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XV A REGIÃO SOMOS NÓS! anos ACTUAL As forças policiais do distrito estão em estado de alerta devido a um novo surto de notas falsas. As de 50 euros predominam e os comerciantes são as vítimas mais à mão de semear. PSP, GNR e PJ estão juntas no combate ao flagelo. ABERTURA Nos primeiros seis meses do ano a região de Setúbal somou apenas oito acidentes de trabalho, uma tendência que tem vindo a manter-se. A sensibilização e a falta de obras públicas ajudam neste ranking dos menos perigosos. ACTUAL A Associação de Municípios da Região de Setúbal vai investir 68 mil euros para valorizar alguns dos sítios arqueológicos mais relevantes da Arrábida. A ideia é reforçar o peso e a importância da parque natural no âmbito da candidatura da Arrábida a Património Mundial. O monumento funerário da Roça do Casal do Meio (Sesimbra), a alçaria islâmica do Alto da Queimada (Palmela), o sítio romano do Creiro (Setúbal) e as grutas artificiais da Quinta do Anjo (Palmela) são alguns dos casos com intervenção projectada. ACTUAL Desde há três anos que o Instituto Politécnico de Setúbal tem vindo a emagrecer os seus cofres, com reduções elevadas das transferências nominais da tutela. A situação financeira do IPS têm-se vindo a agravar, já que a somar a estes cortes, há ainda que contar com o aumento das contribuições para a CGA. O orçamento da instituição para este ano é de 25 milhões de euros. Notas falsas voltam a atacar comerciantes da região Distrito baixa número de acidentes de trabalho AMDS está a valorizar património arqueológico da Serra da Arrábida Autárquicas 2013 Campanhas e arruadas para captar votos 13 à 16 www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 779 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 21.Setembro.2013 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA Fotos: DR Cultura Dead Combo actuam no Seixal 19 Negócios Lima Fortuna relança Arrabidine 8 PÁG.6 PÁG.2 PÁG.5 PÁG.4 Politécnico de Setúbal recebeu menos 3,5 milhões do Estado desde 2010 CADERNO

Semmais 21 setembro

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Edição 21 de Setembro

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XVA REGIÃO SOMOS NÓS!

anos

ACTUAL As forças policiais do distrito estão em estado de alerta devido a um novo surto de notas falsas. As de 50 euros predominam e os comerciantes são as vítimas mais à mão de semear. PSP, GNR e PJ estão juntas no combate ao flagelo.

ABERTURA Nos primeiros seis meses do ano a região de Setúbal somou apenas oito acidentes de trabalho, uma tendência que tem vindo a manter-se. A sensibilização e a falta de obras públicas ajudam neste ranking dos menos perigosos.

ACTUAL A Associação de Municípios da Região de Setúbal vai investir 68 mil euros para valorizar alguns dos sítios arqueológicos mais relevantes da Arrábida. A ideia é reforçar o peso e a importância da parque natural no âmbito da candidatura da Arrábida a Património Mundial.

O monumento funerário da Roça do Casal do Meio (Sesimbra), a alçaria islâmica do Alto da Queimada (Palmela), o sítio romano do Creiro (Setúbal) e as grutas artificiais da Quinta do Anjo (Palmela) são alguns dos casos com intervenção projectada.

ACTUAL Desde há três anos que o Instituto Politécnico de Setúbal tem vindo a emagrecer os seus cofres, com reduções elevadas das transferências nominais da tutela. A situação financeira do IPS têm-se vindo a agravar, já que a somar a estes cortes, há ainda que contar com o aumento das contribuições para a CGA. O orçamento da instituição para este ano é de 25 milhões de euros.

Notas falsas voltam a atacar comerciantes da região

Distrito baixa número de acidentesde trabalho

AMDS está a valorizar património arqueológico da Serra da Arrábida

Autárquicas 2013Campanhas e arruadas para captar votos

13 à 16

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 779 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 21.Setembro.2013 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

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CulturaDead Comboactuam noSeixal

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NegóciosLima FortunarelançaArrabidine

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Politécnico de Setúbal recebeu menos 3,5 milhões do Estado desde 2010

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ABERTURA

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Acidentes de trabalho baixam entre campanhas e desemprego

O distrito de Setúbal registou oito acidentes de trabalho entre 1 de

Janeiro e 19 de Julho, segundo os dados agora tornados públicos pela ACT- Autori-dade para as Condições do Trabalho - o que traduz uma redução face ao ano ante-rior, representando menos duas ocorrências. A penín-sula lamenta seis acidentes graves, enquanto o Litoral Alentejano conheceu outros dois sinistros.

De acordo com José Subtil, presidente Associação Nacional dos Deficientes Sinistrados do Trabalho – resi-dente no Barreiro - é natural que «haja mais prevenção,

em face das campanhas que têm sido feitas», mas também existe o outro lado. Ou seja, o dirigente admite que este decréscimo possa estar asso-ciado ao avanço da taxa de desemprego na região, sobre-tudo em áreas como a cons-trução civil.

É que, recorde-se, as indústrias transformadoras e a construção eram os sectores de actividade com mais acidentes verificados, sendo que o seu quase desa-parecimento, intensificado nos últimos três a quatros anos, contribuiu para esta redução. Ainda assim, insiste José Subtil, «apesar de Setúbal ter a região mais industrializa do país, é cá que há menos acidentes, porque tem sido feito um trabalho de sensibilização muito intenso».

O Litoral Alentejano, com dois sinistros, iguala o registo do ano passado, sendo que, como demonstram os dados da ACT, a maioria dos acidentes ocorreu nas insta-lações das empresas, tendo sido Janeiro o mês do ano com mais acidentes conta-bilizados, enquanto a sexta-feira foi o dia da semana onde se registaram mais acidentes de trabalho.

Urgência de sensibilizar e formar os operários

A ACT subscreve as decla-rações de José Subtil, ao afirmar que as estatísticas voltam a colocar o distrito entre as regiões que menos acidentes de trabalho registam a nível nacional, tratando-se de uma realidade aplaudida pelas autoridades, que atri-buem o fenómeno «à maior consciencialização e formação dos trabalhadores no local de trabalho».

Segundo os responsáveis da ACT, estes dois vectores são apontados como a «melhor forma de prevenir acidentes», a que acresce a aplicação de «todas as medidas de segurança colec-tiva e individual inerentes à actividade desenvolvida». Os custos dos acidentes de trabalho, para os trabalha-dores acidentados e para as empresas, «são elevadís-simos”, reitera a mesma Auto-ridade.

Fonte da ACT relembra ainda que a prevenção, «quer na perspectiva do trabalhador quer na do empregador», acaba por ser a melhor solução no combate aos acidentes, já que «as acções e medidas destinadas a evitar acidentes de trabalho estão directamente dependentes do tipo de actividade exer-cida, do ambiente de trabalho e das tecnologias e técnicas utilizadas».

Esta redução confirma as estatísticas de que o distrito continua a estar entre as regiões com menor número deste tipo de registos. As campanhas de prevenção e a redução de obras justificam esta tendência.

Roberto Dores

O que é um acidente de trabalho?A definição está estipulada no Decreto-Lei nº 99/2003, de 27 de Agosto, segundo a qual este tipo de sinistro é entendido como acontecimento súbito e imprevisto, sofrido pelo trabalhador que se verifique no local e no tempo de trabalho. Considera-se também acidente de trabalho o ocorrido no trajecto de ida e de regresso para e do local de trabalho nos termos definidos em regulamentação específica. Ainda segundo a ACT, os acidentes de trabalho mais frequentes em Portugal são as quedas e os soterramentos, sendo que as principais causas destes acidentes são não seguir as regras de segurança e não utilizar os dispositivos de segurança ou utilizá-los de forma desadequada.

A nível nacional a região é das que apresenta menor número de registos

DR

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EspaçoPúblico

O problema das contas públicas e da dívida soberana que dizem nos ter levado ao resgate, sendo verdadeiro e preocupante, não deixa de ser um embuste e uma fabricação do que de pior tem o sistema capitalista e os seus jogos financeiros de cabotina.

Estes dois nós górdios, que poderiam ser ‘atacados’ sem uma agenda ideológica servilista do ‘statos quo’ da ordem especulativa e da ganância, que nas últimas décadas têm gerido a política e as sociedades democráticas, globalizadas e de mercado aberto, têm tendencialmente solução.

Mas esta passará sempre pela manutenção de um Estado que se preocupe com os seus e que se mantenha forte. A coesão social, de que tantos falam, é mesmo o fio condutor de uma sociedade com matriz. O contrário é o abismo social, que gera as desigualdades, fomenta os desequilíbrios e acentua fossos entre os mais e menos favorecidos.

A história desta monumental patranha, em que o tabuleiro do dinheiro está a subjugar os avanços civilizacionais de décadas, há-de ser contada de forma clara. Os bancos, os banqueiros e os políticos de ‘joguete’ que estão ao serviço da ‘causa mater’, a falácia das agências de rating e os parceiros-agiotas que, gulosos, quase nos chuparam o tutano.

Rui Pereira, ex-ministro da administração interna, lembra um número sintomático num escrito desta semana no DN, evocando o papel da toda-poderosa Alemanha. “Despenderam 600 milhões e ganharam 41.000 milhões”. E o FMI? E o Banco Europeu?

Estas e outras contas estão por quantificar. E em Portugal, submerso de medos, de chantagens políticas e de visões macabras, continuamos a achar que o que importa mesmo é depauperar o Estado, as famílias, as empresas e até a nossa alma. Que não nos roubem a arma do voto!

Contas e uma selvade sustos

Editorial // Raul Tavares

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, António LuísCristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: [email protected]; [email protected]. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Vítor RamalhoAdvogado

Reforçar a esperança no futuro

O enorme endividamento das Camaras do Distrito de Setúbal resulta de um

modelo de desenvolvimento que, apesar de legitimado pelo voto há mais de uma década, assenta exclu-sivamente nos dinheiros da União europeia e no crédito bancário. Curioso é, a CDU, força maioritária no Distrito, sempre eleger a banca e a União Europeia como adversá-rios tendo assim uma prática local que contraria no discurso nacional. Esse modelo trouxe-nos até aqui. Uma região asfixiada financeira-mente e limitada nas opções polí-ticas. Pior, não criou um único posto de trabalho, não ganhou compe-titividade nem serviu para a afir-mação da Península no contexto nacional. Agora o que resta fazer? Utilizar os fundos comunitários de forma muito criteriosa com o pensamento na criação de emprego e apostar no apelo á iniciativa privada. Para isso, é necessário colocar os Concelhos da Penín-sula no debate político nacional alterando a côr do mapa autárquico. Não existe nenhuma linha escrita sobre o que será Setúbal daqui a dez anos. O modelo de desenvolvi-mento colhido nas últimas décadas está esgotado e a falta de projetos de candidatura ao próximo quadro comunitário de apoio (2014-2020) é aterrador. A capital de Distrito terá no futuro que ser conhecida pela “cidade verde” e não por qual-quer outra côr sem aderência ao

mundo real ou conhecida como sorvedora dos dinheiros públicos.

Dar oportunidade a uma nova geração de políticos e de políticas públicas locais que valorizam o potencial de cada Concelho é um passo cada vez mais urgente. As políticas sociais locais não se gritam, fazem-se. João Ribeiro candidato pelo PS em Setúbal propõe-se presidir ao Concelho Local de Ação Social (CLAS). Natividade Coelho, candidata do PS em Palmela, leva uma experiencia como Juiz social no tribunal de família e assume como prioridade de candidatura a coesão social. Luís Ferreira bene-ficia da sua experiencia como Diretor de RH elevando o poten-cial humano, preconiza em nome do PS uma candidatura no Barreiro contra as desigualdades.

São exemplos de caras novas mas também de ideias diferentes. Os discursos, esses, estão gastos. Precisamos da tal geração capaz. Os exemplos que refiro fazem parte da tal geração mais qualificada de sempre, que não se resigna, que assume o risco e não se lamenta. O PS fez a sua escolha e arriscou. A região pode mudar, essa mudança pode ocorrer já no dia 29 e está na sua mão. A abstenção é apenas um voto de protesto que deixa tudo na mesma.

Manuel FernandesMembro do PS

Pode uma região mudar?

A filosofia e os métodos de ação dos responsáveis pela crise global são iguais às

que agora dizem que a vão resolver. Nem mais nem menos.

O que defendem é o endeusa-mento dos mercados, a desneces-sidade de regulação, a produtivi-dade e a competitividade ligadas em exclusivo aos baixos salários, o investimento que é incompatível com impostos elevados sobre o capital, mas não sobre os rendi-mentos do trabalho, a destruição do Estado e a alienação das empresas públicas estratégicas e o mais que se sabe.

E o mais que se sabe são o desemprego a pressionar os baixos salários com os indicadores em crescente espiral recessiva, as pensões de reforma a serem dimi-nuídas de forma drástica, a libe-ralização dos despedimentos num quadro que gera medo, incerteza no futuro e a total ausência de espe-rança.

Para onde nos levam?

Entre nós, a direita que está no poder e que nada tem de social democrata ou da prática da doutrina social da igreja, está a alcançar os seus objetivos, através do incentivo à inveja, dividindo os portugueses, com total ausência de projeto. Conduz-nos para o abismo.

Colocando em confronto as gerações (nas reformas), os traba-lhadores do sector privado e do público (na chamada uniformi-zação de condições de trabalho), os proprietários e os arrendatá-rios (na Lei das Rendas), os empre-gados e os desempregados (aumen-tando a carga horária dos traba-lhadores) e incutindo a ideia que a situação a que chegámos se deve a termos vivido acima das nossas possibilidades.

Como se não fossem o dito mercado e a banca que fomen-taram o consumo, concedendo créditos a rodos, a tudo e a todos e endividando as famílias e o país.

Agora é a banca que esmaga as famílias, negando créditos, exigindo a regularização a qual-quer preço dos que concedeu e penhorando os imóveis de quem tem garantia.

Sabe-se ainda quem concorreu para parte das dificuldades da Segu-rança Social ao permitir a “compra de anos” da carreira contributiva ao desbarato ou aumentando em 1987/1988 a despesa primária do Estado em mais de 15%. É útil referi-lo porque esta direita, que nos

desgoverna, só tem memória para o que lhe interessa.

O importante, aqui e agora, não é porém falar do passado. Esse é o papel deste governo que é incapaz de construir o futuro, com um projeto credível e inovador, num mundo que já não é mais o mesmo.

É por isso que o papel da esquerda e do PS em particular é, neste quadro complexo, não só o de explicar e aprofundar em concreto as graves consequências económico-sociais das medidas do governo, como as de propor alternativas coerentes, geradoras de esperança no futuro e que a recriem. Apesar ou sobretudo por causa das dificuldades.

Debatendo, por exemplo, a incongruência, neste quadro, do aumento da jornada de trabalho da função pública, a pretexto da sua uniformização com o setor privado. Não é certo que isso leva a maiores dificuldades na criação de novos empregos, ao agrava-mento do bem estar mínimo das famílias, já tão fustigadas e, face à diminuição dos salários, ao protelamento da entrada na reforma? Não falo sequer de direitos adquiridos. Não é isso que está em causa. É aceitável, sem que pestanejemos, que membros do governo ataquem as chamadas reformas milionárias com o despudor com que o fazem? São milionários os que, descontando uma vida inteira auferem reformas acima de 1350 euros? Não é certo que os cortes, imorais, vão afetar famílias inteiras que estão no desemprego e que são apoiadas, muitas vezes, pela pensão dos pais e avós?

E o que dizer da venda do país a retalho?

Os arautos desta desgraça, agora também acobertados em alguns analistas ditos indepen-dentes, que peroram nas televi-sões e nas rádios com a coluna vertebral dobrada a interesses pessoais, falam-nos como se fossem salvadores da pátria.

É por isso que, passadas as elei-ções autárquicas, este objetivo de aprofundamento da alternativa seja tido em maior atenção e saia mais reforçado.

É por aí que passa o futuro. Tanto mais que os responsáveis da crise demonstram a cada passo a incapacidade em proporem solu-ções, agravando-se a cada dia que passa a situação.

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALDO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES

Certifico narrativamente que, por escritura de onze de Setembro do ano de dois mil e treze, lavrada de folhas trinta e uma e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e setenta e quatro-A, deste Cartório, ANTÓNIO DA SILVA GOUVEIA, natural da freguesia de São Sebastião, do concelho de Setúbal, e, mulher, TERESA MARIA MARTINS FERNANDES GOUVEIA, natural da freguesia de São Sebastião da Pedreira, do concelho de Lisboa, casados sob o regime da comunhão geral de bens, como declararam, residentes na Rua Padre Américo Faria, número 82, Faralhão, Setúbal, contribuintes fiscais, respectivamente, números 129448770 e 105539201, justificaram ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do de uma parcela de terreno para construção urbana, situado na Rua Padre Américo Faria, número 82, Faralhão, na freguesia de Sado, do concelho de Setúbal, com a área de duzentos e cinquenta e sete metros quadrados, que confronta do Norte com caminho, do Sul o prédio termina em bico, do Nascente com Herdeiros de Maria Rosa e de Joaquim Martins, e do poente com Rua Padre Américo Faria, e, a sua inscrição na matriz está compreendida no artigo 1.014 da freguesia do Sado, não tendo este, proveniência noutro artigo, com o valor patrimonial de 25.920,00€, constando como seu titular, o ora justificante marido, António da Silva Gouveia. No tocante ao registo faz parte do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número seis mil oitocentos e trinta e seis, de vinte e sete de Fevereiro de dois mil e nove, constando como titulares inscritos: Maria Cardoso, viúva, residente em Setúbal; Maria da Conceição Martins, solteira, maior, residente em Setúbal; José Fernandes Martins, casado com Amélia Josefa, residente em Setúbal; António Cardoso Martins, casado com Matilde da Conceição Calixto, residente em Setúbal; Deolinda Cardoso Martins, casado com Henrique Alves Cardoso, residente em Setúbal; Carminda Cardoso Martins, casado com Josefa Maria da Silva, residente em Setúbal; Cassiano Martins, casado com Josefina Maria da Silva, residente em Setúbal; Maria de Lurdes Cardoso Martins, casada com Manuel da Silva, residente em Setúbal; Manuel Cardoso Martins, solteiro, maior, residente em Setúbal.

ESTÁ CONFORME.Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha Alves, aos onze de Setembro do ano de dois mil e treze.

O Notário,João Farinha Alves

(Lic. João Farinha Alves)

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APSS com Dia Mundial do Mar JMF premeia criatividade

O PORTO de Setúbal celebra o Dia Mundial do Mar com uma palestra, que terá lugar no edifício sede da APSS, dia 25, às 17 horas. “Cidades portuárias, territórios inte-ligentes e competitivos.

