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FAQ – FACULDADE XV DE AGOSTO SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA CADASTRO E ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES EM UMA CLÍNICA ODONTOLÓGICA FERNANDA MARTINS FERREIRA SOCORRO 2011

SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA CADASTRO E …das estruturas e métodos de trabalho. Por meio de uma pesquisa exploratória, verificou-se que algumas ações desempenhadas por esta Clínica,

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FAQ – FACULDADE XV DE AGOSTO

SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA CADASTRO E ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES EM UMA

CLÍNICA ODONTOLÓGICA

FERNANDA MARTINS FERREIRA

SOCORRO 2011

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FAQ – FACULDADE XV DE AGOSTO

SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA CADASTRO E ACOMPANHAM ENTO DE PACIENTES EM UMA

CLÍNICA ODONTOLÓGICA

Aluna: Fernanda Martins Ferreira Orientadores: Profª Ms. Claudia Cobêro

Prof. Ms. Laszlo Peter Andras Urmenyi

SOCORRO 2011

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade XV de Agosto como um dos pré-requisitos para a obtenção do grau de bacharel em Administração.

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Dedico carinhosamente esse trabalho à minha mãe Valéria, grande incentivadora

dos meus estudos. Exemplo de pessoa, de luta, de coragem, de determinação, de caráter, de

doação e de amor... E a minha querida irmã Renata, por se fazer sempre presente na minha

vida, pelo cuidado e preocupação que tem por mim.

Sei que este sonho não é só meu e por isso agi responsivamente durante toda esta

trajetória. Só nós sabemos a luta diária que vocês enfrentam, a coragem e a determinação que

vocês carregam e não escondo a admiração que tenho por vocês duas. Faltam-me palavras

para agradecer por tudo que fizeram e continuam fazendo por mim...

Meu respeito, admiração e carinho. É com emoção que lhes agradeço.

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“Quando nada parece ajudar, olho o cortador de

pedras martelando a rocha talvez cem vezes sem que

uma só rachadura apareça. Porém na centésima

primeira a pedra se abre em duas e sei que não foi

aquela a que conseguiu, mas todas as que vieram

antes.”

(Jacob A. Riis)

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RESUMO

O presente trabalho apresentou as ações e ferramentas necessárias ao desenvolvimento e implantação de um Sistema de Informação para Cadastro e Acompanhamento de Pacientes, tendo sido desenvolvido em uma Clínica Odontológica, situada no interior do Estado de São Paulo. O objetivo desse trabalho foi o de informatizar rotinas clínicas e burocráticas, oferecendo maior controle sobre os pacientes, os atendimentos e tratamentos que estão sendo realizados, aperfeiçoando os mecanismos de gestão e de controle por meio da racionalização das estruturas e métodos de trabalho. Por meio de uma pesquisa exploratória, verificou-se que algumas ações desempenhadas por esta Clínica, poderiam ser melhoradas com a utilização de um Sistema de Informação, garantindo aos colaboradores auxílio no método de planejamento e gerenciamento na tomada de decisões. Foi desenvolvido um sistema com a utilização do software Clarion 5.5, que possibilitou aprimorar a execução dos processos de atendimento aos pacientes e acompanhamento clínico. Neste aspecto, todo seu desenvolvimento foi conduzido de forma ágil, rápida e eficaz, para o bom planejamento com relação à terapêutica a ser aplicada para cada paciente.

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LISTAS

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Componentes de um Sistema ................................................................................. 9

Figura 2- Composição de um Sistema de Informação........................................................... 14

Figura 3- Modelo Lógico para o Sistema a ser Desenvolvido .............................................. 20

Figura 4- Editor do Dicionário de Dados .............................................................................. 21

Figura 5- Gerador de Aplicação e Templates ........................................................................ 22

Figura 6- Banco de Dados do Sistema .................................................................................. 24

Figura 7- Tela Inicial do Sistema .......................................................................................... 25

Figura 8- Lista de Cadastro de Pacientes .............................................................................. 26

Figura 9- Formulário de Alteração de Pacientes ................................................................... 27

Figura 10- Lista de Cadastro de Orçamentos ........................................................................ 28

Figura 11- Lista de Cadastro de Serviços .............................................................................. 29

Figura 12- Filtro de Pesquisa Avançada ................................................................................ 30

Figura 13- Lista de Cadastro de Consultas ........................................................................... 30

LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Comparativo do Antes e Depois da Implantação ............................................. 31

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SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 7

1.1- Empresa Analisada ..................................................................................................... 8

2- REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................... 9

2.1- Sistema ....................................................................................................................... 9

2.1.1- Classificação de Sistema ................................................................................. 10

2.2- Informação .................................................................................................................. 11

2.3- Sistema de Informação ............................................................................................... 13

2.3.1- Classificação de Sistema de Informação .......................................................... 15

2.4- Banco de Dados .......................................................................................................... 16

2.5- Ferramenta de Desenvolvimento ................................................................................ 17

3- METODOLOGIA ............................................................................................................ 19

3.1- Desenvolvimento do Sistema ..................................................................................... 19

3.2- Implantação do Sistema .............................................................................................. 23

4- RESULTADOS E ANÁLISE .......................................................................................... 24

4.1- Cadastros de Pacientes ............................................................................................... 25

4.2- Cadastro de Orçamentos ............................................................................................. 28

4.3- Cadastros de Serviços ................................................................................................. 29

4.4- Cadastro de Consultas ................................................................................................ 30

4.5- Quadro Comparativo do Antes e Depois da Implantação .......................................... 31

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 34

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1 – INTRODUÇÃO

No atual contexto da economia global, a informação, independente de seu

formato, é um recurso indispensável para as organizações, principalmente quando planejada e

disponibilizada de forma seletiva sendo antecipada para facilitar a tomada de decisões.

