16
Pub. Sábado | 04 abril 2015 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 849 • 8.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA CULTURA 9 Tiago Bettencourt apresenta último trabalho no Teatro João Mota SOCIEDADE 4 Câmara de Sesimbra gasta 44 mil euros para abrir Lagoa da Albufeira ao oceano NEGÓCIOS 12 Meca dos artigos desportivos abriu em Setúbal e vai criar cerca de 30 postos de trabalho Valor dos prédios na região caiu em 4 anos 33 mil euros SOCIEDADE A redução vai no sentido dos 116 para 83 mil euros e é uma queda que se verifica desde 2009. Alcochete continua a liderar os valores médios referentes à venda de prédios urbanos. PÁG. 3 Autoridades vão investigar explosão em Sesimbra ENFOQUE A explosão ocorrida numa predreira da zona de Sesimbra foi sentida até Alverca, segundo relatos nas redes sociais. Não houve feridos. A GNR está a investigar para apurar responsabilidades. PÁG. 2 Câmaras não querem fim da Simarsul e prometem lutar POLÍTICA O Governo pretende fundir oito sistemas multimuni- cipais no setor das águas, entre estes a Simarsul. Os oito municí- pios da península que integram a empresa não estão pelos ajustes. PÁG. 10 Seca ´baralha´ contas às sementeiras na região Nem as chuvadas das duas últimas semanas sossegaram os agricultores do distrito, nomeadamente no que se refere às sementeiras de sequeiro no Litoral Alentejano. Agora é fazer contas às colheitas. Podem não ser assim tão más. PÁG. 2 RESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE, 138 960 331 167

Semmais 4 abril 2015

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Edição do Semmais de 4 de Abril

Citation preview

Page 1: Semmais 4 abril 2015

Pub.

Sábado | 04 abril 2015 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 849 • 8.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

CULTURA 9Tiago Bettencourt apresenta último trabalho no Teatro João Mota

SOCIEDADE 4Câmara de Sesimbra gasta 44 mil euros para abrir Lagoa da Albufeira ao oceano

NEGÓCIOS 12Meca dos artigos desportivos abriu em Setúbal e vai criar cerca de 30 postos de trabalho

Valor dos prédios na região caiu em 4 anos 33 mil eurosSOCIEDADE A redução vai no sentido dos 116 para 83 mil euros e é uma queda que se verifica desde 2009. Alcochete continua a liderar os valores médios referentes à venda de prédios urbanos.

PÁG. 3

Autoridades vão investigar explosão em Sesimbra ENFOQUE A explosão ocorrida numa predreira da zona de Sesimbra foi sentida até Alverca, segundo relatos nas redes sociais. Não houve feridos. A GNR está a investigar para apurar responsabilidades.

PÁG. 2

Câmaras não querem fim da Simarsul e prometem lutarPOLÍTICA O Governo pretende fundir oito sistemas multimuni-cipais no setor das águas, entre estes a Simarsul. Os oito municí-pios da península que integram a empresa não estão pelos ajustes.

PÁG. 10

Seca ´baralha contasàs sementeiras na regiãoNem as chuvadas das duas últimas semanas sossegaram os agricultores do distrito, nomeadamente no que se refere às sementeiras de sequeiro no Litoral Alentejano. Agora é fazer contas às colheitas. Podem não ser assim tão más.

PÁG. 2

RESTAURANTE ● SETÚBAL ● PORTUGALRUA GENERAL GOMES FREIRE, 138  960 331 167

Page 2: Semmais 4 abril 2015

Sábado • 4 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 2

ENFOQUE

OS AGRICULTORES da região que se dedicam ao sequeiro já deitam contas à vida. Depois de meses sucessivos sem chuva, os campos estão a precisar urgen-temente de água. Os dez litros por metro quadrado que caíram há duas semanas contribuíram apenas para minimizar o pro-blema, mas as próximas sema-nas serão decisivas para o sec-tor. Ou seja, se houver precipi-tação durante o mês de Abril, o ano agrícola ainda pode ser bom. Caso contrário, a vida vai estar complicada para os produtores.

«O que está pior são as se-menteiras de sequeiro dos nos-sos colegas do Litoral Alenteja-nos, que correm o risco de ter um ano complicado se não cho-ver em breve», sublinha o pre-sidente da Associação de Agri-cultores do distrito de Setúbal, Avelino Antunes, admitindo que estes dias já são de alguma preo-cupação, agravada pelo inten-so calor da última semana – com valores de 30 graus, anormais para a época.

Avelino Antunes refere mes-

mo que os cereais ainda pode-rão assegurar uma campanha razoável, enquanto Bernardo Al-bino, da Associação Nacional de Produtores de Cereais (ANPOC), corrobora desta opinião, subli-nhando mesmo que a chuva de há duas ú semanas deu uma aju-da preciosa, acabando mesmo por ser classificada como «ab-solutamente providencial».

Ressalva que «não resolveu nada em definitivo, mas caiu em quantidade suficiente para se aguentar mais uns dias, permi-tindo garantir que, pelo menos, a campanha não está compro-metida», refere, admitindo ain-da Avelino Antunes que se não tivesse chovido até final do mês de Março os campos da região iriam debater-se com uma «si-tuação limite».

Por isso mesmo, o represen-tante da ANPOC aguarda agora que se confirmem as previsões do Instituto do Mar e da Atmos-fera até à próxima esta terça-fei-ra, que apontam para a ocorrên-cia de chuva entre 15 a 20 litros por metro quadrado, o que per-mitiria ao sector ficar mais tran-quilo.

Ainda assim, esclarece Ber-nardo Albino, «por vezes, a chu-va tem origem em trovoadas e pode acontecer que alguma ex-ploração não seja contemplada com água. Esperemos que isso não aconteça, porque, por ve-zes, a seca só é dramática até apa-recer a chuva», conclui. D

R

DR

Texto Roberto Dores

Mais três graus para o ano 2100A temperatura média na região po-derá subir até aos 2,5 graus centí-grados até ao final do século, sen-do que a chuva, pelo contrário, vai diminuir. Admite-se mesmo que a precipitação sofra uma «quebra» na ordem dos 30%. Em suma, a região vai começar a ser mais seca e quen-te, com um clima semiárido, segun-do o cenário traçado pelo Instituto de Meteorologia (IM), que alerta ain-da para o «impacto significativo» das alterações climáticas.

Como efeito mais previsível na econo-mia regional, esta diminuição da pre-cipitação tão significativa deverá tra-duzir, por exemplo, uma perda de ca-pacidade ao nível da produção de vi-nho, segundo o próprio coordenador científico do IM, Pedro Viterbo. O mes-mo responsável recorda que «a vinha precisa de invernos húmidos e verões secos», pelo que os futuros produto-res terão, eventualmente, de encon-trar soluções para os novos desafios criados pelas alterações do clima.

Seca já «espreita» campos do distrito mas ano agrícola ainda pode ser bom

Há duas semanas caíram dez litros por metro quadrado mas apenas minimizou o problema

Os meses sucessivos sem chuva geraram um

problema insavável, que nem as chuvadas das

duas últimas semanas resolveram. Agora é fazer

contas às colheitas.

Os agricultores fazem contas à vida. A seca está a fazer das suas e os campos precisam urgentemente de água. O que está pior são as sementeiras de sequeiro no Litoral Alentejano.

Até ver as campanhas não ficaram comprometidas

FOI UM enorme estrondo, com deslocação de ar, que gerou o pâ-nico na região na noite de quarta--feira. A explosão numa pedreira de Sesimbra, na serra da Achada e em pleno parque natural da Ar-rábida ouviu-se de Setúbal a Lis-boa e fez estragos em casas das redondezas. Segundo o presiden-te da Câmara, Augusto Pólvora, o que deveria ter sido «apenas uma operação de queima de um cor-dão detonante fora de prazo», re-sultou num grande susto. A GNR está a investigar.

Especialistas da Guarda têm procedido a peritagens na pedrei-ra da empresa Sobrissul, com o ob-jetivo de apurar as causas da ex-plosão, seguindo-se a participa-ção do caso ao Ministério Públi-co. Fonte da GNR avançou ainda

que também as pessoas respon-sáveis já estarão identificadas.

Segundo as informações a que o Semmais teve acesso, a empre-sa Maxampor, responsável pela operação, terá cumprido todos os requisitos de segurança, sen-do que havia elementos de for-ças policiais a acompanhar o pro-cesso. Segundo Augusto Pólvo-ra, não é comum haver explosão. «O que era suposto haver, era uma queima de material deto-nante», insistiu o autarca, admi-tindo que o excesso de calor pos-sa ter estado na origem da ex-plosão que abalou o distrito cer-ca das 22.30 horas.Até à hora de fecho desta edição a empresa ainda não tinha pres-tado declarações aos jornalista so-bre o assunto.

Região não ganhou para o susto com explosão numa pedreira de Sesimbra

GNR tomou conta da ocorrência

Page 3: Semmais 4 abril 2015

O VALOR médio dos prédios ur-banos e rústicos transacionados na Península de Setúbal baixou 33 mil euros entre 2009 e 2013, segundo a atualização feita em Março pelo Pordata com base nos dados da Direção-geral de Política de Justiça. A redução vai dos 116 mil euros para os 83 mil. Os últimos dados disponíveis mostram a manutenção da ten-dência de queda dos anos pos-teriores a 2009. Contudo, já este ano o mercado imobiliário está a registar recuperação.

O valor médio baixou para 109 mil euros em 2010, 91 mil em 2011 e 89 mil em 2012, antes de chegar aos 83 mil euros em 2013. E a tendência de queda veio

sendo seguida por todos conce-lhos, sendo que só o Litoral Alen-tejano, que surge como sub-re-gião à parte do norte do distri-to nesta estatística, regista ligei-ros aumentos.

Contas feitas mostram que Alcochete exibia a liderança do valor médio dos prédios urba-nos e rústicos transacionados em 2009, com um máximo de 236 mil euros. Em relação aos últimos dados disponíveis veri-fica-se que continua na frente, mas baixou para 157 mil, o que representa uma queda de 79 mil euros.

Já o concelho de Almada as-sistiu a uma redução menos acen-tuada (de 27 mil euros) com uma quebra de 101 mil para 74 mil. O Barreiro foi de 98 mil para 70 mil (28 mil euros), Moita de 80 mil para 50 mil (30 mil) e Mon-tijo de 118 para 88 mil (menos 38 mil).

Enquanto isso, Palmela sur-ge no segundo lugar do ranking distrital com 131 mil, ainda as-sim, menos 13 mil do que os 144 mil de 2009, traduzindo a menor quebra na região. Por seu lado, o Seixal passou de 101 mil para 74 mil (menos 27 mil euros), Se-simbra de 130 mil para 88 mil (to-

talizando 42 mil euros) e Setúbal baixou de 107 mil para 81 mil (ma-nos 26 mil euros).

No Litoral Alentejano a re-

cuperação foi dos 84 mil para 99 mil euros, depois dos 139 mil em 2010. Alcácer do Sal passou de 80 mil para 143 mil euros e

Grândola avançou dos 112 mil para 161 mil. Já os municípios de Santiago do Cacém, Sines e Odemira baixaram.

Sábado • 4 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 3

SOCIEDADE

DR

DR

Texto Roberto Dores

Valor médio da avaliação até está em subidaO valor médio de avaliação bancária no distrito, realizada no âmbito da concessão de crédito à habitação, si-tuou-se nos 1033 euros por metro qua-drado no mês de Fevereiro, segundo revelou o Instituto Nacional de Esta-tística (INE), sendo que o preço das

habitações na região aumentou mais de 3%face a Janeiro, mas caiu 1,1% comparativamente com o mês homó-logo.O valor médio de avaliação para a re-gião, nas tipologias de apartamentos T2 e T3 situou-se, respetivamente, em

1033 euros por metro quadrado e em 1001 euros por metro quadrado. Aliás, comparando com o mês anterior, ve-rificou-se um aumento de 2 euros por metro quadrado na tipologia T2, en-quanto na T3 o valor médio reduziu--se 1 euro.

Conferência do Rotary de Palmela debateu violência doméstica

Dois laços gigantes nas pontes de Alcácer

JOÃO LÁZARO, presidente da As-sociação Portuguesa de Apoio à Ví-tima (APAV), revelou que a insti-tuição registou, em 2014, 151 pedi-dos de ajuda por semana, nomea-damente 130 mulheres e 21 homens.

Estes dados revelam um au-mento de cerca de 5 por cento nos processos de violência domésti-ca, num total de 12 379 processos no ano passado. No relatório di-vulgado na passada semana, a APAV revela ainda que se verifi-caram 852 casos de violência con-tra idosos (+ 10,1 por cento) e 992 situações de agressões a crianças e jovens (+ 2 por cento).

O líder da APAV reconhece que o aumento de violência domésti-ca é apenas a «ponta de um ice-berg», acrescentando que «só ago-ra é que os poderes públicos es-

tão a despertar de forma maior, porque é necessário tomar medi-das de proteção, com quadro le-gal, aos idosos».

