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Saúde & Alterações Climáticas em Portugal 1 de Março 2010 AP Tox / CC IAM WORKSHOP

Saúde & Alterações Climáticas em Portugal ORKSHOPaptox.pt/documents/CC and Health workshop/WorkshopBook2.pdf · Adaptation and Mitigation) da Faculdade de Ciências da Universidade

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Saúde & Alterações Climáticas em Portugal

1 de Março 2010

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 2

WORKSHOP SOBRE

SAÚDE & ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

EM PORTUGAL

1 de Março de 2010

Anfiteatro da Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Universidade de Lisboa

Organizado por:

AP Tox – Associação Portuguesa de Toxicologia &

Grupo de Investigação CC IAM (Climate Change Impacts, Adaptation and Mitigation) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Com o apoio de:

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 3

ÍNDICE

Introducção …………………………………………………………………………………..….............. 4

Programa ….................................................................................................................................... 5

Resumos – Apresentações Orais ................................................................................................... 6

Resumos – Apresentações em Poster ……………………………………………..............................13

Lista de participantes .................................................................................................................... 23

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 4

INTRODUÇÃO

A Associação Portuguesa de Toxicologia e o grupo de investigação CC-IAM (Climate Change Impacts, Adaptation and Mitigation) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, têm o prazer de realizar este workshop sobre as Alterações Climáticas e a Saúde Pública em Portugal.

Os impactos das alterações climáticas sobre a saúde colocam novos desafios aos investigadores, profissionais de saúde e ao Sistema de Saúde.

Devido à sua localização geográfica, Portugal é particularmente vulnerável aos impactos das alterações climáticas. Assim, é importante que sejam adoptadas medidas pró-activas para se perceber os impactos das alterações climáticas sobre a saúde em Portugal e que sejam identificadas as medidas de protecção necessárias para reduzir qualquer efeito adverso sobre a saúde pública.

Neste workshop focamos os últimos desenvolvimentos em matéria de alterações climáticas e saúde em Portugal, com especial ênfase nas seguintes áreas:

Alterações climáticas em Portugal: Tendências passadas e cenários futuros

Interacções entre alterações climáticas e saúde humana

Casos de estudo sobre a vulnerabilidade da saúde pública ao clima em Portugal

Medidas de adaptação aos impactos das alterações climáticas em Portugal

No presente livro estão reunidos os resumos das comunicações apresentadas no evento. Informação adicional pode ser encontrada no sítio http://www.aptox.pt/PTActitivies.html.

Comité Organizativo do Workshop:

A AP Tox — Associação Portuguesa de Toxicologia é uma instituição sem fins lucrativos que tem como objectivos dinamizar e desenvolver as áreas da toxicologia, saúde ambiental e saúde ocupacional (www.aptox.pt).

O grupo de investigação CC-IAM (Climate Change Impacts, Adaptation and Mitigation) realiza investigação transdisciplinar sobre a avaliação dos impactos das alterações climáticas, medidas de mitigação e adaptação (www.siam.fc.ul.pt/CCIAM).

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 5

PROGRAMA

13:30 Registo de Participantes

14:00 Sessão de Abertura

14:15 Sessão 1:

Alteração Climáticas em Portugal

Filipe Duarte Santos, CC IAM

Alterações Climáticas e Saúde: As Interacções

Elsa Casimiro, AP Tox

15:30 Café & Visualização de Posters

15:45 Sessão 2:

Impactes na Saúde do Stress Térmico pelo Calor em Portugal

Sofia Almeida, UBI

Efeito das Concentrações de PM2.5 e Ozono na Mortalidade no Concelho de Lisboa

Pedro Lopes, CC IAM

A Influência do Clima nas Doenças Associadas a Ixodídeos

Ana Sofia Santos, CEVDI

Plano de Contingência para Ondas de Calor

Leonor Batalha, DGS

Discussão

17:45 Sessão de Encerramento

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 6

RESUMOS

Apresentações orais

Alterações climáticas à escala Global e em Portugal ................................................................ 7

Alterações climáticas e Saúde: as interacções .......................................................................... 8

Impactes na Saúde do stress térmico pelo calor em Portugal ................................................... 9

Efeito das concentrações de PM 2,5 e ozono na mortalidade no concelho de Lisboa ............. 10

A influência do clima nas doenças associadas a ixodídeos ...................................................... 11

Plano de Contingência para as Ondas de Calor ....................................................................... 12

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 7

Alterações Climáticas à Escala Global e em Portugal

Filipe Duarte Santos

CC IAM - Climate Change Impacts, Adaptation & Mitigation Research Group, SIM-FCUL [email protected]

Será feita uma breve análise da evolução do clima da Terra e dos fundamentos da atribuição das observações recentes de alterações climáticas a algumas actividades humanas. O efeito de estufa natural está a ser intensificado devido às crescentes emissões para a atmosfera de gases com efeito de estufa, especialmente o dióxido de carbono, proveniente da combustão dos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) e da desflorestação. Esta intensificação provoca alterações climáticas que se caracterizam por um aumento da temperatura média global da atmosfera à superfície, por mudanças nos regimes e distribuição geográfica da precipitação e por fenómenos climáticos extremos (ondas de calor, eventos de precipitação elevada em intervalos de tempo curtos, secas, etc) mais frequentes.

Identificam-se e caracterizam-se as duas principais respostas às alterações climáticas antropogénicas– mitigação e adaptação. Apresentam-se cenários climáticos futuros à escala global e europeia.

