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Sistema de informações sobre
o mercado de trabalho no setor turismo
Estimativas anuais da mão-de-obra informal ocupada em atividades características do turismo, tendo por base os resultados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios -PNAD, no período 2002 a 2005.
2
SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO DE TRABALHO DO SETOR TURISMO NO BRASIL
GOVERNO FEDERAL MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO Ministro Paulo Bernardo Silva Ipea – INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA Presidente Luiz Henrique Proença Soares
Diretor de Estudos Regionais e Urbanos José Aroudo Mota Equipe Técnica do Projeto Ipea Coordenação: Roberto Aricó Zamboni Margarida Hatem Pinto Coelho Maria Alice Cunha Barbosa Fundação Universa Responsável Técnico: Alfonso Rodriguez Árias (consultor) Instituição Financiadora Ministério do Turismo / EMBRATUR Relatório Alfonso Rodriguez Árias Revisão: Margarida H. Pinto Coelho
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ESTIMATIVAS ANUAIS DA MÃO-DE-OBRA INFORMAL OCUPADA EM
ATIVIDADES CARACTERÍSTICAS DO TURISMO, TENDO POR BA SE OS
RESULTADOS DA PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMI CÍLIOS - PNAD -,
NO PERÍODO 2002 A 2005.
Abril de 2007
4
INTRODUÇÃO
O programa do IPEA de estruturação do Sistema de Informações sobre o Mercado de
Trabalho no Setor Turismo mostrou importantes avanços ao longo de 2006.
Fazendo uso dos coeficientes de atendimento turístico obtidos pela Pesquisa “Indicadores de
Mão-de-Obra no setor Turismo”, realizada em 2004-2005, em combinação com os dados anuais da
Relação Anual de Informações Sociais - RAIS/MTE, e dos dados mensais do Cadastro de
Empregados e Desempregados - CAGED/MTE, devidamente compatibilizados, foram criadas
metodologias que permitiram a geração de estimativas mensais relativas à evolução do emprego
formal privado no setor turismo, relativas ao período dez.2002 – dez. 20061 .
Os resultados foram preparados por estado, com detalhamento para 7 grupos de Atividades
Características do Turismo -ACTs-: Alojamento, Alimentação, Transporte, Auxiliares do
Transporte, Agências de Turismo, Aluguel de Transporte e Cultura e Lazer, que reuniam 38
atividades possíveis de serem reconhecidas por essas duas fontes de dados.
Essas medições dos níveis de emprego, referidas estritamente aos trabalhadores com vínculo
de emprego regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), foram complementadas por um
estudo de caracterização dessa mão-de-obra formal do turismo2, oportunidade em que foram
examinados os principais atributos demográficos, educacionais, ocupacionais e de remuneração
desses trabalhadores, cuidando sempre que a apresentação de resultados observasse as mesmas
dimensões geográficas e de atividades econômicas acima mencionadas.
Os estudos demonstraram que os níveis e a composição do emprego no turismo eram bem
diferentes dos divulgados e, sobretudo, mostraram que a geração de empregos formais diretos no
setor turismo situava-se muito aquém da meta de 1,2 milhões previstas no Plano Nacional de
Turismo -PNT-, de 2003-2007.
Dessa forma, prevê-se que a participação do setor na geração do PIB nacional, em atual
processo de quantificação pelo IBGE, seja, concomitantemente, menos expressiva que a esperada.
Entretanto, o próprio documento de diagnóstico, que evidenciou a necessidade de um
sistema de informações ocupacionais para o turismo no IPEA3, reconhecia que a mão-de-obra
1 Ver documentos do IPEA: “Metodologia do cálculo dos coeficientes de atendimento turístico e estimativas relativas ao emprego formal no setor turismo com base nos dados da RAIS”, de abril de 2006, e “Metodologia de preparação e estimativas mensais de emprego no setor turismo, com base no CAGED, atualizadas até maio de 2006”, de agosto de 2006. 2 Ver documento do IPEA: “Caracterização da mão-de-obra formal no setor turismo com estimativas baseadas nos dados da RAIS de 2004”, de novembro de 2006. 3 Ver documento “Uma leitura da evolução recente do mercado de trabalho do setor turismo no Brasil, com base nos
dados da PNAD e da RAIS”. IPEA-2003
5
formal do turismo, incluindo celetistas, militares e estatutários, era minoritária, se comparada com o
restante das pessoas ocupadas no turismo.
No mesmo documento, constatava-se que a evolução observada ao longo do período 1996-
2002 favorecia a geração de postos de trabalho não protegidos pela legislação trabalhista, segmento
que, nesse documento, foi chamado de ocupação informal.
Diante dessas evidências, limitar o panorama ocupacional do setor turismo apenas aos
trabalhadores formais celetistas, deixaria de fora expressivos segmentos da mão-de-obra, tais como
autônomos e pequenos empresários, a respeito dos quais não se dispõe de medições nem
caracterizações precisas que forneçam um retrato mais completo e realista da situação do mercado
de trabalho do setor e de sua evolução recente.
Nesse sentido, cumpre ressaltar que as dimensões e características dos trabalhadores
informais só podem ser conhecidas com o uso de dados oriundos dos domicílios, notadamente os
provenientes do Censo Demográfico - CD - ou da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios -
PNAD.
Elas são, também, as únicas fontes contínuas a terem representatividade estatística no nível
estadual ou superior, com a vantagem adicional de permitirem o acesso de qualquer usuário às
correspondentes bases de micro-dados.
Neste documento, se faz uso da PNAD, em virtude do seu conteúdo ser mais completo e
atualizado para apreciar a diversidade do quadro trabalhista nacional, embora admitindo que esses
dados apresentam limitações associadas ao caráter pontual do levantamento, referido a uma única
semana do ano, insuficiência dos tamanhos das amostras quando referidos a domínios geográfico-
ocupacional menores e, ainda, problemas de detalhamento das atividades econômicas.
Apresentam-se aqui, as primeiras estimativas anuais sobre a informalidade do trabalho no
turismo, relativas ao período set.2002- set.2005, detalhadas por estados e pelos 7 grupos de ACTs.
Embora esse detalhamento seja exagerado em muitos domínios, em virtude da exigüidade do
tamanho da amostra da PNAD, levou-se em consideração que esses novos resultados deveriam ser
complementares e compatíveis com as estimativas de emprego formal divulgadas em 2006.
No item 1, examinam-se algumas das características da PNAD que definem ou condicionam
a metodologia utilizada na preparação das medições anuais relativas ao trabalho informal no
turismo.
No item 2, detalham-se as especificações adotadas em relação a cada variável da PNAD
utilizada na preparação das estimativas e, no item 3, a metodologia adotada para a geração dos
6
resultados, acompanhada de uma memória de cálculo para um domínio específico, para melhor
compreensão.
Finalmente, no item 4, apresentam-se comentários acerca da evolução da ocupação no setor
turismo, enfatizando a contribuição da informalidade à geração de postos de trabalho.
7
1. COMENTÁRIOS SOBRE ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA PNA D
1.1 Aspectos gerais
A PNAD é um levantamento por amostragem domiciliar, com periodicidade anual, efetivado
pelo IBGE, geralmente, na última semana do mês de setembro. Os dados são levantados por meio
de uma amostra probabilística que, atualmente, cobre as áreas urbanas e rurais de todos os Estados.
Essa amostra é selecionada em três etapas:
- na primeira, municípios, ou conjuntos deles, são selecionados com probabilidade
proporcional ao seu tamanho, garantindo, assim, a presença dos mais importantes, além de outros
menos expressivos;
- na segunda, selecionam-se alguns setores censitários, ou seja, áreas que, geralmente,
reúnem entre 150 e 350 domicílios, escolha também efetivada com probabilidade proporcional ao
tamanho;
- finalmente, dentro dos setores censitários selecionados, com prévia listagem atualizada dos
domicílios neles existentes, são sorteados os domicílios que serão entrevistados, de forma a garantir
igual probabilidade de seleção para os domicílios de um mesmo contexto geográfico.
Agentes especialmente treinados para os trabalhos de supervisão e entrevista garantem a
lisura e qualidade dos dados levantados em campo. Por outro lado, o processo de estimação, ou seja,
a expansão dos resultados da amostra para o respectivo universo que se pretende representar, é
efetivado fazendo uso de uma projeção independente da população para as áreas geográficas de
estimação, sejam elas áreas metropolitanas ou estados.
