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ECONOMIA I

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ECONOMIA I

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A Evolução do Pensamento Econômico

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Escolas Econômicas – Quadro Evolutivo Sumarizado

MACROECONOMIA

Engels

BaranSweezyMandel

MARX(1818 / 1883)

Rosa Luxemburgo

KEYNES

KALECKI

Lenin

MARXISTAS

J evons

Smith / Malthus

MERCANTILISTAS (1450 / 1750)

NEOCLÁSSICOS

CLÁSSICOS (1776 / 1848)

Samuelson

Marshal

PrebischSraffa

REV. INDUSTRIAL (1780 / 1840 / 1895)

FISIOCRATAS

(1756 / 1776)

(NEO) KEYNESIANOS

DE ECONOMIA POLÍTICA PARA "CIÊNCIA" ECONÔMICA.RUPTURA NO OBJETO DE ANÁLISE :

(MICROECONOMIA)

Turgot Say / Ricardo / Mill

ANOS 30

FASE CONCORRÊNCIAL FASE MONOPOLISTA - FINANCEIRA

Quesnay

SÍNTESE NEOCLÁSSICA

SÉC. XIX SÉC. XX

Walras

SÉC. XVI SÉC. XVI I I

Friedman

FORMAÇÃO/ FASE COMERCIAL DO MP CAPITALISTA

Hayek

Krugman

DobbLange

Furtado

(NEO) MARXISTAS

KEYNESIANA

Page 4: Slides - economia

A Transição do Feudalismo para o Capitalismo

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ECONOMIA I A Transição do Feudalismo para o Capitalismo

Entre os séculos X e XI, tem inicio na Europa Ocidental um

renascimento econômico que resulta, em grandes linhas, na

civilização / ao mundo atual.

Page 6: Slides - economia

ECONOMIA I A Transição do Feudalismo para o Capitalismo

O mundo antigo se desenvolveu ao redor do mar

mediterrâneo, dando lugar a sucessivas civilizações baseadas no

modo de produção escravista.

?

Page 7: Slides - economia

ECONOMIA I A Transição do Feudalismo para o Capitalismo

Modo de Produção: modo, historicamente condicionado, de

obter os meios de subsistência

=

Forças Produtivas (Tecnologia + Qualificação da Força de Trabalho)

+

Relações Sociais de Produção

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Page 9: Slides - economia

ECONOMIA I A Transição do Feudalismo para o Capitalismo

• A desintegração do Império romano no Ocidente (século V), marca o

fim da Idade Antiga;

• A partir do século VII se dá o avanço do Islã ➨ domínio de todo norte

da África e península Ibérica e Mediterrâneo (parte);

• Invasões normandas pelo norte;

➨ Europa Ocidental isolada e aterrorizada;

➨ Refúgio junto aos “senhores da guerra”.

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ECONOMIA I A Transição do Feudalismo para o Capitalismo

• A Europa Ocidental se torna totalmente agrícola;

• O comércio desaparece;

• Os núcleos urbanos, herdados dos romanos, entram em

decadência e sobrevivem, na maior parte das vezes, como sedes

episcopais;

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ECONOMIA I A Transição do Feudalismo para o Capitalismo

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ECONOMIA I A Transição do Feudalismo para o Capitalismo

V ----- Alta Idade Média ----- IX / X ---- Baixa Idade Média ---- XV

“O feudalismo europeu ocidental pode ser definido como um

sistema econômico no qual a servidão é a relação de produção

predominante, e em que a produção se organiza no interior ou ao redor da

propriedade senhorial.” ...*

... “ É importante observar que esta definição não implica ausência

de transações ou cálculos em moeda. O que está implícito é que os

mercados na maioria das vezes são locais, e que o comércio a longa

distância, ainda que não necessariamente ausente, não desempenha

papel decisivo nos objetivos ou métodos de produção.” ... *

(*) Paul Sweezy. Uma Crítica in A transição do Feudalismo para o Capitalismo.

Page 13: Slides - economia

ECONOMIA I A Transição do Feudalismo para o Capitalismo

... “ A característica básica do Feudalismo, neste sentido, é tratar-se

de um sistema de produção para uso. As necessidades da comunidade

são conhecidas, e a produção é planejada e organizada com vistas à sua

satisfação.” ... *

... “ O aumento do comércio só se dá pelo crescimento econômico da

Europa” * (maior excedente de produção) ➨ contraditório? Quando o modo

de produção feudal cresce, perde a hegemonia! ➨ Controvérsia.

(*) Paul Sweezy. Uma Crítica in A transição do Feudalismo para o Capitalismo.

Page 14: Slides - economia

ECONOMIA I A Transição do Feudalismo para o Capitalismo

• “A transição do feudalismo para o capitalismo é um processo longo que

nada tem de uniforme. A controvérsia sobre essa transição tem se voltado

principalmente para as características dos séculos que decorreram entre

os primeiros sinais evidentes de derrocada do feudalismo (a crise feudal no

século XIV) e o triunfo final do capitalismo no século XVIII.” *

• “Por outro lado, ninguém defendeu seriamente que o capitalismo tenha

prevalecido antes do século XVI ou que o feudalismo tenha sobrevivido

depois do final do século XVIII.” *

• O Comércio Local é parte integrante do MP Feudal; o comércio de longa

distancia, desempenha papel decisivo: pelos custos envolvidos (e margens

de lucro), necessita de grandes quantidades ➨ fusão do comércio com a

produção(*) Eric Hobsbawm. Do feudalismo para o capitalismo.

Page 15: Slides - economia

ECONOMIA I A Transição do Feudalismo para o Capitalismo

• Comércio de longa distância ➨ lucro associado ao comércio;

• Formação dos Estados Nacionais ➨ sobreposição importante entre os interesses

comerciais e a forma de representação política;

• Formação de uma classe assalariada;

• Crescimento dos aglomerados urbanos;

• Necessidade imperativa de meios de troca (prata e ouro)

“ A leste, a balança de comércio é sempre regularmente deficitária: eis o

que orienta todos os tráficos. Estando o comércio em mãos dos

ocidentais, estes são obrigados a exportar para o Levante

consideráveis quantidades de prata amoedada. Precisam, portanto,

procurá-la continuamente” .(Fernand Braudel - “Do ouro do Sudão à prata da América”)

Page 16: Slides - economia

O Mercantilismo

Page 17: Slides - economia

ECONOMIA IA Escola Mercantilista

Defende o acúmulo de divisas em metais preciosos pelo

Estado por meio de um comércio exterior de caráter protecionista ➨

forte presença intervencionista do Estado na atividade econômica:

– A riqueza da economia nacional depende do aumento da população e do

aumento do volume de metais preciosos no país;

– O comércio exterior deve ser estimulado, pois é por meio de uma balança

comercial favorável que se aumenta o estoque de metais preciosos;

– O comércio e a Indústria são mais importantes para a economia nacional

que a agricultura.