João Lázaro falava na reunião, organizada pelo Rotary Club de Palmela (RCP), sob o lema “25 anos a dar voz ao silêncio”, que decor-reu dia 26 de março, à noite, no restaurante Dona Isilda, em Quin-ta do Anjo. Mais de 40 pessoas com-pareceram ao encontro.

O responsável sublinhou que a APAV tem-se esforçado «bastan-te» no combate à violência domés-tica, através do apoio à vítima. «Te-mos desenvolvido um enorme tra-balho de prevenção, por ano, e que tem envolvido cerca de mais de 30 mil pessoas, com grande apos-ta nas comunidades escolares e na população sénior», reconhecen-

do que a prevenção tem de ser «re-forçada» e tem de haver «uma po-lítica nacional de prevenção da violência face aos fenómenos que estão no topo da lista».

Já Jaime Puna, líder do RCP, afirmou que a violência domésti-ca é um tema «cada vez mais preo-cupante» e que tem vindo a «agu-dizar-se». Com esta palestra, «qui-semos chamar a atenção para este problema e alertar a comunidade, as instituições e poder político que é urgente, de forma eficaz e com mais acutilância, combater este problema».

Em finais de abril, o RCP rea-liza uma nova palestra, desta fei-ta sobre a corrupção, tendo como orador Paulo Morais, uma temá-tica que também preocupa a «so-ciedade portuguesa».

O SÍMBOLO dos maus tratos ás crian-ças, laço azul, foi colocado, ontem, nas duas pontes de Alcácer, asso-ciando o município às várias inicia-tivas do “Mês da Prevenção dos Maus Tratos à Infância e à Juventude”.

São dois laços gigantes, que se podem avistar a larga distância, e com os quais a Câmara pretende «contribuir para a consciencializa-ção da comunidade para este fenó-meno preocupante e que atinge con-tornos de gravidade progressiva».

A vereadora Ana Chaves, adian-te que é necessário dar conhecimen-to deste tipo de situações às Comis-sões de Proteção de Menores, as-sim como «proporcionar aos mais novos capacidade para reivindica-rem os seus direitos». «Está nas nos-sas mãos não facilitar a prevenção», afirma.

Valor dos prédios caiu na região 33 mil euros nos últimos quatro anos

Mercado urbano está a cair desde 2009, este ano verifica-se alguma recuperação na Península de no Litoral Alentejano

Esta semana-feira a Câmara de Alma-da vai apresentar a parceria celebrada com o Festival IN – Inovação e Criati-vidade. A conferência decorre no Ma-dan Park, na Caparica, e conta com as

presenças do Vice-presidente da Câma-ra Municipal de Almada, José Gonçal-ves, e da Diretora Geral da AIP– Feiras, Congressos e Eventos, Maria João Ro-cha de Matos.

A Câmara de Alcácer do Sal e a Asso-ciação de Bombeiros Mistos da loca-lidade vão inaugurar, domingo, dia 12 de abril, o novo quartel de bombeiros, na presença da atual ministra da Ad-

ministração Interna, Anabela Rodri-gues Miranda. A nova unidade, que está situada na zona nova da cidade é, se-gundo o município, o culminar de um sonho.

Almada no Festival da Inovação e Criatividade Alcácer vai ter novo quartel de bombeiros

A redução vai no sentido dos 116 para 83 mil euros. A queda vem desde 2009, mas o este ano o mercado está a registar alguma recuperação. Alcochete lidera no valor médio dos prédios urbanos.

João Lázaro, da APAV, foi o orador

Page 4: Semmais 4 abril 2015

Sábado • 4 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 4

SOCIEDADED

R

DR

Ruinas romanas de Tróia desvendam Basílica Paleocristã com entrada gratuita

AS RUÍNAS romanas de Tróia, onde se pode ver aque-le que é considerado o maior complexo de produção de salga de peixe conhecido no Mundo Romano, abrem por-tas, gratuitamente, no dia 18 deste mês, em que se assi-nala o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, data instituída pelo ICOMOS (Con-selho Internacional dos Mo-numentos e Sítios).

Este ano, com o tema “Mo-numentos e Sítios: Conhecer, Explorar, Partilhar”, as Ruí-nas convidam a visitar a Ba-sílica Paleocristã de Tróia, considerada uma das mais antigas da Península Ibérica e das que apresentam melhor

estado de conservação.Neste sentido, nesse dia,

entre as 16h00 e as 17h30, vão realizar-se visitas guia-das à Basílica, para dar a co-nhecer a riqueza das pintu-ras romanas que revestem as suas paredes. Datadas do final do século IV e início do século V, destacam-se aqui os padrões geométricos - como octógonos, círculos, losangos -, os marmoreados e alguns motivos figurativos como aves, rosas ou o cân-taro, muito comum em toda a temática paleocristã.

O programa do Dia Inter-nacional dos Monumentos e Sítios incluirá ainda a Apresen-tação “A Pintura Mural da Ba-

sílica de Tróia”, às 15h00, na Clubhouse do TROIA GOLF Championship Course, que contará com a participação de representantes da Universida-de Nova de Lisboa e da em-presa Mural da História, enti-dade responsável pelos traba-lhos de restauro das pinturas.

O evento pretende ainda reconhecer o contributo da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) - que, desde 2014, apoia os tra-balhos de conservação e res-tauro na Basílica - e da Fun-dação Buehler-Brockhaus - que dará o seu apoio em 2015 - para a valorização do patri-mónio histórico das Ruínas Romanas de Tróia.

O presidente do Instituto de Emprego e For-mação Profissional, Jorge Gaspar, acompa-nhado por outros membros do conselho de administração, e pelo delegado Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Victor Gil, visitou a semana passada o Centro de Emprego e Formação Profissional de Setúbal, liderado por Maria do Carmo Guia, dando expressão ao trabalho que nos últimos anos tem sido desenvolvido.A comitiva teve oportunida-de de se deslocar às várias áreas de forma-ção, entre as quais a de Aeronáutica, que tem vindo a mostrar um grande performan-ce e um enorme potencial na formação de trabalhadores especializados neste setor diferenciado com várias unidades a laborar no concelho de Setúbal.

Lagoa da Albufeira já foi aberta ao marA LAGOA da Albufeira ao mar decorreu esta quinta-feira, numa iniciativa que não deixa de ser especial e antecipa a chegada da época balnear. A obra, a cargo da Câmara de Sesimbra, embo-ra a operação segundo o muni-cípio é da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambien-te, orçou em cerca de 44 mil eu-ros. A abertura do canal de liga-ção da Lagoa de Albufeira ao oceano realiza-se todos os anos no Equinócio da primavera. É uma operação fundamental para assegurar a oxigenação e repor os níveis de salinidade necessá-rios ao equilíbrio da flora e fau-na das águas interiores.

Pub.

Conselho de Administração do IEFP ‘eleva’ importância do Centro de Formação de Setúbal

Page 5: Semmais 4 abril 2015

Sábado • 4 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 5

A DIREÇÃO Regional de Agricul-tura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPLVT) vai reunir agri-cultores da península de Setúbal, dia 8, em Palmela, numa sessão de divulgação sobre a “PAC 2014-

2020”, com temas que vão desde o novo sistema de seguros de co-lheita, ao regime forfetário do IVA, bolsa de terras e investimentos.

Segundo Elisete Jardim, a di-retora regional, a ideia é mesmo «prestar todas as informações disponíveis tendo em vista faci-litar as opções sobre o que já exis-te e está confirmado, e também sensibilizar os interessados para as vantagens de se fazerem se-guros de colheira e recurso à bol-sa de terras».

Uma das matérias mais sen-síveis são os apoios a disponibi-lizar em termos de candidaturas aos fundos comunitários, cujas

ajudas ao rendimento já estão, se-gundo Elisete Jardim, todas dis-poníveis. «As ajudas ao rendimen-to estão todas disponíveis, e ao investimento, das portarias refe-rentes às medidas que mais inte-ressam aos agricultores também já estão disponíveis, sendo que é bom informar sobre o ponto da situação ao mesmo tempo que se esclarecem dúvidas».

Um dos maiores constrangi-mentos, diz a responsável, pren-de-se com o facto de a plataforma informática que vai servir para a análise das muitas candidaturas já submetidas não estar ainda a funcionar. Mas Elisete Jardim ga-rante que «os técnicos vão come-çar a receber formação já este mês e logo de seguida serão procedi-das as análises dos processos».

Outro tema que será alvo da sessão de esclarecimento tem a ver com o Plano de Desenvolvi-mento Rural que será também apre-sentado na sessão de Palmela. A responsável pela DRAPLVT não tem que dúvidas de que se trata de um instrumento «muito rele-vante» para o setor na região. «A ajuda ao investimento tem funcio-nado como alavanca do setor e é suposto que com o novo Plano as-sim continuará», afirma.

Elisete Jardim destaca ainda, como pontos positivos, o facto de o Plano apresentar um programa para instalação de jovens que per-mite o rejuvenescimento do setor, o regresso à terra e o aumento da tecnicidade».

De acordo com os mesmos pres-supostos, o programa do Plano de Desenvolvimento Rural vai passar a financiar os seguros agrícolas, fa-vorece a concentração da oferta mediante apoio à fusão de organi-zação de produtos, e permite me-lhorar a cultura associativa pelo apoio à constituição de organiza-ção e produtores, através das quais os agricultores inscritos têm ma-joração na conceção de apoios ao investimento.

DRAPLVT vai reunir agricultores em Palmela, dia 8, para explicar nova “PAC 2014-2020”

DR

Tutela regional quer mostrar caminho para potenciar projetos agrícolas na região. A mira dos fundos comunitários é o alvo, mas há mais em jogo.

Texto Anabela Ventura

Plano de Desenvolvimento Regional em ação

Pub.

Novo Plano de Desenvolvimento Rural vai ‘forçar’ organização de produtores

A penínsuala de Setúbal tem já em marcha muitas candidaturas aos fundos

Page 6: Semmais 4 abril 2015

Sábado • 4 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 6

LOCAL

A CÂMARA oferece aos donos de casas nas zonas mais antigas do concelho apoios e incentivos à rea-bilitação de imóveis em mau esta-do de conservação. O objetivo é modernizar o património de for-ma a valorizar os núcleos urbanos antigos e melhorar a qualidade de vida das populações.

A isenção do Imposto Munici-pal sobre Imóveis (IMI), por um pe-ríodo entre 3 a 5 anos, e do Imposto Municipal sobre as Transmissões

Onerosas de Imóveis (IMT), na pri-meira transmissão do edifício rea-bilitado, são alguns dos incentivos apresentados pela autarquia.

A isenção de taxas municipais de constituição de propriedade ho-rizontal, ocupação do espaço públi-co por motivo de obras e vistorias; a redução em 50 por cento nas res-tantes taxas administrativas cobra-das pela câmara municipal no âm-bito dos processos relativos a obras de reabilitação; o acesso a apoios e incentivos fiscais, no que respeita ao IVA, IRS e IRC, fazem também par-te da estratégia de requalificação ur-bana do município.

Estes incentivos destinam-se a proprietários de imóveis inseri-dos em Área de Reabilitação Ur-bana de Amora, Arrentela, Paio Pi-res ou Seixal.

Uma ARU é uma zona definida do território que justifica uma inter-venção integrada ao nível dos imó-veis degradados, através da atribui-ção de incentivos à reabilitação.

A delimitação destas áreas foi aprovada em Assembleia Munici-pal, no final de 2013.

O “Pinte a Sua Casa” foi criado pelo município em 1991, para dispo-nibilizar materiais para a recupera-ção das fachadas de edifícios nos nú-cleos urbanos antigos de Amora, Ar-rentela, Paio Pires e Seixal.

Assim, quem se candidatar a este programa terá acesso, de forma gra-tuita, a materiais de pintura neces-sários ao tratamento das fachadas,

desde tintas aos rolos, embora a sua aplicação seja da responsabilidade dos interessados.

Podem candidatar-se os pro-prietários que possuam imóveis em qualquer dos quatro núcleos urba-nos antigos do concelho, ou inqui-linos, desde que apresentem auto-rização do proprietário para a rea-

lização das obras de recuperação.As candidaturas são formaliza-

das em requerimento próprio, a en-tregar na autarquia, que acompa-nhará todo o processo.Todas as obras efetuadas ao abri-go deste programa estão isentas de pagamento das taxas municipais devidas.

Município do Seixal apoia a reabilitação urbana

Carlos Guilherme atua em Sesimbra

Alcochete expõe trajes renascentistas

Moita adjudica ampliação da escola básica de Alhos Vedros

NO ÂMBITO das comemorações dos 500 Anos do Foral de Alcoche-te, está patente ao público, no Nú-cleo de Arte Sacra, a exposição “Tra-jes Quinhentistas”.O grande enfoque da mostra incide na importância e significado social dos trajes utilizados no Renascimen-to, período de renovação artística e de ideias humanistas.

