO (SAC)Após 16 anos em funcionamento, o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), nesta gestão, incorporou

novas tecnologias, ampliou o número de serviços oferecidos, disponibilizou novas unidades e implementou soluções com objetivo de garantir o padrão de eficiência, facilitando cada vez mais a vida do cidadão. Entre janeiro de 2007 e setembro de 2011, 49 milhões de atendimentos realizados nos postos SAC, sendo 30,8 milhões capital e região metropolitana e 18,2 milhões no interior.

Para estender a capilaridade da rede, o SAC conta com três tipos de unidades de atendimento: postos fixos, localizados em Salvador e em grandes centros regionais; SAC Móvel, beneficiando os centros popula-cionais mais distantes; e o Ponto Cidadão, posto avançado para requisição e entrega de documentos básicos de maior demanda.

• Por ser um serviço altamente demandado e devido aos altos custos de implantação e operacionali-zação, foram implantadas a partir de 2008, 13 unidades do Ponto Cidadão, expandindo geograficamente o modelo de atendimento a custos mais reduzidos, nos municípios de Central, Presidente Tancredo Neves, Inhambupe, Cruz das Almas, Mucugê, Coaraci, Maracás, Camamu, Curaçá, Serrinha, Itaberaba, Olindina e Santa Maria da Vitória, para prestação dos principais serviços à população, em parceria com a iniciativa priva-da e as prefeituras. Entre 2008 e setembro de 2011, foram realizados 198 mil atendimentos.

• Inaugurados seis postos, sendo quatro em Salvador (Pernambués, Pau da Lima, Salvador Shopping e Shopping Paralela), e dois no interior, nos municípios de Brumado e Irecê. Está em construção mais um posto no centro de Feira de Santana.

• Dois postos foram ampliados (Santo Antônio de Jesus e Vitória da Conquista) e cinco reformados (Ca-maçari, Comércio, Periperi, Liberdade e Iguatemi).

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• Implantado atendimento com hora marcada nos postos do Shopping Paralela, Liberdade e Salvador Shopping;

• Pelo SAC Educação, implantado em 2009, foram realizados 63 mil atendimentos, com 97% de aprova-ção dos usuários e uma média diária de 140 solicitações.

• Para oferecer mais comodidade ao cidadão, foram incorporadas novas tecnologias ao SAC. Pelo Portal, foi disponibilizado ao cidadão acesso a uma lista de serviços para autoatendimento, como a emissão da se-gunda via das contas de água e energia elétrica, além da certidão negativa de antecedentes criminais; informe sobre vagas de trabalho e atendimento na Delegacia Digital, Polícia Civil, Detran, Previdência Estadual e Planserv, dentre outros.

• Pelo SAC Móvel, duas unidades percorrem todo o Estado, levando às populações mais longínquas ci-dadania e inclusão social. Entre janeiro de 2007 e setembro de 2011, 721 mil pessoas foram atendidas por meio de 737 visitas.

• Pelo Programa Você Cidadão, por meio do qual a população tem acesso, em um dia, a diversos serviços, oferecidos gratuitamente em praça pública, foram atendidas 123 mil pessoas na capital e no interior.

SEFAZ DIGITAL Com o objetivo de melhorar o acesso aos serviços fazendários aos cidadãos, eliminar custos com desloca-

mento e incentivar a regularização das empresas, o Governo criou, em 2007, o Sefaz Digital. No portal, são disponibilizados 113 serviços, que vão desde impressão de documentos fiscais até a obtenção da Certidão Negativa de Débitos.

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Balanço das Ações198

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ÁRIO

Para ampliar a capacidade de atendimento on-line, 861 técnicos que trabalham como monitores de 387 Centros Digitais de Cidadania (CDCs), em 202 municípios, foram capacitados para orientar os contribuintes no acesso aos serviços. Outro projeto de destaque do portal é a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), coordenada em âmbito nacional pela Bahia. O sistema já ultrapassou a marca de 3,4 bilhões de notas autorizadas em todo o País.

DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN)O Governo do Estado tem desenvolvido ações integradas no sentido de modernizar a gestão e o aparato

tecnológico do Detran, visando elevar a qualidade dos serviços e a satisfação dos usuários, mesmo diante da significativa ampliação da demanda por serviços de veículos.

