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7/31/2019 Sistemas logsticos integrados - um rol de critrios para anlise
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Universidade Federal de Santa Catarina
Programa de Ps-Graduao em Engenharia de Produo
SISTEMAS LOGSTICOS INTEGRADOS:
UM ROL DE CRITRIOS PARA ANLISE
Dissertao de Mestrado
Eduardo Alves Fayet
FLORIANPOLIS
NOVEMBRO 2002
7/31/2019 Sistemas logsticos integrados - um rol de critrios para anlise
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Eduardo Alves Fayet
SISTEMAS LOGSTICOS INTEGRADOS:
UM ROL DE CRITRIOS PARA ANLISE
Dissertao apresentada ao Curso de Ps-Graduao em Engenharia de Produo, reade concentrao em Logstica Empresarial, daUniversidade Federal de Santa Catarina comorequisito parcial para obteno do ttulo deMestre em Engenharia de Produo.
Orientador : Prof. Carlos Taboada Rodriguez, Dr.
Florianpolis, novembro 2002
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ii
Eduardo Alves Fayet
SISTEMAS LOGSTICOS INTEGRADOS:
UM ROL DE CRITRIOS PARA ANLISE
Esta dissertao foi julgada adequada para obteno do Ttulo de Mestreem
Engenharia de Produo, rea de concentrao Logstica Empresarial, aprovada em
sua forma final pelo programa de Ps-Graduao em Engenharia de Produo da
Universidade Federal de Santa Catarina.Florianpolis, 26 de novembro de 2002
Prof. Edson Pacheco Paladini, Dr.
Coordenador
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Carlos Taboada Rodriguez, Dr.
orientador
Prof. Alvaro G. Rojas Lezana, Dr.
Prof. Rogrio Cid Bastos, Dr.
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iii
Dedico a todos aqueles que apoiaram
o desenvolvimento deste trabalho, principalmente
minha famlia e aos colegas de estudo.
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Agradecimentos
Universidade Federal de Santa Catarina.
Coordenao do Curso de Ps-Graduao em Engenharia de Produo.
Ao orientador Prof. Dr. Carlos Taboada Rodriguez,
pelo acompanhamento pontual e competente.
Aos colegas pelo apoio.
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v
Aprender a coisa de que a mente nunca se cansa,
nunca tem medo e nunca se arrepende
Leonardo da Vinci
Somos os cegos e a formulao de estratgia nossoelefante. Como ningum teve a viso do animal inteiro,
cada um tocou uma ou outra parte e prosseguiu em
total ignorncia a respeito do restante. Somando as
partes, certamente no teremos um elefante. Um
elefante mais que isso. Contudo, para compreender
o todo tambm precisamos compreender as partes.
Mintzberg
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vi
SUMRIO
LISTA DE ILUSTRAES ............................................................................................. ix
LISTA DE SIGLAS ......................................................................................................... x
RESUMO........................................................................................................................ xi
ABSTRACT .................................................................................................................... xii
1 INTRODUO ......................................................................................................... 1
1.1 Justificativa .......................................................................................................... 1
1.2 Objetivos............................................................................................................... 71.2.1 Objetivo geral...................................................................................................... 7
1.2.2 Objetivos especficos.......................................................................................... 7
1.3 Procedimentos Metodolgicos ........................................................................... 8
1.4 A Estrutura ........................................................................................................... 8
1.5 Limitaes ............................................................................................................ 9
2 FUNDAMENTACO TERICA ............................................................................... 11
2.1 Marco Referencial ................................................................................................ 11
2.2 A Logstica na Perspectiva Histrica e a Teoria da Localizao Industr ial ..... 12
2.2.1 Teoria da localizao industrial ........................................................................... 12
2.2.2 A teoria econmica das relaes internacionais ................................................. 14
2.3 A Competitividade e seus Desdobramentos para a Organizao .................... 15
2.3.1 Grupos estratgicos clusters de empresas dentro da indstria ........................ 20
2.3.2 As dimenses da competitividade para as organizaes .................................... 25
2.4 A Logstica Atual.................................................................................................. 27
2.4.1 O conceito de integrao na logstica moderna .................................................. 272.3.2 O pensamento atual da logstica......................................................................... 31
2.4.3 Alianas estratgicas.......................................................................................... 44
2.4.4 Classe mundial ................................................................................................... 46
3 PANORAMA DA LOGSTICA NO CONTEXTO BRASILEIRO ................................ 49
3.1 Uma leitura do documento "Eixos Nacionais de Integrao
e Desenvolvimento" ............................................................................................. 49
3.2 Caracterizao Eixo Sul ....................................................................................... 58
3.2.1 Contribuio expressiva e crescente nas exportaes........................................ 59
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vii
3.2.2 Rede de infra-estrutura econmica..................................................................... 60
3.2.3 Demandas futuras para o transporte................................................................... 61
3.2.4 Gargalos e perda de links em infra-estrutura econmica e os focos dinmicos
nfase em transportes Eixo Sul ....................................................................... 64
3.2.5 O transporte rodovirio ....................................................................................... 65
3.2.6 O transporte ferrovirio ....................................................................................... 66
3.2.7 O sistema porturio............................................................................................. 67
3.2.8 O sistema aeroporturio ..................................................................................... 67
3.3 Caracterizao Eixo Sudoeste ............................................................................ 68
3.3.1 Caracterizao geral.............................................................................................. 68
3.3.2 Gargalos e perda de links em infra-estrutura econmica e os focosdinmicos nfase em transportes .................................................................... 70
4 CRITRIOS PARA A TOMADA DE DECISO NA INTEGRAO DE
SISTEMAS LOGSTICOS ........................................................................................ 73
4.1 Ambincia Brasileira............................................................................................ 73
4.2 Critrios Sistmicos para a Tomada de Decises de Integrao Logstica ..... 76
4.2.1 Critrio sistmico da estrutura ambiental da cadeia produtiva ............................ 77
4.2.2 Critrio Sistmico de investimentos estruturantes em transporte,
comunicaes, informao e conhecimento........................................................ 78
4.2.3 Critrio Sistmico da Situao Ambiental Macroeconmica................................ 79
4.3 Critrios Estruturais Organizao para a Tomada de Decises de Integrao
Logstica................................................................................................................. 80
4.3.1 Critrio estrutural dos fatores tecnolgicos ......................................................... 80
4.3.2 Critrio estrutural dos fatores intra e inter cooperao organizacional................ 82
4.2.3 Critrio estrutural dos fatores econmicos/financeiros........................................ 83
4.3.4 Critrio estrutural dos fatores culturais e de gesto ............................................ 83
4.4 Critrios Internos Organizao ........................................................................ 85
4.4.1 Critrio interno da quantidade de movimentaes dos materiais -
custos relativos................................................................................................... 85
4.4.2 Critrio interno da flexibilidade do mix de produto transportvel ......................... 86
4.4.3 Critrio interno da agilidade ................................................................................ 86
4.4.4 Critrio interno da intercambialidade e compatibilidade de modais de
transporte e de comunicaes............................................................................ 87
4.4.5 Critrio interno das tcnicas gerenciais............................................................... 87
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viii
4.4.6 Critrio interno dos elementos culturais.............................................................. 88
4.5 Uma Representao Esquemtica ...................................................................... 89
5 OBJETO DE ESTUDO - DEMONSTRAO DA APLICAO
DOS CRITRIOS ..................................................................................................... 92
5.1 Caracterizao da "Empresa" ............................................................................. 92
5.2 Aplicao dos Critrios Sistmicos.................................................................... 94
5.2.1 Critrio Sistmico 1 - estrutura ambiental da cadeia produtiva............................ 94
5.2.2 Critrio Sistmico 2 - Ambiente futuro de investimentos pblicos estruturantes em
transporte, comunicaes, informao e conhecimento e suas possibilidades de
macrointegrao................................................................................................. 95
5.2.3 Critrio Sistmico 3 - Situao ambiental macroeconmica................................ 96
5.3 Critrios Estruturais Organizao para a Tomada de Decises de
Integrao Logstica............................................................................................... 97
5.3.1 Critrio de fatores tecnolgicos........................................................................... 97
5.2.2 Critrio de fatores intra e intercooperao organizacional .................................. 98
5.3.3 Critrio de fatores econmicos ........................................................................... 99
5.3.4 Critrio de fatores culturais e de gesto.............................................................. 99
5.4 Critrios Internos Organizao ........................................................................ 100
5.4.1 Critrio da quantidade de movimentaes dos materiais - custos relativos......... 101
5.4.2 Critrio da flexibilidade do mix de produto transportvel ..................................... 101
5.4.3 Critrio da agilidade............................................................................................ 101
5.4.4 Critrio da intercambialidade e compatibilidade de modais de transporte e
de comunicaes................................................................................................ 101
5.4.5 Critrio das tcnicas gerenciais .......................................................................... 102
5.4.6 Critrio do elemento cultural ............................................................................... 102
6 CONCLUSES ........................................................................................................ 104
6.1 Recomendaes ................................................................................................... 106
GLOSSRIO .................................................................................................................. 108
REFERNCIAS .............................................................................................................. 111
APNDICE 1 - FORMULRIO DE ENTREVISTA .......................................................... 115
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LISTA DE ILUSTRAES
Figuras
1 AMBIENTES COMPETITIVOS E SUAS RELAES.............................................................. 19
2 A ORGANIZAO, OS NVEIS DE SEUS AMBIENTES E OS COMPONENTES
DESSES NVEIS ...................................................................................................................... 29
3 PROCESSO DE GERENCIAMENTO LOGSTICO.................................................................. 35
4 REAS DE INTEGRAO ENTRE PRODUO E VENDA................................................... 40
5 OBJETO DA INTEGRAO..................................................................................................... 42
6 PROCESSO DE TOMADA DE DECISO NA INTEGRAO DE
SISTEMAS 'LOGSTICOS........................................................................................................ 90
Quadros
1 AVALIAO DOS REQUERIMENTOS POR TRANSPORTE DAS ATIVIDADES
ECONMICAS DOMINANTE................................................................................................... 62
2 CRITRIOS PARA A TOMADA DE DECISO NA INTEGRAO DE
SISTEMAS LOGSTICOS......................................................................................................... 76
Tabelas
1 PARTICIPAO DOS MODAIS DE TRANSPORTE EM RELAO CARGA
TRANSPORTADA - VOLUMES TRANSPORTADOS NO BRASIL ......................................... 56
2 DEFINIO TERRITORIAL DO EIXO SUL ............................................................................. 58
3 COMPOSIO E PARTICIPAO DO PIB SETORIAL - EIXO SUL...................................... 60
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LISTA DE SIGLAS
ALL - Amrica Latina Logstica
APC - American President Company
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social
EADI - Estao Aduaneira Interior
GEIPOT - Grupo Executivo para a Integrao da Poltica de Transportes
PDCA - Planejar, Fazer, Checar e Agir (Plan, Do, Check and Action)
PIB - Produto Interno BrutoTOC - Theory of Constrains - Teoria da Restries
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RESUMO
FAYET, Eduardo Alves. Sistemas logsticos integrados: um rol de critrios para anlise.Florianpolis, 2002. 134f. Dissertao (Mestrado em Engenharia de Produo - rea deconcentrao: Logstica Empresarial) - Programa de Ps-Graduao em Engenharia deProduo, UFSC.