«Esta exposição integra trajes, elaborados com o objetivo de ence-nar a embaixada que D. Manuel I en-viou a Roma que foi de facto muito exuberante, com presentes, com joias, pedras preciosas e animais, como uma onça ou um elefante, e de fac-to as vestes que impressionaram Roma”, destacou a vereadora Raquel Prazeres, que sublinhou que atra-vés das comemorações os 500 anos do Foral «partilhamos a nossa his-tória e a nossa identidade e é impor-tante conhecê-la».

O MUNICÍPIO moitense já aprovou, na sua última reunião, a adjudicação da obra “Amplia-ção da EB1/JI n.º 2 de Alhos Ve-dros” à empresa “Alvape – Cons-trução e Obras Públicas, Lda”, pelo valor superior a 600 mil eu-ros e um prazo de execução de 410 dias. Esta empreitada englo-ba todas as obras do edifício a construir, o tratamento dos es-paços exteriores, a demolição do pavilhão pré-fabricado e re-moção dos contentores. O novo edifício será composto por cin-co salas destinadas ao 1.º ciclo do ensino básico, sala de edu-cação pré-escolar e um espaço que irá funcionar como sala po-livalente de refeições e para ati-vidades comuns ao 1.º ciclo e pré--escolar. A proposta foi aprova-da na reunião por maioria.

CARLOS GUILHERME, um dos mais famosos tenores do panorama ope-rático nacional, encerra a 8.ª edi-ção da Temporada de Música da Casa de Ópera do Cabo Espichel, no dia 12 de abril, sábado, às 16 ho-ras, na Igreja de Nossa Senhora da Consolação do Castelo.

O cantor lírico faz-se acompa-nhar pela soprano Filipa Lopes, pela meio-soprano Conceição Brandão de Sousa, pelo barítono Luís Rodrigues e por Pedro Viei-ra de Almeida, ao piano.

Desde 2008 que a Tempora-da de Música ganhou um lugar de destaque no cartaz cultural da região, conquistando dezenas de admiradores.

Esta edição volta a destacar-se pela qualidade, com um conjunto de concertos, óperas e recitais e músi-cos de renome da música clássica portuguesa. Entrada é livre.

Podem candidatar-se os proprietários com imóveis nos quatro núcleos urbanos

Amora, Arrentela, Paio Pires e Seixal são as zonas que podem beneficiar deste programa municipal

O projeto “Pinte a sua Casa” foi criado pelo município em 1991

João Cutileiro marca o arranque das comemorações do 25 de abril em Grândola A CÂMARA Municipal de Grân-dola iniciou, na passada quin-ta-feira, dia 2 de abril, o pro-grama das comemorações do quadragésimo primeiro ani-versário do 25 de Abril, com a inauguração da exposição de escultura, desenho e fotogra-fia de João Cutileiro, uma das figuras maiores da arte e da cul-tura portuguesas.

A obra do escultor portu-guês vai estar exposta na bi-blioteca municipal de Grândo-la durante todo o mês em que se celebra a liberdade e o fim da ditadura salazarista. A inau-guração aconteceu às 18 horas e contou com a presença da di-retora regional da cultura do Alentejo, entre muitos outros convidados.

No mesmo dia foi inaugu-rada uma mostra de escultura coletiva que reúne os trabalhos de oito artistas.

O município, em parceria com as juntas de freguesia do concelho e o movimento asso-ciativo, organiza um diversifi-cado programa que tem como ponto alto o concerto com os Oquestrada, junto ao comple-xo desportivo municipal José

Afonso. O programa arranca às 20h15 com o desfile da fan-farra Party Brass Band, seguin-do-se, às 20h30, a corrida da liberdade, com centenas de atle-tas a percorrer as ruas da Vila Morena. Pelas 22 horas atua a banda da Sociedade Musical Fraternidade Operária Gran-dolense e, meia hora depois, decorre o tão desejado concer-to com os Oquestrada, de Al-mada. A noite encerra com a atuação do DJ Miranda, que dá assim as boas vindas ao dia 25 de abril, uma data histórica que derrubou o regime ditador de Salazar.

O escultor João Cutileiro

Cantor lírico volta a ser chamado Obra avaliada em 600 mil euros

Estão abertas, até dia 6, as inscrições para frequentar o mini-curso de tempos livres “Mãos à Horta” que o município volta a pro-mover, entre abril e junho, em cinco sába-dos, das 15 às 18 horas. A ação destina-se a

munícipes com mais de 18 anos que quei-ram aprender como se faz uma horta se-gundo princípios de agricultura biológica e que disponham de um pedaço de terre-no para cultivar, no concelho da Moita.

Sesimbra vai aderir à rede Portuguesa de Cidades Saudáveis, associação constituída em 1997, que conta com 28 municípios do continente e ilhas, entre os quais Barreiro, Montijo, Palmela, Seixal e Setúbal. Esta Rede

visa apoiar a divulgação, implementação e desenvolvimento do projeto Cidades Sau-dáveis nas autarquias que pretendam as-sumir a promoção da saúde como uma prio-ridade da agenda dos decisores políticos.

Moita ensina a fazer agricultura biológica Sesimbra adere às Cidades Saudáveis

Exposição no Núcleo de Arte Sacra

Texto António Luís

Programa “Pinte a Sua Casa” D

R

DR

DR

Page 7: Semmais 4 abril 2015

Sábado • 4 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 7

O MUNICÍPIO já arrancou com a limpeza na estação arqueológica de St.ª Catarina de Sítimos. Estes trabalhos contam com a colabo-ração de cinco jovens voluntários que ocupam os dias de férias es-colares com a ajuda na limpeza daquele sítio arqueológico data-do dos séculos I a.C. /VI d. C, com vestígios de período islâmico e me-dieval cristão.

Identificada em 1977 devido ao alargamento de uma rua na aldeia de Santa Catarina, só em 1986 e posteriormente em 2006/ 2007 foi possível começar os primeiros tra-balhos de escavação.

Embora a área intervenciona-da seja escassa para definir com rigor as diferentes fases de ocu-pação das estruturas, as escava-ções permitiram descobrir vestí-gios de dois núcleos de ocupação nesta área, que integrariam uma importante villa romana.

De realçar a identificação de

uma grande piscina com a respe-tiva escadaria de acesso ao inte-rior que provavelmente fará par-te de uma estrutura termal.

A área intervencionada reve-lou uma ocupação humana des-de meados do séculos I a. C que terá durado até aos séculos V/VI.

Posteriormente em contexto islâ-mico assiste-se a uma presença humana ainda em moldes pouco claros, sucedendo o mesmo após a conquista Cristã de 1217, resul-tando na aldeia atualmente exis-tente e cuja igreja encontra-se re-ferida no século XIII.

Montijo acolhe aula aberta da universidade sénior

Gato de Santiago estreou peça em Lisboa

Cantar Abril está de volta a Almada

Palmela esclarece agricultores

O GATO SA estreou, no dia 2, na Barraca, em Lisboa, a nova peça “Vai Vem”, um espetáculo de tea-tro físico com Helena Rosa, Ma-rina Leonardo, Raul Oliveira e Tomás Porto, dirigidos pelo en-cenador colombiano Juan Car-los Agudelo Plata, diretor da Casa Del Silêncio, de Bogotá. O espe-táculo conta ainda com a parti-cipação de técnicos e criadores oriundos desta dinâmica de cria-ção e promoção teatrais nasci-da em St.º André há mais de três décadas.

O FESTIVAL Cantar Abril, na sua 5.ª edição, está de volta à cidade de Almada. A fase das eliminató-rias está marcada para 17 e 18, às 21h30, no Teatro Municipal Joa-quim Benite em Almada.

Trata-se de um concurso de música de intervenção onde os participantes têm a possibilida-de de recriar músicas de autores tão importantes como Zeca Afon-so, Fausto, Sérgio Godinho e José Mário Branco, entre outros, mas também de criar temas novos, com o objetivo de, hoje como on-tem, se fazer da palavra e da mú-sica um instrumento de mudan-ça e de luta por uma sociedade mais justa e democrática. A edi-ção de 2015 contou com a parti-cipação de 87 concorrentes oriun-dos de todo o país.

A grande final está marcada para dia 30, às 21h30, na Academia Al-madense. A entrada é livre.

O TEATRO S. João recebe, dia 8, às 14 horas, a sessão para agriculto-res “PAC 2014-2020, Bolsa de Ter-ras, Sistema de Seguros de Colhei-ta e Regime Forfetário do IVA na Pequena Agricultura”.

A sessão conta com o presiden-te da Câmara e da diretora regional da Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo. O Programa de Desenvolvimento Ru-ral 2020 – DS Investimento e o IVA Forfetário, Seguros Agrícolas, Paga-mentos Diretos - 1º pilar e Bolsa de Terras estão em debate.

O AUDITÓRIO da Casa Senhorial da Quinta do Saldanha vai acolher, no dia 7, às 16 horas, uma aula aber-ta a toda a população, proferida por Maria Boléo, dedicada ao tema “D. Maria I e D. Maria II duas rainhas ho-mónimas numa época atribulada”.

A aula aberta da disciplina de História de Portugal e Local irá de-bruçar-se sobre o período histó-rico dos fins do século XVIII e prin-cípios do XIX.

A Universidade Sénior do Mon-tijo nasceu da celebração de um protocolo entre o município e a Universidade Setubalense da Ter-ceira Idade, em 2006. Além do ca-lendário letivo, promove também várias atividades extracurricula-res, nomeadamente, visitas de es-tudo, espetáculos, festas, confe-rências, exposições, workshops e semanas abertas.

Repsol dá 44 mil euros ao associativismo de SinesA REPSOL, o município e 19 co-letividades assinaram, dia 24 de março, nos Paços do Concelho, protocolos de colaboração rela-tivos ao presente ano.

O montante dos apoios atri-buídos foi de 44 mil euros, des-tinado a apoiar financeiramen-te as coletividades e instituições ligadas ao desporto, cultura e so-lidariedade social.

Na cerimónia, o edil Nuno Mas-carenhas, mostrou-se satisfeito pelo gesto da empresa às coleti-

vidades no 1.º trimestre do ano e pelo aumento do seu valor glo-bal, em 10 por cento, o que per-mitiu apoiar mais quatro coleti-vidades do que em 2014.

O diretor da Repsol, Joaquín García-Estañ, disse que os apoios atribuídos são «apenas uma par-te do compromisso da empresa com Sines e da sua responsabili-dade social empresarial». Referiu o contributo da Repsol para o em-prego na região e a formação que está a desenvolver.

DR

Cemitério de Setúbal mais belo

O COMÉRCIO de flores feito no exterior do Cemitério da Paz transitou para o interior, nas ins-talações do Complexo Fúnebre de Setúbal, o qual conta com nova peça escultórica no “Jar-dim da Memória”, da autoria de Jorge Pé-Curto.

Esta mudança visou criar condições mais condignas tan-to para vendedores como para utilizadores do sepulcrário.

Os dois serviços de florista

disponibilizados estão instala-dos no edifício principal do Com-plexo Fúnebre, numa zona co-mercial na qual funciona tam-bém um marmorista.

No edifício principal encon-tram-se ainda o crematório, ins-talações sanitárias, uma sala para crianças e outra designada de “Última Despedida”, espaço ajar-dinado no exterior onde é pos-sível depositar as cinzas dos en-tes queridos.

Alcácer do Sal limpa estação arqueológica de Santa Catarina

Os trabalhos estão a ser desenvolvidos com apoio de jovens voluntários

Teatro S. João acolhe debate

Barreiro envolvido no Europan 13O BARREIRO é um dos três mu-nicípios a participar no Euro-pan 13, concurso internacional de ideias, aberto a arquitetos com menos de 40 anos. O canal fer-roviário, a antiga estação rodo--ferro-fluvial e envolvente são as áreas definidas para desen-volvimento de trabalhos. Ode-mira e Santo Tirso são outros municípios a concurso.

A sessão, que incluiu a assi-natura do protocolo que forma-lizou a adesão do Barreiro a este concurso, nesta edição, com o tema “Cidade Adaptável”, rea-lizou-se em Lisboa.

De acordo com a delibera-ção: “Estes locais têm mereci-do especial atenção no trata-mento urbanístico que o muni-cípio tem procurado inscrever nas mais diversas intenções so-bre o território”.

INICIATIVAS

Seixal integra imigrantes A 9.ª edição do Fórum Cidada-nia decorre dia 8, às 9h30, nos Serviços Centrais do município do Seixal, sob o tema “Plano Mu-nicipal para a integração de Imi-grantes”. Será apresentado o es-boço do referido plano e, pos-teriormente, criado um espaço para o debate. No final serão re-colhidos os contributos e as re-comendações sugeridas pelos presentes, para a elaboração do documento final.

XV romaria a cavalo avança na Moita

A herdade de Rio Frio recebe, dia 8, às 11 horas, a apresenta-ção da XV Romaria a Cavalo Moi-ta – Viana do Alentejo. O even-to decorre de 22 a 26 deste mês. Na apresentação estão repre-sentantes da comissão organi-zadora da romaria, nomeada-mente dos municípios da Moi-ta e de Viana do Alentejo, bem como da Associação dos Romei-ros da Tradição Moitense e As-sociação Equestre de Viana.