Setúbal e o novo enfoque nas relações Porto Cidade”, pelo professor João Figueira de Sousa. Do programa também consta um exercício de luta anti-poluição e um passeio no Hiate de Setúbal.

A JOSÉ Maria da Fonseca acaba de lançar uma promoção de Periquita, que decorre até 31 de Outubro. Para ganhar uma experiência vínica única com 10 amigos, basta comprar Periquita, submeter os pontos

na aplicação em facebook.com/periquita1850 e convidar os amigos a votar em si, de forma a ganhar ainda mais pontos. Cada garrafa de Peri-quita vale pontos e serão premiados 20 consumidores.

ACTUAL

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IPS em ‘austeridade’ recebeu menos 3,5 milhões do Estado desde 2010

Os cofres do Instituto Poli-técnico de Setúbal (IPS) já perderam 3,5 milhões de euros

desde 2010 graças às reduções das transferências nominais que a tutela tem vindo a fazer paulatinamente. Este ano, segundo o próprio politéc-nico, a redução ultrapassa os 3 por cento e só não tem causado cons-trangimentos de maior ao normal funcionamento do instituto aten-dendo «à gestão muito rigorosa dos recursos» que tem vindo a ser levada a cabo.

A situação é, contudo, bem mais preocupante se a estes cortes for somado o aumento das contribui-ções para a Caixa Geral de Aposen-tações (CGA) neste período de tempo, de 15 para 23,75 por cento em 2014. A conjugação dos dois

factores representa um corte global na ordem dos 22 por cento. Mas a redução consegue ser ainda maior, a superar os 40 por cento, se se tiver ainda em consideração a introdução do pagamento da CGA pela própria entidade patronal em 2007. É muito dinheiro.

O orçamento do IPS é, este ano, também menor, aproximando-se dos 25 milhões de euros. Além de reflectir todas estas contas, o poli-técnico tem-se ressentido com o aumento dos casos de abandono escolar, dadas as dificuldades econó-

micas e financeiras dos seus alunos. «Para tentar atenuar esta situação, o IPS aprovou o Programa de Atri-buição de Apoios Sociais aos Estu-dantes do IPS, totalmente supor-tado por receitas próprias, e que visa alargar a rede de apoios sociais aos estudantes que, por várias razões, não podem beneficiar da atribuição de bolsas de estudo, ainda que a sua condição socioeconó-mica não permita suportar condig-namente os custos associados à frequência do ensino superior», refere o instituto ao Semmais.

42,5% das vagas preenchidasnesta 1ª fase do concurso de acesso

Nesta primeira fase do concurso nacional de acesso (CNA), foram preenchidas 503 vagas no IPS, repre-sentando um valor de 42,5 por cento do total de vagas a concurso. Face ao ano transacto, o IPS assistiu a uma redução de cerca de 5 pontos percen-tuais nesta primeira fase do CNA. A segunda fase vai agora disponibi-lizar 682 vagas. Os cursos de Enfer-magem, Fisioterapia e Terapia da Fala, na Escola Superior de Saúde, de Comunicação Social, na Escola Superior de Educação, de Gestão de Recursos Humanos, na Escola Supe-rior de Ciências Empresariais, e de Biotecnologia, na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro, tiveram as suas vagas totalmente preenchidas.

Na contramão desta procura estão os cursos de Engenharia Civil, Tecnologia e Gestão Industrial, Auto-mação, Controlo e Instrumentação e Gestão da Construção. O IPS recorda que a primeira fase do CNA é apenas uma das diferentes moda-lidades de acesso, esperando assim que as restantes fases de acesso, os concursos especiais para maiores de 23 anos e titulares de CET, além das mudanças de curso, transferên-cias e titulares de cursos médios e superiores incrementem para o dobro os candidatos.

Este ano o IPS voltou a reduzir o seu orçamento

Bruno Cardoso

São reduções constantes da tutela que deixam a direcção do Instituto Politécnico de Setúbal quase de mãos atadas. A preocupação é grande.

As escolas do IPS também registado menor número de candidaturas

Seixalíadas arrancam hoje com “Paixão”

MILHARES de atletas vão participar nas actividades da 30.ª Seixalíada, que decorre até ao próximo dia 19 de Outubro, em vários locais do concelho do Seixal, e cujo calendário incluí perto de 70 modalidades sob o lema “União e Paixão”.

As várias modalidades, indi-viduais e colectivas, vão desde o desporto tradicional às artes marciais, passando pelos desportos radicais e náuticos, pelos jogos tradicionais e de mesa, que se vão disputar em coletivi-dades, escolas e pavilhões esco-lares, equipamentos e espaços públicos de todas as freguesias do concelho. No programa da 30ª edição estão ainda incluídas opções que contemplam torneios, convívios, aulas abertas e demonstrações.

A iniciativa é organizada pela Câmara Municipal do Seixal e pelo movimento associativo, contando com o envolvimento das escolas e autarquias do concelho.

A 30ª Seixalíada arranca este sábado, dia 21, a partir das 21.30 horas, no Complexo Municipal de Atletismo Carla Sacramento, com a tradicional Festa de Aber-tura. Desfiles, animação, coreo-grafias e demonstrações exibem todo o envolvimento e potencial da Seixalíada, confirmando-a como a iniciativa do desporto popular por excelência.

A primeira edição da Seixa-líada teve lugar no ano de 1982, com o objetivo de movimentar o maior número possível de atletas federados e não federados de todos os escalões etários, enquanto sensibiliza a generali-dade da população para os bene-fícios da prática regular do desporto, valorizando os ideais da ética desportiva e reforçando a integração social dos munícipes do Seixal.

Montijo pondera candidatar festa da Atalaiaa Património Cultural Imaterial da Humanidade

O MUNICÍPIO do Montijo pondera apresentar uma candida-tura à UNESCO para consagrar a Festa de Nossa Senhora da Atalaia na Lista Representativa do Patri-mónio Cultural Imaterial da Huma-nidade.

Na reunião pública do passado dia 18, o executivo aprovou, por unanimidade, declarar a Festa de Nossa Senhora da Atalaia como Patri-mónio Imaterial do município. Além desta declaração, a proposta apro-vada prevê o desenvolvimento de um conjunto de procedimentos para a inclusão da Festa de Nossa Senhora da Atalaia no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial,

Com esta deliberação, o muni-

cípio do Montijo «dá uso às suas competências relativas à salvaguarda e promoção do património cultural do concelho, enquanto factor insubs-

tituível da identidade cultural conce-lhia», refere a edil Amélia Antunes.

Segundo a edil, a Festa da Nossa Senhora da Atalaia, que decorre em

Agosto, é uma das manifestações culturais «mais representativas» do município, dado o seu «histórico enraizamento e secular longevidade tanto na comunidade montijense como em comunidades mais distantes», como é o caso de Sesimbra ou Palmela.

As festas têm como ponto alto a procissão em honra da padroeira. São conhecidas por Festa Grande, devido à forte componente religiosa e aos vários círios que acorrem à loca-lidade da Atalaia para demonstrarem a sua fé à santa padroeira.

Espectáculos de música popular, bailes, largadas de touros e festival de folclore são algumas das atrac-ções gerais do programa anual.

São múltiplas as modalidades

As festividades da Atalaia é um ícone religoso e profano do concelho

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Património arqueológico da Arrábida está a ser valorizado

A ASSOCIAÇÃO de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) vai investir quase 70 mil euros na valo-rização de algum do patri-mónio arqueológico abran-gido no âmbito da candi-datura da Arrábida a patri-mónio mundial da Unesco. Em declarações ao Semmais, Cristina Coelho, coordenadora da equipa técnica responsável pela candidatura, explica que as intervenções «estavam previstas desde a altura em que os vários levanta-mentos científicos para a candidatura foram sendo feito» e destaca o «elevado esforço financeiro da asso-ciação», que aguarda ainda uma resposta sobre a candi-datura efectuada para a obtenção de fundos comu-nitários.

Os sítios selecionados para esta intervenção são alguns dos valores excep-cionais culturais da lista do dossiê da candidatura, nomeadamente o monu-mento funerário da Roça do Casal do Meio (Sesimbra), a alcaria islâ-mica do Alto da Queimada (Palmela), o sítio romano do Creiro (Setúbal) e as grutas artificiais da Quinta do Anjo, em Palmela. Estas intervenções de valorização e de escavação juntam-se a outras que já estavam a ser levadas a cabo pelos municípios abrangidos na candidatura da Arrábida.«Alguns destes sítios já estão escavados há 30 ou 40 anos, mas nunca foram alvo de intervenções altamente especializadas como aquelas que agora nos propomos fazer», lembra Cristina Coelho.

Mais intervenções e novo documentário

As intervenções decorrem entre os meses de Setembro e de Outubro, após aprovação da Direcção Geral do Património Cultural, consistindo na realização de acções de conservação e de restauro, bem como de esca-vações arqueológicas, levan-tamentos topográficos e/ou análise de documentação. A equipa envolvida no projecto integra diversos investigadores da UNIARQ, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, bem como técnicos da própria AMRS, do Instituto de Conservação de Natureza e Florestas e dos municípios. A UNIARQ, além de prestar consultoria científica a esta primeira fase de interven-ções, está a elaborar um rela-tório que diagnostica a necessidade de futuras empreitadas a levar a cabo nos próximos quatro anos.

A decisão final em torno da candidatura da Arrábida a património mundial da Unesco será conhecida no decorrer do próximo ano, estando até ao final de 2013 prevista a visita de técnicos à Arrábida. Em paralelo, está já a ser preparada a segunda parte do documentário sobre a candidatura, mais centrada desta vez no património cultural e imaterial dos locais abrangidos. Prevê-se que o novo filme esteja pronto no início de 2014.

Intenção de candidatarremonta a 2001

As primeiras iniciativas visando a candidatura deram-se no ano de 2001, altura em que os municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra e outras entidades trocaram informação sobre os procedimentos necessá-rios a adoptar, no sentido de consubstanciar uma das

iniciativas do Plano Estra-tégico de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal. Em Maio de 2004, o Bem Arrábida é incluído na lista indicativa portu-guesa. O trabalho de pré-candidatura, segundo a AMRS, que conduziu à inclusão da Arrábida nessa lista, assentou na valorização da componente natural da serra.

Porém, a candidatura actual revestiu-se de um carácter mais amplo, visto não se cingir apenas aos critérios de ordem natural, contemplando assim os de carácter cultural e cultural imaterial, tendo-se trans-formado numa candidatura a património mundial misto. A zona a candidatar estende-se desde o morro de Palmela até ao cabo Espichel, em Sesimbra, numa área apro-ximada de 35 quilómetros de comprimentos por 6 quilómetros de largura.

Formada a partir de processos geológicos que remontam à era Mesozóica, a Arrábida possui testemu-nhos geológicos de uma remota ocupação humana que remonta a 500 mil anos. A cordilheira apresenta uma grande diversidade de habi-tats prioritários para a conservação, alguns deles contendo espécies amea-çadas da fauna terrestre. A área da candidatura está ainda protegida por um conjunto de instrumentos de gestão territorial no âmbito europeu/interna-cional (Rede Natural 2000), assim como por legislação nacional (Plano de Ordena-mento do Parque Natural da Arrábida e planos directores municipais dos três muni-cípios abrangidos pela área da candidatura).

Bruno Cardoso

Empreitada está orçada em 68 mil euros e aguarda pela luz verde dos fundos comunitários. Os quatro sítios selecionados estarão de cara lavada já a partir do próximo mês, aguardando o aval dos primeiros visitantes. Os sítios seleccionados já foram alvo de escavações

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1,4 milhões dão luz verde a ETAR de Alvalade Sado

A EMPRESA Águas do Alentejo vai investir mais de 1,4 milhões de euros na cons-trução de uma nova estação de tratamento de águas resi-duais (ETAR) no município de Santiago do Cacém, desta vez em Alvalade. A infra-estrutura era há muito aguar-dada pelos cerca de 2 mil habi-tantes da terra, que queriam ver melhorado o tratamento de águas residuais por ques-tões ambientais e pelo aumento da sua própria quali-dade de vida.

Em declarações ao Semmais, o vice-presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, mostra o seu agrado pelo início da obra, em Janeiro do próximo ano, e espera que esta entre em funcionamento onze meses depois, em Novembro, tal como previsto. «É uma obra muito ambicio-nada pelos alvaladenses, porque esta questão sempre foi um problema grave», afirma, por seu lado, Rui Madeira, presidente da Junta de Freguesia local.

A nova ETAR foi dimen-sionada para uma população de 2350 habitantes e o seu funcionamento baseia-se num

sistema de lamas activadas. A construção da infra-estru-tura contempla uma fase líquida, com gradagem, remoção de gorduras, entre outras, e uma fase sólida, de espessamento e desidratação mecânica de lamas. «Prevê-se que a ETAR também dê resposta aos efluentes gerados na Mimosa», acrescenta João Silva Costa, da administração da Águas do Alentejo.

Empresa investe mais de 4 milhões no município

Além deste investimento, a empresa tem em curso a construção de uma outra ETAR, no Cercal do Alentejo, e prevê arrancar para o ano com uma outra infra-estru-

tura deste género em Ermidas-Sado. No seu conjunto, os investimentos ascendem a 4 milhões de euros. Fora destas contas, ficam para já as ETAR’s de Abela e de São Domingos.

A empresa efectuou também uma empreitada de monta em Santiago do Cacém, encaminhando os esgotos da cidade para a ETAR de Ribeira de Moinhos. Com o término destas empreitadas, e com os investimentos também levados a cabo ao nível da distribuição de água em alta, o concelho de Santiago do Cacém ficará completamente dotado com infra-estruturas do género adequadas.

Bruno Cardoso

Jovens empreendedores lançam site gourmetA ADEGA&GOURMET

acaba de lançar, na Herdade da Comporta, o site criado por três jovens que apostam na comercialização de produtos de qualidade nas áreas vinícola, produtos alimentares e gourmet.

«Este evento orgulhou-nos muito, não só pela

presença de responsáveis das diferentes marcas que estarão presentes no projecto, como também por termos tido o apoio da Herdade da Comporta», refere Henrique Rosa, um dos fundadores da empresa.

O Clube de Referência na área dos Vinhos e produtos

gourmet aposta num conceito inovador que dá primazia ao que de melhor se faz no País. «Queremos dar em exclusivo aos nossos clientes um leque variado das melhores marcas nacio-nais e internacionais, com os melhores descontos», salienta o responsável.

Momento da assinatura do protocolo com o município

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ACTUAL

Alerta vermelho contra notas falsas na região

Polícia detém traficante em Grândola

Disparou sobre GNR mas anda a monte

Crítico Lauro António vai ser homenageado em Setúbal

ESTÃO a aumentar os casos de passagem de notas falsas em várias localidades da região. As autori-dades estão preocupadas, mas garantem que o fenómeno tem merecido a devida atenção. São, sobretudo, notas de 50 euros. Almada, Seixal, Barreiro e Setúbal são alguns dos concelhos onde mais recentemente foi praticado este tipo de crime.

GNR, PSP e PJ estão juntos no combate à moeda falsa e apelam à atenção dos comerciantes, as prin-cipais vítimas, em feiras, mercados e bares mais movimentados, aler-tando que sempre que alguém detecte uma nota falsa, deverá parti-cipar às forças de segurança.

Um dos últimos episódios ocorreu no Seixal, quando um indi-víduo pagou uma cerveja com uma nota de 50 euros, alegando que era o único dinheiro que possuía, deixando o comerciante descon-fiado. O homem ainda deu o troco ao indivíduo, mas acabou por lhe pedir o dinheiro de volta, devol-vendo-lho a nota. Porém, um dos

colegas acabou por ser ludibriado, vindo a alertar as autoridades, que terão identificado o suspeito, encon-trado ainda outras notas falsas no interior da sua viatura.

Agir de imediato comoforma de capturar suspeito

Em face do aparente aumento do fenómeno no distrito, fonte poli-cial alerta que «as pessoas devem procurar estar mais atentas e, sempre que se aperceberem da passagem de uma nota falsa, deverão informar rapidamente a polícia, para podermos agir de imediato e chegar a tempo de iden-tificar o suspeito».

De resto, recorda a mesma fonte, é precisamente este o «recado» que

as forças de segurança têm vindo a deixar nas várias campanhas reali-zadas, ao longo do ano, entre os comerciantes dos vários concelhos.

«Estamos preocupados, mas estamos muito atentos e apelamos aos cuidados redobrados das pessoas, sempre que alguém pague uma despesa de baixo valor com uma nota de 50 euros. É no troco que está o lucro», insiste a fonte do Semmais, admitindo que maioria das notas falsas até se detecta bem. Sobretudo, porque o papel é dife-rente e «faz outro barulho», exem-plifica, recordando que há meca-nismos mais sofisticados que permitem aferir da veracidade do dinheiro.

Roberto Dores

O DESTACAMENTO da GNR de Grândola deteve, no passado dia 18, na zona de Alcácer do Sal, um suspeito de tráfico de estupe-facientes, em flagrante delito. O suspeito, do sexo masculino, com 48 anos de idade, que reside em Santa Susana, tinha em sua posse produto estupefaciente, uma elevada quantia em dinheiro, bem como materiais relacionados com o tráfico de droga, nomeadamente cerca de 131 bolotas de haxixe, num total de 1 341 gramas, que daria para 6 745 doses individuais, mais de 4 mil euros em dinheiro e diverso material de corte e empacotamento das doses individuais.

Além da detenção do indivíduo, foram apreendidas 40 doses indi-viduais de haxixe e identificados vários consumidores quando procediam à transacção.

Na operação estiveram envol-vidos onze militares do destaca-mento de Grândola, bem como militares do Núcleo de Programas Especiais e do posto territorial de Alcácer do Sal.

O detido foi interrogado, pela primeira vez, no tribunal de Alcácer do Sal, ontem, sexta-feira.

UM AUTOMOBILISTA é procurado no distrito de Setúbal, depois de ter protagonizado um episódio insólito. O homem disparou, pelo menos, um tiro sobre um militar da GNR, que patrulhava a estrada entre Fernão Ferro (Seixal) e a Quinta do Conde (Sesimbra).

O guarda seguia de moto naquele troço, quando se deparou com um estranho comportamento do condutor, vindo a mandar o suspeito, que até obedeceu à ordem. Porém, quando o GNR se aproximou do automóvel, o indi-víduo abriu a janela, disparando sobre o militar.

Não o alvejou por muito pouco, segundo foto da GNR, já que o guarda reagiu a tempo desviando-se do projéctil. O homem fugiu a grande velocidade tendo a GNR mobilizado dezenas de elementos e montado uma verdadeira caça ao homem nos últimos dias. O veículo foi encontrado abando-nado numa zona de mato já perto de Fernão Ferro.