Os Sistemas de Informação prestam grandes contribuições nos processos de

aperfeiçoamento empresarial, facilitando a coleta, o armazenamento, processamento e

recuperação de documentos e comunicações. Assim, elas necessitam de auxílio para a

formulação, adequação ou recriação, muitas vezes, do seu modelo de negócio.

Neste aspecto, o grande desafio para estas organizações está no sentido de como

irão trabalhar com tais informações, da maneira como é obtida, registrada, organizada,

recuperada e, posteriormente, utilizando-as a seu favor, de maneira segura, eficiente e com

qualidade. Porém, isso só é possível com a padronização, automação e integração dos

processos da cadeia informacional.

Apesar dessa consciência, ainda existem organizações que armazenam suas

informações de maneira desestruturada, não possuindo procedimentos e processos, que

facilitem e dê apoio à gestão da informação pertinente as rotinas de trabalho.

A saúde e a informática, como áreas do conhecimento, possuem características em

comum: a generalização de novos conhecimentos e a troca constante de procedimentos e de

aplicações. Como segmento da área da saúde, a odontologia pode e deve abordar o uso de um

sistema de informação, pois nos últimos anos houve um rápido desenvolvimento da

Informática, sobretudo em áreas dedicadas ao exame do paciente, ao diagnóstico e ao plano

de tratamento.

Nos dias atuais, mais do que controle administrativo e da agenda de consultas, a

informática proporciona registros mais detalhados que podem ser recuperados mais agilmente,

para o bom planejamento com relação à terapêutica a ser aplicada para cada paciente.

Levando em consideração esses aspectos, foi realizado um estudo especializado

na área Odontológica com o intuito de analisar o seguinte problema de pesquisa: Quais as

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ações e ferramentas necessárias para desenvolver e implantar um sistema de informação para

cadastro e acompanhamento de pacientes na clínica odontológica analisada?

O trabalho teve por objetivo o desenvolvimento e implantação de um sistema de

informação para efetuar o cadastro de pacientes, profissionais, procedimentos e a inclusão de

consultas para se obter o acompanhamento dos pacientes.

Essa implantação acarretará em um maior controle sobre os pacientes, os

atendimentos e tratamentos que estão sendo realizados, aperfeiçoando os mecanismos de

gestão e de controle por meio da racionalização das estruturas e métodos de trabalho.

Oferecendo confiabilidade e segurança, além de agilizar e facilitar a consulta das

informações, armazenando os prontuários em um banco de dados relacional.

1.1 – Empresa Analisada

A Clínica Odontológica analisada foi fundada em 1978, logo após a formação do

seu proprietário na Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (EFOA). Recentemente,

com a intenção de proporcionar maior conforto, comodidade e diversidade de especializações

aos seus pacientes, houve a fusão entre seu consultório e de seus filhos, dando origem a

Clínica Odontológica em questão.

Após a união, novas perspectivas se abriram e surgiu então a necessidade de

reestruturação. Com a ampliação da equipe de profissionais, as instalações foram remodeladas

e transferidas para um Centro Empresarial moderno e de viável localização.

Composta por três consultórios, a clínica oferece tratamentos nas áreas de

Endodontia, Implantodontia e Clínica Geral, sendo referência no tratamento odontológico,

principalmente pela atualização de seus profissionais e equipamentos.

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2 – REFENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo serão apresentados os principais conceitos e contribuições

teóricas, que servirão como base para melhor compreensão da estruturação deste estudo.

2.1 – Sistema

Ao conceituar sistema, O’Brien e Marakas (2007), referem-se a este como sendo

um grupo de elementos em constante interação, que recebem insumos e produzem resultados

através de um processo ordenado de transformação, em busca de um objetivo em comum.

Devido a esta dependência entre as partes para ter continuidade, qualquer

alteração realizada acarretará mudanças significativas em ambas, uma vez que a modelagem

de um sistema requer que este seja aberto, ou seja, sofra ação interna e externa nos seus

subsistemas. Do contrário, este para de trabalhar sofrendo o processo de entropia.

Segundo Oliveira, D. (2004), três atividades em um sistema de informação estão

relacionadas à produção de informação de que as organizações necessitam – entrada,

processamento e saída – conforme ilustrado na Figura 1.

Figura 1: Componentes de um Sistema

Fonte: Oliveira. D. (2004, p.24)

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Seguindo essa mesma ideia, o autor afirma que os sistemas são compostos por

alguns elementos como: os objetivos, as entradas, o processo de transformação, as saídas, os

controles e as avaliações e a retroalimentação (feedback).

• Objetivos: é a razão da existência do sistema, ou seja, é a finalidade para

que ele foi desenvolvido.

• Entradas: coleta ou captura os meios que fornecem ao sistema insumos,

podendo ser um material, uma energia ou uma informação.