Faz-se em seguida uma análise breve do clima recente em Portugal e das projecções climáticas futuras com base em modelos climáticos de circulação geral e regionalizados. Nos últimos 30 anos há uma tendência clara de aumento da temperatura média em Portugal continental e uma ligeira tendência de diminuição da precipitação anual. Em relação ao futuro os modelos climáticos projectam a continuação e provável intensificação do aumento da temperatura média global à superfície, mais forte no Continente do que nas Regiões Autónomas. No que respeita à precipitação projecta-se um aumento da assimetria sazonal, com maior precipitação no Inverno e menos nas outras estações, e um aumento da assimetria Norte-Sul no Continente, com uma maior diminuição relativa da precipitação no interior sul do que no Norte. A subida do nível médio do mar, que no século XX totalizou cerca de 15cm em Portugal Continental, irá intensificar-se dado que actualmente o aumento médio anual global é já superior a 3mm. A terminar faz-se uma breve análise dos sectores sócio-económicos e sistemas biofísicos em Portugal mais vulneráveis às alterações climáticas.

NOTAS:

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 8

Alterações Climáticas e Saúde: As Interacções

Elsa Casimiro 1, 2,3

1 INFOTOX – Consultores de Riscos Ambientais e Tecnológicos

2 AP Tox – Associação Portuguesa de Toxicologia

3 CC IAM - Climate Change Impacts, Adaptation & Mitigation Research Group, FCUL

[email protected]

Os seres humanos estão expostos directamente às alterações climáticas através de mudança nos padrões climáticos e, indirectamente, através de alterações na água, no ar, na qualidade e quantidade de alimentos, ecossistemas, agricultura, meios de subsistência e de infra-estrutura. Estas exposições influenciam profundamente a saúde e o bem-estar.

Esta apresentação incidirá sobre as seguintes interacções entre alterações climáticas e saúde humana em Portugal, bem como nas possíveis medidas de adaptação para reduzir os impactos negativos:

O stress térmico é um impacto directo do clima. Como o aumento da frequência e intensidade das ondas de calor é uma das consequências mais certas das alterações climáticas em Portugal, é urgente que se tomem medidas de adaptação a estas exposições. Os impactos do frio também serão abordados.

Eventos extremos de precipitação, como inundações e secas são também frequentes em Portugal. Os impactos directos e indirectos destes eventos na saúde serão discutidos.

É provável que as alterações climáticas afectem a concentração e dispersão de poluentes atmosféricos preocupantes com o ozono e as partículas.

O clima mais quente e as alterações no regime de precipitação irão resultar em alterações nos sistemas ecológicos e no comportamento humano. As consequências que estas alterações podem ter no risco de transmissão de doenças transmitidas por vectores, bem como por água e alimentos serão apresentadas.

NOTAS:

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 9

Impactes na Saúde do Stress Térmico pelo Calor em Portugal

Sofia Almeida1, Elsa Casimiro2, José Calheiros1

1Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior;

2 INFOTOX – Consultores de Riscos Ambientais e Tecnológicos, Lda..

[email protected]

O impacto do calor na saúde reflecte características geográficas, climáticas e culturais, assim como diferentes capacidades de adaptação que têm que ser investigadas a nível local para uma melhor compreensão. Em estudos anteriores observou-se que a relação entre a temperatura e a mortalidade é usualmente descrita por uma curva em J- ou V-, com a taxa de mortalidade mais baixa observada a temperaturas moderadas e aumentando progressivamente com o aumento da temperatura. O conhecimento da curva dose-resposta ao stress térmico pelo calor na população é fundamental porque permite saber de que forma a população reage e posteriormente diminuir/reduzir os riscos associados ao stress térmico. Neste estudo analisou-se o impacto do stress térmico pelo calor no período de Verão em Lisboa e Porto.

Na análise da relação entre a exposição à temperatura máxima e a mortalidade diária utilizaram-se os modelos GEE (―Generalized Estimating Equations‖) que são uma extensão dos modelos lineares generalizados para a análise de dados longitudinais; o que nos permitiu flexibilidade na análise devido à redução da complexidade de controlo da tendência temporal. A relação entre a temperatura e os efeitos na saúde foram avaliados por dois parâmetros: o limiar de calor e o declive de calor.

Verificou-se que para cada aumento de um 1°C na temperatura acima do limiar de 29ºC há um aumento de 5.6% no risco de morrer em Lisboa. No Porto, o limiar de temperatura para o calor situa-se nos 25ºC, acima deste valor há um aumento de 2.9% no risco de morrer na população. O efeito do stress térmico pelo calor foi mais elevado nas pessoas com mais de 65 anos em ambas as cidades. Os cenários climáticos analisados demonstram que a percentagem de dias de stress pelo calor acima do limiar de conforto para o calor irá aumentar significativamente nos meses quentes do ano em Lisboa e Porto, o que indica que o risco de morrer devido ao calor irá aumentar no futuro nas áreas urbanas em Portugal.

Considera-se que medidas de adaptação tais como sistemas de vigilância para ondas de calor, melhor informação ao nível local sobre como evitar o stress térmico, melhores infra-estruturas são fundamentais para minimar/reduzir os possíveis impactes no futuro.

Palavras-chave: Saúde, stress térmico, calor, limiares, mortalidade.

NOTAS:

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 10

Efeito das Concentrações de PM2.5 e Ozono

na Mortalidade no Concelho de Lisboa

Pedro Miguel Garrett & Elsa Casimiro

Grupo de investigação CC-IAM - Climate Change Impacts, Adaptation & Mitigation, FCUL

[email protected]

Este trabalho pretendeu estimar o risco relativo das concentrações de partículas com um diâmetro inferior a 2,5 micrómetros e ozono na mortalidade para vários grupos de risco no concelho de Lisboa, com recurso a modelos generalizados aditivos.

