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Saneamento - Doenças, Vinculação Hídrica O cozimento inadequado ou o armazenamento impróprio, assim como condições sanitárias deficientes durante o preparo dos alimentos, podem causar de um simples desconforto intestinal a doenças graves, devido à presença de microrganismos patogênicos. A contaminação da água com materiais contendo microrganismos patogênicos, tais como, fezes, também podem causar doenças. Segundo a OMC- Organização Mundial de Saúde, temos um quadro assustador de deficiências em relação a água. A água é um dos elementos fundamentais para a existência do homem. Grande parte das atividades humanas necessita de água para se realizarem. Essa água, depois de utilizada para vários fins, é devolvida para o meio ambiente parcialmente ou totalmente poluída (carregada de substâncias tóxicas, materiais orgânicos ou microrganismos patogênicos), de tal forma a comprometer a qualidade dos recursos hídricos disponíveis na natureza aumentando o risco de doenças de transmissão hídrica e de origem hídrica. Doenças de Transmissão Hídrica: São aquelas em que a água atua como veículo de agentes infecciosos. Os microorganismos patogênicos atingem a água através de excretas de pessoas ou animais infectados, causando problemas principalmente no aparelho intestinal do homem. Essas doenças podem ser causadas por bactérias, fungos, vírus, protozoários e helmintos. Doenças de origem Hídrica: São aquelas causadas por determinadas substâncias químicas, orgânicas ou inorgânicas, presentes na água em concentrações inadequadas, em geral superiores as especificadas nos padrões para águas de consumo humano. Essas substâncias podem existir naturalmente no manancial ou resultarem da poluição. São exemplos de doenças de origem hídrica: o saturnismo provocado por excesso de chumbo na água - a metemoglobinemia em crianças - decorrente da ingestão de concentrações excessivas de nitrato, e outras doenças de efeito a curto e longo prazo.

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Saneamento - Doenças, Vinculação Hídrica

 

O cozimento inadequado ou o armazenamento impróprio, assim como condições sanitárias deficientes   durante   o   preparo   dos   alimentos,   podem   causar   de   um   simples   desconforto intestinal   a   doenças   graves,   devido   à   presença   de   microrganismos   patogênicos.   A contaminação da água com materiais contendo microrganismos patogênicos, tais como, fezes, também podem causar doenças. Segundo a OMC- Organização Mundial de Saúde, temos um quadro assustador de deficiências em relação a água.

A água é um dos elementos fundamentais para a existência do homem. Grande parte das atividades humanas necessita de água para se realizarem. Essa água, depois de utilizada para vários fins, é devolvida para o meio ambiente parcialmente ou totalmente poluída (carregada de substâncias tóxicas, materiais orgânicos ou microrganismos patogênicos), de tal forma a comprometer a qualidade dos recursos hídricos disponíveis na natureza aumentando o risco de doenças de transmissão hídrica e de origem hídrica.

 

Doenças de Transmissão Hídrica:  São aquelas em que a água atua como veículo de agentes infecciosos. Os microorganismos patogênicos atingem a água através de excretas de pessoas ou animais infectados, causando problemas principalmente no aparelho intestinal do homem. Essas doenças podem ser causadas por bactérias, fungos, vírus, protozoários e helmintos.

Doenças de origem Hídrica:  São aquelas causadas por determinadas substâncias  químicas, orgânicas   ou   inorgânicas,   presentes   na   água   em   concentrações   inadequadas,   em   geral superiores as especificadas nos padrões para águas de consumo humano. Essas substâncias podem   existir   naturalmente   no  manancial   ou   resultarem   da   poluição.   São   exemplos   de doenças  de  origem hídrica:  o   saturnismo provocado por  excesso  de  chumbo na  água   -  a metemoglobinemia  em crianças   -   decorrente  da   ingestão  de  concentrações  excessivas  de nitrato, e outras doenças de efeito a curto e longo prazo.

Várias doenças conhecidas podem ser transmitidas através da água, como cólera, febre tifóide, tuberculose,   disenteria   amebiana,   hepatite   e   outras.   O   problema   é   que   algumas   dessas doenças têm um longo período de incubação (de 2 a 3 semanas) e são, por isso, raramente associadas  com a   ingestão  de  água  contaminada.  Algas,   fungos  e  outros  microorganismos nocivos à saúde também usam água como meio de propagação.