UM ESPECTÁCULO sobre a vida e obra do crítico de cinema Lauro António realiza-se na segunda-feira à noite, no Fórum Luísa Todi, em Setúbal, com a presença do home-

nageado e de vários artistas. Ao longo da noite são recordados momentos desde a infância à actualidade da vida de Lauro António, sem esquecer muitos pormenores que enrique-

ceram a vivência do homenageado.Maria do Céu Guerra, Lia Gama,

João Perry, Vicente Alves do Ó, Manuel Neves e António Victorino d’Almeida, entre outros, vão recordar

e partilhar memórias com Lauro António e o público. O espectáculo inclui momentos musicais com Cátia Garcia, Pedro Galveias e Hugo Rendas e ainda a estreia da representação

de “Um Monólogo do Rei Vitorioso”, escrito por Lauro António.

A noite termina com a exibição de “Manhã Submersa”, longa-metragem de 1980.

As cópias de 50 euros são as de maior circulação e os comerciantes as maiores vítimas. As autoridades pedem redobrada atenção, porque o fenómeno tende a aumentar.

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ALUGA-SE

Comerciantes são as maiores vítimas

Veículo foi visto em Fernão Ferro

Suspeito de tráfico de droga

As três policias, GNR, PSP e PJ estão juntas no combate ao problema

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Festa de Bonga assinala amizade com Adega de Palmela

Montijo dá produtos regionais Toyota apresenta nova carrinha

DE 9 a 15 de Setembro, os melhores produtos e sabores portugueses estiveram em destaque na Feira de Produtos Regionais que decorreu no Forum Montijo. Nesta inicia-tiva que pretendeu incentivar

o conhecimento do público e a venda de produtos tradi-cionais portugueses, o público encontro diversos produtos com o selo de qualidade dos produtos artesanais portu-gueses. Houve festa rija.

A CAETANO Auto, conces-sionário de Setúbal, vai estar presente na apresentação, este sábado, no Porto, da nova carrinha Auris Tourig Sports. Trata-se de um dos automóveis mais espaçosos

e versáteis da sua classe e o 1.º híbrido do seu segmento. As motorizações a gasolina ou diesel, oferecem ao cliente uma óptima economia de combustível. Está disponível a partir dos 19 365 euros.

NEGÓCIOS

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Empresa Lima Fortuna relança o mítico e verdadeiro licor Arrabidine

A Lima Fortuna inaugurou no passado dia 12 o seu espaço em Quinta do Anjo, onde o

público poderá adquirir o mítico licor Arrabidine, mas também o Bicabagaço e o Gingeira, outras

especialidades da casa. Foi graças a um financiamento, a 60 por cento, a fundo perdido, no âmbito do projecto PRODER, que a Lima Fortuna tornou realidade o seu projecto. Além de exposições, o novo espaço está receptivo a acolher reuniões e festas privadas.

Sofia Fortuna, a sócia-gerente, realçou que o apoio do PRODER foi um «óptima ajuda» para a recuperação de um antigo lagar de azeite de Quinta do Anjo e para o relançamento do licor Arra-bidine que estava um pouco ‘adormecido’ desde os anos 80. «Neste lagar estamos a relançar, através do método artesanal, a

produção e a comercialização do mítico licor Arrabidine, que nos últimos 30 anos não tem estado à venda em grande quantidade. Em 2012, o meu pai desafiou-me a revi-talizar e a partilhar, com toda a gente,

o licor Arrabidine, que é muito apre-ciado, original e de grande quali-dade», sublinhou, acrescentando:

«Não somos uma adega vitivi-nícola mas pretendemos

explorar o sector das bebidas espi-rituosas, de raízes locais e aspi-

ração internacional, que é tão importante e faz parte da herança histórica da minha família, porque o meu avô produzia estes licores».

A presidente do muni-

cípio de Palmela, Ana Teresa Vicente, marcou presença na inauguração da loja mostrando-se «deslumbrada» com um projecto de «grande impor-tância» para o concelho e para a região. «É mais um factor de criação de riqueza que, ao mesmo tempo, valoriza a iden-tidade, a história e a tradição local», sublinhou.

Segredo guardado a sete chavesO Arrabidine é um licor de fabrico tradicional desde 1834. Foi um frade do Convento da Arrábida que o começou a produzir e legou toda a fórmula à família Emídio Fortuna. Este licor natural, composto por frutos e plantas peculiares da célebre flora da Arrábida, é feito em época própria do ano, sem corantes nem aromas. Os seus ingredientes são água, álcool, açúcar de cana e bagas silvestres. 40 euros é o preço médio de um licor Arrabidine. Pode ser encontrado na loja agora aberta ao público, na Casa da Baía, em Setúbal, e na Casa Mãe da Rota de Vinhos, em Palmela.

António Luís

Amilcar Malhó, Ana Teresa Vicente, Sofia Lima Fortuna e Jorge Mares discursaram durante a abertura do espaço

A família Fortuna recuperou antigo lagar de azeite e relançou o negócio de bebidas espirituosas com tradição local

Multiopticas Grândola com nova imagem

A MULTIOPTICAS de Grândola , desde ontem, sexta-feira, dia 20 de Setembro, está a apresentar aos clientes uma nova imagem. Além da livre experimentação dos óculos aos seus clientes no interior da loja, o público pode ainda apreciar as várias novidades e preços sempre muito em conta.

Segundo o gerente Carlos Almeida, a MultiÓpticas é um dos grupos de franchising «mais sólidos» do País e a marca demonstra, desta forma, «o seu forte investimento neste sistema e a contínua aposta no empreendedorismo em Portugal».

Localizada na Av.ª Jorge Nunes, esta é uma das três lojas do casal Brígida e Carlos Almeida, parceiros da marca desde 1988, que, sob o regime de franchising, têm outros dois espaços em Setúbal, um no centro da cidade, na Rua Augusto Cardoso, e outro no Monte Belo.

Família de sucesso investe

Casa Assis Lobo lança vinho licorosoA CASA Assis Lobo, em Palmela,

lançou durante última edição da Festa das Vindimas o vinho lico-roso Lobo Ruby, à base da casta Touriga Nacional, «talvez a casta portuguesa mais famosa», sublinha o enólogo Rui Lobo.

O enólogo reconhece que há já algum tempo a empresa andava a tentar lançar este tipo de produto nas festas mais emblemáticas da região. «São festas tradicional-mente conhecidas pelo Moscatel de Setúbal e nós, como inovadores que somos, quisemos acrescentar algo diferentes a estas festas», acrescentando que se trata de um produto «fresco e o nosso primeiro vinho licoroso, um néctar que marca a diferença».

De acordo com o responsável , o Lobo Ruby deve ser consumido,

como aperitivo, ou em ocasiões festivas, como a Festa das Vindimas ou festas nocturnas. «Este novo produto foi pensado, essencial-mente, para atingir o mercado nocturno, nomeadamente bares, discotecas e jovens. É uma boa alternativa e apresenta uma boa cor para misturar nos cocktails».

O licoroso Lobo Ruby, numa primeira fase, foi lançado através de cerca de 4 mil garrafas, com colheita de 2012, e à base da casta Touriga Nacional de vinhas plantadas em Fernando Pó. Deve ser consu-mido muito fresco, entre os 12 e os 14 graus. O preço

ronda os 7 euros. «Tal como o Lobo

Doce, que teve uma boa aceitação dos consumi-

dores, este Lobo Ruby segue o mesmo caminho. Nós produzimos vinhos para agradar aos consu-

midores e não para atingir nenhum target específico»,

afirma Rui Lobo. O néctar pode ser encon-

trado, devido à quantidade de produção muito limitada, na loja

da adega, em pleno coração de Palmela. Só durante a Festa as Vindimas foram comercializadas cerca de mil garrafas. «A procura está a ser maior do que aquela que esperávamos», conclui.

António Luís

O PRESIDENTE e o enólogo da Adega Cooperativa de Palmela, José Carlos Caleiro e Luís Silva, respec-tivamente, estiveram entre os convi-dados de honra de Bonga, na festa do seu 71.º aniversário, a 5 deste mês, no restaurante Mulemba X’Angola, durante a qual o cantor apadrinhou a Cooperativa e destacou a “excelência” dos vinhos ali produzidos.

Entre os vinhos servidos durante o jantar, todos da Adega de Palmela, destaque para os Vale dos Barris

Syrah 2011, o vinho preferido do Bonga, recentemente premiado na Alemanha com uma Medalha de Ouro, e o Vale dos Barris Moscatel 2012, Branco, que, em Maio último, conquistou o título de “Melhor Vinho da Península de Setúbal”.

Durante o discurso de agrade-cimento, Bonga, assinalou a presença dos representantes da Adega de Palmela e sublinhou a “amizade” e a ligação que tem à Cooperativa vitivinícola que apadrinha.

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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALDO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES

Certifico narrativamente que, por escritura de onze de Setembro do ano de dois mil e treze, lavrada de folhas trinta e quatro e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e setenta e quatro-A, deste Cartório, CARMEN LUÍSA PAIS CAMILO, segundo declarou natural da freguesia de São Sebastião, do concelho de Setúbal, solteira, maior, como declarou, residente habitualmente na Rua Minas da Borralha, lote quinze, rés do chão C, Setúbal, contribuinte fiscal, número 220493901, justificou ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrém, do prédio rústico, situado em Brejos de Canes ou Cotovia, destinado a cultura arvense de regadio, horta, plantio de árvores, com a área de mi cento e vinte e três metros quadrados, que confronta do Norte com Rua Esteiro do Almo, do Sul com Albino Jorge Anastácio, do Nascente com herdeiros de Laurentino da Costa Pais e do Poente com Carlos Manuel Ramiro dos Reis de Oliveira Ramos e Ana Sofia Ramires dos Reis de Oliveira Ramos, inscrito na respectiva matriz cadastral sob parte do artigo 79, da secção D, da freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, constando como titular inscrito José pais (cabeça de casal da herança de). No tocante ao registo faz parte do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número mil quinhentos e cinquenta e três, de vinte e quatro de Julho de dois mil e três, da freguesia da Gâmbia, Pontes, Alto da Guerra, constando como titulares inscritos: Apresentação um, de quatro de Maio de mil novecentos e oitenta e sete – sucessão e dissolução da comunhão conjugal, por óbito de Maria Rita da Costa: José Pais, viúvo, residente em Brejos de Canes, Setúbal; Florindo José da Costa Pais, casado com Maria Luisa Cardoso de Oliveira Pais, sob o regime da comunhão de bens adquiridos, residente em Brejos de Canes, Setúbal; Laurentino da Costa Pais, casado com Julieta do Carmo Marques Gama Pais, sob o regime de comunhão geral de bens, residentes na Cachofarra, Setúbal; Fernanda da Costa Pais Camilo, casada com Francisco António Camilo, sob o regime da comunhão de bens adquiridos, residente em Brejos de Canes, Setúbal. Apresentação catorze, nove de Julho de mil novecentos e noventa e sete – transmissão de posição por óbito de José Pais: Florindo José da Costa Pais; Laurentino da Costa Pais; e, Fernanda da Costa Pais Camilo. Apresentação vinte e nove, vinte e dois de Janeiro de dois mil e três – transmissão de posição – Fernanda da Costa Pais Camilo: Carmen Luísa Pais Camilo, solteira, maior, residente em Brejos de Canes, Setúbal. Apresentação catorze, de vinte e três de Março de dois mil e sete – transmissão de posição – Florindo José da Costa Pais: Carlos Manuel Ramiro dos Reis de Oliveira Ramos, solteiro maior, residente na Rua Alves da Silva, 12, quinto esquerdo, Setúbal; Ana Sofia Ramires dos Reis de Oliveira Ramos, solteira maior, residente na Praceta Agostinho da Silva, 7, primeiro andar, Setúbal.

ESTÁ CONFORME.Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha Alves, aos onze de Setembro do ano de dois mil e treze.

O Notário,João Farinha Alves

(Lic. João Farinha Alves)

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALDO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES

Certifico narrativamente que, por escritura de doze de Setembro do ano de dois mil e treze, lavrada de folhas trinta e oito e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e setenta e quatro-A, deste Cartório, HERNÂNI DA CONCEIÇÃO SILVA, natural da freguesia de Alhos Vedros, do concelho da Moita,casado com CLOTILDE GONÇALVES MARÇALO SILVA sob o regime da comunhão de bens adquiridos, como declarou, residente na Rua Jaime Cortesão, número 18, primeiro andar esquerdo, Baixa da Banheira, contribuinte fiscal número 129073202, justificou ser dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrém, do prédio rústico, situado em Carrasqueira, na freguesia de Quinta do Anjo, do concelho de Palmela, sendo destinado à agricultura, com a área de quatro mil setecentos e oitenta e um vírgula vinte e cinco metros quadrados, composto por pomar, cultura arvense, horta, vinha, que confronta do Norte com António Joaquim da Conceição Silva, do Sul com Herdeiros de Francisco José da Luz Caleiro, do Nascente com Joaquim Alexandre Estanislau, e do Poente com caminho e Desidério dos Santos, inscrito na respectiva matriz cadastral sob parte do artigo 19, da secção D, da freguesia da Quinta do Anjo, constando como titular inscrito: Quatro barra oito avos indivisos a favor de Joaquim Alexandre Estanislau; Um barra oito avos indivisos a favor de António Joaquim da Conceição Silva; Um barra oito avos indivisos a favor de Suse Cristina Peixoto Gonçalves; Dois barra oito avos indivisos a favor de Augusto da Silva (cabeça de casal da herança de). No tocante ao registo faz parte do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela sob de o número dois mil duzentos e um, de treze de Julho de mil e novecentos e noventa e quatro, da freguesia da Quinta do Anjo, constando como titulares inscritos: Por partilha por óbito Joaquim Alexandre dos Santos, pela Apresentação três mil e vinte e três, de um de Abril de dois mil e nove: Quatro barra oito avos indivisos a favor de Joaquim Alexandre Estanislau, casado; Dois barra oito avos indivisos a favor de Augusto Silva, solteiro, maior; Um barra oito avos indivisos a favor de António Joaquim da Conceição Silva, casado; Um barra oito avos indivisos a favor de Hernâni da Conceição Silva, casado; Por sucessão hereditária por óbito de Augusto Silva, pela Apresentação oito mil cento e sessenta e três, de sete de Abril de dois mil e nove: Irene Gonçalves da Silva, viúva; Maria Luísa da Silva Teixeira Estevão, casada; João Manuel da Silva Teixeira, casado; António Augusto da Silva Teixeira Reis, casado; Paulo Alexandre da Silva Teixeira, solteiro, maior; Maria Luísa Gonçalves da Silva, viúva; António Augusto da Silva, casado; Deolinda Gonçalves da Silva, casado; Manuel Gonçalves da Silva, casado; Por doação, sujeito passivo Suse Cristina Peixoto Gonçalves, pela Apresentação dois mil seiscentos e cinquenta e dois, doze, de doze de Agosto de dois mil e treze, de um oitavo indiviso a favor de Hernâni da Conceição Silva casado sob o regime da comunhão de adquiridos com Clotilde Gonçalves Marçalo da Conceição Silva, residente na Rua Jaime Cortesão número 18, primeiro esquerdo, na Baixa da Banheira.

ESTÁ CONFORME.Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha Alves, aos doze de Setembro do ano de dois mil e treze.

O Notário,João Farinha Alves

(Lic. João Farinha Alves)

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALDO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES

Certifico narrativamente que, por escritura de treze de Setembro do ano de dois mil e treze, lavrada de folhas cinquenta e nove e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e setenta e quatro-A, deste Cartório, JULIETA DO CARMO MARQUES GAMA PAIS, segundo declarou natural da freguesia de São Julião, do concelho de Setúbal, viúva, como declarou, residente habitualmente na Rua Laura Alves, número 4, Faralhão, Setúbal, contribuinte fiscal número 105844659; CRISTINA ROSA GAMA PAIS FLORÊNCIO, natural da freguesia de São Sebastião, do concelho de Setúbal, casada com CARLOS ALBERTO ESTEVES FLORÊNCIO SOB O REGIME DA COMUNHÃO DE BENS ADQUIRIDOS, COMO DECLAROU, RESIDENTE HABITUALMENTE NA Rua de Marrocos, número 2, primeiro andar esquerdo, Setúbal, contribuinte fiscal número 180161598; e, VITOR MANUEL GAMA PAIS, segundo declarou natural da freguesia de São Sebastião, do concelho de Setúbal, casado com CARLA ALEXANDRA SOBRAL VENÂNCIO SILVA PAIS sob o regime da comunhão de bens adquiridos, como declarou, residente habitualmente na Rua António José Baptista, número 7, quinto andar direito, Setúbal, contribuinte fiscal número 176636242, justificaram ser donos e legítimos possuidores, em comum e sem determinação de parte ou direito, com exclusão de outrém, do prédio rústico, situado em Brejos de Canes ou Cotovia, destinado a cultura arvense de regadio, horta, plantio de árvores, com a área de mil cento e quarenta e seis metros quadrados, que confronta do Norte com Rua Esteiro do Almo, do Sul com Albino Jorge Anastácio, do Nascente com vala ou ribeiro de Manuel da Rosa e herdeiros, e do Poente com Carmen Luísa Pais Camilo, inscrito na respectiva matriz cadastral sob parte do artigo 79, da secção D, da freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, constando como titular do referido artigo José Pais (cabeça de casal da herança de). No tocante ao registo faz parte do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número mil quinhentos e cinquenta e três, de vinte e quatro de Julho de dois mil e três, da freguesia da Gâmbia, Pontes, Alto da Guerra, constando como titulares inscritos: Apresentação um, de quatro de Maio de mil novecentos e oitenta e sete – sucessão e dissolução da comunhão conjugal, por óbito de Maria Rita da Costa: José Pais, viúvo; Florindo José da Costa Pais, casado ; Laurentino da Costa Pais; Fernanda da Costa Pais Camilo, casada com Francisco António Camilo, sob o regime da comunhão de bens adquiridos, residente em Brejos de Canes, Setúbal. Apresentação catorze, nove de Julho de mil novecentos e noventa e sete – transmissão de posição por óbito de José Pais: Florindo José da Costa Paes; Laurentino da Costa Pais; e, Fernanda da Costa Pais Camilo. Apresentação vinte e nove, vinte e dois de Janeiro de dois mil e três – transmissão de posição – Fernanda da Costa Pais Camilo: Carmen Luísa Pais Camilo, solteira, maior. Apresentação dois mil cento e noventa e oito, de vinte e seis de Abril de dois mil e onze - transmissão de posição – Florindo José da Costa Pais: Carlos Manuel Ramiro dos Reis de Oliveira Ramos, solteiro maior; Ana Sofia Ramires dos Reis de Oliveira Ramos, solteira maior.

ESTÁ CONFORME.Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha Alves, aos treze de Setembro do ano de dois mil e treze.

