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Informações básicas sobre o exame do ENADE Data da prova : 25 de novembro às 13:00 horas no local a ser informado pelo INEP/MEC Atenção: verifique o local da prova e organize para estar lá às 12:15 min., com o documento de identidade com foto e caneta preta. Legislação: Portaria Inep nº 6 de 14 de março de 2006 (www.inep.gov.br) Obrigatoriedade: o aluno que não comparecer à prova não cola grau : O Enade é componente curricular obrigatório aos cursos de graduação, sendo inscrita no histórico escolar do estudante somente a sua situação regular em relação a essa obrigação. A expedição do diploma está condicionada a situação regular junto ao MEC. Autorização para concessão do FIES está relacionada a nota de aproveitamento do ENADE. O FIES é concedido aos alunos de instituições que obtiveram rendimento de 3 a 5 no ENADE. Questionário Socioeconômico : “O INEP tornará disponível o Questionário do Estudante, de participação obrigatória, nos termos do § 1º do artigo 33-J da Portaria Normativa nº. 40, de 12/12/2007, em sua atual redação, no período de 25 outubro a 25 de novembro de 2012, exclusivamente por meio do endereço eletrônico http://portal.inep.gov.br. A consulta individual ao local de prova e impressão do Cartão de Informação do Estudante será obrigatoriamente precedida pelo preenchimento do Questionário do Estudante.”

Seguem alguns temas que podem ser solicitados para ...€¦  · Web viewQuando a maior parte dos presentes no Teatro Tom Jobim, ... incluindo o relator Carlos Ayres Britto. Apenas

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Informações básicas sobre o exame do ENADE

Data da prova: 25 de novembro às 13:00 horas no local a ser informado pelo INEP/MEC

Atenção: verifique o local da prova e organize para estar lá às 12:15 min., com o documento de identidade com foto e caneta preta.

Legislação: Portaria Inep nº 6 de 14 de março de 2006 (www.inep.gov.br)

Obrigatoriedade: o aluno que não comparecer à prova não cola grau: O Enade é componente curricular obrigatório aos cursos de graduação, sendo inscrita no histórico escolar do estudante somente a sua situação regular em relação a essa obrigação. A expedição do diploma está condicionada a situação regular junto ao MEC. Autorização para concessão do FIES está relacionada a nota de aproveitamento do ENADE. O FIES é concedido aos alunos de instituições que obtiveram rendimento de 3 a 5 no ENADE.

Questionário Socioeconômico: “O INEP tornará disponível o Questionário do Estudante, de participação obrigatória, nos termos do § 1º do artigo 33-J da Portaria Normativa nº. 40, de 12/12/2007, em sua atual redação, no período de 25 outubro a 25 de novembro de 2012, exclusivamente por meio do endereço eletrônico http://portal.inep.gov.br. A consulta individual ao local de prova e impressão do Cartão de Informação do Estudante será obrigatoriamente precedida pelo preenchimento do Questionário do Estudante.”Este preenchimento será realizado pelos alunos no Laboratório de Informática da Universo nos dias 30 e 31 de outubro.

Dicas e sugestões para resolução da prova do ENADE: atenção pois a caneta deverá ser da cor preta.Em razão das questões objetivas de conhecimento específico – área jurídica - ter uma pontuação maior na prova, resolva-as primeiro: questões 9 a 35.Depois passe às questões objetivas de formação geral: questões 01 a 8.Após resolver as objetivas, analise as três questões discursivas de componente específico e por fim as duas de formação geral.A prova inicia às 13 horas, com quatro horas de duração. Sendo assim, até as 15 horas você deverá terminar a resolução das questões 35 questões objetivas, tendo em média 3 minutos e 30 segundos para cada uma.Você terá 1 hora e trinta minutos para resolver as 5 questões discursivas, iniciando pelas de formação específico.

Ao redigir, elabore períodos curtos ( frases curtas) , escreva de maneira objetiva a responder os itens dos temas abordados.Verifique se a letra está legível, bem como se a ortografia e acentuação das palavras estão de acordo com as regras ortográficas.Às 16 horas e 30 minutos você deverá passar o gabarito a limpo, primeiro a lápis e depois a caneta preta, conferindo para que nenhuma resposta seja deixada em branco.

-Questões de Formação Geral do ENADE/2011:1) QUESTÃO 1Retrato de uma princesa desconhecidaPara que ela tivesse um pescoço tão finoPara que os seus pulsos tivessem um quebrar de caulePara que os seus olhos fossem tão frontais e limposPara que a sua espinha fosse tão direitaE ela usasse a cabeça tão erguidaCom uma tão simples claridade sobre a testaForam necessárias sucessivas gerações de escravosDe corpo dobrado e grossas mãos pacientesServindo sucessivas gerações de príncipesAinda um pouco toscos e grosseirosÁvidos cruéis e fraudulentosFoi um imenso desperdiçar de gentePara que ela fosse aquela perfeiçãoSolitária exilada sem destinoANDRESEN, S. M. B. Dual. Lisboa: Caminho, 2004. p. 73.

No poema, a autora sugere queA) os príncipes e as princesas são naturalmente belos.B) os príncipes generosos cultivavam a beleza da princesa.C) a beleza da princesa é desperdiçada pela miscigenação racial.D) o trabalho compulsório de escravos proporcionou privilégios aos príncipes.E) o exílio e a solidão são os responsáveis pela manutenção do corpo esbelto da princesa.

QUESTÃO 22) Exclusão digital é um conceito que diz respeito às extensas camadas sociais que ficaram à margem do fenômeno da sociedade da informação e da extensão das redes digitais. O problema da exclusão digital se apresenta

como um dos maiores desafios dos dias de hoje, com implicações diretas e indiretas sobre os mais variados aspectos da sociedade contemporânea.Nessa nova sociedade, o conhecimento é essencial para aumentar a produtividade e a competição global. É fundamental para a invenção, para a inovação e para a geração de riqueza. As tecnologias de informação e comunicação (TICs) proveem uma fundação para a construção e aplicação do conhecimento nos setores públicos e privados. É nesse contexto que se aplica o termo exclusão digital, referente à falta de acesso às vantagens e aos benefícios trazidos por essas novas tecnologias, por motivos sociais, econômicos, políticos ou culturais.

Considerando as ideias do texto acima, avalie as afirmações a seguir.

I. Um mapeamento da exclusão digital no Brasil permite aos gestores de políticas públicas escolherem o público alvo de possíveis ações de inclusão digital.II. O uso das TICs pode cumprir um papel social, ao prover informações àqueles que tiveram esse direito negado ou negligenciado e, portanto, permitir maiores graus de mobilidade social e econômica.III. O direito à informação diferencia-se dos direitos sociais, uma vez que esses estão focados nas relações entre os indivíduos e, aqueles, na relação entre o indivíduo e o conhecimento.IV. O maior problema de acesso digital no Brasil está na deficitária tecnologia existente em território nacional, muito aquém da disponível na maior parte dos países do primeiro mundo.

É correto apenas o que se afirma em

A) I e II.B) II e IV.C) III e IV.D) I, II e III.E) I, III e IV.

3) A cibercultura pode ser vista como herdeira legítima (embora distante) do projeto progressista dos filósofos do século XVII. De fato, ela valoriza a participação das pessoas em comunidades de debate e argumentação.Na linha reta das morais da igualdade, ela incentiva uma forma de reciprocidade essencial nas relações humanas. Desenvolveu-se a partir de uma prática assídua de trocas de informações e conhecimentos, coisa que os filósofos do Iluminismo viam como principal motor do progresso.

(...) A cibercultura não seria pós-moderna, mas estaria inserida perfeitamente na continuidade dos ideais revolucionários e republicanos de liberdade, igualdade e fraternidade. A diferença é apenas que, na cibercultura, esses “valores” se encarnam em dispositivos técnicos concretos. Na era das mídias eletrônicas, a igualdade se concretiza na possibilidade de cada um transmitir a todos; a liberdade toma forma nos softwares de codificação e no acesso a múltiplas comunidades virtuais, atravessando fronteiras, enquanto a fraternidade, finalmente, se traduzem interconexão mundial.LEVY, P. Revolução virtual. Folha de S. Paulo.Caderno Mais, 16 ago. 1998, p.3 (adaptado).