Page 18: Slides - economia

ECONOMIA IOs Mercantilistas *

O primeiro problema a partir do qual se desenvolveu a economia política dizia respeito ao comércio internacional.

A escola Mercantilista, que floresceu juntamente com o crescimento do comércio ultramarino, nos séculos dezessete e dezoito, tinha uma doutrina bem definida – de que as exportações trazem riqueza ao país. Seus proponentes sustentavam e defendiam o uso de recursos através dos quais o governo pudesse proteger o balanço comercial. Adam Smith os ridicularizou, dizendo que confundiam ouro com riqueza, mas, na realidade, eles não eram tão ingênuos.

Antes de surgir um sistema de financiamento internacional altamente desenvolvido, um país que tivesse um déficit em seu balanço de pagamentos – pagando mais ao exterior do que dele recebesse – tinha que cobrir a diferença em dinheiro, e o principal elemento no balanço de pagamentos vinha a ser o valor dos bens exportados e importados. Comerciantes, individualmente, compravam e vendiam bens a fim de obterem lucros para si próprios. A possibilidade de obter lucros das importações dependia da demanda interna de bens exóticos – musseline da Índia, ou especiarias do Ceilão – e os lucros das exportações dependiam dos preços, no exterior, dos bens produzidos internamente – tecidos da Inglaterra. Quando os importadores, tomados em conjunto, tinham mais a pagar a vendedores estrangeiros do que os exportadores recebiam de compradores estrangeiros, criava-se um correspondente excesso de pagamentos sobre recebimentos no âmbito nacional. As únicas formas de pagamento internacionalmente aceitas eram o ouro e a prata, de modo que uma drenagem do tesouro, um escoamento de metais preciosos para o exterior, vinha a ser um sintoma de um déficit no balanço comercial.

Os mercantilistas preocupavam-se com o problema da demanda efetiva. Percebiam que um déficit no balanço comercial é, geralmente, prejudicial à produção. O déficit constitui uma influência de compressão sobre a demanda efetiva. As importações representam oferta sem contrapartida de demanda. Rendimentos internos são nelas despendidos, ao passo que nenhuma renda interna é gerada com a sua produção. As exportações são, em grande parte, gastas no mercado interno, imprimindo, assim, um impulso à demanda efetiva. Os Mercantilistas estavam certos ao argumentarem que um excedente de exportações sobre importações tende a dinamizar a economia do país, enquanto que um excedente de importações tende a comprimi-la.

A preocupação com o balanço de pagamentos fez com que os Mercantilistas favorecessem a restrição alfandegária para repelir as importações, e estes procuraram justificar toda sorte de determinações governamentais que visassem promover a prosperidade nacional.

(*) Robinson / Eatwell: Introdução à Economia

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ECONOMIA IA Escola Mercantilista

“Em termos conceituais, o mercantilismo é uma designação que tenta

emprestar uma certa coerência a determinadas ideias político-econômicas e às

praticas delas decorrentes, típicas da Idade Moderna europeia, e que

demonstram ser bastante variáveis conforme consideramos épocas e lugares

distintos”.

➨ Há uma tendência em descrever “diversos tipos e fases” do mercantilismo, ou

seja, segundo as nações e segundo a evolução no tempo;

Importante observar: nenhuma “prática” mercantilista permaneceu, durante

aproximadamente três séculos, inalterada em um determinado país e, por

outro lado, a evolução ao longo do tempo não se deu de maneira uniforme em

toda a Europa.

Page 20: Slides - economia

ECONOMIA ITipos de Mercantilista (associados aos países)

• Mercantilismo Espanhol

– Essencialmente metalista (ou Bullionista) ➨ beneficia-se pelo fluxo de

metal precioso da América;

– Forte intervenção estatal nas transações mercantis;

– Monopólio estatal sobre os negócios ultramarinos;

– Nasce o conceito de “Balança Comercial”.

• Mercantilismo Holandês

– Regime de liberdade com relação às atividades mercantis;

– Forte monopólio em relação ao comércio ultramarino.

Page 21: Slides - economia

ECONOMIA ITipos de Mercantilista (associados aos países)

• Mercantilismo Francês (ou Colbertismo)

– Forte intervenção do Estado nas atividades mercantis e manufatureiras

➨ postura fortemente protecionista (não se beneficia das fontes diretas

de metais preciosos);

– Agricultura preterida em relação à Indústria ➨ industrialismo;

• Mercantilismo Inglês

– Resultado de uma evolução interna que reduziu a intervenção do Estado

nas atividades econômicas;

– Ampliação das práticas monopolistas com relação ao comércio

internacional;

Page 22: Slides - economia

ECONOMIA IFases de Mercantilista (associadas ao tempo)

• Século XVI

– Metalismo: ouro e prata são a própria riqueza;

– O Estado monárquico moderno, recém-criado, concentrava seu esforço na

ampliação do estoque de ouro e prata;

• Século XVII

– Teoria da Balança Comercial favorável;

– Conceito de Balança Comercial evolui para Balanço de Pagamentos;

– (segunda metade do século) Incentivo à atividade manufatureira ➨

substituição das importações e/ ou conquista de mercados externos;

• Século XVIII

– Cresce a importância atribuída ao Exclusivismo Colonial: países ibéricos

versus Inglaterra e França;

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ECONOMIA IA Escola Mercantilista

– A concepção que considera o mercantilismo uma espécie de sistema

unificado e coerente que se teria mantido como tal durante quase três

séculos, não é, evidentemente, verdadeira;

➨ No tempo e no espaço, as ideias mercantilistas transformaram-se bastante

entre o final da Idade Média e o final do século XVIII;

➨ Houve um gradual aprimoramento teórico e uma crescente complexidade

nas práticas mercantilistas: das providências para impedir-se a saída de

metais preciosos às políticas ancoradas na teoria da balança comercial

favorável;

Page 24: Slides - economia

ECONOMIA IA Escola Mercantilista

➨ Para a escola Mercantilista, onde estava o VALOR?