O Notário,João Farinha Alves

(Lic. João Farinha Alves)

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Porto de Setúbal regista crescimento de 18 por cento nas cargas gerais

Freeport mostra banheiras artísticas

Brasileiros encantados com ‘Janela Única’do porto de SinesO PORTO de Setúbal

registou, em valores acumu-lados até Agosto do corrente ano, um crescimento de 18 por cento na movimentação de carga geral, em comparação com o mesmo período em 2012. No global, foram atin-gidos no segmento cerca de 2,5 milhões de toneladas.

É de realçar o aumento de 23 por cento na carga geral fraccionada, com 1,9 milhões de toneladas, e de 14 por cento nos contentores, com 41,4 mil TEU.

Neste período, os maiores impulsionadores do cresci-mento da movimentação de carga no porto de Setúbal, que

já cresce 3 por cento em acumulado, face a 2012, foram o Terminal Multiusos Zona 1, com um crescimento de 11 por cento, e o Terminal Multiusos Zona 2, com um crescimento

de 16 por cento. Por produtos, lideram o crescimento, os produtos metalúrgicos, com 33 por cento, as madeiras, com 19 por cento, e o cimento ensa-cado, com 18 por cento.

‘REBATH’ é a nova expo-sição do Freeport de Alco-chete. Fruto de desafio lançado ao colectivo de artistas RAF*SOF Cool Active, do Mercado Urb, a exposição materializa-se em 7 banheiras

vitorianas, reinterpretadas artisticamente, e que se podem encontrar nas várias áreas públicas do centro. Temas tão diversos como a união infinita, a purificação do corpo e da alma, a azule-

jaria tradicional portuguesa do século XIX ou a emanci-pação da classe média, são algumas das inspirações das peças apresentadas no Free-port. Para ver até final de Outubro.

O PORTO de Sines recebeu, no dia 16, a visita de uma delegação de repre-sentantes da secretaria de portos da presidência da República do Brasil e do Instituto Virtual Interna-cional de Mudanças Globais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com o objec-tivo de conhecer o funcio-namento desta infraestru-tura portuária.

No Brasil está ser imple-mentado o projecto “Porto sem Papel”, que pretende aplicar o conceito de “Janela Única”, um sistema que já está em pleno funciona-mento no porto de Sines desde há alguns anos e é visto como sendo de «última geração». Por outro lado, a preocupação com o meio ambiente tem sido uma prática constante desde o início de actividade do porto de Sines, assegurada pela obtenção de certificações

internacionais, e por isso, outro motivo de interesse por parte dos visitantes.

Esta visita, enquadrada pela Associação Empresa-rial de Portugal, contou com a participação do Director do Departamento de Revi-talização e Modernização Portuária da SEP/PR, de elementos do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre outros.

Portucel apoia museu do papel

O GRUPO Portucel Soporcel e o município de St.ª Maria da Feira assi-naram, recentemente, um protocolo para a concepção, produção e montagem de uma expo-sição permanente no Museu do Papel Terras daquela cidade, subordi-nada ao tema “Da Floresta ao Papel”. A mostra, que abre em 2014, será parte integrante do percurso expositivo permanente do museu e visa dar a conhecer o ciclo susten-tável da produção de papel e mostrar a história das indústrias de pasta e papel em Portugal. Para Ana Nery, do grupo, o acordo visa «promover a preservação e valori-zação da floresta nacional».

Brasileiros em reunião

As cargas gerais no porto de Setúbal estão sempre a crescer

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Vindo da histórica cidade de Silves para as fileiras do clássico Vitória de Setúbal,

José Felix Mourinho fez época, de crescente realce, ao serviço dos sadinos.

Hoje setentão, de bom espírito, naturalmente orgulhoso do seu descendente directo, o “mister one”, José Mourinho, acumula razões de euforia porque o seu neto José Mário, de 14 anos, também guarda-redes como o avô, acaba de encetar carreira a sério como futebolista, integrando-se no típico Fulham, clube londrino que tem sabido sempre suportar condignamente a sua condição secundária em relação ao Arsenal, Chelsea, Totte-nham e Q.P.R., de denso historial britânico.

O adolescente José Mário, espi-gado e de calculável cultura despor-tiva, propõe-se completar uma trilogia de elogiável afectação ao futebol. Com 14 anos tem muito a aprender e a dar que falar como Mourinho III ou simplesmente José Mário. A caminho dos 15 anos, o novo “craque” do Fulham continua a crescer e vai ser mais alto do que seu Pai e Avô, o que para um guarda-redes dá muito jeito…

Esta sequência de gerações no âmbito do futebol de competição não é muito frequente e daí a escolha do tema para mais uma crónica no “Semmais”.

Que nos lembre, a sucessão de maior vulto no nosso Portugal ocorreu há perto de 4 décadas com João Alves, talento benfiquista, de magnífica carreira profissional, neto de um bom jogador de Alber-garia-a-Velha que jogava de luvas pretas, inspirando o seu neto João a imitá-lo.

No “Alba” o avô João não atingiu elevada bitola de qualidade

mas o seu neto, esse sim, jogador de topo, no Benfica, no Salamanca, no Paris St. Germain e nas Selec-ções nacionais desde os juniores (1971) até aos “AA”, com repetidos realces exibicionais.

Já o bisneto, filho do “Luvas-pretas” nº 8, não conseguiu sucessão condigna, passando quase despercebido.

No âmbito do Distrito de Setúbal, de maior impacto edito-rial, podemos evocar a continui-dade futebolística do neto de Justino, um bom “keeper” ao serviço do Varzim, na 1ª Divisão, orgulhoso do seu descendente Luís, geniquento defesa-lateral do G.D. Sesimbra, agora ao nível dos “Regionais”.

Haverá, por certo, outras situ-ações similares e que não temos cabal conhecimento mas que, segu-ramente, não se aproximam do impacto noticioso relativo ao juvenil do Fulham F.C., o promissor José Mário.

No seu pacato reduto de Aires, às portas de Setúbal, tenho a certeza do júbilo do avô José Felix pelas notícias que lhe chegam, do Tamisa até ao Sado.

Resta-nos formular convictos desejos de que resulte bem a expe-riência do iniciado José Mário na baliza do Fulham, aproveitando bem os calculáveis conselhos de seu Pai.

E muito à britânica, procla-memos o que se afigura lógico: Wait and see.

Há que dar tempo ao tempo e o Mourinho III ainda não completou 15 anos de idade.

Mais de um milhar no III Pedalar pela natureza em Alhos

MAIS de um milhar de parti-cipantes são esperados no III Setúbal Bike Tour, passeio de cicloturismo a realizar a 6 de Outubro, num percurso urbano de descoberta da cidade, este ano mais abrangente, com

inscrições já a decorrer. A iniciativa, organizada pelo terceiro ano consecutivo pelo município e pelo núcleo de BTT de Vila Fresca, tem início às 9 horas, com concentração na Praça de Bocage.

“PEDALADA na Natureza Noturna II”, com partida do Moinho de Maré, em Alhos Vedros, é o título da acção que decorre este sábado, às 21 horas. O percurso tem cerca de 20 quilómetros e passa por

Moinho de Maré, Morçoas, Arroteias, Barra Cheia, Moita, Quinta da Fonte da Prata e Moinho de Maré. Este passeio de bicicleta, que se insere no Programa NaturalMoita, é gratuito para todos.

DESPORTO

Sábado //21 . Set . 2013 //

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David SequerraColaborador

A geração Mourinho

«Revelámos o segredo das ondas no Tejo para promovero concelho do Barreiro»

Está em alta o surf na praia fluvial do Bico do Mexilhoeiro, na histórica zona de Alburrica,

à boleia das ondas urbanas propor-cionadas pela passagem dos ferries que fazem a travessia entre o Barreiro e Lisboa. A Gasoline, a Associação Cultural e Desportiva, que adoptou o nome dado às ondas, começou a dar aulas a partir do zero. O que é a prancha. Como se transporta debaixo do braço. O que são as quilhas (barba-tanas da prancha). Como se veste o fato isotérmico.

No interior de um moinho, cedido pela autarquia e que é o edifício sede da Gasoline, a teoria é explicada pelo presidente Ricardo Carrajola, até as condições para surfar começarem a estar «no ponto». É pelas quatro da tarde, em dias de vazante e com os catamarãs a entrarem nas chamadas horas de ponta - com aumento de velocidade e a frequência nas ligações - que os surfistas se fazem ao rio.

Quando é que descobriu que era viável fazer surf no Tejo com as ondas proporcionadas pela passagem dos catamarãs?Vim para aqui há dez anos, com uns amigos, estudar isto. Repa-rei que em determinadas horas, quando a maré descia, a passa-gem dos barcos dava ondas que pareciam uniformes e boas para surfar. Experimentei e foi es-pectacular. Vimos logo que ha-via potencial.

Mas guardou segredo porquê?Esperámos pela evolução das coisas até estarem reunidas to-das as condições para a práti-ca do surf. Guardámos segredo durante dez anos, mas quise-mos promover o Barreiro e há cerca de um ano decidimos di-vulgar as ondas no Tejo. A par-tir daí a praia de Alburrica pas-sou a ser muito procurada e que-remos que venha mais gente.

Até já temos as aulas para prin-cipiantes carenciados, como for-ma de todos poderem praticar surf.

Para haver condições para o surf basta a passagem dos ca-tamarãs?Não, mas é essencial. Os ban-cos de areia também são impor-tantes para a onda perfeita. São os fundos que mandam para se conseguir uma vaga com meio metro - cerca de um metro e se-tenta, em linguagem corrente – que permite surfar entre 150 a 200 metros para os dois lados.

Que outras condições têm que estar reunidas?É preciso que quando os bar-cos passam, nas horas de pon-ta, haja baixa-mar, já que fora desses períodos andam a uma velocidade mais reduzida e não proporcionam ondas. Se nas ho-ras de ponta tiveram enchente, as ondas só rebentam na areia. É por isso que estamos muito limitados. Já cá têm vindo pes-soas, que esperaram uma sema-na e não tiveram ondas. Quan-do está bom, dá para fazer 15 a 20 ondas, enquanto numa praia normal se fazem sete ou oito.

Já aqui trouxeram alguns no-mes do surf?Já tivemos o Nicolau Von Ruup, o Diogo Appleton, Tomás Valen-te, Marcos Anastácio. Adoraram isto, mas quando lhes contei o que tinha aqui nem acreditaram na qualidade da onda. Tiverem mesmo de ver para crer.

Ricardo Carrajola, presidente da Gasoline

É um Projecto arrojado que aposta num Tejo para surf de qualidade, movido pelas ondas dos catamarãs. O seu mentor, Ricardo Carrajola, explica o potencial e os ‘segredos’ deste novo desafio.

Roberto Dores

Seixal lançou 1.ª pedra de importante projecto desportivoFOI LANÇADA no passado dia

16, a primeira pedra da recuperação do Estádio do Bravo - construção do campo relvado Municipal - e ampliação do Centro de Estágio e Formação do Sport Lisboa e Benfica, na Av. Carlos Ribeiro, Seixal. A inicia-tiva surgiu no âmbito do protocolo que foi assinado entre o município e o Benfica, no passado dia 28 de Junho, que irá permitir ampliar o Centro de

Estágio – Caixa Futebol Campus e criar um estádio municipal.

Com a concretização deste proto-colo, o Centro de Estágio do Benfica é dotado com mais dois campos que lhe permitirão maiores valências na formação e melhores condições de treino para as suas equipas e o muni-cípio passa desta forma a contar com mais um campo de treino e um estádio municipal, o que permitirá melhores

condições para a actividade despor-tiva das colectividades do concelho, nomeadamente do Seixal Futebol Clube.

Desta forma, o Benfica irá entregar à autarquia, após obras de recupe-ração, o antigo Estádio do Bravo e as infraestruturas que o servem, composto de recinto desportivo com campos de jogos, bancadas e balne-ários.

Por sua vez, o município irá dispo-nibilizar uma área para equipamentos desportivos com 35 500 metros quadrados, sendo que destes, 25 mil

serão cedidos ao Benfica para a cons-trução de dois campos de treino e respectivas infraestruturas, permi-tindo o alargamento do Centro de Estágio. No terreno remanescente, o Benfica irá construir um campo de futebol e respectivas infraestruturas que serão entregues à Câmara e que será utilizado também para a formação e actividades desportivas dos mais jovens.

Ricardo Carrajola

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Projeto VAIVÉM da SEIES

Campanha está a conquistar a população

Em pouco mais de uma semana, o projeto VAIVÉM, promovido pela SEIES está a conseguir atingir os seus obje-tivos e metas. A rede de outdoors, mupis e painéis em transportes públicos está concluída e bem visível em todas as zonas urbanas da cidade de Setúbal, cumprindo-se assim uma das fases da iniciativa que conseguiu juntar mais de três dezenas de homens ligados a diversas áreas de atividade e com reco-nhecimento público em defesa da luta contra a violência

doméstica. Nas redes sociais, nomeadamente no Facebook, a aceitação, apoio e incentivo têm chegado de homens e mulheres interessados em combater o flagelo. Os ‘likes’ no face já há muito que ultra-passaram o milhar e a tendência é para avolumarem-se a cada ‘gosto’. Neste caderno especial, apresen-tamos o conceito e a sistema-tização do projecto que pretendemos fazer chegar a mensagem a cada lar e a cada cidadão/cidadã da cidade sadina.

Página 3

Tudo sobre a campanha de rua que está disseminada por toda

a cidade de Setúbal.

Página 4

Entrevista com Joana Silva, coordenadora do Projeto

VAIVÉM

Página 3

Seis depoimentos sobre uma campanha inédita e inovadora que quer deixar a sua marca.

Página 3

Confirme os nomes das personalidades que ‘deram a cara” pelo projeto VAIVÉM

A SEIES e o projeto Vaivém

A Sociedade de Estudos e Inter-venção em Engenharia Social – SEIES, é uma cooperativa

que desenvolve trabalho de inter-venção social desde 1980, sempre no direto com as pessoas, as insti-tuições, nos grupos, nos bairros.

Desde a fundação da SEIES que a equipa trabalha sobretudo para a promoção da cidadania ativa e da igualdade entre mulheres e homens. A aposta maior é na valo-rização das pessoas, no trabalhar em conjunto para potenciar capa-cidades e competências e no estí-mulo à participação nos pequenos grupos, nas organizações e na comunidade.

O desenvolvimento da ativi-dade e projetos da SEIES realiza-se em diferentes áreas, desde a promoção da igualdade de género e prevenção da violência domés-tica, prevenção do absentismo e do abandono escolar, empreen-dedorismo, desenvolvimento local, formação, desenvolvimento pessoal e social, inclusão social, empre-gabilidade, entre outras.

Atualmente, e desde 2007, a SEIES tem a coordenação execu-tiva do Centro de Cidadania Ativa, em Setúbal (junto ao largo da Fonte Nova) onde muitas pessoas se cruzam todos os dias porque desejam contribuir para uma cida-dania criativa e de entre-ajuda ou, simplesmente, porque querem aprender ou ensinar inglês, culi-nária, informática, croché, etc. ou

ter livre acesso à internet e aos jornais diários.

Na área da prevenção e deso-cultação da violência e da violência doméstica, a SEIES tem desenvol-vido diversos projetos no território de Setúbal desde 2006, tendo alar-gado recentemente a sua inter-venção também ao concelho de Palmela.

O projeto Vaivém Contra a Violência Doméstica, no qual se insere a presente campanha, dispõe de um serviço de atendimento e acompanhamento descentralizado a vítimas de violência doméstica e famílias, facilitando o acesso à informação e serviços, com cober-tura de parte das zonas anterior-mente a descoberto dos concelhos de Setúbal e Palmela.

Todos os projetos que a SEIES promove de prevenção e combate à violência doméstica têm uma componente pedagógica para

impulsionar movimentos de mudança sobre o significado social da violência na família, quase sempre associada à forma como as mulheres e os homens são vistos nas relações de inti-midade.

As mudanças de facto exigem uma concertação generalizada, pois há muitas dinâmicas de resis-tência e de conformismo. Apesar das evoluções das mentalidades, das políticas e das leis, a mudança necessária demora a fazer-se sentir. Morrem em Portugal, todos os anos, entre 30 a 40 mulheres vítimas de homicídio nas relações de intimi-dade.

A presente campanha pretende ser mais um passo para a afirmação deste novo paradigma, que depende em grande medida da subversão gradual dos códigos e padrões insti-tuídos e do envolvimento da socie-dade inteira.

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O projeto VAIVÉM CONTRA A VIOLÊNCIA, promo-vido pela SEIES e finan-

ciado por POPH-QREN, acaba de lançar a campanha “HOMENS DE SETÚBAL CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA”, numa ação inédita de sensibilização contra este tipo de violência.

É já bem visível nas ruas da cidade esta campanha, que reúne vários homens de Setúbal, repre-sentantes de várias áreas de ativi-dade e com laços fortes à comu-nidade, que generosamente “deram a cara” contra o crime de violência doméstica, afirmando claramente a sua posição de combate a este fenómeno. Esse combate atra-vessa idades, profissões, posições sociais, credos ou culturas, sendo um elo comum entre homens tão diferentes, mas unidos neste gesto de repúdio.

Envolver exclusivamente homens e rapazes nesta campanha contra a violência doméstica é fazer passar a mensagem de que o combate à violência doméstica não é apenas uma luta de mulheres, nem contra os homens. Querer uma socie-dade mais justa e igualitária é um desejo comum.

Na verdade, esta remete-nos até para uma recomendação do Comité de Ministros do Conselho da Europa aos Governos dos Estados membros para “que enco-rajem a participação ativa dos

homens nas ações que visam combater a violência contra as mulheres (…)”. Pois só todos juntos, homens e mulheres, podemos realizar uma mudança de menta-lidade e de comportamento na nossa sociedade, contribuindo para uma nova visão sobre as rela-ções entre homens e mulheres, que não perpetue a violência nem os estereótipos sobre a masculi-nidade.

Na campanha agora apresen-tada, há um gesto coletivo de repúdio contra a violência domés-tica, numa nova e forte atitude de compromisso, que se pretende partilhar e espalhar por todo o concelho e para além dele, envol-vendo o maior número de pessoas.

Assim, esta campanha apela a todos e todas que se juntem a

A originalidade da campanha dá reflexão

Exemplo ao fãs Projeto VAIVÉM em força nas ruas e redes sociais para unir todos contra este flagelo socialA origi-

nalidade da campanha, pelo facto de ser protagoni-zada por ho-mens, normal-mente ausen-tes nestas iniciativas, foi um elemen-to motivador. Contudo, o que mais pesou foi a oportunidade de poder contribuir para a chamada de aten-ção para uma realidade quotidia-na, profundamente chocante, pela gravidade, por ser tão lesiva da dig-nidade humana e com repercus-sões imediatas e duradouras nos destinos pessoais e colectivos.

