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SEMINÁRIO SOBRE PRECARIZAÇÃO ASSIBGE E FIOCRUZ RJ 22 a 24.05.15 - Relatório por José JOAQUIM, APM-Coordenador - Representante do Núcleo-PI O evento foi conduzido pela ASSIBGE-SN e ASFOC SN (Sindicato dos Funcionários da FioCruz) com abertura feita pelo Diretor Nelson Thomé, da Executiva Nacional da ASSIBGE, na noite da sexta-feira (22), contando com cerca de 80 participantes (terminando com 56), incluindo 18 entidades (ASFOC-SN, servidores da UERJ, Sind. Servidores Públ. Municipais de Angra dos Reis, assistentes sociais do Estado do RJ, servidor do Instituto Nacional do Cancer/RJ - Sintrasef/RJ, Núcleo Nova Piratininga de Comunicação, Conselho Regional de Estatística da Segunda Região-RJ-ES, etc.), sendo, do IBGE: efetivos, aposentados e estes 12 APMs Temporários (as Vítimas da Precarização): AM Gonçalo Alves BA - Joab Venâncio MA Thiago Guimarães MG Makson Barreto PA Paula Rejane PE Denise Gonçalves PI José Joaquim PR Rosana Matozo RJ Denilson José RS Everton Paz SC Igor Kaiser SP Katleen Ferreira APM Joaquim -PI Plenária APM Denise - PE No 2º dia (sábado 23), o primeiro palestrante foi o Dr. Jorge Souto Maior, Juiz do Trabalhado da 3ª Vara de Jundiaí-SP, que se mostrou muito simpático à Causa Temporária, estarrecendo-se em saber que nosso contrato de trabalho é de “apenas 1 mês”, orientando que deveríamos recorrer aos organismos internacionais como o Comitê Interamericano dos Direitos humanos e a OIT Organização Internacional do Trabalho, e apoiando a Tese da Efetivação dos Temporários, defendida pelo Efetivo Thiago Cantarelli-SP, que também estava presente. Na minha oportunidade, perguntei ao Juiz sobre o salário do APM que, conf. a Lei dos Temporários só não pode ser “superior ao de quem executa serviço semelhante”, indicando que “não ser superior” não quer dizer o “mínimo do mínimo”. Respondeu ele que não entende porque se questiona isso se essa própria lei já determina essa isonomia salarial (salário igual para função igual ou semelhante). O palestrante seguinte foi o Prof. Edilson Graciolli, da Universidade Federal de Uberlândia-MG que falou dos aspectos sociais e conjunturais da Precarização. APM Rosana CTBA-PR Joaquim-PI e Denise=PE c/Juiz Dr. Jorge Souto APM Everton RS APM Joab - BA Convidei os demais 11 APMs para uma reunião na sala de espera do Hotel (pois o auditório seria utilizado pela Executiva logo após os trabalhas), tendo todos comparecido pelas 20:00h e se comprometido na Causa Temporária. Convidei os demais 11 APMs para uma reunião na sala de espera do Hotel (pois o auditório seria utilizado pela Executiva logo após os trabalhas), tendo todos comparecido pelas 20:00h e se comprometido na Causa Temporária. No 3º dia (domingo 24), Diretores da ASFOC Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Fund. Osvaldo Cruz) e outras entidades deram seus depoimentos. Aproveitei a oportunidade e perguntei à Presidenta da ASFOC como funciona a Comissão contra o Assédio Moral da qual ela falara, que, por sinal, poderia servir de modelo para a ASSIBGE criar a

SEMINÁRIO SOBRE PRECARIZAÇÃO - ASSIBGE - FIOCRUZ (2015)

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SEMINÁRIO SOBRE PRECARIZAÇÃO – ASSIBGE E FIOCRUZ RJ – 22 a 24.05.15 - Relatório por José JOAQUIM, APM-Coordenador - Representante do Núcleo-PI

