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SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE APERCEBIDA E QUALIDADE APERCEBIDA E SATISFAÇÃO DO UTENTE SATISFAÇÃO DO UTENTE NOS HOSPITAIS EPE NOS HOSPITAIS EPE
Guilherme Victorino Guilherme Victorino –– Assessor do IGIFAssessor do IGIF
Conversas de Fim de Tarde | Sessão 3Conversas de Fim de Tarde | Sessão 3
“O Desempenho Organizacional Hospitalar”“O Desempenho Organizacional Hospitalar”
Caramulo, 15 de Dezembro de 2006Caramulo, 15 de Dezembro de 2006
2
Agenda
� Avaliação da Satisfação como Indicador de Desempenho
� Apresentação do Modelo ECSI
� Resultados do Estudo de Satisfação de 2005
� Programas de Melhoria e Novos Estudos
2
3
Avaliação da Satisfação e o Sistema de Gestão
Resultados
Desempenho
Sistema de Controlo de Gestão
PolíticaRec Humanos
ContextoOrganizacional
Cultura, Estratégia, Liderança
Satisfação, Envolvimento, Produtividade
Dados Económico-Financeiros
Indicadores Objectivos e Subjectivos
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Avaliação da Satisfação e o Sistema de Gestão
Resultados Desempenho
Indicadores Objectivos
� Definidos pelos clientes ou pelos
utilizadores finais
� Difícil quantificação
� Baixa comparabilidade
� Sensíveis aos estados psicológicos
e contextos sócio-culturais
Indicadores Subjectivos
� Definidos pela Gestão
� “Fácil” quantificação
� Alta comparabilidade
� Independentes de estados
psicológicos e contextos sócio-
culturais
� Normalmente resultados por
unidade de recurso gasto
(input/output)
3
5
Avaliação da Satisfação e o Sistema de Gestão
A avaliação da satisfação é assim um indicador subjectivo uma vez que:
� É independente dos dados quantitativos (posso atender um número elevado de
utentes e mesmo assim os utentes não estarem satisfeitos)
� É independente de dados qualitativos (os cuidados podem ser prestados dentro do
padrão de qualidade e mesmo assim os utentes não estarem satisfeitos)
Por outro lado a avaliação da satisfação na indústria de serviços torna-se mais complexa
face às suas características de:
� Intangibilidade
� Heterogeneidade
� Simultaneidade da produção e consumo
6
Heterogéneos
� Performance varia de prestador para
prestador, utente para utente, momento
para momento
� Dificuldade de padronização para
garantir uniformidade
(os produtos são padronizados
na linha de montagem)
Intangíveis
� Performances e experiências, não
objectos
� Critérios usados pelos utentes para
avaliar o desempenho são geralmente
mais complexos e complicados de se
determinar
� Não podem ser testados, verificados e
medidos antes do seu “consumo”
Simultaneidade da produção e do consumo
� Qualidade dos serviços ocorre durante sua provisão, na interação entre utente e produtor
� O utente está na própria “fábrica” onde se produz o serviço
� Experiência imediata da produção do serviço (nos produtos a produção é remota)
� Consumidor não avalia apenas o resultado do serviço, mas também o processo de
prestação/produção
Avaliação Satisfação: Produtos versus Serviços
4
7
Avaliação Satisfação: Sector público versus sector privado
� Ausência de competição/concorrência
� O Utente/Cliente não têm alternativa comparável
� Inexistência de “saída”
� No sector privado, a competição força o foco no cliente
� Se eu não tiver meu cliente satisfeito: saída
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Avaliação Satisfação: Saúde versus Outros Sectores
� Assimetria de Informação
� Ao contrário de outras sectores o Utente/Cliente não tem capacidade
de avaliar o output
� Maior tendência para sobrevalorizar a qualidade do processo em
detrimento da qualidade do resultado
� Para além de analisar a qualidade apercebida de médicos e
profissionais de saúde existe uma maior capacidade de avaliar os
processos internos, as instalações, o tempo de espera ou a
informação e apoio prestado aos familiares.