O desenvolvimento de redes de relacionamento por meio de computadores e a expansão da Internet abriram novas perspectivas para a cultura, a comunicação e a educação. De acordo com as ideias do texto acima, a cibercultura

A) representa uma modalidade de cultura pós-moderna de liberdade de comunicação e ação.B) constituiu negação dos valores progressistas defendidos pelos filósofos do Iluminismo.C) banalizou a ciência ao disseminar o conhecimento nas redes sociais.D) valorizou o isolamento dos indivíduos pela produção de softwares de codificação.E) incorpora valores do Iluminismo ao favorecer o compartilhamento de informações e conhecimentos.

4) Com o advento da República, a discussão sobre a questão educacional torna-se pauta significativa nas esferas dos Poderes Executivo e legislativo, tanto no âmbito Federal quanto no Estadual. Já na Primeira República, a expansão da demanda social se propaga com o movimento da scolanovista;no período getulista, encontram-se as reformas de Francisco Campos e Gustavo Capanema; no momento de crítica e balanço do pós-1946, ocorre a promulgação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1961. É somente com a Constituição de 1988, no entanto, que os brasileiros têm assegurada a educação de forma universal, como um direito de todos, tendo em vista o pleno desenvolvimento da pessoa no quese refere a sua preparação para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. O artigo 208 do texto constitucional prevê como dever do Estado a oferta da educação tanto a crianças como àqueles que não tiveramacesso ao ensino em idade própria à escolarização cabida.

Nesse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.

A relação entre educação e cidadania se estabelece na busca da universalização da educação como uma das condições necessárias para a consolidação da democracia no Brasil.PORQUEPor meio da atuação de seus representantes nos Poderes Executivos e Legislativo, no decorrer do século XX, passou a ser garantido no Brasil o direito de acesso à educação, inclusive aos jovens e adultos que já estavamfora da idade escolar.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

A) As duas são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.B) As duas são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.C) A primeira é uma proposição verdadeira, e a segunda, falsa.D) A primeira é uma proposição falsa, e a segunda, verdadeira.E) Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.

5)

Desmatamento na Amazônia Legal. Disponível em: <www.imazon.org.br/mapas/desmatamento-mensal-2011>. Acesso em: 20 ago. 2011.

O ritmo de desmatamento na Amazônia Legal diminuiu no mês de junho de 2011, segundo levantamento feito pela organização ambiental brasileira Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). O relatório elaborado pela ONG, a partir de imagens de satélite, apontou desmatamento de 99 km² no bioma em junho de 2011, uma reduçãode 42% no comparativo com junho de 2010. No acumulado entre agosto de 2010 e junho de 2011, o desmatamento foi de 1 534 km², aumento de 15% em relação a agosto de 2009 e junho de 2010. O estado de Mato Grosso foi responsável por derrubar 38% desse total e é líder no ranking do desmatamento, seguido do Pará (25%) e de Rondônia (21%).Disponível em: <http://www.imazon.org.br/imprensa/imazon-na-midia>.

Acesso em: 20 ago. 2011(com adaptações).

De acordo com as informações do mapa e do texto,A) foram desmatados 1 534 km² na Amazônia Legal nos últimos dois anos.B) não houve aumento do desmatamento no último ano na Amazônia Legal.

C) três estados brasileiros responderam por 84% do desmatamento na Amazônia Legal entre agosto de 2010 e junho de 2011.D) o estado do Amapá apresenta alta taxa de desmatamento em comparação aos demais estados da Amazônia Legal.E) o desmatamento na Amazônia Legal, em junho de 2010, foi de 140 km2, comparando-se o índice de junho de 2011ao índice de junho de 2010.

6)

A educação é o Xis da questão

em Recursos Humanos e IBGE

Disponível em: <http://ead.uepb.edu.br/noticias,82>. Acesso em: 24 ago. 2011.

A expressão “o Xis da questão” usada no título do infográfico diz respeito

A) à quantidade de anos de estudos necessários para garantir um emprego estável com salário digno.B) às oportunidades de melhoria salarial que surgem à medida que aumenta o nível de escolaridade dos indivíduos.C) à influência que o ensino de língua estrangeira nas escolas tem exercido na vida profissional dos indivíduos.D) aos questionamentos que são feitos acerca da quantidade mínima de anos de estudo que os indivíduos precisam para ter boa educação.E) à redução da taxa de desemprego em razão da política atual de controle da evasão escolar e de aprovação automática de ano de acordo com a idade.

7)

A definição de desenvolvimento sustentável mais usualmente utilizada é a que procura atender às necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras. O mundo assiste a um questionamento crescente de paradigmas estabelecidos na economia e também na cultura política. A crise ambiental no planeta, quando traduzida na mudança climática, é uma ameaça real ao pleno desenvolvimento das potencialidades dos países.O Brasil está em uma posição privilegiada para enfrentar os enormes desafios que se acumulam. Abriga elementos fundamentais para o desenvolvimento: parte significativa da biodiversidade e da água doce existentes no planeta; grande extensão de terras cultiváveis; diversidade étnica e cultural e rica variedade de reservas naturais.O campo do desenvolvimento sustentável pode ser conceitualmente dividido em três componentes: sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econômica e sustentabilidade sociopolítica.

Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável pressupõe

A) a preservação do equilíbrio global e do valor das reservas de capital natural, o que não justifica a desaceleração do desenvolvimento econômico e político de uma sociedade.B) a redefinição de critérios e instrumentos de avaliação de custo-benefício que reflitam os efeitos socioeconômicos e os valores reais do consumo e dapreservação.

C) o reconhecimento de que, apesar de os recursos naturais serem ilimitados, deve ser traçado um novo modelo de desenvolvimento econômico para a humanidade.D) a redução do consumo das reservas naturais com a consequente estagnação do desenvolvimento econômico e tecnológico.E) a distribuição homogênea das reservas naturais entre as nações e as regiões em nível global e regional.

8)

Em reportagem, Owen Jones, autor do livro Chavs: a difamação da classe trabalhadora, publicado no Reino Unido, comenta as recentes manifestações de rua em Londres e em outras principais cidades inglesas.Jones prefere chamar atenção para as camadas sociais mais desfavorecidas do país, que desde o início dos distúrbios, ficaram conhecidas no mundo todo pelo apelido chavs, usado pelos britânicos para escarnecer dos hábitosde consumo da classe trabalhadora. Jones denuncia um sistemático abandono governamental dessa parcela da população: “Os políticos insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade”, diz. (...) “você não vai ver alguém assumir ser um chav, pois se trata de um insulto criado como forma de generalizar o comportamento das classes mais baixas.Meu medo não é o preconceito e, sim, a cortina de fumaça que ele oferece. Os distúrbios estão servindo como o argumento ideal para que se faça valer a ideologia de que os problemas sociais são resultados de defeitos individuais, não de falhas maiores. Trata-se de uma filosofia que tomou conta da sociedade britânica com a chegada de Margaret Thatcher ao poder, em 1979, e que basicamente funciona assim: você é culpado pela falta de oportunidades. (...) Os políticos insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade”.

Suplemento Prosa & Verso, O Globo, Rio de Janeiro, 20 ago. 2011, p. 6

(adaptado).

Considerando as ideias do texto, avalie as afirmações a seguir.I. Chavs é um apelido que exalta hábitos de consumo de parcela da população britânica.II. Os distúrbios ocorridos na Inglaterra serviram para atribuir deslizes de comportamento individual como causas de problemas sociais.

III. Indivíduos da classe trabalhadora britânica são responsabilizados pela falta de oportunidades decorrente da ausência de políticas públicas.IV. As manifestações de rua na Inglaterra reivindicavam formas de inclusão nos padrões de consumo vigente.É correto apenas o que se afirma emA) I e II.B) I e IV.C) II e III.D) I, III e IV.E) II, III e IV.

9)

A Educação a Distância (EaD) é a modalidade de ensino que permite que acomunicação e a construção do conhecimento entre os usuários envolvidospossam acontecer em locais e tempos distintos. São necessárias tecnologiascada vez mais sofisticadas para essa modalidade de ensino não presencial, com vistas à crescente necessidade de uma pedagogia que se desenvolva por meio de novas relações de ensino-aprendizagem.O Censo da Educação Superior de 2009, realizado pelo MEC/INEP, apontapara o aumento expressivo do número de matrículas nessa modalidade. Entre 2004 e 2009, a participação da EaD na Educação Superior passou de 1,4% para 14,1%, totalizando 838 mil matrículas, das quais 50% em cursos de licenciatura. Levantamentos apontam ainda que 37% dos estudantes de EaD estão na pós-graduação e que 42% estão fora do seu estado de origem.

Considerando as informações acima, enumere três vantagens de um curso a distância, justificando brevemente cada uma delas.

