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  • Centro Federal de Educao Tecnolgica Celso Suckow da Fonseca novembro/1999

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.1 Prof. Paulo Duailibe

    Subestaes: Tipos, Equipamentos e Proteo

    I. CONCEITOS GERAIS 4

    I.1 DEFINIO BSICA DE UMA SUBESTAO 4 I.2 CLASSIFICAO DAS SES 4 I.3 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE UMA SUBESTAO E SUAS FUNES 5

    II. SISTEMA DE SUPRIMENTO 7

    III. PRINCIPAIS ESQUEMAS DE SUBESTAES DE MDIA TENSO 8

    III.1 ENTRADA DIRETA 9 III.2 BARRAMENTO SIMPLES 9

    IV. ESQUEMAS DE MANOBRA E ARRANJOS DE SES RECEPTORAS 14

    IV.1 ESQUEMAS DE MANOBRA DE SES RECEPTORAS 14 IV.2 ARRANJOS FSICOS DE SES RECEPTORAS 14 IV.2.1 ARRANJOS FSICO DAS SUBESTAES DE 13,8 KV 15

    IV.2.2 ARRANJO FSICO DE UMA SUBESTAO DE 69 KV 21

    V. TABELAS PARA PROJETO DE SUBESTAES 23

    VI. SELEO DE NVEIS DE TENSO DAS SUBESTAES 24

    VII. DEFINIO DA POTNCIA DAS SUBESTAES PARA INDSTRIAS 26

    VII.1 PEQUENO PORTE 26 VII.2 GRANDE PORTE 28

    VIII. EQUIPAMENTOS: TIPOS, SELEO E DIMENSIONAMENTO 29

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.2 Prof. Paulo Duailibe

    VIII.1 TRANSFORMADORES DE FORA 29 VIII.2 TRANSFORMADORES DE CORRENTE 30 VIII.2.1 PRINCPIOS FUNDAMENTAIS 30

    VIII.2.2 PRINCIPAIS TIPOS CONSTRUTIVOS 31

    VIII.2.3 PRINCIPAIS CARACTERSTICAS ELTRICAS DOS TCS 34

    VIII.2.4 DESIGNAO NORMATIVA DOS TCS 36

    VIII.2.5 DETERMINAO DA CORRENTE PRIMRIA NOMINAL DO TC 37

    VIII.3 TRANSFORMADORES DE POTENCIAL 38 VIII.3.1 PRINCPIOS FUNDAMENTAIS 39

    VIII.3.2 PRINCIPAIS CARACTERSTICAS DOS TPS 39

    VIII.3.3 DESIGNAO NORMATIVA DOS TPS 41

    VIII.3.4 GRUPOS DE LIGAO 41

    VIII.4 CHAVES SECIONADORAS 42 VIII.4.1 TIPOS CONSTRUTIVOS 42

    VIII.4.2 TIPOS DE OPERAO E COMANDO 46

    VIII.5 DISJUNTORES 47 VIII.5.1 DISJUNTORES A LEO 49

    VIII.5.2 DISJUNTORES A AR COMPRIMIDO 49

    VIII.5.3 DISJUNTORES A SF6 51

    VIII.5.4 DISJUNTORES A VCUO 54

    VIII.6 PRINCIPAIS SISTEMAS DE ACIONAMENTO 55 VIII.6.1 ACIONAMENTO POR SOLENIDE 56

    VIII.6.2 ACIONAMENTO A MOLA 56

    VIII.6.3 ACIONAMENTO A AR COMPRIMIDO 57

    VIII.6.4 ACIONAMENTO HIDRULICO 57

    VIII.7 PRA-RAIOS 58 VIII.8 CARACTERSTICAS CONSTRUTIVAS DOS PRA-RAIOS 59 VIII.8.1 PRA-RAIOS COM GAP E RESISTOR NO LINEAR 59

    VIII.8.2 PRA-RAIOS DE XIDO DE ZINCO 59

    VIII.9 RECOMENDAES DE DISTNCIAS DE PRA-RAIOS 60 VIII.10 RESISTORES DE ATERRAMENTO 61 VIII.11 CURTO-CIRCUITO EM SISTEMAS INDUSTRIAIS 63 VIII.11.1 CORRENTES DE CUTO-CIRCUITO 66