O efeito da originalidade da campanha (pelo inesperado) pode-rá promover a reflexão individual e colectiva, através de conversas e comentários informais. Provavel-mente, a visibilidade social desta te-mática poderá sair reforçada, au-torizando outros homens (nome-adamente os que estão ligados ao ensino) a considerarem que este as-sunto também lhes diz respeito e que não se restringe às mulheres.

As reacções imediatas têm re-forçado a estranheza por ter ape-nas homens como protagonistas. A temática, só por si, tem dado lu-gar à partilha de narrativas sobre vivências pessoais e profissionais neste domínio, desocultando-as do universo privado e rodeado de ver-gonha e dor.

*Professor e Sub-Directorda Escola Superior de Saúde do IPS

Tentar ser mais uma voz a condenar e alertar para tal situação.

Q u a l -quer pessoa pública ou com algum mediatismo como é o meu caso, tem seguidores e aproveito o facto para dar um bom exemplo e ser uma referência.

Muito boas...

*Músico

O facto de ser uma ini-ciativa de mo-bilização das pessoas a uni-rem-se para um problema que existe no seio da nossa comunidade.

Dado ser uma pessoa sempre ligada ao colectivismo e conhecer bem a cidade onde vivo espero po-der ajudar outros homens a perce-ber que este problema tem de ser er-radicado da nossa comunidade.

Algumas pessoas já me pergun-taram muito sobre a campanha per-guntando onde podem colaborar, isso demonstra que as pessoas da nossa comunidade estão atentas ao que se faz em prol do mais próximo.

*Empresário de Hotelaria

António M. Marques*a)

O que o motivou a aceitar o convite

para participar na campanha

“Homens de Setúbal Contra a Violência

Doméstica”?

b) Na sua opinião,

que efeitos podem repercutir na

sequência da sua participação nesta

campanha?

c)Que reações de

outras pessoas (à sua participação ou

à própria campanha) já testemunhou?

Depoimentos em direto

A campanha contou com um conjunto de homens que representam várias áreas de atividade e com fortes laços à comunidade, os quais deram generosamente “a cara”, afirmando a sua posição de combate ao flagelo.

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Mobilizar a população

António M. Marques*

Jorge Nice*

João Ferreira (LETA)*

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este movimento coletivo, tornando-o cada vez maior e fazendo ecoar de forma mais forte

este “Dizemos Não”, para que seja cada vez menos tolerada a violência doméstica.

O fator masculino é inovador e realista

A coragem das vítimas e apoio das autoridadesProjeto VAIVÉM em força nas ruas e redes

sociais para unir todos contra este flagelo social

Participantes da campanha “Homens de Setúbal contraa violência doméstica”Legenda da foto (da esquerda para a direita)

O facto de ter sido proposto pela SEIES é logo um ponto a favor para aceitar parti-cipar. Pelo que vou conhecendo, vão fazen-do um bom trabalho na teia so-cial da nossa cidade. Depois, se-rem os homens a dar a cara pelas mulheres é inovador e realista, dei-xa mais claro que a Violência Do-méstica diz respeito a todos nós.

De certeza, este tema deixa de ser tabu e passará a ser abor-dado nas conversas do dia-a-dia, como algo real, da nossa vizinhan-ça, e não apenas dos filmes. Por-ventura, um maior à vontade, da parte das vítimas, em falar com algum de nós. O difícil vai ser fa-zer a mudança de famílias onde há violência, para corações don-de brote a paz: só mesmo com gran-des milagres.

Tenho recebido palavras de orgulho e alegria por verem o seu Padre aí nos Autocarros e nas Ruas numa campanha de dignificação das mulheres. No Facebook tam-bém: assim que partilhei a foto co-meçaram a chover os likes. Eu não estava à espera de tantas reacções e tão positivas. Algumas pessoas disseram que alguns estão com “cara de mau”... Mas quem vê ca-ras não vê corações!

*Padre

O fato de desempenhar a pro-fissão de investigador criminal na área de Violência Doméstica. Estar por dentro de tal flagelo e ter conhecimento direto de inú-meras situações graves, com que diariamente lidamos. Forma de manifestar o repúdio total por tais práticas, contribuin-do assim para uma maior sensi-bilização da sociedade, um aler-ta no fundo, no sentido de a cur-to prazo se conseguir uma dimi-nuição significativa e sustentada dos crimes de Violência Domés-tica.

O reconhecimento por par-te da população em geral de que há por parte das forças de segu-rança uma preocupação e deter-minação inequívocas de contri-buir de forma decisiva no com-bate a tal flagelo. A coragem das vítimas em de-nunciar as agressões de que são alvo, sejam elas físicas psicológi-cas ou outras, na certeza que as forças de segurança (no caso con-creto o Núcleo de Investigação e de Apoio e de Investigação a Viti-mas Especificas – (NIAVE) do Co-mando Territorial da GNR de Se-túbal) estarão sempre disponíveis para as apoiar, proteger e enca-minhar, desmistificando mitos que ainda prevalecem e as impedem de denunciar a situação em que vivem. A certeza de que encontrarão sempre uma resposta adequada à sua situação por parte dos mi-litares que integram o NIAVE, aos

quais foi ministrada formação es-pecífica para lidar com o fenóme-no da Violência Doméstica.

As reações têm sido bastan-te positivas, principalmente jun-to das pessoas mais próximas dos militares que participaram, bem como através dos familiares. Pon-tualmente houve algumas abor-dagens na via publica feitas por pessoas anónimas que nos reco-nheceram e entenderam manifes-tar o seu apreço por tal iniciativa. Nota-se que a campanha é con-siderada inovadora, com uma men-sagem simples mas muito objeti-va, que vai ao encontro da sensi-bilidade dos cidadãos de uma for-ma geral.

*Investigador do NIAVE/GNR**Chefe do NIAVE/GNR

Nota:As respostas à primeirae terceira questão são daresponsabilidade de João Tapadinhas. Luís Pereira respondeu à segunda questão.

1. Gregório Mendes Tavares |Grupo de batuque Rinka Finca 2. Fernando Miguel Savedra Ramos |Estudante 3. Miguel Alves |Padre 4. António Manuel Marques |Professor e Sub-Director da Escola Superior de Saúde do Instituto Politéc-nico de Setúbal 5. Manuel Frederico Lourenço Pacheco Ferreira |Magistrado do Ministério Público 6. Nuno David | Artista Plástico/Pintor 7. Constantino Gonçalves Alves |Padre 8. Mário da Silva Moura |Médico 9. Eugénio José da Cruz Fonseca |Professor e Presidente da Cáritas Portu-guesa 10. Rúben Alexandre S. Carapinha |Estu-dante 11. Viriato Soromenho-Marques |Professor Universitário 12. Raúl Manuel Tavares Pereira |Jornalista e membro do Movimento Pró-Asso-ciação dos Homens contra a Violência 13. José Manuel Palma |Professor e membro do Movi-mento Pró-Associação dos Homens contra a Violência 14. Vasco Caleira |Técnico de inter-venção social e sócio da Cooperativa SEIES 15. José Maria dos Reis Dias |Encenador e membro do Movimento Pró-Associação dos Homens contra a Violência 16. António José Serzedelo S. Marques |Presidente da Associação Opus Gay 17. Jorge Nice |Músico 18. Anil Samarth |Professor 19. João Paulo Martins Ferreira (Leta) |Empre-sário da hotelaria 20. Manuel Jorge de Oliveira Biscaia (Manuel do Rapa) |Pescador 21. António Augusto Tavares Resende (Espanhol)| Empre-sário da hotelaria 22. Rui David|Músico 23. João Grilo Tapadinhas |Militar da GNR 24. Luís Miguel Pereira |Militar da GNR 25. António Sebastião Areias |Diretor cooperativo 26. José Maria Ribeiro Guimarães |Agente da PSP 27. Tiago João Correia Lopes | Treinador de Judo 28. Hugo O’Neill | Consultor Financeiro 29. José Ferro dos Santos | Empresário da hotelaria 30. Rogério Carlos Chora |Artista Plástico/Pintor 31. Pedro José Alves Marques |Escultor

Outdoors espalhados pela urbe

Envolver homens e rapazes nesta campanha é passar a mensagem de que o combate à violência doméstica não é apenas uma luta de mulheres. Os “mupis” compõem a rede

Conheça nestas páginas mais sobre a campanha, o que pensam os homens que nela participaram, mais sobre o projeto Vaivém e sobre a SEIES. Visite ainda a página de Facebook da campanha, criada para reforçar este compromisso coletivo e este apelo, para que todos e todas façam “gosto” e ajudem a divulgar a iniciativa. Nesta grande onda coletiva, cada um/a de nós tem um papel fundamental. Os seus gestos contam! Junte-se a estes homens de Setúbal e DIGA NÃO à violência doméstica. Contamos consigo!

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Miguel Alves* João Tapadinhas* Luís Pereira**

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Projecto: Promotor: Financiado por:

Como surge a campanha “Homens de Setúbal Contra a Violência Do-méstica”? A campanha foi criada pela equipa e instituições parceiras do projeto VAIVÉM Contra a violência, um pro-jeto que a cooperativa SEIES está a promover e que foi financiado pelo POPH-QREN até dezembro próxi-mo. O projeto propriamente dito nasce da necessidade de prestar in-formação e apoio a pessoas que são vítimas de violência doméstica, le-vando a equipa até às pessoas que têm dificuldade de chegar até nós – pela escassez de transportes pú-blicos nos territórios rurais de Se-túbal e Palmela e porque muitas ve-zes estão controladas ao minuto em todos os passos que dão. Estar per-to facilita.Como todos os projetos de inter-venção social que concebemos nes-ta área, o VAIVÉM inclui também atividades de prevenção comuni-tária para sensibilizar, fazer falar so-bre o problema e, de preferência, contribuir para ir pondo em causa a mentalidade que permite e tole-ra a tortura familiar a que muitas pessoas estão sujeitas diariamen-te. Isto porque, este grave proble-ma tem raízes muito antigas, está generalizado, e o grande antídoto é trazê-lo para a luz do dia, quebran-do a lei do silêncio e das 4 paredes onde habitualmente se esconde.

Quais são os objetivos e metas de-finidas com a iniciativa?O grande foco é derrubar o estere-ótipo da violência doméstica ser um assunto de mulheres e contra os ho-mens. Atualmente, nem todas as mu-lheres e homens aceitam permane-cer encerrados neste binómio mu-lher-vítima/homem-agressor, em que dela se lamenta a “pouca sor-

te” e dele se justifica o machismo, o ciúme, a fúria e o descontrolo. A campanha “Homens de Setúbal Contra a Violência Doméstica” é um manifesto na 1ª pessoa de 31 ho-mens que, dando a cara e o seu nome pela iniciativa, afirmam corajosa-mente que não estão dispostos a ig-norar este problema, não pactuam, se preocupam e agem para contra-riar estereótipos. Se resultar como previmos, a cam-panha provocará uma onda de ade-são de muitos homens e mulheres setubalenses e fará crescer a sua in-dignação e intolerância à violência nas relações de intimidade, na fa-mília, no namoro.

Estamos a falar de dar visibilidade a esta luta que é comum a todos nós, que meios serão utilizados para além dos outdoors?A campanha colocou esta imagem de grupo na rua em meios de gran-des dimensões mas prevê-se tam-bém, numa segunda fase, a distri-buição de cartazes e folhetos de sen-sibilização. Está já a circular pela cidade no vidro traseiro de 5 auto-carros e prevê-se que venha a cir-cular também nos comboios da CP. Alguns participantes foram convi-dados a dar o seu testemunho e pre-vê-se ainda algumas sessões de apre-sentação e esclarecimento com gru-pos de jovens em escolas. Neste mo-mento estamos na fase de divulgação da campanha pelos meios de comuni-cação locais – jor-nais, rádio e TV on line.A grande novidade é que as reações do público à campa-nha estão a fazer-nos ir mais longe do que previmos. Mui-to em breve iremos iniciar uma nova ação concebida já após o lançamento da campanha, que nasceu das opiniões que as pes-soas têm manifestado no facebook e de várias outras reações que nos vão chegando. Muitas pessoas perguntam se a cam-panha é só um apelo aos homens e como podem contribuir se não fo-rem setubalenses. Ora todas as cam-panhas têm objetivos pré-definidos e também o público a que se desti-nam. No caso desta campanha, o melhor que poderia acontecer era que as pessoas quisessem também juntar-se ao grupo dos 31. Temos medido o seu impacto pela quan-tidade de “provocações” que estão a surgir, sendo todas bem-vindas porque nos desafiam a ir mais lon-ge e demonstram que há muitas pes-

soas, homens e mulheres, mais jo-vens e menos jovens, de Setúbal e de outros lugares, que desejam ma-nifestar-se também. Na verdade, to-dos/as somos importantes quan-do “dizemos não” e todos os nãos contam para fazer o que é preciso.

De que ação se trata?A partir da próxima semana iremos convidar as pessoas, individualmen-te ou em grupo, homens e mulhe-res de todas as ida-des, em família, num grupo de amigos, de colegas, entre vizi-nhos, como quise-rem… a tirarem fo-tos e enviarem para o e-mail [email protected] , onde aparecem de corpo inteiro, segurando um cartaz ou uma simples folha de pa-pel com a frase “DI-ZEMOS NÃO” e a localidade onde se encontram. Estas fotos serão pu-blicadas na página de facebook da campanha, tornando cada vez maior e mais forte esta corrente de gente que quer e pode ter voz.

Que instituições apoiam a cam-panha “Homens de Setúbal Con-tra a Violência Doméstica”? A iniciativa conta com a parceria da

APAV, da Rede Euro-peia Anti-Pobreza e das autarquias de Se-túbal e Palmela. A campanha foi finan-ciada no âmbito do projecto VAIVÉM pelo POPH/QREN.Os homens partici-pantes foram convi-dados a título pesso-al, mas vários estão ligados a instituições e empresas que apoiam igualmente a campanha.

Como foi o making off desta cam-panha e quanto tempo durará?A campanha foi pensada durante cerca de um ano e não foi um pro-cesso fácil. Tínhamos a tarefa de es-colher 35 homens, entre todos os setubalenses, que representassem várias áreas de atividade e que fos-sem próximos de vários grupos da população. Não queríamos figuras que todos já tivessem visto na tele-visão mas sim pessoas que fossem conhecidas e próximas das gentes da terra, acessíveis.Começou por ser uma lista bem maior, que fomos encurtando até achegar a um top 35. Praticamen-te todas as pessoas que convidá-mos aceitaram participar. A lista foi

sendo construída na SEIES com a colaboração das instituições par-ceiras que integram o projeto, e tam-bém com sugestões de familiares e amigos/as que nasceram e cresce-ram aqui. É uma campanha de se-tubalenses e para setubalenses por-que a proximidade gera reconhe-cimento e maior impulso para a dis-cussão do problema, que é o que propomos. No entanto, a ideia era que isto se replicasse em várias ci-

dades e vilas do país com os rostos “lá da terra”. Por Setúbal vai ficar até Novem-bro.

Que ideia se pode ter atualmente da dimensão do fenó-meno em Setúbal e no distrito?Setúbal é há vários anos o 3º distrito do nosso país com

maior nº de casos conhecidos de violência doméstica, incluindo os mais graves que culminam em ho-micídio. De acordo com o Obser-vatório das Mulheres Assassinadas (UMAR), no primeiro semestre des-te ano já foram assassinadas em Por-tugal 20 mulheres, 3 delas no dis-trito de Setúbal.

De que forma é que a questão do desafio aos homens é relevante no combate ao fenómeno da violên-cia doméstica?Pensamos que o combate à violên-cia doméstica tem necessariamen-te de passar por esta etapa. Pela afirmação coletiva, e não apenas individual ou de exceção, de ho-mens que repudiam esse compor-tamento e que assumem que é pre-ciso haver uma mudança. Que se envolvem com coragem, dando a cara perante outros homens que conhecem, sem o receio de se mos-trarem como “homens diferentes” que olham para si próprios como veículos de mudança e não como meros peões de uma cultura de agressão. Penso que muitos mais aceitariam juntar-se ao grupo dos 31, em Se-túbal e noutros lugares, porque são cada vez mais os que já não se re-veem nos estereótipos masculinos habituais.Dar eco à voz desses homens é con-tribuir para o contágio e propaga-ção dessa posição, fazendo mais ho-mens juntar a sua voz, sem medo de quebrar as regras “do clube”. Às vezes basta um gesto simples e cla-ro na nossa vida pessoal para con-tribuirmos com o nosso “Não”. As maiores mudanças parecem come-çar sempre nos pequenos forma-tos.

Podemos aferir que a população em geral tem estado alheada des-ta realidade ou há cada vez mais uma preocupação generalizada?Este é um problema que, durante décadas, não foi assunto. A violên-cia doméstica era algo que todas as pessoas sabiam que existia, que tes-temunhavam ou que viviam em si-lêncio. Essa mentalidade ainda exis-te porque houve sempre uma cul-tura de normalização e branquea-mento da violência íntima, como podemos encontrar no conhecido provérbio “Entre marido e mulher, não se mete a colher”. E lembro-me que em miúda era mesmo assim. Havia vários vizinhos que espan-cavam regularmente as mulheres e os filhos (alguns eram meus ami-gos e por vezes fugiam lá para casa). E meter a colher era mesmo um ato muito corajoso, quase sempre da mesma pessoa, um senhor lá da rua que ia bater à porta para acalmar aqueles maridos que já tinham ido “longe demais”. Nunca me lembro de alguém ter chamado a polícia.Hoje as coisas estão já um pouco diferentes, a violência doméstica é considerada um crime público des-de 2000 e isso quer dizer que po-demos e devemos meter a colher. Existe atualmente um maior repú-dio e intolerância sociais relativa-mente ao fenómeno - os media têm contribuído para isso também, dan-do eco aos números de casos de vio-lência doméstica no nosso país e relatando sobretudo as situações de homicídios conjugais. Mas falta dar o passo definitivo de fazer cumprir a lei e deixar de pac-tuar com atenuantes que irão sem-pre surgir quando agir implica con-frontar uma outra lei, o chamado direito consuetudinário, das nor-mas e costumes instituídos social-mente. As pessoas não estão alheadas des-te problema, esta campanha e as re-ações que está a provocar mostram-nos isso, mas sabem que ainda não é garantido que uma pessoa que foi vítima continuadamente de alguém que devia protegê-la encontre a se-gurança e a justiça reparadora no sistema e nas instituições.É, por isso, fundamental continuar a haver sensibilização e desoculta-ção deste fenómeno, gerando im-pacto na sociedade, envolvendo toda a gente e generalizando a preven-ção nas escolas, incluindo este as-sunto nos manuais escolares e fa-zendo a reflexão crescer.Há ainda demasiado silêncio, de-masiadas cumplicidades por omis-são. Só levando o assunto para as ruas, para as escolas, para os ca-fés, para as famílias, para as equi-pas de trabalho se pode quebrar este ciclo.