10) A Síntese de Indicadores Sociais (SIS 2010) utiliza-se da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) para apresentar sucinta análise das condições de vida no Brasil. Quanto ao analfabetismo, a SIS 2010 mostra que os maiores índices se concentram na população idosa, emcamadas de menores rendimentos e predominantemente na região Nordeste, conforme dados do texto a seguir.A taxa de analfabetismo referente a pessoas de 15 anos ou mais de idade baixou de 13,3% em 1999 para 9,7% em 2009. Em números absolutos, o contingente era de 14,1 milhões de pessoas analfabetas. Dessas, 42,6%

tinham mais de 60 anos, 52,2% residiam no Nordeste e 16,4% viviam com ½ salário-mínimo de renda familiar per capita. Os maiores decréscimos no analfabetismo por grupos etários entre 1999 a 2009 ocorreram na faixados 15 a 24 anos. Nesse grupo, as mulheres eram mais alfabetizadas, mas a população masculina apresentou queda um pouco mais acentuada dos índices de analfabetismo, que passou de 13,5% para 6,3%, contra 6,9% para 3,0% para as mulheres.

SIS 2010: Mulheres mais escolarizadas são mães mais tarde e têm menos filhos.Disponível em: <www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias>.Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).

População analfabeta com idade superior a 15 anos / ano porcentagem2000 13,62001 12,42002 11,82003 11,62004 11,22005 10,72006 10,22007 9,92008 10,02009 9,7

Fonte: IBGE

Com base nos dados apresentados, redija um texto dissertativo acerca da importância de políticas e programas educacionais para a erradicação do analfabetismo e para a empregabilidade, considerando as disparidades sociais e as dificuldades de obtenção de emprego provocadas pelo analfabetismo. Em seu texto, apresente uma proposta para a superação do analfabetismo e para o aumento da empregabilidade.

Seguem alguns temas que podem ser solicitados para questões

discursivas do ENADE:- Rio+20

RIO — A Rio+20 não acabou com o fim da conferência, mês passado, no Rio. Seu

legado ainda está em construção, como a definição de metas específicas para os países,

que serão conhecidas nos próximos três anos e meio. Esta foi a principal conclusão do

seminário “O legado da Rio+20 para a economia verde”, promovido na terça-feira pelo

jornal O GLOBO, com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Além dos

desdobramentos da parte oficial da Rio+20, os especialistas presentes no encontro

acreditam que o evento serviu para dar uma nova dimensão ao desenvolvimento

sustentável, um tema que saiu das rodas de ambientalistas para ser tratado por toda a

sociedade.

— A conferência Rio+20 não se encerra em si, pelo contrário: ela abre um amplo

caminho de trabalho — afirmou Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente.

A ministra salientou que a Rio+20 iniciou um processo que deve ser concluído até

2015: a definição dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, um novo

tratado sobre o clima e nova regulamentação de proteção aos oceanos. Entre os

principais pontos de progresso na Rio+20, ela cita a discussão para criar um novo

indicador para substituir o Produto Interno Bruto (PIB), o fortalecimento do órgão da

ONU para o meio ambiente (Pnuma) e o debate sobre consumo sustentável. Ela

mencionou ainda a criação do Rio+, centro de excelência de debates que ficará no Rio

para analisar o desenvolvimento sustentável, ligado à ONU.

Izabella também chegou a brincar com as críticas ao texto final que surgiu do encontro

de chefes de Estado. Ela começou sua apresentação lendo manchetes negativas sobre a

conferência. Quando a maior parte dos presentes no Teatro Tom Jobim, no Jardim

Botânico, acreditava que as notícias se relacionavam à Rio+20, a ministra mostrou que

eram títulos das reportagens da Rio-92, no momento de seu encerramento, sugerindo

que a crítica é pontual e que a análise correta do legado depende de um tempo histórico

diferente.

— Achei este seminário muito relevante, pois temos agora muito trabalho pela frente e

não podemos nos perder dos debates que tivemos — disse a ministra, que destacou que

a complexidade dos debates não se refere apenas à diferença entre os países, lembrando

que mesmo no Brasil há realidades antagônicas. Segundo ela, não há, por exemplo, uma

recicladora sequer no Norte ou no Nordeste.

Sergio Besserman, presidente da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável da

prefeitura do Rio, afirmou que a avaliação sobre o legado da Rio+20 é complexa, pois

envolve diversos aspectos, que vão além do documento oficial produzido pelos países.

Ele cita como avanços o nível do debate técnico nos mais de três mil eventos paralelos

que ocorreram durante a conferência, e a maior responsabilidade para a cidade do Rio,

que terá de avançar em pontos fundamentais como a coleta seletiva do lixo e o

tratamento do esgoto:

— Não podemos imaginar ter a Baía de Guanabara ainda poluída daqui a 20 anos.

O economista e ambientalista acredita, também, que um dos pontos positivos da Rio+20

foi a desmistificação de alguns temas:

— Não adianta achar que a energia eólica e a solar vão substituir o petróleo. Na geração

de energia, teremos de discutir todas as formas, como hidrelétrica e nuclear. O legado

da Rio+20 ainda será construído — afirmou Besserman.

Debate entre crescimento e sustentabilidade não está resolvido

Glauco Arbix, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), lembrou que a

Rio+20 terá como legado a realização bienal da feira ExpoBrasil Sustentável, no Rio,

um fundo de R$ 2 bilhões para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas, além

de novos desafios para os cientistas, que deverão estar mais focados na economia verde.

Ele também afirmou que o debate entre crescimento e sustentabilidade não está

resolvido:

— É mais fácil escrever sobre os fundos bilionários para o desenvolvimento sustentável

do que ter um diálogo franco com os países africanos que, com a exploração do

petróleo, conseguiram arrancar milhões de pessoas da miséria — disse Arbix,

lembrando que a região é a que mais cresce no mundo.

Branca Americano, da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável

(FBDS), lembrou que os debates da Rio+20 evidenciaram a responsabilidade de todos

com a sustentabilidade, inclusive dos consumidores.

— A Rio+20 trouxe o debate para a vida das pessoas, basta olhar na plateia deste

seminário para ver que não há apenas cientistas, cada vez mais o cidadão comum se

interessa por isso. E a discussão agora não é mais infantil, como se países e tecnologias

fossem divididas entre bom e mau, certo e errado. O mundo é complexo e o debate do

desenvolvimento sustentável e da economia verde também — disse.

Já Monica Messenberg, diretora de relações institucionais da CNI, comemorou os

diversos compromissos assumidos pela iniciativa privada durante a Rio+20:

— A Rio+20 tornou mais claro que sustentabilidade e competitividade andam juntas e

que tecnologia e inovação são os principais direcionadores de transformações nesse

sentido — disse.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio20/legado-da-rio20-vai-

muito-alem-do-documento-tecnico-da-conferencia-5379276#ixzz28uFVn3Xq

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redistribuído sem autorização.

Seguem informações abaixo que foram retiradas do site www.rio20.gov.br.

Qual é a diferença entre a Rio+20 e a Rio 92?

 A abordagem das duas conferências é diferente. A Rio 92 representou a

finalização de negociações iniciadas nas décadas anteriores e culminou na assinatura de

documentos importantes, tendo como foco a preservação ambiental. Na Rio+20, os

debates devem ter uma perspectiva de futuro, discutindo temas relacionados ao

desenvolvimento sustentável e economia verde. A proposta é construir a agenda do

desenvolvimento sustentável para os próximos 20 anos.

O que são os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável?

 Trata-se de evento organizado pelo Governo brasileiro em parceria com a ONU,

cujo objetivo é promover o intercâmbio de experiências e ideias entre distintos

segmentos da sociedade civil internacional (comunidade acadêmica, membros de

organizações não-governamentais, governos locais, empresários, juventude, etc.) sobre

temas relacionados ao desenvolvimento sustentável.  Conclusões e recomendações dos

Diálogos serão encaminhadas aos Chefes de Estado e Governo durante o Segmento de

Alto Nível da Rio+20.

Como funcionarão os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável?

Os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável serão realizados no Riocentro,

dos dias 16 a 19 de junho, e sua programação compreende dez painéis para debates de

representantes da sociedade civil, incluindo setor privado, ONGs, academia, entre

outros. As recomendações que resultarem dos Diálogos serão levadas aos Chefes de

Estado e de Governo presentes na Cúpula da Conferência, a realizar-se de 20 a 23 de

junho.