1.2 Evolução da cobertura geográfica.
Por mais de três décadas, a cobertura geográfica da PNAD referiu-se às áreas urbanas e
rurais dos estados do país, excetuando-se as áreas rurais de seis estados da região Norte: Rondônia,
Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. De 2004 em diante, esses contextos rurais foram
incorporados ao levantamento, fazendo com que a cobertura da PNAD atingisse 100% do território
nacional.
Essa ampliação territorial deve ser levada em consideração no momento de comparar os
resultados expandidos das PNADs até 2003, com os correspondentes a 2004 em diante.
Nesse sentido, as estimativas da ocupação informal do turismo, 2002 – 2005, apresentadas
neste documento, foram preparadas fazendo ajustes nos dados de 2002 e 2003, ajustes que tiveram
por base as percentagens de incidência rural nesses estados, revelados pela PNAD 2004.
8
1.3 Evolução dos tamanhos da amostra da PNAD.
A comparação dos tamanhos das amostras de domicílios das PNADs de 2002 e 2005 e,
sobretudo, as distribuições dessas amostras por estados oferecem um bom retrato acerca da
qualidade dos dados e suas restrições de uso.
Tabela 1
Tamanhos das amostras e estimativas de domicílios das PNADs 2002 e 2005
Tamanho das amostras
(nº de domicílios)
Estimativas de domicílios
(nº de domicílios)
2002 2005 2002 2005
Rondônia 1.186 1.772 253.911 430.747
Acre 671 1.137 96.388 162.617
Amazonas 1.773 2.363 513.693 824.567
Roraima 385 547 69.546 97.465
Pará 4.454 5.771 1.068.927 1.703.477
Amapá 511 756 97.732 135.107
Tocantins 1.395 1.628 310.849 355.502
Maranhão 1.684 1.796 1.348.933 1.442.500
Piauí 1.383 1.504 705.691 776.282
Ceará 6.053 6.628 1.888.362 2.133.385
Rio Grande do Norte 1.531 1.813 732.438 802.732
Paraíba 1.965 2.119 864.599 939.057
Pernambuco 6.666 7.367 2.107.865 2.252.433
Alagoas 1.574 1.628 719.357 760.130
Sergipe 1.506 1.670 472.506 551.637
Bahia 9.530 10.319 3.392.165 3.687.867
Minas Gerais 10.344 10.935 5.130.658 5.625.676
Espírito Santo 1.976 2.147 910.766 1.006.899
Rio de Janeiro 8.214 8.617 4.647.400 4.944.333
São Paulo 13.230 13.882 11.053.239 12.196.428
Paraná 5.716 6.020 2.874.644 3.111.779
Santa Catarina 2.868 3.077 1.623.175 1.801.951
Rio Grande do Sul 9.394 9.943 3.227.516 3.464.544
Mato Grosso do Sul 1.979 2.204 610.635 680.016
Mato Grosso 2.211 2.391 720.381 791.678
Goiás 4.608 5.028 1.516.954 1.698.103
Distrito Federal 2.957 3.212 600.329 675.709
TOTAL 105.764 116.274 47.558.659 53.052.621
9
Os dados da Tabela 1 demonstram, primeiramente, que nos 6 estados da região Norte onde
ocorreu a incorporação das áreas rurais houve, realmente, um incremento considerável das
respectivas amostras.
Por outro lado, embora o crescimento, nesses três anos, de 9,9% no total de domicílios
pesquisados em nível nacional, seja inferior ao de 11,6% no total dos domicílios estimados, o que
poderia sugerir ligeira perda de atualização da amostra, é inegável que, de modo global, esses
tamanhos são suficientes para a geração dos grandes agregados demográficos e ocupacionais, no
nível estadual e das regiões metropolitanas.
As exceções podem ser os estados do Acre, e, particularmente, Roraima e Amapá, onde os
tamanhos das amostras, mesmo considerando a incorporação das áreas rurais, são críticos, não
oferecendo a mesma qualidade de resultados que os demais estados.
Mais importante ainda é destacar que, quando se trabalha com domínios populacionais
menos expressivos, como é o caso da ocupação informal no turismo, o tamanho das amostras nesses
três estados, bem como em outros com limitado número de domicílios pesquisados, pode prejudicar
ainda mais a qualidade dos parâmetros com os quais as estimativas são preparadas.
Em virtude dessa restrição, alguns quocientes do tipo ocupação informal / emprego formal
das PNADs de 2002 a 2005, calculados por estado e pelos 7 agrupamentos de ACTs, tiveram de ser
ajustados para garantir a comparabilidade dos resultados desses domínios, ao longo desses anos.
1.4 Preparação das Estimativas na PNAD
Seguindo prática internacionalmente aceita, os resultados da PNAD são preparados usando-
se uma projeção da população total para cada área ou domínio de estimação, calculadas para o mês
de setembro de cada ano, mediante o método das componentes, que leva em consideração dados
sobre a natalidade, mortalidade e migrações.
A diferença de outros países, onde essas projeções são detalhadas por sexo, idade ou áreas
de residência, é que, na PNAD, elas se referem a um único total, situação que pode dificultar a
comparabilidade de resultados ao longo do tempo, particularmente quando se trata de domínios
geográfico-ocupacionais menores.
Essa modalidade de estimação, que substitui a prática de expansões por meio do inverso das
frações finais de amostragem, devidamente corrigidas pelas omissões de resposta, exige que os
pesos originalmente calculados pela relação Projeção / Amostra sejam revisados a posteriori, para
fazê-os compatíveis com as projeções dos anos mais recentes, de forma a garantir a
comparabilidade temporal dos resultados.
10
Em virtude disso, as estimativas de ocupação informal apresentadas neste documento foram
preparadas em 2002, 2003 e 2004 valendo-se dos pesos mais recentemente revisados pelo IBGE.
1.5 Definições alternativas sobre a informalidade ocupacional
A grande abrangência demográfica e ocupacional da PNAD, aliada à riqueza do conteúdo
levantado a propósito dos temas que aborda sobre cada subgrupo populacional de interesse
pesquisado, permite a mensuração da formalidade / informalidade ocupacional utilizando diferentes
definições.
A respeito desse assunto, cabe lembrar que a Organização Internacional do Trabalho (OIT),
órgão das Nações Unidas que, entre outras atribuições, normaliza as medições ocupacionais, na 15ª
Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho (1993), estabeleceu que: “para fins
estatísticos, se considera o setor informal como um grupo de unidades produtivas que, segundo as
definições e classificações do Sistema de Contas Nacionais das Nações Unidas, formam parte do
setor das famílias na forma de empresas familiares não constituídas em sociedade”.
Mais adiante, na mesma Resolução, a OIT esclarece que existem três grupos dessas
unidades: i. empresas de famílias; ii. empresas informais de trabalhadores por conta própria; iii.
empresas de empregadores informais que, para efeitos operativos, podem ser definidas em termos
do tamanho das unidades e/ou a presença de trabalhadores não registrados.
Entretanto, na 17ª Conferência da mesma OIT (2004), especifica-se que “o conceito de setor
informal se refere às unidades produtivas como unidades de observação” ao passo que o
correspondente à “ocupação informal se refere ao trabalho como unidade de observação”,
esclarecimento que abre passo às medições da informalidade por meio das pesquisas domiciliares.
Nesse sentido, especifica-se que os ocupados informais agrupam: a. trabalhadores ocupados
por conta própria em suas empresas informais; b. empregadores ocupados em suas empresas
informais; c.trabalhadores familiares independentes; d. membros de cooperativas de produtores
informais; e. empregados com trabalho informal (sem registro ou pago de impostos e
contribuições); f. trabalhadores por conta própria dedicados à produção para o consumo familiar.
Em suma, uma definição conceitual nada trivial, que exige critérios e limites específicos
para cada um dos subgrupos componentes, especificações que podem dar margem a imprecisões e
contestações.
Alternativamente, entretanto, em muitos países, entre eles o Brasil, entende-se que o
emprego ou ocupação formal se refere ao conjunto dos trabalhos exercidos por empregados com
registro (na forma de carteira de trabalho assinada ou estatutário, sujeitos a descontos
11
previdenciários e retenção de impostos) em firmas inscritas nos diferentes cadastros de empresas
jurídicas ou de pessoas físicas existentes.
Essa definição deixa implícita a idéia de que as ocupações informais são todas as restantes, o
que, em termos práticos, representa uma razoável aproximação às recomendações estatísticas da
OIT, tendo a vantagem da simplicidade das medições e, sobretudo, maior sintonia com a
implementação e avaliação das políticas públicas de natureza trabalhista.