Desde o momento em que o processo de globalizao dos fatores de produo seacentuou, a forma de gesto das organizaes vem se transformando rpida eprofundamente. Este processo impe a necessidade de interpretar e operar essanova organizao de forma diferenciada, para atender s demandas dos mercadosinternacionalizados. Da porque se torna imprescindvel a implementao de
conceitos e tcnicas logsticas nas organizaes e sua cadeia produtiva, como umaforma eficaz de agregar valor ao produto. Considerando tal contexto e necessidade,esta dissertao tem por objetivo oferecer um conjunto de critrios metodolgicospara o apoio na tomada de deciso da implementao de sistemas logsticos,considerando as especificidades da logstica dentro das organizaes atuais emrelao ao ambiente interno e externo, bem como os nveis competitivos sistmico,estrutural e empresarial. Isto, evidenciando, principalmente, o carter integrador quea logstica deve proporcionar ao aumento da competitividade da empresa dequalquer porte e sua cadeia produtiva. Objetiva, ainda: propor um rol de critriosqualitativos bsicos para a anlise da eficincia e eficcia da implementao integrada
de sistemas logsticos; oferecer um roteiro de critrios para a anlise de solueslogsticas j implementadas ou a serem implementadas nas organizaes; demonstrara importncia da integrao e viso sistmica nas estratgias de implementao desistemas logsticos, descrevendo os nveis competitivos e os ambientes em que asempresas esto inseridas; evidenciar que a competitividade das organizaes resultade um processo de tomada de deciso conjunto e adequado com a realidade externa einterna da organizao. Para dar conta desses propsitos, o trabalho fundamenta-seem observaes dos processos de tomada de deciso quanto implementao dastcnicas e mtodos para os sistemas logsticos, em empresas e nas respectivasentidades representativas. Como referencial, a ttulo de demonstrao, ser descrita
a aplicao dos critrios para a tomada de deciso na implementao de sistemaslogsticos em uma empresa do setor agroindustrial localizada na Regio Sul,precisamente no noroeste do Estado do Paran. Como resultado deste estudo,apresenta-se um rol de orientaes (critrios) para o apoio na anlise do processo detomada de deciso para a implementao integrada de sistemas logsticos,estabelecendo critrios qualitativos bsicos para a operacionalizao e implementaoda integrao de modais de transporte, sistemas de informaes e tcnicas degerenciamento, necessrios busca da melhoria contnua, da viso sistmica e daeficincia e eficcia da infra-estrutura logstica.
Palavras-chave: viso sistmica; competitividade; logstica; integrao; tomada de deciso.
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ABSTRACT
FAYET, Eduardo Alves. Sistemas logsticos integrados: um rol de critrios para anlise.Florianpolis, 2002. 134f. Dissertao (Mestrado em Engenharia de Produo - rea deconcentrao: Logstica Empresarial) - Programa de Ps-Graduao em Engenharia deProduo, UFSC.
Since the moment in which the production factors in the globalization process have
been stressed, the ways of organizational management has been rapidly and deeply
transformed. This process implies the need to interpret and operate this new
organization in a different way, to attend the demand of the world market. Thus, it is
essential the implementation of logistic concepts and techniques in the organizations
and its productive pattern, as an effective way towards an additional value to theproduct. Considering this context and needs, this dissertation focuses in offering a
set of methodological criteria to support the logistic decision-making in implementing
logistic systems, considering its specifications within the actual organizations in
relation to the inside and external environment, as well as the systemic, structural
and entrepreneurial competitive levels. This may be seen mainly by the integrating
feature that logistics should give to raise the companies competitivenessindependent of its size and productive patterns. The objective is to also to set a roleof basic qualitative criteria to the analysis of the efficiency and efficacy inimplementing logistics systems together; offer a guide to criteria to the analysis of
logistics solutions already implemented, or foreseen towards this, in organizations;demonstrate the importance of a systemic integrity and vision in strategies toimplement logistics systems, describing the competitive levels and the environmentsin which companies are inserted; turn evident that the competitiveness of theorganizations results of a decision-making process between the external reality andthe internal organization, the study is based in the observation of the decision-makingprocess towards the implementation of methods and techniques to logistic systems incompanies and respective representative entities. In order to show this, a descriptionof the decision-making process in the implementation of logistics systems in acompany of the agricultural sector in Southern Brazil, precisely in the northeast ofParan State. As a result of this study, a set of roles of orientations (criteria) to thesupport in analysis of the decision-making process to the overall implementation ofthe logistics system, establishing basic qualitative criteria to operate and implementthe integration of transportation modals, information systems and technicalmanagement, necessary to seeking the continuity, of a systemic perspective and theefficiency and efficacy of the logistics infrastructure.
Key words: systemic vision; competitiveness; logistics; integration; decision-making.
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1
1 INTRODUO
1.1 Justificativa
A partir da Revoluo Industrial, com o advento da mquina a vapor, foi criada
uma nova forma de estabelecimento de valores para o desenvolvimento das naes.
O desenvolvimento e uso de novas tecnologias e conhecimentos na indstria
promoveram a construo de uma nova sociedade, onde gradualmente a
competitividade foi se tornando cada vez mais relevante.
Aps o final da Segunda Guerra Mundial, na segunda metade do sculo XX,
algumas naes j tinham se estabelecido como norteadoras do processo de
industrializao e desenvolvimento, promovendo de forma sistemtica a sua
estruturao interna. Com isto e com a potencializao do processo de globalizao,
as naes tm uma dependncia cada vez maior de sua capacidade de competir
com outras naes, mediante a estruturao interna e o conhecimento que essas
mesmas naes conseguem prover.
A competitividade das naes, segundo Porter (1990), a capacidade de
inserir produtos e servios demandados, bem como a capacidade de criar novas
demandas para os consumidores, com a eficcia e eficincia necessrias. Como os
produtos e servios so criados, desenvolvidos e produzidos pelas organizaes
privadas ou pblicas de uma nao, a competitividade das organizaes um dos
fatores que determinam esta possibilidade de inserir produtos em vrios mercados
em todo o mundo. Sendo assim, na economia mundial a partir da dcada de 1950, a
competitividade das organizaes tem sido a capacidade de estas reunirem, com
eficincia e eficcia, os fatores de produo necessrios fabricao dos
respectivos produtos.
Desde quando o processo de globalizao dos fatores de produo se
acentuou, a forma de gesto das organizaes vem se transformando rpida e
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2
profundamente. Este processo impe a necessidade de interpretar e operar essa
nova organizao de forma diferenciada, atendendo s demandas dos mercados
internacionalizados. Esta sinergia, nos fatores de produo, pode resultar napossibilidade de as empresas venderem seus produtos em vrios mercados com
caractersticas e nveis de exigncia do consumidor muito diferenciados.
Nesse contexto de vrias empresas competitivas, pode-se formar um conjunto de
foras para uma determinada nao que a torna mais capacitada do que outras naes,
no processo de comercializao de seus produtos. Assim, est caracterizado o grau de
competitividade que um pas tem sobre outros em suas relaes comerciais.A competitividade desse conjunto de organizaes pode ser definida por
alguns grupos de aspectos bastante importantes, no processo de tomada de deciso
empresarial, a saber: os aspectos internos ou prprios da organizao; os aspectos
estruturantes ou externos organizao, que se relacionam direta e rotineiramente
com a organizao, e os aspectos macros que se relacionam com os conjuntos de
organizaes e/ou mercado.
