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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – SEED/MEC UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
SÔNIA MIRIAN GUGLIELMI
O USO DA MÍDIA INFORMÁTICA SEGUNDO A VISÃO DE PROFESSORES
DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA IGNÁCIO STAKOWSKI, DE IÇARA -
SC
TUBARÃO, 2011
SÔNIA MIRIAN GUGLIELMI
O USO DA MÍDIA INFORMÁTICA SEGUNDO A VISÃO DE PROFESSORES
DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA IGNÁCIO STAKOWSKI, DE IÇARA -
SC
Monografia apresentada ao Programa de Formação Continuada
em Mídias na Educação, da Universidade Federal do Rio
Grande, como requisito para a obtenção do Título de
Especialista em Mídias na Educação.
Orientador: Fabiano Couto Corrêa da Silva.
TUBARÃO, 2011
SÔNIA MIRIAN GUGLIELMI
O USO DA MÍDIA INFORMÁTICA SEGUNDO A VISÃO DE PROFESSORES
DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA IGNÁCIO STAKOWSKI, DE IÇARA -
SC
Monografia apresentada ao Programa de Formação Continuada
em Mídias na Educação, da Universidade Federal do Rio
Grande, como requisito para a obtenção do Título de
Especialista em Mídias na Educação.
Orientador: Fabiano Couto Corrêa da Silva
Rio Grande, RS _____/_____/2011. Nota: ________
Nome do Orientador: Fabiano Couto Corrêa da Silva
Orientador (a)
Coordenação da Pós-Graduação
Rio Grande, 2011
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela oportunidade de compartilhar dessa grande experiência e por ter
iluminado meu caminho nesses anos.
A minha filha, Patrícia, e a minha neta, Júlia, pelo colorido especial que trazem
ao mundo e por estarem presentes em todas as horas, sempre tornando os momentos
mais alegres, dando estímulo para continuar apostando em minhas realizações.
Ao meu esposo, Antenor, pelo apoio e incentivo durante toda a jornada na
realização do curso. E aos meus enteados, Jéssica e Luiz Fernando, pelo carinho e
paciência nos momentos de espera.
Aos meus irmãos, que de algum modo sempre me ajudam, de maneira direta ou
indireta. A eles, meu carinho e gratidão eternos.
Ao professor Alexandre e a toda a sua equipe, que nos incentivaram e apoiaram
em cada etapa dessa caminhada.
Às Tutoras Graciele e Gorete, que estiveram ao nosso lado a cada etapa do
curso, enriquecendo nossos trabalhos com seus conhecimentos e apoio.
A meu orientador, professor Fabiano Couto Corrêa da Silva, que partilhou todo
seu conhecimento, contribuindo para a realização deste trabalho, que, com certeza, não
seria realizado sem a sua ajuda.
À Escola de Educação Básica Ignácio Stakowski, principalmente à pessoa da
diretora geral, Maria Gricelda Guglielmi Coelho, e aos profissionais que contribuíram
respondendo aos questionamentos deste estudo, sem os quais nada seria possível.
Aos amigos que conquistei ao longo do curso, que dividiram comigo
conhecimentos e também dúvidas, dificuldades e alegrias, fazendo dessa caminhada,
uma fase inesquecível em minha vida.
E a todas as demais pessoas que estiveram presentes durante minha caminhada
acadêmica e contribuíram de alguma maneira para concretização desta etapa.
“[...] Por trás da cortina que avistam, desenrola-se meu
verdadeiro caminho. Mas dele sei tão pouco quanto qualquer um
de vós”.
(Lya Luft)
6
RESUMO A introdução de Tecnologias de Informação e Comunicação, nas quais inserem-se a
informática, tem provocado uma verdadeira revolução na concepção de ensino e de
aprendizagem. Diante destes pressupostos, este trabalho teve por objetivo geral
identificar as formas pelas quais as mídias de informática vêm sendo utilizadas na EEB
Ignácio Stakowski e a visão dos professores sobre o uso do computador como recurso
para a melhoria do processo ensino-aprendizagem. Realizou-se uma pesquisa descritiva
e de campo, com abordagem qualitativa, considerando-se como população os
professores da Escola de Educação Básica Ignácio Stakowski, de Içara – SC. A amostra
foi selecionada pelo critério de intencionalidade simples e compreendeu 05 (cinco)
docentes da escola em questão. Foi possível concluir que, as novas mídias, em geral,
são consideradas pelos professores como poderosas ferramentas para a educação,
porém, alguns ainda não fazem uso das mesmas na prática docente. Porém, as mídias
vêm colocar os professores e profissionais da educação diante de um novo repensar
educacional com o qual pode-se chegar a resultados muitos satisfatórios. É necessário,
portanto, que façam uso das mídias como aliada no processo ensino-aprendizagem,
adequando-as às potencialidades que elas apresentam
Palavras chave: Educação. Informática. Tecnologias da Comunicação e Informação-
TIC.
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 8
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 10
2.1 Objetivo geral ..................................................................................................................... 10
2.2 Objetivos específicos .......................................................................................................... 10
3 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 11
3.1 BREVE HISTÓRICO SOBRE A INTRODUÇÃO DA INFORMÁTICA NA
EDUCAÇÃO NO BRASIL ...................................................................................................... 11
3.2 O COMPUTADORE COMO RECURSO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO .......................... 13
3.3 O PAPEL DOS PROFESSORES FRENTE AS TECNOLOGIAS DE
INFORMÁTICA NA ESCOLA .............................................................................................. 16
3.4 AS TIC COMO RECURSOS DIDÁTICOS-PEDAGÓGICOS NO ENSINO
PÚBLICO ................................................................................................................................. 17
3.5 O PAPEL DO PROFESSOR E A INFORMÁTICA NA ESCOLA .................................. 19
3.6 POSSIBILIDADES E CONTRADIÇÕES DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ....... 22
4 METODOLOGIA ................................................................................................................ 25
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 27
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 32
7 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 34
APÊNDICES ........................................................................................................................... 36
8
1. INTRODUÇÃO
Hoje não é mais concebível falar em educação sem o uso das Tecnologias de
Informação e Comunicação - TIC, onde estão enquadrados os computadores, a Internet,
vídeos, televisão e outras mídias. Com a utilização na prática escolar destas mídias, que
podem ser considerados como recursos pedagógicos, tem-se criado novas tendências na
educação e uma nova concepção no fazer didático-pedagógico. Com isso, nasce também
um novo desafio, no qual os profissionais da educação precisarão se preparar para
dominar o uso das TIC, com atualização constante.
Segundo Andrade (2003), um ambiente inovador, gerado na escola com o
uso de mídias educativas vai refletir na postura dos futuros profissionais e cidadãos que
se está formando, pois haverá a inclusão digital destes alunos no mundo da pesquisa
com novas técnicas de ensino. Com isso ocorre não apenas a mera transmissão de
conhecimento, mas a articulação do diálogo com o aluno de forma que este descubra e
estruture seu próprio conhecimento, podendo aplicá-lo em realidades diferentes e
adversas. O professor, neste contexto, é incentivador de novos conhecimentos, não
estando mais sozinho em suas leituras e reflexões, mas em parceria com os educandos.
O uso das mídias possibilita, também, a experiência nova da geração e transferência do
saber que a interação com os alunos irá proporcionar, sendo este espaço uma alavanca
para o futuro desenvolvimento tecnológico preparando os alunos para a sociedade, para
a vida e para o futuro mercado de trabalho.
