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Secretaria de Estado da EducaçãoSecretaria de Estado da Educação
DISSEMINAÇÃO DAS POLÍTICAS DISSEMINAÇÃO DAS POLÍTICAS CURRICULARES E DE GESTÃO CURRICULARES E DE GESTÃO
ESCOLAR DA SEED / PRESCOLAR DA SEED / PR
NRE – ITINERANTENRE – ITINERANTE
SEED / NREC - Núcleo Regional da Educação de Curitiba
MÉTODO, METODOLOGIA E PRÁXIS PEDAGÓGICA
NRE – ITINERANTE
SHEILA MARIZE TOLEDO PEREIRA
Chefe do Núcleo Regional de Educação
de Curitiba
EQUIPE PEDAGÓGICA – NREC
● Sandra M. Rigoni (Coordenação Equipe Pedagógica - NREC)
●Adriana Tessaro Will (Setor Portão)●Carolina Martins Pinto Rodrigo (Setor Cajuru)●Elaine Cristina Nascimento (Setor Boqueirão)●Flávia Regina de Oliveira Nazar (Setor Pinheirinho)●Luciene Guiraud (Setor Bairro Novo)●Silvana F. Zonatto (Setor Centro)
SEED / NREC - Núcleo Regional da Educação de Curitiba
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
●Capacitação dos profissionais da educação, nos meses de abril a junho;
●Disseminação das políticas curriculares e de gestão
escolar da SEED / PR;
●Oficinas de todas as disciplinas da Educação Básica,
fundamentos da organização do trabalho pedagógico,
oficinas de educação inclusiva e educação e trabalho;
●Certificação e bolsa auxílio.
ApresentaçãoApresentação
Intenção...●Analisar (perceber) em que medida a prática pedagógica tem sido justificada ou fundamentada por uma concepção de mundo, homem e escola: que interesses, que ideais, que concepções sustentam a prática pedagógica;
●Oferecer subsídios ao pedagogo na integração e
fundamentação da sua prática, entendendo-o como
mediador da ação pedagógica no interior da escola.
MÉTODO, METODOLOGIA E PRÁXIS PEDAGÓGICAMÉTODO, METODOLOGIA E PRÁXIS PEDAGÓGICA
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
Carolina Martins Pinto Rodrigo Especialista em Educação / Organização do
Trabalho Pedagógico – UFPR
O MÉTODO NO MATERIALISMO HISTÓRICO
DIALÉTICO
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
-
O MÉTODO NO MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICOO MÉTODO NO MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO
Filme: O Clube do Imperador
PIRES, Marília Freitas de Campos. O Materialismo
Histórico Dialético e a Educação. (Texto extraído e
adaptado de Interface-Comunicação, Saúde, Educação.
São Paulo: UNESP, agosto, 1997).
FRIGOTTO, Gaudêncio. Enfoque da Dialética Materialista
Histórica da Pesquisa Educacional. (Texto apresentado
no Encontro Regional de Pesquisa Sudeste, Vitória,
11/09/1987).
Roteiro para estudo dos textos.
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
EPISTEMOLOGIAEPISTEMOLOGIA- Do grego “episteme” - ciência - Ciência – conhecimento - Estudo do conhecimento
- Estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento (filosofia do conhecimento).
CONHECIMENTOCONHECIMENTO - O conhecimento é o resultado de uma relação entre dois pólos (SUJEITO e OBJETO);
- A compreensão das práticas educacionais (OBJETO) à luz desse fundamental teórico e filosófico, permite à nós, educadores (SUJEITOS), apreendê-las e intervir em sua organização;
CONHECIMENTOCONHECIMENTO
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
●Do grego methodos, met'hodos, que significa, Do grego methodos, met'hodos, que significa, literalmente, “caminho para se chegar a um fim”;literalmente, “caminho para se chegar a um fim”;
●Em Filosofia, modus da obtenção do conhecimento;Em Filosofia, modus da obtenção do conhecimento;
●Investigação da realidade;Investigação da realidade;
MÉTODOMÉTODO
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
● O método está vinculado a uma O método está vinculado a uma concepçãoconcepção de de realidade, de mundo e de vida;realidade, de mundo e de vida;
● MÉTODO MÉTODO ◄▬►◄▬► TEORIA TEORIA
● A reflexão utiliza-se de elementos teóricos. Neste A reflexão utiliza-se de elementos teóricos. Neste
sentido o método pode ser chamado de “caminho”. sentido o método pode ser chamado de “caminho”.