No que se refere logstica, vrios autores convergem que o ideal dispor ao
consumidor o produto certo, no momento certo, no lugar certo, isto , atender ao
desejo e/ou necessidade das pessoas. Portanto, como base hipottica, a logstica
exige que a postura de gerenciamento dos processos seja no sentido de uma
integrao com a adoo de solues simples e/ou tecnologicamente viveis
adequadas ao contexto real, independentemente do grau de investimento auferido
s vrias infra-estruturas necessrias movimentao de bens e servios.
Ademais, condio sine qua non que se deve construir uma conscincia e
postura empresarial para integrao na implementao dessas infra-estruturas
logsticas, formando um verdadeiro sistema logstico integrado, constitudo de
informaes desde o ponto inicial daquela determinada cadeia produtiva, at chegar
ao mercado consumidor final, bem como a flexibilidade necessria na soluo de
adversidades e diferenciaes ao longo dessa mesma cadeia produtiva.
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Outro fator muito importante na implementao de sistemas logsticos a
necessidade, permanente, de reduo dos custos de operao nesse sistema,
portanto, a diminuio do percentual de participao na formao dos custos dessesprodutos, relativos ao transporte, sistemas logsticos internos empresa e
movimentao de bens e servios. Essa reduo dos custos remete questo da
competitividade das organizaes ou cadeias produtivas, portanto das regies onde
essas organizaes esto instaladas.
A forma integrada ou no de como os sistemas logsticos so implementados
na empresa e nas relaes externas a esta, tem como conseqncia essencialoferecer, ou no, condies para o aumento da competitividade das cadeias
produtivas onde esto inseridas. Conforme Peter Drucker (1999), "os dois
diferenciais das organizaes do futuro sero o design e a capacidade de entrega no
prazo e forma desejados pelos consumidores". Quanto logstica, nessa afirmao,
esto implcitos dois conceitos essenciais, a necessidade de reelaborar o processo
de implementao logstico, considerando a integrao e as demandas dos
consumidores/clientes como os norteadores das atividades empresariais e a
agregao de valor percebido pelo cliente em relao ao produto-servio que est
sendo oferecido.
Atualmente, as organizaes tm tido uma necessidade cada vez maior de
aplicar a logstica como uma forma eficaz de agregar valor ao produto,
demonstrando o somatrio dos benefcios em relao ao custo total de propriedade.
Segundo Christopher (1999), a logstica quase nica em sua capacidade de
causar impacto, tanto sobre as percepes de benefcios dos clientes quanto o custo
total de propriedade necessrio para a obteno do produto-servio.
Sendo assim, o modo com que a logstica deveria estar sendo aplicada nas
organizaes parece de importncia essencial na determinao do grau de
competitividade destas, que do formao a uma cadeia produtiva que, por sua vez,
forma a competitividade de um conjunto de cadeias produtivas, e conseqentemente de
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um conjunto de organizaes, corporaes, instituies pblicas e privadas e cadeias
produtivas, atuantes e determinantes da competitividade de uma regio e/ou pas.
Outro fator que se insere no contexto de uma logstica integrada a obtenode informaes gerenciais confiveis para o processo de tomada de deciso, que
tambm tem criado problemas de grande impacto. Essas questes esto
relacionadas com o mau uso das tecnologias de informaes disponveis, seu
planejamento e implantao, em geral, no atendendo aos quesitos bsicos de
conectividade, relao custo/benefcio, necessidade de servios, quantidade e
qualidade de atualizaes e colaborao entre os componentes.Complementarmente questo das informaes gerenciais, o aspecto
relevante a ser considerado, tambm, tem sido a falta de aplicao de tcnicas
gerenciais como Gesto Participativa, Planejamento e Administrao Estratgica,
Teoria das Restries e outras, que muitas vezes esto implementadas dentro das
empresas, mas desconsiderando a viso sistmica e integradora para toda a cadeia
produtiva que necessita da logstica.
Em funo dessa prtica desordenada das atividades logsticas dentro e fora
da empresa, Collin (1996) trata a teoria da Macrologstica, na qual considera as
atividades de organizao social e econmica e suas conseqncias sistmicas
como essenciais implementao de sistemas logsticos integrados e atendentes de
vrias cadeias produtivas. Nessa viso, esto inseridos elementos culturais dos
setores produtivos e das regies onde esto inseridas, definindo esses como
determinantes das relaes sistmicas estabelecidas.
Sendo assim, os empresrios, de um modo geral, tm necessitado cada vez
mais de orientaes graduais e sistmicas, quanto forma e postura, na tomada de
deciso na soluo dos problemas, mais especificamente, os problemas
relacionados com a logstica de suas empresas e cadeias produtivas correlatas.
No Brasil, onde pequenas, mdias e grandes empresas, tanto de transfor-
mao primria (agribusiness) como de alta tecnologia (biotecnologia, aeroespacial
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5
etc.), tm sofrido com os custos de produo (tributos, mo-de- obra, distribuio,
tecnologia etc.), os aspectos relativos capacidade de desenvolver o grau de
competitividade so essenciais a estas empresas. Esta capacidade estcaracterizada nas condies de elas atuarem no ambiente de mercado, agindo de
forma modificadora. A ao modificadora das empresas se d a partir de uma
postura de gerenciamento empresarial promotor da implementao de tcnicas e
mtodos que objetivem a eficincia e eficcia dos processos de produo dos
produtos e servios.
Alm disso, h a constatao da difcil tentativa de o Brasil ingressar no
conjunto de naes que esto participando do processo de globalizao, de forma
competitiva, em relao s suas condies atuais, identificando as potencialidades e
competncias aqui existentes.
Constata-se, tambm, a realizao de um estudo denominado "Eixos
Nacionais de Integrao e Desenvolvimento" Consrcio Brasiliana/Governo
Federal (2000) contendo o levantamento da situao atual dos sistemas logsticos
existentes e das possibilidades de desenvolvimento de cada regio do pas. Este
estudo descreve a situao atual de instalao e funcionamento da infra-estrutura de
portos, ferrovias, hidrovias, aeroportos e rodovias em todo o Brasil, demonstrando os
gargalos e missing links existentes. Com isso, considerando as caractersticas de
escassez de recursos financeiros no Brasil e suas dimenses continentais, fica mais
evidente a necessidade de analisar e planejar estrategicamente a implementao de
sistemas logsticos integrados.
Ainda, importante destacar o movimento de migrao da populao dasgrandes cidades e faixa litornea para o interior do pas, formando novos locais de
mercados consumidores, com demandas mais fragmentadas e "comoditizao" dos
produtos em geral ou de grande consumo, bem como uma dinmica espacial de
competitividade e ambientao empresarial muito intensas, alterando sistematicamente
a estruturao das estratgias empresariais vigentes.
Em funo desses motivos, o tema aqui tratado assume importncia no
processo de desenvolvimento empresarial no Brasil, ou mesmo de qualquer outro
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pas com pretenses de internacionalizao de seus negcios. Obviamente, esse
processo de internacionalizao ser possvel quando as empresas e instituies
conseguirem integrar, eficaz e eficientemente, seus sistemas de produo,logsticos, econmicos, sociais e polticos no sentido de alcanar a produtividade e
competitividade necessrias atualmente.
O contexto atual das empresas brasileiras tem chamado a ateno pela
necessidade de desenvolvimento da competitividade sistmica e estrutural em que
esto inseridas. Segundo Farina (1997), como a histria de desenvolvimento
empresarial no Brasil est se transformando, com a necessidade de competir com
empresas de mercados diversos, as solues dos problemas e desafios empresariais
tm sido efetuadas com a aplicao de um processo de anlise e investimento contnuo
e sustentado pelo setor privado, deixando gradualmente de se ancorar de forma
sistemtica somente nos investimentos pblicos. Assim, atualmente, necessita-se
operar com as seguintes questes de natureza cultural, conjuntamente:
o processo de desvinculao do apoio financeiro e de aes concretas dos
agentes pblicos, at ento norteadores e responsveis pelos rumosestruturais e sistmicos do setor empresarial;
a implementao de um processo de desenvolvimento tecnolgico e
gerencial efetivo pelos empresrios de qualquer nvel, que atenda s
necessidades de competitividade dos mercados mundializados, e
o desenvolvimento de uma viso macroempresarial estratgica, isto , o
conhecimento interligado das necessidades e demandas do macro-
ambiente e sua situao atual com as reais competncias da empresa ou
as que podero ser desenvolvidas conjuntamente com os operadores da
respectiva cadeia produtiva.
Diante do exposto, este estudo encontra sua justificativa na necessidade,
identificada para o Brasil, de uma sistemtica efetiva, com um enfoque estruturado,
da implementao de conceitos e tcnicas logsticas nas organizaes e sua cadeia
produtiva, de forma integrada, conforme demonstra o estudo dos "Eixos Nacionais
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7
de Integrao e Desenvolvimento" Relatrio Sntese (2000), objetivando o aumento
da competitividade em seus vrios nveis e ambientes de atuao.