Histórias da Liberdade na biblioteca

Em abril a Câmara de Almada propõe atividades gratuitas para crianças e jovens na Rede Municipal de Bibliotecas e no Centro de Interpretação de Al-mada Velha. Dia 18, às 16 ho-ras, a Biblioteca José Sarama-go (Feijó) convida os mais no-vos a descobrir “Histórias de Liberdade”. No mesmo dia, tam-bém às 16 horas, a Biblioteca Maria Lamas (Caparica) desa-fia as famílias para a oficina “Mural da Liberdade”.

Montijo celebra dia dos moinhos

O município do Montijo as-socia-se à Rede Portuguesa de Moinhos para comemorar o Dia Nacional dos Moinhos e o Dia dos Moinhos Abertos. A 7, 11 e 12 vão estar abertos o moinho de maré do cais e o moinho de vento do Esteval. Se quiser realizar visita guia-da ao moinho de vento do Es-teval ou à exposição “Moinhos de Maré do Ocidente Euro-peu”, patente no moinho do Cais pode fazê-lo a 7 e 12, me-diante marcação prévia.

Os atores envolvidos na peça

DR

DR

Page 8: Semmais 4 abril 2015

O CASINO Estoril estreia, dia 9, às 21h30, o musical “A Noite das Mil Estrelas”, de Filipe La Féria, rea-brindo, da melhor forma, uma nova temporada de espetáculos no Sa-lão Preto e Prata.

Em noite de gala, o Casino Esto-ril inaugura, assim, um ciclo de re-presentações do «novo e surpreen-

dente» espetáculo de La Féria que está, desde Fevereiro, em fase de en-saios no Salão Preto e Prata.

Escrito e encenado por Filipe La Féria, será o «maior musical» apre-sentado em Portugal. O espetáculo propõe uma viagem pelos momen-tos mais emblemáticos da história do Casino Estoril, desde os anos 30 à atualidade, fazendo, ainda, o en-quadramento com a História de Por-tugal do séc. XX aos nossos dias.

Numa revisitação de grandes noi-tes que marcaram diferentes épo-cas, este espetáculo homenageia as grandes estrelas que subiram ao pal-

co do Casino Estoril com as suas mú-sicas, lendas e glamour como Amá-lia, Elis Regina, Charles Aznavour, Júlio Iglésias, Liza Minnelli, entre ou-tras personalidades que marcaram para sempre a nossa memória.

Desde as míticas princesas Gra-ce Kelly, Margaret de Inglaterra, Soraya do Irão, às mais altas per-sonalidades da cultura universal como Jorge Amado ou Salvador Dali, todas elas fazem parte da his-tória do maior Casino da Europa e todas estarão em cena nesta aguar-dada “Noite das Mil Estrelas”.

O novo musical distingue-se, des-

de logo, pelos seus protagonistas, en-tre os quais sobressaem nomes como os de Alexandra, Gonçalo Salgueiro, Pedro Bargado, Vanessa, Rui Andra-de, David Ripado, Dora, Cláudia Soa-res, João Frizza e Catarina Mouro. Em palco, estarão, ainda, em evidência um corpo de bailarinos, vários acro-

batas e uma Orquestra ao vivo. O musical estará em exibição de

5.ª feira a domingo, no Salão Preto e Prata, às quintas e sextas-feiras, às 21h30, e aos sábados às 17 horas e às 21h30, bem como aos domingos, às 17 horas. Os preços situam-se entre os 10 e os 35 euros.

Sábado • 4 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 8

“Casa do Rio” é o espetáculo de dança que a Companhia de Dança de Almada apresenta no Fórum José M. Figueiredo, na Baixa da Banheira, este sábado, às 21h30. Inspirado na música portuguesa,

este bailado tem por base a diversidade da cultura nacional. Sobre a criação, o coreógrafo Benvindo Fonseca diz: «Pre-cisava dançar também as minhas raízes lusas».

Low Budget, Loosense, Atlas e Hotkin são os quatro grupos que participam, este sábado, às 22 horas, na pré-eliminatória do 11.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal, na Capricho Setubalense. Na

pré-eliminatória, com entrada gratuita, quatro bandas sadinas procuram para a final do concurso. O vencedor tem aces-so direto à final e os restantes participam nas três eliminatórias.

Dança “Casa do Rio” nos palcos da Moita Bandas de garagem atuam na Capricho

CULTURA

É já nos sábados 4 e 11 de abril que a feira de artesanato “Artes e Talentos” regressa ao interior do Mercado da Moita, das 9 às 13h30. Peças em madeira, tecido, metal, ce-râmica, cortiça e crochet são algumas das

propostas que pode encontrar. A feira de artesanato insere-se no programa de Di-namização e Animação do Mercado da Moi-ta. Os interessados em participar na feira, devem inscrever-se junto daquele pavilhão.

O lançamento foi a 27 de março, no Teatro Joaquim Benite. A apresentar estiveram Ân-gela Pardelha, Rodrigo Francisco e o pró-prio autor. Este livro, uma publicação da CTA, é um resumo das intervenções do fun-

dador da Cornucópia, no âmbito d’O sen-tido dos mestres, um programa do último Festival de Almada. Na obra são abordadas as cinco áreas base para a construção de um projeto teatral.

Artesãos mostram arte e talento na Moita Luís Miguel Cintra lança livro em Almada

Casino Estoril estreia dia 9 “A Noite das Mil Estrelas”

DR

O CENTRO histórico de Palmela volta a encher-se de gente para a tradicional Queima do Judas, este sábado, às 21h30. O ritual teatral reveste-se, este ano, de especial valor simbólico, ao assinalar os 20 anos da Queima, que tem sabido cres-cer e envolver o movimento associativo e as populações.

Com início no Largo dos Loureiros, o percurso, marcado pela Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo, conduzirá os visitantes pelo centro his-tórico, onde os Judas, as associações e os grupos de teatro prometem momen-tos de boa disposição, com uma noite re-pleta de crítica social e boa disposição. No total, serão 12 Judas, da responsabi-lidade dos “Loureiros”, do grupo das Fé-rias Culturais Passos e Compassos, dos

Escoteiros de Palmela, da Artimanha, do grupo de jovens INdiferentes, do grupo “As Avózinhas”, do OKUPA Cento Social de Palmela, do Teatro Sem Dono, da So-ciedade Columbófila de Palmela, do Gru-po de Teatro dos Serviços Sociais, do Gui-zo e da Humanitária.

O encerramento decorre, como habi-tualmente, no Largo de S. João, onde será lido o testamento do município, seguin-do-se animação com os diabos do Bar-doada e fogo-de-artifício.

Recuperado em 1995 pela autarquia, este ritual de origens pagãs, ligado à ce-lebração do equinócio da Primavera, está, hoje, integrado no Programa Municipal de Teatro e tem contribuído para a divul-gação do trabalho dos grupos de teatro de amadores do concelho.

Palmela queima o Judas no centro histórico

Pub.

Ritual da Queima do Judas é tradição em Palmela

Ciclo de representações no Salão Preto e Prata surpreendente

La Feria está de regresso ao Estoril com mais show de luxo.

Texto António Luís

A boa disposição foi uma constante durante os ensaios do musical

DR

Page 9: Semmais 4 abril 2015

Sábado • 4 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 9

TEMOS CONVITES para ofe-recer aos nossos leitores para assistirem à nova revista de Fi-lipe La Feria, “Portugal à Gar-galhada”, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, com su-

cessivas lotações esgotadas. Marina Mota, Maria João Abreu, Joaquim Monchique, José Ra-poso, Paula Sá e Ricardo Soler são os cabeças de cartaz desta revista que aposta em cenários

Ofertas Semmais - Inscreva-se já! Basta ligar 969 431 085

Ganhe convites para o teatro em Lisboa, Barreiro, Setúbal e Almada

“Portugal à Gargalhada”, de La Feria

“Rosa Enjeitada”, de Fernando Gomes A ARTEVIVA, companhia de teatro do Barreiro, tem em cena a comédia musi-cal “Rosa Enjeitada”, de Fernando Gomes, com en-cenação de Luís Pacheco, que conta a história dos

amores e desamores de uma prostituta. Interpre-tações de Ana Samora, Ma-nuela Félix, Sara Santinho, Alexandre Antunes, Bru-no Vitoriano, Henrique Go-mes, entre outros.

Revista popular de Bruno Frazão

Extremo relembra invasões francesas

Concerto de Páscoa da Orquestra de CâmaraNão perca o con-certo da Orques-tra de Câmara Portuguesa. No domingo de Páscoa, é a vez do Ballet Nacio-nal da Argentina fazer a sua estreia em Portugal, às 16 horas. Teatro Joaquim Benite, Almada, 21h30.

Relembrar Michael Jackson“Remember Michael Jackson” é um espetáculo com direção artística de Paulo Magalhães. Durante 90 minutos, nove bailarinos, aos quais se juntam Wanda Stuart, na interpreta-ção dos temas musicais, e José Taveira, no papel de Michael Jackson, farão uma viagem de música e dança, percorrendo todos os álbuns editados por MJ enquanto vivo. Casino de Troia, 22h30.

Tiago Bettencourt em SesimbraTiago Bettencourt vai apresentar o último trabalho a solo intitulado “Do Princípio”, produzido pelo próprio e gravado em dezembro de 2013. No concerto, o artista promete surpreender o público com novos momentos deste disco sem esquecer outros temas, que o acompanham desde o sucesso dos Toranja.Teatro João Mota, Sesimbra, 21h30.

Concerto sinfónico em SetúbalA Orquestra Metropolitana de Lisboa e o Coro Sinfónico Lisboa Cantat dão um concerto intitulado “As Sete Últimas Palavras – Concerto de Páscoa”, com direção de Theodor Guschlbauer. O concerto inspirado na quares-ma recupera o compositor Joseph Haydn através da obra “As Sete Últimas Palavras de Nosso Salvador na Cruz”.Forum Luísa Todi, Setúbal, 21h00.

03Sext

a10Se

xta

04Sába

do

04Sába

do

03Sext

a

Espelho Mágico quer sala própria«ESTÁ NA altura de termos uma sede própria, com auditório. Faz falta», revelou Ricardo Cardoso, dire-tor do Espelho Mágico, que acaba de garantir apoio de 4 mil euros do município sadino.

Ricardo Cardoso falava após a estreia do musi-cal “Feiticeira de Oz, outra veZ”, no dia 27, no audi-tório Charlot, em Setúbal. Este musical, que já ga-nhou um prémio há 5 anos atrás no Teatralia, orga-nizado pelo Inatel, vai ficar em cena aos domingos, às 10h30, neste espaço.

«É um musical muito bem dirigido por Céu Cam-pos, com um elenco de luxo. É uma sátira ao “Feiti-

ceiro de Oz”», sublinhou Ricardo Cardoso, que acres-centou que o musical vai «atravessar o País todo o ano», nomeadamente Porto, Olhão e Ribatejo, entre outros locais que ainda não estão agendados. «To-dos os anos estreamos duas peças, uma grande pro-dução e este tipo de peças itinerantes. É com estas peças pequenas que fazemos dinheiro», frisa.

“O Principezinho” vai ser a próxima produção do Espelho Mágico. «Já estamos a trabalhar no li-vreto. Vai uma super-produção. A estreia está pre-vista para o 2.º Festival Ibérico que acontece em fi-nais de outubro, em Setúbal».

A 46.ª criação do Teatro Extremo, “Guerra é Guer-ra”, de autoria e encena-ção de Horácio Manuel, estreou ontem, em Al-mada, com interpreta-ção de Bibi Gomes, Fer-

nando Jorge Lopes, Ho-rácio Manuel e Rui Cer-veira. Frei Bernardo, Joa-nico, Frei Pacheco e a cantora Luísa Todi, re-latam-nos episódios das invasões francesas.

“PORTUGAL À Garga-lhada”, a revista de La Fe-ria, continua em cena no Politeama, em Lisboa. Marina Mota, Maria João Abreu, e Joaquim Mon-chique, entre outros, são

os cabeças de cartaz des-ta revista que aposta em cenários e figurinos des-lumbrantes, e critica e sa-tiriza os principais acon-tecimentos políticos e so-ciais do País.

“É SÓ Pagode”é a nova re-vista de Bruno Frazão que estreou dia 27, no “Inde-pendente”, em Setúbal, voltando ao mesmo pal-co este domingo, às 16 ho-ras. Conta com uma sáti-

ra política, religiosa e so-cial. Presta homenagem a Paula Costa, Álvaro Fé-lix, Fernando Guerreiro e Carlos César. Com cerca de 2 horas , a revista pro-mete divertirmento.

Novos Restelos lançam CD “Trilhos”

Fazendo jus ao nome do projeto, António Augusto, José Lage e

Mário Caeiro partiram em busca de novas expressões da música

portuguesa, não ignorando as suas várias influências musicais. Apre-

sentam agora o seu primeiro CD de originais “Trilhos”.