5
9
Questão para Debate (1)
� A avaliação da satisfação é um indicador de desempenho subjectivo
� É mais difícil medir a satisfação nos serviços do que no caso de produtos
tangíveis
� No sector público não existe concorrência o que dificulta a existência de
uma referência comparável
� A saúde tem especificidades com impacto nas expectativas e capacidade
de avaliação por parte dos utentes/clientes
Vale a pena medir a satisfação e a qualidade apercebida
pelos utentes no sector hospitalar público?
10
� Avaliação da Satisfação como Indicador de Desempenho
� Apresentação do Modelo ECSI
� Resultados do Estudo de Satisfação de 2005
� Programas de Melhoria e Novos Estudos
Agenda
6
11
Novos Desafios
� Tendência generalizada nos sistemas de saúde europeus para uma
maior participação e envolvimento dos utentes
� Necessidade de avaliar os níveis de desempenho em áreas não
clínicas e de promover projectos de melhoria ao nível do
atendimento, comunicação e conforto
� Utilizar dados de benchmarking para identificar melhores práticas
e promover a convergência das diferentes unidades em termos de
satisfação dos utentes.
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Ponto de Partida
� Inexistência de indicadores comparáveis de
satisfação do utente na rede hospitalar
� Dificuldades metodológicas na implementação deste tipo de projectos nos hospitais (ao nível do dimensionamento das amostras, metodologia de recolha de
informação, formulação dos questionários e tratamento estatístico)
� A informação recolhida não era utilizada como
input para projectos de melhoria dinamizados
pelos CA
� Utentes pouco habituados a participar e ter voz
activa junto dos hospitais (participação activa
apenas em caso de conflito ou reclamações)
� Maior participação e
envolvimento dos utentes
� Lançamento de projectos de
melhoria com base nas
prioridades identificadas
pelos utentes
� Identificar melhores práticas e
promover a convergência das
diferentes unidades em
termos de satisfação dos
utentes.
Ponto de PartidaPonto de Partida Resultados EsperadosResultados Esperados
7
13
ECSI-Portugal
� O ECSI - Portugal é um sistema de medida, pela via da satisfação do cliente,
da qualidade dos bens e serviços disponíveis no mercado nacional e é
constituído por uma parceria entre o IPQ, a APQ e o ISEGI-UNL.
� Em 1998 foi definido com o apoio da Comissão Europeia, as bases para
lançamento do índice europeu de satisfação do cliente, designado por ECSI
(European Customer Satisfaction Index) a que aderiram os seguintes 12
países europeus:
Portugal, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Islândia,
Itália, Reino Unido, Suécia e Suíça.
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Pressupostos Adesão ECSI
Entidade Independente e com Experiência
→ Credibilização do projecto através da medição deste indicador por entidades externas de
referência (ISEGI, APQ e IPQ) e com experiência comprovada na condução deste tipo de estudos
Rigor metodológico e potencial do modelo
→ Capacidade do Modelo em fornecer informação de gestão útil quer a nível estratégico quer
operacional (input para Planos de Actividade, Planos de Investimento, Plano de Comunicação dos
Hospitais, N)
Comparabilidade entre hospitais (sectores de actividade, países europeus e EUA)
→ Possibilidade de alargar o estudo a todos os players da saúde - Público, Privado, Social, PPP
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15
Qualidade e Transparência
� Maior operação de sempre do Ministério da Saúde para avaliação da
satisfação dos utentes do SNS (16105 entrevistas realizadas)
� Rigor ético e garantia da qualidade da informação recolhida
� Parecer favorável da CNPD
� Inquéritos piloto e formação de operadores
� Monitorização permanente das chamadas por parte de elementos do ISEGI
� Informação detalhada por hospital disponibilizada online
� Entrega de Relatórios Finais com informação detalhada por hospital e indicação
de áreas prioritárias de actuação (informação disponível online em
www.hospitaisepe.pt)
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Fases do Projecto
1
3
Projecto Piloto 2003: Adaptação da metodologia ECSI ao sector da
saúde e estudo piloto para o internamento
ECSI – Hospitais 2005: Alargamento do estudo às restantes
Valências (Consultas Externas e Urgências) e comparação de
resultados por grupo de estrutura
ECSI 2007 (em projecto): Integração dos novos hospitais empresa e
ajuste dos resultados pelo grupo de estrutura de cada hospital (em
estudo)
2
PARCEIROS DO PROJECTO:
9
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ASPECTOS METODOLÓGICOSASPECTOS METODOLÓGICOS
Modelo de Satisfação do Utente Modelo de Satisfação do Utente –– Internamentos:Internamentos: Este modelo é de facto
constituído por dois submodelos: o modelo estrutural e o modelo de medida.