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Page 1: SEMINÁRIO SOBRE PRECARIZAÇÃO - ASSIBGE - FIOCRUZ  (2015)

SEMINÁRIO SOBRE PRECARIZAÇÃO – ASSIBGE E FIOCRUZ RJ – 22 a 24.05.15 - Relatório

por José JOAQUIM, APM-Coordenador - Representante do Núcleo-PI

O evento foi conduzido pela ASSIBGE-SN e ASFOC – SN (Sindicato dos Funcionários da FioCruz) com

abertura feita pelo Diretor Nelson Thomé, da Executiva Nacional da ASSIBGE, na noite da sexta-feira (22),

contando com cerca de 80 participantes (terminando com 56), incluindo 18 entidades (ASFOC-SN, servidores da

UERJ, Sind. Servidores Públ. Municipais de Angra dos Reis, assistentes sociais do Estado do RJ, servidor do

Instituto Nacional do Cancer/RJ - Sintrasef/RJ, Núcleo Nova Piratininga de Comunicação, Conselho Regional de

Estatística da Segunda Região-RJ-ES, etc.), sendo, do IBGE: efetivos, aposentados e estes 12 APMs Temporários

(as Vítimas da Precarização):

AM – Gonçalo Alves

BA - Joab Venâncio

MA – Thiago Guimarães

MG – Makson Barreto

PA – Paula Rejane

PE – Denise Gonçalves

PI – José Joaquim

PR – Rosana Matozo

RJ – Denilson José

RS – Everton Paz

SC – Igor Kaiser

SP – Katleen Ferreira

APM Joaquim -PI Plenária APM Denise - PE

No 2º dia (sábado – 23), o primeiro palestrante foi o Dr. Jorge Souto Maior, Juiz do Trabalhado da 3ª Vara de

Jundiaí-SP, que se mostrou muito simpático à Causa Temporária, estarrecendo-se em saber que nosso contrato de

trabalho é de “apenas 1 mês”, orientando que deveríamos recorrer aos organismos internacionais como o Comitê

Interamericano dos Direitos humanos e a OIT – Organização Internacional do Trabalho, e apoiando a Tese da Efetivação

dos Temporários, defendida pelo Efetivo Thiago Cantarelli-SP, que também estava presente.

Na minha oportunidade, perguntei ao Juiz sobre o salário do APM que, conf. a Lei dos Temporários só não pode

ser “superior ao de quem executa serviço semelhante”, indicando que “não ser superior” não quer dizer o “mínimo do

mínimo”. Respondeu ele que não entende porque se questiona isso se essa própria lei já determina essa isonomia

salarial (salário igual para função igual ou semelhante). O palestrante seguinte foi o Prof. Edilson Graciolli, da

Universidade Federal de Uberlândia-MG que falou dos aspectos sociais e conjunturais da Precarização.

APM Rosana – CTBA-PR Joaquim-PI e Denise=PE c/Juiz Dr. Jorge Souto APM Everton – RS APM Joab - BA

Convidei os demais 11 APMs para uma reunião na sala de espera do Hotel (pois o auditório seria utilizado pela

Executiva logo após os trabalhas), tendo todos comparecido pelas 20:00h e se comprometido na Causa Temporária.

Convidei os demais 11 APMs para uma reunião na sala de espera do Hotel (pois o auditório seria utilizado pela

Executiva logo após os trabalhas), tendo todos comparecido pelas 20:00h e se comprometido na Causa Temporária.

No 3º dia (domingo – 24), Diretores da ASFOC – Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Fund. Osvaldo Cruz) e

outras entidades deram seus depoimentos. Aproveitei a oportunidade e perguntei à Presidenta da ASFOC como funciona

a Comissão contra o Assédio Moral da qual ela falara, que, por sinal, poderia servir de modelo para a ASSIBGE criar a

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sua, tendo ela respondido que essa Comissão possui membros do Sindicato e da Fiocruz e que eles chegam até a

“chamar” chefes da Fundação quando há denúncias de assédio.