Complementa-se essa justificativa, fundamentado no estudo dos "Eixos Nacionaisde Integrao e Desenvolvimento" Relatrio Sntese (2000), e somando-se a isso a
experincia profissional do presente autor em entidades de representao empresarial
nos setores primrio e secundrio, na constatao histrica que o setor privado se
apia e depende de microaes pblicas. Quanto a essa questo, ressalta-se que o
setor pblico h mais de uma dcada vem tentado sair margem dos aspectos
empresarias de suas aes e, por outro lado, o setor privado tem, em alguns
segmentos, tentado manter o aspecto pblico, como o caso do setor agroindustrial, e
em outros segmentos, tem tentado se desvincular da regulamentao e engessamento
promovido pelo setor pblico, como o setor eletro-mecnico.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral
Este trabalho tem por objetivo oferecer um conjunto de critrios metodolgicos
para a anlise e o apoio na tomada de deciso da implementao de sistemas
logsticos, considerando as especificidades da logstica dentro das organizaes
atuais em relao ao ambiente interno e externo, bem como os nveis competitivos
sistmico, estrutural e empresarial, visando evidenciar, principalmente, o carter
integrativo e de aumento da competitividade que a logstica pode proporcionar
empresa e sua cadeia produtiva.
1.2.2 Objetivos especficos
Propor um rol de critrios qualitativos bsicos para a anlise da eficincia e
eficcia da implementao integrada de sistemas logsticos.
Oferecer um roteiro de critrios para a anlise de solues logsticas j
implementadas ou a serem implementadas nas organizaes.
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Demonstrar a importncia da integrao e viso sistmica nas estratgias de
implementao de sistemas logsticos, descrevendo de forma integrada os
nveis competitivos e os ambientes em que as empresas esto inseridas. Evidenciar que a competitividade das organizaes resulta de um processo
de tomada de deciso conjunto e adequado com a realidade externa e
interna da organizao.
1.3 Procedimentos Metodolg icos
Ao lado da reviso da literatura, a presente dissertao se baseou em
observaes em empresas e nas respectivas entidades representativas dos processos
de tomada de deciso quanto implementao das tcnicas e mtodos para os
sistemas logsticos isto porque, o estudo tambm resultado da experincia
profissional do autor em empresas e entidades de representao empresarial, nos
setores primrio e secundrio , bem como em dados e informaes obtidos em visitas
a empresas do setor agroindustrial e bibliotecas de diversas instituies, rgos federais
e estaduais de pesquisa e planejamento e associaes empresariais.
Como referencial, a ttulo de demonstrao, est descrita a aplicao dos
critrios para a tomada de deciso na implementao de sistemas logsticos em uma
empresa do setor agroindustrial localizada na Regio Sul, mais especificamente no
noroeste do Estado do Paran. Tambm efetua-se uma caracterizao das regies
Sul e Sudeste, quanto situao atual dos sistemas logsticos e infra-estruturais
correlatos, conforme as constataes do estudo dos "Eixos Nacionais de Integrao
e Desenvolvimento" (2000).
1.4 A Estrutura
Para responder aos objetivos propostos, esta dissertao est composta por
cinco captulos, correspondendo o primeiro deles a esta introduo e as concluses.
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O captulo 2 est dedicado fundamentao terica da logstica atual e
apresenta as reflexes dos principais autores que se detm no estudo do tema.
O captulo 3 trata da delimitao do contexto de desenvolvimento e possibilidadesde competitividade brasileira e as definies macroambientais do Eixo Sul e Sudoeste,
constando os aspectos relevantes da integrao dos sistemas logsticos.
No captulo 4 esto definidos os critrios para a anlise e o apoio na imple-
mentao do processo de tomada de deciso para sistemas logsticos integrados.
No captulo 5 encontra-se a anlise propriamente dita, portanto a aplicao
dos critrios propostos em uma empresa localizada e estruturada nos Eixos Sul eSudoeste delimitados neste trabalho.
Como resultado do presente estudo, oferece-se um rol de orientaes
(critrios) para o apoio na anlise do processo de tomada de deciso para a
implementao integrada de sistemas logsticos, estabelecendo critrios qualitativos
bsicos para a operacionalizao e implementao da integrao de modais de
transporte, sistemas de informaes e tcnicas de gerenciamento, necessrios
busca da melhoria contnua, da viso sistmica e da eficincia e eficcia da infra-
estrutura logstica.
1.5 Limitaes
Esse estudo limita-se a descrever, de forma sistemtica, baseando-se na
literatura logstica atual e na experincia do autor, os critrios bsicos para o apoio
no processo de tomada de deciso na implementao de sistemas logsticos
integrados, enumerando algumas recomendaes das etapas posteriores que as
empresas devero efetuar no aperfeioamento do processo.
Devido abrangncia dos critrios propostos no foi efetuada uma aplicao
prvia em uma empresa especfica e sim foi elaborada uma demonstrao simulada
da aplicao em uma empresa sucroalcooleira do setor agroindustrial no noroeste do
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Estado do Paran. Tambm, e dadas as particularidades, pode-se projetar a
demonstrao somente para o setor industrial, o que torna necessria uma
adequao do contexto de outras empresas e setores econmicos.Ainda, importante ressaltar o carter geral desses critrios, bem como a
necessidade de avaliar profundamente cada cadeia produtiva luz desses critrios e
o sistema logstico necessrio para atender s suas especificidades e
caractersticas. As empresas e componentes das respectivas cadeias produtivas
devem obter o conhecimento necessrio no assunto ou dispor de condies de
contratao de profissionais especializados, profissionais de logstica em geral eacadmicos para a devida interpretao e implementao das recomendaes
constantes no presente estudo.
De resto, reconhece-se que um estudo desta natureza no pode pretender
esgotar todas as possibilidades de anlise dos mltiplos aspectos que caracterizam
o processo de tomada de deciso para sistemas logsticos integrados.
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2 FUNDAMENTACO TERICA
2.1 Marco Referencial
Torna-se imperativo, de incio, estabelecer o marco referencial deste trabalho,
para a elaborao dos critrios qualitativos bsicos com o objetivo de apoiar na tomada
de deciso para a implementao e integrao de sistemas logsticos, objeto que
orienta a conduo deste trabalho. importante salientar que, com base na Teoria da
Macrologstica, ainda em fase de desenvolvimento, a competitividade das empresas e
de suas respectivas cadeias produtivas o principal objeto de aplicao do estudo.
Sendo assim, como pressuposto bsico deve-se tomar, de uma forma geral, a
teoria econmica, mais especificamente a teoria da localizao industrial, que em
certa poca apoiou a tomada de deciso na localizao do empreendimento
industrial, a Teoria de Economia Internacional e Relaes de Comrcio entre pases
e suas conseqncias na "Nova Economia", a Teoria da Anlise Ambiental e nveis
competitivos estratgicos e o referencial terico-conceitual do estudo da logstica esuas correlaes com o grau de competitividade empresarial.
Ressalta-se que a competitividade das organizaes e, em um contexto mais
abrangente, de sua cadeia produtiva fator determinante para o desenvolvimento
empresarial. Assim, a tomada de deciso empresarial o incio desse processo de
desenvolvimento, inclusive tomando como base os estudos e referenciais dos
respectivos agentes no setor pblico, responsveis pelo planejamento e pelaelaborao de polticas de apoio ao aumento da competitividade empresarial nos
setores de maior interesse social. Ademais, importante esclarecer que a cincia da
necessidade de uma tomada de deciso empresarial, quando representa uma
cadeia produtiva com os mais diversos interesses e agentes participantes
(agricultura, comrcio, indstria, transporte, distribuio, atacado, varejo e
consumidores finais), requer que se faa um esforo sinrgico objetivando o
desenvolvimento conjunto.
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2.2 A Logstica na Perspectiva Histrica e a Teoria da Localizao Industrial
Pode-se dizer que a logstica vem permeando a histria da humanidade desde
a primitiva organizao das tribos e comunidades, quando estes escolhiam os
melhores locais para se instalar, prximos de onde pudessem ter acesso ao
alimento, gua e proteo dos perigos existentes, e ganha fora e ateno com
a evoluo da civilizao. Obviamente, esta uma referncia ao conceito de
logstica mais simples e desconectada do sistema em que opera atualmente, sendo
"o estudo do lugar, casa, place (no ingls), loger (no francs)".
J no incio da Era Crist, por volta do ano 400 a.C., os gregos e mais tarde osromanos praticaram e evidenciaram vrias tcnicas, como uma ferramenta, ainda
no estudada, para o melhor desempenho em combates e guerras, travadas no
corpo-a-corpo, pelas plancies e planaltos da Europa. Essas tcnicas, que hoje se
chamam logstica, configuravam o diferencial para a real conquista de terras e
reinos, demonstrando que a formao de combate era executada de forma
sistemtica e devidamente estudada para que os objetivos da poca fossem
atingidos. Alm disso, os comandantes e governantes, desde esse perodo at o
final do sculo XIX, escolhiam os lugares para a conquista conforme suas
necessidades de alimentos e/ou riquezas.
Posteriormente, com o advento da Revoluo Industrial, em funo da
necessidade de estudo das questes referentes localizao das indstrias que
estavam surgindo, foi descrita a Teoria da Localizao Industrial (WEBER apud
POPESCU, 1968). Esta teoria, segundo Weber, apud Popescu, tem como objetivo
estabelecer a relao entre a localizao da empresa, a disponibilidade de insumos
materiais e a mo-de-obra disponvel, bem como o custo de distribuio do produto.
2.2.1 Teoria da localizao industrial
Se logstica tem estado presente durante toda a histria da humanidade,
com o surgimento e a consolidao da Teoria Econmica que os aspectos e asespecificidades da logstica so tratados de forma cientfica. Nesse contexto a Teoria
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da Localizao Industrial (WEBER, apud POPESCU, 1968) um referencial de muita
importncia para os estudos atuais. Foi nessa teoria que pensadores da economia,
no sculo XIX, evidenciaram a necessidade de se estudar os fatores queinfluenciavam o custo na escolha de um empreendimento industrial.