Modelo Estrutural:Modelo Estrutural:Constituído pelo conjunto de Constituído pelo conjunto de
equações que definem as relações equações que definem as relações
entre as variáveis latentes, as entre as variáveis latentes, as
quais não são observáveis.quais não são observáveis.
Modelo de Medida:Modelo de Medida:ConstituídoConstituído pelo conjunto de pelo conjunto de
equações que definem as relações equações que definem as relações
entre as variáveis latentes e os entre as variáveis latentes e os
indicadores obtidos das respostas indicadores obtidos das respostas
dos utentes ao questionário.dos utentes ao questionário.
Escala Utilizada: Escala Utilizada: 0 a 1000 a 100
Escala Utilizada: Escala Utilizada: 1 a 101 a 10
Processo Admissão
Instalações
Médicos
Enfermeiros
Pessoal Auxiliar
Exames e Tratamentos
Visitas
Alimentação
Processo Alta
Qualidade Global
Lealdade
Satisfação
Reclamações
Imagem
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ASPECTOS METODOLÓGICOSASPECTOS METODOLÓGICOS
Modelo de Satisfação do Utente Modelo de Satisfação do Utente –– Consultas ExternasConsultas Externas
Processo Admissão
Instalações
Médicos
Exames e Tratamentos
Tempo Espera
Lealdade
Satisfação
Reclamações
Imagem
Qualidade Global
10
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ASPECTOS METODOLÓGICOSASPECTOS METODOLÓGICOS
Modelo de Satisfação do Utente Modelo de Satisfação do Utente –– UrgênciasUrgências
Espera
Instalações
Médicos
Exames e
Tratamentos
Lealdade
Satisfação
Reclamações
Qualidade Global
Imagem
Família
20
HOSPITAIS ESTUDADOS
� 31 Hospitais estudados:
Hospitais SAHospitais SA
117
11
1 1
24 2624
53
Norte Centro LVT Alentejo Algarve
38%
62%
100% = 82
Hospitais SPAHospitais SPA
Hospital SA
Sede da ARS
11
21
ASPECTOS METODOLÓGICOSASPECTOS METODOLÓGICOS
Recolha de Dados:Recolha de Dados:
�� População alvo:População alvo:
Utentes com idade compreendida entre 15 e 75 anos que:
- estiveram internados nos Hospitais EPE no primeiro trimestre de 2005;
- frequentaram uma consulta externa nos Hospitais EPE em Setembro de 2005;
- utilizaram o Serviço de Urgência nos Hospitais EPE em Setembro de 2005.
�� Selecção da amostra de utentes Selecção da amostra de utentes -- plano de sondagem:plano de sondagem:
Foram realizadas amostragens probabilísticas, através de tiragem sistemática de utentes,
estratificada por Hospital e por valência (Internamentos, Consultas Externas e Urgências).
Para a realização das entrevistas não houve possibilidade de substituição dos utentes
seleccionados e foram necessários pelo menos 3 contactos em dias e horas diferenciados
para que um indivíduo fosse classificado como não respondente.
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ASPECTOS METODOLÓGICOSASPECTOS METODOLÓGICOSRecolha de Dados:Recolha de Dados:
�� Dimensão da amostra:Dimensão da amostra:
Período de realização das entrevistas: Período de realização das entrevistas: O trabalho de campo decorreu durante os meses de
Janeiro e Fevereiro de 2006.