Os dados usados foram para o período entre 2004 e 2006 para os seguintes grupos de risco: (i) mortalidade por doenças do aparelho circulatório de pessoas com mais de 65 anos; (ii) mortalidade total por doenças do aparelho circulatório ; (iii) mortalidade total para todas as causas de morte excepto as externas de pessoas com mais de 65 anos ; (iv) mortalidade total para todas as causas de morte excepto as externas . Baseado no estudo ―Planos e programas para a melhoria da qualidade do ar na região de Lisboa e vale do Tejo‖ a estação de monitorização usada como sendo representativa da qualidade do ar urbana no concelho de Lisboa foi a dos Olivais.

Os resultados indicam que o risco relativo na mortalidade de pessoas com mais de 65 anos com doenças do aparelho circulatório para um aumento de 10 μg/m3 de PM 2.5 é de 2,39% para um nível de significância de 5%. Os resultados também indicam uma relação causa-efeito significativa a partir das 12 μg/m3 de PM 2.5 a partir da qual estimou-se que entre 2004 e 2006 129 pessoas tiveram uma morte prematura. Para os restantes grupos de risco não foi encontrada uma relação causa-efeito das PM 2.5 estatisticamente significativa para um nível de significância de 5%.

Relativamente às concentrações de ozono estimou-se que o risco relativo para um aumento de 10 μg/m3 de ozono na mortalidade de pessoas com doenças do aparelho respiratório com mais de 65 anos é de 1,86%, 1,97% para pessoas com doenças do aparelho circulatório, 1,11% para todas as causas de morte excepto as externas com mais de 65 anos, e 0,96% para todas as causas de morte excepto as externas para um intervalo de confiança de 95%.

Observou-se, também, uma relação causa-efeito para concentrações superiores a 70 μg/m3 de ozono, onde se estimou uma mortalidade prematura para o período em estudo de 188 pessoas para o maior grupo de risco, e de 253 mortes prematuras tendo em conta todas as causas de morte excepto as externas.

Palavra- chave: Risco Relativo, poluição do ar, PM 2.5, Ozono, mortalidade

NOTAS:

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 11

A Influência do Clima nas Doenças Associadas a Ixodídeos

Ana Sofia Santos

Em representação da equipa do projecto PTDC/CLI/64257/2006

Centro de Estudos de Vectores e Doenças Infecciosas Doutor Francisco Cambournac (CEVDI),

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Águas de Moura.

[email protected]

Ao longo das últimas duas décadas, os casos de doença associada a agentes infecciosos transmitidos por carraças (TBD – tick-borne diseases) têm vindo a aumentar, constituindo actualmente um problema de Saúde Pública em muitas zonas da Europa.

A dinâmica de transmissão dos agentes implicados em TBD caracteriza-se por um sistema complexo que requer a presença do agente, de vectores competentes, de hospedeiros vertebrados/reservatórios que mantenham a população de ixodídeos e promovam a sua infecção e do seu contacto com o Homem. Estes factores são por sua vez influenciados por uma diversidade de condicionantes nas quais se incluem variáveis ecológicas, demográficas, socioeconómicas e climáticas.

As alterações climáticas têm sido apontadas como uma das causas para as variações observadas na distribuição e incidência de TBD na Europa, com a criação de condições favoráveis para a sobrevivência de ixodídeos vectores não autóctones ou expansão do território de espécies pré-existentes.

Nesta apresentação é feita uma revisão da situação dos principais ixodídeos vectores e doenças humanas associadas na Europa e em Portugal e que cenários se apresentam no contexto das alterações climáticas. É também apresentado o projecto ―Parâmetros ambientais na alteração da dinâmica dos sistemas europeus das doenças associadas a ixodídeos - PTDC/CLI/64257/2006‖ financiado pela FCT e que está em curso desde 2009 na Ilha da Madeira e na região Noroeste de Portugal Continental para estudar a epidemiologia das TBD correlacionando os dados climáticos com as espécies de ixodídeos encontrados e sua taxa de infecção, a abundância e taxa de infecção de hospedeiros reservatórios e o eventual impacte na saúde humana.

Palavras-Chave: Doenças associadas a ixodídeos, Ecologia de vectores, Alterações climáticas

NOTAS:

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 12

Plano de Contingência para as Ondas de Calor

Leonor Batalha

Direcção-Geral da Saúde

Consequência das alterações climáticas, a frequência dos eventos extremos durante o século XXI deverá ser maior do que no século XX, nomeadamente no que respeita a Ondas de Calor.

Os efeitos na saúde humana das temperaturas elevadas e das ondas de calor em particular, dependem do nível de exposição (frequência, gravidade e duração), do total da população exposta e da sensibilidade dessa população. Assim, a exposição excessiva constitui um factor de stress para o organismo humano, particularmente em alguns grupos mais vulneráveis como os idosos, as crianças e os doentes crónicos.

Em 2003, a onda de calor verificada na Europa, ficou associada a um excesso de mortalidade em Portugal que ultrapassou os 1900 óbitos, a maioria quais em indivíduos com idades iguais ou superiores a 75 anos de idade.

Na presente comunicação constata-se que, mesmo em anos com Verões relativamente amenos, ocorrem regularmente temperaturas elevadas com efeitos significativos na saúde humana. Exemplo disso é o ano 2009, o qual, não constituindo um ano excepcionalmente quente, segundo a definição do Instituto de Meteorologia foi caracterizado por 5 períodos de ondas de calor em algumas estações meteorológicas. Como consequência, e segundo estimativas do Instituto Doutor Ricardo Jorge, o excesso de mortalidade aproximou-se dos mil óbitos.