“Derrubar estereótipos”

«A campanha foi pensada durante

cerca de um ano e não foi um processo

fácil. Tinhamos a tarefa de escolher

35 homens de várias áreas de atividade e que

fossem próximos de vários grupos da

população»

Joana Silva, sócia da SEIES e coordenadora do projeto Vaivém, explica nesta entrevista a dimensão e todas as variáveis do projecto que pretende ‘contaminar’ a sociedade setubalense na luta contra da violência doméstica.

«O combate à violência

doméstica tem necessariamente

que passar por esta etapa. Pela

afirmação coletiva e não apenas pela

individual ou de exceção».

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O pato-real, a galinha-de-água, o cágado do medi-terrâneo ou a boga portu-

guesa, espécie em vias de extinção, são algumas das espécies que pode encontrar no Parque da Ribeira, espaço verde de dois hectares na Várzea da Quinta do Conde, que

está aberto ao público desde o passado dia 15 de Setembro.

«Esta é apenas a primeira fase de um projecto muito mais vasto», explicou Augusto Pólvora, presi-dente do município sesimbrense, durante a visita inaugural, onde referiu que «a intenção da autar-quia é transformar toda a área numa magnífica zona para fruição pública».

O autarca destacou o valor ambiental deste corredor ecoló-gico, com uma «biodiversidade fantástica», e lembrou a impor-tância histórica da Ribeira, desco-nhecida da maioria das pessoas. «No tempo dos descobrimentos este rio Coina foi navegável até ao porto do concelho, junto à aldeia da Piedade».

Augusto Pólvora agradeceu a

todos os que tornaram a obra possível e destacou a parceria entre a autarquia e as empresas Socon-darte e Knickmayer.

Também Paulo Pires, colabo-rador da autarquia, que acompa-nhou de perto a criação do novo parque de lazer, reforçou a impor-tância do seu valor natural e das potencialidades do ecossistema, enquanto recurso pedagógico. «Este parque é um ‘santuário’ da biodiversidade que nos últimos dois anos tem assistido ao regresso de muitas espécies», referiu.

O novo espaço verde ocupa uma área de cerca de quatro hectares, numa zona onde existem várias espécies autóctones e árvores adultas, e é constituído por uma rede de caminhos e pontes de madeira entre as árvores e as

pequenas lagoas que permitirão passeios em família ou actividades ao ar livre.

Foram também instalados bancos em vários pontos dos percursos e iluminação pública.

Os painéis informativos, que encontramos ao longo dos percursos pretendem promover a educação ambiental da zona agora requalificada.

Localizado na Várzea da Quinta

do Conde, junto à Estrada Nacional 10, está aberto das 6 às 23 horas. Foi construído sem custos para o município. Em painéis informa-tivos, colocados no local, é possível ficar a conhecer as espécies que ali vivem e podem ser observadas. Numa segunda fase, que ocupará outros 2 hectares, está prevista a construção de uma área de restau-ração e equipamentos para a prática desportiva.

Passeio de cavalo a Pegões Pinhal Novo vende espaço

COM o intuito de promover o desporto equestre essen-cialmente junto das camadas jovens, Pegões recebe, este sábado, a 5.ª edição “Pegões a Cavalo”, organizada pela Associação Amigos do Campo

e Aventura. Os participantes podem desfrutar da paisagem natural de Pegões através de um passeio equestre. Incluído no programa do evento está, também, o III Open de Atre-lagens Adega de Pegões.

O MUNICÍPIO de Palmela realiza, dia 24, às 10 horas, uma hasta pública para adjudi-cação de espaço de venda no mercado municipal de Pinhal Novo. A hasta pública refere-se ao espaço n.º 14, destinado

à venda de peixe congelado, mariscos ou bacalhau. No caso de não serem registadas inscri-ções para os produtos indi-cados, poderão ser conside-rados outros produtos, dentro do ramo alimentar.

LOCAL

Sábado //21 . Set . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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Nova zona pedagógica nasce em Sesimbra

Investimento não trouxe custos ao município

Montijo reduz imposto sobre imóveis com voto contra da CDU

O MUNICÍPIO, na reunião pública de quarta-feira, deliberou fixar as taxas do Imposto Muni-cipal sobre Imóveis (IMI) em 0,75 e 0,45 por cento, não aplicando as taxas máximas previstas na lei (0,8 e 0,5 por cento). A proposta foi aprovada com os votos favo-ráveis do PS e do PSD e o voto contra do vereador da CDU.

Assim, a taxa de IMI para prédios urbanos, cujo valor tribu-tável é encontrado por via da correcção monetária ponderada, foi fixada em 0,75 por cento. Para os prédios urbanos avaliados nos termos do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis foi esti-pulada a taxa de 0,45 por cento.

Esta decisão representa um decréscimo de 0,05 por cento em cada uma das taxas, correspon-dendo a uma variação negativa de aproximadamente 1.000.000,00 euros no valor arrecadado.

Com esta redução, a autarquia estima que a receita de 2013 rela-tiva a este imposto ascenderá aos 7.666.027,32 euros ao invés de 8.506.606,57 euros se fossem apli-cadas as taxas máximas.

Na sua declaração de voto, a

presidente Amélia Antunes escla-receu que esta decisão está rela-cionada com a forte penalização imposta as famílias pela atual conjuntura económica, dando também continuidade “à política fiscal que tem vindo a ser seguida pelo município e que visa combater a desastrosa política do governo que tem conduzido ao sucessivo empobrecimento da população”.

Recorde-se, que a Câmara já aprovou a devolução em 1 por cento valor do IRS a que o município tem direito, que reverte directamente a favor dos munícipes.

Grândola supera Governo no início do lectivo

Palmela garante aulas básicas em Pinhal Novo

Almada cria parques seguros para bicicletas

OS ALUNOS do 1.º ciclo da escola Alberto Valente, em Pinhal Novo, iniciaram as aulas na quarta-feira, um dia mais tarde que o previsto, devido ao atraso na colocação de seis dos nove auxiliares de acção educativa, uma competência do Ministério da Educação e Ciência.

Logo que tomou conhecimento da situação, e apesar de não ser da sua competência, o município iniciou diligências junto de várias entidades, tendo sido possível encontrar uma solução para asse-gurar a abertura do ano lectivo naquela escola.

Esta escola integra as valên-cias de Jardim de Infância, 1.º ciclo do básico e uma unidade de ensino estruturado para a educação de alunos com perturbações do espectro do autismo, abrangendo uma população escolar de cerca de 500 alunos/crianças.

O município, em consonância com as autarquias a nível nacional, reitera a «urgente necessidade de revisão dos rácios estabelecidos pelo Ministério da Educação e da Ciência, o cumprimento da legis-lação existente, bem como a agili-zação de procedimentos concur-sais, que evitem situações lamen-táveis como esta».

OS PARQUES de estaciona-mento cobertos de Almada passam a ter, desde o dia 18, “Bici Parques”. Trata-se de espaços práticos para parqueamento seguro e exclusivo de bicicletas, protegidos com grade-amento e acesso reservado através de um código.

A utilização destes “Bici Parques” pelos residentes e trabalhadores, cujo local de residência ou de trabalho se situe na área de influ-ência dos parques, é gratuita.

O primeiro “Bici Parque” do concelho de Almada entrou em funcio-namento, no parque de estaciona-mento Conde Ferreira, junto à Escola Básica Feliciano Oleiro, em Almada.

Numa primeira fase, os “Bici Parques” vão estar disponíveis nos parques de estacionamento do Laran-jeiro, Capitão Leitão, Conde Ferreira e Luísa Sigeia. Depois, serão alargados ao Parque Bento Gonçalves, em Almada.

O ARRANQUE do ano lectivo decorreu com alguns problemas devido a opções do Ministério da Educação, o que levou o município a encontrar soluções. Devido ao encer-ramento, por parte do Ministério, de uma sala de jardim-de-infância no Carvalhal e uma outra do 1.º CEB da Aldeia Nova de S. Lourenço, o que deixou 7 crianças sem aulas, o muni-cípio garantiu a colocação de uma educadora de infância no Carvalhal e as crianças de S. Lourenço foram transportadas para a escola dos Cadouços.

Além disso, a edilidade continua a assumir, directamente, o programa de Actividades de Enriquecimento Curricular,de forma a garantir o ensino do inglês aos alunos do 1.º ciclo.

Bici Parques são moda almadense

O público teve oportunidade de visitar o novo parque ecológico

Município investe no básico

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Várias espécies de aves podem ser observadas no recinto, bem iluminado e com segurança, junto à EN10, por detrás do Pingo Doce. Segunda fase inclui equipamentos desportivos.

Maioria aprova redução do IMI

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Sábado // 21 . Set . 2013 // www.semmaisjornal.com12

PROSSEGUE a qualificação da zona ribeirinha do Barreiro, através das intervenções na Av.ª Bento Gonçalves, Rua Miguel Pais e respectivas áreas envolventes. Estas acções estão inseridas na candi-datura “Repara”, realizada pelo município aos eixos II e III do QREN, no contexto das operações inte-gradas para a Regeneração Urbana de Frentes Ribeirinhas e Marítimas.

O montante global das opera-ções financiadas ronda os 4 milhões de euros, repartidos em 72 por cento por verbas do FEDER e os restantes 28 por cento assumidos pelo muni-cípio. Engloba a intervenção de qualificação realizada em Albur-rica e respectivos acessos, o reper-filamento da Av.ª Bento Gonçalves e Rua Miguel Pais e arranjo da praça Bento de Jesus Caraça e largo de N.ª Sr.ª do Rosário.

Segundo o município, pretende-se, assim, «atingir os objectivos de

qualificação do espaço público e infraestruturas, elevando os padrões de qualificação para níveis compatíveis com os de uma cidade contemporânea, dotando os espaços de soluções que poten-ciam o incremento de segurança na circulação, maior flexibilidade e conforto na sua utilização, maior coesão territorial e social, valori-

zação paisagística, patrimonial e ambiental. Ou seja, queremos voltar a cidade do Barreiro para o rio Tejo e suas margens».

O município, consciente que a intervenção incrementará o bem-estar, apela à melhor compreensão da população para eventuais cons-trangimentos que irão ocorrer com o decurso das obras.

Barreiro prolonga requalificaçãoda sua zona ribeirinha

SeixalJazz 2013já tem programa

Pamela arranja via estruturante

Setúbal pinta mundo solidário

Santiago recebe animação

O MUNICÍPIO acaba de adju-dicar, por um valor superior a 520 mil euros, a beneficiação da estrada que liga o Caminho Municipal 1029 e a circular norte à Autoeuropa. Esta via estratégica faz a ligação entre a Quinta do Anjo, o parque da Autoeuropa e a estação da Penalva.

Esta obra, com prazo de execução de 120 dias, surge no âmbito da política de infraestru-turação do concelho. A benefi-ciação pretende suprimir as defi-ciências desta artéria, criando uma via cuja estrutura de pavimento será adequada, dimensionada para dois sentidos de trânsito e com a respectiva sinalização. Para a concretização dos trabalhos, houve necessidade de obter áreas de terreno privadas, objecto de nego-ciação por parte dos representantes da autarquia, não tendo sido possível acertar negociação com apenas um dos proprietários.

DUAS dezenas de telas com imagens, previamente esboçadas por vários artistas, vão estar este sábado, entre as 10 e as 18 horas, na placa central da Avenida Luísa Todi, entre o mercado do Livra-mento e o coreto, para serem pintadas por toda a comunidade.

«Daremos deste modo um sinal inequívoco de que a sociedade em que vivemos é de todos e para todos, independentemente do grau de funcionalidade ou de incapa-cidade de cada um», refere a dele-gação local da Associação Portu-guesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo.

Diversas formas de expressão artística marcam presença nesta iniciativa que pretende sensibilizar para a inclusão de pessoas com autismo. Pintura, teatro, música e demonstrações desportivas são algumas das actividades agendadas para este evento solidário.

ATÉ domingo, Alvalade é palco do Alvalade Medieval. As recriações em torno da comunidade judaica têm lugar de destaque nas comemora-ções dos 503 anos da atribuição do foral manuelino àquela vila.

Entre os pontos altos, é de destacar o cortejo régio pelas ruas do burgo, cada vez com mais figu-rantes trajados a rigor, e o torneio de armas a cavalo, que também atrai milhares de visitantes.

O 14.º FESTIVAL Interna-cional SeixalJazz decorre de 17 a 29 de Outubro, no auditório municipal. A apresentação do festival decorre na semana que antecede o primeiro espectá-culo, dia 17 de Outubro, com a estreia do documentário “A Tensão Jazz”, do realizador Paulo Seabra e do crítico de jazz Rui Neves, seguida de concerto com o pianista Pablo Lapidusas. O SeixalJazz Vai à Escola tem vindo a ganhar desde 2005 grande importância junto da comuni-dade educativa. Diversas acções animam vila

INICIATIVAS

UMA ACÇÃO de limpeza na praia dos Coelhos, na Arrábida, decorre na manhã de 5 de Outubro, no âmbito da inicia-tiva “Amar Setúbal”. A iniciativa, feita por voluntários, visa reco-lher lixos e resíduos das zonas de mato e trilhos de acesso à refe-rida praia, bem como a limpeza do areal daquela zona balnear.

NO ÂMBITO das Jornadas Euro-peias do Património , o município promove, este sábado, às 10 horas, a actividade “Pé ante pé…desco-brindo o que o centro histórico é”. As jornadas, dinamizadas pelo Património Cultural, têm como finalidade chamar a atenção para a dimensão humana de que o património se reveste.

O BARREIRO acolhe, até domingo, as Jornadas Europeias do Patri-mónio. Este sábado, às 14 horas, realiza-se a viagem no Rio Coina até à Escola de Fuzileiros. No domingo é a vez dos partici-pantes, às 10 horas, visitarem o Centro de Interpretação da Mata da Machada.

ESTE SÁBADO e domingo, o Festival da Mobilidade leva à Praça da Liberdade, em Almada, muita animação, vários espec-táculos e actividades despor-tivas. Um dos pontos altos de sábado é a presença do presti-giado Chef Chakall para uma cook session, a partir das 16 horas, sobre alimentação mediterrânica.

Setúbal limpa Coelhos

Passeio ao ‘casco velho’

Jornadas do património

Chakall cozinha

Sines festeja 8.º aniversário de espaço sénior

O ESPAÇO sénior do Bairro 1.º de Maio comemora este domingo, dia 22, o seu 8.º aniversário, a partir das 15 horas. Segundo o município, os espaços seniores são pontos de encontro dos idosos, criados com o objectivo de combater o isolamento e a solidão.

Todos os espaços têm sala de estar, jogos, serviço de café e pequena biblioteca com jornais e revistas actualizados.

O concelho de Sines dispõe de quatro espaços deste género, nomeadamente o do Jardim das Descobertas, os dos Bairros 1.º de Maio e Marítimo, e o de Porto Covo. A festa inclui baile popular animado por Fernando Sereno.

Alcácer do Saldistingue alunos de mérito

Alcochete cede terrenoà Casa da Malta

O MUNICÍPIO homenageou, ontem, sexta-feira, na Praça Pedro Nunes, os melhores alunos do concelho dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e secundário. A iniciativa teve como objectivo valorizar o mérito e o esforço pessoal de 8 jovens que serão o futuro do concelho.

Os alunos receberam um

certificado e um cheque, oferta da edilidade, no valor de 150 euros para o 2.º ciclo, 250 euros para os melhores alunos do 3.º ciclo e de 400 euros para os melhores alunos do secundário, nos cursos científico-humanísticos e cursos profissionais. É o quarto ano que o município alcacerense realiza esta iniciativa.

O EXECUTIVO aprovou, por unanimidade, em reunião de Câmara, a autorização para conferir ao presidente poderes para desen-volver o processo para a cedência em direito de superfície, da parcela do domínio privado do município no Sítio das Hortas, à associação “Grupo Casa da Malta”.

«A Câmara, desde há muito que pretende reordenar o Sítio das Hortas e entendeu que a melhor forma de iniciar este processo seria

através de relocalização da sede da Casa da Malta», explicou o edil.

De acordo com a proposta, «é intenção do município proceder ao reordenamento do Sítio das Hortas e envolver o movimento associativo na dinamização do pólo de animação ambiental do Sítio das Hortas, proporcionando aos utentes deste espaço a oferta de equipamentos e serviços que valorizem o património identitário e cultural local».

Vários artistas vão estar em palco

Parte velha de Palmela

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O investimento na zona ribeirinha ronda os 4 milhões de eurosD

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AUTÁRQUICAS 2013 Jerónimo de Sousa já passou pelo bastião comunista de Palmela. Hoje é a vez de Francisco Lopes, deputado do partido na Assem-bleia da República e candidato comunistas nas últimas eleições presidenciais. Tudo em nome de uma união que visa dar mais força a Álvaro Amaro, candidato da CDU à liderança da câmara de Palmela nas próximas autárquicas. Muito tem valido por estes dias para garantir que a actual maioria abso-luta se mantém de pé: desde arru-adas constantes a encontros com a juventude, o movimento asso-ciativo ou os agentes económicos. Na passada quinta-feira, por exemplo, coube a uma feijoada deliciosa cativar as mais de três centenas de pessoas presentes na Sociedade Filarmónica Humani-tária. Resultado: os presentes ouviram Amaro queixar-se dos adversários, que vêm «para a praça pública actuar como se nada tivés-semos feito no último mandato». «Pois saibam que fizemos muito, desde a grande à pequena obra», contra-atacou.

Recolher contributos numa campanha «serena» parece ser o mote de Álvaro Beijinha, o candi-dato da CDU a Santiago do Cacém. Nas hostes da candidatura ninguém acredita em perder, mas as caravanas têm percorrido as zonas rurais à caça de votos mais isolados.«Há grande motivação e empenho no contacto directo e de proximi-dade. Essa é a alma da nossa campanha», refere ao Semmais um elemento da candidatura. E mesmo nas adversidades, há sempre «um espírito positivo», acrescenta a mesma fonte.Beijinha é um candidato mais formal. Sente-se que não veste bem a pele de um candidato popu-larucho. Mas domina os dossiers e conhece bem os problemas do concelho e das populações, por ter exercido o cargo de vereador. «Mas está mais desinibido. Seria até incoerente disfarçar outra postura», analisa um dos seus inde-fectiveis.Os próximos dias serão de uma campanha em aceleração. «Vamos estar constantemente no terreno. Esse é o nosso compromisso. E vamos continuar com as arruadas, festas, jantares e espectáculos»

Jerónimo dá a mão a Amaroem Palmela

Serenidade e presença no terreno de Santiago

Diabos da Cruz apoia Judas em Almada

Dores pede maioria absoluta na campanha de Setúbal

Um Almeida experiente quer “limpar” o Montijo

Contacto directo na campanha de Alcácer

MARIA Emília de Sousa, nos últimos dias como presidente da câmara de Almada, joga todos os trunfos no apoio a Joaquim Judas, o candidato que a CDU quer ver na continuidade desta autarquia. “Almada paga a tempo e horas aos fornecedores e empreiteiros, honra a palavra dada e é dos concelhos mais desenvolvidos do país”, gritou quinta-feira, pedindo a maioria absoluta a dezenas de apoiantes. Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, ouve e aplaude.