Neste caminho, o “veículo” utilizado é a teoria.Neste caminho, o “veículo” utilizado é a teoria.
● O método constitui-se numa espécie de mediação do O método constitui-se numa espécie de mediação do
processo de apreender, revelar, expor a estruturação, processo de apreender, revelar, expor a estruturação,
o desenvolvimento e a transformação dos fenômenos o desenvolvimento e a transformação dos fenômenos
sociais.sociais.
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBAMÉTODOMÉTODO
● Estudo / características dos métodos Estudo / características dos métodos disponíveis;disponíveis;
● Procedimentos;Procedimentos;
● Etapas de um processo utilizado para chegar a Etapas de um processo utilizado para chegar a
uma determinada finalidade;uma determinada finalidade;
● A metodologia, é a via mediada pelos recursos A metodologia, é a via mediada pelos recursos
(meio / técnicas) e ferramentas (instrumentos e (meio / técnicas) e ferramentas (instrumentos e
utensílios).utensílios).
METODOLOGIAMETODOLOGIA
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
“Uma análise da história do pensamento humano vai nos indicar duas grandes linhas de construção filosófica (Vieira Pinto), “duas concepções acerca do desenvolvimento do mundo” (Mao-Tse-Tung), “duas concepções fundamentais ou duas possíveis ou duas dadas pela história (Lenin), concepções opostas sobre o mundo, a realidade e seu conjunto – uma metafísica e outra dialética materialista”. (FRIGOTTO, 1987).
MATERIALISMOMATERIALISMO
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
● A história dos homens que se A história dos homens que se concretizaconcretiza (materialidade, concreticidade);(materialidade, concreticidade);
● Tudo o que é concreto, que se opõe ao metafísico Tudo o que é concreto, que se opõe ao metafísico
(para além da matéria);(para além da matéria);
● Em relação à explicação dos fenômenos, o Em relação à explicação dos fenômenos, o
materialismo está em oposição ao idealismo (plano materialismo está em oposição ao idealismo (plano
das idéias).das idéias).
MATERIALISMOMATERIALISMO
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
●Relativo à construção e às transformações da humanidade;
●História concreta dos homens,
●Conhecimentos relativos à humanidade, segundo
o lugar, a época e o ponto de vista escolhidos
(recorte histórico).
HISTÓRICOHISTÓRICO
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
●Origem na Grécia (aproximadamente 490 – 430 a . C.); Origem na Grécia (aproximadamente 490 – 430 a . C.);
●““Arte do diálogo”, ou a “arte de, no diálogo, demonstrar uma Arte do diálogo”, ou a “arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação;tese por meio de uma argumentação;
● A partir de Heráclito – 540 a . C., é incorporada à concepção de A partir de Heráclito – 540 a . C., é incorporada à concepção de dialética a idéia de que, o modo de compreendermos a realidade dialética a idéia de que, o modo de compreendermos a realidade é essencialmente contraditória e em permanente transformação é essencialmente contraditória e em permanente transformação - realidade é um constante devir, na qual prevalece a luta dos - realidade é um constante devir, na qual prevalece a luta dos opostos: frio – calor, vida – morte, bem – mal, saúde – doença ...opostos: frio – calor, vida – morte, bem – mal, saúde – doença ...
●A questão que deu origem à dialética é a explicação do A questão que deu origem à dialética é a explicação do movimento, da transformação das coisas (método de movimento, da transformação das coisas (método de investigação da realidade)investigação da realidade). .
DIALÉTICA
NRE ITINERANTE - CURITIBA
TESE ▬► ANTÍTESE
│ (o fim depende do início)
SÍNTESE
●A tese é uma afirmação ou situação inicialmente dada.