Neste documento, a definição adotada para dimensionar a ocupação informal no turismo
baseou-se na segunda alternativa apresentada: a de que as ocupações informais referem-se ao
conjunto dos trabalhos exercidos por empregados que não têm registro.
Para essa opção, levaram-se em consideração as vantagens apontadas e o fato de que as
medições da informalidade no setor turismo a serem preparadas teriam de ser compatíveis com as
estimativas de emprego formal divulgadas pelo IPEA, que têm como base os dados da RAIS e do
CAGED, onde o formal foi considerado o emprego celetista privado.
A exclusão dos estatutários e militares nessas medições, basicamente em função da
indisponibilidade dos coeficientes de atendimento turístico para o setor público, recomendou
também a exclusão desses segmentos nas correspondentes medições da ocupação formal e informal
nas PNADs.
Dessa forma, as razões Ocupação Informal / Formal, calculadas pelas PNADs, deixaram de
fora os empregados públicos ocupados nas Atividades Características do Turismo (ACTs) .
1.6 Base adotada para a quantificação das ocupações informais
Outra particularidade da PNAD diz respeito à possibilidade que essa fonte tem de se dispor
de dados ocupacionais referentes tanto à ocupação principal, quanto à secundária, no caso do
trabalhador ter mais de um trabalho na semana de referência.
Essa característica permite que a PNAD, além de quantificar pessoas ocupadas, também
dimensione postos de trabalho, com o qual é possível alcançar maior aproximação em relação às
medições de postos de trabalho formais praticadas por meio da RAIS e do CAGED.
Ainda que essas ocupações secundárias sejam pouco expressivas, elas existem e foram
incluídas na preparação das estimativas ocupacionais informais no turismo, contidas neste
documento.
12
1.7 As Atividades Características do Turismo na PNAD
Uma das principais dificuldades para a medição da ocupação formal ou informal no turismo
decorre da definição sobre quais são as Atividades Características que compõem o Turismo (ACTs)
e do grau de detalhamento dos Códigos de Atividade Econômica com que cada fonte trabalha.
Embora a PNAD, bem como a RAIS e o CAGED, usem a Classificação Nacional de
Atividades Econômicas (CNAE), as versões reduzidas dos códigos que utilizam são diferentes entre
a primeira e as duas últimas fontes de dados.
Enquanto a identificação das atividades características do turismo na RAIS e no CAGED
pode ser efetivada por meio de 38 rubricas, com códigos diferentes de 5 dígitos, na base de micro-
dados da PNAD, essa aproximação ao universo turístico se consegue com 16 atividades
econômicas, também de 5 dígitos, sem que exista correspondência numérica com os códigos
utilizados pelos outros dois registros administrativos.
Em alguns dos 7 grupos de ACTs, como no caso do Alojamento, Agências de Turismo e
Aluguel de Transporte, a abrangência setorial pode ser considerada idêntica. Nos restantes,
particularmente no grupo dos Transportes, isso não ocorre, basicamente porque o conteúdo de
atividades de algumas das rubricas da PNAD é mais amplo que o desejado, incorporando algumas
atividades econômicas que pouco ou nada tem a ver com o turismo.
Assim, as medições da ocupação no turismo, formal e informal, praticadas na PNAD
aparecem ligeiramente superestimadas. Acredita-se, entretanto, que essa superestimação não
compromete o cálculo dos quocientes Ocupação Informal / Formal, que servem de base para a
preparação das estimativas da ocupação informal no turismo, apresentadas neste documento.
13
2. ESPECIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS E CATEGORIAS DA PNAD UTILIZADAS NA PREPARAÇÃO
DAS ESTIMATIVAS DA OCUPAÇÃO INFORMAL NO TURISMO .
As bases de micro-dados domiciliares e de pessoas das PNADs de 2002 a 2005, que
serviram para a preparação das estimativas contidas neste documento, incluem três tipos de
variáveis de interesse :
i. as relativas à localização geográfica dos domicílios, sua área de residência censitária
(urbana e rural) e peso utilizado para a expansão da amostra ;
ii. as relativas às atividades econômicas desenvolvidas pelas pessoas ocupadas de 10 anos e
mais no domicílio;
iii. outros atributos relacionados com esse(s) trabalho(s), tais como tipo de ocupação
(primaria ou secundária) e posição ocupacional dessas pessoas ocupadas no trabalho que executam
(celetistas, estatutários, militares, empregados domésticos, conta própria, empregadores, etc.).
Cumpre salientar que, em virtude da grande estabilidade dos conteúdos levantados pela
PNAD nas últimas duas décadas, as variáveis e categorias utilizadas nas medições de 2002-2005 se
valem dos mesmos códigos, o que facilita a descrição das especificações adotadas na preparação
deste documento, exceto no que se refere à variável peso pessoa conforme explicitado
anteriormente.
A seguir, essas especificações são detalhadas:
1. Grandes regiões - variável com 5 categorias, todas utilizadas;
2. Estados - variável UF com 27 categorias, todas utilizadas;
3. Área de residência - variável 4728, onde as categorias 1-3 correspondem a Urbano e as
restantes, a Rural;
4. Peso Pessoas atualizado: variável 4729, para 2004 e 2005 e variável 4729n, para
2002 e 2003
5. ACTs – 15 categorias e 7 grupos, segundo detalhamento a seguir:
Grupo 1- Alojamento: código CNAE-PNAD: 55010;
Grupo 2- Alimentação: códigos CNAE-PNAD: 55020 e 55030;
Grupo 3- Transporte: códigos CNAE-PNAD: 60010, 60020, 60040, 60091, 61000 e
62000;
Grupo 4- Auxiliar de Transporte: códigos CNAE-PNAD: 63010 e 63021;
Grupo 5- Agências de Turismo: código CNAE-PNAD: 63030;
Grupo 6- Aluguel de Transporte: código CNAE-PNAD: 71010;
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Grupo 7- Cultura e Lazer: códigos CNAE-PNAD: 92015, 92030 e 92040.
6. Atividade econômica na Ocupação Principal – variável 9907;
7. Posição Ocupacional na Ocupação Principal - variável 4706, onde a categoria 1
corresponde a Empregados com Carteira de Trabalho Assinada; a 2 corresponde a
Militares; a 3, a Estatutários e a 4 em diante, a Outros Ocupados;
8. Atividade econômica na Ocupação Secundária - variável 9991;
9. Posição Ocupacional na Ocupação Secundária – variável 9097, onde a categoria 2
corresponde a Empregados Ocupados com carteira de Trabalho e as variáveis 9095 e
9096, a Militares e Empregados Públicos, respectivamente.
No próximo item, descreve-se a metodologia adotada na preparação das estimativas sobre a
ocupação informal no setor turismo, relativas ao mês de setembro dos anos 2002 a 2005. A
descrição corresponde à seqüência de etapas e cálculos realizados para a obtenção das estimativas.
15
3. PREPARAÇÃO DAS ESTIMATIVAS ANUAIS SOBRE A OCUPAÇÃO INFORMAL NO SETOR
TURISMO , RELATIVAS AO PERÍODO 2002 A 2005
3.1 Discussão preliminar
O interesse do IPEA a respeito da preparação das estimativas da ocupação informal no setor
turismo está associado à necessidade de se dispor de indicações acerca da trajetória recente desse
segmento majoritário da ocupação do turismo.
Nesse sentido, as medições do trabalho informal apresentadas neste documento representam
uma extensão ou complementação das estimativas mensais da ocupação formal privada (CLT) no
turismo, que o IPEA preparou em 2006, cobrindo o período dez.2002-dez. 2006.
Portanto, a conciliação dos resultados do emprego formal, preparados por meio da RAIS e
do CAGED, e dos que agora se apresentam para a ocupação informal, com dados da PNAD,
constitui premissa básica da metodologia proposta para mensurar a informalidade ocupacional.
Em rigor, as medições ocupacionais, formais e informais, poderiam ser feitas
exclusivamente com a leitura dos dados das PNADs. Entretanto, os resultados teriam periodicidade
anual, referidos apenas ao mês de setembro de cada ano, além de ser conhecidos com grande
defasagem e não ter grau de confiabilidade censitário, atributo importante dos dados formais
oriundos de registros administrativos de elevada cobertura, como é o caso da RAIS e do CAGED.
No entanto, o trabalho de mensuração da ocupação formal e informal do setor turismo por
meio da PNAD é parte crucial da metodologia de mensuração adotada neste documento, já que
viabiliza o cálculo dos quocientes Ocupação Informal / Emprego Formal com os quais é possível
garantir a conciliação de resultados comentada.