• Processo de transformação: converte a entrada em um produto, serviço ou

resultado, apresentando-os de uma forma mais significativa às pessoas que

as utilizarão ou às atividades em que serão empregadas.

• Controle: é o monitoramento e a avaliação do feedback para determinar se

o sistema está movendo-se em direção ao atingimento do seu objetivo. Faz

o ajuste necessário nos componentes de entrada e de processamento do

sistema para assegurar que ele produza o resultado desejado.

• Saídas: são os resultados do processo de transformação e as finalidades

para as quais se uniram objetivos.

• Retroalimentação ou Feedback: é o retorno dado sobre as saídas

produzidas pelo sistema sobre as entradas do mesmo. A realimentação

deve ser contínua, para que se tenha certeza da evolução gerada do

sistema, garantindo seu desenvolvimento no sentido de adaptação as

necessidades.

2.1.1 – Classificação de Sistema

Bio (1996) menciona que um sistema pode ser formado por vários subsistemas

que trabalham em conjunto, que formando um todo organizado pode obter um maior resultado

ou aproveitamento do que se estes elementos integrantes estivessem isolados. Acerca dos

sistemas, pode-se ainda observar que este não se relaciona apenas com as suas partes, mas

também com outros sistemas e subsistemas.

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Na definição dada por Gordon e Gordon (2006), todo sistema pode ser dividido

em subsistemas menores, que recebem entradas e saídas específicas, como também ser um

subsistema de um sistema maior. Pode ser um sistema fechado, como as máquinas, ou aberto,

como a organização.

Chiavenato (2002) classifica os sistemas com sendo fechados ou abertos,

obedecendo a maneira como este se envolve com o ambiente. O sistema fechado há poucas

entradas e saídas, não recebendo desta forma qualquer influência ambiental.

Já o sistema aberto, apresenta relação de intercâmbio com o ambiente, uma vez

que pode comunicar, observar e atuar, de forma eficaz (de modo a seguir os objetivos

propostos para a organização), flexível (para se adaptar a mudanças de ambiente que possam

ocorrer) e eficiente (respondendo a pressões exteriores que exigem a rentabilização dos

diferentes subsistemas , componentes da organização e das correspondentes capacidades).

2.2 – Informação

Para uma compreensão melhor de sistema de informação, torna-se imprescindível

a distinção entre o conceito de dado e informação, pois esses recursos estão intrinsecamente

ligados e para se fazer uma boa gestão é preciso conhecer aquilo que se está gerenciando.

Baseando-se nesta perspectiva Guimarães (2004), cita o que diferencia dados ou

conjunto de dados de informação, a qual auxilia no processo decisório, é o conhecimento que

ela proporciona ao tomador de decisões. Desta forma, a finalidade da informação é a de

habilitar a empresa para obter seus objetivos pelo uso eficiente dos recursos disponíveis.

Segundo Rezende (1999), dados são um conjunto de letras e números ou dígitos

que tomados isoladamente não transmitem nenhum conhecimento ou significado. Então

poderíamos dizer que são matéria bruta, mas que constitui um elemento de informação.

Já Gordon e Gordon (2006) os define como um conjunto de registros qualitativos

ou quantitativos que uma vez processados, interpretados, dentro de um contexto em que

exprimir significado, obtém-se a informação.

Portanto, é possível perceber que dados são seqüências de fatos brutos que

representam eventos que ocorrem nas organizações ou no ambiente físico, antes de terem

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sidos organizados e arranjados de uma maneira que as pessoas possam utilizá-las de forma

apropriada. Já a informação pode ser conceituada como o resultado da transformação do dado

em algo que possa ser entendido e utilizado de forma significativa e útil.

Para Beuren (1998, APUD JANNUZZI; TÁLAMO, 2004), a informação e a sua

gestão nas empresas apresenta uma sistematização orientada por uma sequencia de passos

como:

• Identificação de necessidades e requisitos de informação: Considerada

como a etapa mais relevante dentro do processo, já que visa identificar

quais são as informações realmente úteis aos usuários;

• Coleta/entrada de informação: Após definir o conjunto de informações

necessárias (formal ou informal), deve-se estabelecer um processo

contínuo de aquisição e coleta das informações para a alimentação dos

processos organizacionais;

• Classificação e armazenamento da informação: Consiste em assegurar a

conservação dos dados e informações, permitindo seu uso e a sua

reutilização dentro da organização. Uma vez que os usuários poderão ter

acesso às informações necessárias e selecionar o melhor lugar para

armazená-las;

• Tratamento e apresentação da informação: Decidir qual tratamento a

informação receberá e como será apresentada ao usuário;

• Desenvolvimento de produtos e serviços de informação: Consiste em

explorar o conhecimento e a experiência dos usuários finais para o

desenvolvimento de novos produtos e serviços que auxiliem a

organização.

• Distribuição e disseminação da informação: Um sistema de informação

eficiente deve antecipar-se às necessidades de informação de indivíduos-

chave, divisões e até mesmo de toda a organização. Para isto é importante

encontrar um meio de ser pró-ativo e preencher todas as lacunas de

informação efetivamente;

• Análise e uso da informação: Preencher as lacunas de informação, que são

apresentadas pelo usuário final, torna positiva a existência da informação.