Os aspectos relevantes como custos de transporte, diferenciais de custos de
suprimentos e de mo-de-obra e acesso aos mercados formaram na teoria de Alfred
Weber, apud Clemente (1998), quem primeiramente estabeleceu o conceito de fator
locacional, como uma economia de custos que as empresas poderiam obter,
escolhendo a sua localizao.
Esses fatores locacionais, de acordo com Weber, apud Clemente (1998),
podem ser divididos em fatores especficos, reduo de custos por um nmero
reduzido de empresas, e gerais, reduo de custos auferidos por todas as
empresas. Os fatores gerais so classificados em Regionais (transporte e mo-de-
obra) que se referem escolha locacional inter-regional e os Aglomerativos/
Desaglomerativos, que se referem escolha intra-regional e, portanto, maior ou
menor concentrao da indstria em certa regio.Complementando a teoria de Weber, ainda insatisfatria, Hoover, apud
Popescu (1968), retomou a questo classificando as vantagens em: Economias de
Escala internas empresa; Economias de localizao externas empresa e
internas indstria (setor); Economias de urbanizao externas indstria (setor).
Posteriormente, August Losch, apud Clemente (1998), contribuiria com a
Teoria da Localizao Industrial no sentido de desenvolver um modelo de equilbrio
geral do espao que pudesse ser utilizado pelo planejamento pblico e empresarial.
Losch, apud Clemente (1998), considerava que a escolha locacional deveria buscar
o maior lucro possvel e no o menor custo possvel, admitindo que o espao
constitudo de uma plancie homognea e istropa, no havendo diferenas de
renda e desejos dos consumidores. Atualmente, essas premissas no so mais
vlidas, pois os preos dos produtos, em geral, so determinados pelos mercados e
no mais pelo setor ou indstria respectiva.
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Finalmente, Walter Isard, apud Popescu (1968), indica que o custo do
transporte o principal fator para a escolha locacional da empresa, estabelecendo o
conceito de insumo de transporte como sendo o dispndio de recursos necessriopara o deslocamento das mercadorias. A tarifa o preo do insumo de transporte,
portanto suas variaes no podero ser confundidas com as variaes do insumo
de transporte. A quantidade necessria de insumo de transporte depende dos
padres tecnolgicos e da eficincia dos meios de transporte, j as tarifas
dependem da estrutura de concorrncia e de fatores conjunturais.
Na evoluo da Teoria da Localizao Industrial percebe-se o avano da prpria
teoria em relao ao progresso tecnolgico industrial e de transportes, tornando a
teoria de Isard, apud Popescu (1968), muito mais identificvel com as condies
atuais. Ainda, fica claro que a quantidade de insumo de transporte, atualmente, est
bastante relacionada com o investimento efetivo em equipamentos logsticos e nas
variabilidades de padres de produo adotados por uma determinada indstria.
Complementando, as tarifas, no mercado atual, diferentemente do passado, rela-
cionam-se estreitamente com a quantidade de insumo de transporte necessrio, poiso grau de negociao nas tarifas, de uma determinada cadeia produtiva pode ser
alterado conforme se estabeleam ou se alterem os padres tecnolgicos e a
eficincia do meio de transporte utilizado.
A logstica, atualmente, consolida-se como uma rea cientfica de conhecimento
da administrao, aps um sculo de evoluo da Cincia da Administrao, cujo
marco data do incio do sculo XX com a Abordagem Clssica da Administrao de
Taylor e Fayol, passando pela Teoria Estruturalista e de Desenvolvimento Organiza-
cional e tornando-se evidente a partir da Abordagem Sistmica.
2.2.2 A teoria econmica das relaes internacionais
A Teoria Econmica de Relaes e Comrcio Internacional, fundamentada na
Teoria das Vantagens Comparativas de David Ricardo (1817), quando se iniciam os
estudos da economia internacional, remete, nos dias de hoje, a uma questo muito
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importante nas empresas e suas cadeias produtivas, que nada mais do que o grau
de competitividade que essa determinada cadeia de empresas obtm, dentro das
macrocondies atuais de tecnologias de produo, disponibilidade de tecnologiasde transporte, os custos relativos a investimentos, como j referido anteriormente, e,
de forma mais geral, a articulao da infra-estrutura logstica vigente, em relao s
outras empresas do mesmo setor, localizadas em outras regies do globo.
Em uma anlise geral da Teoria das Vantagens Comparativas, deve-se salientar
que a competitividade das naes dada por um conjunto de competncias e
vantagens de um determinado pas menos as suas respectivas faltas de habilidades e
desvantagens na produo de bens e servios, que esse mesmo pas tem, em relao
a um outro qualquer a ser comparado, na concepo e produo de um produto. No
caso das empresas e suas cadeias produtivas, tambm se pode utilizar essa mesma
premissa, no sentido de estabelecer a necessidade de uma viso sistmica e
integradora na implementao e utilizao de sistemas logsticos.
2.3 A Competit ividade e seus Desdobramentos para a Organizao
Competitividade no tem uma definio precisa; ao contrrio, compreende
tantas facetas de um mesmo problema que dificilmente se pode estabelecer uma
definio ao mesmo tempo abrangente, til e precisa.
Do ponto de vista das teorias de concorrncia, a competitividade pode ser
definida como a capacidade de sobreviver e, de preferncia, crescer em mercados
correntes ou novos mercados. Decorre dessa definio, segundo Porter (1990), que
a competitividade uma medida de desempenho das empresas individuais. No
entanto, esse desempenho depende de relaes sistmicas, j que as estratgias
empresariais podem ser obstadas por gargalos de coordenao vertical ou de
logstica. Porter (1990) identifica como um dos elementos-chave das vantagens
competitivas a presena de fornecedores e distribuidores internacionalmente
competitivos, explicitando as relaes verticais de dependncia que so
subliminares ao desempenho positivo das empresas.
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A definio do conceito de competitividade tem conseqncias diretas para a
escolha dos indicadores de desempenho. A evoluo da participao no mercado
um indicador de resultado que tem a vantagem de condensar mltiplos fatoresdeterminantes do desempenho. Custos e produtividade so indicadores de eficincia
que explicam em parte a competitividade. No entanto, inovao em produto e
processo para atender adequadamente s demandas por qualidade intrnsecas
exigidas por consumidores e clientes tambm explica um desempenho favorvel,
que, se no prescinde de custos e produtividade, pode ser elemento determinantes
da preservao e melhoria das participaes de mercado.
A evoluo da participao de mercado reflete a competitividade passada,
decorrente de vantagens competitivas j adquiridas. Reflete, ainda, a adequao
dos recursos utilizados pela empresa aos padres de concorrncia vigentes nos
mercados de que participa e que podem combinar de maneira diferente variveis,
tais como: preo, regularidade de oferta, diferenciao de produto, lanamento de
novos produtos etc.
A capacidade de ao estratgica e os investimentos em inovao de
processo e de produto, marketing e recursos humanos determinam a competitivi-
dade futura, uma vez que esto associados preservao, renovao e melhoria
das vantagens competitivas dinmicas.
Segundo Bassi (2000), sob o ponto de vista do consumidor, o conceito
fundamental a ser retido em sua classificao de necessidades a existncia de
uma escala gradativa entre dois extremos necessidades homogneas, de um lado,
e diferenciadas, de outro. Ainda, os desenhos estratgicos e tticos relativos aoutros fatores crticos so decorrentes dessa caracterizao, e a razo pela qual o
diferencial competitivo, para responder natureza das necessidades do consumidor,
estabelecer outra escala gradativa entre dois tipos extremos de atuao:
1. Economias de Escala: so adequadas s necessidades homogneas,
aproveitando as sinergias da organizao, oferecendo produtos/servios
indiferenciados em vrios mercados com um custo muito baixo, portanto
favorecendo as empresas e os produtos globais.
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2. Adaptabilidade: condicionante quanto s necessidades especficas dos
consumidores ou grupos de consumidores em mercados particulares,
permitindo que os produtos tenham caractersticas de diferenciaodemandadas pelo consumidor local, portanto favorecendo as empresas e
produtos locais.
Complementarmente, "as estratgias so como base da competitividade
dinmica, portanto so o conjunto de gastos em gesto, recursos humanos, produo e
inovao, que visam ampliar e renovar a capacitao das empresas nas dimenses
exigidas pelos padres de concorrncia vigentes nos mercados de que participam",
como afirmam Ferraz et al. (1996). Nesse sentido, as estratgias esto condicionadaspelo ambiente competitivo, no qual so definidos os padres de concorrncia.
Best (1990), por sua vez, define ao estratgica como a capacidade que as
empresas demonstram, individualmente ou em conjunto, de alterar, a seu favor,
caractersticas do ambiente competitivo, tais como: a estrutura do mercado e os
padres de concorrncia.
H, portanto, uma importante diferena entre a concepo de Ferraz et
al.(1996) e Michael Best (1990) no que tange capacidade de ao estratgica
como base da competitividade. Para este ltimo, essa capacidade diz respeito a uma
interveno deliberada sobre o ambiente competitivo. Para Ferraz et al. (1996), a
ao estratgica pode alterar o ambiente competitivo, mas previamente condicio-
nada pelos padres de concorrncia.