●A antítese é uma oposição à tese.
●Do conflito entre tese e antítese surge a síntese, que é uma
situação nova que carrega dentro de si elementos resultantes
desse embate.
●A síntese, então, torna-se uma nova tese, que contrasta com
uma nova antítese gerando uma nova síntese, em um processo
em cadeia infinito.
DIALÉTICA
NRE ITINERANTE - CURITIBA
“ “ (...) quero demarcar primeiramente a dialética materialista (...) quero demarcar primeiramente a dialética materialista histórica enquanto uma postura, ou concepção de mundo; histórica enquanto uma postura, ou concepção de mundo; enquanto um método que permite uma apreensão radical (que enquanto um método que permite uma apreensão radical (que vai à raiz – fundamentos, origem) da realidade e, enquanto vai à raiz – fundamentos, origem) da realidade e, enquanto práxis, isto é, unidade de teoria e prática na busca da práxis, isto é, unidade de teoria e prática na busca da transformação e de novas sínteses no plano do conhecimento e transformação e de novas sínteses no plano do conhecimento e no plano da realidade histórica.”(FRIGOTTO, 1987)no plano da realidade histórica.”(FRIGOTTO, 1987)
MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICOMATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
● Método ligado ao marxismo (luta de classes);Método ligado ao marxismo (luta de classes);●Entende que a dialética não é uma doutrina;Entende que a dialética não é uma doutrina;
●O que os indivíduos são, depende das condições materiais O que os indivíduos são, depende das condições materiais
de produção;de produção;●Para ser materialista histórica, a dialética tem que dar Para ser materialista histórica, a dialética tem que dar
conta da totalidade, do específico, do singular e do conta da totalidade, do específico, do singular e do
particular;particular;●Os fenômenos sociais não são determinados “a priori” e Os fenômenos sociais não são determinados “a priori” e
nem se esgotam em si mesmos, mas são construídos nem se esgotam em si mesmos, mas são construídos
historicamente.historicamente.
MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO
NRE ITINERANTE - CURITIBA
● Para fins de explicação didática, FRIGOTTO Para fins de explicação didática, FRIGOTTO apresenta o Materialismo Histórico Dialético apresenta o Materialismo Histórico Dialético sobre três enfoques:sobre três enfoques:
a) enquanto postura ou concepção de mundo;a) enquanto postura ou concepção de mundo;
b) enquanto método de investigação e análise da b) enquanto método de investigação e análise da
realidade;realidade;
c) enquanto práxis.c) enquanto práxis.
MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICOMATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
a) O materialismo histórico dialético enquanto a) O materialismo histórico dialético enquanto
postura / concepção de mundo:postura / concepção de mundo:
●Entende o plano das idéias como “reflexo” do mundo Entende o plano das idéias como “reflexo” do mundo
exterior (reflexo não é toda a realidade, pois ele é exterior (reflexo não é toda a realidade, pois ele é
subjetivo, apreende apenas uma parte da realidade);subjetivo, apreende apenas uma parte da realidade);
● Atingir as leis de organização, desenvolvimento e Atingir as leis de organização, desenvolvimento e
transformação dos fatos sociais);transformação dos fatos sociais);
MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICOMATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
●Não se restringe à concepção “determinista” Não se restringe à concepção “determinista” (o que é, é e o que não é, não é);(o que é, é e o que não é, não é);
●Não existe método alheio à uma concepção Não existe método alheio à uma concepção
de realidade;de realidade;
MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICOMATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
b) O materialismo histórico dialético como um método de b) O materialismo histórico dialético como um método de análise / investigação da realidade:análise / investigação da realidade:
●Na perspectiva materialista histórica, o método está Na perspectiva materialista histórica, o método está vinculado a uma concepção de realidade, de mundo e de vinculado a uma concepção de realidade, de mundo e de vida no seu conjunto. A questão de postura, neste sentido, vida no seu conjunto. A questão de postura, neste sentido, antecede ao método. antecede ao método.