– Os primeiros pensadores medievais afirmavam que o preço de uma

mercadoria tinha que ser suficiente para cobrir os custos diretos de produção

do artesão e ainda permitir que ele conseguisse um retorno sobre seu

próprio trabalho, suficiente para manter-se no estilo de vida tradicionalmente

reputado como sendo adequado para um artesão;

– Os mercantilistas abandonaram essa orientação sobre o custo de produção

para a compreensão dos preços e se concentraram no ponto de venda para

analisar os valores:

“O mercado é o melhor juiz de valor; isto porque é com o encontro de

compradores e vendedores que a quantidade de produtos pode ser

conhecida. As coisas valem tão-somente o preço pelo qual podem ser

vendidas”.

Page 25: Slides - economia

Os Fisiocratas

Page 26: Slides - economia

ECONOMIA IOs Fisiocratas como reformadores sociais *

Os fisiocratas eram um grupo de reformadores sociais franceses, discípulos intelectuais de François Quesnay (1694-1774). Quase todas as suas ideias se originavam direta ou indiretamente do Tableau Économique, de Quesnay. Sua influência imediata sobre os assuntos econômicos e políticos franceses durou cerca de duas décadas e terminou quando seu membro politicamente mais influente, Turgot, perdeu seu cargo de controlador geral das finanças, em 1776.

Os fisiocratas estavam interessados em reformar a França, que estava passando por desordens econômicas e sociais, causadas principalmente por uma combinação heterogênea de muitas das piores características do feudalismo e do capitalismo comercial. A tributação estava desordenada e era ineficiente, opressiva e injusta. A agricultura ainda usava a tecnologia feudal, feita em pequena escala, ineficiente, e continuava sendo uma fonte de poder feudal que inibia o avanço do capitalismo. O governo era responsável por um emaranhado extraordinariamente complexo de tarifas, restrições, subsídios e privilégios nas áreas da indústria e do comércio. O resultado disso foi o caos social e econômico, que culminou com a Revolução Francesa.

Os fisiocratas achavam que as sociedades eram governadas pela lei natural e que os problemas da França eram devidos à incapacidade de seus dirigentes compreenderem esta lei natural e ordenarem a produção e o comércio de acordo com ela. Quesnay formulou um modelo simples de como uma sociedade deveria ser estruturada, a fim de refletir a lei natural, e, com base neste modelo, os fisiocratas advogavam a reforma política: a abolição das corporações de ofício e a remoção de todas as tarifas, impostos, subsídios, restrições e regulamentações existentes que prejudicassem a indústria e o comércio. Propuseram a substituição da agricultura em pequena escala e ineficiente, então vigente, pela agricultura capitalista em grande escala. Mas a proposta de reforma pela qual os fisiocratas são mais lembrados foi a recomendação de que toda a renda do Governo fosse obtida através de um único imposto, para todo o país, sobre as atividades agrícolas.

As reformas estavam destinadas a ser inatingíveis, porque os fisiocratas não questionavam o direito da nobreza feudal de receber a renda de suas terras, enquanto que a nobreza percebia – bastante corretamente – que os esquemas fisiocratas levariam ao empobrecimento da classe proprietária de terras e à ascensão da classe capitalista. Mudanças sociais que exigem o deslocamento de uma classe dominante para outra não podem ser conseguidas por meio de reformas. Exigem revolução, e a França precisou da revolução de 1789 para mudanças parecidas com as defendidas pelos fisiocratas se tornassem possíveis.

Portanto, a influência dos fisiocratas foi basicamente intelectual e não político. Algumas das ideias expressas no Tableau Économique de Quesnay deveriam tornar-se, depois, muito importantes na literatura econômica.

(*) HUNT, História do Pensamento Econômico.

Page 27: Slides - economia

ECONOMIA IA Escola Fisiocrata (1756 / 1776)

• Primeira escola econômica, propriamente dita ➨ desenvolve uma explicação

geral da vida econômica;

• Cenário histórico: sociedade corrupta, injusta e decadente ➨

“combinação heterogênea de muitas piores das coisas do feudalismo e do

capitalismo comercial!” – HUNT.

– AGRICULTURA: baixíssima produtividade;

– INDÚSTRIA e COMÉRCIO: minuciosamente regulamentados e com forte

influencias das corporações de oficio e de mercadores (resquício feudal

que dificultava a produção e circulação de produtos);

– SISTEMA TRIBUTÁRIO: confuso, de alta complexidade, injusto, com

excesso de privilégios (monarquia absolutista)

Page 28: Slides - economia

ECONOMIA IA Escola Fisiocrata (1756 / 1776)

• Princípio básico: ORDEM NATURAL

- Os fatos econômicos, ocorrem (ou deveriam ocorrer) segundo uma ordem

“imposta” pela natureza; regida por “leis naturais” ➨ o objetivo, assim, é

descobrir/ conhecer estas leis para deixá-las atuar com a máxima liberdade, sem

interferências “externas”;

Esta ordem natural é, em última análise, uma expressão da vontade de Deus ➨ é

uma ordem providencial e, por ser providencial, é a melhor alternativa para o

homem que deve, assim, buscá-la;

➨ LAISSEZ-FAIRE, LAISSEZ-PASSER: Oposição a qualquer restrição de

origem feudal, mercantilista e governamental;

Page 29: Slides - economia

ECONOMIA IA Escola Fisiocrata (1756 / 1776)

Para os fisiocratas onde está o VALOR?