As duas concepes so importantes e complementares para a anlise da
competitividade dinmica. No entanto, ambas carecem de uma abordagem da
capacidade de coordenao da cadeia produtiva em que as empresas desenvolvem
suas estratgias. Uma estratgia de segmentao de mercado baseada em qualidade
do produto poder exigir a utilizao de matrias primas com especificaes mais
rgidas. Se a empresa no consegue obter essa especificao junto ao mercado
fornecedor, ter que ela mesma produzi-la, por meio de integrao vertical a montante,
ou ter que convencer algum fornecedor a faz-lo, dentro das especificaes
necessrias, envolvendo investimentos dedicados. Trata-se de governar a transaovertical com o objetivo de viabilizar a estratgia de concorrncia horizontal.
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Governar a transao, segundo Zylbersztajn (1995), significa incentivar o
comportamento desejado e, ao mesmo tempo, conseguir monitor-lo. Essa
governana pode ser obtida pelo sistema de preos, quando o produto desejado tembaixa especificidade e ofertado por vrios produtores. Caso contrrio, a
governana adequada pode exigir a elaborao de contratos com instrumentos de
incentivo e controle predefinidos, tais como: multas, auditorias ou prmios por
resultado. Dito de outra forma, estratgias competitivas dependem de estruturas de
governana apropriadas para que possam ser bem-sucedidas. Por esse motivo, a
capacidade de coordenao vertical torna-se elemento essencial tanto da
competitividade esttica quanto da competitividade dinmica. essa coordenaoque permite empresa receber, processar, difundir e utilizar informaes de modo a
definir e viabilizar estratgias competitivas, reagir a mudanas no meio ambiente ou
aproveitar oportunidades de lucro.
As relaes entre ambiente competitivo, estratgias e estruturas de gover-
nana e competitividade so ilustradas pela figura 1, a seguir. O ambiente
competitivo constitudo pela estrutura do mercado relevante (concentrao,
economias de escala e escopo, grau de diferenciao dos produtos, barreiras
tcnicas de entrada e sada), pelos padres de concorrncia vigentes (concorrncia
preo e extrapreo, presena de grupos estratgicos, barreiras de mobilidade etc.),
pelas caractersticas do consumidor/cliente, que abrem possibilidades de
segmentao de mercado, e pelo ciclo de vida da indstria, coadjuvante na definio
dos padres de concorrncia.
Os padres de concorrncia constituem as regras do jogo competitivo.
Segundo Porter (1999), preo, marca, atributos de qualidade, estabilidade de
entrega, reputao de confiana, inovao contnua em produto ou em processo
etc., so as variveis-chave para que a empresa possa competir em um determinado
mercado. O conjunto dessas variveis, assim como sua hierarquia, forma o padro
de concorrncia de uma indstria ou cadeia produtiva dentro da mesma indstria.
Para dispor desses instrumentos so necessrios investimentos em ativos
especficos, tais como: desenvolvimento e consolidao de marca junto a clientes econsumidores, equipamentos dedicados, logstica de suprimento e distribuio,
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Grupos
estratgicos
Atributos das
transaes
ESTRUTURAS DE
GOVERNANA
recursos humanos com treinamento especfico etc. Isto , tem-se, de modo geral,
um conjunto de investimentos em ativos especficos associado a um determinado
padro de concorrncia. "Se no interior de uma mesma indstria convivem dois oumais grupos de empresas que se distinguem pelo padro de concorrncia adotado e
pelo conjunto de ativos especficos de que dispem, cada um desses grupos
denominado de grupo estratgico" (OSTER, 1994).
FIGURA 1 - AMBIENTES COMPETITIVOS E SUAS RELAES
BLOCO 1
Ambiente Organizacional
Organizaes corporatistas Bureaus Pblicos e privados
Sindicatos
Institutos de Pesquisa
Polticas Setoriais Privadas
BLOCO 2
Ambiente Institucional
Sistema Legal Tradies e costumes
Sistema Poltico
Regulamentaes
Poltica Macroeconmica
Polticas Setoriais Governamentais
BLOCO 3
Ambiente Tecnolgico
Paradigma tecnolgico Fase da trajetria
tecnolgica
BLOCO 4
Ambiente Competitivo
Ciclo de vida da indstria
Estrutura da Indstria Padres de concorrncia
Caract. do Consumo
BLOCO 5
Estratgias Individuais
Preo/custo
Segmentao
Diferenciao
Inovao
Crescimento Interno
Crescimento por aquisio
RELAES
SISTMICAS
BLOCO 6
Desempenho (competitividade)
Sobrevivncia
Crescimento
Subsistemas
Estratgicos
FONTE: FARINA et al. (1997)
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2.3.1 Grupos estratgicos clusters1 de empresas dentro da indstria
"O que distingue os grupos estratgicos so as diferenas de estratgia
competitiva", diz Oster (1994, p.80). Efeitos cumulativos de propaganda podem
representar efetivas barreiras entrada no segmento de marcas da indstria, mas
no afetam a entrada no segmento commodity. As empresas que operam no
segmento commodity, por sua vez, enfrentam barreiras de mobilidade para o
segmento de marcas, em geral, mais rentvel.
possvel que, para uma indstria em particular, as barreiras entrada sejam
baixas, o produto seja homogneo aos olhos do consumidor e, portanto, a principal
varivel de competio sejam os preos. Porter (1999) associa a estratgia de
liderana de custos como aquela necessria para ter competitividade nesse mercado.
No entanto, pode existir um grupo de empresas, dentro da mesma indstria, que
trabalha com produto diferenciado tanto por marca como por atributos especficos de
qualidade, freqentemente renovados, utilizando como equipamento de distribuio
grandes redes de supermercados. Para usar esses instrumentos de concorrncia
(marca, diferenciao, inovao de produto) so necessrios gastos em recursos
fsicos, humanos e financeiros especficos e que criam barreiras mobilidade entre
um grupo e outro. Uma empresa que competitiva em um grupo pode no o ser em
outro. Por isso, esse um recorte relevante para discutir competitividade.
A literatura de Organizao Industrial tem sistematicamente mostrado que no h
uma relao causal simples e unidirecional entre estrutura de mercado, segundo Lopes
1Clusters - Segundo Haddad (1999), consistem em indstrias e instituies quetm ligaes particularmente fortes entre si, tanto horizontal quanto verticalmente, e,usualmente, incluem: empresas de produo especializada; empresas fornecedoras;empresas prestadoras de servio; instituies de pesquisas; instituies pblicas e privadasde suporte fundamental. A anlise de Clusters focaliza os insumos crticos, num sentidogeral de que as empresas geradoras de renda e de riqueza necessitam para seremdinamicamente competitivas. A essncia do desenvolvimento de Clusters a criao de
capacidades produtivas especializadas dentro de regies para a promoo de seudesenvolvimento econmico.
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(1998), da conduta (estratgia) das empresas e o desempenho do mercado. No
entanto, essa complexidade terica e prtica no torna intil esse tipo de anlise para
as questes de competitividade. Certamente, seria mais fcil se houvesse a certeza deque uma determinada estrutura de mercado produziria o desempenho almejado.
Bastaria, ento, atuar sobre essa estrutura. Nem para a anlise da competitividade e
muito menos para a poltica pblica, o reducionismo terico tem alguma serventia. Ao
mesmo tempo, simultaneidade e retro-alimentao no so obstculos intransponveis
para estudos aplicados, mas apenas exigem que se levem em conta esses efeitos.
exatamente nesse sentido que se incorporou ao ambiente competitivo tantoa estrutura dos mercados quanto os padres de concorrncia e as caractersticas da
demanda, porque todos eles moldam o ambiente competitivo onde as empresas tm
que atuar.
O ambiente competitivo diz respeito ao ambiente externo empresa, onde
habitam seus concorrentes, clientes e fornecedores. Porter (1990) analisa essas
cinco foras (rivalidade competitiva, fora dos clientes, fora dos fornecedores,
ameaa de produtos substitutos e ameaa de entrada de novos concorrentes) no
sentido de identificar ameaas lucratividade (desempenho) da empresa. Est
sendo aqui adotado um conceito de desempenho que diz respeito capacidade
duradoura de sobrevivncia e crescimento das empresas nos mercados em que
atuam. Esse desempenho s ser duradouro caso situaes de prejuzos sejam
passageiras e conjunturais.
Uma empresa no ajusta suas estratgias estrutura dos mercados, mas sim
ao padro de concorrncia vigente. Mesmo assim, a estrutura continua sendo
varivel importante do ambiente competitivo, porque indica a capacidade que as
empresas lderes tm de ordenar ou disciplinar o mercado, ou mesmo influenciar o
padro de concorrncia.
Ainda segundo Porter (1990), tanto o conceito de estrutura quanto de padro de
concorrncia esto referidos a um mercado que se denomina relevante para a anlise.
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Esse mercado relevante inclui o conjunto de produtos substitutos e o escopo geogrfico
da concorrncia (escopo dos rivais efetivos). certo que se o mercado geogrfico tem
escopo mundial, o padro de concorrncia relevante so os mercados internacionais.No entanto, quando se pensa em poltica pblica e competitividade de sistemas
especficos, tem-se que se referir ao escopo do local geogrfico especfico de atuao.
As empresas dispem de um conjunto de recursos produtivos (fsicos, humanos,
financeiros etc.) que devem ser ajustados para atender s regras do jogo competitivo.