    VIII.12 EXEMPLO NUMRICO 73

    IX. PROTEO 77

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.3 Prof. Paulo Duailibe

    IX.1 PROTEO DE TRANSFORMADORES EM SUBESTAES 77 IX.1.1 INTRODUO 77

    IX.1.2 ESQUEMAS DE PROTEO 79

    IX.1.3 DESCRIO DAS PRINCIPAIS PROTEES 82

    IX.1.4 TABELA DE CALIBRAO DO REL PRIMRIO DE SE DE 13,8 KV EM FUNO

    DA DEMANDA 84

    X. BIBLIOGRAFIA 85

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.4 Prof. Paulo Duailibe

    Subestaes: Tipos, Equipamentos e Proteo

    I. CONCEITOS GERAIS

    I.1 Definio Bsica de uma Subestao

    Uma subestao (SE) um conjunto de equipamentos de manobra e/ou

    transformao e ainda eventualmente de compensao de reativos usado

    para dirigir o fluxo de energia em sistema de potncia e possibilitar a sua

    diversificao atravs de rotas alternativas, possuindo dispositivos de

    proteo capazes de detectar os diferentes tipo de faltas que ocorrem no

    sistema e de isolar os trechos onde estas faltas ocorrem.

    I.2 Classificao das SEs

    As subestaes podem ser classificadas quanto sua funo e a sua

    instalao.

    Funo no sistema eltrico:

    Subestao Transformadora

    aquela que converte a tenso de suprimento para um nvel diferente, maior

    ou menor, sendo designada, respectivamente, SE Transformadora Elevadora

    e SE Transformadora Abaixadora.

    Geralmente, uma subestao transformadora prximas aos centros de

    gerao uma SE elevadora. Subestaes no final de um sistema de

    transmisso, prximas aos centros de carga, ou de suprimento a uma

    indstria uma SE transformadora abaixadora.

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    Subestao Seccionadora, de Manobra ou de Chaveamento

    aquela que interliga circuitos de suprimento sob o mesmo nvel de tenso,

    possibilitando a sua multiplicao. tambm adotada para possibilitar o

    seccionamento de circuitos, permitindo sua energizao em trechos

    sucessivos de menor comprimento.

    Modo de instalao dos equipamentos em relao ao meio ambiente:

    Subestao Externa ou Ao Tempo

    aquela em que os equipamentos so instalados ao tempo e sujeitos

    portanto s condies atmosfricas desfavorveis de temperatura, chuva,

    poluio, vento, etc., as quais desgastam os materiais componentes, exigindo

    portanto manuteno mais freqente e reduzem a eficcia do isolamento.

    Subestao Interna ou Abrigada

    aquela em que os equipamentos so instalados ao abrigo do tempo,

    podendo tal abrigo consistir de uma edificao e de uma cmara subterrnea.

    Subestaes abrigadas podem consistir de cubculos metlicos, alm de

    subestaes isoladas a gs, tal como o hexafluoreto de enxofre (SF6).

    I.3 Principais Equipamentos de uma Subestao e suas Funes

    Equipamentos de Transformao

    Transformador de fora Transformadores de instrumentos (transformadores de corrente e

    transformadores de potencial (capacitivos ou indutivos)

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    Sem os transformadores de fora seria praticamente impossvel o

    aproveitamento econmico da energia eltrica, pois a partir deles foi possvel

    a transmisso em tenses cada vez mais altas, possibilitando grandes

    economias nas linhas de transmisso em trechos cada vez mais longos.

    J os transformadores de instrumentos (TCs e TPs) tm a finalidade de

    reduzir a corrente ou a tenso respectivamente a nveis compatveis com os

    valores de suprimento de rels e medidores.

    Equipamentos de Manobra

    Disjuntores Chaves seccionadoras

    Os disjuntores so os mais eficientes e mais complexos aparelhos de

    manobra em uso de redes eltricas, destinados operao em carga,

    podendo sua operao ser manual ou automtica.

    As chaves seccionadoras so dispositivos destinados a isolar equipamentos

    ou zonas de barramento, ou ainda, trechos de linhas de transmisso.

    Somente podem ser operadas sem carga, muito embora possam ser

    operadas sob tenso.

    Equipamentos para Compensao de Reativos

    Reator derivao ou srie Capacitor derivao ou srie Compensador sncrono Compensador esttico

    Desses equipamentos o que utilizados com mais freqncia nas SEs

    receptoras de pequeno e mdio porte o capacitor derivao. Assim, a

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.7 Prof. Paulo Duailibe

    abordagem do curso se concentrar neste equipamento que tem por

    finalidade bsica corrigir o fator de potncia do sistema eltrico.

    Equipamentos de Proteo

    Pra-Raios Rels Fusveis

    O pra-raios um dispositivo protetor que tem por finalidade limitar os

    valores dos surtos de tenso transitantes que, de outra forma, poderiam

    causar severos danos aos equipamentos eltricos. Eles protegem o sistema

    contra descargas de origem atmosfricas e contra surtos de manobra.