Contudo, percebe-se que os recursos audiovisuais e de informática não são
utilizados pelos professores como ferramenta didática e de aprendizagem. É possível
constatar que os professores utilizam-se deste recurso quando geralmente não se tem
mais nada de conteúdo a ser cumprido, e ainda quando o usam, não fazem relação com
o conteúdo trabalhado em sala de aula.
Além disso, dificilmente as crianças fazem uso do computador, internet, TV e
vídeo com um objetivo educacional, por isso, faz-se necessário aprofundar a
importância desses recursos como instrumentos de trabalho pedagógico, a fim de
possibilitar um meio educacional no qual há mais interação, motivação e cumprimento
da função social da escola.
9
Assim, a introdução das TIC nas escolas provoca questionamentos sobre os
métodos e prática educacional, gerando a tomada de ação por parte dos professores para
que possam utilizar este recurso de maneira eficaz.
Portanto, acredita-se que faz-se necessário observar a forma como está sendo
desenvolvido o trabalho com estas ferramentas, a fim de se identificar a introdução
desses recursos na unidade escolar, o uso que se faz deles nas atividades curriculares e,
principalmente, se os professores têm a concepção da importância que as mídias podem
apresentar para o processo de aprendizagem.
O propósito é levar os professores a refletirem e buscarem, juntamente com
toda a equipe pedagógica, soluções para o uso adequado dos recursos midiáticos, tanto
no uso pedagógico como no uso domiciliar, com propósitos educativos. Desse modo,
considera-se que o presente trabalho pode ser relevante para a escola, a partir do
momento em que poderá contribuir para uma reflexão acerca do uso das TIC no
processo de ensino aprendizagem.
10
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
- Identificar as formas pelas quais as mídias de informática vêm sendo utilizadas
na EEB Ignácio Stakowski e a visão dos professores sobre o uso do computador como
recurso para a melhoria do processo ensino-aprendizagem.
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Verificar a importância atribuída por professores às TIC na educação;
- Analisar fatores que dificultam o uso das TIC no ambiente escolar;
- Formular estratégias para assessorar os professores para incluírem as Mídias de
informática e audiovisuais em seus planejamentos.
11
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 BREVE HISTÓRICO SOBRE A INTRODUÇÃO DA INFORMÁTICA NA
EDUCAÇÃO NO BRASIL
Os recursos tecnológicos vêm ocupando espaços variados na escola, ainda que,
na maioria das vezes, de maneira pouco conhecida. De acordo com Moraes (2002),
projetos nesse sentido tiveram início, no Brasil, na década de 80, com o objetivo de
identificar meios de aplicar os recursos computacionais como apoio aos objetivos
educacionais.
O Educom foi o primeiro projeto público a tratar da informática educacional.
Segundo Valente e Almeida (1997), foi criado em 1983 com o patrocínio do Ministério
da Educação. Através desse projeto, foram implantados centros-piloto de Informática
em Educação nas Universidades Federais de Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro
e Rio Grande do Sul como também na Estadual de Campinas, com o objetivo de
desenvolver pesquisas e metodologias para o uso do computador como recurso.
tecnológico.
Andrade (2003) relata que o Educom surgiu também como parte integrante do
projeto de informatização da sociedade brasileira dentro da política modernizante então
vigente no país, que buscou uma autonomia tecnológica no setor de informática e
microeletrônica, associada a uma perspectiva de progresso econômico e social.
O Projeto Educom perdurou de 1984 a 1987, a partir do qual se formaram
grupos de profissionais com condições de desenvolver projetos e pesquisas na área da
Informática na Educação em várias universidades do País. Conforme expõem Valente e
Almeida (1997), várias foram as metas do projeto Educom, uma delas era desenvolver a
pesquisa do uso educacional da informática, ou seja, perceber como o aluno aprende
sendo apoiado pelo recurso da informática e se isso melhora efetivamente sua
aprendizagem. Outra meta era levar os computadores às escolas públicas para
possibilitar as mesmas oportunidades que as particulares ofereciam a seus alunos. No
entanto, o Educom não obteve sucesso em relação à mudança de cultura do sistema
educacional, pois os resultados alcançados através de tal projeto não foram suficientes
para sensibilizar ou causar profundas mudanças na educação.
Posteriormente, em 13 de outubro de 1989, foi instituído pelo Ministério da
Educação e do Desporto o Programa Nacional de Informática Educativa – Proninfe.
12
Este projeto, segundo Andrade (2003), visava incentivar a capacitação contínua
e permanente de professores, técnicos e pesquisadores no domínio da tecnologia de
informática educativa. Dentro da concepção Proninfe/MEC, foram estruturados de
acordo com as atividades, clientelas e campos de atuação dos estabelecimentos ou
características dos sistemas de ensino. Estes locais, de acordo com a concepção do
Proninfe, eram considerados ambientes de ensino-aprendizagem, integrados por grupos
interdisciplinares de educadores, especialistas e técnicos, sistemas e programas
computacionais de suporte ao uso/aplicação da informática na educação.
Na visão de Moraes (2002), o Proninfe representou um grande avanço em
relação à democratização das decisões sobre essa política, já que contou com a
colaboração de docentes-pesquisadores das universidades envolvidas no projeto
Educom.
Em seguida, o Ministério da Educação e Cultura - MEC adotou uma política que
visava implantar, em cada estado, Centros de Informática Educativa (CIEd). Porém,
para o funcionamento de tais centros, era necessário capacitar professores em
Informática na Educação e torná-los aptos a atuarem como multiplicadores no processo
de formação de outros professores em suas instituições de origem. Para tanto, o MEC
criou o Projeto Formar.
Valente e Almeida (1997) destacam como pontos positivos do Formar:
preparação de profissionais da educação que não tinham tido contato com o
computador, visão ampla dos diferentes aspectos computacionais e pedagógicos em
relação à Informática na Educação e conhecimento das diversas pesquisas e trabalhos
realizados em Informática na Educação, visto que o curso foi ministrado por
especialistas de todos os centros brasileiros. Entretanto, os autores apontam como
pontos negativos: realização do curso distante do local de trabalho e da residência dos
participantes, curso extremamente compacto dificultando o processo de assimilação dos
novos conteúdos e a prática com os alunos das novas idéias, falta de condições físicas e
de interesse de vários estabelecimentos de ensino em relação à implantação da
Informática na Educação.
Em 1989, foi implantado o Programa Nacional de Informática na Educação
(Proinfo) que, de acordo com Moraes (2002), foi uma iniciativa do Ministério da
Educação, por meio da Secretaria de Educação a Distância – SEED, sendo desenvolvido
em parceria com os governos estaduais e alguns municipais. É um programa
13
educacional que visa à introdução das novas tecnologias da informação e comunicação
na escola pública como ferramenta de apoio ao processo ensino-aprendizagem.
Contudo, na visão de Andrade (2003), apesar de ser este o modelo de
organização e funcionamento até então vigente, sabe-se que os laboratórios,
particularmente nos CIEd, nos estados brasileiros, são insuficientes até para um
primeiro contato pelos alunos e professores com a informática (a rede oficial brasileira
tem mais de duzentas mil escolas), estando também muito longe de proporcionar aulas
das matérias do currículo. Embora exista um número mínimo de docentes capacitados
no domínio da informática educativa, e alguns centros terem se desdobrados em
subcentros, a maioria dos laboratórios estão com os equipamentos desatualizados e não
permitem as novas aplicações em multimídia e em rede telemática, que são opções
consideradas indispensáveis na nova proposta de informatização das escolas de 1º e 2º
graus.