A lei impede-a de ficar. E ela até queria. Desforra-se na marcha pela estreita rua Capitão Leitão, de sentido único. Os bombos e acordeões fazem soar modinhas. Bandeiras de canudo esvoaçam. Nas camisas há autoco-lantes CDU. E das gargantas sai um “CDU, voto eu e votas tu” e um “A CDU avança com toda a confiança”.

Jerónimo junta-se à festa. Veio

dizer aos almadenses que o voto na CDU há quatro anos “foi honrado”. Lembra que o “pacto de agressão”, vulgo memorando da troika, é inimigo das câmaras e pede a demissão do Governo. Os cinco candidatos às 11 freguesias – há quatro uniões e apenas a Costa da Caparica escapa às fusões – bebem as palavras de Jerónimo.

Judas diz-se honesto. Quer um novo nó na auto-estrada para que automobilistas a caminho de Lisboa evitem as estradas de Almada. “Vamos equacionar uma baixa do IMI neste mandato”, augura. A Ecalma, a empresa municipal de estaciona-mento, é para manter – o candidato do PSD, António Neves, quer extingui-la.

À noite houve a incrível ironia almadense de ter o candidato Judas a ouvir Diabo na Cruz. Dia 29 é dia de contar cruzes na foice, martelo e girassol.

A CDU em Alcácer fala em «clima e energia positivos» quando a campanha sai à rua. «Temos sentido o carinho das pessoas e aproveitamos para ouvir as suas preocupações e anseios», diz um elemento da direcção de campanha.

E é na aposta do contacto directo com as populações que o desafio se faz. Vitor Proença quase que afiança ao Semmais que o «cara-a-cara e o porta-a-porta» vai fazer o pleno nestas eleições. Das zonas mais rurais às mais urbanas.

O estilo popular e descontraído do candidato da CDU é favorável a essa proximidade. E a sua experi-ência revela-se a cada contacto. «Conheço bem esta gente e o movi-mento associativo desta terra, com quem temos contactado de forma constante», justifica.

A candidatura foi quase ao rubro durante o espectáculo do grupo

musical “Marenostrum”. Foi um dos muitos marcos da campanha até ao momento e os alcacerenses, marcaram grande presença. «A verdade é a proximidade com as pessoas perdeu-se nos últimos oito anos de gestão socialista. Estamos agora a recuperar e por isso há grande confiança entre os candidatos, apoiantes e simpatizantes do nosso projecto», afirma Proença.

Até ao final da campanha, a CDU promete mais contacto directo, e uma «intensificação» da campanha na internet e nas redes sociais, porque, repara um candidato, «tem sido um trunfo da nossa acção e com grandes reflexos nas iniciativas públicas que organizamos».

Aqui e ali, Vitor Proença não esquece de sublinhar os ares de uma campanha «quente» ao ponto de referir que «sentimos que a vitória está muito perto».

A CAMPANHA da CDU em Setúbal, após a conquista da maioria absoluta há quatro anos arrancou animada, mas sem sossego. O aumento do número de mandatos para o executivo camarário, de nove para onze, pode ser uma incógnita. Por isso, Dores Meira e as comitivas que acompanham abriram com uma arruada na baixa e junto do mercado do Livramento. «Correu excecio-

nalmente bem», diz à reportagem do Semmais um dirigente local da CDU.

No, geral, a receptividade tem sido bom e nota-se algum entu-siasmo. Os candidatos têm usado muito a mensagem da “obra feita” e mostram alguma confiança, sobre-tudo, como se houve aqui e ali, «a oposição é fraca», mesmo aludindo ao candidato socialista, um dos

‘homens fortes’ do PS a nível nacional.

Dores Meira parece prometer mais banhos de multidão. E prepara para o próximo dia 25 um comício no Luisa Todi, com a presença de Jerónimo de Sousa. «Vai ser arro-jado, mas a confiança é muita. Vamos encher», confia um elemento da candidatura.

E já houve cruzamento de

campanha no Largo da Ribeira Velha, com as cores do PSD bem perto da arruada da CDU. E no debate reali-zado esta semana, a candidata presi-dente teve alguma dificuldade em lidar com tantos opositores, que não passou em claro: «É um formato que prejudica quem está no poder. São todos contra um e o espaço de argu-mentação é muito escasso», atira outro dirigente da campanha.

CARLOS Jorge de Almeida anda nisto do poder local há mais de vinte anos. Um dos últimos cargos foi o de gerir os fregueses de São Sebastião, em Setúbal. Agora quer a presidência do Montijo. Esteve numa arruada, na última quinta, virada para as lojas, aproveitando outro aspecto do currículo, o de ter sido assessor jurídico de “uma das mais relevantes associações

de comércio e serviços da Penín-sula de Setúbal”, lê-se no folheto destinado aos comerciantes.

O candidato comunista acre-dita que a população «já não se revê na vereação socialista» e que chegou ao fim o ciclo polí-tico dos socialistas”. “O projecto socialista está a arrastar-se penosamente do ponto de vista da qualidade urbana, do ambiente, da higiene e limpeza,

espaços verdes, da rede viária e sinalização, é visivelmente mau e a minha experiência pode

ajudar a inverter este ciclo”, assegura.

Jerónimo de Sousa apareceu na arruada para falar do «reco-nhecido trabalho, honestidade e competência dos candidatos CDU». «São gente de uma só cara e uma só palavra que honra os seus compromissos, os nossos eleitos não buscam no poder privilégios ou benefícios pessoais», defende.

Jerónimo e a ex-presidente não desarmam para manter poder em Almada Vítor Proença sempre em contacto directo com a população

Campanha animada

Álvaro Beijinha

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AUTÁRQUICAS 2013

A vereadora Natividade Coelho, candidata do PS a Palmela, estica o cartaz eleitoral. Raul Cristóvão, candidato à assembleia municipal

do mesmo concelho, usa uma perche para alisar o papel e tirar o excesso de cola. É como se os dois se vissem ao espelho. No cartaz estão está-ticos, na realidade atarefam-se entre colar cartazes distribuir folhetos à população.Nos últimos dias a candidata do PS esteve por Palmela, Pinhal Novo e

Quinta do Anjo a apresentar as suas ideias, a distribuir propaganda e também alguns beijinhos. As ideias que constam do programa eleitoral giram em torno de cinco eixos: coesão social, economia, território, boa governação local e igualdade. «Queremos reduzir o IMI e devolver a parte que cabe à autarquia do IRS,

como forma de apoio às famílias», promete a cabeça-de-lista rosa caso seja eleita presidente.Ana Teresa Vicente, a ainda presi-dente eleita pela CDU, está de fora na corrida à câmara, por limite de mandatos. O PS quer evitar que o vereador Álvaro Amaro seja o seja o senhor que se segue no cargo. Por

isso, a campanha tenta conquistar os indecisos e anular a abstenção.Para este sábado, o PS de Palmela agendou duas acções de campanha: uma das 10h ao meio-dia em Serra Grande, Vale touros e Lagoinha e outra a partir das 15h no mercado do Lau. Esta última conta a presença de Natividade Coelho e Jorge Mares.

Natividade Coelho quer reduzir IMI para ajudar Palmela

Seguro em Almada para ‘atacar’ poder CDU

João Ribeiro desdobra-se na luta para acabar com cunhas em Setúbal

Campaniço todo-o-terreno anima Grândola

ALMADA é um concelho que os socialistas querem roubar à CDU. Há muito tempo. E o PS sabe que agora é a altura ideal para o conse-guirem, já que a ‘jurássica’ Maria Emília de Sousa se retira da condução dos destinos da edilidade local. Joaquim Barbosa, candidato do PS à liderança da autarquia alma-dense, tem procurado capitalizar votos, com uma campanha agres-siva que todos os dias bate às portas dos cidadãos.

«Pretendemos devolver a espe-rança aos cidadãos que sofrem a maior crise dos últimos 30 anos», diz ao Semmais o candidato, um profundo conhecedor da realidade local não fosse ele também provedor da Santa Casa da Misericórdia de Almada. Mas Joaquim Barbosa também tem ficado estupefacto com «as situações de miséria» que tem encontrado durante a campanha

e que diz retirarem «a dignidade» aos cidadãos. «É isso que vamos tentar inverter com a nova maioria que o PS quer ser em Almada», asse-vera.

Para tal, Joaquim Barbosa conta ter o secretário-geral do PS, António José Seguro, a seu lado durante uma das várias iniciativas que prepara para a próxima semana, quando a campanha eleitoral atingirá o seu expoente máximo. «Convém recordar que António José Seguro veio a Almada duas vezes, a últimas das quais num jantar que reuniu mil pessoas no apoio ao projecto do PS para o município», lembra. A mãozinha do líder socialista deverá ser fulcral para os socialistas inver-terem o quadro actual. As últimas autárquicas ditaram a liderança para os comunistas, ainda que sem maioria absoluta, e a atribuição de três mandatos ao PS.

A CAMPANHA do PS em Grân-dola já tem os motores aquecidos há muito tempo. E o candidato, Ricardo Campaniço, não tem parado em nome de um ciclo político que levou os socialistas à conquista de maiorias absolutas. Às 9 da manhã, já Campa-niço assume o comando o comando das tropas e, já com metas traçadas de véspera, entra na Ford Trânsit e a caravana segue para Vale da Cobra, um povoado rural, entre Melides e o Carvalhal.

O meio rural é-lhe completa-mente familiar. «Eu sei que você é que é o Campaniço», atira-lhe um habitante. Tem sido assim, um contacto muito personalizado. «O nosso programa valoriza muito o equilíbrio entre o interior e o litoral. E esta crise leva-me a pensar mais nos pequenos povoados, nos idosos mais isolados», diz ao Semmais.

A meio do dia, já em Grândola,

junta-se a Raul Bizarro, candidato à Assembleia Municipal, para um almoço de trabalho com promotores da Frente Atlântica do concelho. A ideia é acompanhar os projectos e discutir as perspectivas de futuro. «A economia e o emprego são deter-minantes neste momento e o turismo é um dos pilares do desenvolvimento do concelho», assinala.

Há ainda tempo para o regresso ao terreno, com destino para os bairros próximos da vila. Campa-niço relembra a um habitante de Vale Gamito que «Grândola não pode voltar ao passado. O PS precisa de uma maioria e de continuar o desen-volvimento». Percorre-se depois as principais artérias da vila e sente-se a energia da juventude que tem estado «muito presente» na candidatura. «Estamos a crescer dia-a-dia. A nossa motivação são estas pessoas que nos dão força», sublinha o candidato.

«RESPEITAR direitos dos contribuintes não tem que ser feito com jeitinhos». É com esta indirecta que João Ribeiro, candidato do PS a Setúbal, responde à população de Setúbal quando questionado sobre a forma como pretende encarar os pedidos ao município. A conversa decorre amena, ao lusco-fusco dos candeeiros, no Monte Belo.

Aos moradores fez uma promessa: «A sinalização de

pequenos problemas com pavi-mentos, limpeza, jardins, ilumi-nação ou qualquer outra matéria desta natureza poderá ser feita a partir de linha telefónica e de aplicação de smartphones e o encaminhamento e resolução dos problemas obedecerá a controlo de qualidade e terá tempos de resposta curtos». O socialista deseja que o «ter ou não ter» proximidade a verea-dores ou ao presidente deixe de ser um factor importante na

resolução de problemas.Estes não foram os únicos

setubalenses ouvidos nos últimos dias. Na Quinta da Serra-lheira, Ribeiro incentivou os moradores a constituir uma associação, para resolver os problemas da urbanização. «Polí-tica de proximidade é isto», justi-fica.

Outra das acções de campanha mais notadas foi o desafio feito a Clemente e aos T-Boyz para “compor uma

música que juntasse dois estilos musicais e duas gerações de artistas de Setúbal”. A iniciativa tem o nome de «Cota Clemente, canta pra eles!»

“Deixaremos um legado de cultura política com a distri-buição de Constituições da Repu-blica Portuguesa e deixaremos um legado cultural com esta música, que não é um hino de campanha, é um hino à diver-sidade cultural de Setúbal”, elucida.

Candidatura do PS tem espevitado eleitorado almadense Campanha animada do PS tem percorrido zonas rurais e urbanas

Sonho do PS «acalentado» nas ruas de Sines

EM SINES, o PS respira confiança. A saída do ‘dinos-sauro’ Manuel Coelho faz sonhar a campanha e junto dos socia-listas abre uma janela de opor-tunidade. «Para já o trabalho no terreno está a exceder as expec-tativas», garante um dirigente local do partido da ‘rosa’.

Para dar força às hostes locais, António José Seguro já esteve no terreno, aquando da apresentação das listas, que juntou, segundo a candidatura liderada por Nuno Mascarenhas cerca de 700 apoiantes. «Um dos destaques da campanha foi já termos conseguido, através das queixas da população, que a Câmara fosse obrigada a lavar ruas e espaços públicos, até antes votados ao abandono», sustenta a mesma fonte.

A divulgação do programa eleitoral e a continuação dos contactos de rua, em directo com a população são os próximos passos da candida-tura.

Candidato tem estado em todas

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AUTÁRQUICAS 2013

Mais de duzentas pessoas esti-veram presentes, esta semana, no Cercal do Alentejo, concelho de Santiago do Cacém, para verem

e ouvirem o apoio de Marcelo Rebelo de Sousa à candidatura do PSD aos órgãos autárquicos do concelho.O ex-líder do PSD deslocou-se a Cercal do Alentejo para apoiar publicamente a jovem candida-tura social-democrata à freguesia, sublinhando «a competência» dos

seus elementos, nomeadamente o cabeça-de-lista, Luís Alfeirão.Rebelo de Sousa destacou ainda a necessidade de mudança para o concelho, assente na inovação e no empreendedorismo dos jovens. «A candidatura do PSD é uma oportunidade de mudança para este concelho, e em especial

para Cercal do Alentejo», refere.Paulo Gamito, candidato à Câmara Municipal de Santiago do Cacém, destaca a dinâmica das candida-turas social-democratas aos vários órgãos autárquicos do concelho e das respectivas propostas para o desenvolvimento e de captação de investimento visando a

melhoria da qualidade de vida da população e voltar a dar centra-lidade a este Município.Para o candidato à Assembleia Municipal, Pedro do Ó Ramos, o PSD «está a fazer uma campanha marcada por propostas inova-doras, demonstrando que é possível fazer muito melhor».

Marcelo enche Largo no Cercal do Alentejo

Mota Soares ‘segura’ Rodrigues em Setúbal

Vitorino quer Barreiro ‘reconvertido’

Edson Cunha tranquilo no Seixal

PSD dá apoio de peso a Mercês no Montijo

LUÍS Rodrigues, candidato do PSD/CDS-PP à Câmara de Setúbal, está determinado em transmitir aos munícipes a mensagem de que a edili-dade não pode mais continuar a endi-vidar-se para ter constantemente «obra nova». Em alternativa, o social-democrata tem defendido junto das populações, nas arruadas que tem feito ao longo da campanha, que é preciso apostar na reabilitação urbana e na imagem que Setúbal detém no Sado para esta garantir mais condi-ções de atractividade.

Durante um jantar comício que contou com o apoio do ministro Pedro Mota Soares, que ali estava na quali-dade de alto dirigente do CDS-PP, Luís Rodrigues afirmou ao Semmais que a «campanha estava a correr muito bem, com humildade». «É preciso que as pessoas saibam que a actual presidente de câmara aumentou enormemente o passivo

deixado pela gestão socialista na câmara e que as dificuldades do ponto de vista financeiro serão muitas daqui em diante», sublinhou. Nuno Maga-lhães, candidato à presidência da Assembleia Municipal de Setúbal e líder da bancada parlamentar do CDS-PP, João Viegas e Pedro do Ó Ramos, deputados, respectivamente, do CDS-PP e do PSD no Parlamento, também estiveram ali presentes.

A campanha da coligação vai subir de tom na próxima semana, desdobrando-se em mais arruadas, em encontros diários com a popu-lação, bem como com associações e outras colectividades do muni-cípio. E não são esperadas mais mãozinhas de altos dirigentes dos dois partidos a Luís Rodrigues, até porque, além de Pedro Mota Soares, também Manuela Ferreira Leite já deu as graças há pouco tempo por terras sadinas.

A MÁQUINA laranja aposta forte no Montijo e na candidatura de Mercês Borges à presidência da câmara. Pela cidade passaram nomes fortes do partido, em várias acções de campanha. Marcelo Rebelo de Sousa e Marco António Costa responderam à chamada e hoje é a vez de Marques Mendes.

Marcelo Rebelo de Sousa foi o primeiro a vir à cidade para dar apoio à candidata. Sempre sorri-dente e bem-disposto, distribuiu charme numa arruada, ao lado de Mercês Borges, sendo muito soli-citado para beijinhos, abraços e dois dedos de conversa. O antigo líder esteve na farmácia Diogo Marques, falou com clientes de café e vários lojistas.

Dia 14 foi a vez de Marco António Costa, porta-voz do PSD, aparecer no Montijo na apresen-tação oficial da candidatura. «Mercês Borges é uma grande senhora: conseguiu uma plata-forma política que extravasa o PSD, que agrega pessoas de vários partidos, independentes, pessoas que tinham deixado de acreditar na mobilização e particpação cívica da vida pública e política e que estão nesta candidatura com entu-siasmo redobrado», elogiou na altura.

O porta-voz aproveitou a ocasião para acusar Seguro de introduzir uma «atitude de tensão» na campanha para as eleições autárquicas e pediu responsabi-lidade ao PS. «As eleições do dia 29 são importantes para o país, mas o país continua a partir do dia

29 e é importante que durante este período eleitoral não se quebrem laços mínimos indispensáveis de cordialidade que garantem que, a partir de dia 29, temos todos a mesma capacidade de nos unirmos em volta de projectos políticos comuns essenciais para o país» defendeu Marco António Costa.

«Esta candidatura tem um projecto para os montijenses mas acima de tudo com os montijenses», lançou Mercês Borges, na apre-sentação das listas candidatas às eleições do dia 29 de Setembro.

A coesão social, solidariedade e família são as primeiras bandeiras do programa divul-gado pela cabeça-de-lista. «Daremos particular atenção ao combate às desigualdades sociais e ao aparecimento de novos fenó-menos de pobreza», promete Mercês Borges. Outra promessa é a de devolver 20 por cento do valor dos medicamentos adqui-ridos por pensionistas com mais de 65 anos carenciados. Para os mais velhos há também a ideia de criar uma bolsa de voluntá-rios de vizinhaça, uma forma de «minimizar a solidão».