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ECONOMIA IA Escola Fisiocrata (1756 / 1776)

➨ VALOR: Ênfase na agricultura: a indústria e o comércio são úteis, mas

estéreis; somente transformam ou distribuem o valor pré-existente;

O setor agrícola é o único a produzir um excedente

➨ Este excedente é um “presente” da natureza;

➨ Só através do contato direto com a natureza, na produção agrícola ou

extrativa, é que o trabalho humano pode produzir um excedente;

Fisio = phýsis = natureza física

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ECONOMIA IFrançois Quesnay (1694 / 1774)

• Médico da corte (Luiz XV);

• Fundador e líder da Escola Fisiocrata;

• Começa a se interessar por economia em 1750;

• Sua principal obra, Tableau Économique, foi escrita em 1758 e revisada em

1766;

Page 32: Slides - economia

François Quesnay (1694 / 1774)

Page 33: Slides - economia
Page 34: Slides - economia

ECONOMIA ITableau Economique

O Tableau Économique: É um modelo de uma economia; tem por

objetivo básico, evidenciar a “ordem natural”;

➨ A sociedade é composta por três classes:

- Classe Produtiva: Capitalistas e trabalhadores dedicados à

produção agrícola;

- Classe estéril: Capitalistas e trabalhadores dedicados à Industria;

- Classe Ociosa: proprietários de terras.

Page 35: Slides - economia

ECONOMIA ITableau Economique

Contribuições:

- Noção de sistema;

- Noção de trabalho produtivo e improdutivo;

- Noção de excedente econômico;

- Interdependência dos processos produtivos;

- Fluxos circulares de produtos e moeda.

Page 36: Slides - economia

A Revolução Industrial

Page 37: Slides - economia

ECONOMIA IA Revolução Industrial

Hobsbawm (Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo)

“A Revolução Industrial (1780/ 1840/ 1895) assinala a mais radical

transformação da vida humana já registrada em documentos escritos*”

(*) Referência à Revolução Neolítica (8000 aC) ➨ de Caçador-Coletor à Agricultor.

... por quê?

Page 38: Slides - economia

ECONOMIA IA Revolução Industrial

“A fábrica era realmente uma forma revolucionária de trabalho,

com seu fluxo lógico de processos, cada qual uma máquina

especializada a cargo de um ‘braço’ especializado, todos ligados pelo

ritmo constante e desumano do ‘motor’ e pela disciplina da

mecanização.”

Page 39: Slides - economia

Toqueville, a respeito de Manchester em 1835 (citado por Hobsbawm – “A Era das

Revoluções”)

“Desta vala imunda, a maior corrente da indústria humana flui para

fertilizar o mundo todo. Deste esgoto imundo jorra ouro puro. Aqui a

humanidade atinge o seu mais completo desenvolvimento e sua maior

brutalidade; aqui a civilização faz milagres e o homem civilizado torna-

se quase um selvagem.”

ECONOMIA IA Revolução Industrial

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A Escola Marxista

Page 45: Slides - economia

Karl Marx (1818 – 1883)

Friedrich Engels (1820-1895)

Page 46: Slides - economia

Rosa Luxemburg(1870-1919)

Lenin(1870—1924)

Page 47: Slides - economia

ECONOMIA IA Escola Marxista

• Marx formulou um sistema intelectual integrado e completo, com

concepções profundas em filosofia, economia política, sociologia, história, ...

• Marxismo: Não se pode definir o marxismo com facilidade. No entanto, as

análises marxistas partilham de uma importante premissa:

– O trabalho é a essência do homem: o que diferencia o homem não é

a razão em si e nem a sua capacidade moral, e sim o trabalho/ a

capacidade humana para o trabalho ➨ entendido como a relação do

homem com a natureza, conforme suas necessidades;

– Nesse processo (na relação com a natureza), o homem se expressa,

instintivamente, naquilo que produz ➨ o que produz é extensão de seu

próprio ser ➨ criação de uma “segunda natureza”, o mundo em que vive.

Page 48: Slides - economia

ECONOMIA I A Escola Marxista

• A ideia clássica do trabalho como fonte criativa do valor é aceita. É desenvolvida

pelo conceito de “tempo médio socialmente necessário”;

• O trabalho cria o valor, mas a natureza de um modo-de-produção* somente pode

ser compreendida através de uma análise da origem, e de como se da a

apropriação, do excedente econômico (valor) ao longo da produção:

– Sociedade escravista: a maneira pela qual o dono de escravos se apropria do

trabalho escravo, é evidente;

– Numa sociedade feudal, os servos trabalham parte de seu tempo para o senhor

das terras e, assim, o senhor apropria diretamente parte do trabalho dos

servos;

– E no modo de produção capitalista?

(*) Modo de Produção = Forças Produtivas (nível Força de Trabalho + Técnica) + Relações Sociais de Produção.

Page 49: Slides - economia

ECONOMIA I A Escola Marxista

• Numa economia capitalista, a forma pela qual se apropria o excedente

fica camuflada sob os fenômenos superficiais dos salários e preços:

– As mercadorias são trocadas pelo que incorporam de trabalho (valor-

trabalho) ➨ a força de trabalho (a mercadoria trabalho) não foge à regra,

devendo ser também trocado pelo seu valor- trabalho;

– O valor-trabalho da força de trabalho é, assim, o trabalho necessário para

produzir as mercadorias que provêm à subsistência dos trabalhadores;

– A força de trabalho tem a característica de produzir mais que seu próprio

valor (historicamente, o salário médio dos trabalhadores varia, mas a média

está muito próxima do valor de subsistência = reprodução da força de

trabalho);

Page 50: Slides - economia

ECONOMIA I A Escola Marxista

• Assim, a mercadoria trabalho tem um valor MENOR que o valor que cria; esta

DIFERENÇA, que é apropriada pelo capitalista, é o excedente, que tem, desta

forma, sua origem e forma de apropriação identificadas:

MAIS VALIA

• O trabalho reproduz o valor do desgaste das máquinas, o valor das matérias-

primas usadas na produção, o valor dos custos de estrutura (energia,

edificações, ...) e o valor de reposição da força de trabalho (aproximadamente

igual ao salário) ➨ O produto líquido (valor restante) é o valor adicionado ao

capital pelo trabalho;

• Não significa que no socialismo (posse coletiva dos meios de produção), a

mercadoria força-de-trabalho seja remunerada de acordo com o valor que cria: o

trabalho deve continuar a reproduzir o desgaste das máquinas, a matéria-prima,

etc., além de contribuir com um fundo de acumulação, que seria apropriado

coletivamente e não particularmente;

Page 51: Slides - economia

ECONOMIA I A Escola Marxista

+

+

=

DIFERENÇA ENTRE O VALOR TOTAL CRIADO PELA FORÇA-DE-TRABALHO E SOMA C+V

VALOR TOTAL

MAIS VALIA (M)

CAPITAL CONSTANTE (C)

CAPITAL VARIAVEL (V)

MAQUINÁRIO, MP, ESTRUTURA

SALÁRIOS (VALOR DA FORÇA-DE TRABALHO)

Valor Total = C + V + M

Page 52: Slides - economia

ECONOMIA I A Escola Marxista

=MAIS VALIA (M)

CAPITAL VARIÁVEL (V)

CAPITAL TOTAL (C+V)TAXA DE LUCRO (P) =

=CAPITAL CONSTANTE (C)

CAPITAL TOTAL (C+V)

MAIS VALIA (M)

TAXA DE MAIS VALIA* (M')

(* ) OU TAXA DE EXP LORAÇÃO.