Infecções transmitidas por água ocorrem quando um microrganismo infeccioso é adquirido por meio da água contaminada por matéria fecal, contendo patógenos humanos ou de animais. Quando esses patógenos contaminam a rede de abastecimento público ou outras fontes de água potável utilizadas por muitas pessoas, podem aparecer surtos epidêmicos de doenças intestinais,   afetando   um   grande   número   de   pessoas   em  um   curto   período   de   tempo.  A detecção da  fonte  de contaminação,  associada a  vários  casos,  auxilia  na determinação da origem de tais epidemias.

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Bactérias, vírus, protozoários e helmintos têm sido implicados como responsáveis por doenças transmitidas por água e alimentos. Não existe diferenciação entre infecções transmitidas por alimentos e as transmitidas por água, pois alguns patógenos, por exemplo da febre tifóide, podem ser transmitidos tanto por água como por alimentos. Métodos de saneamento podem evitar   a   disseminação   dessas   doenças,   prevenindo   a   contaminação   de   fontes   de   água   e alimentos.

Diferentes tipos de doenças transmitidas por meio de água e alimentos já foram descritos, cada um apresentando aspectos próprios.

Nas   infecções   bacterianas   transmitidas   por   água   e   alimentos,   os   microrganismos   são veiculados ao organismo humano por meio de consumo de água e alimentos contaminados por fezes humanas ou de animais. Essas doenças afetam geralmente o trato intestinal, embora algumas vezes outras áreas do corpo também possam ser afetadas.

Algumas dessas infecções e seus agentes etiológicos serão descritos a seguir:

FEBRE TIFÓIDE

Agente:   Salmonella   Typhi.Reservatório:   Fezes   e   urina   de   portadores   e   pacientes.Veículos:   Água   contaminada,   leite,   lacticínios,   alimentos   e   moscas.Sintomas:   Infecção   geral,   caracterizada   por   febres   contínuas,  manchas   rosadas,   diarréias.Incubação:   Geralmente   7   à   14   dias.Prevenção/controle:   Proteger   e   purificar   as   águas   de   abastecimento,   pasteurizar   o   leite, disposição sanitária dos esgotos, controle de alimentos, moscas, caramujos e imunização.

CÓLERA

Agente:   Víbrio   Comma.Reservatório:   Descargas   intestinais,   vômitos   e   portadores.Veículos:   Água   contaminada,   alimentos   crús   e   moscas.Incubação:   Geralmente   três   dias.Sintomas: Diarréia, fezes semelhantes a água de arroz, sede, dores e coma.

HEPATITE TIPO A

É um vírus que pode passar do trato  intestinal  para a corrente sanguínea e são  levados a outras áreas do organismo. O poliovírus infecta o intestino, posteriormente, pode invadir o sistema nervoso e é um tipo de infecção viral transmitida por água e alimentos. Os poliovírus são eliminados nas fezes de seres humanos infectados, e a sua principal via de transmissão é a água e alimentos contaminados com fezes humanas.

É a mais contagiosa, mas a menos grave. Estima-se que no Brasil 95% da população adulta já tenha anticorpos contra esse tipo de hepatite. O que mostra, que muita gente já foi infectada pela doença.

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Os sintomas  iniciais  são perda de apetite,   fadiga,  desconforto abdominal,   febre e possível vômitos. Mais tarde ocorre icterícia, o que indica dano no fígado. A hepatite tipo A raramente é fatal, e a recuperação ocorre gradualmente num período de duas a seis semanas.

Prevenção/controle:   Disposição   sanitária   de   esgotos,   saneamento   de   alimentos,   higiene pessoal e proteção da água. É uma doença que não há necessidade de tratar com remédios, o corpo se defende sozinho da infecção.

LEPTOSPIROSE

Doença  causada por  uma bactéria   (a   leptospira   ssp),  afetando a  maior  parte  dos  animais inclusive  o   homem.   É   transmitida   através   da  urina,   água   e   alimentos   contaminados  pelo microorganismo, pela penetração da pele lesada, e pela ingestão. O cão e outros animais como por exemplo rato, bovino e animais silvestres também podem contrair a doença e transmití-la. A   doença   é   causada  principalmente  pela   urina  que  os   ratos   e   camundongos  deixam,  de preferência   próximo   a   lugares   onde   encontram   algo   para   comer:   restos   de   comida   de cachorros, lixo, osso, etc.