    Os rels tm por finalidade proteger o sistema contra faltas, permitindo

    atravs da atuao sobre disjuntores, o isolamento dos trechos de

    localizao das faltas.

    O fusvel se destina a proteger o circuito contra curtos, sendo tambm um

    limitador da corrente de curto. Muito utilizado na indstria para a proteo de

    motores.

    Equipamentos de Medio

    Constituem os instrumentos destinados a medir grandezas tais como

    corrente, tenso, freqncia, potncia ativa e reativa, etc.

    II. SISTEMA DE SUPRIMENTO

    Em geral, a alimentao de uma industria de responsabilidade da

    concessionria de energia eltrica. Assim, o sistema de alimentao vai

    depender da disponibilidade das linhas de transmisso existentes na regio

    do projeto.

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.8 Prof. Paulo Duailibe

    O sistema de suprimento mais utilizado na indstria de pequeno e mdio

    porte o radial simples mostrado esquematicamente na Figura 1.

    Barra SE

    ChaveSeccionadora

    Disjuntor

    Trafo 1 Trafo 2

    Linha deDistribuio

    SE - Indstria

    Barra SEda Concessionria

    Figura 1 Sistema Radial Simples

    III. PRINCIPAIS ESQUEMAS DE SUBESTAES DE MDIA TENSO

    Entre os vrios esquemas de subestaes de mdia tenso encontrados na

    prtica, podem ser destacados, pela sua freqncia de utilizao, a entrada direta e o barramento simples, descritos a seguir.

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.9 Prof. Paulo Duailibe

    III.1 Entrada direta

    Em SEs receptoras com uma s entrada e um s transformador no

    necessrio barramento, podendo ser prevista uma alimentao direta. A

    Figura 2 mostra esquemas de subestaes com entrada direta.

    Figura 2 Entrada Direta

    III.2 Barramento Simples

    Havendo mais de uma entrada, e/ou mais de um transformador em SE

    receptora o barramento simples o esquema de maior simplicidade e menor

    custo, com confiabilidade compatvel com este tipo de suprimento. A seguir

    so apresentadas figuras com as principais variaes encontradas em SEs

    de barramento simples.

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.10 Prof. Paulo Duailibe

    Figura A e B

    O defeito em qualquer transformador causa a abertura do disjuntor,

    desligando por completo a SE, cabe ao operador identificar a unidade

    afetada, isol-la atravs dos respectivos seccionadores e providenciar o

    religamento do disjuntor.

    Figura C

    Este esquema, utilizado em SEs de maior porte, limita o desligamento ao

    transformador defeituoso, introduzindo disjuntor individual para cada

    transformador. O acrscimo de chaves de isolamento e de contorno (by-

    pass) d maior flexibilidade operao, s custas de maior complexidade

    nos circuitos de controle (aumentando os intertravamentos) e de proteo

    (adicionando transferncia de disparo no caso de contorno de um disjuntor).

    (A) (B)

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.11 Prof. Paulo Duailibe

    As figuras D, E, F e G apresentadas a seguir mostram esquemas para SEs

    com duas entrada radiais, com um ou mais transformadores.

    Figura D

    Este esquema s permite a alimentao da SE por uma entrada de cada vez,

    mediante intertravamento adequado, obrigando o desligamento momentneo

    da carga quando for necessria a transferncia de fonte.

    (C)

    (D)

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.12 Prof. Paulo Duailibe

    Figura E

    Se as entradas puderem ser ligadas em paralelo, obtm-se maior

    confiabilidade com o esquema E, onde cada entrada sendo dotada de

    disjuntor prprio, pode ser desligada em caso de falha, independentemente

    de outra. Neste caso, o(s) disjuntor(es) no precisa(m) de chave de contorno

    face a existncia da segunda entrada.

    Figuras F e G

    Havendo dois transformadores, pode ser seccionada a barra para tornar a

    operao mais flexvel (F). Se for necessrio evitar a interrupo total do

    suprimento ao ser desligado um transformador, instala-se um disjuntor para

    seccionar a barra (G).

    (E)

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.13 Prof. Paulo Duailibe

    As SEs receptoras destinadas s indstrias que aparecerem com maior

    freqncia so na faixa de tenso de 13,8 a 69 kV, prevalecendo em sua

    grande maioria as SEs de pequeno porte (13,8 kV). Assim, sero enfatizados

    tanto os esquemas como o arranjo fsico dessas SEs.

    (F)

    (G)

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.14 Prof. Paulo Duailibe

    IV. ESQUEMAS DE MANOBRA E ARRANJOS DE SES RECEPTORAS

    IV.1 Esquemas de Manobra de SEs Receptoras

    Os esquemas mais utilizados so os da figura A para as SEs de 13,8 kV e B

    para as SEs acima de 13,8 at 69 kV.