�� Questionário: Questionário: O número de questões varia entre 38 nas Consultas Externas e 54 nos
Internamentos.
�� Tipo de entrevista: Tipo de entrevista: Telefónica para os utentes suportada por sistema CATI.
Valência População Amostra
Internamentos 61 654 6 161
Consultas externas 199 259 6 099
Urgências 111 465 4 676
TOTAL 372 378 16 936
12
23
ASPECTOS METODOLÓGICOSASPECTOS METODOLÓGICOS
Controlo de qualidade:Controlo de qualidade:
Formação contínua (ao longo das 3 fases da inquirição) de todos os entrevistadores
envolvidos na recolha de dados, com o fornecimento complementar de um manual do
entrevistador.
�� Supervisão directa das entrevistas, por parte de supervisores internos (chefes de equipa
do call-center) e externos (ISEGI).
� O número de itens respondidos em cada entrevista é superior a 80%.
� A não resposta às questões chave invalida a entrevista.
24
ASPECTOS METODOLÓGICOSASPECTOS METODOLÓGICOS
Controlo de qualidade:Controlo de qualidade:
� Implementação de regras automáticas de validação:
• Compatibilidade da resposta com a natureza da questão;
• Filtragem das questões para respeitar o encadeamento definido;
• Estabelecimento de uma coerência interna que evite contradições nas respostas,
através de regras em métodos “dedutivos”.
� Validação dos dados recolhidos feita através de aplicações informáticas desenvolvidas
para o efeito.
� Reinquirição parcial da amostra.
13
25
QUESTIONÁRIO
�� Foi adoptado um questionário para cada valência estudada:
• 55 questões no questionário dos Internamentos;
• 43 questões no questionário das Consultas externas;
• 47 questões no questionário das Urgências.
� Em todos os questionários, 4 questões referem-se à caracterização do utente e
as restantes incidem essencialmente sobre as variáveis estudadas no âmbito do
modelo de satisfação do utente, representadas no modelo estrutural.
� Os questionários incluem principalmente questões fechadas e semiabertas,
bem como filtros de forma a facilitar a validação e assegurar a coerência interna
das respostas.
26
QUESTIONÁRIO
�� Validação do questionário:
� Pesquisa exploratória;
� Inquérito piloto a uma amostra de utentes.
� A concepção dos questionários foi efectuada em estreita colaboração com a
equipa do IGIF, condição que foi determinante para a obtenção de um produto
final adequado aos objectivos do estudo.
� Em geral, é adoptada a escala de respostas de 1 a 10, unidade de medida para
os indicadores de cada variável latente. As variáveis latentes são medidas por um
número índice (0 a 100), resultante da normalização dos indicadores respectivos e
ponderados pelo peso de cada indicador segundo o seu grau de importância.
14
27
Questão para Debate (2)
� Escolha de um Indicador Europeu (ECSI)
� Medido por Entidades Externas Independentes
� Qualidade e Rigor na Recolha da Informação
� Transparência na Divulgação de Resultados
Validade do Indicador Escolhido e da Metodologia Proposta?
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Agenda
� Avaliação da Satisfação como Indicador de Desempenho
� Apresentação do Modelo ECSI
� Resultados do Estudo de Satisfação de 2005
� Programas de Melhoria e Novos Estudos
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ANÁLISE COMPARATIVA DAS ANÁLISE COMPARATIVA DAS VALÊNCIASVALÊNCIAS
Hospitais EPE:
81,5 80,2
88,184,3 84,3
67,1
81,786,0
76,8 78,5
73,1
79,1 77,573,0
70,6
76,682,480,1
64,8
84,681,8 81,4
88,9
81,2
72,1
58,1
0
20
40
60
80
100
Imagem Processo deAdmissão
Instalações Médicos Exames eTratamentos
Qualidade Global Reclamações Satisfação Lealdade
Internamentos Consultas Externas Urgências
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Internamentos 2005