O homem infecta-se ao pisar descalço no solo ou fazer uso da água e alimentos contaminados. O número de casos de  leptospirose aumenta quando enchentes,  devido ao fato de que o esgoto pode abrigar animais portadores da doença e eliminá-la pela urina no local , e quando extravasam atingem as pessoas contaminando-as.

Sintomas:   Febre,   dores   de   cabeça,   náuseas,   dores   musculares,   cefaléia,   vômitos,   sede, prostração e   icterícia,  dores  difusas,  principalmente panturrilhas,  conjuntivas  congestas,  às vezes   difusões   hemorrágicas..Incubação:   Em   média   9   à   10   dias.Prevenção/   controle:   Destruir   ratos,   proteger   os   alimentos,   evitar   águas   poluídas,   tratar abrasões das mãos e braços, desinfetar utensílios e tratar cachorros infectados.

VERMINOSES

A verminose é um tipo de parasitose, intestinal provocada pelos vermes. A verminose é muito comum, atingindo todas as pessoas adultas e crianças, de todas as idades, tanto na cidade como no campo. As consequências representam graves danos à saúde de todos, às vezes até fatais.

A seguir, alguns tipos de verminoses mais frequentes, os vermes causadores, os sintomas que elas provocam e os cuidados para evitá-las.

Ascaridíase   :Definição:   É   uma   infecção  produzida  pelo  Ascaris   lumbricóides,   vulgarmente  denominado lombriga. Possuem um corpo longo e cilíndrico com o comprimento entre 10 e 40 centímetros. As fêmeas são maiores que os machos. O verme possui uma coloração amarelada ou rósea, e seu corpo é revestido por uma cutícula dura e elástica. A fêmea põe aproximadamente 200 mil ovos por dia. Dentro do hospedeiro, o número de Ascaris lumbricóides presentes no intestino delgado pode variar de quatro a seiscentos exemplares.  O verme vive entre seis à dezoito meses e se distribui amplamente através dos trópicos e se estende pelas regiões temperadas. 

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Como as crianças se expõem com maior facilidade, mantendo maior contato com o solo, onde evacuam   comumente   e   desrespeitando   as   normas   de   higiene,   constituem  o   grupo  mais acometido por esta parasitose. Calcula-se que 14% da população mundial está contaminado com a parasitose. Os maiores índices de parasitismo no Brasil são observados nos estados de Alagoas,   Sergipe   e   litoral   de   São   Paulo.Sintomas: Quando as larvas migram para os pulmões, o indivíduo infectado apresenta tosse, febre de pequena intensidade e insuficiência respiratória. Já no intestino o verme causa dores abdominais  em cólica,  diarréia,  náuseas  e vômito,  anorexia,  palidez  e perda de peso.   Isso ocorre porque os vermes adultos localizados no intestino consomem as proteínas ingeridas pelo   hospedeiro,   o   que   pode   causar   desnutrição.Infecção: Se dá através da ingestão dos ovos infectantes do parasita, procedentes do solo, água  ou  alimentos   contaminados   com ovo  embrionado  ou   fezes  humanas.  O  período  de transmissibilidade dura o tempo em que o indivíduo portar o verme e estiver eliminando ovos pelas fezes.

No interior do intestino delgado(duodeno) ocorre eclosão do ovo com liberação de uma larva ( Rabiditóide). Essa larva passa para a corrente sanguínea, para o fígado, coração e pulmão. No interior dos pulmões as larvas Rabiditóide perfuram os alvéolos pulmonares sofrendo mudas, se tornando resistentes e maiores, provocando irritação. Dos pulmões as larvas passam para o intestino delgado,   irritam o  sistema respiratório  e  digestivo,   transformando-se  em vermes adultos.   No   interior   do   intestino   delgado   ocorre   reprodução   sexuada   com   liberação   de milhares de ovos que serão eliminados através das fezes.

Para prevenir a parasitose, todas as infecções devem ser tratadas, a higiene pessoal deve ser reforçada e deve-se providenciar recursos sanitários adequados. É fundamental lavar as mãos antes das refeições e lavar bem os alimentos antes de consumí-los.