COMPOSIÇÃO ORGÂNICA DO CAPITAL (Q)

Page 53: Slides - economia

ECONOMIA I A Escola Marxista

V C M

V C M

➨ Crescimento da taxa de lucro pelo prolongamento da jornada de

trabalho ou maior intensidade na produção.

Page 54: Slides - economia

ECONOMIA I A Escola Marxista

V C M

V C M

➨ Barateamento dos bens-salários, ou seja, dos bens que determinam o

valor da força-de-trabalho (valor necessário à reprodução da força-de-

trabalho) ➨ Mais Valia Relativa

Page 55: Slides - economia

ECONOMIA I A Escola Marxista

Mercadoria

•A unidade analítica mais simples da sociedade capitalista e a expressão

elementar de sua riqueza;

•Forma assumida pelos produtos e pela própria força de trabalho e

composta por dois fatores: valor de uso (necessidades humanas) e valor de

troca (objetivo da produção: D¹ - M - D²);

•Abstraindo-se a forma concreta da mercadoria – o valor de uso – resta à

mercadoria uma única qualidade: a de ser produto do trabalho.

Page 56: Slides - economia

ECONOMIA I A Escola Marxista

Alienação

•Em uma sociedade capitalista, o mercado separa e isola, de acordo com a

interpretação marxista, o valor de troca, ou preço em dinheiro, das

qualidades que davam forma às relações dos homens com as coisas e com

os outros homens. Isso é verdadeiro, principalmente, no processo de

trabalho. Marx utilizou o termo alienação para descrever a condição dos

homens nessa situação: eles se sentiriam alienados ou divorciados do seu

trabalho, de seu meio institucional, cultural e social.

•A alienação na produção se dá pela “racionalização” dos processos. Nos

sistemas iniciais de manufatura, o trabalhador conhecia todas as etapas da

produção, desde o projeto até a execução. Com a especialização do

trabalhador e a, consequente, divisão do trabalho, essa condição não é mais

possível.

Page 57: Slides - economia

ECONOMIA I A Escola Marxista

Socialismo

•O socialismo, de acordo com a concepção de Marx e Engels, é um modo de

produção e de organização social em que há uma distribuição social mais

equilibrada do valor criado (em relação àquela verificada no capitalismo) e,

assim, proporciona a todos os indivíduos um modo de vida mais igualitário,

digno e justo;

•A principal característica do Socialismo, relativamente à dimensão econômica,

é a posse coletiva dos meios de produção; isso, no entanto, não significa

que a mercadoria força-de-trabalho seja remunerada de acordo com o valor

que cria: o trabalho deve continuar a reproduzir o desgaste das máquinas, a

matéria-prima, etc., além de contribuir com um fundo de acumulação, que

seria apropriado coletivamente e não particularmente, como acontece no

modo de produção capitalista.

Page 58: Slides - economia

A Escola Neoclássica

Page 59: Slides - economia

ECONOMIA I A Escola Neoclássica

As doutrinas clássicas, mesmo sob a mais liberal de suas

formas, consideravam o papel econômico das classes sociais e

os conflitos de interesse existentes entre elas. No final do século

XIX, o foco de conflito social havia-se deslocado da oposição

entre proprietários de terra e capitalistas para a contradição

entre trabalhadores e capitalistas. A obra de Marx suscitou medo

em toda a Europa (“Um espectro ronda a Europa, o espectro do

comunismo” – Marx. O Manifesto Comunista) e, assim, toda e

qualquer doutrina que sugerisse conflito, não era bem vista. Por

outro lado, teorias que desviassem a atenção do antagonismo

entre as classes sociais encontravam pronto acolhimento.

(modificado de ROBSON/ EATWELL – Introdução à Economia)

Page 60: Slides - economia

ECONOMIA I A Escola Neoclássica

A argumentação principal da nova abordagem –

Neoclássica – centrou-se na posição do indivíduo, e os padrões

de julgamento tomaram o comportamento individual por quadro

de referência. As relações sociais de produção, e suas

derivações, dão lugar ao indivíduo perante o mercado.

Page 61: Slides - economia

ECONOMIA I A Escola Neoclássica

A partir do final do século XIX, a Economia – exceto

para os pensadores marxistas – deixa de ser uma disciplina/

uma área de conhecimento eminentemente política, para

ser uma “ciência”.

Há, assim, uma importante mudança no objeto de

estudo da Economia: de social para técnica, das classes

para o indivíduo, da avaliação de caráter ideológico para a –

pretensamente – neutralidade científica.

O liberalismo clássico é preservado

A teoria do valor-trabalho é abandonada.

Page 62: Slides - economia

ECONOMIA I A Escola Neoclássica

A teoria do valor começa com a observação de que um

consumidor obtém satisfação pelo consumo de mercadorias ou

produtos;

satisfação = utilidade

➨ Teoria do Valor-Utilidade

Page 63: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

MICROECONOMIA

Page 64: Slides - economia

Conceito de Microeconomia: Estudo do comportamento

das unidades de consumo (indivíduos e/ ou famílias), das

firmas (produção, custos e rendimentos) e da, decorrente,

determinação dos preços.

RENDIMENTOS

FIRMA

CONSUMIDOR

PRODUÇÃO

DEMANDA

PREÇO

OFERTACUSTOS

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Page 65: Slides - economia

Características/ Pressupostos da Microeconomia

1ª. Teoria do Valor – Utilidade: O valor dos bens é definido a partir de um

fator subjetivo (a utilidade)

➨ capacidade de satisfazer necessidades humanas. Como a necessidade é uma

característica subjetiva, também a utilidade de um bem terá uma avaliação

subjetiva;

➨ um mesmo bem ou serviço terá diferentes utilidades e, conseqüentemente,

diferentes valores;

➨ a satisfação de cada necessidade requer uma certa quantidade de um bem

ou serviço. À medida que a quantidade consumida pelo indivíduo aumenta,

reduz-se a satisfação obtida;

➨ o valor de cada bem é dado pela utilidade do último bem consumido, ou seja,

pela sua “utilidade marginal”.