 Serão discutidos dez temas prioritários da agenda internacional relacionados ao

desenvolvimento sustentável:

Desemprego, trabalho decente e migrações;

Desenvolvimento Sustentável como resposta às crises econômicas e

financeiras;

Desenvolvimento Sustentável para o combate à pobreza;

A economia do Desenvolvimento Sustentável, incluindo padrões

sustentáveis de produção e consumo;

 Florestas;

Segurança alimentar e nutricional;

 Energia sustentável para todos;

 Água;

Cidades sustentáveis e inovação;

Oceanos.

O que é a Cúpula dos Povos?

 A Cúpula dos Povos é um evento paralelo à Conferência das Nações Unidas

sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Ela é organizada pela sociedade civil

global e acontece entre os dias 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo, no Rio de

Janeiro.

O que é desenvolvimento sustentável?

 É o modelo de desenvolvimento que equilibra os avanços socioeconômicos com

o aproveitamento sustentável dos recursos naturais. Os benefícios do crescimento

econômico devem priorizar a inclusão social e a proteção ambiental e fomentar políticas

de erradicação da pobreza.

O que é a Rio+20?

 A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, ou

Rio+20, é o maior encontro de Chefes de Estado e delegações já organizado pela ONU

para divulgar temas ligados à sustentabilidade. Contará com a participação ativa e

interativa da sociedade civil e acontecerá entre os dias 13 e 22 de junho, no Rio de

Janeiro. Estarão presentes Chefes de Estado e representantes de mais de 180 países e

dos principais organismos internacionais.

Quais são os principais objetivos e temas da Rio+20?

 O objetivo principal da Conferência é assegurar um compromisso político com

o desenvolvimento sustentável, além de propor e discutir novos temas.

 A Rio+20 busca também fortalecer o equilíbrio entre os pilares ambiental,

econômico e social do desenvolvimento sustentável, assim como aperfeiçoar a

governança ambiental internacional e debater temas relacionados ao conceito

“economia verde”.

 De acordo com decisão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, a Rio+20 terá

dois temas centrais: 

 “Economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável

e erradicação da pobreza”; 

“Marco institucional para o desenvolvimento sustentável”.

O que é economia verde? 

É o modelo econômico que tem como base o desenvolvimento sustentável. No

entanto, o conceito de “economia verde” permite múltiplas interpretações e sua

definição ainda não é consensual. O Brasil, por exemplo, prefere trabalhar com a ideia

de uma “economia verde inclusiva”, com especial atenção para o pilar social.

 A “economia verde inclusiva” já está sendo praticada por meio de políticas

públicas brasileiras e de vários países. Alguns exemplos são: 

Políticas sociais, como a transferência condicionada de renda;

Atividades para promover a conservação ou a recuperação ambiental;

Apoio a segmentos da população cuja renda se origina na reciclagem de

resíduos sólidos;

Disseminação de boas práticas agrícolas usando tecnologias acessíveis a

pequenas propriedades rurais e famílias de agricultores;

Emprego eficiente de fontes limpas e renováveis de energia.

Qual o papel do Brasil como país sede da Conferência?

 Como país sede, o Brasil assinou um acordo com a ONU no qual se

comprometeu a providenciar todas as condições materiais para o bom desenrolar da

conferência em território brasileiro, como instalações, tradutores, entre outros.

Durante o processo preparatório da Rio+20, o Brasil atua como país-membro da

ONU, apresentando as propostas decididas pela Comissão Nacional para a Rio+20

(link). Na qualidade de país sede, porém, o Brasil também presidirá a Conferência

durante o Segmento de Alto Nível e buscará promover a aproximação das visões dos

diversos países e incentivar resultados ambiciosos.

Por que adotar Objetivos de Desenvolvimento Sustentável?

 O Brasil considera a adoção de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável um

instrumento para guiar a ação internacional na busca de soluções para questões ligadas

ao desenvolvimento sustentável no mundo. Os Objetivos desempenharão papel

importante no direcionamento de políticas e iniciativas de governos, organizações

internacionais, bancos multilaterais de desenvolvimento e outros atores públicos e

privados, e devem ser traduzidos em metas concretas, quantificáveis e verificáveis com

um prazo para que sejam implementadas.

2) Expectativa de vida no país sobe 25,4 anos de 1960 a 2010, diz IBGE

Nascidos há meio século tinham esperança de vida de 48 anos.

Número médio de filhos por mulher caiu de 6,3, em 1960, para 1,9, em 2010.

A expectativa de vida do brasileiro nascido em 2010 alcançou 73,4 anos, segundo dados

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira

(29). Ao ser comparada com os dados de 1960, quando a perspectiva era de que o

cidadão vivesse 48 anos, a esperança de vida do brasileiro tem um aumento de 25,4

anos.

Os dados do IBGE também mostraram que o número médio de filhos por mulher caiu

de 6,3, em 1960, para 1,9, em 2010. Segundo o levantamento do instituto, isso indica

que a população brasileira está mais envelhecida. A parcela de idosos (65 anos ou mais)

passou de 2,7% (1960) para 7,4% (2010).

O Censo 2010 identificou que a participação da população com idade entre 0 e 14 anos

caiu de 42,7% (1960) para 24,1% (2010). A diminuição da mortalidade permitiu o

aumento da participação da população em idade ativa (15 anos a 64 anos), que em 1960

era de 54,6% e passou para 68,5% em 2010.

O instituto registrou ainda que aumentou a proporção de mulheres sobre os homens. Em

1960, existiam 99,8 homens para cada 100 mulheres. Em 2010, eram 96 homens para

cada 100 mulheres.

Declaração de raça

Segundo o IBGE, 90,6 milhões de brasileiros se declararam como brancos em 2010, o

equivalente a 47,7% da população. No mesmo ano, 82,8 milhões de pessoas se

classificaram como pardos (43,1%) e outros 14,3 milhões, como pretos. (Os termos

branco, preto e pardo são utilizados no relatório oficial do IBGE.)

O levantamento também apontou que 817 mil pessoas se declararam indígenas (0,4%).

Desse universo, 60,8% estavam concentrados nas áreas rurais. Do total da população

brasileira, apenas 15,6% vivem na zona rural.

Santa Catarina tem a maior proporção de brancos (84%), seguido do Rio Grande do Sul

(83,2%) e Paraná (70,3%). Em contrapartida, apenas 20,9% da população de Roraima se

declarou branca.

A maior proporção de pardos foi registrada no Norte e no Nordeste. Na Bahia, são

17,1%, cerca de 24 milhões de pessoas que se classificaram como pardos. No Rio de

Janeiro, 12,4% se declaram pretos, cerca de 2 milhões de pessoas.

Disponível em: g1.com.br

- Lei das Cotas:

Lei de Cotas será regulamentada nesta quarta, diz Mercadante

Decreto vai detalhar regras e cronograma de implementação da reserva de vagas

BRASÍLIA - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta

terça-feira (9) que a regulamentação da Lei de Cotas, sancionada no fim de

agosto, deve sair nesta quarta-feira (10) e que as universidades terão que adaptar

seus cronogramas para que a lei entre em vigor no começo de 2013.

A lei prevê que as universidades públicas federais e os institutos técnicos federais

reservem, no mínimo, 50% das vagas para estudantes que tenham cursado todo o ensino

médio em escolas da rede pública, com distribuição proporcional das vagas entre

negros, pardos e indígenas.

— Vamos tentar de hoje para amanhã. As universidades que já publicaram seus editais

terão que fazer ajustes. A lei terá que ser rigorosamente cumprida — disse Mercadante.

O decreto vai detalhar as regras e o cronograma de implementação do novo sistema de

distribuição de vagas no sistema federal de ensino superior. As universidades e

institutos federais terão quatro anos para implantar progressivamente o percentual de

reserva de vagas estabelecido pela lei, mesmo as que já adotam algum tipo de sistema

afirmativo na seleção de estudantes.

A regulamentação também deverá criar mecanismos para compensar eventuais

diferenças entre alunos que ingressaram pelas cotas e os egressos do sistema universal,

como aulas de reforço.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/vestibular/lei-de-cotas-sera-

regulamentada-nesta-quarta-diz-mercadante-6350108#ixzz28uGjgCbM

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Aloizio Mercadante esclarece dúvidas sobre a Lei de Cotas

Ele afirma que o MEC dará apoio para a implementação da reserva de vagas já a

aprtir do Enem 2012

Publicado: 8/10/12 - 10h32

RIO - A Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Educação (MEC) divulgou

esclarecimentos do ministro Aloizio Mercadante sobre a Lei de Cotas, que institui a

reserva de 50% das vagas, em quatro anos, em instituições federais de educação

superior a estudantes de escolas públicas, com renda de até 1,5 salário mínimo familiar

per capita, de acordo com o perfil racial de cada unidade da Federação.