    IV.2 Arranjos Fsicos de SEs Receptoras

    Neste item sero apresentados alguns dos principais arranjos utilizados nas

    SEs receptoras.

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.15 Prof. Paulo Duailibe

    IV.2.1 Arranjos Fsico das Subestaes de 13,8 kV

    Os principais tipos de arranjos fsicos caractersticos das subestaes de

    13,8 kV so:

    SE Abrigada

    A Figura 3 apresenta um esquema tpico de uma subestao abrigada em

    13,8 kV.

    Planta Baixa

    Corte A-A Diagrama Unifilar

    Figura 3 SE Abrigada

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.16 Prof. Paulo Duailibe

    SE Ao Tempo As Figuras 4 e 5 mostram alguns detalhes de SEs de 13,8 kV ao tempo.

    Figura 4 Vista Geral de SE de 13,8 kV Ao Tempo

    Figura 5 Detalhe do Transformador: SE de 13,8 kV Ao Tempo

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.17 Prof. Paulo Duailibe

    SE Semi-Abrigada

    A Figura 6 apresenta a planta baixa de uma SE semi-abrigada de 13,8 / 4,16

    kV. A Figura 7 mostra um corte.

    Figura 6 SE Semi-Abrigada: Planta Baixa SE 13,8 / 4,16 kV

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    Figura 7 SE Semi-Abrigada: Corte A-A SE 13,8 / 4,16 kV

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.19 Prof. Paulo Duailibe

    SE Blindada ao Tempo

    A Figura 8 apresenta uma SE blindada ao tempo.

    Vista Frontal com Portas Externas Abertas

    Diagrama Unifilar

    Figura 8 SE Blindada ao Tempo

    SE Blindada Abrigada

    A Figura 9 mostra uma SE blindada abrigada. Pode-se observar o

    transformador seguido de um disjuntor e TIs.

    Legenda

    1 Seccionador de entrada

    2 Seccionador do disjuntor

    3 Disjuntor Principal

    4 Comando Auxiliar Geral

    5 Conector de Ligao neutro/terra

    6 Bloqueio Eltrico

    7 Caixa de Medio

    8 Entrada dos Cabos

    9 Sada dos Cabos

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.20 Prof. Paulo Duailibe

    Vista Frontal

    Corte A-A

    Corte B-B Diagrama Unifilar

    Figura 9 SE Blindada Abrigada

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.21 Prof. Paulo Duailibe

    IV.2.2 Arranjo Fsico de uma Subestao de 69 kV

    As Figuras 10 a 13 apresentam a vista geral e detalhes de equipamentos de

    uma SE de 69 kV.

    Figura 10 Viso Geral: SE 15 MVA 69 / 4,16 kV

    Figura 11 Detalhe de Disjuntor de 69 kV a PVO

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    Figura 12 Detalhe de TIs de SE de 69 kV

    Figura 13 Detalhe de um Transformador de uma SE de 69 kV

    Na Figura 14 pode ser vista uma chave seccionadora de 69 kV com dupla

    abertura lateral montada horizontalmente.

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    Figura 14 Detalhe de Chave Seccionadora de uma SE de 69 kV

    V. TABELAS PARA PROJETO DE SUBESTAES

    Servio Interno Servio Externo

    Fase-Fase

    (mm)

    Fase-Neutro

    (mm)

    Fase-Fase

    (mm)

    Fase-Neutro

    (mm)

    Mn Recomendado Mn Recomendado Mn Recomendado Mn Recomendado

    150 200 115 150 170 300 130 200

    Figura 15 Afastamento dos Barramentos de SE de 13,8 kV

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    Distncias Mnimas (m) 25/34 kV 69 kV 138 kV 230 kV

    Entre fases, para barras rgidas 1,20 2,15 2,40 3,60

    Entre fases, para barras flexveis 1,20 2,50 3,00 4,50

    Entre fase e terra, para barras rgidas 0,50 1,50 1,50 2,50

    Entre fase e terra, para barras flexveis 0,50 2,00 2,20 3,40

    Alturas mnima do solo, das partes vivas 3,00 4,00 4,50 5,00

    Altura mnima do solo, das partes em tenso

    reduzida a zero (porcelana, isoladores, etc.) 2,50 2,50 2,50 3,00

    (1) As chaves no barramento so consideradas como barras flexveis.

    (2) As distncias fase-terra de barras flexveis so do ponto de flexa mxima ao solo.