Assim, na visão de Andrade (2003), há necessidade de ampliar o uso da
informática nas escolas da rede oficial, numa plataforma computacional atualizada,
considerando as suas expectativas para a melhoria da qualidade do ensino; mudanças na
cultura educacional; atualização do ensino à modernidade científica e tecnológica;
acesso à informação ao maior número possível de usuários; expansão e valorização da
escola. É preciso ampliar as oportunidades educacionais através do uso da informática,
desenvolver metodologias com as novas possibilidades para utilização na educação à
distância, e produzir materiais interativos adequados aos currículos, que reconhecemos
importante tanto quanto as estratégias que promovem mudanças na estrutura cognitiva,
haja vista que são padrões de distribuição do conhecimento num sistema educacional de
mobilidade social competitiva da rede oficial.
3.2 O COMPUTADOR COMO RECURSO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
A capacidade dos computadores de processar e exibir programas com sons,
imagens, animação e textos, de modo interativo e integrado, na visão de Moraes (2002),
pode contribuir significativamente para a melhoria da qualidade do processo ensino-
aprendizagem.
Na visão de Barbosa (2002), a tecnologia de informação e comunicação
articulada com outros recursos tecnológicos e diferentes mídias (TV, computador,
Internet, vídeo) oferecem meios para o aluno diversificar a representação de
14
conhecimento através de diferentes formas de linguagem, que são específicas de cada
um desses recursos. No sentido de resolver um problema ou desenvolver um projeto, o
aluno aprenda a selecionar, comparar, diferenciar, buscar informações que sejam
significativas para aquilo que estiver produzindo.
A utilização do computador no ensino, a que permite a realização de
atividades pedagógicas por seu intermédio encontra nos aplicativos que envolvem
processamento de texto, planilhas, manipulação de banco de dados, construção e
transformação de gráficos, sistemas de autoria, etc., mas que também possibilite ao
aluno do campo criar ambientes de aprendizagem que façam surgir novas formas de
pensar e aprender de acordo com sua realidade e aplicação no seu dia a dia.
Moraes (2007) destaca os seguintes aspectos com relação à melhoria da
qualidade no processo ensino-aprendizagem com a informática como recurso
pedagógico: desenvolvimento da compreensão de conceitos matemáticos; melhoria da
linguagem e da escrita; favorecimento da interdisciplinaridade; desenvolvimento da
criatividade; desenvolvimento da autonomia, da cooperação e da criticidade.
Ambientes computacionais que utilizam ferramentas apropriadas criam espaços
para a interdisciplinaridade, afirma Moraes (2007), através de projetos e atividades que
integram várias disciplinas. O computador, analisa o autor, é visto como um objeto para
a expressão da criatividade e uma ferramenta para a integração e a organização de
conteúdos socialmente relevantes.
Em função disso, a escola, principalmente, a pública, considera Barbosa
(2002), precisa garantir aos alunos o acesso às mídias de forma ativa e produtiva,
favorecendo a comunicação e, conseqüentemente, a possibilidade de fazer circular, em
condições de igualdade, diferentes discursos e entendimentos. Novos objetos só podem
ser valorizados, analisados e utilizados de maneira crítica e inovadora se forem
compreendidos. Portanto, para atuar e intervir no espaço eletrônico é necessário
desenvolver a fluência tecnológica, explorar as telecomunicações no trabalho, entrar em
rede para trocar idéias com os pares, aprender a se localizar, mover, estabelecer
parcerias e cooperar em ambientes virtuais.
A tecnologia da informática deverá ser instrumento para desenvolver
habilidades nos alunos, de forma que, os conteúdos trabalhados na escola sejam
significativos socialmente e provoquem mudanças individuais e coletivas. Deverá
promover a democratização do ensino no Brasil e instituir a formação de cidadãos
participativos para a construção de uma sociedade mais justa e melhor.
15
No entanto, Petrin e Spigolon (2006) ressaltam que a inserção não é
simplesmente a instalação dos computadores nas unidades de ensino, sendo que um
problema muito comum que se tem visto na maioria das escolas é a utilização dessa
ferramenta como um simples meio de transmissão do conhecimento, no qual o professor
mantém a mesma prática pedagógica adotada numa sala de aula. É dessa forma,
afirmam os autores, que essa ferramenta passa a ser usada, para simplesmente,
informatizar os procedimentos pedagógicos que já estão em curso, não viabilizando
conteúdos ou práticas novas aos educandos, o aluno passa a utilizar o computador e a
internet apenas para fazer a leitura de textos que podem ser encontrados também, em
livros, perdendo-se a oportunidade de se fazer uma leitura reflexiva e critica sobre o
assunto estudado. Percebe-se que quando as TIC são usadas dessa forma no contexto da
sala de aula, não é necessário que se faça investimentos consideráveis em termos de
preparação do corpo docente, tendo em vista que o conhecimento requerido será apenas
a de um simples usuário e os resultados também serão muito pouco qualitativos em
termos de conhecimento ficando sem sentido a informatização do ensino.
Dentro deste contexto, Moraes (2002) afirma que, embora se encontre numa
nova etapa de desenvolvimento científico, intelectual, político e social, continua-se
oferecendo uma educação dissociada da vida, desconectada da realidade do indivíduo,
descontextualizada, Ignorando-se ainda a grande importância da agropecuária no
desenvolvimento do país e as suas potencialidades.
Sabe-se que o desafio de integrar as tecnologias nas escolas públicas não é
só um esforço tecnológico, mas também humano. Esse desafio, considera Castells
(1999), também se concentra na inclusão digital de alunos que, de fato, estão inseridos
em segmentos menos privilegiados da sociedade e que, mesmo nascidos em uma
sociedade informatizada e contemporâneos a ela, poderão ter o seu primeiro contato
com as tecnologias digitais e o computador na escola.
Para Winner (1998), a inclusão digital vai muito além da simples
disponibilização de alguns equipamentos de informática para os professores e alunos,
como tem ocorrido em muitas escolas, na tentativa de passar para sociedade a idéia de
que têm procurado se manter modernas e atualizadas. Na verdade, a inclusão digital só
trará ganhos significativos de aprendizado se o computador for capaz de ajudar os
cidadãos e a escola, como um todo, a integrar as tecnologias dentro do contexto escolar,
como mais uma ferramenta de apoio, de acordo com a prática pedagógica adotada.
Assim, será mais fácil se construir uma sociedade de informação para todos, utilizando
16
as TIC em favor dos interesses e necessidades individuais e comunitários, com
responsabilidade e senso de cidadania.
3.3 O PAPEL DOS PROFESSORES FRENTE AS TECNOLOGIAS DE
INFORMÁTICA NA ESCOLA
A grande disseminação da informática, conforme assinala Boelter (2006),
em segmentos importantes da sociedade, revoluciona formas tradicionais de equilíbrio e
institui um novo paradigma que alcança e modifica a comunicação, os modos de
aprendizagem, as relações humanas e as organizacionais. Com as mudanças ocorridas
na organização das sociedades através das inovações técnicas e científicas que
configuram a chamada revolução tecnológica, a educação escolar não pode ficar à
margem dessa evolução.
Na área das comunicações, segundo Castells (1997), ocorre a popularização
dos recursos da informática, antes restrita a pequenos setores privilegiados; atualmente
novos instrumentos permitem acesso mais ágil às fontes de conhecimento e recursos
que cada vez mais, favorecem avanço cultural, e meios para adquirir conhecimentos.
Neste contexto a escola é a principal condutora desse processo. Devido a isso,
considera o referido autor, é se faz necessário que o professor deixe de reclamar de sua
condição frente a sociedade e aos alunos que está recebendo e passe a acompanhar e,
consequentemente, se adequar a essa evolução no que se refere às novas formas de
conduzir o processo ensino-aprendizagem, passando a dispor também, não só de um
novo olhar sobre esses procedimentos culturais e tecnológicos, como também dispor de
meios para agregar novos métodos de ensino a sua prática, pois os mesmos estão
moldando e criando a atual sociedade.