Forum Cultural de Alcochete 21h30.

Page 10: Semmais 4 abril 2015

Sábado • 4 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 10

POLÍTICA

O líder do PS, António Costa, vai estar presente, esta terça-feira, na Acade-mia Almadense, numa das suas pri-meiras iniciativas após ter renuncia-do à presidência da Câmara de Lisboa

e assumir, em definitivo, a oposição ao Governo. O encontro com militan-tes e simpatizantes insere-se na cam-panha para as Legislativas “Mobilizar Portugal”

Mais de cem militantes do PCP de Se-simbra juntaram-se para comemorar o 94.º aniversário do partido. A sessão foi presidida por Carlos Costa, mem-bro da Comissão Política do Comité

Central do partido de Cunhal, e serviu para lembrar a «luta heroica do parti-do ao serviço da classe operária, do povo e do país». Iniciativa idêntica decorreu em outros concelhos da região.

António Costa terça-feira, em Almada Sesimbra comemorou 94.º aniversário do PCP

CDS/PP quer regresso das festas de Almada ao local do antigamente

BE quer garantir ação social no Seixal

Municípios que integram a Simarsul prometem ir à luta contra a extinção da empresa

O CDS-PP Almada enviou à câma-ra municipal de Almada um reque-rimento com a finalidade de se apu-rar quais as medidas e investimen-to que o executivo tem em mente para dar uma maior promoção das Festas da Cidade/Santos Populares, mais em concreto a possibilidade do seu regresso ao largo do antigo tri-bunal e ao jardim do Castelo, que «tanto faz recordar as grandes noi-tes de diversão dos almadenses».O novo líder da concelhia David Chambelo, pretende saber se a Câ-mara Municipal de Almada está «ver-dadeiramente interessada e empe-nhada na criação de um espaço ur-bano mais atrativo e dinâmico, apro-veitando as tradições do concelho disponibilizando as condições para que já este ano as festas populares se possam realizar no Largo do Tri-

bunal antigo e no Jardim do Caste-lo de Almada». Aproximando-se a passos largos das festividades do concelho, David Chambelo entende que Almada «não pode perder a oportunidade de com essa ocupação e revitalização do es-paço trazer mais gente a Almada aju-dando a promover e a potenciar o comércio e a restauração local».

O GRUPO parlamentar do BE vai re-comendar ao Governo a manuten-ção do horário de funcionamento do serviço de Ação Social da Câmara do Seixal durante cinco dias por se-mana e a existência de um serviço descentralizado que, segundo o BE, garanta o atendimento da popula-ção da freguesia de Corroios.

Isto, porque, dizem os bloquis-tas, a Câmara foi informada, no final de fevereiro, sobre uma Reorgani-zação dos Serviços de Segurança So-cial no município que levará a que o Serviço de Ação Local funcione ape-nas com dois dias de atendimento, e apenas para os munícipes da Fre-guesia de Corroios.

Num contexto nacional de au-mento das fragilidades sociais, esta decisão pode ter consequências gra-víssimas num concelho com 160 mil habitantes, dos quais 45 mil, se en-contram em risco de pobreza.

OS OITO municípios da penín-sula de Setúbal que integram o Sistema Integrado Multimunici-pal de Águas Residuais (Simar-sul) garantiram esta semana es-tarem dispostos a iniciar uma luta contra a extinção da empresa, responsável nos últimos anos pela construção de mais de duas dezenas de estações de tratamen-to de águas residuais.

Em causa está a decisão da Águas de Portugal, acionista maio-ritário, de chumbar a proposta dos municípios de rejeição da ex-tinção daquele organismo mul-timunicipal. “Vamos desenvol-ver todas as ações ao seu alcan-ce, no plano institucional, polí-

tico e judicial, na defesa intran-sigente das populações, do ser-viço público de água e saneamen-to e da autonomia do poder lo-cal”, refere um comunicado di-vulgada no início da semana, após a realização da assembleia-ge-ral da Simarsul.

No essencial, os municípios contestam o projeto do Gover-no que visa a criação de uma en-

tidade mais ampla, sob a desig-nação de Sistema Multimunici-pal de Abastecimento de Água e Saneamento de Lisboa e Vale do Tejo, com o objetivo de obter “eco-nomias de escala que garantam a sustentabilidade económica, social e ambiental dos serviços”.

E acusam também o Governo de impor “restrições no acesso dos municípios aos fundos comu-nitários”, estratégia que, segun-do os municípios da península, tem sido “totalmente desenvol-vida à margem e contra a vonta-de dos municípios”. Para já e so-bre este processo de decreto-lei - que pretende reestruturar o se-tor da água, agregando, para além

da Simarsul, outros sete sistemas multimunicipais da área metro-politana de Lisboa -, as câmaras do distrito que integram a empre-sa, afirmam que é retirada aos mu-nicípios acionistas da Simarsul “a capacidade que hoje detêm por direito próprio, de intervenção direta na gestão das infraestru-turas do atual sistema multimu-nicipal, que constituiu e consti-tui um pressuposto determinan-te da sua adesão ao mesmo”.

Segundo comunicado, os mu-nicípios consideram também que a proposta de reestruturação avan-çada pelo Governo “ignora o pa-pel determinante dos municípios no processo de infraestruturação do país em matéria de águas e sa-neamento, na cobertura das ne-cessidades dos seus concelhos, na melhoria e conservação das redes, nos combates à redução de perdas, à subfacturação, à frau-de e às ligações clandestinas”.

Na luta contra a extinção da Simarsul, os municípios de Al-cochete, Barreiro, Moita, Monti-jo, Sesimbra, Setúbal, Seixal e Pal-mela devem contar com a Asso-ciação Nacional dos Municípios Portugueses, entidade à qual ape-laram para se juntar a este lití-gio que promete durar.

Em causa a proposta do Governo para reestruturar setor das águas, que agrega oito sistemas multimunicipais

Texto Anabela Ventura

Álvaro Amaro, de Palmela, e Augusto Pólvora, de Sesimbra, dois dos presidentes a braços com o problema da Simarsul

Líder do PP/Almada, David Chambelo

A empresa pública Águas de Portugal inviabilizou a proposta dos municípios da Península de Setúbal que defendem a não extinção da Simarsul. Agora abre-se uma luta institucional que pode ir à barra dos tribunais.

DR

DR

DR

Acusações sobre retirada de direitos assumidos

O presidente da Câmara de Grândola defendeu, em Tróia, na abertura do Congres-so Nacional dos Municípios Portugueses, a revisão da política das Finanças Locais: «É essencial uma revisão profunda dos sistemas de financiamento do poder local, pondo fim à política de asfixia económica das autarquias, que tem procurado con-dicionar a nossa atuação e comprometer a qualidade da prestação de serviços fun-damentais às populações». Figueira Mendes, e anfitrião do encontro que decorreu naquele concelho nos dias 27 e 28 de março, referiu-se ainda ao importante papel desenvolvido pelas autarquias «quarenta e um anos depois de Abril a realidade é indesmentível, demonstrando a importância do poder local para o aumento gene-ralizado da qualidade de vida das populações e para o desenvolvimento integrado e sustentado da maioria dos territórios». Figueira Mendes ser necessário a descen-tralização de atribuições e competências, assegurando as condições de igualdade e a sua universalidade e com base num processo que transfira para os municípios os meios e recursos financeiros indispensáveis para o exercício pleno das atribuições e competências descentralizadas». Recorde-se que este foi o primeiro Congresso da ANMP a realizar-se no Alentejo com visíveis impatos na economia local, sobretudo no setor hoteleiro e da restauração.

Edil de Grândola pede revisão das da política das finanças locais

Page 11: Semmais 4 abril 2015

DESPORTO

O Santo Padre e o San Lorenzo d’Almagro

O PAPA FRANCISCO, habitante de um modes-to bairro periférico de Buenos Aires, tinha 10 anos de idade quando o clube da sua animosa devo-ção, o San Lorenzo d’Almagro, demandou terras da América do Sul e veio até à Europa com uma magnífica equipa de futebol que a muito casta Família Bergoglio apreciava e aplaudia naquele fim de ano de 1946.

Naturalmente, o San Lorenzo começou por Espanha e estreou-se em Portugal, na Cidade In-victa nortenha, a 30 de Janeiro de 1947.

Defrontou o F.C. Porto e, sem cerimónias, para gáudio do menino Jorge e de seu Pai, venceu por 9 – 4 após exibição de luxo.

Depois, a 2 de Fevereiro de 1947, essa fabulo-sa Argentina “capitaneada” por Angel Zubieta, um emigrante do País Basco, veio actuar a Lisboa no Jamor, defrontando uma muito optimista selec-ção “BSB” (Benfica, Sporting e Belenenses) incré-dula da “cabazada” dos antecedentes 9 – 4.

Vi esse jogo, com o entusiasmo próprio dos meus 13 anos e fiquei deslumbrado com a exibi-ção do San Lorenzo: 10 – 4, num verdadeiro “hino ao futebol” atacante com René Pontoni, avança-do-centro na condição de super vedeta!

Nunca mais esqueci esse “onze” do San Lo-renzo, que me maravilhou. Assim: Blasina, Rodri-guez e Basso; Zubieta, Grecco e Colombo; Imbe-lloni, Farro Pontoni, Martino e Silva. Magníficos!

Poucos dias depois do Jamor, o San Loren-zo voltou a Espanha exactamente a Sevilha, já em fase de descontração competitiva, alinhan-do os suplentes menos utilizados. Resultado: 5 - 5, amigável e invulgar, já afectado pelas sauda-des de Buenos Aires.

Durante largos anos as proezas do San Loren-zo d’Almagro foram sendo “badaladas” até por-que 3 dos futebolistas que nos visitaram actua-vam em equipas portuguesas: Zubieta, treinador do Belenenses, Mário Imbelloni no Sp. Braga e no

Sporting Clube de Portugal e Silva, hábil nº 11 da bela equipa do Sporting da Covilhã, com Mantei-gueiro, Martin, André Simonyi e Tomé, o pai do Fernandinho que brilhou no Vitória de Setúbal e também no Sporting.

Por mim, quero confessar, ficou um insupe-rável “fraquinho” pelo clube do nosso Papa que fui “alimentando” da compra periódica da belís-sima Revista “El Gráfico” onde fui acompanhan-do a evolução do San Lorenzo e tirando precio-sos ensinamentos para a minha futura activida-de no âmbito do Jornalismo Desportivo.

E já lá vão mais de 60 anos!Uma completa novidade, quase em jeito de

indiscrição que me apraz assumir. Está em curso um bem fundamentado movi-

mento para trazer a Portugal em 2016, uma equi-pa de San Lorenzo d’Almagro, 70 anos depois da estreia lusitana que tanto deve ter agradado ao menino Jorge, o actual Papa Francisco, talvez a mais prestigiada figura mundial dos nossos dias.

Não serão os “craques” profissionais mas sim os miúdos da mesma idade de Jorge Bertoglio, em 1946 – 10 ou 11 anos, como benjamins aptos para competir sob o lema de Juventude e Paz.

A intenção vai bem encaminhada e Sua San-tidade já sabe da ousadia de uns quantos idealis-tas, aprovando a ideia que aponta para se con-cretizar em Março de 2016.A ligação afectiva do Santo Padre com o San Lou-renzo d’Almagro tem muito que se lhe diga. E como o “Semmais” já chegou ao Vaticano, por meu intermédio, perdoem-me a relativa imodés-tia desta revelação que, logicamente, pode e deve ser bem e melhor esclarecida.

O Vitória de Setúbal joga, esta segunda--feira, a partir das 18 horas, no estádio dos Barreiros mais uma cartada decisi-va na luta pela manutenção. O jogo sem-pre difícil com o Marítimo, em caso de

triunfo, pode ajudar a descansar as hos-tes sadinas a contas com a necessidade imperativa de pontuar dentro e fora de portas, já que nos encontros o amealhar de pontos tem sido insuficiente.

Incluída na Milha Ribeirinha do Cen-tro de Atletismo da Baixa da Banhei-ra, a IV Caminhada Solidária da NÓS – Associação de Pais e Técnicos para a Integração do Deficiente vai ter lu-

gar no próximo dia 11 de Abril. A iniciativa terá lugar no Parque Mu-nicipal José Afonso, na Baixa da Ba-nheira (Moita), com partida marcada para as 16h30.

Vitória em busca de pontos nos Barreiros “Caminhada dos Afetos” na Moita

EM SESIMBRA, disputa-se desde sexta-feira, a 30ª edição do Torneio Praias de Sesimbra em hóquei em patins.

O torneio organizado pelo Gru-po Desportivo de Sesimbra recebe centenas de hoquistas de todo o país distribuídos pelos escalões de ben-jamins, escolares, sub 13 e sub 20anos, oriundos de 16 equipas.

Este torneio, que é único no país, assinala a data histórica dos 30 anos com a realização do 1.º Encontro de Mini Hóquei.