Ancilostomíase ( amarelão): É causada por vermes (Ancylostoma, nematelminte) que atacam o intestino delgado, quando adultos, causando inúmeras feridas, que através destas o indivíduo parasitado perde sangue, tornando-o anêmico.

O veículo de transmissão do agente infeccioso é o próprio verme que está na terra e penetra na   pele   das   pessoas   quando   há   contato   direto.   O   habitat   natural   do   verme   é   água doce/salgada e o solo. 

A reprodução se dá no intestino do indivíduo parasitado. O verme adulto põe ovos e estes saem com as fezes, e por falta de saneamento, se espalham pela terra.

Essa doença é atuante, pois o maior meio de infecção é pelo fato de pisar descalço na terra, onde foi depositada as fezes de um indivíduo parasitado.

Sintomas: Fraqueza, palidez, tontura, febre alta e cólicas intestinais

O verme só é combatido depois da infecção por vermifugos. Como o meio de transmissão dessa doença é através das fezes, sendo deixada em local desapropriado, a melhor maneira que   se   tem de   combatê-la  é   saneando  adequadamente   sobretudo  a  periferia  de   cidades grandes e o campo e sempre andar calçado e usar luvas para manipular a terra.

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Tricuríase:  É um parasita do aparelho digestivo.  A  infecção se dá pela  ingestão de água e alimentos contaminados com ovos do parasita.

As  manifestações   clínicas  podem variar  desde   casos  assintomáticos  até   casos  graves   com diarréia crônica, disenteria, anemia.

 

As verminoses podem ser evitadas:Lavando   bem   as   mãos   sempre   que   usar   o   banheiro   e   antes   das   refeições;  Manter limpa a casa e o terreno ao redor, evitando presença de moscas e outros insetos;  Beber   somente   água   filtrada   ou   fervida;  Conservar  as  mãos sempre  limpas,  as unhas aparadas,  e evitar  colocar  as mãos na boca;  Não deixar as crianças brincarem em terrenos baldios com lixo ou água poluída; andar sempre com os pés calçados.

Em regiões onde há muitos casos de verminose, recomenda-se o uso do Mebendazol 500mg em dose única, Pantelmin 500mg dose única 3 vezes ao ano.

Giardíase:  Infecção   por   protozoários   que   atinge,   principalmente,   a   porção   superior   do intestino   delgado.   A   infecção   sintomática   pode   apresentar-se   através   de   diarréia, acompanhada de dor abdominal. Esse quadro pode ser de natureza crônica, caracterizado por dejeções amolecidas, com aspecto gorduroso, acompanhadas de fadiga, anorexia, flatulência e distensão abdominal. Anorexia, associada com má absorção, pode ocasionar perda de peso e anemia. Não há invasão intestinal.

É causada pela Giárdia lamblia, o único protozoário flagelado conhecido como responsável por doença intestinal humana. A doença tem distribuição mundial e ocorre frequentemente nas pessoas   que   consomem água   não   tratada   e   alimentos   lavados   ou   preparados   com   água contaminada.  Os cistos  infecciosos do protozoário são normalmente transmitidos por água contaminada com fezes e atinge, principalmente, a porção superior do intestino delgado..

Características epidemiológica: É doença de distribuição universal. Epidemias podem ocorrer, principalmente, em instituições fechadas que atendam crianças, sendo os grupos etários mais acometidos menores de 5 anos e adultos entre 25 e 39 anos.

A prevenção da doença está baseada na boa higiene pessoal e na eliminação dos cistos da água de abastecimento. A cloração pode destruir os cistos, mas não é sempre confiável porque vários fatores podem diminuir a sua eficiência. Por essa razão a água de abastecimento deve também ser tratada para a remoção de matéria em suspensão (filtração).

Medidas   de   controle:a)   Específicas:   Em   creches   ou   orfanatos   deverão   ser   construídas   adequadas   instalações sanitárias e enfatizada a necessidade de medidas de higiene pessoal. Educação sanitária , em particular desenvolvimento de hábitos de higiene – lavar as mãos após o uso do banheiro;b)   Gerais:   Filtração   de   água   potável.   Saneamento   básico;c)   Isolamento:   pessoas   com  giardíase   devem   ser   afastadas   do   cuidado  de   crianças.   Com pacientes   internados,   devem   ser   adotadas   precauções   entéricas   através   de  medidas   de 

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desinfecção   concorrente  para  material   contaminado  e   controle  de   cura,   que  é   feito   com exame parasitológico de fezes até 21 dias após o término do tratamento.