Igualmente importante na preparação das estimativas da ocupação informal no turismo é a
utilização dos mesmos coeficientes mensais de atendimento turístico e dos corretores anuais que
serviram de base para as estimativas da ocupação formal.
Esses parâmetros, cabe lembrar, permitem transformar os níveis globais de ocupação
existentes nas ACTs em estimativas ocupacionais que distinguem os serviços prestados a turistas e a
residentes.
Feitos esses esclarecimentos, detalha–se a seguir, os trabalhos desenvolvidos para gerar as
estimativas anuais sobre a ocupação informal no turismo.
16
3.2 Roteiro básico de preparação das estimativas de ocupações informais
3.2.1 Total das ocupações nas 15 ACTs e 27 estados, baseadas na PNAD
a. Preparação dos resultados relativos aos totais expandidos de ocupados no trabalho
principal, relativos às 15 ACTs e 27 estados, para o mês de setembro de cada ano, com
agrupamento em i = 7 grupos de ACTs e h = 27 estados (Tphi). Esses resultados devem ser
preparados fazendo uso das respectivas especificações, definidas na seção anterior;
b. Desagregação desses resultados anuais segundo a posição ocupacional, distinguindo
entre ocupados formais privados celetistas (Tpfhi) e o restante dos ocupados (Tpinfhi), excluindo
estatutários e militares;
c. Desagregação dos resultados obtidos em b por área de residência, discriminando
entre áreas urbanas e rurais. Esse procedimento é válido para os estados de Rondônia, Acre,
Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, relativos aos anos 2004 e 2005;
d. Cálculo da razão total dos ocupados / ocupados urbanos, em cada um desses estados,
no ano 2004, separadamente, para o total dos ocupados e ocupados formais CLT;
e. Ajuste dos totais de ocupados (T’phi) e dos ocupados formais (T’pfhi) desses estados,
em 2002 e 2003, mediante a multiplicação dos respectivos totais (Tphi e Tpfhi) pelas correspondentes
razões calculadas em d para 2004. O novo total de ocupados informais na ocupação principal
(T’pinfhi) é obtido pela diferença (T’phi - T’pfhi );
f. Obtenção dos novos resultados da ocupação principal (T’phi) correspondentes aos 7
grupos de ACTs e 27 estados, discriminados entre ocupações formais (T’pfhi) e informais (T’pinfhi)
para os anos 2002 a 2005, onde as omissões da ocupação rural nos seis estados da região Norte, em
2002 e 2003 já foram corrigidas;
g. Preparação dos resultados relativos aos totais de ocupados no trabalho secundário
relativos às 15 ACTs e 27 estados, para o mês de setembro de cada ano e agrupamento em i = 7
grupos de ACTs e h = 27 estados (Tshi). Esses resultados devem ser preparados fazendo uso das
respectivas especificações, definidas na seção anterior;
h. Desagregação desses resultados anuais segundo a posição ocupacional, distinguindo
entre ocupados formais privados celetistas (Tsfhi) e o restante dos ocupados (Tsinfhi), excluindo
estatutários e militares;
17
i. Obtenção dos novos resultados ocupacionais para os 7 grupos de ACTs e 27 estados,
mediante o somatório do total das ocupações principais obtido em f (T’pfhi) e do total das ocupações
secundárias obtido em g (Tshi), com discriminação para ocupações formais (T’pfhi + Tsfhi ) e
informais (T’pinfhi + Tsinfhi) nos anos 2002 a 2005;
3.2.2 Estimativas anuais sobre a Ocupação Informal no Turismo no período set. 2002 –
set.2005
a. Preparação das Estimativas de Ocupação no Setor Turismo ( E hi ) baseadas na
PNAD, levando em consideração os coeficientes de atendimento turístico e os corretores
correspondentes a cada domínio hi. O cálculo é realizado com a multiplicação da Ocupação Total
obtida em 3.2.1 i (T’pfhi + Tshi) pelo coeficiente de atendimento do mês de setembro, pelo corretor do
respectivo ano. Os valores desses dois parâmetros, coeficientes e corretores, foram apresentados no
documento “Metodologia do cálculo dos coeficientes de atendimento turístico e estimativas
relativas ao emprego formal no setor turismo, com base nos dados da RAIS”, de abril de 2006;
b. Desagregação das estimativas de ocupação no turismo, obtidas em a, segundo a
posição ocupacional, no intuito de distinguir entre ocupação formal privada no turismo(E hif) e o
restante das ocupações no turismo (Ehiinf). Para tanto, basta que os respectivos totais (T’pfhi + Tsfhi) e
(T’pinfhi + Tsinfhi), obtidos pela PNAD, sejam multiplicados pelos mesmos coeficientes turísticos e
corretores;
c. Cálculo dos quocientes (qhi) anuais entre o total das ocupações informais no turismo
(Ehiinf) e o total das formais (E hif) correspondentes a cada um dos hi = 27*7 domínios de estimação.
Esses quocientes qhi = (Ehiinf) / (E hif) definem o mecanismo pelo qual é possível conciliar os
resultados ocupacionais da PNAD com as estimativas do emprego privado no turismo, obtidas por
meio da RAIS e do CAGED, divulgadas pelo IPEA em 2006;
d. Ajuste dos coeficientes qhi, admitindo um valor máximo igual a 10. Essa providência
visa evitar que séries históricas de ocupação informal, para qualquer domínio hi, apresentem
oscilações extremas originadas por tamanhos insuficientes da amostra;
e. Obtenção dos multiplicadores do emprego formal privado base RAIS para o cálculo
da Estimativa da Ocupação Total no Turismo(OT hi), compatíveis com as estimativas de emprego
formal divulgadas, mediante a expressão: 1+ qhi;
18
f. Preparação dos resultados relativos aos totais de empregos formais privados (ETf hi)
correspondentes aos i = 7 Grupos de ACTs e h = 27 estados, para o mês de setembro dos anos 2003
a 2005, utilizando a RAIS. Essas estimativas são as mesmas que serviram de base para a obtenção
das Estimativas do Emprego Formal no Turismo, em cada domínio hi, antes da aplicação dos
coeficientes de atendimento turístico e respectivos corretores;
g. Cálculo das estimativas de Emprego Formal base RAIS para os hi = 7*27 domínios
de estimação correspondentes ao mês de setembro de 2002, seguindo o mesmo procedimento
descrito nos documentos mencionado na nota de rodapé nº 1. Esse cálculo obriga a leitura dos
dados de emprego da RAIS relativos a 31-12-2001. Essas estimativas não foram incluídas nos
estudos prévios por serem restritas ao período dez.2002 a dez. 2006;
h. Obtenção das Estimativas anuais da Ocupação Total no Turismo base RAIS (OThi),
para os hi = 7*27 domínios de estimação para os meses de setembro dos anos 2002 a 2005,
mediante a multiplicação dos totais de emprego formal, obtidos em 3.2.2 f e 3.2.2 g, (ETfhi) pelos
respectivos multiplicadores anuais, 1+ qhi;
i. Obtenção das Estimativas anuais da Ocupação Informal no Turismo base RAIS
(OT hiinf), para os hi = 7*27 domínios de estimação, para os meses de setembro dos anos 2002 a
2005, por meio da diferença entre (OThi) e (ETf hi ): OT hiinf = OThi- ETf hi.
3.2.3 Memória de cálculo da Ocupação Informal relativa ao domínio h = Amazonas e
i = Alimentação, para o mês de setembro de 2002
Estado: Amazonas
3.2.1 a – b - c
Total ocupados Total Formal Informal
Ocupação Principal sem estatutários CLT Outros ocupados
Alimentação 39.071 6.464 32.607
Urbano 39.071 6.464 32.607
Rural 0 0 0
19
3.2.1 d - e – f
Valor da razão Total Ocup./ Ocup. Urbanos 2004: 1,0882248
Valor da razão Total Ocup. Formais/ Ocup. Urbanos Formais: 1,0530349
Total ocupados Total Formal Informal
Ocupação Principal sem estatutários CLT Outros ocupados
Alimentação 42.518 6.807 35.711
Urbano 39.071 6.464 32.607
Rural 3.447 343 3.104
3.2.1 g - h
Total ocupados Total Formal Informal
Ocupação Secundária sem estatutários CLT Outros ocupados
Alimentação 1.470 0 1.470
3.2.1 i
Total ocupados Total Formal Informal
Ocupação Princ. + Secund. sem estatutários CLT Outros ocupados
Alimentação 43.988 6.807 37.181
3.2.2 a - b
Coeficiente de atendimento turístico mês de setembro: 0,1513
Corretor Norte 2002: 1,0062
Total ocupados no turismo
(base PNAD) 6.697 1.036 5.660
3.2.2 c – d - e
Valor quociente: 5,46332
Multiplicador Formal base RAIS: 6,46332
20
3.2.2 f - g
Estimativa do Emprego Formal no Turismo
Base RAIS set. 2002
( não divulgado anteriormente) 762
3.2.2 h
Estimativa da Ocupação Total no Turismo
Base RAIS set. 2002 4.925
3.2.2 i
3.2.3
Estimativa da Ocupação Informal no Turismo
Base RAIS set. 2002 4.162
21
4. EVOLUÇÃO DA OCUPAÇÃO FORMAL E INFORMAL DO SETOR TURISMO,
NO PERÍODO SET.2002-SET. 2005.