Em mercados fragmentados, onde so comercializados produtos de baixa diferenciao
(dados de estrutura), tendem a predominar padres de concorrncia em que a lideranade custo a principal vantagem competitiva, j que a varivel bsica de concorrncia
preo, as margens so baixas e o giro dever ser elevado. Nesse caso, economias de
escala e escopo marcam as operaes das empresas lderes. Portanto, fundamental
identificar os padres de concorrncia para poder dizer se as empresas so ou no
potencialmente competitivas. Se forem identificadas mudanas tecnolgicas ou
institucionais que possam resultar na mudana desse padro de concorrncia, ento as
vantagens competitivas baseadas em liderana de custos deixam de ser suficientes
para sustentar a competitividade. Uma situao como essa de alta relevncia para a
identificao de fatores que sustentam a competitividade dinmica.
Estratgias individuais que visam alterar os padres de concorrncia e o
ambiente competitivo certamente tero efeitos apenas a mdio e longo prazo, e sua
importncia para um segmento ou para outro depende do processo de imitao e
difuso desse padro.
Padres de concorrncia se alteram no tempo, como resposta a mudanas
institucionais (como abertura comercial, proteo propriedade intelectual etc.),
mudanas tecnolgicas (como a biotecnologia que gerou uma convergncia entre
indstrias qumico-farmacuticas e a indstria de sementes), mudanas no prprio
ambiente competitivo, do qual o padro de concorrncia faz parte (reestruturao
industrial, mudanas de hbito do consumidor) e mudanas nas prprias estratgias
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individuais das empresas que buscam criar assimetrias e, quando bem-sucedidas
(desempenho), podem alterar o padro de concorrncia ao serem imitadas
por concorrentes.Nesse sentido, ainda que indicadores de evoluo de participao no mercado ou
de crescimento das vendas mostrem que as empresas foram capazes de sobreviver e
crescer em uma indstria, nada garante que essa situao se preserve se houver
mudanas nos padres de concorrncia. Como identificar essas mudanas?
Procurando monitorar os diferentes ambientes que influenciam tais padres, o que inclui
analisar algumas estratgias individuais que se mostram potencialmente imitveis.Segundo Zylbersztajn (1995), o interessante a notar que as estruturas de
governana esto sistematicamente ausentes dos trabalhos e da teoria sobre
concorrncia e competitividade, assumindo que a coordenao das cadeias produtivas
eficiente. Da mesma forma, os trabalhos sobre estruturas de governana e
coordenao no tratam da competitividade, assumindo implicitamente que as
estruturas mais eficientes sero adotadas por algum mecanismo associado rivalidade
competitiva. A grande dificuldade de tratar dessa dimenso da concorrncia sua
natureza intrinsecamente qualitativa. Indicadores sobre coordenao adequada so de
difcil definio, embora seja passvel de anlise, por meio do alinhamento dos atributos
das transaes entre as etapas do processo produtivo, com as estruturas de
governana adotadas.
Exemplos tpicos de ineficincia de coordenao so encontrados em situaes
nas quais os sistemas de padronizao de produtos (por exemplo, gros) que, por
mudana nas exigncias tcnicas de processamento ou de novos produtos no
respondem mais aos requisitos valorizados pelos consumidores ou clientes, gerando
dissonncias entre ofertantes e demandantes.
O sucesso das estratgias individuais est condicionado, ainda, proviso de
um conjunto de bens pblicos ou privados, sobre os quais a empresa no tem,
individualmente, controle direto. Segundo Caixeta (2001), a logstica um exemplo a
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esse respeito, j que depende de infra-estrutura de transportes, portos etc. Para
empresas cujo negcio est associado a commodities, para os quais a liderana de
custos define o padro de concorrncia, o impacto pode ser definitivo quanto permanncia desta no mercado. No entanto, mesmo para empresas com
posicionamento estratgico em produtos diferenciados, a logstica pode eliminar ou
magnificar suas vantagens competitivas.
A capacidade de ao estratgica, associada competitividade sistmica,
inclui tambm a articulao de aes cooperativas entre concorrentes, fornecedores,
distribuidores, institutos de pesquisa pblicos ou privados. Significa ter a capacidadede mudar as regras do jogo competitivo a seu favor ou mesmo o ambiente
institucional por exemplo: aes visando aprovao das leis de proteo
propriedade intelectual, polticas setoriais governamentais etc. Segundo Collin
(1996), a sinergia que pode ser promovida com a anlise e associao dos
interesses comuns s empresas e operadores de uma cadeia produtiva poder
resultar em um aumento substancial do grau de competitividade deste setor.
Uma outra questo a cooperao na rea tecnolgica. Essa dimenso traz
no seu bojo o conflito latente entre concorrncia e cooperao, que muitas vezes
ignorado nos estudos de competitividade. No entanto, crescente o reconhecimento
de que a coordenao e cooperao tanto vertical quanto horizontal so importantes
na vitalidade da concorrncia e no desenvolvimento da cadeia produtiva.
A proviso de bens pblicos e coletivos, cuja oferta adequada depende da ao
do Estado ou de organizaes de interesse privado, tais como associaes de produ-
tores, sindicatos, federaes etc., s quais se denominam "ambiente organizacional
externo", pode ser fundamental para a competitividade. Sistemas de informao sobre
mercados, tendncias de consumo, monitoramento de inovaes e difuso de novas
tecnologias, acompanhamento da ao estratgica de concorrentes de outras regies
ou pases, so "ativos" necessrios para a competitividade individual, mas, por suas
caractersticas de no-rivalidade e/ou no excluso, podem ser realizados para um
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conjunto de empresas, no implicando um subinvestimento na sua proviso e/ou duplo
investimento em empresas individuais, resultando em desperdcio de recursos e
ineficincia. Nesse sentido, o ambiente organizacional externo muito importante naanlise da competitividade - bloco 2 da figura 1 (FARINA et al., 1997 e BEST, 1990).
As estratgias e a competitividade dependem, ainda, do ambiente institucional
(bloco 2 da figura 1). A esto os sistemas legais de soluo de disputas, polticas
macroeconmicas, tarifrias, tributrias, comerciais e setoriais adotadas pelo
governo, assim como por governos de outros pases, parceiros comerciais e concor-
rentes. Nesse sentido, destacam-se a crescente importncia da formao de blocos
econmicos e a atuao das empresas transnacionais.
Segundo Collin (1996), o aumento da competitividade das empresas resultado
da intercooperao sinrgica das polticas pblicas e privadas, individuais e coletivas,
sendo que o processo de promoo desta sinergia dever, em certa medida, ser
efetuado cada vez mais pelas empresas individuais mediante alianas estratgicas intra
e intersetores, e tambm por intermdio de seus agentes de representao.
2.3.2 As dimenses da competitividade para as organizaes
A competitividade nas relaes empresariais e, portanto, de cadeias produtivas
e de regies/pases, atualmente, passam, segundo os Anais do 2. workshop de
Inteligncia Competitiva e Gesto do Conhecimento, realizado em Florianpolis, SC
(2001), por trs dimenses diferenciadas e inter-relacionadas que necessitam cada
vez mais de sua integrao total: competitividade sistmica, competitividade
estrutural e competitividade empresarial.
A competitividade sistmica a capacidade que tm os governos federal,
estadual e municipal de apoiar, definir e atuar nas macroestratgias por intermdio de
seus agentes pblicos e privados que estaro disponveis e agindo efetivamente em um
determinado local. Nesse mbito, as questes relevantes so a estrutura de aplicao
das normas e regulamentaes, e a da implementao de polticas pblicas
referenciadas em macroestratgias, que auxiliem e facilitem, de forma competitiva as
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operaes que sero efetuadas na uma cadeia produtiva. Mais objetivamente, a
competitividade sistmica refere-se principalmente, desburocratizao dos
instrumentos legais e mobilizao e integrao dos agentes pblicos que atuam nomercado, facilitando o acesso de todos os fornecedores, consumidores, beneficiadores
e transportadores aos produtos e servios disponveis. Tambm a competitividade
sistmica tem referncia com todo o aparato infra-estrutural, no foco logstico, de inves-
timentos em equipamentos logsticos de grande amplitude como portos, aeroportos,
rodovias, hidrovias e ferrovias, suas interligaes comunicativas e capacidade de
integrao. Esta ltima questo est no limiar de um segundo nvel, a competitividade
estrutural.
A competitividade estrutural como os componentes empresariais e suas
representaes, que esto organizados e estruturados, no sentido de integrao, inter-
relacionamento e infra-estrutura prpria entre esses mesmos componentes (empresas)
e agentes (associaes, sindicatos, cooperativas etc.). A competitividade estrutural est
intimamente relacionada com o grau de unio e efetividade de aes conjuntas, entre
seus componentes, possibilitando melhores condies de negociaes vantajosas emrelao implementao de processos desburocratizados nos mbitos de governo,
bem como a instalao dos equipamentos logsticos, integradamente com as empresas
e agentes, necessrios quela cadeia produtiva.
Finalmente, a competitividade empresarial constitui as competncias e habili-
dades referentes exclusivamente empresa quanto aos seus processos produtivos
internos, o custo-benefcio de tecnologias desenvolvidas e equipamentos logsticos
implementados, o marketing utilizado no relacionamento com o fornecedor e o cliente; o
processo de inovao que a empresa tem em relao aos seus produtos e servios
oferecidos, bem como as novas concepes de utilizao para novas demandas e os
anseios dos atuais e futuros clientes. Tudo que, de alguma forma, est implementado
ou executado dentro da empresa ter, invariavelmente, relao com as interaes,
dessa mesma empresa, com os seus stakeholders, delineando, portanto, as formas de
integrao que essa empresa tem capacidade de realizar.