    Figura 16 Distncias Mnimas

    Demanda (kVA) Tubo ou Barra

    Retangular de Cobre (mm2)

    Fio Cobre Nu (AWG)

    Vergalho de Cobre

    ( mm)

    AT 700 20 4 6,5

    De 701 a 2500 50 - 8,5

    Figura 17 Dimensionamento do Barramento de Alta Tenso de SE de 13,8 kV

    VI. SELEO DE NVEIS DE TENSO DAS SUBESTAES

    Uma forma de estimar o nvel da tenso de suprimento para instalaes com

    potncia acima de 1000 kW atravs da seguinte frmula:

    PT = 18

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.25 Prof. Paulo Duailibe

    Onde:

    T tenso (kV); P potncia instalada (MW)

    interessante ressaltar que esta uma forma aproximada e a escolha

    definitiva do nvel de tenso deve sempre submetida a uma anlise das

    cargas por parte da concessionria. Deve-se conhecer os nveis de tenso

    disponveis no local de implantao do projeto e a partir da verificar se as

    necessidades do projeto so atendidas.

    Aps a seleo da tenso de suprimento, pode-se definir a tenso dos

    equipamentos. No caso de motores, muito importante a escolha correta da

    tenso nominal em funo da potncia de forma a obter um equipamento

    mais econmico.

    A tabela da apresenta uma relao tenso - potncia utilizada na prtica.

    Potncia (cv) Tenso (V)

    At 500 380 ou 440

    500 1500 2300

    1000 5000 4000

    > 4000 6600 ou 13200

    Figura 18 Escolha da Tenso: Motores

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.26 Prof. Paulo Duailibe

    VII. DEFINIO DA POTNCIA DAS SUBESTAES PARA INDSTRIAS

    A seguir sero apresentados dois exemplos para definio da potncia de

    SEs para indstrias.

    VII.1 Pequeno Porte

    Uma indstria contm 12 motores de 10 cv alimentados pelo CCM1, 10

    motores de 30 cv e 5 motores de 50 cv alimentados pelo CCM2. O QDL,

    responsvel pela iluminao da indstria, alimenta 150 lmpadas

    fluorescentes de 40 W e 52 incandescentes de 100 W. Todas essas cargas

    so alimentadas pelo QGF que suprido pelo transformador da subestao.

    Determinar as demandas do CCM1, CCM2, QDL, QDF e QGF e a potncia

    necessria do transformador da subestao. Sabe-se que todos os motores

    tm fator de potncia 0,85.

    Obs: Considerar as potncias dos motores em cv j incluindo o rendimento

    do motor.

    Potncia dos Motores

    S10 cv = 66,885,0736,010 = kVA

    S30 cv = 98,2585,0736,030 = kVA

    S50 cv = 29,4385,0736,050 = kVA

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.27 Prof. Paulo Duailibe

    Demanda dos Quadros de Distribuio

    - CCM1

    DCCM1 = N10 cv x S10 cv x FS

    Onde:

    N nmero de motores

    FS fator de simultaneidade

    DCCM1 = 12 x 8,66 x 0,65 = 67,55 kVA

    - CCM2

    DCCM2 = (N30 cv x S30 cv x FS) + (N50 cv x S50 cv x FS)

    DCCM2 = (10 x 25,98 x 0,65) + (5 x 43,29 x 0,7) = 320,39 kVA

    - QDL

    Perdas no reator nas lmpadas de 40 W: 20 W

    DQDL = 150 x (40 + 20) + 52 x 100 = 14,2 kVA

    - QGF

    DQGF = DCCM1 + DCCM2 + DQDL

    DQGF = 67,55 + 320,39 + 14,2 = 402,14 kVA

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.28 Prof. Paulo Duailibe

    Potncia do Transformador

    Potncia mais prxima padronizada: 500 kVA

    Clculo do Fator de Demanda

    Potncia instalada = 34,5942,1485,0

    736,0)50530101012( =+++ kVA

    Fator de demanda = 68,034,59414,402 =

    Nmero de Aparelhos Aparelhos

    2 4 5 8 10 15 20 50 Motores: a 2,5 cv 0,85 0,80 0,75 0,70 0,60 0,55 0,50 0,40 Motores: 3 a 15 cv 0,85 0,80 0,75 0,75 0,70 0,65 0,55 0,45 Motores: 20 a 40 cv 0,80 0,80 0,80 0,75 0,65 0,60 0,60 0,50 Acima de 40 cv 0,90 0,80 0,70 0,70 0,65 0,65 0,65 0,60 Retificadores 0,90 0,90 0,85 0,80 0,75 0,70 0,70 0,70 Soldadores 0,45 0,45 0,45 0,40 0,40 0,30 0,30 0,30 Fornos Resistivos 1,00 1,00 -- -- -- -- -- -- Fornos de Induo 1,00 1,00 -- -- -- -- -- --