Mas, pondera Boelter (2006), pensar em inovações tecnológicas educacionais é
antes de tudo repensar os ambientes de aprendizagem e a capacitação dos profissionais
da educação e não apenas a aplicação da técnica pela técnica. Ambientes de
aprendizagem abertos e motivadores através da multimídia devem contribuir para
promover as competências nos alunos de aprender a aprender.
Por isso, prossegue Boelter (2006), para garantir o êxito da incorporação do
recurso informático como instrumento útil para a atividade intelectual, criativa e
profissional, é preciso que se garanta uma capacitação do docente não somente em nível
técnico, como também, e fundamentalmente, pedagógico. O professor precisa apropriar-
17
se da tecnologia em função de seus interesses profissionais, e assim situar-se, avaliar e
planejar sua aplicação em aula.
Desse modo, afirma Castells (1997), em meio ao cenário tecnológico em
que se encontra o profissional docente, as atuais discussões e políticas públicas na área
de informática (na educação) têm considerado o professor como um componente
fundamental para o processo de introdução do computador no cotidiano do ensinar e
aprender, mas na prática pouco se tem feito.
Neste sentido, para Petrin e Spigolon (2006), qualquer que seja o recurso
tecnológico a ser utilizado na prática de ensino, considerando-se o mais trivial ao mais
elaborado, tudo será dependente de quem estará utilizando-o, do uso que está sendo
feito e da forma utilizada. Ao docente, cabe, portanto, trabalhar seu planejamento, no
sentido de buscar uma diversificação dessa nova abordagem dentro de seu componente
curricular.
Espera-se que o docente, na sala de aula, promova a interação entre a
informática e a sua disciplina e, por meio dessa interação, proporcione aos alunos o
acesso às novas informações e experiências, de modo que aprendam efetivamente, e que
sejam críticos diante das informações e do conhecimento promovido por meio da
tecnologia.
Assim sendo, é importante que em um processo de formação em informática
na educação o professor seja concebido não apenas como um profissional, mas como
uma pessoa que tem sentimentos e reações diversas diante do computador. Desse
modo, conforme coloca Barbosa (2002), não basta apenas o professor saber
operacionalizar a tecnologia, ele precisa compreender as implicações pedagógicas
envolvidas no seu uso para poder criar condições de aprendizagens que favoreçam o
processo de construção de conhecimento do aluno e saiba aplicar esse conhecimento
para resolver problemas cotidianos ou participar da busca de alternativas para
solucioná-los.
3.4 AS TIC COMO RECURSO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO NO ENSINO
Com o avanço das tecnologias, as políticas educacionais voltadas para o uso
de mídias como ferramenta agregadora no processo ensino-aprendizagem se
diversificam e tomam rumos diferentes nos dois sistemas de ensino: o público e o
privado (FRANÇA; SANTOS, 2005).
18
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996
(LDB), em seu artigo 36, a introdução das novas tecnologias deve fazer parte dos
currículos das escolas públicas do País, bem como discussão crítica dos meios de
comunicação social. Esse processo perpassa, obrigatoriamente, pela necessidade de
explorar os diversos meios como: a televisão, o rádio, o jornal, o vídeo, a revista, o
computador, o teatro, o fax, os softwares educacionais. (FRANÇA; SANTOS, 2005).
Não resta dúvida de que, nos dias de hoje, a utilização de novas formas de
interação on-line atende às novas necessidades dos alunos; o incentivo à aprendizagem
ativa e significativa ao aluno já pode ser comprovada por meio de vários projetos já
desenvolvidos em todos os países; é evidente o acesso rápido e eficiente na obtenção de
informações relevantes e diversificadas e a melhoria da qualidade da comunicação entre
professores e alunos são viabilizadas pelas ferramentas interativas (BUCKINGHAM,
2008).
A revolução tecnológica se reveste de uma grande promessa para a
educação. A tecnologia da comunicação e de processamento de dados e imagens está
avançando em uma velocidade enorme e sem precedentes, ao mesmo tempo em que se
faz mais econômica e confiável, com enormes conseqüências para a educação,
oferecendo, em escala crescente, um potencial preciso e bem definido como um recurso
pedagógico, campo no qual, mesmo que ainda não esteja ocorrendo de forma plena, se
reveste de uma possibilidade de uma revolução tecnológica (BUCKINGHAM, 2008).
Porém, é importante ressaltar que as tecnologias da informação e
comunicação permitem um reencantamento na escola. Portanto, não há mais como
negar a importância desses recursos na educação, vislumbrando um futuro na sociedade
do conhecimento. A presença plena da informática na educação é inevitável.
Nesse contexto, conforme França e Santos (2005, p. 101):
O projeto político-pedagógico da escola deve contemplar “as novas
tecnologias para agregar novos conhecimentos educacionais e, não
simplesmente, incluí-las como apenas acessório tecnológico; até porque as
novas relações entre as sociedades exigem tais conhecimentos e agilidade nas
respostas, uma vez que o compartilhamento das informações tem grande
influência nos diversos segmentos da sociedade, sejam eles econômicos,
políticos, ou culturais.
A principal meta da utilização e adaptação das TIC na prática curricular das
escolas encontra-se no uso dessas ferramentas como material de apoio para o repasse
dos conteúdos e para subsidiar as disciplinas lecionadas. Contudo, tal prática também se
19
destina ao preparo dos alunos para uma inserção numa sociedade que já se encontra
informatizada (FRANÇA; SANTOS, 2005).
Desse modo, é preciso que os professores compreendam como as novas
gerações interagem com as diversas mídias, conscientes da diversidade dos grupos
escolares e das disparidades e ambivalências presentes nas escolas dos diversos
municípios e estados brasileiros. Essas diferenças são significativas em muitos aspectos,
especialmente nas limitações de acesso aos recursos telemáticos de natureza econômica.
O impasse para a implementação das tecnologias da informação e comunicação nas
escolas brasileiras se configura de forma consistente, tanto no âmbito econômico,
quanto no que tange à qualificação dos professores para sua utilização no espaço escolar
integrada aos conteúdos programáticos (KELLNER, 2003).
Na visão de Barbosa (2002), a tecnologia de informação e comunicação
articulada com outros recursos tecnológicos e diferentes mídias (TV, computador,
Internet, vídeo) oferecem meios para o aluno diversificarem a representação de
conhecimento através de diferentes formas de linguagem, que são específicas de cada
um desses recursos. No sentido de resolver um problema ou desenvolver um projeto, o
aluno necessita aprender a selecionar, comparar, diferenciar, buscar informações que
sejam significativas para aquilo que estiver produzindo.
Em função disso, a escola, principalmente, a pública, considera Barbosa
(2002), precisa garantir aos alunos o acesso às mídias de forma ativa e produtiva,
favorecendo a comunicação e, conseqüentemente, a possibilidade de fazer circular, em
condições de igualdade, diferentes discursos e entendimentos. Novos objetos só podem
ser valorizados, analisados e utilizados de maneira crítica e inovadora se forem
compreendidos. Portanto, para atuar e intervir no espaço eletrônico é necessário
desenvolver a fluência tecnológica, explorar as telecomunicações no trabalho, entrar em
rede para trocar idéias com os pares, aprender a se localizar, mover, estabelecer
parcerias e cooperar em ambientes virtuais.
