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de ordem apreciada inclusive comprobatórios de suas alegações, levantou matéria pública, relativa a inelegibilidade que pode ser livremente pela Justiça Eleitoral, de ofício, diligenciado para tanto, sempre em busca da verdade real. Assim, ainda que não houvesse impugnação formalizada, inexiste óbice a Justiça Eleitoral em diligenciar acerca das condutas dos pré candidatos, a fim de que sejam averiguadas a existência das condições de elegibilidade. . Nessa ordem de ideias, d í ance da notícia de inelegibilidade levantada pelo Ministério Público, foi determinado aos servidores do Cartório Eleitoral que realizassem diligências junto ao sítio eletrônico do Tribunal de Contas do Estado, a fim de que fossem obtidas informações acerca das questões postas. Assim, rejeito a preliminar levantada e passo ao exame do mérito. Comporta o feito julgamento moldes do art. 50, da Lei Complementar n. O matéria unicamente de direito. De fato, infere-se dos autos, precisamente da relação de fl. 80, bem cornodos acórdãos de fls. 106/133, que o candidato impugnado teve contas rejeitadas, por decisão irrecorrível do Tribunal de Contas do Estado, fato este que, por si só, obstaculizaria o "deferimento de seu registro de cand.í.da t ura, nos termos do art. 1 0 , inciso I, letra "g", da Lei Complementar n. O 64/90, com a redação dada pela Lei Complementar n. 35/10. Aduz o impugnado, em sua peça de defesa, as con~as re.j_ei.:tad.as es.t ão.. 8Gb apr-eo-í-aç ão do Poder Judiciário, como prova através da decisão de fls. 49/51. Contudo, mencionada decisão não abrange todas as contas constantes da relação de fls. 80, donde se conclui que nem todas as contas do impugnado rejeitadas foram objeto de apreciação pela justiça comum. De igual forma, nem todas a mencionada relação, foram aprovadas Santa Cruz da Baixa Verde. Na verdade, existem contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas que sequer foram mencionadas na defesa do impugnado. Com efeito, da análise dos acórdãos de fls. 106/133, existem indícios de que o impugnado praticou ·atos dolosos de improbidade administrativa (art. 90, XII, da Lei n. ° 8.429/92), sem que haja qualquer notícia na contestação de reforma da decisão mencionada. Muito pelo contrário, a relação de fl. 80, foi extraída do site do Tribunal de Contas do Estado, em 01/08/12, sem nenhuma observação acerca de reforma. Ademais, considerando as datas dos julgamentos das contas do impugnado, não existia a obrigatoriedade de menção expressa acerca de nota de improbidade nos acórdãos do Tribunal de Contas, eis que anterior a entrada em vigor da Lei Complementar n. o 135/2010, a partir de quando surgiu essa exigência. Nesse diapasão, apesar de terem sido preenchidas todas as condições legais de elegibilidade o candidato teve suas .• ~ contas julgadas irregulares pelo colegiado do Tribunal de Contas ""..• antecipado da lide, nos 64/90, por se tratar de "".• as contas a que se refere pela Câmara Municipal de .•. ~ --íl

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comprobatórios de suas alegações, levantou matériapública, relativa a inelegibilidade que pode serlivremente pela Justiça Eleitoral, de ofício,diligenciado para tanto, sempre em busca da verdade real.

Assim, ainda que não houvesse impugnaçãoformalizada, inexiste óbice a Justiça Eleitoral em diligenciaracerca das condutas dos pré candidatos, a fim de que sejamaveriguadas a existência das condições de elegibilidade.

. Nessa ordem de ideias, d í ance da notícia deinelegibilidade levantada pelo Ministério Público, foi determinadoaos servidores do Cartório Eleitoral que realizassem diligênciasjunto ao sítio eletrônico do Tribunal de Contas do Estado, a fimde que fossem obtidas informações acerca das questões postas.

Assim, rejeito a preliminar levantada e passo aoexame do mérito.

Comporta o feito julgamentomoldes do art. 50, da Lei Complementar n.Omatéria unicamente de direito.

De fato, infere-se dos autos, precisamente darelação de fl. 80, bem corno dos acórdãos de fls. 106/133, que ocandidato impugnado teve contas rejeitadas, por decisãoirrecorrível do Tribunal de Contas do Estado, fato este que, porsi só, obstaculizaria o "deferimento de seu registro decand.í.da tura, nos termos do art. 10, inciso I, letra "g", da LeiComplementar n.O 64/90, com a redação dada pela Lei Complementarn. 35/10.

Aduz o impugnado, em sua peça de defesa, as con~asre.j_ei.:tad.ases.tão.. 8Gb apr-eo-í-aç ão do Poder Judiciário, como provaatravés da decisão de fls. 49/51. Contudo, mencionada decisão nãoabrange todas as contas constantes da relação de fls. 80, donde seconclui que nem todas as contas do impugnado rejeitadas foramobjeto de apreciação pela justiça comum.

De igual forma, nem todasa mencionada relação, foram aprovadasSanta Cruz da Baixa Verde.

Na verdade, existem contas julgadas irregulares peloTribunal de Contas que sequer foram mencionadas na defesa doimpugnado.

Com efeito, da análise dos acórdãos de fls.106/133, existem indícios de que o impugnado praticou ·atos dolososde improbidade administrativa (art. 90, XII, da Lei n. °8.429/92), sem que haja qualquer notícia na contestação de reformada decisão mencionada. Muito pelo contrário, a relação de fl. 80,foi extraída do site do Tribunal de Contas do Estado, em 01/08/12,sem nenhuma observação acerca de reforma.

Ademais, considerando as datas dos julgamentos dascontas do impugnado, não existia a obrigatoriedade de mençãoexpressa acerca de nota de improbidade nos acórdãos do Tribunal deContas, eis que anterior a entrada em vigor da Lei Complementarn.o 135/2010, a partir de quando surgiu essa exigência.

Nesse diapasão, apesar de terem sido preenchidastodas as condições legais de elegibilidade o candidato teve suas

.•~ contas julgadas irregulares pelo colegiado do Tribunal de Contas

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antecipado da lide, nos64/90, por se tratar de

"".•

as contas a que se referepela Câmara Municipal de

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