    VII.2 Grande Porte

    Fator de Carga (FC) = [carga do trafo] / [potncia nominal do trafo]

    FC (mx) = 150% normalizado

    Potncia nominal do trafo = [carga do trafo] / [FC]

    Consideraes para o clculo: FC = 100%; fator de segurana = 1,25 x carga

    Carga:

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    Dois motores de 355 kW 788,81 kVA Um motor de 710 kW 788,81 kVA Um motor de 1500 kW 1666,5 kVA Partida de um motor de 1500 kW:

    5 x 1666,5 kVA 8332,5 kVA Carga Total 11576,6 kVA

    Estimando potncia em transformador de 10000 kVA:

    FC = 11576,62 kVA / 10000 kVA = 1,15766 = 115,76%

    Para fator de segurana de 25%:

    Carga: 11576,62 x 1,25 = 14470,77 kVA

    FC = 144,7% dentro da norma

    VIII. EQUIPAMENTOS: TIPOS, SELEO E DIMENSIONAMENTO

    VIII.1 Transformadores de Fora

    Os transformadores de fora so classificados segundo o seu meio isolante,

    podendo ser a leo mineral, a lquidos isolantes sintticos pouco inflamveis

    (silicone) e secos.

    O leo mineral (derivado do petrleo) e os lquidos isolantes sintticos usados

    em transformadores, possuem duas funes principais: isolar, evitando a

    formao de arco entre dois condutores que apresentem uma diferena de

    potencial, e resfriar, dissipando o calor originado da operao do

    equipamento.

    Os transformadores secos utilizam o ar circulante como meio isolante e

    refrigerante, possuindo isolamento classe B, classe F ou classe H.

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    VIII.2 Transformadores de Corrente

    O transformador de corrente (TC) um transformador para instrumento cujo

    enrolamento primrio ligado em srie a um circuito eltrico e cujo

    enrolamento secundrio se destina a alimentar bobinas de correntes de

    instrumentos eltricos de medio e proteo ou controle.

    VIII.2.1 Princpios Fundamentais

    A Figura 19 mostra o esquema bsico de um TC.

    Figura 19 Esquema Bsico de um TC

    O enrolamento primrio dos TCs , normalmente, constitudo de poucas

    espiras (2 ou 3 espiras, por exemplo) feitas de condutores de cobre de

    grande seo.

    N1.I1 = N2.I2

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    VIII.2.2 Principais Tipos Construtivos

    Os transformadores de corrente classificados de acordo com a sua

    construo mecnica so os seguintes:

    Tipo Primrio Enrolado

    TC cujo enrolamento primrio constiudo de uma ou mais espiras envolve

    mecanicamente o ncleo do transformador.

    O TC tipo primrio enrolado mais utilizado para servios de medio, mas

    pode ser usado para servios de proteo onde pequenas relaes so

    requeridas. A Figura 20 mostra este tipo de TC.

    Figura 20 TC Tipo Enrolado

    Tipo Barra

    TC cujo primrio constitudo por uma barra, montada permanentemente

    atravs do ncleo do transformador.

    Este TC adequada para resistir aos esforos de grandes sobrecorrentes. A

    Figura 21 mostra o esquema bsico de um TC tipo barra.

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    Figura 21 TC Tipo Barra

    Tipo Janela

    aquele que no possui primrio prprio e constitudo de uma abertura

    atravs do ncleo, por onde passa o condutor do circuito primrio. A Figura

    22 mostra este tipo de TC.

    Figura 22 TC Tipo Janela

    Tipo Bucha

    Tipo especial de TC tipo janela construdo e projetado para ser onstalado

    sobre uma bucha de um equipamento eltrico, fazendo parte integrante do

    fornecimento deste.

    Pelo seu tipo de construo e instalao, o circuito magntico dos TCs tipo

    bucha maior que nos outros TCs , sendo mais precisos para corrente altas,

    pois possuem menor saturao. Em baixas correntes so menos precisos

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    em virtude da maior corrente de excitao, razo pela qual no so usados

    para medio. A Figura 23 mostra este tipo de TC.

    Figura 23 TC Tipo Bucha

    Tipo Ncleo Dividido

    Este tipo possui o enrolamento secundrio completamente isolado e

    permanentemente montado no ncleo, mas no possui enrolamento primrio.

    Parte do ncleo separvel ou articulada para permitir o enlaamento do

    condutor primrio.

    Destina-se ao uso em circuito constitudo de condutor completamente isolado

    ou um condutor nu.

    Um tipo muito difundido de TC com ncleo dividido o ampermetro alicate.

    A Figura 24 mostra o esquema bsico de um TC de ncleo dividido.