3.5 O PAPEL DO PROFESSOR E A INFORMÁTICA NA ESCOLA
As tecnologias trazem desafios e promovem novas interações, sejam elas
aluno-professor, aluno-aluno, aluno-máquina, professor-máquina ou professor-
professor. Essas relações criam situações jamais vividas, modificando, portanto, todos
20
os papéis na escola. Novos conhecimentos e novas linguagens vão surgindo no
cotidiano dos nossos alunos. São novidades atrás de novidades. O contato com o
mundo, com a atualidade praticamente imediata é sem dúvida o grande fascínio dessas
tecnologias, que já fazem parte de todas as áreas, do cotidiano de muitas pessoas, e
agora, mais conscientemente, da educação.
Contudo, França e Santos (2005) refletem que em pleno século XXI, ainda
há professores que não consideram a informática como imprescindível nas atividades
escolares e muitos não têm afinidade com a máquina, que dessa forma passa a ser
considerada como barreira.
Por isso, é preciso que nos cursos de formação não seja ensinado apenas o
domínio do computador, mas sim, que ocorra uma integração entre as teorias
educacionais que darão suporte às suas aplicações pedagógicas, às habilidades e à
tecnologia, dando condições para o professor desenvolver atitudes críticas e reflexivas
acerca dos aplicativos dos programas, dos softwares a serem usados. Os professores
precisam conhecê-los a fundo, analisá-los, dimensionando a sua real importância e
verificando se eles propiciam uma mudança efetiva, contribuindo para a construção do
conhecimento do aluno. A possibilidade do professor se qualificar para integrar a
informática à atuação pedagógica envolve o domínio de diferentes ferramentas
computacionais e as interações que se estabelecem na rede virtual podem favorecer a
formação do professor, construindo e reconstruindo conhecimentos na e para sua prática
pedagógica (VALENTE, 2005).
Sob tal ótica, Boelter (2006) aponta a alfabetização tecnológica do professor
como base para a sua atuação pedagógica, criando situações e experiências que
permitam aos alunos apropriarem-se dos conhecimentos. A alfabetização tecnológica é
compreendida como um conceito que envolve o domínio contínuo e crescente das
tecnologias que estão na escola e na sociedade, mediante o relacionamento crítico com
elas.
Frente a esse contexto, para Lopes (2007, p. 08):
É importante que o professor possa refletir sobre essa nova realidade,
repensar sua prática e construir novas formas de ação que permitam não só
lidar, com essa nova realidade, com também construí-la. Para que isso
ocorra! O professor tem que ir para o laboratório de informática dar sua aula
e não deixar uma terceira pessoa fazer isso por ele.
Continuaremos a ensinar e a aprender pela palavra, pelo gesto, pela emoção, pela
afetividade, pelos textos lidos e escritos, pela televisão, mas agora também pelo
21
computador, pela informação em tempo real, pela tela em camadas, em janelas que vão
se aprofundando às nossas vistas. (BUCKINGHAM, 2008).
Mas, para o professor apropriar-se dessa tecnologia, deve-se, segundo
Boelter (2006) mobilizar o corpo docente da escola a se preparar para o uso do
Laboratório de Informática na sua prática diária de ensino-aprendizagem. Não o caso,
no entanto, refere o autor, de se transformar o profissional da educação em especialista
em recursos tecnológicos de informação, mas o de prover ambientes e pessoas para que
busquem se apropriar da gama de possibilidades que esses recursos podem oferecer no
ambiente escolar.
Na verdade:
Se um dos objetivos do uso do computador no ensino for o de ser um agente
transformador, o professor deve ser capacitado para assumir o papel de
facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não um mero
transmissor de informações. Mas o professor deve ser constantemente
estimulado a modificar sua ação pedagógica. Não basta haver um laboratório
equipado e software à disposição do professor; precisa haver o facilitador que
gerencie o processo o pedagógico (LOPES, 2007, p. 10).
Na visão de Kellner (2003), compreender os novos processos de aquisição e
construção do conhecimento é básico para tentarmos superar este impasse. Esta
compreensão, por outro lado empurra-nos necessariamente para considerarmos
fundamental a introdução das chamadas tecnologias da comunicação e informação nos
processos de ensino-aprendizagem.
Neste sentido,
Qualquer instrumento de ensino, desde o mais simples até o mais altamente
elaborado, depende de quem o usa e de como isso é feito. Cabe ao professor a
responsabilidade de diversificar a abordagem de seu componente curricular,
mas para isto também é necessário que ele, professor, saiba fazer e quando
fazer. (BUCKINGHAM, 2008, p. 85).
Espera-se que o docente, na sala de aula, promova a interação entre a
informática e a sua disciplina e, por meio dessa interação, proporcione aos alunos o
acesso às novas informações e experiências, de modo que aprendam efetivamente, e que
sejam críticos diante das informações e do conhecimento promovido por meio da
tecnologia.
Assim sendo, é importante que em um processo de formação em informática
na educação o professor seja concebido não apenas como um profissional, mas como
uma pessoa que tem sentimentos e reações diversas diante do computador. Desse
22
modo, conforme coloca Barbosa (2002), não basta apenas o professor saber
operacionalizar a tecnologia, ele precisa compreender as implicações pedagógicas
envolvidas no seu uso para poder criar condições de aprendizagens que favoreçam o
processo de construção de conhecimento do aluno e saiba aplicar esse conhecimento
para resolver problemas cotidianos ou participar da busca de alternativas para
solucioná-los.
Nesse contexto, o professor deve assumir uma postura coerente com as
possibilidades do uso das novas tecnologias na sala de aula, que consiste na abertura
para a interatividade, considerada aqui na perspectiva de modificação da comunicação
no espaço escolar. Assim, é indispensável que se preparem os professores para a
aplicação das TIC, tanto nas salas de aulas com seus alunos, quanto no relacionamento
com as mesmas em sua formação pessoal, em caráter contínuo. (BUCKINGHAM,
2008).
Deseja-se, portanto, que os professores se apropriem do computador de uma
forma que permita que eles possam incorporá-lo na sua prática, com seus alunos,
sempre levando a refletir sobre o seu papel.
3.6 POSSIBILIDADES E CONTRADIÇÕES DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
Atualmente, há de se considerar que a tecnologia não é uma atividade
educativa, é um instrumento, um meio para alcançar um fim. As tecnologias podem ser
eficazes se forem concebidas e aplicadas com um propósito expresso de aumentar a
aprendizagem dos alunos (BUCKINGHAM, 2008).
Na verdade, a linguagem é uma atividade constitutiva dos sujeitos, das relações
sociais e das formas de organização da sociedade, por isso o modo de se relacionar entre
as pessoas e as formas de organização da sociedade estão em permanente
transformação, em um caminho sem volta e de imprevisíveis efeitos. “Supõe-se que
uma nova tecnologia provoca o surgimento de uma nova linguagem, e esta afeta as
condições de exercício do pensamento” (KELLNER, 2003, p. 50).
Atualmente, quem não está familiarizado com as tecnologias de informação
e comunicação é considerado um “analfabeto tecnológico”. Inúmeras publicações em
jornais e em revistas especializadas tratam o computador como ferramenta
indispensável ao processo de ensino e de aprendizagem. Boelter (2006) ressalta a
indispensável formação do professor. Neste sentido, é importante que esta formação
23
possibilite a apropriação das diferentes linguagens existentes no mundo midiático, de
maneira crítica.
Para inovar a metodologia do professor e superar o analfabetismo
tecnológico, é preciso investir na formação de educadores para assumir uma postura
ética na sociedade e na vida profissional. A participação no processo de construção de
uma nova sociedade, na qual todos possam usufruir os benefícios das conquistas
científicas, no âmbito da escola, deve ser uma reivindicação da comunidade escolar
(KELLNER, 2003).