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Baseando-se nesta perspectiva, Oliveira, D. (2004) cita que a informação é o

produto da análise dos dados existentes na empresa, devidamente registrados, classificados,

organizados, relacionados e interpretados em um determinado contexto, para a transferência

do conhecimento e possibilitar a tomada de decisão de forma otimizada. Opinião

compartilhada por Cautela e Polloni (2001) ao afirmarem que a informação são dados

organizados de modo significativo, sendo subsídio útil à tomada de decisão.

A informação facilita o desempenho das funções que cabem à administração:

planejar, organizar, dirigir e controlar operações. Correspondente à matéria-prima para o

processo administrativos da tomada de decisão.

2.3 – Sistema de Informação

Genericamente, sistema de informação é qualquer sistema que manipula ou gera

informação, usando ou não recursos de tecnologia da informação (REZENDE, 1999).

Laudon e Laudon (2004) definem sistema de informação como um método

organizado de componentes que estão relacionados uns com os outros, que captura, processa,

armazena, fornece, usa e distribui informações nas organizações, fornecendo suporte

informacional a alta administração e seus colaboradores, na visualização de assuntos

complexos, no desenvolvimento de novos produtos e no desempenho de suas funções.

Uma possível definição apresentada por Oliveira, D. (2004), aponta que sistema

de informação é um fluxo confiável e menos burocrático possibilitando acesso rápido às

informações, garantia de integridade, veracidade e de segurança de acesso da mesma.

Sob esta ótica, Cautela e Polloni (2001) mencionam que os sistemas de

informação compõem-se do conjunto de elementos (dados, recursos, capital intelectual), que

correlacionados por meio de subsistemas (departamentos, setores, intranet) organizados e

estruturados ocasionam a geração de informações pertinentes à tomada de decisão, estas

informações devem ser regradas de clareza, objetividade, agilidade e focadas, ou seja,

objetivadas a realização eficiente de tarefas ou estratégias.

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O’Brien e Marakas (2007) afirmam que um sistema de informação consiste em

cinco recursos principais: recursos humanos, programas, hardware, dados e redes de

comunicação como recursos para efetuar a alimentação, o processamento, a produção, o

armazenamento e as atividades de controle que transformam os recursos de dados em

produtos de informação, conforme demonstrado na Figura 2.

Figura 2 – Composição de um Sistema de Informação Fonte: O’ Brien e Marakas (2007, p.29)

• Recursos humanos: são os indivíduos que compõem todo o sistema

administrativo burocrático de uma organização. Podem ser classificados

como: usuários (quando apenas utilizam o recurso para obter informações)

ou especialistas (quando são formados por gerentes, programadores,

técnicos e administradores do sistema);

• Recursos de hardware: É um conjunto de dispositivos físicos que estejam

à disposição dos usuários, para a inserção de dados ou apenas consulta.

Através desses é modificado qualquer tipo de dado em informação;

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• Recursos de software: Formado por um conjunto de instruções com o

objetivo de fazer com que os equipamentos informatizados (hardware)

executem e suportam todo o funcionamento das tarefas;

• Recursos de dados: É a matéria-prima para obter a informação. Dados

podem adquirir diversas formas: dados alfanuméricos, imagens, textos,

áudios e vídeos. A coleção de arquivos relacionados que armazernam

dados e as associações entre eles;

• Recursos de rede: Esse recurso é mais uma ferramenta importante nos

conceitos de sistema de informação. Através da rede, junto com os

recursos de hardware, software e recursos humanos é possível interligar

várias áreas da organização. A conexão (com ou sem fio) entre as

máquinas permite o compartilhamento de recursos por diferentes

computadores.

De acordo com Laudon e Laudon (2004), os sistemas de informação podem ser

formais (informatizados ou manuais) e informais. Os sistemas informais de informação

contam com entendimentos implícitos e regras de comportamento não especificadas (rede de

fofocas), que por sua vez, são importantes para uma empresa, mas não existe um

entendimento do que é informação ou como ela é armazenada e processada.

Os sistemas formais de informação podem ser manuais (tradicionais) onde se

utilizam caneta e papel ou informatizados (automatizados), onde são adotados computadores,

redes e Tecnologia de informação. Estes se baseiam em definições de dados e procedimentos

para coleta, armazenamento, processamento, disseminação e uso desses dados.

2.3.1 – Classificação de Sistema de Informação

Os Sistemas de Informação podem ser classificados de muitas maneiras,

representando diferentes possibilidades de uso. Uma classificação apresentada por Rezende

(1999) é feita por meio dos níveis hierárquicos a que os sistemas de informação dão suporte:

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• Sistemas de Informação Operacionais (SIO)

• Sistemas de Informação Gerenciais (SIG)

• Sistemas de Informação Estratégicos (SIE)

Os SIOs (também denominados como Sistemas de Apoio às Operações

Empresarias ou Sistemas de Controle) auxiliam no trabalho de execução, acompanhamento e

armazenamento das operações diárias da organização, dando suporte aos colaboradores que

trabalham com os dados e o conhecimento.

Os SIGs (também denominados como Sistema de Apoio à Gestão Empresarial ou

Sistemas Gerenciais) atuam nas atividades de controle, monitoramento e tomada de decisão ,

utilizando dados da operação para permitir a obtenção de informações que possibilitem o

gerenciamento da organização;

Os SIES (também denominados como Sistemas de Informação Executivas ou

Sistemas de Suporte à Decisão Estratégica) tomam decisões que lidam com situações que

podem mudar significamente a maneira como os negócios são realizados relacionando-as com

o meio ambiente interno e/ou externo da organização.