O ex-líder do PSD, Luís Marques Mendes, vai estar no Montijo este sábado para a apoiar a candida-tura de Maria das Mercês Borges à autarquia. Marques Mendes vai estar em contactos com a popu-lação pelo centro do Montijo, pelas 11 horas.

O ponto de encontro é na sede do PSD, localizada na Praça da República.

O CANDIDATO do PSD à Câmara do Barreiro, Bruno Vito-rino, alertou esta semana para a falta de condições de segurança nas obras de requalificação urbana da Cidade Sol, em Sto. António da Charneca.

Bruno Vitorino referiu que o espaço onde decorrem os traba-lhos não está todo vedado, permi-tindo assim o acesso e a circu-lação de pessoas estranhas à obra.

O candidato ‘laranja’ apre-sentou ainda publicamente 20

medidas para a reabilitação do Barreiro Velho. Entre essas medidas, é de destacar a criação do Gabinete de Regeneração Urbana; o programa de animação urbana e a criação da Bolsa do Arrendamento.

Bruno Vitorino defende ainda que o actual executivo CDU deveria ter coragem para resolver o problema das Áreas Urbanas de Génese Ilegal., elaborando um plano que assegure a sua recon-versão.

A CAMPANHA do vereador Paulo Edson da Cunha, candidato do PSD à autarquia seixalense, decorre de forma tranquila. «Sou um político diferente, não preciso de uma campanha para ir aos locais, já lá estivemos muitas vezes, já sabemos os problemas, a comu-nicação com a população é cons-tante», explica.

Ainda assim, há algumas inicia-tivas a que o candidato tenta dar resposta. Hoje, por exemplo, há uma caravana, um churrasco e uma festa com karaoke. «Há locais onde vamos porque fomos convidados, porque há gente que quer falar connosco um pouco por todo o concelho», conta o candidato laranja.

Edson da Cunha quer «ustificar o voto de cada cidadão» e espera subir nestas eleições. Depois aponta a mira às suas prioridades: «Ajudar a sanear financeiramente a câmara municipal e ajudar o município a ter um rumo, é preciso pensar o Seixal com a oposição e as forças vivas da sociedade».

À margem da campanha, Paulo Edson da Cunha apresentou, quinta-feira, o seu livro «Um Café Com…», que reúne as experiências pessoais de uma série de encon-tros com várias figuras públicas nacionais, de vários quadrantes políticos, durante o último mandato. O evento decorreu no hotel Evidência Belverde Atitude, uma unidade hoteleira que abriu no início de Agosto, na zona da Aroeira, Seixal. Contou com a presença do economista João César das Neves.

Líderes do PSD e CDS ladeiam Rodrigues durante apresentação de programa Maria das Mercês Borges ouve animada Marco António Costa

Paulo Edson Cunha, ao meio

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AUTÁRQUICAS 2013

AUTÁRQUICAS 2013

BE confiante na eleição para vereação da câmara de Setúbal

“Sesimbra unida” na rua quer ser surpresa eleitoral

Chamava-se Catarina e o Seixal a viu falar

SER ELEITO. Aumentar a repre-sentação do partido na Assembleia Municipal de Setúbal. É com a espe-rança de alcançar estes dois objec-tivos no próximo dia 29 deste mês que Mariana Aiveca, candidata do BE à presidência da câmara muni-cipal de Setúbal, tem contactado diariamente a população local e reunido com instituições conce-lhias. Algumas já bem conhecidas do partido e da candidata dada a sua actividade enquanto deputada na Assembleia da República. Mas, agora, o jogo é outro. E, aparente-mente, favorável ao BE, que espera tirar um proveito duplo nas próximas autárquicas: o de capi-talizar votos com o descontenta-mento da população para com as políticas nacionais e do aumento do número de vereadores no execu-tivo, dos actuais nove para futuros onze.

«As pessoas estão no centro das nossas propostas», lembrou Mariana Aiveca ao Semmais, depois de sair de um debate com todos os candi-datos à liderança da autarquia e

antes de entrar para o comício-festa na passada quinta-feira, que marcou oficialmente o início da campanha. João Semedo, coordenador do partido, foi dar uma mãozinha à candidata, tentando angariar votos por «mais esquerda no combate à crise». A campanha está a todo o gás. Para hoje está prevista uma ação de campanha em plena avenida Luísa Todi para garantir o apoio

das camadas mais jovens, que são, tradicionalmente, parte do eleito-rado bloquista.

«É com essa confiança que vamos reforçar a posição do BE em todos os órgãos autárquicos em Setúbal, sobretudo se tivermos em conta que faltaram muito poucos votos há quatros anos para elegermos um vereador na câmara», diz Aiveca.

CATARINA Martins esvoaça entre secretárias. «Olá, boa tarde, sei que está a trabalhar, mas deixo-lhe aqui as ideias do Bloco de Esquerda», atira a coordenadora do BE, de rajada, com um mani-festo na mão, cada vez que cumpri-menta um trabalhador da autar-quia do Seixal. Logo atrás segue o vereador Luís Cordeiro, o candi-dato do BE à câmara.

Os serviços centrais camarários do Seixal serviram de cenário para a campanha bloquista tentar conquistar os corações dos traba-lhadores. «Ainda agora estava na tele-visão, já está aqui», cusca uma traba-lhadora. «Ela é rápida», ri-se a colega. Do ambiente à informática, poucos foram os que escaparam à ronda da irreverente líder de esquerda.

O edifício tem três anos. É moderno e funcional, mas o BE contesta o que alega ser uma renda de «três milhões de euros por ano a um privado, um profundo exagero». Cordeiro conta que «o contrato tem uma duração de 20 anos, sem contrapartidas, o que dá

um valor perto dos 60 milhões de euros e, depois disso, a câmara ainda terá de comprar o edifício».

Há quatro anos ofereceram a Cordeiro o pelouro do canil muni-cipal. Recusou. Agora candidata-se para «responder à emergência social, garantir mais participação política, mais formação profissional e cultura».

Para Catarina Martins há sempre uma leitura nacional destas autár-quicas. E alerta para o que diz ser «um voto sem sentido»: colocar a cruz nas listas do CDS e PSD. Cata-rina Martins quer laranjas e centristas fora das câmaras.

A CANDIDATURA do “Movi-mento Sesimbra Unida” não se tem cansado de bater a rua à procura do seu lugar nesta corrida eleitoral, onde diz ter partido sem igualdade de circunstâncias. Mas a aceitação dos eleitores até nem tem sido má. «As pessoas dizem-nos que estão cansadas dos partidos e querem-nos dar uma

oportunidade. Mas os nossos meios são escassos. Vamos gastar 2 mil euros e a CDU (na liderança da autarquia) 80 mil», desabafam ao Semmais.

Portadores de «reclamações e queixas», os candidatos do Movi-mento liderado pelo fotógrafo Carlos Sargedas, não se furtam ao contacto directo. «Sentimos uma

grande emoção e não temos dúvidas de que a campanha está em crescendo», acentua Carlos Sargedas. O candidato lembra a vitória que foi ter conseguido arra-banhar as 5700 assinaturas que permitiram entrar nesta aventura e esse facto, deu «um alento espe-cial e uma redobrada responsa-bilidade», afirma.

Nos debates, Sargedas tem assumido uma posição mais radi-calizada, levantando problemas. E assume a CDU como o principal opositor. «Queremos ser a surpresa», repete vezes sem conta. Agora preparam uma caravana de bicicletas até ao Cabo Espichel, um sítio ícone do trabalho do fotó-grafo.

Os bloquistas de Setúbal têm apostado nas arruadas

Experiência em Sines tem «aproximado» SIM do eleitoradoMARISA Santos, candidata do

Movimento Sines Interessa Mais (SIM) à presidência da Câmara Muni-cipal de Sines, tem contado com a experiência que acumulou desde 2002 enquanto vereadora na edili-dade para construir um projecto que «seja próximo das pessoas». Pelo menos é isso que a candidata tem sentido não só nas arruadas que tem feito ao longo da campanha eleitoral, mas também nas reuniões com múlti-plas associações e colectividades do concelho e junto das populações mais rurais de Sines.

«A apresentação dos candidatos

que integram a lista do movimento SIM às várias autarquias, no passado dia 10 de Agosto, foi um momento de grande significado e emoção», lembra Marisa Santos, que pede que a campanha eleitoral decorra até ao final da próxima semana sem calú-nias ou difamações e dentro «de um grau de elevação que dignifique aqueles que querem exercer funções ao serviço do público». E é essa que diz ser a sua postura em tudo aquilo que faz. «É por isso que vamos obter um grande resultado, vencendo em todos os órgãos», diz, apressada para mais uma iniciativa eleitoral.

Marisa Santos esteve ontem no salão da música num jantar

que teve o propósito de apresentar as linhas orientadoras do seu

programa de Governo local. Para hoje, está prometido um novo jantar, desta vez junto dos mais jovens, que contará com a presença de Zé Pedro, dos Xutos e Pontapés, e DJ Xala. O ainda presidente da Câmara de Sines, Manuel Coelho, tem sido também presença assídua em todas estas iniciativas, não fosse ele agora candidato à lide-rança da Assembleia Municipal. «Ele foi o fundador do movimento e tê-lo comigo é uma mais-valia, algo que muito me orgulha e me deixa honrada», sublinha Marisa Santos.

A líder do BE em vista à Câmara

Marisa Santos luta por manter o poder herdado de Manuel Coelho

A ‘vitória’ da recolha de assinaturas

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Torrão recebe concerto ibérico

O PROGRAMA “Música Ibérica para Cordas” vai passar pelo Torrão este domingo. Com início às 19 horas, o concerto tem lugar no coreto do jardim e conta com a participação do grupo

Lusitango, constituído por David Monte (violino), Miguel Ángel Navarro (violino), Gonzalo Bordes (contrabaixo) e Eduardo Mira (piano). Lusi-tango é música, é baile, é Tango.

CULTURA

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VINHOS DA REGIÃODE SETÚBALEsta semana a nossa proposta para a descoberta de novos vinhos, sugerimos Herdade do Portocarro, localiza-se entre a fronteira dos distritos de Setúbal e Évora. Paredes meias com a Ribeira do Sado, é rodeada pelo verde dos arrozais.

Tivemos o privilégio da visita da Fadista Esmeralda Amoedo (à esquerda).José Nunes, o homem da televisão e da Linha Avançada (à direita).

QUEM ESTEVE POR CÁ...

FACEBOOK.COM/ACASADOPEIXE 969 389 809

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“Luísa Todi” homenageia actores Guerreiro e Félix

Alexandre Honrado vence prémio Rosa Colaço

A contribuição de Álvaro Félix e Fernando Guerreiro para o sucesso do musical “Luísa

Todi” foi destacada no dia 12, à noite, na reposição do espectáculo, que vai estar em cena até este domingo, no Fórum Luísa Todi, em Setúbal.

Nesta homenagem, de uma série de oito apresentações do espectáculo, que conta a história da vida da cantora lírica, uma das mais famosas mezzo-sopranos a nível internacional no século XVIII, o tributo foi para os dois dos principais actores do elenco fale-cidos recentemente, Álvaro Félix e Fernando Guerreiro,.

No final do musical, a presidente Dores Meira, quis prestar homenagem aos dois actores, tendo a edil salien-tado que continua viva a presença daqueles actores, «dois grandes homens que, além de artistas completos, eram pessoas muito esti-madas entre todos os setubalenses, dado o seu trato e carácter cordiais, afáveis e comunicativos».

Dores Meira, que entregou ainda flores a Gertrudes Félix, viúva de Álvaro Félix, e a Maria Clementina,

uma das pessoas mais próximas de Fernando Guerreiro, deixou um espe-cial agradecimento à «dobrada respon-sabilidade dos atores» que, em diversos papeis, substituíram as interpreta-ções dos actores falecidos.

«Eles são o espelho, no qual conse-guimos ver e rever Álvaro Félix e Fernando Guerreiro, como se conti-nuassem connosco neste palco, vivos e alegres, para dar vida e alegria à nossa própria existência», referiu a presi-

dente da edilidade.Na reposição, as personagens

interpretadas por Álvaro Félix – pai e médico de Luísa Todi, embaixador japonês e apresentador – são agora representadas pelo encenador Miguel Assis e pelo actor José Duarte. Já os papéis desempenhados por Fernando Guerreiro são assumidos pelo elenco, que envolve a participação de meia centena de artistas profissionais e amadores do concelho.

“MISTÉRIO, Mistério, Mistério tão sério”, da autoria de Alexandre Honrado, venceu o Prémio Literário Rosa Colaço, levando para casa 5 mil euros. O galardão foi atribuído na terça-feira, no Fórum Romeu Correia, em Almada. A competição envolveu 169 obras originais.

De acordo com o júri, o livro de Alexandre Honrado apresenta uma história «muito divertida que desafia, pelo modo como se conta, e pelo que conta, o imaginário de leitores e ouvi-dores de pouca idade e que, a um mesmo tempo, sugere grandes poten-

cialidades de trabalho a educadores. Aqui um risquinho numa parede parece destabilizar não só uma família como a terra em que vive».

Organizado pela edilidade, desde 2006, o referido prémio, além de

homenagear esta escritora de lite-ratura infanto-juvenil, pretende incen-tivar a criatividade literária premiando uma obra inédita de autor português.

Alexandre Honrado nasceu em Lisboa, em 1960. É jornalista, escritor, professor e investigador. Tem cerca de 100 livros publicados, alguns premiados, sendo a maior parte da sua obra destinada à infância e juven-tude. O seu livro “Palhincócegas” foi considerado um dos melhores livros do Mundo para crianças, por um conjunto de críticos reunido na Biblio-teca Nacional de Paris.

A presidente Dores Meira subiu ao palco para entregar flores às famílias

Vencedor ao lado de Emília Sousa

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Cartaz...

Com Joana Francampos, Maria Frade, Pedro Lima, Pedro Walter e Teresa Gafeira, a peça “O Pelicano”, de August Strindberg e encenada por Rogério de Carvalho, conta-nos a tragédia de uma mãe muito áspera para com os seus filhos.

Teatro Joaquim Benite,Almada | 21h30.

A peça “Casa: Cultivo de Flores de Plástico”, com Cristina Cavalhinhos, José Mateus, Maria D´Aires e Pedro Barbeitos, fala-nos de pessoas que perdem a esperança, o futuro e a voz. Ouça estórias baseadas em casos verídicos de Lisboa.

Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo | 21h30.

Tragédia de mãe amargurada

Histórias das ruas de Lisboa

21Sáb

ado

21Sába

do

Dead Combono SeixalOs Dead Combo dão um concerto para apresentar “Lisboa Mulata”, o álbum mais recente, que conta com algumas participações especiais. Neste disco apresentam a sua visão sobre a multiculturalidade de Lisboa com ritmos africanos.

Forum Cultural do Seixal| 21h30.

21Sáb

adoGaleria sadina

com jóia nacional

A INAUGURAÇÃO da galeria municipal do renovado edifício do Banco de Portugal, que alberga tempo-rariamente parte do acervo do Museu de Setúbal/Convento de Jesus, foi o ponto alto das comemorações do Dia de Bocage e da Cidade de Setúbal, no passado dia 15.

Para a presidente do município, Dores Meira, trata-se de «mais um edifício de referência e, seguramente, um dos mais belos de Setúbal». Após cerca de 30 anos em estado de aban-dono, foi com «grande esforço que a autarquia adquiriu esta preciosidade», em plena Avenida Luísa Todi, abrindo o imóvel, datado da primeira metade do século XX, ao usufruto de todos após uma «obra complicadíssima».

Dores Meira explicou que, depois da aquisição por 450 mil euros, foram realizadas intervenções de reabili-tação na cobertura e respectiva imper-meabilização, na recuperação de alge-rozes, na anulação de infiltrações, na instalação de novos equipamentos, novos wc´s e acessos para deficientes. Trata-se de uma «rampa provisória, à entrada, uma mais barata enquanto não existirem outras alternativas».

Dos achados arqueológicos, resul-tantes dos trabalhos de escavação do centro histórico da cidade e do Convento de Jesus, à pintura a partir do século XIV até à contemporânea, um vasto espólio pode agora ser visi-tado na nova galeria municipal enquanto decorrem as obras no Convento de Jesus.

O conservador do Museu de Setúbal, Fernando Pereira, apresentou a exposição, reunindo os convidados na sala onde figura, agora, a «jóia nacional», as 14 pinturas do retábulo da capela-mor da Igreja de Jesus, uma «obra-prima» de um dos maiores pintores portugueses do século XVI, Jorge Afonso, que já foi apresentada em várias cidades europeias, como Sevilha, na Expo 92.

A edil salientou que o retábulo tem um «seguro altíssimo» e não poderia estar mais encerrado a aguardar a conclusão das obras do Convento de Jesus. Os trabalhos que podem estar mais perto do final «caso chegue a bom porto» o processo de procura de novos financiamentos promovida pela Europa Nostra para a execução integral do projecto do arquitecto Carrilho da Graça.

A presidente explicou ainda que, além de galeria temporária de expo-sições e, depois de concluídas as obras ainda em curso, o edifício irá albergar os serviços municipais de cultura, do Lions Club e da Associação Sinapsys.

Enchente viu nova galeria de luxo

Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para assistirem à popular revista “Grande Revista à Portuguesa”, de Filipe La Feria, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, que continua a ser um sucesso de bilheteira. Para se habilitar aos convites duplos, para este espectáculo protagoni-zado por Marina Mota, João Baião e Maria Vieira, basta ligar para o 918 047 918 e soli-citar a sua oferta.

O 11.º Festival Internacional de Esculturas em Areia, que está a decorrer em Pêra, no Algarve, sob o lema “Música”. É conside-rado o maior evento do género, pois foram utilziadas 35 mil toneladas de areia na cons-trução das figuras, que representam vários músicos. Está aberto até Outubro e funciona das 10 à meia-noite. Para se habilitar aos convites duplos ligue 918 047 918.

Ganhe convites para “Grande Revista”

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Alexandrina Pereira promove sessão de autógrafos em Setúbal

A POETISA Alexandrina Pereira promove uma sessão de autógrafos sobre o seu mais recente livro “Arrá-bida, meu amor meu poema”. É no Café das Artes, espaço inserido na Casa da Cultura, este domingo, entre as 16 e as 18 horas.

No local estarão patentes as fotos que integram o livro, mas de forma ampliada para que se admire

a beleza da nossa Arrábida e a sensi-bilidade dos fotógrafos que gentil-mente participaram no livro.

Além dos autógrafos, a poetisa Alexandrina Pereira estará dispo-nível para conversar com o público sobre este seu «pequeno, mas cari-nhoso» contributo para a Candi-datura da Serra da Arrábida a Patri-mónio Mundial.

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