Tratamento: Secnidazol; Tinidazol; Metronidazol.

Amebíase:  (Entamoeba histolytica- protozoário que causa a amebíase). Infecção causada por um protozoário que se apresenta em duas formas: cisto e trofozoíto. Esse parasito pode atuar como comensal ou provocar invasão de tecidos, originando, assim, as formas intestinal e extra-intestinal da doença. O quadro clínico varia de uma diarréia aguda e fulminante, de caráter sanguinolento   ou  mucóide,   acompanhada   de   febre   e   calafrios,   até   uma   forma   branda, caracterizada   por   desconforto   abdominal   leve   ou  moderado,   com   sangue   ou  muco   nas dejeções. Pode ou não ocorrer períodos de remissão. Em casos graves, as formas trofozoíticas se  disseminam através  da  corrente   sangüínea,  provocando  abcesso  no  fígado   (com maior freqüência), nos pulmões ou no cérebro. Quando não diagnosticadas a tempo, podem levar o paciente ao óbito.

A   transmissão   se   faz   pela   ingestão   de   água   ou   alimentos   contaminados   com   cistos   da E.histolytica (parasita do intestino grosso). Em outras ocasiões apresenta-se sob a forma da chamada disenteria  amebiana  aguda,  com acometimento  do estado geral,   febre,  às  vezes desidratação e fezes mucopiossanguinolentas.

A amebíase pode apresentar localização extra intestinal, como: hepática, pleural, pulmonar, pericárdica, cerebral, esplênica e cutânea. As formas extra-intestinais são extremamente raras na infância.

Características   epidemiológicas   -   Estima-se   que  mais   de   10%  da   população  mundial   está infectada por E. dispar e E. histolytica, que são espécies morfologicamente idênticas, mas só a última é patogênica, sendo a ocorrência estimada em 50 milhões de casos invasivos/ano. Em países em desenvolvimento, a prevalência da infecção é alta, sendo que 90% dos infectados podem eliminar o parasito durante 12 meses. Infecções são transmitidas por cistos através da via fecal-oral. Os cistos, no interior do hospedeiro humano, se transformam em trofozoítos. A transmissão é mantida pela eliminação de cistos no ambiente, que podem contaminar a água e alimentos. Sua ocorrência está associada com condições inadequadas de saneamento básico e determinadas práticas sexuais.

Medidas de Controle

a)   Gerais:   impedir   a   contaminação   fecal   da   água   e   alimentos   através   de   medidas   de saneamento   básico   e   do   controle   dos   indivíduos   que   manipulam   alimentos.b) Específicas: lavar as mãos após uso do sanitário, lavagem cuidadosa dos vegetais com água potável e deixá-los em imersão em ácido acético ou vinagre, durante 15 minutos para eliminar os cistos. Evitar práticas sexuais que favoreçam o contato fecal-oral. Investigação dos contatos e da fonte de infecção, ou seja,  exame coproscópico dos membros do grupo familiar e de outros   contatos.   O   diagnóstico   de   um   caso   em   quartéis,   creches,   orfanatos   e   outras instituições indica a realização de inquérito coproscópico para tratamento dos portadores de cistos. Fiscalização dos prestadores de serviços na área de alimentos, pela vigilância sanitária.c)   Isolamento:  em pacientes   internados  precauções  do  tipo entérico  devem ser  adotadas. 

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Pessoas   infectadas   devem   ser   afastadas   de   atividades   de   manipulação   dos   alimentos.d) Desinfecção: concorrente, com eliminação sanitária das fezes.

Para ser consumida, a água precisa estar limpa, sem bactérias e protozoários, pois ela pode nos transmitir  muitas doenças.  No Brasil  80% do esgoto é  jogado nos rios,   lagos e outros lugares de onde a água poderia ser usada para consumo, fazendo com que a pouca água que resta seja poluída.Este recurso está cada vez mais escasso, além do desperdício humano, a água que foi usada muitas vezes não tem como ser reaproveitada, pois está poluída demais ou acaba de perdendo no meio das águas dos oceanos.

http://www.simae.com.br/index.php?page=doencas-vinculacao-hidrica

acesso em 12/10/2012 16:26