Assim, para minimizar os efeitos do calor na saúde humana, a Direcção-Geral da Saúde, desde 2004, activa anualmente o Plano de Contingência para as Ondas de Calor, que vigora entre 15 de Maio e 30 de Setembro.

Na presente comunicação salienta-se a importância da activação anual do Plano de Contingência para as Ondas de Calor em Portugal, e o modo como habitualmente é implementado e operacionalizado, integrando principalmente diversas entidades dentro do sector da saúde, e também da protecção civil e segurança social, quando tal se justifica. A coordenação nacional é assegurada pela Direcção-Geral da Saúde, sendo a definição dos alertas diários por distrito e das medidas a implementar em cada região da responsabilidade das Regiões de Saúde, em articulação com diversas entidades de carácter regional e local.

NOTAS:

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 13

RESUMOS

Apresentações em Poster

Impactes das alterações climáticas na Saúde no concelho de Cascais ………………………….................. 14

Impactos das alterações alimáticas no conforto térmico em Portugal ......................................................... 15

Meteorologia e Saúde: as condições meteorológicas como factor de risco na incidência de doença

respiratória .................................................................................................................................................... 16

Modelação ecológica de Lymnaea truncatula: o molusco hospedeiro intermediário de Fasciola hepática . 17

A temperatura do ar e a mortalidade em Portugal Continental .................................................................... 18

Alterações climáticas na Madeira: impactos sobre as doenças transmitidas por vectores .......................... 19

Dinâmica populacional de ixodídeos em duas regiões de Portugal ............................................................. 20

Excesso de internamentos por enfarte do miocárdio durante períodos extremos de frio em Lisboa ........... 21

Integração de cenários climáticos em avaliação de risco associado a poluentes atmosféricos à escala local:

um caso de estudo do projecto 2-FUN ......................................................................................................... 22

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 14

Impactes das Alterações Climáticas na Saúde no Concelho de Cascais

Elsa Casimiro1, Sofia Almeida2, Ana Gomes3

1 INFOTOX - Consultores de Riscos Ambientais e Tecnológicos, Lda.;

2Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior;

3Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

[email protected]

Neste estudo são apresentados os resultados da avaliação dos impactes das alterações climáticas na saúde no município de Cascais e são sugeridas medidas de adaptação para os impactes negativos. Com base na informação e dados disponíveis, avaliaram-se os impactes na saúde relacionados com o calor, com a poluição do ar e as doenças transmitidas por vectores.

Verificou-se que para cada aumento de um 1°C na temperatura máxima acima do limiar de 30ºC há um aumento de 4.7% no risco relativo de mortalidade. Tendo em conta que todos os cenários climáticos futuros indicam que este limiar irá aumentar significativamente de Abril a Outubro, concluímos que o risco de morrer devido ao stress térmico irá aumentar no futuro. São identificadas melhorias às actuais medidas de adaptação para ajudar a reduzir o risco de impactes negativos no futuro.

Foram avaliados os impactes na saúde devido à exposição ambiental a partículas, ao ozono troposférico e aos agentes aerobiológicos (pólenes e esporos de fungos). Actualmente, estes poluentes têm impactes adversos na saúde pública da região. As alterações climáticas irão provavelmente agravar esta situação. São necessárias melhorias nos sistemas de recolha de dados para permitir avaliações mais precisas, bem como o desenvolvimento de um sistema público de alerta precoce eficiente.

Foram estudadas doenças transmitidas por vectores endémicas na região de Cascais como a leishmaniose e febre escaro-nodular, bem como doenças não endémicas na região como a malária, dengue, febre do Nilo Ocidental, febre-amarela, febre Chikungunya e tifo murino. As alterações climáticas poderão modificar o risco de transmissão destas doenças ao longo do ano. Existe também um risco real do risco de transmissão de doenças que actualmente não são endémicas na região aumentar significativamente nas condições climáticas actuais bem como nas futuras, se forem introduzidos vectores infectados na região. Portanto, é urgente que sejam desenvolvidos e implementados sistemas de vigilância de vectores em Cascais.

Palavras-chave: saúde, alterações climáticas, calor, vectores, poluição do ar.

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 15

Impactos das Alterações Climáticas no Conforto Térmico em Portugal

T. C. Lourenço 1, E. Casimiro 1 & 2, F. D. Santos 1

1 Climate Change Impacts, Adaptation & Mitigation Research Group (CCIAM), FCUL

2 INFOTOX – Consultores de Riscos Ambientais e Tecnolõgicos, Lda.

[email protected]

O conforto térmico é um factor essencial na manutenção de boas condições de saúde e bem-estar humano. Circunstâncias climáticas mais adversas podem exceder as capacidades termorreguladoras do organismo e traduzir-se em resultados adversos para a saúde. No entanto, alterações ao nível do conforto térmico humano influenciam factores tão diversos como a produtividade pessoal ou a procura de determinadas regiões como destinos de turismo e lazer.

A presente comunicação pretende apresentar os resultados relativos aos níveis históricos e cenários futuros (até ao final deste século) de conforto térmico exterior, para as quatro regiões com maior expressão no sector turístico nacional: litoral centro e norte, Algarve e Região Autónoma da Madeira.

Para este efeito será calculado o índice bio-meteorológico PET (Physiological Equivalent Temperature) a partir de dados meteorológicos (temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e nebulosidade) observados nas estações meteorológicas de Lisboa (Geofísico), Porto, Faro e Funchal, entre 1955 e 2005. O índice PET é um índice bio-meteorológico baseado na equação de balanço energético do corpo humano.