As estimativas da Tabela 2 oferecem um retrato sintético sobre a evolução anual recente da
ocupação no setor turismo, formal e informal privada, onde o emprego estatutário e militar foi
desconsiderado.
Ressalta-se que os resultados referem-se estritamente ao mês de setembro de cada ano, não
podendo garantir que retratem à perfeição o realmente ocorrido com a ocupação no turismo, no
período 2002-2005.
22
Tabela 2
Evolução da Ocupação no Setor Turismo, por regiões e Grupos de ACTs-2002-2005
Norte Nordeste Sudeste Sul C-Oeste Brasil
2002
Total 89.851 379.880 675.907 217.757 113.793 1.477.188
Formal 27.204 112.261 334.079 110.102 50.678 634.324
Informal 62.647 267.619 341.829 107.655 63.115 842.864
2003
Total 91.743 399.921 686.641 213.180 115.833 1.507.318
Formal 28.015 113.571 333.755 112.277 51.972 639.590
Informal 63.728 286.350 352.886 100.903 63.861 867.728
2004
Total 106.802 405.190 690.231 224.555 117.099 1.543.877
Formal 29.636 120.339 337.204 116.702 53.965 657.846
Informal 77.166 284.851 353.027 107.853 63.134 886.031
2005
Total 122.804 418.534 706.880 249.268 119.051 1.616.537
Formal 31.998 126.030 351.568 122.029 56.011 687.636
Informal 90.806 292.504 355.313 127.239 63.040 928.901
Alojamento Alimentação Transporte Ag.Turismo
Outros
Grupos Brasil
2002
Total 192.337 387.772 714.835 65.854 116.391 1.477.188
Formal 142.721 90.115 331.325 28.909 41.254 634.324
Informal 49.617 297.657 383.509 36.945 75.137 842.864
2003
Total 205.205 406.604 712.966 63.317 119.227 1.507.318
Formal 141.009 93.641 329.614 30.496 44.830 639.590
Informal 64.196 312.963 383.352 32.821 74.397 867.728
2004
Total 212.147 417.494 688.966 95.733 129.536 1.543.877
Formal 147.005 101.520 328.333 34.126 46.862 657.846
Informal 65.142 315.974 360.633 61.607 82.674 886.031
2005
Total 229.041 449.557 725.997 79.155 132.787 1.616.537
Formal 155.345 111.580 336.611 36.590 47.510 687.636
Informal 73.696 337.978 389.386 42.565 85.276 928.901
23
O conteúdo da tabela sugere algumas conclusões que merecem destaque:
A ocupação no turismo cresceu nesse período, embora mostrando, globalmente,
resultados muito aquém do esperado.
De acordo com os resultados apresentados na Tabela 2, o total de postos de trabalho passou
de 1.477 mil em 2002 para 1.617 mil postos em 2005, o que significa que, nesse período de 3 anos,
foram geradas 139 mil ocupações.
Esse aumento, que em termos relativos equivale a 9,4%, ficou ligeiramente abaixo do 10,6%
de crescimento ocupacional privado registrado no Brasil, considerando a totalidade dos setores
econômicos no mesmo período. Contudo, a percentagem da ocupação privada no turismo, no total
da ocupação privada nacional, manteve-se praticamente estável, em torno de 1,9%.
• A composição da ocupação no setor turismo mostra que a informalidade é
dominante e que ela evoluiu em ritmo mais acelerado do que a ocupação formal.
Os resultados apresentados na Tabela 2 demonstram que a ocupação informal no turismo,
que alcançava 843 mil ocupações em 2002, equivalente a 57,1% do total das ocupações no turismo,
aumentou para 929 mil em 2005, elevando essa participação para 57,5%.
• O crescimento ocupacional absoluto no turismo foi progressivo nesses três anos,
embora mais favorável no último ano, devido, principalmente, à retomada do avanço da
informalidade.
A comparação entre o total das ocupações no turismo revela que em 2005 foram criadas 73
mil ocupações, resultado que supera o crescimento do biênio anterior, aonde a geração de
ocupações foi de apenas 30 mil, em 2003 e 37 mil, em 2004.
Esse melhor desempenho em 2005, pode ser atribuído, em boa medida, à recuperação da
ocupação informal, que abriu mais de 43 mil oportunidades de trabalho nesse ano.
• A geração ocupacional no turismo, entre 2002 e 2005, foi muito prejudicada
pelo estancamento das atividades relacionadas ao Transporte, o grupo mais importante das
ACTs.
De maneira semelhante à composição do emprego formal no turismo, o grupo Transporte é o
que reúne também a mais elevada proporção de ocupações informais. Esse grupo, que em 2002
abrigava 48,4% das ocupações no turismo, foi perdendo espaço nos anos seguintes, até chegar a
24
44,9 % em 2005, mostrando crescimento absoluto de apenas 11 mil novos postos de trabalho nesses
3 anos, equivalente a escassos 1,6%.
Por se tratar do grupo ocupacional mais importante, não há dúvida que esse fraco
desempenho do grupo Transporte, que afetou ambos os segmentos, formal e informal, adiou uma
trajetória mais favorável da ocupação no turismo.
• As atividades econômicas que compõem o núcleo duro do turismo foram as que
mais cresceram entre 2002 e 2005.
Os grupos Alojamento e Agências de Turismo foram os que apresentaram a melhor
trajetória ocupacional, exibindo, respectivamente, incrementos de 19,1% e 20,2%, nesses três anos.
Diferentemente do grupo Transporte, o comportamento dos segmentos formal e informal
foram bem discrepantes. No Alojamento, a ocupação informal, nos últimos três anos expandiu em
24 mil postos de trabalho, equivalente a 48,5%, enquanto o emprego formal cresceu em 13 mil
novos postos, ou seja, um crescimento de 8,8%. Ao contrário, no grupo Agências de Turismo, a
geração de ocupações foi mais favorável no segmento formal.
Já, Alojamento e Agências de Viagens, juntos, foram responsáveis pela geração de 50 mil
das 139 mil novas ocupações no turismo, sendo que, 30 mil delas ocorreram no setor privado
informal.
• Os desempenhos ocupacionais foram muito díspares no nível geográfico.
A região Norte foi, de longe, a que, em termos relativos, mais contribuiu para geração de
ocupações privadas no setor turismo, tanto formais, quanto informais.
As 33 mil novas ocupações agregadas à economia dessa região corresponderam a
crescimentos de 17,6% no segmento formal e 44,9% no informal e foram, praticamente, iguais às
adicionadas, separadamente, pelo Sudeste e Sul,
No outro extremo, a região Centro-Oeste e a região Sudeste foram as mais prejudicadas,
principalmente pela trajetória desfavorável das atividades do transporte, alcançando, em ambas as
regiões, incrementos ocupacionais globais de apenas 4,6%, percentagem bem abaixo da média
nacional, de 9,4%.
A respeito dessas duas regiões, também chama a atenção que o emprego formal tenha
superado, em termos absolutos e relativos, a criação de postos de trabalho informais.
25
No Nordeste, que, nesse período, foi a região que gerou, em números absolutos, mais
ocupação no turismo, o segmento formal também superou, proporcionalmente, a ocupação
informal.
O detalhamento das estimativas sobre a ocupação informal no turismo, no nível estadual,
discriminadas por grupos de ACTs, é apresentado no Anexo 2. Essa apresentação é precedida pela
divulgação, no Anexo 1, dos multiplicadores de emprego, oriundos da PNAD, por meio dos quais
foram preparadas as estimativas da ocupação informal no período 2002-2005.