• Inaugurada a Central Generalista, seguindo o modelo de atendimento padrão SAC. O posto tem capacida-de para atender 1,5 mil pessoas por dia nos serviços de habilitação e cadastro de veículos.

• Implantado código de barras para pagamento de serviços, ação que reduziu em 50% o tempo de aten-dimento.

• 26 SACs na capital e no interior contam com posto do Detran, com serviços relacionados a cadastro de veículos, licenciamento e habilitação.

• Implantado setor de Apuração de Veículos Clonados, que tem como função atender, informar os usuários, cancelar as infrações indevidas e apurar os casos por meio da comunicação com as polícias civil e rodoviária, Ciretran e Detran de outros estados.

• Implantada a Central de Serviços Online, permitindo a abertura de serviços de veículos através da internet, mediante a emissão de boleto on-line. A central também disponibiliza resultado dos exames de habilitação.

• Pela Escola Pública de Trânsito, foram capacitados, gratuitamente, 5,2 mil alunos para aquisição da carteira de motorista.

• Adotado o Sistema de Identificação por Impressão Digital. O sistema estabelece ligação on-line com os Centros de Formação de Condutores e Clínicas Médicas, por meio do qual o órgão monitora, em tempo real, os candidatos à primeira carteira de motorista e à renovação. Após implantado, houve redução de 80% das fraudes de frequüência nas aulas.

• Implantadas sinalizações de trânsito em 42 municípios.

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Gestão de Recursos Humanos

E ixo fundamental do processo de modernização do Estado, o atual modelo de gestão de Recursos Humanos do servidor estadual, começou a ser efetivamente implantado em 2007, quando o Go-verno instalou, de forma pioneira, o sistema de negociação permanente, de cujas mesas de diálo-

go resultaram avanços importantes para a categoria, como a equiparação do vencimento básico ao salário mínimo (a principal reivindicação do funcionalismo) e a reestruturação de praticamente todas as carreiras do serviço público. A política inédita de valorização do servidor englobou, ainda, questões como bem-estar, preparação para a aposentadoria, qualificação profissional e estímulo a práticas inovadoras.

Por outro lado, o novo modelo também estabeleceu contra-partidas a serem cumpridas pelo servidor na forma de avaliação permanente do desempenho, o que envolve desde a garantia de assiduidade até a aferição da qualidade do serviço prestado indi-vidualmente ou pelo conjunto das equipes de trabalho.

Foi pautado pela valorização do seu funcionalismo que o Go-verno promoveu a reconstrução do Planserv, o plano de saúde dos servidores públicos estaduais, cujo equilíbrio financeiro re-percutiu positivamente em todo o sistema privado de saúde da Bahia e se tornou um marco na área de ges-tão. Com 465 mil beneficiários, entre titulares e dependentes, o plano conta com uma rede composta por 1.544 unidades de atendimento distribuídas em todo o território baiano.

Outro desafio enfrentado pelo Estado foi o equacionamento dos problemas do setor previdenciário, cujo quadro deficitário apontava a necessidade de medidas estruturantes. Com a inauguração de nove unidades do Centro de Atendimento Previdenciário (Ceprev), totalizando 24 unidades, e inclusão de unidades em 13 Pontos Cidadão, a cobertura de atendimento cresceu para 93% dos beneficiários. Com isso, a atual admi-nistração, vem assegurando que o Estado esteja sempre apto a responder de forma efetiva às crescentes expectativas da sociedade.

VALORIZAÇÃO DO SERVIDORO processo de modernização do Estado tem como um dos eixos fundamentais a política de valorização

do servidor público. Fazem parte dessa estratégia ações inovadoras, voltadas ao reconhecimento da impor-tância dos servidores na implementação das políticas públicas, dentre as quais: a criação do Sistema Estadual de Negociação, a Universidade Corporativa do Servidor, a reestruturação das Carreiras, a gestão da com-petência e do desempenho, a capacitação e desenvolvimento do servidor como uma forma de motivá-lo ao seu crescimento profissional e pessoal, o Programa Bem Viver, o estímulo à solidariedade e às boas práticas no trabalho.