Confira os principais pontos destacados pelo ministro:

Início da validade

“As cotas serão implementadas a partir de 2013. No caso do Sisu [Sistema de Seleção

Unificada, do MEC], já vale a partir do Enem [Exame Nacional do Ensino Médio],

previsto para o início de novembro. As instituições de educação superior que já tenham

publicado seus editais terão que fazer ajustes para adequação à lei, que orienta toda a

política de ingresso. Portanto, todas as universidades federais terão de fazer as

adequações necessárias. O Ministério da Educação vai dar todo apoio a essa

implementação.”

Distribuição das vagas

“Hoje, 88% dos estudantes brasileiros do ensino médio provêm de escolas públicas;

12%, das particulares. A lei assegura que, em até quatro anos, metade das vagas em

todas as universidades federais, em todos os cursos, será ocupada por alunos oriundos

da escola pública. Então, há um caráter de renda, um caráter de raça, a inclusão social.

Mas é prioritariamente para alunos da escola pública. Para o ano que vem, todos os

cursos, em todas as universidades federais, terão de assegurar, pelo menos, 12,5% das

matrículas a alunos das escolas públicas brasileiras.”

Regulamentação

“O decreto de regulação da Lei nº 12.711/2012 vai estabelecer o procedimento desse

cálculo. Esperamos que seja publicado o mais rapidamente possível. Todos os aspectos

mais importantes já foram explicados a reitores e pró-reitores.”

Comprovação de renda

“O aluno vai autodeclarar a renda, mas terá que comprovar, na fase seguinte, a renda

bruta familiar para o cálculo do valor.”

Prorrogação de prazo

“Não haverá prorrogação [para instituições que já tenham lançado editais de processos

seletivos] porque o fato de já ter publicado o edital não significa que a instituição já

tenha promovido o vestibular. Portanto, há tempo, e o tempo será usado em favor

daquilo que o Congresso Nacional aprovou por unanimidade, que é a adoção das cotas.”

Ajuste de critérios preexistentes

“Podem ser mantidas as iniciativas já existentes, desde que as exigências da lei, ou seja,

12,5% das vagas, sejam implementadas conforme o Congresso Nacional estabeleceu.

Então, no mínimo, esses 12,5% têm que respeitar integralmente os critérios da lei. A

partir desse 12,5%, podem ser criados critérios adicionais. Há universidades, por

exemplo, em estados com grande concentração de indígenas, que têm uma política

específica para esses povos. Outras, usam o sistema de bônus. Outras já têm um sistema

de atenção à escola pública. Além disso, o que discutimos com os reitores são políticas

de tutoria e de reforço pedagógico para que esses alunos tenham todas as condições de

desenvolvimento pleno nos cursos pelos quais optarem e ingressarem.”

Qualidade do ensino

“Como há muito mais alunos da escola pública em relação aos da escola particular, a

média desses melhores 12,5% da rede pública fica muito acima da média dos estudantes

das escolas particulares. Então, para este ano, estamos bastante seguros do passo que

vamos dar. Mas também temos o desafio que as universidades já enfrentam — muitas já

têm sistema de tutoria. Estamos trocando experiências entre todas as universidades para

criar um programa nacional de apoio. Em alguns casos, vamos ter de fortalecer a

política de assistência estudantil. Um aluno que tenha renda familiar inferior a 1,5

salário mínimo, para fazer um curso de tempo integral, como medicina ou odontologia,

terá de contar com uma bolsa de assistência estudantil. Vamos definir, primeiro, as

prioridades, qual o público prioritário. Já tínhamos previsto, no orçamento, um aumento

importante para o ano que vem. Vamos investir mais de R$ 650 milhões em assistência

estudantil em 2013. Mas pretendemos que esses alunos tenham preferência na

implementação da política de bolsas, e que as universidades tenham sistema de

acompanhamento, de tutoria. Em algumas universidades, são os estudantes de pós-

graduação bolsistas que têm a obrigação de fazer a tutoria de estudantes cotistas. Então,

queremos também implementar essa política de reforço pedagógico e tutoria para

garantir o bom desempenho dos cotistas.”

Obediência à lei

“Não existe a possibilidade de não obediência à lei. A lei é muito clara. Todas as

universidades terão de obedecer ao percentual da população negra e indígena em cada

uma das unidades da Federação. O que o decreto a ser publicado vai regulamentar é a

forma de cálculo, os procedimentos. Haverá um simulador. Em qualquer curso,

imediatamente, basta colocar os valores para ter a resposta imediata. Não há nenhuma

dificuldade para a instituição.”

Autodeclaração do estudante

“[a declaração de raça] É assim no Brasil, é assim no IBGE, é assim no Censo

Demográfico e é assim em toda política de ações afirmativas no mundo e no Brasil.”

Modelo para análise de raça

“A lei estabelece uma orientação geral, mas as universidades, em sua autonomia, têm a

possibilidade de aprimorar as iniciativas que julgarem necessárias. Cada universidade

tem autonomia para fazer, dentro da lei, todos os ajustes, mecanismos e procedimentos

que julgarem necessários.”

Resistência das universidades

“O Brasil precisa valorizar a escola pública. São 88% dos estudantes brasileiros que vão

ter o direito de disputar 12,5% das vagas. Vamos promover reunião com todos os

secretários de Educação no dia 17 próximo — são basicamente os governadores os

responsáveis pelo ensino médio —, para aprimorarmos o currículo, fortalecermos a

formação nessa etapa do ensino. Vamos também liberar tablets para os professores do

ensino médio aprimorarem o processo pedagógico em sala de aula, além das lousas

digitais. Essa política vai fortalecer a motivação dos estudantes do ensino médio a

melhorar o desempenho. É um grande esforço do MEC, e as universidades,

seguramente, já fazem a política de cotas. Foram muito bem recebidas no diálogo que

tivemos com os reitores as iniciativas que estamos tomando.”

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/aloizio-mercadante-

esclarece-duvidas-sobre-lei-de-cotas-6328350#ixzz28uH4gMxw

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MPF: Código Florestal permite maior autonomia dos estados

Procurador diz ver com perigo flexibilização “populista’ e ‘eleitoreira’

LEONARDO GUANDELINE/CLEIDE CARVALHO

SÃO PAULO – As mudanças no texto do Código Florestal, publicadas nesta segunda-

feira no Diário Oficial da União, permitem uma maior autonomia dos estados na

questão do zoneamento ambiental, segundo o procurador da República no Pará, Bruno

Valente. Ele usa como exemplo o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) no Pará,

que começou a ser feito pelo oeste do estado, uma área com menos ocupação urbana.

- O estudo mais recente desde o início do ZEE simplesmente apontou uma redução da

reserva legal aqui no Oeste do Pará, independente de ser ocupada. Já tínhamos uma

maior flexibilização nos estados da Amazônia Legal antes do código. Agora, ele ainda

abre brechas para uma ainda maior, e isso é meio perigoso. Aqui temos muitas coisas

feitas com propósitos populista e eleitoral – salienta.

Para Valente, outro ponto do texto considerado negativo diz respeito às anistias até 22

de julho de 2008. Diz o texto que os que desmataram até essa data serão obrigados a

recompor a vegetação.

- Nós (Ministério Público Federal no Pará) estamos trabalhando junto à população para

mostrar que vale a pena cumprir a lei, para não ser penalizado. Aí vem o novo código na

contramão; e quem desmatou mais do que podia acabou levando vantagem. O código

diz, ainda, que as APPs (Áreas de Proteção Permanentes) são vitais, mas abre mão da

recomposição delas em determinadas hipóteses – acrescenta o procurador.

À reportagem do GLOBO o secretário extraordinário para o programa Municípios

Verdes do governo do Pará, Justiniano Neto, afirmara, nesta segunda-feira, que o estado

não vai admitir afrouxamento na legislação ambiental, mesmo que ocorra no âmbito

federal.

- Os estados podem ser mais restritivos. Qualquer afrouxamento que seja feito a nível

federal não vamos admitir. Minha preocupação é o que sairá do Congresso Nacional na

votação da Medida Provisória. Na prática, segue incerto - disse.

O professor Ricardo Rodrigues, do Departamento de Ciências Biológicas da Escola

Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP),

diz que com o novo texto do Código Florestal o Brasil “perdeu uma grande

oportunidade de se diferenciar dos demais ao produzir alimentos de forma sustentável, e

dentro de uma paisagem de alta diversidade”.