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    Figura 24 TC de Ncleo Dividido

    VIII.2.3 Principais Caractersticas Eltricas dos TCs

    As principais caractersticas dos TCs so:

    Corrente Secundria Nominal: Padronizada em 5 A. Corrente Primria Nominal: Caracteriza o valor nominal suportado em

    regime normal de operao pelo TC. Sua especificao deve considerar a

    corrente mxima do circuito em que o TC est inserido e os valores de

    curto-circuito.

    Classe de Exatido: Valor mximo do erro do TC, expresso em percentagem, que poder ser causado pelo TC aos instrumentos a ele

    conectados. A tabela da mostra as classes padronizadas.

    TC para Medio TC para Proteo ABNT 0,3 ; 0,6 ; 1,2 ; 3,0 5 ; 10 ANSI 0,3 ; 0,6 ; 1,2 10

    Figura 25 Classes de Exatido

    A Classe de exatido do TC para medio com finalidade de faturamento a

    consumidor: 0,3 (ver tabela da Figura 26).

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    Classe de Exatido TCs Alimentando Instrumentos Recomendada Aceitvel

    Medidores 0,3 0,6 Indicadores 0,6 1,2

    Figura 26 TCs Alimentando Instrumentos

    Carga Nominal: Carga na qual se baseiam os requisitos de exatido do TC. A tabela da Figura 27 mostra a designao da carga nominal dos

    TCs segundo a ABNT: EB-251.2.

    Designao da Carga

    Resistncia ()

    Reatncia ()

    Potncia Aparente (VA)

    Fator de Potncia

    Impedncia ()

    C 2,5 0,09 0,0436 2,5 0,90 0,1 C 5,0 0,18 0,0872 5,0 0,90 0,2 C 12,5 0,45 0,2180 12,5 0,90 0,5 C 25,0 0,50 0,8661 25,0 0,50 1,0 C 50,0 1,00 1,7321 50,0 0,50 2,0 C 100,0 2,00 3,4642 100,0 0,50 4,0 C 200,0 4,00 6,9283 200,0 0,50 8,0

    Figura 27 Carga Nominal: EB-251.2

    Fator Trmico: Fator pelo qual deve-se multiplicar a corrente primria nominal para se obter a corrente primria mxima que o TC capaz de

    conduzir em regime permanente, sob freqncia nominal, sem exceder os

    limites de elevao de temperatura especificados e sem sai de sua classe

    de exatido.

    Nvel de Isolamento: Define a especificao do TC quanto s condies que deve satisfazer a sua isolao em termos de tenso suportvel.

    Corrente Trmica Nominal: Maior corrente primria que um TC capaz de suportar durante 1 segundo, com o enrolamento secundrio curto-

    circuitado, sem exceder, em qualquer enrolamento, a temperatura mxima

    especificada para sua classe de isolamento.

    NIterm II do disjuntor

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    Corrente Dinmica Nominal: Valor de crista da corrente primria que um TC capaz de suportar durante o primeiro meio ciclo com o enrolamento

    secundrio curto-circuitado, sem danos devido s foras eletromagnticas

    resultantes. igual a 2,5 vezes o valor da corrente trmica nominal.

    Polaridade: Normalmente utilizada a polaridade subtrativa.

    VIII.2.4 Designao Normativa dos TCs

    TCs para Servio de Medio

    A designao dos TCs, de acordo com a ABNT, feita indicando a classe de

    exatido seguida da carga nominal com a qual se verifica esta exatido.

    Exemplos: 0,6 C50,0

    0,3 C2,5

    A designao de acordo com a ANSI feita indicando a classe de exatido

    seguida da letra B e da impedncia da carga nominal com a qual se verifica

    esta exatido.

    Exemplos: 0,6B 2,0

    0,3B 0,1

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    TCs para Servio de Proteo

    A designao dos TCs, de acordo com a ABNT e ANSI, feita de acordo

    com a tabela da Figura 28.

    Caractersticas Nominais Designao ANSI

    (C.57.13) ABNT (EB-

    251.2) Impedncia Secundria

    Interna

    Classe de Exatido

    (%)

    Potncia Aparente

    (VA)

    Tenso Secundria

    (V) Rev. 1968 Ver. 1980 10 2,5 10 T 10 10A 10 10 5,0 20 T 20 10A 20 10 12,5 50 T 50 10A 50 10 25,0 100 T 100 10A 100 10 50,0 200 T 200 10A 200 10 100,0 400 T 400 10A 400

    Alta

    10 200,0 800 T 800 10A 800 10 2,5 10 C 10 10B 10 10 5,0 20 C 20 10B 20 10 12,5 50 C 50 10B 50 10 25,0 100 C 100 10B 100 10 50,0 200 C 200 10B 200 10 100,0 400 C 400 10B 400