Foram realizadas 40 mil capacitações de 2007 a outubro

de 2011

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Balanço das Ações200

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• A Política de Gestão de Pessoas do Governo baiano tem como princípio estruturador criar e fortalecer as capacidades técnicas, gerenciais e interpessoais. Para isso, foi estabelecida como diretriz a profissionaliza-ção do serviço público. Foram realizadas 40 mil capacitações de 2007 a outubro de 2011. Foram certificados 980 instrutores internos.

• A fim de minimizar as desigualdades e garantir a melhoria da qualidade dos serviços prestados ao cida-dão, o Governo do Estado tem se empenhado em alocar mais profissionais nas áreas de Educação, Segurança e Saúde. Dos 20.723 servidores que foram admitidos através de concurso, de 2007 a 2011, 85% reforçaram estas áreas prioritárias. Destes novos servidores, 4.305, foram admitidos em 2011.

• Pelo Programa Estadual de Valorização do Servidor (Bem Viver) foram disponibilizadas 1,5 mil vagas para servidores e 290 vagas para filhos de servidores, de sete a 17 anos, em diversas modalidades esportivas.

• A Junta Médica Oficial do Estado foi reestruturada, com novas instalações. Rotinas e procedimentos foram modernizados, com melhora significativa no atendimento.

• Incluído, na Agenda Bahia do Trabalho Decente, o Programa Você Servidor, com ações voltadas para a qualidade vida, saúde, aposentadoria e capacitação profissional.

• Lançado em 2010, o Portal do Servidor tem média mensal de 1,3 milhão de visitas.

• Publicado, em 2011, decreto que regulamenta o Programa de Formação e Aperfeiçoamento Continu-ado das Carreiras.

• Com o Sistema Estadual de Negociação, criado em 2007, o diálogo foi aberto, fortalecendo a relação entre o setor público e os trabalhadores, fundamental para prestar um melhor serviço à população. O rea-linhamento salarial foi um dos principais resultados das reestruturações de 17 grupos ocupacionais/carreiras

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Governo da Bahia 201

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do serviço público estadual, com 82 cargos reestruturados e cerca de 160 mil servidores beneficiados, 90% dos servidores ativos. Houve manutenção do menor vencimento-base equiparado ao salário mínimo desde 2007.

PLANSERVCom 465 mil beneficiários, entre titulares e dependentes, o Plano de Assistência à Saúde dos Servidores

Públicos Estaduais (Planserv) responde por, aproximadamente, um terço da movimentação financeira do mercado baiano de saúde suplementar. A rede, composta por 1.544 unidades de atendimento distribuídas em todo o território baiano, compreende um conjunto de serviços de saúde no âmbito da promoção, pre-venção, assistência curativa e reabilitação.

A reestruturação e aperfeiçoamento de gestão do Planserv foi um marco na área de gestão do Governo da Bahia. Desde 2007, a administração estadual realiza esforços para a manutenção do equilíbrio financeiro do plano. Sem fins lucrativos, todos os recur-sos arrecadados pelo plano são direcionados para a incorporação de novos procedimentos e unidades de prestação de serviços. Di-ferentemente da quase totalidade dos planos de saúde em funcio-namento no Brasil, o Planserv não aumenta suas contribuições à medida que o servidor envelhece. O resultado foi a mudança da imagem, com redução de 74% nas reclamações.

Para garantir a sustentabilidade do padrão de serviços do Planserv e continuar atendendo às necessidades e expectativas dos beneficiários, o Governo Estadual instituiu, em 2011, mediante projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa, mudanças de caráter estruturante no plano.

• Sem promover o reajuste geral de tabela, cujos valores permanecem os mesmos desde 2005, foram implementadas medidas para evitar abusos na utilização do plano e dar maior justiça à relação entre renda e pagamento.

• Foram criadas novas faixas para os que ganham os maiores salários e adotado o modelo de co-partici-pação, que não busca arrecadar mais, mas tem o objetivo de racionalizar o uso dos serviços médicos.

• A rede foi ampliada em 65% nesta gestão, com 611 novas unidades de saúde, com destaque para aber-tura das emergências dos hospitais Português, Espanhol e Santa Izabel e adesão de duas grandes unidades (Hospital da Bahia e Aeroporto).