Serão ainda apresentados os impactos no conforto térmico com base em dois dos cenários climáticos futuros SRES (Special Report on Emissions Scenarios) do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change). Os cenários SRES A2 e B2, calculados para o período 2011-2110, servirão para projectar a influência dos cenários de aquecimento global nas características térmicas das regiões estudadas.

Resultados para todas as regiões indicam que, futuras alterações climáticas poderão aumentar significativamente o número de dias por ano acima do limiar de conforto térmico. Este efeito será sentido principalmente na época de Verão – aumentando ainda mais o risco de problemas para a saúde humana – sendo que o aumento da temperatura fará com que os níveis de conforto térmico nas épocas de Inverno, Primavera e Outono fiquem mas favoráveis, por exemplo, em termos de apetência turística de algumas regiões.

Palavras-chave: Conforto térmico, índice PET, Clima observado, Cenários climáticos futuros

NOTAS:

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 16

Meteorologia e Saúde: As condições Meteorológicas como Factor de Risco na Incidência de Doença Respiratória.

Ilda Novo Sanfins Villa Simões

Instituto de Meteorologia, IM.I.P.,

Ilda.novometeo.pt

Este estudo relaciona o estado do tempo na região de Lisboa e as admissões diárias na urgência de pediatria do Hospital de Santa Maria (HSM) devido a doença respiratória, durante quatro períodos de Inverno (Novembro 2000 a Fevereiro 2003).

A metodologia seguida baseou-se na construção de Tipos de Tempo, determinados a partir das observações meteorológicas das 00, 06, 12 e 18 horas da estação de Lisboa/Gago Coutinho às quais se aplicou a análise de Componentes Principais e a análise de Clusters, obtendo-se 8 clusters meteorologicamente semelhantes - Os Tipos de Tempo.

As doenças respiratórias consideradas neste estudo foram a asma, a bronquiolite, a laringite, a infecção respiratória alta, a infecção respiratória baixa e o conjunto de todas estas doenças – total de doença respiratória, retiradas a partir das fichas médicas de diagnóstico da urgência do HSM, no total de 18423 casos de doença respiratória.

A relação entre os tipos de tempo e as admissões à urgência por doença respiratória foi determinada por um índice - O Índice diário de Admissão na Urgência por Doença Respiratória (IDR).

Da análise dos resultados obtidos, concluiu-se que existia relação entre os tipos de tempo e a admissão à urgência por doença respiratória (Tabela 1) e era estatisticamente significativa para o nível de significância de 0,05 %. O tipo de tempo com o maior contributo para o aumento de admissões na urgência de pediatria era o tipo de tempo (A-QE(F), Figura 1.

Palavras-Chave : Tipo de Tempo; Doença Respiratória; Admissão à Urgência.

NOTAS:

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Figura 1 – Tipo de Tempo A-QE(F)

Probabilidade de Admissão na Urgência

Total de Doenças Respiratórias Dia D-3

29.0 35.5 21.0 9.7

29.637.0

29.6 3.7

10.228.6 44.9

10.2

4.815.9

50.8

19.0

30.419.1 46.8

25.5 6.436.8 52.65.3 5.3

19.0 33.3 33.3

18.6 32.4 32.4 11.1 5.4

4.8

6.1

9.528.317.4

15.2 6.5

2.1

9.5 4.8

0 - 75 75-100 100-125 125-150 >=150

Classes do Índice de Admissão à Urgência - IDR

Tip

os

de

Tem

po

Pro

bab

ilid

ad

e (%

)

PFT-NW AAT-QN A-SE/S A-QE(F) A-N/NE AF-SW TFT-S DF-QS TOTAL

Tabela 1– Tipos de Tempo e as Doenças Respiratórias

A

A

A A

B B

B

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 17

Modelação ecológica de Lymnaea truncatula:

O molusco hospedeiro intermediário de Fasciola hepatica

Pedro Lopes 1, Elsa Casimiro 1,2 , Pedro Manuel Ferreira3, Maria Manuela Calado3, Cátia Ferreira3, António Brehm & Maria Amélia Grácio 3

1 CC-IAM - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

2 INFOTOX – Consultores de Riscos Ambientais e Tecnológicos, Lisboa

3 Unidade de Parasitologia e Microbiologia Médicas, IHMT/Universidade Nova de Lisboa.

[email protected]

Neste caso de estudo foram relacionados parâmetros ambientais com a presença/ausência do molusco de água doce Lymnaea truncatula, responsável pela transmissão do helminta Fasciola hepatica, o agente causal da fasciolose para humanos e animais, com o objectivo de desenvolver um modelo de regressão que descreve estas relações.

Para desenvolver o modelo foram usados dados de campo colhidos em três distritos de Portugal (Coimbra, Lisboa e Leiria) entre Janeiro de 2006 e Dezembro de 2007. Modelos Generalizados Lineares (Generalized Linear Modelling) com uma regressão logística e uma distribuição binomial foram usados para estabelecer um modelo que indica a probabilidade de Lymnaea truncatula estar presente num habitat específico de água doce.

Os resultados demostram que a probabilidade de encontrar Lymnaea truncatula é maior no verão quando as temperaturas da água são superiores a 22ºC. Também existem indícios de que os ribeiros de baixa corrente sem vegetação na margem favorecem estes organismos.

As inter-relações desta espécie com outras no mesmo habitat revelaram que a presença de Lymnaea peregra tem um efeito negativo enquanto a espécie Physa acuta apresenta ter um efeito positivo na população de Lymanea truncatula.