2.4 – Banco de Dados

Segundo Laudon e Laudon (2004), banco de dados é um conjunto de arquivos

estruturados, não redundantes e inter-relacionados, que ao invés de armazená-los em arquivos

separados para cada aplicação, eles são armazenados fisicamente, proporcionando uma fonte

única de dados de tal forma que possam ser acessados e utilizados em um único local.

As formas de alocação e/ou armazenamento dos dados e conseqüentemente das

informações geradas pelos sistemas de informação devem possibilitar um gerenciamento

oportuno, visando à praticidade e interação eficaz por aquele que interage com o sistema.

(TURBAN; RAINER; POTTER, 2005).

Já para Bio (1996), conclui que um sistema eficiente deve oferecer ao usuário a

informação oportuna, exata e relevante. Essa informação, quando os arquivos são

adequadamente organizados, pode ser recuperada e acessada, reduzindo assim a redundância,

o isolamento e a inconsistência dos dados.

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Um sistema de gerenciamento de banco de dados (SGBD) consiste em um

software que permite a centralização dos dados e de seu gerenciamento, de modo que as

empresas disponham de uma única fonte consistente para todas as suas necessidades de dados.

(TURBAN; RAINER; POTTER, 2005).

Neste aspecto, Laudon e Laudon (2004) mencionam que os SGBDs também

dispõem de um mecanismo para manter a inegridade das informações armazenadas,

gerenciando a segurança e o acesso dos usuários, recuperando informações quando o sistema

falha e acessando várias funções do banco de dados que podem ser acessadas por um

aplicativo escrito em uma linguagem de terceita ou quarta geração, ou em uma linguagem

orientada a objetos. Ele fornece aos usuários ferramentas para adicionar, excluir, manter,

exibir, imprimir, pesquisar, selecionar, classificar e atualizar dados.

Já para O’Brien e Marakas (2007) asseguram que o SGBD livra o programador ou

o usuário final da tarefa de entender onde e como os dados estão realmente armazenados,

separando as visões lógica e física de dados. A visão lógica, ou visão do usuário, de um

programa de banco de dados apresenta os dados em um formato compreensível por usuários

ou especialistas da empresa que precessam esses dados. Ou seja, a visão lógica informa ao

usuário o que existe no banco de dados.

A visão física mostra-os como estão realmente organizados e estruturados nos

meios de armazenamento físico. Existe apenas uma visão física dos dados, mas pode haver

muitas visões lógicas diferentes. O software de gerenciamento de dados disponibiliza o banco

físico para as diferentes visões lógicas apresentadas por vários programas aplicativos.

2.5 – Ferramenta de Desenvolvimento

Segundo o Manual Básico Clarion 4 (2011), o Clarion é uma linguagem de

programação de quarta geração (4GL) para a orientação comercial, sendo também um

conjunto de ferramentas específicas incorporada e estruturada para o desenvolvimento de

aplicativos, manutenção de banco de dados e derivação rápida de aplicações.

A linguagem de quarta geração consiste em habilitar os usuários finais a

desenvolver programas aplicativos com o mínimo de assistência técnica (ou quase nenhuma),

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estes usuários necessitam apenas especificar o que tem de ser executado, em vez de dar

detalhes sobre como executar a tarefa.

O mesmo Manual cita que esta ferramenta é especificamente projetada para RAD

(Desenvolvimento Rápido de Aplicações), RAM (Manutenção Rápida de Aplicações) e RAE

(Derivação Rápida de Aplicações). A programação orientada a objeto cria sistemas mais

flexíveis e fáceis de montar e manter. Os objetos são reutilizáveis, de forma que o

desenvolvimento de softwares acaba reduzindo tempo e custo de programação. Novos

sistemas podem ser criados utilizando alguns objetos existentes, alterando outros e

adicionandos alguns novos.

Com isso, apesar desta ferramenta permitir o desenvolvedor escrever os códigos

de linguagem Clarion, ela também pode produzir códigos padrões, não havendo necessidade

de escrevê-las, favorecendo ao desenvolvedor do aplicativo produtividade, evitando ao

máximo a necessidade de codificação.

O Clarion é capaz de gerar aplicações que podem interagir diretamente com as

mais variadas fontes de dados sem contar com o seu driver nativo chamado Topspeed.

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3 - METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do presente estudo, foi realizada uma Pesquisa

exploratória, que de acordo com Oliveira, S. (2004), é a formulação de um problema para

efeito de uma pesquisa mais precisa ou, ainda, para a elaboração de hipóteses. As

investigações desta natureza objetivam aproximar o pesquisador com as características e

peculiaridades do tema a ser explorado.

3.1 – Desenvolvimento do Sistema

Para o desenvolvimento do sistema, foram efetuadas algumas visitas na clínica

para a obtenção das informações necessárias para verificar como eram realizadas as rotinas de

funcionamento, procedimentos de trabalho, sobre as formas de armazenamento, bem como

sobre as deficiências encontradas no modelo atual.

Essa análise consistiu em observar o trabalho executado pelos odontólogos em

suas atividades, questionando-os sobre os procedimentos, além de observar também, os

arquivos existentes na Clínica em questão.