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dos vrios mbitos de governo (federal, estadual e municipal) como estradas, portos,
aeroportos, hidrovias etc. Ultimamente, aps a disseminao dos conceitos para a
prtica da administrao, como a Teoria de Sistemas2
e a Gesto da Qualidade Total- TQM (Total Quality Management)3 conjuntamente com a Melhoria Contnua dos
Processos - PDCA4e do surgimento e desenvolvimento da Teoria das Restries,5
entre outras tcnicas mais especficas, a interpretao de que a logstica deve ser
implementada de uma forma global, sistmica e ampliada, tanto para as organizaes
empresariais e no empresariais quanto para a infra-estrutura de regies econmicas,
tem ganho a fora e a importncia de que necessita.Assim, nesse incio do processo de mudana da cultura nas aes
empresariais, a definio de integrao nas atividades logsticas modernas deve ser
tratada sob a tica da estrutura ambiental da organizao (figura 2). No
2Teoria de Sistemas - Segundo Chiavenato (2000) A Teoria de Sistemas umadecorrncia da Teoria Geral de Sistemas de Von Bertalanffy e que se espalhou por todas ascincias, influenciando notavelmente a administrao. A Teoria Geral dos Sistemas nobusca solucionar problemas ou tentar solues prticas, mas produzir teorias e formulaesconceituais para aplicaes na realidade emprica. Os sistemas so um conjunto deelementos interdependentes e interagentes ou um grupo de unidades combinadas oucombinaes de coisas ou partes, formando um todo complexo ou unitrio.
3Gesto da Qualidade Total - TQM (Total Quality Management) - SegundoWilliams (1995), apud Sashkin e Kiser (1994), a Gesto da Qualidade Total uma filosofiade administrao que significa que a cultura da organizao definida pela busca constanteda satisfao do cliente atravs de um sistema integrado de ferramentas, tcnicas e
treinamento. Isso envolve a melhoria contnua dos processos organizacionais, resultandoem produtos e servios de alta qualidade.
4Melhoria Contnua dos Processos - PDCA (Plan, Do, Check and Action) -Segundo Robbins (2000), a busca do aprimoramento sem fim, que requer uma abordagemcircular em lugar da linear, formando o ciclo planejar-fazer-checar-agir, tratando todos osprocessos organizacionais como se estivessem em um estado constante de aprimoramento.
5Teoria das Restries - TOC (Theory of Constrains) - Segundo Goldratt (1993),Teoria das Restries uma filosofia de gerenciamento composta por um Processo dePensamento, em cinco etapas bsicas de focalizao, a saber: identificar a restrio do sistema;explorar a restrio do sistema; subordinar tudo restrio do sistema; elevar a restrio dosistema, e voltar ao primeiro passo (evitar a inrcia), visando melhoria de processos.
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entendimento de Certo e Peter (1993, p.42), "Para executar uma anlise ambiental
de forma eficiente e efetiva, um administrador deve entender bem a forma como
ambientes organizacionais esto estruturados. O ambiente de uma organizao, geralmente dividido em trs nveis distintos: ambiente geral, ambiente operacional e
o ambiente interno".
FIGURA 2 - A ORGANIZAO, OS NVEIS DE SEUS AMBIENTES E OS COMPONENTES DESSES NVEIS
A M B I E N T E I N T E R N O
Aspectos o r gan izac iona is
Asp e c t o s d e MKT
Aspectos f inance i ros
Asp e c t o s p e sso a isAs pec t os de p r odu o
AMBIENTE
GERAL
Componente
econmico
Comp onente
mo-de-obra
Componentecliente
Componenteconcorrncia
Componentefornecedor
Componentelegal
Componentetecnolgico
Componentepoltico
ComponenteSocial
AMBIENTE
OPERACIONAL
A O R G A N I Z A OComponente
Internacional
FONTE: CERTO, Samuel (1993)
Sobre essa Estrutura Ambiental deve-se entender que, segundo Certo e Peter
(1993), o Ambiente Geral da organizao formado pelos componentes sociais,
econmicas, tecnolgicos, polticos e legais, sendo que, para a logstica, nesse
contexto que esto as atividades de infra-estrutura existentes como portos, aeroportos,
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ferrovias, hidrovias, EADIs, estaes de transbordo, armazns, de comunicao,
transmisso de dados etc. No Brasil, essas infra-estruturas tm sido, historicamente,
bastante implementadas, operadas e controladas pelos governos municipais, estaduaise federal, sendo que essa implementao e operao, a partir dos ltimos 10 anos, vm
sendo assumidas, gradativamente, pelo processo de privatizao ou investimentos
diretos, da iniciativa privada, principalmente de organizaes que constantemente
necessitam utilizar como estratgia essas estruturas.
Ainda segundo Certo e Peter (1993), quanto ao Ambiente Operacional das
organizaes, entendem-se seus componentes, para a logstica, os fornecedores,
clientes, consumidores, concorrentes, mo-de-obra disponvel e as relaes
internacionais das operaes da organizao. Nessa definio fica claro que o
ambiente operacional aquele ambiente externo que tem uma interao total e
freqente com a organizao em si, caracterizando-o como um dos fatores de maior
importncia direta para a implementao de sistema logstico integrado.
Vrios autores tm tratado dessas operaes logsticas nas organizaes,
nesse ambiente, no conceito de supply chain management.6
Assim, fica evidenteque a organizao ou ambiente interno est inserida nos ambientes externos
Operacional e Geral, demonstrando a necessidade de uma interpretao, das aes
logsticas, integrada e sistmica.
O Ambiente Interno, ou a Organizao propriamente dita, formado por aspectos
organizacionais, de marketing, financeiros, recursos humanos, de produo e logstica,
6Supply Chain Management - SCM termo que define o mtodo deGerenciamento da Cadeia de Suprimento, utilizado para obter melhoria no servio deassistncia ao cliente, melhor gerenciamento de estoque e dos canais de suprimento emgeral, resultando em reduo de custos e maior velocidade na colocao de um produto nomercado. tambm um conceito, onde toda a rede desde os fornecedores at osconsumidores finais analisada e gerenciada no sentido de obter o "melhor resultado"para o sistema como um todo. Esse conceito inclui a anlise do nvel e da localizao dosestoques da cadeia de suprimento, o gerenciamento do fluxo da informao por meio do
canal de suprimento e os esforos de coordenao para atender o melhor possvel aocliente. Bowersox (2001) e Christopher (1997).
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compondo o rol de competncias, capacidades e pontos fortes/fracos da prpria organi-
zao, ainda segundo Certo e Peter (1993).
Ademais anlise da Estrutura Ambiental das organizaes, a integrao um processo que possibilita a implementao do comprometimento de toda a cadeia
produtiva (fornecedores-intermedirios-clientes-consumidores), bem como a inter-
relao entre cadeias produtivas distintas, mas concorrentes nos sistemas logsticos,
principalmente de transporte e distribuio.
A integrao para a logstica parece to importante quanto a estratgia para as
organizaes. Nesse sentido, os estudiosos da logstica tm citado insistentementequestes de integrao e, tambm, vm desenvolvendo metodologias de operaes e
logstica globais. Como exemplo, Dornier (2000) dividiu a integrao em trs tipos
genricos, correlatos estrutura da organizao, chamados: integrao geogrfica,
funcional e setorial. A integrao geogrfica refere-se ao fato de que fronteiras
geogrficas esto perdendo sua importncia; integrao funcional refere-se s respon-
sabilidades da gesto de operaes/logstica globais que j no se limitam a coordenar
os fluxos fsicos e esto se expandindo para incluir funes como pesquisa, desenvol-
vimento e marketing no projeto e gesto dos fluxos; integrao setorial refere-se
cooperao das empresas em toda a cadeia, no se restringindo apenas soluo de
problemas internos, assim deixando de adicionar custos ao sistema total.
2.3.2 O pensamento atual da logstica
Aps toda a evoluo histrica da humanidade e o desenvolvimento das
teorias econmicas e das prticas de administrao atravs dos sculos, a
Administrao se consolida como uma cincia de grande importncia na conduo e
gerncia das organizaes ps-revoluo industrial. Essas empresas que compem
um conjunto de mercados, por sua vez formando as economias regionais e globais,
tm necessitado de tcnicas gerenciais cada vez mais articuladas, realistas eaplicveis aos seus respectivos contextos competitivos.
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Dentro desse ambiente, a logstica nasce como uma disciplina de importncia, no
sentido de auxiliar a administrao e o gerenciamento da movimentao de bens e
informaes, componentes relevantes do mercado, da economia e da sociedade atual.Sendo assim, durante os ltimos vinte anos surgiram vrios conceitos formando o
que a logstica atual. A logstica sempre esteve bastante presente, no decorrer da
histria, como j dito, nas organizaes militares e em suas atividades de guerra e
batalhas. Atualmente, a logstica tem evoludo espantosamente em suas tcnicas e
tecnologias utilizadas nos processos para o auxlio na soluo de problemas
decorrentes das novas necessidades de mercado. Sob esse foco, tm surgido vrios
estudos e trabalhos cientficos, em todo o mundo, no sentido de desenvolver e reforar
os conceitos e inter-relaes da cincia logstica com outras disciplinas.
Nesses estudos, a integrao na logstica tem tido um lugar de destaque em
relao a outros tpicos, tambm de muita importncia, mas que j vinham sendo
tratados de forma bastante aprofundada, relegando, de certa forma, o processo de
integrao como um pr-requ