Palavras-chave: Lymnaea truncatula, fasciolose, Modelos Generalizados Lineares

NOTAS:

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 18

A Temperatura do Ar e a Mortalidade em Portugal Continental

Jorge Marques & Sílvia Antunes

Instituto de Meteorologia, IP

[email protected]

A temperatura do ar é um dos elementos climáticos que mais influencia as actividades humanas e consequentemente a saúde pública. A utilização de um método de tendências não lineares (Análise Espectral Singular) permitiu identificar relações importantes entre a temperatura do ar e a mortalidade em Portugal Continental (Fig. 1). A análise revela um comportamento semelhante de diminuição até ao início da década de 1960, mantendo-se a mesma tendência da temperatura até meados da década de 1970. A partir desta data a tendência da temperatura é, no essencial, de aumento e a mortalidade acompanha esta tendência a partir do final da década de 1980.

Na correlação entre a temperatura do ar e a mortalidade para vários passos temporais (Quadro I) identificaram-se relações significativas (a Bold), considerando intervalos de confiança de 95 %. A relação anual entre a temperatura máxima e a mortalidade é positiva e significativa, ou seja, temperatura máxima anual acima da média tende a ocorrer com mortalidade também acima da média e vice-versa.

Para escalas temporais mais curtas (sazonal e mensal) as relações entre temperatura e mortalidade são, essencialmente, significativas durante os períodos do ano mais quentes e mais frios. Estes resultados conduziram a estudos posteriores em que se analisaram relações entre a mortalidade e temperatura diárias durante a onda de calor de Agosto de 2003 e durante os Invernos de 1996 a 2001 no distrito de Lisboa. Dos resultados obtidos nestas relações diárias (temperatura e mortalidade), por utilização de Funções de Correlação Cruzada, identificaram-se correlações estatisticamente significativas (I.C. 95 %). Na análise diária de Inverno no distrito de Lisboa verifica-se um desfasamento de seis a sete dias da mortalidade relativamente às temperaturas observadas, e na análise diária da onda de calor de Agosto de 2003 o desfasamento de um dia da mortalidade em relação à temperatura observada.

-1500

-1000

-500

0

500

1000

1500

19

41

19

43

19

45

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91

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19

99

20

01

20

03

20

05

anomalia da

mortalidade

-0,8

-0,6

-0,4

-0,2

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

anomalia da

temperatura

óbitos Tmed

Tmin Tmax

Figura 1 – Tendências não lineares da mortalidade e da temperatura do ar em Portugal Continental

Palavras-chave: Temperatura do ar, mortalidade, correlação cruzada, análise espectral singular.

Quadro I – Correlação da temperatura e da mortalidade em Portugal Continental

(1941 a 2005)

Escala temporal Temperatura

Mín. Méd. Max.

Ano 0.15 0.23 0.28

Estação

do ano

Inverno -0.33 -0.24 -0.02

Primavera 0.16 0.07 0.01

Verão 0.43 0.49 0.49

Outono -0.11 -0.03 0.05

Meses

Janeiro -0.45 -0.43 -0.25

Fevereiro -0.49 -0.38 -0.16

Março -0.08 -0.08 -0.06

Abril 0.13 0.04 -0.02

Maio 0.01 -0.05 -0.09

Junho 0.47 0.52 0.51

Julho 0.26 0.30 0.30

Agosto 0.33 0.36 0.35

Setembro 0.07 0.06 0.06

Outubro -0.12 0.00 0.09

Novembro -0.28 0.01 -0.23

Dezembro -0.30 -0.28 -0.20

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 19

Alterações Climáticas na Madeira:

Impactos Sobre as Doenças Transmitidas por Vectores

E. Casimiro 1&2, T. C. Lourenço 1 e F. Duarte Santos 1

1 Climate Change Impacts, Adaptation & Mitigation Research Group (CCIAM), FCUL

2 INFOTOX – Consultores de Riscos Ambientais e Tecnológicos

[email protected]

Está bem documentado que as alterações ambientais podem ter impactes significativos na Saúde humana. Os mecanismos pelos quais se admite que as alterações climáticas possam afectar a Saúde humana são variados. Alguns são directos, tais como a exposição a condições térmicas extremas ou a inundações. Outros envolvem mecanismos intermédios e múltiplos, como os que afectam a dinâmica da transmissão de doenças transmitidas por vectores ou pela água. Nesta comunicação são apresentados os resultados da avaliação dos impactos das alterações climáticas no risco de transmissão de doenças transmitidas por vectores para os residentes da Região Autónoma da Madeira (RAM), indicando o sentido potencial da mudança. As doenças avaliadas foram: a febre dengue, a febre-amarela, a malária, a febre do Nilo Ocidental, a leishmaniose, a doença de Lyme, a anaplasmose, a febre escaro-nodular, e o tifo murino.

Os resultados indicam que as alterações climáticas podem vir a proporcionar condições mais favoráveis para a sobrevivência dos mosquitos e desenvolvimento dos agentes patogénicos, favorecendo ao desenvolvimento das doenças transmitidas por mosquitos (dengue, a febre-amarela, a malária, a febre do Nilo Ocidental) na Primavera e no Outono. O futuro risco de transmissão destas doenças podem vir a aumentar do actual risco de muito baixo para um nível de risco médio ou eventualmente médio-alto. É também de admitir que as alterações climáticas possam vir a aumentar o risco de transmissão da leishmaniose cutânea para um nível de médio-baixo.