Em decorrência desse levantamento, verificou-se que algumas ações, como o

controle do histórico dos pacientes e planos de tratamentos pertinentes as funções

desempenhadas por esta Clínica, poderiam ser melhoradas com a utilização de um sistema de

informação. Diante dessas situações, surgiu a necessidade do desenvolvimento de um

aplicativo composto por três setores essenciais:

• Setor operacional: controle da agenda, marcação de consultas, fluxo de pacientes e

emissão de diagnóstico;

• Setor clínico: cadastramento de pacientes e seus dados, registro das passagens pela

clínica e dados básicos dos procedimentos já realizados;

• Setor administrativo: controle de financeiro.

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Para descrever as informações absorvidas e desenvolver as entidades e atributos

necessários para o desenvolvimento do sistema, foi construído um DER (Diagrama Entidade

Relacionamento), facilitando a visualização do desenvolvedor sobre as informações

gerenciais pelo sistema.

O Diagrama foi construído com o apoio da ferramenta de modelagem DBDesigner 4,

desenvolvida pela empresa fabeFORCE. Este proporciona a visão estrutural da síntese da arquitetura

dos dados ou até mesmo ser usado de base para futuras alterações para uma eventual melhora no

sistema de informação.

Figura 3: Modelo Lógico para o Sistema a ser Desenvolvido

Fonte: Dados da pesquisa da autora

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Para os recursos de desenvolvimento do software, foi utilizado o Clarion versão

5.5, produzido pela Soft Velocity Corporation. Uma linguagem de programação de quarta

geração destinada especificamente para criação de aplicações e manutenção de banco de

dados comerciais, tendo como gerenciador de banco de dados o driver chamado Topspeed

(TPS), o qual foi adotado para o armazenamento dos dados.

Ele fornece um gerador de aplicações com todos os modelos Templates e

assistentes Wizards que permitem a criação rápida da aplicação, sem a necessidade de se

escrever uma linha de código. O Clarion é composto em dois repositórios: o Dicionário de

Dados (.DCT) e o Modelo de Aplicação (.APP). Manter as aplicações em repositórios traz

benefícios de padronização e facilidade de documentação.

O Dicionário de Dados contém a descrição do banco de dados, incluindo seus

arquivos, chaves, índices, drivers de banco de dados, relacionamentos de arquivos, campos,

regras de validação de campo. Se a base de dados for modificada, o programador Clarion

precisará somente corrigir o Dicionário de Dados, sincronizar o Modelo de Aplicação e gerar

automaticamente o código. Este é o primeiro arquivo de criação para o projeto de aplicação.

Figura 4: Editor do Dicionário de Dados Fonte: Dados da pesquisa da autora

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O Gerador de Aplicações fornece acesso para as outras ferramentas do ambiente

de desenvolvimento, podendo personalizar a aparência e funcionalidade de janelas, menus,

relatórios e outros elementos da interface da aplicação.

Figura 5: Gerador de Aplicações e Templates Fonte: Dados da pesquisa da autora

A escolha da ferramenta de desenvolvimento para este estudo ocorreu pelo fato

de que o Clarion permite o Desenvolvimento Rápido de Aplicações (RAD), que auxilia os

desenvolvedores a criar aplicações mais sólidas e seguras em período de tempo muito curto

do que conseguiriam usando métodos de montagem de sistema e ferramentas de software

tradicionais. O RAD permite uma boa relação entre o banco de dados e a camada externa de

exibição.

Assim, essa classe de ferramenta amplia, consideravelmente, a velocidade e

padronização no desenvolvimento do software. Além de estender seus benefícios para outras

2 etapas:

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• Etapa de testes, onde ocorre a diminuição dos erros de sintaxe com a geração

automatizada do código;

• Manutenção do sistema desenvolvido, pois assegura a utilização de uma estrutura de

projeto padronizada.

Outro fator foi que seu produto final é um executável compilado, que funciona de

maneira autônoma, que raramente ultrapassa a casa dos 2 MB (megabytes), o que facilita a

sua distribuição e implantação.

3.2 – Implantação do Sistema

Durante essa etapa, foram encontradas algumas falhas no banco de dados e layout

que ao serem encontradas foram rapidamente corrigidas e eliminadas sendo que estas não

tiveram grande impacto no sistema de informação como um todo. Tendo o executável

corrigido e aprovado na fase de testes, iniciou-se o processo de implantação do sistema na

Clínica Odontológica analisada em questão.

O treinamento foi realizado com dados fictícios, simulando a alimentação das

tabelas-padrão e as transações de atendimento. Em seguida, foi efetuada a inserção dos

prontuários clínicos dos pacientes, feito de forma gradativa, entre pacientes ativos e inativos.

Durante esse procedimento foram expostas todas as funções executadas pelas

ferramentas bem como suas utilidades e realização de backups do banco de dados em prazos

pré-estabelecidos, dando a orientação necessária para realização desta rotina, bem como sobre

a importância e necessidade de tal ação. Por se tratar de um sistema objetivo e simples, a fase

de treinamentos foi absorvida com facilidade pelos colaboradores que estavam alimentando o

sistema.

O atendimento ocorreu em paralelo, pelo método manual e pelo sistema de

informação registrando os mesmos trâmites. Na medida em que os pacientes vinham para a

consulta, efetuava-se seu cadastro caso não estivesse no banco de dados, e assim em

subsequência, agendava-se sua consulta.