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Page 66: Slides - economia

“A teoria do comportamento do consumidor baseia-se na

hipótese de que os indivíduos distribuem racionalmente suas

despesas dentro de suas limitações orçamentárias, de modo a

delas extrair o máximo de satisfação.

A teoria se desenvolve supondo-se que exista uma medida de

utilidade ou, pelo menos, uma ordenação de preferência do

consumidor”

(Mario Henrique Simonsen. Teoria Microeconômica. Editora FGV, 1993)

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Page 67: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Curva da Utilidade Total

Unidades Consumidas / UT

Uti

lidade T

ota

l

Page 68: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Curva da Utilidade MarginalU

tilid

ade M

arg

inal

Unidades Consumidas / UT

Page 69: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Características/ Pressupostos da Microeconomia

2ª. Racionalidade dos agentes econômicos (➨ Eficiência)

➨ Consumidor: Maximização da satisfação ou utilidade;

(o consumidor distribui suas compras com tamanha racionalidade

que a transferência de uma única unidade monetária, de uma

categoria de produto para outra categoria de produto, diminuiria a

utilidade total adquirida)

➨ Firma: Maximização dos lucros;

Page 70: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

“A ideia de comportamento racional poderia conferir à palavra

racional alguma conotação ética e objetiva e, assim, supor que o

indivíduo se orientasse por tal padrão de conduta.

A segunda interpretação, hoje incorporada à teoria econômica,

abstrai qualquer conotação ética ou objetiva na ideia de

comportamento racional.

O consumidor, num determinado instante, atua racionalmente

quando ele se situa no ponto mais alto de sua escala de

preferências, dentro de suas possibilidades.”

(Mario Henrique Simonsen. Teoria Microeconômica. Editora FGV, 1993)

Page 71: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Características/ Pressupostos da Microeconomia

3ª. Auto-Equilíbrio*: A racionalidade do comportamento do consumidor e

da firma, se estende ao mercado ➨ Equilíbrio significa um estado de

permanência; uma posição da qual não há incentivo ou oportunidade para

se deslocar;

▪ Um consumidor está em equilíbrio quando seus gastos em diferentes

bens e serviços produzirem o máximo de satisfação (utilidade).

▪ A firma está em equilíbrio quando a compra de recursos e os produtos

com eles obtidos (processo) forem tais que ela maximiza os lucros ;

➨ Qualquer alteração na posição do consumidor/ firma fará com

que haja uma diminuição na satisfação/ lucros.

(*) Auto Equilíbrio como mecanismo inerente ao sistema ➨ ideia presente na escola clássica (“mão invisível”) ➨ Escola Neoclássica.

Page 72: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Características/ Pressupostos da Microeconomia

4ª. Modelos: A análise se dá pela utilização de modelos

➨ Modelo: construção composta por uma série de hipóteses com

base nas quais as conclusões são extrapoladas (lógica dedutiva)

para o todo ➨ simplificação da realidade (número restrito de

variáveis);

➨ “Número restrito de variáveis”, por sua vez, implica que todas

as variáveis, que não aquelas consideradas no modelo, e que

poderiam influenciar nos resultados, permanecem inalteradas

(condição coeteris paribus).

Page 73: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

DEMANDA

Page 74: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

▪ VALOR DETERMINADO PELA SATISFAÇÃO (UTILIDADE) QUE O BEM REPRESENTA/ SIGNIFICA;

➨ UTILIDADE TOTAL / UTILIDADE MARGINAL

▪ CUSTOS DE PRODUÇÃO;

➨ ESFORÇO PARA AUMENTAR A PERCEPÇÃO DE VALOR (MAIOR SATISFAÇÃO) NOS BENS PRODUZIDOS (INOVAÇÃO)

CONSUMIDOR MERCADO FIRMA

Page 75: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Demanda de Mercado

Quantidade de um determinado bem, que os

consumidores desejam (pretendem) consumir em um

determinado período de tempo.

Observações:

1ª. A Demanda é um desejo (pretensão) de compra pelo consumidor e

não a realização desta compra;

2ª. O “poder comprar” está implícito no desejo (pretensão) de comprar;

3º. A demanda só pode ser expressa por uma determinada quantidade

em um dado período de tempo;

Page 76: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Determinantes da Demanda de Mercado

▪ Preço do bem considerado;

▪ Os preços dos bens que, de alguma forma, estão relacionados

ao bem considerado;

▪ A renda dos consumidores;

▪ A variedade de bens disponíveis para o consumidor;

▪ O gosto, a preferência, os hábitos, as expectativas do

consumidor;

▪ Número de consumidores considerados (a Demanda de

Mercado é a soma das demandas Individuais).

Page 77: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Relação entre quantidade demandada e o preço do bem

A quantidade demandada de determinado bem varia na razão inversa

de seu preço, permanecendo todas as demais condições constantes

(Coeteris Paribus) ➨ Lei Geral da Demanda

Curva da Demanda

Pre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

Page 78: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Demanda e quantidade demandada

- Demanda é toda a curva que relaciona os possíveis

preços a determinadas quantidades;

- Quantidade demandada é um ponto específico da

Curva de demanda ➨ relação entre um determinado preço e

uma determinada quantidade.

Page 79: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Mudança na quantidade demandada

▪ A mudança na quantidade demandada decorre de uma alteração no

preço do próprio bem, com todas as demais condições constantes;

Quantidade / UT

Pre

ço /

Un

idad

e

P'

Q'

P"

Q"

Page 80: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Mudança na Demanda

▪ Quando as condições que vinham se mantendo constantes na

determinação de uma Curva de Demanda sofrem alterações, modifica-

se a própria Curva de Demanda;

Pre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

P'

Q' Q"

Page 81: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Relação entre a demanda de um bem e o preço dos outros bens

• O aumento no preço do bem i poderá aumentar ou reduzir a demanda

do bem x;

• A reação da demanda do bem x (aumento ou redução) dependerá do

tipo de relação existente entre os bens;

Page 82: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

➨ O aumento no preço do bem i, aumenta a demanda do bem x ➨ BENS

SUBSTITUTOS OU CONCORRENTES (carne bovina/ carne de frango, manteiga/

margarina, ...)