O risco de transmissão da febre escaro-nodular e da doença de Lyme na ilha da Madeira é actualmente médio, e prevê-se que as alterações climáticas venham a aumentar este risco para médio-alto. Por outro lado, as alterações climáticas podem aumentar o risco de transmissão de tifo murino em Porto Santo de um nível actual baixo para um de médio no futuro.

Considera-se, pois, que medidas de adaptação tais como programas de monitorização de agentes patogénicos e vectores, associados a programas de vigilância, têm carácter urgente tendo em vista reduzir a vulnerabilidade às doenças infecciosas estudadas.

Palavras-chave: Doenças transmitidas por vectores, Madeira, Risco transmissão, Alterações climáticas

NOTAS:

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 20

Dinâmica Populacional de Ixodídeos em Duas Regiões de Portugal

Carlos José Bernardes em representação da equipa do projecto PTDC/CLI/64257/2006

Centro de Estudos de Vectores e Doenças Infecciosas Doutor Francisco Cambournac,

Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, Águas de Moura;

[email protected]

Os ixodídeos são vectores de agentes infecciosos que provocam doenças graves no Homem pelo que o conhecimento sobre a dinâmica populacional (densidades populacionais, períodos de actividade, caracterização dos habitats, etc.) é essencial para se poder estabelecer medidas de prevenção e controlo que tenham impacto em Saúde Pública.

Neste estudo acompanhou-se a ecologia populacional de ixodídeos em duas regiões distintas de Portugal: Ilha da Madeira e Parque Natural Peneda-Gerês (PNPG). Estas duas regiões apresentam grandes diferenças em termos de clima. Durante o periodo de um ano (2009), as três fases activas do ciclo de vida das carraças foram capturadas utilizando o método de bandeira (flagging). As capturas ocorreram em três áreas pré-estabelecidas de cada uma das regiões em estudo em dois períodos do dia. As carraças capturadas foram identificadas no laboratório, tendo-se obtido para a Ilha da Madeira as espécies Ixodes ricinus, Haemaphysalis punctata, Rhipicephalus sanguineus e R. bursa e no PNPG as espécies I. ricinus, I. frontalis, R. sanguineus, H. punctata e Dermacentor marginatus. Em ambas as regiões a espécie mais capturada foi I. ricinus, correspondendo a mais de 90% dos espécimes capturados. Para averiguar o seu potencial papel como vectores de agentes patogénicos de doenças associadas a ixodídeos (TBD – tick-borne diseases), 115 exemplares de um total de 2399 I. ricinus capturados na Ilha da Madeira e 87 de um total de 2461 I. ricinus provenientes do PNPG foram testados por PCR para a presença de Anaplasma phagocytophilum, Borrelia burgdorferi s.l. e Rickettsia spp. Dados referentes à temperatura e humidade relativa foram recolhidos durante cada captura e foram relacionados com os dados da população de vectores. Este estudo será desenvolvido por mais um ano e terá como objectivo relacionar os dados da Ecologia populacional dos ixodídeos com factores climáticos, desenvolvendo assim um modelo preditivo do risco de exposição a TBD, em Portugal.

Palavras-chave: Ixodídeos, Tick-borne Diseases, Ecologia de Vectores, Alterações Climáticas

NOTAS:

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 21

Excesso de Internamentos por Enfarte do Miocárdio Durante Períodos Extremos de Frio em Lisboa

João Vasconcelos 1, Elisabete Freire 2, Ricardo Almendra 3, Paula Santana 4

1 Escola Superior de Turismo e Tecnologia da Mar - Instituto Politécnico de Leiria

2 Faculdade de Arquitectura – Universidade Técnica de Lisboa

3 Alto Comissariado para a Saúde

4 Faculdade de Letras - Universidade de Coimbra [email protected]

Existem claras evidências do papel do ambiente na saúde humana e em particular do papel do ambiente atmosférico nas doenças cardiovasculares e respiratórias. Os efeitos dos picos de calor na saúde em Portugal estão relativamente bem estudados (Nogueira et al., 1999; Dessai, 2002), tendo sido já definido um limiar de alerta, assim como um plano de contingência para estas situações.

O estudo do impacte do frio nos países mediterrânicos está pouco aprofundado e a sua importância em termos de agravamento das condições de saúde e de mortalidade é, muitas vezes, menosprezada. Sabe-se que as regiões com invernos amenos apresentam maior excesso de mortes durante os períodos frios (Eurowintergroup, 1997; Kloner et al., 1999; Braga et al., 2002; Healy, 2003), o que poderá evidenciar uma maior vulnerabilidade à sazonalidade e maior exposição a situações de frio nestes locais.

Em Fevereiro e Março de 2005 a acção conjunta de um anticiclone localizado no norte atlântico e de uma depressão centrada sobre o golfo de Cádiz favoreceu a chegada de ar polar sobre o território de Portugal continental durante várias semanas consecutivas. Como resultado, as temperaturas sentidas no país foram significativamente mais baixas do que o habital, tendo sido observadas nesse período algumas vagas de ar frio, de acordo com o critério da Organização Meteorológica Mundial.

No presente trabalho, foi analisada a variação dos internamentos hospitalares do distrito de Lisboa por enfarte do micárdio (ICD9 – 410) durante esse período excepcionalmente frio em Lisboa. Foram observados 37% de internamentos em excesso durante o período frio, face ao período de referência, o que significa um aumento médio de cinco enfartes por dia.

A compreensão dos factores ambientais (climáticos) que expliquem uma parte substancial da mortalidade durante o período de frio em Portugal poderá ser aplicada em medidas de mitigação do risco e na definição de sistemas de alerta, e deste modo contribuir para uma melhor resposta à adversidade climática.