- O Brasil é um país agrícola, e tem tudo para se diferenciar através da sustentabilidade

ambiental, dentro de uma paisagem de alta diversidade, diferente dos outros países

como Estados Unidos e Canadá. E esse código faz o Brasil perder essa possibilidade –

diz o professor, que acrescenta.

- Nós temos no país um problema de política agrícola, não de política ambiental. Aqui,

2/3 da área agrícola total, estimada em 270 milhões de hectares, é utilizada com

pecuária de baixa produtividade, com uma cabeça, uma unidade animal por hectare por

ano, segundo o próprio governo (federal). E essas áreas poderiam ser ocupadas com

florestas nativas, já que não são produtivas.

Para o especialista em políticas públicas do WWF-Brasil, Kenzo Jucá, que critica

principalmente as anistias dada a desmatadores no novo texto, a Rio+20 será uma

esperança “não só para os ambientalistas como para a sociedade como um todo que

pediu o veto total da presidente Dilma Roussef ao Código Florestal”.

- O Comitê Brasil em Defesa das Florestas, composto não só por ambientalistas mas

também por outras entidades da sociedade, está vislumbrando na Rio + 20 a última

grande oportunidade do governo voltar atrás nessa decisão. Acreditamos não ser essa

uma decisão definitiva, pois haverá uma série de questionamentos judiciais bastante

consistentes em relação ao Código Florestal.

Jucá destaca a questão das anistias como uma das mais graves do código, dizendo que o

texto abre brecha para novos desmatamentos. Ele cita como exemplo, além da data de

2008 como linha de corte para manutenção de áreas desmatadas, a questão da anistia

total da recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APPs) em topos de morro e

encostas e nos manguezais – este último, para ele, tem ocupação incentivada na Mata

Atlântica e Amazônia, inclusive.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mpf-codigo-florestal-

permite-maior-autonomia-dos-estados-5061030#ixzz28uHO5kW7

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Adolescentes expõem seus dados sem pudores

ANDRÉ MACHADO

Publicado: 11/11/10 - 0h00

RIO - Os adolescentes brasileiros usam intensamente a internet e compartilham muitas

informações pessoais nas redes sociais - inclusive endereço, número de celular e do

telefone de casa, nomes dos pais e até o CPF. É o que conclui pesquisa do Instituto TNS

e do fabricante de antivírus McAfee. Com isso, os jovens - existem cerca de 17 milhões

de adolescentes no país, dos quais 12,5 milhões acessaram a rede nos últimos três meses

- acabam se tornando vítimas de bullying (72% dos entrevistados conhecem alguém que

já foi perseguido na rede) ou tendo suas máquinas atacadas (50%).

- Embora 79% afirmem saber como se manter seguros on-line, esse é um

comportamento de risco - diz Alexandre Momma, diretor de Atendimento da TNS. -

Muitos (39%) não contam aos pais o que fazem na rede, e 53% dizem saber esconder

suas atividades on-line, limpando o histórico do site e criando contas secretas. (Leia

também: ONG cria cartilha que ensina pais a acompanhar vida virtual de adolescentes)

Segundo José Matias, diretor de Suporte Técnico da McAfee para América Latina, a

pesquisa foi feita em outros países, mas no Brasil o afã de mergulhar na rede se mostrou

maior: 77% dos jovens acessam a internet seis a sete vezes por semana. O brasileiro

também é campeão de postagem on-line de vídeos e fotos.

- A diferença entre a geração pré-internet e a atual, já conectada, é evidenciada no

conflito com os pais. Estes precisam, além de ficar atentos ao comportamento dos

filhos, monitorar o uso da rede com software adequado.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/tecnologia/adolescentes-

expoem-seus-dados-sem-pudores-2927004#ixzz28uHbonlb

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STF aprova por unanimidade união estável entre gays

REUTERS/BRASIL ONLINE

Publicado: 5/05/11 - 0h00

SÃO PAULO (Reuters) - O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou na quinta-feira

por unanimidade o reconhecimento da união estável para casais do mesmo sexo, o que

coloca o Brasil num grupo de países que já tomaram decisões semelhantes.

Dos 11 ministros da mais alta Corte do país, dez votaram a favor, incluindo o relator

Carlos Ayres Britto. Apenas o ministro Antonio Dias Toffoli se declarou impedido de

votar porque atuou em uma das ações julgadas quando foi advogado-geral da União.

Os magistrados começaram na quarta-feira o julgamento de duas ações em sessão

conjunta.

Uma delas foi protocolada pela Procuradoria-Geral da República, que busca o

reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. A ação

também pede que os mesmos direitos e deveres dos companheiros nas uniões estáveis

sejam estendidos aos companheiros nas uniões entre pessoas do mesmo sexo.

A outra ação, apresentada pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, alega que

o não reconhecimento da união homoafetiva contraria preceitos fundamentais como

igualdade, liberdade e o princípio da dignidade da pessoa humana, todos da

Constituição Federal.

Com esse argumento, a ação pede que o STF aplique o regime jurídico das uniões

estáveis, previsto no Código Civil, às uniões homoafetivas de funcionários públicos

civis do Rio de Janeiro.

O que está em discussão no Brasil é o reconhecimento da união estável entre

homossexuais, e não o casamento, como já ocorreu em outros países.

Em julho de 2010, a Argentina se tornou a primeira nação latino-americana a autorizar

homossexuais a se casarem e adotarem filhos, desafiando a oposição católica para

engrossar as fileiras dos poucos países, em sua maioria europeus, que já contam com

leis semelhantes.

Apenas alguns poucos países autorizam o casamento de pessoas do mesmo sexo, entre

eles Holanda, Suécia, Portugal, Espanha e Canadá. Nos Estados Unidos, os

homossexuais podem se casar apenas em cinco Estados e na capital Washington.

Em dezembro, uma lei aprovada pelos legisladores da Cidade do México concedeu aos

homossexuais da cidade os mesmos direitos de casamento e adoção de filhos que os

heterossexuais. O Uruguai autoriza casais homossexuais a adotar filhos, mas não a se

casar.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/politica/stf-aprova-por-

unanimidade-uniao-estavel-entre-gays-2773489#ixzz28uHowoG7

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Bullying: um problema que extrapola a lei

Especialistas se dividem sobre a eficácia, a necessidade e os riscos da

criminalização, proposta por comissão de juristas

LEONARDO CAZES

THIAGO JANSEN

Publicado: 30/05/12 - 11h48

Cena do filme ‘Bully’. O longa, que investiga a violência física e psicológica entre

alunos dentro das escolas, recebeu classificação “R” para entrar no circuito americano

Divulgação

RIO - E ducadores, pesquisadores e advogados estão divididos sobre o alcance e a

eficácia da criminalização do bullying, proposta pela comissão de juristas que discute o

novo Código Penal. Há quem veja um efeito mais psicológico na medida, quem prefira

tratar o bullying no âmbito pedagógico e quem acredite que a lei é benéfica, mas

insuficiente. O texto, aprovado na terça-feira (29) na penúltima reunião do grupo,

tipifica o crime de bullying e prevê pena de um a 4 anos para adultos que o cometerem

contra menores. Agora, depende de votação no Congresso.

Integrante da comissão de juristas, a procuradora de Justiça de São Paulo Luiza Eluf

explica que a tipificação do crime de bullying parte do reconhecimento de que essa

prática, classificada como intimidação vexatória, é uma conduta que vem ocorrendo

com muita frequência em escolas e locais públicos e que uma medida jurídica para

proteger desse tipo de agressão se faz necessária:

— A repercussão prática esperada é que se possam evitar essas situações e que haja uma

medida prevista em lei de punição para esse tipo de violência. Se não há previsão na lei,

a conduta é impunível. Além disso, existe um papel da lei penal que é mais educativo,

de mostrar o que é crime, e uma papel mais preventivo, de inibir essa prática. Eu vejo

essa tipificação como um avanço.

A professora da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

(Uerj) Mirian Paura discorda. Ela acredita que a medida terá efeito limitado, já que a

grande maioria dos casos ocorre entre crianças e adolescentes. Para ela, a questão deve

ser resolvida sob o ponto de vista educacional, não criminal.

— O bullying deve ser tratado como uma questão psicológica e pedagógica. Quem o

pratica necessita de atenção, assim como as vítimas. Não vejo razões para criminalizar.