Quantidade x / UT

Pre

ço i

/ U

nid

ad

e

Pre

ço x

/ U

nid

ad

e

Quantidade x / UTQ' Q"

P'

Page 83: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

➨ O aumento no preço do bem i, reduz a demanda do bem x ➨ BENS

COMPLEMENTARES; Aqueles bens consumidos conjuntamente (automóvel/

combustível, computador/ programas, ...)

Quantidade x / UT Quantidade x / UT

Pre

ço i

/ U

nid

ad

e

Pre

ço x

/ U

nid

ad

e

P'

Q" Q'

Page 84: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Relação entre a demanda de um bem e a renda do consumidor

➨ De forma geral, a relação entre a demanda de um determinado bem e um

aumento na renda do consumidor é crescente e direta: quando a renda

cresce, a demanda também cresce.

O indivíduo, tendo mais renda, deseja aumentar seu padrão de vida e, assim,

tende a demandar uma maior quantidade dos bens e serviços que consome;

➨ Para bens inferiores (por exemplo, carne de segunda), a relação é

inversa, ou seja, quando há um aumento na renda, a demanda diminui;

➨ O consumidor pode estar plenamente satisfeito (saciado) com o consumo

de determinado bem e, assim, um aumento na renda não irá alterar a

demanda deste bem, ou seja, a demanda permanece a mesma de antes do

aumento da renda;

Page 85: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Relação entre a demanda de um bem e a renda do consumidor

NORMAL

SACIADO

INFERIOR

Renda

Quanti

dade /

UT

Page 86: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

OFERTA

Page 87: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Oferta de Mercado

Quantidade de um determinado bem que os produtores desejam

vender por unidade de tempo.

Observações (valem as mesmas observações feitas com relação à demanda):

1ª. A Oferta é um desejo de venda pelo produtor e não a realização desta venda;

2ª. O desejo de venda deve ser entendido como uma possibilidade real (quanto a

produção, distribuição, etc);

3ª. A Oferta só pode ser expressa por uma determinada quantidade por unidade

de tempo;

Page 88: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Determinantes da Oferta de Mercado

▪ O próprio preço do bem considerado;

▪ Preço dos fatores de produção e do processo de produção;

▪ Preço dos bens que, de alguma forma, estão relacionados ao bem

considerado;

▪ ...

Page 89: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Oferta e Quantidade Ofertada

- Oferta é toda a curva que relaciona os possíveis preços a

determinadas quantidades ofertadas;

- Quantidade ofertada é um ponto específico da Curva de

Oferta ➨ relação entre um determinado preço e uma determinada

quantidade;

Page 90: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Relação entre a quantidade ofertada e o preço do bem

A quantidade ofertada de determinado bem varia na razão direta de seu preço,

permanecendo todas as demais condições constantes. ➨ Lei Geral da Oferta (LEMBRAR: lei geral da demanda = variação na razão inversa do preço)

Curva da Oferta

Pre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

Page 91: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Mudança na quantidade ofertada e na Oferta

▪ Mudança no preço (coeteris paribus) ➨ movimento ao longo da curva;

▪ Mudança nas demais variáveis (por exemplo, custos e/ ou processos de

produção) ➨ mudança na oferta (na curva de oferta)

Quantidade / UT Quantidade / UT

Pre

ço /

Un

idad

e

Pre

ço /

Un

idad

e

P"

P'

Q' Q"

P'

Q' Q"

Page 92: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

EQUILIBRIO DE MERCADO

Page 93: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

➨ É pela conjugação das curvas de Demanda e de Oferta que o mercado

alcança a situação de equilíbrio;

➨ O ponto de intersecção das curvas – que é único – indica o preço em que a

quantidade que os consumidores desejam comprar é igual à quantidade que os

produtores desejam vender.

P

Q

Pre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

PONTO DE EQUILÍBRIO

D O

Page 94: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

➨ Para qualquer preço superior a P, a quantidade que os ofertantes desejam vender é

maior que aquela que os consumidores desejam comprar ➨ EXCESSO DE OFERTA;

➨ Ao preço P1, por exemplo, os consumidores desejarão a quantidade Q1 e, os produtores,

ofertarão a quantidade Q1'. A diferença entre Q1' e Q1 é o excesso de oferta ao preço

P1.

P1

Q

Pre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

EXCESSO DE OFERTA

PONTO DE EQUILÍBRIO

D O

P

Q1'Q1

Page 95: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

➨ Para qualquer preço inferior a P, a quantidade que os ofertantes desejam vender é

menor que aquela que os consumidores desejam comprar ➨ EXCESSO DE DEMANDA;

➨ Ao preço P2, por exemplo, os consumidores desejarão a quantidade Q2' e, os

produtores, ofertarão a quantidade Q2. A diferença entre Q2' e Q2 é o excesso de

demanda ao preço P2.

P2

Q

Pre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

PONTO DE EQUILÍBRIO

D O

P

Q2'Q2

EXCESSO DE DEMANDA

Page 96: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

➨ O preço de equilíbrio é, assim, o preço que, alcançado, será mantido. Se o preço se

desviar de P, surgem mecanismos que tendem a levá-lo de volta ao nível P.

P

Q

Pre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

EXCESSO DE OFERTA

EXCESSO DE DEMANDA

PONTO DE EQUILÍBRIO

D O

P2

P1

Q1 Q2 Q1' Q2'

Page 97: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Pre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

Mudança no Ponto de Equilíbrio – Situação 1

Q

D O

P

PONTO DE EQUILÍBRIO

Page 98: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

P

Q

Pre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

Mudança no Ponto de Equilíbrio pelo deslocamento da Curva de Demanda

DD'

PONTO DE EQUILÍBRIO

O

Page 99: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

P

Q Q'

EXCESSO DE DEMANDA

Pre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

➨ O deslocamento da curva de demanda de D para D', cria um excesso de

demanda correspondente a quantidade (Q' - Q).

DD'

O

Page 100: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

P

Q Q'

Pre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

➨ Como decorrência do excesso de demanda verificado, um novo ponto de

equilíbrio é alcançado (P1, Q1).