Palavras-chave – Vaga de ar frio, enfarte miocárdio, Lisboa

NOTAS:

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 22

Integração de Cenários Climáticos em Avaliação de Risco Associado a Poluentes Atmosféricos à Escala Local: um Caso de Estudo do Projecto 2-FUN

Pedro Serpa1, Pedro Lopes1, Elsa Casimiro 1, 2, Ricardo Aguiar1, Filipe Duarte Santos1,

1 Grupo de Investigação em Alterações Climáticas, Mitigação e Adaptação (SIM/CCIAM), Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa, Portugal

2 INFOTOX Environmental Risk Consultants, Lisbon, Portugal

[email protected]

Estudos e programas anteriores identificaram a necessidade de avanços nos métodos e ferramentas usados para avaliação de efeitos na saúde da poluição atmosférica em cenários de alterações climáticas. O projecto UE integrado 2-FUN (Full-chain Uncertainty Approaches for Assessing Health Risks in Future and Environmental Scenarios/Abordagens de incerteza em toda a cadeia na avaliação de Risco para a Saúde em Cenários Ambientais Futuros), tem como objectivo de fornecer aos decisores ferramentas estado-da-arte para análise de tendências actuais e cenários futuros em condições e pressões ambientais que possam implicar riscos para a saúde. O software desenvolvido permite integrar de modo mais acessível o transporte de poluentes através de diversos compartimentos ambientais, a exposição e distribuição de contaminantes em órgãos internos.

Neste poster apresenta-se um dos casos de estudo do projecto 2-FUN, no qual são avaliados os potenciais riscos para a saúde associados a poluição atmosférica tendo em conta cenários climáticos e socio-económicos futuros.

Esta avaliação é realizada através da integração das seguintes actividades:

Conversão à escala local de dados de cenários futuros (SRES-IPCC) climáticos e socio-económicos para Lisboa.

Identificação de curvas de dose-resposta para efeitos de toxicidade aguda (Temperatura, partículas PM2.5,Ozono) específicas para a população de Lisboa.

Modelação de ozono e partículas (PM2.5) testando o software desenvolvido: a) em condições actuais, com base em estações de monitorização em Lisboa (2007); b) em cenários futuros

Calcular os riscos potenciais para a saúde em 2007 e em cenários climáticos no futuro.

Espera-se que a metodologia de avaliação seguida no caso de estudo aqui apresentado seja útil para estudos de Avaliação de Impacte Ambiental e outros que envolvam riscos para a saúde de exposição por poluentes à escala local.

NOTAS:

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 23

LISTA DE PARTICIPANTES

Nome Apelido Instituição

Alessa Silva Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Ana Gomes INFOTOX

Ana Sofia Santos INSA

Anabela Santiago DGS

Andreia Jorge Silva da Costa Escola Superior de Saúde de Portalegre

Andreia Silva ACES Póvoa de Varzim/Vila do Conde

Andreia Martinho Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa

Andreia Marisa M. Marques Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa

Andreia Patrícia Ferreira Domingues Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa

Antóno Grácio Instituto de Higiene e Medicina Trpical/Universidade

Nova de Lisboa

Carla Selada INFOTOX

Carla Patrícia Constantino Ribeiro Câmara Municipal de Torres Vedras

Carlos Bernardes CEVDI/INSA

Cátia Valente Universidade Lusófona

Cláudia Amaral Unidade de Saúde Pública da Amadora

Daniel Geraldo Universidade do Algarve

Diogo Ribeiro Universidade Lusófona

Duarte Rebelo Nucliradical, Unipessoal, Lda

Elsa Casimiro INFOTOX

Filipa Calisto Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Filipe Duarte Santos Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Gabriela Rodrigues ARS Norte, Departamento de Saúde Pública

Gonçalo Pedrosa Costa Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa

Henrique Brandão Cruz Vermelha Portuguesa

Ilda Novo Instituto de Meteorologia

Inês Carvalho Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa

Isabel Lopes de Carvalho CEVDI/INSA

João Vasconcelos IPL

Jorge Marques Instituto de Meteorologia

Jorge Manuel de Sá Cenformaz - centro de formação da Associação de

Escolas do Mar ao Zêzere

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WORKSHOP: Saúde & Alterações Climáticas em Portugal, 1 de Março 2010, Lisboa 24

Nome Apelido Instituição

José Robalo DGS

José António Macedo CIBIO/UP - Centro de Investigação em Biodiversidade e

Recursos Genéticos & Faculdade de Ciências da Universidade

do Porto

Leonor Batalha DGS

Lília Alexandre Instituto Superior Técnico

Luís Miguel Barros Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa

Mafalda Margarida da Silva Rua Mota Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa

Margarida Frade CM Torres Verdras

Maria Amélia Grácio Instituto de Higiene e Medicina Tropical

Maria João Cruz Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Paula Albuquerque Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa

Paulina de Jesus Oliveira Centro de Saúde de Ourém

Paulo Diegues DGS

Pedro Lopes Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Pedro Ferreira Instituto de Higiene e Medicina Tropical

Sandra Sofia dos Anjos Sousa Moreira Agência Portuguesa do Ambiente - Departamento de

Políticas e Estratégias do Ambiente

Sara Francisco Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa

Sara Manilha GPERI/MOPTC

Sara Tomé Instituto Superior Técnico

Sofia Barata Centro da Saúde de Alvalade

Sofia de Almeida Uni da Beira Interior

Sónia Santos AP Tox

Sónia Geraldes Ministério da Saúde

Susana Reis Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa

Teresa Nunes Centro de Saúde da Lapa

Teresa Borges DGS

Tiago Capela Lourenço Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Vimal Meggi Instituto Superior Técnico