Para utilizar este recurso é preciso saber o que se quer e saber onde e como
encontrar. Para tanto, é fundamental a presença do educador munido de uma
fundamentação teórico-metodológica e com conhecimento do conteúdo objetivado, a
fim de trabalhar pedagogicamente no ambiente informatizado, pois o acesso à
informação não significa acesso ao conhecimento. (BUCKINGHAM, 2008).
É preciso garantir uma relação entre educador-educando com o
conhecimento, em uma constante articulação dos conteúdos com a prática social no
processo de apropriação, reprodução e produção do conhecimento. Uma consciência
crítica em relação ao uso das tecnologias pode proteger educadores e educandos dos
malefícios que a ideologia capitalista traz no bojo de sua dualidade. Não se pode cair na
armadilha de se tornar mero consumidor, mas sim usufruir das vantagens que esta
tecnologia pode proporcionar.
No universo escolar, a utilização das mídias deve viabilizar a leitura da
realidade concreta, não enquanto mero recurso facilitador, mas como um instrumento
que permite a visualização de um conteúdo cultural. O trabalho docente deve organizar
um debate crítico para estimular a curiosidade, problematizar o conteúdo fragmentado
da mídia e confrontar as teorias sociológicas com as idéias e opiniões que contemplam a
cultura dominante de valores, modismos e ideologias que circulam nos meios de
comunicação. (BOELTER, 2006).
O trabalho docente precisa ser exercido com competência. A inclusão digital
nas escolas não pode se limitar a colocar computadores na sala de aula, mas deve ter
como objetivo a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.
Uma outra medida importante é não dar ouvidos aos mitos. A questão “os
computadores tomarão o lugar dos docentes?”, vem sendo sempre colocada, o que faz
com que se reforce a idéia de que o docente se recusa a inovar-se. Mas o que existe de
verdade é a falta de conforto com o uso da tecnologia nos ambientes educacionais, que é
24
decorrente do escasso investimento governamental em políticas de formação e
atualização do professor. (BUCKINGHAM, 2008).
25
4. METODOLOGIA
Para a realização da investigação, utilizou-se a pesquisa qualitativa,
diagnóstica e exploratória com o propósito de buscar na literatura e junto aos
professores na sua prática as respostas para os questionamentos elencados.
O ambiente de estudo é a Escola de Educação Básica Ignácio Stakowski,
localizada na SC – 443, N.º 3410, Bairro Presidente Vargas, no município de Içara –
SC. Essa escola iniciou suas atividades no ano de 1959, com o nome de Escola Isolada
Encruzo da Corda Bamba. Em 1961, foi construído prédio próprio, passando a se
chamar “Grupo Escolar Ignácio Stakowski”, em homenagem ao doador do terreno.
Atualmente, os alunos são oriundos de bairros de zona rural e urbana: Linha
Batista, Demboski, Linha Anta, Vila Rica, Imigrantes e Presidente Vargas; sendo a
escola pertencendo ao município de Içara, mas atende cerca 90% de alunos do
município de Criciúma, por encontrar-se no limite entre ambos município. Em 2011,
encontra-se com 700 alunos matriculados.
A filosofia da escola está centrada em educar para o compromisso e
solidariedade, formando cidadãos críticos, autônomos, criativos e atuantes. Através da
articulação escola/comunidade com ações que promovam a integração de interesses
comuns, é que a escola busca formar e construir a cidadania de seus educandos.
A pesquisa envolveu 05 professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental
da escola em estudo.
Utilizou-se como instrumento de pesquisa, além da pesquisa bibliográfica,
um roteiro de coleta de dados (questionário), que depois de aplicados, foram tabulados e
analisados, com suporte da literatura revisada (Apêndice A). A pesquisa foi realizada
entre os dias 16 a 20 de maio de 2011.
O questionário aborda as formas pelas quais os recursos midiáticos vêm
sendo utilizados na EEB Ignácio Stakowski, a visão dos professores sobre o uso do
computador como recurso para a melhoria do processo ensino-aprendizagem e os
fatores que dificultam o uso das TICs no ambiente escolar.
As respostas oriundas dos questionários foram transcritas, analisadas e
interpretadas de acordo com o referencial teórico utilizado no estudo. Os sujeitos foram
selecionados pelo critério de acessibilidade, ou seja, os questionários foram aplicados a
professores a quais teve-se fácil acesso, pois, conforme Luciano (2001), na amostra
intencional, em estudos qualitativos, pode-se chegar aos sujeitos pela acessibilidade,
26
pois o pesquisador seleciona os elementos a que tem acesso, admitindo que, de alguma
forma, estes possam ser representativos.
Com base nas respostas, foi possível formular propostas de intervenção, ou
seja, estratégias de ação, a fim de assessorar os professores para incluírem a informática
no trabalho pedagógico.
27
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Visando cumprir os objetivos pretendidos, aplicou-se um questionário a
05 professores da EEB Ignácio Stakowski, que atuam em séries do Ensino
Fundamental, conforme acima já pontuado.
Num primeiro momento, as quatro primeiras questões aplicadas tinham
por objetivo traçar um perfil dos professores participantes da amostra, no que se
refere à formação, carga horária, disciplina em que atuam e tempo de serviço,
conforme pode ser observado no quadro 1.
Ressalta-se que, visando-se a preservar a identidade dos entrevistados, os
mesmos receberam a denominação de A a E, sendo: Professor A, B, C , D, e E, quando
o trabalho se reporta à fala dos mesmos na análise das questões pesquisadas,
apresentada na sequência, a seguir:
Professor Formação Carga
Horária
Disciplina em
que atuam
Tempo de
Serviço
A Superior – Letras, Especialista em
Fundamentos Psicopedagógicos do Ensino,
Mestrado em Educação
40hs/aula Português 22 anos
B Superior – Matemática, Especialista em
Educação Inclusiva
40hs/aula Ciências 15 anos
C Superior – História, Especialista em História
do Brasil
40hs/aula História 05 anos
D Superior – Pedagogia, Especialista em Gestão
Escolar
40hs/aula Ensino
Fundamental
12 anos
E Superior – Pedagogia, Especialista em
Educação
40hs/aula Ensino
Fundamental
17 anos
Quadro 1 – Perfil dos Professores
Conforme os dados do questionário aplicado, a amostra envolveu 05
profissionais, sendo todos formados em nível superior, nas respectivas áreas das
disciplinas em que atuam, todos com Especialização e uma com Mestrado.
No que se refere ao tempo de serviço, todos têm tempo de atuação na função
de docência de mais de 05 anos, sendo 22 anos o maior tempo de serviço encontrado.
No que se refere às disciplina em que atuam, verifica-se que duas trabalham com todas
as disciplinas do Ensino Fundamental, enquanto as demais são professores de
Português, Ciências e História.
Segundo o que se pôde verificar todos os profissionais da amostra possuem
formação superior para o exercício da profissão, com todos tendo ido além da formação
requerida, ou seja, com formação em nível de Especialização, observando-se a formação
28
em Mestrado de um dos professores integrantes da amostra, o que significa a busca pela
formação continuada e uma maior preparação para o trabalho docente.
A carga horária quando cruzada com o tempo de serviço, relativamente
expressivo, revela que são professores de carreira no Magistério, de onde se supõe uma
vasta experiência e um maior comprometimento com a profissão.
Na questão seguinte, foi indagado aos professores sobre as formas pelas
quais a informática vem sendo utilizada em suas aulas. Os resultados podem ser
visualizados no Quadro 2.