    Baixa

    10 200,0 800 C 800 10B 800

    Figura 28 TCs para Servio de Proteo

    VIII.2.5 Determinao da Corrente Primria Nominal do TC

    Por recomendao do IEEE, a relao ideal do TC a que atende a

    condio:

    4 A > (corrente que circula do primrio do TC) / k > 3 A

    Onde k a relao de transformao nominal do TC, ou seja: A

    Ik N51= ,

    resultando:

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    > > >

    Alm disso:

    Funo da Capacidade Dinmica

    11 b

    II MN

    Funo da Capacidade Trmica

    21 b

    II INN Sendo:

    IN1 Corrente nominal primria do TC; IM Corrente momentnea do disjuntor do sistema ou ramal eltrico; b1 Coeficiente do limite de corrente de curta durao para efeito

    mecnico;

    IIN Corrente de interrupo nominaldo disjuntor do sistema ou ramal eltrico;

    b2 Coeficiente do limite de corrente de curta durao para efeito trmico.

    VIII.3 Transformadores de Potencial

    O transformador de potencial (TP) um transformador para instrumento cujo

    enrolamento primrio ligado em derivao a um circuito eltrico e cujo

    enrolamento secundrio se destina a alimentar bobinas de potencial de

    instrumentos eltricos de medio e proteo ou controle.

    1,66 x Corrente que circula no primrio

    Corrente Primria Nominal do TC

    1,25 x Corrente que circula no primrio

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    VIII.3.1 Princpios Fundamentais

    A Figura 29 apresenta o esquema bsico de ligao de um TP.

    N1

    N2

    V1

    V2

    Figura 29 Transformador de Potencial

    O TP construdo com N1 > N2.

    VIII.3.2 Principais Caractersticas dos TPs

    As principais caractersticas dos TPs so:

    Tenso Primria Nominal: Estabelecida de acordo com a tenso do circuito no qual o TP ser instalado.

    Tenso Secundria Nominal: padronizada em 115 V ou 115/ 3 V. Classe de Exatido: Valor mximo do erro (expresso em percentagem)

    que poder ser causado pelo transformador aos instrumentos a ele

    conectados (ver tabela da Figura 30).

    2

    1

    2

    1

    NN

    VV =

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    Classe de Exatido TPs Alimentando Instrumentos Recomendada Aceitvel

    Medidores 0,3 0,6 Indicadores 0,6 1,2

    Figura 30 Classe de Exatido

    Carga Nominal: Carga na qual se baseiam os requisitos de exatido do TP. A tabela da Figura 31 apresenta a designao segundo a ABNT e a

    ANSI.

    Designao ABNT Designao ANSI P 12,5 W P 25 X P 75 Y P 200 Z P 400 ZZ

    Figura 31 Carga Nominal

    Exemplo: Um rel de consumo 20 VA/fase a 110 V aplicado a um TP com

    tenso secundria de 120 V. O valor corrigido ser:

    RV

    ZV

    ZVVIVVA

    22

    ====

    2011011020

    22 )(RR

    )( ==

    82311012020

    20110120

    2

    2

    2

    2

    ,)()(

    )()(VAnovo === VA

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    Consultoria para Uso Eficiente de Energia pg.41 Prof. Paulo Duailibe

    Potncia Trmica: Maior potncia aparente que um TP pode fornecer em regime permanente sob tenso e freqncias nominais, sem exceder os

    limites de temperatura permitidos pela sua classe de isolamento.

    Nvel de Isolamento: Define a especificao do TP quanto sua isolao em termos de tenso suportvel.

    VIII.3.3 Designao Normativa dos TPs

    A designao correta dos TPs feita indicando-se a classe de exatido

    separada por um hfen do valor da maior carga nominal com a qual esta se

    verifica.

    Exemplos: 0,6 P400 (ABNT) 0,6 ZZ (ANSI) 1,2 P25 (ABNT) 1,2 X (ANSI)

    VIII.3.4 Grupos de Ligao

    De acordo com a ABNT, os TPs classificam-se em trs grupos:

    Grupo 1: TP projetado para ligao entre fases; Grupo 2: TP projetado para ligao entre fase e neutro de sistemas

    diretamente aterrados;

    Grupo 3: TP projetado para ligao entre fase e neutro de sistema onde no se garanta a eficcia da aterramento.

    Defini-se um sistema trifsico com neutro efetivamente aterrado como sendo

    um sistema caracterizado por um fator de aterramento que no exceda 80%.

    Esta condio obtida quando:

    31

    0