O caminho para resolver esse problema passa pela conscientização dentro da escola,

para que a equipe tenha ferramentas para identificar os casos e agir. As escolas precisam

saber o que é o bullying e as formas que ele pode assumir. É importante também

discutir os casos que acontecem no colégio com os pais, para que eles tomem

conhecimento. Uma medida penal não vai resolver um problema educacional.

A socióloga Miriam Abramovay, coordenadora de políticas públicas para juventude da

Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), concorda e diz que há o risco

de “judicializar” problemas que devem ser resolvidos no âmbito da escola. A

pesquisadora explica que ainda há um problema semântico na proposta, pois o conceito

histórico de bullying trata de violência entre crianças ou jovens da mesma idade.

— A questão do bullying é complexa. Historicamente, o conceito trata da violência

entre pares, então, se há uma diferença de idade significativa, já deixa de ser bullying.

Há, portanto, uma questão semântica. É muito perigoso judicializar a educação, porque

assim você tira a autoridade das figuras pedagógicas da escola, como os professores e a

direção. É como se a escola fosse impotente para lidar com essa questão. É preciso

haver uma política para atacar o problema da violência nos colégios como um todo, não

só o bullying — afirma Miriam.

O advogado Danilo Sahione, especialista em direito educacional e com experiência em

casos do tipo, é outro que não vê muita utilidade prática para a tipificação do crime de

bullying. Para ele, a questão é muito mais complexa para ser definida de uma forma que

ele considera simplista.

— Ao meu ver, essa medida não tem efeito prático nenhum, porque várias situações

abrangidas em sua caracterização de bullying já estão previstas no Código Penal. Pior,

ao caracterizar a questão do bullying de uma forma simplista, pode-se fazer com que o

trabalho preventivo sobre a questão feito nas escolas, pelo Ministério Público e pelo

Conselho Tutelar, para identificar aqueles casos que realmente são bullying, seja

prejudicado.

Já o advogado André Pedrosa, especialista em direito processual civil e com experiência

em casos de bullying que foram levados à Justiça, acredita que a tipificação do crime de

bullying é benéfica pelo efeito psicológico e moral que pode vir a ter, ao mostrar que

essa é uma questão que pretende ser levada a sério pela legislação brasileira.

— Essa questão a gente tem que analisar sob vários aspectos e uma delas é a própria

evolução da sociedade. O que há 20 anos era considerado brincadeira, hoje é

considerado bullying. Esse é um conceito que muda com o tempo e a legislação tem que

acompanhar essas mudanças, ainda que acabe sendo lenta nisso. Parece-me que a

intenção de uma medida dessas é mais ter um efeito psicológico e moral que, ao meu

ver, acaba sendo benéfico.

A educadora Tânia Zagury também vê com bons olhos a criminalização da prática para

maiores de 18 anos, mas aponta que apenas a via judicial não é suficiente para resolver

o problema. Na sua opinião, medidas de prevenção são mais eficientes.

— Apenas criminalizar o bullying não é adequado. Como só atinge maiores de 18 anos,

considero válido porque protege os menores. Mas é necessário um trabalho junto às

escolas e às famílias, até porque muitas vezes a prática ultrapassa os muros do colégio e

ocorre inclusive na internet. Nem tudo é possível resolver através de leis. É melhor

investir na formação do cidadão. O caminho é educar, não punir criminalmente. O

bullying, normalmente, é praticado em situações de superioridade física ou numérica e

pode destruir a autoestima das crianças e adolescentes — explica Tânia. •

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/bullying-um-

problema-que-extrapola-lei-5066451#ixzz28uHzIRRQ

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”A cobra vai fumar” e “Senta a pua!”, slogans que incentivaram os militares brasileiros

na Segunda Guerra Mundial.

 Durante o Estado Novo (1937 – 1945), o governo brasileiro viveu a instalação de um

regime ditatorial comandado por Getúlio Vargas. Nesse mesmo período, as grandes

potências mundiais entraram em confronto na Segunda Guerra, onde observamos a

cisão entre os países totalitários (Alemanha, Japão e Itália) e as nações democráticas

(Estados Unidos, França e Inglaterra). Ao longo do conflito, cada um desses grupos em

confronto buscou apoio político-militar de outras nações aliadas.

Com relação à Segunda Guerra Mundial, a situação do Brasil se mostrava

completamente indefinida. Ao mesmo tempo em que Vargas contraía empréstimos com

os Estados Unidos, comandava um governo próximo aos ditames experimentados pelo

totalitarismo nazi-fascista. Dessa maneira, as autoridades norte-americanas viam com

preocupação a possibilidade de o Brasil apoiar os nazistas cedendo pontos estratégicos

que poderiam, por exemplo, garantir a vitória do Eixo no continente africano.

A preocupação norte-americana, em pouco tempo, proporcionou a Getúlio Vargas a

liberação de um empréstimo de 20 milhões de dólares para a construção da Usina de

Volta Redonda. No ano seguinte, os Estados Unidos entraram nos campos de batalha da

Segunda Guerra e, com isso, pressionou politicamente para que o Brasil entrasse com

suas tropas ao seu lado. Pouco tempo depois, o afundamento de navegações brasileiras

por submarinos alemães gerou vários protestos contra as forças nazistas.

Dessa maneira, Getúlio Vargas declarou guerra contra os italianos e alemães em agosto

de 1942. Politicamente, o país buscava ampliar seu prestígio junto ao EUA e reforçar

sua aliança política com os militares. No ano de 1943, foi organizada a Força

Expedicionária Brasileira (FEB), destacamento militar que lutava na Segunda Guerra

Mundial. Somente quase um ano depois as tropas começaram a ser enviadas, inclusive

com o auxílio da Força Aérea Brasileira (FAB).

A principal ação militar brasileira aconteceu principalmente na organização da

campanha da Itália, onde os brasileiros foram para o combate ao lado das forças

estadunidenses. Nesse breve período de tempo, mais de 25 mil soldados brasileiros

foram enviados para a Europa. Apesar de entrarem em conflito com forças nazistas de

segunda linha, o desempenho da FEB e da FAB foi considerado satisfatório, com a

perda de 943 homens.

 Por Rainer Sousa

Graduado em História

Equipe Brasil Escola

Brasil República - História do Brasil - Brasil Escola

Participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial:

Neutralidade brasileira na primeira fase da guerra

Desde 1939, início do conflito, o Brasil assumiu uma posição neutra na Segunda Guerra

Mundial. O presidente do Brasil na época era Getúlio Vargas.

Ataques nazistas e entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial

Porém, esta posição de neutralidade acabou em 1942 quando algumas embarcações

brasileiras foram atingidas e afundadas por submarinos alemães no Oceano Atlântico.

A partir deste momento, Vargas fez um acordo com Roosevelt (presidente dos Estados

Unidos) e o Brasil entrou na guerra ao lado dos Aliados (Estados Unidos, Inglaterra,

França, União Soviética, entre outros). Era importante para os Aliados que o Brasil

ficasse ao lado deles, em função da posição geográfica estratégica de nosso país e de

seu vasto litoral.

Participação efetiva no conflito

A participação militar brasileira foi importante na Segunda Guerra Mundial, pois

somou forças na luta contra os países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). O Brasil

enviou para a Itália (ocupada pelas forças nazistas), em julho de 1944, 25 mil militares

da FEB (Força Expedicionária Brasileira), 42 pilotos e 400 homens de apoio da FAB

(Força Aérea Brasileira). 

As dificuldades foram muitas, pois o clima era muito frio na região dos Montes

Apeninos, além do que os soldados brasileiros não eram acostumados com relevo

montanhoso. 

Vitórias

Os militares brasileiros da FEB (também conhecidos como pracinhas) conseguiram, ao

lado de soldados aliados, importantes vitórias. Após duras batalhas, os militares

brasileiros ajudaram na tomada de Monte Castelo, Turim, Montese e outras cidades. 

Apesar das vitórias, centenas de soldados brasileiros morreram em combate. Na Batalha

de Monte Castelo (a mais difícil), cerca de 400 militares brasileiros foram mortos.

Outras formas de participação

Além de enviar tropas para as áreas de combate na Itália, o Brasil participou de outras

formas importantes. Vale lembrar que o Brasil forneceu matérias-primas,

principalmente borracha, para os países das forças aliadas. 

O Brasil também cedeu bases militares aéreas e navais para os aliados. A principal foi a

base militar da cidade de Natal (Rio Grande do Norte) que serviu de local de

abastecimento para os aviões dos Estados Unidos.

Foi importante também a participação da marinha brasileira, que realizou o

patrulhamento e a proteção do litoral brasileiro, fazendo também a escolta de navios

mercantes brasileiros para garantir a proteção contra ataques de submarinos alemães.