PROFESSOR Reforço nas
aulas
Comunicação
virtual
Tarefas de
casa/pesquisa
Não utiliza
A X X
B X
C X
D X X X
E X
Quadro 2 – Formas pelas quais a informática vem sendo utilizada nas aulas
A análise das respostas do quadro 2 permite evidenciar que a maioria dos
professores do estudo utiliza o computador e a informática em suas aulas. As tarefas de
casa e pesquisa parecem ser as atividades em que o uso do computador se faz mais
presente, predominando em todos os professores que afirmaram que fazem uso dessa
ferramenta. Em seguida, destacam-se atividades de reforço nas aulas em após, para
comunicação virtual com os alunos. Contudo, também pode ser observado que alguns
professores, apesar de não ser a maioria, ainda não buscam o computador como um
aliado para a sua prática ensino-aprendizagem.
Conforme considera Barbosa (2002), os professores e a escola,
principalmente a pública, precisam garantir e levar os alunos ao acesso às mídias de
forma ativa e produtiva, favorecendo a comunicação e, conseqüentemente, a
possibilidade de fazer circular, em condições de igualdade, diferentes discursos e
entendimentos. Para o autor, é necessário explorar essa ferramenta no trabalho docente,
levando os alunos a entrarem em rede para trocar idéias com os pares, buscar novos
conhecimentos, extrapolar conhecimentos repassados, aprender a se localizar, mover,
estabelecer parcerias e cooperar em ambientes virtuais.
29
Na pergunta subseqüente, objetivou-se conhecer a visão que os professores
têm sobre o uso do computador como recurso para a melhoria do processo ensino-
aprendizagem.
PROFESSOR Muito importante De extrema
relevância
Condição essencial para se educar
os cidadãos do futuro
A X X
B X X
C X X
D
E X X
Quadro 3 – Visão dos professores sobre o uso do computador como recurso para a melhoria do
processo ensino-aprendizagem
No Quadro 3 pode-se evidenciar que há uma opinião unânime a respeito
dessa tecnologia na educação, mesmo por aqueles professores que afirmaram que não
usam (Professores C e E), inclusive com professores apontando ser o uso do
computador na escola como uma condição especial para se educar os cidadãos do
futuro.
A análise dessas respostas demonstra que os professores possuem uma clara
concepção dos benefícios que as TIC podem trazer para a sala de aula e para a sua
prática docente.
Para Boelter (2006), a informática na educação favorece fatores como a
motivação e a inclusão digital dos alunos; o interesse dos mesmos para as disciplinas
que estão sendo ministradas, o que é capaz de levá-los a uma aprendizagem de
qualidade.
Moraes (2002) destaca os seguintes aspectos com relação à melhoria da
qualidade no processo ensino-aprendizagem com a informática como recurso
pedagógico: desenvolvimento da compreensão de conceitos matemáticos; melhoria da
linguagem e da escrita; favorecimento da interdisciplinaridade; desenvolvimento da
criatividade; desenvolvimento da autonomia, da cooperação e da criticidade.
Dessa forma, ao se introduzir esses recursos como ferramentas para a
prática de ensino-aprendizagem, é necessário que se leve em conta os grandes entraves
que registrados no sistema de educação no país, como por exemplo, a repetência,
desmotivação dos alunos e a evasão (BOELTER, 2006).
Também destaca-se a questão dos altos índices de repetência e evasão como um
exemplo claro e objetivo para se aumentar a presença da informática na educação e seus
30
desdobramentos, que poderia ser o de reter os alunos na escola, porque, sem dúvidas,
essa ferramenta gera motivação no aluno.
Na questão seguinte, foi questionado aos professores sobre quais os fatores
que dificultam o uso da informática no ambiente escolar da escola pública.
PROFESSOR Falta de
computadores
Falta de
manutenção das
máquinas
Falta de
programas
específicos
Falta de
preparação dos
professores
A X X X X
B X X
C X X X
D X
E X X X
Quadro 4 – Dificuldades do uso da informática no ambiente escolar
Conforme pôde-se verificar, a falta de preparação dos professores para
trabalharem com a informática na escola é a principal dificuldade apontada para o uso
desse recurso na educação, no ambiente da escola pública. Em seguida, aparece a falta
computadores para atender todos os alunos da turma, a falta de programas específicos
(software) e a falta de manutenção das máquinas como fatores apontados que dificultam
o trabalho com essas ferramentas.
Ressalta-se que a falta de preparação dos professores foi assinalado
inclusive pelos professores que afirmaram não fazer uso dessa ferramenta na prática
docentes (Professores C e E), podendo essa ser a causa que desmotiva os mesmos a
usarem a informática na sua prática docente.
Esse fator, portanto, pode ser considerado um dos mais relevantes a ser
resolvido, tendo em vista que, em meio ao cenário tecnológico em que se encontra o
profissional docente, as atuais discussões e políticas públicas na área de informática (na
educação) têm considerado o professor como um componente fundamental para o
processo de introdução do computador no cotidiano do ensinar e aprender.
Por isso, conforme Valente (2005), para garantir o êxito da incorporação do
recurso informático como instrumento útil para a atividade intelectual, criativa e
profissional, é preciso que se garanta uma capacitação do docente não somente em nível
técnico, mas também no pedagógico. O professor precisa apropriar-se da tecnologia em
função de seus interesses profissionais, e assim situar-se, avaliar e planejar sua
aplicação em aula.
31
Assim, é preciso, prossegue Valente (2005), que nos cursos de formação
ocorra uma integração entre as teorias educacionais que darão suporte às suas aplicações
pedagógicas, às habilidades e à tecnologia, dando condições para o professor
desenvolver atitudes críticas e reflexivas acerca dos aplicativos dos programas, dos
softwares a serem usados. Os professores precisam conhecê-los a fundo, analisá-los,
dimensionando a sua real importância e verificando se eles propiciam uma mudança
efetiva, contribuindo para a construção do conhecimento do aluno. A possibilidade do
professor se qualificar para integrar a informática à atuação pedagógica envolve o
domínio de diferentes ferramentas computacionais e as interações que se estabelecem na
rede virtual podem favorecer a formação do professor, construindo e reconstruindo
conhecimentos na e para sua prática pedagógica.
Frente a essa realidade e pelo fato de se observar que a falta de preparação
dos professores para trabalharem com TIC na escola é a principal dificuldade apontada
para o uso desse recurso na educação, pode-se sugerir algumas alternativas para
assessorar os professores para incluírem as mídias de informática e audiovisuais em
seus planejamentos, entre as quais destaca-se:
- Curso de capacitação/treinamento para a ampliação dos conhecimentos e
destreza dos professores para adotarem as inúmeras possibilidades das mídias na
educação, tais como: como se realiza pesquisa na internet, utilização dos softwares
educacionais, o uso de e-mail, Blog, Flog, Vlog e Webquest no desenvolvimento das
atividades, pesquisas e interação pedagógica.
- Capacitação e esclarecimentos sobre redes de relacionamento (Orkut,
Facebook, Youtube, entre outras), mediante as quais os professores podem interagir
com os pais e com alunos, pois essas ferramentas já são de inteiro domínio dos
educandos e podem ser utilizadas para ajudar no processo de ensino-aprendizagem.
- Desenvolvimento de um quadro digital, que pode ser feito com recursos da
própria escola, mediante a contratação de um profissional da área de informática, que
pode contribuir para aprimorar as aulas, levando os alunos a se sentirem mais motivados
para a retenção dos conteúdos
32
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mediante este trabalho, foi possível verificar que a educação e a informática
podem ser consideradas práticas sociais que agem em sociedades determinadas,
reforçando ou colaborando com a transformação dos modelos e estruturas sociais.