27
Multiplicadores do Emprego Formal - 2002
Estados Alojamento Alimentação Transporte Auxiliar
Transportes Agência Turismo
Aluguel Transportes
Cultura e Lazer Total
Rondônia 1,14 6,24 2,00 2,02 6,98 1,60 4,04 2,63
Acre 1,00 10,00 3,69 3,80 3,79 1,60 3,61 5,52
Amazonas 2,17 6,46 2,28 2,81 5,00 1,60 4,23 2,81
Roraima 1,99 5,14 5,52 2,94 3,79 1,60 6,52 4,39
Pará 1,94 10,00 2,86 7,18 2,00 1,18 5,68 4,06
Amapá 1,97 10,00 3,64 1,06 3,79 1,60 4,65 4,31
Tocantins 1,97 10,00 3,38 2,00 1,00 1,60 4,24 5,33
Norte 1,97 9,36 2,62 3,80 3,79 1,60 4,65 3,49
Maranhão 1,67 10,00 4,73 4,00 2,49 2,10 10,00 5,08
Piauí 1,33 10,00 10,00 3,01 2,49 2,10 10,00 5,76
Ceará 1,52 6,93 2,97 3,43 1,67 1,25 4,79 3,04 Rio Grande do Norte 1,18 5,40 3,00 3,01 3,99 2,10 10,00 2,91
Paraíba 2,66 6,25 5,45 5,00 2,49 2,10 10,00 5,68
Pernambuco 1,56 6,71 3,92 2,85 1,59 2,10 5,93 3,56
Alagoas 1,40 5,83 2,61 1,50 2,49 2,10 2,17 2,76
Sergipe 1,08 5,58 2,43 1,50 2,49 1,00 4,88 2,42
Bahia 1,21 6,90 2,52 2,10 2,40 1,91 6,77 2,69
Nordeste 1,39 6,81 3,44 3,01 2,49 2,10 6,90 3,36
Minas Gerais 1,47 4,10 1,89 4,55 1,96 1,39 4,16 2,58
Espírito Santo 1,27 5,58 1,50 2,83 2,00 1,00 2,69 2,42
Rio de Janeiro 1,19 3,15 1,71 1,57 2,67 1,00 3,35 1,75
São Paulo 1,21 3,05 1,83 1,81 1,74 1,00 3,00 1,88
Sudeste 1,28 3,72 1,79 2,36 1,96 1,06 3,40 2,04
Paraná 1,27 3,79 1,66 1,68 4,71 1,00 4,56 1,82
Santa Catarina 1,67 3,62 1,55 1,78 1,33 1,69 3,21 1,90
Rio Grande do Sul 1,05 3,40 1,67 1,55 2,14 3,01 3,27 2,02
Sul 1,27 3,53 1,63 1,67 2,64 1,69 3,57 1,91 Mato Grosso do Sul 1,40 6,00 1,89 7,00 1,00 1,97 2,75 2,30
Mato Grosso 1,56 10,00 2,71 1,00 2,00 1,50 7,50 2,75
Goiás 1,63 4,54 2,00 3,11 6,00 1,97 3,46 2,27
Distrito Federal 1,12 2,32 1,75 2,00 1,60 1,97 2,52 1,83
Centro-Oeste 1,48 4,51 2,00 2,10 1,78 1,97 2,89 2,22
Total 1,34 4,47 2,12 2,22 2,14 1,49 4,18 2,34
28
Multiplicadores do Emprego Formal - 2003
Estados Alojamento Alimentação Transporte Auxiliar
Transportes Agência Turismo
Aluguel Transportes
Cultura e Lazer Total
Rondônia 1,67 9,42 2,72 4,26 1,00 1,14 5,61 3,51
Acre 2,61 10,00 4,58 4,26 1,86 1,14 2,00 5,68
Amazonas 1,42 4,08 2,06 2,31 2,00 1,00 2,74 2,21
Roraima 2,01 9,66 3,25 4,01 1,00 1,14 4,26 4,08
Pará 1,63 10,00 2,31 7,15 2,44 1,28 4,39 3,56
Amapá 1,00 10,00 10,00 4,26 1,86 1,14 3,99 8,52
Tocantins 2,84 10,00 2,45 4,26 1,86 1,00 9,00 3,71
Norte 1,74 9,20 2,49 4,26 1,86 1,14 4,26 3,23
Maranhão 2,00 10,00 4,78 6,00 3,00 1,32 10,00 5,81
Piauí 1,33 10,00 4,17 4,00 3,00 1,32 4,00 4,91
Ceará 1,69 6,73 3,50 2,71 1,50 2,00 7,76 3,34 Rio Grande do Norte 1,47 6,67 3,05 5,00 3,00 1,32 4,83 2,86
Paraíba 1,00 10,00 6,57 10,00 2,00 1,32 7,00 4,46
Pernambuco 1,67 4,95 3,95 3,40 3,25 2,00 9,55 3,70
Alagoas 1,50 4,64 3,82 3,00 3,00 1,32 10,00 3,24
Sergipe 1,43 5,13 3,94 3,50 3,00 1,00 4,27 3,43
Bahia 1,43 8,83 2,61 1,86 2,14 1,00 4,39 2,92
Nordeste 1,52 7,68 3,57 3,13 3,00 1,32 6,84 3,54
Minas Gerais 1,26 4,17 1,77 2,42 3,85 1,34 3,43 2,42
Espírito Santo 1,31 3,94 1,51 2,13 4,00 1,00 6,25 2,19
Rio de Janeiro 1,33 2,88 1,66 1,77 1,52 1,00 3,38 1,68
São Paulo 1,47 3,33 1,98 1,74 1,87 2,00 2,90 2,04
Sudeste 1,36 3,74 1,80 2,06 1,89 1,34 3,24 2,04
Paraná 1,26 4,28 1,46 1,50 2,10 2,00 2,96 1,70
Santa Catarina 1,64 4,08 1,51 1,11 2,00 1,00 3,18 1,90 Rio Grande do Sul 1,25 2,94 1,68 1,87 1,50 2,00 3,42 2,03
Sul 1,36 3,38 1,55 1,50 1,89 1,42 3,19 1,86 Mato Grosso do Sul 1,56 5,60 2,04 3,50 1,00 5,50 4,75 2,51
Mato Grosso 3,83 5,72 2,00 1,36 2,99 5,50 6,00 2,98
Goiás 1,38 4,40 2,25 1,41 2,00 5,50 3,39 2,18
Distrito Federal 1,09 2,53 1,72 1,72 2,00 1,00 2,11 1,80
Centro-Oeste 1,60 4,11 2,06 1,72 1,90 5,50 2,62 2,21
Total 1,43 4,51 2,11 2,01 2,04 1,46 3,93 2,34
29
Multiplicadores do Emprego Formal-2004
Estados Alojamento Alimentação Transporte Auxiliar
Transportes Agência Turismo
Aluguel Transportes
Cultura e Lazer Total
Rondônia 1,17 5,53 2,29 3,00 3,00 1,00 4,02 2,92
Acre 1,50 6,76 4,51 7,83 1,00 1,00 2,13 4,25
Amazonas 1,92 6,96 2,65 10,00 5,00 1,00 7,83 3,10
Roraima 1,00 10,00 3,72 5,96 2,26 1,00 5,54 3,51
Pará 2,32 10,00 3,08 6,48 1,46 1,00 6,77 4,29
Amapá 1,00 8,38 4,38 5,96 1,00 1,00 3,08 4,12
Tocantins 2,50 6,73 3,00 2,67 3,00 1,00 10,00 3,34
Norte 1,92 8,48 2,94 5,96 2,26 1,00 5,54 3,63
Maranhão 3,25 10,00 4,47 9,00 3,55 1,00 9,50 5,41
Piauí 1,33 7,45 2,81 3,26 3,55 3,06 2,90 3,44
Ceará 1,48 5,64 4,11 2,68 3,55 4,99 8,41 3,65 Rio Grande do Norte 1,46 5,77 4,62 1,50 3,55 3,06 5,17 3,49
Paraíba 2,00 4,81 4,27 3,50 3,55 3,06 10,00 4,07
Pernambuco 1,34 7,95 3,37 3,91 2,67 2,50 5,60 3,49
Alagoas 1,14 8,09 4,38 1,33 1,00 3,06 4,40 3,40
Sergipe 1,00 5,69 2,54 5,99 3,55 3,06 3,50 2,50
Bahia 1,48 6,87 2,37 2,00 3,53 3,06 4,73 2,80
Nordeste 1,55 7,03 3,30 3,26 3,55 3,06 5,64 3,45
Minas Gerais 1,66 3,86 1,71 2,08 3,21 1,71 3,20 2,43
Espírito Santo 1,82 3,91 1,36 1,75 1,00 1,73 3,37 2,07
Rio de Janeiro 1,27 2,88 1,78 1,58 2,30 1,73 2,98 1,80
São Paulo 1,25 3,14 1,89 2,01 2,54 1,34 2,79 1,97
Sudeste 1,37 3,51 1,79 1,84 2,48 1,73 2,98 2,04
Paraná 1,49 2,74 1,62 1,83 3,17 2,78 3,60 1,84
Santa Catarina 1,20 3,02 1,55 1,86 2,00 2,70 3,32 1,91 Rio Grande do Sul 1,02 3,33 1,43 1,85 3,73 2,00 3,74 1,96
Sul 1,31 3,13 1,53 1,84 2,94 2,70 3,55 1,90 Mato Grosso do Sul 1,46 4,56 1,55 5,00 6,00 3,24 3,40 2,14