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4 – RESULTADOS E ANÁLISES

Neste capítulo serão abordados os resultados obtidos com a implantação do

sistema por meio da metodologia utilizada.

Através das ferramentas e procedimentos utilizados, foi possível desenvolver e

implantar um Sistema de Informação para efetuar o cadastro de pacientes e profissionais,

gestão e controle dos agendamentos e acompanhamento clínico (diagnóstico, planejamento e

fichas clínicas).

Neste aspecto, todo seu desenvolvimento foi conduzido para uma utilização de

forma simples e rápida para o usuário final, auxiliando-o nas rotinas clínicas e/ou

administrativas/burocráticas.

Visando a solução deste problema, foi necessário criar bases de dados, para que os

dados pudessem ser armazenados de forma organizada, facilitando o seu gerenciamento e

rapidez no acesso aos dados, conforme representa a figura abaixo:

Figura 6: Banco de Dados do Sistema Fonte: Dados da pesquisa da autora

Para o sistema foi necessário implementar vários cadastros, sendo eles: cirurgiões,

pacientes, serviços, cidades, orçamento e agenda. Todos eles têm a mesma metodologia, de

alimentar a base de dados do software, mudando apenas as particularidades de cada um.

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Figura 7: Tela Inicial do Sistema Fonte: Dados da pesquisa da autora

A tela inicial do sistema possui uma barra de acesso rápido proporcionando ao

usuário final acessibilidade imediata as funções de uso freqüente. Nela estão inseridos: o

cadastro de cirurgiões, pacientes, serviços, agenda e saída do sistema.

4.1 – Cadastro de Pacientes

A Clínica Odontológica não possuía uma estrutura apropriada para o

gerenciamento dos dados. Antes da implantação do sistema todos os dados dos pacientes eram

registrados em uma ficha impressa, que ficavam arquivados em pastas.

Desta forma, as pastas corriam o risco de serem arquivadas fora da ordem

determinada e o acesso a qualquer desses dados era sempre demorado, pois necessitava

analisar várias pastas e muitas vezes estas se encontravam em lugares diferentes.

Os dados de maior relevância e de uso freqüente foram transferidos para o sistema

de cadastro, visando facilitar as consultas e conservação dos pronturários. É válido ressaltar

que alguns documentos contidos na clínica são judicialmente necessários, como o contrato de

prestação de serviços e anamnese (inquérito de saúde), devendo ser mantidos em papel.

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Com o uso do sistema, todos os pacientes cadastrados no sistema ficam dispostos,

por ordem alfabética, em uma lista que contém seus principais dados e as demais informações

ficam distribuídas na tela de maneira organizada e estruturada por grupos. A atualização das

informações entre um paciente e outro ocorre automaticamente assim que selecionado o

próximo nome, conforme figura 8.

Figura 8: Lista de Cadastro de Pacientes

Fonte: Dados da pesquisa da autora

Nota-se que há uma lista secundária, que abriga os números de telefone dos

pacientes. Essa lista está diretamente ligada à lista principal, que é também atualizada quando

um novo nome é selecionado.

Apesar dos dados estarem dispostos em tela, a sua inclusão, alteração e exclusão,

só será permitido através de um formulário de cadastramento. Desta forma, as informações

não podem ser modificadas ou excluídas, o que pode ocorrer de maneira involuntária durante

o processo de visualização.

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Figura 9: Formulário de Alteração de Pacientes Fonte: Dados da pesquisa da autora

O formulário acima foi desenvolvido para garantir a padronização dos dados

inseridos na lista principal deste software, para evitar a redundância de dados, o que acarreta

em inconsistências e dificuldade de extração das informações.

Durante a estruturação dos dados, alguns mecanismos de segurança foram

adotados através de campos de preenchimento obrigatório. Neste aspecto, este formulário não

permite ao usuário realizar o cadastro quando todos os campos não estiverem preenchidos.

Assim cada dado é armazenado uma única vez, fornecendo ao usuário final a

segurança para análise e obter auxílio na tomada de decisões. O mesmo ocorre com o cadastro

de cirurgiões e cidades.

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4.2 – Cadastro de Orçamentos

Na lista de cadastro de pacientes, contem um ícone denominado – Orçamentos.

Ao selecioná-lo, a tabela orçamentos é chamada assim que selecionado o nome do paciente e

por meio dela visualizam-se os tratamentos que o paciente foi submetido.

Figura 10: Lista de Cadastro de Orçamentos

Fonte: Dados da pesquisa da autora

Tal ferramenta proporciona a unificação dos dados, realizando a análise de

comparativos entre o que foi orçado e o que de fato se realizou, independente do fechamento

do orçamento. Neste sentido, procurou-se desenvolver estas ferramentas da melhor maneira

possível, no sentindo de fornecer todos os procedimentos (concluídos e não concluídos),

armazenando-os em um banco de dados, para consultas futuras e alimentar o histórico do

paciente.

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4.3 – Cadastros de Serviços

O cadastro de serviços pode ser efetuado de maneira simples, que são listados por

ordem alfabética, com os respectivos valores, sendo que tais valores podem ser alterados de

acordo com o método de trabalho da organização. Os serviços podem ser excluídos assim

como novos podem ser inseridos. Também é possível acrescentar informações, como a

descrição e a respectiva categoria – Cirurgia, Dentística, Endodontia, Extração,

Implantodontia, Ortodontia, Prevenção e Prótese, como mostra a figura 11.