Devido a isso, a utilização TIC na educação é uma questão de suma e presente
importância hoje em dia, tanto para os alunos como para as escolas.
Com base nisso, o objetivo deste estudo, foi verificar as formas pelas quais
as mídias de informática vêm sendo utilizadas na EEB Ignácio Stakowski e a visão dos
professores sobre o uso do computador como recurso para a melhoria do processo
ensino-aprendizagem. Também buscou-se avaliar a visão dos professores sobre o uso do
computador como recurso para a melhoria do processo ensino-pedagógico e analisar
fatores que dificultam o uso das mídias no ambiente escolar.
Os resultados permitiram sugerir algumas estratégias de ação para promover o
uso de mídias de informática, especialmente os recursos oferecidos por redes sociais,
tais como Orkut, Facebook, Youtube, entre outras. Acredita-se que, no atual contexto,
educar é preparar os alunos para fazer bom uso desses recursos, com critério, ética e
responsabilidade. Além disso, tais recursos permitem uma maior aproximação com os
educandos e pais, numa rede de inúmeras possibilidades, possibilidades essas
construídas com a colaboração e interação de todos os envolvidos.
Assim, o que se pode considerar, após o término desta pesquisa, é que o
computador, em geral, é um instrumento considerado pelos professores como uma
poderosa ferramenta para a educação, porém, alguns ainda não fazem uso do mesmo na
sua prática docente. Assim, entende-se que o computador ainda esbarra na necessidade
de o professor ser preparado para integrar estas novas tecnologias em sua atuação
pedagógica, pelo fato de que a informática representa a possibilidade de reverter as
velhas mazelas da educação, ou seja, a evasão escolar, a falta de motivação e o manejo
da disciplina por parte do professor. O profissional pode não se sentir ainda à vontade
para se expressar em novas tecnologias, mas deve se trabalhar no sentido de conhecê-las
e entender o universo de atuação que elas possibilitam.
Desta forma, discutir maneiras de se introduzir as mídias na educação e analisar
os efeitos da utilização desses recursos na dinâmica de sala de aula, implica em seguir
uma tendência nova no modo de se projetar o uso de TIC na educação, cujo elemento de
partida é a própria análise da introdução da informática no âmbito específico da escola.
33
Nesse sentido, as mídias vêm colocar os professores e demais profissionais da
educação diante de um novo repensar educacional que, com muita seriedade e propostas
simples, mas significativas, pode-se chegar a resultados muitos satisfatórios. Então, é
necessário que todos os professores façam uso das mídias como aliadas no processo
ensino-aprendizagem, adequando-o às potencialidades que elas apresentam refletindo
também sua didática de ensino, pois de nada adianta passar o conteúdo da lâmina do
Retroprojetor para o computador em PowerPoint, se sua prática de ensino permanecer a
mesma.
Dessa forma, acredita-se que os resultados poderão subsidiar uma reflexão
acerca de TIC na educação, não somente para o ambiente da Escola de Educação
Básica Ignácio Stakowski, mas para todos os interessados em uma educação para a
cidadania e para a formação integral dos sujeitos, numa perspectiva dos novos
paradigmas da educação, no qual se insere o contexto de ambientes midiáticos.
34
7. REFERÊNCIAS
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BUCKINGHAM, América L. Informática e educação: Rio de janeiro: Vozes, 2008.
CAMPOS, Tadeu. Uma visão resumida da justificativa e da priorização de projetos.
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CASTELLS, Manuel. A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura -
Volume I:A Sociedade em Rede. Tradução de Roneide Venâncio Majer. São Paulo: Paz
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conhecimento. Florianópolis: UFSC, 2001.
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Unesp/Ufscar/CNPq, 2003.
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Disponível em: < http://www.clubedoprofessor.com.br/artigos/artigojunio.htm>. Acesso
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LUCIANO, Fábia Liliã. Metodologia científica e da pesquisa. Criciúma: Ed. do autor,
2001.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa:
planejamento e execução de pesquisa, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração,
análise e interpretação de dados. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
MORAES, Cristiane Campos de Oliveira. Integração da Informática na Educação: a
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UFSC, 2002.
PETRIN, Everton; SPIGOLON, Ana Lucia. Viabilidade da informática da Educação.
2006. Disponível em: <http//www. fatec.br/html/edicao.php - 26k>. Acesso em 15 maio
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educação a distância: um estudo de caso. Florianópolis: UFSC, 2002.
TOFFLER, Alvim. A terceira onda. 28 ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.
VALENTE, José Armando. Informática na educação Brasília: Ministério da
Educação e do Desporto, Seed, 1997.
VALENTE, José Armando. Análise dos diferentes tipos de software usados na
Educação. In: Salto para o Futuro: TV e Informática na Educação. Brasília:
Ministério da Educação e do Desporto, Seed, 2005.
WINNER, E. Informática: mitos e realidades. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
37
APÊNDICE A
ROTEIRO PARA COLETA DE DADOS
1 - Formação: ______________________________________________________
2 – Carga horária: ___________________________________________________
3 – Disciplina em que atua: _____________________________________________
4 – Tempo de serviço: _________________________________________________
4 - Quais as formas pelas quais a informática vem sendo utilizada nas suas aulas?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
5 - Como você concebe o uso do computador como recurso para a melhoria do
processo ensino-pedagógico?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
6 - Segundo sua visão, quais os fatores que dificultam ou uso da informática no
ambiente escolar da escola pública?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
39
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
PROGRAMA MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado(a) Colega:
Meu nome é SONIA MIRIAN GUGLIELMI. Estou realizando uma pesquisa intitulada:
O USO DAS MÍDIAS NA EDUCAÇÃO, vinculada ao “Curso de Educação à
Distância Mídias na Educação”, que tem como objetivos:
- Identificar as formas pelas quais os recursos midiáticos vêm sendo utilizados na EEB
Ignácio Stakowski e a visão dos professores sobre o uso do computador como recurso
para a melhoria do processo ensino-aprendizagem;
- Analisar fatores que dificultam o uso das Mídias de Tecnologia e Informação no
ambiente escolar;
- Formular estratégias para assessorar os professores para incluírem as Mídias de
informática e audiovisuais em seus planejamentos.
Para sua realização, será necessária a aplicação de questionário.
Neste sentido, gostaria de contar com a sua participação. Se você tiver alguma dúvida
em relação ao estudo antes ou durante seu desenvolvimento, ou desistir de fazer parte
dele, poderá entrar em contato comigo pessoalmente ou através do telefone (0xx48)
96194055. Se você estiver de acordo em participar, posso garantir que as informações
fornecidas serão confidenciais, sendo que os nomes dos/as participantes não serão
utilizados em nenhum momento. As informações coletadas poderão ser utilizadas em
publicações como livros, periódicos ou divulgação em eventos científicos.
Sua participação poderá contribuir para a melhoria no processo ensino aprendizagem
pela utilização das mídias no cotidiano da sala de aula.
Atenciosamente,
______________________
SONIA MIRIAN GUGLIELMI
Consentimento Pós-informação
Eu, Adriana de Andrade da Silva, fui esclarecido(a) sobre a pesquisa “O USO DAS
MÍDIAS NA EDUCAÇÃO,” e concordo em participar da mesma.
Nome do(a) professor(a) participante :___________________________
Assinatura do participante: _______________________________________
Assinatura da responsável :_______________________________________
Içara, 03 de março de 2011.