O dia de sexta-feira foi dedicado às partidas de grupo estando mar-cados para sábado de manhã os apu-ramentos dos terceiros e quartos classificados e, para a tarde, as fi-nais dos vários escalões. A partir das seis da tarde decorrem as cerimó-

nias protocolares de entregas de prémios.

Para além do GD Sesimbra par-ticipam no torneio as equipas do Naval Setubalense, Parede e Fabril (escolares); Juventude Azeitonen-se, Parede e Fabril (benjamins); Spor-ting, Cascais, Amadora (infantis sub 13) e Académica de Coimbra, Ama-dora e CACO (juniores sub 20).

PERTO DE uma centena de crianças parti-cipam no torneio de futebol de sub 12 reali-zado pelo União Futebol Comércio e Indús-tria para assinalar o fim-de-semana da Pás-coa e que decorre no campo de Vale da Rosa, em Setúbal.

O evento, organizado pelos pais dos jo-gadores da equipa de infantis B com o obje-tivo de angariar verbas para a manutenção e deslocações da formação.

O torneio conta com a participação de oito equipas. Para além da equipa anfitriã, participam no encontro as formações do Nú-

cleo Desportivo Recreativo Ídolos da Praça, Vitória Futebol Clube, Clube Olímpico do Mon-tijo, Clube Desportivo do Pinhalnovense, As-sociação Desportiva Samouquense, Associa-ção Desportiva Quinta do Conde e Grupo Des-portivo Pescadores da Costa Caparica.

Os jogos decorreram na sexta-feira, en-tre as 9 e as 16 horas, e no sábado, as parti-das estão marcados para o período entre as 10 e as 13 horas.

No final da manhã tem lugar a entrega de prémios que será presidida por Hernani, o patrono do Torneio.

Torneio “Praias de Sesimbra”

União Comércio e Indústria Supercup Páscoa 2015 - SUB-12, em Vale da Rosa

Feira da Pesca volta animar o Parque Urbano de Albarquel

A FEIRA de Pesca Lúdica e Despor-tiva de Setúbal volta ao Parque Ur-bano de Albarquel nos dias 17, 18 e 19. Para além dos workshops, de-bates e apresentações de equipa-mentos dedicados à atividade, a fei-ra conta ainda com a realização de dois concursos de pesca, o Concur-so de Pesca Embarcada de Alto Mar e o Open de Pesca em Kayak.

A quinta edição da Feira de Pesca, organizada pela Câmara de Setú-bal e integrada no programa dos Jo-gos do Sado, é um ponto de encon-tro entre importadores, lojistas, clu-bes, associações, federações, pes-cadores e os mais variados interes-ses relacionados com a pesca quer seja em estuário ou em mar.

A mostra conta este ano com cerca de três dezenas de exposi-tores incluindo uma área exposi-tiva dedicada à náutica de recreio, com embarcações e motores no-vos e usados.Para além das exposições, o recin-to vai ter animação cultural diária e um programa de debates para to-

dos os gostos. No sábado, dia 18, são discutidos temas como “Jigging Ver-tical”, “Spinning, Boia, Surfcasting e Corrico para Jovens Iniciados”, “Pesca Embarcada para Cidadãos com Necessidades Educativas Es-peciais” e “Spinning para Todas as Idades”, enquanto no domingo os momentos altos serão os dois con-cursos com provas a realizar du-rante a manhã e entrega de prémios ao início da tarde. A Feira de Pesca Lúdica e Despor-tiva de Setúbal tem como objeti-vo maior divulgar as potenciali-dades do concelho para a prática da pesca lúdico-desportiva em es-tuário e mar.

Evento organizado pela edilidade decorre entre os dias 17 e 19 de Abril

Texto Marta David

DR

DR

DR

A Câmara quer potenciar prática da pesca desportiva em estuário e mar.

Sábado • 4 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 11

Programa para sábadoEscolares: Apuramento do 3º. e 4º. Classificado

Benjamins: Apuramento do 3º. e 4º. Classificado

Infantis Sub 13: Apuramento do 3º. e 4º. Classificado

Escolares: FINAL

Benjamins: FINAL

Juniores Sub 20: Apuramento do 3º. e 4º. Classificado

Infantis Sub 13: FINAL

Juniores Sub 20: FINAL

David Sequerra Colaborador

10H00

10H30

11H00

14H00

14H30

15H00

15H50

16H45

Page 12: Semmais 4 abril 2015

Sábado • 4 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 12

NEGÓCIOS

Danças e prémios para alunos A cerimónia de inauguração da loja, que contou com a presença de vários desportistas setubalenses e em repre-sentação de clubes do concelho, in-cluiu duas demonstrações de dança desportiva, uma pelo estúdio de dan-ça Kelly Nakamura, e outra pela clas-se de dança jazz do V. Setúbal.

O programa contou ainda com a en-trega de prémios do concurso de de-senho “O meu desporto favorito”, even-to apadrinhado pela atleta paralím-pica Simone Fragoso e pelos futebo-listas Luís Ribeiro e Zequinha, com tra-balhos de alunos das escolas básicas do Alto da Guerra e da Bela Vista.

Decathlon de Setúbal veio criar 30 empregos

A QUARTA loja da Decathlon no dis-trito, que veio criar 30 postos de tra-balho, foi inaugurada oficialmente no passado dia 27, à tarde, em Setú-bal, com a presença da presidente da Câmara, Dores Meira, de José Fon-seca, diretor-geral da Decathon Por-tugal, e de Berta Faria, responsável pela área de expansão da Decathlon, entre outros.

Com cerca de 3 mil metros qua-drados, a funcionar no Centro de Apro-visionamento Logístico da empresa criado no polo comercial de Monte Belo, a loja Decathlon Setúbal repre-senta um investimento de 2 milhões de euros. Tem um total de 2 700 me-tros quadrados de área de superfície, com artigos para 118 práticas despor-tivas, e uma zona exterior com 400 lugares de estacionamento.

Além da importância da criação de emprego, Dores Meira realçou o momento em que a loja foi concre-tizada, «contra a corrente, com ple-na confiança nas capacidades de Se-túbal para responder ao desafio que foi lançado».

A edil vincou que «a loja e o in-vestimento de que faz parte são, si-multaneamente, causa e consequên-cia do poder de atração da cidade» e «resultado de uma estratégia de crescimento e desenvolvimento que está a dar frutos», nomeadamente,

indicou, «em matéria de visitantes turísticos».

José Fonseca, diretor-geral da Decathon Portugal, referiu que a aber-tura da 24.ª quarta loja da marca no País constitui motivo de «orgulho e de alegria», satisfação reforçada com o reconhecimento de o «Centro de Aprovisionamento Logístico de Se-túbal ter sido considerado o melhor do mundo em 2014». Foi inaugura-do em finais de 2012, abastece as 23 lojas do País e veio dar emprego a mais de 100 pessoas. Em 2014 dis-tribuiu cerca de milhões de artigos.

Por seu turno, Berta Faria, res-ponsável pela área de expansão da Decathlon, realçou que a concreti-zação do investimento em Setúbal representou «uma experiência en-riquecedora», que «contou com o apoio incondicional da autarquia».

Mas antes da inauguração ofi-cial, os jornalistas, de manhã, tive-ram oportunidade de conhecer a loja e de falar com Roberto Almeida, o diretor da loja, e com José Neves, o diretor regional Sul. «Depositamos boas expetativas na nova loja, pois trata-se de um mercado em cresci-mento porque as pessoas estão a preocupar-se cada vez mais com o bem-estar físico», afirmou José Ne-ves, que acrescentou que «Há mui-to que havia vontade em abrir uma loja em Setúbal e o público vai en-contrar aqui qualidade a preços sem-pre mais baixos». Já Roberto Almei-da, realçou que os clientes têm a opor-tunidade de experimentar gratuita-mente vários artigos expostos, du-rante 24 horas,

A 24.ª loja da marca no País constitui motivo de orgulho e de alegria para os responsáveis do projeto

Com investimento de 2 milhões de euros, a nova superfície comercial tem artigos para 118 práticas desportivas

Texto António Luís

DR

Dívidas deitaram a baixo hotel

“Casa do Rio” é o espetáculo de dança que a Companhia de Dança de Almada apresenta no Fórum José M. Figueiredo, na Baixa da Banheira, este sábado, às 21h30. Inspirado na música portuguesa,

este bailado tem por base a diversidade da cultura nacional. Sobre a criação, o coreógrafo Benvindo Fonseca diz: «Pre-cisava dançar também as minhas raízes lusas».

Low Budget, Loosense, Atlas e Hotkin são os quatro grupos que participam, este sábado, às 22 horas, na pré-eliminatória do 11.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal, na Capricho Setubalense. Na

pré-eliminatória, com entrada gratuita, quatro bandas sadinas procuram para a final do concurso. O vencedor tem aces-so direto à final e os restantes participam nas três eliminatórias.

Dança “Casa do Rio” nos palcos da Moita Bandas de garagem atuam na CaprichoO grupo Portucel Soporcel já realizou a cerimónia simbólica de lançamento da primeira pedra na construção da sua futura fábrica de pellets nos Estados Unidas da América, na Carolina do Sul.

Esta nova unidade produzirá a marca Colombo Energy e deverá estar con-cluída no terceiro trimestre de 2016, o que representa um investimento de 100 milhões de euros.

No fim-de-semana da Páscoa, a Caça ao Ovo vai ser o mote para momentos de mui-ta diversão para toda a família, em Troia. De 3 a 5, o Troia Rersort convida a partici-par numa verdadeira corrida ao Ovo da Pás-

coa com muitas “surpresas de chocolate”. Em cada dia, as primeiras dez famílias que encontrarem os ovos premiados entre os muitos que estarão espalhados por Troia, vão ganhar estadias no empreendimento.

Portucel investe nos Estados Unidos Caça ao ovo da Páscoa em Troia

DR

Histórico e emblemático Isidro fecha portas POR DÍVIDAS ao banco que atin-ge os 2,8 milhões de euros, o co-nhecido e afamado hotel e res-taurante Isidro, localizado no Bairro Santos Nicolau, em Se-túbal, na freguesia de S. Sebas-tião, vai encerrar ao público este domingo.

Aguarda-se, com expetati-va e incógnita, que novos inves-tidores espanhóis peguem no negócio.

Carlos Ermida, o diretor-ge-ral, relembra que a empresa fez um contrato de locação finan-ceira com a entidade bancária, no ano de 2008, mas que a par-

tir de abril de 2013 perdeu ca-pacidade financeira para poder cumprir com os pagamentos das prestações mensais, pelo que em 2014 ainda se tentou regu-larizar a dívida através de um acordo. «Fizemos todos os pos-síveis para não fechar o hotel e o restaurante Isidro e salvar os 50 postos de trabalho. Tentá-mos negociar a dívida com a ins-tituição bancária, consoante a exploração do negócio. Algu-mas pessoas têm 20 ou 30 anos de trabalho nesta empresa e di-ficilmente serão integradas no mercado de trabalho devido à

sua idade avançada», sublinha.Triste, Carlos Ermida conta que

«a faturação do hotel até estava a crescer este ano, registando-se uma subida no volume de negó-cios superior a 30 por cento, nos primeiros três meses, em compa-ração com o ano transato».

A entidade bancária, por cau-sa das dívidas avultadas da em-presa, avançou com um proces-so cautelar, o que fez com que o tribunal decidisse, no passado dia 9 de março, que o edifício do ho-tel e do restaurante fosse penho-rado como precaução do paga-mento das dívidas em atraso.

Melhor Centro de Aprovisionamento do Mundo

A edil Dores Meira e os respon-sáveis da Decathlon no corte da

fita de abertura da loja

No artigo da eleição de David Chambelo, como novo líder do CDS-PP de Almada, o nome saiu trocado na última edi-ção. Em vez do nome corre-to foi escrito Luís Chambelo.E no artigo sobre a participa-ção do ator/bailarino de Se-túbal, José Lobo, num espe-táculo de Godspell, o nome também estava trocado em algumas partes da peça. Por lapso foi referido João Lobo, pelo que, desde já, pedimos desculpas aos visados e aos leitores.

Nomes trocados

Page 13: Semmais 4 abril 2015

Sábado • 4 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 13

Dezasseis mil visitantes provaram produtos de qualidade no Pão, Queijo e Vinho

DEZASSEIS MIL pessoas pas-saram este ano pelo 21.º Festi-val Queijo, Pão e Vinho, no pas-sado fim-de-semana, em S. Gon-çalo. Organizado pela ARCOL-SA, o certame, com os apoios fi-nanceiros do município de Pal-mela e da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, promoveu os produtos de qualidade da região, como é o caso do Queijo de Azei-tão DOP, dos vinhos da Penín-sula, do pão e da doçaria tradi-cional, da fruta, das compotas,

do mel e dos licores. Luís Macheta, da organiza-

ção, avançou ao Semmais que o evento decorreu «muito bem», com o bom tempo a ajudar, e foi um «verdadeiro sucesso em to-das as suas atividades». E con-clui: «A nossa meta, que era tra-zer mais visitantes ao festival, foi atingida».