Figura 11: Lista de Cadastro de Serviços Fonte: Dados da pesquisa da autora

Para assegurar a utilidade da pesquisa dos dados, foram fixados dois tipos de

filtros na tela de Serviços. O campo de pesquisa é um filtro padrão, apresentado em todas as

listas do sistema, que após digitar qualquer parte da palavra, o sistema indica

instantaneamente, se há algum cadastro com o mesmo nome.

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Figura 12: Filtro de Pesquisa Avançada Fonte: Dados da pesquisa da autora

O segundo filtro realiza uma pesquisa mais avançada, criando métodos de

filtragem de acordo com as bases de dados existentes no software. Através deste filtro, o

usuário poderá salvar a pesquisa para consultas futuras ou formular outras pesquisas. Assim,

este filtro oferece autonomia e liberdade para que o usuário possa criar seus meios de

pesquisa, desenvolvendo seu próprio meio de trabalho.

4.4 – Cadastro de Consultas

A agenda possui inúmeros recursos, podendo ser elaborada individualmente para

cada cirurgião. Neste cadastro, o cirurgião configura sua agenda de acordo com os dias e

horários que atende no consultório.

Figura 13: Lista de Cadastro de Consultas

Fonte: Dados da pesquisa da autora

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O sistema conta com um preenchimento inteligente, que ao agendar um paciente

já cadastrado, seu nome e respectivos dados aparecerão automaticamente. Após carregado os

dados do paciente, só é necessário marcar o data e horário da consulta.

4.5 – Quadro Comparativo do Antes e Depois da Implantação

O quadro a seguir representa uma análise comparativa entre o antes e depois da

implantação do sistema de cadastro na Clínica Odontológica.

Antes Depois

Sistema de cadastro manual Sistema de cadastro informatizado

Dificuldade na tomada de decisão Mais agilidade e melhoria na tomada de decisão

A clínica não possuía ferramenta para controle dos dados

Ferramenta única para o controle das informações, gerando menos erros e mais confiabilidade

As informações eram obtidas através de fichas arquivadas por ordem alfabética

Mais rapidez para as consultas dos dados, através do armazenamento em banco de dados

Falta de estruturação e atualização dos dados Atualização dos dados em tempo real

Não havia histórico de pacientes Controle total das consultas, padronização, registro único e confiável

Quadro 1: Comparação do Antes e Depois da Implantação do Sistema de Informação

Fonte: Dados da pesquisa da autora

Diante dos resultados apresentados, o sistema constitui-se em um eficiente

processo de coleta de informações gerenciais que possibilitou o processamento e a

estruturação das diferentes bases de dados. Os dados que antes não eram controlados devido

ao fato de um enorme fluxo de informações serem feitas manualmente, atualmente, são

geridos de maneira estruturada, garantindo aos colaboradores auxílio no processo de

planejamento e gerenciamento na tomada de decisões, garantindo a integridade e a

disponibilidade de informações.

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5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

De forma genérica, há dificuldade de avaliar, de forma quantitativa, qual seria o

efetivo benefício de um sistema de informação gerencial, ou seja, a melhoria no processo

decisório. Entretanto, pode-se trabalhar com base em uma lista de hipóteses sobre os impactos

dos sistemas de informações gerenciais nas empresas, o que propicia ao executivo um

entendimento, ainda que genérico, de sua importância.

Neste sentido, é possível afirmar que o sistema de informação adotado, pôde

trazer um diferencial competitivo, na medida em que agilizam o fluxo de informações e

eliminam trabalhos redundantes, aumentando, desse modo, a eficiência e eficácia das

empresas.

O sistema alcançou resultados satisfatórios, através deste projeto foi possível

colocar em prática grande parte do que foi visto durante todo o período acadêmico, além de

possibilitar o aumento do conhecimento e das habilidades.

Com o modelo informacional proposto, implantado e estudado, o software criado

foi desenvolvido para informatizar a Clínica Odontológica, visando principalmente facilitar e,

consequentemente, melhorar a execução dos processos de atendimento aos pacientes, que

atualmente realizam todos os processos manualmente, processos estes que, se não

informatizados, consomem tempo para a busca de informações em arquivos.

Entretanto o sistema pode ser aprimorado e abastecido com novas

funcionalidades, como a confecção da folha de pagamento dos funcionários, aumento da

segurança através de uma base de dados criptografada, controle de materiais odontológicos e

a implementação de um odontograma dinâmico.

Com isso, apesar do software atender as exigências estabelecidas pela empresa,

pode ser melhorado através da inserção de relatórios pré-definidos, produzidos através do

Clarion Reporter Writer, ferramenta que integra os instrumentos de desenvolvimento da Soft

Velocity, demonstrando de maneira concisa, subsídios ao processo decisório.

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Neste cenário, no âmbito organizacional, a adoção de recursos tecnológicos de

informática e telecomunicação proporciona ganhos consideráveis de eficiência e na qualidade

de atendimento, uma vez que o detalhamento das informações de cada caso estará

inteiramente disponíveis para consulta, melhorando a capacidade de apoio às decisões, assim

como aperfeiçoando os mecanismos de gestão e de controle por meio da racionalização das

estruturas e métodos de trabalho.

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