Curiosidade:

- Durante as batalhas, que os militares brasileiros participaram na Segunda Guerra

Mundial, cerca de 14 mil soldados alemães se renderam aos brasileiros.

Disponível em: http://www.suapesquisa.com/segundaguerra/brasil.htm

- Brasil: a Era do Estado Novo:

Estado Novo é o nome do regime político brasileiro fundado por Getúlio Vargas em 10

de novembro de 1937, que durou até 29 de outubro de 1945, que é caracterizado pela

centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e por seu autoritarismo

O golpe do estado de 1937

Em 30 de setembro de 1937, quando se aguardavam as eleições presidenciais marcadas

para janeiro de 1938, a serem disputadas por José Américo de Almeida e Armando de

Sales Oliveira, ambos apoiadores da revolução de 1930, foi denunciado, pelo governo

de Getúlio, a existência de um suposto plano comunista para tomada do poder.

Este plano ficou conhecido como Plano Cohen, e depois se descobriu ter sido forjado

por um adepto do integralismo, o capitão Olímpio Mourão Filho, o mesmo que daria

início ao Golpe Militar de 1964.

Há várias versões e dúvidas sobre o Plano Cohen: Os integralistas negam ainda hoje

participação deles no golpe de estado do Estado Novo, atribuindo ao general Góis

Monteiro a transformação de um relatório feito pelo Capitão Mourão em um documento

oficial: O dito Plano Cohen.

Com a comoção popular causada pelo Plano Cohen, com a instabilidade política gerada

pela Intentona Comunista, com o receio de novas revoluções comunistas e com as

seguidas vezes em que foi decretado estado de sítio no Brasil, foi sem resistência que

Getúlio Vargas deu um golpe de estado e instaurou uma ditadura na quarta-feira de 10

de novembro de 1937, através de um pronunciamento transmitido por rádio a todo o

País.

No preâmbulo da Constituição de 1937, é explicada a razão da implantação do Estado

Novo:

O Presidente da República dos Estados do Brasil

Atendendo às legitimas aspirações do povo brasileiro à paz política e social,

profundamente perturbada por conhecidos fatores de desordem, resultantes da

crescente agravação dos dissídios partidários, que uma notória propaganda

demagógica procura desnaturar em luta de classes, e do extremamento de

conflitos ideológicos tendentes, pelo seu desenvolvimento natural, resolver-se

em termos de violência, colocando a Nação sob a funesta iminência da guerra

civil;

Atendendo ao estado de apreensão criado no País pela infiltração comunista, que

se torna dia a dia mais extensa e mais profunda, exigindo remédios, de caráter

radical e permanente;

Atendendo a que, sob as instituições anteriores, não dispunha, o Estado de meios

normais de preservação e de defesa da paz, da segurança e do bem-estar do

povo;

Com o apoio das forças armadas e cedendo às inspirações da opinião nacional,

umas e outras justificadamente apreensivas diante dos perigos que ameaçam a

nossa unidade e da rapidez com que se vem processando a decomposição das

nossas instituições civis e políticas;

Resolve assegurar à Nação a sua unidade, o respeito à sua honra e à sua

independência, e ao povo brasileiro, sob um regime de paz política e social, as

condições necessárias à sua segurança, ao seu bem-estar e à sua prosperidade,

decretando a seguinte Constituição, que se cumprirá desde hoje em todo o país.

O último grande obstáculo que Getúlio Vargas enfrentou para dar o golpe de estado foi

o bem armado e imprevisível interventor no Rio Grande do Sul, Flores da Cunha, mas

este não resistiu ao cerco de Getúlio e se refugiou no Uruguai, antes do golpe do Estado

Novo (1937) .

Políticos da época, como o almirante Ernâni do Amaral Peixoto, que acompanhou de

perto a implantação do Estado Novo e era genro de Getúlio, acreditavam que a

implantação do Estado Novo não era obra particular de Getúlio, e viria, de uma forma

ou de outra, porque, como mostra o preâmbulo da Constituição de 1937, transcrito

acima, os militares não aceitavam a subversão reinante, no Brasil, naquela época.

Afirmou Amaral Peixoto:

O Estado Novo viria com Getúlio, sem

Getúlio ou contra Getúlio!

— Almirante Ernâni do

Amaral Peixoto

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_Novo_(Brasil)

Calmon: julgamento do mensalão é para a sociedade brasileira

Julgamento do mensalão ocorre desde a última quinta-feira no STFFoto: STF/Divulgação

A corregedora nacional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon, disse nesta segunda-feira que o julgamento do mensalão, que acontece desde sexta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF), é "para a sociedade brasileira". Ela voltou a dizer que, apesar do STF não julgar de acordo com a opinião pública, a pressão social tende a ter reflexo na sentença. Conheça quem são os 38 réus do mensalãoSaiba quem são os ministros e como costumam votarSaiba como será o julgamento do mensalão dia a diaDe lanche gigante a calcinha antifurto: veja o que o mensalão inspirou"O Supremo Tribunal Federal não julga por pressão das ruas. Mas, naturalmente, há uma influência, diminuta, mas há uma influência. Isso porque a magistratura, mesmo a magistratura de cúpula, sabe que o julgamento é para a sociedade brasileira", disse, ao abrir a inspeção de rotina no Tribunal de Justiça de São Paulo. A ministra também elogiou o andamento do julgamento. "O Supremo Tribunal Federal está dando um exemplo de organização. Está deixando que as coisas fluam dentro do cronograma, sem haver procrastinação. Eu vejo que está indo muito bem", ressaltou. Eliana Calmon minimizou a discussão entre os ministros Joaquim Barbosa, relator do processo, e Ricardo Lewandowski, o revisor, no primeiro dia de julgamento. "Não é nada inusitado, são incidentes que podem acontecer em qualquer julgamento, principalmente um julgamento das dimensões do da Ação Penal 470".Os ministros se desentenderam durante a votação do pedido de desmembramento da ação penal. A questão foi trazida pelo advogado Márcio Thomaz Bastos, que defende o ex-dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado. Ele questionou o fato de todos os réus serem julgados pelo STF, quando apenas três deles têm essa prerrogativa. O pedido de divisão foi negado por 9 votos a 2. O mensalão do PTEm 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa. Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

A então presidente do Banco Rural Kátia Rabello e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson. Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e do irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.

GABARITO QUESTÕES FORMAÇÃO GERAL ENADE 2011:

ITEM GABARITO1 D2 A3 E4 A5 C6 B7 B8 E

9) QUESTÃO DISCURSIVA 1Padrão de respostaO estudante deve ser capaz de apontar algumas vantagens dentre as Seguintes, quanto à modalidade EaD:(i) flexibilidade de horário e de local, pois o aluno estabelece o seu ritmo de estudo;(ii) valor do curso, em geral, é mais baixo que do ensino presencial;(iii) capilaridade ou possibilidade de acesso em locais não atendidos pelo ensino presencial;(iv) democratização de acesso à educação, pois atende a um público maior e mais variado que os cursos presenciais; além de contribuir para o desenvolvimento local e regional;(v) troca de experiência e conhecimento entre os participantes, sobretudo quando dificilmente de forma presencial isso seria possível (exemplo, de pontos geográficos longínquos);(vi) incentivo à educação permanente em virtude da significativa diversidade de cursos e de níveis de ensino;

(vii) inclusão digital,permitindo a familiarização com as mais diversas tecnologias;(viii) aperfeiçoamento/formação pessoal e profissional de pessoas que, por distintos motivos, não poderiam frequentar as escolas regulares;(ix) formação/qualificação/habilitação de professores, suprindo demandas em vastas áreas do país;(x) inclusão de pessoas com comprometimento motor reduzindo os deslocamentos diários.

10) QUESTÃO DISCURSIVA 2Padrão de respostaO estudante deve abordar em seu texto:• identificação e análise das desigualdades sociais acentuadas pelo analfabetismo, demonstrando capacidade de examinar e interpretar criticamente o quadro atual da educação com ênfase no analfabetismo;• abordagem do analfabetismo numa perspectiva crítica, participativa, apontando agentes sociais e alternativas que viabilizem a realização de esforços para sua superação, estabelecendo relação entre o analfabetismo e a dificuldade para a obtenção de emprego;• indicação de avanços e deficiências de políticas e de programas de erradicação do analfabetismo, assinalando iniciativas realizadas ao longo do período tratado e seus resultados, expressando que estas ações, embora importantes para a eliminação do analfabetismo, ainda se mostram insuficientes.