Já Matos Barata, da Direção Regional de Agricultura, que mar-cou presença na inauguração, confessou que é um «grande apai-xonado» pelos vinhos da região. «Esta iniciativa é importante para todos», opinou.

José Carlos Caleiro, da Ade-ga Cooperativa de Palmela, real-ça que o festival permite «divul-gar os nossos produtos de qua-lidade premiados» junto de «mui-ta gente». Hélder Galante, da Malo Tojo, frisa que se trata de um fes-

tival «marcante» na região, onde estiveram expostos os seus tin-tos de excelência. Filipe Cardo-so, da Sivipa, considera que es-tamos perante um evento de «re-ferência» da região que «atrai muita gente que faz bom negó-cio». Francisco Soares, da pada-ria Perspetivas Crescentes, deu a provar o pão com passas aos visitantes, uma «novidade que está a agradar». Sofia Fortuna, da Lima e Fortuna, diz que a em-presa tem feito preços «mais atra-tivos» durante este festival que serviu para dar a provar os bom-bons de chocolate de Azeitão e o pastel de ginja. Já Ana Lobo, da Casa Agrícola Assis Maria Lobo, revelou que a empresa aproveitou o festival para lan-çar o Lobo Mau branco. Domin-gos Soares Franco, da José Ma-ria da Fonseca, elogiou o certa-me e não deixou de falar do seu famoso «moscatel de Setúbal e do queijo de Azeitão da Quinta de Camarate».

A ‘romaria’ voltou a S. Gonçalo para provar os produtos e para participar nas atividades ao ar livre

O bom tempo e os produtos afamados, como o vinho e o queijo de azeitão, contribuiram para o sucesso deste ano do certame mais emblemático da região que serve para divulgar o que de melhor se faz .

Texto António Luís

DR

As expetativas em termos de afluência de público foram superadas

António Resende, João Albino e Vasco Ramos, os três sócios-gerentes do Sushima Setúbal

DR

Pub.

Sushima promete fazer sucesso em Setúbal O RESTAURANTE Sushima, que tem como especialidade a comida japonesa, abriu por-tas oficialmente na passada quarta-feira em Setúbal, na zona dos bares, mais concretamen-te na Rua Barão do Rio Zézere, no local onde outrora funcionou o bar Absurdo. Veio criar, até agora, 6 postos de trabalho. António Re-sende, Vasco Ramos e João Albino são os três sócios-gerentes do Sushima Setúbal.

Muitos convidados especiais marcaram presença, entre os quais o ator Pedro Teixeira, Zequinha, jogador do V. Setúbal, a cantora Suzy, Pedro Capitão, da Casa dos Segredos 5, e o de-corador sadino João Maria, entre outros.

Vasco Ramos revelou que, a convite de João Albino, dono do Sushima Lisboa, aber-to há 5 anos, está por detrás da gerência do Sushima Setúbal, juntamente com António Re-sende, o patrão do bar Absurdo. «Somos os três amigos nascidos e criados em Setúbal e decidimos apostar num espaço mítico, onde funcionou o Absurdo. Criámos uma esplana-

da, com deck, e estamos bem localizados. Apos-tamos em peixe fresco de qualidade para que os nossos clientes fiquem satisfeitos e voltem sempre». O responsável sublinhou que a Casa Ermelinda Freitas, que tem «vinhos fantásti-cos», foi a «maior parceira» do restaurante.

João Albino confessou que sempre foi um desejo abrir um Sushima na sua terra natal. «Depois de 5 anos com restaurante montado no Chiado, abri na minha cidade este espaço que mantém as mesmas apostas que em Lis-boa. É um conceito que ainda não existia em Setúbal, focado no sushi de fusão, com a in-trodução de vários ingredientes, desde os do-ces aos salgados».

Por seu turno, António Resende, realça que o Sushima reúne todos os ingredientes para fazer sucesso. «O Sushima é um nome gran-de da cozinha japonesa. Vai ser com certeza um projeto de sucesso». Com serviço ‘take-away’ todos os dias, o Sushi-ma Setúbal encerra à segunda-feira.

Produtores mostraram os seus ‘diamantes’ mais preciosos

Page 14: Semmais 4 abril 2015

Sábado • 4 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 14

OPINIÃO

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

A extinção da Simarsul

O GOVERNO prepara-se para fun-dir os sistemas multimunicipais de águas e saneamento e, com isso, acaba-se a Simarsul, responsável nos últimos anos, pela autêntica metamorfose do tratamento de águas residuais na Península de Setúbal.

Trata-se de uma empresa com forte participação de oito dos nove municípios da região (com exce-ção de Almada), embora o maior acionista (decisivo pelos vistos) seja a Águas de Portugal. A obra está realizada nas suas me-tas essenciais. Quem se lembra do problema existente no setor há quin-ze anos atrás, para não recuarmos mais, pode afirmar, com total se-riedade, que a Simarsul e os ‘seus’ municípios cumpriram.

Diz-se que desta forma, juntan-do todos num mesmo saco, poupar--se-á dinheiro. Bom, lembro da re-dução do número de conselheiros de administrações de empresas pú-blicas (promessa eleitoral) que, pas-sados três anos e pouco, parece vol-tarem ao mesmo. Veja-se o caso do Porto de Sines que se prepara para ganhar dois novos vogais.

Tudo isto é sério de mais para se brincar às estratégias. Este Go-verno (e muitos outros) tomam me-didas sem as estudar e mexem no que parece correr bem.É um sinal de incompetência. Va-mos acompanhar.

EDITORIALRaul Tavares

NÃO TARDARÁ um mês que em vários pontos do nosso país a solidariedade com a Re-volução Bolivariana foi par-ticularmente expressiva, an-tes de tudo pelo repúdio a mais uma tentativa de golpe de Es-tado a que os Estados Unidos nunca estão alheios. A unida-de e convergência de acções propiciaram ao Embaixador da República Bolivariana da Venezuela em Portugal, Ge-neral Lucas Rincón, uma ex-celente oportunidade para fa-lar do papel da mulher no pro-cesso de desenvolvimento so-cial, politico e cultural ence-tado por Hugo Chavez com o apoio da larga maioria do seu povo. De facto, ele acabou por ser parceiro de Johana Tabla-da, Embaixadora de Cuba em Portugal, num almoço-con-vívio a 8 de Março, na Moita, promovida pelo núcleo con-celhio da Associação de Ami-zade Portugal-Cuba (AAPC), exactamente sob o tema “O papel da Mulher na Revolu-ção Cubana”.

Bastariam os números tra-zidos por ambos quanto ao posicionamento da mulher nas sociedades cubana e ve-nezuelana nas várias esferas e níveis, e o conjunto de direi-tos seus adquiridos, para en-cher de satisfação as mais cem pessoas presentes na Quinta do Branco, no Chão Duro. Mas mais forte foi o orgulho co-mum de todos, comungando o princípio de que a solida-riedade internacionalista não se pede, dá-se - e desde logo o orgulho de nunca se ter de-sistido do combate pela liber-tação dos Cinco Patriotas Cubanos encarcerados nos Es-tados Unidos, como, agora, pelo fim do criminoso bloqueio

à Ilha de José Marti.Outros intervenientes fo-

ram Augusto Fidalgo, Presi-dente da AAPC, e Rui Garcia, Presidente da Câmara Muni-cipal da Moita. Se falamos de Joana, outra mulher, Beatriz Nunes, esteve em represen-tação da Associação Conquis-tas da Revolução, e se a Tere-za Lésico, do núcleo da APPC, coube a apresentação da ini-ciativa, Marta Lopes Silva, pro-fessora de música do Agru-pamento de Escolas da Moi-ta, extraiu as melhores vozes à Tuna da Universidade Sé-nior da Moita.

Um eco chegou da sauda-ção que a AAPC endereçou aos obreiros e participantes de uma singela homenagem à luta das mulheres e do povo do Saara Ocidental ocupado por Mar-rocos, a plantação durante a manhã de uma oliveira no Jar-dim de Palhais, no Quebedo, Setúbal, iniciativa do Movi-mento Democrático de Mu-lheres (MDM), da Câmara Mu-nicipal e de Juntas de Fregue-sia, com a participação de Ah-med Fal, Delegado da Frente Polisário em Portugal. Já Ci-priana Brites, daquele mesmo movimento, estando igualmen-te no Chão Duro, sabe-se que pensou: “Que bom, é tudo ao mesmo tempo!”

Eis porque neste momen-to decorre (Cipriana tinha ra-zão) no Deserto da Morte, nos campos de refugiados, mais um Congresso da União das Mulheres Saarauís. Portugue-sas lá estarão. Nenhuma que não conheça o Quebedo.

NA PASSADA terça-feira a convi-te do Instituto de Defesa Nacional, participei numa mesa redonda com dois peritos, e com vinte partici-pantes, convidados/as especialis-tas, subordinada ao tema “Natali-dade e Sustentabilidade da Segu-rança Social” onde realizei uma in-tervenção/reflexão sobre o tema da natalidade, que aqui partilho com as leitoras e os leitores do Jor-nal Semmais.

Quando falamos de natalidade e da sua relação com o Estado, de-vemos falar, não de políticas de na-talidade, mas de políticas de apoio às famílias. O Estado deve propor-cionar, através de políticas públi-cas, respostas que vão ao encontro das necessidades das famílias, de modo a criar as condições neces-sárias para que as pessoas possam decidir os filhos que querem ter.

Sendo esta uma necessidade considerada prioritária para o país, uma vez que os nascimentos estão na casa dos 80.000/ano, há que tomar a decisão de desenvolver uma estratégia assumida de polí-ticas para as famílias ao invés de políticas públicas avulsas e mui-tas vezes indiretas. Para tal é ne-cessário definir previamente um conjunto de pressupostos:

Primeiro pressuposto- é fun-damental que se defina o que é que o Estado entende como família e quais os modelos de família a in-tegrar nas políticas públicas.

Segundo pressuposto - é neces-sário, do ponto de vista ideológi-co, decidir que caminhos se tomam e se estes caminhos são ou não in-formados de preconceitos e ava-liações morais que redundam em contradições. Dou como exemplo um tema que está na ordem do dia, a PMA - procriação medicamente assistida, em que as mulheres sol-teiras não podem aceder à técnica médica de conceção.

Terceiro pressuposto – é preci-so definir as áreas de intervenção explícita em que as políticas públi-

cas se vão focar, nomeadamente no domínio financeiro, dos serviços e dos direitos e dispositivos regula-dores, tendo em conta a igualdade de género, a estrutura do mercado de trabalho, o nível de rendimen-tos e de impostos praticados, o Es-tado de Providência existente e as experiências internacionais que co-lheram resultados positivos.

Quarto pressuposto – é dese-jável realizar a avaliação dos im-pactos diretos e indiretos das me-didas. Dou como exemplo a pos-sibilidade de criar incentivos ao trabalho a tempo parcial que en-cerra uma forte probabilidade de desincentivar o trabalho a tempo inteiro das mulheres o que cons-tituiria um retrocesso social ou o aumento do horário de trabalho de 35h para 40h semanais preju-dicando a conciliação familiar.

Outro aspeto a ter em conta pren-de-se com o plano pessoal e priva-do. Há uma tendência cada vez mais acentuada para uma opção de filho único. É necessário perceber obje-tivamente porquê. Dou um exem-plo: Uma família que tenha um ren-dimento mensal líquido de 1700€, paga de comparticipação familiar numa creche de uma IPSS cerca de 240€, caso tenha dois filhos na res-posta paga, na melhor das hipóte-ses, qualquer coisa como 444€.

Apesar de podermos desenvol-ver uma estratégia nacional para que nasçam mais crianças, não ob-teremos resultados, por mais que se faça, se a economia não crescer e o desemprego não baixar, se não travarmos a emigração dos mais jovens, se Portugal não sair da aus-teridade permanente. Bebes pre-cisam-se, mas só é possível aumen-tar a natalidade se construirmos uma sociedade que permita ter con-fiança e perspetivas de futuro.

Do Quebedo para o Saara

Bebés precisam-se

Valdemar SantosMilitante do PCP

QUANDO MORRE um poeta - ou quando morre um poeta com a dimensão de Herberto Helder - vendem-se mais jornais, o que ajuda a compensar o investimen-to que a imprensa faz nas pági-nas dedicadas à memória do mor-to. Só que a maior parte das no-tícias da morte de poetas são en-caixadas a uma coluna na necro-logia. Herberto Helder não: teve capas, poemas integrais, alguns artigos interessantes - e o habi-tual circo de quando morre al-guém valoroso e algumas pes-soas se servem desse desapare-cimento para falar de si próprias.

Herberto Helder foi realmen-te um grande poeta - e parece--me um tanto injusto o “con-curso de misses” que automa-ticamente se seguiu à sua mor-te. O que interessa discutir se foi maior do que Sophia, ou Sena, ou Pessoa (ou Camões, como vi escrito)? Julgo que a melhor ho-menagem que se lhe pode fazer é não falar nele. Apagar-se-lhe a circustância biográfica, para que fique só a poesia. Porque

foi isso que o Poeta fez ao lon-go da sua vida.