Mato Grosso 2,44 6,94 1,71 1,56 3,50 3,24 5,50 2,62
Goiás 2,05 4,73 1,85 2,15 7,00 2,00 3,70 2,24
Distrito Federal 1,04 2,43 1,71 2,00 0,94 1,61 1,26 1,58
Centro-Oeste 1,76 4,17 1,75 2,00 2,38 3,24 2,27 2,10
Total 1,46 4,28 2,09 2,12 2,65 2,24 3,77 2,36
30
Multiplicadores do Emprego Formal-2005
Estados Alojamento Alimentação Transporte Auxiliar
Transportes Agência Turismo
Aluguel Transportes
Cultura e Lazer Total
Rondônia 2,17 5,65 3,33 6,00 2,47 10,00 2,50 3,73
Acre 2,50 5,27 3,21 2,65 1,00 10,00 3,00 3,53
Amazonas 3,13 9,83 2,15 3,00 5,97 10,00 5,00 3,13
Roraima 1,66 10,00 2,75 2,00 2,47 10,00 6,01 3,84
Pará 2,26 10,00 2,96 2,57 1,26 10,00 6,00 4,14
Amapá 3,11 4,85 4,42 2,94 2,47 10,00 4,66 4,26
Tocantins 1,75 10,00 4,29 3,00 1,00 10,00 5,50 4,07
Norte 2,50 8,78 2,79 2,94 2,47 10,00 4,73 3,71
Maranhão 1,60 10,00 3,47 3,60 1,00 2,22 7,50 4,21
Piauí 2,00 10,00 5,63 6,00 2,00 2,22 10,00 6,44
Ceará 1,67 6,73 3,58 4,46 3,00 1,00 6,43 3,44 Rio Grande do Norte 1,42 3,63 3,45 3,52 3,00 2,00 10,00 2,96
Paraíba 1,00 10,00 3,94 4,50 2,00 2,22 5,84 3,64
Pernambuco 1,39 6,54 3,77 2,43 2,94 2,22 6,82 3,42
Alagoas 2,00 4,75 3,47 3,52 1,50 1,00 8,00 3,25
Sergipe 1,50 6,71 2,65 3,52 1,00 1,00 3,18 3,03
Bahia 1,30 7,54 2,57 4,62 1,50 4,65 6,56 2,78
Nordeste 1,42 7,78 3,35 3,52 2,00 2,22 6,90 3,36
Minas Gerais 1,31 3,49 1,66 2,02 2,93 1,33 3,03 2,26
Espírito Santo 2,00 5,52 1,35 2,11 1,67 1,33 4,50 2,29
Rio de Janeiro 1,29 2,95 1,85 1,59 1,76 1,67 3,50 1,82
São Paulo 1,34 2,76 1,96 1,76 1,70 1,00 3,27 1,96
Sudeste 1,33 3,27 1,83 1,86 1,89 1,33 3,24 2,02
Paraná 1,80 2,93 1,89 1,41 1,96 2,50 3,52 1,95
Santa Catarina 1,22 2,47 1,77 1,23 7,00 4,66 4,07 1,81
Rio Grande do Sul 1,28 3,22 1,62 1,89 2,08 2,00 3,36 2,09
Sul 1,40 3,00 1,76 1,46 2,40 4,66 3,57 1,97 Mato Grosso do Sul 1,82 3,38 1,72 1,83 2,28 1,00 5,00 2,20
Mato Grosso 3,00 7,40 1,96 4,66 2,28 1,00 2,80 3,22
Goiás 1,39 3,69 1,95 2,77 2,50 1,00 2,82 2,06
Distrito Federal 1,18 2,61 1,62 1,40 1,63 1,00 3,00 1,89
Centro-Oeste 1,58 3,78 1,84 2,63 2,28 1,00 3,07 2,17
Total 1,43 4,11 2,17 1,91 2,06 2,23 4,09 2,36
32
Estimativas do Emprego Informal no Turismo 2002 - 2 005 Região Norte
Alojamento Alimentação Transporte Auxiliar
Transportes Agência Turismo
Aluguel Transportes
Cultura e Lazer Total
Rondônia set.2002 96 3.088 2.536 200 751 12 84 6.768
set.2003 437 6.190 4.207 330 0 3 138 11.305
set.2004 116 3.454 2.738 190 343 0 85 6.925
set.2005 840 4.072 4.722 674 347 430 50 11.135
Acre set.2002 0 2.171 2.170 169 88 3 72 4.673
set.2003 416 2.322 2.971 209 36 0 25 5.979
set.2004 138 1.606 3.438 451 0 0 30 5.663
set.2005 494 1.208 2.094 111 0 205 50 4.162
Amazonas set.2002 2.048 4.162 5.684 926 1.394 55 308 14.578
set.2003 750 2.629 5.061 642 412 0 160 9.653
set.2004 1.656 5.744 8.989 4.752 1.827 0 758 23.726
set.2005 4.441 10.318 7.035 1.137 2.520 1.006 412 26.871
Roraima set.2002 191 375 1.709 56 109 18 47 2.504
set.2003 185 1.013 965 81 0 4 16 2.265
set.2004 0 1.341 1.268 134 58 0 27 2.829
set.2005 128 1.719 962 34 54 119 29 3.046
Pará set.2002 2.224 12.652 9.569 1.758 330 44 250 26.828
set.2003 1.557 14.094 6.460 1.919 541 91 177 24.838
set.2004 3.481 14.328 10.288 1.840 201 0 300 30.439
set.2005 3.497 16.032 10.181 535 105 2.977 280 33.608
Amapá set.2002 291 883 1.455 3 91 16 34 2.773
set.2003 0 684 4.428 193 40 20 72 5.436
set.2004 0 745 1.815 313 0 0 69 2.941
set.2005 803 537 2.217 117 100 1.263 143 5.178
Tocantins set.2002 538 1.414 2.474 25 0 16 57 4.523
set.2003 1.019 1.476 1.426 56 82 0 192 4.251
set.2004 923 1.197 2.115 25 158 0 225 4.643
set.2005 476 2.270 3.644 37 0 281 98 6.805
Norte
set.2002 5.388 24.744 25.598 3.138 2.763 165 852 62.647
set.2003 4.363 28.408 25.519 3.429 1.111 118 780 63.728
set.2004 6.314 28.414 30.652 7.704 2.587 0 1.494 77.166
set.2005 10.679 36.156 30.855 2.646 3.127 6.281 1.062 90.806
33
Estimativas do Emprego Informal no Turismo 2002 - 2 005 Região Nordeste
Alojamento Alimentação Transporte Auxiliar
Transportes Agência Turismo
Aluguel Transportes
Cultura e Lazer Total
Maranhão set.2002 945 7.166 19.044 336 299 42 1.615 29.448
set.2003 1.373 8.397 18.855 540 458 14 1.602 31.238
set.2004 3.374 9.603 18.284 1.224 646 0 1.581 34.712
set.2005 1.048 10.229 13.588 437 0 85 945 26.333
Piauí set.2002 400 5.231 24.639 55 179 16 1.848 32.367
set.2003 404 5.544 8.781 81 232 5 603 15.650
set.2004 391 4.461 5.111 54 457 49 357 10.881
set.2005 1.103 6.520 13.486 138 242 32 1.781 23.302
Ceará set.2002 2.284 7.529 16.130 1.464 458 52 1.679 29.596
set.2003 3.102 8.011 20.284 1.030 309 234 3.190 36.160
set.2004 2.328 7.073 23.812 1.250 1.770 1.074 3.645 40.952
set.2005 3.354 9.641 19.826 2.299 1.649 0 2.768 39.536
Rio Grande do Norte set.2002 715 6.196 7.436 149 652 123 2.316 17.586
set.2003 1.972 8.732 8.028 384 477 38 1.089 20.720
set.2004 2.216 8.630 14.285 54 672 338 1.321 27.515
set.2005 2.183 5.520 9.545 309 573 185 3.289 21.604
Paraíba set.2002 2.603 5.441 16.478 145 227 21 2.419 27.334
set.2003 0 9.891 19.184 369 130 7 1.759 31.340
set.2004 1.617 4.506 11.196 113 381 43 2.826 20.682
set.2005 0 11.909 10.067 165 171 30 1.595 23.937
Pernambuco set.2002 3.587 13.322 41.206 1.875 585 325 3.712 64.613
set.2003 4.199 9.654 40.560 2.646 2.215 316 7.362 66.952
set.2004 2.269 18.923 33.940 3.856 1.847 499 4.015 65.349