• Foi regularizado o vínculo com a rede, que, até 2006, não tinha um contrato formalizado. Hoje, todos os prestadores de serviços são contratados após passar por um processo de credenciamento aberto e com base na legislação estadual.

A rede foi ampliada em 65% nesta gestão,

com 611 novas unidades de saúde

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Balanço das Ações202

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• Reajuste no valor de consultas em 50% e nova tabela de diárias e taxas, atraindo mais prestadores de serviços.

• Redução de 15 para dois dias no prazo médio para autorizar procedimentos, e de 60 para 20 dias para pagamento das faturas.

• Autorização via internet de todos os exames de imagem e outros procedimentos diagnósticos.

• Aumento do número de autorizações para consultas (20,5%), exames (20,4%) e outros procedimentos (44,9%) comparando-se 2010 com 2006.

• Houve racionalização das tabelas de aquisição de medicamentos e materiais, economizando mais de R$ 3 milhões por mês, revertidos na ampliação da oferta de serviços.

• Instituída lei que permitiu a inclusão de netos de titulares como beneficiários, assim como empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista. Promoveu ingresso de mais de 30 mil pessoas.

PREVIDÊNCIAA estruturação da Previdência Estadual foi impulsionada pela criação, em 2007, da Superintendência de

Previdência (Suprev). Com isso, o Governo Estadual conseguiu, a um só tempo, atender a uma determinação constitucional e centralizar a gestão previdenciária. A nova estrutura concentra as funções de gerir, adminis-trar e operacionalizar o Regime Próprio de Previdência Social, incluindo a arrecadação e gestão dos recursos e a concessão, o pagamento e a manutenção dos benefícios.

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Governo da Bahia 203

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• Para equacionar o déficit em que se encontrava o sistema, o Governo do Estado segregou as massas contributivas em dois fundos previdenciários distintos: o Funprev, para servidores que ingressaram no Estado até 2007, e o Baprev, capitalizado, para servidores que ingressaram no Estado a partir de 2008, totalizando R$ 458,9 milhões em reservas.

• Até outubro de 2011, registrou-se 14,8 mil segurados no Baprev.

• Foi realizado acréscimo de R$ 440 milhões na receita do Funprev decorrente da compensação finan-ceira entre o Regime Geral de Previdência Social e o Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Estado da Bahia.

• Inauguradas nove unidades do Centro de Atendimento Previdenciário (Ceprev), totalizando 24 unida-des, uma expansão de 60%. Os centros foram incluídos em 13 Pontos Cidadão, com cobertura de atendi-mento a 93% dos beneficiários. Até 2011, foram realizados 348 mil atendimentos.

• Implementadas ações de controle sobre a folha de pagamento, a exemplo do recadastramento, da ro-tina Sistema de Óbitos, do cruzamento de dados com o Ministério da Previdência Social e da reavaliação das pensões de maior risco, resultando em 2,7 mil benefícios bloqueados e R$ 57,1 milhões retidos.

• Exclusão de pensionistas suspensos há mais de cinco anos, com anulação de R$ 71,2 milhões.

• Lançado o “Prepare-se” Programa de Preparação do Servidor para a Aposentadoria, que conta com palestras, oficinas, exposições e oferta de serviços. Em sua 9ª edição, contou com mais de 920 participantes. Implantado o simulador de aposentadoria, para uso dos servidores ativos.

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Balanço das Ações204

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Elaboração

Casa Civil

Coordenação dos trabalhos e Consolidação de Informações

Coordenação de Articulação e Monitoramento – Casa Civil

Fornecimento de Informações e Colaboração

Coordenação de Acompanhamento de Políticas de Infraestrutura - Casa Civil

Coordenação de Acompanhamento de Políticas Sociais - Casa Civil

Coordenação de Assuntos Administrativos - Coasa

Coordenação do Programa Vida Melhor - Casa Civil

Assessoria Especial Econômica - Casa Civil

Fundo Estadual de Combate à Pobreza - Funcep

Assessoria Especial do Governador

Secretarias de Estado

Concepção Editorial

GYS Arte em Comunicação

Diagramação, Infografia

e Finalização

Gabriel Gussen F.

Luiz Rocha

Produção

Leiaute Propaganda

Expediente

Créditos Fotos

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Governo da Bahia 205

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Balanço das Ações206

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