●““Como se produz concretamente um determinado Como se produz concretamente um determinado fenômeno social? Quais as “leis sociais” históricas, quais fenômeno social? Quais as “leis sociais” históricas, quais as forças reais que o constituem enquanto tal?as forças reais que o constituem enquanto tal?
●““lei da modificação” --> superação e transformação --> lei da modificação” --> superação e transformação --> crítica e construção do “conhecimento novo”;crítica e construção do “conhecimento novo”;
●nova síntese do plano do conhecimento e da ação.nova síntese do plano do conhecimento e da ação.
MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICOMATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
● Tratar a coisa em si, no plano concreto, e não no Tratar a coisa em si, no plano concreto, e não no plano abstrato;plano abstrato;
● Atributo da realidade, e não do pensamento;Atributo da realidade, e não do pensamento;
● DETOUR (para apreender a lei dos fenômenos na sua DETOUR (para apreender a lei dos fenômenos na sua
concretude, na sua totalidade concreta);concretude, na sua totalidade concreta);
● Pensar no real a ser transformado (“o concreto Pensar no real a ser transformado (“o concreto
pensado”).pensado”).
MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICOMATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
c) O materialismo histórico dialético enquanto práxis (unidade c) O materialismo histórico dialético enquanto práxis (unidade entre teoria e ação): entre teoria e ação):
●Reflexão teórica sobre a realidade: refletir, pensar, analisar a Reflexão teórica sobre a realidade: refletir, pensar, analisar a
realidade com o objetivo de transformá-la;realidade com o objetivo de transformá-la;
●O método dialético (estratégias, técnicas e instrumentos) e a O método dialético (estratégias, técnicas e instrumentos) e a
concepção de realidade, de mundo, de homem, não devem ser concepção de realidade, de mundo, de homem, não devem ser
descolados da ação --> qual o sentido necessário de nossas descolados da ação --> qual o sentido necessário de nossas
reflexões das práticas educacionais? reflexões das práticas educacionais?
●A serviço de quem dispendemos a análise crítica dos fenômenos A serviço de quem dispendemos a análise crítica dos fenômenos
educacionais, se não para a produção de conhecimento como educacionais, se não para a produção de conhecimento como
sustentação de uma ação prática mais consistente?sustentação de uma ação prática mais consistente?
MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICOMATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
●FRIGOTTO, Gaudêncio. O enfoque da dialética materialista histórica na pesquisa educacional. Simpósio sobre Diferentes Enfoques Teóricos na Pesquisa Educacional brasileira. Espírito Santo: Vitória, 1987, 71-90.
●PIRES, Marília Freitas de Campos. O Materialismo Histórico
Dialético e a Educação. (Texto extraído e adaptado de
Interface-Comunicação, Saúde, Educação. São Paulo:
UNESP, agosto, 1997).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
“ “ A realidade é um constante devir, na qual prevalece a A realidade é um constante devir, na qual prevalece a luta dos opostos: frio – calor, vida – morte, bem – mal, luta dos opostos: frio – calor, vida – morte, bem – mal, saúde – doença, etc. Um se transformando no outro. saúde – doença, etc. Um se transformando no outro. Tuda muda tão rapidamente, que não é possível banhar-Tuda muda tão rapidamente, que não é possível banhar-se duas vezes no mesmo rio: na segunda vez o rio não se duas vezes no mesmo rio: na segunda vez o rio não será mais o mesmo e nós já teremos também mudado”. será mais o mesmo e nós já teremos também mudado”.
HERÁCLITOHERÁCLITO
NRE ITINERANTE - CURITIBANRE ITINERANTE - CURITIBA
“Nada do que foi seráDe novo do jeito que já foi um dia,Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas, como o mar,Num indo e vindo infinito.
Tudo que se vê não éIgual ao que a gente viu há um segundo,
Tudo muda o tempo todo no mundoNão adianta fugir, nem mentir pra si mesmo.
Agora, há tanta vida lá foraAqui dentro, sempre
Como uma onda no mar.”
Lulu Santos