Plenária APM Denilson - RJ APM Kethleen - SP

Quase todos os APMs falaram sobre um ou outro ponto. A Kathleen-SP disse não ver uma campanha em massa

pela readmissão dos temporários grevistas de 2014 e lamentou a desproporcionalidade da participação entre efetivos e

temporários, sendo estes em bem menor quantidade.

Nas minhas falas, mencionei que esse Seminário fora deliberado no Congresso Nacional – CN de 2013 (Del. nº

38) e somente agora implementado, e que se estava dando “mais atenção à Doença (Precarização) do que aos Doentes

(Temporários)”, não ouvindo-os adequadamente. Deve-se combater a Precarização, sim, mas DEVE-SE ANTES CUIDAR

MELHOR DOS PRECARIZADOS QUE JÁ ESTÃO NO IBGE, pois enquanto não se muda a Lei dos Temporários ou a sua

forma de aplicação, os APMs continuarão existindo por aqui. A proposta dos 15 pontos sobre melhorias salariais e de

trabalho para os APMs que apresentei foi deixada pra o próximo Congresso Nacional, por ser ali o fórum competente

para tal. Enfatizei também que é preciso se dar MAIS TEMPO para cada participante falar – seja temporário ou efetivo - e

esperamos que não se repita o mesmo erro do CN-2013 quando se dedicou mais tempo para palestras e conjunturas do

que para os debates das propostas e teses.

Por sua vez, o Efetivo Thiago Cantarelli-SP falou várias vezes a favor dos direitos dos Temporários, notadamente

sobre sua Tese de Efetivação dos mesmos e da falta de maior empenho da Executiva Nacional quanto às “demissões” dos

APMs grevistas de 2014 bem como do pouco tempo dedicado à fala dos participantes.

Distribuí alguns exemplares do Voz dos Temporários entre todos os presentes – inclusive ao Juiz do Trabalho - e

os APMs ficaram de enviar impressões, opiniões e mais fotos para publicação no mesmo.

Convém ressaltar que a maioria das Instituições públicas ali representadas NÃO POSSUI CONTRATADOS PELA

LEI 8745/93 - mas apenas TERCEIRIZADOS -, fato que diverge em muito da nossa realidade, aqui, no IBGE.

APMs no Coquetel de encerramento APMs almoçando APMs: Joaquim-PI, Gonçalo-AM e ex-APM do AM

Embora o tema fosse a “Precarização dos Serviços Públicos”, a ideia original, do CN-2013, era sobre a

Precarização “no IBGE” e sem, necessariamente, a participação de outras entidades no evento. Ou seja: esperava-se que

se fosse tratar dos “nossos problemas” de forma exclusiva. Cheguei a lançar a ideia de um Encontro Nacional dos

Temporários, para então abordarmos especificamente a nossa problemática ibgeana, mas não houve respostas.

A Diretora da ASSIBGE, Ana Magni-RJ, apresentou a proposta, aprovada, da elaboração de um LIVRO contendo

as principais ideias e fatos do Seminário - onde esperamos se fale um pouco mais da realidade do APM do IBGE - ainda

sem data prevista para o lançamento do mesmo. Também se aventou a possibilidade de outro seminário deste com um

número bem maior de entidades que possuem contratações e terceirizações.

Uma observação: na noite da abertura, falaram cerca de 10 representantes, porém nenhum Temporário foi

convidado a falar das expectativas da Categoria, muito menos a participar da mesa em algum momento do Evento.

Foi uma pena que o Seminário focou apenas em “COMO ACABAR COM A PRECARIZAÇÃO” e não também em

COMO MELHORAR AS CONDIÇÕES DOS PRECARIZADOS (JÁ EXISTENTES). Mas, valeu no sentido de levantar a questão

e esperamos que, algum dia, haja um (ou vários) Encontro Nacional para tratar das necessidades dos APM – só do Ibge.

Teresina, 27.05.15 José Joaquim