DD'

O

P1

NOVO PONTO DE EQUILÍBRIO

Q1

Page 101: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Mudança no Ponto de Equilíbrio – Situação 2

Q

P

Pre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

DO

PONTO DE EQUILÍBRIO

Page 102: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Mudança no Ponto de Equilíbrio pelo deslocamento da Curva de Oferta

Q

P

Pre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

DO

PONTO DE EQUILÍBRIO

O'

Page 103: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

➨ O deslocamento da curva de Oferta de O para O', cria um excesso de oferta, correspondente à quantidade (Q'- Q).

Q

P

Pre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

DO

EXCESSO DE OFERTA

O'

Q'

Page 104: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

➨ Como decorrência do excesso de Oferta verificado, um novo ponto de

equilíbrio é alcançado (P2;Q2).

Q

P

Pre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

DO

O'

Q'

P2

Q2

NOVO PONTO DE EQUILÍBRIO

Page 105: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

ELASTICIDADE

Page 106: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Elasticidade

Ideia: Sensibilidade (intensidade da reação) de uma determinada

variável às alterações em uma outra variável, coeteris paribus.

▪ Reação muito intensa ➨ Alta Elasticidade;

▪ Reação pouco intensa ➨ Baixa Elasticidade;

▪ Reação inexistente ➨ Inelasticidade.

Page 107: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

P"

P'

Q' Q"

ΔP

ΔQ

Elasticidade – Preço da Demanda ➨ Representação GráficaPre

ço /

Un

idad

e

Quantidade / UT

A

B

Page 108: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Elasticidade–Preço da Demanda ➨ Conceito

➨ Variação percentual na quantidade demandada de um

determinado bem X em relação à variação percentual em seu

preço, coeteris paribus.

Δ % Q

Δ % P=EpD

Page 109: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Elasticidade – Preço da Demanda ➨ Observações

▪ A Elasticidade-Preço da Demanda é um número puro, já que é expressa pela

razão entre duas porcentagens, ou seja, independe da unidade de medida

utilizada para o preço e para a quantidade;

▪ A Elasticidade-Preço da Demanda é, normalmente, apresentada em módulo

(como a elasticidade-preço da demanda expressa a razão de duas grandezas

que variam inversamente – preço e quantidade – ela, em geral, é negativa);

▪ O valor da Elasticidade-Preço da Demanda encontrado entre os pontos A e B

é diferente daquele encontrado entre os pontos B e A ➨ Diferentes pontos de

partida conduzem a diferentes coeficientes de elasticidade.

Page 110: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Elasticidade – Preço da Demanda ➨ Fatores de Influência

▪Disponibilidade de bens substitutos: Quanto maior a disponibilidade de

bens substitutos, maior será a Elasticidade-Preço da Demanda deste bem;

▪Essencialidade do bem: Quanto mais essencial for o bem, menor será sua

elasticidade-preço da demanda;

▪Importância do bem no orçamento do consumidor: Quanto maior a

importância do bem no orçamento do consumidor (maior participação no

orçamento), maior será a elasticidade-preço da demanda deste bem.

Page 111: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Elasticidade – Preço da Demanda ➨ Exemplo Numérico

ΔP

ΔQ

P' = 100

P" = 90

Q' = 1.000.000 Q" = 1.200.000

Reais

/ U

nid

ad

e

Quantidade / Mês

A

B

Page 112: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Elasticidade – Preço da Demanda ➨ Exemplo Numérico

Δ% Q

Δ% P

[(Q' - Q") / Q'] * 100

[(P' - P") / P'] * 100

[(1.000.000 - 1.200.000) / 1.000.000] * 100

[(100 - 90) / 100] * 100

- 20 %

10 %| 2,0 |

Sentido A ➨ B (Elasticidade no ponto A ➨ diminuindo o preço)

Page 113: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Elasticidade – Preço da Demanda ➨ Exemplo Numérico

Δ% Q

Δ% P

[(Q" - Q') / Q"] * 100

[(P" - P') / P"] * 100

[(1.200.000 - 1.000.000) / 1.200.000] * 100

[(90 - 100) / 90] * 100

16,67 %

- 11,11 %| 1,5 |

Sentido B ➨ A (Elasticidade no ponto B ➨ aumentando o preço)

Page 114: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Elasticidade no Ponto e Elasticidade no Ponto Médio (ou Elasticidade-Arco)

• Nos dois exemplos estudados, a Elasticidade encontrada é a

Elasticidade no ponto A ou B (ponto inicial que determina o sentido AB

ou BA);

• Quando calculamos a elasticidade no ponto médio entre dois pontos

quaisquer, encontramos a Elasticidade Média entre estes dois pontos

(Elasticidade no Ponto Médio ou Elasticidade Arco);

• A Elasticidade média é tanto mais confiável quanto mais próximos

forem os pontos considerados.

Page 115: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Elasticidade – Preço da Demanda no Ponto Médio ➨ Exemplo Numérico

{(Q" - Q') / [(Q' + Q") / 2]} * 100

{(P" - P') / [(P' + P") / 2]} * 100

Δ% Q Médio

Δ% P Médio

{(1.200.000 - 1.000.000) / [(1.000.000 + 1.200.000) / 2]} * 100

{(90 - 100) / [( 90 +100) / 2]} * 100

18,18 %

- 10,53 %| 1,75 |

Page 116: Slides - economia

ECONOMIA IESCOLA NEOCLÁSSICA

Elasticidade-Preço da Demanda ➨ Definições quanto ao grau de elasticidade

▪Demanda Elástica: Quando a variação na quantidade é proporcionalmente maior que a

do preço, ou seja, a variação percentual observada na quantidade é maior que a variação

percentual observada no preço. Assim, o valor numérico da Elasticidade na demanda

elástica, é > 1;

▪Demanda Unitária: Quando a variação na quantidade é proporcionalmente igual a do

preço, ou seja, a variação percentual observada na quantidade é igual que a variação

observada no preço. Assim, o valor numérico da Elasticidade na demanda unitária é = 1;

▪Demanda Inelástica: Quando a variação na quantidade é proporcionalmente menor que

a do preço, ou seja, a variação percentual observada na quantidade é menor que a

variação percentual observada no preço. Assim, o valor numérico da Elasticidade na

demanda inelástica é < 1.

➨ Observação: Em valor absoluto (módulo), a elasticidade pode variar entre zero e infinito.