set.2005 2.788 16.312 39.598 2.170 2.784 463 5.032 69.147
Alagoas set.2002 920 3.999 4.570 66 323 52 89 10.019
set.2003 1.060 3.175 7.930 282 488 20 693 13.647
set.2004 321 7.012 9.602 43 0 142 242 17.362
set.2005 2.428 4.314 6.948 346 120 0 473 14.630
Sergipe set.2002 119 3.593 4.389 34 305 0 263 8.703
set.2003 579 3.739 8.912 167 332 0 242 13.971
set.2004 0 4.655 4.557 339 432 274 160 10.417
set.2005 726 6.107 5.030 215 0 0 170 12.249
Bahia set.2002 1.795 17.901 22.303 305 2.144 575 2.929 47.953
set.2003 3.741 24.522 24.286 265 2.053 0 1.805 56.672
set.2004 4.601 21.060 20.873 320 6.873 1.202 2.051 56.980
set.2005 3.045 25.616 25.879 1.156 1.202 1.776 3.093 61.767
Nordeste set.2002 13.367 70.380 156.193 4.430 5.173 1.206 16.870 267.619
set.2003 16.430 81.665 156.820 5.763 6.694 633 18.345 286.350
set.2004 17.118 85.923 141.660 7.253 13.078 3.621 16.197 284.851
set.2005 16.675 96.168 143.968 7.236 6.741 2.570 19.146 292.504
34
Estimativas do Emprego Informal no Turismo 2002 - 2005 Região Sudeste
Alojamento Alimentação Transporte Auxiliar
Transportes Agência Turismo
Aluguel Transportes
Cultura e Lazer Total
Minas Gerais set.2002 6.589 69.165 27.795 5.726 2.045 217 7.732 119.270
set.2003 3.631 71.757 23.672 2.499 6.061 190 5.940 113.750
set.2004 9.264 69.465 22.134 2.046 4.818 400 5.334 113.461
set.2005 4.584 65.889 21.529 2.099 4.335 235 4.807 103.479
Espírito Santo set.2002 711 15.894 3.559 1.807 392 0 202 22.565
set.2003 759 10.653 3.739 1.068 1.352 0 672 18.243
set.2004 2.132 11.607 2.610 843 0 154 292 17.639
set.2005 2.680 20.470 2.631 1.291 356 81 454 27.964
Rio de Janeiro set.2002 3.950 14.666 43.225 2.601 8.761 0 2.824 76.027
set.2003 6.770 12.704 39.237 3.711 2.653 0 3.015 68.091
set.2004 5.597 13.257 46.061 2.961 7.015 452 2.593 77.936
set.2005 6.352 14.494 49.812 3.041 4.382 520 3.469 82.068
São Paulo set.2002 6.477 36.865 66.448 1.874 6.956 0 5.346 123.966
set.2003 14.488 43.527 77.498 1.839 8.723 1.417 5.311 152.802
set.2004 7.991 42.875 67.982 2.712 17.103 461 4.868 143.991
set.2005 11.396 38.915 74.182 2.238 8.464 0 6.607 141.803
Sudeste set.2002 17.727 136.590 141.027 12.008 18.155 217 16.104 341.829
set.2003 25.649 138.642 144.146 9.117 18.789 1.606 14.937 352.886
set.2004 24.984 137.204 138.788 8.561 28.936 1.467 13.087 353.027
set.2005 25.012 139.769 148.153 8.669 17.537 836 15.337 355.313
35
Estimativas do Emprego Informal no Turismo 2002 - 2005 Região Sul
Alojamento Alimentação Transporte Auxiliar
Transportes Agência Turismo
Aluguel Transportes
Cultura e Lazer Total
Paraná set.2002 2.456 9.358 14.292 2.192 5.097 0 4.108 37.503
set.2003 2.356 11.726 10.106 1.999 1.614 900 2.155 30.855
set.2004 4.690 6.894 13.723 3.589 3.887 1.605 2.993 37.381
set.2005 7.953 8.436 20.431 1.760 1.917 830 3.048 44.374
Santa Catarina set.2002 4.499 10.002 7.130 768 304 228 2.745 25.676
set.2003 4.403 13.098 6.724 137 1.003 0 3.096 28.461
set.2004 1.433 9.282 7.294 1.255 1.067 653 3.143 24.127
set.2005 1.764 7.648 10.585 332 7.954 1.220 4.115 33.618
Rio Grande do Sul set.2002 414 25.345 11.975 921 2.065 314 3.441 44.476
set.2003 1.933 20.778 12.074 1.875 913 176 3.838 41.587
set.2004 164 27.158 7.689 1.917 5.247 179 3.992 46.345
set.2005 2.425 27.377 11.828 1.574 2.249 151 3.642 49.247
Sul set.2002 7.369 44.704 33.397 3.882 7.466 542 10.295 107.655
set.2003 8.692 45.601 28.904 4.011 3.530 1.076 9.089 100.903
set.2004 6.286 43.333 28.706 6.761 10.201 2.437 10.128 107.853
set.2005 12.141 43.462 42.844 3.666 12.120 2.201 10.804 127.239
36
Estimativas do Emprego Informal no Turismo 2002 - 2005 Região Centro-Oeste
Alojamento Alimentação Transporte Auxiliar
Transportes Agência Turismo
Aluguel Transportes
Cultura e Lazer Total
Mato Grosso do Sul set.2002 778 4.070 2.563 890 0 41 252 8.595
set.2003 1.099 4.067 3.124 475 0 243 573 9.582
set.2004 935 3.435 1.659 775 2.270 107 321 9.503
set.2005 1.662 2.536 2.241 179 644 0 573 7.834
Mato Grosso set.2002 1.054 8.035 6.423 0 183 35 536 16.266
set.2003 5.550 4.460 3.769 65 604 306 445 15.199
set.2004 3.178 6.612 2.858 115 728 143 419 14.053
set.2005 4.621 8.477 4.291 590 478 0 186 18.643
Goiás set.2002 3.632 4.754 12.858 354 2.420 191 563 24.772
set.2003 2.193 4.899 15.727 67 583 842 572 24.884
set.2004 6.230 5.740 10.972 211 3.912 157 568 27.790
set.2005 2.466 4.785 12.133 261 1.018 0 405 21.067
Distrito Federal set.2002 301 4.380 5.451 503 785 175 1.887 13.483
set.2003 220 5.219 5.343 432 1.510 0 1.471 14.195
set.2004 97 5.313 5.338 566 -105 281 298 11.788
set.2005 440 6.626 4.901 269 902 0 2.359 15.496
Centro-Oeste set.2002 5.765 21.239 27.295 1.747 3.389 442 3.239 63.115
set.2003 9.062 18.647 27.964 1.039 2.697 1.392 3.060 63.861
set.2004 10.440 21.100 20.828 1.667 6.804 689 1.606 63.134
set.2005 9.189 22.423 23.566 1.299 3.040 0 3.522 63.040
Estimativas do Emprego Informal no Turismo 2002 - 2005 Brasil
Alojamento Alimentação Transporte Auxiliar
Transportes Agência Turismo
Aluguel Transportes
Cultura e Lazer Total
Total set.2002 49.617 297.657 383.509 25.205 36.945 2.572 47.359 842.864
set.2003 64.196 312.963 383.352 23.359 32.821 4.825 46.212 867.728
set.2004 65.142 315.974 360.633 31.947 61.607 8.215 42.512 886.031
set.2005 73.696 337.978 389.386 23.516 42.565 11.889 49.872 928.901