Nunca o vi, nunca o tinha lido apaixonadamente, mas bastou um livro (“Servidões”) que uma pessoa que nem me é muito pró-xima me ofereceu inesperada-mente, no Porto, para de ime-diato me espantar (ia escrever “me queimar”) com o seu uni-verso. Na verdade acho que te-nho esse livro, que se esgotou num ápice, a arder numa estan-te lá de casa.

Com a sua obra derradeira, publicada já na Porto Editora, e na qual o Poeta exibe despudo-radamente a morte biológica - a morte do seu corpo -, parece que houve celeuma e que se de-nunciou um “golpe comercial”. Herberto Helder tem leitores in-defectíveis, que o perscrutam como a um mistério, e tem tam-bém pessoas que hão-de com-

prar os seus livros para os ven-der mais tarde e de caminho en-caixar algum dinheiro com isso. Desconfio de que de tudo isto ele se riria.

O problema é que eu acho que Herberto Helder já tinha morri-do há algum tempo. Os seus ver-sos descarnados, brutais, vora-zes, a um tempo incandescen-tes e obscuros, já não podiam co--existir com um País destes. Na quarta-feira um jornal de refe-rência deu-lhe a capa quase toda (digo “quase”, porque por baixo lá vinha uma barra de publici-dade, em verde alface, a anun-ciar “a maneira certa de encon-trar casa”). Há coisas que não mudam nunca.

Sobre tudo isto lançaria Her-berto Helder, acho eu, uma gar-galhada ruidosa. De quem já sabe que está morto antes de morrer - e vai elaborando sobre isso.

Herberto Helder (1930-2015)

Rodrigo FranciscoDiretor da CTA

Catarina MarcelinoDeputada do PS

Page 15: Semmais 4 abril 2015

Sábado • 4 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 15

VAMOS IMAGINAR que, no que à igualdade de género diz respeito, desenhada e balizada não só pela legislação nacional, com o texto constitucional à cabeça, mas tam-bém pelo ordenamento jurídico in-ternacional a que Portugal está vin-culado (quando se completam 20 anos sobre Plataforma de Acção de Pequim e cujo balanço está a de-correr na ONU, com a participação da nossa Secretária de Estado da Igualdade, Dra. Teresa Morais), vi-vemos a seguinte realidade:

O João e a Joana, sendo cida-dãos iguais perante a lei, nenhum pode ser discriminado, prejudica-do ou favorecido, em razão do seu género. Portanto, ambos têm aces-so à educação, ao ensino e à saúde públicas e podem ser candidatos a um emprego, no sector público ou no privado, tratados de igual modo, sendo-lhes concedidas as mesmas oportunidades.

Qualquer empregador dará aos dois a possibilidade de desfrutarem de plena igualdade nas condições de trabalho, sendo a formação profis-sional, o desenvolvimento das com-

petências e a progressão na carrei-ra profissional objetivos e metas a que ambos podem aspirar. Por isso, sendo licenciados, auferem salário igual para as funções similares que desempenham e, em caso de pro-moção para um cargo de direção, serão as competências pessoais e profissionais a serem decisivas. O acesso aos cargos públicos e de che-fia, estão ao alcance dos dois.

De igual modo, exercendo a sua cidadania ativa, ambos tê possibili-dade de participar na vida pública e política da sua comunidade. A sua vida familiar é estável e as inerentes tarefas são partilhadas, para que pos-sam desenvolver outras atividades.

Observado pela lente da reali-dade, o descrito anteriormente, sai, infelizmente, bastante desfocado.

Embora tenham sido dados passos muito significativos nas políticas de género, nomeadamen-te em áreas como a Saúde e a Edu-cação, em que os direitos das mu-lheres se aproximaram da consa-gração legal, ainda há muito ca-minho a percorrer.

Ainda não foram erradicadas, em

especial no sector laboral e em áreas da vida privada e pública, muitas si-tuações de desigualdade, de injusti-ça e de discriminação sobre as mu-lheres. Vejamos alguns indicadores relativos a 2014:

• 364.500 Mulheres estavam de-sempregadas, estando mais 420.000 inativas;

• Aproximadamente 150.000 mu-lheres trabalhavam a tempo parcial;

• Distorções salariais gravosas, estimando-se que as mulheres au-firam cerca de 20% menos que os homens;

• Havia o dobro de mulheres a receber o salário mínimo ( 16,5% para 8,7% );

• Nas tarefas domésticas as mu-lheres despendiam cerca do dobro do tempo dos homens;

• Os casos de violência domés-tica continuaram a atingir números

demasiadamente elevados;• Na vida pública, as mulheres

mantiveram-se sub-representadas, pois estão em minoria nos vários ór-gão de soberania (Governo, Parla-mento, Autarquias, Conselho de Es-tado, Tribunais Superiores, etc);

• As oportunidades de ascensão na carreira profissional persistiram negadas, fruto da mentalidade e cul-tura empresarial que trata com des-prezo as questões de género, con-tribuindo para um profundo dese-quilíbrio entre a mulher e o homem;

• Embora constituam a maioria da população com qualificações su-periores, continuam a ser impedidas de atingir o topo das empresas e dos lugares de decisão empresarial;

• Consequência lógica: só 9% das mulheres ocupam cargos nos conselhos de administração das empresas privadas, sendo que nas empresas públicas o número au-menta para 23%.

Segundo um provérbio chinês, as mulheres carregam nos ombros metade do céu, querendo com isso salientar todas as desvantagens num mundo de homens.

O nosso empenhamento, en-quanto sociedade, tem de ir no sen-tido das mulheres serem a outra metade do céu.

Metade do céu

Lina GonzalezConsultora

1945 -Nasce a TAP sendo do topo mundial das companhias aéreas e mais segura. A partir de 2001 regressa aos lucros com paz so-cial acordada com sindicatos. 2005-Entra na STAR ALLIAN-CE com acesso a mais de 60 HUB-Aeroportuários(todos os continentes) partilhando plata-forma comercial e slots. Inten-sifica ligações Europa-Améri-ca-África, tornando-se das ope-radoras europeias mais apete-cíveis. A partir de 2006 dá-se série de erros: Prejuízo no Han-dling. Desastrosa compra VEM (apesar da TAP ter das melho-res competências mundiais em manutenção e inviabilizando a criação de Centro de Manuten-ção na Base de Beja compra a deficitária Varig Manutenção para evitar despedir 3mil no Bra-sil. Em contrapartida Brasil fa-cilita entrada da CIMPOR-hoje maioritariamente brasileira e PT-vendida por 10% do seu va-lor. Porque não venderam a VEM com mais de 750M€ de prejuí-zo. Já houve interessados)?

Valor empolado na compra Portugália. Erro aprovisiona-mento combustível, não limi-tação de dívidas de terceiros, ocorrências com abertura pre-matura novas linhas sem serem assegurados recursos necessá-rios e avarias nos aviões. Num total superior à dívida que po-deria ter sido amortizada se es-tes erros não tivessem ocorri-do. Mesmo assim entre 2009-13 a TAP-SA gera lucros supe-

riores a 178Milhões€. Com melhorias operacio-

nais aumentando 5%-receitas e reduzindo 5%-despesas, me-lhoram mais 250M€/ano. No período 2001-14: faturação e EBITDA aumentam 2,5 vezes mas não se amortiza dívida e de 77M€ de Capitais Próprios passam para 458M€ negativos?

Apesar de êxito da liberali-zação aérea nos Açores, com impacto no Turismo e melho-ria da mobilidade dos residen-tes, para a TAP tem impacto re-sidual dado o seu negócio ser as ligações longo-curso englo-badas no “triângulo dourado” Europa-América-África poden-do estender-se à Ásia, e fica de-sobrigada da prestação de ser-viço público limitando-se às li-gações que sejam rentáveis. As low-cost praticarem preços re-duzidos nas ligações Lisboa--Porto/Insulares não garante que mantenham quando mo-nopólio e ganhem força para baixar taxas aeroportuárias. Re-lativamente à taxas turística paga a Lisboa(Porto e Gaia já exigiram o mesmo) dado que turistas vão também para ou-tros concelhos, estas receitas devem ser repartidas pelo Dis-trito de Setúbal.

“Normas UE impedem Es-tado de comprar/injetar capi-tal obrigando a privatizar”-Não comprou, não é obrigado a pri-vatizar e os Estados podem in-jetar capital de 10 em 10 anos(na TAP foi há 18 anos). E pôde em 2012 por via do processo de pri-vatização financiar 100M€ a ju-ros superiores à banca? “TAP deve ser privatizada senão está condenada a desaparecer”-CEO e Tutela, dizem que TAP é sus-

tentável, reiterando perante os eventuais interessados que os resultados negativos de 2014 foram excepção, mas para cres-cer é preciso recapitalizar, po-dendo encarar-se a hipótese de os recursos SATA, na sequên-cia da liberalização nos Açores, poderem participar.“TAP inje-ta 1M€/hora na Economia”-Re-conhecimento de que a TAP é crucial para outros setores eco-nómicos onde se destaca o Tu-rismo, sendo mau perder o seu controlo ao privatizar 100%. “Protege-se os interesses por-tugueses privatizando TAP”--Contrário é verdade se HUB se deslocar. “Trabalhadores TAP são privilegiados”-Porque ex-

cepção não reduzir salários? Será difícil reforçar responsa-bilização sindical? “Comparar TAP com Alitalia”–Não compa-ráveis. “Investidores não con-sideram problemas, não dan-do menos valor à TAP e Esta-do deixa de ter responsabilida-de na dívida mesmo não obten-do encaixe financeiro”-?

Dar sustentabilidade à TAP, maior Exportadora e crucial para outros setores estratégi-cos potencia reduzir Exporta-ções. Reduzir muitos empregos diretos/indirectos e encaixe Fis-cal/Seg.Social p/Estado. Cor-rer o risco de deslocar HUB de Lisboa para Madrid, ou S.Pau-lo para centro/norte da Euro-pa, desastroso para a Econo-mia Nacional. Inviabiliza Ae-roporto no Distrito de Setúbal e potencia indemnização à VIN-CI, caso nenhum candidato se comprometa com as alíneas c) e e) do artº 5º do Caderno de Encargos. Privatizar empresas estratégicas perdendo contro-lo/lucros que alimentariam o OE e.v. de investidores priva-dos e “decisores” com elevadas remunerações(GALP/REN/EDP/ANA). Perder sem proveito pú-blico milhares de Milhões com: BPN/BES/PT. PPP´s, SWAP do não concretizado “TGV” trans-ferindo prejuízo de 152,9M€ para o Estado. É melhor?

Solução: Vender VEM, rees-truturar com responsabiliza-ção sindical e recapitalizar e amortizar dívida usando: Ma-nagement By Objectives(10%) Investidores Nacionais e Par-ceiros Estratégicos que não pos-sam transferir HUB de Lisboa e dispersão em bolsa, tudo no máximo de 49%.

Caldeira LucasConsultor

“ Dar sustentanbili-dade à TAP, maior exportadora do país, é crucial para outros setores da nossa economia”

Jorge SantosColaborador

APRENDEMOS NOS bancos da escola que “toda a regra tem ex-cepção”.

Ensinaram-nos também que “todas as palavras esdrúxulas são acentuadas” e que esta re-gra não tem excepção. (convém lembrar que todas as palavras esdrúxulas ou proparoxítonas têm acento tónico na antepenúl-tima sílaba).Ora. Se toda a regra tem exepção, como é que a das palavras esd-rúxulas não tem?

E não tem. Não tem porque ela mesma é a excepção à tal que nos diz que todas as regras têm exepção.

E como sair daqui?É o nosso problema…E não só o nosso. Se prestarmos atenção a quem

atira opinião pela boca fora nos órgãos de Comunicação Social – à mesa do café é diferente – de-tectaremos que aplicam estes princípios inconscientemente como se doutorados fossem.

E se confrontarmos as de-clarações de detentores de car-gos públicos emitidas em pe-ríodos distintos da nossa demo-cracia – do antes já ninguém se lembra, o que é mau – veremos que a “regra” que nos tentam im-por hoje nada tem a ver com a que nos “venderam” em tem-pos que já lá vão…

Dando como exemplo a re-cente informação de que o nú-mero de desempregados aumen-tou no nosso País, poderemos confrontar o que irá ser dito pe-los vários protagonistas da polí-tica nacional, para detectarmos que as regras que ontem nos ten-taram impingir para nos conven-cer de que a descida era fruto das medidas do ainda Governo esta-ria a implementar, verificaremos que a partir de hoje surgirão “bem aplicadas” as excepções.

Os que pensam o contrário utilizam as mesmas regras.

ExcepçãoFIO DE PRUMO

“ A regra que nos tentam impor hoje nada tem a ver com a que nos ‘venderam’ em tempos que já lá vão ”

PrivatizarTAP

Page 16: Semmais 4 abril 2015

Sábado • 4 abril 2015 • www.semmaisjornal.com 16